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1.

ª CIÊNCIAS DA NATUREZA
ENSINO MÉDIO

SÉRIE E SUAS TECNOLOGIAS


Material complementar
FÍSICA

Coleção
FORMAÇÃO DE VALOR
EDITORA BOM JESUS

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE ENSINO SENHOR BOM JESUS


Frei João Mannes

DIRETOR-GERAL
Jorge Apóstolos Siarcos

GERENTE PEDAGÓGICA DO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS (CEP) E DA EDITORA BOM JESUS


Giselli Padilha Hümmelgen

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Ana Maria Cotrim
Fabiola Penso

AUTORES
Carlos Leandro Schwalb
Geraldo Krebsbach
Roberto Tadeu Berro

CARTOGRAFIA
Michely Alves Tonett

ILUSTRAÇÃO
Ivan Sória

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E CAPA


Editora Bom Jesus

NORMATIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Edith Dias

Todos os direitos desta edição estão reservados à Editora Bom Jesus. Nenhuma parte desta obra poderá ser
reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e
gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora.

Schwalb, Carlos Leandro


Física da 3. série do ensino médio: livro do estudante; volume 3/ Carlos Leandro
Schwalb, Geraldo Maria Krebsbach, Roberto Tadeu Berro; ilustrador: Ivan Sória.
Curitiba: Editora Bom Jesus, 2017.
220 p.  ilust.  30cm  (Formação de Valor)

ISBN 978-85-8459-077-3

1. Física (Ensino médio) – Estudo e ensino. I. Krebsbach, Geraldo Maria. II Berro,


Roberto Tadeu. III. Sória, Ivan, ilust. IV. Título.

CDD – 530.07

Editora Bom Jesus


Rua Anselmo de Lima Filho, 242
81290-250 – Curitiba-PR
www.bomjesus.br
SUMÁRIO
EMPUXO E HIDRODINÂMICA..................................................5 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL..................................................... 19
INTRODUÇÃO ................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ................................................................................. 19
CONCEITO ........................................................................................ 5 LEIS DE KEPLER ............................................................................. 19
TEOREMA DE ARQUIMEDES ............................................................... 5 LEI DE NEWTON ............................................................................. 20
Considerações Importantes Sobre o Empuxo ................................................6 VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE COM A ALTITUDE .............. 20
PESO APARENTE..........................................................................................6
VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE COM A LATITUDE .............. 21
ENTENDENDO A HIDRODINÂMICA ...................................................... 7
VELOCIDADE DE UM SATÉLITE .......................................................... 21
Linhas de corrente.......................................................................................7
Vazão..........................................................................................................8 VELOCIDADE DE ESCAPE ................................................................. 21
Fluxo e equação da continuidade..................................................................8
GABARITO.......................................................................... 29

FÍSICA 3
4 FÍSICA
UNIDADE

1
EMPUXO E HIDRODINÂMICA

INTRODUÇÃO CONCEITO
Você já deve ter observado que um objeto sólido e pesado fica aparente- O empuxo é definido como a resultante das forças que o líquido exerce so-
mente muito mais leve quando é totalmente mergulhado na água. Isso bre um corpo nele submerso. Tais forças aparecem devido à pressão que
ocorre porque o líquido exerce uma força vertical para cima sobre o objeto – o líquido exerce. As forças horizontais se equilibram, mas as verticais são
denominada empuxo. maiores nos pontos mais profundos (lembre-se de que a pressão aumenta
com a profundidade). Assim, a resultante de tais forças terá direção verti-
Arquimedes demonstrou que a intensidade do empuxo é igual ao peso de
cal e estará orientada para cima.
um volume de líquido igual ao volume submerso do objeto, isto é, o volume
de líquido que o objeto desloca.

TEOREMA DE ARQUIMEDES
O Teorema de Arquimedes enuncia que todo corpo mergulhado em um flui-
Para que a boia flutue, é necessário que uma força de baixo para cima equilibre o peso; do recebe um empuxo vertical, de baixo para cima, cuja intensidade é igual
essa força é o empuxo ao peso do fluido deslocado.
Para entender melhor esse conceito, veja a demonstração a seguir. Consi-
dere o cilindro de altura h, na figura a seguir, com área de secção trans-
versal A. De acordo com o Teorema de Stevin, a pressão na face inferior do
cilindro (p2) é maior do que na face superior (p1). Assim, se F1 e F2 forem
as forças exercidas pelo líquido nas faces inferior e superior do cilindro,
respectivamente, teremos F2 > F1. A diferença dessas forças vem a ser o
Os balões de ar quente sobem empuxo.
em razão do empuxo
F1
A

F2

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 5
UNIDADE 1

E = F2 – F1. 3.o) O empuxo é diretamente proporcional à aceleração da gravidade. Um


F corpo dentro de um recipiente contendo água receberá um empuxo
Sendo p = , temos F = p ⋅ A.
A menor se o conjunto for levado à Lua.
Então E = p2 ⋅ A – p1 ⋅ A = (p2 – p1) ⋅ A
4.o) O empuxo não depende da massa específica do material do corpo
Sendo p2 – p1 = µ ⋅ h ⋅ g imerso no líquido. De fato, na expressão do empuxo não consta a den-
Tem-se: E = µ ⋅ h ⋅ g ⋅ A = µ ⋅ A ⋅ H ⋅ g sidade do corpo. Assim, se duas esferas de mesmo volume, mas de
materiais diferentes, estiverem totalmente submersas em um mesmo
Da Geometria, sabe-se que A ⋅ h representa o volume (V) do cilindro. Então: líquido, os empuxos recebidos serão iguais, ainda que os mate-
riais sejam diferentes (e, portanto, com pesos diferentes).
E = µL ⋅ V S ⋅ g
5.o) O empuxo independe da profundidade. De fato, na expressão do em-
Em que: puxo não aparece a profundidade.

E = empuxo 6.o) O empuxo não depende da pressão. Com o aumento da profundidade


há aumento de pressão sem alteração do empuxo. Assim, se uma pe-
µL = massa específica do líquido
dra for solta na superfície livre da água de um poço profundo, o empu-
VS = volume submerso xo não se altera à medida que a pedra afunda, embora ocorra aumento
de pressão. Por serem irrelevantes, desprezam-se aqui as variações
g = aceleração local da gravidade
da aceleração da gravidade e da massa específica da água.
m
Lembrando que µ = (definição de massa específica), temos m = µ ⋅ V.
V PESO APARENTE
Assim, na expressão do empuxo, µL ⋅ VS representa a massa de líquido (mL)
de volume igual ao do cilindro, isto é, a massa do líquido deslocado pelo Um objeto submerso em um líquido fica aparentemente mais leve do que
cilindro. Logo, E = mL · g = PL (empuxo = peso do volume do líquido deslo- quando está no ar. Sabe-se que isso se deve ao empuxo exercido pelo lí-
cado), conforme queríamos demonstrar. quido. Assim, denominando P o peso real e E o empuxo, a resultante des-
sas forças (P – E) recebe o nome de peso aparente.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O EMPUXO
E
A expressão E = µL ⋅ VS · g nos permite chegar às seguintes considerações:
1.o) O empuxo é diretamente proporcional à massa específica do fluido.
Assim, explica-se por que determinados materiais flutuam em água e
PAP = P – E
afundam em óleo (que tem densidade menor do que a água). No Mar
Morto, devido à grande quantidade de sais dissolvidos na água (o que
torna a água mais densa), uma pessoa pode flutuar com muito mais
facilidade do que em água doce. Ovos cozidos permanecem no fundo P
da panela com água (o peso é maior do que o empuxo). Acrescentando
quantidade suficiente de sal de cozinha à água, a densidade do fluido É possível medir o peso aparente de um corpo suspendendo-o por meio de
aumenta e os ovos irão flutuar. um dinamômetro, mantendo o corpo totalmente submerso, como mostra
a figura a seguir.

D = dinamômetro

E T

P
2.o) O empuxo é diretamente proporcional ao volume submerso. Quanto
maior for o volume submerso, maior será o peso do volume do líqui-
do deslocado. Explica-se assim por que um prego de ferro afunda na
água e um navio, também de ferro e muito mais pesado do que o pre- A leitura do dinamômetro fornece o peso aparente. De fato, no equilíbrio,
go, flutua na água. T + E = P e, portanto, T = P – E, ou seja, T = PAP.

