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BA
A
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MA
3A
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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CINZA
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ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
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ATENÇÃO:
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escolhida
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2.
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STA
3.
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6.
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8.
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30 minutos
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30/04/2022
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AM
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E
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Questão 03
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SUAS TECNOLOGIAS Tennessee Mountain Properties
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Description
Questões de 01 a 45
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Own a renovated house for less than $290 per month!!!!!!!!
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
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New windows, siding, flooring (laminate throughout and
Questão 01
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tile in entry way and bathroom), kitchen cabinets, counter
Hygiene was almost unheard of in Europe during the top, back door, fresh paint and laundry on main floor. Heat
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Middle Ages. Consequently, millions of people died during bills are very low due to a good solid house and an energy
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various epidemics that raged throughout Europe. The efficient furnace.
12
worst outbreak of plague, called the Black Death, struck Disponível em: www.freerealestaeads.net.
A
between the years 1347 and 1351. The populations of Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado).
ST
thousands of villages were wiped out. In fact, it is thought
TI
that about one-third of all the people in Europe perished Em jornais, há diversos anúncios que servem aos leitores.
BA
during the Black Death. O conteúdo do anúncio veiculado por este texto interessa-
(Gear, Jolene & Gear, Robert – Cambridge Preparation for rá a alguém que esteja procurando
A
the TOEFL Test – 2002 – Cambridge University Press – UK)
ND
A trabalho na região das montanhas do Tennessee.
B uma moradia nova.
MA
Historicamente, os modos de higiene e cuidado com o
C uma casa em que se pague 290 dólares em aluguel
corpo frequentemente mudaram. De acordo com o texto,
3A
os hábitos de higiene na Idade Média semanal.
D uma habitação que receba assistência gratuita para
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A causaram inúmeras mortes em vilarejos, por não se possíveis danos.
84
lavar os alimentos antes do consumo. E uma casa que tenha um sistema de energia solar.
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B tiveram como resultado o surgimento da peste negra,
34
que levou ao óbito cerca de um quinto da população Questão 04
europeia no período. 12
C implicaram em inúmeras epidemias, dentre elas a de
READING SOCIAL
GRUMPY SCREEN!!!
FINE
D incluíam diversos hábitos de cuidado diário com a or-
TI
GoComics.com
com gatos e ratos.
A
ND
“There probably was a shortage of not just respect and por ter o reflexo do sol na tela de seu computador.
boundaries but also love. But you do need, when they
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love” as he vows to “get to grips” with the country’s problem no campo para fazer uso livre do computador.
S
families.
TI
BA
escolha.
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vamente.
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que preferir.
TI
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AN
A
Questão 05
ND
Masters Of War (opção espanhol)
MA
Come you masters of war Questão 01
3A
You that build the big guns
Los supervivientes de una patera cuentan que los
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You that build the death planes
cuerpos de 25 migrantes fueron arrojados por la borda
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You that build all the bombs
La policía detiene a los patrones de la embarcación, que
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You that hide behind walls
You that hide behind desks llegó el domingo a la isla de El Hierro tras una travesía de
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I just want you to know ocho días desde Mauritania
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I can see through your masks La ruta canaria vuelve a cobrarse, en apenas unos días,
A
decenas de víctimas anónimas. La Policía Nacional ha co-
ST
You that never done nothin'
municado este jueves la detención de los tres presuntos
TI
But build to destroy patrones de una patera que arribó al muelle de La Restin-
BA
You play with my world ga (El Hierro) el domingo con 48 personas a bordo, entre
Like it's your little toy
A
ellas mujeres y niños. Uno de los migrantes, aparente-
ND
You put a gun in my hand mente menor de edad, llegó cadáver; y otros cinco, dos de
And you hide from my eyes ellos menores, tuvieron que ser hospitalizados. El drama
MA
And you turn and run farther humano vivido a bordo durante los ocho días de travesía,
3A
When the fast bullets fly sin embargo, fue mucho mayor: según el testimonio de
los supervivientes, 25 personas murieron y sus cuerpos
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Like Judas of old fueron arrojados por la borda.
84
You lie and deceive
Los migrantes relataron a la Policía las duras condiciones
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A world war can be won
que habían sufrido durante la travesía. Contaron que fue-
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You want me to believe
ron unas 75 personas las que salieron desde Mauritania
But I see through your eyes 12
(la nota de la Policía recogía que la embarcación había
And I see through your brain
A
partido desde Nuakchot la madrugada del 19 de marzo)
ST
Like I see through the water y que, como suele ser habitual, el suministro de agua se
TI
That runs down my drain agotó en cuestión de días, lo que llevó a algunos de los
BA
You fasten the triggers migrantes a beber agua salada. Los víveres disponibles a
bordo se limitaban a galletas.
A
As young people's blood De acordo com o texto, das pessoas encontradas na em-
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And is buried in the mud A quarenta e oito foram presas por migração ilegal.
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Bob Dylan Disponível em: https://www. B metade fugiu da polícia após chegarem à ilha de El
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letras.mus.br/bob-dylan/68476/ Hierro.
C um menor de idade foi encontrado morto e outros dois
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mesmo soando aprazíveis, carregam grande profundida- D todas retornaram à Mauritânia após oito dias na ilha de
de semântica. A canção acima afirma que os "mestres da
S
El Hierro.
TI
E são um empecilho para a paz mundial, por aparecerem produce dolor. Sin embargo, si se ocluye la irrigación en
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a todo momento defendendo conflitos na mídia. un músculo, las contracciones pronto causan dolor. Este
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ND
muscular é
Los animales
MA
A a ausência da pratica de atividades de alongamento.
B a obstrução sanguínea quando o músculo se encontra En la Unión Europea desde el 1º de octubre de 2004 el
3A
imóvel. uso de un pasaporte es obligatorio para los animales que
viajan con su dueño en cualquier compañía.
79
C a obstrução da circulação sanguínea durante contra-
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ções musculares. AVISO ESPECIAL: en España los animales deben haber
D a interrupção repentina do flexionamento muscular.
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sido vacunados contra la rabia antes de su dueño solicitar
E o flexionamento muscular ininterrupto. la documentación. Consultar a un veterinario.
34
12
Disponível em: http://www.agencedelattre.
Questão 03 com. Acesso em: 2 maio 2009 (adaptado).
A
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¿Qué es la demencia vascular y en De acordo com as informações sobre aeroportos e es-
qué se diferencia del alzhéimer?
TI
tações ferroviárias na Europa, uma pessoa que more na
BA
Redacción BBC News Mundo 28 marzo 2022 Espanha e queira viajar para a Alemanha com o seu ca-
chorro deve
Aunque muchas veces es difícil diferenciar una condición
A
ND
de otradado que los síntomas de la demencia vascular A vacinar o cão contra raiva e solicitar o passaporte es-
varían enormemente y algunos como las fallas en la me- pecífico do mesmo.
MA
moria, el razonamiento y el pensamiento son comunes de B ter a data da vacinação contra a raiva expressa no pró-
3A
los dos males, Moreno González explica que las causas prio passaporte.
de ambas son distintas. C passar em consulta com o veterinário sugerido pelo
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aeroporto.
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Mientras que el origen de la demencia vascular está vin- D ter a documentação de seu cachorro associada ao pró-
culado al daño vascular, "se sabe que la principal causa
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prio passaporte.
del alzhéimer es la acumulación de unas proteínas tóxicas
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E ter todas as vacinas do cão em dia.
que se generan en el cerebro, y que van a dañar directa o
indirectamente a las neuronas, y finalmente, van a provo-
12
Questão 05
A
car su muerte", dice la experta.
ST
Pero además, tienden a progresar de forma diferente. Emotivo encuentro en la universidad pública
TI
BA
"El alzhéimer suele ser una enfermedad que es lentamen- El entonces mandatario uruguayo recibió el cariño de sus
te progresiva, como imaginarse un camino cuesta abajo compatriotas residentes en Nueva York e informó sobre la
A
más o menos homogéneo", señala Fortea Ormaechea. evolución del país, las políticas de gobierno, los avances
ND
pocos meses, pero te quedan secuelas —, y si no vuelves Mujica comenzó su discurso relatando lo recogido de otras
a hacer ningun otro infarto y no tienes otro contribuyente,
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Es decir, el deterioro congntivo puede darse de manera esa nostalgia de ser de allá, pero estar acá”, dijo.
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escalonada y más marcada, en contraposición a una evo- “Estamos metidos en la lucha por mejorar las circunstan-
12
lución más lineal. cias, con el sueño de que las generaciones que vengan,
TA
(Adaptado de: https://www.bbc.com/ puedan venir con más soltura, con más apoyo”, dijo el
Presidente.
S
mundo/noticias-60603978)
TI
A diferença entre demência vascular e alzheimer consiste políticas sociales. “Nos acusan de que damos sin contra-
A no método de identificação, respectivamente exame partida. Nos dicen ‘a la gente no hay que darle pescado,
A
A ajudem-no a se reeleger.
A
trangeira.
DA
A
Por meio das falas de dois personagens, os fragmentos
ND
GIAS Questões de 06 a 45 da narrativa de Jorge Furtado tentam evidenciar que a
percepção humana a respeito do que é a loucura estaria
MA
Questão 06 atrelada
3A
Reduzir a poluição causada pelos aerossóis – partículas A a uma carência ampla de recursos financeiros.
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em suspensão na atmosfera, compostas principalmente B a uma adequação a determinadas convenções sociais.
por fuligem e enxofre – pode virar um enorme tiro pela
84
C à incapacidade em cuidar adequadamente de si próprio.
culatra. Estudo de pesquisadores britânicos e alemães re- D à impossibilidade de se perceber outras formas de co-
30
velou que os aerossóis, na verdade, seguravam o aqueci- letividade.
34
mento global. Isso porque eles rebatem a luz solar para o E ao reconhecimento de um problema e ao desejo de
12
espaço, estimulando a formação de nuvens (que também recuperação.
