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ª CIÊNCIAS DA NATUREZA
ENSINO MÉDIO
Coleção
FORMAÇÃO DE VALOR
EDITORA BOM JESUS
DIRETOR-GERAL
Jorge Apóstolos Siarcos
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ana Maria Cotrim
Fabiola Penso
AUTORES
Carlos Leandro Schwalb
Geraldo Krebsbach
Roberto Tadeu Berro
CARTOGRAFIA
Michely Alves Tonett
ILUSTRAÇÃO
Ivan Sória
NORMATIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Edith Dias
Todos os direitos desta edição estão reservados à Editora Bom Jesus. Nenhuma parte desta obra poderá ser
reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e
gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora.
ISBN 978-85-8459-077-3
CDD – 530.07
FÍSICA 3
4 FÍSICA
UNIDADE
1
EMPUXO E HIDRODINÂMICA
INTRODUÇÃO CONCEITO
Você já deve ter observado que um objeto sólido e pesado fica aparente- O empuxo é definido como a resultante das forças que o líquido exerce so-
mente muito mais leve quando é totalmente mergulhado na água. Isso bre um corpo nele submerso. Tais forças aparecem devido à pressão que
ocorre porque o líquido exerce uma força vertical para cima sobre o objeto – o líquido exerce. As forças horizontais se equilibram, mas as verticais são
denominada empuxo. maiores nos pontos mais profundos (lembre-se de que a pressão aumenta
com a profundidade). Assim, a resultante de tais forças terá direção verti-
Arquimedes demonstrou que a intensidade do empuxo é igual ao peso de
cal e estará orientada para cima.
um volume de líquido igual ao volume submerso do objeto, isto é, o volume
de líquido que o objeto desloca.
TEOREMA DE ARQUIMEDES
O Teorema de Arquimedes enuncia que todo corpo mergulhado em um flui-
Para que a boia flutue, é necessário que uma força de baixo para cima equilibre o peso; do recebe um empuxo vertical, de baixo para cima, cuja intensidade é igual
essa força é o empuxo ao peso do fluido deslocado.
Para entender melhor esse conceito, veja a demonstração a seguir. Consi-
dere o cilindro de altura h, na figura a seguir, com área de secção trans-
versal A. De acordo com o Teorema de Stevin, a pressão na face inferior do
cilindro (p2) é maior do que na face superior (p1). Assim, se F1 e F2 forem
as forças exercidas pelo líquido nas faces inferior e superior do cilindro,
respectivamente, teremos F2 > F1. A diferença dessas forças vem a ser o
Os balões de ar quente sobem empuxo.
em razão do empuxo
F1
A
F2
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 5
UNIDADE 1
D = dinamômetro
E T
P
2.o) O empuxo é diretamente proporcional ao volume submerso. Quanto
maior for o volume submerso, maior será o peso do volume do líqui-
do deslocado. Explica-se assim por que um prego de ferro afunda na
água e um navio, também de ferro e muito mais pesado do que o pre- A leitura do dinamômetro fornece o peso aparente. De fato, no equilíbrio,
go, flutua na água. T + E = P e, portanto, T = P – E, ou seja, T = PAP.
6 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
Se forem conhecidos o peso real do corpo e as massas específicas do ma- ENTENDENDO A HIDRODINÂMICA
terial do corpo (µ) e do líquido (µL), o peso aparente será calculado da
seguinte maneira: A Hidrodinâmica é a parte da Mecânica dos Fluidos que estuda o movi-
m m mento dos líquidos e gases. Ela tem aplicação prática na Engenharia, so-
PAP = P – E = P – µ L ⋅ V ⋅ g. Sendo µ = , temos V = e, então:
V µ bretudo nos processos hidráulicos, sistemas de abastecimento de água,
P processos de irrigação, entre outros. Os assuntos mais importantes nesse
PAP = P – µ L ⋅ m ⋅ g = P – µ L ⋅
V µ campo, que estudaremos a seguir, são os seguintes:
• Linhas de corrente.
µ
Logo: PAP = P 1 − L • Vazão.
µ
• Fluxo e equação da continuidade.
