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terça-feira, março 1, 2022

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A privatização da água nega o direito humano de ter acesso a PUBLICIDADE

ela. Entrevista especial com Riccardo Petrella

Notícia by Redação -  3

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APOIO
Na entrevista a seguir, concedida, por e-mail, Riccardo Petrella italiano radicado na Bélgica,
analisa o problema da água no mundo. Antes de refletir sobre a “crise da água”, ele enfatiza
que “a rarefação da água, da qual atualmente todo o mundo não pára de falar, não é uma
rarefação
O Portalda quantidade
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hoje é a mesma de 200 milhões de anos atrás“. A rarefação é antes uma rarefação da de cookies
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qualidade de água para usos humanos em condições técnicas, econômicas e sócio/políticas
‘abordáveis’ e aceitáveis”, disse.

Além da questão da qualidade da água, Petrella refletiu sobre problemas como a privatização
da água, saneamento básico e Copenhague. “O direito à água para todos se confirma não ser
uma prioridade principal das classes dirigentes mundiais. Sua prioridade é saber quem vai
ganhar, no decurso dos próximos 15 anos, a batalha para a conquista e a supremacia do
mercado de um bilhão de novos carros ‘verdes’, bem como aquela das novas moradias
‘verdes’”, afirmou. APOIO

Riccardo Petrella nasceu na Itália, mas hoje vive na Bélgica. É economista e cientista político,
e já esteve diversas vezes no Brasil, inclusive, a convite do Instituto Humanitas Unisinos –
IHU, duas vezes na Unisinos.

IHU On-Line – Como avalia, de maneira mais geral, a qualidade da água no mundo?

Riccardo Petrella – No que se refere à água doce acessível e utilizável para usos humanos, a
qualidade da água continua a se deteriorar. Isso ocorre mesmo depois dos dirigentes do
mundo inteiro tomarem consciência, pelo fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, da
amplitude e da gravidade dos problemas da água. Na verdade, a rarefação da água, da qual
atualmente todo o mundo não pára de falar, não é uma rarefação da quantidade de água em si
(a quantidade da água doce sobre a terra não muda. Ela é a mesma que aquela de 200
DESMATAMENTO NA
milhões de anos atrás, como ela será a mesma daqui a 100 milhões de anos ou mais). A AMAZÔNIA, COM
rarefação é antes uma rarefação da qualidade de água para usos humanos em condições APRESENTAÇÃO DE HENRIQUE
CORTEZ
técnicas, econômicas e sócio/políticas ‘abordáveis’ e aceitáveis.
As razões do agravamento do estado qualitativo da água são múltiplas e variadas. As
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notadamente transnacionais.

IHU On-Line – Qual é sua opinião sobre a privatização da água, considerando que ela
deveria ser um bem público universal?

Riccardo Petrella – Eu sou contrário à privatização da água por duas razões principais:
primeiro, porque ela se traduz pela mercantilização da água e, por conseguinte, pela
mercantilização da vida. Assim, todo mundo reconhece que a água é sinônimo de vida, ou
seja, “fonte” de vida. Ora, privatizar os serviços de água significa tratar a água como
mercadoria, mesmo que determinados poderes públicos tentem dizer que se trata de uma
mercadoria diferente das outras. A segunda razão que mostra que sou contrário é porque a
privatização também implica na privatização do poder político, das decisões em matéria de CATEGORIAS
salvaguarda da água, de seus usos e do direito à água. A água é um bem essencial e
insubstituível à vida, e não se pode, por isso, confiar o poder de decisão a seu respeito a  Artigo (9.580)
indivíduos privados.  Editorial (115)
 Notícia (30.814)
É escandaloso pensar que a água possa ser fonte de lucro, e que os objetivos de rentabilidade
financeira ditem as escolhas e as prioridades da gestão dela. Além disso, sendo a gestão da  Podcast (260)
água necessariamente organizada sobre bases de monopólio natural, é inimaginável que o  Videocast (47)
acesso à água possa gerar lucros.