A
funcionam como barreiras para a energia do sol). Ainda é
ST
difícil quantificar a influência exata dos aerossóis nesse Questão 08
TI
processo todo, mas as estimativas mais otimistas indicam Objetos
BA
que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 ºC até
Agora,
2100 – as pessimistas falam em um aumento de até 10º,
homens são coisas,
A
o que nos colocaria “dentro” de uma churrasqueira. Como
ND
badulaques pendurados
os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único como galinhas na peia,
MA
jeito de lutar contra a alta dos termômetros é diminuir as pelas feiras,
emissões de gás carbônico, o verdadeiro vilão da história. de cabeça para baixo
3A
“A poluição e os aerossóis” in: Revista Superinteressante. a espera de compradores.
79
Editora Abril: dezembro. 2020, p. 16.
Agora,
84
A função da linguagem que predomina nesse texto se ca- mercadorias têm vida própria
30
racteriza por Saracoteiam quinquilharias
34
diante dos homens-coisas
A evidenciar a subjetividade da reportagem com base na que continuam
fala do próprio repórter.
12
com pés atados
A
B tentar convencer o leitor a apoiar a permanência do e bicos ávidos.
ST
uso de aerossóis na sociedade. Donizete Falcão. Mundo mudo. São Paulo: Nankin, 2003.
TI
Enquanto eu não precisei do dinheiro de ninguém e sabia B configura a estrutura em versos livres, ratificando a
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limpar a minha sujeira, ninguém achou que eu era louca. ideia de atuação no livre mercado.
30
Um dia eu passei da conta, não tinha onde morar, come- C realiza um espelhamento estrófico que equipara as
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cei a deixar tudo sujo. Aí minha vó me internou. Se você imagens do homem e da mercadoria.
paga as próprias contas e limpa a própria sujeira, pode D reproduz o advérbio “agora” em anáfora, evidenciando
12
enlouquecer à vontade. Com muito mais dinheiro você o domínio presente do consumidor.
TA
pode pagar alguém para limpar a sua sujeira. E com muito E fragmenta os versos, indicando um indivíduo perdido
S
dinheiro você pode dizer e pensar qualquer coisa. nos espaços de exploração do consumo.
TI
(...)
BA
Questão 09
Quando eu estava fingindo que estava curado da loucura, Atualmente os jovens estão imersos numa sociedade per-
A
de ler e ele tinha achado muito bom, o nome era Cada um exergames foram introduzidos como forma de permitir
escolhe seu queijo. O autor comparava as personalidades que o corpo controlasse tais jogos. Como resultado, pas-
A
das pessoas com os tipos de queijo e dizia que existiam saram a ser vistos como uma ferramenta auxiliar na ado-
93
muitos tipos de queijos diferentes, mas todos eram queijo: ção de um estilo de vida menos sedentário, com efeitos
47
brie, camembert, catupiry, cheddar, coalho, cream chee- positivos sobre a saúde. Tem-se defendido que os exerga-
8
se. Existiam as pessoas provolone a as pessoas muça- mes podem contribuir para a prática regular de atividade
30
rela. Se eu começasse a comparar pessoas com queijos física moderada, bem como promover a interação entre
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e dissesse que a vida é um queijo, aposto que iam trocar jogadores, reduzindo o sentimento de isolamento social.
12
o meu remédio. Mas o cara escreveu um livro assim, dá Por outro lado, argumenta-se que os exergames não po-
A
palestras falando nisso e todo mundo acha ótimo. dem substituir a experiência real das práticas corporais,
ST
Jorge Furtado, “Frontal com Fanta” in: Vários autores, pois não motivam a longo prazo à prática permanente de
TI
ND
entre as partes do texto. Analisando o termo que foi desta- que os dados técnicos existentes.
cado, verifica-se que ele estabelece com a oração anterior B os usuários de crack têm dificuldade em elaborar as
MA
uma relação de hierarquias de valor em suas ações.
3A
A condição, pois os exergames precisariam substituir C o crack é uma ameaça real por apresentar maior nú
meros de viciados que outras drogas.
79
com eficácia a experiência real das práticas corporais.
D a luta contra o crack só é possível se a pessoa possuir
84
B oposição, tendo em vista que o uso de exergames é
contrário a uma experiência real de práticas corporais. dinheiro para bancar o tratamento.
30
C explicação, uma vez que os exergames não desperta- E drogas como a cocaína, por serem menos perigosas,
34
riam interesse na prática permanente de atividades fí- acabam não sendo foco de campanhas.
12
sicas.
A
D finalidade, já que os exergames teriam como objetivo Questão 11
ST
final a substituição da experiência real das práticas
Texto I
TI
corporais.
BA
E consequência, dado que o uso excessivo dos exerga-
mes vem fazendo com que as pessoas não busquem
A
ND
práticas corporais reais.
MA
Questão 10
3A
As histórias contadas por usuários e ex-usuários de crack
são chocantes. Sempre. Quem cai nas teias dessa droga
79
derivada da cocaína tem em um curto espaço de tempo a
84
saúde devastada, as relações sociais destruídas e a vida
30
destroçada. São depoimentos crus, sem meias palavras,
34
que humanizam estatísticas cada vez mais alarmantes.
Andreas Gursky. Amazon. Fotografia – Cópia
Dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) 12 cromogênica, 2016 (207 x 407 x 6,2 cm)
mostram um crescimento de 42% no número de viciados
A
ST
Os relatos têm suas evidentes particularidades, mas se zon com 100 mil metros quadrados é o inverso de uma
pintura pontilhista. Enquanto Uma tarde de domingo na
A
da de contato com a realidade e em uma tamanha depen- ilha de Grande Jatte de Georges Seurat (1884 – 1886)
dência que nada, absolutamente nada, é mais importante transformou pontos pintados em uma imagem coerente
MA
do que a próxima pedra a ser fumada. Emprego, amigos de serenidade, Amazon é puro caos – hiperdistribuição
3A
e família (pais, cônjuge e até os próprios filhos) desabam em uma escala inconcebível – que ganha familiaridade
na escala de valor de quem está possuído pela droga. “O apenas quando observada de perto.
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crack é a droga da amoralidade. Faz o usuário virar um Ian Haydn Smith. Breve história da
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homem de Neandertal”, afirma o psiquiatra Pablo Roig, fotografia. Editora GG, 2018.
30
vendendo crack do que outras drogas. Parece fila do Mc- A revelar o lado negativo por trás do crescimento desen-
S
A degradação acontece em uma velocidade incontrolá- C estabelecer relações com a pintura pontilhista que era
ND
vel. Em menos de um mês, o fumante deixa de ser um feita no final do século XIX.
MA
ingênuo calouro em busca de novas sensações para se D analisar o consumismo em um movimento que vai do
tornar usuário contumaz, viciado e entregue aos efeitos particular ao monumental.
A
devastadores da droga. Ao contrário do que ocorre com E evidenciar como o capitalismo cria situações caóticas
93
a maconha, com o álcool e mesmo com a cocaína, que, em várias esferas da vida.
47
mo espaço de tempo.
34
(http://vejasp.abril.com.br/materia/depoimentos-
12
dramaticos-de-quem-luta-contra-crack)
A
ST
ND
Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com o conceito de visão ampliada de saúde. Isso significa
com aturado empenho se esforçam por ver qual delas que os profissionais que lidam com crises epidemiológi-
MA
vence em graça, encantos e donaires, certo que sobrepu- cas devem apresentar um olhar
3A
ja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. A medicalizado, buscando trazer ao paciente informa-
Hábil menina é ela! nunca seu amor-próprio produziu com
79
ções científicas.
tanto estudo seu toucador1 e, contudo, dir-se-ia que o gê-
84
B empático, dando atenção ao paciente independente do
nio da simplicidade a penteara e vestira. Enquanto as ou- que aconteça.
30
tras moças haviam esgotado a paciência de seus cabelei- C crítico, expondo ao paciente as dificuldades estruturais
34
reiros, posto em tributo toda a habilidade das modistas da no atendimento.
12
Rua do Ouvidor e coberto seus colos com as mais ricas e D social, devendo considerar fatores que estão para
preciosas joias, D. Carolina dividiu seus cabelos em duas
A
além do campo biológico.
ST
tranças, que deixou cair pelas costas: não quis adornar o E racional, entendendo que é natural que parte da socie-
pescoço com seu adereço de brilhantes, nem com seu lin-
TI
dade precise trabalhar.
BA
do colar de esmeraldas; vestiu um finíssimo, mas simples
vestido de garça2, que até pecava contra a moda reinante, Questão 14
A
por não ser sobejamente3 comprido. E vindo assim apare- Adotou um gatinho
ND
cer na sala, arrebatou todas as vistas e atenções. que ia visitar toda semana
MA
1
toucador: espécie de cômoda com espelho em que as no asilo de gatinhos velhinhos
mulheres se arrumavam. Quis procurar o dono do cavalo
3A
2
garça: tecido branco de fios muito finos. Cabisbaixo
79
3
sobejamente: exageradamente. fincado nas quatro patas
84
Joaquim Manuel de Macedo. A moreninha. que via todo dia na beira
São Paulo: Editora Saraiva, 2008. do trilho quando passava no
30
trem
34
A obra A moreninha, do escritor Joaquim Manuel de Ma- Uma vez quase desceu de sua sala
cedo, costuma ser vinculada à escola romântica, de extra- 12
para falar com o mendigo da praça
ção urbana (romance urbano). O fragmento apresentado
A
dono de um cachorro
ST
nos permite perceber que a personagem principal se des- mais estropiado do que o
taca ao olhar do narrador pelo fato de
TI
admissível
BA
e o dela
ND
C utilizar apenas alguns de seus adornos para chamar a companhia das Letras: 2011.
3A
atenção.
D sustentar sua graça em um comportamento despreten- A poesia contemporânea brasileira apresenta com frequ-
79
Questão 13
34
equipamentos de proteção individual para os trabalhado- C descaso das autoridades diante dos preocupantes pro-
TI
maior representatividade do país na contramão da ciência D menosprezo dos indivíduos pelos graves problemas
A
única estratégia até então eficaz no combate à dissemina- E falsidade dos que tencionam mudar o mundo sem ter
ção, o país enfrenta a realidade das pessoas que preci- meios para conseguir.