SAIBA MAIS
Velocidade
Empuxo
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 7
UNIDADE 1
v v →
v
A ⋅ v = constante
Logo, define-se fluxo como o campo vetorial através de uma superfície,
isto é, a “quantidade” de algo que, efetivamente, atravessa aquela su-
perfície. Matematicamente, o fluxo pode ser expresso da seguinte forma: CONFIRMANDO A TEORIA
→ →
Φ= v ⋅ A 1. (UFF-RJ) Recentemente, alguns cubanos tentaram entrar ile-
galmente nos Estados Unidos. Usaram um caminhão Chevrolet
→ → 1951 amarrando-o em vários tambores de óleo vazios, utilizados
A letra Φ representa o fluxo, v é o vetor velocidade e A é o
vetor área.
8 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
EXERCÍCIOS DE SALA
como flutuadores. A guarda costeira norte-americana intercep-
tou o caminhão próximo ao litoral da Flórida e todos os ocupan-
tes foram mandados de volta para Cuba.
1. (CEPBJ-PR) Um bloco de gelo flutua na água com 90% de seu volu-
me submerso. Determine a massa específica do gelo considerando a
massa específica da água como 1,0 g/cm3.
VS
ml = 1 g/cm3
<http://www.votre-rezo.com/infoz/insolite/news2.php3>.
Dados:
• Massa do caminhão MC = 1 560 kg.
• Massa total dos tambores mT = 120 kg.
• Volume total dos tambores vT = 2 400 litros. 2. (CEPBJ-PR) Uma pedra, de massa 10 kg e volume 2,0 ⋅ 10–3
• Massa de cada um dos cubanos m = 70 kg. m3, repousa no fundo de um poço com água de massa específica
1,0 ⋅ 103 kg/m3. Sendo g = 10 m/s2, determine a intensidade da força
• Densidade da água ρ = 1,0 g/cm3 = 1,0 kg/litro.
que a pedra exerce sobre o fundo do poço.
Supondo-se que apenas os tambores são responsáveis pela flu-
tuação de todo o sistema, é correto afirmar que o número má-
ximo de passageiros que o “caminhão-balsa” poderia transpor-
tar é igual a
a) 8.
b) 9.
c) 10.
3. (CEPBJ-PR) Uma esfera de madeira, de volume 0,1 m3 e massa espe-
d) 1. cífica 800 kg/m3, é mantida dentro de uma piscina por meio de uma
e) 12. corda. Sendo g = 10 m/s2, calcule
ml = 103 kg/m3
a) o peso da esfera.
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 9
UNIDADE 1
EXERCÍCIOS DE SALA
a) 0,45 N/cm.
b) 4,5 N/cm.
c) 45 N/cm.
10 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 11
UNIDADE 1
6. (Vunesp) Três esferas maciças e de mesmo tamanho, de isopor (1), densidade do ar µAR = 1,3 kg/m3 e g = 10 m/s2, calcule a intensidade da
alumínio (2) e chumbo (3), são depositadas em um recipiente com tração, em newtons, para cada corda.
água. A esfera 1 flutua, porque a massa específica do isopor é me-
nor que a da água, mas as outras duas vão ao fundo porque, embora
a massa específica do alumínio seja menor que a do chumbo, ambas
são maiores que a massa específica da água. Se as intensidades dos
empuxos exercidos pela água nas esferas forem, respectivamente, E1,
E2 e E3, tem-se
a) 100 e 1,50.
a) E1 = E2 = E3. b) 100 e 2,50.
b) E1 < E2 < E3. c) 150 e 1,50.
c) E1 > E2 > E3. d) 150 e 2,50.
d) E1 < E2 = E3. e) 250 e 2,50.
e) E1 = E2 < E3.
e) 1 040 N.
11. (PUC-PR) Um cubo homogêneo de aresta a é constituído de um mate-
rial cuja densidade (massa específica) é μ, e flutua em um líquido de
8. (Ufsc) A figura representa um ba- densidade μ’, conforme a figura.
lão de volume V = 200 m3 que
possui massa total m = 240 kg
(balão + gás + cesto). Na ausên-
cia de vento, o balão está preso
no chão por quatro cordas verti-
calmente esticadas e fixadas nos
cantos do cesto. Considerando a
12 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
A razão entre as densidades μ e μ’ é igual a 15. (Unaerp-SP) Um corpo de volume V e densidade d flutua em um líqui-
3d
do de densidade . A parcela imersa de seu volume é
a) 1/3. 2
b) 1/2. V
a) .
