Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Unidade II
5 OUTRAS ÁREAS FORENSES
A balística forense é uma área da criminalística que tem como objetivo a análise técnico-científica
de identificação das armas de fogo utilizadas no ato criminal ou acidental, de seu funcionamento
e efeitos mediatos e imediatos sobre a vítima e o próprio atirador; além da verificação da munição
(projétil e estojo) utilizada no fato.
Atualmente, a balística e a medicina legal, que serão estudadas em um tópico particular, são
indispensáveis na tipificação dos crimes envolvendo arma de fogo (homicídios, suicídios ou acidentes).
Para o estudo da balística forense é preciso conhecer armas de fogo (funcionamento, características
e classificação), bem como o tipo de munição, seus constituintes e o calibre.
As armas de fogo são objetos mecânicos que, através da combustão de substância ou mistura de
elementos explosivos em seu interior, obtêm a impulsão do projétil em uma determinada direção e sentido.
As armas de fogo podem receber diferentes classificações, de acordo com alma do cano, sistema de
carregamento, sistema de inflamação e funcionamento.
106
BIOMEDICINA FORENSE
Alma do cano
Quando fabricada, a arma de fogo pode ter impressa uma série de sulcagens helicoidais paralelas
(raiamento) no interior do cano, tornando-a de alma raiada (exemplos: revólver, pistola, fuzil) ou
não imprimir nenhum raiamento, caracterizando a arma como de alma lisa (espingarda). Existe
arma de fogo com alma mista, a qual apresenta um cano de alma lisa e outro cano de alma raiada.
Para confeccionar o raiamento de uma arma, utiliza-se o processo de usinagem ou brochamento
e martelamento ou forjamento a frio, o qual pode ser impresso no sentido horário (dextrógiro) ou
anti-horário (sinistrógiro).
Saiba mais
A B
Sistema de carregamento
O carregamento das armas consiste em municiá-las e pode ser feito pela boca do cano (antecarga)
ou pela extremidade posterior, culatra ou câmara de combustão (retrocarga).
Sistema de inflamação
As armas mais antigas e obsoletas apresentam um sistema de inflamação direta por faísca (atrito)
e as mais modernas apresentam um sistema de percussão, no qual a inflamação ocorre por detonação
de explosivo sensível a choques mecânicos (impacto do precursor). Esse último sistema se divide em
107
Unidade II
extrínseco, quando a espoleta é colocada externamente e se comunica com a carga de projeção através
de um orifício (ouvido), um mecanismo comum das armas de antecarga, e intrínseco, normalmente
verificado em armas de retrocarga e que consiste na utilização de cartucho de munição, composto
de mistura iniciadora e carga de projeção (pólvora). O sistema de percussão intrínseco ainda se divide
em sistema de pino lateral (obsoleto), central (a mistura iniciadora encontra-se na espoleta localizada
no centro da base do cartucho) e radial (a mistura iniciadora encontra-se internamente ao cartucho,
mais precisamente em torno de sua base). Ainda, os sistemas de percussão intrínseco central e radial
se classificam de acordo com o mecanismo de disparo em recuo direto, quando o cão do revólver e
pistola ou o precursor presente no conjunto do ferrolho do rifle aciona a espoleta através do impacto
na cápsula, e indireto, quando uma peça móvel – pino precursor – localizado na armação entre o cão e
a espoleta a aciona.
Funcionamento
Em relação ao funcionamento das armas, elas podem ser classificadas em armamento de tiro
unitário e de repetição. As armas de tiro unitário se dividem em simples, quando ocorre apenas
um disparo antes do recarregamento, e múltiplos, quando apresentam dois ou mais canos
paralelos com mecanismos de disparo independentes. Já as armas de repetição apresentam um
único mecanismo de disparo, com a extração e o carregamento entre os tiros ocorrendo de forma
mecânica. As armas de repetição se dividem em não automáticas, quando o mecanismo de disparo,
extração e carregamento se dão por sistema de alavanca, bomba ou ferrolho de forma manual;
semiautomática, quando o mecanismo de disparo é acionado pela força muscular do atirador e
a extração do estojo e o carregamento ocorrem devido às forças geradas pelos gases produzidos
durante o tiro; e automática, quando apenas o primeiro disparo depende do atirador, sendo que os
demais são sequenciais e contínuos devido à movimentação dos gases originados da combustão
da carga de projeção.
Na balística forense, os exames periciais em sua maioria são realizados em armas de fogo portáteis,
sendo as principais:
• Revólver: arma de repetição, não automática, constituída de: armação (corpo da arma), que
a identifica e a classifica perante os demais tipos de armamento; tambor (cilindro rotativo),
que é a parte de carregamento da arma e integrante do mecanismo de disparo e repetição;
gatilho, parte integrada ao tambor e responsável pelo acionamento do disparo através de uma
pressão manual do dedo do atirador; cão, que corresponde à parte do revólver que movimenta
o percursor para impactar a base do cartucho íntegro; e cano, que tem como função imprimir
a velocidade inicial do projétil em uma direção e sentido determinados devido à expansão
dos gases produzidos pela combustão, empregando um movimento de rotação (helicoidal)
devido ao raiamento da arma e proporcionando uma maior estabilidade à trajetória do projétil
(maior precisão do tiro). Geralmente, os revólveres apresentam ação simples (disparo da arma
engatilhada – tração manual do cão) e ação dupla (não engatilhada – o não armamento do cão
antes do disparo).
108
BIOMEDICINA FORENSE
1 3 4
2
5
12
11
10
9 8
7
Figura 55 – Peças externas do revólver: 1 – massa de mira; 2 – cano; 3 – tambor; 4 – alça de mira; 5 – cão;
6 – botão da chave do retém do tambor; 7 – placa esquerda de guarnição do cabo; 8 – gatilho;
9 – guarda-mato; 10 – armação; 11 – suporte do tambor; 12 – vareta do extrato
15 14
12 11
13
10
Figura 56 – Peças externas da pistola: 1 – massa de mira; 2 – cano; 3 – janela de ejeção; 4 – ferrolho; 5 – retém do ferrolho;
6 – alça de mira; 7 – cão; 8 – trava de segurança; 9 – carregador; 10 – coronha; 11 – retém do carregador; 12 – gatilho;
13 – guarda-mato; 14 – alavanca de desmontagem; 15 - armação
109
Unidade II
• Armas longas:
— Rifle: armamento com cano maior que 20 polegadas de comprimento e raiado, pode ser de tiro
único (utilizado para caça) ou de repetição (não automático ou semiautomático) e de vários
calibres (.22 – curto e pequeno poder de fogo até .50BMG – grande alcance e alta energia,
utilizado por militares).
— Carabina: apresenta as mesmas características do rifle, porém com um cano menor que
20 polegadas de comprimento.
Armação
Ejetor
Carregador Massa de mira
Alça de
Coronha mira Cano
Cão
Telha Boca do
Carregador tubular
cano
Obturador
Gatilho
Soleira Guarda-mato
— Fuzil: armamento de cano com comprimento maior que 20 polegadas e raiado, de repetição
(aproveita a expansão dos gases da combustão de carga de projeção) automática e a cadência
(intermitente ou em rajada) pode ser selecionada; de uso militar.
— Espingarda: arma de cano longo e liso, de tiro unitário (munição – cartucho carregado com
múltiplos projéteis (balins) ou projétil único de grande massa (balote), é utilizada em competições
esportivas e para caça de animais; ainda, existe cartucho carregado com projéteis de borracha
(elastômero) ou sacos de areia utilizados por policiais e militares para dispersão de multidão
(controle de distúrbios civis). A espingarda de tiro unitário pode apresentar um ou dois canos
(lado a lado ou sobrepostos). Existem espingardas de repetição semiautomáticas (sistema de
tomada de gases e alimentadas por carregadores) e não automáticas (alavanca e ferrolho).
• Armas de fabricação artesanal: são feitas de forma rústica ou até mesmo em escala industrial e
consistem, normalmente, na mudança do calibre da arma original (por exemplo, submetralhadora
utilizando calibre .380 e revólver usando cartucho de calibre 12).
110
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 58 – (A) Arma de fogo, rusticamente confeccionada, para utilização com munição do calibre 38 (apreendida
na cidade de São Paulo). (B) Exemplos de armas de fogo artesanais do tipo submetralhadora, confeccionadas em
escala industrial. (C) Arma de fogo artesanal do tipo revólver, também confeccionada em escala industrial
A B Projétil C
Pólvora Projétil (núcleo de preenchimento)
(camisa de revestimento) Projétil
Estojo
Pólvora
Culote do estojo Projétil Estojo
Culote
Bigorna Pólvora do estojo
Bigorna
Eventos
Evento Mistura iniciadora
Espoleta Mistura iniciadora
Culote do estojo
Espoleta Mistura iniciadora
Figura 59 – (A) Cartucho de fogo central no calibre 9 mm. (B) Cartucho de fogo
circular no calibre 22. (C) Cartucho de fogo central no calibre 7,62 x 39 mm
Espoleta é o compartimento onde está localizada a mistura iniciadora (explosivos sensíveis a choques
mecânicos) que, quando deflagrada, resulta na explosão da carga de projeção. Em cartucho de fogo
central, a espoleta apresenta uma cápsula na base do estojo, tendo um orifício de comunicação; já em
cartucho de fogo circular não há cápsula, a mistura iniciadora se localiza no interior da base do estojo
de forma radial e em contato com a carga de projeção.
Carga de projeção, também chamada de propelente, corresponde à substância ou mistura responsável pela
combustão e, consequentemente, pela expansão de gases dentro do estojo e do cano da arma, promovendo o
disparo do projétil. Atualmente, a pólvora utilizada nos cartuchos como propolente pode ser de base simples
(nitrocelulose) ou dupla (nitrocelulose e nitroglicerina), conferindo maior estabilidade e controle.
Projétil é a parte móvel do cartucho, que se desprende quando a arma é disparada, transfixando
o alvo. É produzido em chumbo ou cobre, podendo apresentar diversas formas e dimensões de
acordo com o propósito, uma vez que tais fatores influenciam em sua velocidade e trajetória e nos
efeitos perante o alvo.
Figura 60 – Diferentes tipos de projéteis. Os dois últimos no calibre 7,62 mm e os demais no calibre 38
112
BIOMEDICINA FORENSE
A composição dos cartuchos de armas de cano de alma lisa é semelhante à dos de alma raiada,
diferenciando-se apenas quanto ao estojo, que pode ser de base metálica e corpo de plástico ou papelão
e com os projéteis mais pronunciados. Dentro dos cartuchos de armas de fogo de alma lisa, mais
precisamente entre a pólvora e os projéteis (balins ou balote), há uma bucha pneumática, normalmente
de plástico, que determina o calibre do cartucho após disparo.
A Cartucho de fogo central para B Dados sobre os tamanhos
arma de caça calibre 12 de chumbos da CBC
Fechamento
estrela
Estojo
Pólvora
Mistura
iniciadora
Balins
(projéteis múltiplos) Número de chumbo
Bigorna Bucha pneumática 12 11 9 8 7½ 7 6 5 3 1 T TTT SG balote
Diâmetro em milímetros
Espoleta Evento
1,25 1,50 2,00 2,25 2,38 2,50 2,75 3,00 3,50 4,00 5,00 5,50 8,40 17,6
Figura 61 – (A) Cartucho de fogo central no calibre 12. (B) Dados dos balins (projéteis múltiplos)
e balotes fabricados pela Companhia Brasileira de Cartuchos
Como descrito anteriormente, a balística forense tem como intuito identificar armas e munições,
individualizando-as e associando-as a determinados eventos e/ou pessoas. A identificação pode ser
direta ou imediata e indireta ou mediata.
D E
Figura 62 – (A e B) O número de série das armas foi suprimido, o primeiro encontra-se pinado e o segundo, raspado. (C) O número de
série da arma foi regravado. No detalhe observa-se a nítida falta de homogeneidade na gravação dos caracteres. (D e E) O revólver,
com acabamento oxidado, foi submetido ao tratamento físico-químico para restauração dos vestígios latente do número de série
original, com uso do reagente de Besseman e Haemers. Apenas o segundo caractere não foi revelado
113
Unidade II
E = (1/2 . m . v2) / g
Quando apenas os cartuchos coletados no local do crime são encaminhados para a perícia,
o perito utiliza tabelas informativas fornecidas pelos fabricantes para obtenção dos parâmetros
da fórmula.
A perícia criminal recebe constantemente solicitações de exames para verificação da eficiência das
armas de fogo e de disparos acidentais. Para tal, o perito analisa o funcionamento dos mecanismos de
disparo, extração, repetição e segurança da arma, além de verificar o peso do gatilho e, caso observe
algum defeito ou anormalidade, eles devem ser descritos. Portanto, o perito analisa o funcionamento
da arma de fogo sob condições normais de uso, realizando, caso necessário, testes de queda com a
arma dotada apenas de estojo com a cápsula de espoletamento e sem carga de projeção e projétil,
para avaliação da eficiência, bem como testes para verificação de disparos acidentais, nos quais
são analisadas circunstâncias anormais, como o disparo sem o acionamento do gatilho e possíveis
interrupções anormais no funcionamento da arma de fogo devido a superaquecimento ou falha de
alimentação ou ejeção.
Durante a realização do exame de confronto balístico, são feitos disparos dentro de um tanque
coletor com água com a arma supostamente utilizada no crime. A seguir, tal munição disparada no
tanque, denominada como padrão, é comparada com a munição questionada (coletada no local do
crime) por um equipamento microcomparador balístico. Dessa forma, o perito reúne elementos que
convergem para a identificação positiva da utilização de determinada arma de fogo no crime ou, ainda,
elementos que divergem para a eliminação de tal suspeita.
114
BIOMEDICINA FORENSE
A B C
Figura 63 – (A e B) Tanque coletor com água, para a recolha de projéteis padrões (disparados com arma suspeita de participar da
ocorrência). (C) Microscópio óptico comparador acoplado a acessório que permite captura e impressão de imagens digitalizadas
No confronto balístico o perito observa inicialmente as características de ordem genérica nos projéteis e nos
estojos, por serem excludentes. Nos projéteis são analisados profundidade, largura, distância entre as impressões
de raias, seus números e orientações; e nos estojos avaliam-se conformação, localização e profundidade da
marca do precursor ou do ejetor e extrator. Caso as características de ordem genérica sejam coincidentes
entre a munição coletada no local do crime com a padrão, são realizadas as observações de ordem específica
(estriamentos finos), responsável pela individualização da arma de fogo pelo exame microcomparativo.
A B C
D E F
Figura 64 – (A) Concordância entre projéteis semiencamisados do tipo ponta oca expansivo calibre 38. (B) Concordância entre
projéteis encamisados total do tipo ogival. (C) Concordância entre projéteis de chumbo de calibre 32. (D) Concordância entre estojos
deflagrados por uma pistola da marca Taurus de calibre 380 ACP. (E) Concordância entre estojos deflagrados por uma carabina da
marca Marlyn de calibre 9 mm Luger. (F) Concordância entre estojos deflagrados por um revólver da marca Taurus de calibre 38
Em locais de crime, os peritos podem relatar os efeitos primários do tiro, quando se deparam com
projéteis que tiveram sua trajetória interrompida por um anteparo (objetos inanimados - janela ou
até mesmo o corpo humano); os efeitos secundários do tiro, que são resultantes do disparo da arma
de fogo, como gases, resquícios de combustão da pólvora e da mistura iniciadora e microfragmentos do
projétil; além de determinar a trajetória (angulação, direção e sentido) de um disparo de arma de fogo
em local de crime, desde que haja pelo menos dois pontos de embate do projétil. Para determinação da
trajetória de um disparo, os peritos utilizam luzes infravermelhas (apontador com mira laser), varetas e
hastes flexíveis.
115
Unidade II
A B
Rupturas radiais
Rupturas
concêntricas
Figura 65 – (A) Simulador de um impacto balístico sobre o corpo humano. (B) Disparo em vidro de veículo.
As letras A e B em vermelho mostram a orientação de dentro para fora e de fora para dentro, respectivamente
Laje da residência
< Trajetória 1
ia 2
j e tór
ra
< T etória 3 Janela
j
< ra
T da sala
Vítima Testemunha
Vítima
Testemunha
a partir
Tra
ria (3) a
Trajetória (1) Trajetó ela da sala d
da jan sidência
re
Figura 66 – Desenhos utilizados na reprodução simulada da reconstituição de um crime para determinação da trajetória de um tiro
que vitimou um rapaz, em região próxima ao coração. Testemunhas alegavam que o disparo tinha vindo da residência em frente ao
local em que o rapaz se encontrava conversando com outra pessoa. Esta versão não era condizente com o trajeto observado pelo
médico legista no corpo do rapaz
116
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 67 – Emprego de varetas para auxílio na determinação da trajetória de tiros que foram dados contra uma
viatura policial, em cidade do Texas (Estados Unidos), e que vieram a provocar a morte do policial condutor
Os resíduos expelidos, após o disparo da arma de fogo, são analisados para dois propósitos principais:
estimar a distância do tiro e verificar se o suspeito realmente atirou com a arma de fogo suspeita.
Adicionalmente, o estudo das formas, proporções e relações da zona de chama ou chamuscamento
(quando os gases inflamados do disparo queimam o objeto atingido pelo projétil), da zona de
esfumaçamento (quando partículas finíssimas oriundas da combustão da pólvora são lançadas contra
o alvo) e da zona de tatuagem (quando fragmentos do projétil ou produtos da combustão apresentam
um maior potencial de penetração no local atingido), podem sugerir ao perito a distância e a trajetória
do tiro (tais análises são melhor abordadas no tópico sobre química forense).
A B C
Figura 68 – (A) Resíduos projetados no momento do tiro. (B) Vítima com três orifícios de entrada de projétil de arma de fogo.
As letras A, B e C, em vermelho, evidenciam, respectivamente, tiro encostado evidenciado pela câmara de mina de Hoffman,
tiro a curtíssima distância evidenciado pela zona de chama e tiro a curtíssima distância evidenciado pela zona de
tatuagem. (C) Vítima com orifício de entrada de projétil de arma de fogo. O tiro foi dado a curta distância,
evidenciado pela zona de esfumaçamento
117
Unidade II
Lembrete
Exemplo de aplicação
Como exemplo de aplicação prática em casos de crimes de grande repercussão, pode ser citado o
uso da balística no caso Mércia Nakashima, pois os únicos vestígios encontrados dentro de seu veículo
foram dois projéteis de arma de fogo que, de acordo como as posições em que estavam alojados no
carro, levaram à conclusão de que os disparos e sua trajetória aconteceram de baixo para cima e que a
vítima teve uma postura de defesa. Ainda, após a análise de balística dos projéteis ficou evidente que
se tratava de um revólver 38 com algumas alterações particulares. Porém, a arma do crime nunca foi
achada, prejudicando o detalhamento preciso do instrumento utilizado no crime.
Existem relatos indicando que desde a Antiguidade as impressões digitais, palmares e plantares já
eram usadas em contratos e selos chineses e babilônicos para garantir o reconhecimento de compromisso
e da individualidade.
