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SETEMBRO-2014
MESTRADO EM
CONTABILIDADE, FISCALIDADE E FINANÇAS
EMPRESARIAIS
ORIENTAÇÃO:
PROFESSORA DOUTORA SOFIA MARGARIDA MORAIS LOURENÇO
SETEMBRO-2014
ii
RESUMO
e Não Familiares.
Mínimos Quadrados Parciais (PLS – SEM), através do software SmartPLS 3.0 (Ringle
et al., 2014).
Os resultados sugerem uma menor utilização interativa e diagnóstica dos SCG por parte
iii
ABSTRACT
performance and corporate strategy, as well as the interactive and diagnostic use of
Data was collected through a questionnaire (1724 valid answers) and analyzed using
Structural Equation Modeling using the Partial Least Squares algorithm (PLS-SEM), by
The results suggest a lower interactive and diagnostic use of MCS by Family Businesses
relationship stronger in the case of Family Businesses. On the other hand, the diagnostic
Positive and significant relationships are also identified between Family Business and
Strategy, between Family Business and Flexibility Strategy, and between Corporate
iv
AGRADECIMENTOS
À Informa D&B pelo fornecimento dos dados essenciais à realização deste trabalho.
v
ÍNDICE
Abstract ............................................................................................................................ iv
Agradecimentos ................................................................................................................ v
Índice ............................................................................................................................... vi
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
vi
3.2.2. Empreendedorismo Corporativo ................................................................... 22
Anexos ............................................................................................................................ 42
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2 – Análise das hipóteses gerais propostas: Subamostra Médias e Grandes ...... 31
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
LISTA DE ABREVIATURAS
IC – Intervalo de Confiança
KMO – Kaiser-Meyer-Olkin
x
LISTA DE ANEXOS
xi
1. INTRODUÇÃO
nos ambientes competitivos dos dias de hoje (Simons, 2013). Pretende-se ainda estudar
um meio eficaz para revitalizar e melhorar o desempenho das empresas, sendo, por isso,
empreendedores para conseguir ter sucesso no contexto em que operavam. Outro aspeto
1
As Empresas Familiares representam a maioria do tecido empresarial português
objetivos da família, gestão e acionistas são compatíveis (Tagiuri & Davis, 1996).
crítico para as Empresas Familiares (Comissão Europeia, 2009). Heck et al. (2008) vão
mais longe ao afirmar que a Empresa Familiar é uma combinação do sistema familiar
Mínimos Quadrados Parciais (PLS – SEM), através do software SmartPLS 3.0 (Ringle
et al., 2014).
Os resultados sugerem uma menor utilização interativa e diagnóstica dos SCG por parte
2
Este trabalho contribui para a literatura ao analisar a abordagem de Simons (2005a,
2005b, 2013) relativamente à forma como os SCG são utilizados para promover o
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. EMPRESAS FAMILIARES
2.1.1. NOÇÃO DE EMPRESAS FAMILIARES
Na literatura de Negócio Familiar existem várias definições plausíveis de Empresa
específico (Colli, 2003), sendo, por isso, difícil encontrar uma definição completa e
precisa que seja geralmente aplicável (Mandl, 2008). Num estudo realizado em nome da
Empresas Familiares na Europa. Colli (2003) defende que diferentes definições podem
países. No entanto existe um consenso geral sobre os três elementos essenciais que
baseado no modelo dos três círculos sugerido por Tagiuri & Davis (1996).
Anderson & Reeb (2003), classificam as empresas como familiares quando a família
3
família presentes no Conselho de Administração. De modo semelhante, Miralles-
familiares se forem detidas e controladas por uma família. De acordo com a consultora
que o seu capital social seja detido em, pelo menos, 51% por uma ou mais famílias e os
Empresas Familiares (2014c): “São Empresas Familiares aquelas em que uma família
detém o controlo, em termos de nomear a gestão, e alguns dos seus membros participam
e trabalham na empresa”.
decisão são detidos pelo fundador da empresa ou pela pessoa que adquiriu o capital da
empresa ou na posse do seu cônjuge, pais, filhos ou herdeiros diretos e pelo menos um
efeito da relação familiar no negócio (Hoffman et al., 2006), uma forte inter-relação
entre a família e o negócio (Mandl, 2008), que lhes permite exibir características
diferenciadoras (Acquaah, 2013). O que faz com que nas primeiras seja a família o
(Mandl, 2008).
