Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Niterói
2016
MARIA CLARA GUIMARÃES DE ALMEIDA
Orientadora:
Niterói
2016
MARIA CLARA GUIMARÃES DE ALMEIDA
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Aos nossos pais pelo carinho, apoio, esforço e dedicação que sempre nos ofereceram.
Aos nossos colegas de turma pela amizade, convivência diária e troca de informações
e experiências.
Ao longo dos anos, o papel da Tecnologia da Informação (TI) foi se transformando nas
organizações. Através dos frameworks, modelos e metodologias de Governança de TI é
possível gerenciar, controlar e utilizar a TI de modo a estimular o comportamento desejável
nos usos dos recursos de TI por todos os stakeholders e a maximização do valor do negócio.
Um dos objetivos e desafios da Governança de TI é promover o alinhamento estratégico entre
as áreas de negócio e de TI. O alinhamento é considerado como peça fundamental na gestão
empresarial para proporcionar maior integração entre as áreas e auxiliar as organizações na
execução de suas estratégias e no alcance de seus objetivos. Neste trabalho abordamos os
conceitos, os impactos e a importância do processo de alinhamento estratégico de TI ao
negócio a fim de evidenciar como a busca constante pelo alinhamento pode resultar em um
poderoso diferencial na gestão das organizações e, consequentemente no valor da TI para os
negócios. Para isto, realizamos uma investigação empírica em uma das áreas da Diretoria de
TI de uma grande empresa com o objetivo de avaliar e sugerir melhorias às práticas de
Governança de TI da organização de forma que possa auxiliá-la a tornar o alinhamento de TI
um processo sólido e estabilizado. Como base para esse levantamento é usado o Balanced
Scorecard a fim de analisar sua aplicabilidade como ferramenta de apoio ao alinhamento
estratégico.
Over the years, the role of information technology (IT) was turning in organizations. Through
frameworks, models and methodologies for IT Governance can manage, control and use IT to
encourage desirable behavior in the use of IT resources by all stakeholders and maximizing
business value. One of the IT governance objectives and challenges is to promote the strategic
alignment between business areas and IT. Alignment is considered as an essential piece in
business management to provide greater integration between areas and assist organizations in
implementing its strategies and achieve its objectives. In this paper we address the concepts,
the impact and the importance of strategic alignment of IT to the business in order to show
how the constant search for alignment can result in a powerful difference in the management
of organizations and consequently the value of IT to the business. For this, we conducted an
empirical investigation in one of the areas of IT Directorship of a large company in order to
evaluate and suggest improvements to IT governance practices of the organization so that it
can help her make the IT alignment a process solid and stabilized. As a basis for this survey is
used the Balanced Scorecard to analyze their applicability to support the strategic alignment
tool.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................15
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................56
7 ANEXOS............................................................................................................................59
GC Governança Corporativa
TI Tecnologia da Informação
15
1 INTRODUÇÃO
Para que as empresas atinjam o nível máximo de competência dos serviços prestados
pelas suas áreas, é preciso investir em processos gerenciais fundamentais para a organização,
alinhar seu negócio e suas práticas à tecnologia, treinar funcionários e planejar os
investimentos e suas estratégias de crescimento. Diante desse cenário em que os desafios
empresariais são constantes, o uso estratégico da TI (Tecnologia da Informação) ganha
visibilidade como um grande diferencial competitivo e um poderoso recurso para o alcance
dos objetivos (CARR, 2003, p.30). Portanto, a TI deve ser encarada como área estratégica,
uma vez que provê os recursos que viabilizam, em conformidade com o contexto atual da
sociedade, as atividades do negócio. Sem os recursos fornecidos pela TI, as empresas
viveriam uma realidade já ultrapassada.
