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CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA POR FOSSAS NEGRAS E

EXPOSIÇÃO DA FOSSA SÉPTICA COMO ALTERNATIVA VIÁVEL¹

Acadêmicos
Cássio Guilherme²
Derick Eleutério Rodrigues de Moura²
Glicério Luiz Queiroz²
Igor Gabriel Coutinho Gonçalves²
Jean Pablo Oliveira de Limal²

Orientador
Esp. Claudio Gomes da Silva³

1 Trabalho apresentado à Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, como requisito de


avaliação para o interdisciplinar do curso de engenharia civil, maio de 2017.
2 Acadêmico do 3° Período de Engenharia Civil pela Faculdade de Rolim de Moura -
FAROL.
3 Coordenador e Professor do curso de Engenharia Civil na Faculdade Rolim de Moura -
FAROL.

Resumo:
No final do século passado, iniciaram-se as preocupações com o meio ambiente, tais como a necessidade da
gestão dos recursos hídricos e de contenção do desmatamento, e desde então, desenvolver tecnologias que
favoreçam a humanidade e que não agridam o meio ambiente tem sido uma necessidade. É diante deste contexto,
que o presente trabalho apresenta a importância de tratar sobre as fossas negras e suas consequências para a
saúde humana e para o meio ambiente, e também apresentar uma alternativa viável que substitua aquelas.

Palavras-chaves: fossa negra, fossa séptica, gestão ambiental.

1 INTRODUÇÃO

Desde a Roma antiga os romanos sabiam dos riscos de se conviver com o esgoto1 (A
realidade do Saneamento Básico no país (2017): documentário. 15 maio 2017), e desde então
vem se adotando medidas para sanar esse problema. Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que
exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social.
Atualmente parece que esses conhecimentos foram deixados de lado, o Brasil segundo o
Instituto Trata Brasil ocupa a 112° posição, em um conjunto de 200 países, no quesito
saneamento básico e que sete crianças morrem todos os dias vítimas de diarreia e 700 mil
pessoas são internadas a cada ano nos hospitais públicos devido à falta de coleta e tratamento
de esgoto.

1
Abertura ou cano por onde correm ou se esgotam líquidos ou dejeções.
2

O presente artigo visa expor a importância que a água tem para os seres vivos e a
necessidade de desenvolver tecnologias que favoreçam o ser humano e que não prejudiquem o
meio ambiente. Além de entender o funcionamento, do ponto de vista da engenharia sanitária,
das fossas negras e verificar sua possível contribuição para a contaminação ambiental, expor o
funcionamento das fossas sépticas e verificar sua viabilidade como alternativa para o uso de
fossas negras.

2 METODOLOGIA

Almejando atingir os objetivos propostos pelo trabalho o grupo pesquisou, durante o


período de 13 de maio de 2017 a 24 de maio de 2017, referências teóricas já existentes tais
como documentários, artigos científicos e livros a respeito, para se embasar no assunto
referido criando assim um portfólio de conhecimento.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Fossas Negras

Fossa negra também conhecida como fossa rudimentar, “é a forma mais primitiva de
saneamento desenvolvida pelo homem na tentativa de afastar de si os problemas de saúde e
bem-estar causados pela presença no ambiente de contaminantes oriundos dos mais diversos
dejetos. ” (Fossa Negra (2016): internet. 17 maio 2017). Consiste basicamente em um buraco
escavado no solo para onde são direcionados os esgotos, a fossa negra não é tida como um
método de tratamento de esgoto, mas apenas como um depósito, evitando com isso seu
descarte em lagos, rios etc.
Esse tipo de fossa pode, ou não, contar com revestimento. Nos casos onde a mesma
não possui revestimento, o esgoto afluente ali despejado se infiltra através do solo podendo
atingir os lençóis freáticos, dessa forma há a contaminação de ambos os ambientes
prejudicando o equilíbrio ambiental. Em muitos casos a saúde humana também é prejudicada,
pois com muita frequência há o desenvolvimento de doenças em seres humanos causadas por
ingestão de águas contaminadas (Figura 1).
3

Figura 1: Contaminação do lençol freático via fossa negra, Imagem: Renato Peixoto Brandão, Brasília 2014.

