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SECRETARIA DE ESTADO DE

EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA A RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS


COLÉGIO ESTADUAL CRAVEIRO COSTA
PROFESSOR(A): COMPONENTE CURRICULAR: SÉRIE: 2ª TURMAS:
Miquéias Gondim de Freitas Física CeD
COORDENADOR(A): CARGA HORÁRIA PREVISTA: PERÍODO DE EXECUÇÃO:
Erica 08 h DE 20/03/2023 A 31/04/2023

DELIMITAÇÃO TEMÁTICA
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 02
Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos,
realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e
defender decisões éticas e responsáveis.
HABILIDADE FOCAL
(EM13CNT208) Aplicar os princípios da evolução biológica para analisar a história humana, considerando sua
origem, diversificação, dispersão pelo planeta e diferentes formas de interação com a natureza, valorizando
e respeitando a diversidade étnica e cultural humana.
HABILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO (se houver)

DESCRITORES (se houver)


Língua Portuguesa
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que abordam o
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daqueles em que será recebido.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo
tema.
OBJETOS DE CONHECIMENTO (focais e de recomposição)
 Princípios da evolução e diversidade humana:
 Astronomia e cultura (céu africano, grego, indígena, ocidental etc.).
 Astrologia e suas curiosidades.
 Temas contemporâneos transversais:
 Diversidade cultural.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

SITUAÇÃO 1 (60 minutos)


O professor irá apresentar-se à turma, iniciando um diálogo com os alunos.
Em seguida, os alunos irão se apresentar de forma breve, falando o seu nome e as suas expectativas em relação
ao componente curricular.
Terminada essa etapa, o professor realizará o contrato didático com a turma, apresentando a sua maneira de
trabalhar.
Por exemplo:
1. Respeito mútuo na relação professor aluno.
2. Respeito mútuo por parte dos colegas da turma.
3. Compromisso de chegar no horário da aula, tanto por parte do professor como por parte do aluno.
4. Empenho e dedicação na execução das atividades propostas pelo professor, inclusive sendo necessário
que as atividades sejam entregues de acordo com o prazo solicitado pelo professor.
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SITUAÇÃO 2 (60 minutos)


Nesse momento será trabalhada a compreensão do conceito de “mito”. A finalidade desse momento, é conduzir
os alunos ao entendimento de que originalmente o mito não está vinculado a ideia de verdade ou mentira,
mas ao conjunto de explicações do cotidiano vivenciado pelos povos da antiguidade.

Será entregue para cada aluno a cópia do texto “o sopro de Tupã” [Anexo 1], relacionado à mitologia tupi-
guarani. Será dado um período de 10 minutos para que os alunos façam a leitura e a análise do texto através
da aplicação de procedimentos de leitura [Anexo 6]. Em seguida, os alunos serão incentivados pelo professor
a atentar para algumas questões pós-leitura:
1. Qual é a ideia principal presente no texto?
2. Quais os detalhes do texto lhe chamaram a atenção?
3. A partir da leitura realizada do texto e observando os meios utilizados para descrever a origem de
todas as coisas, é correto afirmar que o mito se trata de uma mentira? Por quê?

Depois de realizada a leitura e respondidas as questões, o professor irá consolidar as aprendizagens


discutindo com a turma as respostas dos alunos e apresentando para os alunos a ideia de mito.

SITUAÇÃO 3 (120 minutos)


Conduzir o aluno à percepção da importância do mito como um elemento construtor de significado visando a
explicação de algo desconhecido. Nesse caso, a análise será realizada em função da nossa galáxia, a Via
Láctea. Os alunos irão se deparar com diferentes resposta para o que é a Via Láctea (uma mancha
esbranquiçada no céu que é perceptível a olho nu), respostas essas traduzidas em mitos vinculados a
diferentes culturas.

Será entregue para os alunos uma cópia do texto “diversos nomes para o nosso lar” [Anexo 2]. Os alunos
terão realizarão a leitura do texto aplicando os procedimentos de leitura [Anexo 6]. Em seguida, eles irão
copiar e responder as seguintes perguntas no caderno:

1. De que maneira a ideia de “mito” se relaciona com o que está sendo apresentado pelo texto?
2. Dentre todas as explicações para a existência da via láctea (mancha esbranquiçada no céu) é possível
apontar uma que seja mais correta do que outra? Por quê?