2
c) 2/3.
2V
d) 1/1. b) .
3
e) 2/1.
4V
c) .
12. (PUC-PR) Uma pedra de massa m, com densidade igual ao dobro da 3
densidade da água, está no fundo de um aquário cheio de água. A
3V
força exercida pelo fundo do aquário sobre a pedra, considerando g a d) .
2
aceleração gravitacional, é
5V
a) 2 mg. e) .
4
b) mg.
16. (SBF-SP) Uma âncora de um barco que navega em um lago é feita de
c) mg/2. aço de densidade igual a 8,00 g/cm3 e tem peso de 400 N. Com o barco
d) nula. parado e a âncora assentada no fundo, a reação de apoio que o fundo
do lago exerce sobre esta peça dentro d’água (considere a densidade
e) 4 mg.
igual a 1,00 g/cm3) em N, é igual a
13. (SBF-SP) Uma criança está dentro de uma piscina, brincando com a) 400.
três objetos fabricados com materiais diferentes, mas que possuem o
b) 350.
mesmo peso. Você observa que o objeto 1 fica boiando, submerso pela
metade, que o objeto 2 fica imerso totalmente e parado em qualquer c) 150.
lugar dentro da água e que o objeto 3 submerge totalmente indo para
d) 200.
o fundo da piscina.
e) 250.
a) O empuxo no objeto 1 é a metade do empuxo no objeto 2.
b) O empuxo no objeto 2 é igual ao empuxo no objeto 3. 17. (Ufsc) Dois objetos A e B, de massas mA = 0,93 kg e mB = 0,07 kg,
respectivamente, são colados pela base e colocados em um recipien-
c) O empuxo no objeto 1 é maior do que o empuxo no objeto 2. te com água (µ = 1,0 · 103 kg/m3). O conjunto flutua na água de tal
d) O empuxo no objeto 3 é menor do que o empuxo no objeto 1. forma que o objeto B está totalmente imerso, ao passo que o objeto A
está completamente fora da água, conforme mostra a figura. Calcule
e) Os empuxos nos três objetos são iguais.
a massa específica, em kg/m3, do objeto B.
14. (UFPR) Um reservatório contém um líquido de densidade ρL = 0,8 g/cm3.
Flutuando em equilíbrio hidrostático nesse líquido, há um cilindro com
área da base de 400 cm2 e altura de 12 cm. Observa-se que as bases
desse cilindro estão paralelas à superfície do líquido e que somente
1/4 da altura desse cilindro encontra-se acima da superfície.
a) 0,24 g/cm3.
b) 0,80 g/cm3.
c) 0,48 g/cm3.
d) 0,60 g/cm3.
e) 0,12 g/cm3.
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 13
UNIDADE 1
ENEM
14 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 15
UNIDADE 1
26. (Ufpa) A figura a seguir representa uma tubulação posicionada ho- de vida. No campo da prevenção primária, visando à remoção de fa-
rizontalmente em relação ao solo, pela qual escoa água, em regime tores de risco, o avanço tecnológico das imunizações, no século XX,
permanente, através das secções S1 e S2. permitiu a erradicação mundial de doenças letais ou incapacitantes,
como a varíola, e, em muitos países, a do sarampo e da poliomielite.
Atualmente, a discussão da inclusão da vacina antivaricela, doença
de evolução benigna, no calendário brasileiro de imunizações, é perti-
nente e, ainda mais recente, a da vacina anti-HPV, um papilomavírus
relacionado com o desenvolvimento de carcinoma de colo de útero.