O modelo de fossa negra que possui revestimento não permite que haja o escoamento
do esgoto afluente para o solo, fazendo com que a mesma funcione como um método de
armazenamento, sendo assim necessário de tempos em tempos a contratação de um prestador
de serviços especializados que seja responsável por retirar os dejetos dali, e direcioná-los para
o local correto, como estações de tratamento de esgoto.

3.2 Importância da disponibilidade de água potável para o ser humano

A água é uma substância essencial para a sobrevivência todos os organismos, segundo


CONSTANTINO (apud Laranjeira, 2008) “a água assume uma função de extrema
importância no nosso organismo, assentando todo o metabolismo humano em reações
desenvolvidas em soluções aquosas”. Está presente em abundância no planeta (cobre cerca de
70% da superfície da Terra), sendo tão importante que o desenvolvimento de qualquer
ecossistema gira em torno da disponibilidade da mesma. Calcula-se que o volume de água
disponível no planeta corresponde à 1.386x106 Km³ (conforme a Tabela 1) (BRAGA,
Benedito et al, 2005).
Vale frisar que nem toda fonte de água pode ser utilizada diretamente pelo homem,
como a água das geleiras por motivos econômicos e a água salgada dos mares, que não pode
ser utilizada diretamente como forma de suprir as necessidades biológicas humanas.
Conforme BRAGA, Benedito et al (2005, p. 74) “Do total apresentado [...], somente 0,5%
representa água doce explorável sob o ponto de vista tecnológico e econômico, que pode ser
extraída dos lagos, rios e aquíferos”, porém ao se retirar as parcelas referentes à água já
4

poluída e à água doce localizada em locais de difícil acesso, obtém-se o valor de 0,003% de
água doce explorável (BRAGA, Benedito et al, 2005).

Tabela 1: Distribuição porcentual do volume de água no planeta. Fonte: BRAGA, Benedito et al (2005).
Localização Volume (106 Km³) Porcentagem da água total (%)

Oceanos 1338 96,5

Água subterrânea 23,4 1,7

Doce 0,76 0,055

Umidade do Solo 0,0012 0,05

Calotas polares 24,1 1,74

Geleiras 0,041 0,003

Lagos 0,176 0,013

Pântanos 0,011 0,0008

Rios 0,002 0,0002

Biomassa 0,0001 0,003

Vapor na atmosfera 0,001 0,04

Total de água doce 2,53 100

Total 1.386 100

Segundo BRAGA, Benedito et al (2005, p. 74):

É fundamental que os recursos hídricos apresentem condições físicas e


químicas adequadas para sua utilização pelos organismos. Eles devem
5

conter substâncias essenciais à vida e estar isentos de outras substâncias


que possam produzir efeitos deletérios aos organismos que compõem as
cadeias alimentares.

É muito comum as pessoas acreditarem que não irão sofrer problemas relacionados à
escassez de recursos hídricos, pois a quantidade de água disponível no planeta é muito grande,
porém, conforme visto anteriormente, a quantidade de água doce explorável pelo ser humano
é irrisória quando comparada com o volume de água total, além de que os recursos hídricos
também devem ser caracterizados de acordo com sua qualidade, e não somente com a
quantidade. Por exemplo, o despejo de esgotos nos corpos de água não altera a quantidade de
água disponível, porém afeta a qualidade da mesma tornando-a inutilizável para
abastecimento humano.
A degradação da qualidade da água gera diversos efeitos sobre a saúde humana e de
outros seres vivos que fazem uso dela. Há diversos estudos que expõem consequências
alarmantes a respeito dessa degradação, como por exemplo, WREGE (apud Moraes & Jordão,
2002) afirma que “[...] a cada 14 segundos, morre uma criança vítima de doenças hídricas.
Estima-se que 80% de todas as moléstias e mais um terço dos óbitos dos países em
desenvolvimento sejam causados pelo consumo de água contaminada”, evidenciando assim
que o investimento em saneamento básico é um dever, para com a população.

