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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA DA CIDADE DE NOVA IGUAÇU


SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
SUBSECRETARIA DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Parecer Técnico: 00/2021 Data: 30/11/2021


Razão Social: FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S.A. Nº Processo 2016/047742
CNPJ: 23.274.194/0021-62
Endereço: Estrada de Adrianópolis, S/N, Bairro Adrianópolis – Nova Iguaçu – RJ.
Participante: Mauricio Conceição – Assessor Técnico de Ambiente

Mauricio R. da Conceição
Assessor Tecnico de Ambiente
Mat.:11/702550-5
SEMAM

PARECER TÉCNICO

01 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE A SER LICENCIADA 02


02 CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE/EMPREENDIMENTO 02

03 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA ATIVIDADE E SEU ENTORNO 03


04 IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS 04
05 INFORMAÇÕES ADICIONAIS 05
06 AVALIAÇÃO E CONCLUSÃO 06
07 CONDIÇÕES DE VALIDADE DA LICENÇA 06

1 – DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE A SER LICENCIADA


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Trata-se de solicitação de Licença Ambiental de Operação para empresa FURNAS CENTRAIS

ELETRICAS SA. De acordo com o enquadramento para porte e potencial poluidor, previsto no Decreto

10.641, de 12 de janeiro de 2016, a atividade exercida o está classificada como Médio impacto – Classe

3C critério.

Considerando as informações obtidas quando da vistoria realizada, laudos, relatórios e demais

documentos apresentados, deverá ser emitida a Licença de Operação e Recuperação para a atividade

operação de subestação de manobra e transição de linha de distribuição de energia elétrica.

No seguinte local: Estrada de Adrianópolis, S/N, no Bairro Adrianópolis, em Nova Iguaçu.

Coordenadas: Lat. 22°39'56.90"S Long. 43°28'36.18"O.

2 - CARACTERISTICA DA ATIVIDADE

A empresa funciona no local desde 1968. Apresenta área de 723.542,00m² de área total com

319.000m² de área construída, entre prédio administrativo, galpão de armazenamento de materiais e

áreas de manobra e transição de linhas, com equipamentos específicos, como transformadores.

A subestação Adrianópolis atende a o Grande Rio, Norte fluminense e o Estado do Espirito. O

principal potencial poluidor é o óleo mineral utilizado nos transformadores da subestação que tem

capacidade total armazenada de 346 m³, distribuídos em 05 tanques aéreos com dique de contenção.

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3 - CARACTERISTICA DO LOCAL E DA ATIVIDADE E SEU ENTORNO

3.1- Unidade de Conservação

A área do empreendimento está inserida em Unidade de Conservação da natureza pertencente aos

grupos de uso sustentável, de âmbito municipal, denominado APA Rio D’ouro, porém esta empresa já

existia antes da lei de criação da APA e o local é considerado uma área estratégica, de acordo com a lei

de municipal de zoneamento 4567/2015 e anteriores.

3.2- Circunvizinhança

O empreendimento está situado em área AT-1 que são locais destinados à implantação de

unidades ou conjuntos de edificações industriais, de armazenamento e de logística, de médio e grande

porte que, devido à natureza de suas atividades, exijam localização especial, dotada de infraestrutura

urbana e viária que evitem impactos negativos na malha urbana e no meio ambiente das áreas situadas

no seu entorno e permitam criar as condições físicas e operacionais necessárias as suas atividades. A

empresa possui Alvara Definitivo nº 2016/001007. O documento atesta a conformidade da atividade no

local, conforme previsto no§1 do artigo 15 do Decreto Municipal de Licenciamento Ambiental

n°10.640, de 12 de janeiro de 2016.

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Imagem Google Earth

3.3 - Fonte de abastecimento de água

Fornecimento de água é feito pela Concessionaria de distribuição de água.

4 - IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE POLUIÇÃO E SEUS CONTROLES

4.1 – Emissões Atmosféricas:

Não há emissões significativas.

4.2 – Emissões Líquidas:

Agente poluidor – esgoto sanitário proveniente dos banheiros.

Controle – 08 sistemas separados entre fossa, fossa/filtro e fossa/filtro /sumidouro.

4.3- Gerações de resíduos

Agente poluidor – lixo comum (sanitários e domésticos).

Controle – os resíduos deverão ser acondicionados para recolhimento da empresa de limpeza do

município, que deverá destinar ao aterro sanitário.

Agente poluidor – resíduo dos sistemas separador CSAO


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Controle – recolhido dos 05 sistemas separadores e encaminhado para empresa licenciada por

órgão ambiental.

4.4- Pressão Sonora

Não foi evidenciado emissão de ruídos significativos. Não há registros de reclamações de moradores

sobre a atividade.