MA
ELAS PODIAM,
lises clínicas, epidemiológicas e de gestão precisam do- CD
30
“AVANÇAR”!
minar os conhecimentos e competências não redutíveis
34
sando a barreira da “ausência de doenças” e enxergando Bob Thaves, “Frank & Ernest”. Fonte: http://
ST
ampliado em saúde no enfrentamento de pandemias”. Nas tirinhas, o efeito de humor pode ser promovido por
In: CADERNOS ESP. CEARÁ. Revista científica meio de variados recursos, inclusive textuais. Na frase
DA
da Escola de saúde pública do Ceará, 2020. “elas podiam ‘avançar’”, o enunciado é formulado sob
AN
ND
sentido do verbo. pouquinho do ... do relacionamento ... da pessoa ... da
B uma contradição, e as aspas em “avançar” dão ênfase apresentação do indivíduo dentro de determinada orga-
MA
ao sentido do verbo. nização ... isso você não sei se ... se você prestar aten-
3A
C uma certeza, e as aspas em “avançar” reforçam no ção você:: ... notará às vezes você possui determinadas
verbo a ideia de perplexidade. ... qualidades superiores a um competidor seu e você não
79
D uma conjectura, e as aspas em “avançar” mostram que é aproveitado...
84
o verbo expressa descaso. (Falante 2) é... são as cartas de recomendação né?
30
E uma consequência, e as aspas em “avançar” conferem (Falante 1) então ainda ...
34
sentido pejorativo ao verbo. (Falante 2) isso existe em todo local né? ... precisa real-
12
mente ter aquela recomendação ... mandado por fulano
Questão 16 de tal:: ...
A
ST
O impacto da Mônica Dino Preti (Org.), Análise de textos orais.
São Paulo: Editora FFLCH/USP: 1993.
TI
Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de
BA
Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Je- Na transcrição de fala acima apresentada, percebemos
remias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um
A
várias estruturas sintáticas fragmentadas, embora consi-
galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes,
ND
gamos interpretar adequadamente o sentido da conversa.
que também trocava as letras. A respeito desse processo de fragmentação, sua presen-
MA
O primeiro problema? Seus personagens eram todos ho- ça na comunicação falada revela
3A
mens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas
A falta de coesão e coerência na apresentação das
um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha che-
79
gou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procu- ideias.
84
B desconhecimento das regras de sintaxe da norma pa-
rar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou
drão.
30
do que leu.
C baixo nível de escolaridade dos interlocutores que con-
34
E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de versam.
suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nême- 12
D afetividade entre os falantes, dispensando linguagem
sis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela che-
A
mais formal.
ST
gou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela E característica do planejamento e execução simultânea
época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres
TI
de um discurso.
queriam alguém que as representasse, que comandasse
BA
e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva O que é Web Semântica?
MA
Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A pri- teligentes na internet atual. Nela, cada informação vem
meira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tira- com um significado bem definido e não se encontra mais
79
gem de 200 mil exemplares, era o maior número de im- solta no mar de conteúdo, permitindo uma melhor intera-
84
pressões para um personagem nacional. ção com o usuário. Novos motores de busca, interfaces
30
Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio inovadoras, criação de dicionários de sinônimos e a orga-
34
de Sousa”. Superinteressante, junho de 2019. nização inteligente de conteúdos são alguns exemplos de
12
ta Maurício de Souza na criação de alguns de seus per- ela vai passar a se comportar como um todo, e não mais
S
sonagens mais famosos, com destaque para a garotinha como um monte de informação empilhada. A implemen-
TI
Mônica. Por meio dele, a autora nos permite saber que tação deste paradigma começou recentemente, e ainda
BA
Maurício de Sousa vai levar mais alguns anos até que entre completamente
A
A criou a personagem Mônica por não possuir nenhuma em vigor e dê um jeito em toda a enorme bagunça que a
ND
D inventou a personagem para agradar o público femini- A um conjunto de novas informações encontradas na in-
8
E elaborou a personagem para que pudesse, a partir dos B uma ferramenta que auxilia na busca inteligente de in-
34
(Falante 1) eu acho que:: hoje em dia não basta você so- usuários na internet.
TI
mente ser ... capacitado porque:: tem muita gente que ... E uma ferramenta que auxilia na troca de informações
BA
não tem tantas qualidades quanto determinamos ... com / entre os usuários na internet.
éh:: competidores em determinados cargos e:: ... na hora
DA
ND
Eu queria ser um jornalista de verdade, seu Cabral. Lutar eletrônicos apresentados e a diferença entre os
por uma causa, por um ideal, feito Patrocínio, Ferreira de
MA
números.
Menezes... O senhor não imagina quantas pautas, quan- B as informações sobre os números percentuais e os di-
3A
tos assuntos eu já sugeri. Mas sabe como é, né? Eu não ferentes meios tecnológicos ilustrados na imagem.
tenho dinheiro para frequentar o Pardellas, o Vermelhinho, C a equivalência de dimensões dos desenhos de apare-
79
o Lamas. Não fiz faculdade. Meu pai não foi amigo de ne- lhos eletrônicos e as cores a eles associadas.
84
nhum dono de jornal nem de nenhum político. Eu não tive D os complementos textuais que surgiriam após o info-
30
nem pai, seu Cabral!... Eles sabem que eu tenho ideias e gráfico, e que estariam associados às cores.
34
sei botar elas no papel. Mas eu não sou igual a eles. Não E as diferentes cores e sua devida identificação com o
12
moro na Zona Sul, não vou à praia, não vou ao Paissandu, título informativo acima do infográfico.
nunca fui à passeata, não gosto de jazz, nem bossa-nova.
A
ST
Então meu lugar tem que ser esse mesmo: morro, dele- Questão 21
gacia, pronto-socorro, necrotério. Pódio de crioulo é só no
TI
Nada é mais presente na vida cotidiana da coletividade do
BA
100 metros rasos e no salto triplo, seu Cabral. que a oratória, que partilha com o teatro a característica
Ney Lopes, “Manchete de Jornal” in: 20 contos e de ser a manifestação cultural mais popular e mais prati-
A
uns trocados. Rio de Janeiro: Record, 2006. cada na Atenas clássica. A civilização da Atenas clássica é
ND
uma civilização do debate. As reações dos atenienses na
O fragmento apresentado indica uma determinada aflição
MA
Assembleia eram influenciadas por sua experiência como
e angústia que recaem sobre o narrador, motivadas espe-
público do teatro e vice versa. Trata-se de uma civilização
3A
cialmente por
substancialmente oral. O grego era educado para escutar.
79
A problemas de desemprego relacionados à pouca opor- O caminho de Sócrates a Aristóteles ilustra perfeitamen-
84
tunidade de estudo. te o percurso da cultura grega da oralidade à civilização
30
B uma falta de habilidade em produzir textos que fossem da escrita, que corresponde, no plano político e social, à
aceitos em periódicos. passagem da cidade-estado ao ecumenismo helenístico.
34
C falta de poder aquisitivo para frequentar bares e assim
fazer novos contatos.
12 Agostino Masaracchia, “La prosa greca del V e
del IV secolo a.C.”. In: Giovanni D'Anna (org.).
A
D uma questão de ordem racial que se estende para a Storia della letteratura greca. Roma: Tascabile
ST
Questão 20
A a possibilidade de aprender a argumentar na sociedade.
MA
Questão 22
34
PRONOMES
12
pediu:
76% 54% — Me faz um favor?
S
TI
—O quê?
BA
— Como assim?
MA
— Soberba?
47
Os infográficos são textos visuais informativos associados O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma,
ST
a elementos não verbais. No infográfico apresentado aci- não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até co-
TI
ND
Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser,
MA
Carlinhos.
3A
Aquela voz de cobertura de caramelo.
Luis Fernando Veríssimo. Contos de verão.
79
O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.
84
30
A crônica apresentada tem como tema o uso da modalida-
34
de padrão na língua portuguesa no dia a dia. De acordo
com o texto, o desconforto sentido por Carolina em re-
12
lação aos usos linguísticos de seu namorado, Carlinhos,
A
Paul Harro-Harring. Inspeção de negras recentemente
residia no fato de o garoto
ST
chegadas da África. 1840-1841 (aquarela)
A cometer desvios normativos com grande frequência.
TI
A tela do pintor dinamarquês Paul Harro-Harring, que es-
BA
B ignorar o grau de formalidade das situações de comu-
nicação. teve no Rio de Janeiro por volta de 1840, apresenta uma
A
C desejar utilizar a gramática normativa e nem sempre cena comum na época da escravidão: a inspeção de es-
ND
conseguir. cravas pelos compradores. Percebemos que o autor ex-
MA
D utilizar palavras complexas que deixavam os colegas pressa na pintura uma visão crítica da escravidão, denun-
humilhados. ciando sua desumanidade. Tal processo de denúncia da
3A
E não aceitar as sugestões de correção linguística que escravidão ocorreu também na arte brasileira do século
XIX por meio da
79
lhe eram feitas.
84
A poesia simbolista, que colocava o escravo como eu lí-
Questão 23
30
rico dos versos.
B prosa realista, que colocava o escravo como centro de
34
Da alma de um revisor de textos
sua abordagem.
12
muitos não acreditam C prosa romântica urbana, que apresentava as mazelas
A
quando digo que a literatura dos escravos nas residências.
