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UNIVERSIDADE 

FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 

O IMPACTO DO OFUSCAMENTO NO (DES) USO DA LUZ NATURAL EM


AMBIENTES DO TIPO DE ESCRITÓRIO EM BAIXA LATITUDE

Discente: Juliana Portela Vilar de Carvalho. 
Orientador: PhD. Aldomar Pedrini. 

Natal – RN 
2020 
JULIANA PORTELA VILAR DE CARVALHO

O IMPACTO DO OFUSCAMENTO NO (DES) USO DA LUZ NATURAL EM


AMBIENTES DO TIPO ESCRITÓRIO EM BAIXA LATITUDE

Tese de doutorado apresentada ao Programa 
de Pós‐graduação em Arquitetura e Urbanismo 
da  Universidade  Federal  do  Rio  Grande  do 
Norte como requisito para a obtenção do título 
de doutor. 
 
Orientador: Prof. Dr. Aldomar Pedrini 

Natal-RN
2020
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo Tinôco - DARQ - CT

Carvalho, Juliana Portela Vilar de.


O impacto do ofuscamento no (DES) uso da luz natural em
ambientes do tipo escritório em baixa latitude / Juliana Portela
Vilar de Carvalho. - Natal, RN, 2020.
234f.: il.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.


Centro de Tecnologia. Departamento de Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Aldomar Pedrini.

1. Arquitetura - Escritório - Tese. 2. Ofuscamento - Tese. 3.


Desempenho luminoso - Tese. 4. Iluminação natural - Tese. 5. Perfis
de usuários - Tese. I. Pedrini, Aldomar. II. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BSE15 CDU 725.2

Elaborado por Ericka Luana Gomes da Costa Cortez - CRB-15/344


AGRADECIMENTOS
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio
financeiro.
A Aldomar Pedrini por todo o trabalho como orientador desta pesquisa.
Aos responsáveis pelas instituições avaliadas na pesquisa pela autorização de acesso aos
locais pesquisados: Manoel Jozeane M. de Carvalho (diretor do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), Douglas do Nascimento e Silva (diretor da Escola de Ciências e Tecnologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EC & T - UFRN), Marcelo Bezerra de Melo
Tinôco (In memoriam – superintendente da superintendência de Infraestrutura da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte), Luiz Pedro de Araújo (superintendente da superintendência
de Infraestrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Sileno Cirne Trindade
(diretor de projetos da superintendência de Infraestrutura), Luiz Alessandro P. de Câmara
Queiroz (Diretor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
CTEC), Álvaro Ferraz (Diretor do Instituto Internacional de Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte – IIP UFRN) e Rodrigo Soares (setor de pesquisa e desenvolvimento do
Instituto Internacional de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – IIP UFRN).
Aos arquitetos Haroldo Maranhão e Sileno Cirne Trindade pelo acesso à documentação
dos projetos.
Aos pesquisadores pela gentileza e atenção no esclarecimento de dúvidas: Jan Wienold,
Gregory Ward, Mehlika Inanici, Viswanathan Kumaragurubaran, Thomas Bleicher, Christoph
Reinhart, Alstan Jakubiec, Pieter-Jan Hoes, Thianzen Hong, David Hoaglin, João Roberto
Gomes de Faria, Dennis Flores de Souza, Paulo Sérgio Scarazzato e Diego Podadera.
A Cefas Rodrigues Freire pelo auxílio na elaboração do Script para a inserção no
metadado da informação sobre o tempo de exposição.
À professora Thaís Vasconcelos Batista professora do IMD da UFRN pelo auxílio na
correção do Script para inserção de metadados na fotografia.
Ao professor Daniel Meirinho do departamento de comunicação social e a Katiane Lima
técnica do laboratório de fotografia pelo auxílio e dicas sobre manuseio das câmeras
fotográficas.
À fotógrafa Rafaela Müller pelo empréstimo da câmera fotográfica utilizada para o
registro das imagens de ofuscamento utilizadas na etapa de medições para avaliação da luz e
ofuscamento.
Ao professor Eduardo Henrique Silveira de Araújo pelo auxílio prestado com os
cálculos de amostragem, margem de erro e desvio padrão.
À Viviane Hazboun pela parceria na coleta de dados da primeira etapa da pesquisa de
opinião e por toda a ajuda no decorrer do processo.
À Clara Ovídio e Alice Dias por toda a ajuda prestada durante a elaboração da tese.
A Allyson Carvalho pelas lições sobre o Rhinoceros, Grasshopper e Diva.
Aos alunos de iniciação científica Renata Freire Costa, Ana Letícia Avelino, Cristina
Batista Leite, Ítalo Matheus Batista de Medeiros e Yasmim Nithara R. da Rocha pela ajuda com
a pesquisa sobre os sistemas de sombreamento, Grasshopper, medições para avaliação de luz
natural e ofuscamento e informações coletadas sobre os programas utilizados na pesquisa.
Ao Comitê de Ética e Pesquisa, em especial à Aniele pela gentileza e atenção em
esclarecer as minhas dúvidas.
Aos meus pais e família por todo o apoio.
À Regina Nasser por todos os ensinamentos para a vida.
“Quem caminha sozinho pode até chegar mais 
rápido, mas aquele que vai acompanhado, com 
certeza vai mais longe”. 
Clarice Lispector. 
RESUMO
A estratégia projetual de aberturas sombreadas não é suficiente para que usuários de
escritórios climatizados em baixa latitude, como Natal – RN (Latitude -5,8; longitude -35,3),
mantenham as cortinas e persianas abertas para fazer uso da iluminação natural, conexão com
o exterior, qualidade ambiental e eventual uso da ventilação natural. Esse problema foi
investigado nessa tese com o objetivo de caracterizar as causas do fechamento dos sistemas de
sombreamento internos. Inicialmente, foi selecionada uma amostra de 102 usuários de 57 salas
de quatro edificações projetadas com aberturas sombreadas. A percepção e o comportamento
dos usuários quanto ao uso da luz natural, acionamento dos sistemas de sombreamento e luz
artificial foram avaliados por meio da aplicação de questionários, preenchimento de fichas e
registro fotográfico durante avaliação do tipo auditoria. Em seguida, 11 usuários de nove salas,
compostas por aqueles que demonstraram interação com os sistemas de sombreamento interno,
foram analisados quanto ao ofuscamento. Foram aplicados questionários conduzidos, registros
em fichas e fotos, e medições para caracterizar usuários e ambientes, nas condições que
motivaram o acionamento (com sistemas de sombreamento abertos) e nas condições resultantes
(com sistemas de sombreamento fechados parcialmente e totalmente). Foram realizadas
medidas de iluminância e luminância, aferição dos índices de avaliação de ofuscamento com a
opinião do usuário, como probabilidade de ofuscamento em luz natural (DGP), índice de
ofuscamento em luz natural (DGI) e razão de luminância, obtidos por meio de imagens HDR,
e tratamento de imagens nos programas Photosphere (WARD, 2019b), HDR Scope
(KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012), Glare Analysis (WIENOLD, 2018), e
Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015). Os resultados evidenciaram o excesso de brilho externo
como o principal obstáculo ao uso da luz natural e à vista do exterior, devido ao desconforto
luminoso. De fato, a maioria dos usuários fecham os sistemas de sombreamento interno porque
o sombreamento externo não é suficiente para reduzir o brilho de céu no campo visual do
usuário, reflexo no monitor, brilho refletido no entorno e brilho e/ou calor devido à entrada de
luz natura direta.

Palavras-chave: Ofuscamento. Desempenho luminoso. Iluminação natural. Perfis de


usuários.
ABSTRACT
External window shading is not enough for the occupants of air-conditioned office
buildings to maintain the curtains and blinders opened, to enjoy daylighting, exterior view,
environment comfort, and natural ventilation eventually, at low latitudes, such as Natal-RN
(latitude -5.8; longitude -35.3). The current thesis assessed this problem to characterize the
causes of the window's obstruction with internal devices. Firstly, a sample was selected, with
102 occupants distributed in 57 office rooms of four buildings designed with external window
shading. The occupants' perception and behavior concerning the daylight, internal shading
devices, and artificial light were assessed using questionnaires, notes, and photos during field
auditory. Secondly, glare assessment was refined with 11 occupants of nine office rooms that
interact with the internal shading device daily. A conducted questionnaire, notes in forms and
photos, and measurements characterized the light performance that led to close the internal
shading devices, including intermediary positions, and after closed. The illuminance and
luminance measures and the glare indexes such as daylight glare probability (DGP), daylight
glare index (DGI), and luminance ratios in three fields of vision (30°, 60°, and 90°) were
compared with the occupants' opinions. The indexes were calculated through HDR images,
generated, and calibrated through Photosphere software (WARD, 2019b), resized through HDR
scope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012), Glare Analysis (WIENOLD, 2018), and
Wxfalse color (BLEICHER, 2015). The results demonstrated the excess of brightness as the
main obstacle to the daylight use and exterior view due to the lighting discomfort. Indeed, most
occupants close the internal shading devices because the external shading is not enough to
reduce the sky brightness in the occupants' field of view, the computer screen brightness
reflection, the reflect brightness by surroundings, and brightness and/or heat due to the direct
daylight.
Keywords: Glare. Light performance. User profile.
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Relação entre humanos e edificações.............................................................. 40 


Figura 2.2 - Exemplo do modelo DNAs para o controle de dispositivo de sombreamento. 40 
Figura 2.3 - Componentes dos direcionadores de comportamento. .................................... 41 
Figura 2.4 - Componentes das necessidades do usuário...................................................... 43 
Figura 2.5 - Componentes das ações do usuário. ................................................................ 43 
Figura 2.6 - Componentes dos sistemas do usuário. ........................................................... 44 
Figura 3.1 - Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). ......................................................... 51 
Figura 3.2 - Setor de infraestrutura da UFRN (SIN). .......................................................... 51 
Figura 3.3 - Escola de Ciências e tecnologia da UFRN (ECT). .......................................... 51 
Figura 3.4 - Complexo tecnológico de engenharia (CTEC). ............................................... 51 
Figura 3.5 - Instituto Internacional de Física da UFRN (IIF), frente e fundos.................... 51 
Figura 3.6 – Orientação do usuário em relação à janela...................................................... 55 
Figura 3.7 – Altura dos pontos para medição de iluminância. ............................................ 64 
Figura 3.8 – Pontos para medição de iluminância em planta baixa. ................................... 64 
Figura 3.9 – Procedimentos revisados. ................................................................................ 66 
Figura 3.10 - Algoritmo de análise do DGP e DGI. ............................................................ 68 
Figura 3.11 - Luminância máxima para os campos de visão a 30º, 60º e 90º. .................... 69 
Figura 3.12 - Luminância mínima para os campos de visão a 30º, 60º e 90º. ..................... 69 
Figura 3.13 – Iluminância mínima, média e máxima x usuário x percepção visual. .......... 70 
Figura 3.14 – Iluminância máxima x desconforto visual x estágio de sombreamento aberto.70 
Figura 3.15 – Exemplo de gráfico de DGI ou DGP x Razão de luminância. ...................... 71 
Figura 3.16 – Exemplo de gráfico de DGI x desconforto visual. ........................................ 72 
Figura 3.17 – Exemplo de gráfico de DGP x desconforto visual. ....................................... 72 
Figura 3.18 – Razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos usuários................. 73 
Figura 4.1 – Volume e entorno da sede administrativa do INPE-CRN............................... 75 
Figura 4.2 – Fachada Norte (frontal) da sede administrativa do INPE-CRN. ..................... 76 
Figura 4.3 – Fachada Norte (posterior) com lente olho de peixe (sala 8). .......................... 76 
Figura 4.4 – Fachada Sul (posterior) com lente olho de peixe (sala 2). .............................. 76 
Figura 4.5 – Detalhe do beiral. ............................................................................................ 76 
Figura 4.6 – Parte lateral e posterior do prédio (Sudoeste). ................................................ 76 
Figura 4.7 – Corredor do pavimento térreo, fachada Norte................................................. 76 
Figura 4.8 – Secretaria. ........................................................................................................ 77 
Figura 4.9 – Sala do diretor. ................................................................................................ 77 
Figura 4.10 – Planta baixa pavimento térreo. ...................................................................... 78 
Figura 4.11 – Planta baixa pavimento superior. .................................................................. 78 
Figura 4.12 – Detalhe do dispositivo de sombreamento da fachada Norte. ........................ 79 
Figura 4.13 – Máscara de sombra do pavimento superior fachada Norte. .......................... 79 
Figura 4.14 – Máscara de sombra do pavimento térreo fachada Norte. .............................. 79 
Figura 4.15 – Máscara de sombra do pavimento superior fachada Sul. .............................. 79 
Figura 4.16 – Máscara de sombra do pavimento térreo fachada Sul................................... 79 
Figura 4.17 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do INPE. .. 80 
Figura 4.18 – Volume e entorno SIN. ................................................................................. 81 
Figura 4.19 - Superintendência de Infraestrutura da UFRN (SIN), fachada Norte, entrada
principal. .............................................................................................................................. 82 
Figura 4.20 – Planta baixa 1º e 2º pisos SIN. ...................................................................... 82 
Figura 4.21 – Planta baixa 3º e 4º pisos SIN. ...................................................................... 82 
Figura 4.22 – Detalhe do dispositivo de sombreamento da SIN ......................................... 83 
Figura 4.23 – Máscara de sombra SIN pavimento inferior bloco menor da SIN fachada Norte.
............................................................................................................................................. 83 
Figura 4.24 – Máscara de sombra SIN pavimento térreo fachada Norte bloco maior. ....... 83 
Figura 4.25 – Máscara de sombra SIN pavimento superior fachada Norte......................... 83 
Figura 4.26 – Máscara de sombra SIN pavimento térreo fachada Sul. ............................... 83 
Figura 4.27 – Máscara de sombra SIN pavimento superior fachada Sul. ........................... 83 
Figura 4.28 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício da SIN...... 84 
Figura 4.29 – Topografia natural na fachada Sul, vista frontal. .......................................... 85 
Figura 4.30 – Topografia na fachada Sul, vista em perspectiva. ......................................... 85 
Figura 4.31 – Iluminação lateral. ......................................................................................... 85 
Figura 4.32 – Iluminação lateral. ......................................................................................... 85 
Figura 4.33 – Átrio corredor de entrada. ............................................................................. 85 
Figura 4.34 – Átrio corredor de entrada. ............................................................................. 85 
Figura 4.35 – Detalhe dos brises lineares (45º), fachada Norte, entrada principal. ............ 86 
Figura 4.36 – Vista frontal dos brises lineares (45º) e beiral, fachada Norte, entrada principal.
............................................................................................................................................. 86 
Figura 4.37 – Vista lateral brises lineares (45º) de alumínio e beiral. ................................. 86 
Figura 4.38 – Sistema de sombreamento interno por meio de persianas, sala do
superintendente. ................................................................................................................... 86 
Figura 4.39 – Dispositivo de sombreamento interno e copa das árvores vistos através da
janela da sala da vice direção. ............................................................................................. 86 
Figura 4.40 – Dispositivo de sombreamento interno e copa das árvores vistos da janela da
sala 28 SIN. ......................................................................................................................... 86 
Figura 4.41 – Dispositivo de sombreamento interno e copa das árvores vistos através da
janela da sala 19................................................................................................................... 87 
Figura 4.42 – Sombreamento da fachada. ........................................................................... 87 
Figura 4.43 – Detalhe do paisagismo local. ........................................................................ 87 
Figura 4.44 – Volume e entorno da Escola de Ciências e Tecnologia – ECT UFRN. ........ 88 
Figura 4.45 - Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN (ECT), vista frontal................... 88 
Figura 4.46 – Planta baixa 3º pavimento ECT. ................................................................... 89 
Figura 4.47 – Detalhe do dispositivo de sombreamento do ECT. ....................................... 89 
Figura 4.48 – Máscara de sombra do terceiro pavimento do ECT, fachada Sul. ................ 89 
Figura 4.49 – Máscara de sombra do terceiro pavimento do ECT, fachada Sul. ................ 89 
Figura 4.50 – Máscara de sombra do terceiro pavimento do ECT, fachada Norte ............. 89 
Figura 4.51 – Desempenhos dos dispositivos de sombreamento do ECT. .......................... 90 
Figura 4.52 – Vista do corredor da fachada Sul com integração para o exterior. ............... 91 
Figura 4.53 – Varanda do terceiro pavimento da fachada Norte com vista para o exterior. 91 
Figura 4.54 – Sombreamento com persiana. ....................................................................... 91 
Figura 4.55 – Sombreamento com cortina........................................................................... 91 
Figura 4.56 – Vista para o Norte. ........................................................................................ 91 
Figura 4.57 – Vista para o Sul. ............................................................................................ 91 
Figura 4.58 – Volume e entorno do CTEC.......................................................................... 93 
Figura 4.59 – Fachada principal do Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC). ........ 93 
Figura 4.60 - Plantas baixas dos quatro pavimentos do CTEC, com destaque para os
ambientes com respondentes, em cinza. .............................................................................. 93 
Figura 4.61 – Detalhes do brise perfurado. ......................................................................... 94 
Figura 4.62 – Máscara de sombra CTEC 3º piso fachada Sul. ............................................ 94 
Figura 4.63 – Máscara de sombra CTEC 3º piso fachada Norte. ........................................ 94 
Figura 4.64 – Máscara de sombra CTEC 3º piso fachada Leste. ........................................ 94 
Figura 4.65 – Máscara de sombra CTEC 3º piso fachada Oeste. ........................................ 94 
Figura 4.66 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento do CTEC.......................... 95 
Figura 4.67 – Átrio central 4º pavimento. ........................................................................... 96 
Figura 4.68 - Pilotis com cobogó. ....................................................................................... 96 
Figura 4.69 – Vista para Oeste. ........................................................................................... 96 
Figura 4.70 – Vista para Leste. ............................................................................................ 96 
Figura 4.71 – Vista para Sul. ............................................................................................... 96 
Figura 4.72 – Planta de locação e situação IIF. ................................................................... 97 
Figura 4.73 – Fachada Nordeste do IIF. .............................................................................. 97 
Figura 4.74 – Entorno de dunas visto da fachada Norte ...................................................... 98 
Figura 4.75 – Entorno de dunas visto a partir do solário..................................................... 98 
Figura 4.76 – Fachada Sul do IIF. ....................................................................................... 98 
Figura 4.77 – Planta baixa do térreo do IIF. ........................................................................ 99 
Figura 4.78 – Planta baixa do 2º pav. do IIF. ...................................................................... 99 
Figura 4.79 – Planta baixa 3º pav. do IIF. ........................................................................... 99 
Figura 4.80 – Corte com detalhe do dispositivo de sombreamento brise fixo. ................... 99 
Figura 4.81 – Átrio central com entrada de luz natural pelo telhado. ............................... 100 
Figura 4.82 - Brises horizontais em alumínio anodizado. ................................................. 100 
Figura 4.83 – Detalhe dos brises lineares de alumínio. ..................................................... 100 
Figura 4.84 – Sombreamento com persianas. .................................................................... 100 
Figura 4.85 – Máscara de sombra do segundo pavimento do IIF, para Sul. ..................... 101 
Figura 4.86 – Máscara de sombra IIF segundo pavimento Nordeste. ............................... 101 
Figura 4.87 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do IIF. .... 102 
Figura 4.88– tipo de prédio. .............................................................................................. 103 
Figura 4.89 – Tipo de entorno. .......................................................................................... 103 
Figura 4.90 - Percentual de abertura de fachada. .............................................................. 104 
Figura 4.91- Fator de céu visível. ...................................................................................... 104 
Figura 4.92 - Proteção externa........................................................................................... 104 
Figura 4.93 - Proteção interna. .......................................................................................... 104 
Figura 4.94 - Sombreamento do entorno. .......................................................................... 105 
Figura 4.95 - Orientação de abertura. ................................................................................ 105 
Figura 4.96 – Tipos de salas .............................................................................................. 105 
Figura 4.97 – Tipo de sala por prédio................................................................................ 105 
Figura 4.98 - Idade dos usuários........................................................................................ 106 
Figura 4.99 - Período de ocupação. ................................................................................... 106 
Figura 4.100 – Uso da luz natural até 20 anos. ................................................................. 106 
Figura 4.101 – Uso da luz natural 20 a 40 anos. ............................................................... 106 
Figura 4.102 – Uso da luz natural 40 a 55 anos. ............................................................... 106 
Figura 4.103 – Uso da luz natural superior a 55 anos. ...................................................... 106 
Figura 4.104 - Uso do microcomputador. ......................................................................... 107 
Figura 4.105 - Leitura, escrita e ou desenho. .................................................................... 107 
Figura 4.106. Frequências de dispositivos internos de sombreamento e de acionamentos107 
Figura 4.107. Frequências de abertura de cada tipo de interação para cada de orientação.107 
Figura 4.108. Preferências por configurações dos dispositivos de sombreamento interno.108 
Figura 4.109. Ocorrências e frequências por configurações dos dispositivos de
sombreamento interno por orientação. .............................................................................. 108 
Figura 4.110. Frequências de satisfação de luz natural percebida pelos usuários. ............ 109 
Figura 4.111. Causas para o fechamento do dispositivo de sombreamento interno. ......... 109 
Figura 4.112. Frequências de acionamento de iluminação artificial. ................................ 110 
Figura 4.113 - Ocorrências de preferências de dispositivos de sombreamento interno. ... 110 
Figura 4.114 - Ocorrências de orientações de aberturas para os quatro edifícios. ............ 110 
Figura 4.115 - Ocorrências de causas para o fechamento de dispositivos de sombreamento
interno. ............................................................................................................................... 111 
Figura 4.116 - Ocorrências de causas para a abertura de dispositivos de sombreamento
interno. ............................................................................................................................... 112 
Figura 4.117 – Uso da luz natural para os edifícios. ......................................................... 112 
Figura 4.118 – Uso da luz artificial por edifícios. ............................................................. 112 
Figura 4.119 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento. .............. 113 
Figura 4.120 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento x frequência
de acionamento da luz elétrica........................................................................................... 113 
Figura 4.121 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento conforme
causas para abertura dos dispositivos de sombreamento. .................................................. 114 
Figura 4.122 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento x causas para
fechamento dos dispositivos de sombreamento. ............................................................... 115 
Figura 4.123 – Tipo de ambiente. ...................................................................................... 116 
Figura 4.124 – Tipo de ambiente x frequência de acionamento. ....................................... 116 
Figura 4.125 – Tipo de ambiente x edifícios. .................................................................... 116 
Figura 4.126 – Edifícios x frequência de ajuste dos dispositivos de sombreamento. ....... 116 
Figura 4.127 – Orientação do usuário. .............................................................................. 117 
Figura 4.128 - Orientação do usuário x frequência de acionamento. ................................ 117 
Figura 4.129 – Causa para abertura x posição do usuário. ................................................ 118 
Figura 4.130 – Causa para fechamento x posição do usuário. .......................................... 118 
Figura 4.131 – Orientação do usuário x edifício. .............................................................. 119 
Figura 4.132 – Edifício x orientação do usuário. .............................................................. 119 
Figura 4.133 – Edifício x orientação do usuário. .............................................................. 119 
Figura 4.134 – Proximidade com a janela. ........................................................................ 120 
Figura 4.135 – Proximidade da janela x frequência de acionamento dos dispositivos de
sombreamento.................................................................................................................... 120 
Figura 4.136 - Número de usuários por edificação. .......................................................... 123 
Figura 4.137 - Classificação de gênero nas salas estudadas na segunda etapa. ................ 123 
Figura 4.138 - Idade dos usuários...................................................................................... 123 
Figura 4.139 - Classificação e ocorrências dos problemas visuais dos usuários............... 124 
Figura 4.140 - Cor do fundo de tela do monitor. ............................................................... 124 
Figura 4.141 - Atividade desempenhada. .......................................................................... 124 
Figura 4.142 – Posição do usuário em relação à janela na sala. ........................................ 125 
Figura 4.143 – Orientação de fachada. .............................................................................. 126 
Figura 4.144 –PAF. ........................................................................................................... 126 
Figura 4.145 - FCV............................................................................................................ 126 
Figura 4.146 - Fator de transparência do vidro. ................................................................ 126 
Figura 4.147 – Ocorrências de tipo de céu. ....................................................................... 127 
Figura 4.148 – Luminância de zênite x hora ..................................................................... 127 
Figura 4.149 – Ocorrências de céu parcialmente nublado das 6h às 17h. ......................... 128 
Figura 4.150 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 18.000
lux). .................................................................................................................................... 132 
Figura 4.151 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 2.000 lux).133 
Figura 4.152 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 1.000 lux).134 
Figura 4.153 – Iluminância máxima x desconforto visual para o estágio de sombreamento
aberto. ................................................................................................................................ 135 
Figura 4.154 – Iluminância máxima x desconforto visual para o estágio de sombreamento
intermediário...................................................................................................................... 135 
Figura 4.155– Iluminância máxima x desconforto visual para o estágio de sombreamento
fechado. ............................................................................................................................. 135 
Figura 4.156 - DGI x usuário. ........................................................................................... 136 
Figura 4.157 - DGI x Rlum (30º, 60º e 90º). ..................................................................... 137 
Figura 4.158 - DGP x usuário............................................................................................ 138 
Figura 4.159 - DGP x Rlum para os campos de visão 30º, 60º e 90º. ............................... 139 
Figura 4.160 – Relação entre DGI e desconforto visual para área de céu visível pela janela
com dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto. .................................... 140 
Figura 4.161 – Relação entre DGP e desconforto visual para área de céu visível pela janela
com dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto. .................................... 140 
Figura 4.162 - Sala de coordenação 226, CTEC, usuária 6, com persianas abertas. ......... 141 
Figura 4.163 - Sala de reunião 226, CTEC, usuária 6, com persianas abertas. ................. 141 
Figura 4.164 - Sala 28 SIN usuário 88 com persianas abertas. ......................................... 141 
Figura 4.165 - Usuária de número 75, persiana entreaberta, luz artificial acesa. .............. 142 
Figura 4.166 - Usuário de número 86, persiana fechada luz acesa. .................................. 142 
Figura 4.167 – Rlum x desconforto visual para cada usuário por campo de visão. .......... 144 
Figura 4.168 – Rlum para todos os campos de visão (30º, 60º e 90º) x desconforto visual.145 
Figura 4.169 - Rlum para campos visuais para 90º x desconforto visual. ......................... 146 
Figura 4.170 - Rlum para campos visuais para 60º x desconforto visual. ......................... 147 
Figura 4.171 - Rlum para campos visuais para 30º x desconforto visual. ......................... 148 
Figura 4.172 - Sala 28 SIN, usuário 88, persiana aberta. .................................................. 149 
Figura 4.173 - Sala 28, SIN, usuário 74, foto em false color indicando luminância máxima
na janela. ............................................................................................................................ 149 
Figura 4.174 - Sala 19, SIN, usuário 74, sombreamento aberto, luz artificial apagada, céu
com melhores condições de luminosidade. ....................................................................... 149 
Figura 4.175 - Sala 28, SIN, usuário 86, luz artificial apagado sombreamento aberto. .... 149 
Figura 4.176 - Sala 28, SIN, usuário 88, luz artificial acesa, sombreamento entreaberto. 150 
Figura 4.177 - Sala 40, SIN, usuário 102, luz artificial apagada, sombreamento aberto. . 150 
Figura 4.178 – Usuários com visualização do brilho do céu. ............................................ 151 
Figura 4.179 – Medição pré-ajuste de 39_ab. ................................................................... 151 
Figura 4.180 – Medição pós-ajuste de 39_ab. ................................................................... 151 
Figura 4.181 – Medição pré-ajuste de 88_ab. ................................................................... 151 
Figura 4.182 – Brilho do céu refletido no monitor. ........................................................... 152 
Figura 4.183 – Usuário 74_int. .......................................................................................... 152 
Figura 4.184 – Brilho do céu refletido na persiana. .......................................................... 152 
Figura 4.185 –Brilho do céu com reflexões do entorno. ................................................... 152 
Figura 4.186 – Luz natural direta. ..................................................................................... 153 
Figura 4.187 - Rlum em relação ao monitor para a causa de luz artificial refletida e opinião
do usuário. ......................................................................................................................... 153 
Figura 4.188 – Ocorrências de ofuscamento em relação à posição da janela no campo visual.
........................................................................................................................................... 154 
Figura 4.189 - Período de percepção do ofuscamento....................................................... 154 
Figura 4.190 - Vista geral da janela da sala 19.................................................................. 155 
Figura 4.191 -Imagem em lente olho de peixe da posição do usuário de número 86. ...... 155 
Figura 4.192 - Vista da janela da sala 28, com a persiana entreaberta .............................. 155 
Figura 4.193 - Imagem em lente olho de peixe, da posição da usuária de número 75. ..... 155 
Figura 4.194 -Vista da janela da sala 28............................................................................ 155 
Figura 4.195 - Vista da janela da sala 28, com a persiana entreaberta. ............................. 155 
Figura 4.196 - Vista geral da mesa onde o usuário se sentava na sala 209 do IIF. ........... 158 
Figura 4.197 - Imagem gerada por meio de lente olho de peixe com vista da janela, da
posição do usuário na sala 209 do IIF. .............................................................................. 158 
Figura 4.198 - Vista frontal da mesa do usuário da sala 209 do IIF com persiana entreaberta.
........................................................................................................................................... 158 
Figura 4.199 - Sem incidência de luz natural direta. ......................................................... 159 
Figura 4.200 - Início da incidência da luz natural direta. .................................................. 159 
Figura 4.201 - Período de maior incidência de luz natural direta...................................... 159 
Figura 4.202 - Acionamento da cortina. ............................................................................ 159 
Figura 4.203 -Vista da sala de reunião da sala 226 do CTEC com a persiana aberta. ...... 159 
Figura 4.204 - Vista da sala de reunião da sala 226 do CTEC com a persiana entreaberta.159 
Figura 4.205 - Vista da janela da sala de reunião da sala 226. Do CTEC. ........................ 160 
Figura 4.206 - Vista do posto de trabalho da usuária de número 6 da sala 226 do CTEC. 160 
Figura 4.207 – Relação entre a posição do usuário e as causas para abertura do dispositivo
de sombreamento. .............................................................................................................. 163 
Figura 4.208 – Relação entre os prédios e o aproveitamento da luz natural. .................... 164 
Figura 5.1 – Fotografia da cena em extensão *jpeg .......................................................... 211 
Figura 5.2 - Luminância mínima ....................................................................................... 211 
Figura 5.3 -Luminância máxima ....................................................................................... 211 
Figura 5.4 – Imagem sem a marcação dos campos de visão para cálculo de DGI e DGP. 225 
Figura 5.5 –Imagem para cálculo da luminância mínima. ................................................ 225 
Figura 5.6 - Imagem para cálculo da luminância máxima. ............................................... 225 
Figura 5.7 – Fotografia da cena em extensão *jpeg .......................................................... 226 
Figura 5.8 - Luminância mínima ....................................................................................... 226 
Figura 5.9 -Luminância máxima ....................................................................................... 226 
Figura 5.10 - Exemplo de gráfico de DGI ou DGP x Razão de luminância. .................... 227 
Figura 5.11 - Exemplo de gráfico de razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos
usuários. ............................................................................................................................. 228 
Figura 5.12 - Relação entre layout e razão de luminância, com exemplo para brilho de céu
vindo da posição lateral em relação à janela, considerando o monitor ligado. ................. 230 
LISTA DE TABELAS

Tabela 2-1 – Recomendações de refletâncias das superfícies. ............................................ 31 


Tabela 2-2 - Classificação e delimitações dos critérios de ofuscamento. ........................... 47 
Tabela 3-1 – Quantificação do PAF e FCV......................................................................... 54 
Tabela 3-2 – Conversão de cobertura total de nuvens de oitavos para décimos e classificação
do tipo de céu....................................................................................................................... 62 
Tabela 3-3 - Classificação e delimitações dos critérios de ofuscamento. ........................... 71 
Tabela 4-1 - Ofuscamento por brilho de céu. .................................................................... 155 
Tabela 4-2 - Brilho de céu refletido nas persianas. ........................................................... 156 
Tabela 4-3 - Reflexo no monitor. ...................................................................................... 156 
Tabela 4-4 - Reflexões do entorno. ................................................................................... 157 
Tabela 4-5 - Luz artificial refletida.................................................................................... 157 
Tabela 4-6 – Luz natural direta.......................................................................................... 158 
Tabela 5-1 – Trecho de tabela com análise de imagem HDR. .......................................... 229 
LISTA DE QUADROS

Quadro 3.1– Questões com declarações diretas. ................................................................. 50 


Quadro 3.2 – Trecho do questionário quanto à caraterização do usuário............................ 52 
Quadro 3.3 – Trechos da ficha com caracterização do ambiente. ....................................... 53 
Quadro 3.4 – Trecho do checklist........................................................................................ 53 
Quadro 3.5 – Filtro com base nas questões 2, 11, 12 e 14. ................................................. 54 
Quadro 3.6 – frequência, causas para abertura e fechamentos dos dispositivos de
sombreamento e acionamento da luz elétrica. ..................................................................... 56 
Quadro 3.7 – Tipo de ambiente. .......................................................................................... 56 
Quadro 3.8 – Organização espacial. .................................................................................... 57 
Quadro 3.9 – Causas para abertura e fechamento dos dispositivos de sombreamento. ...... 57 
Quadro 3.10 – Perguntas comuns entre as causas de abertura e fechamento dos dispositivos
de sombreamento para caracterização do comportamento dos usuários. ............................ 58 
Quadro 3.11 – Trecho de caracterização do respondente. ................................................... 60 
Quadro 3.12 - Classificação da percepção do ofuscamento referentes ao local de trabalho do
usuário. ................................................................................................................................ 60 
Quadro 3.13 - Localização do ofuscamento e horário de percepção do ofuscamento. ....... 60 
Quadro 3.14 – Comentários dos usuários. ........................................................................... 60 
Quadro 3.15 –Autorização para a próxima etapa da pesquisa de medições e registro
fotográfico. .......................................................................................................................... 60 
Quadro 3.16 - adaptações feitas pelo usuário. ..................................................................... 61 
Quadro 3.17 – Orientação de fachada, FCV, PAF e fator de transparência do vidro. ........ 61 
Quadro 3.18 - Ficha genérica com organização dos resultados. ......................................... 63 
Quadro 4.1– Síntese das características mais recorrentes para abertura de dispositivos de
sombreamento.................................................................................................................... 121 
Quadro 4.2– Síntese das características mais recorrentes para fechamento de dispositivos de
sombreamento.................................................................................................................... 122 
Quadro 4.3 – Síntese das características dos ofuscamentos. ............................................. 129 
Quadro 4.4 – Síntese das características dos ofuscamentos. ............................................. 130 
Quadro 4.5 – Organização espacial. .................................................................................. 162 
Quadro 4.6 – Recomendações de layout para aproveitamento da luz natural conforme a
posição do usuário. ............................................................................................................ 166 
Quadro 5.1 - Estrutura inicial do questionário. ................................................................. 182 
Quadro 5.2 - Modelo de ficha de avaliação. ...................................................................... 193 
Quadro 5.3 – Ficha de avaliação das condições do ambiente para o usuário. ................... 219 
Quadro 5.4 – Variáveis medidas e tratamento de dados: .................................................. 221 
Quadro 5.5 – Equipamento utilizados na avaliação. ......................................................... 222 
Quadro 5.6– Ficha para caracterização das medições e opinião do usuário no momento das
medições. ........................................................................................................................... 226 
LISTA DE ABREVIATURAS
BDI Belief, desire, intention (crença, desejo, intenção).
BPS Building performance simulation (simulação de desempenho da edificação).
BSDF Bidirectional scattering distribution function (função de distribuição de
espalhamento bidirecional).
CIE Comission Internationale de l’Eclairage (comissão internacional de
iluminação).
CGI Índice de ofuscamento da CIE.
CIBSE Chartered Institution of Building Services Engineers.
DGI Daylight Glare Index (índice de ofuscamento na luz natural).
DGP Daylight Glare Probability (probabilidade de ofuscamento em luz natural).
DNAs Drivers (condutores), Needs (necessidades), Actions (ações) e Systems
(sistemas).
FCV Fator de Céu Visível.
Ev Iluminância vertical do olho.
HVAC Heating, Ventilation, and Air-Conditioning (aquecimento, ventilação e ar-
condicionado).
IAQ Qualidade do ar interno.
IESNA Illuminating Engineering Society of North America
JSON JavaScript Object Notation.
PAF Percentual de abertura de fachada.
RNA Redes neurais artificiais.
SHGC Solar heat gain coefficient (coeficiente de ganho solar).
UDI Useful daylight illuminance (iluminância natural útil).
UGR Rating glare unified (índice de ofuscamento unificado).
VCP Visual comfort probability (probabilidade de conforto visual).
VDT Visual display terminal.
XML Extensible Markup Language.
SUMÁRIO

