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JAMIL CHADE

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ONU: Itamaraty rompe pela 1ª vez com bolsonarismo no


Conselho de Segurança

Reunião do Conselho de Segurança da ONU


Imagem: CARLO ALLEGRI/REUTERS

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05/01/2023 18h57 Aposte Responsavelmente 18+
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Em sua primeira participação no Conselho de Segurança da ONU desde que


tomou posse, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva rompe com as posturas
adotadas nos últimos quatro anos pelo governo de Jair Bolsonaro e alerta
sobre o comportamento do governo de Israel.

O Brasil foi eleito no ano passado para um dos assentos rotativos no Conselho,
para um mandato de dois anos. Mas, com eleição presidencial no meio, a
participação do Brasil promete ser radicalmente diferente em 2023, em
comparação aos pontos adotados em 2022.

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Israel era considerado como um dos principais parceiros do bolsonarismo que,


desde que assumiu o Itamaraty em 2019, modificou a tradicional postura do
Brasil nos temas do Oriente Médio. O Itamaraty passou a votar ao lado dos
israelenses e americanos nas decisões que a ONU deveria tomar sobre a
região, isolando-se de grande parte do mundo em desenvolvimento.

Ao tomar posse da chancelaria no último dia 2 de janeiro, o novo ministro


Mauro Vieira indicou que o Brasil voltaria a adotar uma postura mais
"equilibrada" nos temas sobre Israel e que a posição nacional seria baseada
no direito internacional. Ou seja, o Brasil reconheceria as fronteiras
estabelecidas em acordos internacionais e os arranjos, inclusive para que se
evite considerar Jerusalem como capital de Israel.

Nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU foi convocado às


pressas para debater a crise na região, diante da decisão do ministro de
Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de fazer uma incursão na
Esplanada das Mesquitas ("Haram-El-Sharif"). A visita foi considerada como
uma provocação por parte da comunidade muçulmana, tanto nos territórios
palestinos como em todo o mundo.

Num discurso, porém, a delegação brasileira deixou claro que está adotando
uma nova postura e que, ao contrário do que ocorreu nos últimos quatro anos,
não hesitará em denunciar as ações de Israel que considere que viole os
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tratados internacionais.

"O Brasil seguiu com grande preocupação o as recentes incursões do ministro


de Segurança Nacional de Israel", afirmou a delegação brasileira. Para o
Itamaraty, trata-se de um gesto "profundamente alarmante" e que pode "ampliar
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a violência".

O governo Lula ainda insistiu que considera importante o respeito pelos


acordos de décadas que estabelecem como deve ocorrer a gestão dos locais
sagrados do muçulmanos em Jerusalem.

O Itamaraty ainda indicou que está "profundamente comprometido" com uma


"solução justa" para a crise entre Israel e Palestina, e que quer ajudar as partes
a estabelecer o diálogo.

Segundo a chancelaria, por esse motivo, a comunidade internacional deve "se


opor a qualquer ação que possa alterar o status quo" desses acordos.

O Brasil ainda pediu que ambos os lados evitem ações unilaterais e discursos
de ódio que possam ampliar a tensão.

O Itamaraty ainda indicou que reafirma seu compromisso com uma solução de
dois estados viáveis na região e que cabe ao Conselho de Segurança da ONU
também assumir um papel para buscar a estabilidade na região.

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6 Comentários

JAMIL CHADE

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