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FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PROGRAMA DE PÓS‐GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Discente: Juliana Portela Vilar de Carvalho.
Orientador: PhD. Aldomar Pedrini.
Natal – RN
2020
JULIANA PORTELA VILAR DE CARVALHO
Tese de doutorado apresentada ao Programa
de Pós‐graduação em Arquitetura e Urbanismo
da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como requisito para a obtenção do título
de doutor.
Orientador: Prof. Dr. Aldomar Pedrini
Natal-RN
2020
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo Tinôco - DARQ - CT
1.1 OBJETIVOS
28
REFERENCIAL TEÓRICO
O conforto é dado “em função da relação que o homem estabelece com o seu meio –
ambiente”, que depende de fatores como “luz, som, calor, uso do espaço e das experiências
próprias de cada pessoa”, portanto estaria conectado “por meio de respostas fisiológicas e de
sensações (inclusive de caráter subjetivo de difícil avaliação), de estímulos físicos, objetivos e
facilmente mensuráveis” (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.15 e 111).
As causas mais frequentes para o comprometimento do conforto visual são baixos níveis
de luz, reflexões, baixo índice de reprodução de cores, falta de privacidade e, principalmente,
contraste com o monitor devido a incidência de luz natural direta, pois é pouco provável que
um usuário consiga apreciar a vista para o exterior devido ao ofuscamento causado pela reflexão
da luz solar direta na tela de seu computador (REINHART, 2018, p.127 e 128). Por sua vez, a
fadiga visual é decorrente do excesso de luz ou níveis de iluminância insuficientes, que reduzem
sensibilidade visual devido ao esforço realizado para a adaptação visual, e contraste de
luminâncias e saturação visual, que prejudicam a visualização (VIANNA ,GONÇALVES,
2001, p.134 e 135).
A uniformidade de luz é avaliada por meio da razão entre a iluminância média do local
e a iluminância mínima medida na estação de trabalho, a partir da medição de cinco pontos na
mesa de trabalho (um centralizado no teclado) e quatro pontos equidistantes do ponto central
(GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).
“O ofuscamento é uma função direta do tamanho da janela e do brilho do céu visto
através dela, e uma função inversa do brilho no interior da sala” (HOPKINSON, 1972, p.206).
Pode ser definido como o contraste no campo visual, em decorrência de fontes de luz brilhantes
(KONSTANTZOS,TZEMPELIKOS ,CHAN, 2015, p.244). O ofuscamento depende da
distribuição de luminâncias no espaço (KIM ,KIM, 2012, p.105), cuja variação ou contraste
extremo dependem das “dimensões do ambiente, refletâncias das superfícies, iluminâncias,
luminância no campo de visão, características da luminárias e usuários” (IESNA, 2000, p.129).
29
O ofuscamento fisiológico gera uma privação da visão, sem incômodo. O psicológico
gera desconforto, sem perda de visão, e pode resultar em falta de atenção, fadiga, dor (VIANNA
,GONÇALVES, 2001, p.137 e 138), “irritabilidade, para não falar em erros e acidentes”
(EUROPEAN COMISSION DIRECTORATE, 1994, p.1), típico de ambientes com visão para
grandes áreas da abóbada celeste (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.137 e 138).
O ofuscamento pode causar desconforto ou incapacitação de realização de tarefas, de
forma direta ou por reflexão (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.135 e 137), devido à
luminância da fonte, sua forma, seu ângulo visual e sua posição em relação a linha de visão, e
da luminância do resto do campo visual (EINHORN, 1961, p.154). A luminância1 é referente
ao brilho, e depende da iluminância2 de “um objeto, suas propriedades refletivas, e sua área
projetada em um plano perpendicular à direção da visão” (IESNA, 2000, p.46). O ofuscamento
direto é causado pela visualização direta da fonte de luz, e o indireto é causado pela reflexão da
imagem da fonte em uma superfície polida (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.139).
A localização da fonte de ofuscamento e a proximidade do campo de visão influenciam
no ofuscamento. “Entretanto, um estudo de ofuscamento para uma única janela concluiu que o
desconforto foi praticamente independentemente do tamanho e distância do observador, mas
criticamente dependente da luminância de céu”. Observou-se também que os usuários têm
maior tolerância ao ofuscamento vindo do céu, do que da luz artificial (EUROPEAN
COMISSION DIRECTORATE, 1994, p.2).
Há diversas recomendações de limites quanto à distribuição de luminância no campo
visual, considerando a razão entre a luminância (brilho) de um objeto e a luminância do entorno
deste objeto, conforme condições e referências e superfícies internas (IESNA, 2000, p.144).
Em geral, recomenda-se que as refletâncias sejam maiores no teto, e decresçam até o piso
(Tabela 2-1).
1
Variável quantitativa.
2
Variável quantitativa.
30
Tabela 2-1 – Recomendações de refletâncias das superfícies.
SUPERFÍCIES IESNA ABNT
Teto 80% ou mais 60% - 90%
Paredes 50%-70% 30% - 80%
Mobília 25%-45%
Planos de trabalho 20%-60%
Piso 20%-40% 10%-50%
Divisória 40%-70%
Fonte: adaptação de IESNA (2000, p.478) e ABNT (2013, p.11 e 12).
ρ: refletância em percentual;
π: constante matemática;
E: iluminância (lux);
L: luminância (cd/m²).
31
de ofuscamento e luz natural , índice de ofuscamento da CIE3 (CGI), probabilidade visual de
conforto (VCP), índice de ofuscamento unificado (UGR) e probabilidade de ofuscamento em
iluminação natural (DGP), probabilidade de ofuscamento em iluminação natural
(DGPadaptativo). Neste item são demonstrados os principais parâmetros de avaliação de
ofuscamento abordados em literatura, para respaldar a seleção dos índices mais relevantes.
2.2.1 Iluminância
3
Comission Internacionale de L’Eclairage
4
“uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão” (ABNT,
2013, p.2)
32
𝐼𝑙𝑢𝑚𝑚í𝑛 Equação 2.2 – Cálculo de variação de luminância.
𝑅𝐼𝑙𝑢𝑚 Fonte: Garretón, Colombo e Pattini (2018, p.148).
𝐼𝑙𝑢𝑚𝑚é𝑑𝑖𝑎
Onde:
RIlum: razão de iluminância.
Ilummín: iluminância mínima.
Ilummédia: iluminância média.
2.2.2 Luminância
A luminância está relacionada com o efeito visual que a luz produz por meio do brilho,
decorrente da iluminância, reflexão dos materiais e “área projetada no plano perpendicular à
direção de visão”. É possível estabelecer uma relação entre a “luminância de um objeto
visualizado e a iluminância da imagem resultante na retina do olho”, analogamente a exposição
presente em fotografias. Sua unidade de medição é cd/m² (IESNA, 2000, p.46).
A luminância pode ser calculada por meio de imagens HDR a exemplo de pesquisas de
avaliação de ofuscamento (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; FARIA et al., 2007;
JACOBS, 2007; FARIA ,NASCIMENTO, 2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009a;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et al., 2010; INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016a; KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017). O
procedimento será detalhado no item 2.5.2 Questionários & medições.
A luminância média, máxima e mínima no plano de trabalho podem ser calculadas e as
regiões equivalentes a tarefa e a fonte podem ser determinadas conforme o campo de visão do
usuário (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).
2.2.3 DGI
5
“A luz atinge uma superfície perfeitamente lisa (polida) é refletida em apenas uma direção e não ocorre
dispersão da superfície” (COMNINOS, 2006, p.361).
33
Hopkinson desconsiderar esses fatores (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.152). Este índice
apresenta “baixa probabilidade de ofuscamento mesmo diante da luz direta”, devido ter sido
desenvolvido para luz solar difusa (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.161).
O DGI foi desenvolvido por meio de pesquisas com seres humanos para classificação
do ofuscamento de acordo com uma escala múltipla de critérios (aceitável, limite, não
aceitável), e validação do limite deste índice com base na opinião de observadores, in loco,
considerando a escala (muitíssimo restritivo, muito restritivo, concordo, muito permissivo,
muitíssimo permissivo) (HOPKINSON, 1972, p.210).
2.2.4 DGIN
2.2.5 CGI
2.2.6 VCP
34
especificamente para a iluminação artificial (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.162).
2.2.7 UGR
2.2.8 DGP
6
Criado por Wienold e Christoffersen (2006, p.743).
7
Este índice teve os seus limites classificados inicialmente em imperceptível (≤0,35), perceptível (≤0,40)
e perturbador (≤0,45) (WIENOLD, 2009, p.950). A probabilidade maior que 0,45 equivale ao DGP intolerável e
a menor que 0,30 é imperceptível (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.6). Posteriormente estes valores foram
atualizados por Reinhart e Wienold (REINHART ,WIENOLD, 2010) para imperceptível DGP abaixo de 35%,
perceptível DGP entre 35% e 40%, perturbador DGP entre 40% e 45% e intolerável acima de 45% (REINHART
,WIENOLD, 2010, p.414). Atualmente a classificação com valores mais atualizados é imperceptível, DGP ≤ 34%,
perceptível 34% < DGP < 38%, perturbador 38% < DGP < 45% e intolerável DGP < 45% (WIENOLD et al.,
2019, p.21).
8
Os limites de DGP utilizados nas análises da tese são: imperceptível (<35%), perceptível (entre 35% e
35
DGP ≤ 45%; intolerável para DGP > 45% (WIENOLD et al., 2019, p.21).
“Em 95% do horário de ocupação os valores do DGP devem ser menores ou iguais à
classificação do ‘imperceptível’. Além disso, nos 5% restante do horário de ocupação, o DGP
médio deve ser menor ou igual ao valor médio de ‘perceptível’” (WIENOLD, 2009, p.950).