  INTRODUÇÃO ................................................................................... 25 

1.1  OBJETIVOS ....................................................................................................... 26 


1.2  ESTRUTURA DA TESE ......................................................................................... 27 
  REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................... 29 

2.1  CONFORTO VISUAL ............................................................................................ 29 


2.2  PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE OFUSCAMENTO ................................................. 31 
2.2.1  Iluminância ................................................................................................ 32 
2.2.2  Luminância ................................................................................................ 33 
2.2.3  DGI ........................................................................................................... 33 
2.2.4  DGIN ........................................................................................................ 34 
2.2.5  CGI ........................................................................................................... 34 
2.2.6  VCP .......................................................................................................... 34 
2.2.7  UGR .......................................................................................................... 35 
2.2.8  DGP .......................................................................................................... 35 
2.2.9  DGPadaptativo ........................................................................................... 37 
2.3  INTERAÇÃO DO USUÁRIO COM A ABERTURA ......................................................... 37 
2.4  MODELAGEM DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO ................................................ 39 
2.4.1  Condutores do comportamento ..................................................................... 40 
2.4.2  Necessidades .............................................................................................. 42 
2.4.3  Ações ........................................................................................................ 43 
2.4.4  Sistema ...................................................................................................... 43 
2.5  PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E DESEMPENHO LUMINOSO ........................................ 44 
2.5.1  Walkthrough .............................................................................................. 45 
2.5.2  Questionários & medições ........................................................................... 45 
  MÉTODO .......................................................................................... 48 

3.1  USUÁRIOS...................................................................................................... 48 


3.1.1  Edifícios .................................................................................................... 50 
3.1.2  Caracterização do usuário e ambiente ............................................................ 52 
3.1.3  Preferências e percepções ............................................................................ 54 
3.2  OFUSCAMENTO ............................................................................................ 59 
3.2.1  Caracterização dos usuários ......................................................................... 59 
3.2.2  Caracterização dos ambientes e tipo de céu .................................................... 61 
3.2.3  Desempenho luminoso ................................................................................ 63 
3.3  CONSIDERAÇÕES FINAIS: USUÁRIOS X OFUSCAMENTO .......................................... 73 
  RESULTADOS.................................................................................... 74 

4.1  USUÁRIOS...................................................................................................... 74 


4.1.1  Edifícios .................................................................................................... 74 
4.1.2  Perfis dos usuários .................................................................................... 105 
4.1.3  Preferências e percepções .......................................................................... 107 
4.2  OFUSCAMENTO .......................................................................................... 123 
4.2.1  Caracterização dos usuários ....................................................................... 123 
4.2.2  Caracterização dos ambientes e tipo de céu .................................................. 125 
4.2.3  Desempenho luminoso .............................................................................. 128 
4.3  CONSIDERAÇÕES FINAIS: USUÁRIOS X OFUSCAMENTO ........................................ 160 
  CONCLUSÕES ................................................................................. 167 

5.1  PREFERÊNCIAS E PERCEPÇÕES DOS USUÁRIOS QUANTO AO APROVEITAMENTO DA LUZ


NATURAL E ACIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE SOMBREAMENTO E LUZ ARTIFICIAL .... 167 

5.2  APLICABILIDADE DOS ÍNDICES DE AVALIAÇÃO DE OFUSCAMENTO POR MEIO DA

COMPARAÇÃO COM A OPINIÃO DOS USUÁRIOS .............................................................. 168 

5.3  INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO ESPACIAL NA PERCEPÇÃO DO DESCONFORTO VISUAL


169 
5.4  LIMITAÇÕES ................................................................................................... 169 
5.5  RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS .................................................. 170 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 171 

APÊNDICES ........................................................................................ 182 


APÊNDICE A - ESTRUTURA INICIAL DO QUESTIONÁRIO ............................... 182 
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO . 187 
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO, EM
INGLÊS...................................................................................................................... 190 

APÊNDICE D - FICHA PARA PREENCHIMENTO................................................ 193 


APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM PORTUGUÊS ......... 194 
APÊNDICE F - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM INGLÊS ................ 196 
APÊNDICE G - FICHA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE PARA O
USUÁRIO ................................................................................................................ 198 
APÊNDICE H - ORDEM CRONOLÓGICA DO LEVANTAMENTO DE CAMPO ... 200 
APÊNDICE I – MODELOS DE FICHAS DOS RESULTADOS .............................................. 211 
APÊNDICE J– AMOSTRA DOS RESULTADOS .............................................................. 212 
APÊNDICE K – PROTOCOLO DE MEDIÇÃO ................................................................ 214 
5.6  RESUMO ......................................................................................................... 214 
5.7  ABREVIAÇÕES ................................................................................................. 214 
5.8  DEFINIÇÕES .................................................................................................... 214 
5.8.1  Iluminância .............................................................................................. 215 
5.8.2  Luminância .............................................................................................. 215 
5.8.3  Razão de luminância ................................................................................. 215 
5.8.4  Imagens HDR ........................................................................................... 215 
5.8.5  Índice de Ofuscamento em Luz Natural (DGI) ............................................. 215 
5.8.6  Probabilidade de Ofuscamento em Luz Natural (DGP).................................. 216 
5.8.7  Fator de céu visível (FCV) ......................................................................... 216 
5.8.8  Percentual de abertura de fachada (PAF) ..................................................... 216 
5.9  INTRODUÇÃO PARA A MEDIÇÃO DE OFUSCAMENTO............................................. 216 
5.10  OBJETIVOS ............................................................................................... 216 
5.11  VISITA IN LOCO ......................................................................................... 217 
5.11.1  Opinião do usuário para caracterização do ofuscamento e dos ambientes .. 217 
5.12  AVALIAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E OFUSCAMENTO POR MEIO DE MEDIÇÕES
221 
5.12.1  Variáveis coletadas ............................................................................. 221 
5.12.2  Equipamentos utilizados nas medições .................................................. 221 
5.12.3  Medições dos dados de iluminância e luminância e posição do usuário ..... 222 
5.12.4  Medição da posição do usuário ............................................................. 225 
5.12.5  Ficha com as medições e opinião dos usuários ....................................... 225 
5.12.6  Resultados das medições e pesquisa de opinião ...................................... 226 
ANEXOS ............................................................................................. 231 
ANEXOS A - PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E DE PESQUISA................................. 231 
INTRODUÇÃO

O aproveitamento da luz natural em ambientes de edificações em clima com períodos


quentes requer aberturas projetadas para permitir a entrada da luz e barrar o calor para evitar o
desconforto térmico ou aumento da demanda de climatização artificial (OLGYAY, 1963;
KOENISBERGER et al., 1974; SZOKOLAY, 2004). São constatações que ganharam atenção
dos projetistas e/ou pesquisadores ao longo do século XX, à exemplo do brise-soleil do
Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, proposto por Le Corbusier na década de 30, cuja
análise do memorial original do projeto demonstrava a intenção de melhorar o comportamento
solar quanto à iluminação e calor, e suas dificuldades de combiná-los (MELENDO, 2004). Por
se tratar de um problema recorrente nos trópicos, as primeiras publicações específicas
enfatizaram o projeto de aberturas com elementos de sombreamento que obstruam a fração de
céu que coincide com a trajetória do Sol (nos momentos de ocupação) e garantam o acesso a
uma fração de céu visível suficiente para deixar a luz difusa entrar, obtido por meio de medições
ou cálculos (KOENISBERGER et al., 1974, capítulo 5). O dimensionamento dos protetores
solares eficazes quanto ao impedimento da entrada de luz direta emprega o método de máscara
de sombras ou cartas solares (SZOKOLAY,INTERNATIONAL PLEA ORGANISATION.
,UNIVERSITY OF QUEENSLAND. DEPT. OF ARCHITECTURE., 1996; BITTENCOURT,
2000; MARSH, 2001). O método começou a se popularizar nas décadas de 50 e 60, com as
publicações dos irmãos Olgyay (OLGYAY ,OLGYAY, 1957; OLGYAY, 1963), e
revolucionaram as abordagens de Corbusier ao produzir um complexo método de correlacionar
o edifício ao clima, envolvendo uma ampla variedade de inovações no campo da arquitetura e
ciências ambientais, fortemente baseada em imagens e diagramas para comunicar fatos e
aspirações, incluindo a “enigmática máscara de Sol” (BARBER, 2017). Dentre eles, se destaca
a abordagem Sol-Ar, baseada em diagramas da trajetória do Sol, tabelas com luz natural direta
normal, determinação de obstruções externas e máscara de sombras por meio de projeção
estereográfica (OLGYAY, 1963, p. 35, 54 e 78 a 83).
Com o aumento do uso de elementos de proteção solar, surgiram preocupações quanto
ao comprometimento da luz natural devido ao superdimensionamento dos protetores
(MAJOROS, 1998; prefácio de Szokolay). Mesmo sem abordar os elementos de
sombreamento, essa publicação destacou a importância de obstruir a luz solar direta para evitar
o ofuscamento e aproveitar o céu como principal fonte de luz, assegurando luz durante todo o
dia, com pouca variação e baixo contraste (MAJOROS, 1998). Outras publicações de destaque
apenas enfatizaram a necessidade de impedir a luz direta para o aproveitamento da luz natural
25
(O’CONNOR et al., 1997; MAJOROS, 1998). Entretanto, as recomendações frequentemente
enfatizaram o tamanho da abertura e a visão do céu na abertura, independente do
sombreamento, porque se destinaram a climas amenos e frio, nos quais o aquecimento solar
passivo é indicado ou irrelevante (BROWN ,NOVITSKI, 1987, p.85).
O sombreamento da abertura se mostrou imprescindível para o aproveitamento da luz
natural nas pesquisas locais, aplicando parâmetros relacionados somente à iluminância. As
recomendações resultantes foram aberturas sombreadas de tamanho médio ou grande (para
compensar o sombreamento) voltadas para o Norte ou Sul (MORENO, 2015), e aberturas com
sistemas de sombreamento móvel, para Leste (HAZBOUN, 2018). Do contrário, há falta ou
excesso de luz. Na prática, a aplicação dessas recomendações tem se mostrado insuficiente ao
constatar que os usuários de ambientes climatizados artificialmente com aberturas devidamente
sombreadas, frequentemente fecham as cortinas e persianas, e deixam de usar as funções das
aberturas, como iluminação natural, conexão com o exterior, qualidade ambiental e eventual
uso da ventilação natural. Logo, os critérios de desempenho luminoso também se mostram
insuficientes para evitar o desconforto e é necessário considerar os diversos aspectos do
ofuscamento
A avaliação de desempenho luminoso quanto ao ofuscamento em baixas latitudes
apresenta obstáculos porque os índices são baseados na determinação da luminância e
correlação com opinião de usuários, e são influenciadas pelo contexto de onde foram medidos.
O ofuscamento corresponde ao contraste causado pelo brilho das fontes de luz dentro do campo
visual (KONSTANTZOS,TZEMPELIKOS ,CHAN, 2015, p.244), e os principais índices de
desconforto visual por ofuscamento são o índice de ofuscamento em iluminação natural (DGI),
índice de ofuscamento da CIE (Comission Internacionale de L’Eclairage ) (CGI), probabilidade
visual de conforto (VCP), índice de ofuscamento unificado (UGR) e probabilidade de
ofuscamento em iluminação natural ou DGP (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.149). Por
exemplo, os limites pré-estabelecidos para DPG vêm sendo ajustados desde 2012, e os últimos
já incluíam localidades da Argentina, Dinamarca, Israel, Japão e Estados Unidos (WIENOLD
et al., 2019, p.1). Outra limitação são os cálculos desses critérios, que geralmente consideram
a cena analisada como um todo, não havendo um cálculo específico para cada campo visual do
usuário.

1.1 OBJETIVOS

O objetivo principal é caracterizar as causas do fechamento de dispositivos de


26
sombreamento internos em ambientes climatizados de escritório com aberturas sombreadas
externamente, para evitar a inibição do uso da luz natural e o comprometimento das demais
funcionalidades das aberturas.
Os objetivos específicos são:
 identificar preferências e percepções dos usuários quanto ao aproveitamento da luz
natural e acionamento dos dispositivos de sombreamento e luz artificial;
 identificar causas de ofuscamento em ambientes com aberturas sombreadas;
 avaliar a aplicabilidade dos índices de avaliação de ofuscamento por meio da
comparação com a opinião dos usuários;
 identificar a influência da organização espacial na percepção do desconforto visual.

1.2 ESTRUTURA DA TESE

A tese está dividida em introdução, referencial teórico, método, resultados e


considerações finais. Neste capítulo de introdução é apresentada a contextualização, o problema
de pesquisa, a justificativa do tema, os objetivos geral e específicos.
O referencial teórico aborda os principais temas que subsidiam a pesquisa, como
conforto visual, parâmetros de avaliação de ofuscamento, formas de interação dos usuários com
a abertura, modelagem do comportamento do usuário e percepção dos usuários e desempenho
luminoso.
O método é dividido em duas etapas: análise do comportamento dos usuários e do
comportamento do ofuscamento. Os usuários são analisados quanto ao seu comportamento por
meio de uma avaliação de campo geral, que compreende a análise das edificações por meio da
aplicação de pesquisa de opinião e walkthrough de especialistas, com registro fotográfico,
preenchimento de fichas e levantamento de documentação de projeto para as edificações
analisadas, com a finalidade de identificar as principais causas para o fechamento dos
dispositivos de sombreamento e de perfis de interação dos usuários com os sistemas de
sombreamento. O ofuscamento é avaliado por meio de pesquisa de opinião, medições da
posição dos usuários em cada sala e dos índices de iluminância e luminância (por meio de
luxímetro e luminancímetro, bem como com o uso de imagens HDR), com a finalidade de
identificar as principais causas para o desconforto e aferir os principais índices de avaliação de
ofuscamento conforme a opinião do usuário.
Os resultados são apresentados seguindo a estrutura do capítulo de Método. Os
resultados referentes aos usuários compreendem a seleção e caracterização dos edifícios
27
(apresentação dos edifícios estudados, tipologias, entorno e ambientes internos), perfis de
usuários, preferências e percepção (análise diferenciada por edifício, frequência de ajuste, salas
compartilhadas e individuais, organização espacial e acionamento dos dispositivos de
sombreamento internos). Os resultados referentes ao ofuscamento compreendem a
caracterização da amostra (dos usuários, ambientes, céu), desempenho luminoso (iluminância,
DGI, DGP, razão de luminância nos campos visuais, razão de luminância entre o monitor e
campos visuais, organização espacial (brilho de céu, brilho de céu refletido nas persianas,
reflexo no monitor, reflexões do entorno, luz artificial refletida, luz natural direta) e
considerações finais sobre usuários e ofuscamento. Nesta etapa final, os resultados de ambas as
etapas são articulados com o objetivo de relacionar as causas do desconforto com a organização
espacial.
As conclusões são organizadas de acordo com o objetivo geral e os específicos, e
complementadas pelas limitações da pesquisa e recomendações para futuros trabalhos.

28
REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico contém o embasamento teórico para os procedimentos


desenvolvidos no decorrer dos capítulos 3 e 4 da tese e está dividido nos seguintes tópicos:
conforto visual, parâmetros de avaliação de ofuscamento, interação do usuário com a abertura,
modelagem do comportamento do usuário e percepção dos usuários e desempenho luminoso.

2.1 CONFORTO VISUAL

O conforto é dado “em função da relação que o homem estabelece com o seu meio –
ambiente”, que depende de fatores como “luz, som, calor, uso do espaço e das experiências
próprias de cada pessoa”, portanto estaria conectado “por meio de respostas fisiológicas e de
sensações (inclusive de caráter subjetivo de difícil avaliação), de estímulos físicos, objetivos e
facilmente mensuráveis” (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.15 e 111).
As causas mais frequentes para o comprometimento do conforto visual são baixos níveis
de luz, reflexões, baixo índice de reprodução de cores, falta de privacidade e, principalmente,
contraste com o monitor devido a incidência de luz natural direta, pois é pouco provável que
um usuário consiga apreciar a vista para o exterior devido ao ofuscamento causado pela reflexão
da luz solar direta na tela de seu computador (REINHART, 2018, p.127 e 128). Por sua vez, a
fadiga visual é decorrente do excesso de luz ou níveis de iluminância insuficientes, que reduzem
sensibilidade visual devido ao esforço realizado para a adaptação visual, e contraste de
luminâncias e saturação visual, que prejudicam a visualização (VIANNA ,GONÇALVES,
2001, p.134 e 135).
A uniformidade de luz é avaliada por meio da razão entre a iluminância média do local
e a iluminância mínima medida na estação de trabalho, a partir da medição de cinco pontos na
mesa de trabalho (um centralizado no teclado) e quatro pontos equidistantes do ponto central
(GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).
“O ofuscamento é uma função direta do tamanho da janela e do brilho do céu visto
através dela, e uma função inversa do brilho no interior da sala” (HOPKINSON, 1972, p.206).
Pode ser definido como o contraste no campo visual, em decorrência de fontes de luz brilhantes
(KONSTANTZOS,TZEMPELIKOS ,CHAN, 2015, p.244). O ofuscamento depende da
distribuição de luminâncias no espaço (KIM ,KIM, 2012, p.105), cuja variação ou contraste
extremo dependem das “dimensões do ambiente, refletâncias das superfícies, iluminâncias,
luminância no campo de visão, características da luminárias e usuários” (IESNA, 2000, p.129).
29
O ofuscamento fisiológico gera uma privação da visão, sem incômodo. O psicológico
gera desconforto, sem perda de visão, e pode resultar em falta de atenção, fadiga, dor (VIANNA
,GONÇALVES, 2001, p.137 e 138), “irritabilidade, para não falar em erros e acidentes”
(EUROPEAN COMISSION DIRECTORATE, 1994, p.1), típico de ambientes com visão para
grandes áreas da abóbada celeste (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.137 e 138).
O ofuscamento pode causar desconforto ou incapacitação de realização de tarefas, de
forma direta ou por reflexão (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.135 e 137), devido à
luminância da fonte, sua forma, seu ângulo visual e sua posição em relação a linha de visão, e
da luminância do resto do campo visual (EINHORN, 1961, p.154). A luminância1 é referente
ao brilho, e depende da iluminância2 de “um objeto, suas propriedades refletivas, e sua área
projetada em um plano perpendicular à direção da visão” (IESNA, 2000, p.46). O ofuscamento
direto é causado pela visualização direta da fonte de luz, e o indireto é causado pela reflexão da
imagem da fonte em uma superfície polida (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.139).
A localização da fonte de ofuscamento e a proximidade do campo de visão influenciam
no ofuscamento. “Entretanto, um estudo de ofuscamento para uma única janela concluiu que o
desconforto foi praticamente independentemente do tamanho e distância do observador, mas
criticamente dependente da luminância de céu”. Observou-se também que os usuários têm
maior tolerância ao ofuscamento vindo do céu, do que da luz artificial (EUROPEAN
COMISSION DIRECTORATE, 1994, p.2).
Há diversas recomendações de limites quanto à distribuição de luminância no campo
visual, considerando a razão entre a luminância (brilho) de um objeto e a luminância do entorno
deste objeto, conforme condições e referências e superfícies internas (IESNA, 2000, p.144).
Em geral, recomenda-se que as refletâncias sejam maiores no teto, e decresçam até o piso
(Tabela 2-1).

1
Variável quantitativa.
2
Variável quantitativa.
30
Tabela 2-1 – Recomendações de refletâncias das superfícies.
SUPERFÍCIES IESNA ABNT
Teto 80% ou mais 60% - 90%
Paredes 50%-70% 30% - 80%
Mobília 25%-45%
Planos de trabalho 20%-60%
Piso 20%-40% 10%-50%
Divisória 40%-70%
Fonte: adaptação de IESNA (2000, p.478) e ABNT (2013, p.11 e 12).

A refletância dos materiais pode ser obtida por:


 comparação da amostra com uma escala de cores do German RAL CLASSIC K5
(RADIANCE-ONLINE, 2018 apud REINHART, 2018, p.108) ou carta de cores da
CIBSE (CIBSE - Chartered Institution of Buidling Services Engineers, 2001 apud
REINHART, 2018, p.112);
 medição de iluminância e luminância (Equação 2.1) (REINHART, 2018, p.108 a
112);
 medições de refletância difusa e especular em espectrofotômetro, inclusive por meio
de um espectofotômetro portátil da Konica Minolta CM-2500cd (2016 apud
REINHART, 2018, p.109);

𝝆 𝑳𝒙𝝅/𝑬 Equação 2.1: equação de cálculo da refletância


por meio da iluminância e luminância.
Onde: Fonte: Reinhart (2018, p.111).

ρ: refletância em percentual;
π: constante matemática;
E: iluminância (lux);
L: luminância (cd/m²).

2.2 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE OFUSCAMENTO

Os parâmetros para avaliação de ofuscamento frequentemente estão relacionados com


a iluminância e a luminância e os mais importantes são: iluminância, índice de ofuscamento em
iluminação natural (DGI), novo índice de ofuscamento em iluminação natural (DGIN), índice

31
de ofuscamento e luz natural , índice de ofuscamento da CIE3 (CGI), probabilidade visual de
conforto (VCP), índice de ofuscamento unificado (UGR) e probabilidade de ofuscamento em
iluminação natural (DGP), probabilidade de ofuscamento em iluminação natural
(DGPadaptativo). Neste item são demonstrados os principais parâmetros de avaliação de
ofuscamento abordados em literatura, para respaldar a seleção dos índices mais relevantes.

2.2.1 Iluminância

A iluminância pode ser considerada um indicativo de uniformidade de luz por meio da


definição de um limite superior de iluminância de 10 vezes, indicando possível ocorrência de
contrastes que podem causar ofuscamento (REINHART,MARDALJEVIC ,ROGERS, 2006,
p.27). A norma de iluminação 5413 (ABNT, 1992b, p.1), revogada com a criação da NBR 8995-
1 (ABNT, 2013), indica uma razão máxima entre o nível de iluminância superior e inferior de
10, para a manutenção da uniformidade da distribuição da luz natural. A norma atual de
iluminação natural incorpora a definição de entorno imediato4 à questão da uniformidade, que
está relacionada com a gradação da luz ao longo do ambiente, cujo valor da iluminância não
pode ser menor que 0,7 na tarefa e 0,5 no entorno imediato (ABNT, 2013, p. 6). A própria
definição do critério de iluminância natural útil (UDI) considera o intervalo superior como
indicativo de iluminação em excesso que pode gerar desconforto térmico ou visual
(REINHART,MARDALJEVIC ,ROGERS, 2006, p.16). Adota-se o índice limite de
ofuscamento unificado (UGRL) definido para cada uso de edificação, com uma escala de
valores (13-16-19-22-25-28) baseada na correlação da luminância, com o campo de visão do
observador e a posição da luminária (ABNT, 2013, p.7). A uniformidade de iluminância
(Equação 2.2) no plano de trabalho é medida por meio da razão entre iluminância mínima e
média (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148), a CIBSE (C.L.G, 1999 apud
GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148) define uma razão de uniformidade mínima
de 0,8.

3
Comission Internacionale de L’Eclairage
4
“uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão” (ABNT,
2013, p.2)
32
𝐼𝑙𝑢𝑚𝑚í𝑛 Equação 2.2 – Cálculo de variação de luminância.
𝑅𝐼𝑙𝑢𝑚 Fonte: Garretón, Colombo e Pattini (2018, p.148).
𝐼𝑙𝑢𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎

Onde:
RIlum: razão de iluminância.
Ilummín: iluminância mínima.
Ilummédia: iluminância média.

2.2.2 Luminância

A luminância está relacionada com o efeito visual que a luz produz por meio do brilho,
decorrente da iluminância, reflexão dos materiais e “área projetada no plano perpendicular à
direção de visão”. É possível estabelecer uma relação entre a “luminância de um objeto
visualizado e a iluminância da imagem resultante na retina do olho”, analogamente a exposição
presente em fotografias. Sua unidade de medição é cd/m² (IESNA, 2000, p.46).
A luminância pode ser calculada por meio de imagens HDR a exemplo de pesquisas de
avaliação de ofuscamento (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; FARIA et al., 2007;
JACOBS, 2007; FARIA ,NASCIMENTO, 2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009a;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et al., 2010; INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016a; KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017). O
procedimento será detalhado no item 2.5.2 Questionários & medições.
A luminância média, máxima e mínima no plano de trabalho podem ser calculadas e as
regiões equivalentes a tarefa e a fonte podem ser determinadas conforme o campo de visão do
usuário (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).

2.2.3 DGI

O índice de ofuscamento em iluminação natural (DGI) corresponde a uma correlação


entre a luminância (brilho), ângulo sólido da fonte de ofuscamento e luminância (média) no
campo de visão (HOPKINSON, 1972, p.208).
O DGI “não é considerado confiável quando há incidência de luz solar direta ou
reflexões especulares5 no campo de visão”, isso é justificado pelo fato do brilho de céu de

5
“A luz atinge uma superfície perfeitamente lisa (polida) é refletida em apenas uma direção e não ocorre
dispersão da superfície” (COMNINOS, 2006, p.361).
33
Hopkinson desconsiderar esses fatores (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.152). Este índice
apresenta “baixa probabilidade de ofuscamento mesmo diante da luz direta”, devido ter sido
desenvolvido para luz solar difusa (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.161).
O DGI foi desenvolvido por meio de pesquisas com seres humanos para classificação
do ofuscamento de acordo com uma escala múltipla de critérios (aceitável, limite, não
aceitável), e validação do limite deste índice com base na opinião de observadores, in loco,
considerando a escala (muitíssimo restritivo, muito restritivo, concordo, muito permissivo,
muitíssimo permissivo) (HOPKINSON, 1972, p.210).

2.2.4 DGIN

O DGIN é uma adaptação do DGI que considera a luminância da janela, luminância de


adaptação e luminância exterior (NAZZAL, 2005, p.258). O DGIN não foi validado com
usuários, não considera adequadamente as reflexões especulares e as fontes de luminância
direta, requer uma informação geométrica complexa, e sua utilização é questionável
(JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.153 e 158).

2.2.5 CGI

O índice de ofuscamento da CIE (CGI) é expresso por meio da luminância da fonte,


ângulo sólido da fonte, índice de posição de Guth, iluminância vertical no olho devido a todas
as fontes, luminância vertical no olho devido à luz Inter refletida e iluminância vertical no olho
(EINHORN, 1979, p.91). “Valores acima de 28 são intoleráveis, enquanto que abaixo de 13 são
imperceptíveis” (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.153).

2.2.6 VCP

A probabilidade de conforto visual (VCP) “corresponde ao percentual de usuários que


aceitarão o sistema de iluminação, sentindo-se confortáveis”. O índice é baseado em avaliações
de ofuscamento desconfortável para diferentes tamanhos, luminâncias e números de fontes de
ofuscamento, campo de visão e luminância de fundo (IESNA, 2000, p.129), e é útil para avaliar
os sistemas de iluminação conforme o percentual de aceitação dos usuários, utilizando como
critério a percepção de brilho da luz direta (IESNA, 2000, p.129). O uso do VCP para avaliações
de luz natural produz resultados diferentes em relação às outras métricas porque foi criado

34
especificamente para a iluminação artificial (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.162).

2.2.7 UGR

O índice de ofuscamento unificado (UGR) é uma simplificação do CGI, e “foi


desenvolvido em resposta a dificuldades no cálculo da iluminação direta necessária” para o CGI
(CIE, 1995 apud JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.154). Este critério desconsidera a luz direta
e apresenta a mesma escala numérica de classificação do CGI, ou seja, valores acima de 28 são
considerados intoleráveis e abaixo de 13 são imperceptíveis (CIE, 1995 apud JAKUBIEC
,REINHART, 2012, p.154). “As condições exatas de teste e pesquisa de usuário que levam a
derivação da UGR não são claramente discutidas no relatório técnico divulgado pela CIE” (CIE,
1995 apud JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.154).

2.2.8 DGP

A probabilidade de ofuscamento em iluminação natural (DGP6) é um índice empírico,


em função da iluminância vertical do olho, luminância da fonte, ângulo sólido da fonte e índice
de posição (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.755). São considerados a luz solar
direta e as reflexões especulares no cálculo do DGP (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006,
p.744, 747, 748 e 752), “que em cenas com brilho excessivo, o desconforto pode ser previsto
mesmo sem uma mudança significante do contraste visual” (JAKUBIEC ,REINHART, 2012,
p.154).
O DGP é referente a um percentual de pessoas que se sentem desconfortáveis em relação
à luz natural (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.754): A faixa de classificação atual7
é imperceptível para DGP8 ≤ 34%; perceptível para 34% < DGP ≤ 38%; perturbador 38% <

6
Criado por Wienold e Christoffersen (2006, p.743).
7
Este índice teve os seus limites classificados inicialmente em imperceptível (≤0,35), perceptível (≤0,40)
e perturbador (≤0,45) (WIENOLD, 2009, p.950). A probabilidade maior que 0,45 equivale ao DGP intolerável e
a menor que 0,30 é imperceptível (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.6). Posteriormente estes valores foram
atualizados por Reinhart e Wienold (REINHART ,WIENOLD, 2010) para imperceptível DGP abaixo de 35%,
perceptível DGP entre 35% e 40%, perturbador DGP entre 40% e 45% e intolerável acima de 45% (REINHART
,WIENOLD, 2010, p.414). Atualmente a classificação com valores mais atualizados é imperceptível, DGP ≤ 34%,
perceptível 34% < DGP < 38%, perturbador 38% < DGP < 45% e intolerável DGP < 45% (WIENOLD et al.,
2019, p.21).
8
Os limites de DGP utilizados nas análises da tese são: imperceptível (<35%), perceptível (entre 35% e
35
DGP ≤ 45%; intolerável para DGP > 45% (WIENOLD et al., 2019, p.21).
“Em 95% do horário de ocupação os valores do DGP devem ser menores ou iguais à
classificação do ‘imperceptível’. Além disso, nos 5% restante do horário de ocupação, o DGP
médio deve ser menor ou igual ao valor médio de ‘perceptível’” (WIENOLD, 2009, p.950).
O índice foi obtido por meio de um experimento com três dimensões de aberturas, com
três dispositivos de sombreamento, todos do tipo persiana. Foram instalados dois sensores de
iluminância e luminância, uma câmera conjuntamente com o sensor de medição da iluminância
vertical ao nível do olho, e uma estação meteorológica para medição da iluminância global total
e difusa e irradiância (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.745 a 747). O DGP apresenta
uma melhor correlação (R²=0,94) com a probabilidade de pessoas perturbadas do que a
iluminância vertical do olho (R²=0,77) (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.755).
O DGP tem o melhor desempenho dentre as demais métricas em ambientes com
incidência de luz solar direta, e geralmente associa a luz solar direta com o ofuscamento, que é
computado mesmo que não haja um contraste excessivo, mas que haja luminância excessiva
dentro do campo de visão (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.158). O DGP é a métrica com
maior robustez, obtendo boas respostas para a maioria das situações simuladas com luz natural,
incidência de luz natural direta e fontes de luminância especular (JAKUBIEC ,REINHART,
2012, p.158). Segundo Jakubiec e Reinhart (2012, p.161) em condições de luz solar difusa, o
DGP, DGI, UGR e CGI são bem correlacionados e foram obtidos resultados semelhantes para
a simulação computacional. O CGI é a métrica que tem uma maior robustez dentre os três
parâmetros mencionados, faz uma previsão mais consistente em casos de altos níveis de
desconforto (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.161). As predições anuais de ofuscamento
foram utilizadas com a finalidade de determinar quando o dispositivo de sombreamento é
manuseado, para isso foi elaborada uma extensão (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.165) do
modelo de comportamento do Lightswitch (REINHART, 2004).
O DGP pode variar, à exemplo da Indonésia, que foi encontrado um DGP limite superior
de 21% para imperceptível, 22% para perturbador, e entre 24 e 26% para intolerável
(MANGKUTO et al., 2017, p.161), enquanto que os parâmetros originais são: imperceptível
para DGP9 10 menor que 35%; perceptível ou notável entre 35% e 40%; perturbador entre 40%

40%), perturbador (entre 40% e 45%) e intolerável (>45%).


9
Conforme avaliações realizadas na Europa, caracterizados por baixos índices de luz natural.
10
Recentemente foram atualizadas estas faixas de DGP como: imperceptível, DGP ≤ 34%, perceptível
34% < DGP < 38%, perturbador 38% < DGP < 45% e intolerável DGP < 45% de acordo com Wienold (2018 apud
36
e 45%; e intolerável acima de 45% (REINHART ,WIENOLD, 2010, p.391).

2.2.9 DGPadaptativo

O parâmetro DGPadaptativo considera o fechamento do sistema de proteção pelo


usuário quando o ofuscamento atinge o índice de 0,45, tido como perturbador (JAKUBIEC
,REINHART, 2012, p.165). Observa-se que houve um aumento da área iluminada para 100%
com autonomia de luz natural (DA11) de 72,01% com o DGPadaptativo controlando o
acionamento das persianas (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.166). O conceito de zona
adaptativa reduz o número de horas com ofuscamento intolerável ao ano e aumenta a média de
disponibilidade de luz natural (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.149).