Em seguida, o professor irá consolidar as aprendizagens desenvolvidas, destacando que o texto “diversos
nomes para o nosso lar” [Anexo 2] mostra a importância do mito na busca de explicações, utilizando os
recursos característicos de cada povo, com a sua cultura específica e limitados por um espaço geográfico e
tempo histórico. É interessante aproveitar esse momento, para reforçar que a ideia de mito não se trata de
verdade ou mentira e levar uma mensagem de respeito e tolerância às diferenças de crenças e opiniões.

A fala do professor será norteada pelos seguintes pontos:


 As dimensões da nossa galáxia;
 Origem da palavra “galáxia”;
 A “via láctea” dentro das mitologias dos povos antigos:
 Grécia;
 Finlândia;
 Armênia;
 Países do norte;
 Ásia Oriental;
 Espanha.

SITUAÇÃO 4 (120 minutos)


Levar o aluno a uma análise a respeito da influência do conhecimento da astronomia na organização dos povos
antigos. Nesse caso, será dado destaque sobre a importância do conhecimento astronômico para a
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sobrevivência desses povos, bem como a elaboração de instrumentos de medidas e a aplicação do método
empírico traduzido na observação.

Será entregue para os alunos um cópia do texto “A importância da astronomia para os povos antigos” [Anexo
3]. Os alunos realizarão a leitura do texto aplicando os procedimentos de leitura [Anexo 6]. Em seguida, eles
irão copiar e responder as seguintes perguntas no caderno:

1. A partir das informações presentes no texto é possível afirmar que o conhecimento da astronomia foi
fundamental para a organização e sobrevivência dos povos antigos? Justifique:
2. Segundo o texto, o que é uma observação empírica? Como esta observação se relaciona com o
conhecimento da astronomia?
3. Como a astronomia se relaciona com a prática religiosas dos povos antigos?
4. De que maneira os povos antigos fizeram uso do conhecimento astronômico para a marcação de
períodos de tempo?

Em seguida, o professor irá consolidar as aprendizagens desenvolvidas, discutindo as respostas escritas pelos
alunos e destacando a importância da astronomia para a constituição e sobrevivência dos povos da
antiguidade.

A fala do professor será norteada pelos seguintes pontos:


 Utilização do conhecimento a respeito dos astros;
 Observação empírica;
 Monumentos e inscrições;
 Cálculo de intervalos de tempos regulares;
 Astronomia e religião;
 Astronomia e cosmogonia;
 Astronomia e coordenadas geográficas.

SITUAÇÃO 5 (120 minutos)


A finalidade dessa aula é conduzir o aluno à compreensão de que embora a astronomia e a astrologia eram
tratadas como uma só forma de conhecimento na antiguidade, e possam atém mesmo ter alguma coisa em
comum, em essência elas não são a mesma coisa, de modo, que a astronomia é um conhecimento científico,
já a astrologia não é considerada como científica, sendo melhor classificada como pseudociência.

O professor irá organizar a sua turma em dupla. Em seguida, irá entregar dois textos para cada dupla, cujos
títulos são: “o que é astrologia?” [Anexo 4] e “astrologia não é uma ciência” [Anexo 5]. Em seguida, os alunos
irão realizar a leitura dos textos aplicando os procedimentos de leitura [Anexo 6], de modo, que cada
componente da dupla leia apenas um texto. Concluída a leitura do texto, cada componente da dupla irá falar
para o seu colega a respeito do texto que ele analisou, em contrapartida, o colega irá realizar as anotação que
julgar pertinentes em seu caderno, utilizando o estilo que julgar mais conveniente: resumo por tópicos,
resumo por mapa conceitual, resumo linear etc.

O professor fará a consolidação das aprendizagens desenvolvidas ao longo da aula, tendo os seguintes pontos
como referência:
 Pseudociência;
 Astronomia e Astrologia na antiguidade;
 A astronomia é um conhecimento científico, a astrologia é uma crença.
 A astrologia se utiliza da astronomia.
 Funcionamento da astrologia.
 Argumentos científicos em oposição à astrologia:
 Teoria Gravitacional.
 Teoria Eletromagnética.
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 Testes de previsões astrológicas.