O índice foi obtido por meio de um experimento com três dimensões de aberturas, com
três dispositivos de sombreamento, todos do tipo persiana. Foram instalados dois sensores de
iluminância e luminância, uma câmera conjuntamente com o sensor de medição da iluminância
vertical ao nível do olho, e uma estação meteorológica para medição da iluminância global total
e difusa e irradiância (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.745 a 747). O DGP apresenta
uma melhor correlação (R²=0,94) com a probabilidade de pessoas perturbadas do que a
iluminância vertical do olho (R²=0,77) (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.755).
O DGP tem o melhor desempenho dentre as demais métricas em ambientes com
incidência de luz solar direta, e geralmente associa a luz solar direta com o ofuscamento, que é
computado mesmo que não haja um contraste excessivo, mas que haja luminância excessiva
dentro do campo de visão (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.158). O DGP é a métrica com
maior robustez, obtendo boas respostas para a maioria das situações simuladas com luz natural,
incidência de luz natural direta e fontes de luminância especular (JAKUBIEC ,REINHART,
2012, p.158). Segundo Jakubiec e Reinhart (2012, p.161) em condições de luz solar difusa, o
DGP, DGI, UGR e CGI são bem correlacionados e foram obtidos resultados semelhantes para
a simulação computacional. O CGI é a métrica que tem uma maior robustez dentre os três
parâmetros mencionados, faz uma previsão mais consistente em casos de altos níveis de
desconforto (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.161). As predições anuais de ofuscamento
foram utilizadas com a finalidade de determinar quando o dispositivo de sombreamento é
manuseado, para isso foi elaborada uma extensão (JAKUBIEC ,REINHART, 2012, p.165) do
modelo de comportamento do Lightswitch (REINHART, 2004).
O DGP pode variar, à exemplo da Indonésia, que foi encontrado um DGP limite superior
de 21% para imperceptível, 22% para perturbador, e entre 24 e 26% para intolerável
(MANGKUTO et al., 2017, p.161), enquanto que os parâmetros originais são: imperceptível
para DGP9 10 menor que 35%; perceptível ou notável entre 35% e 40%; perturbador entre 40%
2.2.9 DGPadaptativo
REINHART, 2018).
11
A autonomia de luz natural (DA) refere-se ao percentual de horas ao ano em que o nível mínimo de
iluminância requerido é mantido apenas com luz natural (REINHART,MARDALJEVIC ,ROGERS, 2006, p.16).
12
Mais frequentemente na chegada, do que durante a sua estadia.
37
ZANG ,BARRET, 2012; HONG et al., 2015b);
contraste no monitor (PIGG,EILERS ,REED, 1996, p.8.168);
desconforto térmico decorrente da luz direta (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978;
REA, 1984; INKAROJRIT, 2006; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-
MORRISON, 2013; HONG et al., 2015b);
privacidade (FOSTER ,ORESZCZYN, 2001; INKAROJRIT, 2005; INKAROJRIT,
2006; GUNAY,O’BRIEN ,BEAUSOLEIL-MORRISON, 2013);
a vista para o exterior (INKAROJRIT, 2005; HALDI ,ROBINSON, 2010; ZANG
,BARRET, 2012);
orientações de fachada e respectivo período de exposição à luz direta ao longo do
tempo13 (O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328);
restrições sociais (BOYCE, 1980, p.202);
autonomia do usuário: as ações de acionamento são consistentemente
desempenhadas pelas mesmas pessoas, com liderança ou influência (Boyce, 1980
apud O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328);
preferências pessoais (RUBIN,COLLINS ,TIBBOTT, 1978, p.58);
sensação de pertencimento em relação ao ambiente, evidenciada por meio da
modificação dos padrões de uso das luminárias (BOYCE, 1980, p.201);
tipo de uso: o acionamento das persianas em ambientes de escritórios é 20% maior
do que em ambientes de ensino, reunião e descanso (ZANG ,BARRET, 2012,
p.143);
a probabilidade de acionamento das persianas na chegada ao ambiente do que em
outros períodos do dia (HALDI ,ROBINSON, 2010, p.137);
facilidade de acionamento do sistema: usuários tendem a ser mais ativos se os
sistemas de controle forem fáceis de usar (O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013,
p.331);
automação: persianas com controle remoto foram usadas três vezes mais que as
manuais (SUTTER,DUMORTIER ,FONTOYNONT, 2006, p.785);
13
usuários na fachada Leste, fecham as cortinas, ao chegar ao ambiente e as abriam durante o dia,
enquanto que usuários da fachada Oeste abrem e as fechavam ao longo do curso do dia (Inoue et al. apud
O’BRIEN,KAPSIS ,ATHIENITIS, 2013, p.328).
38
satisfação com o resultado: usuários insatisfeitos costumam rejeitar o sistema
(O’CONNOR et al., 1997, p.8-6), mesmo que seja com controle automático cuja
correção é feita manualmente pelos próprios usuários segundo monitoramento de
Reinhart e Voss (2003, p.261).
Conforto Ambiente
Comportamento
Cultura Edificação Custo de energia
do usuário
Economia Uso de energia
Impacto de fatores
externos
Fisiologia
Psicologia
Economia
Impacto do comportamento do
Princípios de ideologia do
usuário no desempenho
comportamento
energético da edificação
Sentimentos humanos em
fisiologia, psicologia e economia
O modelo DNAs14 (HONG et al., 2015b, p. 766) (Figura 2.2) foi aplicado a usuários em
edificações, integrando condutores do comportamento, necessidades, ações realizadas, e
sistemas de edificação utilizados pelos mesmos Hong et. al. (2016), Sun e Hong (2017) e Luo
et al. (2019), descritos a seguir.
Interação com os
Controle de
sombreamento
Condut Necessi Ações dispositivos de Sistemas DNAs
ores dades sombreamento
Dispositivos de
Conforto visual
sombreamento
Fonte: tradução e adaptação de exemplo de conforto visual a partir de tabela e exemplo de conforto térmico proposto por
Hong et. al. (2015a, p.204).
14
Acrônimo para (tradução nossa): condutor para Drivers, necessidades para Needs, ação para Actions,
sistema para Systems Hong et al. (2015b, p. 766).
40
como a hora do dia e a estação do ano. Os condutores podem ser divididos em cinco categorias:
I) edificação, (II) usuário, (III) ambiente, (IV) sistema e (V) tempo, conforme Figura 2.3
(HONG et al., 2015b, p. 769). As características do usuário são referentes a idade (Indraganti,
Rao, 2010 apud HONG et al., 2015b, p.770), gênero (KIM et al., 2013) e mobilidade física
(Parsons, 2003 apud HONG et al., 2015b, p. 770) que influem na forma como eles reagem aos
sistemas da edificação. “Fatores ambientais tais como, clima, tempo e condições internas e
externas (ex. temperatura do ar, umidade, radiação solar, qualidade do ar interno - IAQ) são
todos condutores fundamentais na resposta dos usuários ao meio ambiente” (MILIKEN, 1965
apud HONG et al., 2015b, p. 770). Os condutores podem ser diretos, quando provocam reações
imediatas nos usuários, e indiretos, quando influenciam os condutores diretos: a abertura de
uma janela é causada pela temperatura interna (condutor direto), influenciada pela temperatura
externa (condutor indireto) (HONG et al., 2015b, p. 770).
Localização Mês
Condutores
Atributos Clima
Usuário Ambiente
Atitudes Interior
Localização Exterior
Sistema
Estado Tempo
Propriedades Estado
41
2.4.2 Necessidades
42
Figura 2.4 - Componentes das necessidades do usuário.
Físico
Acústico Comida
Visual Banheiro
Necessidades
IAQ Higiene
Dormir
Não físico
Código de
Privacidade Preferências Cultura Rotina
vestimenta
Fonte: adaptação e tradução nossa de Hong et al. (2015b, p.770).
2.4.3 Ações
Ações
2.4.4 Sistema
Sistemas
Comandos ‐
Janelas Brises/persianas Luzes elétricas Termostatos Espaço Equipamento Vestimenta
retorno
Fonte: adaptação e tradução de Hong et al. (2015b, p.6).
44
determinação de luminâncias por meio de fotografias HDR (INANICI, 2006;
JACOBS ,BROTAS, 2006; FARIA, 2007; FARIA et al., 2007; MCCANN ,RIZZI,
2007b; MCCANN ,RIZZI, 2007a; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009b; DOYLE
,REINHART, 2010; PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et
al., 2010; INANICI, 2013; KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016a; JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016b;
KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017);
simulação computacional para avaliação da luz natural (JAKUBIEC ,REINHART,
2012; LEAL, 2013);
2.5.1 Walkthrough
45
e de tabelas de conforto baseadas em temperaturas (CHENG ,NG, 2014). A combinação com
medições ambientais favorece a identificação de condutores das ações dos usuários em relação
a sistemas, como persianas (REINHART ,VOSS, 2003; SUTTER,DUMORTIER
,FONTOYNONT, 2006; HALDI ,ROBINSON, 2010) e luz artificial (REINHART ,VOSS,
2003), possibilitando identificar:
preferências individuais, referentes aos baixos índices de desligamento da luz
elétrica e controle das persianas (REINHART ,VOSS, 2003, p.258);
preferências dos usuários na chegada ao ambiente, devido aos “estímulos
visuais” (HALDI ,ROBINSON, 2010, p.136,139 e 141);
comportamento consistente ao chegar no local de trabalho
(SUTTER,DUMORTIER ,FONTOYNONT, 2006, p.780 à 782 e 789).
Medições de iluminância e luminância devem seguir protocolos, a exemplo do protocolo
da IEA sobre procedimentos de monitoramento para avaliação do desempenho luminoso em
edificações elaborado por Christoffersen15 (1999, p.2/3 e 3/3). Este tipo de avaliação
frequentemente requer luxímetros e luminancímetros, mas pode ser favorecida pelo uso de
fotografias do tipo High Dynamic Range (HDR).