2.3 INTERAÇÃO DO USUÁRIO COM A ABERTURA

A frequência de operação de janelas, persianas e luz artificial ocorre mais


frequentemente no período da chegada ou saída dos usuários do espaço (REINHART, 2004;
HALDI ,ROBINSON, 2010), com ocorrências de 5,7 vezes para abaixar as persianas e 5,5
vezes para levantar as persianas12 (HALDI ,ROBINSON, 2010, p.137). Normalmente as
persianas são posicionadas de forma a garantir luz natural difusa e vista para o exterior até que
ocorra desconforto (ZANG ,BARRET, 2012; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-
MORRISON, 2013; O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013), e os ajustes dos brises são
preferencialmente corretivos para obter conforto e não há ajustes preventivos (HALDI
,ROBINSON, 2010, p.137). Os dispositivos fechados podem demorar dias (REA, 1984, p.136),
semanas ou meses até que sejam reabertos (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978, p.60). Mesmo
que a radiação solar tenha mudado drasticamente durante o período, as persianas tendem a
permanecer fixas durante o decurso da semana (FOSTER ,ORESZCZYN, 2001, p.152 e 153).
A interação do usuário com o sistema de abertura pode ter várias motivações, de acordo
com estudos internacionais pois ainda não há estudos deste tipo desenvolvidos no Brasil.
 brilho ou ofuscamento (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978; INKAROJRIT, 2006;

REINHART, 2018).
11
A autonomia de luz natural (DA) refere-se ao percentual de horas ao ano em que o nível mínimo de
iluminância requerido é mantido apenas com luz natural (REINHART,MARDALJEVIC ,ROGERS, 2006, p.16).
12
Mais frequentemente na chegada, do que durante a sua estadia.
37
ZANG ,BARRET, 2012; HONG et al., 2015b);
 contraste no monitor (PIGG,EILERS ,REED, 1996, p.8.168);
 desconforto térmico decorrente da luz direta (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978;
REA, 1984; INKAROJRIT, 2006; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-
MORRISON, 2013; HONG et al., 2015b);
 privacidade (FOSTER ,ORESZCZYN, 2001; INKAROJRIT, 2005; INKAROJRIT,
2006; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-MORRISON, 2013);
 a vista para o exterior (INKAROJRIT, 2005; HALDI ,ROBINSON, 2010; ZANG
,BARRET, 2012);
 orientações de fachada e respectivo período de exposição à luz direta ao longo do
tempo13 (O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328);
 restrições sociais (BOYCE, 1980, p.202);
 autonomia do usuário: as ações de acionamento são consistentemente
desempenhadas pelas mesmas pessoas, com liderança ou influência (Boyce, 1980
apud O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328);
 preferências pessoais (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978, p.58);
 sensação de pertencimento em relação ao ambiente, evidenciada por meio da
modificação dos padrões de uso das luminárias (BOYCE, 1980, p.201);
 tipo de uso: o acionamento das persianas em ambientes de escritórios é 20% maior
do que em ambientes de ensino, reunião e descanso (ZANG ,BARRET, 2012,
p.143);
 a probabilidade de acionamento das persianas na chegada ao ambiente do que em
outros períodos do dia (HALDI ,ROBINSON, 2010, p.137);
 facilidade de acionamento do sistema: usuários tendem a ser mais ativos se os
sistemas de controle forem fáceis de usar (O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013,
p.331);
 automação: persianas com controle remoto foram usadas três vezes mais que as
manuais (SUTTER,DUMORTIER ,FONTOYNONT, 2006, p.785);

13
usuários na fachada Leste, fecham as cortinas, ao chegar ao ambiente e as abriam durante o dia,
enquanto que usuários da fachada Oeste abrem e as fechavam ao longo do curso do dia (Inoue et al. apud
O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328).

38
 satisfação com o resultado: usuários insatisfeitos costumam rejeitar o sistema
(O’CONNOR et al., 1997, p.8-6), mesmo que seja com controle automático cuja
correção é feita manualmente pelos próprios usuários segundo monitoramento de
Reinhart e Voss (2003, p.261).

2.4 MODELAGEM DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO

O comportamento do usuário pode influenciar o desempenho geral do edifício (HOES


et al., 2009, p.7), e sua modelagem na simulação térmica, luminosa e energética consiste na
caracterização quanto à presença e ações durante o horário de ocupação da edificação. As
modelagens geralmente são simplificadas, à exemplo dos modelos de comportamento do
usuário quanto aos sistemas de proteção solar do programa Lightswitch (REINHART, 2004,
p.18 e 19):
 acionamento automático: regulagem automática dos brises em 45º ou 75º para
radiação solar direta acima de 50W/m²;
 acionamento manual: regulagem manual dos brises em 0°, 45º ou 75º para
radiação solar direta acima de 50W/m², e o sistema é reaberto somente no outro
dia no começo do expediente;
 acionamento manual estático: o usuário raramente interage com o sistema,
exceto quando abre para apreciar a vista para o exterior, as persianas ficam
totalmente abaixadas num ângulo de 75º.
As principais limitações constatadas por Reinhart (2004, p.26) são:
 falta de um perfil de usuário que deixe a persiana em uma posição intermediária,
uma vez que alguns usuários abaixam o dispositivo até bloquear a radiação solar
direta;
 desconsidera-se as questões térmicas e a privacidade como motivador para o
fechamento das cortinas;
 desconsidera-se a localização do dispositivo de controle das persianas dentro do
espaço.
O desenvolvimento de um modelo de comportamento robusto requer o entendimento de
uma relação lógica de causa e efeito como complemento para o modelo estatístico, devendo-se
considerar o comportamento do usuário por meio das percepções e ações dos mesmos (YAN et
al., 2015, p.270), baseado em fatores externos (conforto, cultura e economia), comportamento
humano e o impacto do comportamento no desempenho energético (PENG et al., 2012, p.86),
39
conforme Figura 2.1.

Figura 2.1 – Relação entre humanos e edificações.

Conforto Ambiente
Comportamento 
Cultura Edificação Custo de energia
do usuário
Economia Uso de energia

Impacto de fatores
externos
Fisiologia
Psicologia
Economia

Impacto do comportamento do 
Princípios de ideologia do 
usuário no desempenho 
comportamento
energético da edificação

Sentimentos humanos em 
fisiologia, psicologia e economia

Fonte: tradução e adaptação de Peng et al. (2012, p.86).

O modelo DNAs14 (HONG et al., 2015b, p. 766) (Figura 2.2) foi aplicado a usuários em
edificações, integrando condutores do comportamento, necessidades, ações realizadas, e
sistemas de edificação utilizados pelos mesmos Hong et. al. (2016), Sun e Hong (2017) e Luo
et al. (2019), descritos a seguir.

Figura 2.2 - Exemplo do modelo DNAs para o controle de dispositivo de sombreamento.


Iluminância do 
plano de trabalho 
e/ou outras causas

Interação com os 
Controle de 
sombreamento
Condut Necessi Ações dispositivos de  Sistemas DNAs
ores dades sombreamento

Dispositivos de 
Conforto visual
sombreamento

Fonte: tradução e adaptação de exemplo de conforto visual a partir de tabela e exemplo de conforto térmico proposto por
Hong et. al. (2015a, p.204).

2.4.1 Condutores do comportamento

Os condutores de comportamento são os elementos que estimulam o comportamento do


usuário na edificação e influem no seu consumo energético. Podem ser incluídos nesta categoria
os fatores ambientais, como temperatura do ar interna e radiação solar, e os fatores não físicos

14
Acrônimo para (tradução nossa): condutor para Drivers, necessidades para Needs, ação para Actions,
sistema para Systems Hong et al. (2015b, p. 766).
40
como a hora do dia e a estação do ano. Os condutores podem ser divididos em cinco categorias:
I) edificação, (II) usuário, (III) ambiente, (IV) sistema e (V) tempo, conforme Figura 2.3
(HONG et al., 2015b, p. 769). As características do usuário são referentes a idade (Indraganti,
Rao, 2010 apud HONG et al., 2015b, p.770), gênero (KIM et al., 2013) e mobilidade física
(Parsons, 2003 apud HONG et al., 2015b, p. 770) que influem na forma como eles reagem aos
sistemas da edificação. “Fatores ambientais tais como, clima, tempo e condições internas e
externas (ex. temperatura do ar, umidade, radiação solar, qualidade do ar interno - IAQ) são
todos condutores fundamentais na resposta dos usuários ao meio ambiente” (MILIKEN, 1965
apud HONG et al., 2015b, p. 770). Os condutores podem ser diretos, quando provocam reações
imediatas nos usuários, e indiretos, quando influenciam os condutores diretos: a abertura de
uma janela é causada pela temperatura interna (condutor direto), influenciada pela temperatura
externa (condutor indireto) (HONG et al., 2015b, p. 770).

Figura 2.3 - Componentes dos direcionadores de comportamento.


Componente Dia

Propriedades Edificação Tempo Semana

Localização Mês
Condutores
Atributos Clima

Usuário Ambiente
Atitudes Interior

Localização Exterior
Sistema
Estado Tempo

Propriedades Estado

Fonte: adaptação e tradução de HONG et al. (2015b, p.6).

Usuários submetidos a condições de luminância semelhantes podem apresentar


diferentes percepções das ocorrências de brilho indicando o prevalecimento das preferências
pessoais (PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010, p. 158).
As preferências humanas sobre iluminação diferem em intensidade e qualidade, fatores
como “idade, gênero, hora do dia, tempo do ano” interferem diretamente nos níveis de
iluminância desejados (SMITH; REA, 1980 apud MILLS ,BORG, 2013, p.160). Assim como
do contexto cultural, acomodação de funções, atributos organizacionais específicos,
peculiaridade dos sistemas das edificações, configuração espacial, características dos ambientes
internos (YAN et al., 2015, p.273).

41
2.4.2 Necessidades

As necessidades humanas básicas são classificadas em: fisiológicas, referentes às


necessidades do corpo humano, como a homeostase e o apetite humano; segurança, que surgem
a partir da satisfação das necessidades fisiológicas, e são relacionados quando o ser humano
sente-se ameaçado; amor, descrita como “amor e afeição, e necessidade de pertencimento”;
estima, que se refere à necessidade de estabilidade; e auto atualização (MASLOW, 1943, p.1,
3 à 10).
Duas categorias são consideradas para as necessidades dos usuários: necessidades não-
físicas e necessidades físicas (HONG et al., 2015b, p. 771), conforme Figura 2.4. As
necessidades não-físicas referem-se a questões como privacidade e vista para o exterior,
conforme Figura 2.4 (HONG et al., 2015b, p. 770). As necessidades físicas incluem:
 conforto térmico: fatores conforto térmico (combinação de “temperatura do ar e
umidade, temperaturas de superfícies do entorno, velocidade do ar interno, nível de
atividade, radiação térmica incidente e nível de vestimenta” (DEAR,BRAGER
,COOPER, 1997; BRAGER,PALIAGA ,DE DEAR, 2004; BORGESON
,BRAGER, 2008);
 conforto luminoso: “ofuscamento, contraste excessivo ou níveis inaceitáveis de
brilho” (HONG et al., 2015b, p. 771);
 conforto acústico: nível de ruído, em uma escala aceitável (HONG et al., 2015b, p.
771);
 saúde do ambiente interno: qualidade do ar interno (IAQ) e umidade (HONG et al.,
2015b, p. 771).

42
Figura 2.4 - Componentes das necessidades do usuário.

Físico
Acústico Comida

Térmico Conforto Biológico Bebida

Visual Banheiro
Necessidades
IAQ Higiene

Dormir

Não físico

Código de 
Privacidade Preferências Cultura Rotina
vestimenta
Fonte: adaptação e tradução nossa de Hong et al. (2015b, p.770).

2.4.3 Ações

As ações correspondem às interações dos usuários com os sistemas ou atividades que


para satisfazer suas necessidades, à exemplo de abertura de janelas e o ajuste da temperatura do
termostato, conforme Figura 2.5 (HONG et al., 2015b, p. 771).

Figura 2.5 - Componentes das ações do usuário.

Ações

Interação com  Falta de  Desconforto 


Movimento
sistemas movimentação reportado
Fonte: adaptação e tradução nossa de Hong et al. (2015b, p.6).

2.4.4 Sistema

“Sistemas são os equipamentos, mecanismos ou medidas nas quais um usuário pode


43
interagir para restaurar o conforto, ou satisfação com o ambiente dele”, à exemplo de janela,
brises, iluminação, termostato, dentre outros (Figura 2.6) (HONG et al., 2015b, p. 771 e 772).
Há diversas causas que se confundem com os condutores, devido aos diferentes padrões
culturais (REINHART ,VOSS, 2003, p.259). Por exemplo, o automatismo dos usuários leva ao
acionamento da luz artificial ao chegar ao trabalho em até 86% dos casos (REINHART ,VOSS,
2003, p.258). O ajuste é executado com uma maior frequência nos horários de chegada ao
ambiente conforme indicações do sensor de ocupação (JENNINGS,RUBINSTEIN
,DIBARTOLOMEO, 2000, p.13). Existe a adaptação do comportamento do usuário em virtude
da presença do sensor de ocupação, sendo “detectadas diferenças estatisticamente significativas
na propensão de apagar as luzes na saída do ambiente, bem como uma redução na probabilidade
do usuário escolher uma configuração de iluminação do que a iluminação total” (PIGG,EILERS
,REED, 1996, p.8.169).

Figura 2.6 - Componentes dos sistemas do usuário.

Sistemas

Comandos ‐ 
Janelas Brises/persianas Luzes elétricas Termostatos Espaço Equipamento Vestimenta
retorno
Fonte: adaptação e tradução de Hong et al. (2015b, p.6).

2.5 PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E DESEMPENHO LUMINOSO

A percepção ambiental do usuário é frequentemente usada para avaliar o desempenho


dos ambientes e os procedimentos mais recorrentes em literatura são:
 auditoria do tipo walkthrough (RHEINGANTZ et al., 2009);
 aplicação de questionário (RHEINGANTZ et al., 2009;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010);
 medições dos índices de radiação solar (REINHART ,VOSS, 2003);
 medições de iluminância por meio de sensores ou luxímetro digital
(REINHART,BOURGEOIS ,DUBROUS, 2003; SUTTER,DUMORTIER
,FONTOYNONT, 2006; CORREIA, 2008; HALDI ,ROBINSON, 2010;
KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017);
 medições de luminância com luminancímetro (J. CHRISTOFFERSEN, 1999;
CORREIA, 2008; KIM,AHN ,KIM, 2008);

44
 determinação de luminâncias por meio de fotografias HDR (INANICI, 2006;
JACOBS ,BROTAS, 2006; FARIA, 2007; FARIA et al., 2007; MCCANN ,RIZZI,
2007b; MCCANN ,RIZZI, 2007a; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009b; DOYLE
,REINHART, 2010; PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et
al., 2010; INANICI, 2013; KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016a; JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016b;
KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017);
 simulação computacional para avaliação da luz natural (JAKUBIEC ,REINHART,
2012; LEAL, 2013);

2.5.1 Walkthrough

O walkthrough é um procedimento que se utiliza de uma caminhada falada


“complementado por fotografias, croquis gerais e gravação de áudio e de vídeo, abrangendo
todos os ambientes, no qual os aspectos físicos servem para articular as reações dos
participantes em relação ao ambiente” (RHEINGANTZ et al., 2009, p.12), sobretudo quanto à
percepção das reações e sensações dos usuários (RHEINGANTZ et al., 2009, p.28). São usadas
plantas e fichas de registro com informações a respeito da edificação, e são feitas perguntas e
registros como anotações e registro fotográfico ao longo do percurso (RHEINGANTZ et al.,
2009, p.26).
O walkthrough de especialistas analisa determinados “aspectos de um ambiente ou
edifício, tais como condições físicas, utilidade de algum aspecto, fator ou atributo específico”,
por meio de checklist, entrevistas formais ou informais (RHEINGANTZ et al., 2009, p.27).
As limitações são o pouco envolvimento dos usuários na pesquisa, restrições de
acessibilidade a alguns ambientes devido a perigos de contaminação e espionagem industrial,
além disso existe a dificuldade de formação de equipes multidisciplinares para os
procedimentos de avaliação in loco (RHEINGANTZ et al., 2009, p.29).

2.5.2 Questionários & medições

O uso de questionários é recorrente para a avaliação dos parâmetros de conforto térmico


e luminoso (INKAROJRIT, 2005; INKAROJRIT, 2006), aferição de índices de avaliação de
ofuscamento (PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; WIENOLD et al., 2019), elaboração
de modelos de comportamento de usuário para simulação computacional (YAN ,HONG, 2014)

45
e de tabelas de conforto baseadas em temperaturas (CHENG ,NG, 2014). A combinação com
medições ambientais favorece a identificação de condutores das ações dos usuários em relação
a sistemas, como persianas (REINHART ,VOSS, 2003; SUTTER,DUMORTIER
,FONTOYNONT, 2006; HALDI ,ROBINSON, 2010) e luz artificial (REINHART ,VOSS,
2003), possibilitando identificar:
 preferências individuais, referentes aos baixos índices de desligamento da luz
elétrica e controle das persianas (REINHART ,VOSS, 2003, p.258);
 preferências dos usuários na chegada ao ambiente, devido aos “estímulos
visuais” (HALDI ,ROBINSON, 2010, p.136,139 e 141);
 comportamento consistente ao chegar no local de trabalho
(SUTTER,DUMORTIER ,FONTOYNONT, 2006, p.780 à 782 e 789).
Medições de iluminância e luminância devem seguir protocolos, a exemplo do protocolo
da IEA sobre procedimentos de monitoramento para avaliação do desempenho luminoso em
edificações elaborado por Christoffersen15 (1999, p.2/3 e 3/3). Este tipo de avaliação
frequentemente requer luxímetros e luminancímetros, mas pode ser favorecida pelo uso de
fotografias do tipo High Dynamic Range (HDR).
Fotografias HDR proporcionam o máximo de detalhes mesmo quando a cena
fotografada tem muito contraste (REGINA, 2013) e são indicadas para a avaliação de
ofuscamento (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; FARIA et al., 2007; JACOBS,
2007; FARIA ,NASCIMENTO, 2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009a;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et al., 2010; INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016a; KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017). Trata-se
de uma técnica que combina fotografias com múltiplos tempos de exposição para fundir em
imagens HDR (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; JAKUBIEC et al., 2016b), que
permite o registro de uma alta escala de valores de luminância (REINHARD, WARD,
DEBEVEC, 2005 apud INANICI, 2006, p.123). A fotografia pode ser registrada por meio de
uma câmera que tenha função de resposta utilizada para “fundir sequências de fotografia em
uma única imagem HDR” (INANICI, 2006, p.123), ou podem ser geradas por meio de uma
sequência de fotos em uma câmera compacta comum (FARIA, 2007; FARIA ,NASCIMENTO,
2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009b). Para isso torna-se necessária a captura de fotografias
com variados tempos de exposição (INANICI ,GALVIN, 2004; JACOBS, 2007; DOYLE

15
Numeração de páginas da referência citada segue formatação original do artigo publicado.
46
,REINHART, 2010; JAKUBIEC et al., 2016b). A imagem HDR deve representar uma maior
amplitude de valores de intensidade, encontrados em cenas reais com rigor, por meio de
calibração da câmera para valores fotométricos, para obter uma curva de resposta da câmera
(JACOBS ,BROTAS, 2006, p.2 a 4).
Doyle e Reinhart (2010) orientam a elaboração de imagens HDR, com calibração de
imagem por meio do programa Photosphere (WARD, 2019b). Para o registro das imagens é
utilizada uma câmera fotográfica digital com tripé, sendo executada uma variação do fator de
exposição entre -2 e +2 (DOYLE ,REINHART, 2010). As fotos devem ser baixadas e abertas
no programa Photosphere (WARD, 2019b), cuja operacionalização só é possível em um sistema
para MAC. As fotos são unidas nesta plataforma, devendo-se eliminar qualquer pessoa da
fotografia, e depois seleciona-se um ponto de calibração na imagem, onde é possível inserir o
valor de luminância conforme Doyle e Reinhart (2010). A imagem pode ser tratada e
redimensionada por meio do programa HDRscope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI,
2012). As imagens com os diferentes critérios de ofuscamento podem ser geradas no
componente Glare Analysis (WIENOLD, 2018) do plug-in Honeybee (ROUDSARI, 2015),
integrado à plataforma do Grasshopper (RUTTEN, 2015). O DGP pode ser identificado por
meio de imagens HDR geradas por meio de lente olho de peixe com fotografias de alta
resolução (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.749 e 751). DGP, DGI e iluminância
vertical do olho são classificados e correlacionados de acordo com os critérios imperceptível,
perceptível, perturbador e intolerável, conforme Tabela 2-2, adaptada de Bian et al. (2018,
p.308).

Tabela 2-2 - Classificação e delimitações dos critérios de ofuscamento.


PERCEPÇÃO\ÍNDICES DGP DGI Ev (iluminância vertical do
olho, em (lx)
Imperceptível <0,35 <18 <2700
Perceptível 0,35-0,40 18-24 2700-3500
Perturbador 0,4-0,45 24-31 3500-4300
Intolerável >0,45 >31 >4300
Fonte: adaptação de Bian et al. (2018, p.308).

47
MÉTODO

A pesquisa começou com a prospecção das preferências e comportamento de usuários


em relação ao acionamento dos dispositivos de sombreamento interno, à exemplo de cortinas e
persianas, por meio de questionário e visita in loco em edificações do tipo escritório, projetadas
com sistema de sombreamento externo e climatizadas artificialmente. Embora tenha sido
concebida originalmente para a identificação de perfis de comportamento de usuários para uso
em simulações computacionais do desempenho luminoso, os resultados preliminares
demonstraram que aberturas sombreadas não eram suficientes para evitar que a maioria dos
usuários fechassem os dispositivos de sombreamento interno devido ao ofuscamento e reflexo
no monitor. Como a identificação do comportamento dependia das causas do ofuscamento,
ainda não identificadas, considerando que não havia luz direta na maioria das salas, ou outras
causas mais recorrentes nos ambientes analisados, o método evoluiu para a investigação das
causas do OFUSCAMENTO em ambientes com aberturas externas. Foram selecionados os
ambientes de usuários que interagiram com os dispositivos de sombreamento mais de uma vez
ao dia devido ao ofuscamento, para avaliar os desempenhos luminosos com dispositivos abertos
e fechados, e classificá-los de acordo com as métricas de ofuscamento. Os procedimentos
detalhados são apresentados a seguir, divididos nos subcapítulos USUÁRIOS e
OFUSCAMENTO.

3.1 USUÁRIOS

A percepção e o comportamento dos usuários, quanto ao uso da luz natural e


acionamento dos sistemas de sombreamento e luz artificial, foram avaliados por meio da
aplicação de questionários, preenchimento de fichas e registro fotográfico16 durante avaliação
do tipo auditoria para identificação das caraterísticas dos ambientes. A amostra consistiu em
102 usuários distribuídos em 57 salas de quatro edificações, considerando o cálculo de margem
de erro da amostra no Apêndice J, ainda que não se trate de uma análise estatística porque a
abordagem se limita a descrever o que foi observado nesses grupos de usuários. As análises
foram organizadas por:

16
Aplicação de questionários, preenchimento de fichas e registro fotográfico elaborados em conjunto com
Viviane Hazboun, mestranda na época da avaliação. Os dados extraídos foram aproveitados em ambas as pesquisas
de mestrado e doutorado que estavam em andamento na época.
48
 edifícios e suas características;
 características do usuário e ambientes;
 preferências e percepções.
O questionário abordou:
 fatores fisiológicos: investigação de uma possível correlação entre acuidade visual
e faixa etária da NBR de iluminância de interiores (ABNT, 1992a).
 fatores contextuais: rotina de ocupação, identificação do tipo de tarefa/atendimento
mínimo de iluminância.
 fatores psicológicos: importância atribuída à vista externa.
 conforto luminoso: satisfação do usuário, causas de desconforto.
 preferências quanto ao uso da luz natural e do sistema de proteção.
 controle do sistema de sombreamento e da luz elétrica: causas, frequência de ajuste,
acionamento.
As questões tiveram o formato de múltipla escolha e escalas de opinião dos usuários, de
1 a 617, que corresponderam à variação “nunca a sempre”, “fácil a difícil”, “insatisfeito a
satisfeito”, “desconforto a conforto”, ou “pouco a excessivo”. A versão preliminar do
questionário foi testada com os alunos da graduação e da pós-graduação do curso de arquitetura
e urbanismo da UFRN e, posteriormente, com os funcionários do INPE18, como grupo-teste da
pesquisa, para confirmar sua adequação e ajustes (RHEINGANTZ et al., 2009, p.89).
As questões com declarações diretas foram:
 quantidade de iluminação natural em seu ambiente pela manhã e à tarde (questão 9,
variando de pouco à excessivo);
 uso da persiana para melhorar as condições de conforto térmico e luminoso (questão
10, variando de nunca a sempre);
 frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento19 (questão 11);
 fechamento dos dispositivos de sombreamento durante o dia (questão 14);
 acionamento da luz elétrica durante o dia (questão 18) e suas causas (questão 20).
Deve-se salientar que as opções “Pouca luz natural” e “complementação da luz

17
A escala em número par foi escolhida para evitar que o respondente optasse por comodidade pelo valor
intermediário.
18
O prédio foi escolhido por ter estratégias passivas com vistas ao conforto ambiental e eficiência
energética, bem como devido a facilidade de acesso.
19
O termo compreende cortinas, persianas e similares.
49
natural” diferem entre si, a primeira opção refere-se à insuficiência de luz natural no
ambiente e a segunda opção refere-se à integração da luz natural com a artificial no
ambiente;
 satisfação em relação à luz natural percebida pela manhã e à tarde (questão 22);

Quadro 3.1– Questões com declarações diretas.


9. Classifique a quantidade de iluminação natural em seu ambiente.
PERÍODO: Pouco Adequado Excessivo

Manhã ①②③④⑤⑥
Tarde ①②③④⑤⑥
10. Você utiliza a cortina/persiana para melhorar suas condições de conforto térmico e/ou luminoso?
Nunca Às vezes Sempre

①②③④⑤⑥
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
 Nunca  Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
 Apenas na entrada e/ou saída do ambiente  Mais de 2 vezes por dia
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
 Não  Sim. Horário(s): ________
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
 Não  Sim. Horário(s): ______________
20. Por que a luz elétrica é usada?
 Pouca luz natural  Complementação da luz natural
 Independe do nível de luz natural  Outro: _______________________
22. Classifique os parâmetros conforme seu nível de satisfação nos períodos de manhã e tarde.
MANHÃ TARDE
PARÂMETROS: Insatisfeito Satisfeito Insatisfeito Satisfeito

Luz natural disponível ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥


Ofuscamento/Brilho ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
Calor ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

3.1.1 Edifícios

A amostra de edifícios compreendeu cinco prédios institucionais localizados na UFRN:


sede administrativa do Centro Regional do Nordeste do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais/INPE-CRN, exclusivamente para o estudo piloto (Figura 3.1); Superintendência de
infraestrutura/SIN (Figura 3.2); Escola de Ciências e Tecnologia/ECT (Figura 3.3); Complexo
Tecnológico de Engenharia/CTEC (Figura 3.4); e Instituto Internacional de Física/IIF (Figura
3.5).
Os critérios de seleção foram as características de projeto com vistas ao conforto
ambiental e eficiência energética, como elementos de sombreamento externo eficazes para
barrar a luz direta, além de atividades do tipo escritório, climatizados e acessíveis aos
procedimentos da pesquisa. Os edifícios foram caracterizados quanto à área construída, forma

50
do prédio, entorno, orientação do prédio, sombreamento, geometria solar e ambientes dos
usuários que responderam os questionários. Foram abordadas documentação de projeto,
registro fotográfico in loco e elaboração de máscaras de sombra dos edifícios por meio do
Ecotect (MARSH, 2011), com a análise do período de sombreamento total20 com abrangência
para o ano inteiro.

Figura 3.1 - Instituto de Pesquisas Figura 3.2 - Setor de infraestrutura da UFRN (SIN).
Espaciais (INPE).

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).


Fonte: Pedrini (2017).

Figura 3.3 - Escola de Ciências e tecnologia Figura 3.4 - Complexo tecnológico de engenharia
da UFRN (ECT). (CTEC).

Figura 3.5 - Instituto Internacional de Física da UFRN (IIF), frente e fundos.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

20
Referente ao percentual de sombreamento de 100%.
51
3.1.2 Caracterização do usuário e ambiente

O usuário foi caracterizado quanto à faixa etária, período de ocupação do ambiente, uso
da luz natural e frequência de execução das atividades, por meio de questionário (Quadro 3.2,
questões de 1 a 4). A faixa etária (INKAROJRIT, 2005; BROWN, 2009; D’OCA et al., 2016)
foi um indicativo de potencial perda de acuidade visual e fatores fisiológicos que possam
influenciar a necessidade de luz artificial devido à insuficiência de luz natural. O período de
trabalho (BROWN, 2009; D’OCA et al., 2016) indicou a rotina de ocupação das salas de
escritório, que interferiu diretamente nos horários de interação dos usuários com os sistemas de
sombreamento e luz elétrica. A frequência de realização das atividades (BROWN, 2009;
ABNT, 2013) no ambiente indicou o nível mínimo de iluminância necessário para a execução
da tarefa visual.

Quadro 3.2 – Trecho do questionário quanto à caraterização do usuário.


1. Qual é a sua idade?
 Até 20 anos  20 a 40 anos  40 a 55 anos  Superior a 55 anos
2. Em período você está presente no ambiente?
 Manhã  Tarde  Manhã e tarde
3. Com que frequência você executa as seguintes atividades no ambiente?
ATIVIDADE: Nunca Às vezes Sempre

Uso do computador ①②③④⑤⑥


Leitura, escrita ou desenho ①②③④⑤⑥
Outro (caso existente): ________________ ①②③④⑤⑥
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

Os ambientes foram caracterizados por meio de visita in loco para registros fotográficos
e preenchimento de ficha, com percentual de abertura de fachada (PAF), fator de céu visível
(FCV), proteção externa e interna, sombreamento do entorno e orientação de fachada,
sombreamento do entorno imediato, cores das superfícies internas, tipo planta livre ou
compartimentada (Quadro 3.3) e checklist21 com possíveis causas e hipóteses para o
acionamento da cortina/persiana (Quadro 3.4). As determinações de PAF e FCV foram
estimadas visualmente, o FCV foi determinado por meio de análise qualitativa visual do quanto
que enxerga do campo de visão em relação entre a área total da janela e a área obstruída. Essa
análise visual considerou uma divisão percentual da área total, tanto para o PAF como para o
FCV, conforme Tabela 3-1.

21
O checklist foi verificado em dois momentos durante a aplicação o questionário nas salas e por meio
dos registros fotográficos.
52
Quadro 3.3 – Trechos da ficha com caracterização do ambiente.
3. Sistemas de aberturas
Orientação da abertura:
 Norte  Leste  Sul  Oeste
 Nordeste  Sudeste  Sudoeste  Noroeste
Tamanho da abertura em relação à parede (PAF):
 PAF pequeno  PAF médio  PAF grande
Obstrução visual externa da janela (FCV):
□ FCV pequeno □ FCV médio □ FCV grande
Proteção solar externa:
□ Toldo com braço móvel □ Marquise ou beiral  Brises externos fixos
□ Toldo fixo com cortina □ Toldo fixo □ Sem proteção externa
 Brises externos móveis  Proteção lateral fixa  Outro: __________________
Proteção solar interna:
□ Persiana horizontal □ Persiana vertical □ Cortina
□ Sem proteção interna □ Outro: ___________________
4. Sombreamento do entorno imediato
□ Sombreamento por árvores □ Sombreamento por outros edifícios □ Sem elementos no entorno
5. Que tipo de ambiente de trabalho você ocupa?
 Ambiente privativo (sozinho)  Ambiente compartilhado com outras pessoas
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

Quadro 3.4 – Trecho do checklist.


CAUSAS E HIPÓTESES PARA ACIONAMENTO DA CORTINA INTERNA
PROTEÇÃO CAUSA CONSEQUÊNCIA CORREÇÃO PROCEDIMENTO
EXTERNA PELO USUÁRIO
(comportamento do
usuário)
 Ausência de  Entrada de radiação  Aquecimento  Fecha a cortina  Medir
sistema de proteção direta  Ofuscamento interna iluminância22
 Sistema de  Entrada de radiação  Insuficiência de  Abre a cortina  Medir
proteção pouco difusa em excesso luz natural interna luminância22
dimensionado  Excesso de calor  Falta de  Muda a posição  Fotografar a
 Sistema de  Questões culturais uniformidade no layout abertura
proteção eficiente (étnica, personalidade,  Contraste  Muda o campo
 Sistema de controle, disciplina)  Nível de visual
proteção  Privacidade iluminação  Liga a luz
superdimensionado  Campo de visão do adequado elétrica
usuário  Outro:  Outro:
 Usuário próximo à
janela
 Usuário distante da
janela
 Contraste com o
monitor
 Refletância do meio
externo
 Comodismo com
sistemas artificiais
 Outro:
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

22
Para etapa posterior.
53
Tabela 3-1 – Quantificação do PAF e FCV.
CLASSIFICAÇÃO DO PAF E FCV
Pequeno 0%≤PAF ou FCV<33%
Médio 33%≤PAF ou FCV<66%
Grande 66%≤PAF ou FCV≤100%
Fonte: elaborado pela autora (2020).

3.1.3 Preferências e percepções

A preferências e percepções dos usuários foram identificadas a partir da seleção das


respostas consistentes quanto a frequência de interação, abertura e fechamento dos dispositivos
de sombreamento. A identificação das preferências e percepções dos usuários quanto a
iluminação natural, sombreamento das aberturas, acionamento da luz artificial, ventilação
foram obtidas por meio de questionário (Apêndice B). Foram utilizados filtros23 com base nas
questões 2, 11, 12 e 14 com a finalidade de eliminar as inconsistências das respostas, conforme
Quadro 3.5.

Quadro 3.5 – Filtro com base nas questões 2, 11, 12 e 14.


2. Em período você está presente no ambiente?
 Manhã  Tarde  Manhã e tarde
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
 Nunca  Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
 Apenas na entrada e/ou saída do ambiente  Mais de 2 vezes por dia
12. A cortina/persiana é aberta durante o dia?
 Não  Sim. Horário(s): ________
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
 Não  Sim. Horário(s): ________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

As análises foram organizadas por:


 Frequências de dispositivos internos de sombreamento e de acionamentos;
 Frequências de orientações da abertura para cada tipo de interação;
 Preferências por configurações dos dispositivos de sombreamento interno;
 Ocorrências e frequências por configurações dos dispositivos de sombreamento
interno por orientação;
 Frequências de satisfação de luz natural percebida pelos usuários;
 Causas para o fechamento do dispositivo de sombreamento interno;
 Frequências de acionamento de iluminação artificial.

23
O filtro com acima mencionado foi adequado conforme o que era requisitado para cada pergunta.
54
3.1.3.1 Análise diferenciada por edifício

A análise por edifício foi realizada a partir das questões descritas anteriormente, no
sentido de identificar as influências das características das edificações:
 Ocorrências de preferências de dispositivos de sombreamento interno;
 Ocorrências de orientações de aberturas para os quatro edifícios;
 Ocorrências de causas para o fechamento e a abertura de dispositivos de
sombreamento interno;
 Posição do usuário na sala24, conforme Figura 3.6.

Figura 3.6 – Orientação do usuário em relação à janela.


7. Qual é a sua orientação no ambiente em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma janela,
considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.

A B C D E
Fonte: elaborado pela autora (2020).

3.1.3.2 Frequência de ajuste25

Identificação da frequência de abertura e fechamento, associada à causa do problema


(questão 1126), a partir dos filtros lançados nas questões27 2, 11, 12 e 14 (acionamento e horário)
e acionamento da luz elétrica, conforme Quadro 3.6.

24
A (em frente à janela), B (diagonal frontal à janela), C (lateral à janela), D (diagonal posterior à janela)
e E (posterior à janela), questão baseada em Inkarojrit (2005, p.243).
25
As respostas em branco em relação a frequência de ajuste foram desconsideradas.
26
As respostas em branco para a frequência de ajuste foram desconsideradas para o lançamento dos filtros
com as causas de abertura e fechamento.
27
2. Em período você está presente no ambiente?
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
12. A cortina/persiana é aberta durante o dia?
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
55
Quadro 3.6 – frequência, causas para abertura e fechamentos dos dispositivos de sombreamento e
acionamento da luz elétrica.
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
 Nunca  Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
 Apenas na entrada e/ou saída do ambiente  Mais de 2 vezes por dia
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial  Outro: ________________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
 Ofuscamento  Excesso de calor  Ausência de estímulos na vista externa
 Contraste com o monitor  Privacidade  Outro: ____________
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
 Não  Sim. Horário(s): ______________
Fonte: elaborado pela autora (2020).