ST
e entre as linhas
milhares de sinais invisíveis Uma pesquisa da Universidade de Manchester descobriu,
79
tizar o trabalho dos revisores, ressaltando que alemão e no francês. Para os cientistas, motivos culturais,
S
ND
mento do vocabulário mais antigo. Gênero dramático é aquele em que o artista usa como
B a utilização de inovações no léxico é percebida quando intermediária entre si e o público a representação. A
MA
fazemos comparações entre gerações. palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A
3A
C o emprego de palavras novas que mantém a mesma peça teatral é, pois, uma composição literária destinada
ideia caracteriza diversidade geográfica. à apresentação por atores em um palco, atuando e dialo-
79
D as mudanças no vocabulário estão ligadas de modo gando entre si. O texto dramático é complementado pela
84
exclusivo ao aspecto social da linguagem. atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma
30
E o modo como as alterações linguísticas ocorrem no ex- estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de
34
terior difere do que vemos no espaço nacional. personagens que devem estar ligados com lógica uns aos
12
outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo),
Questão 26 que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e
A
ST
Texto I de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito
e segundo uma ordem composta de exposição, conflito,
TI
O bonde abre a viagem,
BA
complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou am-
No banco ninguém, biente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais,
A
Estou só, estou sem. espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja,
ND
Depois sobe um homem, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua in-
MA
No banco sentou, terpretação real por meio da representação.
Companheiro vou. COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de
3A
Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).
O bonde está cheio,
79
De novo porém Segundo o autor, o texto dramático
84
Não sou mais ninguém. A depende mais das escolhas dos dramaturgos do que
30
Mário de Andrade, Poesias completas.
do trabalho em cena dos atores.
34
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. B precisa de personagens que rompam com a racionali-
Texto II 12
dade e surpreendam o ouvinte.
A
Carapicuíba C tem uma história que se desenvolve em uma determi-
ST
realidade.
ND
do ônibus Questão 28
3A
em pé
compactados num híbrido
79
de cabeças e braços
84
se equilibram
12
vacilam
e obstinados
TA
se agarram
S
ao silêncio
TI
último recurso
BA
de espaço
A
D trocadilho.
ST
tivos.
BA
rido.
AN
ND
Somente uma bala LIRA I
MA
Vocês têm só uma bala na agulha para capturar a atenção Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
dos leitores: as primeiras linhas de um texto. Se elas não
3A
Que viva de guardar alheio gado;
forem capazes de despertar interesse, tchau e bênção. De tosco trato, de expressões grosseiro,
79
[...] O erro pode estar na escolha dos assuntos. Ou na Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
84
qualidade dos textos. Ou nas duas coisas. Os assuntos Tenho próprio casal, e nele assisto;
30
podem ser atraentes. Se oferecidos por meio de textos Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
medíocres, não serão lidos. Os textos podem ser grama-
34
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
ticalmente corretos e contar uma história com começo,
12
E mais as finas lãs, de que me visto.
meio e fim. Se não forem instigantes, bye, bye, leitores. Graças, Marília bela,
A
NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. Graças à minha Estrela!
ST
São Paulo, Contexto, 2003, p. 86 (fragmento). Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu.
TI
São Paulo: Martin Claret, 2013.
BA
De acordo com o fragmento do texto, de Ricardo Noblat, o
autor defende a ideia de que o escritor deve Para chamar a atenção de sua musa, o eu lírico, na lira
A
ND
A usar o texto como uma arma crítica. apresentada, usa de alguns artifícios poéticos e estilísti-
B escolher muito bem o assunto do texto. cos. Pode-se citar como o principal deles a
MA
C cativar o leitor logo no início de um texto. A comparação do espaço campestre com o ambiente lu-
3A
D saber narrar uma história com início, meio e fim. xuoso dos velhos casarões urbanos.
E saber escrever de acordo com as normas gramaticais.
79
B ironia em relação às casas da cidade grande, com sua
dinâmica conturbada e confusa.
84
Questão 30 C exaltação dos elementos criados pelo homem, negan-
30
Como psicanalista, estou destinado a me interessar mais do o que é meramente natural.
34
pelos processos emocionais que pelos intelectuais, mais D descrição de um ambiente simples e aprazível, ideal
pela vida mental inconsciente que pela consciente. Minha 12
para ser o recinto dos amantes.
emoção ao encontrar meu velho mestre-escola leva-me a
A
E ostentação dos bens materiais que possui, negando
ST
admitir uma coisa: é difícil dizer se o que exerceu mais in- uma vida simples no campo.
fluência sobre nós foi o interesse pelas ciências que nos
TI
Nós os cortejávamos ou lhes virávamos as costas; imagi- Inúmeras passagens históricas ilustram a utilização da
A
návamos neles simpatias e antipatias que provavelmente Educação Física como meio de adaptação dos indivíduos
ND
não existiam; estudávamos seu caráter e sobre este formá- ao pensamento dominante. Um dos exemplos mais enfá-
MA
vamos ou deformávamos o nosso; bisbilhotávamos suas ticos é o da formação de associações civis destinadas a
pequenas fraquezas e orgulhávamo-nos de sua excelên- "prestar culto à pátria". São bem significativos os modelos
3A
cia, seu conhecimento e seu senso de justiça. A psicaná- do tipo "Juventude Hitlerista", "Juventude Brasileira", "Mo-
79
lise deu o nome de “ambivalência” a essa facilidade para cidade Portuguesa", "Juventude Comunista" etc., criados
atitudes contraditórias. É na segunda metade da infância
84
o pai, e aquele descobre que este não é o mais poderoso e ca, moral e física aos cidadãos. Longe de pretender uma
34
sábio dos seres – que esse menino entra em contato com autêntica participação social, os seus objetivos eram,
12
os professores. Estes homens, nem todos pais de verdade, principalmente, ajudar a implantar um clima de passivi-
TA
tornam-se nossos pais substitutos, e transferimos para eles dade social. Não propiciavam oportunidades para o de-
o respeito e as expectativas ligadas ao pai onisciente da in- senvolvimento de mentes críticas. Existiam apenas para
S
TI
fância, e logo se manifesta a ambivalência que desenvolve- massificar consciências, unificando-as de acordo com os
BA
mos em nossa família, e lutamos com eles como lutáramos interesses dominantes. A educação cívica não nascia de
com nossos pais de carne e osso. um comprometimento do indivíduo com interesses comu-
A
Pela leitura do texto, é correto concluir que Freud va do convívio grupal. Era imposta sob forma de disciplina
A
A afirma que o motivo da apreensão do conhecimento moral. A Educação Física não era propriamente educa-
93
pelo jovem é o afeto que sente pelo professor. ção, era adestramento, vigor físico. Cultura do físico.
47
B entende a ambivalência de sua relação com os profes- Vitor Marinho de Oliveira, O que é Educação
Física. São Paulo: Brasiliense, 2004.
8
cimento.
D considera normal o professor ser o novo pai de um jo- A fornecer modelos educacionais mais amplos.
A
B
ST
vem, exercendo sobre ele linhas de influência com au- gerar sujeitos de posicionamento conformista.
sência de conflito. C criar indivíduos que se relacionem politicamente.
TI
E pontua a tendência do jovem de transferir para o pro- D desenvolver uma consciência voltada para a guerra.
BA
fessor a expectativa que tem sobre o pai a partir de E produzir um homem mais preocupado com seu corpo.
DA
ND
Pouco antes de eu completar quatro anos de idade, nas- Será que eu escutei o que ninguém dizia?
ceu nossa irmã mais nova, para quem eu escolhera o Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
MA
nome de Maria Bethânia, por causa de uma bela valsa do Não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
3A
compositor pernambucano Capiba. Mas ninguém se sen- E eu não vou me adaptar
tia com coragem de realmente pôr esse nome “tão pesa-
79
Arnaldo Antunes. "Não vou me adaptar". Intérprete:
do” num bebê. Como havia várias outras sugestões, meu Titãs. In: Televisão. São Paulo: WM Brasil, 1984.
84
pai resolveu escrever todos os nomes em pedacinhos de
30
papel que, depois de dobrados, ele jogou na copa de meu A letra da canção de Arnaldo Antunes é composta por re-
34
pequeno chapéu de explorador e me deu para tirar na sor- cursos de estilo que remetem ao sentimento de passagem
do tempo em nossas vidas e a consequente dificuldade
12
te. Saiu o da minha escolha. Meu pai então pôs um ar
resignado que era uma ordem para que todos também em se adaptar a mudanças. Um verso que explicita mate-
A
rialmente tal transição temporal é
ST
se resignassem e disse: “Pronto. Agora tem que ser Ma-
ria Bethânia”. E saiu para registrar a recém-nascida com A
TI
"Eu não encho mais a casa de alegria".
BA
esse nome. Recentemente, ouvi de minhas irmãs mais B "E quem eu queria bem me esquecia".
velhas uma versão que diz que meu pai escrevera Maria C "Eu não vou me adaptar, me adaptar".
A
Bethânia em todos os papéis. Não é de todo improvável. D "A minha barba estava deste tamanho".
ND
E, de fato, na expressão resignada de meu pai era visível E "Será que eu escutei o que ninguém dizia".
MA
– ainda hoje o é, na lembrança – um intrigante toque de
humor. Mas, embora me encha de orgulho o pensamento Questão 35
3A
de que meu pai possa ter trapaceado para me agradar, eu Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a
79
sempre preferi crer na autenticidade do sorteio: essa inter- quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas,
84
venção do acaso parece conferir mais realidade a tudo o com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico,
que veio a se passar desde então, pois ela faz crescerem
30
se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de
ao mesmo tempo as magias (que nos dão a impressão de
34
gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa:
se excluírem mutuamente) do presságio e da unicidade "gratificar-se-á generosamente", – ou "receberá uma boa
absolutamente gratuita de cada acontecimento. 12
gratificação". Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao
A
Caetano Veloso. Verdade tropical. São Paulo, lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo,
ST
Companhia das Letras, 1997. (Adaptado) vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com
TI
em certo ponto, é confrontado com outra versão da mes- seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se
ND
ma história. A respeito dessas versões, pode-se afirmar mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza
implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em
MA
que
tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade
3A
fraude no sorteio.
D o autor lembra-se com nitidez da predileção do pai pelo Machado de Assis. “Pai contra mãe” in: Obra completa
12
era o nome mais bem cotado. questões relevantes de nossa sociedade. O texto
TI
Será que eu escutei o que ninguém dizia? C a organização do sistema escravocrata exigia a divul-
34
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar gação em anúncio de características do fugitivo para
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
12
ND
Mulher de malandro e a de pessoas com obesidade.