Fotografias HDR proporcionam o máximo de detalhes mesmo quando a cena
fotografada tem muito contraste (REGINA, 2013) e são indicadas para a avaliação de
ofuscamento (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; FARIA et al., 2007; JACOBS,
2007; FARIA ,NASCIMENTO, 2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009a;
PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010; SCARAZZATO et al., 2010; INANICI, 2013;
JAKUBIEC et al., 2016b; LIMA, 2016a; KONSTANTZOS ,TZEMPELIKOS, 2017). Trata-se
de uma técnica que combina fotografias com múltiplos tempos de exposição para fundir em
imagens HDR (INANICI ,GALVIN, 2004; INANICI, 2006; JAKUBIEC et al., 2016b), que
permite o registro de uma alta escala de valores de luminância (REINHARD, WARD,
DEBEVEC, 2005 apud INANICI, 2006, p.123). A fotografia pode ser registrada por meio de
uma câmera que tenha função de resposta utilizada para “fundir sequências de fotografia em
uma única imagem HDR” (INANICI, 2006, p.123), ou podem ser geradas por meio de uma
sequência de fotos em uma câmera compacta comum (FARIA, 2007; FARIA ,NASCIMENTO,
2009; SOUZA ,SCARAZZATO, 2009b). Para isso torna-se necessária a captura de fotografias
com variados tempos de exposição (INANICI ,GALVIN, 2004; JACOBS, 2007; DOYLE
15
Numeração de páginas da referência citada segue formatação original do artigo publicado.
46
,REINHART, 2010; JAKUBIEC et al., 2016b). A imagem HDR deve representar uma maior
amplitude de valores de intensidade, encontrados em cenas reais com rigor, por meio de
calibração da câmera para valores fotométricos, para obter uma curva de resposta da câmera
(JACOBS ,BROTAS, 2006, p.2 a 4).
Doyle e Reinhart (2010) orientam a elaboração de imagens HDR, com calibração de
imagem por meio do programa Photosphere (WARD, 2019b). Para o registro das imagens é
utilizada uma câmera fotográfica digital com tripé, sendo executada uma variação do fator de
exposição entre -2 e +2 (DOYLE ,REINHART, 2010). As fotos devem ser baixadas e abertas
no programa Photosphere (WARD, 2019b), cuja operacionalização só é possível em um sistema
para MAC. As fotos são unidas nesta plataforma, devendo-se eliminar qualquer pessoa da
fotografia, e depois seleciona-se um ponto de calibração na imagem, onde é possível inserir o
valor de luminância conforme Doyle e Reinhart (2010). A imagem pode ser tratada e
redimensionada por meio do programa HDRscope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI,
2012). As imagens com os diferentes critérios de ofuscamento podem ser geradas no
componente Glare Analysis (WIENOLD, 2018) do plug-in Honeybee (ROUDSARI, 2015),
integrado à plataforma do Grasshopper (RUTTEN, 2015). O DGP pode ser identificado por
meio de imagens HDR geradas por meio de lente olho de peixe com fotografias de alta
resolução (WIENOLD ,CHRISTOFFERSEN, 2006, p.749 e 751). DGP, DGI e iluminância
vertical do olho são classificados e correlacionados de acordo com os critérios imperceptível,
perceptível, perturbador e intolerável, conforme Tabela 2-2, adaptada de Bian et al. (2018,
p.308).
47
MÉTODO
3.1 USUÁRIOS
16
Aplicação de questionários, preenchimento de fichas e registro fotográfico elaborados em conjunto com
Viviane Hazboun, mestranda na época da avaliação. Os dados extraídos foram aproveitados em ambas as pesquisas
de mestrado e doutorado que estavam em andamento na época.
48
edifícios e suas características;
características do usuário e ambientes;
preferências e percepções.
O questionário abordou:
fatores fisiológicos: investigação de uma possível correlação entre acuidade visual
e faixa etária da NBR de iluminância de interiores (ABNT, 1992a).
fatores contextuais: rotina de ocupação, identificação do tipo de tarefa/atendimento
mínimo de iluminância.
fatores psicológicos: importância atribuída à vista externa.
conforto luminoso: satisfação do usuário, causas de desconforto.
preferências quanto ao uso da luz natural e do sistema de proteção.
controle do sistema de sombreamento e da luz elétrica: causas, frequência de ajuste,
acionamento.
As questões tiveram o formato de múltipla escolha e escalas de opinião dos usuários, de
1 a 617, que corresponderam à variação “nunca a sempre”, “fácil a difícil”, “insatisfeito a
satisfeito”, “desconforto a conforto”, ou “pouco a excessivo”. A versão preliminar do
questionário foi testada com os alunos da graduação e da pós-graduação do curso de arquitetura
e urbanismo da UFRN e, posteriormente, com os funcionários do INPE18, como grupo-teste da
pesquisa, para confirmar sua adequação e ajustes (RHEINGANTZ et al., 2009, p.89).
As questões com declarações diretas foram:
quantidade de iluminação natural em seu ambiente pela manhã e à tarde (questão 9,
variando de pouco à excessivo);
uso da persiana para melhorar as condições de conforto térmico e luminoso (questão
10, variando de nunca a sempre);
frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento19 (questão 11);
fechamento dos dispositivos de sombreamento durante o dia (questão 14);
acionamento da luz elétrica durante o dia (questão 18) e suas causas (questão 20).
Deve-se salientar que as opções “Pouca luz natural” e “complementação da luz
17
A escala em número par foi escolhida para evitar que o respondente optasse por comodidade pelo valor
intermediário.
18
O prédio foi escolhido por ter estratégias passivas com vistas ao conforto ambiental e eficiência
energética, bem como devido a facilidade de acesso.
19
O termo compreende cortinas, persianas e similares.
49
natural” diferem entre si, a primeira opção refere-se à insuficiência de luz natural no
ambiente e a segunda opção refere-se à integração da luz natural com a artificial no
ambiente;
satisfação em relação à luz natural percebida pela manhã e à tarde (questão 22);
Manhã ①②③④⑤⑥
Tarde ①②③④⑤⑥
10. Você utiliza a cortina/persiana para melhorar suas condições de conforto térmico e/ou luminoso?
Nunca Às vezes Sempre
①②③④⑤⑥
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
Nunca Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
Apenas na entrada e/ou saída do ambiente Mais de 2 vezes por dia
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
Não Sim. Horário(s): ________
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
Não Sim. Horário(s): ______________
20. Por que a luz elétrica é usada?
Pouca luz natural Complementação da luz natural
Independe do nível de luz natural Outro: _______________________
22. Classifique os parâmetros conforme seu nível de satisfação nos períodos de manhã e tarde.
MANHÃ TARDE
PARÂMETROS: Insatisfeito Satisfeito Insatisfeito Satisfeito
3.1.1 Edifícios
50
do prédio, entorno, orientação do prédio, sombreamento, geometria solar e ambientes dos
usuários que responderam os questionários. Foram abordadas documentação de projeto,
registro fotográfico in loco e elaboração de máscaras de sombra dos edifícios por meio do
Ecotect (MARSH, 2011), com a análise do período de sombreamento total20 com abrangência
para o ano inteiro.
Figura 3.1 - Instituto de Pesquisas Figura 3.2 - Setor de infraestrutura da UFRN (SIN).
Espaciais (INPE).
Figura 3.3 - Escola de Ciências e tecnologia Figura 3.4 - Complexo tecnológico de engenharia
da UFRN (ECT). (CTEC).
20
Referente ao percentual de sombreamento de 100%.
51
3.1.2 Caracterização do usuário e ambiente
O usuário foi caracterizado quanto à faixa etária, período de ocupação do ambiente, uso
da luz natural e frequência de execução das atividades, por meio de questionário (Quadro 3.2,
questões de 1 a 4). A faixa etária (INKAROJRIT, 2005; BROWN, 2009; D’OCA et al., 2016)
foi um indicativo de potencial perda de acuidade visual e fatores fisiológicos que possam
influenciar a necessidade de luz artificial devido à insuficiência de luz natural. O período de
trabalho (BROWN, 2009; D’OCA et al., 2016) indicou a rotina de ocupação das salas de
escritório, que interferiu diretamente nos horários de interação dos usuários com os sistemas de
sombreamento e luz elétrica. A frequência de realização das atividades (BROWN, 2009;
ABNT, 2013) no ambiente indicou o nível mínimo de iluminância necessário para a execução
da tarefa visual.
Os ambientes foram caracterizados por meio de visita in loco para registros fotográficos
e preenchimento de ficha, com percentual de abertura de fachada (PAF), fator de céu visível
(FCV), proteção externa e interna, sombreamento do entorno e orientação de fachada,
sombreamento do entorno imediato, cores das superfícies internas, tipo planta livre ou
compartimentada (Quadro 3.3) e checklist21 com possíveis causas e hipóteses para o
acionamento da cortina/persiana (Quadro 3.4). As determinações de PAF e FCV foram
estimadas visualmente, o FCV foi determinado por meio de análise qualitativa visual do quanto
que enxerga do campo de visão em relação entre a área total da janela e a área obstruída. Essa
análise visual considerou uma divisão percentual da área total, tanto para o PAF como para o
FCV, conforme Tabela 3-1.
21
O checklist foi verificado em dois momentos durante a aplicação o questionário nas salas e por meio
dos registros fotográficos.
52
Quadro 3.3 – Trechos da ficha com caracterização do ambiente.