Em 1880, ocorreu a primeira identificação criminalística realizada por Henry Faulds no hospital
de Tsukiji, no Japão. E, na Índia, William Herschel fez o primeiro trabalho de identificação criminal,
provando que as impressões digitais permaneciam íntegras por um longo período de tempo.
Juan Vucetich elaborou o primeiro sistema de classificação de impressões digitais em 1891, recebendo
a denominação icnofalangometria, junção das palavras gregas ichmos (vestígio) + fálangas (falanges) +
métro (medida). Posteriormente, tal denominação foi alterada para dactiloscopia, junção dos vocábulos
gregos dáchtylo (dedo) + skopeîn (examinar), sugestão de Don Francisco Latzina, em seu artigo publicado
no jornal La Nación. E, em 1904, Vucetich publicou sua obra-prima, Dactiloscopia comparada.
A palavra papiloscopia (originária dos termos latino papillae e grego skopeîn) foi usada pela primeira
vez na obra La técnica de la papiloscopia: identificacíon de recíen nacidos y menores. Atualmente,
papiloscopia ou datiloscopia refere-se à área da criminalística que estuda as impressões formadas pelas
projeções da pele nos dedos (digitais), nas palmas das mãos (palmares) e nas plantas dos pés (plantares).
118
BIOMEDICINA FORENSE
A revelação dessas impressões pode ocorrer dentro de laboratórios e em locais de crime, sendo que
nesse último os exames são realizados em estruturas, objetos, e outros materiais encontrados, além de
na própria vítima, a fim de identificar a autoria e a dinâmica do delito. Tal procedimento recebe o nome
de revelação de impressões papilares.
Saiba mais
Observação
Após o início da revelação de impressões digitais em cenas de crime, temos os primeiros arquivos de
suspeitos para comparação. Com o aumento desses arquivos, a polícia passa a prender pessoas suspeitas
de serem autoras de crimes e impedir a prisão de inocentes. Dessa maneira, surge a identificação civil,
composta de um conjunto de registros e procedimentos jurídicos armazenados em um banco de dados,
individualizando e ditando os direitos e deveres do indivíduo perante a sociedade.
Assim, a perícia criminal utiliza como ferramenta de identificação as bases de dados da identificação
civil, ou seja, as carteiras de identidade para consultar e comparar as impressões digitais com as do
suspeito do delito. Tal procedimento foi otimizado após o desenvolvimento de sistemas automatizados,
que permitem ampla comparação, incluindo toda a população. Portanto, com a finalidade de buscar a
autoria do delito, a criminalística utiliza-se do confronto datiloscópico, ou seja, compara o elemento
questionado de um local de crime com um padrão gerado pela identificação civil.
119
Unidade II
Na década de 1960, devido ao aumento do número de fichas de impressões digitais, surge o AFIS
(Automated Fingerprint Identification System) com o objetivo de comparar de forma automática a
impressão digital questionada (revelada em cenas de crimes) com a de possíveis suspeitos.
A polícia do estado de São Paulo possui o sistema AFIS, que está atualmente alimentado pelo registro
geral de identificação civil (RG) de pessoas que solicitaram, nesse Estado, suas respectivas carteiras de
identidade e pela identificação criminal de pessoas que praticaram algum tipo de crime. Em âmbito
nacional a Polícia Federal é a detentora do referido sistema.
O sistema AFIS funciona da seguinte forma: a impressão digital encontrada e revelada no local
de crime, como em objetos, materiais e corpo, por exemplo, é tratada gerando padrões previamente
definidos, os quais são comparados com a base de dados que leva a um escore (seleção de impressões
semelhantes) em relação a um montante. Em seguida, o papiloscopista, profissional especializado em
papiloscopia, verifica as características correspondentes entre as impressões digitais, concluindo a
identificação ou não do indivíduo.
A partir de 2002, normas e consensos empregados pelo método de exame chamado ACE-V (Analysis,
Comparison, Evaluation and Verification) passaram a qualificar tal prática de confronto papiloscópico
criada pelo sistema AFIS.
120
BIOMEDICINA FORENSE
• Variabilidade: os desenhos papilares variam de dedo para dedo e cada pessoa apresenta suas
digitais próprias e diferentes, permitindo sua individualização.
As impressões digitais são constituídas de linhas salientes que demarcam todo o dedo chamadas
cristas papilares. Essas cristas encontram-se na parte superior da epiderme e apresentam poros que
excretam compostos do suor. Entre as cristas existem depressões, conhecidas como sulcos papilares.
Normalmente, a impressão digital apresenta três sistemas de linhas: nuclear (região central do
desenho papilar), basal (abaixo da região nuclear) e periférica (acima da região nuclear). A junção desses
sistemas de linhas origina uma formação particular e específica, denominado delta. O delta classifica as
impressões digitais quanto a sua presença ou ausência e posição.
Ainda, as impressões digitais apresentam desenhos observados diretamente na pele do dedo e que
são peculiares a cada pessoa. Esses desenhos ou tipos fundamentais classificam-se em:
• Arco: desenho papilar formado apenas por linhas que percorrem o dedo de um lado para o outro
sem apresentar o delta.
• Verticilo: é um desenho papilar com um formato circular ou espiral presente no centro do dedo
e que possui dois ou mais deltas.
A B
C D
Figura 69 – (A) Arco. (B) Presilha interna com o delta marcado. (C) Presilha externa
com o delta marcado. (D) Verticilo com os deltas marcados
121
Unidade II
De acordo com os tipos fundamentais observados no polegar direito de cada pessoa, os indivíduos
são agrupados em quatro grandes grupos, os quais, posteriormente, são divididos em quatro subgrupos
com base nos tipos fundamentais do polegar esquerdo, perfazendo um total de dezesseis subgrupos.
Ainda, existem subdivisões subsequentes de acordo com os algarismos da série, subdivididos a partir dos
algarismos da seção.
Tais divisões apenas foram possíveis devido à planilha ou ficha decadatilar (dez dedos) idealizada por
Vucetich. Nela, há informações do indivíduo e, ao lado delas, duas fileiras com cinco espaços, cada uma
para a inserção das cinco impressões digitais da mão direita (série) e das cinco impressões digitais
da mão esquerda (seção), devendo ser seguida uma sequência padronizada. Nessa planilha, os tipos
fundamentais são determinados por letras nos polegares e por número nos demais dedos da mão
(arco – A ou 1; presilha interna – I ou 2; presilha externa – E ou 3; verticilo – V ou 4), originando um
conjunto de caracteres denominado fórmula datiloscópica (ex.: V-1222/V-3333).
Observação
A comparação dos tipos fundamentais de impressões digitais constantes nas fichas decadatilares
da identificação civil permite a classificação do indivíduo dentro de um determinado grupo, e não sua
identificação, que só será possível por análise dos pontos característicos.
122
BIOMEDICINA FORENSE
A) B)
C) D)
E) F)
G) H)
Figura 71 – Alguns exemplos de pontos característicos: (A) fim da linha; (B) início da linha;
(C) bifurcação; (D) confluência; (E) cortada; (F) dupla bifurcação; (G) trifurcação; (H) empalme
Para fins criminais, o estudo das impressões digitais encontradas em local de crime, objetos, materiais,
corpo, entre outros, é feito através da comparação inicial entre as impressões da vítima e do suspeito;
caso não coincidam, a comparação passa a ser feita com toda a população. Esse confronto datiloscópico
faz parte dos diversos exames periciais realizados em laboratório com o intuito de identificar a autoria
do delito e, para tal, faz-se necessária a verificação de um número suficiente de pontos caraterísticos.
13 1 2 3 13 1 2 3
12
4
12
4
11
11
10 5
10
5
9 6
9 6
8 7 8 7
123
Unidade II
As impressões digitais podem estar presentes em diferentes superfícies e objetos do local do delito,
incluindo as vestes e o próprio corpo da vítima. No entanto, para que elas permaneçam como vestígio,
há dependência da dinâmica do contato, ou seja, se eventual ou persistente, longo ou rápido, acidental
ou intencional, além das características da própria superfície.
Pelo fato de existirem diferentes superfícies, a escolha de técnicas adequadas para a revelação das
impressões digitais é de grande importância. A seguir são descritas as principais superfícies e técnicas
utilizadas na perícia para revelação de impressões digitais.
• Superfícies lisas e não porosas: são as mais comumente encontradas em local de crime, tais
como vidro, estruturas de materiais e equipamentos, plásticos de montagem, entre outros, e
nas quais a impressão permanece depositada, tornando-se mais frágil e de fácil destruição.
As técnicas mais recomendadas para esse tipo de superfície são as de pó, vaporização por
cianoacrilatos, aplicação de filmes finos crescidos em vácuo e pulverização catódica, podendo
ser realizadas no próprio local do crime.
• Superfície rugosa e não porosa: presente na grande maioria dos materiais sintéticos, sendo a
vaporização por cianoacrilatos, realizada dentro dos laboratórios, a melhor técnica utilizada.
124
BIOMEDICINA FORENSE
• PVC, borracha e couro: por serem materiais de difícil revelação, recomenda-se o uso de
vaporizações em laboratório.
• Fita adesiva: por apresentar duas superfícies distintas (uma lisa e outra com substância adesiva),
deve-se utilizar duas técnicas diferentes e realizá-las no laboratório. A técnica mais empregada
neste tipo de superfície é a revelação da impressão digital pela violeta genciana.
• Metal não tratado: se a superfície metálica for pintada ou coberta com outro revestimento,
deve-se utilizar a técnica de vaporização no próprio local do crime. Porém, recomenda-se levar
esse tipo de material para o laboratório para aplicar a técnica de filmes finos.
• Madeira não tratada e superfícies enceradas e oleosas: as técnicas devem ser realizadas em
laboratório. Podem ser empregadas técnicas como ninidrina e nitrato de prata.
• Tecido: é a superfície mais difícil de reter impressões digitais, dependendo de vários fatores como
presença de sangue ou outro fluido biológico, exposição a chuva (ou molhado de outra forma),
se o tecido estava em contato direto com a pele, o espaçamento entre as fibras etc. Nesse caso,
pode-se utilizar a técnica de depósito de metal a vácuo.
• Mancha de sangue: as impressões digitais feitas por sangue são visíveis, precisando apenas de
tratamento para melhoria. Elas podem ocorrer de duas formas: quando a mão ou dedo é colocado
sobre uma poça de sague ou quando a mão ou dedo sujo de sangue entra em contato com
alguma superfície que permita a retenção e fixação da impressão digital (decalque em superfícies,
parede, papel etc.).
• Pele humana: apesar de difícil execução, atualmente existem técnicas para verificar impressões
digitais na pele de indivíduos vivos e mortos. As mais utilizadas são as de cianoacrilatos em
associação com pó magnético.
125
Unidade II
Saiba mais
Além da revelação de impressões digitais através de diversas técnicas, empregadas para as diferentes
superfícies, atualmente vários trabalhos científicos demonstram a possibilidade da extração de material
genético das impressões digitais para a realização de exame de DNA.
Apesar de haver controvérsias sobre sua aplicabilidade pelos estudiosos, a estimativa da idade da
impressão digital (verificação do tempo em que ocorreu o fato) também pode ser feita pelas características
físicas da imagem que se deterioram. Com o tempo, o decalque das impressões digitais em superfícies
começa a evidenciar as cristas papilares espalhadas, diminuindo os sulcos e deixando os contornos mal
definidos. Essa distorção depende de vários fatores, como variação pessoal, concentração de substâncias
orgânicas e inorgânicas, estresse, predisposição metabólica, dieta e idade, além de fatores ambientais.
Mais recentemente, a partir de um trabalho científico, foi possível a datação de uma impressão digital
através da eletrização, uma vez que o decaimento da carga elétrica superficial é mensurável.
126
BIOMEDICINA FORENSE
Lembrete
Exemplo de aplicação
A papiloscopia poderia ser empregada em todos os casos de repercussão que estão sendo abordados
como exemplos de aplicação.
No caso de Elisa Samudio, a impressão digital da vítima, bem como as dos comparsas do crime,
poderia ser observada no apartamento, no veículo Land Rover e na casa do sítio do acusado Bruno.
Já no caso do zelador Jezi, poderiam ser verificadas impressões digitais do acusado Eduardo no
serrote e em outros instrumentos utilizados no desmembramento do corpo, além das digitais da própria
vítima no interior do apartamento onde aconteceram os fatos.
A presença de todas essas impressões digitais nas diferentes superfícies poderia ter sido evidenciada
pela aplicação de técnicas específicas, as quais podem ser executadas por biomédicos que atuam na
área papiloscópica.
É a área de estudo que relaciona a saúde animal no âmbito penal, civil, trabalhista, administrativo,
entre outros. Através de conhecimentos científicos, a medicina veterinária forense analisa o bem-estar
animal (avaliação da dor, desconforto e estresse), a identificação de animais silvestres (verificação da
origem, história de vida e morte), a segurança alimentar (fraudes alimentares e doenças transmitidas
por alimentos de origem animal, inspeção sanitária no abate), além de realizar a patologia veterinária
para determinação de causa, tempo e circunstâncias da morte.
127
Unidade II
Outra situação analisada pelos peritos veterinários é o abate humanitário, que estabelece
procedimentos técnicos desde o embarque do animal na propriedade rural até o momento da morte
nos frigoríficos. Os animais de corte devem ser inicialmente insensibilizados e depois mortos de forma
indolor, para que não configure maus-tratos.
Figura 76 – Insensibilização de um suíno – procedimento técnico previsto para o abate humanitário de animais de açougue
A perícia de animais silvestres inicia-se com a identificação da espécie, pois a legislação brasileira
imputa diferentes penas em relação a animais domésticos e/ou exóticos e os ameaçados de extinção. Para
a identificação do animal, primeiramente é feito o estudo morfológico (forma, tamanho, cor, aspectos
da plumagem ou pelagem e algumas particularidades anatômicas). Esse estudo é realizado em animais
vivos e mortos, carcaças, ovos, peles, pelos, penas, entre outros, e se baseia em fontes bibliográficas
especializadas, podendo utilizar também instrumentos de medição, pesagem, ampliação e iluminação
quando necessário. Ainda, a identificação do animal pode ser realizada através da vocalização (cantos
de aves, rugidos, entre outros sons emitidos por eles).
128
BIOMEDICINA FORENSE
A B
Figura 77 – (A) Complexidade da identificação morfológica em face da grande diversidade da fauna silvestre e exótica.
(B) Objeto confeccionado com partes animais exigem conhecimento técnico especializado para a identificação das
espécies envolvidas. (C) A identificação de ovos de aves silvestres ganha cada vez mais importância forense
Atualmente, para identificação da espécie animal de forma inequívoca são empregadas as análises
de DNA, principalmente em casos de identificação morfológica inconclusiva de ovos e carcaças ou
fragmentos de corpos de animais que muitas vezes podem se assemelhar e passar por animais domésticos
(alegação da defesa de acusados de crimes ambientais). Os ovos são amplamente traficados devido à
facilidade de acondicionamento e transporte e por terem menor visibilidade durante o processo de
fiscalização em fronteiras e aeroportos.
129
Unidade II
Já na área de segurança alimentar, o médico veterinário atua desde a produção e industrialização dos
alimentos (controle de qualidade) até a fiscalização e investigação criminal. Os alimentos de origem animal
são os mais investigados, uma vez que representam os principais veiculadores de doenças, como as
intoxicações alimentares bacterianas. Além desses riscos biológicos, existem os riscos químicos, como
uso de conservantes proibidos, adulterantes, fármacos e resíduos de processos industriais, e os riscos
físicos (resíduos sólidos).
Nesse contexto, o perito veterinário atua investigando possíveis contaminações nas instalações e
nos processos produtivos e adulterações através de análises laboratoriais preconizadas para avaliação da
idoneidade e inocuidade, evitando, dessa forma, irregularidades e fraudes.
Observação
130
BIOMEDICINA FORENSE
B C
D E F
Figura 79 – (A) Aspecto geral do animal, evidenciando lesões ao longo da lateral do corpo, sobretudo na face. (B) Lesões cutâneas à
direita do corpo do animal. (C) Detalhe da lesão no membro anterior direito. (D) Hemorragia subcutânea na região da lesão.
(E) Porção da traqueia e brônquios evidenciando transudato. (F) Fotomicrografia de pulmão evidenciando sinais de congestão e edema
As análises periciais em conteúdo audiovisual devem ser feitas nas mídias originais (primeiro
registro do evento), pois cópias e reproduções podem apresentar alterações no formato original, serem
adicionadas de degradações e elementos que mascarem indicativos de edição, dificultando a detecção
de alguns elementos significativos e, consequentemente, a conclusão da perícia.
Tais análises podem ser divididas em: comparação fonte/origem, análise de conteúdo e
verificação de edição.
131
Unidade II
Comparação fonte/origem
São exames comparativos entre o vestígio questionado de um crime com um material padrão que
o produziu (indivíduo ou objeto). Destacam-se nas análises audiovisuais a comparação do locutor, a
comparação facial e a comparação de indivíduos ou objetos por imagens. As conclusões dos exames
comparativos audiovisuais são baseadas na experiência prévia do perito criminal, e não em critérios
científicos mensuráveis. Assim, a comunidade forense vem aceitando a apresentação dos resultados
desses exames audiovisuais em uma escala de grandeza através do cálculo da razão de verossimilhança
(likelihood ratio – LR), que determina por probabilidade matemática o envolvimento ou não de um
indivíduo a um crime.
A comparação facial e a comparação de indivíduos ou objetos por imagem para fins forenses
compreendem uma análise preliminar das imagens, observação de parâmetros da imagem investigada,
coleta consentida do suspeito (padrão de comparação), observação de parâmetros do padrão de imagem
coletado e conclusão. Esse tipo de análise se torna inconclusiva quando se tem uma baixa qualidade
das imagens devido à distância do indivíduo ou objeto em relação a câmera (variação de detalhes
perceptíveis), a luminosidade do local, a resolução da câmera, o tipo de lente, entre outros fatores.
132
BIOMEDICINA FORENSE
Imagem 1 captada a uma distância adequada Imagem 2 captada a uma distância excessiva
da câmera da câmera
Observação
133
Unidade II
Análise de conteúdo
Nessa análise, o perito deve elucidar dúvidas inerentes ao conteúdo dos registros audiovisuais
gravados, como falas inteligíveis, e desmascarar eventos do fato encobertos pela presença de ruídos;
retratar a dinâmica dos fatos e elementos específicos de interesse, como a placa de um veículo, a
estatura estimada do suspeito, entre outros, através de técnicas de filtragem e tratamento digital de
imagens. Também na análise de conteúdo, principalmente de áudio, cabe ao perito fazer a transcrição
fonográfica literal dos diálogos, ou seja, descrever e interpretar o conteúdo gravado.