6 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

Se forem conhecidos o peso real do corpo e as massas específicas do ma- ENTENDENDO A HIDRODINÂMICA
terial do corpo (µ) e do líquido (µL), o peso aparente será calculado da
seguinte maneira: A Hidrodinâmica é a parte da Mecânica dos Fluidos que estuda o movi-
m m mento dos líquidos e gases. Ela tem aplicação prática na Engenharia, so-
PAP = P – E = P – µ L ⋅ V ⋅ g. Sendo µ = , temos V = e, então:
V µ bretudo nos processos hidráulicos, sistemas de abastecimento de água,
P processos de irrigação, entre outros. Os assuntos mais importantes nesse
PAP = P – µ L ⋅ m ⋅ g = P – µ L ⋅
V µ campo, que estudaremos a seguir, são os seguintes:
• Linhas de corrente.
 µ
Logo: PAP = P  1 − L  • Vazão.
 µ
• Fluxo e equação da continuidade.

SAIBA MAIS

A Física do balão de ar quente


Você já se perguntou por que um cubo de gelo flutua em um copo
com água?
A resposta a essa questão nos ajudará a entender o funcionamen-
to dos balões.
O gelo não afunda porque sua densidade é menor que a densidade
da água. No caso do balão, ocorre a mesma coisa. O ar no interior do LINHAS DE CORRENTE
balão é aquecido pela chama proveniente de um bico de gás. Ao ser
Uma concepção básica sobre as linhas de corrente seria aquela que as
aquecido, o gás se dilata, parte dele escapa e o restante que perma-
relaciona com a trajetória de uma partícula em um fluido, algo que em
nece dentro do balão tem sua densidade reduzida. Dessa forma, co-
certas condições pode ser considerado tautológico. Porém, o conceito
mo o ar no exterior do balão é mais denso que o ar em seu interior,
mais exato de linha de corrente passa pela seguinte situação: imagine um
o empuxo (segundo o Princípio de Arquimedes, a força que surge, de
líquido que escoa no cano de um sistema de irrigação. Se conseguirmos
baixo para cima, sobre todo corpo imerso em um fluido em equilíbrio)
determinar qual a velocidade das partículas que compõem o fluido e tra-
que age sobre o balão é maior que a ação da força peso, fazendo com
çarmos linhas imaginárias em cada ponto, tangentes ao vetor velocidade,
que ele suba (veja a figura).
teremos as chamadas linhas de corrente.

Velocidade
Empuxo

Peso Linha de corrente

Agora, imagine um líquido escoando em um cano no qual há um estrangu-


lamento, como mostra a figura a seguir. Pode-se afirmar que na região 2,
como as linhas de corrente estão mais próximas, o fluido está em maior
velocidade do que, por exemplo, o que está na região 1.

Caso o empuxo fosse menor que o peso do balão, o balão tenderia


a descer. Isso pode ser obtido, por exemplo, desligando-se a chama
que aquece o gás interno do balão. Agora pense e responda: Por que
um balão não sobe até o topo da atmosfera?
Marcio Rodrigo Loos.
1 2

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 7
UNIDADE 1

VAZÃO A equação da continuidade diz respeito à relação entre a área da seção


transversal pela qual passa um fluido qualquer e a sua velocidade. Pa-
É a grandeza que relaciona o volume de fluido que atravessa uma seção ra estudar essa relação, imagine a água atravessando uma mangueira de
transversal de um tubo e/ou recipiente e o intervalo de tempo decorrido, borracha usada para regar o jardim. Todos sabemos, baseados em expe-
ou seja: riências corriqueiras do dia a dia, que é possível aumentar a velocidade da
água que sai de uma mangueira de jardim fechando parcialmente seu bi-
V co com o dedo. Essa alteração na velocidade está diretamente relacionada
Q=
t ao fato de alterarmos a secção da área de saída de água da mangueira.

A vazão é dada no SI em m³/s e é uma informação fornecida em várias


questões de vestibular que pedem para determinar o rendimento de uma
usina hidrelétrica em pleno funcionamento. Podemos também usar essa
grandeza para medir o volume total de água que passa em um cano, por
exemplo.

É simples compreender (principalmente quando consideramos o fluido in-


compressível)

que o volume de água que entra na → mangueira com veloci-
dade v deve ser o mesmo que sai com velocidade v 2. Isso significa que o
fluxo de líquido deve ser constante. Fluxos iguais para tempos equivalen-
FLUXO E EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE tes permitem afirmar que os volumes V1 e V2 são iguais, ou seja:
Na termologia, estuda-se o fluxo de calor, que relaciona a quantidade de V1 = V2
calor em um certo intervalo de tempo; dentro do Eletromagnetismo traba-
A1 ⋅ x1 = A2 ⋅ x2
lha-se o conceito de fluxo magnético. O termo fluxo pode ser aplicado em
diversas situações. Como fica seu estudo na Hidrodinâmica? A1 ⋅ v1 ⋅ t1 = A2 ⋅ v2 ⋅ t2
Imagine um fluxo de ar atravessando uma janela. Se você pudesse ver cada Como os tempos são iguais, a equação fica reduzida a:
partícula de ar nesse momento, poderia observar linhas que representa-
riam as trajetórias das partículas de ar. Em cada ponto, a tangente a ca-
da linha forneceria a velocidade das partículas de ar naquele ponto. Veja a A1 ⋅ v1 = A2 ⋅ v2
sequência das figuras a seguir.
Essa relação entre a velocidade do fluido e a área de secção por onde ele
passa é chamada de Equação da Continuidade.
Fluxo de ar →
A De outra forma, a equação anterior pode ser escrita assim:
→ θ

θ

v v →
v

A ⋅ v = constante
Logo, define-se fluxo como o campo vetorial através de uma superfície,
isto é, a “quantidade” de algo que, efetivamente, atravessa aquela su-
perfície. Matematicamente, o fluxo pode ser expresso da seguinte forma:   CONFIRMANDO A TEORIA

→ →
Φ= v ⋅ A 1. (UFF-RJ) Recentemente, alguns cubanos tentaram entrar ile-
galmente nos Estados Unidos. Usaram um caminhão Chevrolet
→ → 1951 amarrando-o em vários tambores de óleo vazios, utilizados
A letra Φ representa o fluxo, v é o vetor velocidade e A é o
vetor área.

8 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

EXERCÍCIOS DE SALA
como flutuadores. A guarda costeira norte-americana intercep-
tou o caminhão próximo ao litoral da Flórida e todos os ocupan-
tes foram mandados de volta para Cuba.
1. (CEPBJ-PR) Um bloco de gelo flutua na água com 90% de seu volu-
me submerso. Determine a massa específica do gelo considerando a
massa específica da água como 1,0 g/cm3.

VS

ml = 1 g/cm3

<http://www.votre-rezo.com/infoz/insolite/news2.php3>.

Dados:
• Massa do caminhão MC = 1 560 kg.
• Massa total dos tambores mT = 120 kg.
• Volume total dos tambores vT = 2 400 litros. 2. (CEPBJ-PR) Uma pedra, de massa 10 kg e volume 2,0 ⋅ 10–3
• Massa de cada um dos cubanos m = 70 kg. m3, repousa no fundo de um poço com água de massa específica
1,0 ⋅ 103 kg/m3. Sendo g = 10 m/s2, determine a intensidade da força
• Densidade da água ρ = 1,0 g/cm3 = 1,0 kg/litro.
que a pedra exerce sobre o fundo do poço.
Supondo-se que apenas os tambores são responsáveis pela flu-
tuação de todo o sistema, é correto afirmar que o número má-
ximo de passageiros que o “caminhão-balsa” poderia transpor-
tar é igual a

a) 8.
b) 9.
c) 10.
3. (CEPBJ-PR) Uma esfera de madeira, de volume 0,1 m3 e massa espe-
d) 1. cífica 800 kg/m3, é mantida dentro de uma piscina por meio de uma
e) 12. corda. Sendo g = 10 m/s2, calcule

ml = 103 kg/m3

a) o peso da esfera.

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 9
UNIDADE 1

EXERCÍCIOS DE SALA

b) o empuxo sobre a esfera. d) 450 N/cm.


e) 4 500 N/cm.

6. (IME-RJ) Um balão de borracha, esférico, perfeitamente elástico e de


peso desprezível é cheio com 1 kg de um gás ideal que ocupa 2 li-
tros nas condições ambientais de 20°C de temperatura e pressão de
105 Pa. Depois de cheio o balão é mergulhado lentamente em um poço
c) a tração na corda. que contém água pura à temperatura do gás. Supondo-se que o balão
permaneça esférico e que esteja totalmente imerso, determine a que
profundidade, medida da superfície do líquido ao centro do balão, o
mesmo permanecerá parado quando solto. Considere a gravidade local
g = 10 m/s2 e a massa específica da água µ = 1 g/cm3.

4. (CEPBJ-PR) Um corpo, no ar, pesa 10 N. Determine seu peso aparen-


te quando mergulhado em um líquido de massa específica 600 kg/m3,
sendo 3 000 kg/m3 a massa específica do material desse corpo.