3. Sistemas de aberturas
Orientação da abertura:
Norte Leste Sul Oeste
Nordeste Sudeste Sudoeste Noroeste
Tamanho da abertura em relação à parede (PAF):
PAF pequeno PAF médio PAF grande
Obstrução visual externa da janela (FCV):
□ FCV pequeno □ FCV médio □ FCV grande
Proteção solar externa:
□ Toldo com braço móvel □ Marquise ou beiral Brises externos fixos
□ Toldo fixo com cortina □ Toldo fixo □ Sem proteção externa
Brises externos móveis Proteção lateral fixa Outro: __________________
Proteção solar interna:
□ Persiana horizontal □ Persiana vertical □ Cortina
□ Sem proteção interna □ Outro: ___________________
4. Sombreamento do entorno imediato
□ Sombreamento por árvores □ Sombreamento por outros edifícios □ Sem elementos no entorno
5. Que tipo de ambiente de trabalho você ocupa?
Ambiente privativo (sozinho) Ambiente compartilhado com outras pessoas
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).
22
Para etapa posterior.
53
Tabela 3-1 – Quantificação do PAF e FCV.
CLASSIFICAÇÃO DO PAF E FCV
Pequeno 0%≤PAF ou FCV<33%
Médio 33%≤PAF ou FCV<66%
Grande 66%≤PAF ou FCV≤100%
Fonte: elaborado pela autora (2020).
23
O filtro com acima mencionado foi adequado conforme o que era requisitado para cada pergunta.
54
3.1.3.1 Análise diferenciada por edifício
A análise por edifício foi realizada a partir das questões descritas anteriormente, no
sentido de identificar as influências das características das edificações:
Ocorrências de preferências de dispositivos de sombreamento interno;
Ocorrências de orientações de aberturas para os quatro edifícios;
Ocorrências de causas para o fechamento e a abertura de dispositivos de
sombreamento interno;
Posição do usuário na sala24, conforme Figura 3.6.
A B C D E
Fonte: elaborado pela autora (2020).
24
A (em frente à janela), B (diagonal frontal à janela), C (lateral à janela), D (diagonal posterior à janela)
e E (posterior à janela), questão baseada em Inkarojrit (2005, p.243).
25
As respostas em branco em relação a frequência de ajuste foram desconsideradas.
26
As respostas em branco para a frequência de ajuste foram desconsideradas para o lançamento dos filtros
com as causas de abertura e fechamento.
27
2. Em período você está presente no ambiente?
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
12. A cortina/persiana é aberta durante o dia?
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
55
Quadro 3.6 – frequência, causas para abertura e fechamentos dos dispositivos de sombreamento e
acionamento da luz elétrica.
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
Nunca Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
Apenas na entrada e/ou saída do ambiente Mais de 2 vezes por dia
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial Outro: ________________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
Ofuscamento Excesso de calor Ausência de estímulos na vista externa
Contraste com o monitor Privacidade Outro: ____________
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
Não Sim. Horário(s): ______________
Fonte: elaborado pela autora (2020).
56
Quadro 3.8 – Organização espacial28.
7. Qual é a sua orientação no ambiente em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma janela,
considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
A B C D E
6. Qual é a proximidade do seu posto de trabalho em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma
janela, considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
Até 3 metros De 3 a 6 metros Acima de 6 metros
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
Nunca Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
Apenas na entrada e/ou saída do ambiente Mais de 2 vezes por dia
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial Outro: ________________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
Ofuscamento Excesso de calor Ausência de estímulos na vista externa
Contraste com o monitor Privacidade Outro: ____________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).
28
A: vista frontal da janela; B: vista frontal parcial na quina da janela; C: vista lateral; D: vista posterior
na quina da janela; E: vista posterior da janela. Questão e informações extraídas de Inkarojrit (2005, p.243).
57
Quadro 3.10 – Perguntas comuns entre as causas de abertura e fechamento dos dispositivos de
sombreamento para caracterização do comportamento dos usuários.
4. A luz natural é utilizada no ambiente? Em caso afirmativo, especifique o(s) horário(s).
Nunca Às vezes Sempre Horário(s): ____________________
①②③④⑤⑥
8. Quando você utiliza os seguintes sistemas de ventilação?
Nunca Às vezes Sempre
TIPO DE SISTEMA:
Ventilação natural ①②③④⑤⑥
Ventilador ①②③④⑤⑥
Ar condicionado ①②③④⑤⑥
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
Não Sim. Horário(s): ______________
20. Por que a luz elétrica é usada?
Pouca luz natural Complementação da luz natural
Independe do nível de luz natural Outro: _______________________
Fonte: Carvalho, Hazboun (2020).
58
3.2 OFUSCAMENTO
A caracterização do usuário foi realizada por meio de questionário sobre gênero, idade,
identificação de problema visual para avaliação de interferência sobre a acuidade visual ou
aumento de sensibilidade à luz (Quadro 3.11), percepção do ofuscamento (Quadro 3.12) e o
momento no qual ocorre ofuscamento ao longo do dia, sua localização das potenciais fontes de
ofuscamento (Quadro 3.13), comentários dos usuários (Quadro 3.14) e autorização para a
realização da próxima etapa composta por medições e registro fotográfico (Quadro 3.15)
(PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010, p.155). A escala de classificação das ocorrências de
ofuscamento consistiu de uma faixa de 1 a 4: 1 equivalente ao ofuscamento imperceptível, 2 à
perceptível, 3 ao perturbador; e 4 ao intolerável conforme indicações da literatura (WIENOLD,
2009; PAINTER,MARDALJEVIC ,FAN, 2010).
59
Quadro 3.11 – Trecho de caracterização do respondente.
Caracterização do respondente:
Gênero
Feminino Masculino Não-binário
Idade
__ __ anos
Tem algum problema visual?
Outros: __________________________________________________________
Fonte: elaborado pela autora (2020).
Quadro 3.15 –Autorização para a próxima etapa da pesquisa de medições e registro fotográfico.
O respondente autoriza a realização de uma etapa posterior de avaliação de campo com medições de
índices de iluminação e registro fotográfico?
Sim Não
Fonte: elaborado pela autora (2020).
29
Utilizou o método TMY/ISO 15927_4:2005, em que os arquivos anuais individuais ISD foram baseados
no IWEC (International Weather for Energy Calculations), “anos típicos meteorológicos que foram publicados em
2001” (LAWRIE ,DRURY, 2019a). O método TMY dispõe de “uma sequência de dados históricos de vários anos,
o método consiste em, para cada estação e cada mês, excluir-se sucessivamente os anos mais quente e mais frios,
até que reste apenas um, considerado como o mês típico do lugar” (RORIZ, 2012, p.2).
61
horizontal extraterrestre, radiação normal direta extraterrestre, intensidade de radiação
horizontal infravermelha, radiação horizontal global, radiação normal direta, radiação
horizontal difusa, iluminância horizontal global, iluminância normal direta, iluminância
horizontal difusa, luminância de zênite, direção dos ventos, velocidade dos ventos, cobertura
total de nuvens, cobertura de céu opaca, visibilidade, altura do céu, observação presente do
tempo, códigos presente do tempo, precipitação de água, profundidade óptica do aerossol,
profundidade da neve, dias desde a última queda de neve, albedo, profundidade da precipitação
líquida e quantidade da precipitação líquida.
Os dados utilizados para a análise foram o índice total de cobertura de nuvens e a
luminância de zênite. O céu representativo foi divido em décimos e classificado de acordo com
o tipo30 (2002, p.3-5 e 3-9), conforme Tabela 3-2. Posteriormente foram identificadas, por meio
da inserção de filtros em planilhas eletrônicas, a luminância máxima do zênite, as luminâncias
máximas e mínimas para cada horário das 6h às 17h e a frequência de ocorrência para o tipo de
céu mais recorrente.
Tabela 3-2 – Conversão de cobertura total de nuvens de oitavos para décimos e classificação do tipo
de céu.
Cobertura total de Cobertura total de nuvens em
Valor Tipo de céu
nuvens em oitavos décimos
0 0 0 Claro
1 1 1/10 ou menos, diferente de zero Claro
2 2 2/10 3/10 Parcialmente nublado
3 3 4/10 Parcialmente nublado
4 4 5/10 Parcialmente nublado
5 5 6/10 Parcialmente nublado
6 6 7/10 8/10 Parcialmente nublado
8 8 10/10 Nublado
Fonte: adaptação de Cabús31 (2002, p.3-5 e 3-9).
30
A maioria dos textos em literatura internacional classifica o céu baseado na divisão em oitavos,
entretanto o arquivo climático utilizado apresenta uma divisão em décimos, implicando na necessidade da
conversão dos dados por meio das tabelas de Cabús (2002, p.3-5 e 3-9).
31
Adaptação de duas tabelas presentes na tese de Cabús (2002) com conversão de cobertura total de
nuvens de oitavos para décimos e classificação do tipo de céu.
62
3.2.3 Desempenho luminoso
63
3.2.3.1 Levantamento de campo
Figura 3.7 – Altura dos pontos para medição Figura 3.8 – Pontos para medição de iluminância
de iluminância. em planta baixa.
64
3.2.3.2 Tratamento dos registros
32
Empregadas por Konis (2011), com geração de HDR automática por meio de câmeras profissionais.
33
A principal referência utilizada para a calibração e elaboração de imagens HDR foi uma apresentação
de slides da universidade de Harvard de autoria de Doyle e Reinhart (2010) por ser a fonte mais detalhada.
65
Figura 3.9 – Procedimentos revisados.
34
Gregory Ward é membro da equipe técnica de pesquisa dos laboratórios Dolby, é o criador do programa
Photosphere e vem desenvolvendo por muitos anos o site do Radiance web. Trabalha como consultor para o
Anyhere Software, cujo trabalho consiste no “desenvolvimento de software e suporte para imagens HDR de alto
alcance dinâmico, percepção humana, simulação de iluminação, hardware de exibição e software gráfico”
(WARD, s.d.).