Obs.: É importante destacar que durante o desenvolvimento da aula, é interessante que o professor enfatize a
necessidade de respeitar as diferenças de opiniões, deixando claro que o objetivo da aula é apenas trazer uma
abordagem que diferencie a astronomia e a astrologia, não visando influenciar na crença de ninguém.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO RECURSOS


 Questões trabalhadas nas situações 02, 03 e 04.  Textos em Anexo.
 Anotação realizadas no caderno no momento de  Livro didático.
análise dos textos, incluindo as anotação  Data show (opcional)
presentes no momento 05.  Quadro.
 Participação nas discussões desenvolvidas ao  Pincel ou giz.
longo das aulas.
 Respeito à opinião do colega.
 Respeito à vez de falar do colega.

DEVOLUTIVA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Assinatura do(a) Coordenador(a) Assinatura do(a) Professor(a)


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ANEXOS

Anexo 1
O sopro de Tupã
No princípio o deus Tupã morava no vazio, numa escuridão sem fim. Primeiro, Tupã criou o céu e as estrelas,
onde fez sua morada e abaixo criou as águas. Depois, Tupã desceu lá de cima, em grande redemoinho. Logo
que Tupã tocou as águas, o sol surgiu no arco do céu. Quando o sol chegou ao ponto mais alto, seu calor
rachou a pele de Tupã. E finalmente, quando o sol desapareceu do outro lado do céu, a pele de Tupã caiu do
corpo dele, se estendeu sobre as águas e formou as terras. No dia seguinte, o sol apareceu no céu e percebeu
a mudança. O sol chegou novamente ao ponto mais alto e Tupã pegou um pouco de barro, amassou e moldou
o primeiro Homem. Soprou-lhe o nariz e lhe deu vida. O Homem cresceu e ficou grande como Tupã, mas não
falava. O grande deus soprou em sua boca e começou a falar. Então, Tupã soprou na orelha esquerda a
inteligência e na orelha direita a sabedoria. Na cabeça do Homem, Tupã desenhou os raios e trovões sagrados
que são os de pensamentos. No corpo do Homem, Tupã colocou as águas das emoções e dos desejos que se
movimentam para criar ou para destruir. Por fim, Tupã deu ao Homem o poder de escolher entre criar e
destruir. Terminada a criação, Tupã voltou para o céu montado em seu redemoinho.
Fonte: CLARO, Regina. Encontros de história: do arco-íris à lua, do Brasil à África. São Paulo: Cereja, 2014, p. 4.
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Anexo 2
Diversos nomes para o nosso lar
Se você olhar para o céu de um lugar muito escuro, você provavelmente
irá ver uma ampla faixa de estrelas, cobertas de nuvens de poeira e gás.
O que você está vendo é um pedaço da Via Láctea, nossa galáxia
doméstica. Ela é a segunda maior galáxia já conhecida, e se você
tentasse atravessar por ela na velocidade da luz levaria 100.000 anos
para chegar ao outro lado.
A Via Láctea vista
De onde vem o nome da nossa galáxia?
As primeiras menções da Via Láctea nos levam até os gregos antigos, que chamavam nosso sistema estelar de
“galaxias kyklos”, que significa “ciclo do leite”. Alguns pesquisadores acreditam que a nossa galáxia obteve
esse nome por causa da sua aparência leitosa que se estende pelo céu, e a própria origem da palavra grega
“galáxia” vem de “gala”, que significa leite.
Na Roma Antiga nossa galáxia também já era chamada de Via Láctea, que literalmente significa "Caminho de
Leite".
A mitologia grega também relaciona a galáxia e sua criação com o alimento. Segundo o mito, o deus Zeus
trouxe o bebê Hércules para que ele pudesse mamar no seio de sua esposa, enquanto ela dormia. Quando
Hera acordou, ela se afastou, e seu leite materno se espalhou pelo firmamento, criando a Via Láctea.
O nome “Via Láctea” também é utilizado em diversas outras línguas, em suas respectivas traduções, como
"Milchstrasse" na Alemanha, e o "Melkeveien" na Noruega. No entanto, alguns países dão nomes bem
diferentes para a nossa galáxia, baseado em suas mitologias.

