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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA CORRENTE


LICENCIATURA EM FISICA

ALESTATALY VOGADO

O TEATRO NO ENSINO DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA


DIDÁTICA SOBRE ASTRONOMIA

CORRENTE
2022

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RESUMO

Resumo de um trabalho acadêmico deve conter de 150 a 500 palavras. Logo abaixo do
resumo devem figurar as palavras-chave ou descritores, ou seja, as palavras
representativas do conteúdo do trabalho e, separadas entre si por ponto. Esse texto
costuma ser o último a ser elaborado.

Palavras-chave: Astronomia, aulas experimentais, peças teatrais

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ABSTRACT

É um elemento obrigatório que apresenta a sua versão para a língua estrangeira.

Keywords:

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A ASTRONOMIA NA BNCC
2.2 SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS NO ENSINO DE FÍSICA
3 METODOLOGIA
3.1 CARACTERÍSTICAS DA PROPOSTA
3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS ESPERADOS
5 CRONOGRAMA
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 INTRODUÇÃO

A astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes que são estrelas,


cometas, asteroides, nebulosas, galáxias, entre outros. Os astrônomos são os
profissionais, que observam os corpos celestes e acompanham a evolução do espaço
cósmico. A astronomia é umas das ciências naturais mais antigas, pois o homem é
interessado pelos fenômenos espaciais há milênios de anos, há registros, onde
diferentes povos em épocas diferentes observaram as fases da lua e os meteoros, tais
fenômenos mexeram com o imaginário dessas pessoas até que com o avanço das
tecnologias puderam ser minimamente compreendidas. A Astronomia é considerada
um dos campos mais antigos do conhecimento humano "[...] sendo difícil identificar
uma Cultura que não tenha se ocupado em observar cuidadosamente o Céu"
(CARVALHO FILHO; GERMANO, 2007, p. 2).

Desde o século XIX as aulas práticas experimentais fazem parte do


planejamento do ensino planejamento do ensino de Física da escola média (Lanetta
et al. 2007) tendo como objetivo proporcionar aos alunos um contato mais direto
com os fenômenos físicos. As aulas experimentais são conhecidas dentro das salas
de aula como aulas práticas ou aulas de laboratórios, nessas aulas os estudantes
interagem com materiais para observar os fenômenos naturais. Tais interações pode
ser de forma visual, onde os alunos apenas assistem a experiência realizada pelo
professor, em aulas chamadas de demonstrações; ou em aulas manipulativas, quando
os alunos são divididos em grupos e trabalham em no laboratório. Mesmo estando
há mais de 20 anos nos currículos escolares e apresentarem uma grande variação nos
planejamentos, os professores não tem familiaridade com essa atividade. Essas aulas
experimentais são de grande importância para os alunos, colocam eles para ter
contato direto com os conteúdos trabalhados em sala de aula, mas tais aulas ainda
são de difícil acesso pois algumas escolas ainda não possuem laboratórios para
desenvolver essas aulas e outro problema é o tempo mesmo tendo laboratórios a
carga da disciplina de física pode ser muito baixa para realizar as aulas. Então para
facilitar esse processo de contato direto com a física muitos docentes buscam outros
meios mais simples, com materiais do dia-a-dia eles confeccionam objetos que
explicam algum conteúdo da física, ou podem também buscar desenvolver peças
teatrais.

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A sala de aula não deve ser apenas um ambiente onde os alunos precisam ir
bem nas provas, responderem atividades, ter notas altas, pois assim o meio escolar
torna-se algo monótono, onde os alunos ficam desmotivados, deve-se procurar
trabalhar outros meios de ensinar, para a sala de aula ser um lugar de confiança,
onde o erro pode ser problematizado e com isso provocar no aluno o envolvimento
de aprender, de expor suas ideias e principalmente de criar. A criatividade está
presente na vida de todos e precisa ser trabalhada nas escolas, para os alunos poder
falar, atuar e com isso não ter a necessidade absurda de trabalhar e formar apenas o
espirito cientifico deles. Como afirma Zanetic (1989, p. VI):

A física também é cultura. A física também tem seu romance intricado e


misterioso. Isto não significa a substituição da física escolar “formulista” por uma física
“romanceada”. O que desejo é fornecer substância cultural para esses cálculos, para que
essas fórmulas ganhem realidade cientifica e que se compreenda a interligação da física
com a vida intelectual e social em geral.