5 – INFORMAÇÕES ADCIONAIS

5.1 – Documentos Legais Apresentados

 Alvara Definitivo nº 2016/0010070;

 IPTU;

 Escritura;

 CNPJ;

 Estatuto Social;

 Laudo de Exigências do CBMERJ P-01013/18;

 Plantas de situações;

 Relatório de Avaliação Geoambiental Preliminar;

 Relatório de Avaliação Geoambiental Confirmatória;

 Manifestos de resíduos;

 Plano de Atendimento de Emergências- PAE;

 Boletim de análise dos sistemas separadores de agua e óleo;

 Boletim de análise dos sistemas de tratamento de esgoto.

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5.2 – Informações Relevantes

A empresa apresentou relatório de investigação ambiental confirmatória de novembro de 2019,

no qual indicou presença de fase livre e concentração de TPH acima das normas previstas. O local

identificado foi a área de armazenamento de óleo mineral por tanques Considerando o cenário

apresentado, a atividade deve atender a Resolução CONAMA 420/2009, para o gerenciamento de

áreas contaminadas.

6 - CONCLUSÃO

Considerando as informações obtidas através da vistoria no local e demais documentos

apresentados;

Considerando que não existe nenhum impedimento ambiental para a operação da atividade.

Considerando que esta atividade, é de interesse público;

Opino pela emissão da Licença de Operação e Recuperação, desde que observadas as exigências

relacionadas no item 7.
Mauricio R. da Conceição
Assessor Tecnico de Ambiente
Mat.:11/702550-5
SEMAM

7 - CONDICIONANTES DE VALIDADE DESTA LICENÇA

1. Publicar comunicado de recebimento desta Licença em jornal de grande circulação, no prazo de 30


(trinta) dias a contar da data de concessão desta Licença, enviando cópia da publicação a SEMAM,
conforme determina Decreto Municipal nº 10.640, de janeiro de 2016;
2. Esta Licença diz respeito aos aspectos ambientais e não exime o empreendedor do atendimento às
demais licenças e autorizações federais, estaduais e municipais exigíveis por lei;
3. Esta Licença não poderá sofrer qualquer alteração, nem ser plastificada, sob pena de perder sua
validade;
4. Requerer a renovação desta Licença de Operação no mínimo 120 (cento e vinte) dias antes do
vencimento do seu prazo de validade;
5. Atender à NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos, aprovada pela
Deliberação CECA nº 1.007 de 04.12.86 e publicada no D.O.R.J. de 12.12.86;
6. Atender à NOP-INEA-45 – Critérios e Padrões de Lançamento de Esgoto Sanitário, aprovada pela
Resolução CONEMA nº 90 de 08.02.2021 e publicada no D.O.R.J. de 25.02.2021;
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7. Atender à NOP-INEA-35 – Norma Operacional Para Sistema Online de Manifesto de Transporte de


Resíduos – SISTEMA MTR, Aprovada pela Resolução CONEMA 79, de 07.03.2018 e publicada no
D.O.R.J. de 13.03.18;
8. Atender à Resolução nº 001/90 do CONAMA de 08.03.90, publicada no D.O.U. de 02.04.90, que
dispõe sobre critérios e padrões de emissão de ruídos;
9. Cumprir com as etapas de gerenciamento de áreas contaminadas, de acordo com a Resolução 420 do
CONAMA, de 28 de Dezembro de 2009, publicada no D.O.U. de nº 249, de 30/12/2009, que dispõe
sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas
e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias
em decorrência de atividades antrópicas;
10. Apresentar o Plano de Intervenção para eliminação ou redução da fase livre, a níveis mínimos
previstos em normas ambientais, para continuação do gerenciamento de áreas contaminadas;
11. Realizar Investigação Ambiental Detalhada, com avaliação de risco a saúde humana, após a
eliminação ou redução da fase livre, apresentando cópia do relatório a SEMAM;
12. Apresentar semestralmente a SEMAM, o resultado da análise de óleos e graxas realizada no efluente
dos sistemas separadores de água e óleo;
13. Promover a limpeza periódica dos sistemas de controle instalados, de forma a garantir sua eficiência,
utilizando os serviços de empresas licenciadas por órgão ambiental para tal atividade, mantendo os
comprovantes à disposição da fiscalização;
14. Promover a limpeza periódica das fossas sépticas e filtros anaeróbicos, utilizando os serviços de
empresa licenciada pelo órgão ambiental para tal atividade, mantendo os comprovantes à disposição
da fiscalização;
15. Acondicionar os resíduos sólidos em sacos plásticos e conservá-los em recipiente com tampa até o
seu recolhimento por empresa licenciada por órgão ambiental;
16. Não lançar quaisquer resíduos na rede de drenagem ou nos corpos d'água;
17. Não realizar queima de qualquer material ao ar livre;
18. Evitar todas as formas de acúmulo de água que possam propiciar a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya;
19. Eliminar métodos de trabalho e ambientes propícios à proliferação de vetores (insetos e roedores
nocivos);
20. Manter rigorosamente atualizados junto à SEMAM os dados cadastrais da atividade ora licenciada;
21. Submeter previamente à SEMAM, para análise e parecer, qualquer alteração na atividade;
22. A SEMAM exigirá novas medidas de controle ambiental, sempre que julgar necessário. -x-x-x-

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