Você está na página 1de 44

Gestão de Recursos Hídricos em

Propriedades Rurais
Gestão de Recursos Hídricos em
Propriedades Rurais

Edição Ilustrações
Instituto Souza Cruz Ronald Teixeira

Coordenação Editorial Impressão e fotolito


Guilherme Mattoso Companygraf

Redação Realização
Helen Janata Instituto Souza Cruz

Redação Técnica Colaboração


Oromar João Bertol Área de Meio Ambiente /
Sérgio Luiz Schuch Recursos Naturais do
Sérgio Mudrovitsch de Instituto Paranaense de
Bittencourt Assistência Técnica e
Udo Bublitz Extensão Rural (Emater)

Revisão Tiragem
Andrea Guedes 2.000 exemplares

Projeto Gráfico
Via Corporativa Edição limitada
Sumário

Apresentação.........................................................4

A importância da água: ..................................6


• Ciclo da água...................................................................... 7
• Qualidade da água........................................................ 8
• Água no meio rural........................................................ 11

Um exemplo de gestão:...............................12

Experiências: ........................................................16
1. Plantio direto................................................................... 16
2. Sistema de terraceamento................................. 18
3. Proteção de nascentes....................................... 20
4. Preservação da mata ciliar............................... 26
5. Destino adequado dos resíduos................. 30
6. Destino adequado dos dejetos.................... 36

Conclusão..............................................................40
Referências bibliográficas......................... 42
4
Apresentação

D
A P R E S E N TA Ç Ã O

entro dos objetivos do Instituto Souza Cruz, a produção


de conteúdos ligados à temática da agricultura familiar
busca contribuir positivamente para a disseminação de
uma nova visão do campo, mais moderno, inovador e próspe-
ro. Em estratégia integrada ao modelo de sustentabilidade da
Souza Cruz, o Instituto apresenta, nesta publicação, uma sele-
ção de boas práticas que visam a auxiliar agricultores familia-
res na gestão dos recursos hídricos da propriedade rural.

As experiências aqui reunidas contaram com o apoio téc-


nico da Área de Meio Ambiente / Recursos Naturais do Institu-
to Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ema-
ter-PR). São alternativas que, uma vez implementadas, ajudam
na preservação do meio ambiente, alavancam a produtividade
e contribuem para a melhoria da qualidade de vida no campo.

Por meio de linguagem simples e ilustrações didáticas, a


cartilha apresenta técnicas como proteção de nascentes e res-
tauração de matas ciliares, além de outras práticas que não es-
tão ligadas diretamente à água, mas também são fundamen-
tais para sua conservação, como o plantio direto e a destinação
adequada de resíduos e dejetos.

No Ano Internacional de Cooperação pela Água, declarado


pela UNESCO, o Instituto Souza Cruz espera que estas boas
práticas inspirem agricultores a buscar soluções inovadoras
para o melhor aproveitamento dos recursos hídricos, maximi-
zando a utilização da propriedade como um negócio sustentá-
vel e estabelecendo uma nova forma de pensar e agir no campo.
Foto: Jovani Puntel
5

A P R E S E N TA Ç Ã O
6
A importância da água

A
A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A

água é um elemento essencial para a vida de todas as


espécies encontradas na Terra. Ela compõe cerca de
70% do corpo humano e é responsável pela manuten-
ção do seu funcionamento. Também é assim com os animais: a
falta de água pode levar à diminuição do volume de sangue,
aumento de impurezas na urina, diminuição do ganho de peso
e elevação da temperatura. É impossível imaginar a vida sem
água. Ela é fator limitante para atividades como produção de
alimentos, higiene pessoal e doméstica, e essencial na geração
de energia elétrica, construção, irrigação, navegação e indústria.

Sem água doce e potável não haveria vida na Terra,


pelo menos não da forma como se conhece!

Difícil acesso
água
oceanos salgada
(97,5%) Água
doce

água
doce Menos de 1% em locais
(2,5%) de fácil acesso

? Você sabia que o nosso planeta tem mais água do que terra?
A notícia triste é que, como visto na figura, quase toda a
água é salgada (97,5%). A água doce está, em sua maior parte (2,5%),
nas geleiras, lagos congelados e águas subterrâneas, sendo que menos
de 1% encontra-se disponível em locais de fácil acesso, como nascentes,
lagos, rios e lençóis freáticos.
Ciclo da água 7

Condensação

A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A
Precipitação

Transpiração

Infi
ltra
ção
o
açã
va po r
E
Len
çóis
de
águ
Um dado a
importante:
O volume total da água no
planeta não aumenta e nem
diminui. A água se movimenta em um
ciclo e pode ser encontrada em estado sólido (geleiras), líquido
(rios, mares e lagoas) e gasoso (água evaporando na chaleira).