Faz-se necessário conhecer a realidade dos jovens, adolescentes que estão


imersos em um mundo onde várias dimensões do conhecimento pode ou não os motivar
a se envolver, nesse trabalho pretendo propor um meio de ensino de física onde o aluno
se enriqueça culturalmente ao participar da aula experimental, saindo um pouco da
rotina de ensino formal. Espero também que esse trabalho possa demonstrar que as
atividades teatrais podem colaborar na tarefa de transmitir conhecimento em sala de
aula. Essa peça teatral pode facilitar a compreensão de alguns conceitos da astronomia
sem a necessidade de incluir a apresentação algorítmica, com resumos e aulas em sala
de aula, essa peça poderá fornecer uma visão mais rica sobre essa área da física. E com
isso, interligar o ensino de física com o que escreve Zanetic (1989, p. 161.): “ É a física
compondo um elemento cultural necessário para a formação de qualquer cidadão
contemporâneo”.

De acordo com a BNCC a astronomia está presente no ensino do Brasil desde


1534 com os jesuítas que ensinavam para os senhores de engenho, os colonos, escravos
e índios. Nessa época o ensino era desenvolvido pela leitura e escrita isso ocorria por
causa do contexto da época que não era tão desenvolvida ainda e era através da
astrologia que se dava esse estudo. Depois com o avanço dos estudos e com a
aparecimento dos primeiros telescópios no século XVI, houve mudanças nos métodos
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científicos e então começaram a questionar a relação entre os fenômenos celestes e a
vida na Terra fazendo com a astrologia perdesse sua utilidade para as pessoas da época
que preferiram na astronomia pois essa ciência começou a trabalhar com posições,
orientações das coordenadas celestes que serviram para usar nas navegações da época. E
depois do lançamento do primeiro satélite espacial, o Sputnik, em 1957, pelos
soviéticos, foi iniciado um movimento internacional curricular com a intenção de atrair
as pessoas para os serviços na área cientifica, com o intuito de desenvolver o meio
cientifico e tecnológico. A partir desse fato os currículos brasileiros passaram a ser
influenciados por projetos educacionais, como o PSSC (Physical Science Study
Committee) e o projeto Harvard, ambos dos Estados Unidos, que incluíam a astronomia
em suas propostas e foi nessa época que o surgiu o Projeto Brasileiro de Física, onde a
astronomia era como o ingresso de entrada para o ensino de Física.

Na BNCC do Ensino Médio, a área de “Ciência da Natureza e suas


Tecnologias” passa a ter as seguintes Unidades Temáticas: “Matéria e Energia” e “Vida,
Terra e Cosmos”, apoiando-se na ideia de que deverão ser desenvolvidas sob quatro
eixos: “conhecimento conceituais”, “contextualização social, histórica e cultural da
ciência e da tecnologia”, “processos e práticas de investigação” e “linguagens
específicas”. Com isso, a área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias apresenta três
“competências específicas”, cada qual com suas respectivas habilidades associadas
(Brasil, 2018).