Os outros nomes da Via Láctea


Na Finlândia, a Via Láctea é chamada de "Linnunrata", ou "caminho dos pássaros". Esse nome vem da
mitologia finlandesa, que conta que na borda da Terra estava o "Lintukoto", uma região quente para onde as
aves migravam durante o inverno.
Para os finlandeses, a faixa de luz que podemos observar da Terra era o caminho que os pássaros faziam em
direção à Lintukoto, e por isso se chamava de "caminho dos pássaros".
A Armênia também tem uma ideia diferente sobre a Via Láctea, que lá é chamada de “duro goghi chanaparh”,
ou "o caminho do ladrão de palha". Sua mitologia diz que o deus Vahagn roubou a palha de Barsham, o rei
assírio, e a levou para a Armênia durante um inverno muito frio. Para chegar até lá, ele fugiu pelos céus e
deixou cair uma das palhas no caminho, formando a Via Láctea. Por influência armênia, nossa galáxia também
é chamada assim em vários países da Ásia Central e África.
Em alguns países do norte, como a Islândia e Suécia, a Via Láctea é chamada de "Caminho do Inverno", pois
no Hemisfério Norte a Via Láctea é mais visível nessa época do ano.
Já em grande parte da Ásia Oriental, a galáxia é conhecida como o "Rio da Prata", devido a uma lenda chinesa
que conta sobre a paixão da Deusa Weaver e um camponês. Para separar os dois, a Rainha Mãe Celestial, mãe
de Weaver, desenhou um rio de prata entre o casal para que eles fossem separados para sempre. Esse rio de
prata seria a Via Láctea.
Na Espanha, a Via Láctea também é conhecida de “Caminho de Santiago”, pois os peregrinos a utilizavam para
se guiarem até Santiago de Compostela, um local sagrado. O nome Compostela também é usado para se
referir a galáxia, e significa "campo de estrelas".
Texto adaptado da Fonte: https://www.hipercultura.com/porque-a-via-lactea-tem-esse-nome/
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Anexo 3
A Importância da Astronomia para os povos antigos
Hoje em dia, é possível explorar o que vemos no céu utilizando
de um telescópio ou até mesmo viajar em uma nave espacial
para a órbita da Terra — e além. Mas, muito antes disso, a
importância da astronomia para os povos antigos já se
estabelecia, mesmo sem equipamentos de observação mais
avançados do que os olhos humanos. O conhecimento sobre
os astros era utilizado para contar o tempo e navegar,
construir narrativas, erguer sociedades e até mesmo
compreender a relação entre homem e universo.
De acordo com Marcial Maçaneiro, professor e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(PUCPR), desde 3000 a.C as civilizações antigas já registram procedimentos e a procura de um saber
astronômico que é baseado na observação empírica. "Existem indícios de que os chineses, os babilônios,
assírios e os egípcios e na sequência, em torno de 1.500 a.C, também no mediterrâneo com a Grécia e na
América do Sul e Central, os povos pré-colombianos, os Maias, Incas e Astecas também praticavam o que
chamamos de astronomia", explica.
Segundo o professor, a observação empírica consiste em perceber alguns elementos da natureza que se
repetem e formam um padrão no curso das estações do ano, sobretudo quando temos um marco de mudança
de estação, que são as grandes diferenças entre o inverno e a primavera. "Esses povos antigos observavam a
interação entre o céu e a terra, percebendo que havia uma relação entre o ciclo das estações com a mudança
evidente do clima de um lado", aponta Maçaneiro.
Depois, isso se relacionava com manifestações de fecundidade da terra, não apenas com o ciclo das águas
com cheias, vazantes, tempestades, mas esses fenômenos estavam também relacionados com as estações do
ano, portanto é possível observar uma marcação celeste com a movimentação de astros que correspondem
ao início das estações.