A água evapora pela ação do sol e se transforma em vapor


d’água. Esse vapor sobe para a atmosfera, encontra cama-
das mais frias e se condensa, formando pequenas gotinhas
que se juntam para formar as nuvens. Quando as nuvens ficam
pesadas pela grande quantidade de água, caem em forma de
chuva. Assim, a água retorna para a superfície da terra. Um tan-
to penetra nos solos (o que é muito importante para as planta-
ções) e a outra parte corre para rios, lagos e mares. O calor do
sol recomeça esse ciclo.
8 Qualidade da água

É aqui que requer mais atenção. Você já entendeu que a


A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A

quantidade de água doce com fácil acesso é pequena e que


a água é um recurso natural limitado. Mas será que a quantida-
de de água potável diminui de volume?

A ameaça da falta de água em níveis que podem até mes-


mo inviabilizar a nossa existência pode parecer exagero, mas
não é! Os efeitos na qualidade e na quantidade da água dispo-
nível, relacionados com o crescimento da população mundial, já
são evidentes em várias partes do mundo.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-


cef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que
quase metade da população mundial (2,6 bilhões de pessoas)
não conta com serviço de saneamento básico. Uma em cada
seis pessoas (cerca de 1,1 bilhão de habitantes) não possui sis-
tema de abastecimento de água adequado.
As projeções da Organização das Nações Unidas indicam 9
que, se a tendência continuar, em 2050 mais de 45% da popu-
lação mundial estará vivendo em países que não poderão ga-

A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A
rantir a cota diária mínima de 50 litros de água por pessoa.

Água potável: pode ser


consumida sem riscos à saúde.
Não tem cheiro, cor ou sabor,
e precisa estar livre de vírus,
bactérias e parasitas.
A única forma de saber se a água
está potável é realizar uma análise
em laboratório, pois somente equipamentos
específicos podem assegurar a qualidade
da mesma para consumo e uso na produção.
10
A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A

Água poluída: é aquela que sofreu alterações no cheiro,


turbidez (turvação), cor ou sabor. Na maioria das vezes, ela
contém substâncias tóxicas e micróbios vivos – como
bactérias, vermes e protozoários – que só podem ser
observados em laboratório. A água poluída causa doenças
quando ingerida pela família ou utilizada na produção.

Algumas fontes de poluição:


• Animais que bebem ou entram nas águas de consumo;
• Vasilhames de defensivos agroquímicos
não descartados corretamente;
• Construção da fossa próxima
NASCENT
ao lençol freático; E
• Nascentes desprotegidas e
caixas d’água sem tampas.
Foto: Jovani Puntel

11
A água no meio rural

M as será que a água é mesmo importante

A I M P O R TÂ N C I A D A Á G U A
para o agricultor familiar?
Ela garante a qualidade de vida da família e pos-
sibilita atividades com ganhos financeiros como
a piscicultura, irrigação de lavouras, hortas, po-
mares e a criação de todos os tipos de animais. A
distância ou proximidade de fontes de água alte-
ra o valor da propriedade, ou seja, o investimento
para melhorar o acesso à água e a garantia de
mantê-la potável valorizam a terra e tornam mais
eficiente o trabalho.

IMPORTANTE:

A disponibilidade da água no meio


rural depende da interação com o
solo. Pois é, você achava que para
preservar a água era preciso
apenas controlar o tempo no
banho, escovar os dentes com a
torneira fechada ou tomar conta
dos bebedouros dos animais para
evitar vazamento?
Essas ações são muito importantes,
mas é necessário lembrar que o
futuro da água depende também
dos cuidados com o solo.
12
Um exemplo de gestão

A
U M E X E M P LO D E G E S TÃ O

partir daqui, vamos conhecer a história do Seu


Paulo. Ele é um agricultor familiar que vive em uma
pequena propriedade com a família. Poderia ser
uma história qualquer, mas não é. A propriedade de Seu
Paulo é referência em gestão de recursos hídricos. Gestão
de recursos hídricos? É isso mesmo... Ele sabe muito bem
manejar a água e agora você vai aprender como ele faz.

A propriedade de Seu Paulo está


situada no alto, de onde pode-se ver
todo o vale e, em consequência, todos
os vizinhos. Quando chove, a água
escoa, passa por outras propriedades
e chega a uma rede de rios que leva-
rão essa água para uma bacia maior.
A propriedade do Seu Paulo faz parte
do que chamamos de microbacia*.

Microbacia é uma unidade geográfica


que resulta da divisão do espaço com
características interdependentes.
Essa unidade, que inclui a existência
de cabeceiras ou nascentes é limitada
por divisores topográficos (topos de
morros ou elevações) que separam a
água da chuva precipitada entre duas
microbacias adjacentes.

O uso da microbacia como estratégia


de manejo da água é justificada por
13

U M E X E M P LO D E G E S TÃ O
Tudo está interligado: a água, o solo, as florestas, os
animais e todas as pessoas que vivem e trabalham ali.
Esse é um dos motivos que faz Seu Paulo ser exemplo de
gestão ambiental, pois, se ele tratar mal o solo, arar morro
abaixo, cortar a mata ciliar ou lavar a bomba de agrotóxi-
cos no ribeirão, outros agricultores da microbacia serão
prejudicados por essas ações.
Vamos lá,
Agora você vai conhecer pessoal!
o próprio Seu Paulo e sua
esposa, Dona Márcia.
Eles vão mostrar como
funciona a tal da gestão
dos recursos hídricos
da propriedade...

diversos autores, pois favorece a


organização e participação dos produtores e
organizações; facilita a integração entre
propriedades; aproxima o espaço urbano do
rural; e facilita ações e práticas de manejo e
conservação da água e do solo.