7. (UFPR) Em uma tubulação com diâmetro interno de 2,0 cm está fluin-


do água, com velocidade constante e igual a 0,8 m/s. Em determinada
região, o tubo sofre um estreitamento, de maneira que o seu diâmetro
passa a ser de 1,0 cm. Após ter passado pelo estreitamento, a água é
derramada em um recipiente.
5. (UFPR) Uma esfera homogênea e de material pouco denso, com vo-
lume de 5,0 cm3, está em repouso, completamente imersa em água. a) Qual é a velocidade da água no tubo com 1,0 cm de diâmetro?
Uma mola, disposta verticalmente, tem uma de suas extremidades
presa ao fundo do recipiente e a outra à parte inferior da esfera, con-
forme a figura. Por ação da esfera, a mola foi deformada em 0,1 cm,
em relação ao seu comprimento quando não submetida a nenhuma
força deformadora. Considere a densidade da água como 1,0 g/cm3, a
aceleração gravitacional como 10 m/s2 e a densidade do material do
b) Qual é a vazão no tubo com 1,0 cm de diâmetro, em m³/s?
qual a esfera é constituída como 0,1 g/cm3. Com base nas informa-
ções apresentadas, assinale a alternativa que apresenta a constante
elástica dessa mola. Considere g = 10 m/s2.

c) Se é necessário 1 minuto para que o recipiente fique completa-


mente cheio, qual é o volume desse recipiente?

a) 0,45 N/cm.
b) 4,5 N/cm.
c) 45 N/cm.

10 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

ção está ilustrada na figura a seguir, onde A é a antena em formato


EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOSDE
DESALA
CASA
cilíndrico e B é a âncora que mantém o conjunto fixo ao fundo do mar.

1. (Mackenzie-SP) Um corpo flutua em água (massa específica =


1 g/cm3) com 3 de seu volume imerso. A densidade desse corpo é
4
a) 1,30 g/cm3.
b) 0,75 g/cm3.
c) 0,60 g/cm3.
d) 0,50 g/cm3. Com base nos conceitos de hidrostática, considere as seguintes afir-
mativas:
e) 0,25 g/cm3.
I. Devido à pressão da água, a lateral do cilindro está sujeita a forças
que se cancelam aos pares.
II. As forças que atuam nas bases superior e inferior do cilindro, de-
2. (FCC-SP) Uma esfera maciça e homogênea, de densidade absoluta
vido às pressões da água, não se cancelam aos pares.
igual a 2,0 g/cm3, flutua em um líquido, mantendo 20% de seu volu-
me acima do nível desse líquido. A densidade absoluta do líquido, em III. A resultante de todas as forças causadas pelas pressões que
g/cm3, é igual a atuam no cilindro é a força de empuxo.

a) 1,5. IV. O empuxo depende da inclinação do eixo do cilindro para uma


mesma profundidade do seu centro de massa.
b) 2,0.
Assinale a alternativa correta.
c) 2,5.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
d) 3,0.
b) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
e) 3,5.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
3. (PUC-SP) Uma bolinha de certo material, quando colocada em um lí-
d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
quido 1, fica em equilíbrio com metade de seu volume imerso. Quando
colocada em outro líquido 2, a mesma bolinha fica em equilíbrio com e) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
20% de seu volume acima da superfície do líquido.
5. (Udesc) Leia com atenção e analise as afirmativas.
I. Pontos a igual profundidade, em um mesmo líquido em equilíbrio,
suportam pressões iguais.
II. A pressão que um líquido exerce no fundo de um recipiente depen-
de do volume do líquido nele contido.
III. Um corpo imerso em um líquido sofrerá um empuxo tanto maior
Se a densidade do líquido 1 é igual a 1,20 g/cm3, qual é a densidade quanto maior for a profundidade em que estiver.
do líquido 2 em g/cm3?
IV. Um navio flutua porque o peso da água deslocada é igual ao seu
a) 0,48. peso.
b) 0,75. Assinale a resposta correta.
c) 1,25.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
d) 1,33.
b) Somente está correta a afirmativa I.
e) 2,0.
c) Somente estão corretas as afirmativas I, II e III.
4. (UFPR) Em meados do ano de 2005, o minissubmarino russo Priz, em
d) Somente estão corretas as afirmativas I e IV.
operações de treinamento no Oceano Pacífico, ficou preso ao cabo de
fixação de uma antena usada para monitorar o fundo do mar. A situa- e) Somente estão corretas as afirmativas I, III e IV.

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 11
UNIDADE 1

6. (Vunesp) Três esferas maciças e de mesmo tamanho, de isopor (1), densidade do ar µAR = 1,3 kg/m3 e g = 10 m/s2, calcule a intensidade da
alumínio (2) e chumbo (3), são depositadas em um recipiente com tração, em newtons, para cada corda.
água. A esfera 1 flutua, porque a massa específica do isopor é me-
nor que a da água, mas as outras duas vão ao fundo porque, embora
a massa específica do alumínio seja menor que a do chumbo, ambas
são maiores que a massa específica da água. Se as intensidades dos
empuxos exercidos pela água nas esferas forem, respectivamente, E1,
E2 e E3, tem-se

9. (UEL-PR) Em um local onde a aceleração da gravidade vale


10 m/s2, um corpo pesa 2,50 N. Quando mergulhado em água (densidade
1,0 g/cm3), o peso aparente passa a ser de 1,50 N. O volume, em cm3,
e a densidade do corpo, em g/cm3, valem, respectivamente

a) 100 e 1,50.
a) E1 = E2 = E3. b) 100 e 2,50.
b) E1 < E2 < E3. c) 150 e 1,50.
c) E1 > E2 > E3. d) 150 e 2,50.
d) E1 < E2 = E3. e) 250 e 2,50.

e) E1 = E2 < E3.

10. (PUC-PR) Um corpo imerso em água é


abandonado a si mesmo e afunda com
7. (PUC-PR) Amarra-se um balão por meio de uma corda e vai-se en- uma aceleração que corresponde à quarta
chendo-o com hélio até que atinja um volume de 80 m3 e uma massa parte da aceleração da gravidade. Despre-
total de 40,0 kg. A corda, que tem a outra extremidade fixa ao solo, zando-se as forças dissipativas, a densi-
pode ser considerada de massa desprezível e mantém-se esticada e dade do corpo em relação à água é
na vertical. Sabe-se que a massa específica do ar é de 1,3 kg/m3 e a
aceleração da gravidade é de 10 m/s2. O valor da tração aplicada pelo a) 4.
balão à corda é, em newtons, de b) 3.
a) 1 440 N. c) 2.
3
b) 640 N. d) .
2
c) 400 N. 4
e) .
d) 3 200 N. 3

e) 1 040 N.
11. (PUC-PR) Um cubo homogêneo de aresta a é constituído de um mate-
rial cuja densidade (massa específica) é μ, e flutua em um líquido de
8. (Ufsc) A figura representa um ba- densidade μ’, conforme a figura.
lão de volume V = 200 m3 que
possui massa total m = 240 kg
(balão + gás + cesto). Na ausên-
cia de vento, o balão está preso
no chão por quatro cordas verti-
calmente esticadas e fixadas nos
cantos do cesto. Considerando a

12 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

A razão entre as densidades μ e μ’ é igual a 15. (Unaerp-SP) Um corpo de volume V e densidade d flutua em um líqui-
3d
do de densidade . A parcela imersa de seu volume é
a) 1/3. 2
b) 1/2. V
a) .
2
c) 2/3.
2V
d) 1/1. b) .
3
e) 2/1.
4V
c) .
12. (PUC-PR) Uma pedra de massa m, com densidade igual ao dobro da 3
densidade da água, está no fundo de um aquário cheio de água. A
3V
força exercida pelo fundo do aquário sobre a pedra, considerando g a d) .
2
aceleração gravitacional, é
5V
a) 2 mg. e) .
4
b) mg.
16. (SBF-SP) Uma âncora de um barco que navega em um lago é feita de
c) mg/2. aço de densidade igual a 8,00 g/cm3 e tem peso de 400 N. Com o barco
d) nula. parado e a âncora assentada no fundo, a reação de apoio que o fundo
do lago exerce sobre esta peça dentro d’água (considere a densidade
e) 4 mg.
igual a 1,00 g/cm3) em N, é igual a
13. (SBF-SP) Uma criança está dentro de uma piscina, brincando com a) 400.
três objetos fabricados com materiais diferentes, mas que possuem o
b) 350.
mesmo peso. Você observa que o objeto 1 fica boiando, submerso pela
metade, que o objeto 2 fica imerso totalmente e parado em qualquer c) 150.
lugar dentro da água e que o objeto 3 submerge totalmente indo para
d) 200.
o fundo da piscina.
e) 250.
a) O empuxo no objeto 1 é a metade do empuxo no objeto 2.
b) O empuxo no objeto 2 é igual ao empuxo no objeto 3. 17. (Ufsc) Dois objetos A e B, de massas mA = 0,93 kg e mB = 0,07 kg,
respectivamente, são colados pela base e colocados em um recipien-
c) O empuxo no objeto 1 é maior do que o empuxo no objeto 2. te com água (µ = 1,0 · 103 kg/m3). O conjunto flutua na água de tal
d) O empuxo no objeto 3 é menor do que o empuxo no objeto 1. forma que o objeto B está totalmente imerso, ao passo que o objeto A
está completamente fora da água, conforme mostra a figura. Calcule
e) Os empuxos nos três objetos são iguais.
a massa específica, em kg/m3, do objeto B.
14. (UFPR) Um reservatório contém um líquido de densidade ρL = 0,8 g/cm3.
Flutuando em equilíbrio hidrostático nesse líquido, há um cilindro com
área da base de 400 cm2 e altura de 12 cm. Observa-se que as bases
desse cilindro estão paralelas à superfície do líquido e que somente
1/4 da altura desse cilindro encontra-se acima da superfície.