Verificação de edição
Tem como finalidade verificar e detectar a existência de edições ou alterações (inserção, subtração
ou remanejamento) no conteúdo dos registros audiovisuais através de técnicas de processamento
digital. As principais ferramentas utilizadas na verificação de edição audiovisual são: softwares editores
de áudio (Audacity, Sony Vegas, Adobe Audition, Cool Edit Pro, Praat, entre outros), que possibilitam
caracterizar o sinal dos domínios de tempo e frequência de onda (espectrograma), identificar a existência
de elementos indicativos de edições ou alterações e suprir ruídos ou melhorar a inteligibilidade de
determinados trechos da gravação (filtros digitais); além de sistemas de reconhecimento biométrico
por voz (voice fingerprint) utilizados nos exames de comparação de locutor, sendo os principais: FASR/
Batvox – Agnitio, Vocalise – Oxford Waver Research, ALIZE – SpkDet, entre outros. Já para as análises
de imagens (fotografias e vídeos), utilizam-se os softwares ImageJ, Adobe Photoshop e o Gimp, os
quais identificam a presença de edições e melhoram a qualidade da imagem através de filtros. Outros
softwares como VirtualDub, Adobe Premiere, Vegas Video, Apple Final Cut e Avid Media Composer,
além de realizarem as duas funcionalidades descritas, separam os fluxos de áudio e vídeo para a análise
individualizada. Ainda, existem softwares (WinHex, Streameye e DeFraser) capazes de verificar detalhes
sobre o equipamento utilizado para codificar o material audiovisual, obter informações de data e hora da
gravação, indicar elementos sugestivos de processo de recodificação no material, bem como recompor
e recuperar conteúdo de material audiovisual corrompido ou parcialmente apagado.
A B
C D
134
BIOMEDICINA FORENSE
Exemplo de aplicação
No caso do zelador Jezi, as imagens registradas pelas câmeras de segurança do edifício onde trabalhava
mostram que no dia de seu desaparecimento, por voltas das 16h, Jezi entregou correspondência no
apartamento do suspeito Eduardo, o qual já teria tido algumas desavenças com o zelador, descobertas
em depoimento. Ainda, no mesmo dia, o suspeito aparece nas imagens das câmeras de segurança saindo
do edifício com uma mala grande de viagem. Tais vestígios foram cruciais para ligar o crime de homicídio
ao acusado Eduardo, evidenciando, dessa forma, a aplicabilidade da perícia audiovisual forense como
auxílio na elucidação de um crime.
Assim, a psicologia e a psiquiatria forense têm como objetivo identificar as circunstâncias que
levaram o indivíduo ao crime e o seu histórico de comportamentos anteriores. Além disso, têm como
foco de atuação a mediação de casais em litígio e a prevenção e tratamento de vítimas de violência
doméstica e/ou sexual.
Na esfera criminal, as perícias relacionadas a psicologia e psiquiatria forense podem ser solicitadas
na fase investigativa, processual e de execução, sempre que houver dúvidas sobre a integridade ou
saúde mental do acusado. Tais perícias devem adotar o sistema biopsicológico (estudo dos aspectos
biológico e psicológico), o qual, além de atestar enfermidade, evidencia a manifestação da patologia
no momento do crime. E, ainda, verificar algumas condições que possam influenciar o comportamento
delituoso, como o uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas ilícitas), a modificação no desempenho
da funcionalidade do cérebro (sensopercepção, atenção, concentração, memória, sentimentos, emoções,
coordenação motora, nível intelectual, entre outros) e a impulsividade.
Atualmente, outra análise relacionada a psicologia e psiquiatria forense que vem ganhando espaço na
criminalística, principalmente nos casos de homicídios, é a caracterização do perfil criminal do suspeito
como forma de complementar e até mesmo elucidar casos investigativos da polícia e/ou como insight
da personalidade do criminoso, contribuindo nos trabalhos de acusação e defesa nos tribunais. Para
135
Unidade II
tal análise é preciso conhecer a dinâmica psicológica e comportamental humana, o modus operandi
(planejamento do criminoso em assegurar o sucesso do crime, proteger sua identidade e garantir sua
fuga), a possível motivação para o crime e o comportamento físico e/ou sexual tanto do criminoso como
da vítima escolhida; além disso, é necessária a verificação de marcas pessoais do criminoso (assinatura
do crime), se elas se mantêm ou são similares a cada crime, como o local dos fatos ser o mesmo do
despojo da vítima.
A análise de caracterização do perfil criminal tem sido amplamente utilizada como ferramenta
essencial na elucidação dos crimes em série, os quais são praticados na maioria das vezes por criminosos
que apresentam alguma psicopatologia, e também nos crimes sem motivação aparente. Tal análise
auxilia nas investigações policiais, diminuindo a amostragem de suspeitos e gerando estratégias de ação
contra novos crimes e métodos de interrogatório mais eficientes.
Atualmente, para caracterizar as provas periciais envolvendo a matéria técnica nas diferentes
engenharias, compete aos engenheiros civis, industriais, mecânicos, eletricistas, de minas, agrônomos,
aeronáuticos, cartográficos, florestais e navais o esclarecimento de questões tanto na esfera
civil como na penal.
• exame de obra de engenharia para avaliação de custos e qualidade (edificação, estrada, barragem etc.).
Na maioria das vezes, esses exames demandam do perito engenheiro um árduo trabalho de pesquisa,
com análise de custos e cálculos para descrever de forma minuciosa a possibilidade de desvios de
recursos públicos na obra proposta.
136
BIOMEDICINA FORENSE
A B C
D E F
Figura 83 – (A) Desabamento de trecho da ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro/RJ, em 2016. (B) Desabamento do Edifício
Palace II, no Rio de Janeiro/RJ, em 1998. (C) Cenário devastado após o rompimento da barragem do Fundão, em
Mariana/MG, em 2015. (D) Desabamento de parte de viaduto em construção em Fortaleza/CE, em 2016.
(E) Matadouro público vistoriado: ausência de revestimento externo nas paredes. (F) Visão interna do
matadouro público vistoriado: execução de piso diferentemente do originalmente previsto
Segundo sua origem, tais desastres ou tragédias são classificados como acidentais, naturais ou
intencionais. Os acidentais se caracterizam como ocorrências involuntárias quando causados pela ação
do homem, como colisões, desabamentos, explosões etc. Como exemplo de desastres/tragédias naturais
temos os terremotos, que na maioria das vezes provocam desabamentos de edificações, sendo necessário
verificar se tais edifícios, quando construídos, obedeceram às normas vigentes de prevenção de eventos
sísmicos de grande magnitude. Já as tragédias ou desastres intencionais podem ser representados pelos
atentados terroristas, como a queda das torres do World Trade Center, sendo que, nesse caso, os peritos
engenheiros verificaram o comportamento da estrutura dos edifícios após o choque das aeronaves.
137
Unidade II
Exemplo de aplicação
Agora que você já sabe que os desastres ou tragédias podem ser classificados como acidentais,
naturais ou intencionais, de acordo com sua origem, que tal fazer uma pesquisa a respeito dos mais
frequentemente encontrados e das consequências associadas?
Assim, para todos os casos de grandes acidentes (sinistros) em que se verificam não apenas prejuízos
financeiros, mas também envolvem lesão corporal ou morte de vítimas em decorrência do fato, é
obrigatória e prioritária a convocação da perícia criminal (perito oficial). Esse perito irá caracterizar o
sinistro, determinando as causas e os responsáveis através de investigações árduas e minuciosas, sejam
em obras de engenharia, máquinas e/ou equipamentos periciados.
• constatação de ligação clandestina de serviços, como energia elétrica, água, linha telefônica, TV
a cabo (por se tratar de uma conduta criminosa, é necessária a realização de exame pericial para
identificação da fraude referente às ligações clandestinas de serviços pelo usuário. Muitas vezes,
tal perícia é acompanhada por um representante da concessionária do serviço para disponibilizar
o acesso ao material de investigação ou, ainda, autorizar sua retirada para a realização de exames
em laboratório a fim de materializar o crime);
138
BIOMEDICINA FORENSE
Com todos esses avanços, a engenharia forense vem conquistando credibilidade e poder de
convencimento por parte das autoridades competentes e da sociedade.
Observação
139
Unidade II
Quando o crime envolve computador, sem a internet como recurso, os peritos analisam a máquina
suspeita (disco rígido, laptops, câmara fotográfica digital e filmadora, console de games, GPS, telefone
celular, assistente pessoal portátil – smartphone, impressora, equipamento de fac-simile, modem 3G
com memória, tocadores de MP3 etc.) e eventuais dispositivos de memória portáteis (disco rígido
externo, cartão de memória, mídia renovável – CD, DVD, disquete, pendrive). Já quando o crime ocorre
pela utilização de computador com internet, os peritos verificam o endereço IP (internet protocol) da
máquina de onde partiu ou para onde foi destinado o comando ou os dados da investigação, sendo
que na maioria das vezes é necessário um mandato judicial para que o mantenedor do servidor forneça
informações a respeito.
140
BIOMEDICINA FORENSE
• especificar as informações de tempo constantes no BIOS (basic input output system) e confrontá-las
com o momento atual;
• solicitar ao responsável pelo sistema as senhas de BIOS, sistema operacional e sistema aplicativo;
Após a arrecadação dos dispositivos é feita a autenticação (verificação da integridade física e lógica)
pelos peritos e, em seguida, a análise propriamente dita. Para a fase de análise é essencial que os peritos
façam a duplicação (cópia) integral bit a bit dos dispositivos de armazenamento, mantendo o original
intacto. Caso necessário, nessa cópia os peritos recuperam dados, identificam, transplantam e liberam
os sistemas operacionais.
Consiste em recuperar dados apagados e/ou ocultados e buscar por palavras selecionadas (chaves)
para a elucidação do caso.
Análise da sistemática de registros de acessos adotada pelo sistema (operacional ou aplicativo) a fim
de verificar o acesso, o cadastramento e/ou modificação em um determinado tempo.
141
Unidade II
• Análise de sítio de internet: consiste em rastrear todos os hiperlinks de uma página através da
recuperação de um sítio para a materialização e navegação off-line. São exemplos divulgação
de material proibido, propaganda enganosa, difamação e calúnia (ponto focal de redes sociais
Instagram e Facebook), entre outras situações.
• Troca ilícita de informação usando a internet: atualmente, a internet, por ser a principal fonte
de troca de informações, viabiliza também a divulgação de conteúdos ilícitos, como a troca de
imagens e vídeos sexuais de crianças e adolescentes, materiais protegidos por direitos autorais
(softwares de músicas e filmes) através das redes peer-to-peer (eDonkey2000, GnuTella e KazaA),
usando programas (e-Mule etc.) e baseados em arquivos torrents. Para a elucidação desse tipo
de crime, os peritos buscam pelo IP que está oferecendo tais arquivos (filmes e vídeos sexuais,
materiais protegidos), bem como identifica o IP e o provedor de internet detentor desse IP.
Nesse tipo de análise o perito deve estabelecer o funcionamento do sistema, que depende de
informações obtidas na fase de arrecadação, verificar o registro de conexões do equipamento com
outros, a arquitetura do sistema de informação (stand-alone, cliente-server), a dependência de hardware
específico para execução, entre outras características. Portanto, nesses casos cabe ao perito:
• estabelecer um procedimento para que outros peritos possam instalar e executar o sistema por
seus próprios meios para a realização de exames finais.
142
BIOMEDICINA FORENSE
Nos dias atuais, devido à realização de diferentes transações bancárias on-line, há um aumento das
tentativas de fraudes, as quais consistem na obtenção do número da conta-corrente e da respectiva
senha, para posterior execução de saques de contas de terceiros com cartão falso, transferência de
valores para conta de laranjas e pagamento de contas e compras com dados usados como cartão
de débito. O procedimento utilizado pelo criminoso para furtar senhas bancárias, conhecido por
phishing scam, é induzir o usuário a acessar um hiperlink que contenha e instale um programa espião
em sua máquina que, quando identifica a interação do usuário com um sítio de instituição bancária,
captura a conta e a senha, enviando-as automaticamente para o e-mail do criminoso.
A abordagem mais efetiva nesse tipo de crime é analisar o equipamento da vítima e verificar quais
os dados o programa espião capturou e para onde os enviou. Para essa finalidade, o perito solicita a
quebra de sigilo do e-mail malicioso ou das falsas mensagens para determinar qual IP acessa a conta do
remetente e oficializa o provedor que detém o IP, para chegar ao usuário criminoso desse IP na data e
hora que ocorreu o golpe.
Nesse tipo de crime, a polícia vem observando uma segmentação das etapas do golpe entre diferentes
quadrilhas, ou seja, algumas quadrilhas se especializam em desenvolver os programas espiões e capturar
os dados (número de conta-corrente e senha) e outras se ocupam em realizar as transações fraudulentas
com os dados obtidos pelo programa espião, na tentativa de confundir a polícia e saírem ilesos do ato
criminoso. Porém, mesmo com tal manobra por parte dos criminosos, verifica-se a eficácia da polícia em
operações de combate a esse tipo de crime.
Exemplo de aplicação
Como exemplo de aplicação prática da informática forense nos casos de grande repercussão no país,
destacam-se os casos de Isabella Nardoni e Mércia Nakashima.
O caso Isabella Nardoni, no qual a hipótese de latrocínio sustentada por Alexandre e Anna foi
descartada pela polícia técnico-científica após análise de vários vestígios, entre eles o não arrombamento
da porta de entrada do apartamento e a leitura do rastreador (GPS) instalado no veículo Ford Ka do pai
(sendo esse o de maior relevância no direcionamento das investigações para o possível homicídio). O GPS
emite sinais via satélite para uma central de operações que consegue monitorar todos os movimentos do
veículo, inclusive, a que horas foi ligado e desligado. Assim, as informações obtidas pelo GPS do veículo
demonstraram que ele foi desligado às 23h36min11seg. Quando analisado pela perícia o intervalo de
143
Unidade II
tempo entre o momento em que o motor do veículo de Alexandre foi desligado e a primeira chamada
telefônica para o resgate, às 23h49min59seg, ficou evidenciado um período de 13 minutos.
A partir dessa observação (intervalo de tempo – 13 minutos), a perícia a comparou os dados obtidos
com as informações do depoimento de Alexandre, que disse ter gasto cerca de 5 minutos para levar
Isabella, que dormia, ao apartamento no sexto andar e mais 4 minutos para voltar à garagem e ajudar
Anna Jatobá a subir com os outros dois filhos, tempo exíguo demais para que um suposto invasor (que
a defesa alegava existir) asfixiasse a menina, cortasse a rede de proteção da janela do quarto, atirasse
Isabella pelo buraco e saísse do apartamento sem deixar vestígios.
O caso de Mércia Nakashima, no qual as informações do GPS do acusado Mizael revelaram que o
veículo esteve parado no estacionamento do Hospital Geral de Guarulhos, que fica a 5 minutos da casa
da avó da vítima, por três horas e meia (entre 18h40min e 22h38min), contradizendo o falso álibi de
Mizael, que disse ter estado com uma garota de programa. Ainda, com a quebra do sigilo telefônico, a
polícia averiguou que Mizael ligou várias vezes para Evandro (seu comparsa) no dia do desaparecimento
de Mércia.
5.8 Documentoscopia
144
BIOMEDICINA FORENSE
Ainda, ao equipamento VSC pode ser acoplado um estereomicroscópio, que permite a ampliação
(500 vezes) da imagem em análise e sua digitalização para a confecção dos laudos e pareceres
para arquivamento.
Figura 84 – À esquerda está o VSC (Video Spectral Comparator) modelo 6000, fabricado pela Foster&Freeman e à direita a
reprodução da tela principal do VSC 6000, que dá acesso aos recursos do equipamento
145
Unidade II
A B
C D
Figura 85 – (A) Foram (Forensic Raman), modelo 685-2, fabricado pela Foster&Freeman. (B) ESDA (Eletrostatic
Detector Apparatus) fabricado pela Foster&Freeman. (C) Sulco de escrita existente em um documento
questionado. (D) Resultado de uma revelação de sulco de escrita obtido com o uso do ESDA
Outros equipamentos utilizados para a análise de documentos são as lupas manuais, pequenas
lanternas portáteis de ultravioleta, cromatógrafos, espectrômetros e microscopia eletrônica e
varredura (MEV).
Figura 86 – Instituto de criminalística na década de 1960, à esquerda, e fotografia do ano de 2010 do microscópio
eletrônico de varredura da Seção de Balística do Instituto Nacional de Criminalística, à direita
146
BIOMEDICINA FORENSE
Exemplo de aplicação
Devido à amplitude dos exames forenses de documentos, eles podem ser divididos em algumas
categorias, explicitadas a seguir.
Grafoscopia ou grafotécnica
• Pictórios ou morfológicos – desenho das letras, dos traços e das palavras, inclinação e tamanho
das letras e proporções entre elas, espaçamento entre as letras (interliteral) e entre as palavras
(intervocabular), alinhamento das palavras em relação a linha de pauta.
• Dinâmica do traçado - como foi feito, de onde partiu (ponto inicial ou ataque) e onde terminou
(ponto de remate ou final).
147
Unidade II
A B
C D
Figura 87 – (A) Um exemplo de falsificação por imitação ou simulação. (B) Ilustrações de exames comparativos de escrita.
(C) Com ilustrações de exames de escrita, utilizando equipamentos de ampliação, foi possível observar a direção dos traços
lançados, por meio de análises das estrias. (D) Com o uso de equipamentos de ampliação é possível observar
tremores, paradas ou hesitações em uma escrita, elementos que determinam a qualidade do traçado
Para que se tenha um exame documentoscópico satisfatório e conclusivo, deve-se preconizar quatro
requisitos básicos:
148
BIOMEDICINA FORENSE
Para a comparação entre o material questionado e o padrão, deve ser levada em consideração a
variação natural na escrita de uma mesma pessoa (variabilidade intrapessoal), se realmente são dois
escritores diferentes (variabilidade interpessoal) ou, ainda, se houve modificação intencional (disfarce)
da escrita para dificultar a identificação do escritor. Além desses, ainda devem ser considerados alguns
fatores como superfície irregular sob o papel e textura, a posição para escrever e forma de segurar a
caneta, caneta defeituosa, pressa ou descuido ao escrever, falta de espaço, bem como fatores que afetam
a habilidade motora, como o uso de medicamentos, drogas, álcool, estado emocional, o envelhecimento
(idade) e doenças neurodegenerativas.
Figura 88 – Comparação entre a escrita de uma mesma pessoa, demonstrando a variação natural que
ocorre entre lançamentos executados em diferentes momentos (variação intrapessoal)
Após todos esses cuidados, os grafismos (lançamento questionado e padrão) são caracterizados
através da comparação sistemática, na qual se avalia a significância (considerando a complexidade dos
lançamentos, a frequência relativa de ocorrência das características na população considerada e a faixa
de variabilidade natural) e as diferenças.
Exames de carimbos (de metal ou borracha) e datilografias (mecânica ou eletrônica), cópias e fax,
de impressos gráficos (tipografia, flexografia, ofsete, rotogravura, serigrafia, calcografia etc.) ou de
origem computacional.
Esse tipo de exame tem como intuito identificar o processo gráfico empregado na impressão do
documento questionado, verificar qual o tipo de equipamento o produziu e se esse documento é original
ou cópia e, ainda, se sofreu modificações.
149
Unidade II
A B
C D
Figura 89 – (A) Sobreposição de imagem do documento questionado (em rosa) e documento padrão (em verde), evidenciando a
divergência na forma do datilotipo r (seta vermelha), o que comprovou a alteração documental. (B) Defeitos (entintamento) no
datilotipo e visualizado em três diferentes documentos, o que poderia indicar a procedência de uma mesma máquina datilográfica.