Como os povos antigos observavam o universo
O professor reitera que a relação com a astronomia
proporcionava o entendimento dos ciclos de estações na terra e
suas manifestações, ciclo agrícola, hidrológico. "Esses ciclos
podem ser demarcados observando os céus, pela inclinação da
Terra, os povos dos hemisférios Norte e Sul conseguiram
perceber que havia um padrão, as estrelas marcavam
momentos, um ritmo combinado com as mudanças climáticas e
as estações que se alternavam", explica.
O mais fácil, segundo o pesquisador, era demarcar os momentos de transição, com monumentos ou
inscrições. "É muito interessante que civilizações antigas tenham construído monumentos em pedras ou
também aproveitado de escavações que retiram o raio do Sol e delimitam o caminho do Sol, para quando
mudasse as estações, houvesse uma celebração a entrada do astro. Seja por uma cripta subterrânea, pelos
megalíticos ou por torres, percebiam um certo ritmo com movimentos", acrescenta Maçaneiro.
Esses monumentos foram os primeiros instrumentos de cálculo do tempo para que se pudesse perceber que
os ciclos celestes das estações e da agricultura, e hoje nomeamos de calendário, determinado pelo período
que passa na Terra conforme o planeta gira. "Temos os desenhos de 12 constelações, cada casa forma um
tempo
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na Terra percebido e observado durante o período de uma determinada constelação (Câncer, Capricórnio
etc): as calendas. O cálculo das calendas é o que acontece naquele período que determina o que chamamos
de calendário, a coleção das calendas de um ano solar são marcadas pelo ciclo completo do Sol em relação à
Terra e isso nasce das observações empíricas", aponta o pesquisador.
Com isso, é possível observar que os povos antigos conseguiram,
através dos cálculos das calendas, observar de um lado a Terra, as
estações, os períodos de seca, estiagem, mapear os fenômenos
climáticos e antecipar crises que pudessem afetar a reserva de
grãos. Além disso, eles também entendiam as potências da
natureza como divindades ou poderes que tinham uma
personalidade. "Por isso que de 3000 a.C. até 700 a.C. é muito
comum que astronomia antiga dessas civilizações se confunda
com a religião dessas civilizações, porque entendiam essas
potências da natureza como divindades", relembra Maçaneiro.
O culto solar se tornou um consenso entre as civilizações antigas
da Babilônia até os pré-colombianos, conforme explica o
pesquisador. A lua foi divinizada como o polo negativo e feminino. A partir da astronomia antiga criam a
cosmogonia, mitos e narrativas da criação que entendiam as potências da natureza como divindades.
"Conseguimos evoluir muito porque os povos mediterrâneos já tinham um calendário solar mais estável, do
conhecimento dos períodos que eram melhores para agricultura e até mesmo quando havia secas. Isso
impactou na edificação de cidades, alimentação, ocupação de terrenos e áreas de plantio. As capitais dessas
populações estão localizadas em coordenadas geográficas que permitem a sobrevivência", conclui o
pesquisador.
Em lugares escuros e remotos, antes do advento das metrópoles modernas de hoje, o céu noturno era muito
diferente. Astrônomos antigos de vários lugares do mundo fizeram muitas observações e previsões iniciais. Os
registros históricos contam com muitos mapas estelares, que revelam esforços claros para mapear o céu
noturno e aprender mais sobre a mecânica de nosso universo. Vale entender que, ao longo dos séculos
seguintes, os astrônomos formalizaram o estudo do céu criando catálogos detalhados de estrelas,
aglomerados de estrelas e nebulosas.
Fonte: https://canaltech.com.br/espaco/a-importancia-da-astronomia-para-os-povos-antigos-183856/