Considerando g = 10 m/s2, assinale a alternativa que apresenta corre-


tamente a densidade do material desse cilindro.

a) 0,24 g/cm3.

b) 0,80 g/cm3.

c) 0,48 g/cm3.

d) 0,60 g/cm3.

e) 0,12 g/cm3.

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 13
UNIDADE 1

18. (UFPR) Um corpo homogêneo de massa m e volume 75 cm3 flutua no


1
óleo com de seu volume submerso (Fig. A). Um bloco de chumbo é 20. O controle de qualidade é uma exigência da sociedade moderna,
5
colocado sobre o corpo, de modo que esse fique com a metade de seu na qual os bens de consumo são produzidos em escala industrial.
volume submerso (Fig. B). Considere a massa específica do óleo igual Nesse controle de qualidade são determinados parâmetros que
a 0,80 g/cm3 e a aceleração da gravidade 10 m/s2. Calcule o valor da permitem checar a qualidade de cada produto. O álcool combus-
massa do bloco de chumbo, em gramas. tível é um produto de amplo consumo muito adulterado, pois re-
cebe adição de outros materiais para aumentar a margem de lu-
cro de quem o comercializa. De acordo com a Agência Nacional
de Petróleo (ANP), o álcool combustível deve ter densidade entre
0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3. Em algumas bombas de combustível
a densidade do álcool pode ser verificada por meio de um densí-
metro similar ao desenhado a seguir, que consiste em duas bolas
com valores de densidade diferentes e verifica quando o álcool
está fora da faixa permitida. Na imagem, são apresentadas situa-
ções distintas para três amostras de álcool combustível.

ENEM

19. Em um experimento realizado para determinar a densidade da


A respeito das amostras ou do densímetro, pode-se afirmar que
água de um lago, foram utilizados alguns materiais conforme
ilustrado: um dinamômetro D com graduação de 0 N a 50 N e a) a densidade da bola escura deve ser igual a 0,811 g/cm3.
um cubo maciço e homogêneo de 10 cm de aresta e 3 kg de
massa. Inicialmente, foi conferida a calibração do dinamôme- b) a amostra 1 possui densidade menor do que a permitida.
tro, constatando-se a leitura de 30 N quando o cubo era preso c) a bola clara tem densidade igual à densidade da bola escura.
ao dinamômetro e suspenso no ar. Ao mergulhar o cubo na água
d) a amostra que está dentro do padrão estabelecido é a de
do lago, até que a metade do seu volume ficasse submersa, foi
número 2.
registrada a leitura de 24 N no dinamômetro.
e) o sistema poderia ser feito com uma única bola de densidade
entre 0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3.

21. Durante uma obra em um clube, um grupo de trabalhadores teve


de remover uma escultura de ferro maciço colocada no fundo de
uma piscina vazia. Cinco trabalhadores amarraram cordas à es-
cultura e tentaram puxá-la para cima, sem sucesso.
Se a piscina for preenchida com água, ficará mais fácil para os
trabalhadores removerem a escultura, pois a
Considerando que a aceleração da gravidade local é de 10 m/s2,
a densidade da água do lago, em g/cm3, é a) escultura flutuará. Dessa forma, os homens não precisarão
fazer força para remover a escultura do fundo.
a) 0,6.
b) escultura ficará com peso menor. Dessa forma, a intensida-
b) 1,2. de da força necessária para elevar a escultura será menor.
c) 1,5. c) água exercerá uma força na escultura proporcional a sua
d) 2,4. massa, e para cima. Esta força se somará à força que os
trabalhadores fazem para anular a ação da força peso da
e) 4,8. escultura.

14 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

24. (UFSM-RS) Um fluido ideal percorre um cano cilíndrico em regime


permanente. Em um estrangulamento onde o diâmetro do cano fica
d) água exercerá uma força na escultura para baixo, e esta pas- reduzido à metade, a velocidade do fluido fica
sará a receber uma força ascendente do piso da piscina. Es-
ta força ajudará a anular a ação da força peso na escultura. a) reduzida a 1/4.
e) água exercerá uma força na escultura proporcional ao seu b) reduzida à metade.
volume, e para cima. Esta força se somará à força que os c) a mesma.
trabalhadores fazem, podendo resultar em uma força ascen-
dente maior que o peso da escultura. d) duplicada.
e) quadruplicada.

25. (UEL-PR) Observe as figuras a seguir.


22. (UFPR) Um objeto esférico de massa 1,8 kg e densidade 4,0 g/cm , ao
3

ser completamente imerso em um líquido, apresenta um peso aparen-


te de 9,0 N. Considerando a aceleração da gravidade com módulo igual
a g, faça o que se pede.

a) Determine o valor da densidade desse líquido.

Com base nos esquemas físicos apresentados nas figuras, considere


b) Indique qual princípio físico teve que ser utilizado, necessariamen- as afirmativas a seguir.
te, na resolução desse problema.
I. A figura I mostra dois copos contendo suco de laranja à mesma
altura. Independentemente do formato dos copos, a pressão no
ponto A é igual à pressão no ponto B.
23. (UFPR) Um garoto brinca em uma piscina com uma bola de borracha
de 0,2 kg e raio 5 cm. Em um determinado momento, o garoto II. A figura II mostra um tubo em forma de “U” contendo dois líquidos
submerge a bola com as duas mãos, tal que seu centro fica a 0,3 m que não se misturam. No ramo da esquerda, tem-se óleo de soja
abaixo da superfície, e depois a libera, afastando as duas mãos e, no da direita, água. A pressão no ponto A é igual à pressão no
simultaneamente. A partir desse momento, a bola apresenta um ponto B.
movimento vertical. III. A figura III mostra dois líquidos de viscosidades diferentes escor-
Considerando a densidade da água igual a 1 ⋅ 103 kg/m3 e desprezan- rendo através de um capilar: o suco de laranja, menos viscoso,
do a resistência da água e do ar, determine a altura a que se elevará escorre em A, ao passo que o xarope de milho, mais viscoso, es-
o centro da bola acima da superfície da água. corre em B.
IV. A figura IV mostra um líquido em escoamento no sentido do ponto A
Para facilitar os seus cálculos, considere g = 10 m/s2 e π = 3. para o ponto B. Apesar de a velocidade de escoamento no
ponto A ser maior do que a velocidade de escoamento no ponto B,
a pressão no ponto A é menor que a pressão no ponto B.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.


b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 15
UNIDADE 1

26. (Ufpa) A figura a seguir representa uma tubulação posicionada ho- de vida. No campo da prevenção primária, visando à remoção de fa-
rizontalmente em relação ao solo, pela qual escoa água, em regime tores de risco, o avanço tecnológico das imunizações, no século XX,
permanente, através das secções S1 e S2. permitiu a erradicação mundial de doenças letais ou incapacitantes,
como a varíola, e, em muitos países, a do sarampo e da poliomielite.
Atualmente, a discussão da inclusão da vacina antivaricela, doença
de evolução benigna, no calendário brasileiro de imunizações, é perti-
nente e, ainda mais recente, a da vacina anti-HPV, um papilomavírus
relacionado com o desenvolvimento de carcinoma de colo de útero.

