compra junto à __, formalizando por meio de instrumento público, porém, o
comprador ora Requerido não realizou a transferência do bem para seu nome.
Ou seja, na matrícula do imóvel ainda consta a
Requerente e sua irmã como proprietárias do imóvel, motivo este que fez com que o Condomínio, ao Realizar pesquisas, impetrassem ação de cobrança contra estas.
A informação sobre a existência de dívida sobreveio
quando em uma negociação comercial fora surpreendida pela outra parte negociante com a recusa das tratativas devido a restrição em nome da Requerente.
A falta de transferência do bem implicou nos fatos
aqui narrados, sejam eles a cobrança de condomínio realizado pelo Condomínio Itabuna contra a Requerente, que realizou o pagamento restando a ela o direito de regresso contra o Requerido para reaver os valores despendidos por ela para quitação de débitos do próprio Requerido.
É sabido que o terceiro que paga dívida de
determinado devedor, adquire para si o direito de sub-rogar-se no direito creditório e cobra-lo do devedor.
“Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em
favor: I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III- do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.”
Código Civil.
Ou seja, ao Requerido resiste a obrigação de efetuar
pagamento de dívida em decorrência de taxa condominial, mas, por não ter realizado a devida transferência, o Condomínio Itabuna realizou a cobrança contra a Requerida, que veio a pagar o valor integral da dívida do Requerido, por este motivo é que à ela subsiste o direito de cobrar do devedor via ação de regresso.
Ainda, sobre tal ato, podemos cita os artigos 186 e
187 do Código Civil, que trazem que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, “ficando obrigado a repará- lo”.
Ora, resta claro o ato omissivo do Requerido, que,
por não realizar a transferência do imóvel para seu nome, seja de maneira voluntária ou não, implicou em dano suportado pela Requerida.