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Maria Clara Rodero

201710406
14/05/2020

Segundo meu pai, Edson Rodero, de 64 anos, o Collor, um alagoano, foi eleito aos 38 anos
com um discurso populista, parecidíssimo com o Bolsonaro, dizendo que iria caçar os
corruptos, chamados pelo Collor de “Marajás”. Meu pai disse que ele era falastrão,
espalhafatoso, falava bem mas falava besteira. Conta que ele era um exibisionista que
pilotou um F5, um avião de caça do exército. Vinha com uma bandeira nacionalista,
verde-amarelo. Herdou do governo Sarney uma inflação próxima de 100% ao mês, você
comprava uma almofada por R$10, no outro mês a mesma almofada por R$20, no outro por
R$40, era terrível.
A ministra da economia na época era a Zelha Cardoso de Mello (ex mulher do Chico
Anísio), junto com o Collor, implantou o Plano Collor, que na prática, cortava “zeros” dos
preços das coisas. Eles fizeram isso porque tinha que carregar muito dinheiro para trocar
por pouca coisa. Mudaram a moeda de cruzado para cruzeiro novo. O Plano Collor foi um
desastre, o que foi mais agressivo foi que eles confiscaram o dinheiro da população e
pagaram depois em 18 ou 24 vezes. Porque eles imaginavam que se enxugassem o
dinheiro de quem está na praça, geraria deflação e o povo não estaria comprando e teria
mais oferta do que procura e então os preços caem. Ele não conseguiu resolver isso, foi
impeachemado antes de de resolver qualquer coisa, no segundo ano de governo. A globo
fez propaganda para ele ser eleito e depois campanha para o impeachement, depois disso,
ele teve o direito caçado por 8 anos. O que derrubou ele foi que ele não tinha apoio do
congresso, entrou por uma “sigla de aluguel”, PRTB, o confisco do dinheiro deixou uma ira
violenta nos brasileiros, pois as pessoas tinham sonhos e ele foi lá e tirou esse direito. O
vice dele, Itamar Franco assumiu, que depois disso chamou o sociólogo Fernando Henrique
para ser ministro da fazenda. E com a equipe dele trouxeram o plano real que contornou a
inflação.

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