Para criar valor, a TI precisa entender e estar alinhada a como a empresa gerencia seu
negócio e suas estratégias. Entretanto, uma grande dificuldade para que isso ocorra é a
inexistência da elaboração e/ou execução das estratégias e dos planos organizacionais. O
planejamento estratégico de TI é uma etapa fundamental para interligar a TI com o negócio,
pois fornece um panorama geral de conceitos, métodos, modelos e recursos de tecnologia da
informação necessário para facilitar a estratégia organizacional e apoiar decisões e processos
da organização (MOLINARO; RAMOS, 2010). Por isso, devido à movimentação cada vez
maior dos negócios, é fundamental buscar o equilíbrio dinâmico também no alinhamento,
tornando-se assim um processo contínuo de ajustes.
Não obstante, a TI precisa demonstrar o valor que agrega ao negócio para que os
investimentos se justifiquem e continuem a ser feitos. Ainda que essa demonstração não seja
feita sistematicamente, não seria por isso que o viés estratégico da TI deixaria de existir. O
que pode acontecer é o CEO (Chief Executive Officer) e o CFO (Chief Financial Officer) não
priorizarem o aporte de recursos financeiros para a TI, uma vez que não está visível o valor
desta atividade para o alcance dos fins institucionais.
1.1 MOTIVAÇÃO
1.2 OBJETIVO
Este estudo tem como objetivo principal realizar uma investigação em uma empresa de
grande porte do setor de energia a fim de avaliar e propor melhorias às práticas de
Governança de TI utilizadas (ou não) por ela, buscando ampliar o alinhamento estratégico
entre a TI e o negócio.
Para apoiar a investigação utilizamos o Balanced Scorecard (BSC) que foi criado com
o objetivo principal de realizar medição e gestão de desempenho. Porém, nesta pesquisa,
utilizamos o BSC com um novo propósito. Dessa forma, o estudo tem como objetivo
secundário analisar a aplicabilidade do BSC como uma ferramenta auxiliar no processo de
alinhamento estratégico.
1.3 METODOLOGIA
sobre a aplicação do tema abordado. Com relação à unidade de análise, o estudo foi realizado
na Diretoria de TI de uma empresa de grande porte do setor de energia. Para a coleta de dados
do estudo de caso, foram utilizadas entrevistas com roteiros semiestruturados e questionários
de apoio, aplicados aos especialistas da área de PMO (Project Management Office).
2 TRABALHOS RELACIONADOS
O alinhamento estratégico funciona como uma forma de direção que a empresa deve
seguir, segundo seus valores e interesses para que se mantenha valorizada perante o mercado.
Deve ser vinculado a todos os setores e funcionários com a finalidade de assegurar que todos
saibam as estratégias da organização. É necessário vincular o planejamento a todos os setores
para que as decisões sejam tomadas de maneira correta, tendo em vista, que todos prezem
sempre pelo mesmo ideal perante a organização. Quando existe a necessidade de realizar
mudanças operacionais, para se manter no mercado, devido à fatores competitivos, entre
outros, as mesmas transformações devem ser feitas com cautela para que não se destoem do
alinhamento estratégico da empresa. Há casos de mudanças mal sucedidas devido a não
sincronização das mesmas ao alinhamento estratégico, fato que pode gerar falhas graves e
custosas. Mudanças de gestão devem ser bem estudadas e avaliadas para que se escolham os
indicadores corretos para tal feito (FREITAS, 2012).
Para Olve, Roy e Wetter (1999:129), o BSC inclui medidas de vários aspectos e
condições que são importantes para um negócio. Temos enfatizado que as medidas, em si
mesmas, não são o que interessa. O fato de apenas se colocar algumas medidas no papel não
nos dará um balanced scorecard. A maior fonte de dados do BSC são os indicadores de
desempenho. Se um evento, uma nova aplicação ou alguma atividade não for medida, ou se
for medida incorretamente, isso põe em risco todo o BSC. Por isso é indispensável pensar em
como medir as atividades e a frequência em que se deve medir (antes, durante e depois). Além
da necessidade de precisão dos indicadores é necessário alinhá-los às necessidades do
negócio. Deve-se também dar importância ao espaço de tempo no qual um indicador será
medido. Em alguns casos sugere-se que as medidas sejam feitas ano após ano, ou de acordo
com a frequência que o negócio necessite. Após isso, deve-se comparar os resultados com as
medidas anteriores dos indicadores (FILGUEIRAS; BARROS; GOMES, 2010). Essa
medição é necessária para avaliar os progressos e suas implementações, além de poder
perceber se a estratégia para se alcançar os objetivos está correta ou então se a melhor forma
será modificar a estratégia, visando sempre a melhoria dos processos. Comparações são
21
sempre boas fontes de dados para pesquisas e também servem como base para tirar boas
conclusões.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Nas últimas décadas, o mercado apresenta-se cada vez mais competitivo, instável e
dinâmico, exigindo que empresas busquem um rápido crescimento e constante adaptação.
