Você está na página 1de 2

1) Argumente com razões por que gosta/concorda ou não gosta/não

concorda com dois dos três textos que seguem

Contigo aprendi coisas tão simples como


a forma de convívio com o meu cabelo ralo
e a diversa cor que há nos olhos das pessoas
Só tu me acompanhaste súbitos momentos
quando tudo ruía ao meu redor
e me sentia só e no cabo do mundo
Contigo fui cruel no dia a dia
mais que mulher tu és já a minha única viúva
Não posso dar-te mais do que te dou
este molhado olhar de homem que morre
e se comove ao ver-te assim presente tão subitamente 
Ruy Belo
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa


Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti — não me respondes.


Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!

Miguel Torga, in 'Diário IV'

“Deitámo-nos ao mar por não saber o que fazer em terra” (p. 148) é uma das
frases mais fortes de Eduardo Lourenço, ao defender que as colónias surgem
como uma forma de compensar Portugal “pela sua pequeneza ou como um
meio de a tornar invisível” (p. 152). Ao desbravar a encruzilhada da consciência
portuguesa atual, é-nos revelado como a herança colonial portuguesa, que
iniciou o seu percurso há mais de 500 anos, continua por resolver enquanto
questão decisiva da identidade portuguesa. Perante tão pesada herança, na
qual a Guerra Colonial e os “retornados” avultam como espectros, o autor
alerta ser essencial acabar com o “psicodrama de raiz africanista em que todos
participámos ou participamos para exorcizar os demónios de uma aventura
histórica mal terminada com aparência de bem terminada ou vice-versa” (p.
186).
A ortografia não será o mais importante num texto. Mas pode prejudicar muita
gente… Por isso pratique-a nos exercícios seguintes
2) Na frase seguinte use “à” ou “há”.
…dias fui… Faculdade
3) Use “fala-se” ou “falasse” na frase seguinte:
…. muito de futebol, melhor seria que se …. de democracia
4) Use “houve” ou “ouve” na frase seguinte:
Não … uma pessoa que gritasse: não se…

Reveja com cuidado tudo o que escreveu


Abraço
JDuarte

Você também pode gostar