Sobre o fato, considere as afirmativas a seguir. Incorporar novos conhecimentos às áreas de prevenção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação traz benefícios de pequeno ou grande impacto,
I. A pressão do fluido em S1 é maior que em S2. nem sempre mensuráveis no momento de sua aplicação. Na contempo-
II. As vazões da água através das secções S1 e S2 são iguais. raneidade, a implantação de novas tecnologias a uma velocidade cada
vez maior traz, no seu bojo, um custo econômico muitas vezes incom-
III. Como o regime de escoamento é permanente, as vazões e as ve- patível com o ganho obtido. Sabe-se que não existe exame a custo zero.
locidades da água têm valores iguais em S1 e S2. Ele será pago pelo sistema público de saúde, pelo plano ou seguro de
IV. A diferença de pressão do líquido, nas duas secções da tubulação, saúde privado, ou pelo próprio paciente. Quando esse custo ultrapassa
depende somente da velocidade de escoamento na maior secção. o suportável para o Estado, a sociedade ou o indivíduo, o bem obtido em
qualidade de vida é anulado. Assim sendo, o equilíbrio entre custo versus
Estão corretas apenas as afirmativas
benefício é, em última instância, o que irá determinar se uma nova tec-
a) I e II. nologia resulta em melhor qualidade de vida em longo prazo.
16 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1
d) soma das pressões estática e dinâmica permanece constante du- a) a pressão cinética é maior na região 1.
rante o escoamento do líquido.
b) a vazão é a mesma nas duas regiões.
e) pressão dinâmica em B varia na proporção direta da velocidade de
c) a pressão estática é maior na região 2.
escoamento nesse ponto.
d) a velocidade de escoamento é maior na região 1.
29. (UFG-GO) No sistema circulatório humano, o sangue é levado do co-
e) a pressão em 1 é menor do que a pressão em 2.
ração aos demais órgãos do corpo por vasos sanguíneos de diferentes
características. 31. (UFSM-RS) Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de
secção reta de 100 cm2, passa água com uma vazão de 7 200 litros
por hora. A velocidade de escoamento da água nesse cano, em m/s, é
a) 0,02.
b) 0,2.
c) 2.
d) 20.
e) 200.
EMPUXO E HIDRODINÂMICA 17
UNIDADE 1
DESAFIO
18 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE
2
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
∆A 1 ∆A 2
=
∆t1 ∆t 2
LEIS DE KEPLER
1.ª) Lei das Órbitas – As trajetórias descritas pelos planetas são elipses,
nas quais o Sol ocupa um dos focos.
P1
Por meio da Lei das Áreas, é possível demonstrar que o movimento do planeta não é unifor-
P me, mas acelerado quando se aproxima do Sol e retardado quando se afasta
Sol 3.ª) Lei dos Períodos – A razão dos quadrados dos períodos dos mo-
vimentos de dois planetas é igual à razão dos cubos dos semieixos
maiores de suas órbitas.
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 19
UNIDADE 2
LEI DE NEWTON
A Lei de Newton enuncia que dois corpos materiais atraem-se com uma
força de intensidade diretamente proporcional ao produto de suas mas-
sas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa.
m1 F F m2
Assim, sendo m1 e m2 as massas de duas partículas e d a distância entre A formação das marés é resultado da atração gravitacional da Lua sobre a Terra
elas, a força de atração gravitacional é expressa por:
20 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2
m
F
G ⋅M
g0 = ou G ⋅ M = g0 ⋅ R2
R2 r
G ⋅M g0 ⋅ R2 M
A equação g = fica g =
(R + h)2 (R + h)2
2
R m⋅ v2 M⋅m G ⋅M
g = g0 ⋅
R + h Fcentrípeta = Fgravitacional ⇒
r
= G 2 ⇒ v2 =
r r
Logo:
Observação: Ao se denominar d a distância de um ponto ao centro da
G ⋅M G ⋅M
Terra, escreve-se g = 2 . Conclui-se, dessa forma, que quanto mais v=
d r
próximo o ponto estiver do centro da Terra, maior deverá ser o valor da
aceleração da gravidade. Observe, no entanto, que esta análise se faz para
d ≥ R. Para d < R (ponto no interior da Terra), a intensidade do campo gra- Nota-se que quanto maior for o raio r da órbita, menor será a velocidade do
vitacional varia linearmente sendo nula no centro do planeta. satélite e que a velocidade independe da massa do satélite.