3.1.3.3 Salas compartilhadas e individuais

Análise da influência do usuário em ambientes individuais e compartilhados (questão


5) quanto à frequência de acionamento, às causas para abertura e ao fechamento dos
dispositivos, conforme filtros para as questões27 2, 11, 12 e 14, conforme Quadro 3.7.

Quadro 3.7 – Tipo de ambiente.


5. Que tipo de ambiente de trabalho você ocupa?
 Ambiente privativo (sozinho)  Ambiente compartilhado com outras pessoas
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

3.1.3.4 Organização espacial

A influência da organização espacial é em conjunto com os aspectos orientação de


fachada, proximidade da janela, frequência de acionamento do dispositivo de sombreamento e
causas para abertura e fechamento dos dispositivos de sombreamento, conforme Quadro 3.8.

56
Quadro 3.8 – Organização espacial28.
7. Qual é a sua orientação no ambiente em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma janela,
considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.

A B C D E
6. Qual é a proximidade do seu posto de trabalho em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma
janela, considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
 Até 3 metros  De 3 a 6 metros  Acima de 6 metros
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
 Nunca  Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
 Apenas na entrada e/ou saída do ambiente  Mais de 2 vezes por dia
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial  Outro: ________________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
 Ofuscamento  Excesso de calor  Ausência de estímulos na vista externa
 Contraste com o monitor  Privacidade  Outro: ____________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

3.1.3.5 Acionamento dos dispositivos de sombreamento internos

O acionamento dos dispositivos de sombreamento internos foi caracterizado e


organizado em quadros sínteses, considerando a estrutura comportamental do DNAs (HONG
et al., 2015a; HONG et al., 2015b). As questões se referem às causas para fechamento e abertura
dos dispositivos de sombreamento (Quadro 3.9), uso da luz natural, acionamento da luz elétrica,
causa para uso da luz elétrica, frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento, e
tipo de ambiente (Quadro 3.10). A análise foi com base nos filtros lançados a partir das questões
2, 11, 12 e 14.

Quadro 3.9 – Causas para abertura e fechamento dos dispositivos de sombreamento.


13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial  Outro: ________________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
 Ofuscamento  Excesso de calor  Ausência de estímulos na vista externa
 Contraste com o monitor  Privacidade  Outro: ____________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

28
A: vista frontal da janela; B: vista frontal parcial na quina da janela; C: vista lateral; D: vista posterior
na quina da janela; E: vista posterior da janela. Questão e informações extraídas de Inkarojrit (2005, p.243).
57
Quadro 3.10 – Perguntas comuns entre as causas de abertura e fechamento dos dispositivos de
sombreamento para caracterização do comportamento dos usuários.
4. A luz natural é utilizada no ambiente? Em caso afirmativo, especifique o(s) horário(s).
Nunca Às vezes Sempre Horário(s): ____________________

①②③④⑤⑥ 
8. Quando você utiliza os seguintes sistemas de ventilação?
Nunca Às vezes Sempre
TIPO DE SISTEMA:
Ventilação natural ①②③④⑤⑥
Ventilador ①②③④⑤⑥
Ar condicionado ①②③④⑤⑥
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
 Não  Sim. Horário(s): ______________
20. Por que a luz elétrica é usada?
 Pouca luz natural  Complementação da luz natural
 Independe do nível de luz natural  Outro: _______________________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

58
3.2 OFUSCAMENTO

O ofuscamento foi analisado por meio do comportamento da luz e das opiniões de


usuários que ajustam o dispositivo de sombreamento interno, nas condições que motivaram o
acionamento e nas condições resultantes. A amostra compreendeu nove salas inicialmente com
18 usuários no momento da aplicação do questionário sobre ofuscamento, posteriormente no
momento das medições este número foi reduzido para 11 usuários, selecionados de uma amostra
de 102 usuários que responderam a um questionário preliminar (detalhado no capítulo 3.1.2),
que estavam disponíveis e que concordaram para participar do experimento. Os procedimentos
consistiram na caracterização dos usuários, dos ambientes e tipo de céu, e avaliação do
desempenho luminoso, por meio de questionários conduzidos, registros em fichas e fotos, e
medições.

3.2.1 Caracterização dos usuários

A caracterização do usuário foi realizada por meio de questionário sobre gênero, idade,
identificação de problema visual para avaliação de interferência sobre a acuidade visual ou
aumento de sensibilidade à luz (Quadro 3.11), percepção do ofuscamento (Quadro 3.12) e o
momento no qual ocorre ofuscamento ao longo do dia, sua localização das potenciais fontes de
ofuscamento (Quadro 3.13), comentários dos usuários (Quadro 3.14) e autorização para a
realização da próxima etapa composta por medições e registro fotográfico (Quadro 3.15)
(PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010, p.155). A escala de classificação das ocorrências de
ofuscamento consistiu de uma faixa de 1 a 4: 1 equivalente ao ofuscamento imperceptível, 2 à
perceptível, 3 ao perturbador; e 4 ao intolerável conforme indicações da literatura (WIENOLD,
2009; PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010).

59
Quadro 3.11 – Trecho de caracterização do respondente.
Caracterização do respondente:
Gênero
Feminino Masculino Não-binário
Idade
__ __ anos
Tem algum problema visual?

Miopia Astigmatismo Hipermetropia Presbiopia

Glaucoma Catarata Estrabismo Fotos sensibilidade

Outros: __________________________________________________________
Fonte: elaborado pela autora (2020).

Quadro 3.12 - Classificação da percepção do ofuscamento referentes ao local de trabalho do usuário.


Classifique a sua percepção do ofuscamento ou desconforto visual:
Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável

Fonte: adaptação de Painter, Mardaljevic, Fan (2010, p.155).

Quadro 3.13 - Localização do ofuscamento e horário de percepção do ofuscamento.


Marque a localização do ofuscamento. Pode marcar mais de uma opção se necessário.
Reflexo no monitor Janela Mesa

Parede Outro: __________________________


Fonte: adaptação de Painter, Mardaljevic, Fan (2010, p.155).

Indique o horário de percepção do ofuscamento:


De __:__ às __:__
Fonte: elaborado pela autora (2020).

Quadro 3.14 – Comentários dos usuários.


Escreva algum comentário, caso julgue necessário:

Fonte: adaptação de Painter, Mardaljevic, Fan (2010, p.155).

Quadro 3.15 –Autorização para a próxima etapa da pesquisa de medições e registro fotográfico.
O respondente autoriza a realização de uma etapa posterior de avaliação de campo com medições de
índices de iluminação e registro fotográfico?

Sim Não
Fonte: elaborado pela autora (2020).

As adaptações do usuário foram caracterizadas quanto ao acionamento do


sombreamento, à mudança de posição, ao acionamento da luz artificial e aos ajustes na tela do
monitor (Quadro 3.16).
60
Quadro 3.16 - adaptações feitas pelo usuário.
O usuário fez adaptações?
Sim Não
Caso a resposta da questão anterior seja sim, assinale quais foram as adaptações
Acionamento do Mudança de posição do Acionamento da luz
sombreamento usuário elétrica
Cor do monitor de trabalho
Branco Preto Outra: ___________
Fonte: elaborado pela autora (2020).

O questionário foi testado com as turmas da graduação e da pós-graduação do Curso de


Arquitetura e Urbanismo da UFRN para avaliação da adequação do instrumento de análise
escolhido (RHEINGANTZ et al., 2009, p.89).

3.2.2 Caracterização dos ambientes e tipo de céu

Os ambientes foram caracterizados por orientação de fachada, fator de céu visível


(FCV), percentual de abertura de fachada (PAF), fator de transparência do vidro (Quadro 3.17).

Quadro 3.17 – Orientação de fachada, FCV, PAF e fator de transparência do vidro.


Qual é a orientação de fachada da sala?
Norte Sul Leste Oeste

Noroeste Nordeste Sudeste Sudoeste


Caracterização de fator de céu visível (FCV):
FCV pequeno FCV médio FCV grande
Caracterização de percentual de abertura de fachada (PAF):
PAF pequeno PAF médio PAF grande
Fator de transparência do vidro:
Baixo (0% a 33%) Médio (33% a 66%) Alto (66% a 99%)
Fonte: elaborado pela autora (2020).

A caracterização do tipo de céu predominante, a luminância de zênite máxima e a


luminância de zênite mínima se basearam nos registros climáticos entre 2004-2018 (LAWRIE
,DRURY, 2019b), do tipo TMYx29 (ano típico meteorológico). O arquivo corresponde ao ano
de 2010 e apresenta: ano, mês, dia, hora, minuto, fonte dos dados, temperatura de bulbo seco,
temperatura de bulbo úmido, umidade relativa, pressão atmosférica da estação, radiação

29
Utilizou o método TMY/ISO 15927_4:2005, em que os arquivos anuais individuais ISD foram baseados
no IWEC (International Weather for Energy Calculations), “anos típicos meteorológicos que foram publicados em
2001” (LAWRIE ,DRURY, 2019a). O método TMY dispõe de “uma sequência de dados históricos de vários anos,
o método consiste em, para cada estação e cada mês, excluir-se sucessivamente os anos mais quente e mais frios,
até que reste apenas um, considerado como o mês típico do lugar” (RORIZ, 2012, p.2).
61
horizontal extraterrestre, radiação normal direta extraterrestre, intensidade de radiação
horizontal infravermelha, radiação horizontal global, radiação normal direta, radiação
horizontal difusa, iluminância horizontal global, iluminância normal direta, iluminância
horizontal difusa, luminância de zênite, direção dos ventos, velocidade dos ventos, cobertura
total de nuvens, cobertura de céu opaca, visibilidade, altura do céu, observação presente do
tempo, códigos presente do tempo, precipitação de água, profundidade óptica do aerossol,
profundidade da neve, dias desde a última queda de neve, albedo, profundidade da precipitação
líquida e quantidade da precipitação líquida.
Os dados utilizados para a análise foram o índice total de cobertura de nuvens e a
luminância de zênite. O céu representativo foi divido em décimos e classificado de acordo com
o tipo30 (2002, p.3-5 e 3-9), conforme Tabela 3-2. Posteriormente foram identificadas, por meio
da inserção de filtros em planilhas eletrônicas, a luminância máxima do zênite, as luminâncias
máximas e mínimas para cada horário das 6h às 17h e a frequência de ocorrência para o tipo de
céu mais recorrente.

Tabela 3-2 – Conversão de cobertura total de nuvens de oitavos para décimos e classificação do tipo
de céu.
Cobertura total de Cobertura total de nuvens em
Valor Tipo de céu
nuvens em oitavos décimos
0 0 0 Claro
1 1 1/10 ou menos, diferente de zero Claro
2 2 2/10 3/10 Parcialmente nublado
3 3 4/10 Parcialmente nublado
4 4 5/10 Parcialmente nublado
5 5 6/10 Parcialmente nublado
6 6 7/10 8/10 Parcialmente nublado

7 7 9/10 ou mais, mas não 10/10 Nublado

8 8 10/10 Nublado
Fonte: adaptação de Cabús31 (2002, p.3-5 e 3-9).

30
A maioria dos textos em literatura internacional classifica o céu baseado na divisão em oitavos,
entretanto o arquivo climático utilizado apresenta uma divisão em décimos, implicando na necessidade da
conversão dos dados por meio das tabelas de Cabús (2002, p.3-5 e 3-9).
31
Adaptação de duas tabelas presentes na tese de Cabús (2002) com conversão de cobertura total de
nuvens de oitavos para décimos e classificação do tipo de céu.
62
3.2.3 Desempenho luminoso

O desempenho luminoso foi obtido pelo levantamento de campo, realizado


simultaneamente à aplicação do questionário e caracterização do ambiente, e por tratamento
das medições e fotos.
Os registros foram organizados em fichas, como identificações do usuário, ordem de
medição, caracterização do prédio, e usuários, condições do sombreamento e luz artificial no
momento da medição, relações analisadas, opinião do usuário, variáveis medidas (luminância
e iluminância), razão de luminância máxima e mínima para os campos de visão, análise da
fotografia HDR e imagens do ambiente analisado, conforme Quadro 3.18. A partir das fichas,
os resultados foram organizados em quadro síntese para facilitar a análise, de acordo com o
prédio, código do usuário, orientação da janela, fonte de ofuscamento, causa/condutor,
frequência de acionamento, e variação temporal.

Quadro 3.18 - Ficha genérica com organização dos resultados.


Sala xxx: usuário de número X, primeira medição.
Hora da medição: xxhxxmin. Data: xx/xx/2018.
Caracterização do prédio: Caracterização do usuário:
Prédio: Idade:
Sala: Gênero:
Função da sala: Localização do usuário:
Sombreamento:
Consequência:
Azimute:
Condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição:
(notas)
Relações analisadas:
Luminância máxima/ luminância mínima em relação ao desconforto visual experimentado pelos usuários,
iluminância mínima/média em relação a percepção visual da luz natural.
Opinião do usuário: Variáveis medidas: Razão de luminância mínima e
luminância e iluminância. máxima nos campos de visão:
Percepção visual do usuário: Luminância calibração: Campo de visão central (30):
Desconforto visual: Iluminância campo central: Campo de visão periférico (60):
Iluminâncias campo Campo de visão periférico (90):
periférico:
Análise da fotografia HDR em false color com valores de luminância para o campo de visão central (30º), e
campos de visão periféricos (60º e 90º):
(notas)
Imagem do ambiente retirada com Imagem em false color Imagem em false color com as
lente em formato olho de peixe. com as luminâncias luminâncias mínimas.
máximas.
Fonte: elaborado pela autora (2020).

63
3.2.3.1 Levantamento de campo

O levantamento de campo consistiu na medição da iluminação, luminância e fotografias


nos postos de trabalho, complementado por anotações em ficha. As medições foram realizadas
com o usuário afastado do plano de trabalho para que não interferir nas medições.
A iluminância foi medida na altura de cada estação de trabalho de usuário selecionado
(GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148 e 152), conforme Figura 3.7, em cinco
pontos: um na parte central do teclado e outros quatro equidistantes a aproximadamente 20cm
(Figura 3.8). O ponto medido na parte central corresponde ao campo de visão central, e os
demais correspondem ao campo de visão periférico do usuário, conforme distribuição de
Garretón, Colombo e Pattini (2018, p.148). A iluminância foi medida por meio de um luxímetro
marca Konica Minolta, modelo T-10, com faixa de medição 0,01 até 299.000 lux
(KONICA_MINOLTA, 2016-2017). Os pontos foram medidos considerando o monitor
desligado, para não haver interferência na medição.

Figura 3.7 – Altura dos pontos para medição Figura 3.8 – Pontos para medição de iluminância
de iluminância. em planta baixa.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A luminância foi medida diretamente com um luminancímetro, para determinação do


fator de calibração (JACOBS, 2007). Foi medida a luminância de uma folha de papel branca
sulfite marca Ripax 75g (SANTOS,MARINOSKI ,LAMBERTS, 2009), posicionada no centro
do monitor no plano de trabalho (LIMA, 2016a), por um luminancímetro da marca Konica
Minolta, modelo LS-100 (KONICA_MINOLTA, 2017)
As fotos foram obtidas na posição do usuário em relação ao seu plano de trabalho: a
câmera foi posicionada em frente ao monitor, que permaneceu desligado no momento das
medições para não interferir na calibração das imagens, na altura da linha de visão do usuário
(LIMA, 2016a). Foram adotados o modo ISO 200, conjuntos de tempos de exposição -3, -2, -
1, 0 , +1, +2 e +3, com uma câmera Canon T3i e lente manual olho de peixe da marca Samyang,
8mm f/3.5 Fisheye CS II.

64
3.2.3.2 Tratamento dos registros

As fotografias com múltiplos tempo de exposição foram tratadas e calibradas pelas


medições de luminância, para a geração de imagens HDR32 e índices de ofuscamento (INANICI
,GALVIN, 2004; JAKUBIEC et al., 2016b). Os procedimentos foram testados com o
acompanhamento dos desenvolvedores dos programas Evalglare (WIENOLD, 2012), Glare
Analysis (WIENOLD, 2018), Radiance (WARD, 1985), Photosphere (WARD, 2019b), e
HDRscope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012), e demonstraram uma alta
sensibilidade quanto às configurações e dos programas e à qualidade de entrada dos registros,
falseando facilmente os resultados. Os procedimentos revisados (Figura 3.9) consistiram em:
A. Inclusão dos múltiplos33 tempos de exposição das fotos (-3, -2, -1, 0, +1, +2, +3) por
meio de script no metadado (FREIRE, 2018), uma vez que essas informações não
são registradas devido ao uso da lente manual, e são necessárias para a calibração e
geração das imagens HDR Photosphere (WARD, 2019b).

32
Empregadas por Konis (2011), com geração de HDR automática por meio de câmeras profissionais.
33
A principal referência utilizada para a calibração e elaboração de imagens HDR foi uma apresentação
de slides da universidade de Harvard de autoria de Doyle e Reinhart (2010) por ser a fonte mais detalhada.
65
Figura 3.9 – Procedimentos revisados.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

B. União das fotos no formato jpeg e calibração no programa Photosphere34 (WARD,


2019b), a partir das medições diretas de luminância (JACOBS, 2007, p.7), que serve
como fator de calibração de cada imagem. Este software foi recomendado por
consulta direta com Jan Wienold35, por ser o mais adequado para calibração e
elaboração de imagens HDR. A versão anterior do Photosphere 1.8.23U (WARD,
2019a) apresentava trechos de imagem pixelados36 nas áreas com muito brilho e

34
Gregory Ward é membro da equipe técnica de pesquisa dos laboratórios Dolby, é o criador do programa
Photosphere e vem desenvolvendo por muitos anos o site do Radiance web. Trabalha como consultor para o
Anyhere Software, cujo trabalho consiste no “desenvolvimento de software e suporte para imagens HDR de alto
alcance dinâmico, percepção humana, simulação de iluminação, hardware de exibição e software gráfico”
(WARD, s.d.).
35
Jan Wienold é o criador do parâmetro probabilidade de ofuscamento em luz natural (DGP),
desenvolvedor do programa de análise de ofuscamento Evalglare e do Daylight Glare Analysis, Plug-in do
Grasshopper.
36
A pixelização é a “visualização de quadrados numa imagem digital, para criar determinado efeito visual
66
refletância próximo a cor branca nas fotografias da amostra da pesquisa. O
desenvolvedor do software foi avisado quanto ao processamento inadequado nas
áreas de maior brilho das imagens, corrigindo prontamente na versão 1.8.29U
(WARD, 2019b).
C. Tratamentos no HDR Scope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012):
a. redefinição do tempo de exposição das imagens para 137, devido ao programa
Wxfalse Color (BLEICHER, 2015) não trabalhar adequadamente com
múltiplos tempos de exposição;
b. redimensionamento das imagens para 800x800 pixels38, para agilizar o
processamento das imagens e compatibilizar com o tamanho padrão de
imagem adotado pelo Glare Analysis;
c. inserção de máscara para demarcação dos campos de visão para os ângulos
de 30º, 60º e 90º, por meio de programa com edição de imagem, para a
determinação de luminâncias (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018).
Cálculo de DGP e DGI com a imagem sem a máscara, para evitar interferência no
cálculo da cena, por meio do componente Glare Analysis39 40
(WIENOLD, 2018), na
plataforma do Grasshopper (RUTTEN, 2015)(Figura 3.10), com algoritmo de cálculo baseado
no Evalglare (WIENOLD, 2012) (Equação 3.1), sendo que a primeira parte da equação do DGP
(5,87 𝑥 10 𝐸 representou o efeito de saturação e a parte restante representou o contraste
(REINHART, 2018, p.137).

ou por causa de um aumento excessivo da imagem relativamente à sua resolução” (PRIBERAM, 2021).
37
Segundo Mehlika Inanici, a fixação do tempo de exposição para 1 não altera os dados referentes à
iluminação nas imagens.
38
Recomendação direta do desenvolvedor do programa, Viswanathan Kumaragurubaran, com alternativa
de redução no Radiance, segundo um de seus desenvolvedores, Gregory Ward. A redução é para agilizar o
processamento das imagens e compatibilizar com o tamanho padrão de imagem adotado pelo Glare Analysis.
39
Componente presente no programa Honeybee (ROUDSARI, 2015), que está dentro da plataforma
operacional do Grasshopper (RUTTEN, 2015).
40
Segundo Jan Wienold, em conversa por email, as análises do Evalglare (WIENOLD, 2012) são mais
seguras quando o componente –b adota 2000cd/m², em que “cada pixel acima de 2000cd/m² é adicionado somente
às fontes de ofuscamento”. O componente do Glare Analysis (WIENOLD, 2018) não tem uma entrada para
alteração deste dado e o código não é aberto, sendo que o valor para detecção de ofuscamento do software é
2000cd/m² conforme informação do GitHub (2019).
67
Figura 3.10 - Algoritmo de análise do DGP e DGI.

Fonte: Costa e Avelino 41, 2018.

Equação 3.1 - Equação de cálculo do DGI.


𝐿 ,, 𝑤 ,
, Fonte: Hopkinson (1972 apud JAKUBIEC ,REINHART,
𝐷𝐺𝐼 10𝑥𝑙𝑜𝑔 0,48 , 2012, p.4).
𝐿 0,07𝑤 , 𝐿 ,

Onde:
LS: luminância da fonte de ofuscamento (cd/m²).
ω: ângulo sólido da fonte de ofuscamento (sr).
ωpos: ângulo sólido da fonte de ofuscamento modificada pela sua posição no campo de visão (sr).
Lb: luminância de fundo determinada pela luminância média de áreas não identificadas como fontes
de ofuscamento (cd/m²).

Equação 3.2 - Equação de


cálculo do DGP.
∑ , , Fonte: Wienold , Christoffersen (2006
𝐷𝐺𝑃 5,87 𝑥 10 𝐸 9,18𝑥10 𝑙𝑜𝑔 1 , 0,16
apud JAKUBIEC ,REINHART, 2012,
p.5)

Onde:
LS: luminância da fonte de ofuscamento (cd/m²).
ω: ângulo sólido da fonte de ofuscamento (sr).
Ev: iluminância vertical do olho total (lux).
P: fator de peso baseado na posição em uma vista hemisférica, o índice de posição.

D. Identificação das luminâncias extremas por fotografia com a máscara inserida no


plug-in Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015) do programa Diva (SOLEMMALLC,
2016). Cada imagem foi disposta em duas escalas diferentes, uma mínima e outra
máxima (Figura 3.11 e Figura 3.12) e os extremos foram identificados manualmente

41
Discentes voluntárias de iniciação científica, do Labcon, que auxiliaram no desenvolvimento do
algoritmo no Grasshopper (RUTTEN, 2015) para as análises das fotografias HDR.
68
para os campos de visão central (30º), e campos de visão periféricos de 60º e 90º
(GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).

Figura 3.11 - Luminância máxima para os Figura 3.12 - Luminância mínima para os
campos de visão a 30º, 60º e 90º. campos de visão a 30º, 60º e 90º.

Fonte: elaborado pela autora (2020). Fonte: elaborado pela autora (2020).

A razão de luminância máxima e mínima foram identificadas nos campos de visão 30º,
60º e 90º (Figura 3.3), assim como os contrastes4243, e a fontes de ofuscamento.
𝐿𝑢𝑚𝑀á𝑥
𝑅𝐿𝑢𝑚 Equação 3.3 – Cálculo de razão de
𝐿𝑢𝑚𝑀í𝑛
luminância.
Onde:
RLum: razão de luminância.
RMaxLum: razão máxima de luminância.
RMínLum: razão mínima de luminância.

3.2.3.3 Iluminância

O desempenho da iluminância foi analisado considerando:


 diferenciação de luz difusa e direta (caracterizada por iluminâncias altas), para
qualificar a eficácia dos elementos de sombreamento;
 influência da iluminância na percepção de conforto visual: foram representadas as

42
As luminâncias mínimas e máximas são representadas pelos pixels mais escuros e mais claros da
fotografia (REINHARD et al. apud SUK,SCHILER ,KENSEK, 2013, p.114).
43
A razão de luminância pode ser expressa por meio de relações entre a tarefa e entorno conforme
publicações como CEI e IDAE (2005, p.26) e IESNA (2000, p.479 e 816).
69
iluminâncias44 mínima, média e máxima para cada usuário45, e sua classificação
quanto ao desconforto visual, conforme gráfico da Figura 3.13, em que os usuários
estão dispostos na abcissa, classificado pelo estágio de sombreamento (ab=aberto,
int=intermediário, e fec=fechado);
 influência da obstrução da cortina sobre as iluminâncias e percepção do usuário:
foram representadas as iluminâncias e desconforto visual para as condições aberto
(persiana/cortina aberta), intermediário (persiana/cortina entreaberta para a maioria
dos casos ou com parte da persiana/cortina fechada na sala), fechado
(persiana/cortina fechadas) (Figura 3.14).

Figura 3.13 – Iluminância mínima, média e máxima Figura 3.14 – Iluminância máxima x desconforto
x usuário x percepção visual. visual x estágio de sombreamento aberto.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

3.2.3.4 DGI e DGP

Os valores de DGP e DGI (Tabela 3-3) foram avaliados quanto à distribuição de


ocorrências entre os usuários, para determinar o espectro e o comportamento da amostra, e
comparados com:

44
Os valores de iluminância mínimos, médios e máximos foram calculados com base nos cinco pontos
medidos na estação de trabalho de cada usuário.
45
Identificado por meio de código numérico para cada sala, com as terminações: _fec (fechado), _int
(intermediário) e _ab (aberto).
70
 razão de luminância (Rlum) para os campos de visão 30º, 60º e 90º, para determinar
relações, influências, e causas de desconforto visual (Figura 3.15);
 opiniões dos usuários (Figura 3.16 a Figura 3.17);
 opiniões dos usuários para cortinas abertas, intermediárias e fechadas.

Tabela 3-3 - Classificação e delimitações dos critérios de ofuscamento.

DGP DGI

Imperceptível <0,35 <18

Perceptível 0,35-0,40 18-24

Perturbador 0,4-0,45 24-31

Intolerável >0,45 >31


Fonte: adaptação de Bian et al. (2018, p.308).

Figura 3.15 – Exemplo de gráfico de DGI ou DGP x Razão de luminância.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

71
Figura 3.16 – Exemplo de gráfico de DGI x Figura 3.17 – Exemplo de gráfico de DGP x
desconforto visual. desconforto visual.

Fonte: elaborado pela autora, (2020).

3.2.3.5 Razão de luminância nos campos visuais

As razões de luminância (máxima dividida pela mínima) foram analisadas para os três
campos visuais para identificar as variações em relação à literatura, identificar o campo visual
em que ocorrem as maiores variações, e avaliar sua relação com o desconforto visual declarado
pelos usuários.

3.2.3.6 Razão de luminância do monitor e campos visuais

As razões de luminância do monitor e extremos nos campos visuais foram calculadas


considerando um valor de referência de 100cd/m² para o monitor, conforme Report 03 da
AAPM (apud PINTO et al., 2012, p.30) e EN ISO 9241-307(apud LECCESE,SALVADORI
,ROCCA, 2016, p.11).

72
Figura 3.18 – Razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos usuários.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

3.2.3.7 Organização espacial

A influência da organização espacial foi avaliada com base na relação entre a posição
dos usuários com a causa do ofuscamento, considerando a Rlum em relação ao monitor de
100cd/m² nos três campos visuais.

3.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS: USUÁRIOS X OFUSCAMENTO

As considerações finais articulam os resultados encontrados na análise dos USUÁRIOS


com os de OFUSCAMENTO, para recomendações de layout.

73
RESULTADOS

Os resultados foram organizados conforme a estrutura apresentada do método, estando


dividido nos tópicos usuários e ofuscamento.

4.1 USUÁRIOS

Os resultados são apresentados a seguir, desde a caracterização das edificações às


considerações quanto ao acionamento dos dispositivos de sombreamento baseadas na
bibliografia.

4.1.1 Edifícios

Os edifícios são caracterizados a seguir, de acordo com os aspectos mais relevantes para
as análises.

4.1.1.1 INPE-CRN

A sede administrativa do Instituto Internacional de Pesquisas Espaciais (INPE-CRN) foi


escolhida para o estudo piloto e os resultados não foram considerados nas análises do
comportamento do usuário. O edifício foi projetado em 2005 e 2006 por Alexandre Gomes de
Oliveira46 e Haroldo Maranhão47, e inaugurado em 2008. Surgiu da colaboração entre o INPE-
CRN e o LabCon-UFRN, com a introdução de estratégias passivas, como telha sanduíche,
longos beiras, elementos de sombreamento, vidros verdes, esquadrias estanques, dentre outros,
que resultaram num custo ainda inferior das obras praticadas na UFRN naquele período
(R$700/m2 e R$1000/m2, respectivamente), e reconhecida qualidade ambiental e estética. Estas
constatações impactaram de forma diversa nos projetos das demais edificações abordadas nessa
tese.

46
Formado pela UFC em 2003 e mestrando do PPGAU, na época, foi responsável pelo partido do projeto
de forma voluntária e com a participação dos futuros ocupantes da edificação, e em parceria com Manoel Jozeane
Mafra de Carvalho, chefe da unidade e responsável pela iniciativa e conclusão da obra.
47
Formado pela UFRN em 1984, foi responsável pelo detalhamento e acompanhamento da construção.
É parceiro do LabCon-UFRN e atuante nas áreas de projeto arquitetônico, intervenção no patrimônio histórico, e
arquitetura contemporânea.
74
A edificação tem área construída total de 469m², distribuída dois pavimentos com
orientação predominantemente das fachadas voltadas para Norte/Sul (Figura 4.2). As aberturas
com orientação Norte têm vista para o estacionamento e paisagismo local (Figura 4.3) e as
aberturas com orientação Sul têm vista para o talude com grama (Figura 4.4). Não há sistemas
de sombreamento interno48, por determinação da administração.

Figura 4.1 – Volume e entorno da sede administrativa do INPE-CRN.

Fonte: Google Maps (2020c)

As aberturas são amplas, dispostas no sentido Norte-Sul, e fluxo de circulação central


definido pelo pátio aberto para o exterior com dispositivos de sombreamento externo composto
por amplos beirais e brises de madeira (Figura 4.5, Figura 4.6 e Figura 4.7), que garantem um
sombreamento eficiente nas aberturas e possibilitam o aproveitamento da luz natural na maioria
dos ambientes (Figura 4.8 e Figura 4.9). O pátio aberto para o exterior proporciona uma
ventilação mais efetiva na edificação, além de promover uma integração com o paisagismo
local exterior.

48
Apesar de não haver um dispositivo de sombreamento interno que possa ser acionado pelo usuário, o
edifício foi escolhido para a fase de pré-teste devido à disponibilidade do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) Manoel Joseane M. de Carvalho
75
Figura 4.2 – Fachada Norte (frontal) da sede administrativa do INPE-CRN.

Fonte: Pedrini, 2017.

Figura 4.3 – Fachada Figura 4.4 – Figura 4.5 – Detalhe do beiral.


Norte (posterior) com Fachada Sul
lente olho de peixe (posterior) com
(sala 8). lente olho de peixe
(sala 2).

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

Figura 4.6 – Parte lateral e posterior do prédio Figura 4.7 – Corredor do pavimento térreo,
(Sudoeste). fachada Norte.

Fonte: Pedrini (2017).


76
Figura 4.8 – Secretaria. Figura 4.9 – Sala do diretor.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

O entorno é composto por estacionamento, paisagismo local e um talude coberto por


grama. O pavimento superior, localizado na fachada Norte do prédio, tem uma ampla área de
céu visível, e uma grande quantidade de brilho. O corredor de circulação é externo, com ampla
vista para o exterior e acesso à luz natural. A aplicação dos questionários foi realizada nas salas
destacadas com hachura (Figura 4.10 e Figura 4.11). Todas as salas têm grandes aberturas
envidraçadas voltadas para Norte e Sul com um amplo sistema de sombreamento (Figura 4.12
a Figura 4.17), garantindo luz natural abundante. As salas localizadas no primeiro pavimento
são sombreadas por meio de um amplo beiral, que garante sombreamento total das 8h às 16h
durante todo o ano (Figura 4.13). O sistema de sombreamento no pavimento térreo é composto
pela marquise e pelos brises horizontais, com vegetação que proporcionam um maior
sombreamento, mas que reduzem a visual para o exterior, e a entrada de luz natural (Figura
4.14).

77
Figura 4.10 – Planta baixa pavimento térreo. Figura 4.11 – Planta baixa pavimento
superior.

Fonte: adaptação de Oliveira e Maranhão (2005) com edição de formatação gráfica de Leite49 (2020).

49
Bolsista de iniciação científica do Labcon UFRN.
78
Figura 4.12 – Detalhe do dispositivo de sombreamento da fachada Norte.

Fonte: adaptado de Oliveira e Maranhão (2005)

Figura 4.13 – Máscara de sombra do Figura 4.14 – Máscara de sombra do


pavimento superior fachada Norte. pavimento térreo fachada Norte.

Figura 4.15 – Máscara de sombra do Figura 4.16 – Máscara de sombra do


pavimento superior fachada Sul. pavimento térreo fachada Sul.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

79
Figura 4.17 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do INPE.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

80
4.1.1.2 Superintendência de Infraestrutura (SIN)

O Edifício da Superintendência de Infraestrutura foi projetado pelo arquiteto Sileno


Cirne Trindade50 em 2009 (TRINDADE, 2009b) e inaugurado em 2011 (GALDINO, 2013). O
projeto da superintendência de infraestrutura apresenta recursos de estratégias passivas como
amplos beirais, telha trapezoidal de alumínio com núcleo isolante em EPS (50mm), telha
ondulada de fibrocimento pintada na face superior na cor branca, além de janelas em alumínio
anodizado com vidro para garantir a entrada de luz natural no ambiente.
A SIN é um prédio retangular, com área construída total de 1.441,57m² (Figura 4.18),
distribuída em quatro pisos com orientação predominante Norte/Sul. A fachada frontal
apresenta como entorno árvores de pequeno e médio portes, presentes no passeio público,
estacionamento, com edificações de baixo gabarito, que possibilitam uma ampla área de céu
visível (Figura 4.19).

Figura 4.18 – Volume e entorno SIN.

Fonte: Google Maps (2020a)

50
Graduado em arquitetura e urbanismo em 1995, com mestrado em arquitetura e urbanismo em 2006.
Atua como arquiteto da Superintendência de Infraestrutura (SIN) desde 2004 e atualmente exerce o cargo de diretor
de projetos da SIN. Com atuação nos temas de arquitetura bioclimática e eficiência energética. Texto informado
na página do currículo lattes.
81
Figura 4.19 - Superintendência de Infraestrutura da UFRN (SIN), fachada Norte, entrada principal.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

A aplicação dos questionários foi realizada nas salas destacadas com hachura (Figura
4.20 à Figura 4.21). A SIN tem um sistema de sombreamento composto por marquise de
concreto e brises metálicos situados próximos a bandeira de luz da janela (Figura 4.22). Este
sistema garante 100% de sombreamento para quase todos os dias e horários do ano, exceto nos
horários iniciais e finais do dia, entre 6h15min e 6h30min e a partir das 16h30min (Figura 4.26).
O sombreamento total para todos os dias do ano ocorre durante a maior parte do horário de
ocupação das salas (Figura 4.28).

Figura 4.20 – Planta baixa 1º e 2º pisos SIN. Figura 4.21 – Planta baixa 3º e 4º pisos
SIN.

Fonte: Trindade ( 2009b) com edição de formatação gráfica de Leite (2020).