D evitar que mais pessoas acabem se tornando obesas
MA
Mulher de malandro
malandra é por falta de informações técnicas.
3A
E promover uma reflexão sobre combate ao preconceito
vai dizer que não pode
sofrido por pessoas com obesidade.
79
ser verdade
84
os dois, marido e mulher Questão 38
30
vivendo na malandragem
na maior malandragem
34
permitida pelas engrenagens
12
do sistema capitalista
A
não são zen, não são budistas
ST
não tem trabalho à vista
TI
e se têm, fingem que não veem
BA
hoje não fazem nada
amanhã vão passear
A
ND
e nem sabem quem foi o henry miller
FREITAS, Angélica. Um útero é do tamanho de um punho
MA
3A
A abordagem temática do poema de Angélica Freitas está
sustentada em uma proposta da ressignificação de expe-
79
riências. Essa ideia pode ser confirmada pelo fato de o
84
poema problematizar
30
A os entraves que impedem a mulher de buscar novas
34
oportunidades.
B a irresponsabilidade de casais que nunca procuram 12
ocupações decentes.
A
C os clichês preconceituosos que sempre recaem sobre
ST
o universo feminino.
TI
"Evidências científicas mostram que o aumento de peso A ao interesse escuso dos pobres, que preferem auxiliar
não ocorre apenas por falta de disciplina ou de responsa-
79
os mais poderosos.
bilidade pessoal mas sim por efeitos biológicos, metabóli-
84
ais privilegiadas.
Fábio Viegas. "A obesidade é uma doença crônica e incu- C à exploração de certas hierarquias no interior do corpo
34
estigma e a discriminação pelo peso não podem ser to- D ao crescimento da pobreza entre os que são mais
lerados em sociedades modernas", afirma o especialista.
TA
jovens.
No Brasil, uma em cada cinco pessoas está com sobrepe-
S
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/dino/gordofobia-
47
precisa-ser-combatida-com-informacao,b2518e43e7871a8
8
ND
tião Salgado, retrata os trabalhos de exploração de miné- grave do que o próprio crime.
rio realizados na região de Serra Pelada (PA), durante os E mostrar para o leitor que há casos de abuso infantil que
MA
anos 1980. Ela nos mostra que as fotografias, da mesma são silenciados na sociedade.
3A
forma que os textos, podem ser lidas e interpretadas. A
opção de colocar, no primeiro plano, a figura de um traba- Questão 42
79
lhador provoca no espectador uma atitude de Tarefa
84
A surpresa, por conta dos jogos de luz e sombra da imagem.
30
Devo ler ainda hoje setenta páginas de A historia da pin-
B admiração, devido ao ar misterioso que compõe o cenário. tura flamenga. Foi a tarefa que me impus e a que aten-
34
C reflexão, por constatar uma situação de desamparo e do com presteza. Sexta-feira o livro estará lido e fichado.
12
fragilidade. Segunda-feira inicio A ideia de forma na arte medieval,
A
D admiração, pelo fato de constatar a determinação do obra monumental, e em um mês terei mapeada toda uma
ST
trabalhador. região do saber que me era pouco afeita, motivo de inse-
TI
E paralisia, por não poder intervir no espaço onde ocor- gurança despropositada. Gozo de reputação sólida, ainda
BA
rem injustiças. que olhe com desdém esse tipo de reconhecimento. O
que verdadeiramente me importa é o trabalho metódico,
A
Questão 40
ND
a sensação continuada de um desenvolvimento orgânico.
Gêmeos
Gosto de deitar-me sabendo o que vou fazer na manhã
MA
O panorama é complexo o suficiente para você agregar seguinte e essa determinação torna-me o sono profundo
sua ambiguidade a esse e, ainda por cima, a valorizar
3A
e reparador. Da cama, colocada num ângulo do amplo es-
como se fosse uma prioridade. Neste momento, a ambi- paço que habito, posso admirar as estantes repletas e re-
79
guidade necessária é pequena. Redimensione. passar indolentemente tudo aquilo que domino. Adormeço
84
Disponível em https://jornalsemanario.com. em geral com a luz acesa e o contraste do amarelado da
30
br/confira-o-horoscopo-deste-sabado-2-de- iluminação elétrica com a claridade filtrada da manhã des-
34
maio-de-2020/, acesso em 21/04/2022. perta em mim um sentido de operosidade indescritível.
O texto acima foi retirado de uma página de horóscopo na 12 Rodrigo Naves. O filantropo. São Paulo:
Companhia das letras, 1998.
A
internet. Como qualquer texto, ele comporta característi-
ST
cas típicas de seu gênero textual, no caso, Pela leitura da narrativa, é possível depreender que o nar-
TI
A identificação com um público-alvo restrito. rador encara seus estudos sobre arte como algo
BA
Questão 41
Questão 43
79
84
30
Fonte: http://www.piloes.pb.gov.br/imagem.
A
php?arquivo=uploads/artigos/2020/05/prefeitura-de-piloes-
93
promove-campanha-de-combate-ao-abuso-e-exploracao-
47
intuito de
A enfatizar a omissão da família diante dos vários casos
A
ST
de abuso infantil.
B informar jovens e crianças sobre os possíveis perigos
TI
BA
ND
gem acima tem como um de seus traços a função conati perficiais (dois “bonitões”, com discurso liberal, propondo
va da linguagem. Essa função é reconhecida por explorar abertura de seus países ao exterior, contrários ao modelo
MA
elementos como de desenvolvimento adotado por seus países, fortemente
3A
A o diálogo frequente com a própria estrutura publicitária. alicerçado em investimentos estatais), eclipsando as dife-
renças entre esses dois políticos e as semelhanças mais
79
B perguntas direcionadas ao leitor e estruturas impera-
intensas entre Fernando Collor e Alberto Fujimori, o candi-
84
tivas.
C a particularidade do canal de comunicação, no caso dato que enfrentou Vargas Llosa no segundo turno.
30
um cartaz. Por decorrência da exploração dessa suposta semelhan-
34
D abordagem imparcial do tema, priorizando seu caráter ça, o sequestro das contas bancárias no Brasil, logo após
12
informativo. a posse de Collor, em março de 1990, teve forte impac-
A
E o caráter emocional da propaganda, voltada para o pú- to negativo sobre a candidatura de Vargas Llosa. No en-
ST
blico carente. tanto, as semelhanças essenciais entre Fujimori e Collor,
TI
perceptíveis a analistas políticos com formação em popu-
BA
Questão 44 lismo, não apareciam na imprensa: o arrivismo1 dos dois;
não foi um cruzeiro o desprezo pelas estruturas partidárias; a falta de bases
A
ND
de sustentação nas instituições democráticas — o que po-
meu nome e deria levá-los a tentar saídas não convencionais para os
MA
minha língua embates políticos convencionais.
3A
meus documentos e 1
arrivismo: característica daquele que se determinou a
minha direção triunfar a qualquer preço, mesmo que prejudicando outras
79
meu turbante e pessoas.
84
minhas rezas Leão Serva. Jornalismo e desinformação.
30
Editora Senac: 2001. (Adaptado)
34
minha memória de
comida e tambores 12
Os textos possuem sequências com objetivos distintos. Al-
gumas de suas partes podem ser usadas para apresentar
A
esqueci no navio
ST
o Atlântico.
fragmento acima, o objetivo final do autor é alertar para o
BA
ções externas.
momento recente. E a avaliação política precisa consegue alterar resulta-
34
so de escravidão.
TA
um sequestro histórico.
A
Questão 45
ND
Vargas Llosa.
AN
A
ND
§ O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
MA
§ O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em 30 linhas.
§ A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copia-
3A
das desconsiderado para efeito de correção.
79
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
84
§ tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
30
§ fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
§ apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
34
12
A
Texto I
ST
TI
A definição da palavra “diálogo” segundo o dicionário Houaiss, consiste na troca de palavras entre dois ou mais indiví-
BA
duos sobre um ou mais assuntos. Nos dias de hoje, as pessoas estão se comunicando mais, principalmente por meio
da internet e de todas as ferramentas agregadas a ela, mas isso não quer dizer que elas estejam em um profundo
A
diálogo. Pelo contrário. O que se vê atualmente é a expressão nua e crua de opiniões. Se forem divergentes, então, a
ND
“conversa” parte para a agressão, para o desrespeito e, em muitos casos, para a violência.
MA
“Tempos de conversas divergentes ‘Nós não somos treinados para o diálogo’” https://tribunademinas.com.br/ (17.04.2016)
3A
Texto II
79
Fala-se muito hoje em dia, mas será que as pessoas têm escutado umas às outras? Ou a individualidade, o ego, a
84
postura de dono da razão, de intransigente e de sabichão criam barreiras para ouvir de verdade o pensamento do ou-
30
tro, mesmo que diferente? A comunicação, com seus ruídos, parece desintegrar, e grande parte dos brasileiros anda
34
intolerante e, simplesmente, parou de dialogar e escolheu o discurso como forma de linguagem. Não importa se ele for
12
de bravatas, vazio ou autoritário, o fundamental é defender uma ideia, ainda que reduza a identidade do outro.
“Diálogo é cada vez menos presente nas relações humanas” https://www.uai.com.br (21.02.2016)
A
ST
Texto III
TI
BA
A linguagem digital acentuou de modo dramático os efeitos corrosivos da interpelação, embaralhando a fronteira en-
tre esta e a crítica. Passamos da fala para a escrita, como se não houvesse um hiato entre elas quando o assunto é
A
ND
enunciação. Passamos também da fala-escrita em modo público para sua expressão privada, consumimos manche-
tes e conclusões, deixando de lado processos e contextos. Chegamos, assim, ao que usualmente se descreve como
MA
ambiente tóxico da internet, onde violência, denúncia e acusação interpelativa tornam-se regra. Esse mesmo espaço
3A
digital deu suporte para que vozes historicamente oprimidas e silenciadas pudessem ocupar certos espaços públicos
(ou ambiguamente encontrando meios para uma experiência inédita de reconhecimento). Desta maneira, a violência
79
da interpelação ideológica encontra uma superfície de contato com a violência crítica expressa em demandas de re-
84
conhecimento.