g
go
VELOCIDADE DE ESCAPE
Pode-se demonstrar que a mínima velocidade com que se deve lançar um
go/4 corpo da superfície terrestre para ele abandonar o campo gravitacional (ve-
go/6 locidade de escape) é dada por:
0 r 2r 3r d
v esc = 2 ⋅ g0 ⋅ R
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 21
UNIDADE 2
Observação: Para se deduzir a expressão da velocidade de escape, supõe-se que a energia mecânica total é constante e que a energia potencial do
G ⋅M⋅m
sistema corpo-planeta é expressa por Ep = − , em que d é a distância do corpo ao centro da Terra.
d
SAIBA MAIS
CONFIRMANDO A TEORIA
Satélites artificiais (aqueles lançados pelo homem) orbitam a Terra
para transmitir sinais de telecomunicações, permitir a localização
pelo GPS, entre outras utilidades. Alguns apresentam a caracterís- 1. (CEPBJ-PR) Sabendo que a massa e o raio da Terra valem
tica de ser geoestacionários. Levam esse nome porque permanecem M = 6,0 ⋅ 1024 kg e R = 6,4 ⋅ 106 m e sendo conhecida a cons-
sempre sobre a mesma cidade, em região próxima à do Equador. tante universal da gravitação G = 6,7 ⋅ 10–11 Nm2/kg2, calcule a
que altura, em relação à superfície terrestre, deve-se situar um
Para que isso seja possível, devem girar com o mesmo período do satélite geoestacionário.
movimento de rotação da Terra, o que requer que a altitude que
ocupam seja bem calculada.
Satélites de pequena altitude completam a volta em menos de um
dia e aqueles mais afastados tem período maior do que o da rotação
do nosso planeta.
22 300 milhas
36 000 quilômetros
Órbita geoestacionária
22 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2
EXERCÍCIOS DE SALA
1. (CEPBJ-PR) Um planeta descreve órbita aproximadamente circular em 4. (CEPBJ-PR) Considerando que a massa e o raio da Terra sejam, res-
torno do Sol com raio igual ao quádruplo do raio da trajetória descri- pectivamente, dez e duas vezes maiores do que a massa e o raio de
ta pela Terra. Em quantos anos tal planeta completará uma volta ao Marte e tomando a aceleração da gravidade na superfície terrestre co-
redor do Sol? mo 10 m/s2, calcule a aceleração da gravidade superficial em Marte.
2. (CEPBJ-PR) Duas esferas de massas m1 e m2, tais que m1 = 16 m2, têm 5. (CEPBJ-PR) Um satélite artificial descreve órbita circular de altura
seus centros separados pela distância de 100 km. A que distância do igual ao raio da Terra. Considerando a aceleração da gravidade na su-
centro da esfera de massa m1 um corpo colocado entre as duas esfe- perfície da Terra igual a 10 m/s2, calcule a velocidade do satélite.
ras será igualmente atraído por ambas?
Dado:
• Raio da Terra = 6 400 km.
3. (CEPBJ-PR) Considerando a aceleração da gravidade na superfície ter- 6. (CEPBJ-PR) Dois planetas A e B, esféricos e homogêneos, têm raios
restre igual a 10 m/s2, determine a aceleração da gravidade a uma tais que RA = RB/3. Sendo iguais as suas densidades, calcule a relação
altitude igual ao raio terrestre. gA/gB entre as acelerações superficiais da gravidade.
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 23
UNIDADE 2
EXERCÍCIOS DE CASA
1. (Mackenzie-SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de revo- Raio orbital Massa
lução de 32 dias e de 256 dias, respectivamente. Se o raio da órbita Satélite (105 km) (1022 kg)
do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio da órbita do segun-
Io 4 9
do valerá
Europa 6 5
a) 4 unidades. Ganimedes 10 15
b) 8 unidades. Calisto 20 11
c) 16 unidades. Supondo que as órbitas desses satélites ao redor de Júpiter sejam cir-
d) 64 unidades. culares, e com base nas informações da tabela, assinale a alternativa
correta. (Os valores da tabela foram arredondados por conveniência).
e) 128 unidades.
a) A força de atração entre Júpiter e Ganimedes é maior do que en-
2. (UFRGS-RS) O módulo da força de atração gravitacional entre duas pe- tre Júpiter e Io.
quenas esferas de massa m, iguais, cujos centros estão separados por b) Quanto maior a massa de um satélite, maior será o seu período
uma distância d, é F. Substituindo-se uma das esferas por outra de orbital.
massa 2 m e reduzindo-se a separação entre os centros das esferas
para d/2, resulta uma força gravitacional de módulo c) A circunferência descrita pelo satélite Calisto é quatro vezes maior
que a circunferência descrita pelo satélite Europa.
a) F.
d) A maior velocidade angular é a do satélite Calisto, por possuir
b) 2 F. maior período orbital.
d) 2 g0.
e) 4 g0.