Sobre o fato, considere as afirmativas a seguir. Incorporar novos conhecimentos às áreas de prevenção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação traz benefícios de pequeno ou grande impacto,
I. A pressão do fluido em S1 é maior que em S2. nem sempre mensuráveis no momento de sua aplicação. Na contempo-
II. As vazões da água através das secções S1 e S2 são iguais. raneidade, a implantação de novas tecnologias a uma velocidade cada
vez maior traz, no seu bojo, um custo econômico muitas vezes incom-
III. Como o regime de escoamento é permanente, as vazões e as ve- patível com o ganho obtido. Sabe-se que não existe exame a custo zero.
locidades da água têm valores iguais em S1 e S2. Ele será pago pelo sistema público de saúde, pelo plano ou seguro de
IV. A diferença de pressão do líquido, nas duas secções da tubulação, saúde privado, ou pelo próprio paciente. Quando esse custo ultrapassa
depende somente da velocidade de escoamento na maior secção. o suportável para o Estado, a sociedade ou o indivíduo, o bem obtido em
qualidade de vida é anulado. Assim sendo, o equilíbrio entre custo versus
Estão corretas apenas as afirmativas
benefício é, em última instância, o que irá determinar se uma nova tec-
a) I e II. nologia resulta em melhor qualidade de vida em longo prazo.

b) II e III. O arsenal tecnológico atual propicia ao médico a tentação de investi-


c) III e IV. gar “todas” as doenças, “cobrir todas as possibilidades”, o que, como
já foi sinalizado, se torna, não raro, caro demais. Além disso, quanto
d) I, II, e III. maior o número de exames solicitados tanto maior o risco de se obter
e) II, III, e IV. um resultado falso positivo, o que leva à solicitação de mais e mais
exames. A grande velocidade de renovação dos aparelhos usados no
27. (Unimontes-MG) Uma hidrelétrica possui energia potencial armaze- diagnóstico das doenças é o maior componente do seu custo crescen-
nada na água confinada na represa. Durante seu funcionamento, essa te. Equipamentos de última geração surgem, muitas vezes, antes de o
energia potencial armazenada transforma-se em energia cinética do equipamento anterior ter cumprido seu papel em número de exames
movimento da coluna de água que escorre. De acordo com o desenho realizados. Desse modo, não obstante os enormes benefícios delas
a seguir, a velocidade da água no ponto A, em m/s, é advindos, novas tecnologias resultam, muitas vezes, em procedimen-
Dado: tos de alta complexidade.
• g = 10 m/s2 FONTE: GORENDER, E. F. Novas tecnologias em Medicina e qualidade de
vida. p. 97-104. In: VILARTA, R. et al. (Orgs.). Qualidade de vida e novas
tecnologias. São Paulo: Ipes Editorial, 2007. p. 97-104. (Adaptado).

a) 10 6 . A figura representa uma seringa contendo uma vacina que protege


contra uma doença infecciosa. Considerando-se o medicamento como
b) 10 2 .
um fluido ideal e o escoamento como estacionário durante a injeção
c) 10. dessa vacina, e com base nos conhecimentos de hidrodinâmica, po-
d) 20. de-se afirmar corretamente que a

28. (Bahiana-BA) a) vazão do líquido em A é maior do que em B.


b) pressão hidrodinâmica no ponto A é maior do que no ponto B.
Os avanços tecnológicos são sempre fundamentais ao progresso da
Medicina e, consequentemente, à melhoria da qualidade e expectativa c) velocidade de escoamento em B é maior do que em A.

16 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE 1

d) soma das pressões estática e dinâmica permanece constante du- a) a pressão cinética é maior na região 1.
rante o escoamento do líquido.
b) a vazão é a mesma nas duas regiões.
e) pressão dinâmica em B varia na proporção direta da velocidade de
c) a pressão estática é maior na região 2.
escoamento nesse ponto.
d) a velocidade de escoamento é maior na região 1.
29. (UFG-GO) No sistema circulatório humano, o sangue é levado do co-
e) a pressão em 1 é menor do que a pressão em 2.
ração aos demais órgãos do corpo por vasos sanguíneos de diferentes
características. 31. (UFSM-RS) Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de
secção reta de 100 cm2, passa água com uma vazão de 7 200 litros
por hora. A velocidade de escoamento da água nesse cano, em m/s, é

a) 0,02.
b) 0,2.
c) 2.
d) 20.
e) 200.

32. (Unama-PA) Uma piscina, cujas dimensões são 18 m, 10 m e 2 m, está


vazia. O tempo necessário para enchê-la é 10 h, através de um con-
Na tabela a seguir estão relacionados dois vasos, I e II, com valores duto de seção A = 25 cm2.
médios de algumas de suas características.
A velocidade da água, admitida constante, ao sair do conduto, terá
módulo igual a
Características I II
a) 1 m/s.
Número total de vasos 1 2 x 109
Área total 240 mm2 2 400 cm2 b) 2 km/s.
c) 3 cm/min.
O sangue, que pode ser tratado como um fluido ideal e incompressí-
d) 4 m/s.
vel, possui velocidade média de 30 cm/s no vaso I. O nome do vaso I
e a velocidade média do sangue em cm/s no vaso II são, respectiva- e) 5 km/s.
mente,
33. (PUC-PR) O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do cor-
a) cava e 3,0. po por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bom-
beado, ele é “empurrado” contra a parede dos vasos sanguíneos. Essa
b) aorta e 3,0.
tensão gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial.
c) aorta e 0,03.
d) arteríola e 0,03.
e) arteríola e 300,0.

30. (UFMS) Água escoa em uma tubulação, onde a região 2 situa-se a


uma altura h acima da região 1, conforme figura a seguir. É corre-
to afirmar que

A hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pres-


são arterial para números acima dos valores considerados normais
(120/80 mmHg). Essa elevação anormal pode causar lesões em di-

EMPUXO E HIDRODINÂMICA 17
UNIDADE 1

ferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e


olhos. Quando a pressão arterial é medida, dois números são registra-
dos, tais como 120/80. O maior número, chamado pressão arterial sis-
tólica, é a pressão do sangue nos vasos, quando o coração se contrai,
ou bombeia, para impulsionar o sangue para o resto do corpo. O menor
número, chamado pressão diastólica, é a pressão do sangue nos va-
sos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento (diástole).

Considere o texto para assinalar a alternativa correta.

a) Pode-se afirmar que, no processo de sístole e diástole, a pressão


arterial e o volume de sangue no coração são diretamente pro-
porcionais.
b) O sangue exerce uma força sobre as artérias e as artérias sobre o
sangue; portanto, essas forças se anulam.
c) A diferença de pressão entre dois pontos distantes 10 cm da aor-
ta vale 2,5 Pa, o que significa dizer que é exercida uma força de
2,5 N em 1 cm2.
d) Quando o calibre da artéria fica reduzido, aumenta-se a resistência
à passagem do sangue e, consequentemente, eleva-se a pressão
diastólica (mínima).
e) O valor da pressão sistólica no SI é 1,6 ⋅ 105 Pa.

DESAFIO

1. (Unioeste-PR) Arquimedes recebeu a seguinte incumbência do


rei de Siracusa: descobrir os teores percentuais de ouro e de
prata existentes em uma coroa, sem contudo danificá-la. Arqui-
medes verificou que a coroa pesava 24,0 N no ar e 22,5 N quan-
do totalmente imersa em água. Utilizando: densidade da água =
1,0 ⋅ 103 kg/m3, densidade do ouro = 2,0 ⋅ 104 kg/m3 e densidade
da prata = 1,0 ⋅ 104 kg/m3, obtenha o teor volumétrico percentual
de ouro existente na coroa.

18 EMPUXO E HIDRODINÂMICA
UNIDADE

2
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

INTRODUÇÃO As trajetórias dos planetas denominam-se órbitas, que são elipses


quase circulares, com o centro muito próximo do centro do Sol.
Os antigos físicos acreditavam que os movimentos dos corpos celestes de- 2.ª) Lei das Áreas – O segmento de reta que une o centro do Sol e o de
veriam obedecer a leis próprias, que não poderiam ser aplicadas aos mo- um planeta (raio-vetor) descreve áreas diretamente proporcionais aos
vimentos nas proximidades da superfície terrestre, como a queda livre. Na tempos de percurso.
época, consideravam-se uma mecânica celeste e uma terrestre.
No entanto, as leis de Newton (do movimento e da gravitação) podem ser
aplicadas a todas essas situações, sendo, por isso, leis universais.
∆T1 ∆A1 Sol ∆A2 ∆T2

∆A 1 ∆A 2
=
∆t1 ∆t 2

A gravitação universal explica a mecânica dos corpos celestes

Antes que Isaac Newton enunciasse a Lei da Gravitação Universal,


Johannes Kepler (1571-1630), baseado em observações de seu professor,
Tycho Brahe (1546-1601), enunciou três leis, posteriormente comprovadas
pela Lei de Newton.

