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O imortal

Capítulo 1
O início.
Toda história começa de uma maneira pelo princípio, a que vou contar não
poderia ser diferente. Era noite, as horas custavam a passar, eu estava no meu
quarto viajando pelos meus pensamentos. A tristeza havia chegado de uma
maneira avassaladora que conseguira destruir toda as fibras do meu ser. Me
chamo Robert, tenho 50 anos, estou com uma saúde precária, acima do peso,
e eu nunca me preocupei com isso. Então veio a depressão tudo que estava
ruim em mim, ficou pior, e eu não fazia nada para mudar. Fui abandonado por
todos, a minha mulher me deixou, assim como meus filhos.
E me tornei uma pessoa insuportável de se conviver, sentia que a vida estava
acabada para mim, a primeira coisa que vem a sua mente quando tudo está
errado, e você se sentindo incapaz de conviver com isso, é o suicídio. Todos
dizem isso não resolve, e que apenas aumenta o problema. E naquela noite
estava disposto a isso, havia até me mudado para o interior, longe da cidade,
bem no meio do mato onde poderia dar um fim no meu sofrimento sem que
ninguém pudesse fazer nada para me impedir. Apesar de toda a formação
acadêmica, no qual era mestre em história não conseguia emprego há alguns
anos, não por que não tinha os conhecimentos necessários, mas a tristeza que
sentia dentro de mim que me fazia desistir de lutar e principalmente de viver.
Esse sentimento era constante e eu não conseguia vencê- lo. Então o único
remédio foi me afastar de todos, e foi o que eu fiz. Arrumei uma grana
emprestada, peguei um ônibus e vim para no interior de Mato Grosso, não me
recordo o nome da localidade e pouco me importa queria apenas sumir para
pôr fim da minha existência. chegando lá avistei no meio do mato um casebre
abandonado, com apenas um quarto, seria suficiente para mim. O tempo foi
passando, assim como a minha vontade de acabar com minha vida. Não sei
por que apenas acontecia. O local era fantástico, tinha muito verde, árvores
frutíferas, um grande lago com muitos peixes era um paraíso. Todo novo dia,
eu ia nesse lago pescar e tentar colocar meus pensamentos em ordem, já
havia passado um ano que estava ali, e não sentia nenhuma vontade de
retornar. Minha aparência estava completamente mudada, estava com cabelos
enormes e barbudo, minhas roupas rasgadas, e quem me visse diria que era
um ermitão, mas isso para mim não tinha mais importância. As vezes a tristeza
retornava me fazendo ficar dias prostrado na cama no casebre, sem vontade
até de me alimentar ,e assim ia minha vida. Até que certo dia tudo isso iria
mudar. Estava no lago pescando, quando encontrei uma caixa muito antiga
enterrada próximo do mato, embaixo de uma enorme figueira que deveria ser
muito antiga naquelas paragens. Desenterrei a caixa e levei para a casa, com
os peixes que havia pescado. A noite após o jantar, eu resolvi abrir aquela
caixa a curiosidade estava me matando, forcei a fechadura batendo com uma
pedra na qual tive êxito. Aberta a caixa, ela continha um medalhão de prata
com umas inscrições estranhas, na primeira vista parecia rúnica, visto que era
professor de história e tinha uma vasta experiência em povos antigos. Fiquei
surpreso como isso viera parar aqui no Brasil, e por que foi enterrado ali,
perguntas que com certeza ficariam sem as respostas. Mas minha curiosidade
aumentou, procurei olhar mais cauteloso, dentro da caixa e constatei que havia
um fundo falso eu retirei então e achei embaixo um pequeno diário escrito em
latim arcaico. Confesso que fiquei surpreso com o achado, então procurei ler
para afim de elucidar aquele mistério.

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