(C e D) Imagens de documentos impressos, vistos sobre grande ampliação, facilitando a determinação do processo de impressão
utilizado. À esquerda vê-se o espalhamento da tinta (jato) e à direita partículas de toner (impressão a laser)
Documentos de segurança
Tais documentos são confeccionados por programas gráficos específicos (não disponíveis
comercialmente), com materiais de uso exclusivo (não disponíveis ao público em geral) e por
pessoas qualificadas; o transporte é feito de forma centralizada por setores oficiais e há realização
de auditoria para verificação e certificação de todo o processo de confecção, até a emissão do
documento finalizado.
Para o exame dessa natureza, o perito deve conhecer todo o processo de fabricação do documento,
desde a matéria-prima (papel, tintas, adesivos etc.), parte gráfica (ofsete, calcografia, tipografia etc.),
até o acabamento (filmes, dispositivos ópticos e impressão de dados variáveis). Tal exame é feito por
comparação do documento fraudulento com o autêntico.
150
BIOMEDICINA FORENSE
• Rasura: alterações físicas provocadas por atrito sobre o suporte (uso de borracha, por exemplo)
ou por raspagem (lâmina ou estilete) para remover os lançamentos gráficos superficiais. Uma vez
realizadas para falsificar documentos, as referidas alterações físicas provocam o levantamento de
fibras do suporte (papel), sendo observáveis sob luz rasante e ampliado.
Figura 91 – Exemplo de rasura, com posterior acréscimo (à esquerda) e exemplo de raspagem (à direita)
151
Unidade II
A B
C D
152
BIOMEDICINA FORENSE
A B
C D
Figura 93 – (A) Cruzamento de traços dentro de um mesmo lançamento gráfico, formando guirlandas. (B) Cruzamento de
traços entre uma mecanografia (em vermelho) e um lançamento manuscrito. (C) Imagem de um corte transversal de
um cruzamento de traços, feito no MEV, mostrando a sequência (a partir do topo) de caneta, toner e papel.
(D) Imagem de um corte transversal de um cruzamento de traços, feito no microtomógrafo, mostrando
a sequência (a partir do topo) de caneta, toner e papel
• Acréscimo: inclusão de números, letras e/ou palavras em documento finalizado, alterando seu
sentido original.
Figura 94 – (A) À esquerda, um lançamento gráfico visto com iluminação branca comum e à direta, o mesmo lançamento
visto através de um filtro de 823 nm, evidenciando que houve acréscimo do zero com caneta com tinta de diferente
composição. (B) À esquerda, um lançamento gráfico visto com iluminação branca comum e à direta, o mesmo
lançamento visto através de um filtro de 714 nm, evidenciando que houve acréscimo do 5
153
Unidade II
5.9 Contabilidade
A perícia contábil se aplica na fase investigativa, de denúncia e processual cível ou penal, evidenciando
a materialidade de crimes de natureza contábil, econômica, financeira ou patrimonial, através de
respostas aos quesitos formulados de forma pontual e objetiva.
Dependendo do objeto de exame, as perícias contábeis são classificadas em três tipos, devido à
diferença de características entre elas.
Perícia merceológica
Corresponde aos exames realizados em bens (por exemplo, obra de arte, carros importados etc.) e
mercadorias (eletrônicos, cigarros etc.) originários de contrabando ou descaminho ou, ainda, lavagem
de dinheiro. Esses exames podem ser feitos de forma direta (acesso ao bem ou mercadoria) ou indireto
(avaliar através da especificação do bem ou mercadoria).
Perícia econômico-financeira
Através da análise das movimentações e operações financeiras de uma pessoa física, a perícia
contábil pode verificar os hábitos de consumo, locais frequentados, relação interpessoal, determinar
dia, hora e local que a pessoa se encontrava em determinado momento, entre outras informações que
possam caracterizar o indivíduo e localizá-lo em períodos específicos. Já através da análise financeira
de uma organização criminosa pode ser desvendada sua estrutura (logística, forma de lavar dinheiro
etc.) e seus líderes e/ou beneficiários podem ser identificados, uma vez que o fluxo financeiro é
direcionado à cúpula.
154
BIOMEDICINA FORENSE
Para a realização de tais análises é necessária a quebra do sigilo bancário e financeiro para a
obtenção de extratos bancários, contratos de empréstimos, comprovantes de transferências nacionais e
internacionais, operações de câmbio e qualquer outro documento que se enquadre em uma operação
ou movimentação financeira.
Em relação às informações fiscais ou tributárias analisadas pela perícia contábil, a fim de materializar
um crime financeiro, utilizam-se as declarações de ajuste anual de pessoas físicas e jurídicas que permitem
evidenciar falsas fontes de rendas (lavagem de ativos), levantar o patrimônio e as relações do investigado,
identificar o patrimônio não declarado ou variação patrimonial descoberta, entre outras fraudes.
O acesso ao sigilo fiscal é mais flexível em relação ao sigilo bancário, pois a Receita Federal do
Brasil (RFB) pode disponibilizar os dados cadastrais de determinado contribuinte sem a necessidade de
autorização judicial.
Perícia contábil
Os principais objetos de exames desse tipo de perícia são a escrituração contábil formal e seus
respectivos documentos de suporte, a contabilidade informal de organizações criminosas e a contabilidade
paralela de uma entidade regularmente existente.
Quanto à escrituração contábil formal, vale esclarecer que toda entidade deve escriturar diaria e
cronologicamente suas operações que contemplem fatos administrativos de seu patrimônio, desde sua
criação até o encerramento de suas atividades (e em consonância com as normas e práticas contábeis
adotadas no Brasil).
Dessa forma, a adulteração de uma movimentação na escrituração, ou seja, deixar de registrar uma
operação efetiva ou registrar uma operação inexistente, obrigatoriamente resulta em rastro (prova) que
comprove o crime.
Os livros escriturados utilizados na contabilidade de uma entidade são: livros contábeis, livros sociais
e livros fiscais.
Entre os livros contábeis, o livro diário é o principal, além de obrigatório por lei para todas as
entidades. Nele devem ser registradas, diariamente e em ordem cronológica, todas as movimentações
que venham a gerar qualquer variação no patrimônio de uma entidade. O livro diário tem como intuito
assegurar a veracidade e a perenidade dos lançamentos, evitando alterações posteriores. O livro diário
deve conter para cada registro ou lançamento feito por uma entidade a data da operação, o histórico
155
Unidade II
Apesar de a contabilidade atualmente ser feita toda no computador, os livros contábeis analisados para
a elucidação de crimes dessa natureza, na maioria das vezes, são impressos, encadernados e registrados nas
juntas comerciais, limitando, assim, a capacidade de análise dos peritos, que irão demandar mais tempo
para a conclusão dos exames periciais.
Embora tenha sido criado o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), em 2007, os peritos
ainda possuem limitações nas análises dos dados. O Sped é composto por três subprojetos: Escrituração
Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a Nota Fiscal Eletrônica, que unificam as atividades de
recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que compõem as escritas
contábeis e fiscais das entidades em um fluxo único e computadorizado.
A escrituração dos livros sociais é obrigatória pelas sociedades anônimas geridas por órgãos colegiados
(Diretoria Executiva, Conselho Administrativo), que precisam votar em reunião e registrar em ata toda
decisão relevante à entidade. Dessa forma, várias informações importantes para uma perícia contábil
ficam registradas, como quem votou a favor e contra a realização de uma operação fraudulenta, quem
detinha o controle acionário da entidade na época de uma transação ilegal, além de outras que possam
identificar e determinar a autoria do crime. Tais informações escrituradas nos livros sociais podem ser
registradas eletronicamente, facilitando e agilizando as análises periciais.
Os livros fiscais são escriturados de acordo com a legislação tributária e têm como objetivo
controlar as operações tributáveis de forma efetiva e facilitar o trabalho de fiscalização. As informações
constantes nos livros fiscais devem estar nos livros contábeis ou serem deduzidos a partir deles.
Assim, se o fraudador ajustar apenas o livro contábil, quando confrontado com o livro fiscal, a
transação ilegal se torna evidente.
Contabilidade informal
É aquela que não segue as normas disciplinadoras da contabilidade oficial, previstas na legislação.
Esse tipo de contabilidade compreende a das entidades criminosas que não se submetem às regras
e formalidades impostas legalmente para fins lícitos e das organizações legalmente constituídas que
funcionam à margem da lei e da contabilidade paralela (caixa dois), com finalidade de sonegação fiscal.
Portanto, nesse tipo de ação criminosa os executores e líderes se organizam não para cometer
crimes, e sim obter vantagens financeiras ou patrimoniais, que os sustentam e os protegem quando
subornam agentes públicos e políticos, quando infiltram seus colaboradores nos serviços públicos,
quando patrocinam campanhas políticas em troca de favores, entre outras ações que os tornam
intocáveis perante a Federação e o Estado, que deveriam combatê-los. O curioso é que o autor desse
tipo de crime não se considera criminoso por não ter matado ninguém diretamente e, como agravante
da situação, a sociedade também age como se aquele indivíduo não tivesse cometido nenhum crime,
reelegendo-o, por exemplo.
156
BIOMEDICINA FORENSE
Assim, o combate a esse tipo de crime representa um grande desafio para as autoridades
competentes, que precisam demonstrar não só para os cidadãos, mas também para os próprios
criminosos e os responsáveis pela persecução penal que tais atos criminosos são mais prejudiciais
à sociedade do que os crimes individuais contra a vida, pois há desvio de recursos que deveriam ser
destinados à elaboração e execução de políticas públicas (educação, saúde, pesquisa, saneamento
básico, habitação) previstas em lei e de políticas de geração de emprego e renda. Como consequência,
os jovens estão presos em um círculo vicioso, o qual não lhes oferece oportunidades de educação,
saúde, moradia e emprego, tendo como saída, na maioria das vezes, a criminalidade.
• Colisão: choque entre um veículo e um obstáculo fixo (poste de iluminação etc.) ou em um corpo
rígido não fixo (veículo).
• Capotamento: quando o veículo sofre um semigiro ou um ou mais giros completos em seu eixo
vertical (teto no solo e os pneus para o ar).
• Tombamento: o veículo sofre uma rotação de 90° em torno de seu eixo (repousa sobre sua lateral).
• Saída de pista: o veículo sai da pista sem ter tido contato com outro veículo ou obstáculo.
A B C
D E F
Figura 95 – (A) Colisão. (B) Choque. (C) Capotamento. (D) Tombamento. (E) Saída de pista. (F) Atropelamento
157
Unidade II
Para todo acidente de trânsito ocorrido em vias públicas, rodovias, vias rurais etc., é necessária a
análise individualizada dentro das normas de circulação e conduto, ou seja, movimento e posicionamento
do veículo, velocidade empregada no momento do fato, distração do condutor com o rádio do carro,
com inseto voando no interior do veículo, desvio de um animal, problemas mecânicos com o sistema
de freios ou quebra de alguma peça automobilística, estouro de pneus, problemas com o cinto de
segurança, condições viário-ambientais como vias mal cuidadas, com má sinalização e sistema asfáltico,
além de condições climáticas como as chuvas, que podem ser causas determinantes ou contribuintes
para a ocorrência de trânsito com vítimas fatais ou com lesões graves.
O laudo pericial de acidente de trânsito deve ser apresentado em forma de quesitos, os quais descrevem
os pontos relevantes do fato, como informações pertinentes ao caso, vestígios do local e deixados pela
ocorrência, vestígios do veículo e da(s) vítima(s), entre outros, além da confecção de croquis.
158
BIOMEDICINA FORENSE
No tópico local do acidente, será descrita a via (presença ou ausência de passarela perto do fato, a
existência de acostamento caso seja rodovia, a largura da via e de suas faixas de trânsito, pavimentação
e suas condições de rodagem, presença ou ausência de sinalização de trânsito vertical – placas ou
horizontal – faixa de pedestre), a classificação da via segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a
topografia (plano, aclive ou declive), as mãos direcionais dos fluxos, a presença ou ausência de iluminação
(natural ou artificial) e, consequentemente, a visibilidade no momento do fato.
Quanto aos quesitos relacionados aos vestígios deixados pelo acidente, devem constar, caso existam,
marcas pneumáticas de frenagem, derrapagem, aceleração ou ausência delas, a partir das quais pode‑se
extrair dados para os cálculos de estimativa de velocidade, além da determinação do sítio de colisão
(região de choque com a devida amarração).
A B C
O principal parâmetro de análise da física forense é a determinação da velocidade que pode ter
sido a causa, a concausa ou fator contribuinte (potencializador) do acidente de trânsito. Existem várias
metodologias de cálculos físicos relacionados aos acidentes de trânsito, envolvendo a amarração da
região do choque a centros de gravidade do veículo, angulações de entrada e saída das interações
e a mais tradicional pelas marcas de frenagem. Como os veículos equipados com freios ABS não
produzem marcas de frenagem, é preciso utilizar a equação do PCML (princípio da conservação do
momento linear).
Exemplo de aplicação
Um veículo automotor trafegava em uma via a 80 km/h, sendo a velocidade máxima permitida
de 60 km/h. O condutor avista um pedestre no meio da via e, imediatamente, sua ação psicomotora
é ativada, levando de 0,75 a 1,5 segundos para acionar os freios. Durante o transcorrer deste período
o veículo percorre 22,22 metros até o ponto de reação 80 (pr80), onde inicia a frenagem, precisando de
23,36 metros para imobilizar-se, ou seja, para que tenha uma velocidade nula (V = 0). Sabendo que na
velocidade permitida da via (60 km/h) o veículo percorre 16,67 metros entre o ponto de percepção (pp) e
o ponto de reação 60 (pr60) e mais 13,89 metros entre pr60 e a imobilização (i). Pergunta‑se: em
que área (azul ou verde) o pedestre precisa estar localizado para ser atropelado devido ao excesso
de velocidade?
159
Unidade II
Figura 99 – Esquema ilustrativo de como a velocidade pode ou não ser causa de acidentes
Outra forma de verificar não apenas a velocidade, mas também o tempo em movimento e
parado, a distância percorrida pelo veículo, o hábito do condutor na direção (dinâmica do acidente)
é pelo tacógrafo, equipamento encontrado em veículos de passageiros com mais de dez lugares.
Tal equipamento registra a velocidade do veículo (0 – 120 km/h com intervalos de 20 km/h), o tempo do
veículo parado (risco fino) e em movimento (risco espesso), a distância percorrida pelo veículo (a cada
5 km – 1 pico característico) e quando parado (risco seguindo o arco do disco).
Velocidade
Distância
Tempo
Já os quesitos que devem ser descritos sobre o veículo, são: marca, modelo, cor e placa (individualização
do veículo), indicação do condutor (habilitação), apontamento das danificações (orientação, direção e
sentido dos danos e se foi recente – análise da presença de ferrugem e/ou sujidade), danos da interação
veicular (transposição de tintas entre os veículos envolvidos, quebra de partes vítreas ou plásticas, lascas
de pintura, cortes na lataria), sequência esquemática do acidente de trânsito (permite compreender
as forças de ação e reação), defeitos mecânicos e problemas com itens de segurança do veículo (cinto).
Em relação à vítima, deve-se descrever sua identidade, sua posição (localização) dentro do veículo ou no local
dos fatos, seus ferimentos e extensão, que pode determinar o sentido de deslocamento em um atropelamento
e do ponto de impacto no veículo.
160
BIOMEDICINA FORENSE
Assim, a partir da análise e verificação de todos esses vestígios, o perito poderá evidenciar a dinâmica
do fato e as causas que contribuíram ou que foram determinantes para seu ocorrência.
Desde os primórdios os recursos naturais são utilizados pela humanidade para sobrevivência
e, atualmente, também para fins econômicos, tanto de interesse individual como corporativos e
governamentais. Com o intuito de preservar às gerações futuras estes recursos que estão sendo usados
de forma indiscriminada, existem leis e políticas públicas em constante debate e modificação para
adequar e até mesmo, quando necessário, restringir o seu uso.
Devido às ações humanas produzirem alterações variáveis sobre o ambiente, é necessário conhecer
qual o fator gerador de determinada alteração para poder enquadrá-lo ou não como crime ambiental.
Para tal, surgiu a perícia ambiental, que atua tanto na esfera cível como na criminal e engloba
diversas áreas de conhecimento, como a biologia forense, química forense, genética forense, medicina
veterinária forense, entre outras, utilizando-se de exames periciais para a elucidação e caracterização
dos crimes ambientais.
Nas perícias ambientais, é difícil delimitar o objeto de análise, uma vez que o direito classifica o
meio ambiente como um bem difuso (de toda a população em maior ou menor grau) e impraticável de
sistematização sem o auxílio de parâmetros de significância (definições precisas de dano ambiental).
O dano ambiental resultante da ação humana pode ser processado nas três esferas (administrativa, cível e
criminal) de forma independente e concomitante, requerendo do perito um conhecimento aprofundado
não apenas da legislação vigente, mas também do exame pericial do dano ambiental (objeto) para
estabelecer uma prova (evidência) cientificamente consistente e, consequentemente, subsidiar a seleção
das penas a serem aplicadas e sua dosimetria.
Na esfera administrativa cabe a apuração de infrações (danos ambientais) pelos órgãos jurisdicionais
(como o Ibama) de forma administrativa e interna, sem a abertura de processo judicial.
Já na esfera cível, o dano ambiental é propenso de reparação e indenização ao(s) lesado(s), sociedade
(ação civil pública ou privada) ou indivíduo (ação civil individual ou coletiva). Nessa esfera é difícil
estabelecer o que pode ser classificado como um dano ambiental, pois em muitos casos não existe
uma definição legal específica e também por depender das circunstâncias. Além de determinar o nexo
(vínculo) causal, uma vez que a responsabilidade do agente causador do dano não depende apenas da
culpa, basta comprovar sua conduta ativa ou omissa perante o fato.
A esfera criminal demanda a abertura de uma ação judicial penal, que estabelece a necessidade
de perícia criminal realizada por um perito oficial em crimes contra o meio ambiente que deixaram
vestígios. O objetivo da perícia criminal é tentar qualificar um fato típico definido nas leis vigentes e
determinar a autoria do fato através dos vestígios.
As perícias criminais ambientais se classificam de acordo com o objeto de análise e com base nos
componentes do ambiente em, fauna, flora e elementos da natureza (águas subterrâneas, solo, ar etc.).
161
Unidade II
Porém, o laudo pericial deve evidenciar os impactos não apenas do objeto analisado, mas de todos os
componentes que estão intimamente relacionados na manutenção da vida em determinado ecossistema.
Com base na Lei dos Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/98), os crimes ambientais se classificam em:
crimes contra a fauna, crimes contra a flora, crimes de poluição e outros crimes ambientais e crimes
contra a administração ambiental.
O termo fauna engloba todas as espécies do Reino Animalia ou Metazoa, ou seja, desde os
animais mais simples (esponjas, minhocas etc.) até animais mais complexos (vertebrados superiores).