LEIS DE KEPLER
1.ª) Lei das Órbitas – As trajetórias descritas pelos planetas são elipses,
nas quais o Sol ocupa um dos focos.
P1
Por meio da Lei das Áreas, é possível demonstrar que o movimento do planeta não é unifor-
P me, mas acelerado quando se aproxima do Sol e retardado quando se afasta

Sol 3.ª) Lei dos Períodos – A razão dos quadrados dos períodos dos mo-
vimentos de dois planetas é igual à razão dos cubos dos semieixos
maiores de suas órbitas.

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 19
UNIDADE 2

T1 Nas aplicações dessa lei, pode-se considerar as órbitas como aproxima-


a1 damente circulares, pois as medidas dos eixos maior e menor são qua-
se iguais (a diferença é de apenas 3,3%) e os focos são muito próximos.
Sol
Nessas condições, os semieixos representam o próprio raio (R) da órbita,
a2
portanto:
T2

T12 a13 T12 R13


= =
T22 a32 T22 R32

Dados sobre os planetas do Sistema Solar


Período de trans-
Período de torração ou
Distância média em rela- lação ou duração Diâmetro Massa em relação
Planeta duração do dia (unidades
ção ao Sol (quilômetros) do ano (unidades (quilômetros) à da Terra
terrestres)
terrestres)
Mercúrio 58 000 000 59,0 dias 88,0 dias 4 800 0,05
Vênus 108 000 000 249,0 dias 224,7 dias 12 200 0,81
Terra 150 000 000 23,9 horas 365,3 dias 12 700 1,00
Marte 230 000 000 24,6 horas 687,0 dias 6 700 0,11
Júpiter 780 000 000 19,8 horas 11,9 anos 143 000 317,8
Saturno 1 440 000 000 10,2 horas 29,5 anos 120 000 95,2
Urano 2 900 000 000 10,8 horas 84,0 anos 48 000 14,5
Netuno 4 500 000 000 15,0 horas 164,8 anos 45 000 17,2

LEI DE NEWTON
A Lei de Newton enuncia que dois corpos materiais atraem-se com uma
força de intensidade diretamente proporcional ao produto de suas mas-
sas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa.

m1 F F m2

Assim, sendo m1 e m2 as massas de duas partículas e d a distância entre A formação das marés é resultado da atração gravitacional da Lua sobre a Terra
elas, a força de atração gravitacional é expressa por:

VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE


m1 ⋅ m2 COM A ALTITUDE m
F = G⋅
d2 F=P
Um ponto material, de massa m, situado a uma h
altura h acima da superfície terrestre, recebe
a atração exercida pela Terra. Tal força vem a
G representa a constante universal de gravitação, cujo valor depende ape- ser o seu próprio peso (ou força da gravidade).
R
nas do sistema de unidades utilizado. No SI, o valor de G é 6,673 ⋅ 10–11
N ⋅ m2 ⋅ kg–2.
M Terra

20 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2

M⋅m diferentes se as latitudes forem diferentes. Por exemplo, no Rio de Janeiro


Assim: F = G ⋅ , em que M e R representam, respectivamente, a gravidade é menor do que em Paranaguá. Quanto mais próximo do polo
(R + h)2
a massa e o raio da Terra. Mas F = P = m ⋅ g, sendo g a aceleração estiver o local, maior será a gravidade.
local da gravidade. Igualando os segundos membros dessas equações: Tal fato se explica pelo achatamento da Terra (na linha do Equador, um
M⋅m G ⋅M corpo estará mais afastado do centro da Terra do que nos polos) e pelo
m⋅g = G⋅ ⇒g= , mostrando-se assim que a acelera-
(R + h)2
(R + h)2 movimento de rotação que a Terra realiza em torno do eixo polar. Pode-se
ção da gravidade decresce quando aumenta a altitude e não depende da demonstrar que gE = gP – ω2 · r, sendo ω a velocidade angular da Terra e
massa do ponto material. r a distância ao eixo polar.
Nas cidades mais altas, a aceleração da gravidade é menor do que nas ci-
dades ao nível do mar. Em quedas de grandes alturas (se comparadas ao VELOCIDADE DE UM SATÉLITE
raio da Terra), a aceleração da gravidade varia e o movimento deixa de ser
uniformemente variado. No entanto, para pequenas alturas considera-se Considere um satélite de massa m realizando órbita circular de raio r em
g como constante. torno de um planeta de massa M. A força gravitacional exercida pelo pla-
Na superfície da Terra tem-se h = 0. Denominando g0 a aceleração da gra- neta sobre o satélite é a força centrípeta que o mantém em órbita.
vidade na superfície, a equação anterior se escreve da seguinte maneira: v

m
F
G ⋅M
g0 = ou G ⋅ M = g0 ⋅ R2
R2 r

G ⋅M g0 ⋅ R2 M
A equação g = fica g =
(R + h)2 (R + h)2

2
 R  m⋅ v2 M⋅m G ⋅M
g = g0 ⋅ 
 R + h  Fcentrípeta = Fgravitacional ⇒
r
= G 2 ⇒ v2 =
r r
Logo:
Observação: Ao se denominar d a distância de um ponto ao centro da
G ⋅M G ⋅M
Terra, escreve-se g = 2 . Conclui-se, dessa forma, que quanto mais v=
d r
próximo o ponto estiver do centro da Terra, maior deverá ser o valor da
aceleração da gravidade. Observe, no entanto, que esta análise se faz para
d ≥ R. Para d < R (ponto no interior da Terra), a intensidade do campo gra- Nota-se que quanto maior for o raio r da órbita, menor será a velocidade do
vitacional varia linearmente sendo nula no centro do planeta. satélite e que a velocidade independe da massa do satélite.
g
go
VELOCIDADE DE ESCAPE
Pode-se demonstrar que a mínima velocidade com que se deve lançar um
go/4 corpo da superfície terrestre para ele abandonar o campo gravitacional (ve-
go/6 locidade de escape) é dada por:
0 r 2r 3r d

v esc = 2 ⋅ g0 ⋅ R

VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE


COM A LATITUDE Nessa equação, R é o raio do planeta e g0 é a aceleração da gravidade
na superfície. Assim, ao se considerar o raio da Terra como 64 ⋅ 105 m e
A aceleração da gravidade nos polos é maior do que no Equador: g0 = 9,81 m/s2, obtém-se v esc = 2 ⋅ 9,81⋅ 64 ⋅ 105 = 11 206 m/s ou,
gP > gE. Assim se explica por que cidades de mesma altitude têm gravidades aproximadamente, 11 km/s.

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 21
UNIDADE 2

Observação: Para se deduzir a expressão da velocidade de escape, supõe-se que a energia mecânica total é constante e que a energia potencial do
G ⋅M⋅m
sistema corpo-planeta é expressa por Ep = − , em que d é a distância do corpo ao centro da Terra.
d

SAIBA MAIS
CONFIRMANDO A TEORIA
Satélites artificiais (aqueles lançados pelo homem) orbitam a Terra
para transmitir sinais de telecomunicações, permitir a localização
pelo GPS, entre outras utilidades. Alguns apresentam a caracterís- 1. (CEPBJ-PR) Sabendo que a massa e o raio da Terra valem
tica de ser geoestacionários. Levam esse nome porque permanecem M = 6,0 ⋅ 1024 kg e R = 6,4 ⋅ 106 m e sendo conhecida a cons-
sempre sobre a mesma cidade, em região próxima à do Equador. tante universal da gravitação G = 6,7 ⋅ 10–11 Nm2/kg2, calcule a
que altura, em relação à superfície terrestre, deve-se situar um
Para que isso seja possível, devem girar com o mesmo período do satélite geoestacionário.
movimento de rotação da Terra, o que requer que a altitude que
ocupam seja bem calculada.
Satélites de pequena altitude completam a volta em menos de um
dia e aqueles mais afastados tem período maior do que o da rotação
do nosso planeta.

22 300 milhas
36 000 quilômetros

Órbita geoestacionária

Para se manter em órbita equatorial com velocidade angular igual à da Terra,


o satélite deve orbitar à altitude de 36 000 km aproximadamente

O exercício a seguir mostra como pode ser calculada a altitude exata


de um satélite artificial para que este seja geoestacionário.

22 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2

EXERCÍCIOS DE SALA

1. (CEPBJ-PR) Um planeta descreve órbita aproximadamente circular em 4. (CEPBJ-PR) Considerando que a massa e o raio da Terra sejam, res-
torno do Sol com raio igual ao quádruplo do raio da trajetória descri- pectivamente, dez e duas vezes maiores do que a massa e o raio de
ta pela Terra. Em quantos anos tal planeta completará uma volta ao Marte e tomando a aceleração da gravidade na superfície terrestre co-
redor do Sol? mo 10 m/s2, calcule a aceleração da gravidade superficial em Marte.