Fonte: Nascentes protegidas e recuperadas


– Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos – Governo do Estado
do Paraná.
Sabemos que a
14 água de boa qualidade é importante
para a nossa vida e produção.
Por isso, protegemos as nascentes,
matas ciliares e destinamos
U M E X E M P LO D E G E S TÃ O

adequadamente os lixos tóxico,


orgânico e seco.

Os dejetos dos animais


são tratados em um biodigestor,
que produz adubo e biogás. Cuidamos
também do solo, realizando o plantio
direto em terraços com rotação
de culturas.

Eles fazem parte


É importante de um todo, onde cada
estar atento aos elemento se afeta
recursos hídricos continuamente.
da propriedade!
Plantio direto
Proteção de em terraços
nascentes e curva de
nível

Separação
do lixo

Compostagem
Mata
ciliar

Descarte de
agrotóxicos
Mas, se estamos falando em água... por que essa preocupa- 15
ção com o solo?
Porque o solo é responsável por filtrar e absorver a água

U M E X E M P LO D E G E S TÃ O
da chuva, possibilitando o armazenamento nos lençóis freáti-
cos. Aos poucos, essa água é liberada aos cursos d’água. Cui-
dando do solo através da manutenção da cobertura da superfí-
cie, da contenção da enxurrada nas lavouras e impedindo que o
solo fique compactado, evita-se que fortes chuvas provoquem
erosão, perda de água, solo e nutrientes, além da poluição dos
rios e demais cursos d´água.

Assim,
se protegermos as
A seguir,
nascentes, mas não cuidarmos
saiba mais sobre
do solo, não permitiremos que
os cuidados que você
a água infiltre, armazene-se e,
pode ter com o solo
como um ciclo, transborde nas
e a água em sua
nascentes novamente.
propriedade.

Biodigestor e...
...tanque de
biofertilizante
Foto: Instituto Emater

16
Experiências
1. Plantio direto
E xperi ê ncias

O
sistema de plantio direto tem como principais funda-
mentos a mobilização mínima do solo (apenas na ope-
ração de plantio), a rotação de culturas e a proteção da
superfície do solo pelas culturas e pelas restevas (restos de fo-
lhas e caules que são deixados no campo após a colheita). É o
melhor sistema para a conservação dos recursos naturais, uma
vez que promove redução expressiva das perdas de solo, eleva
os níveis de matéria orgânica e de umidade.

Requisitos para implantação de um plantio direto

a) O produtor deve estar consciente e predisposto a aceitar


uma nova forma de manejar os recursos naturais, como o
solo e a água, em sua propriedade.

b) Para iniciar este sistema, é necessário que o produtor rural te-


nha implantado em sua lavoura práticas de controle da erosão
– como o terraceamento corretamente dimensionado para a
condição de plantio direto – e a integração das estradas com
a lavoura. Também é importante que ele realize as operações
de mecanização, especialmente o plantio em nível.
17

c) Dispor de assistência técnica especializada.

E xperi ê ncias
d) Eliminar a compactação do solo, sistematizar as áreas que
apresentem sulcos de erosão, eliminar as plantas daninhas
de difícil controle e recuperar as áreas quimicamente degra-
dadas. Considerar que a não correção dos problemas men-
cionados resultará em demora para que os efeitos benéficos
do plantio direto se manifestem.

e) Utilizar máquinas e equipamentos adequados ao sistema de


plantio direto, particularmente a semeadora, bem como evitar
operações em condições de excessiva umidade.

f) Não queimar os restos culturais, pois a palha representa co-


bertura e adubo para o solo, além de evitar erosão.
g) Para as culturas destinadas à cobertura do solo, utilizar espé-
cies que promovam boa proteção da área e alta produção de
palhada. A época e a forma correta de manejo destas cultu-
ras e palhada é fundamental.

h) Evitar o plantio continuado de uma mesma cultura na mes-


ma área.

i) Programar um esquema de rotação de culturas, uma vez que


essa prática assume um papel muito importante na viabiliza-
ção do plantio direto, principalmente em relação ao controle
de doenças e plantas daninhas.

J) Produção de palha para a proteção do solo e melhoria do


manejo da fertilidade do mesmo.
18

2. Sistema de terraceamento
E xperi ê ncias

Foto: Instituto Emater

A s águas que saem das lavouras transportam os insumos


aplicados no plantio e durante o desenvolvimento das
culturas, como adubos químicos, dejetos de animais e agrotó-
xicos. A consequência é o comprometimento da qualidade da
água, com riscos para a saúde das pessoas e dos animais.

