GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

CETESB - COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

N° Auto de Inspeção
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO 1961224
Processo(s) N°(s) 34 00154 20 Data Auto de Inspeção
12/08/2022
IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
Nome CNPJ
CLÍNICA SÃO LUCAS 43.254.267/0001-18
Logradouro Cadastro na CETESB
AVENIDA BRASIL 165-102072-4
Número Complemento Bairro CEP Município
263 VILA MEDON 13465-240 AMERICANA
Atividade Principal
Hospital; público ou particular
Bacia Hidrográfica UGRHI
14 - PIRACICABA 5 - PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ

Inspeção realizada por

José Villa Júnior

Local da Inspeção

O mesmo da entidade

Objetivo da Inspeção
Fiscalização em atendimento à solicitação de LO.

Constatações

1.0- Introdução
A Clínica São Lucas, localizada na Avenida Brasil, 263, em Americana, solicitou a Licença de Operação
por meio da SD 91639367, de 06/07/2021.
Para verificar o atendimento às exigências técnicas estabelecidas na Licença de Instalação 34003485, foi
realizada inspeção no hospital.

2.0 - Constatações da vistoria realizada em 12/08/2022 (Auto de Inspeção 1961224) e demais informações
relacionadas à solicitação da Licença de Operação
Nesta data, constatou-se que o hospital estava em operação.
Foram inspecionados os locais de armazenamento temporário e final dos resíduos, para verificar o
atendimento ao Plano de Gerenciamento de Resíduos apresentado à CETESB.
Também foram inspecionados os manifestos de envio de resíduos e o setor de utilidades (compressores de
ar e gerador de energia). Verificou-se que não há tanque de armazenamento de óleo diesel no local.

Demais informações relacionadas ao hospital:

- Recursos naturais: Conforme Relatório de Análise Técnica, emitido por ocasião da concessão da Licença
de Instalação 34003485, o empreendimento está localizado na Av. Brasil cujas duas pistas margeiam o
Córrego do Parque. A pesquisa no Plano Cartográfico do Estado de São Paulo, folha 072/094, escala
1:10.000, 1ª edição, 1979, identificou que as instalações do hospital já existiam naquela data. Em
1979, a legislação vigente determinava uma faixa marginal de cinco metros de Preservação Permanente para
corpos de água de menos de dez metros. A distância entre as instalações do hospital e o Córrego do
Parque é superior a cinco metros. Portanto, está demonstrada a temporalidade da ocupação do imóvel e
com isso, a regularidade do mesmo com a legislação vigente em 1979.
- COMAER: De acordo com a tabela A da portaria 741/GC3 do Ministério da Aeronáutica, de 23/05/2018, a
atividade hospitalar não apresenta potencial para atrativo de fauna.
- Logística Reversa: De acordo com a Decisão de Diretoria 114/2019/P/C, a atividade hospitalar não está
incluída no grupo de atividades passíveis de apresentação de plano para implementação de sistema de
logística reversa.
- IPHAN: a atividade hospitalar não consta do Anexo I da Instrução Normativa IPHAN 01/2015;
- Passivo ambiental: Após consulta ao banco de áreas contaminadas e reabilitadas disponibilizado no
DataGEO, referente ao ano de 2020, verifica-se que o terreno ocupado pelo hospital não está localizado

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Processo(s) N°(s) 34 00154 20 Data Auto de Inspeção
12/08/2022

em área contaminada.
- Comprovante de Inscrição do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e
Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP: A empresa está dispensada de apresentação deste
documento nesta fase do licenciamento.
- Cálculo do preço de análise da SD 91639367: O preço de análise desta SD foi calculado conforme artigo
1º, inciso IV, alínea a, do Decreto Estadual 64.512, de 03/10/2019 e o comprovante do pagamento efetuado
foi anexado na página 92.

3.0 - Conclusão
Em relação às exigências técnicas da Licença Prévia e de Instalação 34002565, temos a comentar:
ET01: Durante a inspeção realizada no hospital, não foram constatadas evidências de lançamento de
efluentes líquidos em galeria de águas pluviais ou em via pública.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