As condutas tipificadas nesses crimes objetivam preservar a biodiversidade faunística e reprimir
agressões (maus-tratos) aos seres vivos dotados de sistemas sensoriais desenvolvidos (vertebrados
superiores). O objeto de análise nos crimes contra a fauna são espécies de animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
Como agravantes desses crimes deve-se verificar se a espécie capturada é rara ou ameaçada de
extinção e se o crime foi praticado em unidade de conservação ou com instrumentos de destruição
em massa. A maioria das perícias criminais relacionadas aos crimes contra a fauna já foram descritas em
medicina veterinária forense, biologia forense e genética forense.
Nos crimes de pesca, os exames periciais têm como objetivos identificar a morfometria (tamanho do
peixe, período de defeso etc.) de diferentes espécies da fauna aquática, se estão dentro dos parâmetros
específicos para captura, verificar se os instrumentos de pesca (como redes) estão adequados à
normatização (portarias e instruções normativas do Ibama) vigente e detectar vestígios de explosivos
ou substâncias tóxicas (exames físico-químicos), além de verificar as licenças de pesca.
Flora é o conjunto de espécies vegetais de um determinado local. Tendo como definidas nesse crime
as ações lesivas à integridade das comunidades vegetais do tipo floresta que se encontram em áreas
de preservação permanentes (APP), bem como biomas (manguezais, restingas, várzeas etc.) e vegetação
fixadora de dunas que possuem importância na preservação de ecossistemas ou dos recursos pesqueiros
(manguezais) ou por estarem em maior risco de extinção (Mata Atlântica, Mata de Araucárias).
A perícia ambiental não se restringe apenas em atuar contra crimes relacionados à destruição
ou danificação da comunidade vegetal (primária ou secundária e em estágio avançado ou médio de
regeneração) que compõe uma determinada área natural, mas estende-se também à preservação
da biodiversidade vegetal e animal (habitantes locais), da qualidade do ar (sumidouro de carbono)
e das águas (controle do regime hídrico dos cursos d’água) e proteção aos solos, evitando impactos
ambientais (mudanças climáticas etc.).
162
BIOMEDICINA FORENSE
As principais atividades impactantes e envolvidas nos crimes contra a flora são a roçagem de terrenos
ou movimentação de solo, incêndios e a utilização do solo para lavoura e pecuária.
Figura 101 – Áreas de pastagem formadas, com cercas e plantio de capim exótico
da espécie Brachiaria brizantha. Uso do fogo em parte da área
Para a perícia ambiental realizada em crimes contra a flora se fazem necessárias a determinação,
a datação e a quantificação do desmatamento através de imagens de satélite e outras formas de
sensoriamento remoto, como fotografias aéreas. Tais procedimentos não permitem aos peritos a
descrição do dano detalhado (espécies de árvores cortadas, equipamentos utilizados na exploração etc.),
mas facilitam a perícia de áreas extensas e/ou de difícil acesso, além de definir o intervalo de tempo da
supressão da vegetação nativa através da comparação de imagens em diferentes datas.
A B E Área 1
Área 2
Área 9
Área 3
C D
Área 4
Área 5
Área 6 Área 7
Área 8
Figura 102 – (A e B) Imagens de satélite, respectivamente, do satélite CBERS2, órbita-ponto 157_106, de 19/06/2007 e LANDSAT5,
órbita 221_064, de 04/09/2009, indicando o avanço do desmatamento em uma região do estado do MA. (C e D) Fotomicrografia
de lenho transformado em carvão, em corte transversal, de duas espécies arbóreas distintas (aumento de 60X). (E) Mapa da área
indicando os polígonos de desmatamento e as estradas no interior da terra indígena
Para apresentar uma maior consistência de informações, esse tipo de perícia deve ser feita in loco (em
campo) e somada às análises das imagens de um tipo de sensoriamento remoto associado a programas
de geoprocessamento que permitem o tratamento e a classificação das imagens de satélite, além da
sobreposição de camadas de informação, para a elaboração de produtos gráficos que descrevam a área
163
Unidade II
no tocante ao objeto da perícia e a localização espacial precisa do local a ser periciado através de
coordenadas geográficas (grau, minuto e segundo etc.) ou de coordenadas planas.
Através da utilização desses recursos, o perito tem condições de determinar, por exemplo, o
foco de um incêndio, a dinâmica de propagação e a autoria (incêndio por causa natural, como
raios, ou de forma culposa, ou seja, humana). Para auxiliar na detecção, datação e localização
imediata de focos de incêndios e queimadas, o Instituto Brasileiro de Pesquisa Aeroespaciais (INPE)
possui um programa de monitoramento de queimadas e incêndios que, através de satélite, alerta
sobre os focos de calor, registrando-os e arquivando-os em um banco de dados.
Outra perícia da ordem dos crimes contra a flora é a identificação de “madeira de lei”, ou seja,
espécies arbóreas protegidas por lei (castanheira e mogno, árvores nativas da região amazônica, pinheiro
brasileiro, nativa da região Sul etc.) que são utilizadas de forma ilegal na produção de carvão vegetal,
na fabricação de móveis etc. O exame para identificação de uma espécie arbórea consiste em verificar
as características anatômicas, algo que pode ser feito na planta viva ou madeira, em sua forma bruta
(tábuas), industrializada (móveis) ou em forma de carvão.
Esse tipo de perícia consiste em caracterizar a poluição, ou seja, verificar os limites aceitáveis por lei para
que poluentes/contaminantes não prejudiquem a saúde humana, não provoquem mortandade da fauna
e não destruam a flora; além de definir sua fonte (origem da poluição) através da análise de parâmetros
físico-químicos (pH, oxigênio dissolvido, entre outros) e inorgânicos ou orgânicos (matérias ou energias
lançadas). Atualmente, existem técnicas mais sofisticadas, como o uso de biomarcadores para identificação
de origem de petróleo e derivados, análises de isótopos estáveis e radiogênicos para evidenciar a fonte
poluidora e dendroecologia para verificar a data da contaminação. A execução da grande maioria dessas
análises só é possível devido aos convênios firmados entre a polícia técnico-científica e as universidades
detentoras de diversos equipamentos de ponta utilizados em pesquisas.
Para a realização das referidas análises deve-se seguir protocolos específicos de coleta de amostras
para cada parâmetro a ser analisado, de acondicionamento (tipos de frascos e de conservantes que
devem ser adicionados, temperaturas que devem ser mantidas, entre outros que preservem a amostra) e
transporte (tempo máximo até a análise). Além, é claro, de planejamento prévio na escolha dos pontos
de amostragem, o que é feito a partir da avaliação de fatores ambientais relacionados à dispersão dos
poluentes de uma fonte emissora no ambiente e à quantidade amostral para a realização dos diferentes
parâmetros. A coleta não deve ser feita às escuras, ou seja, sem saber quais parâmetros devem ser
analisados e qual o laboratório responsável por realizar as análises.
A poluição se caracteriza de acordo com o compartimento ambiental (ar, água e solo) atingido.
164
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 103 – Forno de carvão lançando material particulado, entre outros poluentes, na atmosfera
• Poluição hídrica: lançamento de efluentes em corpos d’água superficiais (rios etc.) e subterrâneos
(lençóis freáticos) acima dos limites estabelecidos em normas, regulamentos e portarias.
• Poluição do solo: causada por disposição inapropriada de resíduos (agrotóxicos etc.) no solo e
por vazamentos de tanques e/ou tubulações subterrâneas antigas de postos de combustíveis,
bem como por infiltração de combustíveis derramados sobre o solo nas operações de descarga e
abastecimento, devido à inexistência ou inadequada impermeabilização do local. Para evitar as
duas últimas possíveis causas de poluição do solo, atualmente os revendedores de combustíveis
precisam ter dispositivos de controle e monitoramento de poluição. Tais situações não apenas
poluem o solo, mas também há a possibilidade de poluir as águas subterrâneas.
165
Unidade II
Figura 105 – À esquerda, escavação de solo onde havia resíduos perigosos clandestinamente enterrados. À direita,
poço de monitoramento de águas subterrâneas instalado em um posto de revenda de combustíveis
• Poluição sonora: conjunto de todos os ruídos indesejados que possam interferir na saúde e no
bem‑estar da população.
Envolve a ação dos agentes públicos em consentir ou negar licenças ambientais por prática ilegal ou
de abuso de poder e de profissionais (biólogos, engenheiros, geólogos etc.) e/ou empresas em elaborar
estudos, laudos e relatórios ambientais falsos e enganosos.
6 QUÍMICA FORENSE
A princípio, a química forense surgiu como área da criminalística para suprir a necessidade de
identificação dos agentes tóxicos apreendidos, tendo, ao longo do tempo, ampliado e diversificado sua
atuação no auxílio da elucidação de casos criminais. Atualmente, a química forense é uma área
de destaque na criminalística, responsável por analisar, identificar e classificar elementos e
substâncias encontrados em locais de crime ou que estejam relacionados a um fato criminoso,
através da utilização de técnicas instrumentais.
As drogas de abuso podem ser produzidas a partir de substâncias naturais, semissintéticas e sintéticas
e ter ação em um órgão-alvo específico ou no organismo como um todo, interferindo no funcionamento
normal do corpo.
Na tentativa de impedir e prevenir o consumo desses produtos ilegais foi promulgada a Lei n. 11.343/06,
instituindo o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas que, em seu artigo 33, parágrafo 1,
controla e restringe os insumos químicos e matéria-prima destinados à preparação das drogas, visando
o combate ao narcotráfico. Adicionalmente, existem a Portaria n. 344/98, da Anvisa (que regulamenta
o controle especial para substâncias e medicamentos), a Lei n. 10.357/01 e o Decreto n. 4.262/02 (que
combatem o desvio de insumos químicos que poderiam ser utilizados direta ou indiretamente na produção
de drogas) e a Portaria n. 1.274/03-MJ (que designa a Polícia Federal para controle e fiscalização de 146
produtos químicos, incluindo suas misturas e diluições).
166
BIOMEDICINA FORENSE
As principais drogas de abuso consumidas e apreendidas são: maconha, cocaína e LSD. Para a
preparação da cocaína existem métodos sintéticos de alto rendimento, porém as técnicas extrativistas,
utilizando as folhas da planta, são as comumente observadas. Essas técnicas extrativistas iniciam-se com
o preparo da pasta base (produto bruto extraído das folhas do vegetal pelo uso de solventes específicos,
contendo 40% de cocaína), que é purificada através de reações químicas (ácido-base), produzindo as
diferentes formas de apresentação da droga: cloridrato ou sulfato de cocaína, merla e crack.
As principais metodologias analíticas empregadas para o exame definitivo são cromatografia gasosa
acoplada a um detector de massa (CG/EM) e cromatografia líquida de alta eficiência, também com
detector de massa (CLAE/EM), ambas qualitativas e quantitativas. Existem outras técnicas analíticas
preconizadas como exame definitivo, como espectroscopias no infravermelho, de RMN e Raman,
eletroforese capilar, entre outras. Essas técnicas analíticas permitem a definição de um padrão sazonal
da produção da droga (por exemplo, cocaína) através dos insumos químicos utilizados.
Saiba mais
167
Unidade II
A B C
A B C
Figura 106 – Na imagem superior está a representação esquemática das etapas (A, B e C) de execução do teste de
Mayer com cocaína base livre. Na imagem inferior está a representação esquemática das etapas do teste de
tiocianato de cobalto modificado com cocaína base livre
A B
Figura 107 – (A) Exemplo de realização do teste de Scott em placa escavada. Nota-se a coloração azulada após a adição de
tiocianato de cobalto sobre a amostra de pasta base de cocaína. (B) Testes realizados em comprimidos apreendidos
(C) e em selos apreendidos. Os reagentes foram usados: 1 e 5 – Marquis; 2 – ácido sulfúrico; 3 – Simon; 4 – Ehrlich
168
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 108 – (A) Exemplo de cromatografia contendo uma mistura de drogas clássicas e de NSP pertencentes às classes das
feniletilaminas, catinonas sintéticas e canabinoides sintéticos. (B) Comparação entre espectro de IV_ATR da catinona sintética
n-etilpentilona
Exemplo de aplicação
Como aplicação prática da química forense, pode ser citada sua ampla utilização em aeroportos
internacionais onde diariamente viajantes suspeitos, carregando drogas em compartimentos falsos de
suas malas, são vistoriados.
Quando a droga é descoberta, geralmente cocaína, ela é apreendida e testada para certificação de
que realmente se trata de droga na frente do viajante, através da utilização de um teste preliminar de cor,
normalmente o teste de tiocianato de cobalto. Posteriormente, uma amostra da droga é encaminhada
ao laboratório de química para realização de análise mais sensível e específica que, além de confirmar
o resultado do teste de triagem, também quantifica o teor de pureza da cocaína. Tal análise é feita em
aparelhos sofisticados, como, por exemplo, HPLC – IV, e pode ser realizada por profissionais biomédicos
que atuam na área de química forense.
169
Unidade II
Porém, muitos criminosos conseguem adulterar esses caracteres. Nas armas de fogo, a numeração é
raspada como tentativa de impedir sua revelação e, em veículos automotivos, pode ocorrer a remarcação
(alteração da sequência alfanumérica) por punção após desgaste e polimento do chassi ou, ainda,
por implante (quando uma chapa metálica com numeração falsa é soldada sobre o chassi original) e
transplante (quando recorta-se a superfície metálica do chassi e solda outra superfície metálica com
numeração falsa), a fim de clonar o veículo e torná-lo regular perante a lei.
B C
Figura 109 – (A) Análise pericial para verificação de adulteração de chassi em um veículo automotor suspeito.
(B) Arma de fogo com os caracteres de identificação suprimidos, encaminhada à perícia.
(C) Visualização parcial da numeração na arma após revelação metalográfica
170
BIOMEDICINA FORENSE
Para que ocorra o disparo de uma arma de fogo, é necessário que a energia química se transforme
em energia cinética. A energia química acontece quando o precursor (cão) da arma entra em contato
com a espoleta através de um choque mecânico, provocando a combustão e, consequentemente, a
produção de gases devido à queima da pólvora, ultrapassando temperaturas de 2.000 °C. A pressão
dos gases formados expande e impulsiona o projétil da região anterior do estojo em um movimento
retilíneo pelo cano da arma, onde adquire velocidade (energia cinética). Nas armas de cano raiado, além
de apresentar movimento retilíneo, o projétil adquire rotação em torno do seu eixo de simetria com o
objetivo de conservar a linearidade do movimento e, assim, eliminar possíveis desvios aerodinâmicos.
Os gases produzidos na combustão se expandem para todos os orifícios da arma (região frontal
do cano, região média e posterior da arma, aberturas dos tambores de revólveres e dos ejetores de
pistolas), levando consigo produtos da queima (gás carbônico e óxidos de nitrogênio), componentes
sólidos da pólvora e resíduos sólidos originários do atrito do projétil com o interior do cano, como
chumbo, antimônio e bário; sendo que esses últimos resíduos expelidos impregnam nas mãos, rosto,
cabelo e roupas do atirador.
Nos casos de disparos de armas de fogo, a perícia criminal investiga a presença de resíduos de nitritos
depositados no interior do cano da arma, pois fornece informações sobre o intervalo de tempo entre o
disparo e o momento da análise, uma vez que o íon nitrito permanece no interior do cano por até sete
dias seguidos ao disparo. Para realizar tal análise, o perito utiliza o teste de Griess-Ilosvay (colorimétrico),
em que o ácido sulfanílico e naftilamina, presentes no reagente, ao entrarem em contato com resíduos
de nitrito, produzem uma coloração amarela. Entretanto, é necessária a realização de mais um teste para
confirmação do tempo estimado de disparo.
N
NH2 N+
+ NHO2 + H2O
O S O O S O
OH OH
ácido sulfanílico ácido sulfanílico diazotado
N
N+
N N
+ + H2O
O S O NH2 O S O NH2
OH OH
ácido sulfanílico α = naftilamina p = sulfobenzeno-azo α = naftilamina
diazotado
171
Unidade II
Já para verificar a autoria do disparo, ou seja, se determinada pessoa foi responsável pelo disparo da
arma de fogo, normalmente realiza-se a coleta na região dorsal das mãos do suspeito e em outras partes
do corpo, utilizando material adesivo (esparadrapo). A partir desse material, são realizados dois tipos
de análises: o teste colorimétrico (presuntivo) e a microscopia eletrônica de varredura (confirmatório).
A presença de íons chumbo no esparadrapo é revelada no teste colorimétrico por sua interação
com a solução de rodizonato de sódio, resultando em coloração vermelho-rosado. Para confirmar a
positividade do teste de cor, realiza-se a microscopia eletrônica de varredura que evidencia microesferas
metálicas (resíduos metálicos gerados pela combustão que são fundidos devido às elevadas temperaturas
da explosão), as quais apresentam em seus núcleos antimônio e bário, e em suas cascas chumbo. Quando
esta técnica é acoplada a um analisador de RX, além de detectar, também analisa quimicamente a tríade
de metais (chumbo, antimônio e bário) produzida pelo disparo de arma de fogo, tornando tais vestígios
irrefutáveis como prova pericial de certeza.
A B O O
O ONa O O
Pb
O ONa + Pb2+ O O
O O
Rodizonato de sódio Rodizonato de chumbo
Coloração amarelo-escura Coloração rosa
C O O
O ONa O O
Ba
O ONa + Ba2+ O O
O O
Figura 111 – (A) Esquema de coleta de resíduos de disparo de arma de fogo por fita adesiva. (B) Reação química para a identificação
de íons chumbo. (C) Reação química para a identificação de íons bário. (D) Imagem de elétrons retroespalhados obtida por
microscopia eletrônica de varredura, mostrando alto contraste de número atômico e morfologia e espectro
correspondente de EDS com a composição química da partícula de GSR
172
BIOMEDICINA FORENSE
Observação
173
Unidade II
Figura 112 – (A) Embalagem original do medicamento Durateston® mostrando o campo correspondente ao “teste da raspadinha”
antes de se efetuar a raspagem, visto sob luz visível (à esquerda) e sob luz ultravioleta em 254 nm (à direita). (B) Verso da cartela
original do medicamento Cialis sob luz visível (à esquerda) e em modo de fluorescência de ponto (à direita), revelando o uso de tinta
fluorescente na palavra “Lilly”. A seta vermelha indica tinta opticamente variável
Figura 113 – (A) Comparação entre cromatograma de CLAE-UV obtido para amostra questionada do medicamento Cytotec® (superior)
e cromatograma obtido para medicamento padrão contendo misoprostol (inferior). No detalhe, comparação entre os espectros no
UV referentes aos picos em questão, sendo o questionado em vermelho e o padrão em azul. (B) Espectros de IV-ATR obtidos
para as suspensões questionadas (ambas em vermelho) e os espectros de IV do estanozolol (em azul à esquerda) e do talco
(em azul à direita), ambos obtidos em biblioteca eletrônica
174
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 114 – Análise de TOF de uísque adulterado (acima) e de Red Lable autêntico (abaixo);
nota-se a presença de polissacarídeos no material adulterado, realçados em elipses
175
Unidade II
A B
Figura 115 – (A) Espectros de FTIR/ATR de extratos secos de uísque autêntico (acima) e adulterado (abaixo). (B) Cromatografia de
voláteis de uísque Johnnie Walker Red Label autêntico (preto) e adulterado (vermelho). Os três picos mais intensos do material
autêntico correspondem aos ésteres etílicos dos ácidos octanoico, decanoico e dodecanoico, respectivamente
7 ODONTOLOGIA LEGAL
Para que os exames comparativos sejam feitos, é necessário que os familiares forneçam ao
odontolegista cópia do prontuário odontológico (radiografias odontológicas, tomografias de cabeça,
fotografias de sorriso, aparelhos ortodônticos, próteses dentais removíveis etc.), bem como informações
de seu ente desaparecido. Assim, o odontolegista terá condições de analisar detalhadamente as
similaridades e discrepâncias existentes entre os registros e informações obtidas e as características
odontológicas descritas no exame de odontologia legal do desconhecido.