4
(Comissão Europeia, 2009), favorecendo a união por trás da empresa e regulando a
riqueza sócio emocional, (Acquaah, 2013; Patel & Chrisman, 2013), ao ponto de
própria empresa (Gómez-Mejía et al., 2007; Gómez-Mejía et al., 2011). A riqueza sócio
com comunidades locais (Gómez-Mejía et al., 2007; Comissão Europeia, 2009; Patel &
Chrisman, 2013).
satisfação dos proprietários e acionistas (Anderson & Reeb, 2003; Mandl, 2008;
quando consideram ser um bom negócio (Mandl, 2008), os gestores das Empresas
Familiares sentem que a empresa não lhes pertence, mas às gerações seguintes, sentindo
5
a responsabilidade de manter e desenvolver a empresa para as mesmas (Mandl, 2008;
De facto, quando a empresa é transferida para a geração seguinte, para além dos ativos
Mandl, 2008; Comissão Europeia, 2009). As Não Familiares, por sua vez, preocupam-
manter a lealdade dos clientes, as Empresas Familiares têm uma maior preocupação
com a responsabilidade social e com a qualidade dos produtos e serviços (Mandl, 2008;
os empregados, o que promove uma força de trabalho unida, leal, dedicada, motivada e
empenhada (Acquaah, 2013; Mandl, 2008; Tokarczyk et al., 2007), que lhes
proporciona maior foco no bem-estar dos clientes (Acquaah, 2013) e maior capacidade
família, gestão e acionistas são compatíveis (Tagiuri & Davis, 1996). Em contraste, as
6
Empresas Não Familiares apresentam-se mais orientadas para os objetivos do negócio,
(Tokarczyk et al., 2007; Mandl, 2008), esta pode ser mais eficiente (Tagiuri & Davis,
potencial de conflito (Mandl, 2008). Por sua vez, as Não Familiares apresentam um
A teoria de agência tradicional defende que as Empresas Familiares são mais eficientes,
devido a custos reduzidos de agência, uma vez que as relações familiares alinham os
objetivos e incentivos dos proprietários familiares e dos gestores (Jorissen et al., 2013).
dos gestores e empregados, o que limita o perigo de seguirem outros objetivos que não
ações dos agentes (Fama et al., 1983). Em contraste, as Empresas Não Familiares estão
Ao nível dos recursos humanos, as famílias, muitas vezes, preferem membros da família
na gestão de topo e noutras posições mais sensíveis, dado que se torna mais fácil a
7
família poderá sentir-se em desvantagem, mesmo que esteja melhor preparado
investimentos a longo prazo nos seus recursos humanos (Miller & Le Breton-Miller,
2005).
consideram o capital externo (Coimbra, 2008; Mandl, 2008; Comissão Europeia, 2009).
cauteloso na tomada de riscos, promovido pela sua filosofia de longo prazo (Coimbra,
2008; Comissão Europeia, 2009), devendo-se a sua aversão ao capital externo ao receio
8
De acordo com Ferreira & Otley (2005) os SCG são mecanismos formais ou informais e
Por sua vez, Simons (1995) restringe os SCG a “procedimentos e rotinas formais
baseados em informação que os gestores utilizam para manter ou alterar padrões nas
atividades da organização”.
facto, trabalhos anteriores (Simons, 1990; Simons, 1991; Simons, 1994) ilustraram
como os gestores de topo utilizavam os SCG de forma interativa para focar a atenção
9
2.3. CULTURA ORGANIZACIONAL
2.3.1. EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
A inovação e a exploração de novas oportunidades, ao mesmo tempo que se executam
as estratégias atuais, revelam-se uma questão cada vez mais essencial nos ambientes
Uma oportunidade é, por definição, algo para além das atividades atuais da empresa,
sendo muito difícil para os gestores de topo forçar essa perseguição através dos
mecanismos de gestão normais de planeamento e controlo, uma vez que tem de vir de
flexibilidade, desejáveis também nas grandes empresas (Stevenson & Jarillo, 1990).
perseguir objetivos do negócio mesmo não tendo os recursos adequados, podendo, por
exemplo, tentar encontrar formas de lançar um novo produto mesmo não tendo os
10
que, no futuro, os empreendedores corporativos iriam realizar uma fatia cada vez maior
do trabalho da empresa.
defende que a autoridade sobre os recursos deve ser igual, ou estar alinhada, com a
responsabilidade sobre o desempenho (Merchant, 1987; Antle & Demski, 1988; Burkert
et al., 2011; Simons, 2013). Ao longo dos anos foram realizados vários estudos a
milhares de empresas (Vancil, 1979; Merchant, 1987; Giraud et al., 2008; Burkert et al.,
ser considerada normal (Merchant, 1987; Frow et al., 2005) e, nalguns casos, até
controlo que podem ter impactos, diretos ou indiretos, sobre o negócio, fomentando a
1990; Frow et al., 2005; Simons, 2005a; Giraud et al., 2008; Simons, 2013). No entanto,
2005b).