2. (CEPBJ-PR) Duas esferas de massas m1 e m2, tais que m1 = 16 m2, têm 5. (CEPBJ-PR) Um satélite artificial descreve órbita circular de altura
seus centros separados pela distância de 100 km. A que distância do igual ao raio da Terra. Considerando a aceleração da gravidade na su-
centro da esfera de massa m1 um corpo colocado entre as duas esfe- perfície da Terra igual a 10 m/s2, calcule a velocidade do satélite.
ras será igualmente atraído por ambas?
Dado:
• Raio da Terra = 6 400 km.

3. (CEPBJ-PR) Considerando a aceleração da gravidade na superfície ter- 6. (CEPBJ-PR) Dois planetas A e B, esféricos e homogêneos, têm raios
restre igual a 10 m/s2, determine a aceleração da gravidade a uma tais que RA = RB/3. Sendo iguais as suas densidades, calcule a relação
altitude igual ao raio terrestre. gA/gB entre as acelerações superficiais da gravidade.

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 23
UNIDADE 2

EXERCÍCIOS DE CASA

1. (Mackenzie-SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de revo- Raio orbital Massa
lução de 32 dias e de 256 dias, respectivamente. Se o raio da órbita Satélite (105 km) (1022 kg)
do primeiro satélite vale 1 unidade, então o raio da órbita do segun-
Io 4 9
do valerá
Europa 6 5
a) 4 unidades. Ganimedes 10 15
b) 8 unidades. Calisto 20 11

c) 16 unidades. Supondo que as órbitas desses satélites ao redor de Júpiter sejam cir-
d) 64 unidades. culares, e com base nas informações da tabela, assinale a alternativa
correta. (Os valores da tabela foram arredondados por conveniência).
e) 128 unidades.
a) A força de atração entre Júpiter e Ganimedes é maior do que en-
2. (UFRGS-RS) O módulo da força de atração gravitacional entre duas pe- tre Júpiter e Io.
quenas esferas de massa m, iguais, cujos centros estão separados por b) Quanto maior a massa de um satélite, maior será o seu período
uma distância d, é F. Substituindo-se uma das esferas por outra de orbital.
massa 2 m e reduzindo-se a separação entre os centros das esferas
para d/2, resulta uma força gravitacional de módulo c) A circunferência descrita pelo satélite Calisto é quatro vezes maior
que a circunferência descrita pelo satélite Europa.
a) F.
d) A maior velocidade angular é a do satélite Calisto, por possuir
b) 2 F. maior período orbital.

c) 4 F. e) O período orbital de Europa é aproximadamente o dobro do perío-


do orbital de Io.
d) 8 F.
5. (UFPR) Os astrônomos têm anunciado com frequência a descoberta de
e) 16 F. novos sistemas planetários. Observações preliminares em um desses
sistemas constataram a existência de um planeta com massa 40 ve-
3. (Ufpi) A aceleração da gravidade em um ponto situado à altura de um zes maior que a massa da Terra e com diâmetro 4 vezes maior que o
raio terrestre acima da superfície da Terra, onde a aceleração gravi- da Terra. Sabendo que o peso de uma pessoa é igual à força gravita-
tacional é g0, é cional exercida sobre ela, determine o valor da aceleração da gravida-
g0 de a que uma pessoa estaria sujeita na superfície desse planeta, em
a) .
4 m/s2.
b) g0 . Dado:
2 • a aceleração da gravidade na superfície da Terra é 10 m/s2.
c) g0.

d) 2 g0.

e) 4 g0.

4. (UFPR) Neste ano, comemoram-se os 400 anos das primeiras des-


cobertas astronômicas com a utilização de um telescópio, realizadas
pelo cientista italiano Galileu Galilei. Além de revelar ao mundo que a
Lua tem montanhas e crateras e que o Sol possui manchas, ele tam- 6. (UFPR) Suponha que a Terra tivesse uma aceleração da gravidade com
bém foi o primeiro a apontar um telescópio para o planeta Júpiter e valor igual à metade do atual, e que seu raio também tivesse metade
observar os seus quatro maiores satélites, posteriormente denomina- de seu valor atual. Se M é a massa atual da Terra, qual seria a massa
dos de Io, Europa, Ganimedes e Calisto. dessa Terra hipotética?

24 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2

M 10. (Vunesp) Um satélite artificial descreve uma órbita circular de raio r,


a) . com velocidade escalar constante v, em torno de um planeta de mas-
8
sa M. Designando por G a constante de gravitação universal, a massa
M
b) . do planeta pode ser dada por
4
M a) M = v/r2G2.
c) .
2 b) M = v2r2G2.
d) 2M. c) M = v/rG.
e) 4M. d) M = v2r/G.
e) M = vr2/G.
7. (UFPR) A descoberta de planetas extrassolares tem sido anunciada,
com certa frequência, pelos meios de comunicação. Em uma dessas 11. (UFPR) Dois satélites, denominados de SA e SB, estão orbitando um
descobertas, o planeta em questão foi estimado como tendo o triplo planeta P. Os dois satélites são esféricos e possuem tamanhos e mas-
da massa e o dobro do diâmetro da Terra. Considerando a acelera- sas iguais. O satélite SB possui uma órbita perfeitamente circular e o
ção da gravidade na superfície da Terra como g, assinale a alternati- satélite SA uma órbita elíptica, conforme mostra a figura.
va correta para a aceleração na superfície do planeta em termos da
g da Terra.

a) 1/2 g.

b) 3/4 g.

c) 4/3 g.

d) 2 g.
Com relação ao movimento desses dois satélites, ao longo de suas
e) 3 g. respectivas órbitas, considere as seguintes afirmativas:

8. (CEPBJ-PR) Seja d a distância entre a Terra e a Lua. Supondo a mas- 1. O s módulos da força gravitacional entre o satélite SA e o planeta
sa da Terra 81 vezes maior do que a massa da Lua, a que distância do P e entre o satélite SB e o planeta P são constantes.
centro da Terra um corpo situado entre a Terra e a Lua será igualmente 2. A energia potencial gravitacional entre o satélite SA e o satélite SB
atraído pelos dois astros? é variável.
a) 0,1 d. 3. A energia cinética e a velocidade angular são constantes para
ambos os satélites.
b) 0,5 d.
Assinale a alternativa correta.
c) 0,6 d.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
d) 0,7 d.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
e) 0,9 d.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
9. (Fuvest-SP) A razão entre as massas de um planeta e de um satélite é d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
81. Um foguete está a uma distância R do planeta e a uma distância r e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
do satélite. Qual deve ser o valor da razão R para que as duas forças
r 12. (AFA-SP) A respeito de um satélite artificial estacionário em órbita so-
de atração sobre o foguete se equilibrem?
bre um ponto do equador terrestre, afirma-se que
a) 1.
I. a força que a Terra exerce sobre ele é a resultante centrípeta ne-
b) 3. cessária para mantê-lo em órbita.
c) 9. II. o seu período de translação é 24 horas.
d) 27. III. os objetos soltos em seu interior ficam flutuando devido à ausên-
e) 81. cia da gravidade.

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 25
UNIDADE 2

Está(ão) correta(s) (01) O satélite sofre a ação da força gravitacional exercida pela Terra,
Mm
a) apenas I. de módulo igual a FG = G 2 , onde G é a constante de gravita-
R
b) apenas II e III. ção universal e M é a massa da Terra.