30
Texto IV
STA
TI
BA
A
ND
MA
A
93
8 47
https://jornalibia.com.br/colunistas/versa/charge-do-dia-79/ (12.09.2017)
30
34
PROPOSTA DE REDAÇÃO
12
A
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma-
ST
ção, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema OS
TI
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
DA
AN
A
A apreensão da realidade por meio da associação entre
ND
fé e razão.
SUAS TECNOLOGIAS B elaboração da compreensão a partir da lógica dialética.
MA
Questões de 46 a 90 C exclusão da subjetividade na produção do conhecimento.
3A
D fundamentação das certezas a partir da experiência
sensível.
79
Questão 46
E exame por um conhecimento sólido proveniente do ato
84
Os pesquisadores que trabalham com sociedades indí-
de questionar.
30
genas centram sua atenção em documentos do tipo ju-
34
rídico administrativo (visitas, testamentos, processos) ou
Questão 48
em relações e informes e têm deixado em segundo plano
12
as crônicas. Quando as utilizam, dão maior importância Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as
A
àquelas que foram escritas primeiro e que têm caráter cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canho-
ST
menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas neio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos,
TI
podem oferecer informações menos deformadas. Contra- no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as
BA
riamos esse posicionamento, pois as crônicas são impor- colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos
tantes fontes etnográficas, independentemente de serem arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermea-
A
dos de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a
ND
contemporâneas ao momento da conquista ou de terem
sido redigidas em período posterior. O fato de seus auto- aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao
MA
res serem verdadeiros humanistas ou pouco letrados não lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobrancean-
do a vegetação franzina.
3A
desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas
79
quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século
protegido por ela — braços largamente abertos, face vol-
84
XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. vida para os céus — um soldado descansava.
30
Descansava... havia três meses.
As fontes valorizadas no texto são relevantes para a re- Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha
34
construção da história das sociedades pré-colombianas da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a
12
porque uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em
A
luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo,
ST
Questão 47
vera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão:
3A
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, populari- abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes,
84
zou-se) o termo fake news para designar os relatos pre- para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
tensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que
30
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da maté-
S
um fenômeno de comunicação política entre ria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida
TI
identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. de-pálido e frutos bacáceos.
47
ção brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou
30
ND
e precipitações escassas na maior parte do ano. Observe a imagem.
B Temperaturas elevadas e precipitações escassas e
MA
mal distribuídas ao longo do ano.
3A
C Temperatura amena pela ação dos fortes ventos e pre-
cipitação concentrada nos meses de inverno.
79
D Temperaturas acima dos 35 °C e chuvas intensas, po-
84
rém mal distribuídas, ao longo do ano.
30
E Temperatura média elevada e duas estações bem de-
34
finidas, seca e chuvosa, ao longo do ano.
12
Questão 49
A
ST
Em geral, os nossos tupinambás ao ver os franceses e os
outros dos países longínquos terem tanto trabalho para
TI
BA
buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez
um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vin- O relevo indicado pela seta, encontrado na maior parte do
A
des vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses), território brasileiro, corresponde a
ND
buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes A um vale.
MA
madeira em vossa terra?” B uma planície.
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F.
3A
C uma cordilheira.
Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974. D um planalto.
79
O texto acima, escrito pelo viajante francês Jean de Léry E uma depressão.
84
(1534-1611), reproduz a fala de um ancião tupinambá em
30
1557, na qual fica estabelecida uma diferença entre a so- Questão 52
34
ciedade europeia e a indígena relacionada O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses. Em
A ao destino dado ao produto do trabalho nos respecti- 12
relação ao nosso país, verificar-se-á que esses lucros e
vantagens são maiores para nós. Os açúcares do Brasil,
A
vos sistemas culturais.
ST
B aos diferentes valores religiosos que regiam cada uma enviados diretamente ao nosso país, custarão bem me-
nos do que custam agora, pois que serão libertados dos
TI
dessas sociedades.
impostos que sobre eles se cobram em Portugal, e, dessa
BA
D à preocupação dos indígenas com a preservação dos europeus, tais como tecidos, pano etc., poderão, pela
ND
E às trocas culturais estabelecidas entre os povos indí- baratos; o mesmo se dá com a madeira e o fumo.
genas e os europeus colonizadores. WALBEECK, J. Documentos Holandeses.
3A
Questão 50
O texto foi escrito por um conselheiro político holandês
84
A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é, tam- no contexto das chamadas Invasões Holandesas (1624-
30
pouco, um continente de ideias esquecidas que merece 1654), no Nordeste da América Portuguesa. A partir do
ser visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas su-
34
e a neurociência, engolirão a filosofia nas próximas déca- A dominar uma região produtora de açúcar mais próxima
TA
das, sem saberem que, ao defender esse ponto de vista, da Europa do que as Antilhas Holandesas, facilitando o
escoamento dessa produção.
S
cutível. Certamente, muitas questões da filosofia contem- B eliminar o intermédio português no comércio com o
BA
porânea passaram a ser discutidas pelas ciências. Mas há Nordeste açucareiro, ampliando os lucros obtidos com
outras, no campo da ética, da política e da religião, cuja a compra e venda de produtos na região.
A
A mostra-se incapaz de lidar com os dilemas das ciências. E incentivar a diversificação da produção do Nordeste
8
30
com cientistas.
ST
da ciência.
BA
DA
AN
ND
Pode-se chamar empírica a toda a filosofia que se baseie SÓCRATES — Agora imagina a maneira como segue o
em princípios da experiência, àquela porém cujas doutri- estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ig-
MA
nas se apoiam em princípios a priori chama-se filosofia norância. Imagina homens numa morada subterrânea, em
3A
pura. Esta última, quando é simplesmente formal, chama- forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses
-se Lógica; mas quando se limita a determinados objetos homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoço
79
do entendimento chama-se Metafísica. acorrentadas, de modo que não podem mexer-se nem ver
84
Desta maneira surge a ideia duma dupla metafísica, uma senão o que está diante deles, pois as correntes os impe-
30
Metafísica da Natureza e uma Metafísica dos Costumes. dem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira
34
A Física terá portanto a sua parte empírica, mas também acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre
12
uma parte racional; igualmente a Ética, se bem que nesta o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente.
Imagina que ao longo dessa estrada está construído um
A
a parte empírica se poderia chamar especialmente Antro-
ST
pologia prática, enquanto a racional seria a Moral propria- pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresen-
tadores de títeres armam diante de si e por cima das quais
TI
mente dita.
BA
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos exibem as suas maravilhas.
Costumes. Edições 70, LDA. Lisboa, Portugal. 2007. Platão. A República. Livro VII. Perspectiva;
A
1ª edição. São Paulo, 2010.
ND
Kant aponta para a ideia de uma filosofia pura no campo
O texto acima é a transcrição da passagem inicial da fa-
MA
da moralidade. Tal filosofia
mosa Alegoria da Caverna. Por meio dessa alegoria, Pla-
3A
A é fundamentada em ideias relativistas. tão pretende
B se baseia em princípios universais e obrigatórios.
79
C A justificar o conhecimento por meio da apreensão do
é determinada por meio de saberes empíricos.
84
D tem como finalidade o alcance da felicidade plena. mundo material.
30
E B investigar o povo grego de forma genealógica.
assume diferentes formatos nos variados contextos
C sintetizar as premissas da metafísica dualista.
34
históricos.
D apresentar a bipartição entre mundo sensível e inteligível.
E
12
resgatar as verdades da mitologia pré-homérica.
Questão 54
A
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo. Es-
ST
Escaamento superficial
C a exuberância da vida vegetal da Amazônia reflete a Infiltração
79
Direção do movimento
d’água
que abriga também “enclaves” de campos, cerrado e Mar
34
Rocha
E a Floresta Amazônica é um bioma exclusivo do Brasil. Esquema representa o ciclo hidrológico. Fonte: Adaptado de Silva Filho (1998).
TA
No princípio do século XVII, era bem insignificante e qua- etapas. Como representado na figura, o escoamento su-
BA
perismo biológico.
moradores, dos quais 65 andavam homiziados*. B por possuir sua origem determinada na maior parte
MA
do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964. va que chega à superfície não consegue mais ser ab-
47
perfície.
30
culo XVII, cuja situação econômica esteve relacionada D por não possuir grande importância na geração de pro-
34
auríferas.
C às guerras entre portugueses e espanhóis pela região
TI
BA
sul do continente.
D à organização de expedições para desbravar o interior.
DA
ND
As coordenadas geográficas são facilitadoras do nosso
cotidiano, nem sempre percebemos a utilização delas,
MA
mas elas são essenciais para nossa localização em qual-
3A
quer ponto terrestre.
79
Polo Norte
84
Ponto A
Meridanos
30
34
90º Paralelos
80º
12
70º
A
ST
60º
90º
TI
BA
50º 90º
80º
A
40º
ND
80º
70º 30º 70º
MA
60º 60º
50º 20º 50º
3A
O mapa acima mostra a evolução do território da América 40º O L 40º
30º N 10º 30º
Portuguesa ao longo dos séculos, resultado dos tratados
79
20º
20º 10º 0º 10º
assinados por Portugal e Espanha. De acordo com esses
84
tratados, identificados no mapa, conclui-se que S 10º
30
A o Tratado de Tordesilhas dava a Portugal o controle da 20º
34
30º
40º Equador
foz do rio Amazonas.
B o Tratado de Tordesilhas utilizava marcos naturais na
12
© 2010 Encyclopaedia Britannica, Inc. Primeiro meridiano
A
definição dos limites da América portuguesa. O ponto A indicado na imagem, encontra-se nas coorde-
ST
D A 40°N e 30°W
o Tratado de Madri consolidou os limites do território
B 43°N e 30°W
brasileiro, que não sofreram mudanças nos anos pos-
A
C 40°S e 30°N
ND
teriores.