3.3 Saneamento básico

O saneamento é o “conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições


do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a
qualidade de vida da população” (Manual do Saneamento básico (2012): internet. 24 maio
2017).
No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido
pela Lei nº. 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e para
a política federal de saneamento básico, e definindo o saneamento básico como:

“Conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:


a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação
até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos
esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio
ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-
estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
6

destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de


logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das
respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final
das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. ”

Que apesar de garantir a universalização2 do acesso, não está presente na maioria dos
municípios brasileiros.

3.4 Saneamento na região norte

Números da tabela do ranking de saneamento das 100 maiores cidades de 2017,


mostram que o saneamento é precário em todo o país, mas a região norte é onde se apresenta a
situação mais dramática, onde se encontra 5 das piores cidades do ranking (figura 2). Sendo,
Ananindeua no Pará a pior do Brasil tendo apenas 28,81% da sua água tratada e 2,09% do seu
esgoto tratado. E Porto Velho, a capital de Rondônia, aparece ocupando a 97° posição, sendo
a única de Rondônia, com 33,96% da sua água sendo tratada e apenas 3,71% do seu esgoto
sendo tratado.

Figura 2: Ranking do Saneamento das 100 Maiores Cidades - 2017, com destaque nas últimas colocadas.
Fonte: Instituto Trata Brasil.

3.5 Fossa Negra e a Saúde

Como já dito acima, a água é essencial para nossa vida. E a degradação dela é um risco

2
Universalizar, generalizar, tornar único.
7

muito grave a saúde humana e do meio ambiente como um todo. Sabemos que a maioria dos
municípios Brasileiros não conta com nenhum tipo de coleta e tratamento de esgoto, cabendo
assim a população tentar sanar este problema. Sem nenhum tipo de conhecimento técnico, a
fossa negra passa a ser adotada como solução, sendo a maneira mais simples e barata para
resolver o problema, utilizá-la demonstra desconhecimento da inter-relação fossa negra e
lençol freático, pois seu uso contamina o lençol freático gerando diversos problemas de saúde
e a proliferação de vetores, tornado um simples ato de matar a sede com um copo de água um
risco para a saúde. Como também é comum nessas regiões, boa parte da população conta com
o poço artesiano para a obtenção de água para beber, e quando são construídos próximos um
do outro a água do poço acaba se contaminando (em períodos de chuva essa contaminação se
torna mais rápida) como foi mostrado na figura 1. Algumas das doenças de veiculação hídrica
são diarreia, dengue e leptospirose, elas atingem principalmente essas áreas. A tabela que
relaciona Doenças nas 10 melhores x 10 piores cidades dentre as 100 maiores do Brasil,
segundo Instituto Trata Brasil.

Tabela 2: Doenças das 10 melhores x 10 piores cidades, com destaque na primeira e na única de Rondônia.

Vendo a tabela é possível ver que em cidades que o nível de saneamento é alto diminui
se muito o risco de se contrair essas doenças, consequentemente reduzindo o gasto com a rede
pública de saúde. Mas como não são todos que possuem acesso a ela e se faz necessária a
utilização de uma alternativa viável para a fossas negras.

3.6 Alternativa para substituição da fossa negra

“As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas
servidas3[...] a fossa séptica destina-se a separar e transformar a matéria sólida contida nas
águas de esgoto e descarregar no terreno, onde se completa o tratamento” (CREDER, Hélio,

3
Águas que sofreram alterações físico-química e biologicamente.
8

1984, pag!@$#$$#$!).
CREDER, Hélio (1984, pag !#$$!$!$!):
Nessas fossas, as águas servidas sofrem a ação das bactérias anaeróbicas -
microrganismo que só atuam onde não circula o ar. Sob a ação dessas bactérias,
parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em substância solúvel
que, deposita-se, no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e forma-se,
na superfície do líquido, uma camada de espuma ou crosta constituída de substância
insolúvel mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação
das bactérias.