ET02: Durante a inspeção, constatou-se que a gestão dos resíduos sólidos é realizada conforme Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde apresentados à CETESB, anexados nas páginas 110 a 217
Inicialmente os resíduos são armazenados em estações temporárias, localizadas em cada andar do hospital,
e posteriormente são transferidos para as áreas de armazenamento final, onde permanecem até a
destinação.
Os resíduos do grupo A, infectantes, classificados como perigosos, devido à possível presença de agentes
biológicos, são armazenados em sacos plásticos de cor branca, com simbologia de infectante, mantidos em
lixeiras de material plástico, de cor branca.
Os resíduos do grupo E, perfurocortantes, são armazenados em caixas de papelão próprias para o descarte
desses resíduos, que também são mantidas em lixeiras de cor branca.
Os resíduos do grupo B, são constituídos por substâncias químicas: resíduos quimioterápicos,
medicamentos vencidos ou não utilizados. Esses resíduos são armazenados em sacos plásticos de cor
laranja, mantidos em lixeiras da mesma cor.
Os resíduos do grupo D, são constituídos por resíduos que não são passíveis de reciclagem, mas não
apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente: papéis de uso sanitário,
fraldas, absorventes higiênicos, resíduos de gesso, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras
descartáveis, embalagens secundárias não contaminadas dos resíduos do grupo B e resto alimentar de
pacientes. São armazenados em sacos plásticos de cor preta, mantidos em lixeira plástica da mesma cor.
Os resíduos orgânicos, constituídos por restos de alimentos, são armazenados em sacos plásticos,
mantidos em lixeiras plásticas da cor marrom.
Os resíduos recicláveis, constituídos por papéis, plásticos, vidro, metais, são armazenados em sacos
plásticos, mantidos em lixeiras de material plástico, respectivamente nas cores azul, vermelha, verde e
amarela.
Após o armazenamento temporário, os resíduos descritos acima são enviados para o setor de armazenamento
final de resíduos, que são locais cobertos, providos de piso concretado.
Os resíduos A e E são mantidos em contêineres brancos, armazenados em uma mesma sala e são destinados à
Silcon Ambiental, com autorização por meio do CADRI 34004895, válido até 11/11/2023.
Os resíduos B são mantidos em contêineres de cor laranja, em outra sala, e também são destinados à
Silcon Ambiental, com autorização por meio do CADRI 34004895.
Os resíduos D, os recicláveis e os orgânicos são armazenados em uma terceira sala.
Os resíduos D são destinados à UTRG Americana Ambiental Ltda.
Os recicláveis são destinados à Bella Plasctic Indústria de Embalagens Plástica Ltda e os orgânicos são
enviados para compostagem, à empresa Genfértil.
Além dos resíduos citados anteriormente, nos Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde do
hospital foram citados outros resíduos, que não foi constatado o armazenamento durante a inspeção no
hospital: lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos eletroeletrônicos, resíduos de serviços de manutenção,
constituídos por restos de tinta, tíner, reatores de lâmpadas, botijões de ar condicionado, resíduos de
proteção de chumbo, constituídos por aventais plumbíferos, proteção de tireóide, luvas de chumbo e
resíduos de imagens, constituídos por reveladores, fixadores e filmes inutilizados de processadores de

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Processo(s) N°(s) 34 00154 20 Data Auto de Inspeção
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imagens. De acordo com o representante do hospital, esses resíduos serão mantidos em local coberto, com
piso concretado, no setor de manutenção.
Apesar do hospital descrever no PGRSS as empresas que irão receber os resíduos descritos no parágrafo
anterior, não foram apresentados os CADRIs para a destinação desses resíduos classe I - perigosos.
Entende-se que essa exigência está sendo atendida em relação ao armazenamento dos resíduos, mas
propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por tratar-se de exigência de atendimento
contínuo, e que seja estabelecida uma exigência técnica adicional, relacionada à obtenção do CADRI para
o envio de lâmpadas, pilhas, baterias, resíduos de manutenção, resíduos de proteção de chumbo e resíduos
de imagem a unidades de tratamento e destinação final licenciadas pela CETESB.

ET03: A empresa apresentou declarações anexadas na página 101 e 102, para relatar o cumprimento das
exigências previstas na Resolução CONAMA n° 358/05, com ART e CRT dos responsáveis técnicos pelas
declarações, anexadas nas páginas 103, 104 e 105.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

ET04: Durante a inspeção no hospital, constatou-se que não há tanque de armazenamento de óleo diesel no
local. Foi informado pelo representante do hospital, que o nível do óleo do gerador é somente
completado e que os serviços de manutenção desse equipamento são realizados por empresa terceirizada
que, anualmente limpa o tanque de diesel do gerador e retira os resíduos acumulados nesse tanque.
Tendo em vista que esta exigência não é pertinente ao empreendimento, propõe-se que não seja mantida
nesta fase do licenciamento.

ET05: Durante a inspeção ocorrida no hospital, não foi percebida a presença de substâncias odoríferas
além dos limites do empreendimento, de forma a causar incômodos ao bem-estar público.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

ET06: Durante a inspeção, verificou-se que os ruídos gerados nas atividades do hospital não têm
intensidade significativa e não apresentam potencial de causar incômodos ao bem-estar público.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

ET07: De acordo com o representante do hospital, o gerador é submetido a manutenções preventivas

periódicas, de forma a assegurar a combustão adequada do óleo diesel e atender ao artigo 31 do
Regulamento da Lei 997/76, aprovado pelo Decreto 8468/76.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

ET08: Os esgotos sanitários gerados no hospital são lançados em rede pública coletora.
Exigência atendida, mas propõe-se que seja mantida nesta fase do licenciamento, por se tratar de
exigência de atendimento contínuo.

4.0 - Encaminhamentos
Processo 34/00154/20 e processo digital CETESB.070594/2021-39: Propõe-se que seja emitida a Licença de
Operação 34010063, conforme minuta disponível no Sipol.

Agência Ambiental de Americana José Villa Júnior

21/dezembro/2022 7532-1 Carimbo e Assinatura

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