Quando a água da chuva se infiltra no solo, em vez de


escorrer pela superfície e causar erosão, é purificada, uma vez
que o solo tem o poder de retirar da água os contaminantes
19

vindos dos adubos, dejetos e agrotóxicos. Assim, ao penetrar

E xperi ê ncias
no solo, a água ficará disponível por mais tempo para as plan-
tas e também irá abastecer, com qualidade e por um período
mais longo, as nascentes e rios.

Por outro lado, tem-se observado que as chuvas estão ocor-


rendo com elevada intensidade, e os períodos de estiagem têm
sido mais frequentes e prolongados. Tal quadro reforça a necessi-
dade de ações que consigam reter a água da chuva, de forma que
ela permaneça no interior do solo o maior tempo possível, benefi-
ciando, assim, o agricultor e a sua família.

Para reduzir a erosão causada pela água da chuva e, ao mes-


mo tempo, promover a sua infiltração no solo, duas práticas (alia-
das a outras, como cobertura do solo, rotação de culturas etc.) são
muito importantes: o terraceamento e o plantio em nível.

O primeiro tem importante função no controle da erosão


porque consegue “quebrar” a velocidade das enxurradas, colabo-
rando, assim, para a infiltração da água. Além disso, serve de orien-
tação ao produtor na realização do plantio em nível, uma prática de
uso histórico na agricultura. O terraceamento também contribui
para reduzir as perdas dos nutrientes das lavouras.

Existem orientações específicas para o cálculo do espaça-


mento entre os terraços e a sua dimensão, conforme o sistema de
produção adotado pelo produtor, tipo de solo, declividade, intensi-
dade e erosividade das chuvas, manejo dos restos culturais etc.
Para ter acesso a estas orientações, procure a assistência técnica
do seu município.
20

3. Proteção de nascentes
E xperi ê ncias

O armazenamento da água infiltrada nas partes mais baixas


dos terrenos faz com que o lençol freático suba até a su-
perfície, provocando o encharcamento do solo e propiciando o
surgimento de pequenas nascentes. Ocorre principalmente
nos brejos e matas localizadas nas depressões dos terrenos.

O que você Antigamente, as pessoas achavam


vai precisar: que as nascentes poderiam ser abertas e
protegidas com caixas ou pequenas barra-
gens. Como consequência, ocorria a rami-
ficação da nascente, transformando o lo-
cal em um banhado que era enterrado pela
deposição de terra. Atualmente, há diver-
sas outras técnicas de proteção. A seguir,
vamos explicar como fazer uma proteção
de fontes à base de solo-cimento.

3 Um metro cúbico de pedra ferro irregular (80


pedras paralelepípedo de meio fio com
0,30m de comprimento x 0,20m de largura
x 0,20m espessura);
3 ½ metro de pedra brita nº 2;
3 Um saco de cimento de 50kg de boa
qualidade;
3 3 latas de areia lavada;
3 1 0kg de cal;
Foto: Jovani Puntel

21

E xperi ê ncias
3 4m de canos de PVC soldáveis 50mm;
3 Um tampão de PVC soldável de 50mm;
32
 m de cano de PVC soldáveis 25mm;
3 6 sacos de solo peneirado sem areia e
matéria orgânica;
3 Um litro de água sanitária;
30
 ,50m² de tela sombrite para proteção
da saída dos canos de sobra de água.
22 Como fazer:

1. Faça a limpeza
E xperi ê ncias

dos arredores e da
parte interna da
fonte, retirando as
folhas, raízes e
lama, até encontrar
terra firme ou laje.

2. Jogue água no barranco


interno para a terra solta.
Isso ajudará a massa a
grudar no barranco.

3. Prepare a massa de solo-cimento:


a) Peneire a terra, retirando os ciscos;
b) Meça 3 partes do solo;
c) Meça 1 parte de cimento;
d) Misture bem o solo com o cimento;
e) Acrescente água aos poucos e misture até dar liga.
23
Fotos: Instituto Emater

4. Reboque o barranco interno da fonte utilizando a massa

E xperi ê ncias
solo-cimento, evitando a infiltração.

5. Inicie a construção
do muro, colocando
uma camada
de solo-cimento
e assentando
as pedras.
Logo após
a primeira camada
de pedras, coloque
os canos de saída
de água que serão
utilizados para canalizar até a casa. Levante mais o muro
utilizando a massa solo-cimento e pedras. Na próxima camada
de pedras, coloque os canos da sobra de água.

6. Preencha a fonte
com pedras
lavadas,
colocando
primeiro as
pedras grandes,
depois as médias
e por último as
pequenas.
24
Fotos: Instituto Emater

7. Jogue água
E xperi ê ncias

sanitária ou
hipoclorito de sódio
e a cal virgem
sobre as pedras.

8. Coloque uma
camada de 5 a 10
centímetros de pedra
brita em cima das
pedras pequenas,
cobrindo toda a fonte.

9. Coloque uma
camada de massa
de 4 a 6
centímetros
de solo-cimento,
também cobrindo
toda a fonte.

10. N
 o final, faça um chapisco com cimento e areia para evitar
rachadura do solo-cimento.

11. P
 lante árvores nativas da região, a uma distância mínima de
2 metros da fonte de água, conforme a legislação. Nunca
plante árvores exóticas, como eucalipto, pinus ou grevília.