Anexo 4
O que é astrologia?
Para a astrologia, os eventos na Terra e em escala humana estão
relacionados com os movimentos de corpos celestes no céu.
É considerada hoje em dia uma pseudociência, incompatível com o
método científico. No entanto, até o século XV, a astronomia e a
astrologia eram indistinguíveis uma da outra.
Os astrólogos acreditam que o posicionamento dos planetas no
céu no momento do nascimento de uma pessoa define aspectos
de seu
caráter e personalidade, e também o seu destino. Muitos defendem questões científicas nesta influência,
como os campos eletromagnéticos, mas os cientistas refutam essas afirmações.
No entanto, a astrologia atualmente é vista por grande parte das pessoas como uma forma de proporcionar
entendimento sobre características da personalidade humana.
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Com isto, a astrologia como pseudociência se baseia em fatos científicos, mas não pode ser comprovada pelo
método científico.

Como entender a astrologia?


Os astrólogos dividem o céu em 12 seções representadas por uma circunferência. A posição do Sol em relação
a estes pontos no céu delimitados por constelações no momento do nascimento de uma pessoa define o seu
signo.
No momento do nascimento, cada “seção” também é dividida em 12, em que ficam registradas as “casas”. As
casas também são regidas por signos. O signo ascendente, que definiria aspectos da personalidade do
indivíduo, é indicado na primeira casa. Cada casa corresponderia a algum aspecto da vida do indivíduo.
Os planetas e signos nas casas podem se alterar dependendo da hora em que o indivíduo nasceu. Por
exemplo, alguém que nasceu com o signo de Áries na casa 1 poderia ter tido Touro na mesma casa se tivesse
nascido em outro horário do dia.