c) apenas I e II. (02) Para um observador na Terra, o satélite não possui aceleração.
d) I, II e III.
(04) A força centrípeta sobre o satélite é igual à força gravitacional
que a Terra exerce sobre ele.
13. (UFPR) As leis sobre o movimento dos planetas, que transformaram
a compreensão do sistema solar, e a crença de que o Universo obe- (08) A força exercida pelo satélite sobre a Terra tem intensidade me-
dece a leis exatas e simples foram os legados deixados por Kepler e nor do que aquela que a Terra exerce sobre o satélite; tanto
Newton. Considere as seguintes afirmativas sobre a força de atração assim que é o satélite que orbita em torno da Terra e não o
gravitacional e o movimento de satélites. contrário.
I. A constante gravitacional universal no SI pode ser expressa em
m3 s–2 kg–1. (16) A aceleração resultante sobre o satélite independe da sua massa
M
II. A força resultante sobre um satélite geoestacionário é nula. e é igual a G 2 , onde G é a constante de gravitação universal e
R
III. Usando os dados de um satélite que se encontra em uma órbita de M é a massa da Terra.
raio aproximadamente igual a seis vezes o raio da Terra, é possível
(32) A aceleração resultante sobre o satélite tem a mesma direção e
obter o período de um outro satélite artificial que se encontra em
sentido da força gravitacional que atua sobre ele.
uma órbita de raio igual a duas vezes o raio da Terra.
IV. Um satélite artificial encontra-se em uma órbita de raio igual a Total:
três vezes o raio da Terra. A aceleração da gravidade na posição
onde se encontra o satélite é menor que a aceleração na super- 15. (UEL-PR) Um satélite artificial gira ao redor de Marte em órbita circular
fície da Terra. de raio R. Com relação ao movimento do satélite, é correto afirmar que
Assinale a alternativa correta.
a) o período é inversamente proporcional ao quadrado do raio da
órbita.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) o período independe da massa de Marte.
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
c) a aceleração centrípeta do satélite é nula.
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) se o satélite mudar para uma órbita de raio 4R a sua velocidade
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
duplica.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
e) a velocidade independe da massa do satélite.
14. (Ufsc) Um satélite artificial, de massa m, descreve uma órbita circular
→ 16. (CEPBJ-PR) Três esferas (A, B e C) estão fixas em uma haste, como
de raio R em torno da Terra, com velocidade orbital v de valor cons-
se representa na figura a seguir. A esfera B é equidistante de A e C. O
tante, conforme representado esquematicamente na figura. Despre-
módulo da força de atração gravitacional entre A e B é igual a F. Qual
zam-se interações da Terra e do satélite com outros corpos.
é o módulo da resultante das forças de atração gravitacional que A e B
exercem sobre C? (As massas das três esferas são iguais.)

A B C

F F

 5
a)  4  F .
Considerando a Terra como referencial na situação descrita, assinale
a(s) proposição(ões) correta(s).  4
b)  5  F .

26 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
UNIDADE 2

19. (PUC-PR) Para cálculos, considera-se a aceleração da gravidade na


c) 2F. superfície da Terra como sendo 10 m/s². Esse valor depende do raio
F e da massa do planeta. Qual deverá ser a aceleração da gravidade de
d) .
2 um planeta que tenha a massa igual a 6 vezes a massa da Terra e o
 2 raio igual a 2 vezes a do nosso planeta?
e)  3  F .
a) 60 m/s².
b) 30 m/s².
17. (UFPR) Considerando as leis e conceitos da gravitação, é correto
afirmar: c) 15 m/s².
d) 12 m/s².
(01) No SI, a unidade da constante de gravitação universal G pode ser
e) 8 m/s².
N ⋅ m3/kg.

(02) De acordo com as leis de Kepler, os planetas descrevem órbitas


ENEM
elípticas em torno do Sol, sendo que o Sol ocupa um dos focos
da elipse. 20. A tabela a seguir resume alguns dados importantes sobre os sa-
télites de Júpiter.
(04) As forças gravitacionais da Terra sobre a Lua e da Lua sobre a
Terra têm módulos diferentes. Distância Período
média ao
Diâmetro orbital
(08) Dois satélites artificiais de massas diferentes, descrevendo órbi- Nome centro de
(km) (dias
Júpiter
tas circulares de mesmo raio em torno da Terra, têm velocidades terrestres)
(km)
escalares iguais.
Io 3 642 421 800 1,8
(16) Sabendo que a lei das áreas de Kepler estabelece que a reta que Europa 3 138 670 900 3,6
liga um planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais, con- Ganimedes 5 262 1 070 000 7,2
clui-se que quando o planeta está próximo do Sol ele move-se
Calisto 4 800 1 880 000 16,7
mais rapidamente do que quando está mais afastado.
Ao observar os satélites de Júpiter pela primeira vez, Galileu
(32) A aceleração da gravidade na superfície de um planeta de massa Galilei fez diversas anotações e tirou importantes conclusões
M e raio R é dada por GM/R2. sobre a estrutura de nosso universo. A figura a seguir reproduz
Total: uma anotação de Galileu referente a Júpiter e seus satélites.

18. (UFPR) De acordo com a Lei da Gravitação Universal e as leis de


Kepler, é correto afirmar:

(01) A unidade da constante gravitacional G pode ser expressa, no De acordo com essa representação e com os dados da tabela,
Sistema Internacional, como m3/(s2 ⋅ kg). os pontos indicados por 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectiva-
mente, a
(02) Um satélite geoestacionário mantém constante a sua posição
a) Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
relativa em relação à Terra.
b) Ganimedes, Io, Europa e Calisto.
(04) A força resultante sobre a Lua é nula.
c) Europa, Calisto, Ganimedes e Io.
(08) A velocidade de translação da Terra em torno do Sol independe d) Calisto, Ganimedes, Io e Europa.
da posição relativa entre ambos.
e) Calisto, Io, Europa e Ganimedes.
(16) Usando os dados de um planeta cuja órbita em torno de uma
21. O texto foi extraído da peça Tróilo e Créssida de William
estrela é conhecida, é possível encontrar o período de um outro
Shakespeare, escrita, provavelmente, em 1601.
planeta que se encontre em uma órbita de raio diferente.
“Os próprios céus, os planetas, e este centro
Total: reconhecem graus, prioridade, classe,

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 27
UNIDADE 2

23. (UFPR) Dois satélites artificiais A e B movimentam-se em órbitas cir-


culares ao redor da Terra. Sabe-se que o satélite B está quatro vezes
constância, marcha, distância, estação, forma, mais longe do centro da Terra do que o satélite A e que o período de
função e regularidade, sempre iguais; revolução do satélite A é de 30 dias. Com esses dados, determine o
eis porque o glorioso astro Sol período de revolução do satélite B.
está em nobre eminência entronizado
e centralizado no meio dos outros,
e o seu olhar benfazejo corrige
os maus aspectos dos planetas malfazejos,
e, qual rei que comanda, ordena
sem entraves aos bons e aos maus.”

(personagem Ulysses, Ato I, cena III).


SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida: Porto: Lello & Irmão, 1948.

A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se apro- DESAFIO


xima da Teoria

a) Geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. 1. (Osec-SP) Um satélite artificial descreve uma órbita circular em
2R
b) da Reflexão da Luz do árabe Alhazen. torno da Terra com período T = 4 π , em que R é o raio da
5
c) Heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. Terra e g a aceleração da gravidade na superfície terrestre. A que
d) da Rotação Terrestre do italiano Galileu Galilei. altura acima da superfície se encontra o satélite?

e) da Gravitação Universal do inglês Isaac Newton. a) R.


R
b) .
2
22. (UFPR) Sabemos que em nosso universo a força gravitacional entre c) 2R.
uma estrela de massa M e um planeta de massa m varia com o inver- d) R 2 .
so do quadrado da distância R entre eles. Considere a hipótese em que
a força gravitacional variasse com o inverso do cubo da distância R e e) R 3.
que os planetas descrevessem órbitas circulares em torno da estrela.
2. (ITA-SP) Um foguete, lançado verticalmente da superfície da
a) Deduza, para esse caso hipotético, uma equação literal análoga à Terra, atinge uma altitude máxima igual a três vezes o raio R
Terceira Lei de Kepler. da Terra. Desprezando a resistência do ar, calcular a velocidade
inicial de foguete. Onde M é a massa da Terra e G a constante
gravitacional.

3GM 2GM GM
a) v = . c) v = . e) v = .
2R 3R R
4GM 3GM
b) v = . d) v = .
3R 4R
b) Utilizando a resposta do item (a) e considerando dois planetas
orbitando essa estrela, um deles com órbita de raio R1 e o outro
com órbita de raio R2 = 2 R1, determine a razão entre os períodos
de suas órbitas.

Note e adote
• Para grandes altitudes, a energia potencial de um corpo
de massa m, relativamente ao centro da Terra, é dada
por Ep = –G ⋅ M ⋅ m/d, sendo M a massa da Terra e d a
distância do corpo ao centro da Terra.

28 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
FÍSICA

GABARITO

EMPUXO E HIDRODINÂMICA b) Foi considerado o Teorema de Arquimedes.

1. b 23. 0,45 m

2. c 24. e

3. b 25. d

4. d 26. a

5. d 27. d

6. d 28. d

7. b 29. c

8. 50 30. b

9. b 31. c

10. e 32. d

11. c 33. d

12. c GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

13. d 1. a

14. d 2. d

15. b 3. a

16. b 4. e

17. 70 5. 25

18. 18 6. a

19. b 7. b

20. d 8. e

21. e 9. c

22. 10. d
a) 2 ⋅ 103 kg/m3
11. b

GABARITO 29
FÍSICA

12. c 19. c

13. e 20. b

14. 53 (01 + 04 + 16 + 32) 21. c

15. e 22.
T1 R12
a) =
16. a T2 R22
T1 1
17. 58 (02 + 08 + 16 + 32) b) =
T2 4
18. 19 (01 + 02 + 16) 23. 240 dias.

30 GABARITO

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