12. F
 aça desvio na parte superior da fonte, facilitando, assim, o
escoamento da água da chuva.
25

E xperi ê ncias
13. Coloque uma tela fina nos canos de sobra de água da
fonte para evitar entrada de insetos e outros animais.

14. C
 oloque um tampão no cano de tratamento e desinfecção.

15. Construa uma cerca ao redor para evitar que animais


cheguem perto e danifiquem a fonte.

16. F
 aça a desinfecção da fonte a cada quatro meses da
seguinte forma:
a) Tampe as saídas de água;
b) R
 etire o tampão do cano de desinfecção localizado em
cima da fonte e coloque um litro de água sanitária;
c) Deixe o reservatório da fonte subir até o último cano;
d) Abra as saídas e deixe a água escorrer pelos canos
para limpá-los;
e) Repita esse processo de escoamento de água
por três vezes.
26 4. Preservação da mata ciliar

Foto: Instituto Emater


E xperi ê ncias

A mata ciliar é o conjunto de árvores, arbustos, capins, cipós


e flores encontrados nas margens de rios, córregos, lagos
e nascentes. Sua função, como os cílios dos olhos, é filtrar im-
purezas, evitando a contaminação por agrotóxicos e o assore-
amento por desbarrancamento ou sedimentos vindos das áre-
as agrícolas próximas. A ausência da mata ciliar pode ocasionar:

1. Escassez de água, pois a chuva escorre sobre a superfície e


não penetra no solo;

2. E
 rosão das margens dos rios, levando a terra e dificultando
a entrada de luz solar;

3. Pragas nas lavouras, pois não há vegetação para retê-las.


O empenho de todos os agricultores de uma microbacia 27
em preservar ou restaurar as matas ciliares garantirá vitalidade
do solo, dos rios e da diversidade de plantas e animais. Com

E xperi ê ncias
isso, há aumento da produtividade agrícola com menor custo e
garantia de um futuro melhor para a propriedade.

Como restaurar a mata ciliar

Isolamento da área: a área a ser restaurada deve ser isolada de


fatores de degradação como, por exemplo, o fogo, a descarga
de enxurradas e o acesso de animais. As enxurradas podem
ser evitadas com a adoção de práticas de conservação do solo
e os animais podem ser isolados com a construção de cercas
de arame convencionais ou elétricas. Sem o isolamento da
área dos fatores de degradação a restauração fica inviabilizada
e todo investimento realizado é perdido.

Estratégia de restauração a ser adotada: avaliar se será neces-


sário o plantio de mudas ou se a vegetação nativa tem condi-
ções de se recuperar naturalmente. Havendo dúvida, manter a
área isolada e observar a regeneração natural por seis meses,
para então definir a necessidade ou não do plantio de mudas.

Foto: Instituto Emater


28

Aspectos a serem observados na restauração da Mata Ciliar


E xperi ê ncias

através do plantio de mudas: definido o plantio de mudas co-


mo sendo a alternativa mais correta para a restauração, o agri-
cultor deve verificar as espécies disponíveis nos viveiros da
região e buscar o plantio de diferentes espécies nativas. O
ideal é que sejam contempladas espécies de crescimento rá-
pido, que possam cobrir o terreno rapidamente, e também
aquelas de crescimento mais lento.

O local de plantio deve ser manejado de forma a permitir


o pleno desenvolvimento das mudas. Deve-se mantê-las livres
de competição através de roçadas e coroamento por até dois
anos. As mudas devem ser plantadas no início da primavera
para que no inverno, quando se concentram os períodos secos,
elas já apresentem um bom desenvolvimento vegetativo. Reco-
menda-se cultivá-las em solo úmido e considerar sempre a
possibilidade de irrigá-las em possíveis veranicos. As formigas
cortadeiras devem ser combatidas antes e após o plantio.

Procure o órgão de extensão rural do seu município.


Eles poderão orientar sobre a obtenção das mudas e a
escolha das espécies mais adequadas para que o processo
de restauração da mata ciliar tenha êxito.
29

Aspectos a serem observados na restauração da mata ciliar

E xperi ê ncias
através da condução da regeneração natural: havendo condi-
ções boas de regeneração natural, ou seja, de a floresta nativa se
recuperar por si própria, podemos tomar algumas medidas que
facilitem o processo como o coroamento inicial das árvores que
regeneraram naturalmente e a roçada para rebaixamento de gra-
míneas invasoras. Em alguns casos, onde houver uma baixa va-
riedade de espécies na regeneração natural, é recomendado o
enriquecimento com o plantio de mudas de espécies nativas da
região garantindo assim uma maior biodiversidade. Outra forma
de facilitar a regeneração natural é a instalação de poleiros secos
ou vivos, que servem de ponto de descanso ou abrigo para pás-
saros silvestres disseminadores de sementes de plantas exis-
tentes na região. Os poleiros podem ser construídos através do
reaproveitamento de material existente na propriedade, como
galhadas de árvores ou varas de bambus.

