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A decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ, que firmou

as teses 616 e 617 traz que não será necessário o registro junto ao Conselho e
a contratação de profissional técnico qualificado caso a atividade despendida
pela Pessoa não seja atividade privativa de médico veterinário.

“Logo, para os fins do art. 543-C do CPC,


correspondente ao art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, deve prevalecer a orientação pacificada
no âmbito desta Corte Superior de que não estão
sujeitas a registro perante o respectivo Conselho
Regional de Medicina Veterinária nem à contratação
de profissionais nele inscritos como responsáveis
técnicos as pessoas jurídicas que explorem as
atividades de comercialização de animais vivos e
venda de medicamentos veterinários, pois não são
atividades reservadas à atuação privativa do
médico-veterinário.”

Porém devemos entender que a situação apresentada


não discute a necessidade de registro junto ao Conselho de Medicina
Veterinária, mas sim sobre a necessidade de um profissional técnico por se
tratar de um estabelecimento veterinário conforme regula o Decreto nº
40.400/95 do Estado de São Paulo.

“Artigo 1.º - Consideram-se estabelecimentos


veterinários para os efeitos desta Norma Técnica
Especial:
[...]
XXIII - "pet shop": a loja destinada ao comércio de
animais, de produtos de uso veterinário, exceto
medicamentos, drogas e outros produtos farmacêuticos,
onde pode ser praticada a tosa e o banho de animais de
estimação;”

Logo adiante, presente no mesmo decreto, temos seu


artigo 3º, que diz que:
“Artigo 3.º - Os estabelecimentos veterinários são
obrigados, na forma da legislação vigente, a manter
um médico veterinário responsável pelo seu
funcionamento.” (grifo nosso)

Vemos então que, em concordância com a legislação


estadual, é necessário a presença de um profissional técnico para que a
empresa opere sua atividade sem incidir em transgressão legal.

Ainda, vemos regulamentado na Lei nº 10.083/98 em seu


artigo 88, que em estabelecimentos de interesse à saúde deverá possuir um
responsável técnico legalmente habilitado para proceder com o funcionamento.

“Artigo 88 - Os estabelecimentos de interesse à


saúde, definidos em norma técnica para fins de
licença e cadastramento, deverão possuir e
funcionarão na presença de um responsável
técnico legalmente habilitado.”

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