Devido a esses fatores, as organizações são demandadas a melhorar sua estrutura
organizacional, desenvolver uma gestão de qualidade, aplicar modelos de melhores práticas e
garantir o controle de seus processos. Tais necessidades deram início às boas práticas
reguladoras do mercado de capitais e fizeram com que o conceito de Governança Corporativa
ganhasse destaque em sociedades empresariais bastante conhecidas (MOLINARO; RAMOS,
2010).
dinheiro, pois muitos perderam pequenos e grandes investimentos quando ocorreu esse fato
(STEINBERG, 2003).
Empresas que eram gerenciadas por famílias ou por poucos acionistas, agora possuem
responsabilidades e deveres diversos, inclusive com seus principais colaboradores. Neste
grupo estão incluídos os acionistas, considerados como proprietários passivos por não possuir
influência direta na gestão das empresas (MONKS E MINOW, 1996).
Como conseqüência dessas fraudes, foi aprovada, em 2002, a lei Sarbanes-Oxley, mais
conhecida como SOX. Essa lei visa garantir a criação de mecanismos confiáveis
de auditoria e segurança e torna os Diretores Executivos e Diretores Financeiros
explicitamente responsáveis por estabelecer e monitorar a eficácia dos controles internos em
relação aos relatórios financeiros e a divulgação de informações. Também relacionado a esse
tema, destacamos a existência do Committee of Sponsoring Organizations (COSO), um
comitê responsável pela melhoria dos relatórios financeiros, por meio da ética empresarial,
controles internos efetivos e da governança (FREITAS, 2012).
tudo isso de forma alinhada com a visão, missão e metas estratégicas da organização (SILVA,
2013).
Segundo Fernandes e Abreu (2006), as etapas do ciclo da GTI podem ser definidas da
seguinte forma:
De acordo com pesquisas realizadas pelo Center for Information Systems Research
(CISR), criado há 30 anos na Sloan School of Management do Massachusetts Institute of
29
COBIT - Control Objectives For Conjunto de boas práticas que visa dar suporte a Governança
Information end Relatet Technology e a Gestão de TI.
PMBOK - Project Management Body of Conjunto de boas práticas que auxiliam no gerenciamento de
Knowledge projetos
que não participa das decisões da empresa. Ela se tornou um fator imprescindível para apoiar
a estratégia da companhia, alavancar seu desempenho e tornar mais fácil alcançar os objetivos
organizacionais. As áreas de negócio devem entender a TI, assim como esta deve entender o
negócio. Essa integração é hoje conhecida como Alinhamento entre TI e o negócio.
Processo
Nível 2 Início da maturidade, mas com dificuldade, e potencialidade.
Definido/Comprometido
3.4 ESTRATÉGIA
Planejar e estabelecer metas não são necessidades apenas da área de negócio. Utilizar
a TI sem planejamento é um risco que a organização não deve correr, pois o uso crescente da
TI, ao mesmo tempo em que potencializa a capacidade das organizações em obter, manter ou
combater vantagens competitivas, também eleva os riscos de gestão inerentes a qualquer tipo
de decisão e ação (CARR, 1994).