24 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2
a) 1/2 g.
b) 3/4 g.
c) 4/3 g.
d) 2 g.
Com relação ao movimento desses dois satélites, ao longo de suas
e) 3 g. respectivas órbitas, considere as seguintes afirmativas:
8. (CEPBJ-PR) Seja d a distância entre a Terra e a Lua. Supondo a mas- 1. O s módulos da força gravitacional entre o satélite SA e o planeta
sa da Terra 81 vezes maior do que a massa da Lua, a que distância do P e entre o satélite SB e o planeta P são constantes.
centro da Terra um corpo situado entre a Terra e a Lua será igualmente 2. A energia potencial gravitacional entre o satélite SA e o satélite SB
atraído pelos dois astros? é variável.
a) 0,1 d. 3. A energia cinética e a velocidade angular são constantes para
ambos os satélites.
b) 0,5 d.
Assinale a alternativa correta.
c) 0,6 d.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
d) 0,7 d.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
e) 0,9 d.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
9. (Fuvest-SP) A razão entre as massas de um planeta e de um satélite é d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
81. Um foguete está a uma distância R do planeta e a uma distância r e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
do satélite. Qual deve ser o valor da razão R para que as duas forças
r 12. (AFA-SP) A respeito de um satélite artificial estacionário em órbita so-
de atração sobre o foguete se equilibrem?
bre um ponto do equador terrestre, afirma-se que
a) 1.
I. a força que a Terra exerce sobre ele é a resultante centrípeta ne-
b) 3. cessária para mantê-lo em órbita.
c) 9. II. o seu período de translação é 24 horas.
d) 27. III. os objetos soltos em seu interior ficam flutuando devido à ausên-
e) 81. cia da gravidade.
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 25
UNIDADE 2
Está(ão) correta(s) (01) O satélite sofre a ação da força gravitacional exercida pela Terra,
Mm
a) apenas I. de módulo igual a FG = G 2 , onde G é a constante de gravita-
R
b) apenas II e III. ção universal e M é a massa da Terra.
c) apenas I e II. (02) Para um observador na Terra, o satélite não possui aceleração.
d) I, II e III.
(04) A força centrípeta sobre o satélite é igual à força gravitacional
que a Terra exerce sobre ele.
13. (UFPR) As leis sobre o movimento dos planetas, que transformaram
a compreensão do sistema solar, e a crença de que o Universo obe- (08) A força exercida pelo satélite sobre a Terra tem intensidade me-
dece a leis exatas e simples foram os legados deixados por Kepler e nor do que aquela que a Terra exerce sobre o satélite; tanto
Newton. Considere as seguintes afirmativas sobre a força de atração assim que é o satélite que orbita em torno da Terra e não o
gravitacional e o movimento de satélites. contrário.
I. A constante gravitacional universal no SI pode ser expressa em
m3 s–2 kg–1. (16) A aceleração resultante sobre o satélite independe da sua massa
M
II. A força resultante sobre um satélite geoestacionário é nula. e é igual a G 2 , onde G é a constante de gravitação universal e
R
III. Usando os dados de um satélite que se encontra em uma órbita de M é a massa da Terra.
raio aproximadamente igual a seis vezes o raio da Terra, é possível
(32) A aceleração resultante sobre o satélite tem a mesma direção e
obter o período de um outro satélite artificial que se encontra em
sentido da força gravitacional que atua sobre ele.
uma órbita de raio igual a duas vezes o raio da Terra.
IV. Um satélite artificial encontra-se em uma órbita de raio igual a Total:
três vezes o raio da Terra. A aceleração da gravidade na posição
onde se encontra o satélite é menor que a aceleração na super- 15. (UEL-PR) Um satélite artificial gira ao redor de Marte em órbita circular
fície da Terra. de raio R. Com relação ao movimento do satélite, é correto afirmar que
Assinale a alternativa correta.
a) o período é inversamente proporcional ao quadrado do raio da
órbita.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) o período independe da massa de Marte.