Os poleiros secos podem ser transformados em vivos


através do plantio de trepadeiras na sua base, atraindo espé-
cies que não repousam em poleiros secos.
Fotos: Jovani Puntel
30 5. Destino adequado dos resíduos

O destino adequado do lixo é importante para evitar a trans-


E xperi ê ncias

missão de doenças como febre tifóide e cólera. O descarte


correto também evita a contaminação do lençol freático pelo
chorume oriundo da decomposição do lixo orgânico; das águas
superficiais, pelo lixo levado pelas chuvas e vento; e do solo,
através de componentes tóxicos como agroquímicos.

1) Resíduos sólidos inorgânicos


O lixo inorgânico, ou lixo seco, é com-
posto basicamente por papel, vidro,
plástico e metal. Deve ser limpo e se-
parado do restante dos resíduos. Ele
pode ser vendido para organizações
que trabalham com reciclagem, entre-
gue na coleta seletiva do município,
caso haja, ou ainda reciclado na pró-
pria propriedade. Existem cursos que
ensinam a aproveitá-los, transforman-
do-os em artesanato, por exemplo.

Você já ouviu falar dos 3Rs?


É importante sempre lembrar o que eles significam:
R e ut
Reduzir, Reutilizar e Reciclar. i
l iz
R e d u zi r

3Rs
ar

Ou seja:
Reduza o consumo e o desperdício,
reutilize tudo o que for possível
R

ec
lic a r
e separe o restante para reciclagem!
31

E xperi ê ncias
Com boa quantidade de
resíduos orgânicos na
propriedade, é recomendável
fazer uma compostagem
(leia na pág. 32)
Foto: Jovani Puntel
32 2) Resíduos sólidos orgânicos
O lixo orgânico, ou lixo úmido, é composto por restos de ali-
mentos como frutas, verduras, grãos, carcaças e folhas. Esta
E xperi ê ncias

matéria orgânica pode ser aproveitada como adubo em hor-


tas, jardins e pomares. Caso você tenha uma boa quantidade
de resíduos orgânicos, faça uma compostagem e utilize-a
como fertilizante orgânico nas lavouras. Há diversas formas
de fazer uma composteira. Saiba como fazer uma:

1. Faça pilhas com 2m de largura, 1,5m de altura e comprimento


variável, de acordo com a disponibilidade de materiais. O for-
mato deve ser quadrado para permitir boa penetração de água;

2. A primeira camada deve ser de gravetos e ter espessura de


15 a 20cm, para depois intercalar restos vegetais e esterco;

3. A montagem da pilha deve ser de 3x1 (três partes de restos


vegetais para uma de esterco);

4. Proceda dessa maneira até atingir 1,5m de altura:


a) Gravetos: 15 a 20cm apenas na base
b) Solo: 0,5cm
c) Esterco: 5 a 7cm
d) Restos vegetais: 15 a 20cm

5. A cada camada, molhe bastante, mas sem deixar escorrer água;

6. A última camada deve ser feita com palhas para melhor pro-
teção contra chuva e sol;

7. Pode-se fazer o enriquecimento do composto com calcário e


fosfatos naturais usando, no máximo, 2% do peso seco;
8. Com a composteira pronta, faça o manejo da seguinte maneira: 33

a. Como a decomposição da está normal e se ela estiver fria,


matéria orgânica ocorre por um não está ocorrendo a

E xperi ê ncias
processo de fermentação que fermentação. Então, é
libera calor, é necessário necessário introduzir cinza para
controlar o aquecimento para reduzir a acidez e aumentar a
que as bactérias responsáveis fermentação;
por isso não morram;
c. Além disso, é necessário fazer o
b. O controle da fermentação é revolvimento da pilha: no
feito através da introdução de primeiro mês faz-se a cada 15
uma barra de ferro em diversas dias. Nos dois meses seguintes,
partes do monte, por 2 a 3 faz-se a cada 30 dias. Em 90
minutos. Se a barra estiver dias, o composto estará pronto
muito quente, a ponto de não para uso;
conseguir segurar, será
necessário fazer o primeiro d. Após concluído o processo,
revolvimento do material. Se ela o composto diminuirá
estiver quente, a fermentação de volume.

Foto: Jovani Puntel


34 3) Resíduos tóxicos
No meio rural, esse lixo está relacionado a embalagens va-
zias de agrotóxicos que nunca devem ser reutilizadas, sen-
E xperi ê ncias

do necessário seguir a legislação vigente para a correta de-


volução. A reciclagem ou incineração deve ser feita apenas
por empresas especializadas.

A forma de dar o destino correto às embalagens vazias ini-


cia-se com a tríplice lavagem. Após o uso do produto, as
embalagens metálicas (5%), plásticas rígidas (70%) e de vidro
(25%) devem passar por esse processo.