11
Para analisar o desrespeito deste princípio, Simons (2013) recorre aos conceitos de
(Perrow, 1986; Mintzberg, 1979), neste contexto considera-se uma definição mais
motivo pelo qual, se chama a este desnível (entre Nível de Responsabilidade e Nível de
identificar a Flexibilidade foi, de acordo com Krakower & Niwa (1985), desenvolvida
12
De facto, quando Henri (2006b) considera que o tipo dominante Controlo não está
empreendedor, proposto por Simons (2013), o que ele deixa claro, por exemplo, com os
exemplos das instituições bancárias. Posto isto, existe uma grande proximidade entre o
que Henri (2006b) pretende analisar com a Cultura Flexível e aquilo que Simons (2013)
Apesar desta semelhança, as causas que associam a essas características diferem muito
uma vez que Henri (2006a) defende que as características de Flexibilidade são
Deste modo, Henri (2006a) defende uma relação positiva entre a utilização interativa
dos SCG e a Cultura Flexível (Henri, 2006b) e uma relação negativa no caso da
utilização diagnóstica, o que não é contraditório com aquilo que Simons (2013)
defende, uma vez que ao defender a utilização de medidas mais gerais e mais autonomia
utilização interativa dos SCG, apesar de Simons (2013) não fazer esta referência
Henri (2006a, 2006b) num dos seus artigos refere o modo de como os SCG influenciam
organizacional influencia os SCG (Henri, 2006b). Embora não faça a ligação direta
entre as capacidades internas e a Cultura Flexível, admite que existe uma relação
13
positiva e estatisticamente significativa entre ambas (Henri, 2006b). Adicionalmente,
essas capacidades internas estão de forma clara incluídas naquilo que as empresas
pretendem com Fosso Empreendedor identificado por Simons (2013). Assim espera-se
Empreendedorismo Corporativo.
H2b: A utilização interativa de SCG, no caso das Empresas Familiares, está mais
hipóteses:
Empreendedorismo Corporativo.
Tal como supra referido, dadas as características das Empresas Familiares (Heck et al.,
H3b: A utilização diagnóstica de SCG, no caso das Empresas Familiares, está menos
14
económico-financeira internacional tem afetado significativamente a atividade
Médias Empresas (PME) e a maior parte destas são Empresas Familiares. De facto,
estima-se que entre 70 a 80% das empresas sejam familiares e que representem 60% do
emprego e 50% do Produto Interno Bruto PIB (PIB) (Coimbra, 2008; Comissão
Empreendedor uma vez que se está perante medidas mais amplas que aquilo que os
gestores controlam.
15
Como tal não é surpreendente que exista um consenso, cada vez maior, de que a
empreendedores dos seus membros (Heck et al., 2008) e que Simons (2013) tenha
2.4. ESTRATÉGIA
O objetivo da estratégia competitiva é encontrar uma posição em que a empresa melhor
necessários para executar esses objetivos. Por outro lado, Mintzberg (1978) define a
estratégia como “um padrão num fluxo de decisões”, dado que considera incompletas as
16
No âmbito do presente trabalho considerou-se a tipologia de Porter (1980,1985), em
Diferenciação.
produtor de mais baixo custo na sua indústria (Porter, 1980; Porter, 1985). As fontes de
eficientes (Porter, 1980; Porter, 1985; Chenhall & Langfield-Smith, 1998; Thompson &
substanciais em I&D e lealdade do cliente (Porter, 1980; Porter, 1985; Chenhall &
Langfield-Smith, 1998; Thompson & Strickland, 2001; Hitt et al., 2005; Acquaah,
2013).
17
inovação, para ir ao encontro das suas necessidades, e de um elevado nível de
Estratégia de Diferenciação.
Tal como abordado, muitas das características que são reconhecidas às Empresas
H5b: A Estratégia de Diferenciação está mais presente nas Empresas Familiares que
2.5. DESEMPENHO
Em vários estudos (Covin & Slevin, 1989; Zahra, 1993; Zahra & Covin, 1995;
(Zahra & Covin, 1995; Covin & Slevin, 1989) considerem que apenas é recomendável
em ambientes hostis, uma vez que consideram que coloca riscos desnecessários em
foco no cliente ou o trabalho em equipa, sendo que se podem definir medidas para
Já em 1995, Zahra & Covin (1995) afirmavam que ao longo dos últimos anos o
18
modesto nos primeiros anos mas a aumentar ao longo do tempo. Na base destes
Desempenho.