Os signos do Zodíaco
 Áries: indivíduos nascidos entre 19 de março e 21 de abril.
Os nascidos sob o signo de Áries seriam regidos pelo
planeta Marte.
 Touro: indivíduos nascidos entre 20 de abril e 20 de maio.
Os nascidos sob o signo de Touro seriam regidos pelo
planeta Vênus.
 Gêmeos: indivíduos nascidos entre 21 de maio e 21 de
junho.
Os nascidos sob o signo de Gêmeos seriam regidos pelo
planeta Mercúrio.
 Câncer: indivíduos nascidos entre 22 de junho e 22 de
julho. Os nascidos sob o signo de Câncer seriam regidos
pela Lua.
 Leão: indivíduos nascidos entre 23 de julho e 22 de agosto.
Os nascidos sob o signo de Leão seriam regidos pelo Sol.
 Virgem: indivíduos nascidos entre 23 de agosto e 22 de setembro.
Os nascidos sob o signo de Virgem seriam regidos pelo planeta Mercúrio.
 Libra: indivíduos nascidos entre 23 de setembro e 23 de outubro.
Os nascidos sob o signo de Libra seriam regidos pelo planeta
Vênus.
 Escorpião: indivíduos nascidos entre 24 de outubro e 21 de novembro.
Os nascidos sob o signo de Escorpião seriam regidos pelo planeta-anão Plutão.
 Sagitário: indivíduos nascidos entre 22 de novembro e 21 de dezembro.
Os nascidos sob o signo de Sagitário seriam regidos pelo planeta Júpiter.
 Capricórnio: indivíduos nascidos entre 22 de dezembro e 19 de janeiro.
Os nascidos sob o signo de Capricórnio seriam regidos pelo planeta Saturno.
 Aquário: indivíduos nascidos entre 20 de janeiro e 18 de fevereiro.
Os nascidos sob o signo de Aquário seriam regidos pelo planeta Urano.
 Peixes: indivíduos nascidos entre 19 de fevereiro e 20 de março.
Os nascidos sob o signo de Aquário seriam regidos pelo planeta Netuno.
Todos os movimentos planetários são comprovados por observações astronômicas. Atualmente, os astrólogos
utilizam dados de observação de astrônomos para elaborarem suas conclusões astrológicas. Mas esta é
praticamente a única característica em comum entre astronomia e astrologia.
Fonte: https://www.diferenca.com/astronomia-e-astrologia/
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Anexo 5
Astrologia não é ciência
A astrologia relaciona a posição dos astros no céu, tanto no nascimento quanto diariamente, com fatos na
Terra, incluindo os humores e destinos das pessoas. Ela assume que há ação dos corpos celestes sobre os
objetos animados e inanimados e que os ângulos aparentes entre os planetas no céu afetam a humanidade.
Astrologia não deve ser confundida com Astronomia, a ciência que verdadeiramente estuda os astros e seu
funcionamento, isto é, sua física.
Quando a astrologia começou, no vale dos rios Eufrates e Tigres, no atual Iraque, cerca de 3000 a.C., os
mesopotâmios e os babilônios acreditavam que os planetas, incluindo o Sol e a Lua, e seus movimentos,
afetavam a vida dos reis e das nações. Os chineses tinham crenças similares por volta de 2000 a.C. Quando a
cultura babilônica foi absorvida pelos gregos, por volta de 500 a.C., a astrologia gradualmente se espalhou
pelo ocidente. Por volta do segundo século antes de Cristo, os gregos democratizaram a astrologia,
desenvolvendo a tradição de que os planetas influenciavam a vida de todas as pessoas. Eles acreditavam que
a configuração planetária no momento do nascimento das pessoas afetava sua personalidade e seu futuro.
Esta forma de astrologia, conhecida como astrologia natal, alcançou se ápice com o grande astrônomo
Claudius Ptolomeu (85- 165 d.C.). Seu trabalho de astrologia, Tetrabiblos, permanece como a base da
astrologia ainda hoje.
A chave da astrologia natal é o horóscopo, uma carta que mostra a posição dos planetas no céu no momento
do nascimento (e não da concepção!), em relação às doze constelações do Zodíaco, definidas naquela época
como cada uma ocupando 30 graus na eclíptica, e chamadas signos. As posições são tomadas em relação às
casas, regiões de 30 graus do céu em relação ao horizonte.
Uma variante popular da astrologia é baseada no signo solar, que usa somente um elemento, o signo ocupado
pelo Sol no momento do nascimento da pessoa. É esta que aparece nos jornais e revistas.
A necessidade de conhecimento da posição dos planetas levou ao desenvolvimento da astronomia.
A astrologia não é uma ciência. Assim como a astronomia, ela floresceu na Antiguidade, muito antes da
formulação da teoria gravitacional e da teoria eletromagnética e do conhecimento de que todos os astros são
compostos da mesma matéria existente aqui na Terra. Não existe matéria "celeste" como acreditava
Aristóteles (384-322 a.C.). Mas ao contrário da Astronomia, ela não incorpora as teorias científicas e assume
que a Terra está no centro do Universo, rodeada pelo Zodíaco, e a definição dos signos ignora a precessão do
eixo de rotação da Terra.
Tanto a teoria gravitacional de Newton e Einstein quanto a teoria eletromagnética de Maxwell comprovam
que o efeito dos astros nas pessoas é completamente desprezível, isto é muito menor do que o efeito dos
outros corpos na própria Terra. Naturalmente não estamos falando da luz do Sol, principal fonte de energia na
Terra, nem dos efeitos de maré da Lua, e em menor parte do Sol, sobre a Terra. Também não estamos falando
do efeito real da colisão de um asteroide ou meteorito com a Terra, que muitas vezes tem consequências
catastróficas. O obstetra que realiza o parto de uma criança exerce uma atração gravitacional sobre ela seis
vezes maior do que o planeta Marte, pois embora a massa de Marte seja muito maior do que a do obstetra, o
planeta está muito mais distante. O efeito de maré do obstetra sobre a criança é ainda 2 trilhões de vezes
maior do que o de Marte.
Por falar em distâncias, a astrologia, ao calcular os horóscopos, assume que o efeito dos planetas, como
Marte, é o mesmo quando Marte está do mesmo lado do Sol que a Terra e quando ele está do outro lado do
Sol, cinco vezes mais distante! Se o efeito não depende da distância, então qual é o efeito das estrelas,
galáxias e quasares?
Os sinais de rádio emitidos pelo Sol e por Júpiter, e em menor quantidade por todos os outros planetas,
também sinais eletromagnéticos, são muito menos intensos que os sinais emitidos por uma pequena emissora
de rádio de 1 kilowatt a 1000 km de distância. Todos os efeitos eletromagnéticos e gravitacionais caem com o
quadrado da distância.
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A característica fundamental da ciência é basear-se na observação da natureza e na experimentação. Os