82
Figura 4.23 – Máscara de sombra SIN pavimento
Figura 4.22 – Detalhe do inferior bloco menor da SIN fachada Norte.
dispositivo de sombreamento
da SIN

Fonte: adaptação da autora (2020).

Figura 4.24 – Máscara de sombra SIN Figura 4.25 – Máscara de sombra SIN
pavimento térreo fachada Norte bloco maior. pavimento superior fachada Norte.

Figura 4.26 – Máscara de sombra SIN Figura 4.27 – Máscara de sombra SIN
pavimento térreo fachada Sul. pavimento superior fachada Sul.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

83
Figura 4.28 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício da SIN.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

84
O projeto foi desenvolvido respeitando a topografia natural do terreno apresentando um
dos pavimentos semienterrados (Figura 4.29 e Figura 4.30). A entrada de luz natural é
possibilitada por meio de janelas laterais, com verga situada na altura do teto, combinadas com
dois átrios centrais (Figura 4.31 e Figura 4.32), que proporcionam distribuição de luz natural
nos corredores centrais de circulação do prédio, que tem vista para os jardins internos da
edificação (Figura 4.33 e Figura 4.34).

Figura 4.29 – Topografia natural na fachada Sul, Figura 4.30 – Topografia na fachada Sul, vista
vista frontal. em perspectiva.

Figura 4.31 – Iluminação lateral. Figura 4.32 – Iluminação lateral.

Figura 4.33 – Átrio corredor de entrada. Figura 4.34 – Átrio corredor de entrada.

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

85
A edificação apresenta aberturas de tamanho intermediário, com sombreamento externo,
composto por brises lineares (45º) em alumínio e beirais (Figura 4.35 à Figura 4.37). Todas as
salas têm dispositivos de sombreamento interno por meio de persianas (Figura 4.38 a Figura
4.40).

Figura 4.35 – Detalhe dos brises lineares (45º), Figura 4.36 – Vista frontal dos brises lineares
fachada Norte, entrada principal. (45º) e beiral, fachada Norte, entrada principal.

Figura 4.37 – Vista lateral brises lineares (45º) Figura 4.38 – Sistema de sombreamento interno
de alumínio e beiral. por meio de persianas, sala do superintendente.

Figura 4.39 – Dispositivo de sombreamento Figura 4.40 – Dispositivo de sombreamento


interno e copa das árvores vistos através da interno e copa das árvores vistos da janela da
janela da sala da vice direção. sala 28 SIN.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

86
Figura 4.41 – Dispositivo de sombreamento interno e copa das árvores vistos através da janela da
sala 19.

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

A edificação encontra-se integrada ao paisagismo local, que auxilia no sombreamento


da edificação e da calçada (Figura 4.42 e Figura 4.43).

Figura 4.42 – Sombreamento da fachada. Figura 4.43 – Detalhe do paisagismo local.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

4.1.1.3 Escola de Ciências e Tecnologia (ECT)

Projetado pelo arquiteto Sileno Cirne Trindade e inaugurado em 2009 (GALDINO,


2013), o projeto apresenta estratégias passivas como amplos beirais, telha de alumínio
trapezoidal do tipo “sanduíche” com núcleo isolante em EPS (i=5%), esquadrias de alumínio
anodizado e vidros incolores para garantir luz natural e amplos pátios que garantem um melhor
fluxo de ventilação. A planta é de formato retangular alongado, com área total construída de
6.648,40m², distribuídos em três pavimentos, com orientação Norte/Sul das grandes fachadas
(Figura 4.44 e Figura 4.45 - Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN (ECT), vista frontal.
O entorno apresenta uma área de proteção ambiental à Leste, árvores de grande porte
no passeio público e canteiro central ao Sul, e adensamento urbano moderado com edificações
de baixo gabarito em geral, resultando numa ampla área de céu visível, sem obstruções

87
significativas à radiação solar e aos ventos incidentes.

Figura 4.44 – Volume e entorno da Escola de Ciências e Tecnologia – ECT UFRN.

Fonte: adaptado do Google Maps (2020d).

Figura 4.45 - Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN (ECT), vista frontal.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

Os questionários foram aplicados nas salas destacadas com hachura (Figura 4.46),
caracterizadas por grandes aberturas em sua maioria, com elemento de sombreamento externo
composto por amplos beirais e brises de alumínio anodizado (Figura 4.47) nas fachadas Norte
e Sul. Este sistema proporciona 100% de sombreamento para quase todos os dias e horários do
ano (Figura 4.48 à Figura 4.51).

88
Figura 4.46 – Planta baixa 3º pavimento Figura 4.47 – Detalhe do dispositivo de sombreamento
ECT. do ECT.

Fonte: Trindade (2009a) com edição da autora.

Figura 4.48 – Máscara de sombra do terceiro


pavimento do ECT, fachada Sul.

Fonte: Trindade (2009a) com edição de formatação Fonte: elaborado pela autora (2020).
gráfica de Leite (2020).

Figura 4.49 – Máscara de sombra do Figura 4.50 – Máscara de sombra do terceiro


terceiro pavimento do ECT, fachada Sul. pavimento do ECT, fachada Norte

89
Figura 4.51 – Desempenhos dos dispositivos de sombreamento do ECT.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

90
O prédio foi projetado com pátios internos integrados ao exterior, com uma ampla visão
para a paisagem localizada no exterior (Figura 4.52 e Figura 4.53), que proporcionam uma
maior ventilação natural por toda a área de circulação e convívio social do prédio. Todas as
salas têm dispositivo de sombreamento interno por meio de persianas horizontais, geralmente
nas salas com aberturas voltadas para o corredor (Figura 4.54), ou cortinas, nas salas com
aberturas com voltadas para o exterior da edificação (Figura 4.55 à Figura 4.57).

Figura 4.52 – Vista do corredor da fachada Sul com Figura 4.53 – Varanda do terceiro pavimento da
integração para o exterior. fachada Norte com vista para o exterior.

Figura 4.54 – Sombreamento com persiana. Figura 4.55 – Sombreamento com cortina.

Figura 4.56 – Vista para o Norte. Figura 4.57 – Vista para o Sul.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

91
4.1.1.4 Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC)

O edifício do Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC) foi projetado por Leitão51,


Souza52, Queiroz53, Oliveira, Sousa54 e Oliveira55, no ano de 2010 (LEITÃO et al., 2010), com
inauguração no ano de 2016 (UFRN, 2016a). A estrutura foi construída para abrigar os
laboratórios e salas de professores dos cursos de engenharia. O projeto previa recursos como
teto jardim, domus com estrutura de aço e vidro para iluminar naturalmente as circulações,
janelas de vidro e alumínio anodizado e brises como elementos de sombreamento externo.
O Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC) é um prédio curvilíneo composto por
quatro pavimentos, com orientação de fachada principal variando de Sul a Oeste, e fachada
posterior variando de Norte a Leste (Figura 4.58).
Os questionários foram aplicados em ambientes dos quatro pavimentos, destacados em
cinza nas plantas baixas da Figura 4.60, e contemplou diversas orientações e predominância de
aberturas sombreadas por brises fixos perfurados da Sulmetais, com permeabilidade de 11% a
16%, de catálogo e calculada, respectivamente (Figura 4.61). A modelagem do brise com base
na geometria e simulação da máscara de sombras demonstra que a geometria não é suficiente
para garantir sombreamento (Figura 4.62), mesmo desconsiderando as perfurações, que não
foram modeladas por limitações do software (Figura 4.61 à Figura 4.66).

51
Arquiteto com graduação pela UFPE em 1974, mestrado pela USP em 1980. É professor do curso de
arquitetura e urbanismo da UFRN desde 1975. Informações extraídas do Linkedin.
52
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 1988, especialista em conforto ambiental pela UFRN
em 1991, mestre em arquitetura e urbanismo pela UFRN em 2001 e doutor em arquitetura e urbanismo pela UFRN
em 2014. Foi professor adjunto do curso de arquitetura e urbanismo de 1995 a 2018. Informações extraídas do
Escavador.
53
Arquiteta e urbanista graduada pela UFRN em 1991, com mestrado em arquitetura, projeto e meio
ambiente em 2014 pela UFRN. Apresenta experiência em projetos de arquitetura. Texto informado pela página do
currículo lattes.
54
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 1986, especialista em computação gráfica pela École
d’Architecture de Pris-Conflans em 1990, mestre em arquitetura e urbanismos pela UFRN em 2005. Atualmente
é arquiteto da UFRN. Texto informado pela página do currículo lattes.
55
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 2007, tem mestrado em Ambiente, Tecnologia e
Sociedade pela Universidade Federal Rural do Semiárido (PPGATS/UFERSA). Foi pesquisador do projeto de
Capacitação do Labcon-UFRN para Etiquetagem de Edifícios dos PBE-INMETRO e da rede de Eficiência
Energética da Eletrobrás. Atualmente é arquiteto e urbanista da Universidade Federal Rural do Semiárido
(UFERSA). Texto informado pela página do currículo lattes.
92
Figura 4.58 – Volume e entorno do CTEC.

Fonte: adaptado do Google Maps (2020b).

Figura 4.59 – Fachada principal do Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC).

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

Figura 4.60 - Plantas baixas dos quatro pavimentos do CTEC, com destaque para os ambientes com
respondentes, em cinza.

Fonte: adaptado de Leitão et. al. (2010), com edição de formatação gráfica de Leite (2020).

93
Figura 4.61 – Detalhes do brise perfurado.

Vista da fachada. Sobreposição da Perfuração do brise. Planta em corte.


abertura.
Fonte: elaborado pela autora (2020). Fonte: adaptado de Leitão et.
al. (2010)

Figura 4.62 – Máscara de sombra CTEC 3º Figura 4.63 – Máscara de sombra CTEC
piso fachada Sul. 3º piso fachada Norte.

Figura 4.64 – Máscara de sombra CTEC 3º Figura 4.65 – Máscara de sombra CTEC
piso fachada Leste. 3º piso fachada Oeste.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

94
Figura 4.66 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento do CTEC.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

95
A luz natural zenital está presente na circulação central, climatizada (Figura 4.67), e nos
ambientes abertos dos pilotis, por cobogós (Figura 4.68). As vistas para o exterior têm poucos
obstáculos devido ao baixo gabarito das construções e áreas de estacionamentos (Figura 4.69 a
Figura 4.71).

Figura 4.67 – Átrio central 4º pavimento. Figura 4.68 - Pilotis com cobogó.

Figura 4.69 – Vista para Oeste. Figura 4.70 – Vista para Leste. Figura 4.71 – Vista para Sul.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.1.5 Instituto Internacional de Física (IIF)

O Instituto Internacional de Física (IIF) é uma instituição de pesquisa internacional, cuja


missão é contribuir para o intercâmbio de conhecimento científico na comunidade internacional
(INTERNATIONAL INSTITUTE OF PHYSICS - IIP, S.d.), e foi projetado por Sileno Cirne
Trindade50 em 2010 (TRINDADE, 2010) e inaugurado em 2016 (UFRN, 2016b). O projeto foi
concebido para privilegiar as vistas para as dunas e a mata Atlântica respeitando a topografia

96
natural do terreno, com um pavimento semienterrado, totalizando 3.083m² distribuídos em
quatro pisos: subsolo, térreo, segundo pavimento e terceiro pavimento. Seu formato é em arco
(Figura 4.72, voltado para o Nordeste (Figura 4.73), com vista para as dunas (Figura 4.74 e
Figura 4.75), e para o Sul (Figura 4.76), com entorno árvore de porte médio, estacionamento e
prédio de baixo gabarito mais distante. A aplicação dos questionários foi realizada nas salas
destacadas com hachura cinza (Figura 4.77 à Figura 4.79), para diferentes orientações.

Figura 4.72 – Planta de locação e situação IIF.

,
Fonte: adaptado de Google Maps (2020e).

Figura 4.73 – Fachada Nordeste do IIF.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

97
Figura 4.74 – Entorno de dunas visto da fachada Figura 4.75 – Entorno de dunas visto a partir do
Norte solário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Figura 4.76 – Fachada Sul do IIF.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

98
Figura 4.77 – Planta baixa do térreo do IIF. Figura 4.78 – Planta baixa do 2º pav. do IIF.

Figura 4.79 – Planta baixa 3º pav. do IIF. Figura 4.80 – Corte com detalhe do dispositivo
de sombreamento brise fixo.

Fonte: adaptado de Trindade (2010) com edição de formatação gráfica de Leite (2020).

O projeto conta com recursos passivos e estratégias de eficiência energética, como


cobertura em telhas de alumínio trapezoidais duplas com núcleo isolante em EPS 30mm,
abertura zenital para iluminar o átrio central (Figura 4.81), solário para permitir a integração
com o exterior e entrada da luz do sol, elementos de sombreamento externo composto por brises
horizontais em alumínio anodizado fixos na fachada (Figura 4.82 e Figura 4.83), e
sombreamento interno por meio de persianas verticais (Figura 4.84).

99
Figura 4.81 – Átrio central com entrada de luz Figura 4.82 - Brises horizontais em alumínio
natural pelo telhado. anodizado.

Figura 4.83 – Detalhe dos brises lineares de Figura 4.84 – Sombreamento com persianas.
alumínio.

Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).

O sistema de sombreamento do IIF apresenta incidência de luz natural direta para


períodos variados do ano para as fachadas Sul e Nordeste (Figura 4.85 à Figura 4.86). A fachada
Sul apresenta incidência de radiação solar direta nos meses de março e outubro (5h às 6h30min,
16h15min às 16h30min e das 17h às 17h30min), fevereiro e novembro (5h às 7h15min e das
16h às 18h) e janeiro e dezembro (7h45min às 18h). A fachada Nordeste56 tem incidência de
radiação solar direta durante o ano quase todo, principalmente pela manhã, com exceção do
mês de janeiro e dezembro (7h30min às 9h) fevereiro e novembro (7h às 8h30min), março e
outubro (das 8h às 8h45min), abril e setembro das 8h às 9h40min, maio e agosto (9h às 10h) e
junho e julho (9h30min às 11h15min). O sombreamento total ocorre apenas para as salas
localizadas na fachada Sul, nos horários em que não há incidência de radiação solar direta, e

56
A modelagem desta fachada para cálculo de máscara de sombra foi executada de forma reta devido a
limitações para modelagem de zonas em formato de arco no programa.
100
não há um horário com sombreamento total que perdure para o ano inteiro para a fachada
Nordeste. O desempenho dos dispositivos de sombreamento pode ser visualizado com detalhes
na Figura 4.87.

Figura 4.85 – Máscara de sombra do segundo Figura 4.86 – Máscara de sombra IIF segundo
pavimento do IIF, para Sul. pavimento Nordeste.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

101
Figura 4.87 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do IIF.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

102
4.1.1.6 Tipologias

As tipologias recorrentes de edificações foram edifício linear retangular com átrio


interno (32%), edifício linear em faixa com átrio aberto para o exterior (25%), edifício voltado
para fora com curva e contracurva (23%) e o edifício compacto com arco voltado para o
exterior, com átrio interno e solário com vista para as dunas (20%), conforme Figura 4.88.

Figura 4.88– tipo de prédio.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.1.7 Entorno

Os tipos de entorno mais recorrentes foram árvores e estacionamento (17%), construído


distante (17%), construído próximo com árvores (14%), construído próximo (12%), árvores
(11%), construído distante com estacionamento próximo (10%), construído distante com
árvores (5%) e construído distantes com estacionamento e árvores próximos (4%).

Figura 4.89 – Tipo de entorno.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

103
4.1.1.8 Ambientes internos

As características mais recorrentes foram PAF de tamanho médio (67%) (Figura 4.90);
FCV médio (69%) (Figura 4.91); predominância de brises fixos externamente (67%) (Figura
4.92); 73% de uso de persianas internamente (Figura 4.93); baixa frequência de sombreamento
no entorno (65%) (Figura 4.94); predominância de aberturas para Norte (35%) e Sul (37%)
(Figura 4.95). No total são 23% salas privativas e 77% compartilhadas57. O número de usuários
das salas compartilhadas, que responderam aos questionários, variou de dois a nove usuários, o
prédio com maior número de usuários por sala é o da SIN (Figura 4.96 e Figura 4.97).

Figura 4.90 - Percentual de abertura de fachada. Figura 4.91- Fator de céu visível.

Figura 4.92 - Proteção externa. Figura 4.93 - Proteção interna.

57
Um dos usuários da SIN apesar de estar numa sala privativa, respondeu que o ambiente era
compartilhado, devido à presença de uma mesa na sala destinada a reuniões.
104
Figura 4.94 - Sombreamento do entorno. Figura 4.95 - Orientação de abertura.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Figura 4.96 – Tipos de salas Figura 4.97 – Tipo de sala por prédio.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.2 Perfis dos usuários

A faixa etária predominante foi de 20 a 40 anos (Figura 4.98), seguidos de usuários com
40 a 55 anos, e uma minoria com idade até 20 anos ou superior a 55 anos. A maioria dos
respondentes trabalharam os dois turnos, manhã e tarde (Figura 4.99). Não houve correlação
entre a idade e maior uso da luz natural por conta da perda de acuidade visual (Figura 4.100 a
Figura 4.103).

105
Figura 4.98 - Idade dos usuários. Figura 4.99 - Período de ocupação.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Figura 4.100 – Uso da luz natural até 20 anos. Figura 4.101 – Uso da luz natural 20 a 40
anos.

Figura 4.102 – Uso da luz natural 40 a 55 anos. Figura 4.103 – Uso da luz natural
superior a 55 anos.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

O microcomputador foi usado em 100% dos casos, sendo que 91% sempre usam e
apenas 1% usam às vezes (Figura 4.104). A atividade de leitura aconteceu para 98% dos casos
e 55% dos usuários sempre executam atividades de leitura (Figura 4.105). Outras atividades

106
foram citadas por 10% dos usuários foram: uso de lousa, discussão com outros pesquisadores,
programação, arquivo e protocolo, reuniões e visita à obra.

Figura 4.104 - Uso do microcomputador. Figura 4.105 - Leitura, escrita e ou desenho.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.3 Preferências e percepções

Os dispositivos de sombreamento interno foram acessíveis a 95 dos 102 usuários.


Destes, 61% atribuíram peso 5 e 6 ao seu uso para obter conforto e 57% nunca os acionaram
(questão 11), enquanto 42% somente fecha, 33% somente abre, e 18% abre e fecha (combinação
das questões 12 e 14). As preferências foram recorrentes para as orientações principais, sendo
que a Oeste se destacaram pela maior frequência de abertura e fechamentos (Figura 4.107).

Figura 4.106. Frequências de dispositivos Figura 4.107. Frequências de abertura de cada


internos de sombreamento e de acionamentos tipo de interação para cada de orientação.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Houve 1/3 dos usuários que responderam nunca interagir com os dispositivos (questão

107
11), mas que responderam abrir e/ou fechar os dispositivos. Também houve respostas de
horários de aberturas ou fechamentos que contrariaram as questões anteriores quanto à
interação, dentre outras interpretações inesperadas. O fato do usuário declarar que não interage
com o dispositivo não significa que ele seja indiferente, uma vez que o usuário preserva uma
determinada posição do dispositivo, que corresponde à sua preferência. A combinação das
questões 2, 11, 12 e 14 (acionamento e horário) e a simplificação das classificações de
preferências para os dispositivos internos de sombreamento resultou na identificação das
preferências: 44% mantém fechada (24% fecha e 76% deixa fechada); 31% mantém aberta
(41% abre e 59% deixa aberta); 15% varia durante o dia; 2% varia de preferência na entrada;
8% não foi possível determinar Figura 4.108. O dispositivo fechado foi predominante nas
orientações Norte, Sul e principalmente Leste, enquanto para Oeste há variações ao longo do
dia.

Figura 4.108. Preferências por configurações dos dispositivos de sombreamento interno.

Figura 4.109. Ocorrências e frequências por configurações dos dispositivos de sombreamento interno
por orientação.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

108
A quantidade de iluminação natural percebida em seu ambiente pela manhã e à tarde
foram similares, porém os usuários que mantiveram o dispositivo fechado tiveram
interpretações conflitantes da questão: alguns consideraram a percepção com o dispositivo
fechado e atribuíram baixos valores, enquanto outros consideraram o dispositivo aberto e
atribuíram altos valores, comprometendo a análise das respostas. Por isso, foram consideradas
as opiniões dos usuários que não mantém a cortina fechada, considerando o nível de satisfação
variando de muito insatisfeito (1) a muito satisfeito (6), resultando na maior frequência de
opiniões intermediárias (Figura 4.110).

Figura 4.110. Frequências de satisfação de luz natural percebida pelos usuários.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

As causas do fechamento do dispositivo dos usuários que declaradamente fecham foram


identificadas para 74% dos 57 usuários, sendo 36% por ofuscamento, 33% por contraste com o
monitor, 12% por calor, 12% por privacidade e 7% por ausência de estímulo visual (Figura
4.111). Em geral, a satisfação em relação à cortina foi alta.

Figura 4.111. Causas para o fechamento do dispositivo de sombreamento interno.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

109
O acionamento de iluminação artificial depende do dispositivo de sombreamento e a
maior frequência foi para dispositivos fechados, de 83%, seguido de condição intermediária, de
63%. Os dispositivos abertos foram os que apresentam menor uso de luz artificial, de 52%
(Figura 4.112).

Figura 4.112. Frequências de acionamento de iluminação artificial.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.3.1 Análise diferenciada por edifício

As preferências por dispositivos de sombreamento interno variaram entre os edifícios,


de dispositivos abertos no IIF a dispositivos fechados na SIN (Figura 4.113). As preferências
não apresentam relação direta com as orientações das aberturas, e a maior ocorrência de
variações dos dispositivos no CTEC (entre os quatro edifícios) é justificada pela predominância
das orientações Leste e Oeste, enquanto as aberturas do ECT, IIF e SIN foram voltadas para o
Norte e o Sul (Figura 4.114).

Figura 4.113 - Ocorrências de preferências de Figura 4.114 - Ocorrências de orientações de


dispositivos de sombreamento interno. aberturas para os quatro edifícios.

Fonte: elaborado pela autora (2020).


110
As causas para o fechamento permanente ou variado das aberturas foram o ofuscamento
e contraste do monitor, sobretudo na SIN e CTEC (Figura 4.115). As maiores ocorrências
devido ao calor ocorreram no CTEC, devido à orientação das aberturas e fechamentos para
Leste e Oeste, com consequente aquecimento das superficiais internas e irradiação de calor para
os usuários. A privacidade foi mais recorrente na SIN, onde se desenvolve projetos de
edificações individualmente. A ausência de estímulo na vista externa foi evidenciada no ECT e
não ocorre nas demais, sendo que os pavimentos superiores apresentam muita visão de céu e de
cobertas das casas e dos edifícios ao redor.

Figura 4.115 - Ocorrências de causas para o fechamento de dispositivos de sombreamento interno.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

As causas para abertura dos dispositivos de sombreamento interno variaram bastante ao


longo dos prédios, destacando-se o contato com o exterior nos prédios da SIN e ECT e o
aproveitamento da luz natural para ECT, CTEC e IIF, conforme Figura 4.116. Por comparação,
o IIF foi o que apresenta maior estímulo visual e menor ocorrência de fechamento de
dispositivos, entretanto 83% dos seus usuários declaram abrir os dispositivos por causa da luz
natural, demonstrando uma possível indução da resposta devido ao contexto da apresentação
do questionário. Além disso, também pode haver influência cultural, pois mais da metade dos
usuários são estrangeiros.

111
Figura 4.116 - Ocorrências de causas para a abertura de dispositivos de sombreamento interno.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A luz natural é sempre usada para a maioria dos usuários do IIF e ECT, às vezes para
sempre para a maioria dos usuários do CTEC e às vezes para nunca é usada para a maioria dos
usuários da SIN (Figura 4.117) e a luz artificial é mais usada na SIN e no ECT (Figura 4.118).

Figura 4.117 – Uso da luz natural para os Figura 4.118 – Uso da luz artificial por edifícios.
edifícios.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.3.2 Frequência de ajuste

A frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento é “deixa fechada”


(46%), “deixa aberta” (32%), “abre ou fecha uma ou mais vezes” (15%), “não aciona” (5%) e
“abre ou fecha na entrada” (2%), conforme Figura 4.119. A maioria dos usuários acionam a luz
elétrica independentemente do tipo da frequência de acionamento do dispositivo de
sombreamento, o maior número de acionamentos da luz elétrica é para os usuários que deixam
o dispositivo de sombreamento fechado, conforme Figura 4.120.
112
Figura 4.119 – Frequência de Figura 4.120 – Frequência de acionamento dos
acionamento dos dispositivos de dispositivos de sombreamento x frequência de
sombreamento. acionamento da luz elétrica.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

As principais causas de abertura conforme a frequência de acionamento dos dispositivos


são: aproveitamento da luz natural e contato com o exterior para o estágio deixar aberto; contato
com o exterior ou troca de ar no ambiente para o estágio abrir ou fechar na entrada;
aproveitamento da luz natural e contato com o exterior para o não aciona; contato com o exterior
e a complementação da luz artificial na maioria dos casos para abrir ou fechar uma ou mais
vezes (Figura 4.121).

113
Figura 4.121 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento conforme causas para
abertura dos dispositivos de sombreamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

As principais causas de fechamento conforme a frequência de acionamento dos


dispositivos são: contraste com o monitor e excesso de calor para o não aciona; a privacidade
destaca-se para o abre ou fecha uma ou mais vezes, bem como para o abre ou fecha na entrada;
contraste com o monitor e ofuscamento prevalecem tanto para estágio deixa aberta como para
deixa fechada (Figura 4.122).

114
Figura 4.122 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento x causas para
fechamento dos dispositivos de sombreamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.3.3 Salas compartilhadas e individuais

A maioria das salas é compartilhada58 (80%), conforme Figura 4.123. Observa-se que a
maioria dos usuários das salas compartilhadas deixa fechado o dispositivo de sombreamento,
enquanto na sala privativa deixa aberto ou abre ou fecha uma ou mais vezes (Figura 4.98). O
prédio da SIN tem somente salas compartilhadas, com exceção da sala do superintendente, e os
prédios do CTEC e IIF são os que têm mais salas privativas, conforme Figura 4.125. A maioria
dos usuários que deixam os dispositivos de sombreamento abertos são do IIF e ECT, sendo que
no primeiro prédio há o estímulo da vista para as dunas (Figura 4.116). A maioria dos usuários
que deixam os dispositivos de sombreamento fechados são da SIN e CTEC (Figura 4.129).

58
Um dos usuários da SIN apesar de estar numa sala privativa, respondeu que o ambiente era
compartilhado, devido à presença de uma mesa na sala destinada a reuniões.
115
Figura 4.123 – Tipo de ambiente. Figura 4.124 – Tipo de ambiente x frequência de
acionamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Figura 4.125 – Tipo de ambiente x edifícios. Figura 4.126 – Edifícios x frequência de


ajuste dos dispositivos de sombreamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

116
4.1.3.4 Organização espacial59

A maioria dos usuários está localizado na posição A (38%), seguido pelo C (22%), D
(14%) e B (14%) e por último do E (12%), conforme Figura 4.127. Ao cruzar a opinião do
usuário com a frequência de acionamento, destaca-se que a posição A tem o mesmo número de
usuários que deixam os dispositivos de sombreamento abertos e fechados, enquanto na posição
D, a maioria deixa o dispositivo aberto; nas demais posições (B, C e E) a maior parte deixa os
dispositivos fechados (Figura 4.128).

Figura 4.127 – Orientação do usuário. Figura 4.128 - Orientação do usuário x


frequência de acionamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A maioria dos usuários na posição A aciona o dispositivo para ter um maior contato com
o exterior, seguido do aproveitamento da luz natural. O inverso ocorre para C, onde a maioria
aciona para ter um maior aproveitamento da luz natural, seguido do contato com o exterior.
Para E, a maioria aciona para obter contato com o exterior, ainda que a janela esteja por trás do
seu ângulo de visão (Figura 4.129). Em comparação com à causa de fechamento, destaca-se

59
Observou-se que pelo menos um dos usuários do CTEC não havia entendido graficamente a distribuição
espacial dos usuários e havia respondido errado à questão 7 sobre a orientação do usuário.
117
que, para a posição A, as principais causas foram excesso de calor seguido de ofuscamento,
para B foi ofuscamento e contraste com o monitor, para C foram ofuscamento e privacidade,
para D foram ofuscamento e excesso de calor, e para E foram ofuscamento e contraste com o
monitor (Figura 4.130).

Figura 4.129 – Causa para abertura x posição do usuário.

Figura 4.130 – Causa para fechamento x posição do usuário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Em relação aos edifícios, observa-se que a orientação do usuário em sala é bastante


variável, a maioria das ocorrências é para a posição A para os prédios do ECT, IIF e SIN,
enquanto no CTEC a maioria está na C. A SIN apresenta também um número expressivo de
ocorrências para a C e E (Figura 4.131). Nas ocorrências dos edifícios para cada posição de

118
usuário, observa-se que para A prevalece para ECT e SIN, B para IIF e SIN, C para CTEC e
SIN, D para ECT e E para SIN (Figura 4.132). Em relação a orientação da janela para cada
posição de usuário, observa-se que todas as posições estão presentes em sua maioria para as
orientações Norte e Sul, destacando-se a posição B com a orientação Nordeste e a C com a
Leste e Oeste também, conforme Figura 4.133.

Figura 4.131 – Orientação do usuário x Figura 4.132 – Edifício x orientação do usuário.


edifício.

Figura 4.133 – Edifício x orientação do


usuário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Constata-se que a maioria dos usuários está a uma distância de até 3m da janela (89%),
enquanto apenas 11% estão entre 3 e 6m (Figura 4.134). Não foi observada uma tendência de
interação do usuário com o dispositivo de sombreamento devido à proximidade com a janela.
A maioria dos usuários, até 3m da janela, deixa o dispositivo de sombreamento fechado. Os
localizados a uma distância de 3 a 6m deixam abertos ou não acionam (Figura 4.135).

119
Figura 4.134 – Proximidade com Figura 4.135 – Proximidade da janela x frequência de
a janela. acionamento dos dispositivos de sombreamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.1.3.5 Acionamento dos dispositivos de sombreamento internos

Apenas 14 usuários demonstraram interação ao longo do dia, distribuídos nos quatro


edifícios, nas quatro orientações, e abrangeram todas as causas para fechamento e abertura,
impossibilitando uma análise estatística devido à amostra insuficiente. As causas mais
recorrentes para abertura do dispositivo interno, de acordo com o modelo do DNAs (HONG et
al., 2015a; HONG et al., 2015b), foram: contato com o exterior, aproveitamento da luz natural
e complementação da luz natural (Quadro 4.1), que convergem com a literatura:
 contato com o exterior (INKAROJRIT, 2005; HALDI ,ROBINSON, 2010;
ZANG ,BARRET, 2012), mesmo que seja em condições de brilho em excesso
(INKAROJRIT, 2005, p.257);
As ações identificadas foram a abertura dos dispositivos de sombreamento e
acionamento do ar-condicionado e luz artificial para todos os condutores identificados. O
aproveitamento da luz natural e a complementação da luz natural (integração com a luz
artificial) tiveram em comum a manutenção da iluminância no plano de trabalho e a necessidade
de manutenção do conforto visual. A causa para o uso da luz elétrica foi a complementação ou
pouca luz natural ou ainda foi acionada de forma independente à situação apresentada.

120
Quadro 4.1– Síntese das características mais recorrentes para abertura de dispositivos de
sombreamento.
MODELO DNA CAUSAS PARA ABERTURA
Aproveitamento da luz Complementação da luz natural
Condutores Contato com o exterior natural (integração com a luz artificial)
Iluminância no plano de trabalho
Necessidades Manter a vista externa Conforto visual
Abrir persianas,
Abrir persianas e Abrir persianas, acionamento de AC
Ações / sistemas acionamento de AC e
acionamento de AC e luz artificial
luz artificial
Informações complementares
Uso da luz Complementação / Pouca luz /
Complementação / Independe
elétrica pouca luz natural Complementação
Uso da luz
Às vezes /Sempre Sempre Às vezes /Sempre
natural
Ocorrências
ECT, SIN, CTEC e IIF IIF, ECT e CTEC IIF e SIN
predominantes
Fonte: elaborados pela autora (2020).

Em relação ao fechamento dos dispositivos de sombreamento observou-se que os


principais condutores para as ações dos usuários foram contraste com o monitor, ofuscamento,
desconforto térmico ao quente, privacidade e ausência de estímulos na vista externa, que
convergem com a literatura:
 ofuscamento em geral (26%), confirmando o brilho ou ofuscamento citado em
pesquisas internacionais (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978; INKAROJRIT,
2006; JAKUBIEC ,REINHART, 2012; ZANG ,BARRET, 2012; HONG et al.,
2015b);
 contraste com o monitor, à exemplo de Pigg e Eilers (1996, p.8.168), que relataram
um acionamento das persianas em 25% dos casos devido ao contraste com o
monitor;
 excesso de calor (9%),que pode ser ocasionado pelo desconforto térmico, à exemplo
de (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978; REA, 1984; INKAROJRIT, 2006;
GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-MORRISON, 2013; HONG et al., 2015b);
 privacidade (9%), à exemplo de (FOSTER ,ORESZCZYN, 2001; INKAROJRIT,
2005; INKAROJRIT, 2006; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-MORRISON,
2013);
 ausência de estímulo na vista externa (5%), à exemplo de (RUBIN,COLLINS
,TIBBOTT, 1978; REA, 1984; INKAROJRIT, 2006; GUNAY,O’BRIEN
,BEAUSOLEIL-MORRISON, 2013; HONG et al., 2015b)
As ações desempenhadas sobre os sistemas foram fechamento do sombreamento

121
interno, acionamento da iluminação e ar-condicionado. A luz elétrica foi motivada pela
complementação da luz, pouca luz ou independe da situação apresentada. O uso da luz natural
variou de nunca, às vezes e sempre. As ocorrências mais predominantes para o contraste com
o monitor foram para o SIN, CTEC, ECT e IIF, que possuem uma ampla área de céu visível a
depender da localização da sala. O aproveitamento da luz natural teve maiores ocorrências para
o IIF, ECT e CTEC, neste último os usuários relataram um maior comprometimento com a
economia de energia. A complementação da luz natural (integração com a luz artificial) ocorreu
mais para IIF e SIN, contraditoriamente neste último prédio, observou-se durante o
walkthrough, que os usuários costumeiramente mantêm os dispositivos de sombreamento
fechados durante a maior parte do dia, apesar de relatarem complementar a luz natural
integrando com a artificial (Quadro 4.2).

Quadro 4.2– Síntese das características mais recorrentes para fechamento de dispositivos de
sombreamento.
MODELO
CAUSAS PARA FECHAMENTO
DNA
Contraste Ausência de
Desconforto térmico
Condutores com o Ofuscamento Privacidade estímulos na
ao quente
monitor vista externa
Necessidades Conforto visual Conforto térmico Privacidade Não há
Ações /
Fechamento dos dispositivos de sombreamento interno, acionamento da iluminação e AC
Sistemas
Informações complementares
Uso da luz
Complementação / independe Independe
elétrica
Uso da luz
Nunca ou às vezes Às vezes ou sempre Nunca
natural
Ocorrências SIN, CTEC, SIN, ECT, CTEC e CTEC, SIN, IIF e
SIN e ECT SIN e ECT
predominantes ECT e IIF IIF ECT
Fonte: elaborados pela autora (2020).

122
4.2 OFUSCAMENTO

Os resultados são apresentados a seguir, de acordo com a estrutura apresentada nos


procedimentos.