A fossa séptica é uma ótima opção para substituir a fossa negra, ela não permite o
contato do esgoto afluente com o solo assim que chega ao local e consiste em fazer um
tratamento primário do esgoto afluente de forma que, após passar pelos processos de
tratamento, o mesmo esteja livre de sólidos em suspensão4, com a concentração de patógenos
drasticamente reduzida e pronto para ser devolvido ao meio ambiente. Existem vários
modelos de fossa séptica, porém, aqui será tratado apenas sobre um dos modelos mais
comuns, o qual é composto por um tanque séptico e um sumidouro5.
Segundo a ABNT (NBR 7229/93), o tanque séptico é uma “unidade cilíndrica ou
prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de
sedimentação, flotação e digestão”. O esgoto afluente ao chegar no tanque séptico (Figura 3),
terá em sua composição líquido contaminado com patógenos e matéria orgânica
biodegradável (sólidos em suspensão). Primeiramente através de um processo de
sedimentação, os sólidos em suspensão se separam do líquido devido à gravidade e se
depositam no fundo do tanque (a partir desse momento passam a ser chamados de “lodo”),
então passarão pelo processo de digestão, onde os micro-organismos ali presentes irão iniciar
o processo de decomposição anaeróbia da matéria. Na parte superior do tanque há o acúmulo
de escuma, uma mistura de gases e matéria graxa, que flutua sobre o líquido, a partir daí os
mesmos são direcionados para o sumidouro.
O sumidouro é composto por sucessivas camadas de brita de diferentes tamanhos,
desde a brita zero até a brita 4, onde o efluente entrará em contato com solo após se infiltrar
através dessas camadas. Mesmo após passar por esses processos, o efluente que entra em
contato com o solo não pode ser utilizado para consumo humano, porém pode ser utilizado
para algumas atividades secundárias como irrigação de culturas desde que os alimentos não
sejam ingeridos crus como a alface, ou pode simplesmente ser devolvido ao solo, sem causar
grandes prejuízos ambientais como a fossa negra.
4
Os sólidos em suspensão são partículas que permanecem suspensas na água devido ao
movimento da água, ou porque a densidade da partícula é inferior ou igual à da água.
5
O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a infiltração do efluente da fossa séptica no solo.
9

Figura 3: Funcionamento de um tanque séptico. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR
7229/92.

3.5 Fossa negra, execução, custo benefício e descarte de efluentes

Do ponto de vista qualitativo, já sabemos que a fossa negra é o meio mais simples e
barato encontrado pelo homem para fazer o descarte de efluente, ainda nos dias de hoje, é
comum encontrarmos esse tipo de fossa irregular em regiões pobres das cidades que não
possuem acesso à rede de esgoto. Sua execução consiste na retirada do solo em um formato
cilíndrico que possibilite a disposição dos efluentes, deste modo, seu custo de produção será
dado em função da quantia de solo retirado, o cobrimento e revestimento do buraco, podendo
variar o valor a ser cobrado pelo serviço em cada região, bem como o serviço de limpeza que
é feito, conforme o enchimento da fossa, por caminhões equipados com sistema de auto
vácuo, que em tese transportam esses resíduos líquidos para um local apropriado de descarte,
não sendo assim, esses efluentes acabam sendo descartados de maneira irregular,
contaminando o solo e lençol freático, ocasionando sérios problemas à saúde e meio
ambiente.
Existem leis no Brasil que regulamentam o descarte correto dos efluentes líquidos
industriais para evitar que resíduos tóxicos e perigosos poluam e contaminem o meio
ambiente, provocando muitas vezes desastres ambientais. Existem poucas ocorrências diretas
de efluentes líquidos lançados na natureza. De acordo com Martins, Henrique Martins Neto,
especialista em Química Ambiental da EQMA Engenharia & Consultoria. As indústrias
10