Embalagens metálicas, plásticas rígidas e de vidro:


Como fazer a tríplice lavagem: 1

1. E
 svazie completamente a embalagem
no tanque pulverizador; 2
2. Adicione água até ¼ da embalagem;
3. Feche a embalagem e agite por 30 segundos;
4. Despeje o conteúdo novamente no
pulverizador. 3

*  epita essas ações (2, 3 e 4) por mais


R
duas vezes (encher ¼ da embalagem,
agitar por 30 segundos e despejar no
pulverizador), completando 3 lavagens.
4
5. Perfure o fundo das embalagens para evitar
que sejam reutilizadas.
5
 LEMBRE-SE SEMPRE: a lavagem deve
ser realizada durante o preparo da calda.
Após lavadas, elas devem ser guardadas
com suas tampas dentro das caixas de
papelão, para depois serem armazenadas.
Embalagens flexíveis contaminadas 35

Como fazer:

E xperi ê ncias
1. Essas embalagens de sacos plásticos
aluminizados, multifoliados e de papel contêm
uma formulação granulada ou em pó que
não podem ser lavadas por serem flexíveis.

2. Adquira o saco plástico padronizado para


esse tipo de descarte em locais de venda e
comércio especializado em produtos
agropecuários.

3. Esvazie completamente a embalagem


com produto tóxico quando estiver
usando e depois guarde dentro
do saco plástico padronizado.

Após o uso, tanto as embalagens


rígidas quanto as flexíveis devem ser

I DA D O
CU
armazenadas em local seguro,
fechado, no qual as crianças não
tenham acesso. Deve-se isolar a área

VENENO
com tela e colocar uma placa de
advertência com os dizeres:
“Cuidado, Veneno” ou
“Cuidado, Lixo Tóxico”.

Fique atento: as embalagens devem ser devolvidas a empresas


ou cooperativas que venderam o produto ou a depósitos de lixo
tóxico. Programe-se para levar todas as embalagens de agrotóxi-
co de uma vez, no final da safra, evitando trafegar diversas vezes.
36 6. Destino adequado dos dejetos

Biodigestor
E xperi ê ncias

A criação de suínos e bovinos de leite produz grande volume


de esterco e outros dejetos. Se não receberem o tratamen-
to adequado, ao se decomporem por efeito biológico, contri-
buem para a poluição ambiental, com emissões de gases noci-
vos à atmosfera e contaminação do solo e da água. Uma forma
de destinar adequadamente a produção diária do esterco está
na utilização de biodigestores.

Todo o material orgânico, vegetal e animal, passível de ser


decomposto por ação de bactérias é denominado de biomassa.
A biodigestão ocorre com a decomposição da biomassa em
ambiente controlado e na ausência de oxigênio. A biodigestão
reduz o potencial poluidor e os riscos sanitários dos dejetos
sem tratamento. Os produtos resultantes são: o biogás, que
pode ser utilizado como fonte de energia, e o biofertilizante, uti-
lizado na fertilização do solo.

Mas...O que é um biodigestor?

O biodigestor consiste em uma câmara fechada, onde o


esterco e outros restos vegetais são fermentados na ausência
de oxigênio. A função do biodigestor é fornecer as condições
propícias para que um grupo especial de bactérias degrade a
biomassa e produza biogás e biofertilizante. Existem diversos
tipos de biodigestores, mas, em geral, todos são compostos,
basicamente, por uma câmara de biodigestão anaeróbia, um
balão de armazenamento do biogás e um tanque para depó-
sito do biofertilizante.
37

E xperi ê ncias
Estábulo, biodigestor de fibra
e tanque de biofertilizante Foto: Instituto Emater

Abastecimento do biodigestor

Diariamente, toda a produção de dejetos animal deve ser re-


colhida. O esterco bovino, por exemplo, necessita de raspagem do
piso e da retirada de palhas, pedras, areia e terra antes de ser dire-
cionado para a caixa coletora. Nesta caixa deve ser adicionada
água, até formar uma pasta fluida antes de ser descarregada no
biodigestor. Os dejetos suínos, por já conter grande quantidade de
água, passam pela caixa de separação de materiais sólidos - como
pelos, pedras e areia – e, em seguida, são canalizados diretamente
para dentro do biodigestor.

Armazenamento e utilização do biogás e biofertilizante

O biogás é armazenado à pressão hidrostática em um balão


pulmão de polipropileno. Após remoção da umidade e do gás sul-
fídrico, o biogás pode ser comprimido em compressor pneumáti-
co, à pressão de 30 libras por polegada quadrada (psi), canalizado,
após passar por válvula de expansão, e ser utilizado em queima-
dores e como combustível para motores adaptados. Já o biofertili-
zante pode ser armazenado a céu aberto em tanque escavado no
solo e revestido com manta de polipropileno.
38 Requisitos para implantar o sistema de biodigestão

Para auxiliar na análise da viabilidade de implantação do


E xperi ê ncias

sistema, recomenda-se consultar o serviço de assistência téc-


nica e extensão rural como forma de:

•L
 evantar a quantidade de
Para instalar,
animais de que serão
recolhidos os dejetos. procure o serviço de
assistência técnica e extensão
•L
 evantar a produção rural do seu município!
diária de dejetos
animais possível de
Eles poderão ajudá-lo
recolhimento. a dimensionar e a instalar um
biodigestor de acordo com
a sua produção.
•D
 imensionar o potencial
de produção
do biogás.