Nos últimos anos, têm sido realizados estudos, no âmbito da relação entre as Empresas
et al., 2007). Porém, há autores (Anderson & Reeb, 2003; Sraer & Thesmar, 2007;
Miralles-Marcelo et al., 2014) que defendem uma relação positiva entre as Empresas
acrescidas neste tipo de contexto. Neste sentido, pretende-se testar a seguinte hipótese:
Familiares.
19
Foram utilizadas como variáveis de controlo a Envolvente Externa (PEU) dado que há
autores (Zahra & Covin, 1995; Covin & Slevin, 1989) que consideram que o
Dimensão foi também utilizada como controlo porque se revelou significativa em vários
al., 2014). Utilizou-se ainda como controlos as variáveis associadas à Estrutura por ser a
forma como é atribuído o controlo (Simons, 2013) a cada elemento, influenciando a sua
3. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
3.1. DESCRIÇÃO DA AMOSTRA E DESENVOLVIMENTO DO QUESTIONÁRIO
No contexto do presente estudo foram recolhidos dados através da metodologia de
questionário. A população alvo era composta por 35.447 empresas, cujos contactos
controlo de gestão, o que nem sempre foi possível, obtendo-se por vezes apenas o
base em literatura existente de modo a aumentar a validade interna dos constructs. Foi
da área de gestão. Devido a estar inserido num projeto de investigação mais amplo, o
20
questionário era composto por 44 questões, apesar de apenas 15 terem sido consideradas
no presente trabalho.
Numa segunda fase, os questionários foram enviados por correio eletrónico ou por carta,
por correio. O questionário era acompanhado por uma carta de apresentação, dado que
isso contribui para taxas de respostas superiores, que continha informação relevante do
que seriam considerados para participar num sorteio de 8 vouchers com valores entre
€24,90 e €89,90.
errado ou a morada errada, respetivamente, pelo que se considera que o número total de
questionários enviados foi de apenas 24.094. Desses obtiveram-se 4.076 respostas (taxa
apresenta-se no anexo 2.
Intervalo de Confiança (IC) de 95%. De acordo com o anexo 7 constata-se que não
foram identificadas diferenças nos dois grupos para as variáveis utilizadas no estudo.
21
3.2. DESCRIÇÃO E MENSURAÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS
3.2.1. EMPRESA FAMILIAR
Aos participantes foi requerido que indicassem se a empresa era familiar ou não com
A variável Empresa Familiar constitui uma variável Dummy que assume o valor 1 para
(2006b). Os participantes tinham de distribuir 100 pontos por cada uma das descrições
consoante as semelhanças que encontrassem com a empresa. Cada questão reflete uma
descrições de cultura em cada questão, para cada empresa, totaliza 100 pontos (Henri,
2006b).
A pontuação dos Valores de Flexibilidade foi obtida através da soma das duas primeiras
descrições de cada uma das quatro questões, dividindo por quatro e a pontuação dos
Valores de Controlo foi obtida através da soma das duas últimas descrições de cada uma
22
Em seguida, a pontuação do tipo dominante (Controlo vs Flexibilidade) obtém-se
(]0,100]) e uma pontuação negativa indica o tipo dominante Controlo ([-100; 0[)
(Henri, 2006b).
Optou-se por utilizar este construct, em primeiro lugar, porque já se encontra validado
na literatura por Krakower & Niwa (1985) e, em segundo lugar, porque é necessário
Desenvolvimento na versão de Henri (2006b)), uma vez que apenas estas duas em
como cada ponto a estes atribuído é retirado aos Valores de Controlo, a pontuação
dominante vai representar a mesma informação, apenas numa escala diferente, motivo
3.2.4. ESTRATÉGIA
A Estratégia da empresa foi determinada com base em onze itens estratégicos,
23
participantes indicavam em que medida os fatores estratégicos tiveram influência na
gestão da empresa nos últimos três anos, sendo mensurados numa Escala de Likert
A Análise Fatorial Exploratória (AFE) foi realizada com rotação oblíqua porque se
pressupôs a existência de correlação entre os fatores (Pestana & Gageiro, 2008; Marôco,
2014), tal como em artigos anteriores (Chenhall & Langfield-Smith, 1998; Chenhall,
(>0,5), sendo a correlação entre as variáveis considerada boa (Marôco, 2014; Pestana &
Gageiro, 2008).
Custo/Preço (Chenhall, 2005). De notar que o item “Fazer alterações rápidas no volume
respetivamente, 40,13%, 10,54% e 9,73% da variância total, cujos Alpha Cronbach são
0,796 (Fator 1) e 0,728 (Fator 2), o que afere uma razoável consistência interna (> 0,7).