O método tradicional de ensino de física é muito cansativo e desgastante para


os alunos com muitas formulas e cálculos, por isso é necessário buscar meios de
melhorar a transmissão do conteúdo, ás vezes sem perceber e por não ter muitos meios o
professor acaba considerando a matemática como um mero instrumento da física e só
ensina essa disciplina por esse meio, que pode ocasionar medo nos alunos por não terem
domínio da matemática, muitas vezes compreendem a parte explicativa da física mas
quando chega na parte do cálculo falta entusiasmo de alguns alunos para se interessar
pelas aulas e isso é demostrado diariamente nas escolas públicas brasileiras. A
dificuldade de ensinar física está presente na maioria das escolas e por isso estudar a
astronomia é tão importante nesse trabalho, que tem o intuito de levar aos alunos a física
de forma lúdica, divertida para eles ter contato com o avanço dessa área da ciência,
através do teatro e no plano de disciplina apresentarei outras formas de trabalhar essa
área da física durante meu estagio.

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Analisando a BNNC percebe-se na competência 2 se refere a analisar e utilizar
interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do
Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis. E a habilidade que
utilizarei será a (EM13CNT201): Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos
em diferentes épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o surgimento
e a evolução da Vida, da Terra e do Universo com as teorias científicas aceitas
atualmente. Como já foi apresentado no início desse projeto o foco desse trabalho é
procurar meios de ensinar a astronomia de forma dinâmica aos alunos do ensino médio.
Os objetivos desse trabalho serão analisar como está o ensino de astronomia na escola,
estimular os alunos para o aprendizado da astronomia, desenvolver a peça teatral,
utilizar aplicativo que mostra o universo e os astros.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Texto de apresentação do capítulo a ser redigido no final da sua construção.

2.1 A astronomia na bncc

Em relação aos conteúdo do Ensino Médio, os PCN também organizados por


competências e habilidades traziam seis temas estruturadores, dentre eles “Universo,
Terra e Vida”, esse tema será abordado no meu plano de disciplina durante o estágio e
com ele os PCN propunha o estudo dos movimentos do sistema Sol, Terra e Lua, a
compreensão das interações gravitacionais, teorias e modelos de surgimento,
constituição e evolução do Universo, bem como as modificações de visão de mundo
pela abordagem dos modelos geocêntrico e heliocêntrico, além da abordagem de
aspectos culturais da astronomia. Comparativamente com o que está disponível na
BNCC, as habilidades assumiram uma redação mais sucinta, com o objetivo de serem
mais objetivas, o que provavelmente está de acordo com o novo design do ensino
médio. Embora os dois documentos PCN´s e a BNCC, estejam separados por cerca de
20 anos, ambos foram elaborados por equipes onde alguns nomes coincidem, como se
pode constatar nos próprios documentos, principalmente entre profissionais e
pesquisadores do ensino de ciências. Espera-se, portanto, que muitas ideias permaneçam
e que o discurso nesta área continue a privilegiar a formação para a cidadania e para o
mundo do trabalho. Apesar disso, ao longo dos anos, a disciplina, principalmente no
ensino médio, tem colocado uma forte ênfase em conteúdos e metodologias, que são
corroboradas por vestibulares e avaliações institucionais, pois nosso modelo
educacional é amplamente baseado em objetivos e resultados nesses instrumentos. A
perspectiva desses documentos curriculares defende que o ensino deve ser realizado em
um movimento do concreto para o abstrato, levando em consideração o que o aluno já
sabe e primando pelas formulações mais teóricas e abstratas. Portanto, é compreensível
que o ensino parta do movimento e das observações do céu para os modelos
explicativos da evolução estelar e do Universo. Uma das formas de abordar esse
conteúdo é primeiro apresentar o conteúdo fazer um exame diagnostico e depois do
resultado abordar o conteúdo de acordo com a realidade deles, pretendo usar aplicativos
e o teatro para facilitar esse ensino do conteúdo. A parte da astronomia que será
estudada é “Universo, Terra e Vida”.

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2.2 sequencias didáticas no ensino de física

As sequencias didáticas são formas que os docentes criam para organizar


metodologicamente um conteúdo disponível na BNCC de acordo com a série, na BNCC
tem as competências e as habilidades sobre cada serie/ ano.