efeitos das posições dos planetas e da Lua em qualquer pessoa na Terra nunca foram demonstrados em
qualquer estudo sistemático. Nas últimas décadas vários cientistas testaram as previsões da astrologia e
comprovaram que não há resultados:
O psicólogo Bernard Silverman, da Michigan State University, estudou o casamento de 2978 casais e o
divórcio de 478 casais, comparando com as previsões de compatibilidade ou incompatibilidade dos
horóscopos e não encontrou qualquer correlação. Pessoas "incompatíveis" casam-se e divorciam-se com a
mesma frequência que as "compatíveis".
O físico John McGervey, da Case Western University, estudou a biografias e datas de nascimento de 6000
políticos e 17000 cientistas e não encontrou qualquer correlação entre a data de nascimento e a profissão,
prevista pela astrologia.
Um teste duplo-cego da astrologia foi proposto e executado pelo físico Shawn Carlson, do Lawrence Berkeley
Laboratory, Universidade da Califónia. Grupos de voluntários forneceram informações para que uma
organização astrológica bem estabelecida produzisse um horóscopo completo da pessoa, que também
preenchia um questionário de personalidade completo, pré-estabelecido de comum acordo com os
astrólogos. A organização astrológica que calculava o horóscopo completo da pessoa, juntamente com 28
astrólogos profissionais que tinham aprovado o procedimento antecipadamente, selecionavam entre 3
questionários de personalidade aquele que correspondia a um horóscopo calculado. Como haviam 3
questionários e um horóscopo, a chance de acerto aleatório é de 1/3 = 33%.
Os astrólogos tinham previsto antecipadamente que a taxa de acerto deveria ser maior do que 50%, mas em
116 testes, a taxa de acerto foi de 34%, ou seja, a esperada para escolha ao acaso! Os resultados foram
publicados no artigo A Double Blind Test of Astrology, S. Carlson, 1985, Nature, Vol. 318, p. 419.
Os astrônomos Roger Culver e Philip Ianna, que publicaram o livro Astrology: True or False, (1988,
Prometheus Books), registraram as previsões publicadas de astrólogos bem conhecidos e organizações
astrológicas por 5 anos. Das mais de 3000 previsões específicas, envolvendo muitos políticos, atores e outras
pessoas famosas, somente 10% se concretizaram. Esta taxa é menor do que a de opiniões informadas.
Uma pesquisa coordenada pelo Prof. Salim Simão do Departamento de Produção Vegetal da Universidade de
São Paulo, durante sete anos, comprovou que a fase da Lua não tem efeito no crescimento das plantas. (Veja,
edição 1638, 1 mar 2000, p. 127).
O médico dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo conclui:
"Independentemente da fase lunar, a média de crescimento mensal do cabelo é de 1 centímetro." (Veja,
edição 1638, 1 mar 2000, p. 127).
Portanto, embora mais de 50% da população acredite em astrologia, trata-se somente de uma crença, sem
qualquer embasamento científico.
Fonte: https://fisica.net/pseudociencias/astrologia_nao_e_ciencia.php
SECRETARIA DE ESTADO DE
EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES

Anexo 6
PROCEDIMENTOS DE LEITURA
a) Fazer a primeira leitura (individual) geral dos textos – sem fazer marcações;
b) Identificar o tema do texto;
c) Numerar os parágrafos;
d) Identificar e procurar o significado das palavras que o aluno não conhece;
e) Fazer a segunda leitura, destacando em cada parágrafo a palavra ou palavras-chave;
f) Identificar as ideias principais e secundárias dos parágrafos;
g) Organizar as informações para melhor visualizá-las, na tabela a seguir.

Nº Parágrafo Palavra chave Ideias principais Ideias secundárias

h) Releia-o e verifique a ordem e a lógica ao conteúdo abordado.


i) Caso a atividade demande maiores complexidades, pode sugerir a síntese das informações do quadro
num produto como: Resumo; elaboração de argumentos; análises; mapa conceitual ou mental;
infográfico, entre outros.

Ideia principal
Pode-se dizer que a ideia central ou principal é o mais relevante de um texto ou de outra manifestação do
pensamento. Se pegarmos no caso concreto dos textos, notaremos que são compostos por diversos
pensamentos ou ideias que são a base de sustentação/defesa do autor e que lhe permite contar com o
que deseja.

Ideia secundária
Muitas destas ideias são secundárias ou acessórias: ajudam a criar um contexto e a reforçar o essencial,
mas pode-se prescindir delas sem alterar o significado do texto. Assim, as ideias secundárias apoiam e
contextualizam a ideia central, como: dados, explicações, causas e consequências.

Palavra-chave
Palavra que sintetiza as ideias ou temas centrais de um texto. É também, a palavra que identifica
determinado elemento ou seu conteúdo, isto é, identifica ideias e temas importantes para servir de
referência a pesquisas e leituras. Um único parágrafo pode conter várias palavras-chave.

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