Não é exigido um número mínimo de pontos similares para que o método odontológico determine
a identificação do desconhecido, basta ter um único dente ou radiografia fornecendo informações
satisfatórias para que se tenha uma conclusão positiva.
176
BIOMEDICINA FORENSE
1 2 3 4
1
2
4
3
Figura 116 – As quatro imagens superiores correspondem a radiografias tiradas do corpo (dados post mortem).
Abaixo, radiografia panorâmica do indivíduo desaparecido (informação ante mortem) com as regiões de
correspondência nos quadros amarelos. Confronto de identificação positivo
Figura 117 – À esquerda - (AM) imagens radiográficas ante mortem e (PM) imagens radiográficas post mortem de uma vítima
identificada; ao centro – imagens tratadas por programa de computador para melhor visualização das estruturas dentárias e
implantes; à direita – sobreposição das imagens centrais (AM e PM), constando a concordância das informações
Em casos de cadáveres carbonizados, além de determinar características como sexo e idade a partir
dos restos mortais, a odontologia legal também permite estimar a temperatura a qual o corpo foi
submetido, através da observação de alterações estruturais dos dentes e dos materiais utilizados em
tratamentos dentários (fissuras, enegrecimento das raízes, perda da coroa, pulverização etc.) e o tempo
de exposição a altas temperaturas através da diferença de resistência dos materiais dentários.
177
Unidade II
Figura 118 – Corpo carbonizado com destruição total dos tecidos moles e calcinação de parte das estruturas ósseas; o círculo
vermelho evidencia um dente com pino intrarradicular preservado após exposição a altas temperaturas
O estudo dos ossos da pelve, juntamente aos do crânio, é usado para determinação do
sexo, por apresentarem maior dimorfismo sexual. Já o estudo odontológico para estimativa de
faixa etária pode ser realizado pelas análises evolutiva e involutiva. Na análise evolutiva, são
consideradas a mineralização e erupção dentária, que se inicia na fase intrauterina e atinge sua
dinâmica máxima na infância (viável até por volta dos 18 anos, quando é finalizada a formação
do terceiro molar permanente). E, na análise involutiva, consideram-se os fatores degenerativos,
como desgastes dentários e perda óssea (suporte dos dentes), além da presença de obliteração dos
canais radiculares, contínua deposição de cimento radicular, aumento da transparência do ápice
radicular e a reabsorção das raízes.
Ainda, a odontologia legal possibilita projetar o aspecto facial do indivíduo em vida através
da técnica de reconstrução facial. Tal procedimento não tem por objetivo a identificação em
si, mas, sim, a reconstrução computacional da imagem da face humana a partir de um crânio
esqueletizado e sobreposição de imagens ou, ainda, de forma manual através da utilização
de molde de gesso e preenchimento com argila. Uma vez reconstruída, a imagem pode ser
reconhecida por familiares ou pessoas próximas e, dessa forma, nortear as investigações. A partir
do reconhecimento, é feito exame odontológico ou de DNA para confirmação da identidade do
indivíduo desconhecido.
178
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 119 – Reconstrução facial forense por método computadorizado com base em tomografia do crânio
179
Unidade II
Baseado nos exames, o odontolegista caracteriza a lesão como sendo leve, grave ou gravíssima, de
acordo com os danos provocados pelo trauma e suas consequências.
Figura 121 – Lesões no lábio, dentes, gengiva e osso de suporte, caracterizando lesão
grave devido à debilidade na função mastigatória, além do prejuízo estético
As marcas de mordida são provocadas pelos dentes humanos ou de outros animais na pele de pessoas
vivas, cadáveres, objetos inanimados (bituca de cigarro, copo plástico etc.) e alimentos de diversos tipos
(queijos, chocolates, maçãs, goma de mascar etc.) deixados na cena do crime. Normalmente, essas
marcas são observadas em casos de homicídios, crimes sexuais (marcas de mordida em seios e pernas
da vítima), casos de violência doméstica, abuso infantil e até mesmo como lesões de defesa (marcas de
mordida nas mãos, braços e ombros do agressor, feitas pela vítima).
180
BIOMEDICINA FORENSE
Figura 122 – À esquerda, goma de mascar encontrada no local de crime; e à direita, representação
do hemiarco do suspeito como padrão de confronto positivo
A lesão e a marca deixadas pela mordida apresentam formato oval ou circular, com dois arcos em
forma de U separados em sua base por um espaço vazio, diâmetro entre 25 e 40 milímetros, apresentando
características específicas dos dentes do agressor. Na região central verifica-se equimose por sucção ou
compressão, ou escoriação devido à ação de deslizamento dos dentes sobre a pele.
A análise desse tipo de lesão deve ser realizada o mais breve possível pelo odontolegista, pois as
marcas de mordida muitas vezes não se apresentam com o formato tradicional e tendem a desaparecer
ou sofrer distorções nos primeiros dias após a agressão. Durante a realização do exame, cabe ao
odontolegista descrever e fotografar as marcas de mordida presentes no corpo ou em qualquer suporte
encontrado no local de crime e, assim, verificar a significância do vestígio (marca de mordida) em sua
conclusão. Na maioria dos casos, o exame das marcas de mordida contribui para a exclusão de suspeitos
indiciados falsamente e não para a inclusão e identificação positiva do criminoso.
Ainda, uma vez detectadas as marcas de mordida, pode-se coletar material biológico (saliva)
depositada pelo agressor para futuro exame de DNA.
Figura 123 – Vítima fatal de violência sexual, tendo a marca de mordida em detalhes (dois arcos separados
por região equimótica) único vestígio capaz de identificar a autoria do crime
181
Unidade II
Para fins de identificação humana, a odontolegal também realiza exame que avalia as elevações
assimétricas presentes no palato (palatoscopia ou rugoscopia palatina), facilmente reproduzidas através
de moldagem para posterior análise. Essas elevações assimétricas são formadas no terceiro mês de vida
intrauterina e desaparecem quando o cadáver se encontra em decomposição.
As próteses dentais, como, por exemplo, dentaduras, imprimem a forma e as características das
elevações assimétricas (rugosidade palatina), podendo também contribuir para a identificação de
indivíduos vivos e mortos.
Figura 124 – À esquerda, molde do suspeito 1; ao centro, molde do suspeito 2; e à direita, molde superior da vítima
Outra análise que pode ser realizada pelo odontolegista para fins de identificação humana é
a avaliação das impressões labiais. Muitas vezes encontradas como vestígio em locais de crimes, as
impressões labiais são caraterizadas por pequenos sulcos e estrias próprios de cada indivíduo, herdados
geneticamente e formados na sexta semana de vida intrauterina.
Figura 125 – Aplicação do exame queiloscópico, evidenciando a unicidade dos sulcos e estrias presentes nos lábios
182
BIOMEDICINA FORENSE
Observação
A medicina legal é uma área bastante complexa, além de uma das mais antigas, das ciências forenses
por estudar o ser humano vivo ou morto como um todo, desde o exame de corpo de delito (necropsia ou
exame in vivo para descrever agressões, lesões de acidentes de trânsito, violência sexual, entre outras)
até os exames complementares realizados em amostras biológicas (toxicológico, anatomopatológico,
pesquisa de espermatozoides, DNA, antropológico, odontológico, raios X, entre outros) que irão auxiliar
na conclusão do caso de interesse jurídico e/ou civil e, consequentemente, na elucidação de um acidente
(caráter culposo) ou de um crime (caráter doloso).
O exame pericial de natureza médico-legal pode ser realizado tanto no indivíduo vivo, tendo como
finalidade descrever através de laudos se houve danos e/ou alterações, de qual o tipo (equimose,
escoriação, fratura etc.) e sua gravidade (caracterizada em leve, grave ou gravíssima); bem como no
morto, avaliando a realidade da morte e a sua causa médica e jurídica. A realização desse tipo de exame
cabe ao profissional médico legista.
Diversos estudiosos classificam como áreas de atuação da medicina legal: a sexologia forense, a
psiquiatria forense, a traumatologia forense, a tanatologia forense e a antropologia forense.
Trata-se dos casos de violência sexual, nos quais devem constatar e provar a ocorrência do ato sem
o consentimento (contra a vontade) ou impossibilidade de manifestação (adormecida devido ao efeito
de medicamentos ou drogas ilícitas, por exemplo) e do próprio entendimento (patologia, incapacidade
183
Unidade II
mental) da vítima. Caracteriza-se por conjunção carnal (penetração do pênis na vagina) e atos libidinosos
(todas as demais formas de ato sexual – penetração pênis/ânus, penetração de objetos e partes do corpo
na vagina ou ânus, sucção das mamas, pescoço, entre outros).
Nos exames sexológicos (conjunção carnal e ato libidinoso) o médico legista verifica a ausência ou
presença e a posição (orientado pelo ponteiro maior do relógio) de rotura himenal e fissura anal. Ainda,
através dos exames sexológicos podem-se evidenciar gravidez fruto de estupro e abortos espontâneos
ou provocados por medicamentos, instrumentos etc.
Na sexologia forense são empregados diversos exames complementares para auxiliar na conclusão
dos laudos médico-legais, como pesquisa de espermatozoides (presença ou ausência de sêmen e/ou
espermatozoides) em secreções vaginal/anal e bucal coletadas das cavidades da vítima e em suposto
material coletado da superfície corporal ou vestes da vítima ou do suspeito (como descrito no tópico
sobre biologia forense); DNA para verificar se o material biológico encontrado na vítima pertence ao
suspeito do crime sexual, e, ainda, a verificação de paternidade de criança fruto de estupro (tratado no
tópico sobre genética forense).
Análise e descrição de lesões e traumas presentes no corpo da vítima causados por algum tipo de
energia mecânica, física (energia térmica, energia elétrica, energia radioativa), química (substâncias
cáusticas) e bioquímica (inanição).
A lesão corporal, quando crime, é definida como uma ofensa à integridade física ou à saúde de
outrem. Ela pode ser classificada de três formas, descritas a seguir.
• Lesão corporal de natureza leve: determinada pelos médicos legistas, mesmo não descrita no
Código de Processo Penal (CPP), como escoriações, hematomas e equimoses de qualquer tamanho
e quantidade pelo corpo e produzidas de diferentes formas.
• Lesão corporal de natureza grave: são lesões que resultam para a vítima em incapacidade de
realizar suas ocupações habituais (trabalho e ações corriqueiras do dia a dia) por mais de 30 dias,
como as fraturas; perigo de vida, ou seja, situações em que a vítima morreria caso não recebesse
atendimento médico, como ferimentos por arma de fogo causando choque hemorrágico;
debilidade permanente; redução da capacidade funcional, mas não perda total ou inutilização de
membros (apêndices corporais), sentido (visão, audição, olfato, paladar, sensibilidade superficial
184
BIOMEDICINA FORENSE
ou profunda do corpo) ou função (sexual, renal, hepática etc.); aceleração de parto – antecipação
prematura do parto por causa externa (atropelamento etc.) sem danos a mãe e filho.
• Lesão corporal de natureza gravíssima: denominada no meio médico-legal (e não no CPP) para
diferenciar da lesão de natureza grave. Para caracterizar esse tipo de caso, a lesão deve resultar à
vítima incapacidade permanente (perda ou inutilização total e sem reversão de membro, sentido
ou função), como amputação ou paralisia de membros; enfermidade incurável (paraplegia,
tetraplegia, crises convulsivas pós-traumática etc.); deformidade permanente, como dano à
morfologia ou a algum aspecto do corpo da vítima mesmo com maior ou menor reparação através
de procedimentos médicos padrões, caso de queimadura de partes do corpo, fratura de mandíbula
com sequelas de movimentação para a face como distorções do sorriso e/ou perda da mastigação;
aborto por interrupção espontânea, como administração errônea de medicamento, ou provocada
da gestação, caso de agressão etc., levando à morte do feto.
Durante a avaliação do próprio indivíduo e/ou de seu prontuário médico, através do exame de corpo
de delito, o médico legista é capaz de diferenciar e descrever as diversas lesões (contusas e profundas) e
identificar o agente causador apenas pelas características observadas.
As lesões de interesse médico-legal são produzidas por diversos instrumentos que deixam vestígios
fugazes (rubor), temporário (equimose, hematoma) ou permanente (cicatrizes, calo ósseo) e se
caracterizam em superficiais (rubefação, edema traumático, bossa linfática e sanguínea, hematoma,
equimose, escoriações e feridas) e profundas (entorses, luxação, fratura, rotura visceral e esmagamento).
Elas são classificadas conforme descrito a seguir.
Ocorre por instrumento contundente que vence a resistência dos tecidos; apresenta superficialmente
borda irregular, equimose e escoriações nas margens e profundidade irregular com trabéculas de tecidos
atravessando de um lado para o outro, mais compridas do que profundas e hemorragia difusa; deixa
cicatriz larga de limites irregulares.
185
Unidade II
Provocada por instrumento cortante; apresenta borda e vertentes regulares, ausência de escoriações
e equimoses nas margens, fundo sem trabéculas, maior profundidade na parte média da ferida com
cauda de escoriações na ponte (afastamento do instrumento no corpo), hemorragia; cicatriz linear e
bem regular (se for a primeira).
Produzida por instrumentos perfurantes (agulha, prego no caso de ferida punctória, punhal em ferida
puntiforme); caracterizada pela musculatura da região seguir a mesma direção das fibras musculares
subjacentes da pele, e pode ser constituída de ferida de entrada (apresenta aréola de enxugo), um trajeto
(orientação das fibras musculares subjacentes) e saída (borda ligeiramente invertida) – transfixação.
186
BIOMEDICINA FORENSE
Ocorre por arma branca de dois gumes afiados (faca peixeira), sendo que a ponta abre caminho e os
gumes cortam os tecidos alargando a passagem; são feridas profundas com bordas, margens, vertentes
e hemorragia semelhante às feridas incisas; pode ser penetrante (abre cavidade), transfixante (atravessa
parte do corpo) e em fundo de saco (encontra obstáculo resistente ou comprimento do instrumento).
Produzida por arma de fogo, mais precisamente pelo projétil que, quando atinge o alvo em sua
trajetória dentro do corpo humano, sofre fragmentação, achatamento, torção e inflexão devido à
resistência encontrada, deixando uma ferida de entrada, um trajeto e muitas vezes uma ferida de saída.
resíduos da pólvora na pele sem remoção por lavagem), que permite determinar a distância do disparo, e
zona de esfumaçamento (depósito de fumaça sobre a pele ou vestes possível de ser removido com água).
Já na ferida de entrada a curta distância (queima-roupa), o orifício tem a zona de contusão e enxugo
(aréola amarelada na borda do orifício devido à pressão feita pelo projétil para romper a resistência
da pele), zona equimótica (roturas de vasos e microequimoses produzidas pela contusão próxima
ao orifício), zona de queimadura ou de chamuscamento (resultado da ação do calor e dos gases da
detonação sobre pele e pelos), além das zonas de tatuagem e esfumaçamento. A forma e o diâmetro
do orifício dependem da incidência do disparo (forma circular – disparo perpendicular em relação ao
corpo; forma ovalada – disparo oblíquo; forma alongada – disparo tangencial); do calibre do projétil;
bem como da região do corpo atingida.
O trajeto pode ser linha reta, curva e angulada unindo os orifícios de entrada e saída, ou, ainda,
quando não há orifício de saída, o trajeto inicia-se no orifício de entrada até o fundo do saco, onde o
projétil encontra-se alojado.
São provocadas por machado, facão e até mesmo por mordida; podem ser extensas e profundas,
fraturando ossos, e apresenta a borda nítida e regular (instrumento afiado) ou borda irregular com
equimoses adjacentes e muitas trabéculas (mordedura).
188
BIOMEDICINA FORENSE
Trata de todos os assuntos relacionados a morte violenta ou suspeita, como tipos (homicídio, suicídio,
acidente de trânsito, entre outros), determinação do tempo estimado (cronotanatognose), casualidade
médica e jurídica, direitos sobre o cadáver e sua destinação, exame necroscópico, exumação, exames
complementares (como o exame anatomopatológico, que consiste na observação ao microscópio de um
fragmento tecidual de órgão – preparado e acondicionado para tal exame com o intuito de determinar
a causa da morte ao nível celular) etc.
Para que o exame necroscópico possa ser realizado, é necessária a certificação pelo médico dos
fenômenos cadavéricos, que se classificam conforme exposto a seguir.
Fenômenos abióticos
Os imediatos são fenômenos que surgem imediatamente após a morte: perda da consciência,
insensibilidade do corpo, parada respiratória e cardíaca, imobilidade, atonia muscular, palidez, relaxamento
dos esfíncteres e midríase (dilatação da pupila). Porém, apenas esses sinais não determinam a certeza da
morte, a não ser que se apresentem por longo período.
Esses fenômenos são utilizados para estimar o tempo de morte recente (uma a três horas), pois a
rigidez acontece entre uma e duas horas de morte e as manchas de hipóstase se manifestam em duas
a três horas. Já o esfriamento e a desidratação não são considerados para estimar o tempo de morte
em razão de sofrerem interferência de fatores ambientais, como temperatura (retarda ou acelera o
esfriamento) e umidade (retarda ou acelera a desidratação).
189
Unidade II
A B
C D E
Figura 132 – Fenômenos cadavéricos abióticos consecutivos. (A) Desidratação: opacificação da córnea e perda do tônus do
globo ocular. (B) Desidratação: mancha negra da esclerótica. (C) Rigidez cadavérica: notar como o corpo ao ser deslocado
permanece rígido. (D) Manchas de hipóstase: notar o acúmulo de sangue nos pontos mais baixos do corpo. (E) Manchas
de hipóstase: notar os pontos de apoio e de pressão por elásticos sem preenchimento de sangue
Fenômenos transformativos
São fenômenos que ocorrem no corpo pós-morte e podem ser destrutivos ou conservadores.
Os fenômenos destrutivos levam à destruição progressiva dos tecidos corporais do morto devido à
autólise e à putrefação.
Já a autólise consiste na lise celular em detrimento da ação de enzimas e substâncias endógenas (ou
seja, presentes dentro das células), levando à degradação tecidual. Quando ocorre autólise em ambiente
líquido asséptico (intrauterino), denomina-se maceração, que se caracteriza pela descamação cutânea
e infiltração serossanguínea dos tecidos de forma progressiva, associada a flacidez de partes moles e
separação das partes ósseas do feto.