4.2.1 Caracterização dos usuários

A maior parte de usuários foi do prédio da SIN (11 pessoas), seguido do ECT (3
pessoas), CTEC (2 pessoas) e IIF (2 pessoas) (Figura 4.136). Houve predominância de usuários
do gênero masculino (67%), e o gênero feminino correspondeu a 33% do total (Figura 4.137) e
a faixa etária dos usuários variou de 28 a 63 anos (Figura 4.138). A maioria dos usuários
possuíam algum tipo de problema visual, sendo miopia e astigmatismo os mais recorrentes
(Figura 4.139). A amostra não foi suficiente para estabelecer correlações entre gênero, idade,
problema visual e opinião do usuário.

Figura 4.136 - Número de usuários por Figura 4.137 - Classificação de gênero nas salas
edificação. estudadas na segunda etapa.

Figura 4.138 - Idade dos usuários.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

123
Figura 4.139 - Classificação e ocorrências dos problemas visuais dos usuários.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Os usuários normalmente trabalharam com monitor com fundo de tela branco (Figura
4.140). A atividade desempenhada pela maioria dos usuários foi digitação e leitura, digitação,
e projeto, digitação, leitura e escrita (Figura 4.141).

Figura 4.140 - Cor do fundo de tela do Figura 4.141 - Atividade desempenhada.


monitor.

Fonte: elaborados pela autora (2020).

As possíveis razões para o desconforto visual por ofuscamento identificadas por meio
da observação in loco foram:

124
 Entrada de luz natural direta (sala 226 CTEC60, sala 20961 IIF, sala 5162 ECT);
 Brilho do céu (sala vice-diretor63 IIF64);
 Reflexões do entorno (sala 2865, SIN).
 Luz refletida pelo monitor66 (salas 19, 39 e 40 SIN).
A posição dos usuários foi bastante variável nas salas em relação à janela: a maioria dos
usuários tem posição posterior (42%), lateral (25%), lateral e frontal (17%), lateral e posterior
(8%) e frontal (8%), conforme Figura 4.142.

Figura 4.142 – Posição do usuário em relação à janela na sala.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.2.2 Caracterização dos ambientes e tipo de céu

As salas tiveram orientação de fachada Norte (ECT, IIF e SIN), Sul (ECT e SIN), Oeste

60
O sistema de brises possui muitas perfurações proporcionando a entrada de luz natural direta (CTEC),
que gera incômodo principalmente nas salas com orientação Oeste. A envoltória já está aquecida quando incide a
luz natural direta na fachada Oeste.
61
Entrada de luz natural direta, o sol bate na mobília segundo o usuário. O sol está no campo de visão
periférico do usuário e no bureau (IIF).
62
Entrada de luz solar direta no campo de visão do usuário somente durante um período do ano, segunda
quinzena de maio e início de junho (ECT).
63
O usuário reclama da luz direta no bureau no horário da manhã e no sofá aonde ele se deita para o
cochilo no horário do almoço (IIF).
64
Há muita radiação solar difusa e reflexão das nuvens (IIF).
65
Luz refletida por automóveis no estacionamento da SIN com reflexão direta no campo de visão de pelo
menos dois usuários desta sala (SIN).
66
Luz refletida pelo monitor devido ao layout inadequado, paredes com alta refletância e ampla área de
céu visível (SIN).
125
(CTEC) e Nordeste (IIF) (Figura 4.143). O PAF foi 92% do tamanho médio (CETC, IIF e SIN),
e 8% grande (ECT) (Figura 4.144). O FCV é 50% médio (CTEC, IFF, SIN) e 50% pequeno
(ECT e SIN) (Figura 4.145). Os vidros foram claros e simples, sem especificação específica, e
se estima fator de transparência do vidro entre 66% e 99% (Figura 4.146).

Figura 4.143 – Orientação de fachada. Figura 4.144 –PAF.

Figura 4.145 - FCV. Figura 4.146 - Fator de transparência do vidro.

Fonte: elaborados pela autora (2020).

O céu típico para a cidade de Natal é o parcialmente nublado (66%), seguido de nublado
(30%) e claro (4%), conforme Figura 4.147.

126
Figura 4.147 – Ocorrências de tipo de céu.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A luminância máxima de zênite foi de 21.513cd/m² em geral, e de 20.811cd/m² para os


dias parcialmente nublado. As luminâncias máximas e mínimas de zênite ocorreram às 12h,
conforme Figura 4.148.

Figura 4.148 – Luminância de zênite x hora

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Os horários com maiores ocorrências de céu parcialmente nublado foram: 6h, 7h, 17h,
15h e 16h. Os horários com menores ocorrências de céu parcialmente nublado foram: 11h e 12h
(Figura 4.149).

127
Figura 4.149 – Ocorrências de céu parcialmente nublado das 6h às 17h.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.2.3 Desempenho luminoso

Observou-se que a maioria dos usuários tem uma causa de desconforto que não é
momentânea, dificultando a determinação de diferentes perfis de interação com os sistemas,
pois a maioria tende a não interagir. Este fato interfere diretamente na frequência de interação
dos usuários em relação aos dispositivos de sombreamento, que esteve diretamente relacionada
com a variação temporal da causa (condutor) do ofuscamento. Quando a causa para o
ofuscamento teve variação horária ou anual, como foi o caso da incidência de luz natural direta,
observou-se uma frequência de interação conforme o desconforto visual foi percebido. Quando
a causa acarretou um incômodo constante, como foi o caso do brilho do céu, observou-se que
o dispositivo de sombreamento permaneceu fechado ou raramente foi aberto. Com o
fechamento dos dispositivos de sombreamento, o desconforto visual por ofuscamento externo
desapareceu, e a fonte de luz com maior claridade passou a ser a luz artificial, que não ocasiona
desconforto nos usuários devido à fonte de maior brilho estar no campo acima de 90º (Quadro
4.3).

128
Quadro 4.3 – Síntese das características dos ofuscamentos.
Código Orientação Fonte de Frequência de Variação
Prédio Causa/Condutor
usuário da janela ofuscamento acionamento temporal
Dispositivo de
Sem causa Sem causa sombreamento fechado
6_fec
aparente aparente mediante o desconforto
visual aumenta
Variação
6_ab
horária
Diária, uma a duas
6'_ab vezes a partir das
Oeste
6_int 15h30min
Luz natural
6'_int
direta
39_ab Acionamento
CTEC 39_ab Fechamento gradativo em julho, à
Contraste mediante a incidência tarde, com
39_ab excessivo ou de luz natural direta no variação
39_int níveis de brilho plano de trabalho. O horária,
inaceitáveis desconforto por durante
ofuscamento ocorre a incidência de
39_fec partir das 15h30min luz natural
direta
Norte Brilho do céu Somente no
39_ab período de
Não aciona incidência de
39_ab luz natural
direta
IIF 65_ab Sempre aberto.
Aproveitamento total
de luz natural. Só
aciona no período de
Contraste incidência de luz
excessivo ou natural direta e mesmo Variação
Nordeste Brilho do céu
IIF 65_int níveis de brilho assim tende ao semestral
inaceitáveis aproveitamento
máximo possível da luz
natural com os
dispositivos de
sombreamento abertos.
Fonte: elaborado pela autora (2020).

129
Quadro 4.4 – Síntese das características dos ofuscamentos.
Código Orientação Fonte de Frequência de Variação
Prédio Causa/Condutor
usuário da janela ofuscamento acionamento temporal
SIN 88_ab Contraste
Norte
SIN 86_int excessivo ou Sempre fechado com luz
Brilho do céu
níveis de brilho artificial acesa
SIN 98_ab Sul inaceitáveis
SIN 87_fec
SIN 88_fec Brilho do céu Desconforto visual
Sempre fechado com luz
SIN 88_int Norte com reflexo na devido ao reflexo
artificial acesa
SIN 88_int persiana na persiana
SIN 86_fec
SIN 102_ab Abre o dispositivo de
Sul
SIN 102_ab sombreamento
SIN 74_ab
SIN 74_ab
SIN 74_int Brilho do céu
Reflexões no
com reflexo no
SIN 74_int monitor
monitor
SIN 75_ab
SIN 75_ab Norte
Sempre fechado com luz Incômodo
SIN 75_int
artificial acesa constante
SIN 75_int
SIN 87_ab Contraste
SIN 87_int excessivo ou
Brilho do céu níveis de brilho
SIN 86_ab
com reflexões inaceitáveis
SIN 86_int do entorno decorrentes de
reflexões no
SIN 99_ab
entorno
SIN 102_fec
SIN 102_fec Sul Abre o dispositivo de
SIN 102_int sombreamento
SIN 102_int
SIN 74_fec
Luz artificial Luz artificial
SIN 74_fec refletida refletida
Norte
SIN 75_fec Sempre fechado com luz
SIN 75_fec artificial acesa
SIN 98_fec
Sul
SIN 99_fec
Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.2.3.1 Iluminância

Constatou-se a predominância de níveis de iluminância suficientes de luz difusa para


realização de tarefas (acima de 500lux), uniformemente distribuída (diferenças aceitáveis entre
as máximas e mínimas) (Figura 4.150 a Figura 4.152). A maior parte dos valores de iluminância

130
foram abaixo dos 2.000lux, com exceção das salas onde tem incidência de luz natural direta67.
Houve uma maior diferença entre os valores de iluminância mínima, média e máxima para as
salas com incidência de luz natural direta68. Os valores mais baixos69 corresponderam a
medições em condições de céu nublado. Os valores intermediários foram observados para as
salas com incidência de luz natural direta70 e brilho do céu com reflexões no monitor71. Os
usuários com percepção visual da luz natural em excesso foram das salas onde houve incidência
de luz natural direta72, reflexões do entorno73 e reflexo no monitor74. A percepção visual
excessiva (4) ocorre para os usuários que tem incidência de luz natural direta75.
A iluminância não apresentou correlação com o ofuscamento (Figura 4.153 a Figura
4.155): foi possível ter desconforto visual intolerável, ou mesmo não ter desconforto algum,
para baixos valores de iluminância.
A regulagem da cortina reduziu o desconforto visual: quanto mais fechada, menor o
desconforto, sem grandes reduções de iluminância (com exceção para os casos de entrada de
luz direta) visual (Figura 4.153 a Figura 4.155).

67
6_int, 6’_int, 65_int, 6’_ab, 6_ab, 39_ab, 65_ab.
68
Sala 209 do IIF usuário 65_ab (17.200lux), sala 51 ECT usuário 39_ab (7.500lux), sala 226 CTEC
usuária 6_ab (3.940lux).
69
74_ab e 75_ab. A sala 19 da SIN teve medições realizadas em dois dias
70
6´_int, 6´_ab, 6_int.
71
102_ab, 75_ab, 99_ab.
72
6_ab coordenação, 6´_ab reunião, 39_ab, 65_ab.
73
86_ab sala 28, SIN. Usuário que visualiza reflexão especular do entorno em seu campo visual e tem
uma maior sensibilidade à luz devido a uma cirurgia oftalmológica.
74
74_ab sala 19 SIN (reflexo diretamente no monitor no campo central de 30º), 99_ab sala 39 SIN (além
do reflexo no monitor tem o brilho do céu no campo periférico lateral esquerdo).
75
6’_ab reunião, 6_ab, 39_ab, 65_ab.
131
Figura 4.150 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 18.000 lux).

Fonte: elaborado pela autora (2020).

132
Figura 4.151 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 2.000 lux).

Fonte: elaborado pela autora (2020).

133
Figura 4.152 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 1.000 lux).

Fonte: elaborado pela autora (2020).

134
Figura 4.153 – Iluminância máxima x desconforto Figura 4.154 – Iluminância máxima x desconforto Figura 4.155– Iluminância máxima x desconforto
visual para o estágio de sombreamento aberto. visual para o estágio de sombreamento visual para o estágio de sombreamento fechado.
intermediário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

135
4.2.3.2 DGI e DGP

O DGI apresentou ofuscamento imperceptível para a maioria dos casos (índice inferior)
(Figura 4.156). Apenas duas salas76 tiveram o DGI classificado como perceptível: em uma delas
houve ofuscamento por meio das reflexões do entorno77 e na outra houve incidência de luz
natural direta78. Os maiores valores de DGI foram para as salas com luz natural direta79,
reflexões do entorno80 e reflexo no monitor81. Duas salas tiveram valores de DGI negativos82,
que podem ocorrer quando os valores de luminância são muito baixos83, sendo que uma das
salas foi medida com o céu nublado e baixas condições de luminosidade84.

Figura 4.156 - DGI x usuário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A comparação de DGI com as razões de luminância dos campos de visão 30º, 60º e 90º
não demonstra correlação linear (Figura 4.157), sendo que o campo de 90º teve uma maior
influência em relação ao DGI, considerando a luminância de fundo na equação de cálculo.

76
Sala 28 SIN (88_ab, 88_int) e sala 226 coordenação CTEC (6_ab, 6_int).
77
88_ab, 88_int sala 28 SIN.
78
Sala 226, coordenação, CTEC.
79
6_ab, 6_int coordenação, 65_ab.
80
88_ab, 86_int, 87_ab sala 28, SIN.
81
98_ab, 99_ab sala 39, SIN, 74_ab, 74_int sala 19, SIN.
82
75_int, sala 19, SIN e 86_fec, sala 28, SIN.
83
Segundo Jan Wienold, por meio de conversa por email, o programa pode algumas vezes gerar um valor
negativo para DGI quando a luminância do ambiente é muito baixa
84
Sala 19, SIN.
136
Figura 4.157 - DGI x Rlum (30º, 60º e 90º).

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Quase todos as amostras de DGP foram classificados como imperceptível, e somente


um caso foi considerado perturbador, devido a incidência de luz natural direta (Figura 4.158).

137
Figura 4.158 - DGP x usuário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A comparação de DGP com as razões de luminância de 30º, 60º e 90º demonstrou que
não há relação direta entre DGP e Rlum (Figura 4.159). Os valores mais distantes da linha de
tendência linear corresponderam aos casos de incidência de luz natural direta, brilho do céu
com reflexões no entorno e brilho do céu com reflexo no monitor.

138
Figura 4.159 - DGP x Rlum para os campos de visão 30º, 60º e 90º.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

O DGI e o DGP somente apresentaram convergência com o desconforto visual do


usuário em condição de dispositivos fechados (Figura 4.160 e Figura 4.161). Entretanto, os
índices não acompanharam a opinião dos usuários à medida que se abriram os dispositivos e a
sensação de desconforto aumenta. DGPs inferiores a 0,10 causaram desconforto perceptível e
perturbador, e acima de 0,10 causaram desconforto intolerável, contrariando as faixas de DGP
mais adaptadas aos trópicos, como da Indonésia (MANGKUTO et al., 2017, p.161). Além
disso, não foi encontrada uma relação direta entre DGI e DGP com as opiniões dos usuários.

139
Figura 4.160 – Relação entre DGI e desconforto visual para área de céu visível pela janela com
dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto.
Fechado Entreaberto Aberto

Figura 4.161 – Relação entre DGP e desconforto visual para área de céu visível pela janela com
dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto.
Fechado Entreaberto Aberto

Classificação do 
Legenda ofuscamento DGP
1 Imperceptível  <0,35
2 Perceptível 0,35‐0,40
3 Perturbador 0,4‐0,45
4 Intolerável >0,45
Fonte: elaborado pela autora (2020).

140
As exceções foram:
 sala 226 do CTEC usuária de número 6, onde o DGP foi classificado como
perturbador e o DGI foi classificado como perceptível, sendo que houve
incidência de luz natural direta durante praticamente todo o período da tarde,
sendo reportado o horário das 15h30min às 17h como o período de percepção
do ofuscamento (Figura 4.162 e Figura 4.163)
 sala 28 da SIN, somente para o usuário 88 (os demais consideraram
imperceptível), sendo que houve muito brilho do céu que ocasiona muitas
reflexões do entorno (Figura 4.164).

Figura 4.162 - Sala de coordenação 226, CTEC, Figura 4.163 - Sala de reunião 226, CTEC,
usuária 6, com persianas abertas. usuária 6, com persianas abertas.

Fonte: Carvalho, Costa (2020).

Figura 4.164 - Sala 28 SIN usuário 88 com persianas abertas.

Fonte: Carvalho, Costa (2020).

Duas salas tiveram DGI negativos devido à baixa luminância das fontes de ofuscamento,
associada ao ofuscamento refletido pelo monitor, neste caso o dispositivo de sombreamento
esteve fechado (Figura 4.165 e Figura 4.166).

141
Figura 4.165 - Usuária de número 75, persiana Figura 4.166 - Usuário de número 86, persiana
entreaberta, luz artificial acesa. fechada luz acesa.

Fonte: Carvalho, Medeiros (2020). Fonte: Carvalho, Costa (2020).

142
4.2.3.3 Razão de luminância nos campos visuais

A Rlum nos campos visuais variou bastante devido ao alto contraste que ocorre em razão
das refletâncias das superfícies. O campo de 30º é composto normalmente por materiais com
refletâncias escuras, correspondente a equipamentos como monitor, teclado e CPU, enquanto
os valores máximos de luminância geralmente presentes nos campos de 90º e 60º
corresponderam em boa parte dos casos a visão para o brilho do céu. A Rlum variou de 3 para
3245.
O desconforto visual classificado como intolerável (4) ocorreu para os usuários
localizados nas salas onde houve incidência de luz natural direta. O desconforto visual
classificado como perturbador (3) foi observado nas salas onde houve reflexões do entorno,
reflexo no monitor e brilho do céu. O desconforto visual reportado como perceptível (2) e
imperceptível (1) tiveram na maioria dos casos os usuários com estágio de sombreamento
intermediário e fechado, com exceção do usuário 88 da SIN85, que não sentiu desconforto apesar
dos altos valores de Rlum medidos, e do usuário 39 do ECT86 cujo desconforto é imperceptível
nos dias em que não há incidência de luz natural direta87.
A opinião do usuário variou conforme o estágio de sombreamento que regula a
quantidade de céu visível: existiu uma ampla variação de Rlum para cada classificação de
desconforto visual relatado pelos usuários (Figura 4.167). Constatou-se que havia diferenças de
visualização de brilho para cada campo visual dos usuários, devido a uma maior sensibilidade
oftalmológica de um dos usuários da sala 2888 da SIN.

85
Sala 28.
86
Sala 51.
87
A incidência de luz natural direta nesta sala é somente durante um período do ano, o restante do ano o
usuário não sente desconforto e deixa os dispositivos de sombreamento abertos.
88
Usuário 88, desconforto visual 2. Usuário 87 e 86, desconforto visual 3. O detalhe é que o usuário 88
foi exposto a uma razão de luminância superior à dos outros colegas de sala. Entretanto o usuário 86 apresentava
maior sensibilidade visual devido a uma cirurgia oftalmológica recente e visualizava maiores reflexões oriundas
dos automóveis estacionados no entorno. Todos os usuários desta sala estavam posicionados de forma semelhante
em relação à janela.
143
Figura 4.167 – Rlum x desconforto visual para cada usuário por campo de visão.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

144
Não foram constatadas correlações da opinião do usuário em relação aos campos de
visão a 30º, 60º e 90º e variação de Rlum máxima e mínima (Figura 4.168).

Figura 4.168 – Rlum para todos os campos de visão (30º, 60º e 90º) x desconforto visual.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Os maiores valores de Rlum no campo de 90º foram devido ao brilho do céu com
reflexões do entorno89, e reflexo no monitor90 (Figura 4.169), com opiniões variando de
perceptível a perturbador.

89
88_ab, 88_int, 87_ab, 86_ab, 86_int
90
74_int
145
Figura 4.169 - Rlum para campos visuais para 90º x desconforto visual.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Os maiores valores de Rlum para o campo de 60º ocorreram devido a reflexões do


entorno91, brilho do céu refletido nas nuvens92 e luz natural direta93 (Figura 4.170). Observou-
se que os valores de Rlum para o usuário de número 88 com persiana entreaberta para luz
artificial apagada e acesa foram maiores que os valores com a persiana aberta, considerando
que houve reflexão da luz nas aletas das persianas. A sala 28 da SIN teve os maiores valores de
Rlum por conta das reflexões do entorno. Os valores intermediários de Rlum para o campo de
60º, foram: a sala de coordenação 226 do CTEC com a persiana entreaberta, onde houve muita

91
88_int, 87_ab, 88_ab, 86_int, 86_ab.
92
98_ab.
93
6_int
146
incidência de luz natural direta; sala 39 da SIN onde existiu muito brilho do céu refletido nas
nuvens, que incidiu no campo de visão periférico lateral do usuário; e para a sala 28 da SIN
persiana aberta e entreaberta. Os maiores valores de Rlum ocorreram para o desconforto
reportado como 2 e 3. Apesar do 2 ter altos valores de Rlum, não foi considerado um
ofuscamento perturbador ou intolerável devido à área de céu visível ser menor, o sombreamento
estava fechado ou em posição intermediária. O desconforto de 3 teve uma área de céu visível
maior para alguns usuários94 com sombreamento intermediário ou fechado.

Figura 4.170 - Rlum para campos visuais para 60º x desconforto visual.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Os valores mais altos de Rlum para o campo de 30º ocorreram devido a reflexões do

94
87_ab e 86_ab
147
entorno, algumas vezes combinadas com reflexões especulares provenientes de automóveis no
estacionamento95 e brilho do céu refletido nas nuvens96. Estas razões de luminância foram as
mais baixas para todos os campos de visão, entretanto observa-se que o campo de 30º tem uma
grande influência na percepção do usuário (Figura 4.171).

Figura 4.171 - Rlum para campos visuais para 30º x desconforto visual.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Em alguns casos de alta Rlum, não houve registro de desconforto visual (imperceptível).
Na maioria dos casos com desconforto visual por ofuscamento de níveis 1 e 2 as persianas
estiveram fechadas ou em estágio intermediário, indicando uma menor área de céu visível e

95
88_int, 88_ab, 87_ab e 87_int.
96
98_ab.
148
consequentemente um menor brilho de céu. Houve usuários que classificaram o seu desconforto
visual como perturbador97, entre perturbador e intolerável98 e intolerável99 (Figura 4.172 a
Figura 4.175). No caso do usuário 74 da sala 19 da SIN, observou-se que os maiores valores de
luminância vem no campo lateral periférico a 90º do usuário, indicando que a principal causa
de ofuscamento no campo de visão do usuário foi o brilho do céu (Figura 4.177).

Figura 4.172 - Sala 28 SIN, usuário 88, persiana Figura 4.173 - Sala 28, SIN, usuário 74, foto em
aberta. false color indicando luminância máxima na
janela.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Figura 4.174 - Sala 19, SIN, usuário 74, Figura 4.175 - Sala 28, SIN, usuário 86, luz
sombreamento aberto, luz artificial apagada, céu artificial apagado sombreamento aberto.
com melhores condições de luminosidade.

Fonte: Carvalho, Medeiros (2020). Fonte: Carvalho, Costa (2020).

97
102_ab.
98
39_ab (sem luz natural direta).
99
6_ab, e 39_ab (com luz natural direta).
149
Figura 4.176 - Sala 28, SIN, usuário 88, luz Figura 4.177 - Sala 40, SIN, usuário 102, luz
artificial acesa, sombreamento entreaberto. artificial apagada, sombreamento aberto.

Fonte: Carvalho, Costa (2020). Fonte: Carvalho, Costa (2020).

As diferenças de preferências e tolerâncias dos usuários de uma mesma sala variou


devido a posição do usuário dentro da sala e diferentes FCV, horário de medição e questões
fisiológicas que interferem na percepção dos usuários.

4.2.3.4 Razão de luminância entre monitor e campos visuais

As Rlum entre o monitor e as luminâncias extremas nos campos visuais foram inferiores
a 120, em sua maioria, e muito menores que os extremos de razões de luminância encontrada
no campo visual (análise anterior).
O aumento de Rlum para os campos de 30° e 60° aumenta o desconforto dos usuários
com visualização de brilho de céu, enquanto que acima de 60° é pouco significativo (Figura
4.178): as altas luminâncias lateralmente e acima da altura da linha de visão do usuário não
implicaram em desconforto (Figura 4.179 e Figura 4.180), à exemplo do usuário 88_ab (sala
28, SIN, Figura 4.181).

150
Figura 4.178 – Usuários com visualização do Figura 4.179 – Medição pré-ajuste de 39_ab.
brilho do céu.

Figura 4.180 – Medição pós-ajuste de 39_ab. Figura 4.181 – Medição pré-ajuste de 88_ab.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

O brilho de céu refletido no monitor (Figura 4.182) demonstra influência do aumento


da luminância do campo periférico no aumento do desconforto, com exceção do usuário 74_int
cujo Rlum foi superior aos demais, ainda que seu desconforto tenha sido imperceptível. A
luminância máxima veio do campo periférico a 90º, acima da altura da linha de visão do usuário
(Figura 4.183).

151
Figura 4.182 – Brilho do céu refletido no monitor. Figura 4.183 – Usuário 74_int.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

O aumento da Rlum causadas pelo brilho de céu refletido na persiana tende a aumentar
o desconforto nos três campos de visão (Figura 4.184), enquanto o aumento devido às reflexões
do entorno se relaciona mais com as alterações nos campos de 30º e 60°, o campo de 90º
permanece praticamente constante (Figura 4.185).

Figura 4.184 – Brilho do céu refletido na Figura 4.185 –Brilho do céu com reflexões do
persiana. entorno.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

152
As razões de luminância decorrentes da entrada de luz solar direta não apresentam
relação com a opinião dos usuários, que variou de imperceptível a intolerável para razões
similares (Figura 4.186). A luz artificial refletida causou baixíssimas razões de luminância para
todos os usuários.

Figura 4.186 – Luz natural direta. Figura 4.187 - Rlum em relação ao monitor para
a causa de luz artificial refletida e opinião do
usuário.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.2.3.5 Organização espacial

O desconforto percebido pelo usuário apresentou uma relação entre a causa e a posição,
analisados separadamente a seguir. A posição de janela mais recorrente como causa de
ofuscamento foi atrás do usuário, seguido de frente e lateral (Figura 4.188). O período com
maior percepção de ofuscamento foi pela manhã, seguido de dia inteiro e tarde (empatados) e,
por último, sem percepção e manhã e início da tarde (Figura 4.189).

153
Figura 4.188 – Ocorrências de ofuscamento em relação à posição da janela no campo visual.

Figura 4.189 - Período de percepção do ofuscamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

Brilho de céu
O ofuscamento por brilho de céu tende a ocorrer para as posições lateral, frontal e de
costas inclinado em relação à janela. O brilho de céu refletido nas nuvens (Tabela 4-1) foi alto
para o campo visual de 90º, na maioria dos casos, enquanto as salas 51 ECT e 39 SIN ocorreram
no campo visual de 60º. O desconforto visual foi mais influenciado pelos campos de 90 e 60º,
como imperceptível para Rlum entre 69 e 77, e perturbador para Rlum de 64, respectivamente.
A maioria das salas da SIN apresentou muitas ocorrências de brilho do céu, que ocasionou
reflexão para o monitor de acordo com o layout (Figura 4.190 e Figura 4.193), ou de elementos
do entorno da edificação, como automóveis no estacionamento no campo de visão do usuário
(Figura 4.194 a Figura 4.195).

154
Tabela 4-1 - Ofuscamento por brilho de céu.
Rlum como monitor
Percepção de
Usuário Posição Campo de Campo de Campo de
desconforto
30° 60° 90°
39_ab Lateral 1 2 8 69
39_ab Lateral 1 4 12 77
39_fec Lateral 1,5 0 39 39
86_int Frontal 2 1 8 22
88_ab De costas inclinado 2 35 57 91
98_ab De costas inclinado 3 52 64 64

Figura 4.190 - Vista geral da janela da sala 19. Figura 4.191 -Imagem em lente olho de peixe da
posição do usuário de número 86.

Figura 4.192 - Vista da janela da sala 28, com a Figura 4.193 - Imagem em lente olho de peixe,
persiana entreaberta da posição da usuária de número 75.

Figura 4.194 -Vista da janela da sala 28. Figura 4.195 - Vista da janela da sala 28, com a
persiana entreaberta.

Fonte: elaborados pela autora (2020).

155
Brilho de céu refletido nas persianas
O brilho de céu refletido nas persianas causou desconforto para as posições de costas
para a janela e frontal (Tabela 4-2). Geralmente os valores mais altos de razão de luminância
foram para o campo de 60º, todos da sala 28, com destaque para as reflexões do entorno,
principalmente dos automóveis no estacionamento. O brilho de céu com reflexo na persiana
causou desconforto visual perceptível apenas nas situações com as razões de luminâncias mais
altas nos três campos visuais.

Tabela 4-2 - Brilho de céu refletido nas persianas.


Rlum como monitor
Percepção de
Usuário Posição Campo de Campo de Campo de
desconforto
30° 60° 90°
74_int De costas 1 1 1 4
87_fec Frontal 1 2 3 3
86_fec Frontal 1 1 3 3
88_fec Frontal 1 2 17 17
88_int Frontal 2 41 97 97
88_int Frontal 2 47 116 116
Fonte: elaborado pela autora (2020).

Reflexo no monitor
O brilho de céu refletido no monitor demonstrou a influência do aumento da luminância
no campo periférico no aumento do desconforto, com exceção do usuário 74_int da sala 19,
cuja luminância máxima é proveniente do campo periférico de 90º, acima da altura da linha do
campo de visão do usuário. O brilho de céu refletido no monitor foi caracterizado por situações
com baixas razões de luminâncias nos campos de visão de 30 e 60° e alta razão no campo de
90° para quatro casos, ou seja, aproximadamente cerca de metade dos casos. As opiniões dos
usuários não apresentaram relação com as variações (Tabela 4-3).

Tabela 4-3 - Reflexo no monitor.


Percepção de Rlum como monitor
Usuário Posição
desconforto Campo de 30° Campo de 60° Campo de 90°
74_int De costas 1 2 2 48
75_ab De costas 2,5 3 6 6
75_ab De costas 2,5 3 8 8
75_int De costas 3 1 1 1
102_ab De costas 3 3 3 3
102_ab De costas 3 2 3 6
75_int De costas 3 1 9 34
74_ab De costas 3 1 1 36
74_ab De costas 3 2 2 44
Fonte: elaborado pela autora (2020).

156
A posição do usuário de costas para a janela foi mais influenciada quanto ao reflexo no
monitor, sendo que as posições de costas inclinado para a janela e frontal foram as mais
recorrentes de desconforto devido às reflexões do entorno.

Reflexões do entorno
Observa-se que as posições de costas inclinado para a janela e frontal são as mais
impactadas pelas reflexões do entorno. O brilho de céu com reflexões do entorno foi sempre
perturbador quanto ao desconforto visual, mesmo em condições com razões de luminância
inferiores a 51, enquanto valores próximos foram considerados imperceptíveis nos casos
anteriores.

Tabela 4-4 - Reflexões do entorno.


Rlum como monitor
Percepção de
Usuário Posição Campo de Campo de Campo de
desconforto
30° 60° 90°
99_ab De costas inclinado 3 1 10 38
86_int Frontal 3 1 44 44
87_int Frontal 3 17 17 45
86_ab Frontal 3 1 35 47
87_ab Frontal 3 17 51 51
Fonte: elaborado pela autora (2020).

Luz artificial refletida


A luz artificial refletida influenciou as posições de costas para a janela e de costas para
a janela inclinado, e não causou desconforto (Tabela 4-5).

Tabela 4-5 - Luz artificial refletida.


Percepção de Rlum como monitor
Usuário Posição
desconforto Campo de 30° Campo de 60° Campo de 90°
98_fec De costas inclinado 2 3 3 10
99_fec De costas inclinado 2 0 3 10
102_fec De costas 1 0 1 1
102_fec De costas 1 1 1 1
75_fec De costas 1 1 1 2
74_fec De costas 1 0 0 2
75_fec De costas 1 0 11 11
74_fec De costas 1 0 0 14
102_int De costas 2 1 1 1
102_int De costas 2 2 3 3
Fonte: elaborado pela autora (2020).

Luz natural direta


A influência da razão de luminância causada pela luz natural direta variou muito entre
opinião do usuário, mesmo de costas e lateral. Por exemplo, os usuários 65_ab e 39_ab tiveram
os maiores valores de Rlum, lateralmente e acima da altura da linha de visão do olho.

157
Tabela 4-6 – Luz natural direta.
Percepção de Rlum como monitor
Usuário Posição
desconforto Campo de 30° Campo de 60° Campo de 90°
6_int De costas 2 0 28 28
6_ab De costas 4 1 39 39
65_int Lateral 1 1 7 12
39_int Lateral 1,5 8 8 19
65_ab Lateral 3 15 15 69
39_ab Lateral 3,5 8 34 35
39_ab Lateral 4 11 14 14
39_ab Lateral 4 21 21 21
Fonte: elaborado pela autora (2020).

A entrada de luz natural direta foi observada em algumas salas durante alguns períodos
do ano e do dia. A sala 209 do IIF tem entrada de luz natural direta nos primeiros meses do ano,
nas proximidades da janela nos horários iniciais da manhã das 7h até aproximadamente 10h da
manhã. Como consequência, o usuário costumava deixar a persiana entreaberta para barrar parte
da entrada da luz natural direta. Após este período, o usuário costumava abrir totalmente a
persiana (Figura 4.196 a Figura 4.198).

Figura 4.196 - Vista geral da Figura 4.197 - Imagem Figura 4.198 - Vista frontal da
mesa onde o usuário se sentava gerada por meio de lente mesa do usuário da sala 209 do
na sala 209 do IIF. olho de peixe com vista da IIF com persiana entreaberta.
janela, da posição do usuário
na sala 209 do IIF.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

A sala 51 do ECT não teve entrada de luz natural direta durante quase todo o período
do ano (Figura 4.199). A luz natural direta, motivo do desconforto visual, foi noticiada em
junho, gerando desconforto visual para o usuário no período da tarde (Figura 4.200 e Figura
4.201), localizado na parte central próximo ao monitor para o lado esquerdo. Após às 16h, a luz
natural direta entrou no campo de visão do usuário, que acionou a cortina da janela do lado
esquerdo fechando-a pela metade (Figura 4.202). Normalmente a luz elétrica foi acionada a
partir das 16h. O outro ajuste foi a mudança da posição do monitor para bloquear a luz natural
direta no campo de visão do usuário.

158
Figura 4.199 - Sem incidência de luz natural Figura 4.200 - Início da incidência da luz natural
direta. direta.

Figura 4.201 - Período de maior incidência de Figura 4.202 - Acionamento da cortina.


luz natural direta.

Fonte: Carvalho, Medeiros (2020).

A sala 226 do CTEC teve entrada de luz natural direta todos os dias no período da tarde
(Figura 4.203 e Figura 4.204), porque os brises são perfurados (Figura 4.205 e Figura 4.206).

Figura 4.203 -Vista da sala de reunião da sala Figura 4.204 - Vista da sala de reunião da sala
226 do CTEC com a persiana aberta. 226 do CTEC com a persiana entreaberta.

Fonte: Carvalho, Costa (2020).