No quadro da privatização, o acesso à água é subordinado ao poder de compra dos indivíduos NUVEM DE TAGS
e das organizações. Os seres humanos deixam de ser cidadãos para se tornarem
Agricultura/Ciências Agrárias
consumidores e clientes de água. Ora, o acesso à água é e deve ser considerado e
concretizado enquanto direito humano, a saber, um direito universal, indivisível e (1062)
agrotóxicos (857)
alimentação (501)
Amazônia (1970)
imprescritível. A sociedade, e as autoridades públicas em particular traem sua função e
aquecimento global
abandonam suas responsabilidades
O Portal EcoDebate procedendo
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Belo Monte (583)
Biodiversidade
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Opor-se à privatização não significa ignorar a existência dos custos que comporta pôr a água à
(545)
clima (624)
CO2 (1063)
disposição para os usos humanos vitais e a questão de sua cobertura e financiamento. Os
custos, que são importantes, devem ser assumidos pela coletividade através dos processos conservação (1433)
fiscais gerais e específicos. O financiamento dos investimentos referentes a todo serviço contaminação (732)
Convenção do Clima (542)
crise ambiental (716)
Código Florestal-
público relativo à satisfação de um direito humano é de responsabilidade comum dos membros
floresta zero (797)
desenvolvimento
da comunidade, do nível local aos níveis nacional e internacional. Confiar tal financiamento ao
sustentável (778)
consumidor para o pagamento de um preço é esvaziar de sentido o direito humano à vida e
mudar a própria natureza da água. desmatamento (1736)
economia (1013)
No que se refere à água mineral engarrafada, convém denunciar a mistificação mundial
Educação/Interdisciplinar (671)
energia
operada no decurso dos últimos 30 anos. Por definição, a água mineral natural não é uma
água potável, pois ela não pode ser tratada, mas deve ser engarrafada tal como ela sai da (1595)
energia nuclear (516)
entrevista
fonte, sob pena de perder suas características. Somente se pode reduzir ou acrescentar (1207)
Henrique Cortez
anidrido carbônico. Uma água potável é a que sofreu um tratamento que corresponde aos (1304)
hidrelétricas (1083)
critérios (nacionais ou internacionais) de potabilidade. Por esta razão, as águas minerais
indígenas (999)
legislação
naturais engarrafadas podem ser objeto unicamente de um uso temporário, descontínuo e
ambiental (1083)
licenciamento
específico, por sua relação a certas características em sais minerais que atribuem a essas
águas propriedades para-terapêuticas. ambiental (805)
lixo (759)
modelo

de desenvolvimento (1584)
Ora, uma vasta campanha publicitária conduzida nestas últimas décadas conseguiu fazer a
opinião pública crer que a água mineral natural é melhor que a água da torneira, que é preciso MP (1574)
mudanças
beber água mineral para garantir melhor saúde, que as águas minerais engarrafadas são mais
puras do que a água potável etc. Isso é estritamente falso. O sucesso das águas minerais
climáticas (2917)
naturais é devido principalmente à publicidade e a uma estratégia voluntarista de marketing da pesquisa (909)
Planejamento Urbano e
parte das companhias multinacionais das bebidas gasosas doces, que chegou a transformar poluição (998)
política (555)
Regional (528)

as águas minerais num gigantesco mercado mundial muito sumarento.


Há também outra razão, de natureza socioeconômica, ligada ao fato que nossas sociedades políticas públicas (1297)
se tornaram sistemas
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plástico, em múltiplos formatos, têm sido uma resposta muito eficaz aos “imperativos” de um
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reflexão (922)
resíduos sólidosX(507)
modo de vida muito móvel.
saúde (2042)
IHU On-Line – Quais são os maiores desafios no mundo atual em relação à questão do
sociedade (3033)
saneamento básico?
terras indígenas (1229)
trabalho
Riccardo Petrella – O principal desafio é, evidentemente, a saúde. Ainda hoje, uma das escravo (759)
água (1162)
principais causas da mortalidade infantil no mundo é a ausência de água doce ou o recurso
inevitável a uma água de má qualidade bioquímica, bem como a ausência de serviços
índice (2561)
higiênicos e sanitários adequados. É vergonhoso que 2,6 bilhões de seres humanos ainda não
saibam o que é uma toalete ou um sanitário público. É inaceitável que, em 2010, haja 4900 PUBLICIDADE
crianças com menos de seis anos que morrem a cada dia no mundo por causa de doenças

devidas especificamente à ausência de água e de serviços higiênicos.