E D 40°N e 30°L
o Tratado de San Ildefonso expandiu os territórios da
MA
E 30°N e 40°W
América Portuguesa no sul.
3A
Questão 59 Questão 61
79
A Filosofia à época de Descartes era dominada pelo Mé- É preciso ressaltar que, de todas as capitanias brasileiras,
84
todo Escolástico, que se limitava a comparar e contrastar Minas era a mais urbanizada. Não havia ali hegemonia de
30
as visões de autoridades reconhecidas e da Igreja. Des- um ou dois grandes centros. A região era repleta de vilas e
34
cartes rejeitou tal método: ele estava determinado a não arraiais, grandes e pequenos, em cujas ruas muita gente
circulava.
12
sário questionar tudo, até mesmo sua própria existência. sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998.
S
O pensamento cartesiano partia do entendimento de que A o direcionamento da produção local para o mercado
MA
ND
É relativamente consensual que uma era biotecnológica dependência econômica e financeira de Portugal e do
se aproxima. Em um futuro cenário de desenvolvimento
MA
Brasil em relação à Inglaterra.
biotecnológico, que será instaurado com o progresso tec- B o fim do tráfico de escravos para o Brasil em 1810,
3A
nológico no século XXI, alterar-se-á um dos mais tradi- tendo em vista as pressões inglesas.
cionais dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos C o grande desenvolvimento econômico de Portugal,
79
a questão de que atitudes e deveres morais temos para uma vez que cessaram as despesas de manutenção
84
com os seres compreendidos atualmente como animais do rei e de sua família.
30
não humanos (por exemplo, gato, cachorro, cavalo etc.), D a melhora das comunicações entre as províncias, re-
34
a questão será que obrigações teremos com outro tipo de presentada pela abertura de estradas e pelo melhora-
12
não humano, isto é, os chamados pós-humanos. A pós- mento dos portos.
-humanidade seria alcançada por meio da aplicação de E
A
o reforço do pacto colonial, possível graças ao aumen-
ST
técnicas de manipulação, instrumentalização e artificiali- to do número de funcionários reais, o que permitia
zação da vida, do patrimônio biológico do humano. O hu-
TI
maior controle sobre as atividades comerciais.
BA
mano, por iniciativa própria e com vistas ao melhoramento
da sua natureza, deixaria de ser humano. Questão 65
A
(Murilo Mariano Vilaça e Maria Clara Marques Dias. “Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo
ND
“Transumanismo e o futuro (pós-)humano”. Physis
Pra molecada frequentar nenhum incentivo
MA
– Revista de Saúde Coletiva, 2014. Adaptado.)
O investimento no lazer é muito escasso
Considerando a questão da bioética, o trecho propõe uma O centro comunitário é um fracasso
3A
reflexão sobre Mas aí se quiser se destruir está no lugar certo
79
A os conflitos atuais entre os humanos e os seres pós- Tem bebida e cocaína sempre por perto
84
-humanos. A cada esquina, 100, 200 metros
30
B a procedência de recursos empregados nas pesquisas Nem sempre é bom ser esperto
Schimth, Taurus, Rossi, Dreyer ou Campari
34
tecnológicas.
C os limites técnicos das pesquisas em biotecnologia. Pronúncia agradável
12
D a necessidade próxima de reconfiguração da noção de Estrago inevitável
A
Nomes estrangeiros que estão
ST
humanidade.
E a amoralidade do esforço de imaginar e prever o futuro no nosso meio pra matar (…)”
TI
Questão 63
O trecho da letra do grupo Racionais, relata um problema
ND
O Brasil possui uma extensa malha hídrica, com rios de frequente nas grandes cidades,
MA
brasileiro, abrangendo sete estados: Bahia, Minas Gerais, população em melhorar o seu meio.
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. B o abuso de drogas feitos por jovens da periferia e a
79
O rio que forma essa bacia é considerado o maior rio to- preocupação dos governantes com a região.
84
talmente brasileiro (rio da unidade nacional), apresenta C as escassas opções de lazer na periferia e o perigo
30
elevado potencial hidrelétrico e trechos navegáveis. que armas e drogas produzem nessas regiões.
34
periferia.
A Rio Tocantins – Araguaia. E a falta de incentivo cultural e da restrição ao uso de
TA
C Rio da Prata.
TI
D
BA
a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes contra a fome. Os efeitos sobre as chuvas do fenômeno
93
ocorreu no período 1808-1821, durante os 13 anos em climático El Niño provocam com frequência desnutrição
47
que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram em milhões de crianças, com sequelas sobre a saúde
8
GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um pede ações contra as consequências "previsíveis" do fe-
34
noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/el-nino-provoca-
ST
ND
das águas superficiais do oceano Pacífico em baixas oportuniza emprego para todos os tipos de indivíduos.
E as condições precárias de trabalho que se desenvolve-
MA
latitudes.
B fenômeno global que pode afetar apenas a região em ram no modelo econômico do capitalismo industrial.
3A
que ocorre, mudando os padrões de vento e afetando os
regimes de chuva apenas da região próxima do Chile.
79
Questão 69
C fenômeno que ocorre nos meses de junho, julho e
84
agosto. Um menino que mora em uma cidade localizada sobre
30
D fenômeno que prolonga, no estado de Roraima, os a linha do Equador (latitude 0º) quer construir uma casa
34
períodos de estiagem e diminui a pluviosidade ao lon- para a morada de pássaros, de forma que possa aprovei-
12
go do ano. tar melhor a entrada de raios de Sol.
E
A
fenômeno que não afeta o Brasil, sendo que o país sofre O menino deve colocar a entrada da casa na direção
ST
os efeitos do fenômeno La Niña, que traz chuva ao ser-
A norte, pois assim terá Sol na maior parte do ano.
TI
tão nordestino e estiagem prolongada da região Sul.
B oeste, pois terá sempre o Sol da manhã nas estações
BA
Questão 67 de inverno e verão.
C sul, pois terá sempre o Sol na estação do inverno, mas
A
No tempo da independência do Brasil, circulavam nas
ND
classes populares do Recife trovas que faziam alusão à não no verão.
D norte, pois terá sempre o Sol na estação do inverno,
MA
revolta escrava do Haiti:
mas não no verão.
3A
Marinheiros e caiados E leste, pois sempre terá o Sol da manhã nas estações
Todos devem se acabar, de inverno e verão.
79
Porque só pardos e pretos
84
O país hão de habitar. Questão 70
30
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos É simplesmente espantoso que esses núcleos tão de-
34
pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907 siguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados
Os acontecimentos no Haiti influenciaram o processo de
12
numa só nação. Durante o período colonial, cada um de-
A
independência do Brasil, pois les teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o ex-
ST
política.
pacionista baseado no absolutismo. RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido
A
B as elites temiam um processo semelhante no Brasil, do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.
ND
Questão 68
deu aos interesses socioeconômicos dos grandes pro-
TA
os trabalhadores nos engenhos de algodão ingleses em D formação de um regime monárquico absolutista, que
1834-47, cerca de um-quarto eram homens adultos, mais
sustentou a estrutura social estamental.
A
no de um projeto político revolucionário em torno dos coincidindo com a necessária justificativa de que a domi-
ideais comunistas.
12
ND
nham como objetivo
Cúpula dos Povos começa como
MA
A levar o pensamento ilustrado, que valorizava a liberda- contraponto à Rio+20
de e a igualdade social e de natureza.
3A
B difundir o pensamento lamarckista, que explicava a Enquanto a conferência oficial no Rio-centro, na Barra, é
restrita a participantes credenciados, que só entram de-
79
transmissão genética de características fisiológicas e
pois de passar por um forte controle de segurança, a Cú-
84
intelectuais adquiridas.
C justificar o abuso, domínio e a exploração europeia so- pula dos Povos é aberta ao público, em tendas ao ar livre
30
bre os povos africanos. no Aterro do Flamengo. Ela é aberta também às tribos e
34
D defender o darwinismo com bases científicas do direito discussões mais diversas, em mesas de debate e painéis
12
dos superiores se imporem aos demais seres vivos. geridos pelos próprios participantes, buscando promover
a mobilização social. Problemas ambientais, econômi-
A
E sustentar o pensamento antropológico, que tratava as
ST
diferenças culturais dos diversos povos como positivas cos, sociais, políticos e de minorias serão discutidos no
evento, afirma uma ativista norte-americana, em alusão
TI
e necessárias.
ao movimento que ocupou Wall Street, em Nova York, no
BA
Questão 72 ano passado.
A
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012.
ND
MA
Uma combinação entre as demandas ambientalistas e a
antiglobalização indica a
3A
A humanização do sistema capitalista financeiro.
79
B consolidação do movimento operário internacional.
84
C promoção de consenso com as elites políticas locais.
30
D criação de espaços de debates transversais globais.
E
34
construção das pautas com os partidos políticos socia-
listas.
A
12
Questão 75
ST
D do perigo sísmico, com maior suscetibilidade em áreas B a alteração química das rochas e de seus minerais.
84
E da poluição dos solos, com maior impacto em parcelas gem (rocha ou sedimento), gera uma alteração quími-
34
de clima semiárido.
A
ND
Questão 76
Tucídides relata em sua obra “História da Guerra do Pelo-
MA
wp-content/uploads/2012/01/piramides-de-
giz%c3%A9-egito1.jpg. Acesso em: 25 abr. 2015. “Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas
47
B exaltar a riqueza dos nobres e comerciantes. margem da política por conta da pobreza.”
C fortificar localizações estratégicas.
TI
simbolizar o poder dos governantes. do Peloponeso, Livro II, 37. Brasília; editora
E servir como templos religiosos para a adoração dos universidade de Brasília, 2001. p.109.
DA
deuses.
AN
ND
A adotava um critério censitário para a participação cientificista para a explicação dos fenômenos da na-
MA
política. tureza.
B estava assentado na igualdade entre todos os cidadãos. D uma orientação religiosa, que segue uma linha
3A
C foi construído à semelhança do regime político es- racionalista.