35
Jan Wienold é o criador do parâmetro probabilidade de ofuscamento em luz natural (DGP),
desenvolvedor do programa de análise de ofuscamento Evalglare e do Daylight Glare Analysis, Plug-in do
Grasshopper.
36
A pixelização é a “visualização de quadrados numa imagem digital, para criar determinado efeito visual
66
refletância próximo a cor branca nas fotografias da amostra da pesquisa. O
desenvolvedor do software foi avisado quanto ao processamento inadequado nas
áreas de maior brilho das imagens, corrigindo prontamente na versão 1.8.29U
(WARD, 2019b).
C. Tratamentos no HDR Scope (KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012):
a. redefinição do tempo de exposição das imagens para 137, devido ao programa
Wxfalse Color (BLEICHER, 2015) não trabalhar adequadamente com
múltiplos tempos de exposição;
b. redimensionamento das imagens para 800x800 pixels38, para agilizar o
processamento das imagens e compatibilizar com o tamanho padrão de
imagem adotado pelo Glare Analysis;
c. inserção de máscara para demarcação dos campos de visão para os ângulos
de 30º, 60º e 90º, por meio de programa com edição de imagem, para a
determinação de luminâncias (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018).
Cálculo de DGP e DGI com a imagem sem a máscara, para evitar interferência no
cálculo da cena, por meio do componente Glare Analysis39 40
(WIENOLD, 2018), na
plataforma do Grasshopper (RUTTEN, 2015)(Figura 3.10), com algoritmo de cálculo baseado
no Evalglare (WIENOLD, 2012) (Equação 3.1), sendo que a primeira parte da equação do DGP
(5,87 𝑥 10 𝐸 representou o efeito de saturação e a parte restante representou o contraste
(REINHART, 2018, p.137).
ou por causa de um aumento excessivo da imagem relativamente à sua resolução” (PRIBERAM, 2021).
37
Segundo Mehlika Inanici, a fixação do tempo de exposição para 1 não altera os dados referentes à
iluminação nas imagens.
38
Recomendação direta do desenvolvedor do programa, Viswanathan Kumaragurubaran, com alternativa
de redução no Radiance, segundo um de seus desenvolvedores, Gregory Ward. A redução é para agilizar o
processamento das imagens e compatibilizar com o tamanho padrão de imagem adotado pelo Glare Analysis.
39
Componente presente no programa Honeybee (ROUDSARI, 2015), que está dentro da plataforma
operacional do Grasshopper (RUTTEN, 2015).
40
Segundo Jan Wienold, em conversa por email, as análises do Evalglare (WIENOLD, 2012) são mais
seguras quando o componente –b adota 2000cd/m², em que “cada pixel acima de 2000cd/m² é adicionado somente
às fontes de ofuscamento”. O componente do Glare Analysis (WIENOLD, 2018) não tem uma entrada para
alteração deste dado e o código não é aberto, sendo que o valor para detecção de ofuscamento do software é
2000cd/m² conforme informação do GitHub (2019).
67
Figura 3.10 - Algoritmo de análise do DGP e DGI.
Onde:
LS: luminância da fonte de ofuscamento (cd/m²).
ω: ângulo sólido da fonte de ofuscamento (sr).
ωpos: ângulo sólido da fonte de ofuscamento modificada pela sua posição no campo de visão (sr).
Lb: luminância de fundo determinada pela luminância média de áreas não identificadas como fontes
de ofuscamento (cd/m²).
Onde:
LS: luminância da fonte de ofuscamento (cd/m²).
ω: ângulo sólido da fonte de ofuscamento (sr).
Ev: iluminância vertical do olho total (lux).
P: fator de peso baseado na posição em uma vista hemisférica, o índice de posição.
41
Discentes voluntárias de iniciação científica, do Labcon, que auxiliaram no desenvolvimento do
algoritmo no Grasshopper (RUTTEN, 2015) para as análises das fotografias HDR.
68
para os campos de visão central (30º), e campos de visão periféricos de 60º e 90º
(GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).
Figura 3.11 - Luminância máxima para os Figura 3.12 - Luminância mínima para os
campos de visão a 30º, 60º e 90º. campos de visão a 30º, 60º e 90º.
Fonte: elaborado pela autora (2020). Fonte: elaborado pela autora (2020).
A razão de luminância máxima e mínima foram identificadas nos campos de visão 30º,
60º e 90º (Figura 3.3), assim como os contrastes4243, e a fontes de ofuscamento.
𝐿𝑢𝑚𝑀á𝑥
𝑅𝐿𝑢𝑚 Equação 3.3 – Cálculo de razão de
𝐿𝑢𝑚𝑀í𝑛
luminância.
Onde:
RLum: razão de luminância.
RMaxLum: razão máxima de luminância.
RMínLum: razão mínima de luminância.
3.2.3.3 Iluminância
42
As luminâncias mínimas e máximas são representadas pelos pixels mais escuros e mais claros da
fotografia (REINHARD et al. apud SUK,SCHILER ,KENSEK, 2013, p.114).
43
A razão de luminância pode ser expressa por meio de relações entre a tarefa e entorno conforme
publicações como CEI e IDAE (2005, p.26) e IESNA (2000, p.479 e 816).
69
iluminâncias44 mínima, média e máxima para cada usuário45, e sua classificação
quanto ao desconforto visual, conforme gráfico da Figura 3.13, em que os usuários
estão dispostos na abcissa, classificado pelo estágio de sombreamento (ab=aberto,
int=intermediário, e fec=fechado);
influência da obstrução da cortina sobre as iluminâncias e percepção do usuário:
foram representadas as iluminâncias e desconforto visual para as condições aberto
(persiana/cortina aberta), intermediário (persiana/cortina entreaberta para a maioria
dos casos ou com parte da persiana/cortina fechada na sala), fechado
(persiana/cortina fechadas) (Figura 3.14).
Figura 3.13 – Iluminância mínima, média e máxima Figura 3.14 – Iluminância máxima x desconforto
x usuário x percepção visual. visual x estágio de sombreamento aberto.
44
Os valores de iluminância mínimos, médios e máximos foram calculados com base nos cinco pontos
medidos na estação de trabalho de cada usuário.
45
Identificado por meio de código numérico para cada sala, com as terminações: _fec (fechado), _int
(intermediário) e _ab (aberto).
70
razão de luminância (Rlum) para os campos de visão 30º, 60º e 90º, para determinar
relações, influências, e causas de desconforto visual (Figura 3.15);
opiniões dos usuários (Figura 3.16 a Figura 3.17);
opiniões dos usuários para cortinas abertas, intermediárias e fechadas.
DGP DGI
71
Figura 3.16 – Exemplo de gráfico de DGI x Figura 3.17 – Exemplo de gráfico de DGP x
desconforto visual. desconforto visual.
As razões de luminância (máxima dividida pela mínima) foram analisadas para os três
campos visuais para identificar as variações em relação à literatura, identificar o campo visual
em que ocorrem as maiores variações, e avaliar sua relação com o desconforto visual declarado
pelos usuários.
72
Figura 3.18 – Razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos usuários.
A influência da organização espacial foi avaliada com base na relação entre a posição
dos usuários com a causa do ofuscamento, considerando a Rlum em relação ao monitor de
100cd/m² nos três campos visuais.
73
RESULTADOS
4.1 USUÁRIOS
4.1.1 Edifícios
Os edifícios são caracterizados a seguir, de acordo com os aspectos mais relevantes para
as análises.
4.1.1.1 INPE-CRN
46
Formado pela UFC em 2003 e mestrando do PPGAU, na época, foi responsável pelo partido do projeto
de forma voluntária e com a participação dos futuros ocupantes da edificação, e em parceria com Manoel Jozeane
Mafra de Carvalho, chefe da unidade e responsável pela iniciativa e conclusão da obra.
47
Formado pela UFRN em 1984, foi responsável pelo detalhamento e acompanhamento da construção.
É parceiro do LabCon-UFRN e atuante nas áreas de projeto arquitetônico, intervenção no patrimônio histórico, e
arquitetura contemporânea.
74
A edificação tem área construída total de 469m², distribuída dois pavimentos com
orientação predominantemente das fachadas voltadas para Norte/Sul (Figura 4.2). As aberturas
com orientação Norte têm vista para o estacionamento e paisagismo local (Figura 4.3) e as
aberturas com orientação Sul têm vista para o talude com grama (Figura 4.4). Não há sistemas
de sombreamento interno48, por determinação da administração.
48
Apesar de não haver um dispositivo de sombreamento interno que possa ser acionado pelo usuário, o
edifício foi escolhido para a fase de pré-teste devido à disponibilidade do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) Manoel Joseane M. de Carvalho
75
Figura 4.2 – Fachada Norte (frontal) da sede administrativa do INPE-CRN.
Figura 4.6 – Parte lateral e posterior do prédio Figura 4.7 – Corredor do pavimento térreo,
(Sudoeste). fachada Norte.
77
Figura 4.10 – Planta baixa pavimento térreo. Figura 4.11 – Planta baixa pavimento
superior.
Fonte: adaptação de Oliveira e Maranhão (2005) com edição de formatação gráfica de Leite49 (2020).
49
Bolsista de iniciação científica do Labcon UFRN.
78
Figura 4.12 – Detalhe do dispositivo de sombreamento da fachada Norte.
79
Figura 4.17 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do INPE.
80
4.1.1.2 Superintendência de Infraestrutura (SIN)
50
Graduado em arquitetura e urbanismo em 1995, com mestrado em arquitetura e urbanismo em 2006.