O que é inaceitável, em particular, é que a mortalidade citada não é devida ao fato das
crianças e mulheres habitarem em regiões onde a água esteja faltando. Isso também existe,
mas a causa principal é representada pelo fato dessas pessoas serem pobres. O
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empobrecimento atual de amplas fatias das populações da África, da Ásia e da América Latina
está na origem das desigualdades no acesso à água e, por conseguinte, à saúde e à vida.

É importante destacar que uma responsabilidade direta desse estado de coisas cabe também

às classes dirigentes dos países dessas regiões, pois elas não utilizam nem os recursos
financeiros limitados de que dispõem, nem os recursos naturais dos quais seus países são
frequentemente muito ricos. Assim, os investimentos nas infraestruturas e serviços referentes
ao tratamento das águas usadas e sua reciclagem são, de longe, inferiores àqueles
destinados a manter ou reforçar seus poderes e seus privilégios no contexto de uma
subordinação da economia do país aos interesses dos fortes poderes das empresas
multinacionais e dosusa
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IHU On-Line – Em sua opinião, quem deveria cuidar da gestão do setor hídrico?

Riccardo Petrella – Permita-me, aqui, acrescentar algumas observações a propósito de um


tema interessante, emblemático das ambiguidades e mistificações existentes em matéria de
água, alimentadas pelos grupos sociais dominantes. Refiro-me ao conceito de PPP (Partilha
Pública Privada) que, segundo esses grupos, devia representar o modelo ideal para conjugar
harmoniosamente os objetivos, de um lado, do acesso à água para todos e o tratamento da
água enquanto bem comum, e, de outro lado, de uma gestão eficaz e eficiente dos serviços de
água no interesse dos prestadores e dos “consumidores”. Observe que o Banco Mundial
assume o conceito de PPP desde 1993 e utiliza a obrigação de sua aplicação como condição
da outorga de sua parte de empréstimos para o financiamento no domínio da água aos países
do Sul.

A experiência demonstrou que o PPP se tornou, sobretudo, um instrumento de subordinação


do desenvolvimento dos serviços de água aos imperativos de rentabilidade financeira das
empresas multinacionais privadas estrangeiras – francesas e britânicas, notadamente – às
quais a gestão da água tem sido confiada, após sua inserção no mercado em obediência ao
princípio de liberalização dos serviços públicos imposta pelo Banco Mundial. De fato, o PPP se
traduziu pela Privatização do Poder Político, verdadeiro apossamento do controle dos recursos
naturais do país pelos grandes grupos industriais, comerciais e financeiros mundiais (chineses
e indianos incluídos). Os numerosos casos recentes de abandono do PPP parecem indicar o
fim da mistificação.

IHU On-Line – Como o senhor interpreta o fato de Copenhague não ter debatido a
questão da água?
Riccardo Petrella – A recusa de incluir a problemática da água nas negociações sobre o
desenvolvimento e ousa
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Janeiro, em 1992do(a)
a experiência e, em particular,
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quadro da United Nations Framework
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Rio de Janeiro e aprovada em 1994, data deste período. Depois, não se conseguiu mais
convencer os Estados fortes da ONU (EUA, China, França, UK, Alemanha, Canadá, Brasil,
Egito, Japão, Rússia etc) de considerarem a água como parte integrante das negociações
sobre o clima. Portanto, todos os trabalhos do Grupo intergovernamental de Estudo sobre o
Clima (GIEC) puseram sistematicamente em evidência os elos fundamentais entre a mudança
climática e a água, simultaneamente no que se refere às causas e efeitos da mudança
climática.

A razão principal dessa recusa, a meu ver, é dupla. Primeiro, o direito à água para todos se
confirma não ser uma prioridade principal das classes dirigentes mundiais. Sua prioridade é
saber quem vai ganhar no decurso dos próximos 15 anos a batalha para a conquista e a
supremacia do mercado de um bilhão de novos carros ‘verdes’, bem como aquela das novas
moradias ‘verdes’ (de energia passiva e ativa).