3.2.5. DESEMPENHO
O Desempenho da empresa foi determinado através de uma questão composta por
quatro itens, adaptados de King et al. (2010) onde os participantes indicavam o grau de
24
conformidade face aos objetivos da empresa ao longo dos últimos três anos, através de
Realizou-se a AFE, tendo-se verificado a sua validade pelo critério KMO ao apresentar
cujo Alpha Cronbach é 0,893, o que indica uma boa consistência interna (> 0,7).
fornecidos pela Informa D&B. Esta proxy para a dimensão foi utilizada anteriormente
na literatura (por exemplo, Bruns & Waterhouse, 1975; Davila & Foster, 2005).
Narayanan (1984) e King et al. (2010), através de uma Escala do tipo Likert de 1 a 7.
7=Extremamente significativa).
25
3.3.3. ESTRUTURA
A Estrutura da empresa foi determinada através de duas questões adaptadas de Gordon
& Narayanan (1984) e King et al. (2010) e foram mensuradas numa Escala do tipo
Likert de 1 a 7.
A análise dos dados realizou-se utilizando o software SmartPLS 3.0 (Ringle et al.,
2014) dado que tem a capacidade de trabalhar eficientemente com grandes amostras,
nomeadamente não exige a normalidade e suporta variáveis dummy (Hair et al., 2011).
Dado que, no presente estudo, a maioria dos indicadores são funções da construct, foi
utilizado um modelo refletivo, tal como recomendado por Hair et al. (2011).
De acordo com a regra prática do PLS-SEM, o tamanho mínimo da amostra deve ser
26
uma construct latente no Modelo Estrutural. Deste modo, no presente estudo, o número
entre 0,6 e 0,7 (Hair et al., 2011). No presente estudo, todos os constructs apresentam
da consistência interna.
Outer Loadings entre 0,4 e 0,7 deverão ser retidos se a sua remoção não conduzir a um
validade (Hair et al., 2011). No entanto, indicadores com Outer Loadings muito baixos,
isto é, iguais ou inferiores a 0,4, foram removidos do modelo (Hair et al., 2011). No
anexo 10 apresentam-se os Outer Loadings dos indicadores com indicação dos que
0,5 significa que a variável latente explica mais de metade da variância do indicador,
27
sendo por isso considerado um grau suficiente de validade convergente (Hair et al.,
2011). No presente estudo, as AVEs dos constructs apresentam-se superiores a 0,5, tal
contruct latente deve partilhar mais variância com os seus indicadores do que com
qualquer outra variável latente no Modelo Estrutural, isto é, do ponto de vista estatístico
a AVE de cada construct latente deve ser maior que a maior correlação quadrada desse
construct com qualquer outra construct (Hair et al., 2011). O critério cross loadings
defende que cada carregamento do indicador na sua construct associada deve ser maior
que os seus carregamentos com todas as outras constructs (Hair et al., 2011). As
14. Neste estudo foram utilizadas quatro amostras, a amostra completa, uma subamostra
com as empresas Médias e Grandes e duas subamostras desta, uma com as Empresas
cumpriram os objetivos.
28
Adicionalmente, também se verifica uma utilização de SCG interativos e diagnósticos
valores médios de 8,48, para a amostra completa, 3,05 para as Médias e Grandes, 14,10
29
O primeiro modelo geral, apresentado na Tabela 1, considera a amostra completa
2007; Mandl, 2008). As hipóteses H2a e H3a não são suportadas, pois as relações entre
estatisticamente significativas.
