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células da Glia
O custo energético do tecido neural
Para o funcionamento do sistema nervoso necessitamos de muita energia.
O surgimento de funções cognitivas superiores nos humanos está intimamente associado a um aumento
considerável do consumo de energia dedicado ao processamento neural (Quanto maior for a capacidade
cognitiva mais energia consome).
Células da Glia
Oligodendrócitos- têm uma forma específica; formam a bainha de mielina no sistema nervoso central
A bainha de mielina (estrutura que envolve a fibra) protege os neurónios e aumenta a condutividade.
Células de Microglia- são células muito pequenas; são os macrófagos do sistema nervoso central;
agem como glóbulos brancos no sistema nervoso central ou seja, protegem o sistema nervoso central
dos invasores.
Neurónios
Axónio (fibra nervosa) - transmite impulsos eléctricos do corpo celular a outro neurónio ou a um
órgão efetor. Nem todos os axónios têm bainha de mielina mas quase todos têm. A bainha de mielina
é uma lipoproteína (proteína com lípidos).
Células de Schwann – é uma bainha descontínua que reveste os axónios (existem partes dos axónios
sem células de Schwann os chamados nódulos de Ranvier). Essa bainha é constituída por mielina.
Desempenham, no sistema nervoso periférico, a mesma função que os oligodendrócitos
desempenham no sistema nervoso central.
Transmissão neural- Os axónios com bainhas de mielina largas conduzem os impulsos nervosos mais
rapidamente e quanto maior for o diâmetro do axónio maior será a velocidade de transmissão neural
Neurónios- são células que convertem uma informação num impulso nervoso. A informação passada
pelo neurónio é elétrica e química. São um centro de operações; povoados de organelos. A informação é
captada pelas dendrites que recebem sempre a informação.
Classificação de Neurónios – de acordo com a direção que o impulso nervoso viaja em relação ao
sistema nervoso central
Neurónios sensoriais/aferentes
- São recetores localizados na periferia que são sensíveis a mudanças dentro e fora do corpo
Estes neurónios localizam-se no encéfalo e na medula espinal (s.n. central) pois recebem a informação
proveniente dos neurónios sensitivos e enviam a mensagem para os neurónios motores.
Neurónios motores/eferentes
O neurónio que leva a informação é o neurónio PRÉ-SINÁPTICO e o que recebe é o PÓS- SINÁPTICO
Impulso nervoso: sinal elétrico transmitido ao longo do axónio (membrana plasmática) resultante de um
estímulo. Todos os neurónios estejam no sistema nervoso central ou no sistema nervoso periférico têm
de converter o estímulo em impulso nervoso.
- As diversas proteínas presentes nas diferentes membranas celulares dão-lhe funções e identidades
específicas.
- Regulação do transporte (regula o que entra e o que sai da célula através dos canais)
- Comunicação célula-célula
- A identidade da célula é dada pela membrana plasmática
- Fosfolípidos
- Glicolípidos
- Proteínas (= enzimas)
-Glicoproteínas
Em repouso, estou assim a tornar a quantidade de cargas positivas no exterior maior do que no interior
porque os canais de sódio estão fechados.
Potencial de ação
Lei do tudo ou nada- um impulso nervoso depois de ser gerado percorre a extensão do neurónio sem
diminuição da sua voltagem (é constante).
Quando ocorre a hiperpolarização é mais difícil chegar ao limiar de excitabilidade (porque houve uma
queda mais acentuada/ uma maior diminuição).
Período refractário- período de descanso em que não é possível desenvolver potencial de ação. Ocorre
imediatamente após o potencial de ação onde não há despolarização.
A bainha de mielina é isolante o que impede a passagem de iões pela membrana. Desta forma, as trocas
iónicas e os potenciais de ação ocorrem apenas nos nódulos de Ranvier onde não existe bainha de
mielina.
A presença de uma bainha de mielina aumenta muito a velocidade em que os impulsos nervosos são
conduzidos ao longo do axónio de um neurónio.
O potencial excitatório pós sináptico pode conduzir ao limiar e gerar um potencial de ação através:
• Somação temporal
Soma de vários potenciais excitatórios pós-sinápticos num curto espaço de tempo (excitações rápidas e
repetidas).
• Somação espacial
Soma de vários potenciais excitatórios pós -sinápticos provenientes de diversos estímulos excitatórios.
Existem enzimas que degradam os neurotransmissores na fenda sináptica, removendo o estímulo para a
despolarização (repolarização),por exemplo, acetilcolina é degradada pela acetilcolinesterase.
Liberação de neurotransmissores
- Vesículas sinápticas, contendo neurotransmissores, congregam-se na membrana pré-sináptica.
- O potencial de ação despolariza a membrana de um botão terminal, fazendo com que os canais de
cálcio dependentes de voltagem (Ca2 +) se abram;
- Iões Ca2 + inundam o botão do terminal;
- O Ca2 + estimula centenas de vesículas sinápticas a fundirem-se com a membrana da membrana
pré-sináptica.
- Conteúdo de vesículas vazias em fissuras: exocitose.
- O neurotransmissor difunde-se através da fenda sináptica.
Os iões de Ca2 + são então bombeados novamente.
Liberação de neurotransmissores
A mitocôndria exerce vários efeitos sobre a liberação de neurotransmissores pré-sinápticos:
1-O aumento do cálcio intracelular durante um potencial de ação individual é rapidamente tamponado
pela absorção de cálcio mitocondrial.
2-A libertação lenta de cálcio de volta para o citoplasma é pensado para permitir a potenciação pós-
tetânica.
3-A produção contínua de ATP e a remoção de ADP é essencial para os processos que demandam
energia de ancoragem de vesículas, fusão e endocitose.
Potenciais pós-sinápticos
Dependendo do tipo de canal iónico que se abre, a membrana celular pós-sináptica torna-se
despolarizada ou hiperpolarizada.
Os neurónios consomem entre 75% a 80% da energia produzida, enquanto o restante é usado para
processos baseados nas células da glia. Esta utilização de energia está relacionada com a atividade de
bombas iónicas que restabelecem os gradientes electroquímicos dissipados pela sinalização: potenciais
de ação e potenciais sinápticos.