Promover a transparência

e a responsabilidade durante a
COVID-19

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Cidadania Participativa
ESTRADA LAR DO PATRIOTA RUA V, TRAVESSA 2, N.º584-A
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Angola não pode ignorar a corrupção durante a resposta a COVID -19.É por demais consabido,
que mesmo em tempos ordinários, os níveis de corrupção no sector da saúde são elevados.
Em épocas extraordinárias como esta que vivemos, precisam de ser reforçados os
mecanismos de prevenção, contenção e combate à corrupção...
Sabia que:
Mesmo em tempos normais, segundo dados divulgados pelo PNUD, a inves gação
tem mostrado que a corrupção no sector da saúde causa perdas de cerca de 455 mil
milhões de dólares por ano e, segundo es ma vas da OCDE, até 2 biliões de dólares
em custos de aquisição (compras) podem ser perdidos por corrupção.
A adopção de um órgão de supervisão mul lateral e mul -sectorial, envolvendo
governos, sociedade civil, academia e ins tuições de combate à corrupção, auditoria
e supervisão, pode ajudar a aumentar a sensibilização, e a fazer a ponte entre as
comunidades de saúde e an -corrupção, promovendo o diálogo e a cooperação para
mi gar os riscos de corrupção e rar o máximo par do dos recursos disponíveis.
Os mecanismos de monitorização liderados pela comunidade que colocam uma maior
confiança na responsabilização social da base para o topo por parte do próprio público
são centrais para uma resposta robusta.
As medidas para aumentar a transparência dos dados e a tomada de decisões, bem
como os canais para os cidadãos comunicarem com segurança os casos de potenciais
actos de corrupção, são de importância primordial.
Deve ser encorajada a u lização de tecnologia digital para comunicar produtos
médicos falsificados, escassez de fornecimentos, e outras irregularidades relacionadas
com aquisições ou bens.
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Conheça alguns exemplos de prá cas inteligentes an -corrupção que estão a ser u lizadas
por alguns países durante a resposta à pandemia COVID-19:
Na Ucrânia, as reformas an -corrupção obrigam a que todos os contratos de emergência
sejam publicados na íntegra, par lhados como dados abertos, incluindo as condições de
pagamento e entrega, e o valor. A sociedade civil desenvolveu uma ferramenta de inteligência
empresarial para monitorizar as aquisições médicas e despesas de emergência relacionadas
com a COVID-19, e inclui informações como o nome dos ar gos, o preço por ar go, os termos
e o fornecedor.
A Colômbia u liza uma plataforma de e-procurement (licitação electrónica) que está em
conformidade com a Norma de Dados de Contratação Aberta, mesmo que tenham sido
anunciados procedimentos de emergência. O Ins tuto Nacional de Saúde da
Colômbia divulga não só dados e informações sobre concursos,mas também
também todos os comentários técnicos recebidos de potenciais fornecedores.
O Brasil tem um site de transparência na gestão da COVID-19 em cada Estado Federal. Nestes
sites, são encontradas informações referentes aos gastos com compras, endividamento
público, esta s ca de casos e sua localização, etc. Além disso, o governo Federal brasileiro
também dispõe de um site onde divulga toda despesa pública para o enfrentamento à pandemia.
A resposta COVID -19 também nos lembra que ins tuições eficazes são uma parte essencial
da preparação para uma pandemia. A criação de capacidade ins tucional e a garan a de
medidas e sistemas para prevenir a corrupção e ins tucionalizar a transparência e a
responsabilização ajudarão a obter melhores resultados de saúde que beneficiariam toda a
sociedade após a pandemia.
Dado o enorme fardo que se espera dos países para planear, responder e recuperar da actual
pandemia, a corrupção deve ser considerada como uma barreira significa va para uma
resposta bem -sucedida. É vital concentrar-se na abordagem dos riscos de corrupção que
podem prejudicar mais seriamente a resposta da COVID -19, tanto na resposta à crise a curto
prazo como na fase de recuperação.
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Governo aberto, Governo 2.0, e governo electrónico são todos termos u lizados para
descrever como os governos na era digital podem u lizar a informação e a tecnologia
para reduzir a corrupção e aumentar a transparência governamental, a responsabilização,
a eficiência e a par cipação dos cidadãos.
O que significam estes termos no contexto do nosso trabalho?
Como definimos um governo aberto e enquadramo-lo no nosso trabalho? Porque é que
é importante?
Para nós n a Associação Pro Bono Angola, os termos transparência governamental,
par cipação dos cidadãos, e governo aberto são ferramentas para ligar os cidadãos aos
detentores do poder e construir laços de feedback . Quando os cidadãos têm acesso à
informação governamental e sabem como u lizá - la para responsabilizar o governo,
podem quebrar ciclos de corrupção sistémica e estabelecer um novo padrão de
integridade.
Acreditamos que a falta de res ponsabilização (impunidade) está na raiz de quase todos
os desafios de desenvolvimento, incluindo a pobreza, a desigualdade e a violência. Sem
os instrumentos de responsabilização da transparência, par cipação dos cidadãos e
governo aberto, os fundos públicos são desviados, os recursos não são u lizados