Corporativo permite corroborar a hipótese H4, indo ao encontro daquilo que vários
autores defendem (Heck et al., 2008; Comissão Europeia, 2009), quer em termos da
de Flexibilidade, suportando assim a hipótese H5a e aquilo que Simons (2013) defendia,
Em linha com o que se previa e de acordo com Covin & Slevin (1989), Zahra (1993),
30
hipótese H6a. A hipótese H6b não é suportada pois a relação entre Empresa Familiar e
Como Henri (2006a, 2006b) optou pela utilização de empresas com mais de 150
baseando-se em Miller (1987) que considerou apenas as empresas com mais de 250
estes autores não justifiquem a sua opção, constatou-se, de facto, uma melhoria
hipóteses H2a e H3a passam a ter suporte estatístico. À semelhança de Henri (2006a,
2006b), existe uma relação positiva (negativa) entre a utilização interativa (diagnóstica)
31
menos evidentes. No entanto, as relações entre os SCG e o Empreendedorismo
Para analisar as restantes hipóteses (H2b e H3b) relativas ao contraste entre Empresas
amostras, uma para as Empresas Familiares e outra para as Não Familiares, com base na
amostras foi necessário criar um modelo comum válido (anexo 10) para garantir a
modelos específicos das Empresas Familiares e das Não Familiares, modelos esses
Coefficient
Conclusão
Esperado
p - value
p - value
T Value
H2b: SCG Interativo-> Empreend. Corp. + 0.183 1.990 0.047 0.165 1.660 0.097 S***
H3b: SCG Diagnóstico-> Empreend. Corp. - -0.248 2.394 0.017 -0.278 2.454 0.014 S**
**p-value<0,05; ***p-value<0,1 S: Suportada
Pela análise da Tabela 3, constata-se que a utilização interativa de SCG, no caso das
32
com o Empreendedorismo Corporativo, têm tendência de atenuar os efeitos da
Corporativo foi realizada uma análise de robustez em que se testou a relação inversa, ou
ou interativa dos SCG. Conforme a análise dos anexos 18 e 19, consta-se que nada se
Nas empresas Médias e Grandes é possível concluir que estas recorrem à utilização
mais forte no caso das Empresas Familiares, o que é normal dada a proximidade das
Corporativo, o que é espectável uma vez que quanto mais controlos diagnósticos forem
33
das Empresas Familiares constata-se uma atenuação devido, provavelmente, à sua
Uma das limitações do presente estudo foi a impossibilidade de ter constructs que
(2013) define, dado que existem algumas imperfeições na proxy, apesar de Henri
empresas foi medido através de medidas subjetivas, havendo a possibilidade dos dados
financeiros serem diferentes. Contudo estudos anteriores mostram uma forte correlação
34
Ao nível do software SmartPLS 3.0 (Ringle et al., 2014) verificaram-se limitações em
SCG. Também ao nível dos coeficientes das hipóteses suportadas, no caso da amostra
baixos. Outra limitação está relacionada com o próprio PLS-SEM, no qual cada
construct é representado por uma variável latente, alimentada por vários indicadores,
mas se em vez disso for representado por uma variável latente por indicador, os
resultados, de um modo geral, têm tendência a melhorar, pelo menos foi o que várias
experiências neste trabalho revelaram. No entanto optou-se por manter o modelo normal
uma vez que diferentes indicadores iam originar variáveis latentes com pesos diferentes,
35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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41
ANEXOS
Seleção da Amostra N
População Alvo 35447
N.º empresas excluidas* 11353
N.º questionários enviados 24094
N.º questionários respondidos 4076
N.º questionários excluídos** 2352
Amostra Final_Todas 1724
Amostra Final_Pequenas 1249
Amostra Final_Médias e Grandes 475
*Foram excluídas as empresas que não demonstraram interesse em participar,
estavam em processo de insolvência, pertenciam ao mesmo grupo económico, as
que tinham o endereço de correio eletrónico errado ou a morada errada.
**Excluíram-se os participantes que não responderam às questões relativas à
utilização diagnóstica e/ou interativa de SCG, à Estratégia, à Dinâmica da PEU,
à Imprevisibilidade da PEU, à Intensidade da PEU, à Autoridade Delegada, à
Estrutura, à Cultura Organizacional, ao Desempenho e à identificação de
Anexo
Empresa 3 – Perfil dos participantes: Subamostra Médias e Grandes
Familiar.
42
Anexo 3 – Perfil dos participantes: Amostra completa
43
Anexo 7 – T Test para duas amostras independentes:
Comparação entre os primeiros e os últimos 20% de respostas
95% Confidence
Mean Std. Error Interval of the
t df Sig(2-tailed) Diffe Differenc Lower Upper
Dimensão -1,36 669,02 ,176 -,107 ,079 -,262 ,048
SCG Diagnóstico 0,16 677,33 ,876 ,052 ,333 -,602 ,707
SCG Interativo -0,23 672,51 ,820 -,070 ,305 -,669 ,530
Desempenho -0,43 683,66 ,664 -,036 ,082 -,196 ,125
Estrutura 1,51 687,98 ,132 ,159 ,106 -,048 ,367
Autoridade Delgada 0,32 683,87 ,750 ,035 ,111 -,182 ,253
Intensidade PEU 1,11 679,96 ,268 ,096 ,086 -,074 ,265
Imprevisibilidade 0,38 687,90 ,701 ,038 ,098 -,155 ,230
PEU
Dinâmica PEU 0,95 687,86 ,340 ,094 ,099 -,099 ,288
Estratégia Baixo 0,88 684,88 ,378 ,090 ,102 -,110 ,290
Custo/Preço
Estratégia Flexib. -0,57 687,94 ,572 -,053 ,094 -,237 ,131
Estratégia Serviço 0,59 687,51 ,554 ,053 ,089 -,123 ,229
Empreend. Corp. -0,09 669,14 ,932 -,235 2,743 -5,620 5,151
Familiar -0,47 687,96 ,641 -,017 ,037 -,091 ,056
A amostra de 1724 empresas foi dividida em dois grupos, os primeiros 20% de respostas (grupo
1: N = 345) e os últimos 20% de respostas (grupo 2: N = 345), com base na data relativa aos
questionários submetidos pelos participantes. Pressupõe-se que as variâncias são desconhecidas.