E um pensamento, com uma linha racionalista, que visa
79
partano.
estudar somente as estruturas da sociedade.
84
D garantiu direitos políticos para os homens e as mulhe-
res atenienses.
30
E levou ao fim da escravidão, dada sua incompatibilida- Questão 78
34
de com a democracia. O filho de sapateiro Gerard De Kremer, nascido em Flan-
12
dres em 5 de março 1512, nem podia imaginar que um dia
A
Questão 77 se tornaria um cartógrafo de estatura mundial, e tema de
ST
debates, ainda meio milênio mais tarde. Um tio abasta-
TI
do definira para ele uma carreira eclesiástica e pagou os
BA
seus estudos. Gerard estudou latim e, seguindo a moda
da época, adotou a versão latina de seu nome de família:
A
Mercator – comerciante.
ND
MA
3A
79
84
30
34
12
A
Disponivel em: http://www.historiadacartografia.com.br/projecao.html. Acesso em 10/04/2016.
ST
Com adaptaçã.
A projeção de Mercator
TI
BA
equador.
79
Pároco: Que é um milagre? pela distorção das formas e distâncias de modo a pre-
TA
Questão 79
te, você diria que se trata do quê?
BA
você diria que é? outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
Garoto: Uma mentira. patrícios manipular a justiça conforme seus interesses.
MA
Pároco: Eu não conto mentiras. Suponha que eu tivesse- Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma
A
-lhe dito que era o Sol; o que você diria então? comissão de dez pessoas — os decênviros — para escre-
93
Garoto: Que você não estava sóbrio! ver as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para
47
mo é
descrita no texto, foi resultado
A
ND
A maioria das necessidades comuns de descansar, dis- cionalismo.
trair-se, comportar-se, amar e odiar o que os outros amam B
MA
pela detenção do saber letrado pelos membros do clero.
e odeiam pertence a essa categoria de falsas necessida- C pela forte influência do teocentrismo católico.
3A
des. Tais necessidades têm um conteúdo e uma função D pela rejeição das tradições orais dos povos bárbaros.
determinada por forças externas, sobre as quais o indiví- E pela valorização das contribuições dos pensadores
79
duo não tem controle algum. clássicos.
84
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o
30
homem unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. Questão 83
34
Temos vivido, como nação, atormentados pelos males mo-
Segundo Marcuse, um dos estudiosos do marxismo, tais
12
dernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo novo,
forças externas visam sem termos podido conhecer uma história de rupturas re-
A
ST
A aspirações de cunho espiritual. volucionárias. Não que não tenhamos nos modernizado
B e chegado ao desenvolvimento. Mas não eliminamos re-
TI
propósitos solidários de classes.
BA
C interesses de ordem socioeconômica. lações, estruturas e procedimentos contrários ao espírito
D exposição cibernética crescente. do tempo. Nossa modernização tem sido conservadora.
A
E hegemonia do discurso médico-científico. NOGUEIRA, M. As possibilidades da política:
ND
ideias para a reforma democrática do Estado.
MA
Questão 81 Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
Considere os climogramas abaixo.
3A
O texto demonstra uma perspectiva comum acerca do
processo de modernização do Brasil na segunda metade
79
do século XX. De acordo com a análise, uma característi-
84
ca desse processo reside na(s)
30
A dificuldades políticas para implementação de reformas
34
sociais.
B 12
construção municipalista do regime representativo.
A
C organização estadual das agremiações partidárias.
ST
ma 1, em que se verificam elevados totais pluviométricos. Região de solos rasos e pedregosos, com presença recor-
MA
B a elevada amplitude térmica pode ser observada no rente de Vertissolos, caracterizada por extenso processo
climograma 1, o qual representa o clima equatorial. de pediplanação gerador de superfícies de relevo plano
3A
C a umidade climática representada no climograma 2 pontuada por inselbergs residuais isolados ou agrupados.
79
Questão 82
ND
GERBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud O domínio morfoclimático descrito no excerto correspon-
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A Amazônico.
ST
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"Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, – “proteger”:
O clima de hoje, os dramas de amanhã
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era nestes termos tão simples que os textos mais antigos
resumiam as obrigações recíprocas do fiel armado e do O Rio Araguaia, um dos maiores do País, já perdeu mais
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seu chefe. de 100 de suas ilhas, com o assoreamento documentado
por cientistas. O canal principal de navegação reduziu-se,
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Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.
sendo que a drenagem de água para fins de agricultura
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O trecho acima descreve uma relação fundamental da so- contribui para o agravamento da crise hídrica.
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ciedade medieval, na qual Goiânia e Aparecida de Goiânia sofrem sem água em par-
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A os cavaleiros se responsabilizavam pela segurança
tes das cidades, porque fazendas desviaram o curso de
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um rio. A Ilha do Bananal só existe agora como ilha du-
dos monarcas.
rante parte do ano porque o Rio Javaés, borda ocidental
A
B os nobres arrendavam terra aos camponeses.
ST
dessa ilha, só tem água durante dois meses no ano. Em
C os servos deviam obrigações feudais ao senhor.
vários municípios, a crise na captação é forte.
TI
D o sustento da Igreja Católica era garantido pelo paga-
Só na Serra das Areias, 15 nascentes e 9 cachoeiras se-
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mento do dízimo. caram.
E o vassalo devia obediência ao suserano.
A
Estudo recente do Painel do Clima (IPCC), publicado na
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revista Nature, atualizou a correlação entre volumes de
Questão 86
MA
emissão de gases do efeito estufa (GEE) e aumentos da
Numa primeira aproximação, o sistema colonial apresen- temperatura média na Terra até o fim do século – a conti-
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ta-se-nos como o conjunto das relações entre as metró- nuarem como hoje as políticas, o aumento será entre 3,2
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poles e suas respectivas colônias, num dado período da e 4,4 graus. Mesmo que os países cumpram os compro-
história da colonização; na Época Moderna, entre o Re- missos voluntários assumidos no passado, o aumento fi-
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nascimento e a Revolução Francesa, parece-nos conve- caria entre 2,9 e 3,8 graus.
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niente chamar essas relações, (...), Antigo Sistema Colo- Este ano, o El Niño contribuiu para o aumento da concen-
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nial da era mercantilista. E já esta primeira abordagem, tração de gases do efeito estufa para um nível recorde,
ainda puramente descritiva, permite-nos estabelecer para 12
ultrapassando, pela primeira vez, 400 partes por milhão.
A
logo uma primeira distinção de não somenos importância. Mudanças climáticas estão provocando deslocamento de
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Nem toda colonização se processa, efetivamente, dentro nuvens para os polos, exposição de zonas, tropical e sub-
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dos quadros do sistema colonial; fenômeno mais geral, de tropical, do planeta à radiação solar e desertificação.
BA
se processa travejado por um sistema específico de rela- de fatores que aceleram processos muitas vezes conside-
rados naturais, mas que, devido à ação antrópica, inten-
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da expansão colonizadora europeia. Noutras palavras, é A processos citados nos textos, uma vez que o primeiro
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o sistema colonial do mercantilismo que dá sentido à colo- ocorre em função da radiação solar, o segundo é um
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nização europeia entre os Descobrimentos Marítimos e a fenômeno atmosférico natural, e o terceiro está limita-
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Hucitec. São Paulo. 2011. p. 57-58. maior emissão de alguns gases e agravado pela ação
S
A se processa, necessariamente, dentro dos quadros do C El Niño, um fenômeno decorrente do efeito estufa, que,
A
capitalismo clássico e tradicional. por sua vez, tem origem no aquecimento global gera-
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B oferece sentido real à colonização europeia dentro dos do, principalmente, pela atividade industrial concentra-
da nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
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E se processa de maneira vigiada, por um sistema espe- que minimizam tal ocorrência.
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do calor.
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Com a ruralização, a tendência à autossuficiência de cada O carvão mineral é utilizado há mais de 2000 anos, desde
latifúndio e as crescentes dificuldades nas comunicações, a época da Ocupação Romana na Inglaterra, quando era
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os representantes do poder imperial foram perdendo ca- usado para aquecer as casas dos romanos. No entanto,
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pacidade de ação sobre vastos territórios. Mais do que sua importância surgiu com o desenvolvimento das má-
isso, os próprios latifundiários foram ganhando atribuições quinas a vapor, graças ao seu alto conteúdo energético e
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anteriormente da alçada do Estado. sua grande disponibilidade na Europa e na Ásia, e poste-
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FRANCO, Hilário Jr. O feudalismo. São riormente, no nordeste dos Estados Unidos. No Brasil, a
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Paulo: Brasiliense, 1986. (Adaptado.) existência do carvão no sul de Santa Catarina é conheci-
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da desde 1827, quando tropeiros, acampados na região
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De acordo com o texto acima, que descreve elementos conhecida como Barro Branco, perceberam que algumas
que contribuíram para a formação do sistema feudal, o rochas que haviam utilizado para a montagem de uma fo-
A
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feudalismo foi marcado gueira haviam entrado em combustão, transformando-se
em cinzas.
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A pelo desaparecimento do poder militar.
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B pelo estabelecimento dos laços de servidão. Fonte: TEIXEIRA, W. [et al.]. Decifrando a Terra.
C pelo fortalecimento da autoridade monárquica. São Paulo: Oficina de Textos, 2000, p. 472.
A
D pela fragmentação do poder político.
ND
E O carvão mineral possui grande importância na história da
pela influência política e econômica da Igreja Católica.
humanidade, graças ao potencial energético dessa rocha
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de origem
Questão 89
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A metamórfica.
Considere o texto abaixo.
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B sedimentar.
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"Crer antes de entender, porque não se está ainda em C magmática.
condições de se seguir a lógica do raciocínio e dispor o
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D Ígnea.
espírito pela fé a receber os germes da verdade, é um E radioativa.
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método não só muito salutar, mas indispensável, para de-
volver a saúde aos espíritos desorientados".
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(Santo Agostinho – pensador medieval)
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nhecimento.
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Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.
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