•D
 imensionar reformas necessárias de estábulos e
pocilgas para propiciar maior volume do
recolhimento dos dejetos animais.

•C
 alcular a capacidade econômica para
amortização de financiamento necessário para
obras e equipamentos.

•V
 erificar existência de assistência técnica local
para dimensionamento, planificação, implantação
e manutenção do sistema.

•E
 fetuar orçamento de custos de implantação do
sistema de biodigestão e equipamentos
necessários.

•D
 imensionar existência de vantagem econômica
em substituir gás de cozinha, lenha e adubo
químico pelo equivalente biogás e biofertilizante.
Fossas Sépticas 39

A finalidade é reter o maior volume de excrementos dos

E xperi ê ncias
banheiros da casa. Elas devem estar localizadas na frente da
casa, com no mínimo 4m de distância; em um nível mais baixo
do terreno e longe dos poços ou de qualquer outra fonte de
captação de água (mínimo 30m de distância); as águas que
saem da fossa séptica devem ser lançadas em sumidouros
com a função de infiltrar o líquido no solo.
Existem
Como fazer: no mercado modelos
pré-moldados em concreto
1. Faça um buraco com o mínimo de ou PVC de fossas e caixas
de gordura que podem ser
1,0m de comprimento por 1,0m de
utilizados em substituição
largura e 1,5m de profundidade; ao solo-cimento, cabendo
ao produtor escolher
2. Umedeça as laterais e revesta as o mais econômico.
paredes do buraco com massa
solo-cimento;

3. No meio da fossa, levante uma parede utilizando tijolos ou


pedras e massa solo-cimento, deixando abertura suficiente
para um cano de 100mm;

4. Revesta o fundo do buraco com uma camada de massa so-


lo-cimento;

5. Instale um cano na entrada com uma curva e encaixe um


pedaço de cano, que ficará submerso na água. No cano de
saída, repita o processo do cano de entrada. Faça a instala-
ção até o sumidouro;

6. Construa a tampa de concreto com pegador com 5cm de


espessura, para facilitar sua retirada quando necessário.
40
Conclusão

A
gestão de recursos hídricos, bem como o saneamen-
conclusão

to básico são medidas que auxiliam o pequeno pro-


dutor a melhorar a produtividade e a economia da
propriedade, garantindo também um ambiente saudável
para se viver. Para serem competitivos e sustentáveis, os
agricultores familiares devem assumir seu compromisso
com o desempenho ambiental, com a biodiversidade e com
a qualidade de vida das pessoas.

O Instituto Souza Cruz acredita que


pequenas propriedades podem trans-
formar-se em grande negócios, mas
é fundamental o investimento em
habilidades profissionais e na ges-
tão sustentável da propriedade.
As experiências desta publicação
podem, sem dúvida, contribuir
41

para o sucesso de empreendimentos no meio rural. Os temas

conclusão
apresentados não se encerram aqui e é recomendável que, ha-
vendo interesse, o produtor busque o devido aprofundamento.
Em caso de dúvidas na implementação das boas práticas, a
orientação é procurar auxílio em um órgão de extensão rural.

A cartilha Gestão de Recursos Hídricos em Propriedades


Rurais pretende tornar-se uma ferramenta útil na construção
de territórios rurais com melhores condições de vida, mais
prósperos e sustentáveis.
42
Referências bibliográficas
JEDE, Altair L., OLIVEIRA, Éder de, WALKOWICZ, Jussara e
refer ê ncias bibliográficas

CALDAS, Rosangela. Saneamento Básico Rural: Qualidade da


Água no Meio Rural. Curitiba: Instituto Emater, 2010.

LENGEN. Johan Van. Manual do Arquiteto. Livraria do


Arquiteto, Porto Alegre. 2004

OLIVEIRA, Éder de e SCHUROFF, Jane P. dos Santos.


Saneamento Básico Rural: Destino Adequado do Lixo na Área
Rural. Curitiba: Instituto Emater, 2010.

OLIVEIRA, Éder de, SOCOLOSKI, Lucia e CALDAS, Rosangela.


Saneamento Básico Rural: Tratamento e Destino de Dejetos
na Área Rural. Curitiba: Instituto Emater, 2010.

PARANÁ. Nascentes Protegidas e Recuperadas. Curitiba:


SEMA, 2010.

SCHISTEK, Harold. Uma nova tecnologia de construção


de cisternas usando como estrutura básica tela galvanizada
de alambrado. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo
de Água de Chuva, Teresina. 2005. Disponível em:
http://www.abcmac.org.br/files/simposio/5simp_harold_
cisternadealambrado.pdf. Acesso em: 12 /03/2013

MMA. Água um recurso cada vez mais ameaçado. Disponível


em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_
publicacao/140_publicacao09062009025910.pdf. Acesso
em 01/03/2013.
www.institutosouzacruz.org.br

Rua da Candelária, 66 – 4º andar


Centro, Rio de Janeiro – RJ
CEP: 20091-900

Telefone: 21.3849.9619

Você também pode gostar