Não foram encontradas diferenças nos dois grupos para as variáveis utilizadas no estudo.
44
Anexo 8 – Análise Fatorial Exploratória: Estratégia
Estratégia
Factor Loadings
1 2 3 Communality
1. Serviço
Comprometer-se com prazos de entrega fiáveis 0,91 -0,09 0,05 0,79
Providenciar entregas rápidas 0,89 -0,15 0,15 0,77
Disponibilidade do produto/serviço 0,60 0,24 0,00 0,55
Prestar um serviço e apoio pós-venda eficaz 0,58 0,24 -0,09 0,49
2. Flexibilidade
Oferecer prod./serv. com características únicas -0,09 0,86 0,03 0,69
Promover alt. no design e introduzir rapidamente novos prod/serv -0,09 0,68 0,32 0,60
Pers. os prod. e serv. às necessidades dos clientes 0,28 0,60 -0,11 0,56
Fornecer produtos/serviços de elevada qualidade 0,26 0,59 -0,09 0,53
3. Baixo custo/preço
Proporcionar preços baixos 0,06 -0,12 0,85 0,70
Reduzir os custos de produção 0,04 0,20 0,60 0,47
Fazer alt. rápidas no volume negócio e/ou no mix de prod/serv(a) 0,31 0,31 0,35 0,50
Alpha Cronbach 0,80 0,73 0,46
Eigenvalues 4,41 1,16 1,07
% of variance 40,13 10,54 9,73
(a) Item da categoria estratégia eliminado da análise por apresentar um fator loading <0,5.
Método de extração: Análise de Componentes Principais, com rotação oblíqua (Oblimin)
Desempenho
Factor Loadings
1 Communality
1. Desempenho
Desempenho global da organização 0,89 0,79
Produtividade global do sistema de distribuição 0,88 0,78
Rendibilidade global da organização 0,87 0,75
Quota de mercado dos produtos principais 0,85 0,72
Alpha Cronbach 0,89
Eigenvalues 3,04
% of variance 75,97
Método de extração: Análise de Componentes Principais
45
Anexo 10 – Avaliação Modelo de Medição: Confiabilidade dos indicadores
Completa M.G. EF ENF
OL OL OL OL
Soma de SCG utilizados diagnosticamente na empresa 1,000 1,000 1,000 1,000
Soma de SCG utilizados interativamente na empresa 1,000 1,000 1,000 1,000
Empreendedorismo Corporativo 1,000 1,000 1,000 1,000
Estratégia de Serviço
Comprometer-se com prazos de entrega fiáveis 0.842 0.837 0.833 0.854
Providenciar entregas rápidas 0.806 0.857 0.857 0.868
Disponibilidade do produto/serviço 0.774 0.782 0.753 0.790
Prestar um serviço e apoio pós-venda eficaz 0.740 0.736 0.743 0.728
Estratégia de Flexibilidade
Oferecer produtos/serviços com características únicas 0.807 0.817 0.877 0.860
Promover alt no design e introd rapidamente novos prod/serv (b) (b) (b) (b)
Personalizar os prod e serviços às necessidades dos clientes 0.746 0.791 0.831 0.864
Fornecer produtos/serviços de elevada qualidade 0.828 0.795 (b) (b)
Estratégia Baixo Custo/ Preço
Proporcionar preços baixos 0.757 0.778 (b) (b)
Reduzir os custos de produção 0.851 0.796 1,000 1,000
Desempenho
Desempenho global da organização 0.891 0.891 0.885 0.902
Rendibilidade global da organização 0.863 0.888 0.881 0.901
Quota de mercado dos produtos 0.848 0.825 0.837 0.806
Produtividade global do sistema de distribuição 0.884 0.885 0.890 0.872
Dinâmica Envolvente Externa
Envolvente Económica 0.728 0.666 (a) (b) (b)
Envolvente Tecnológica 0.825 0.824 1,000 1,000
Envolvente Legal 0.717 0.727 (b) (b)
Envolvente Política 0.618 (a) 0.634 (a) (b) (b)
Imprevisibilidade Envolvente Externa
Ações desenv pelos concorrentes da emp nos últimos 3 anos 0.802 0.829 (b) (b)
Gostos e preferências dos consumidores 0.883 0.869 1,000 1,000
Intensidade Envolvente Externa
Concorrência pelos preços - 0.678 (a) (b) (b)
Concorrência na diversidade de serviços e prod comerc 0.871 0.815 0.853 0.854
Concorrência no acesso a recursos humanos 0.819 0.703 0.823 0.817
Concorrência no acesso a fornecedores - 0.633 (a) (b) (b)
Autoridade Delegada
Desenvolvimento de novos produtos/serviços 0.734 0.718 0.746 0.686
Contratação e/ou despedimento de funcionários 0.759 0.692 (a) 0.706 0.688
Seleção de investimentos 0.811 0.786 0.827 0.737
Distribuição dos recursos no orçamento 0.823 0.811 0.832 0.799
Preços dos produtos e serviços 0.796 0.766 0.720 0.794
Gestão operacional do negócio 0.789 0.737 0.746 0.728
Estrutura
As atividades estão especificadas/descritas 0.920 0.905 0.903 0.907
Existe especialização nas tarefas 0.887 0.872 0.871 0.871
Dimensão (LN n.º trabalhadores) 1,000 1,000 1,000 1,000
Familiar/ Não Familiar 1,000 1,000 - -
(a) Indicador considerado para remoção por ter um Outer Loading <0,7. Foi retido na análise
pois a sua remoção conduzia a uma diminuição do Composite Reliability.