Atua como arquiteto da Superintendência de Infraestrutura (SIN) desde 2004 e atualmente exerce o cargo de diretor
de projetos da SIN. Com atuação nos temas de arquitetura bioclimática e eficiência energética. Texto informado
na página do currículo lattes.
81
Figura 4.19 - Superintendência de Infraestrutura da UFRN (SIN), fachada Norte, entrada principal.
A aplicação dos questionários foi realizada nas salas destacadas com hachura (Figura
4.20 à Figura 4.21). A SIN tem um sistema de sombreamento composto por marquise de
concreto e brises metálicos situados próximos a bandeira de luz da janela (Figura 4.22). Este
sistema garante 100% de sombreamento para quase todos os dias e horários do ano, exceto nos
horários iniciais e finais do dia, entre 6h15min e 6h30min e a partir das 16h30min (Figura 4.26).
O sombreamento total para todos os dias do ano ocorre durante a maior parte do horário de
ocupação das salas (Figura 4.28).
Figura 4.20 – Planta baixa 1º e 2º pisos SIN. Figura 4.21 – Planta baixa 3º e 4º pisos
SIN.
82
Figura 4.23 – Máscara de sombra SIN pavimento
Figura 4.22 – Detalhe do inferior bloco menor da SIN fachada Norte.
dispositivo de sombreamento
da SIN
Figura 4.24 – Máscara de sombra SIN Figura 4.25 – Máscara de sombra SIN
pavimento térreo fachada Norte bloco maior. pavimento superior fachada Norte.
Figura 4.26 – Máscara de sombra SIN Figura 4.27 – Máscara de sombra SIN
pavimento térreo fachada Sul. pavimento superior fachada Sul.
83
Figura 4.28 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício da SIN.
84
O projeto foi desenvolvido respeitando a topografia natural do terreno apresentando um
dos pavimentos semienterrados (Figura 4.29 e Figura 4.30). A entrada de luz natural é
possibilitada por meio de janelas laterais, com verga situada na altura do teto, combinadas com
dois átrios centrais (Figura 4.31 e Figura 4.32), que proporcionam distribuição de luz natural
nos corredores centrais de circulação do prédio, que tem vista para os jardins internos da
edificação (Figura 4.33 e Figura 4.34).
Figura 4.29 – Topografia natural na fachada Sul, Figura 4.30 – Topografia na fachada Sul, vista
vista frontal. em perspectiva.
Figura 4.33 – Átrio corredor de entrada. Figura 4.34 – Átrio corredor de entrada.
85
A edificação apresenta aberturas de tamanho intermediário, com sombreamento externo,
composto por brises lineares (45º) em alumínio e beirais (Figura 4.35 à Figura 4.37). Todas as
salas têm dispositivos de sombreamento interno por meio de persianas (Figura 4.38 a Figura
4.40).
Figura 4.35 – Detalhe dos brises lineares (45º), Figura 4.36 – Vista frontal dos brises lineares
fachada Norte, entrada principal. (45º) e beiral, fachada Norte, entrada principal.
Figura 4.37 – Vista lateral brises lineares (45º) Figura 4.38 – Sistema de sombreamento interno
de alumínio e beiral. por meio de persianas, sala do superintendente.
86
Figura 4.41 – Dispositivo de sombreamento interno e copa das árvores vistos através da janela da
sala 19.
87
significativas à radiação solar e aos ventos incidentes.
Os questionários foram aplicados nas salas destacadas com hachura (Figura 4.46),
caracterizadas por grandes aberturas em sua maioria, com elemento de sombreamento externo
composto por amplos beirais e brises de alumínio anodizado (Figura 4.47) nas fachadas Norte
e Sul. Este sistema proporciona 100% de sombreamento para quase todos os dias e horários do
ano (Figura 4.48 à Figura 4.51).
88
Figura 4.46 – Planta baixa 3º pavimento Figura 4.47 – Detalhe do dispositivo de sombreamento
ECT. do ECT.
Fonte: Trindade (2009a) com edição de formatação Fonte: elaborado pela autora (2020).
gráfica de Leite (2020).
89
Figura 4.51 – Desempenhos dos dispositivos de sombreamento do ECT.
90
O prédio foi projetado com pátios internos integrados ao exterior, com uma ampla visão
para a paisagem localizada no exterior (Figura 4.52 e Figura 4.53), que proporcionam uma
maior ventilação natural por toda a área de circulação e convívio social do prédio. Todas as
salas têm dispositivo de sombreamento interno por meio de persianas horizontais, geralmente
nas salas com aberturas voltadas para o corredor (Figura 4.54), ou cortinas, nas salas com
aberturas com voltadas para o exterior da edificação (Figura 4.55 à Figura 4.57).
Figura 4.52 – Vista do corredor da fachada Sul com Figura 4.53 – Varanda do terceiro pavimento da
integração para o exterior. fachada Norte com vista para o exterior.
Figura 4.54 – Sombreamento com persiana. Figura 4.55 – Sombreamento com cortina.
Figura 4.56 – Vista para o Norte. Figura 4.57 – Vista para o Sul.
91
4.1.1.4 Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC)
51
Arquiteto com graduação pela UFPE em 1974, mestrado pela USP em 1980. É professor do curso de
arquitetura e urbanismo da UFRN desde 1975. Informações extraídas do Linkedin.
52
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 1988, especialista em conforto ambiental pela UFRN
em 1991, mestre em arquitetura e urbanismo pela UFRN em 2001 e doutor em arquitetura e urbanismo pela UFRN
em 2014. Foi professor adjunto do curso de arquitetura e urbanismo de 1995 a 2018. Informações extraídas do
Escavador.
53
Arquiteta e urbanista graduada pela UFRN em 1991, com mestrado em arquitetura, projeto e meio
ambiente em 2014 pela UFRN. Apresenta experiência em projetos de arquitetura. Texto informado pela página do
currículo lattes.
54
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 1986, especialista em computação gráfica pela École
d’Architecture de Pris-Conflans em 1990, mestre em arquitetura e urbanismos pela UFRN em 2005. Atualmente
é arquiteto da UFRN. Texto informado pela página do currículo lattes.
55
Arquiteto e urbanista graduado pela UFRN em 2007, tem mestrado em Ambiente, Tecnologia e
Sociedade pela Universidade Federal Rural do Semiárido (PPGATS/UFERSA). Foi pesquisador do projeto de
Capacitação do Labcon-UFRN para Etiquetagem de Edifícios dos PBE-INMETRO e da rede de Eficiência
Energética da Eletrobrás. Atualmente é arquiteto e urbanista da Universidade Federal Rural do Semiárido
(UFERSA). Texto informado pela página do currículo lattes.
92
Figura 4.58 – Volume e entorno do CTEC.
Figura 4.60 - Plantas baixas dos quatro pavimentos do CTEC, com destaque para os ambientes com
respondentes, em cinza.
Fonte: adaptado de Leitão et. al. (2010), com edição de formatação gráfica de Leite (2020).
93
Figura 4.61 – Detalhes do brise perfurado.
Figura 4.62 – Máscara de sombra CTEC 3º Figura 4.63 – Máscara de sombra CTEC
piso fachada Sul. 3º piso fachada Norte.
Figura 4.64 – Máscara de sombra CTEC 3º Figura 4.65 – Máscara de sombra CTEC
piso fachada Leste. 3º piso fachada Oeste.
94
Figura 4.66 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento do CTEC.
95
A luz natural zenital está presente na circulação central, climatizada (Figura 4.67), e nos
ambientes abertos dos pilotis, por cobogós (Figura 4.68). As vistas para o exterior têm poucos
obstáculos devido ao baixo gabarito das construções e áreas de estacionamentos (Figura 4.69 a
Figura 4.71).
Figura 4.67 – Átrio central 4º pavimento. Figura 4.68 - Pilotis com cobogó.
Figura 4.69 – Vista para Oeste. Figura 4.70 – Vista para Leste. Figura 4.71 – Vista para Sul.
96
natural do terreno, com um pavimento semienterrado, totalizando 3.083m² distribuídos em
quatro pisos: subsolo, térreo, segundo pavimento e terceiro pavimento. Seu formato é em arco
(Figura 4.72, voltado para o Nordeste (Figura 4.73), com vista para as dunas (Figura 4.74 e
Figura 4.75), e para o Sul (Figura 4.76), com entorno árvore de porte médio, estacionamento e
prédio de baixo gabarito mais distante. A aplicação dos questionários foi realizada nas salas
destacadas com hachura cinza (Figura 4.77 à Figura 4.79), para diferentes orientações.
,
Fonte: adaptado de Google Maps (2020e).
97
Figura 4.74 – Entorno de dunas visto da fachada Figura 4.75 – Entorno de dunas visto a partir do
Norte solário.
98
Figura 4.77 – Planta baixa do térreo do IIF. Figura 4.78 – Planta baixa do 2º pav. do IIF.
Figura 4.79 – Planta baixa 3º pav. do IIF. Figura 4.80 – Corte com detalhe do dispositivo
de sombreamento brise fixo.
Fonte: adaptado de Trindade (2010) com edição de formatação gráfica de Leite (2020).
99
Figura 4.81 – Átrio central com entrada de luz Figura 4.82 - Brises horizontais em alumínio
natural pelo telhado. anodizado.
Figura 4.83 – Detalhe dos brises lineares de Figura 4.84 – Sombreamento com persianas.
alumínio.
56
A modelagem desta fachada para cálculo de máscara de sombra foi executada de forma reta devido a
limitações para modelagem de zonas em formato de arco no programa.
100
não há um horário com sombreamento total que perdure para o ano inteiro para a fachada
Nordeste. O desempenho dos dispositivos de sombreamento pode ser visualizado com detalhes
na Figura 4.87.
Figura 4.85 – Máscara de sombra do segundo Figura 4.86 – Máscara de sombra IIF segundo
pavimento do IIF, para Sul. pavimento Nordeste.
