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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª

VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DE GOIÂNIA/GO

ALCÍONE VILLAMIL, brasileira, domiciliada na cidade de Goiânia,


Goiás menor;

REPRESENTADA, por sua mãe MADALENA VILLAMIL, brasileira


natural de Goiânia, divorciada, endereço eletrônico:
madalenavillamil@gmail.com, residente e domiciliada na mesma
residência da filha, intermediando nos autos do processo, supra da
ação o qual figura o alimentando, Taciano Bastos, por meio do seu
advogado que esta subscreve ao final, vem a ínclita presença de Vossa
Excelência com fundamento no art. 513 e correlatos do CPC, promover
o pedido de CUMPRIMENTO DE SENTENÇA que reconheceu a
exigibilidade de obrigação de prestar alimentos, com pedido de
intimação do executado para no prazo estabelecido quitar o
débito, pelas consequências e razões de direito adiante citadas:

I. PRELIMINARMENTE

A saber conforme art. 531 §2º do CPC o cumprimento definitivo


da obrigação de prestar alimentos será processado nos mesmos autos
em que tenha sido proferida a sentença.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A autora não possui condições financeiras para arcar com custas


e despesas processuais. Devido a sua pouca condição financeira, deve
ser considerada pobre na forma da lei e assim o sendo, faz jus, nos
termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988,
bem como com fulcro no art. 98 e seguintes do CPC/15, a
gratuidade da justiça, tudo conforme declaração de
hipossuficiência anexa.

II. DOS FATOS

Madalena Villamil e Taciano Bastos se divorciaram em


04/07/2017, e ficou ajustado perante esse Juízo no processo n.
00000000 que o alimentando pagaria pensão alimentícia a Alcíone
Villamil no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), o que fez até o dia
em que foi demitido do seu emprego, em 25/01/2021. Taciano Bastos
vem alegando que não possui mais condições de pagar alimentos para
a filha menor, e chegou a dizer à Sra. Madalena Villamil que daquela
data em diante não daria um único centavo para sustento da filha.
Acontece Vossa Excelência que a Sra Madalena Villamill, encontra-se
sem condições de arcar sozinha com a manutenção e educação da filha,
já que recebe apenas um salário-mínimo nacional de remuneração por
mês – valor absolutamente insuficiente para arcar com as necessidades
da menor.

III. DO DIREITO

A vista do exposto, torna-se indubitável a responsabilidade do


alimentando em cumprir com o acordo homologado perante este Juízo,
não obstante a razoabilidade do acordo celebrado, que unicamente
visou homenagear o princípio do melhor interesse da criança, tem-se
que o executado está em mora com suas obrigações, pois não paga
pensão alimentícia à filha desde o mês de janeiro de 2021.

Porquanto em face do não pagamento da pensão estabelecida,


hoje, o Executado se encontra em débito para com a Exequente no
importe de R$ XX ( XXX), consoante planilha abaixo discriminada (art.
524, CPC).

Acertadamente excelência, descreve o Art. 523, § 3º do CPC que


o executado deverá, após a intimação, realizar o pagamento do valor
discriminado no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incorrer em
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez
por cento o qual será quitado sob o eixo da expropriação, através do
rito da penhora conforme prescreve o Art. 824 e 523, § 3º CPC:

“A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de


bens do executado, [...]”.

“§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário,


será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação,
seguindo-se os atos de expropriação”.

Nada a mais a acrescentar;

Isto posto, requer a exequente;

IV. DOS PEDIDOS

a) O Deferimento do pedido de Gratuidade da Justiça;

b) A intimação do alimentando, por meio de carta com aviso de


recebimento encaminhada ao endereço constante nos autos, conforme
art 513, § 4º do CPC;

c) A Intimação do Ministério Público para intervir e acompanhar o feito


conforme art 178 do CPC;

d) A expedição de ofício ao Instituto Nacional do Seguro Social-INSS


para verificar a alegação verbal do executado de inexistência de vínculo
empregatício. Constando falsas as alegações que proceda com a
intimação do empregador a fim de que seja descontado diretamente
da folha de pagamento do alimentante as parcelas vencidas e
vincendas, conforme prescreve o art. 529 §3º do CPC;

d) O prosseguimento da execução, determinando a pesquisa, através


de todos os sistemas estatais disponíveis, bloqueio e penhora de
valores e bens, caso o alimentante não quite os débitos vencidos;
E) expedição de ofício à CAIXA Econômica Federal, gestora das contas
do FGTS, PIS, e ABONO salarial, para que informe acerca de saldos
mantidos naquela instituição;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito


admitidas;

Nestes termos,
Pede deferimento

Goiânia, 24 de agosto de 2022

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