(b) Indicador removido por ter um Outer Loading <0,7 e a sua remoção conduzia a um
aumento da AVE e da Composite Reliability.
46
Anexo 11 – Estatística descritiva das variáveis: Amostra completa
47
Anexo 13 – Estatística descritiva das variáveis: Subamostra Médias e Grandes
Empresas Familiares
48
Anexo 15 – Matriz de correlações entre as variáveis: coeficiente de correlação R de Pearson e Ró de Spearman
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Desempenho (1) 0,893 ,099** -0,002 0,023 ,118** ,234** ,232** ,241** ,056* -,054* ,048* ,152** ,168** ,117**
Dinâmica PEU (2) 0,115** 0,732 ,253** ,266** ,179** ,192** ,170** ,190** ,149** -,083** ,073** ,156** ,187** 0,042
Imprevisibilidade PEU (3) -,013 ,243** 0,600 ,322** ,155** 0,033 ,096** ,133** ,128** -0,003 0,022 -0,008 0,019 0,022
Intensidade PEU (4) ,032 ,261** ,332** 0,677 ,184** ,132** ,224** ,230** ,291** 0,032 -0,025 0,034 ,054* ,056*
Autoridade Delegada (5) ,121** ,171** ,155** ,215 **
0,878 ,147** ,084** ,166** ,136** -,127** ,137** ,130** ,132** ,078**
Estrutura (6) ,245** ,184** ,028 ,130 ** ,167** 0,777 ,317** ,282** ,197** -,083** 0,011 ,208** ,205** -0,025
Estratégia Serviço (7) ,234** ,160** ,109** ,230** ,119** ,295** 0,800 ,553** ,340** 0,047 -,107** ,128** ,149** ,083**
Estratégia Flexib. (8) ,256** ,192** ,161** ,251** ,185** ,277** ,563** 0,730 ,345** -0,010 -,059* ,161** ,181** ,127**
Estrat. baixo Custo/Preço (9) ,061* ,145** ,135** ,302** ,162** ,187** ,325** ,345** 0,460 0,028 0,001 ,071** ,074** -0,026
Familiar (10) -0,059 -,089** -,007 ,026 -,113 **
-,086 ** ,059* -,001 ,031 1,000 -,161** -,097** -,058* ,162**
Dimensão (11) ,059* ,075** ,011 -,025 ,112** ,021 -,121 **
-,059* ,000 -,189 **
1,000 ,208** ,149** -,112**
SCG Diagnóstico (12) ,156** ,185** ,014 ,072** ,124** ,223** ,145** ,182** ,099** -,121 ** ,191** 1,000 ,763** 0,002
SCG Interativo (13) ,161** ,202** ,035 ,110** ,130** ,211** ,165** ,212** ,095** -,090** ,133** ,793** 1,000 0,042
Empreend. Corp. (14) ,127** ,056* ,033 ,071** ,094** -,012 ,107** ,149** -,007 ,168** -,138** -,007 ,023 1,000
49
Anexo 17 – Avaliação do modelo de medição: R2
Familiares vs Não Familiares
Construct Familiares - MG Não Familiares - MG
Empreendedorismo Corporativo 0,038 0,072
Desempenho 0,166 0,149
Estratégia Baixo Custo/Preço 0,163 0,144
Estratégia Serviço 0,191 0,216
Estratégia de Flexibilidade 0,236 0,298
SCG Diagnóstico 0,098 0,054
SCG Interativo 0,073 0,056
50