Objetivo estratégico: O que deve ser alcançado e o que é crítico para o sucesso da
organização;
4 ESTUDO DE CASO
Na segunda etapa, foi realizada uma entrevista formal com as duas pessoas
responsáveis pelo escritório de projetos da área. Essa entrevista visou conhecer e obter as
informações iniciais sobre a gestão estratégica de TI, a relação de TI com o negócio e a
existência (ou não) de iniciativas de GC e GTI. Para guiar as perguntas, usamos como base as
quatro perspectivas do BSC, pois elas contemplam domínios importantes para uma gestão
eficiente e a partir delas teríamos uma visão geral sobre a gestão estratégica da área. Através
40
do conteúdo coletado, foi possível construir uma matriz Swot a fim analisar com maior
clareza os fatores internos e externos presentes no cenário atual da área de TI, destacando os
pontos fortes e os pontos a serem melhorados pela área em questão.
Na última etapa, começamos a aplicar a técnica do BSC, mas para isso foi necessário
buscar informações sobre os objetivos, indicadores e sua medição. Em uma conversa com as
mesmas pessoas que realizaram a entrevista, foi possível perceber que área possui objetivos,
indicadores e metas criados e eles são associados e medidos em uma planilha que fica
armazenada e é acompanhada pelo PMO, mas é enviada a todos da área por email. Através
das informações da planilha, criamos o mapa estratégico, relacionando cada objetivo da área a
uma perspectiva do BSC. Logo após, também relacionamos os principais indicadores a cada
uma dessas perspectivas. E por fim, apresentamos a avaliação de desempenho, associando
objetivo x indicador x meta, já existente na área, porém demonstramos essa avaliação
separada por perspectiva do BSC.
A avaliação dos resultados foi obtida através da observação das práticas da área, da
leitura dos documentos e a análise do conteúdo transcrito da entrevista. Para melhor visualizar
a situação atual da área, foi feita uma análise com base nos dados coletados e por fim foi
aplicada a metodologia do BSC como forma de examinar o alinhamento de TI com o negócio.
A análise Swot é uma das ferramentas mais simples e úteis que a empresa pode utilizar
para examinar o ambiente no qual está inserida com o objetivo de criar estratégias de negócio,
potencializando seu desempenho no mercado. O termo SWOT é o acrônimo das palavras
Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats que significam respectivamente: Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Geralmente, essa ferramenta é utilizada como base
para o planejamento estratégico, promovendo uma análise do cenário interno (forças e
fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças).
Com relação às forças, a área possui profissionais capacitados que conhecem bem as
áreas de negócios e seus usuários. Esses profissionais são recursos importantíssimos para a
empresa e por isso o bem estar e a opinião deles são valorizados. São feitas ações para
melhorar suas condições de trabalho, o clima da equipe e sua satisfação com o ambiente
organizacional. A empresa realiza, anualmente, pesquisa de clima laboral com as áreas e na
última, a diretoria de TI se destacou apresentando ótimos resultados. Em relação às metas e
aos objetivos organizacionais, eles são definidos globalmente, repassados para as áreas locais
e divulgados em reuniões formais para toda a empresa. Os objetivos das áreas de apoio,
inclusive TI, são estabelecidos de acordo com os objetivos criados pelas áreas de negócio.
Além desses fatores estratégicos, outro ponto forte é a relevância aplicada no controle do
portfólio de projetos e melhor gestão econômica dos mesmos.
internos de TI também são oferecidos treinamentos a cada novo projeto, sistema, ferramenta
corporativa ou quando o próprio negócio solicita fato que auxilia a melhorar o nível de
satisfação dos usuários.
E referente às medidas externas que podem ser ameaças para área, podemos considerar
a definição global de corte de gastos, o que pode comprometer novas demandas. E a
necessidade de reduzir a quantidade de funcionários, com isso haverá perda de conhecimento
técnico e sobre o negócio, além de aumentar as responsabilidades e atribuições do restante da
equipe.
As estratégias e metas são definidas globalmente e depois são repassadas “em forma
de cascata” para as demais áreas locais. São realizadas reuniões formais para a apresentação
das mesmas. A princípio, elas são estabelecidas globalmente e localmente pelas linhas de
negócio (distribuição, geração, renováveis) e em seguida as áreas de apoio (incluindo a TI)
realizam seu plano estratégico de acordo com os objetivos definidos pelas áreas de negócio.