159
Figura 4.205 - Vista da janela da sala de Figura 4.206 - Vista do posto de trabalho da
reunião da sala 226. Do CTEC. usuária de número 6 da sala 226 do CTEC.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

4.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS: USUÁRIOS X OFUSCAMENTO

A informações levantadas inicialmente com 102 usuários foram combinadas com as


medições e análises detalhadas com 11 usuários (Quadro 4.5), que resultaram nas seguintes
constatações:
a) A organização espacial da sala muitas vezes foi comprometida pelo excesso de usuários em
sala, impossibilitando a organização de arranjos especiais adequados que favoreçam o
aproveitamento da luz natural, como é o caso por exemplo da SIN, cujas salas são
compartilhadas na maioria dos casos, com exceção da sala do superintendente. Os usuários
estão na maioria dos casos em frente à janela ou na posição lateral, destacando-se que os
usuários localizados em frente à janela geralmente abrem os dispositivos de sombreamento
devido ao aproveitamento da luz natural e o contato com o exterior. Os usuários sentados
até 3m da abertura tendem e fechar mais que os sentados entre 3 a 6m.
b) A posição de costas para a abertura (independentemente de estar paralelo ou inclinado)
tende a causar um desconforto por reflexo no monitor considerado perturbador,
independentemente da localização da fonte de brilho, pois o seu reflexo é visualizado no
campo de visão principal (30º).
c) O desconforto da posição lateral tende a ocorrer para luz natural direta no campo de visão
de 60º ou 90º, e brilho de céu no campo visual de 30°, se for refletido no monitor.
d) A posição frontal tende ao desconforto visual se o dispositivo de sombreamento não for
100% sombreado e se o brilho estiver no campo visual principal, enquanto a ocorrências
nos campos de 60º a 90º e acima da altura da linha de visão do usuário são ignorados.
e) As posições lateral, de cotas inclinado e de costas foram as mais suscetíveis ao desconforto

160
devido ao reflexo no monitor e consequente fechamento dos dispositivos de sombreamento.
f) O IIF é o único prédio que não tem usuários de costas para a janela, muito provavelmente
devido à presença das dunas na orientação Norte do prédio, servindo como estímulo para o
contato com o exterior.
g) A combinação da posição do usuário, orientação de fachada da janela, tipo de entorno e
causa de ofuscamento gera tendências como da SIN com desconforto devido ao brilho de
céu, usuários de costas para a janela e reflexo no monitor, com predominância de
dispositivos de sombreamento fechados, sem aproveitamento da luz natural (Figura 4.207).
h) Os edifícios que mais aproveitam a luz natural são o IIF e o ECT, apesar de haver durante
um período do ano a incidência de luz solar direta em algumas salas desses prédios (Figura
4.208).

161
Quadro 4.5 – Organização espacial.
Método de Posição do Frontal inclinada
Frontal (A) Lateral (C) De costas inclinado (D) De costas (E)
determinação usuário (B)
Acionamento
A maioria deixa aberto A maioria deixa
dispositivo de A maioria deixa fechado A maioria deixa aberto
ou fechado fechado
sombreamento
Aproveitamento da luz Contato com o exterior
Causa Aproveitamento Contato com o exterior
natural Contato com o exterior Complementação da luz
abertura da luz natural Aproveitamento da luz natural
Contato com o exterior artificial
Excesso de calor Ofuscamento
Ofuscamento Ofuscamento
Privacidade Ofuscamento Excesso de calor
Causa Privacidade Contraste com o
Ofuscamento Excesso de calor Contraste com o monitor
Questionário fechamento Contraste com o monitor monitor
Contraste com o Contraste Ausência de estímulos na vista
com 102 Excesso de calor Excesso de calor
monitor externa
usuários
ECT ECT ECT ECT
ECT
CTEC CTEC CTEC CTEC
Edifícios CTEC
IIF IIF IIF IIF
SIN
SIN SIN SIN SIN
Norte Norte
Norte
Sul Sul Norte
Orientação de Sul
Leste Oeste Sul
fachada Leste
Oeste Nordeste Oeste
Oeste
Nordeste
Luz artificial refletida
Brilho de céu com
Causa Luz artificial refletida Brilho de céu com
reflexo na persiana Sem usuário nesta
desconforto Radiação solar direta Brilho de céu reflexo no monitor
Brilho de céu com posição na fase de
visual Brilho de céu Brilho de céu com reflexões Luz natural direta
reflexões do entorno medições
(medições) no entorno Brilho de céu com
Medições Brilho de céu
reflexo na persiana
com 11
Tendência a maior Tendência de menor
usuários
incômodo se estiver na Não houve incômodo se a fonte maior de Qualquer ponto com brilho no céu, a depender do ângulo
altura da linha de visão usuário nessa brilho estiver na visão sólido, em qualquer altura e campo de visão, muito
Campo visual
do usuário para posição na fase de periférica lateral acima da provavelmente irá atingir o monitor no campo central e
qualquer um dos medições. altura da linha de visão do gerar um grande desconforto
campos usuário
Fonte: elaborado pela autora (2020).

162
Figura 4.207 – Relação entre a posição do usuário e as causas para abertura do dispositivo de sombreamento.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

163
Figura 4.208 – Relação entre os prédios e o aproveitamento da luz natural.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

164
As recomendações de layout para a posição do usuário são (Quadro 4.6):
a) Usuário na posição de costas e de costas inclinado para a janela devem ser evitados
ao máximo, pois essa posição favorece o contraste com o monitor, que se torna algo
perturbador para o usuário por ser visualizado no campo de 30º.
b) Usuários na posição frontal e frontal inclinado próximos à janela devem ter um
dispositivo de sombreamento eficiente para barrar a radiação solar direta e um fator
de obstrução do entorno que permita a entrada de radiação solar difusa, e proteja da
incidência de brilho na altura da linha de visão do usuário, principalmente no campo
de visão de 30º frontal;
c) Usuário na posição lateral ao lado da janela deve ter um dispositivo de
sombreamento eficiente para barrar a radiação solar direta, com um fator de
obstrução do entorno que permita a entrada de radiação solar difusa, e proteja da
incidência de brilho na altura da linha de visão do usuário. A detecção de brilho no
campo lateral periférico, acima da altura da linha de visão do usuário não gera
incômodo;

165
Quadro 4.6 – Recomendações de layout para aproveitamento da luz natural conforme a posição do
usuário.
Posição do usuário Recomendação Motivo Exemplos de salas
Frontal (A) Evitar quando o Fonte de brilho na altura do
incômodo maior campo de visão do usuário
for no campo
frontal

Favorecer quando Fonte de brilho acima da


o incômodo for altura do campo de visão do
reduzido no usuário
campo frontal

Frontal inclinado (B) Semelhante ao frontal (A) apesar de não ter sido feita medição nesta posição
Lateral (C) Favorecer quando Fonte de brilho localizada no
o incômodo for campo lateral periférico,
reduzido no acima da altura da linha de
campo lateral visão do usuário
periférico
Projetar Entrada de luz natural direta
sombreamento
eficiente

De costas (D) Evitar sempre Contraste com o monitor

De costas inclinado
(E)

Fonte: elaborado pela autora (2020).

166
CONCLUSÕES

Os procedimentos de caracterização das causas dos fechamentos dos dispositivos de


sombreamento internos evidenciaram o excesso de brilho externo como o principal obstáculo
ao uso da luz natural e à vista do exterior, devido ao desconforto luminoso. O atendimento à
recomendação principal, que é o sombreamento externo eficaz, não foi suficiente para preservar
os dispositivos internos abertos para a maioria dos usuários. Apenas 31% dos usuários
mantiveram os dispositivos permanentemente abertos, enquanto 44% mantiveram
permanentemente fechados e 17% os regularam ao longo do dia. A análise com 102 usuários
comprovou que os dispositivos de sombreamento foram fechados por causa do ofuscamento no
campo de visão (36%), contraste ou reflexo no monitor (33%), desconforto térmico (12%) e
privacidade (12%), e vista externa desinteressante (7%). A análise detalhada com os usuários
que interagem com os sistemas de sombreamento interno possibilitou comprovar as formas de
brilho que causam o fechamento dos dispositivos internos: brilho de céu no campo visual do
usuário (26%), reflexo no monitor (32%), brilho refletido no entorno (16%) e brilho e/ou calor
devido à entrada de luz natura direta (26%) devido às limitações do sistema de sombreamento
externo. Ainda que amostra tenha sistemas de sombreamento externo insuficiente para barrar a
luz natural, como do CTEC, a maior frequência de dispositivos fechados aconteceu justamente
onde os elementos de sombreamento externo foram eficazes (SIN). Ou seja, a amostra
proporcionou uma abrangência de casos suficiente para reconhecer o brilho como a principal
causa do fechamento sobretudo quando não há entrada de luz direta.

5.1 PREFERÊNCIAS E PERCEPÇÕES DOS USUÁRIOS QUANTO AO APROVEITAMENTO DA LUZ


NATURAL E ACIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE SOMBREAMENTO E LUZ ARTIFICIAL

Os usuários se demonstraram sensíveis ao uso da luz natural no questionário e a maioria


se mostrou satisfeita com sua disponibilidade (apenas aproximadamente 10% se mostraram
insatisfeitos), porém o aproveitamento da luz natural e o contato com o exterior foram
predominantes para manter o dispositivo interno aberto para a maioria das edificações. Apenas
a edificação com maior fechamento das aberturas devido ao reflexo no monitor, a SIN,
apresentou muita baixa motivação para aproveitamento de luz natural devido à natureza do
trabalho dos usuários, formada por projetistas usuários de aplicativos de CAD.
O uso da luz artificial foi proporcional ao fechamento, variando de 83% para em
condição de dispositivo fechado à 52% para dispositivos abertos. Ou seja, houve uma economia
167
de consumo de energia destinada à iluminação artificial de quase 50% ao manter o dispositivo
de sombreamento interno aberto.
O tipo de ofuscamento influenciou na frequência de interação do usuário com os
dispositivos de sombreamento interno e acionamento da luz artificial. O ofuscamento causado
pelo brilho do céu ocasionou um incômodo regular que levou os usuários a fecharem sempre
os sistemas de sombreamento interno. O ofuscamento causado pela incidência de luz solar
direta apresentou uma variação temporal (horária ou anual), que influenciou na abertura ou
fechamento dos dispositivos de sombreamento.
A pouca ocorrência de interação dos usuários com os dispositivos de sombreamento
também pode ser atribuída à eficácia do sistema de abertura e seu sombreamento externo, que
evitaram o brilho excessivo e as variações de iluminação ao longo do dia e ao longo do ano.
Por exemplo, os cruzamentos das respostas do questionário mostraram que a falta de
acionamento dos dispositivos de sombreamento interno não corresponde necessariamente à
falta de interação com a abertura, mas sim de ajustes longevos porque a causa do desconforto
não mudava, à exemplo das aberturas protegidas eficazmente da luz direta. Os ajustes se
tornaram necessários quando os dispositivos foram alterados ou quando houve uma entrada de
luz acidental, como por reflexão de superfície externa.

5.2 APLICABILIDADE DOS ÍNDICES DE AVALIAÇÃO DE OFUSCAMENTO POR MEIO DA

COMPARAÇÃO COM A OPINIÃO DOS USUÁRIOS

Os critérios internacionais mais usados para avaliar o desempenho da luz natural quanto
ao ofuscamento, DGP e DGI, não se mostraram adequados, visto que não apresentaram
correlação com a opinião dos usuários e subestimaram o desconforto percebido. DGPs
inferiores a 0,10 causaram desconforto perceptível e perturbador, e acima de 0,10 causaram
desconforto intolerável, contrariando as faixas de DGP mais adaptadas aos trópicos, como da
Indonésia (MANGKUTO et al., 2017, p.161), cujo índice de perturbador é acima de 0,22
enquanto que o original é superior a 0,4. De fato, o céu de Natal é significativamente mais
luminoso do que os lugares com escala de DGP adaptadas, demonstrando a carência de uma
escala apropriada para Natal-RN e similares, à exemplo de Painter, Mardaljevic e Fan (2010,
p.158).
A iluminância não foi parâmetro suficiente para caracterizar ofuscamento, pois as
percepções podem variar de imperceptível a perturbador para valores muito próximos de
iluminação, entre 300 e 4.000 lux. Apenas as condições de iluminância acima de 6.000lux
168
demonstraram coincidir com o desconforto percebido pelos usuários.
As variações máximas de razão de luminância no campo visual não foram suficientes
para caracterizar ofuscamento e produziram valores muito acima do recorrente em norma
(razões acima de 1.000). A aplicação de razões de luminância em relação ao monitor
(considerado com 100cd/m²) reduziram as razões para valores compatíveis às recomendações,
e demonstram uma tendência de acompanhar o desconforto luminoso de acordo com o aumento
nos campos visuais de 30° e 60°, enquanto foi pouco significativo acima de 60°.

5.3 INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO ESPACIAL NA PERCEPÇÃO DO DESCONFORTO VISUAL

O desconforto visual causado pelo ofuscamento apresentou uma relação quanto à sua
natureza e a posição do usuário, porém o sistema de sombreamento externo deve ser eficaz em
todas as situações. Usuários em frente ou de lado da janela tendem ao desconforto para
ocorrência de brilho no campo visual principal de até 30°, enquanto ocorrências nos campos
periféricos (de 30º a 90º) e acima da altura da linha de visão do usuário são menos percebidos.
Ambas as posições são as mais recorrentes para abertura dos dispositivos de sombreamento
devido ao aproveitamento da luz natural e o contato com o exterior, sendo que os mais
próximos, até 3m da abertura, tendem e fechar mais que os localizados entre 3 a 6m. Usuários
de costas (paralelo e inclinado) e de lado à abertura foram os mais suscetíveis ao desconforto
por reflexo no monitor, que está no campo principal de visão (30º), e que mais fecharam os
dispositivos de sombreamento.
Outros aspectos influenciaram na posição do usuário e sua percepção. Por um lado, os
usuários do IIF optaram pela visão da paisagem das dunas e ninguém se posicionou de costas à
abertura. Destaca-se que os usuários são físicos teóricos e frequentemente fazem uso de quadro
negro. Por outro lado, os usuários da SIN se posicionaram de costas às aberturas e optaram por
fechar os dispositivos de sombreamento interno, sendo que seguem um layout pré-determinado
e que o trabalho usual requer acuidade visual no monitor.

5.4 LIMITAÇÕES

As principais limitações do trabalho são:


 amostra insuficiente para análise estatística devido ao elevado número de
variáveis abordadas;
 uso de vidros claros para todas as amostras, pois impossibilita a análise da

169
eficácia de outros tipos de vidros quanto a proteção solar e aproveitamento da
luz natural;
 influência de superfícies reflexivas nas imagens HDR, causando falseamento das
análises;
 influência das variáveis pessoais, como psicológicas, biológicas e fisiológicas,
considerando que foram identificadas diferentes opiniões de usuários nas
mesmas condições de luz, à exemplo do encontrado por Hong et al. (2015b) e
Parson (2002);
 condição de céu parcialmente nublado, cuja alternância entre condições de
brilhante e escuro alteram significativamente sua luminância (WU, KÄMPF E
SCARTEZINI, (2019).
 uso do questionário impresso, que gerou muitas respostas contraditórias ou
desnecessárias que poderiam ter sido evitadas por meio de um questionário
digital ramificado, com lógica condicional (ex: usuários que responderam
manter a cortina fechada não deveriam ser questionados quanto à qualidade da
luz natural ou motivos para abertura do dispositivo);
 dificuldade de compreensão, pelos usuários, de termos técnicos aparentemente
simples.

5.5 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS

As recomendações para futuros trabalhos são:


 investigar formas de redução do brilho de céu, sem detrimento da luz natural
útil, por meio da transmissão de luz visível de vidros combinados com
protetores;
 adaptação das faixas de DGP e DGI para baixa latitudes e céu claro;
 determinação de preferências e tolerâncias dos usuários em condições
controladas de luz;
 desenvolvimento de modelos estatísticos para acionamento de aberturas a partir
das preferências de uso da luz.

170
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181
APÊNDICES

APÊNDICE A - ESTRUTURA INICIAL DO QUESTIONÁRIO

Quadro 5.1 - Estrutura inicial do questionário.


ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
SEÇÃO TEMA PERGUNTA OPÇÕES/ REFERÊNCIAS Pergunta
ESCALA s
Fatores Idade Qual é a sua idade? INKAROJRIT (2005);
fisiológicos D'OCA et al (2016);
FANGER (1987);
BROWN (2009)
Gênero Qual é o seu gênero? INKAROJRIT (2005);
D'OCA et al (2016);
FANGER (1987);
BROWN (2009)
Fatores Rotina Em que período você D'OCA et al (2016);
contextuais trabalha neste ambiente? ACKERLY (2010);
BROWN (2009)
Uso Que principal atividade INKAROJRIT (2005);
você executa?
Ocupaçã Que tipo de ambiente você INKAROJRIT (2005);
o ocupa? D'OCA et al (2016);
BROWN (2009)
Layout Qual é a sua orientação em INKAROJRIT (2005)
relação à janela?
Você senta próximo à D'OCA et al (2016)
janela?
Sistema Como você considera o Sugestão das
de tamanho da abertura em pesquisadoras
abertura relação à parede?
Qual é o grau de obstrução Sugestão das
da vista da janela? pesquisadoras
Qual é o tipo de vidro da INKAROJRIT (2005)
janela?
Qual o tipo de elemento de Sugestão das
proteção externo? pesquisadoras
Qual o tipo de elemento de INKAROJRIT (2005)
proteção interno?

182
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Fatores Vestimen Classifique o tipo de Roupa leve D'OCA et al (2016);
sociais ta vestimenta que você utiliza > Roupa BROWN (2009)
no ambiente de trabalho pesada
Restriçõe Você tem liberdade para Nenhuma INKAROJRIT (2005);
s abrir e fechar a janela / > Total D'OCA et al (2016);
abrir e fechar o elemento ACKERLY (2010);
de proteção / ligar ou BROWN (2009)
desligar a iluminação
artificial / ligar ou desligar
o AC / se vestir à vontade
no ambiente de trabalho
Fatores Sensação Classifique sua sensação de Pouco > BROWN (2009)
psicológicos bem-estar no ambiente Muito
Classifique seu nível de Pouco > BROWN (2009)
estresse durante o período Muito
de trabalho
Vista Classifique seu nível de Insatisfeito INKAROJRIT (2005)
externa satisfação em relação à > Muito
vista externa da janela satisfeito
Você considera a janela Sugestão das
como um estímulo: pesquisadoras (adaptado)
positivo: qualidade da
paisagem/contato com o
exterior/segurança/orientab
ilidade temporal/bem-
estar/outro
negativo: vista
desestimulante/insegurança
/privacidade/falta de
concentração/muitos
estímulos visuais/outro
Conforto Térmico Qual o tipo de sistema de INKAROJRIT (2005);
ventilação é utilizado BROWN (2009)
predominantemente?
Classifique as condições Desconfort INKAROJRIT (2005); POR
térmicas no ambiente: o> BRAGER et al (2004); QUE
conforto térmico (manhã e Conforto D'OCA et al (2016); AJUSTA
tarde) Muito frio BROWN (2009)
temperatura média (manhã > Muito
e tarde) quente
grau de satisfação de forma Insatisfeito
geral (manhã e tarde) > Muito
satisfeito.

183
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Luminos Classifique as condições Desconfort INKAROJRIT (2005);
o luminosas no ambiente: o> BRAGER et al (2004);
conforto luminoso (manhã Conforto D'OCA et al (2016);
e tarde) Ausente > BROWN (2009)
luz natural disponível Excessivo
(manhã e tarde) Ausente >
ofuscamento/brilho pela Excessivo
luz natural (manhã e tarde) Insatisfeito
grau de satisfação de forma > Muito
geral (manhã e tarde) satisfeito.
Causas Escolha as causas Aceitável INKAROJRIT (2005);
de principais de desconforto e > D'OCA et al (2016);
desconfo classifique o nível de Intolerável
Conforto
rto aceitabilidade:
luz natural
insuficiente/excesso de luz
natural (ofuscamento)
/contraste com o
monitor/excesso de luz
artificial/calor (alta
temperatura) /frio devido
ao AC/ausência de contato
com o exterior/ausência de
ventilação natural/evitar
mancha de luz direta no
ambiente/outro
Preferências Nível de Quando você está no Pouco > INKAROJRIT (2005) RELAÇ
preferênc ambiente de trabalho, qual Muito ÃO
ia/ a sua preferência em
satisfaçã relação à quantidade de luz
o para executar sua
atividade?
Classifique seu nível de Insatisfeito INKAROJRIT (2005);
satisfação em relação ao > Muito ACKERLY (2010)
seu sistema de abertura satisfeito.
Você considera importante Pouco > BROWN (2009)
ter luz natural no Muito
ambiente?
Você tem preferência por Sim/Não Sugestão das
utilizar a luz natural pesquisadoras
sempre que possível?
Quando?
Controle Causas e Você utiliza o sistema para Nunca > Sugestão das SE
frequênci melhorar sua condição de Sempre pesquisadoras AJUSTA
a conforto térmico e
luminoso: janela/protetor

184
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Com que frequência você Nunca / INKAROJRIT (2005); QUAND
toma estas atitudes para Apenas na D'OCA et al (2016); O
restaurar o conforto: entrada e- BROWN (2009) AJUSTA
abrir a janela quando sente ou saída do /
calor/fechar a janela por ambiente / POR
excesso de Ao longo QUE
ventilação/fechar a janela do dia (1 AJUSTA
para ligar o AC/abrir o ou 2 vezes)
protetor para entrada de luz / Mais de 2
natural/abrir o protetor para vezes por
manter contato com o dia /
exterior/fechar o protetor Mensalme
para evitar o nte
ofuscamento/fechar
protetor para evitar
contraste com o
monitor/fechar o protetor
para evitar a entrada de
calor/remover ou adicionar
vestimentas extra/outro
O quão efetivas são essas Pouco D'OCA et al (2016); PARA
ações para restaurar o efetivo > ACKERLY (2010); QUE
conforto? Muito BROWN (2009) AJUSTA
Causas e
O quão efetivo é o protetor Pouco INKAROJRIT (2005)
frequênci
para barrar a radiação solar efetivo >
a
Controle indesejada? Muito
Os sistemas são abertos Nunca > Sugestão das QUAND
durante o dia? Sempre pesquisadoras O
Os sistemas são fechados Nunca > Sugestão das AJUSTA
durante o dia? Sempre pesquisadoras
Qual o nível de dificuldade Muito D'OCA et al (2016); COMO
para abrir/fechar: a janela/o difícil > ACKERLY (2010); AJUSTA
protetor? Muito fácil BROWN (2009)
Caso você não ajuste o Restrição D'OCA et al (2016); POR
sistema de abertura, de acesso e ACKERLY (2010); QUE
classifique a principal controle / BROWN (2009) AJUSTA
causa Dificuldad
e de ajustar
/ Não há
necessidad
e/
Restrição
dos demais
ocupantes /
Falta de
tempo /
Privacidad
e / Outro
Agente Os ocupantes são os Sim / Não D'OCA et al (2016); COMO
responsáveis pelo controle: ACKERLY (2010). AJUSTA
da abertura/da luz elétrica? BROWN (2009)

185
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Controle Com que frequência você Nunca > Sugestão das QUAND
da luz aciona a luz elétrica? Sempre pesquisadoras O
elétrica AJUSTA
Qual a principal causa para Sugestão das POR
o acionamento de luz pesquisadoras QUE
elétrica? AJUSTA
Qual é o tipo de sistema de Sugestão das COMO
luz elétrica? pesquisadoras AJUSTA
Fonte: elaborado pela autora em parceira com Hazboun (2020).

186
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO

1. Qual é a sua idade?


 Até 20 anos  20 a 40 anos  40 a 55 anos  Superior a 55 anos
2. Em período você está presente no ambiente?
 Manhã  Tarde  Manhã e tarde
3. Com que frequência você executa as seguintes atividades no ambiente?
Nunca Às vezes Sempre
ATIVIDADE:
Uso do computador ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Leitura, escrita ou desenho ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Outro (caso existente): ________________ ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
4. A luz natural é utilizada no ambiente? Em caso afirmativo, especifique o(s) horário(s).
Nunca Às vezes Sempre Horário(s): ____________________

① ② ③ ④ ⑤ ⑥
5. Que tipo de ambiente de trabalho você ocupa?
 Ambiente privativo (sozinho)  Ambiente compartilhado com outras pessoas
6. Qual é a proximidade do seu posto de trabalho em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma
janela, considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
 Até 3 metros  De 3 a 6 metros  Acima de 6 metros
7. Qual é a sua orientação no ambiente em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma janela,
considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.

A B C D E
8. Quando você utiliza os seguintes sistemas de ventilação?
Nunca Às vezes Sempre
TIPO DE SISTEMA:
Ventilação natural ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Ventilador ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Ar condicionado ① ② ③ ④ ⑤ ⑥

187
9. Classifique a quantidade de iluminação natural em seu ambiente.
PERÍODO: Pouco Adequado Excessivo

Manhã ①②③④⑤⑥
Tarde ①②③④⑤⑥
10. Você utiliza a cortina/persiana para melhorar suas condições de conforto térmico e/ou luminoso?
Nunca Às vezes Sempre

① ② ③ ④ ⑤ ⑥
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
 Nunca  Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
 Apenas na entrada e/ou saída do ambiente  Mais de 2 vezes por dia
12. A cortina/persiana é aberta durante o dia?
 Não  Sim. Horário(s): ________
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial  Outro: ________________
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
 Não  Sim. Horário(s): ________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
 Ofuscamento  Excesso de calor  Ausência de estímulos na vista externa
 Contraste com o monitor  Privacidade  Outro: ____________
16. Classifique seu nível de satisfação em relação à cortina/persiana.
Insatisfeito Satisfeito

①②③④⑤⑥
17. Classifique o grau de dificuldade para ajustar a cortina/persiana.
Fácil Difícil

①②③④⑤⑥

18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
 Não  Sim. Horário(s): ______________
19. Com que frequência a luz elétrica é usada?
Nunca Às vezes Sempre

① ② ③ ④ ⑤⑥
20. Por que a luz elétrica é usada?
 Pouca luz natural  Complementação da luz natural
 Independe do nível de luz natural  Outro: _______________________
21. Qual a sua preferência em relação à intensidade da luz?
Pouca luz Muita luz

①②③④⑤⑥
22. Classifique os parâmetros conforme seu nível de satisfação nos períodos de manhã e tarde.
MANHÃ TARDE
PARÂMETROS: Insatisfeito Satisfeito Insatisfeito Satisfeito

Luz natural disponível ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥


Ofuscamento/Brilho ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
Calor ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
23. Classifique o seu grau de estímulo em relação à vista externa da janela.
Pequeno Médio Grande

①②③④⑤⑥

24. Qual é a principal sensação que a luz natural provoca em você no ambiente?
 Estimulante  Desestimulante  Relaxamento
 Concentração  Dispersão  Estresse

188
25. Classifique a sensação de conforto térmico e luminoso em seu ambiente.
CONFORTO TÉRMICO CONFORTO LUMINOSO
PERÍODO DO DIA: Desconforto Conforto Desconforto Conforto

Manhã (8h às 12h) ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥


Tarde (14h às 18h) ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
26. Indique se você sente desconforto quanto aos itens a seguir e classifique o nível de desconforto. Preencha a
segunda coluna apenas se for marcada a opção “Sim” na primeira coluna.
CLASSIFIQUE O
VOCÊ SENTE DESCONFORTO:
DESCONFORTO? Pouco Muito

Luz natural insuficiente  Não  Sim ①②③④⑤⑥


Ofuscamento por excesso de luz direta  Não  Sim ①②③④⑤⑥
Excesso de luz indireta  Não  Sim ①②③④⑤⑥
Contraste com o monitor  Não  Sim ①②③④⑤⑥
Calor  Não  Sim ①②③④⑤⑥
Ausência de contato com o meio externo  Não  Sim ①②③④⑤⑥
Fonte: elaborado pela autora em parceira com Hazboun (2020).

189
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO, EM

INGLÊS

1. How old are you?


 Until 20 years old  20 to 40 years old  40 to 55 years old  over 55 years old
2. What is the time of the day that you are in the room?
 Morning  Afternoon  Morning and afternoon
3. What is the frequency in which you execute the following activities in the room office?
Never Sometimes Always
ACTIVITY
Using the computer ①②③④⑤⑥
Reading, writing or drawing ①②③④⑤⑥
Another: ________________ ①②③④⑤⑥
4. Has daylighting been used in the room office? In affirmative case, specify the hour (s).
Never Sometimes Always Hour(s): ____________________

①② ③④ ⑤⑥
5. What is the type of office that you are working?
 Private office  Shared office
6. What is the distance of your workplace station to the window? If the room has more than one window,
consider the nearest window.
 Until 3 meters  From 3 to 6 meters  Above 6 meters
7. What is your location in the room office according to the window?

A B C D E
8. When do you use these types of ventilation system?
Never Sometimes Always
SYSTEM TYPE:
Natural ventilation ①②③④⑤⑥
Fan ①②③④⑤⑥
Air conditioner ①②③④⑤⑥

190
9. Classify the daylight performance in your room office.
PERIOD: Lack Sufficient Excessive

Morning ①②③④⑤⑥
Afternoon ①②③④⑤⑥
10. Do you use the curtain/blind to improve your visual or thermal comfort conditions?
Never Sometimes Always

① ② ③ ④ ⑤ ⑥

11. What is the frequency that you open and close the curtain/blind?
 Never  Along the day (1 to 2 times)
 Only in arrival and/or departure from the office room  More than twice a day
12. Does the curtain/blind is opened during the day?
 No  Yes. Hour(s): ________
13. What is the main cause for opening the curtain/blind?
□ Daylight performance □ Exterior view
□ Integration with electric light  Another: ________________
14. Is the curtain/blind is closed during the day?
 No  Yes. Hour(s): ________
15. What is the main cause for closing the curtain/blind?
 Glare  Heat in excess  Lack of stimulation on exterior view
 Monitor contrast  Privacy  Another: ____________
16. Classify your satisfaction level related to curtain/blind.
Unsatisfied Satisfied
①②③④⑤⑥
17. Classify the degree of difficulty for adjust the curtain/blind.
Easy Difficult

①②③④⑤⑥
18. Is the electric light turned on during the day (when there is daylight availability)?
 No  Yes. Hour(s): ______________
19. When the electric light is used?
Never Sometimes Always

①②③④⑤⑥

191
20. Why is the electric light used?
 Lack of daylight  Daylighting complementation in part of the room
 no depends of daylight level  Another: _______________________
21. What is your preference about the intensity of light?
Low light High light

①② ③④ ⑤⑥
22. Classify the parameters according to the satisfaction level for the periods of morning and afternoon.
MORNING AFTERNOON
PARAMETERS: UNSATISFIED SATISFIED UNSATISFIED SATISFIED

Daylight availability ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥


Glare/Brightness ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
Heat ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
23. Classify your degree of stimulation with the external view from the window.
Low Intermediate High

①②③④⑤⑥
24. What is the main sensation that daylight teases in you in the office room?
 Stimulating  Dissimulating  Relaxing
 Concentration  Dispersion  Stress
25. Classify the thermal and visual comfort sensation in your office room.
THERMAL COMFORT VISUAL COMFORT
PERIOD OF THE DAY: Discomfort Comfort Discomfort Comfort

Morning (8h to 12h) ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥


Afternoon (14h to 18h) ①②③④⑤⑥ ①②③④⑤⑥
26. Indicate if you feel discomfort about the items below e then classify the level of discomfort. Answer the
second column only if you choose the option “Yes” in the first column.

CLASSIFY THE
DO YOU FEEL DISCOMFORT
DISCOMFORT? Low High

 Insufficient daylighting  No  Yes ①②③④⑤⑥


 Glare by excessive direct daylight  No  Yes ①②③④⑤⑥
 Indirect daylight excess  No  Yes ①②③④⑤⑥
 Monitor contrast  No  Yes ①②③④⑤⑥
 Heat  No  Yes ①②③④⑤⑥
 Lack of exterior contact  No  Yes ①②③④⑤⑥
Fonte: Elaborado pela autora em parceira com Hazboun (2020).

192
APÊNDICE D - FICHA PARA PREENCHIMENTO

Quadro 5.2 - Modelo de ficha de avaliação.


Características do espaço
1. Data da avaliação
Dia: ___/___/_____ Hora: _______h
2. Identificação do ambiente
Nome do edifício: _____________________________________________________________________
Nome do ambiente: _________________________________________________________________
Tipo de sala:
 Planta livre  Compartimentada
3. Sistemas de aberturas
Orientação da abertura:
 Norte  Leste  Sul  Oeste
 Nordeste  Sudeste  Sudoeste  Noroeste
Tamanho da abertura em relação à parede (PAF):
 PAF pequeno  PAF médio  PAF grande
Obstrução visual externa da janela (FCV):
□ FCV pequeno □ FCV médio □ FCV grande
Proteção solar externa:
□ Inexistente □ Marquise ou beiral □ Sem proteção externa
□ Toldo com braço móvel □ Toldo fixo  Outro: __________________
□ Toldo fixo com cortina  Proteção lateral fixa
 Brises externos móveis  Brises externos fixos
Proteção solar interna:
□ Inexistente □ Persiana vertical □ Outro: __________________
□ Persiana horizontal □ Cortina
Tipo de acionamento (caso seja móvel)
□ Manual □ Motorizado □ Automático
Tipo de material da janela:
□ Opaco (ex: madeira, metal, pvc) □ Translúcido (ex: vidro, policarbonato)
Tipo do vidro (não marcar caso a janela seja de outro material):
□ Simples □ Preto □ Verde □ Dourado □ Cinza □ Azul
4. Sombreamento do entorno imediato
□ Sombreamento por árvores □ Sombreamento por outros edifícios □ Sem elementos no entorno

5. Cores das superfícies internas


Piso: Teto:
Parede: Plano de trabalho:
Anotações de informações do local

Fonte: Elaborado pela autora em parceira com Hazboun (2020).

193
APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM PORTUGUÊS

Este mini questionário100 faz parte dos procedimentos de pesquisa da tese intitulada “A
INFLUÊNCIA DO OFUSCAMENTO NO USO DA LUZ NATURAL” e objetiva analisar e
classificar a percepção e preferências do usuário em relação ao ofuscamento, o qual se
caracteriza pela incidência excessiva de luz natural no ambiente podendo causar sensação de
incômodo nos olhos, desconforto visual ou “cegueira momentânea”.
Caracterização do respondente:
Gênero

Feminino Masculino Não-binário

Idade
__ __ anos

Tem algum problema de saúde visual? Você pode marcar mais de uma opção se necessário:

Miopia Astigmatismo Hipermetropia Presbiopia

Glaucoma Catarata Estrabismo Fotossensibilidade

Outros: ______________________________________________________________________

As perguntas abaixo são referentes ao local de trabalho do usuário:


Marque com um “x”, considerando a escala de 1 a 4, a classificação da sua percepção ou desconforto
visual relacionado ao ofuscamento:

Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável

100
Nomenclatura modificada pós-banca de defesa final para questionário preliminar da etapa 2.
194
Marque o local onde você observa o ofuscamento. Pode marcar mais de uma opção se necessário.

Reflexo no monitor Janela Mesa

Parede Outro: _____________________________________

Indique a posição da janela em relação ao seu campo visual:

Na frente Na lateral Atrás

Indique o horário de percepção do ofuscamento:

De __:__ às __:__

Escreva algum comentário, caso julgue necessário:

O respondente autoriza a realização de uma etapa posterior de avaliação de campo com medições de
índices de iluminação e registro fotográfico?

Sim Não

Fonte: elaborado pela autora (2020).

195
APÊNDICE F - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM INGLÊS

This survey is part of the procedures of the research entitled “A INFLUÊNCIA DO


OFUSCAMENTO NO USO DA LUZ NATURAL” (the influence of glare in daylight use) and
aims to analyze and classify the user’s perception and preferences related to glare, which is
characterized by the excessive incidence of daylighting in the room causing visual discomfort
or “temporary blindness”.
Occupant’s characterization:
Gender

Female Male Non-binary

Age
__ __ years

Do you have any visual health problems? You can check more than option if necessary:

Myopia Astigmatism Far-sightedness Presbyopia

Glaucoma Cataract Strabismus Photophobia

Other (specify): ____________________________________________________________

The questions below are related to the user’s work environment:


Mark with an “x”, considering the scale from 1 to 4, the classification of your perception or visual
discomfort related to glare:

Imperceptible 1 2 3 4 Intolerable

196
Mark the glare location in the room. You can check more than one option if necessary

Computer Monitor reflection Window Desk

Wall Other: _______________________________________

Indicate the location of the window according to your field of view

In front On the side Behind

Indicate the time of glare perception.