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
c) a aceleração centrípeta do satélite é nula.
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) se o satélite mudar para uma órbita de raio 4R a sua velocidade
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
duplica.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
e) a velocidade independe da massa do satélite.
14. (Ufsc) Um satélite artificial, de massa m, descreve uma órbita circular
→ 16. (CEPBJ-PR) Três esferas (A, B e C) estão fixas em uma haste, como
de raio R em torno da Terra, com velocidade orbital v de valor cons-
se representa na figura a seguir. A esfera B é equidistante de A e C. O
tante, conforme representado esquematicamente na figura. Despre-
módulo da força de atração gravitacional entre A e B é igual a F. Qual
zam-se interações da Terra e do satélite com outros corpos.
é o módulo da resultante das forças de atração gravitacional que A e B
exercem sobre C? (As massas das três esferas são iguais.)
A B C
F F
5
a) 4 F .
Considerando a Terra como referencial na situação descrita, assinale
a(s) proposição(ões) correta(s). 4
b) 5 F .
26 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2
(01) A unidade da constante gravitacional G pode ser expressa, no De acordo com essa representação e com os dados da tabela,
Sistema Internacional, como m3/(s2 ⋅ kg). os pontos indicados por 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectiva-
mente, a
(02) Um satélite geoestacionário mantém constante a sua posição
a) Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
relativa em relação à Terra.
b) Ganimedes, Io, Europa e Calisto.
(04) A força resultante sobre a Lua é nula.
c) Europa, Calisto, Ganimedes e Io.
(08) A velocidade de translação da Terra em torno do Sol independe d) Calisto, Ganimedes, Io e Europa.
da posição relativa entre ambos.
e) Calisto, Io, Europa e Ganimedes.
(16) Usando os dados de um planeta cuja órbita em torno de uma
21. O texto foi extraído da peça Tróilo e Créssida de William
estrela é conhecida, é possível encontrar o período de um outro
Shakespeare, escrita, provavelmente, em 1601.
planeta que se encontre em uma órbita de raio diferente.
“Os próprios céus, os planetas, e este centro
Total: reconhecem graus, prioridade, classe,
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 27
UNIDADE 2
a) Geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. 1. (Osec-SP) Um satélite artificial descreve uma órbita circular em
2R
b) da Reflexão da Luz do árabe Alhazen. torno da Terra com período T = 4 π , em que R é o raio da
5
c) Heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. Terra e g a aceleração da gravidade na superfície terrestre. A que
d) da Rotação Terrestre do italiano Galileu Galilei. altura acima da superfície se encontra o satélite?
3GM 2GM GM
a) v = . c) v = . e) v = .
2R 3R R
4GM 3GM
b) v = . d) v = .
3R 4R
b) Utilizando a resposta do item (a) e considerando dois planetas
orbitando essa estrela, um deles com órbita de raio R1 e o outro
com órbita de raio R2 = 2 R1, determine a razão entre os períodos
de suas órbitas.
Note e adote
• Para grandes altitudes, a energia potencial de um corpo
de massa m, relativamente ao centro da Terra, é dada
por Ep = –G ⋅ M ⋅ m/d, sendo M a massa da Terra e d a
distância do corpo ao centro da Terra.
28 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
FÍSICA
GABARITO
1. b 23. 0,45 m
2. c 24. e
3. b 25. d
4. d 26. a
5. d 27. d
6. d 28. d
7. b 29. c
8. 50 30. b
9. b 31. c
10. e 32. d
11. c 33. d
13. d 1. a
14. d 2. d
15. b 3. a
16. b 4. e
17. 70 5. 25
18. 18 6. a
19. b 7. b
20. d 8. e
21. e 9. c
22. 10. d
a) 2 ⋅ 103 kg/m3
11. b
GABARITO 29
FÍSICA
12. c 19. c
13. e 20. b
15. e 22.
T1 R12
a) =
16. a T2 R22
T1 1
17. 58 (02 + 08 + 16 + 32) b) =
T2 4
18. 19 (01 + 02 + 16) 23. 240 dias.
30 GABARITO