Para a empresa, o desdobramento da estratégia é parte fundamental para determinar as
responsabilidades, estimular o pensamento sistêmico e direcionar os esforços de todos os
colaboradores para um objetivo em comum. A figura abaixo representa esse processo de
desdobramento da estratégia.
Na diretoria de TI, também ocorre da mesma forma. Após a definição global, existem
reuniões de planejamento estratégico com a equipe onde são apresentadas as metas de TI.
Durante esse planejamento, colaboradores de outras áreas também participam a fim de
conhecer os objetivos de TI e levar a experiência de suas áreas para a reunião. Após a
definição, as metas são desmembradas entre os níveis hierárquicos, passando do diretor de TI
até o nível operacional, conforme podemos observar na figura 7.
Em relação ao plano estratégico de TI, ele é muito bem definido a nível global e o
plano local torna-se um desdobramento deste. Porém, no plano local são mais abordadas as
partes táticas e operacionais, falta melhor definição e mais detalhes da parte estratégica.
Geralmente, o que é mais abordado é a parte econômica (previsão para os próximos anos).
através de uma planilha interna. Na tabela abaixo, podemos perceber a relação dos objetivos
de TI com os objetivos organizacionais.
A partir da coleta dos dados, da interpretação sobre a atual situação estratégica da área
e da análise da planilha de acompanhamento de metas, foi elaborado um mapa estratégico a
luz do BSC com a finalidade de melhor estruturar os principais objetivos a serem atingidos e
relacioná-los com as quatro perspectivas da metodologia adotada na pesquisa.
46
Aprendizado e Crescimento:
A área se preocupa em realizar ações para investir e capacitar bem a equipe para que
potencializem seu desempenho e cresçam na empresa. Além de reconhecer e bonificar,
aqueles que alcançam suas metas e apresentam melhores resultados. Portanto, manter o nível
do clima organizacional elevado tornou-se um relevante objetivo estratégico.
Processos internos:
Clientes internos:
A área possui uma comunicação muito aberta e direta com seus usuários, refletindo em
uma relação estável entre a TI e as áreas de negócio. Sendo assim, melhorar, cada vez mais, o
nível de satisfação dos usuários é um objetivo de destaque não só na área de TI, mas na
empresa como um todo.
Financeira:
clientes atendidos, devem medir alcance de objetivos de curto e de longo prazo e estar sempre
alinhados com as diretrizes estratégicas (FERNANDES; ABREU, 2014).
Estratégicos: são aqueles que abrangem os resultados dos maiores objetivos que a
organização pretende atingir;
Tático: São aqueles que mostram a eficácia de determinada área, devendo ser
coerente com os objetivos e estratégia da organização;
Aprendizado e
Indicadores Financeiro Clientes Processos Internos
Crescimento
Cumprimento do Planejamento de
X
Projetos
Pesquisa de clima X
Encerramento de obras X
No início do ano seguinte, os resultados são divulgados a equipe e aqueles que atingirem suas
metas são bonificados financeiramente.
Processos Internos
processos
Melhorar Indicadores Operacionais Disponibilidade de telemetria Grupo A 95%
de negócio
devemos Melhorar Indicadores Operacionais Disponibilidade de telemetria Grupo B 85,97%
nos
sobressair? Melhorar Indicadores Operacionais Disponibilidade telecontrole Brasil 90%
Financeiro
Clientes Internos
Aprendizado e Crescimento
e melhorar?
Todos os indicadores da área são estratégicos já que estão relacionados aos objetivos
da organização, porém seria importante criar alguns indicadores táticos e operacionais para
que seja avaliado o desempenho da área como um todo e de seus processos. Assim, seria
52
Ainda hoje, grande parte das empresas necessita entender o quanto a TI pode apoiar
seus objetivos e consequentemente, potencializar as estratégias do negócio. Por isso, o
alinhamento estratégico precisa ser bidirecional, ou seja, da estratégia do negócio para a
estratégia de TI e vice e versa (FERNANDES; ABREU, 2014). Porém, na maioria das vezes,
realizar a gestão estratégica da organização e promover o alinhamento de TI com o negócio
não são tarefas fáceis. Elas se transformam em um processo contínuo que precisa ser
acompanhado, medido e aprimorado ao longo do tempo. Diante desse cenário, as empresas
podem utilizar modelos e ferramentas para auxiliar esse processo e adaptá-los a sua realidade
organizacional.
Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar e propor melhorias às práticas de
GTI adotadas na empresa onde foi realizado o estudo de caso a fim de sustentar seu processo
de alinhamento estratégico. Para apoiar este objetivo, utilizamos o BSC como ferramenta
auxiliar para alinhar os objetivos de TI aos objetivos da organização, relacionando suas
estratégias.
como um método para apoiar o processo de planejamento estratégico. Ele se mostrou, além de
um importante sistema de gestão de desempenho, como também um poderoso instrumento
que auxilia o alinhamento estratégico através de seus elementos e perspectivas. O BSC
transformou os objetivos estratégicos de TI em iniciativas que podem contribuir para alcançar
os objetivos organizacionais.
Ao concluir este estudo, deixamos como trabalhos futuros os dois seguintes temas:
6 REFERÊNCIAS
2. CARR, Nicholas G.TI já não importa. Harvard Business Review América Latina, vol.
81, nº5, p. 30-. 37, maio, 2003
9. FILGUEIRAS, Aline de Almeida; BARROS, Luana Paula de Souza; GOMES, Josir Simeone.
O Processo de Implantação do Balanced Scorecard em uma Empresa Estatal Brasileira: O
Caso Petrobras. Revista de Gestão Usp, São Paulo, v. 1, n. 7, p.45-57, jan./mar. 2010.
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rege/article/viewFile/36693/39414>. Acesso em:
18 jun. 2016.
11. CUNHA, Renato. BSC na Gestão de TI: Definindo a Estratégia Empresarial. 2013. Disponível
em: <http://projetoseti.com.br/bsc-na-gestao-da-ti-definindo-a-estrategia-empresarial/>.
Acesso em: 18 jun. 2016.
12. VERAS, Manoel. Balanced Scorecard (BSC) da TI. 2015. Disponível em:
<http://manoelveras.com.br/blog/?p=481>. Acesso em: 15 jun. 2016.
16. Peter F. Drucker, The information executives truly need. Harvard Business Review.
1995.
19. KAPLAN, R. S., & Norton, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. (L. E.
Filho, Trad.). Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
59
7 ANEXOS
● Clientes:
Quem são os seus usuários? São internos, externos?
Como se dá a sua relação com eles? Presencial, por telefone? Reuniões formais
agendadas? Por software?
Como vocês identificam o nível de satisfação dos usuários?
Há políticas, definições estratégicas para isso? Quem define?
São realizadas pesquisas de satisfação com os usuários?
Se sim, como foi o resultado da última pesquisa?
O que pode ser feito para buscar/melhorar a satisfação dos usuários?
Quais projetos neste sentido? Quem são os stakeholders? Quem solicitou estes projetos?
Que tipos de treinamentos são feitos/criados para os usuários?
O que dispara a programação de treinamentos (projetos, decisões corporativas,
solicitações das áreas)?
Até que ponto os treinamentos a usuários estão relacionados a objetivos estratégicos?
● Processos Internos:
Quais iniciativas existem na empresa para a governança de TI?
Quais modelos de boas práticas para governança de TI são adotados?
Há quantos anos existe o PMO?
Ele faz parte, está inserido/foi criada como um mecanismo de governança de TI? Você
sabe o que/quem motivou a criação do PMO?
Há um plano estratégico de TI definido?
É público?
Onde posso encontrá-lo?
Como se alinha aos objetivos estratégicos da empresa?
60
● Aprendizado e Crescimento:
Como é realizado o gerenciamento de recursos humanos (de TI)? São realizados
treinamentos, avaliação do desempenho e promoções?
Investe-se na terceirização?
Há políticas, diretrizes sobre este tema?
Quais?
● Orçamento:
Como é medido e gerenciado o retorno financeiro da área de TI?