190
BIOMEDICINA FORENSE
A B C
D E
F H
Figura 133 – Fenômenos cadavéricos transformadores destrutivos. (A) Putrefação, período de coloração: notar mancha abdominal
esverdeada. (B) Putrefação, período de coloração e gasoso: circulação póstuma. (C) Putrefação, período de coloração e gasoso:
escurecimento da pele e flictenas. (D) Putrefação, período de coloração e gasoso: escurecimento da pele, flictenas rompidas e
corpo com aumento de volume pelos gases. (E) Putrefação período coliquativo: fauna cadavérica, notar as larvas presentes
sobre o cadáver. (F) Putrefação período coliquativo: notar a liquefação do tecido cerebral à abertura do crânio. (G) Putrefação
período esqueletização notar o gradual desaparecimento dos tecidos moles e visualização dos ossos. (H) Feto em maceração
avançada: notar a coloração avermelhada, o descolamento da pele e divulsão das partes ósseas, principalmente no crânio
Os fenômenos conservadores se dão quando acontece a preservação natural dos tecidos corporais
do morto devido aos fatores ambientais do local onde se encontra. Os fenômenos transformativos
conservadores podem ocorrer em razão de alguns fatores específicos.
• Saponificação: é um fenômeno que acontece em ambientes úmidos e com pouca aeração e solos
argilosos úmidos. Essas condições levam à formação da substância adipocera, responsável pela
191
Unidade II
preservação do corpo. O referido fenômeno ocorre com maior frequência em mulheres, crianças,
indivíduos obesos e aqueles que apresentam condições de degeneração patológica do tecido
adiposo, como o alcoólatra; e, ainda, quando vários corpos são sepultados em uma vala comum
ou mantidos na água.
• Mumificação: esse fenômeno ocorre em ambientes secos, com umidade muito baixa (altitudes
elevadas) e muito aerados, solo seco e arenoso, o que provoca o dessecamento progressivo
do corpo, preservando-o. O fenômeno da mumificação ocorre com mais frequência em
indivíduos com menor massa corporal, principalmente mulheres e crianças, indivíduos que
fizeram tratamento prévio com antibióticos ou intoxicados por arsênio ou cianureto (morte de
microrganismos da putrefação).
• Petrificação: é um fenômeno raro que consiste na deposição de cálcio nos tecidos de fetos gerados
fora do útero, geralmente na cavidade abdominal (gestação ectópica), levando à formação de
litopédio (lithos = pedra e paidion = criança).
Ainda, existem os processos artificias de conservação de corpos, como a mumificação (egípcios antigos)
e o embalsamamento (processo químico no qual é injetada, na corrente circulatória, uma substância
fixadora, o formol, que substitui o sangue do corpo retardando a putrefação). O embalsamamento é
feito quando há a necessidade de translado do corpo por transporte aéreo (evitar odor) e transporte
terrestre de longas distâncias (dias de viagem).
Exame necroscópico
O exame necroscópico ainda é cercado de mitos e tabus. Embora várias famílias tentem evitá‑lo
quando há morte de seus entes, muitas vezes a necropsia é de suma importância para definição
da causa mortis.
No Brasil, dependendo da situação em que ocorreu a morte do indivíduo, o exame necroscópico pode
ou não ser obrigatório, sendo classificado em exame necroscópico médico-legal, exame necroscópico do
serviço de verificação de óbito e exame necroscópico hospitalar.
O exame necroscópico médico-legal compreende a necropsia de toda morte por causa externa
ou violenta (homicídio, suicídio, acidente de trânsito, infanticídio, aborto etc.) e nos casos de morte
suspeita (indivíduos encontrados sem vida em via pública ou na própria residência com alguma
lesão externa, putrefeitos e cadáveres desconhecidos – sem identificação). Esse tipo de exame
é obrigatório e feito pelo médico legista (perito oficial) nas instalações dos núcleos e equipes
médico legais, distribuídos em todo estado de forma estratégica e pertencentes ao Instituto
Médico Legal (IML).
Além de definir a causa médica da morte, o exame necroscópico médico-legal tem a finalidade de
enquadrá-la juridicamente. Na maioria das vezes, tal necropsia é focada em evidências (sinais externos
no corpo e histórico descrito no boletim de ocorrência policial), sendo desnecessária a abertura de todas
192
BIOMEDICINA FORENSE
as cavidades corporais (craniana, torácica e abdominal). Porém, para salvaguardar o médico legista, a
necropsia é feita em sua totalidade, ou seja, a abertura de todas as cavidades corporais.
193
Unidade II
A A B
B C D
C E F
D G H
E I J
Figura 134 – Imagens da execução de uma necropsia. A primeira coluna mostra o acesso ao tórax e ao abdome. (A) Início da incisão
acima do esterno. (B) Final da incisão próximo ao púbis. (C) Abertura do gradeado costal. (D) Retirada de órgão para exame. (E) Sutura
após devolução dos órgãos examinados. A segunda coluna mostra o acesso ao crânio. (A) Incisão bimastóidea passando pela
abóbada craniana (B). Rebatimento de couro cabeludo. (C) Secção da calota craniana. (D) Separação da calota craniana.
(E) Retirada da calota craniana. (F) Exposição do encéfalo. (G) Retirada do encéfalo para exame. (H) Base do crânio
exposta para exame. (I) Sutura do couro cabeludo após reposição da calota craniana. (J) Couro cabeludo suturado
Para evitar possíveis traumas psicológicos de familiares e amigos, em casos de destruição total do
cadáver, a urna funerária deverá ser mantida fechada no velório e, em casos de corpos em putrefação,
além da urna lacrada, não se deve ter velório devido ao odor.
Dentro da medicina legal, a antropologia forense é a área que estuda e analisa os restos humanos
totalmente esqueletizados (ossada/esqueleto) ou parcialmente esqueletizados (ainda com tecidos moles
degradados/putrefeitos) com o objetivo de determinar o perfil bioantropológico do indivíduo (sexo,
ancestralidade, faixa etária, estatura, destreza manual, entre outras características individuais congênitas ou
adquiridas), e, juntamente à verificação de registros fotográficos, identificar o indivíduo e evidenciar a causa
mortis, auxiliando as investigações policiais na elucidação do crime.
194
BIOMEDICINA FORENSE
• Histologia: analisa as microestruturas ósseas através de microscopia simples até métodos mais
avançados, como microscopia eletrônica de varredura (MEV) ou imuno-histoquímica e colorações
básicas ou especiais. Essa técnica é usada para pesquisa de reação vital, ou seja, verificar e distinguir
fraturas ocorridas ante, peri ou post mortem, entre outras aplicações.
• Análises químicas: utilizadas, por exemplo, para pesquisar resíduos de chumbo e, consequentemente,
investigar o local de alojamento do projétil, ou, ainda, pesquisar substâncias tóxicas (arsênio,
praguicidas e pesticidas, entre outros).
Preparação prévia
Antes do exame antropológico ser realizado, deve-se preparar o material humano, com exceção
dos ossos secos, que podem ser submetidos somente a uma limpeza seca (pincéis, escovas e materiais
macios) para retirada do material pulverulento.
Em caso de material cadavérico contendo restos de tecidos moles putrefeitos aderidos, é realizada
lavagem apenas com água ou água e detergente neutro. Não pode ser utilizado nenhum tipo de produto
químico (água sanitária etc.), pois prejudica análises futuras, como o exame de DNA.
195
Unidade II
Exame antropológico
Após a preparação prévia dos ossos a serem analisados, realiza-se o exame antropológico forense,
que compreende as seguintes etapas: montagem do esqueleto, evidenciação do sexo, evidenciação
da ancestralidade, evidenciação da faixa etária, evidenciação da estatura, evidenciação da destreza
manual, avaliação odontológica, análise das características ósseas congênitas ou adquiridas e
registro de imagem.
A montagem do esqueleto deve ser feita com a máxima atenção e cuidado, na correta distribuição
dos ossos conforme a lateralidade (direita/esquerda), principalmente dos ossos de mãos, pés, clavículas,
patelas e costelas; bem como na distribuição sequencial de ossos com morfologia semelhante, como
vértebras (da região cervical, torácica e lombar) e costelas.
Normalmente, a determinação da lateralidade dos ossos maiores (crânio, ossos longos – membros
superiores e inferiores) é realizada sem dificuldades.
196
BIOMEDICINA FORENSE
197
Unidade II
Quanto à evidenciação do sexo, o método utilizado para estimar o sexo de uma ossada é o
antroposcópico, o qual estuda os ossos de pelve, crânio e mandíbula, e usa tabelas de decisão para
verificar o maior número de características que diferencie o sexo masculino do sexo feminino.
Quando o número de características verificadas no quadro de decisão for igual entre os sexos e/ou se
houver dúvida na análise dessas características, deve-se concluir como evidenciação de sexo prejudicada.
198
BIOMEDICINA FORENSE
A B
C D
E F
Figura 135 – (A e B) Crânio com características de ancestralidade caucasiana, frente e perfil. (C e D) Crânio com características de
ancestralidade africana, frente e perfil. (E e F) Crânio com características de ancestralidade oriental/indígena, frente e perfil
199
Unidade II
A B
C D
E F
Figura 136 – (A e B) Aspecto de crânio feminino com elementos sugestivos de miscigenação caucasiana e africana,
frente e perfil. (C e D) Aspecto de crânio masculino com elementos sugestivos de miscigenação caucasiana e
africana, mas com aspecto distinto do anterior, frente e perfil. (E e F) Aspecto de crânio feminino com
elementos sugestivos de miscigenação caucasiana e mongoloide, frente e perfil
Para efetuar a evidenciação da faixa etária de uma ossada, utiliza-se a antroposcopia, juntamente ao
gráfico de faixas de abrangência, os quais analisam os resultados obtidos para diferentes características
observadas, como disposto a seguir.
• Fechamento da cartilagem da epífise medial das clavículas: o fechamento ocorre entre 15 a 32 anos
de idade, sendo geralmente fechada ao redor de 23 anos. Assim, verificar que tal cartilagem se
encontra aberta é indicativo de indivíduo jovem, já se estiver fechada, indica indivíduo adulto.
• Superfície da sínfise púbica: quando observada uma superfície densa com relevo ondulado
horizontal bem demarcado e com mal delineamento das bordas é indicativo de adulto jovem, já
uma superfície plana e densa com bordas delineadas de forma regular sugere-se adulto pleno,
e, por fim, quando a superfície apresentar porosidade e depressões com bordas delineadas
irregularmente estima-se adulto mais velho.
• Extremidade distal (esternal) da quarta costela: em indivíduos jovens verifica-se uma superfície
plana e sem bordas, evoluindo para um formato de taça com o centro deprimido e bordas finas
mais elevadas em adultos plenos; já indivíduos com idade mais avançada, a tendência é formar
espículas ósseas nas bordas, tornando-as irregulares.
• Fechamento das suturas cranianas: é analisada a superfície externa das suturas cranianas e
atribuído valores, de acordo com a característica, que são somados em grupos permitindo a
estimativa de uma faixa etária. Para a sutura aberta atribui-se valor 0; para sutura fechada com
linha visível, 1; para sutura fechada com pontes de tecido ósseo entre os lados 2; e para sutura
fechada com linha apagada, 3.
Após estabelecer as medidas dos ossos longos, essas são aplicadas em equações de regressão
estabelecidas na literatura a partir de estudos populacionais, e que forneceram uma faixa de estatura da
ossada estudada com valores mínimo e máximo.
Para realizar as equações de regressão, além de precisar das medidas dos ossos longos, deve-se levar
em consideração o sexo e a ancestralidade da ossada estudada. Porém, no Brasil, devido à miscigenação,
recomenda-se calcular a faixa etária para cada ancestralidade, ou seja, utilizar a medida mínima
obtida na ancestralidade que gerar a menor estatura e a medida máxima obtida na ancestralidade que
gerar a maior estatura, assim obtendo uma estatura aproximada a partir da média das duas medidas
(mínima e máxima).
A destreza manual é uma característica estudada na antropologia forense que possibilita, junto a
outras características, a identificação ou exclusão do indivíduo perante a ossada analisada.
Para verificar a destreza manual, ou seja, se o esqueleto era destro ou sinistro (canhoto), utiliza‑se a
antroposcopia e a antropometria dos ossos (clavículas, úmeros e rádios) de ambos os membros superiores
(direito e esquerdo) para fazer a comparação entre eles. Na ausência ou dano de ossos de um dos lados,
não há como fazer a comparação, e a análise se torna prejudicada.
201
Unidade II
Entre os ossos analisados para definir a destreza manual do esqueleto, o principal é a clavícula, que
evidencia um encurtamento devido à acentuação da curvatura do lado dominante por ter uma maior
utilização em relação ao lado não dominante.
• Fraturas ante mortem: são fraturas que ocorreram enquanto o indivíduo encontrava-se vivo e
teve tempo suficiente para a reparação, cicatrização e formação do calo ósseo.
202
BIOMEDICINA FORENSE
• Fraturas peri mortem: são aquelas que aconteceram no momento da morte e que muitas
vezes possibilita determinar a causa mortis. Essas fraturas definem-se pela coloração,
pois o sangue extravasado nos últimos momentos de vida ou imediatamente após a morte
impregna nas fraturas.
• Fraturas post mortem: acontecem após algum tempo da morte e, normalmente, são fraturas
acidentais. Esse tipo de fratura também é diagnosticado através da coloração que se apresenta
mais clara por não ter tido a impregnação de sangue no local nem a ação da putrefação.
Figura 137 – Costelas com diferentes tipos de fratura. (A) Fratura ante mortem com calo ósseo (seta larga).
(B) Fratura peri mortem, com coloração da linha da fratura igual à da superfície óssea. (C) Fratura
post mortem, com linha de fratura mais clara que a superfície óssea (setas estreitas)
Ainda, como características adquiridas e que devem ser fotografadas (inseridas) e descritas no
laudo antropológico forense, encontram-se as lesões produzidas por instrumentos perfurantes (punhal,
prego etc.), cortantes (navalha, gilete, faca, caco de vidro etc.), perfurocortantes (faca peixeira),
contundentes (martelo, cassetete, chão, parede etc.), cortocontundentes (machado, foice, facão etc.),
perfurocontundentes (projéteis de arma de fogo, chave de fenda etc.). Por exemplo, os orifícios de
entrada e saída de projéteis de arma de fogo observados nos ossos em estudos permitem estabelecer a
causa da morte, além de muitas vezes estimar o trajeto do projétil, órgãos lesados, posição da vítima em
relação ao agressor, entre outros detalhes do crime.
203
Unidade II
A B
C D
Figura 138 – Exemplos de registro de imagens para o exame antropológico forense. (A) Orifício de entrada de projétil de arma de
fogo. (B) Orifício de saída de projétil de arma de fogo. (C) Fratura craniana por instrumento contundente, seta negra mostra o ponto
de impacto, setas brancas, as fraturas irradiadas. (D) Equimose subperiostal por instrumento contundente na área circulada
da tíbia. (E) Projéteis de arma de fogo, primeiro à esquerda de calibre distinto dos demais
O registro de imagem deve estar presente no laudo de antropologia forense, contendo registros
fotográficos e a descrição (tamanho/numeração, cor, forma, modelo etc.) de peças de vestuário e outros
objetos encontrados junto aos ossos, bem como algumas peculiaridades que possam ser observadas no
cadáver putrefeito, como cor e aspecto dos cabelos, presença de barba e/ou bigode, tatuagens, etc., antes
204
BIOMEDICINA FORENSE
de sua redução, e que permita uma prévia identificação. Os registros fotográficos (peças, objetos, sinais
peculiares, lesões etc.) devem conter sempre que possível o número de referência do caso e uma escala de
medida para saber o tamanho aproximado do que foi fotografado.
Para auxiliar na identificação de cadáveres desconhecidos, o LAF-Cemel criou um banco de dados que
contém um questionário de informações e características do cadáver, no qual familiares e conhecidos,
quando vão até o Cemel em busca de um ente desaparecido, respondem e juntamente entregam cópias
de registros complementares (fotos do indivíduo em vida, exames de imagem, prontuários médicos e
odontológicos etc.) caso tenham em posse. Até mesmo cadáveres conhecidos, mas não reclamados por
familiares e amigos, são inseridos nesse arquivo para futuro reconhecimento.
Nesse banco de dados também são arquivados todos os exames necroscópico, antropológico
e complementares, documentos policiais, além de serem descritas todas as informações (nome do
cemitério, quadra, lote etc.) pertinentes ao sepultamento do cadáver desconhecido após o trâmite legal.
Exemplo de aplicação
O laudo necroscópico de Isabella Nardoni revelou como causa mortis parada cardiorrespiratória
com evidência de asfixia por esganadura, devido às equimoses encontradas na nuca da vítima e das
lesões petequiais observadas no pulmão e coração durante a necropsia. No exame interno também foi
verificado pequena hemorragia cerebral, comum na “Síndrome da Criança Espancada” e uma fratura na
mão esquerda, mais precisamente no punho, que teria ocorrido ante mortem devido às características
verificadas no próprio osso e do resultado do exame de vitalidade óssea. Provavelmente, essa fratura
óssea ocorreu devido a uma forte torção.
No exame externo foi observado uma escoriação no antebraço direito, como se a vítima tivesse
enganchado na tela de proteção da janela ou tentado se agarrar, e uma lesão contusa na parte frontal
da cabeça (testa) feita provavelmente por uma chave.
Já no exame interno foi verificada uma fratura na maxila, provavelmente oriunda de um dos disparos
que lhe acertou de raspão e a deixou desacordada. Ainda, foram observados nos pulmões da vítima
sinais que levaram os médicos legistas a concluírem que ela veio a óbito por afogamento e não pelas
lesões descritas.
205
Unidade II
Pelo laudo necroscópico foi possível defender a hipótese de que o acusado acreditou que a vítima
estivesse morta após ter sido atingida de raspão por um dos disparos que lhe acertou a face, deixando-a
desacordada. Assim, o acusado desceu do veículo e o empurrou para dentro da represa com a vítima em
seu interior, ainda viva, porém desacordada; o que explica a causa mortis por afogamento.
No caso do zelador Jezi, inicialmente os médicos legistas efetuaram a montagem dos 17 fragmentos
corpóreos mais 2 fragmentos (vísceras abdominais e órgãos torácicos), agrupando-os em suas respectivas
posições anatômicas para posterior estudo. Quando analisados os fragmentos corpóreos, vísceras e
órgãos não foi possível observar e determinar nenhuma lesão externa e muito menos interna devido às
condições de putrefação do corpo, o que levou a uma causa mortis indeterminada. Apenas foi concluído
pelo laudo necroscópico que as estruturas ósseas fragmentadas eram compatíveis com as produzidas
por uma serra (serrote).
Resumo
206
BIOMEDICINA FORENSE
207
Unidade II
Exercícios
Questão 1. (Funcab 2013) Numa análise objetivando comprovar a existência de resíduos de tiro,
aponte a opção em que a amostra não é destruída.
A) Via úmida.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: com o passar do tempo, o nitrito é oxidado a nitrato ou volatiliza-se com o ácido
nitroso devido à umidade, oxigênio e temperatura, não sendo mais possível sua detecção.