As aulas de Astronomia no ensino médio, muitas vezes são utilizadas apenas


para elucidar alguns temas de física sem muito aprofundamento, quando poderia ser
abordada de maneira que o aluno aprendesse ou pelo menos compreendesse mais a
física pela Astronomia e vice-versa. Percebe-se que a Astronomia já não é uma
disciplina curricular há muito tempo, mas faz parte do currículo e pode ser ensinada aos
discentes do ensino médio através do tema estruturador Universo, Terra e Vida. Neste
trabalho como já foi relatado anteriormente serão desenvolvidas atividades
complementares e experimentais para introduzir a astronomia no ensino de física na
cidade de Barreiras do Piauí. As atividades desenvolvidas durante a realização do
estágio, serão baseadas em várias metodologias de ensino, apresentadas no plano de
disciplina que irão se encaixar de acordo o conteúdo a ser trabalhado e tem como
objetivo geral tornar as aulas mais descontraídas onde os alunos deixarão de ser
coadjuvantes e se tronarão uma parte essencial da aula. As SD estão incluídas em várias
áreas de ensino, para facilitar o ensino nas salas de aula, e com o avanço da tecnologia
elas estão cada vez mais aprimoradas e são melhores aplicadas, temos disponíveis
filmes e aplicativos para trabalhar em sala de sala de aula e com isso manter os alunos
conectados e tornar as aulas mais inovadoras.

3 METODOLOGIA
Durante o ensino não só de física, mas de as disciplinas é notório que os alunos
aprendem mais quando o ensino se dá através da interação com a realidade deles, um
exemplo disso é o uso de filmes ou de aplicativos, que está bastante inserido no meio
dos alunos. E também podemos observar que o teatro também está muito presente nas
escolas brasileiras, durante a realização da feira de ciências, por exemplo.

3.1 CARACTERÍSTICAS DA PROPOSTA


Essa proposta de atividade experimental será desenvolvida no primeiro
semestre de 2023, na escola que eu vou está realizando meu quarto e último estágio do
curso, onde estarei como estagiário regente e vou poder inovar nas minhas aulas. Esta

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proposta vai ser organizada por mim, pelo professor de física da escola estadual,
Unidade Escolar Cristan Barreira Parente, com os alunos do 1º Ano, em média com 56
alunos, geralmente a escola tem duas turmas de 1º Ano. A ideia é desenvolver planos de
aulas de forma que a astronomia seja incluída no processo de ensino-aprendizagem,
com a intenção de colocar os alunos para desenvolver seus pensamentos críticos. Essa
escola é localizada na cidade de Barreiras do Piauí, cidade localizada no sul do estado
do Piauí, a cidade tem 4 escolas duas municipais e duas estaduais, nenhuma escolar
privada.

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


A ideia do projeto de TCC é de início apresentar para a direção da
escola o plano de disciplina com o tema que será trabalhado, e possíveis
atividades experimentais.
As atividades experimentais serão filmes, uso de aplicativos,
apresentações teatrais, sobre o tema Universo.

4 RESULTADOS ESPERADOS

5 CRONOGRAMA

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria


de Educação Básica, 2018.

CARVALHO, J. C. FILHO; GERMANO, A. S. M. Astronomia: contemplando o céu.


Natal: EDUFRN, 2007.

CARBONI, Ariovaldo. Astronomia no ensino médio: uma proposta de sequência


didática. 2016. Dissertação (Mestrado em Ensino de Física) – Universidade Federal de
São Carlos, Sorocaba, 2016. Disponível em:
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8466.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.


Brasília: MEC/SEF, p.1-23, 2000. . Acesso em: 05 dez 2022.

ZANETIC, J. Alguns tópicos de “filosofia” da ciência. Notas de aula do curso Evolução


dos Conceitos da Física. São Paulo: Publicação do Instituto de Física, USP, 1999.

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