podem optar por enviar o efluente à rede coletora de esgoto municipal ou fazer o envio direto
à ETE (Estações de Tratamento de Esgoto) por meio de caminhões. “O problema são os
descartes clandestinos, realizados por empresas, geralmente de pequeno porte, que não têm
sua atividade homologada e fazem o descarte de seus despejos direto na natureza.” De acordo
com Leonardo Zanata, consultor ambiental da High Lever Resources (HLR). O principal
problema ou dificuldade técnica que as empresas enfrentam no descarte de efluentes é a
tratabilidade de determinados efluentes, que varia conforme cada caso. Isso quer dizer que
cada tipo diferente de atividade vai gerar um tipo diferente de despejo líquido industrial. “As
indústrias químicas, por exemplo, possuem diversas linhas produtivas e, portanto, geram
efluentes específicos, que, muitas vezes, quando combinados, tornam o tratamento final muito
mais complexo ou ainda efluentes que requerem etapas de pré-tratamento em locais e
condições específicas”, explica o especialista em Química Ambiental da EQMA. Como
solução, algumas empresas preveem um espaço para ampliações em seus projetos. “Porém,
aqueles que não fazem esse planejamento ou que não possuem espaço físico para ampliação
devem tomar ações alternativas, como realizar um estudo de adequação em suas plantas para
identificar tecnologias e formas mais adequadas de tratar seus efluentes”, afirma.

4 CONCLUSÕES

O meio ambiente é um fator decisivo na qualidade de vida dos seres vivos e tende a
estar sempre em equilíbrio, a não ser que forças externas atuam sobre ele. Nos últimos séculos
o ser humano tem atuado fortemente sobre o meio ambiente prejudicando seu equilíbrio
através de diversas atividades, como o descarte inadequado de esgotos que gera a
contaminação de solos e águas, prejudicando todo o ecossistema. Tomando este como
exemplo, é necessário o desenvolvimento de bons sistemas de saneamento básico que cuidem
de tratá-lo antes de o devolver ao meio ambiente, e nos locais onde não houverem esse tipo de
saneamento, deve-se buscar alternativas viáveis como as fossas sépticas. O ser humano como
grande agente causador de desequilíbrios ambientais deve, portanto, cuidar de seu meio
ambiente a fim de evitar problemas a si mesmo.

REFERÊNCIAS

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1984.
11

BRAGA, Benedito; HESPANHOL, Ivanildo; CONEJO, João G. Lotufo; MIERZWA, José


Carlos; THADEU, Mario L. de Barros; SPENCER, Milton; PORTO, Monica; NUCCI,
Nelson; JULIANO, Neusa; EIGER, Sérgio. Introdução à Engenharia Ambiental - O
desafio do desenvolvimento sustentável. 2ª ed. 2005, p. 73-77.

ABNT. NBR 7229: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Set.
1993.

LARANJEIRA, Sueli Aparecida Tabian. Água: o princípio da vida. São Paulo. 2008.

MORAES, Danielle Serra de Lima; JORDÃO, Berenice Quinzani. Degradação de recursos


hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/25351/27096>. Acesso em maio 2017.

RUBIM, Cristiane. O descarte de efluentes líquidos industriais deve ser sempre tratado.
Disponível em: <http://www.meiofiltrante.com.br/internas.asp?id=16202&link=noticias>.
Acesso maio 2017.

INSTITUTO TRATA BRASIL. Ranking do Saneamento das 100 Maiores Cidades – 2017.
Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-das-100-maiores-
cidades-2017>. Acesso em maio 2017.

INSTITUTO TRATA BRASIL. Tabela das 10 melhores cidades do ranking de


saneamento x 10 piores cidades do ranking do saneamento - entre os 100 maiores
municípios do Brasil. Disponível em:
<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/estudos/doencas/tabela-20-cidades.pdf>. Acesso em
maio 2017.

INSTITUTO TRATA BRASIL. O que é saneamento?. Disponível em:


<http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento>. Acesso em maio 2017.
INSTITUTO TRATA BRASIL. A realidade do Saneamento Básico no país. Documentário.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=69N9aYM9bco&t=829s>. Acesso em
maio 2017.
12

INSTITUTO TRATA BRASIL. Manual do Saneamento Básico. 2012. Disponível em:


<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/pesquisa16/manual-imprensa.pdf>.
Acesso em maio 2017.

BRASIL. Lei 11.445/2007. Diretrizes nacionais para o saneamento básico. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em
maio 2017.

ECO CASA. Fossa Negra. Disponível em: <http://www.ecocasa.com.br/fossa-negra>.


Acesso em maio 2017

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