208
BIOMEDICINA FORENSE
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o rodizonato é um teste para análise de resíduos de disparo de armas de fogo. O ensaio
colorimétrico detecta bário e chumbo através de amostras coletadas com fitas adesivas das mãos dos
suspeitos, mas essas provas podem ser destruídas.
C) Alternativa correta.
Justificativa: esse microscópio é utilizado para análise de balística (tanto dos estojos e projéteis
quanto da própria arma). O procedimento pode ser feito e refeito várias vezes e a amostra não se perde
nem se deteriora com o tempo.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: calcinação associada a uma marcha analítica qualitativa para cátions e ânions não é
uma técnica de resíduos de tiros.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: no local em que ocorreu produção de tiro, lesão corporal ou morte por arma de fogo,
existe a possibilidade de encontrar resíduos do tiro na arma, em anteparos, em vestes ou partes do
corpo não cobertas por vestes e nas mãos do atirador ou de um suspeito de ter produzido o tiro. Essas
amostras podem ser destruídas.
Questão 2. (Instituto Acesso 2019) Em junho de 2011, um menino de 11 anos de nome Juan foi morto
na Grande Vitória. Seu desaparecimento durou duas semanas. Um corpo de criança foi encontrado, no
mesmo período, em estado de putrefação, nas margens de um córrego, cerca de alguns quilômetros de
distância do local do crime. Na perícia do local, a antropóloga forense identificou o cadáver como sendo
de uma menina. Posteriormente, por meio de exame genético, comprovou-se que aquele cadáver era do
menino de 11 anos. A antropóloga forense, para identificação daquele corpo, de acordo com sua faixa
etária, não poderia utilizar o(s)/a(s):
209
Unidade II
D) Crânio braquicéfalo.
A) Alternativa correta.
Justificativa: o crescimento de pelos pubianos poderia ser utilizado. As meninas desenvolvem seus
pelos pubianos aos 12/13 anos, já os meninos aos 13/15 anos. Essa análise seria importante pois, em
uma criança de 11 anos, seja homem ou mulher, em geral não haveria a presença de pelos pubianos e,
se presentes, excluída estaria a hipótese de ser o garoto desaparecido.
B) Alternativa correta.
Justificativa: os parâmetros morfológicos também poderiam ser utilizados, uma vez que mesmo em
estágio avançado de putrefação (no caso, duas semanas, já haveria grande transformação) seria possível
identificar algum aspecto externo (morfológico) que caracteriza o garoto sumido.
C) Alternativa correta.
Justificativa: a radiografia das mãos também é um meio idôneo para a análise da idade. A radiografia
dos ossos permite estimar a idade pela ossificação das cartilagens de crescimento, sendo a radiografia
do punho a mais usada. Os ossos das crianças e dos adolescentes apresentam uma região constituída
por cartilagem que permite o crescimento.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a braquicefalia nada mais é do que um crânio largo em relação ao seu comprimento.
Ela não tem a ver com a idade e não é um método utilizado na identificação de sexo.
E) Alternativa correta.
Justificativa: as suturas cranianas e o seu grau de afastamento podem ser utilizados como método
determinante da idade.
210
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 26.
Figura 2
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 27.
Figura 3
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 28.
Figura 4
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 129.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 132.
Figura 5
A) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 467.
B) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 467.
C) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 467.
D) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 467.
Figura 6
211
Figura 7
A) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millenium, 2011. p. 468.
B) PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millenium, 2011. p. 468.
Figura 8
PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 469.
Figura 9
PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 470.
Figura 10
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 323.
Figura 11
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 222.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 222.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 222.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 222.
Figura 12
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 223.
Figura 13
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 223.
212
Figura 14
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 223.
Figura 15
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 221.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 221.
Figura 16
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 224.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 224.
Figura 17
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 225.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 225.
Figura 18
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 214.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 214.
Figura 19
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 215.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 215.
213
Figura 20
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 218.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 218.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 218.
Figura 21
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 219.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 219.
Figura 22
SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 27.
Figura 23
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 220.
Figura 24
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 220.
Figura 26
SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 70.
Figura 27
SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 71.
214
Figura 28
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 227.
Figura 29
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 229.
Figura 30
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 154.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 154.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 155.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 155.
E) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 156.
F) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 157.
G) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 158.
Figura 31
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 133.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 133.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 134.
215
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 134.
E) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 135.
F) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 135.
Figura 32
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 136.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 158.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 159.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 160.
E) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 161.
F) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 161.
Figura 33
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 160.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 161.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 162.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 163.
216
Figura 34
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 164.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 165.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 169.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 170.
Figura 35
SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 171.
Figura 36
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 228.
Figura 37
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 172.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 172.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 173.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 174.
Figura 38
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 229.
217
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 229.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 229.
Figura 39
A) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 177.
B) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 177.
C) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 178.
D) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 180.
E) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 182.
F) SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba:
Juruá, 2009. p. 182.
Figura 40
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 233.
Figura 41
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 207.
Figura 42
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 231.
218
Figura 43
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 233.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 233.
G) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 233.
Figura 44
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 232.
Figura 45
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 236.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 236.
Figura 46
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 247.
219
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 248.
Figura 47
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 249.
Figura 48
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 263.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 263.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 264.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 264.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 264.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 265.
G) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 266.
Figura 49
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 253.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 253.
Figura 50
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 245.
220
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 255.
Figura 51
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 256.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 258.
Figura 53
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 164.
Figura 54
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 164.
Figura 55
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 167.
Figura 56
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 167.
Figura 57
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 168.
Figura 58
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 269.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 270.
221
Figura 59
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 172.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 172.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 172.
Figura 60
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 173.
Figura 61
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 174.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 174.
Figura 62
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 175.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 175.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 175.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 175.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 175.
222
Figura 63
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 177.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 177.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 177.
Figura 64
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 178.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 178.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 178.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 178.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 178.
Figura 65
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 179.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 179.
Figura 66
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 184.
223
Figura 67
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 185.
Figura 68
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 180.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 180.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 180.
Figura 69
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 144.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 144.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 145.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 145.
Figura 70
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 145.
Figura 71
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
224
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
G) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
H) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 147.
Figura 72
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 148.
Figura 73
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 198.
Figura 74
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p.198.
Figura 75
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 159.
Figura 76
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 276.
225
Figura 77
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 278.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 279.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 280.
Figura 78
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 279.
Figura 79
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 285.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 285.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 285.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 286.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 286.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 286.
Figura 80
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 383.
226
Figura 81
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 384.
Figura 82
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 386.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 386.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 387.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 388.
Figura 83
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 325.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 325.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 326.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 327.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 335.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 336.
Figura 84
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 393.
227
Figura 85
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 395.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 395.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 395.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 395.
Figura 86
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 5.
Figura 87
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 397.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 397.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 398.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 399.
Figura 88
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 400.
Figura 89
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 403.
228
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 403.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 404.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 404.
Figura 90
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 405.
Figura 91
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 406.
Figura 92
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 407.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 407.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 407.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 407.
Figura 93
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 411.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 411.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 411.
229
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 411.
Figura 94
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 394.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 394.
Figura 95
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 341.
Figura 96
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 343.
Figura 97
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 344.
230
Figura 98
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 346.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 348.
Figura 99
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 347.
Figura 100
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 349.
Figura 101
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 310.
Figura 102
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 302.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 302.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 304.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 304.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 310.
Figura 103
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 306.
231
Figura 104
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 307.
Figura 105
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 307.
Figura 106
PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011. p. 465-466.
Figura 107
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 24.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 25.
C) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 26.
Figura 108
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 64.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 66.
Figura 109
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 238.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 241.
C) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 242.
232
Figura 110
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 256.
Figura 111
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 252.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 252.
C) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 256.
D) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 256.
Figura 112
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 159.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 160.
Figura 113
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 164.
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 166.
Figura 114
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 148.
Figura 115
A) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 144.
233
B) BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019. p. 145.
Figura 116
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 87.
Figura 117
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 88.
Figura 118
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 98.
Figura 119
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 92.
Figura 120
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 86.
Figura 121
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 94.
Figura 122
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 99.
Figura 123
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 96.
234
Figura 124
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 100.
Figura 125
VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas
da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 94.
Figura 132
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 47.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 47.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 47.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 47.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 47.
Figura 133
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
235
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
G) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
H) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 49.
Figura 134
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
G) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
H) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
I) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
J) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 52.
236
Figura 135
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 67.
Figura 136
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
F) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 68.
Figura 137
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 73.
237
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 73.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 73.
Figura 138
A) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 74.
B) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 74.
C) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 74.
D) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 74.
E) VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais
áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017. p. 74.
REFERÊNCIAS
Textuais
AGUIAR, F. B. S.; MEDEIROS, J. A. D. M. Engenharia Legal. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA,
A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
ALCÂNTARA, H. R. et al. Perícia médica judicial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ARAÚJO, M. E. C.; PASQUALI, L. Histórico dos processos de identificação. Disponível em: http://www.
institutodeidentificacao.pr.gov.br/arquivos/File/forum/historico_processos.pdf.
Acesso em: 26 ago. 2020.
BARBIERI, C. B.; BITTENCOURT, P. A. L.; MORISSO, E. D. Exames periciais em meio ambiente. In:
TOCCHETTO, D.; ESPINDULA, A. (org.) Criminalística: procedimentos e metodologias. Campinas:
Millennium, 2009.
238
BARBIERI, C. B.; GEISER, G. C. Perícia Ambiental. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A.
(org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
BARUCH, E.; MORACCI, J. P. A. Balística Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A.
(org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
BORDIN, D. C. M. et al. Técnicas de preparo de amostras biológicas com interesse forense. Scientia
Chromatographica, v. 7, n. 2, p.125-143, 2015.
BOTTINI, M. S. C. Medicina forense: biologia do cabelo. Jus, nov. 2015. Disponível em: https://jus.com.
br/artigos/44388/medicina-forense-biologia-do-cabelo. Acesso em: 26 ago. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: sinais para saber e agir. Disponível em:
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio. Acesso em: 26 ago. 2020.
CHEMELLO, E. Ciência forense: impressões digitais. Química Virtual, dez. 2006. Disponível em:
http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2006dez_forense1.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
DIAS FILHO, C. R. Biologia forense: dos vestígios à busca da verdade real no processo penal. Revista dos
Tribunais, n. 873, p. 433-443, 2008.
DIAS FILHO, C. R. Cadeia de custódia: do local de crime ao trânsito em julgado; do vestígio à evidência.
Revista dos Tribunais, n. 883, p. 436-451, 2009.
DIAS FILHO, C. R. Hematologia Forense. In: DIAS FILHO, C. R.; FRANCEZ, P. A. C. (org.). Introdução à
biologia forense. Campinas: Millennium, 2016.
DIAS FILHO, C. R.; FRANCEZ, P. A. C. (org.) Introdução à biologia forense. Campinas: Millennium, 2016.
DIAS FILHO, C. R.; PALANCH, C. Novas práticas em entomologia forense: entomologia forense
ambiental – quando os insetos refletem o seu meio. In: OLIVEIRA-COSTA, J. (coord.). Insetos peritos: a
entomologia forense no Brasil. Campinas: Millennium, 2013.
DIAS, M. S.; VELHO, J. A. Acidentes de Trânsito. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.).
Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
239
DIREITO LEGAL. Homicídio simples. Disponível em: https://direito.legal/direito-publico/direito-penal/
resumo-de-homicidio-simples/. Acesso em: 26 ago. 2020.
DRUMMER, O. H.; GEROSTAMOULOS, J. Postmortem drug analysis: analytical and toxicological aspects.
Therapeutic Drug Monitoring, New York, v. 4, p. 199-209, 2002.
DRUMMER, O. H.; ODELL, M. The forensic pharmacology of drugs of abuse. United Kingdom: Arnold, 2001.
FIGINI, A. R. L. Papiloscopia, Datiloscopia e Revelação de Impressões Digitais. In: VELHO, J. A.; GEISER,
G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística
moderna. Campinas: Millennium, 2017.
FIGINI, A. R. L.; SILVA, J. R.; SOARES, A. K. Exames periciais de revelação de impressões papilares.
In: ESPINDULA, A.; TOCHETTO, D. Criminalística: procedimentos e metodologias. Campinas:
Millennium, 2009.
FLANAGAN, R. J.; CONNALY, G.; EVANS, J. M. Analytical toxicology. Guidelines for sample collection
postmortem. Toxicological Reviews, Auckland, v. 24, p. 63-71, 2005.
FRANCEZ, P. A.; SILVA, E. F. A.; DIAS-FILHO, C. R. Biologia Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.;
ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna.
Campinas: Millennium, 2017. p. 211-240.
240
GARTSIDE, B. O.; BREWER, K. J.; STRONG, C. L. Estimation of Prostate-Specific Antigen (PSA) extraction
efficiency from forensic samples using the seratec PSA semiquantitative membrane test. Forensic
science membrane test. Forensic Science Communications, v. 5, n. 2, 2003.
GRECO, L. G. Perícias em Áudio e Imagens. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências
forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017.
GROBBELAAR, B. G. et al. The Anti-human globulin inhibition test in the identification of human blood
stains. Journal of Forensic Sciences, v. 17, n. 3, p. 103-111, 1970.
GUIMARÃES, M. A. Medicina Legal. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.).
Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
GUIMARAES, M. A.; FRANCISCO, R. A.; EVISON, M. P. Antropologia Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER,
G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística
moderna. Campinas: Millennium, 2017.
LIMA, N. P.; MORAIS, M. J. Documentoscopia. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.).
Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
MACHADO, C. E. P. et al. Odontologia Legal. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.).
Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
241
MALDANER, A. O.; BOTELHO, E. D. Perfil Químico de Drogas de Abuso: O Exemplo de Cocaína. In:
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019.
MARTIN, C. C. S. et al. Centro de Medicina Legal da FMRP-USP: relato de sete anos de prática
humanitária com cadáveres humanos não identificados. Medicina, São Paulo, v. 41, p. 3-6, 2008.
MARTINIS, B. S. et al. Amostras Biológicas Alternativas para Análises Toxicológicas. In: BRUNI, A. T.;
VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas: Millennium, 2019.
MARTINIS, B. S.; OLIVEIRA, M. F. Química forense experimental. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
MARTINIS, B. S.; OLIVEIRA, M. F.; BARBOSA, L. M. Exame do Teor Alcoólico em Acidentes de Trânsito.
In: BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019.
NETO, E. S. C. Contabilidade Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências
forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017.
NEVES, D. B. J. Análise da Falsificação de Medicamentos. In: BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F.
(org.). Fundamentos de química forense. Campinas: Millennium, 2019.
OLIVEIRA, M. F. Análise de Resíduos de Disparos de Armas de Fogo. In: BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.;
PASSAGLI, M.; GUEDES, M. L. O. Toxicologia dos Praguicidas. In: PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia
forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011.
PASSAGLI, M.; MARINHO, P. A. Drogas Sintéticas de Interesse na Toxicologia Forense. In: PASSAGLI, M.
(org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011.
242
PASSAGLI, M.; MARINHO, P. A.; RICOY, C. D. R. Drogas Modificadoras. In: PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia
forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011.
PASSAGLI, M.; MARINHO, P. A.; VALLADAO, F. N. Drogas Depressoras do Sistema Nervoso Central. In:
PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011.
PASSAGLI, M.; PAULA, W. X. Gases Tóxicos. In: PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e prática.
Campinas: Millennium, 2011.
PASSAGLI, M.; PAULA, W. X. Tóxicos Metálicos. In: PASSAGLI, M. (org.). Toxicologia forense: teoria e
prática. Campinas: Millennium, 2011.
PASSAGLI, M.; RODRIGUES, P. D. Drogas Estimulantes do Sistema Nervoso Central. In: PASSAGLI, M.
(org.). Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2011.
PORTAL PEBMED. Saiba como realizar avaliação e manejo de rabdomiólise. Disponível em: https://
pebmed.com.br/saiba-como-realizar-avaliacao-e-manejo-da-rabdomiolise/.
Acesso em: 26 ago. 2020.
SANTOS-FILHO, A. M. R.; MAYRINK, R. R. Medicina Veterinária Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.;
ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna.
Campinas: Millennium, 2017.
SAWAYA, M. C. T.; ROLIM, M. R. S. (org.). Manual prático de medicina legal no laboratório. Curitiba: Juruá, 2009.
243
SERAFIM, A. P.; BARROS, D. M. Psicologia e Psiquiatria Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.;
ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna.
Campinas: Millennium, 2017.
SEROLOGY UNIT FBI LABORATORY. Serology Methods Manual. Section 2-4. Washington, D. C., 1989.
SILVA, E. F. A. et al. Genética Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências
forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017.
SIQUEIRA, D. C. S. Provas periciais: exame de corpo de delito e perícias em geral. Jus, jul. 2019.
Disponível em: https://jus.com.br/artigos/75661/provas-periciais-exame-de-corpo-de-delito-e-
pericias-em-geral. Acesso em: 26 ago. 2020.
SOUZA, G. B.; VILAR, G. P. Informática Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A.
(org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
SOUZA, L. A. Paracelso: cientista da saúde. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em: https://brasilescola.uol.
com.br/quimica/paracelso-cientista-saude.htm. Acesso em: 26 ago. 2020.
SOUZA, M. P.; CALDAS, L. N. B.; ZACCA, J. J. Análises de Novas Substâncias Pscioativas – NSP. In:
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019.
SUZUKI, O. et al. A new enzymatic method for the demonstration of choline in human seminal stains.
Journal of Forensic Sciences, v. 26, n. 2, p. 410-415, 1981.
TAKATORI, T. et al. A medicolegal study on enzymatic fluorometry of choline in human semen. Journal
of Forensic Sciences, v. 29, n. 2, p. 618-623, 1984.
TERADA, A. S. S. D. et al. Identificação humana e odontologia legal por meio de registro fotográfico de
sorriso: relato de caso. Revista de Odontologia da Unesp, v. 40, n. 4, p. 199-202, 2011.
244
VELHO, J. A. et al. A Perícia em Locais de Crime. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A.
(org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas:
Millennium, 2017.
VELHO, J. A. et al. Química Forense. In: VELHO, J. A.; GEISER, G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências
forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. Campinas: Millennium, 2017.
VELHO, J. A. et al. Revelação de Caracteres Suprimidos em Armas e Veículos. In: BRUNI, A. T.; VELHO, J.
A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas: Millennium, 2019.
VELHO, J. A.; GEISERN, G. C.; ESPINDULA, A. Introdução às Ciências Forenses. In: VELHO, J. A.; GEISER,
G. C.; ESPINDULA, A. (org.). Ciências forenses: uma introdução às principais áreas da criminalística
moderna. Campinas: Millennium, 2017.
VIEIRA, M. L.; VELHO, J. A. Exame Preliminar e Definitivo em Drogas de Abuso. In: BRUNI, A. T.; VELHO, J.
A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas: Millennium, 2019.
YOSHIDA, R. L.; BRUNI, A. T.; VELHO, J. A. Análise de Vestígios Latentes em Locais de Crimes. In:
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; OLIVEIRA, M. F. (org.). Fundamentos de química forense. Campinas:
Millennium, 2019.
Exercícios