eficientemente, as vozes dos cidadãos não são ouvidas, e as necessidades básicas não
são sa sfeitas.
Algumas das ferramentas que ajudámos a criar para esta causa são: programa
radiofónico em que os jornalistas, convidados em estúdio e os ouvintes debatem e
trocam informações sobre serviços governamentais de uma forma que os cidadãos
possam compreender, e promovemos também palestras (directos) e presenciais em escolas
focadas na responsabilização que ensi nam aos jovens como lidar, prevenir e combater a
corrupção nas suas comunidades e depois organizam encontros comunitários onde membros da
comunidade e partes interessadas do governo par cipam e discutem as questões. No
entanto, como membros, apercebemo - nos de que a obtenção de transparência
governamental real e sustentável, a par cipação dos cidadãos e o governo aberto requerem
uma variedade de perspe vas e uma ampla colaboração.
Como pode a tecnologia ajudar a promover a transparência e combater a corrupção?
Os nossos parceiros cívicos locais estão a u lizar cada vez mais a tecnologia nos seus esforços
de monitorização do processo polí co (PPM). Embora haja muitas variações, estas ac vidades
picamente enquadram-se em cinco pos principais de monitorização: monitorização
legisla va; monitorização do orçamento, defesa do orçamento e acompanhamento das
despesas; relatórios sombra; monitorização do acompanhamento governamental (incluindo
prestação de serviços); e monitorização relacionada com campanhas. Cada po de
monitorização corresponde a diferentes pontos de entrada onde os grupos locais podem
par cipar no processo polí co. Por exemplo:
- Os grupos que realizam inicia vas de monitorização legisla va observam directamente
sessões legisla vas e comissões, entrevistam legisladores e u lizam inquéritos para captar as
perspec vas dos cidadãos. Este po de monitorização des na-se a promover a
responsabilização, avaliando publicamente o desempenho do legislador e determinando a
eficácia legisla va global na sa sfação das necessidades dos cidadãos.
- Quando os grupos pretendem responsabilizar o seu governo pelas dotações orçamentais e
despesas, geralmente começam por monitorar as sessões dos comités orçamentais e
examinar os documentos orçamentais. Os resultados destas ac vidades podem ser u lizados
para iden ficar questões que necessitam de maior escru nio, informar campanhas de defesa
do orçamento que procuram alterações específicas no orçamento ou no processo
orçamental, acompanhar as despesas do governo e assegurar que os fundos atribuídos são
u lizados eficientemente e como se pretende.
- Os relatórios sombra podem ser desenvolvidos por grupos - frequentemente de populações
tradicionalmente marginalizadas - a fim de monitorar e sensibilizar o governo para o
cumprimento de um tratado internacional assinado, convenção ou declaração. Estes grupos
pesquisam e produzem relatórios que iden ficam e analisam os pontos fortes e fracos das
polí cas, programas e serviços públicos relevantes para o acordo internacional. Os relatórios
são então subme dos a uma ins tuição mul lateral em conjunto com o relatório "oficial" do
governo sobre o seu cumprimento do tratado, convenção ou declaração assinada.
- Depois de um governo ter tomado uma decisão oficial - tal como aprovar uma polí ca de
violência domés ca, assinar um acordo de par lha de poder, avançar com reformas
eleitorais ou iniciar um processo de reforma cons tucional
- a sociedade civil pode
responsabilizar os governos, monitorizando a implementação destas decisões.
Normalmente levada a cabo por uma coligação de OSC para apoiar uma inicia va de defesa
ou sensibilização em curso, o acompanhamento do governo implica a recolha de
informações através de pontos de vista e observações de informadores chave.
O produto resultante é frequentemente um relatório que a coligação distribui depois ao público.
- Tirando par do do espaço polí co criado por uma eleição, a sociedade civil pode conduzir
uma monitorização relacionada com a campanha, reunindo, analisando e publicitando em
formação em plataformas par dárias, o seguimento dos candidatos às promessas de
campanha ou o cumprimento das promessas assinadas durante uma campanha. Estes pos
de ac vida des de monitorização permitem aos cidadãos estabelecer um conjunto de
expecta vas que podem ser u lizadas para responsabilizar os funcionários públicos por
acções antes e depois de uma eleição.
Apoios:
``SOS TRANSPARÊNCIA´´
A sua nova companhia informa va na 97.5 em FM, quinze-
nalmente, às quartas-feiras, das 09h00 as 10h00.
A pensar em si, e de modo a contribuir para o desenvolvi-
mento do nosso país, a Associação Pro Bono Angola está a
implementar este programa de Rádio que lhe trará todas as
novidades e actualizações sobres as acções posi vas ou
nega vas do Governo, em torno da gestão dos fundo alocados
para o combate à COVID-19.
O QUE É O PROGRAMA SOS TRANSPARÊNCIA?
É uma rubrica informa va para levar aos ouvintes informações
actualizadas sobre a gestão dos fundos públicos des nados à
prevenção e combate à Pandemia COVID-19.
QUAL É O OBJECTIVO DO PROGRAMA?
COMO POSSO PARTICIPAR OU CONTRIBUIR PARA
O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA?
Pode contribuir/par cipar para o desenvolvimento do pro-
grama enviando-nos as suas crí cas / sugestões ou
opiniões através dos contactos abaixo indicados.