101
Figura 4.87 – Desempenho dos dispositivos de sombreamento para o edifício do IIF.
102
4.1.1.6 Tipologias
4.1.1.7 Entorno
103
4.1.1.8 Ambientes internos
As características mais recorrentes foram PAF de tamanho médio (67%) (Figura 4.90);
FCV médio (69%) (Figura 4.91); predominância de brises fixos externamente (67%) (Figura
4.92); 73% de uso de persianas internamente (Figura 4.93); baixa frequência de sombreamento
no entorno (65%) (Figura 4.94); predominância de aberturas para Norte (35%) e Sul (37%)
(Figura 4.95). No total são 23% salas privativas e 77% compartilhadas57. O número de usuários
das salas compartilhadas, que responderam aos questionários, variou de dois a nove usuários, o
prédio com maior número de usuários por sala é o da SIN (Figura 4.96 e Figura 4.97).
Figura 4.90 - Percentual de abertura de fachada. Figura 4.91- Fator de céu visível.
57
Um dos usuários da SIN apesar de estar numa sala privativa, respondeu que o ambiente era
compartilhado, devido à presença de uma mesa na sala destinada a reuniões.
104
Figura 4.94 - Sombreamento do entorno. Figura 4.95 - Orientação de abertura.
Figura 4.96 – Tipos de salas Figura 4.97 – Tipo de sala por prédio.
A faixa etária predominante foi de 20 a 40 anos (Figura 4.98), seguidos de usuários com
40 a 55 anos, e uma minoria com idade até 20 anos ou superior a 55 anos. A maioria dos
respondentes trabalharam os dois turnos, manhã e tarde (Figura 4.99). Não houve correlação
entre a idade e maior uso da luz natural por conta da perda de acuidade visual (Figura 4.100 a
Figura 4.103).
105
Figura 4.98 - Idade dos usuários. Figura 4.99 - Período de ocupação.
Figura 4.100 – Uso da luz natural até 20 anos. Figura 4.101 – Uso da luz natural 20 a 40
anos.
Figura 4.102 – Uso da luz natural 40 a 55 anos. Figura 4.103 – Uso da luz natural
superior a 55 anos.
O microcomputador foi usado em 100% dos casos, sendo que 91% sempre usam e
apenas 1% usam às vezes (Figura 4.104). A atividade de leitura aconteceu para 98% dos casos
e 55% dos usuários sempre executam atividades de leitura (Figura 4.105). Outras atividades
106
foram citadas por 10% dos usuários foram: uso de lousa, discussão com outros pesquisadores,
programação, arquivo e protocolo, reuniões e visita à obra.
Houve 1/3 dos usuários que responderam nunca interagir com os dispositivos (questão
107
11), mas que responderam abrir e/ou fechar os dispositivos. Também houve respostas de
horários de aberturas ou fechamentos que contrariaram as questões anteriores quanto à
interação, dentre outras interpretações inesperadas. O fato do usuário declarar que não interage
com o dispositivo não significa que ele seja indiferente, uma vez que o usuário preserva uma
determinada posição do dispositivo, que corresponde à sua preferência. A combinação das
questões 2, 11, 12 e 14 (acionamento e horário) e a simplificação das classificações de
preferências para os dispositivos internos de sombreamento resultou na identificação das
preferências: 44% mantém fechada (24% fecha e 76% deixa fechada); 31% mantém aberta
(41% abre e 59% deixa aberta); 15% varia durante o dia; 2% varia de preferência na entrada;
8% não foi possível determinar Figura 4.108. O dispositivo fechado foi predominante nas
orientações Norte, Sul e principalmente Leste, enquanto para Oeste há variações ao longo do
dia.
Figura 4.109. Ocorrências e frequências por configurações dos dispositivos de sombreamento interno
por orientação.
108
A quantidade de iluminação natural percebida em seu ambiente pela manhã e à tarde
foram similares, porém os usuários que mantiveram o dispositivo fechado tiveram
interpretações conflitantes da questão: alguns consideraram a percepção com o dispositivo
fechado e atribuíram baixos valores, enquanto outros consideraram o dispositivo aberto e
atribuíram altos valores, comprometendo a análise das respostas. Por isso, foram consideradas
as opiniões dos usuários que não mantém a cortina fechada, considerando o nível de satisfação
variando de muito insatisfeito (1) a muito satisfeito (6), resultando na maior frequência de
opiniões intermediárias (Figura 4.110).
109
O acionamento de iluminação artificial depende do dispositivo de sombreamento e a
maior frequência foi para dispositivos fechados, de 83%, seguido de condição intermediária, de
63%. Os dispositivos abertos foram os que apresentam menor uso de luz artificial, de 52%
(Figura 4.112).
111
Figura 4.116 - Ocorrências de causas para a abertura de dispositivos de sombreamento interno.
A luz natural é sempre usada para a maioria dos usuários do IIF e ECT, às vezes para
sempre para a maioria dos usuários do CTEC e às vezes para nunca é usada para a maioria dos
usuários da SIN (Figura 4.117) e a luz artificial é mais usada na SIN e no ECT (Figura 4.118).
Figura 4.117 – Uso da luz natural para os Figura 4.118 – Uso da luz artificial por edifícios.
edifícios.
113
Figura 4.121 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento conforme causas para
abertura dos dispositivos de sombreamento.
114
Figura 4.122 – Frequência de acionamento dos dispositivos de sombreamento x causas para
fechamento dos dispositivos de sombreamento.
A maioria das salas é compartilhada58 (80%), conforme Figura 4.123. Observa-se que a
maioria dos usuários das salas compartilhadas deixa fechado o dispositivo de sombreamento,
enquanto na sala privativa deixa aberto ou abre ou fecha uma ou mais vezes (Figura 4.98). O
prédio da SIN tem somente salas compartilhadas, com exceção da sala do superintendente, e os
prédios do CTEC e IIF são os que têm mais salas privativas, conforme Figura 4.125. A maioria
dos usuários que deixam os dispositivos de sombreamento abertos são do IIF e ECT, sendo que
no primeiro prédio há o estímulo da vista para as dunas (Figura 4.116). A maioria dos usuários
que deixam os dispositivos de sombreamento fechados são da SIN e CTEC (Figura 4.129).
58
Um dos usuários da SIN apesar de estar numa sala privativa, respondeu que o ambiente era
compartilhado, devido à presença de uma mesa na sala destinada a reuniões.
115
Figura 4.123 – Tipo de ambiente. Figura 4.124 – Tipo de ambiente x frequência de
acionamento.
116
4.1.3.4 Organização espacial59
A maioria dos usuários está localizado na posição A (38%), seguido pelo C (22%), D
(14%) e B (14%) e por último do E (12%), conforme Figura 4.127. Ao cruzar a opinião do
usuário com a frequência de acionamento, destaca-se que a posição A tem o mesmo número de
usuários que deixam os dispositivos de sombreamento abertos e fechados, enquanto na posição
D, a maioria deixa o dispositivo aberto; nas demais posições (B, C e E) a maior parte deixa os
dispositivos fechados (Figura 4.128).
A maioria dos usuários na posição A aciona o dispositivo para ter um maior contato com
o exterior, seguido do aproveitamento da luz natural. O inverso ocorre para C, onde a maioria
aciona para ter um maior aproveitamento da luz natural, seguido do contato com o exterior.
Para E, a maioria aciona para obter contato com o exterior, ainda que a janela esteja por trás do
seu ângulo de visão (Figura 4.129). Em comparação com à causa de fechamento, destaca-se
59
Observou-se que pelo menos um dos usuários do CTEC não havia entendido graficamente a distribuição
espacial dos usuários e havia respondido errado à questão 7 sobre a orientação do usuário.
117
que, para a posição A, as principais causas foram excesso de calor seguido de ofuscamento,
para B foi ofuscamento e contraste com o monitor, para C foram ofuscamento e privacidade,
para D foram ofuscamento e excesso de calor, e para E foram ofuscamento e contraste com o
monitor (Figura 4.130).
118
usuário, observa-se que para A prevalece para ECT e SIN, B para IIF e SIN, C para CTEC e
SIN, D para ECT e E para SIN (Figura 4.132). Em relação a orientação da janela para cada
posição de usuário, observa-se que todas as posições estão presentes em sua maioria para as
orientações Norte e Sul, destacando-se a posição B com a orientação Nordeste e a C com a
Leste e Oeste também, conforme Figura 4.133.
Constata-se que a maioria dos usuários está a uma distância de até 3m da janela (89%),
enquanto apenas 11% estão entre 3 e 6m (Figura 4.134). Não foi observada uma tendência de
interação do usuário com o dispositivo de sombreamento devido à proximidade com a janela.
A maioria dos usuários, até 3m da janela, deixa o dispositivo de sombreamento fechado. Os
localizados a uma distância de 3 a 6m deixam abertos ou não acionam (Figura 4.135).
119
Figura 4.134 – Proximidade com Figura 4.135 – Proximidade da janela x frequência de
a janela. acionamento dos dispositivos de sombreamento.
120
Quadro 4.1– Síntese das características mais recorrentes para abertura de dispositivos de
sombreamento.
MODELO DNA CAUSAS PARA ABERTURA
Aproveitamento da luz Complementação da luz natural
Condutores Contato com o exterior natural (integração com a luz artificial)
Iluminância no plano de trabalho
Necessidades Manter a vista externa Conforto visual
Abrir persianas,
Abrir persianas e Abrir persianas, acionamento de AC
Ações / sistemas acionamento de AC e
acionamento de AC e luz artificial
luz artificial
Informações complementares
Uso da luz Complementação / Pouca luz /
Complementação / Independe
elétrica pouca luz natural Complementação
Uso da luz
Às vezes /Sempre Sempre Às vezes /Sempre
natural
Ocorrências
ECT, SIN, CTEC e IIF IIF, ECT e CTEC IIF e SIN
predominantes
Fonte: elaborados pela autora (2020).
