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Cada uma das Ciências possui sua própria linguagem, conceitos fundamentais

que não podem ser transferidos de uma linguagem para a outra. Todavia, os
vários exemplos ocorridos durante nossa história e apresentados, brevemente,
por Morin (2003) em seu texto, comprovam que é possível encontrar pontos de
interligação entre elas. Talvez, essa tentativa de encontrá-los passe, primeiro,
pelo reconhecimento de que nenhuma ciência é superior à outra e que o
diálogo entre elas é saudável e imprescindível para que se construam novos
conhecimentos, sobretudo, conhecimentos que possam, de alguma forma,
contribuir para a construção de uma sociedade melhor. A meu ver, se
concebida como troca e cooperação entre as várias disciplinas, a
interdisciplinaridade é sempre possível se os sujeitos envolvidos se dispuserem
a dialogar, identificar os pontos em que as disciplinas se entrecruzam, que
divergem e que se complementam, considerando as partes e o todo,
procurando as correlações entre os saberes, a fim de que os conhecimentos de
cada uma sejam somados para se responder ou resolver uma questão maior.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: Repensar a reforma, reformar o


pensamento. Trad. Eloá Jacobina. 8a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2003.

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