O objec vo do Programa SOS Transparência é contribuir para

uma maior disseminação de informação sobre a gestão dos
fundos públicos alocados para a prevenção e o combate à
covid-19 e despertar a consciência crí ca dos cidadãos para
par ciparem do processo de promoção da transparência e
e responsabilidade na gestão pública.

EM QUE ESTAÇÃO DE RÁDIO É TRANSMITIDO O PROGRAMA Produção:

SOS TRANSPARÊNCIA?
O Programa SOS Transparência é transmi do na Estação da
Emissora Católica de Angola – Rádio Ecclésia, Cidadania Participativa
na frequência 97.5 FM.

COM QUE FREQUÊNCIA, E EM QUE DIA DA SEMANA E HORA

É TRANSMITIDO O PROGRAMA SOS TRANSPARÊNCIA?
O programa é transmi do quinzenalmente, às quartas-feiras,
no período das 09h00 às 10h00, da manhã.

A QUE GRUPO OU FAIXA ETÁRIA SE DESTINA O PROGRAMA?

O programa des na -se a todos/todas as pessoas em idade
ac va, em pleno gozo e exercício dos seus direitos civis,
especialmente às mulheres e homens mais jovens sobre
quem recai a responsabilidade de contribuir significa vame-
nte para o desenvolvimento do país.
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9 Transparência
SOS