From __:__ to __:__

Write comments if you find necessary:

Does the respondent authorize the execution of a next stage of field evaluation which includes
measurements of illumination indexes and photographic record?

Yes No

Fonte: elaborado pela autora (2020).

197
APÊNDICE G - FICHA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE PARA O
USUÁRIO

Caracterização do respondente:
Gênero

Feminino Masculino Não-binário

Idade
__ __ anos

As perguntas abaixo são referentes ao local de trabalho do usuário:


Marque com um “x”, considerando a escala de 1 a 4, a classificação da sua percepção visual
relacionada à luz natural

Insuficiente 1 2 3 4 Excessiva

Marque com um “x”, considerando a escala de 1 a 4, a classificação da sua percepção do desconforto


visual relacionado ao ofuscamento:

Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável

O usuário fez adaptações?

Sim Não

198
Caso a resposta da questão anterior seja sim, assinale quais foram as adaptações

Acionamento do Mudança de posição do Acionamento da luz


sombreamento usuário elétrica

Cor do monitor de trabalho

Branco Preto Outra: _______________

Atividade desempenhada

Projeto/desenho Digitação Leitura/escrita Outra:__________

Qual é a orientação de fachada da sala?

Norte Sul Leste Oeste

Noroeste Nordeste Sudeste Sudoeste

Caracterização de fator de céu visível (FCV):

FCV pequeno FCV médio FCV grande

Caracterização de percentual de abertura de fachada (PAF):

PAF pequeno PAF médio PAF grande

Fator de transparência do vidro:

Baixo (0% a 33%) Médio (33% a 66%) Alto (66% a 99%)

Por que acontece o ofuscamento?

OBS:
Fotografa a cortina no ajuste feito pelo usuário (do jeito que está) e depois fotografa com a cortina
aberta para ver como é e mede nos dois casos.

Croqui com posição do usuário em relação ao eixo vertical e horizontal da sala e distribuição dos
pontos de medição na mesa de trabalho

Fonte: elaborado pela autora (2020).

199
APÊNDICE H - ORDEM CRONOLÓGICA DO LEVANTAMENTO DE CAMPO

Sala 226 no CTEC


Primeira medição:
Prédio: CTEC Sala: 226 Hora: 15h10min Data: 06/12/2018
Sala de reunião. Gênero usuário: Condições: persiana janela externa totalmente aberta,
feminino. luz apagada. Persiana interna fechada.

Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 4536cd/m²


Segunda medição:
Prédio: CTEC Sala: 226 Hora: 15h20min Data: 06/12/2018
Sala de reunião. Gênero usuário: Condições: persiana externa entreaberta, persiana
feminino. interna fechada, luz acesa.
Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 1088cd/m²


Terceira medição:
Prédio: CTEC Sala: 226 Hora: 15h30min Data: 06/12/2018
Sala coordenação Gênero usuário: Condições: persiana externa totalmente aberta,
feminino. persiana interna totalmente aberta, luz apagada

Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 302,8cd/m²


Quarta medição:
Prédio: CTEC Sala: 226 Hora: 15h40min Data: 06/12/2018
Sala coordenação Gênero usuário: Condições: persiana externa entreaberta, persiana
feminino. interna entreaberta, luz acesa
Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 128,7cd/m²


Quinta medição:
Prédio: CTEC Sala: 226 Hora: 15h45min Data: 06/12/2018
Sala coordenação Gênero usuário: Condições: persiana externa entreaberta, persiana
feminino. interna fechada, luz acesa
Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 83,74cd/m²

200
Sala 39 na SIN:
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 39 Hora: 09h00min Data: 18/12/2018
Mesa no final da sala, Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
lado esquerdo. masculino.
Idade: 32 anos.

Luminância calibração: 97,14cd/m²


Segunda medição:
Prédio: SIN Sala: 39 Hora: 09h01min Data: 18/12/2018
Mesa no final da sala, Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
lado esquerdo. masculino.
Idade: 32 anos.

Luminância calibração: 48,08cd/m²


Terceira medição:
Prédio: SIN Sala: 39 Hora: 11h40min Data: 18/12/2018
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
feminino
Idade: 47 anos.

Luminância calibração: 285cd/m²


Quarta medição:
Prédio: SIN Sala: 39 Hora: após às 11h40min Data: 18/12/2018
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
feminino

Idade: 47 anos.

Luminância calibração: 52,75cd/m²

201
Sala 40 na SIN:
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: pouco antes das Data: 18/12/2018
08h30min
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 412,6cd/m²


Segunda medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: 08h30min Data: 18/12/2018
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana 2/3 fechada, luz acesa.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 116,4cd/m²


Terceira medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: 08h35min Data: 18/12/2018
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 97,7cd/m²


Quarta medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: 09h25min Data: 18/12/2018
(situação alto
ofuscamento)
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 448,2cd/m²


Quinta medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: 09h35min Data: 18/12/2018
(situação alto
ofuscamento)
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana 2/3 fechada, luz acesa.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 110,8cd/m²


Sexta medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: após às 09h35min Data: 18/12/2018
(situação alto
ofuscamento)
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
masculino
Idade: 37 anos.

Luminância calibração: 93,28cd/m²


202
Sala 209 no IIF:
Primeira medição:
Prédio: IIF Sala: 209 Hora: 07h50min. Data: 11/04/2019.
Mesa na lateral da janela. Gênero usuário: Condições: persiana totalmente aberta, luz apagada.
masculino
Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 243cd/m²


Segunda medição:
Prédio: IIF Sala: 209 Hora: 08h24min. Data: 11/04/2019.
Mesa na lateral da janela. Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz apagada.
masculino
Idade: 38 anos.

Luminância calibração: 29,75cd/m²

203
Sala 19 da SIN
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h12min. Data: 26/04/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana totalmente aberta, luz apagada.
frente para a janela. masculino

Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 367,5cd/m²


Segunda medição:
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h23min. Data: 26/04/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz acesa.
frente para a janela. masculino

Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 61,16cd/m²


Terceira medição:
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h28min. Data: 26/04/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente para a janela. masculino

Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 57,88cd/m²

204
Sala 28 na SIN
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 07h56min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente à janela. masculino
Idade: 55 anos.

Luminância calibração: 35,28cd/m²


Segunda medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 08h05min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz apagada.
frente à janela. masculino
Idade: 55 anos.

Luminância calibração: 40,43cd/m²


Terceira medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 08h11min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz acesa.
frente à janela. masculino
Idade: 55 anos.

Luminância calibração: 84,77cd/m²


Quarta medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 08h13min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente à janela. masculino
Idade: 55 anos.

Luminância calibração: 56,12cd/m²


Quinta medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 09h57min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente à janela. feminino.
Idade: 42 anos.

Luminância calibração: 126,3cd/m²


Sexta medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h02min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz acesa.
frente à janela. feminino.
Idade: 42 anos.

Luminância calibração: 147,5cd/m²

205
Sétima medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h02min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente à janela. feminino.
Idade: 42 anos.

Luminância calibração: 75,02cd/m²


Oitava medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h30min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente à janela. masculino.
Idade: 28 anos.

Luminância calibração: 95,16cd/m²


Nona medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h41min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana entreaberta, luz acesa.
frente à janela. masculino.
Idade: 28 anos.

Luminância calibração: 103,8cd/m²


Décima medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h45min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente à janela. masculino.
Idade: 28 anos.

Luminância calibração: 43,26cd/m²


Décima primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h49min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana fechada em frente ao usuário e
frente à janela. masculino. entreaberta para os demais, luz acesa.
Idade: 28 anos.

Luminância calibração: 66,69cd/m²

206
Sala 51 no ECT
Primeira medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 15h35min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário na Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz acesa (usual)
lateral da janela. masculino.
Idade: 48 anos.

Luminância calibração: 164,9cd/m²


Segunda medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 15h40min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário na Gênero usuário: masculino. Condições: persiana aberta, luz apagada
lateral da janela. (usual)
Idade: 48 anos.

Luminância calibração: 112,3cd/m²


Terceira medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h03min. Data: 07/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente para a janela. masculino Céu parcialmente nublado com sol.
Idade: 48 anos.

Luminância calibração: 98,10cd/m²


Quarta medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h13min. Data: 07/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz acesa (metade do
frente para a janela. masculino circuito, o circuito ao lado da janela onde está o
Idade: 48 anos. usuário estava apagado).
Céu parcialmente nublado com sol.
Luminância calibração: 170cd/m²
Quinta medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h25min. Data: 07/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz acesa (todas as luzes
frente para a janela. masculino acesas).
Idade: 48 anos. Céu parcialmente nublado com sol.

Luminância calibração: 284,3cd/m²


Sexta medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h32min. Data: 08/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: cortina fechada na metade da janela do
frente para a janela. masculino lado esquerdo, luzes acesas. A cortina da janela ao
Idade: 48 anos. lado do usuário nunca é fechada, a luz natural direta
só é observada pelo usuário nesta janela pela manhã
logo cedo, normalmente o usuário chega após o
horário de incidência da luz natural direta na janela
ao seu lado.
Céu parcialmente nublado com sol.
Luminância calibração: 250,6cd/m²

207
Sétima medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h42min. Data: 08/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: cortina fechada na metade da janela do
frente para a janela. masculino lado esquerdo, luzes acesas. A cortina da janela ao
Idade: 48 anos. lado do usuário nunca é fechada, a luz natural direta
só é observada pelo usuário nesta janela pela manhã
logo cedo, normalmente o usuário chega após o
horário de incidência da luz natural direta na janela
ao seu lado.
Céu parcialmente nublado com sol.
Luminância calibração: 213,9cd/m²

208
Sala 19 na SIN
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h00min. Data: 09/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente da janela. feminino Céu nublado.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 356,6cd/m²


Segunda medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h22min. Data: 09/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana entre aberta, luz acesa.
frente da janela. feminino Céu nublado.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 239,7cd/m²


Terceira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h29min. Data: 09/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz apagada.
frente da janela. feminino Céu nublado.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 77,26cd/m²


Quarta medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h02min. Data: 10/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente da janela. feminino Céu parcialmente nublado, com sol.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 462,3cd/m²


Quinta medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h10min. Data: 10/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana entre aberta, luz acesa.
frente da janela. feminino Céu parcialmente nublado, com sol.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 373,5cd/m²


Sexta medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h16min. Data: 10/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz apagada.
frente da janela. feminino Céu nublado.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 83,89cd/m²

209
Sala 19 na SIN
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 15h58min. Data: 14/05/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente para a janela. masculino Céu parcialmente nublado com sol.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 165,3cd/m²


Segunda medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h02min. Data: 14/05/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana entre aberta, luz acesa.
frente para a janela. masculino Céu parcialmente nublado com sol.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 190,8cd/m²


Terceira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h08min. Data: 14/05/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente para a janela. masculino Céu parcialmente nublado com sol.
Idade: 30 anos.

Luminância calibração: 55,06cd/m²

210
APÊNDICE I – MODELOS DE FICHAS DOS RESULTADOS

Exemplo de ficha com informações da etapa de avaliação de ofuscamento:


Hora da medição: xxh xxmin. Data: xx/xx/xxxx.
Caracterização do prédio: Caracterização do usuário:
Prédio: Idade:
Sala: Gênero:
Função da sala: Localização do usuário:
Sombreamento:
Consequência:
Azimute:
Condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição:

Relações analisadas:

Opinião do usuário: Variáveis medidas: luminância e Razão de luminância mínima


iluminância. e máxima nos campos de
visão:
Percepção visual do usuário: Luminância calibração: cd/m². Campo de visão central (30):
Desconforto visual: Iluminância campo central: lux. Campo de visão periférico
Iluminâncias campo periférico: (60):
lux. Campo de visão periférico
(90):

Análise da fotografia HDR em false color:

Figura 5.1 – Fotografia da cena em Figura 5.2 - Luminância mínima Figura 5.3 -Luminância
extensão *jpeg máxima

211
APÊNDICE J– AMOSTRA DOS RESULTADOS

A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas (usuários e ofuscamento). A etapa de


análise dos usuários contou com uma amostragem de 102 usuários, enquanto que na segunda
etapa de análise de ofuscamento houve um recorte que reduziu o número de usuários para 18
durante a aplicação do questionário preliminar, no momento das medições houve redução para
11 usuários, devido a questões como reforma de sala, falta de disponibilidade, licença médica,
mudança de cidade ou saída do posto de trabalho devido ao cargo ser temporário.). O universo
de estudo das salas de escritórios nos prédios selecionados consta de um total de 444 usuários101.
Os cálculos de amostragem consideraram apenas as salas onde os usuários tiveram
disponibilidade e concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento
do Livre e Esclarecido do Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). A população total dessas salas na primeira etapa, de 155 usuários, foi calculada
considerando o número de postos de trabalho observados a partir das informações presentes dos
registros fotográficos102 e de plantas de Layout com quantitativo de usuários por sala103. A
população total das salas selecionadas conforme critérios de ofuscamento e interação dos
usuários com os dispositivos de sombreamento foi de 25 usuários.
Os cálculos de amostragem são referentes ao nível de precisão da amostra (ou margem
de erro) por meio de equação simplificada (YAMANE, 1967).
O nível de precisão ou margem de erro da amostra foi calculado conforme fórmula
simplificada (Equação 5.1) para cálculo de amostragem finita com base em tamanho por
proporção (YAMANE, 1967), separadamente para a primeira e segunda etapas (fases de
aplicação de questionário preliminar e medições). O cálculo da primeira etapa considerou uma
população de 155 usuários, com uma amostra de 102 usuários e um nível de precisão calculado
de 5,78%. O cálculo da segunda etapa na fase de aplicação do questionário preliminar
considerou uma população de 25 usuários, com uma amostra de 18 usuários e um nível de
precisão calculado de 12,47%.

101
Sujeita a pequenas variações referentes a ausência de informações sobre o quantitativo de bolsistas de
iniciação científica no prédio do CTEC.
102
Existe a limitação dos registros fotográficos das salas não serem uma informação precisa quanto ao
total de usuários de cada sala.
103
Plantas de Layout da SIN gentilmente fornecidas pelo diretor de projetos da SIN Sileno Cirne
Trindade.
212
𝑁 Equação 5.1 – Determinação
𝑛
1 𝑁𝑒 o nível de precisão.
Onde: Fonte: Taro Yamane (1967).

n= tamanho da população;
N= tamanho da amostra;
e= nível de precisão ou margem de erro
Ao calcular o desvio padrão observou-se que a média não é uma boa representação para
os dados, o melhor seria o cálculo da mediana. A mediana foi de 2,5 para percepção visual de
de 2,00 para o desconforto luminoso.
O desvio padrão para a variável da percepção visual foi de 0,95 e para o desconforto
luminoso foi de 1,00, esses números não significam muito diante da grande variação numérica
apresentada nos resultados.

213
APÊNDICE K – PROTOCOLO DE MEDIÇÃO

O protocolo de medição de ofuscamento apresentado a seguir consiste nas etapas de


visita inicial in loco, coleta da opinião do usuário para a caracterização do horário de percepção
do ofuscamento e usuários. As medições são realizadas em momentos anteriores e posteriores
ao ajuste dos dispositivos de sombreamento e luz elétrica, com a coleta da opinião dos usuários
sobre percepção da luz natural e desconforto visual pelo ofuscamento.

5.6 RESUMO

Este documento apresenta um protocolo de monitoramento para avaliação do


desempenho da luz natural e ofuscamento. Este protocolo aborda as seguintes questões:
 visita in loco para realização de Walkthrough de especialistas;
 opinião do usuário e observação in loco;
 avaliação de luz natural e ofuscamento por meio de medições, imagens HDR e
simulação computacional para cálculo de critérios como Índice de Ofuscamento
em Luz Natural (DGI) e Probabilidade de Ofuscamento em luz natural (DGP).

5.7 ABREVIAÇÕES

DGI Índice de Ofuscamento em Luz Natural


DGP Probabilidade de Ofuscamento em Luz Natural
FCV Fator de Céu Visível
HDR High Dynamic Range
PAF Percentual de Abertura de Fachada

5.8 DEFINIÇÕES

As definições das variáveis iluminância, luminância, razão de luminância, índice de


ofuscamento em luz natural (DGI), probabilidade de ofuscamento em luz natural (DGP), fator
de céu visível (FCV) e percentual de abertura de fachada (PAF) são apresentadas a seguir.

214
5.8.1 Iluminância

É a luz que incide numa determinada superfície (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.66),
que pode ser avaliada conforme a uniformidade de acordo com a sua distribuição no plano de
trabalho, por meio da medição de cinco pontos no plano de trabalho, um central e outros quatro
equidistantes a aproximadamente 30cm (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).

5.8.2 Luminância

A luminância é referente ao efeito visual que a luz produz por meio do brilho, depende
não somente da iluminância, bem como da reflexão dos materiais e “área projetada no plano
perpendicular à direção de visão” (IESNA, 2000, p.46). É possível estabelecer uma relação
entre a “luminância de um objeto visualizado e a iluminância da imagem resultante na retina do
olho”, analogamente a exposição presente em fotografias. É medido em cd/m² (IESNA, 2000,
p.46).

5.8.3 Razão de luminância

O cálculo é feito por meio da razão entre a luminância máxima e mínima, medidas para
cada campo de visão (30º, 60º e 90º) por meio de imagens HDR.

5.8.4 Imagens HDR

A imagem HDR é composta por um conjunto de fotografias registradas com múltiplos


tempos de exposição (-3, -2, -1, 0, +1, +2 e +3) (INANICI ,GALVIN, 2004; JACOBS, 2007;
JAKUBIEC et al., 2016b) para cálculo de índices de avaliação de ofuscamento como DGI, DGP
e razão de luminância.

5.8.5 Índice de Ofuscamento em Luz Natural (DGI)

O DGI é equivalente a uma correlação entre a luminância (brilho), ângulo sólido da


fonte de ofuscamento e luminância (média) no campo de visão (HOPKINSON, 1972, p.208),
foi desenvolvido a partir de pesquisas com humanos para a classificação do ofuscamento
conforme escala entre aceitável, limite e não aceitável (HOPKINSON, 1972, p.210).

215
5.8.6 Probabilidade de Ofuscamento em Luz Natural (DGP)

O DGP é dado em função da iluminância vertical do olho, luminância da fonte, ângulo


sólido da fonte e índice de posição (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.755), trata-se
de um percentual de pessoas que se sentem desconfortáveis em relação à luz natural
(WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.754).

5.8.7 Fator de céu visível (FCV)

O FCV é referente ao percentual de área de céu visível considerando a abóbada celeste


(LEDER, 2007, .p74).

5.8.8 Percentual de abertura de fachada (PAF)

O PAF é determinado pela relação entre o tamanho da área envidraçada e a área da


fachada na qual a abertura está inserida (INMETRO, 2010).

5.9 INTRODUÇÃO PARA A MEDIÇÃO DE OFUSCAMENTO

As medições de ofuscamento são realizadas com a finalidade de caracterizar o


desempenho luminoso e ofuscamento, com base nas principais causas de ofuscamento, fontes
de desconforto visual e frequência de interação dos usuários com os dispositivos de
sombreamento.

5.10 OBJETIVOS

Os objetivos específicos são:


 caracterizar o ofuscamento com base na percepção do usuário e os índices de
desempenho, considerado sua adaptação do ambiente quanto ao acionamento do
dispositivo de sombreamento e luz artificial;
 aferir dos índices de avaliação de ofuscamento com a opinião dos usuários;
 identificar as principais causas de fechamento dos dispositivos de
sombreamento;
216
 identificar tendências e perfis comportamentais quanto ao aproveitamento de luz
natural, incluindo acionamento de cortinas, a partir da estrutura “condutores,
necessidades, ações e sistema”;
 identificar quais características de projeto influenciam na frequência de
acionamento dos dispositivos de sombreamento;

5.11 VISITA IN LOCO

A visita in loco é realizada por meio do procedimento de Walktrhough de especialistas


com a finalidade de coletar informações para caracterização dos ambientes e usuários
pesquisados.
Os procedimentos realizados nesta etapa são:
 aplicação de pesquisa de opinião (mini questionário) para caracterização do
ofuscamento;
 preenchimento de fichas para a investigação da influência de características
como fator de céu de visível (FCV), percentual de abertura de fachada (PAF),
fator de transparência de vidro, orientação de fachada, tipo de sala
(compartilhada ou privativa);
 registro fotográfico dos ambientes.

5.11.1 Opinião do usuário para caracterização do ofuscamento e dos ambientes

A opinião do usuários é coletada por meio de questionário preliminar baseado em


Painter, Mardaljevic e Fan (2010), com a finalidade de coletar dados sobre:
 usuários com informações sobre gênero, idade e problema visual, com a
finalidade de identificar possíveis correlações em relação a acuidade visual e
sensibilidade oftalmológica;
 local do ofuscamento;
 posição da janela no campo visual;
 opinião do usuário sobre o desconforto visual, para aferição dos critérios de
ofuscamento;
 horário de percepção do ofuscamento, com a finalidade de extrair informações
sobre o horário de maior incômodo visual para a avaliação do ofuscamento;
 autorização para a realização da etapa de medições e registro fotográfico para
217
avaliação de ofuscamento por meio de imagens HDR.

218
Quadro 5.3 – Ficha de avaliação das condições do ambiente para o usuário.
Caracterização do respondente:
Gênero

Feminino Masculino Não-binário

Idade
__ __ anos

As perguntas abaixo são referentes ao local de trabalho do usuário:


Marque com um “x”, considerando a escala de 1 a 4, a classificação da sua percepção visual
relacionada à luz natural

Insuficiente 1 2 3 4 Excessiva

Marque com um “x”, considerando a escala de 1 a 4, a classificação da sua percepção do desconforto


visual relacionado ao ofuscamento:

Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável

O usuário fez adaptações?

Sim Não

219
Caso a resposta da questão anterior seja sim, assinale quais foram as adaptações

Acionamento do Mudança de posição do Acionamento da luz


sombreamento usuário elétrica

Cor do monitor de trabalho

Branco Preto Outra: _______________

Atividade desempenhada

Projeto/desenho Digitação Leitura/escrita Outra:__________

Qual é a orientação de fachada da sala?

Norte Sul Leste Oeste

Noroeste Nordeste Sudeste Sudoeste

Caracterização de fator de céu visível (FCV):

FCV pequeno FCV médio FCV grande

Caracterização de percentual de abertura de fachada (PAF):

PAF pequeno PAF médio PAF grande

Fator de transparência do vidro:

Baixo (0% a 33%) Médio (33% a 66%) Alto (66% a 99%)

Por que acontece o ofuscamento?

OBS:
Fotografa a cortina no ajuste feito pelo usuário (do jeito que está) e depois fotografa com a cortina
aberta para ver como é e mede nos dois casos.

Croqui com posição do usuário em relação ao eixo vertical e horizontal da sala e distribuição dos
pontos de medição na mesa de trabalho

Fonte: elaborado pela autora (2020).

220
5.12 AVALIAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E OFUSCAMENTO POR MEIO DE MEDIÇÕES

A avaliação de iluminação natural e ofuscamento é realizada por meio do cruzamento


das informações das medições com a opinião do usuário nos momentos anteriores e posteriores
ao ajuste dos dispositivos de sombreamento e luz artificial.

5.12.1 Variáveis coletadas

As variáveis coletadas ou calculadas são:


 iluminância;
 luminância;
 DGP;
 DGI;
 opinião do usuário sobre a percepção visual da luz natural;
 opinião do usuário sobre o desconforto visual por ofuscamento.

Quadro 5.4 – Variáveis medidas e tratamento de dados:


Variáveis medidas Tratamento de dados
Iluminância (lux) Iluminância mímina (lux), iluminância máxima
(lux) e iluminância média (lux)
Luminância(cd/m²) Razão de luminância para os campos de 30º, 60º
e 90º
DGP (%) Cálculo por meio de imagens HDR com
elaboração de gráficos por meio de planilhas
eletrônicas.
DGI (%) Cálculo por meio de imagens HDR com
elaboração de gráficos por meio de planilhas
eletrônicas.
Percepção visual da luz natural Com variação de 1 a 4
Desconforto visual por ofuscamento Com variação de 1 a 4
Fonte: elaborado pela autora (2020).

5.12.2 Equipamentos utilizados nas medições

Os equipamentos utilizados nas medições dos índices iluminação são:


 luxímetro digital;
 luminacímetro digital;
 trena digital;
 câmera digital semiprofissional.

221
Quadro 5.5 – Equipamento utilizados na avaliação.
Equipamento104 Marca Imagem
Câmera digital Canon T3i

Lente olho de peixe Samyang 8mm f3/5


Fisheye CSII105

Tripé para máquina Tripé de alumínio _


fotográfica
Luxímetro Luxímetro referência
T-10 da marca
Konica Minolta

Luminancímetro Luminancímetro
referência LS-100 da
marca Konica
Minolta

Trena digital Trena eletrônica


referência DLE 70
da Bosch ou trena
fluke 419D

Fonte: elaborado pela autora (2020).

5.12.3 Medições dos dados de iluminância e luminância e posição do usuário

As medições com os dados de iluminância e luminância são realizados num momento


anterior e posterior aos ajustes dos dispositivos de sombreamento e de luz artificial. As
medições são realizadas conforme os ajustes são realizados pelos usuários, para isso é
questionado ao usuário quantos ajustes ele faz durante o seu período no ambiente de trabalho.

104
Imagens de equipamentos disponibilizadas nos sites dos fabricantes: Canon, Konica Minolta, Konica
Minolta, Bosch e Fluke respectivamente.
105
Foto ilustrativa do site Brasilbox.
222
5.12.3.1 Iluminância

A iluminância é medida em cinco pontos na altura da estação de trabalho conforme


Garretón, Colombo e Pattini (2018, p.148 e 152), com a finalidade de caracterizar o
comportamento da luz natural. A medição é realizada para um ponto central localizado em
frente ao teclado e os outros quatro pontos são equidistantes mais ou menos 20cm. A
iluminância é medida por meio de um luxímetro da marca Konica Minolta modelo T-10, com
faixa de medição entre 0,01 até 299.000 lux (KONICA_MINOLTA, 2016-2017).

5.12.3.2 Luminância

A luminância é medida de forma direta por meio de um luminancímetro do tipo LS-100


da marca Konica Minolta (KONICA_MINOLTA, 2017) e de forma indireta por meio das
imagens HDR (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; FARIA, 2007; JACOBS, 2007;
FARIA ,NASCIMENTO, 2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009b;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et al., 2010; INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016a; KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017), a
medição é feita aproximadamente na altura do olho do usuário.
A calibração da imagem HDR é feita com base nos procedimentos descritos por Doyle
e Reinhart (2010), Jacobs (2007) e Lima (2016a, p.41) onde a luminância de calibração é
medida no ponto central de uma folha de papel em branco (SANTOS,MARINOSKI
,LAMBERTS, 2009).
As fotografias são registradas no modo ISO 200, com diferentes tempos de exposição (-
3 a +3), por meio de lente de olho de peixe analógica de 180º, na extensão *jpeg, com o formato
*raw desabilitado (MIRI, 2016, p.18).
A escolha dos programas segue as orientações, fornecidas por meio de email, dos
desenvolvedores dos programas Evalglare (WIENOLD, 2012), Glare Analysis (WIENOLD,
2018), Radiance (WARD, 1985), Photosphere (WARD, 2019b), e HDRscope
(KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012).
O processo de elaboração das imagens HDR consiste nas seguintes etapas:
a) correção das imagens por meio de script (FREIRE, 2018) para a inserção da
informação sobre os tempos de exposição (-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3) no metadado. A
correção torna-se necessária no caso do uso de lentes manuais onde a informação

223
sobre o tempo de exposição106 não fica registrada no metadado.
b) União das fotos com múltiplos tempos de exposição e calibração no programa
Photosphere107 (WARD, 2019b), com base nas medições diretas de luminância
(JACOBS, 2007, p.7) para calibração da imagem.
c) A imagem HDR gerada é exportada para o programa HDR Scope
(KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012), coma finalidade de:
 fixar o tempo de exposição para 1108, pois imagem HDR é gerada com múltiplos
tempos de exposição, pois o programa WX Falsecolor (BLEICHER, 2015),
utilizado na etapa seguinte, não trabalha bem com fotografias com múltiplos
tempos de exposição segundo Thomas Bleicher desenvolvedor do programa.
 redimensionar as imagens para 800 x 800 pixels, para facilitar o processamento
das imagens e compatibilizar com o padrão exigido pelo plug-in Glare
Analysis109 (WIENOLD, 2018) para as análises de DGI e DGP.
 A inserção da máscara com o campo de visão110, para os campos de 30º, 60º e
90º, por meio de programa de edição de imagem, para determinação dos valores
de luminância.
d) cálculo do DGP e DGI111, por meio do plug-in Glare Analysis (WIENOLD, 2018),
presente na plataforma operacional do Grasshopper (ROUDSARI, 2015) com a
imagem sem a máscara com os campos de visão (Figura 5.4);

106
A informação sobre o tempo de exposição é pré-requisito para a operacionalização em softwares como
o Photosphere (WARD, 2019b), programa responsável pela elaboração e calibração das imagens HDR, é
considerado como o mais confiável no processo de calibração de imagens em reposta dada por Jan Wienold por
meio de email. Caso a imagem seja inserida sem a informação sobre o tempo de exposição no metadado, aparecerá
um erro denominado de “unknown exposure”, e consequentemente a imagem HDR não é gerada.
107
A versão anterior do Photosphere 1.8.23U (WARD, 2019a) apresentava trechos de imagem pixelados
nas áreas com muito brilho e refletância próximo a cor branca nas fotografias da amostra da pesquisa. O
desenvolvedor do software foi avisado quanto ao processamento inadequado nas áreas de maior brilho das
imagens, corrigindo prontamente na versão 1.8.29U (WARD, 2019b).
108
A alteração do tempo de exposição para 1 não altera os valores de luminância da fotografia conforme
informação de Mehlika Inanici.
109
presente na plataforma operacional do Grasshopper (RUTTEN, 2015).
110
demarcado com uma divisão dos campos semelhante à presente no artigo de Garretón, Colombo e
Pattini (2018, p.148 e 152).
111
O cálculo da cena é sem a máscara com o campo de visão para evitar interferências.
224
e) Identificação das luminâncias mínimas (Figura 5.5) e máximas (Figura 5.6), por
meio de seleção visual a razão de luminância para cada campo visual (30º, 60º e 90º)
no programa Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015). A luminância máxima por
fotografia é calculada por meio do comando “show extremes” presente no Plug-in
Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015);
f) Cálculo das razões de luminância112 para cada campo visual por meio de planilhas
eletrônicas;

Figura 5.4 – Imagem sem a Figura 5.5 –Imagem para Figura 5.6 - Imagem para
marcação dos campos de visão para cálculo da luminância cálculo da luminância
cálculo de DGI e DGP. mínima. máxima.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

5.12.4 Medição da posição do usuário

A posição do usuário e local do ofuscamento são determinados com a função de


caracterizar melhor o ofuscamento para identificar as principais causas do ofuscamento
percebido pelos usuários no ambiente.

5.12.5 Ficha com as medições e opinião dos usuários

A ficha é preenchida com dados sobre horário de medição, data, caracterização do


prédio (nome do prédio, sala, função da sala, tipo de sombreamento), consequência acarretadas
pelo tipo de sombreamento e azimute), caracterização do usuário (idade, gênero e localização

112
As razões de luminância são calculadas dividindo os valores máximos pelos mínimos para cada campo
visual. As razões de luminância são também calculadas conforme a divisão entre os valores extremos de cada
campo e o valor de 100cd/m² para o monitor, conforme Report 03 da AAPM (apud PINTO et al., 2012, p.30) e
EN ISO 9241-307(apud LECCESE,SALVADORI ,ROCCA, 2016, p.11).
225
do usuário), condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição, relações
analisadas no tratamento de dados, opinião do usuário (percepção e desconforto visual),
variáveis medidas (luminância calibração, iluminância campo central, iluminâncias campo
periférico), razão de luminância mínimas e máximas no campo de visão (30º, 60º e 90º) e análise
da fotografia HDR (fotografia da cena em extensão *.jpeg, luminânica mínima e máxima em
HDR).

Quadro 5.6– Ficha para caracterização das medições e opinião do usuário no momento das medições.
Hora da medição: xxh xxmin. Data: xx/xx/xxxx.
Caracterização do prédio: Caracterização do usuário:
Prédio: xx Idade: xx
Sala: xx Gênero: xx
Função da sala: Localização do usuário:
Sombreamento:
Consequência:
Azimute:
Condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição:

Relações analisadas:

Opinião do usuário: Variáveis medidas: luminância e Razão de luminância mínima


iluminância. e máxima nos campos de
visão:
Percepção visual do usuário: Luminância calibração: cd/m². Campo de visão central (30):
Desconforto visual: Iluminância campo central: lux. Campo de visão periférico
Iluminâncias campo periférico: (60):
lux. Campo de visão periférico
(90):

Análise da fotografia HDR em false color:

Figura 5.7 – Fotografia da cena em Figura 5.8 - Luminância mínima Figura 5.9 -Luminância
extensão *jpeg máxima

Fonte: elaborado pela autora (2020).

5.12.6 Resultados das medições e pesquisa de opinião

Os resultados da pesquisa são comparados com as medições realizadas com a finalidade


de identificar possíveis direcionamentos para um melhor aproveitamento da luz natural,
evitando a incidência de ofuscamento. A iluminância é comparada com a opinião sobre a
percepção visual. A razão de luminância, DGP e DGI são comparados com o desconforto visual
experenciado pelo usuário (Figura 5.10), a razão de luminância calculada com base na relação
entre os valores extremos e a luminância do monitor também são comparados com o
desconforto visual do usuário (Figura 5.11). As imagens HDR registradas são avaliadas para

226
auxiliar na identificação da causa de ofuscamento, localização da luminância de maior valor em
relação ao campo visual (lateral, frontal, 30º, 60º e 90º) e se está na altura da linha de visão do
usuário, os dados levantados podem ser organizados em uma tabela para facilitar o
entendimento de como ocorre o fenômeno do ofuscamento, conforme trecho de Tabela 5-1.

Figura 5.10 - Exemplo de gráfico de DGI ou DGP x Razão de luminância.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

227
Figura 5.11 - Exemplo de gráfico de razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos usuários.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

228
Tabela 5-1 – Trecho de tabela com análise de imagem HDR.

Edifício Sala Código Desconf Razão de Fotografia Posição do usuário Orientação Localização do valor de maior Luminância
usuário orto luminância em relação à de fachada luminância estimada para o
visual (valores janela monitor
medidos)

CTEC 226 6’_ab 4 30º 51 C - Lateral Oeste Lateral do campo visual do 100cd/m²
Sala usuário devido a incidência de luz
de natural direta.
reuni
ão

60º 121

90º 121

Fonte: elaborado pela autora (2020).

229
A razão de luminância é comparada com filtros para separação conforme causas de
desconforto, posição do usuário em sala e campo de visão (Figura 5.12).

Figura 5.12 - Relação entre layout e razão de luminância, com exemplo para brilho de céu vindo da
posição lateral em relação à janela, considerando o monitor ligado.

Fonte: elaborado pela autora (2020).

230
ANEXOS

ANEXOS A - PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E DE PESQUISA

231
232
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