Foi assim que, em Copenhague, ignorou-se totalmente a questão da necessária


transformação profunda das enormes favelas onde estão “recolhidos” e “se depositam”
centenas de milhões de seres humanos considerados como “rejeitos” e “matérias-primas
produtivas” de preço vil.

Segundo, as classes dirigentes estão conscientes que, se introduzissem a água nas


negociações sobre o clima, deveriam se engajar para operar transformações radicais da
economia dominante e de seus modos de vida.

IHU On-Line – O senhor acredita que a água em penúria poderá vir a ser uma das
principais causas de guerra no século 21?
Riccardo Petrella – Se os grupos sociais dominantes continuarem a aplicar os princípios
políticos e aEcoDebate
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tecnologias semelhantes atuais,
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a experiência da água
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tornarão frequentes e cada vez mais “mortíferas”. Não poderia ser de outra maneira na base
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da aplicação dos princípios de soberania nacional absoluta sobre os recursos hídricos e da
segurança nacional no aprovisionamento de água, garantia da segurança alimentar, energética
e econômica em geral do país.

Os cenários das guerras da água serão inevitáveis se as políticas de mitigação e de


adaptação à mudança climática forem dominadas pelas estratégias de sobrevivência do “cada
um por si”. Enfim, as guerras da água terão lugar se os grupos sociais dominantes
continuarem a impor, no domínio da água e da vida, o paradigma econômico hoje dominante,
mercadológico, produtivista e financeiramente utilitarista. Inversamente, as guerras da água
não são nem inelutáveis nem inevitáveis se outra concepção da água e da vida se afirmar no
decurso dos próximos 20 anos no sulco do paradigma de uma sociedade justa, durável e
eficaz em escala mundial. Em suma, as guerras da água só terão lugar se nossas classes
dirigentes o quiserem.

IHU On-Line – Como vai o trabalho do Contrato Mundial da Água? Quais são os
principais avanços e objetivos a serem obtidos?

Riccardo Petrella – Os trabalhos que conduziram à criação, em 1997, do Comitê Internacional


para o Contrato Mundial da Água remontam aos anos de 1994-95 em torno da reação do
“Manifesto da Água. Por um Contrato Mundial”. Uma das principais contribuições do Contrato
Mundial da Água foi não somente o de ter contribuído, com outros grupos, associações e
movimentos, à sensibilização e mobilização culturais sobre as questões da água, mas
principalmente de ter feito sair a problemática da água do domínio da política ambiental para
inscrevê-la principalmente no domínio da política da vida, do modelo de sociedade.
Tal tem sido o papel específico, inovador sob diversos aspectos, das diferentes Associações
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Contrato Mundial da Água contribuiu para fazer tomar consciência dos estreitos elos entre o
direito humano à água e o regime econômico de propriedade e de gestão da água e,
notadamente, o elo entre a pobreza/empobrecimento e o não acesso à água. Diante do
Manifesto da Água, a tese sobre o não acesso à água e a desigualdade no acesso eram
“explicados” pela injustiça da natureza e pelo fator demográfico. Foi somente em 2006 que,
pela primeira vez, uma agência das Nações Unidas reconheceu que a principal causa do não
acesso e das desigualdades no acesso à água são a pobreza e a desigualdade no poder.

Creio, também, que o Contrato Mundial da Água participou ativamente da luta contra a
privatização e a mercantilização, evitando, em certos países, que elas se afirmem, e,
contribuindo, em outros, para que a pressão em favor da re-publicização da água produza
resultados concretos. É de assinalar, enfim, seu papel desempenhado no desenvolvimento de
“faculdades da água” na Itália, na França, no Brasil, na Argentina etc., e, mais recentemente,
no nascimento de novas formas de diálogo inter-religioso e de grandes tradições morais em
favor de uma mobilização conjunta pelo direito da água para todos e da água como bem
comum e patrimônio da humanidade e de todas as espécies vivas.

(Ecodebate, 24/03/2010) publicado pelo IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na


socialização da informação.

[IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do
Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

Sobre o tema “Privatização da Água” sugerimos que leia, também:

Do Governo Collor Ao Governo Bolsonaro – O Avanço Da Privatização Da Água No Brasil


Educação Ambiental E Resistência À Privatização Da Água
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A Questão Da Privatização Da Água Na Encíclica Laudato Sí

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