Você está na página 1de 9

A Revolução Francesa: dos

antecedentes da Revolução ao
Triunfo da Revolução Burguesa
Análise e interpretação de documentos

Escola Secundária José Gomes Ferreira


Ano letivo 2022/2023

Disciplina de História A
Professora Graça Moura
Trabalho realizado por:
- Joana Canhão Nº12 11º8ª
Introdução:

O presente trabalho, no âmbito da disciplina de História A visa abordar a


interpretação e análise de diversos documentos, partindo de conhecimentos
adquiridos.

O objetivo deste trabalho é explicar as diferentes etapas da Revolução


Francesa, começando com os seus antecedentes e acabando com o triunfo da
Revolução Burguesa.

Introduzindo o tema, a Revolução Francesa iniciou-se em 1774 com a subida


ao trono de Luís XVI, como monarca de direito divino. O seu reinado foi definido por
uma crise económica entre 1785 e 1789.

Decorrente desta crise resultaram violentas condições meteorológicas, o que


originou a perda de colheitas, a subida dos preços e a fome.
Figura 1- Luís XIV e Maria Antonieta. Caricatura 1970. A rainha é representada
com corpo de hiena, penas de avestruz e serpentes que lhe saem da cabeça.

Na Figura 1 estão representados Luís XVI e Maria Antonieta numa caricatura


de 1970.

Ambos são representados como um monstro de duas cabeças. Luís XIV com
cascos e chifres associados aos vários rumores, que Maria Antonieta não era fiel e
tinha vários amantes.

A rainha Maria Antonieta é representada no corpo de uma hiena, com penas de


avestruz e com a cabeça coroada de cobras, que acaba por fazer alusão com a sua
herança austríaca.

Ambos foram culpados de terem abandonado a Revolução.

Documento 1- O Testemunho de um inglês, c.1778

No testemunho, Arthur Young refere que ocorreu uma inflação em França após
uma crise económica, devido ao dinheiro que foi desviado para intervenções militares.

Verificou-se uma grande crise a nível da agricultura, proveniente do aumento


dos preços de vários alimentos, nomeadamente o preço do pão “5 soldos a libra para
o pão branco e 3,5 ou 4 soldos para o pão vulgar que é o alimento dos pobres”.

Resultado destes problemas, deu-se o aumento da fome, onde as pessoas


recorreram à violência e à intervenção das tropas nos mercados, comprovando
através de dois excertos “(…) é necessário recorrer às tropas para conservar a paz
nos mercados” e “das injúrias passa-se às agressões”.

Figura 2- Benjamin Franklin perante Luís XIV, em 1778. Gravura de 1903

Na figura 2, podemos ver Benjamin Franklin a fazer uma vénia perante Luís
XIV, no grandioso palácio de Versalhes.
No ano de 1788, realizou-se uma reunião de privilégios, onde pretendia acabar
com os gastos do clero e da nobreza, logo, estavam presentes sobre uma conjuntura
financeira. Luís XIV não podia ser visto com americanos até que a França
reconhecesse a independência dos Estados Unidos.

A execução desta gravura foi feita depois do reconhecimento da independência


americana, visto que o rei recebeu a delegação do seu país.

Documento 2- Reação dos privilegiados à Tentativa da Reforma de Turgot

Com a tentativa da reforma implementada por Turgot ocorreram diversas


reações, nomeadamente dos privilegiados.

A Nobreza (segundo estado) e o Terceiro Estado tiveram uma reação de


negação, visto que, para eles não fazia sentido a distinção entre as três ordens
sociais, querendo fazer com que todos pagassem impostos verificando com esta
passagem “Quais não seriam, portanto, os perigos de um projeto produzido por um
sistema inadmissível de igualdade, cujo primeiro efeito é confundir todas as ordens do
Estado impondo-lhes o jogo uniforme do imposto territorial”.

Também referem que se destruíssem as distinções, iria levar a uma grande


desordem, dito nesta passagem “(…) destruir as distinções necessárias, bem
depressa traria a desordem, consequência inevitável da igualdade absoluta (..)”.

Documento 3- Caderno de queixas do Terceiro Estado de Scaer (4 de abril de


1789)

Neste caderno de queixas, está presente a ordem social do Terceiro Estado a


contestar a razão para existir necessidade de igualdade entre as diferentes ordens.

Primeiramente, refere que as três ordens devem pagar os impostos, sem


qualquer distinção, em proporção com a sua riqueza “Que os impostos (…) de
qualquer natureza, como as corveias das grandes estradas (…). Sejam pagos
igualmente pelas três ordens, em proporção da sua fortuna (…)”.

Também relata que todos merecem ter um número de representantes igual ao


das ordens superiores, como o clero e a nobreza “Que o terceiro estado tenha um
número de representantes igual aos dos representantes da nobreza e do clero juntos,
e que os votos em todas as ocasiões sejam contados por cabeça (…).

Aborda também que o Terceiro Estado diz que qualquer lei que os suprima em
comparação com as outras ordens sociais, tanto em benefícios, como em privilégios,
seja de forma suspendida “Que qualquer lei que exclua os membros do terceiro estado
(…) do Estado seja suprimida”.

Por último, faz alusão ao facto dos camponeses serem sobrecarregados nas
atividades da agricultura, do comércio e da indústria “Que a agricultura e o comércio e
a indústria sejam encorajados (…) que os camponeses não sejam mais
sobrecarregados pelas corveias feudais (…).”

Figura 3- Juramento da Sala do Jogo da Pela. Quadro feito a partir do esboço de


Jacques-Louis David, em 1789.

Na figura 3, está presente um quadro que faz referência ao Juramento da Sala


do Jogo da Pela.
Bibliografia/webgrafia

Você também pode gostar