121
interno, acionamento da iluminação e ar-condicionado. A luz elétrica foi motivada pela
complementação da luz, pouca luz ou independe da situação apresentada. O uso da luz natural
variou de nunca, às vezes e sempre. As ocorrências mais predominantes para o contraste com
o monitor foram para o SIN, CTEC, ECT e IIF, que possuem uma ampla área de céu visível a
depender da localização da sala. O aproveitamento da luz natural teve maiores ocorrências para
o IIF, ECT e CTEC, neste último os usuários relataram um maior comprometimento com a
economia de energia. A complementação da luz natural (integração com a luz artificial) ocorreu
mais para IIF e SIN, contraditoriamente neste último prédio, observou-se durante o
walkthrough, que os usuários costumeiramente mantêm os dispositivos de sombreamento
fechados durante a maior parte do dia, apesar de relatarem complementar a luz natural
integrando com a artificial (Quadro 4.2).
Quadro 4.2– Síntese das características mais recorrentes para fechamento de dispositivos de
sombreamento.
MODELO
CAUSAS PARA FECHAMENTO
DNA
Contraste Ausência de
Desconforto térmico
Condutores com o Ofuscamento Privacidade estímulos na
ao quente
monitor vista externa
Necessidades Conforto visual Conforto térmico Privacidade Não há
Ações /
Fechamento dos dispositivos de sombreamento interno, acionamento da iluminação e AC
Sistemas
Informações complementares
Uso da luz
Complementação / independe Independe
elétrica
Uso da luz
Nunca ou às vezes Às vezes ou sempre Nunca
natural
Ocorrências SIN, CTEC, SIN, ECT, CTEC e CTEC, SIN, IIF e
SIN e ECT SIN e ECT
predominantes ECT e IIF IIF ECT
Fonte: elaborados pela autora (2020).
122
4.2 OFUSCAMENTO
A maior parte de usuários foi do prédio da SIN (11 pessoas), seguido do ECT (3
pessoas), CTEC (2 pessoas) e IIF (2 pessoas) (Figura 4.136). Houve predominância de usuários
do gênero masculino (67%), e o gênero feminino correspondeu a 33% do total (Figura 4.137) e
a faixa etária dos usuários variou de 28 a 63 anos (Figura 4.138). A maioria dos usuários
possuíam algum tipo de problema visual, sendo miopia e astigmatismo os mais recorrentes
(Figura 4.139). A amostra não foi suficiente para estabelecer correlações entre gênero, idade,
problema visual e opinião do usuário.
Figura 4.136 - Número de usuários por Figura 4.137 - Classificação de gênero nas salas
edificação. estudadas na segunda etapa.
123
Figura 4.139 - Classificação e ocorrências dos problemas visuais dos usuários.
Os usuários normalmente trabalharam com monitor com fundo de tela branco (Figura
4.140). A atividade desempenhada pela maioria dos usuários foi digitação e leitura, digitação,
e projeto, digitação, leitura e escrita (Figura 4.141).
As possíveis razões para o desconforto visual por ofuscamento identificadas por meio
da observação in loco foram:
124
Entrada de luz natural direta (sala 226 CTEC60, sala 20961 IIF, sala 5162 ECT);
Brilho do céu (sala vice-diretor63 IIF64);
Reflexões do entorno (sala 2865, SIN).
Luz refletida pelo monitor66 (salas 19, 39 e 40 SIN).
A posição dos usuários foi bastante variável nas salas em relação à janela: a maioria dos
usuários tem posição posterior (42%), lateral (25%), lateral e frontal (17%), lateral e posterior
(8%) e frontal (8%), conforme Figura 4.142.
As salas tiveram orientação de fachada Norte (ECT, IIF e SIN), Sul (ECT e SIN), Oeste
60
O sistema de brises possui muitas perfurações proporcionando a entrada de luz natural direta (CTEC),
que gera incômodo principalmente nas salas com orientação Oeste. A envoltória já está aquecida quando incide a
luz natural direta na fachada Oeste.
61
Entrada de luz natural direta, o sol bate na mobília segundo o usuário. O sol está no campo de visão
periférico do usuário e no bureau (IIF).
62
Entrada de luz solar direta no campo de visão do usuário somente durante um período do ano, segunda
quinzena de maio e início de junho (ECT).
63
O usuário reclama da luz direta no bureau no horário da manhã e no sofá aonde ele se deita para o
cochilo no horário do almoço (IIF).
64
Há muita radiação solar difusa e reflexão das nuvens (IIF).
65
Luz refletida por automóveis no estacionamento da SIN com reflexão direta no campo de visão de pelo
menos dois usuários desta sala (SIN).
66
Luz refletida pelo monitor devido ao layout inadequado, paredes com alta refletância e ampla área de
céu visível (SIN).
125
(CTEC) e Nordeste (IIF) (Figura 4.143). O PAF foi 92% do tamanho médio (CETC, IIF e SIN),
e 8% grande (ECT) (Figura 4.144). O FCV é 50% médio (CTEC, IFF, SIN) e 50% pequeno
(ECT e SIN) (Figura 4.145). Os vidros foram claros e simples, sem especificação específica, e
se estima fator de transparência do vidro entre 66% e 99% (Figura 4.146).
O céu típico para a cidade de Natal é o parcialmente nublado (66%), seguido de nublado
(30%) e claro (4%), conforme Figura 4.147.
126
Figura 4.147 – Ocorrências de tipo de céu.
Os horários com maiores ocorrências de céu parcialmente nublado foram: 6h, 7h, 17h,
15h e 16h. Os horários com menores ocorrências de céu parcialmente nublado foram: 11h e 12h
(Figura 4.149).
127
Figura 4.149 – Ocorrências de céu parcialmente nublado das 6h às 17h.
Observou-se que a maioria dos usuários tem uma causa de desconforto que não é
momentânea, dificultando a determinação de diferentes perfis de interação com os sistemas,
pois a maioria tende a não interagir. Este fato interfere diretamente na frequência de interação
dos usuários em relação aos dispositivos de sombreamento, que esteve diretamente relacionada
com a variação temporal da causa (condutor) do ofuscamento. Quando a causa para o
ofuscamento teve variação horária ou anual, como foi o caso da incidência de luz natural direta,
observou-se uma frequência de interação conforme o desconforto visual foi percebido. Quando
a causa acarretou um incômodo constante, como foi o caso do brilho do céu, observou-se que
o dispositivo de sombreamento permaneceu fechado ou raramente foi aberto. Com o
fechamento dos dispositivos de sombreamento, o desconforto visual por ofuscamento externo
desapareceu, e a fonte de luz com maior claridade passou a ser a luz artificial, que não ocasiona
desconforto nos usuários devido à fonte de maior brilho estar no campo acima de 90º (Quadro
4.3).
128
Quadro 4.3 – Síntese das características dos ofuscamentos.
Código Orientação Fonte de Frequência de Variação
Prédio Causa/Condutor
usuário da janela ofuscamento acionamento temporal
Dispositivo de
Sem causa Sem causa sombreamento fechado
6_fec
aparente aparente mediante o desconforto
visual aumenta
Variação
6_ab
horária
Diária, uma a duas
6'_ab vezes a partir das
Oeste
6_int 15h30min
Luz natural
6'_int
direta
39_ab Acionamento
CTEC 39_ab Fechamento gradativo em julho, à
Contraste mediante a incidência tarde, com
39_ab excessivo ou de luz natural direta no variação
39_int níveis de brilho plano de trabalho. O horária,
inaceitáveis desconforto por durante
ofuscamento ocorre a incidência de
39_fec partir das 15h30min luz natural
direta
Norte Brilho do céu Somente no
39_ab período de
Não aciona incidência de
39_ab luz natural
direta
IIF 65_ab Sempre aberto.
Aproveitamento total
de luz natural. Só
aciona no período de
Contraste incidência de luz
excessivo ou natural direta e mesmo Variação
Nordeste Brilho do céu
IIF 65_int níveis de brilho assim tende ao semestral
inaceitáveis aproveitamento
máximo possível da luz
natural com os
dispositivos de
sombreamento abertos.
Fonte: elaborado pela autora (2020).
129
Quadro 4.4 – Síntese das características dos ofuscamentos.
Código Orientação Fonte de Frequência de Variação
Prédio Causa/Condutor
usuário da janela ofuscamento acionamento temporal
SIN 88_ab Contraste
Norte
SIN 86_int excessivo ou Sempre fechado com luz
Brilho do céu
níveis de brilho artificial acesa
SIN 98_ab Sul inaceitáveis
SIN 87_fec
SIN 88_fec Brilho do céu Desconforto visual
Sempre fechado com luz
SIN 88_int Norte com reflexo na devido ao reflexo
artificial acesa
SIN 88_int persiana na persiana
SIN 86_fec
SIN 102_ab Abre o dispositivo de
Sul
SIN 102_ab sombreamento
SIN 74_ab
SIN 74_ab
SIN 74_int Brilho do céu
Reflexões no
com reflexo no
SIN 74_int monitor
monitor
SIN 75_ab
SIN 75_ab Norte
Sempre fechado com luz Incômodo
SIN 75_int
artificial acesa constante
SIN 75_int
SIN 87_ab Contraste
SIN 87_int excessivo ou
Brilho do céu níveis de brilho
SIN 86_ab
com reflexões inaceitáveis
SIN 86_int do entorno decorrentes de
reflexões no
SIN 99_ab
entorno
SIN 102_fec
SIN 102_fec Sul Abre o dispositivo de
SIN 102_int sombreamento
SIN 102_int
SIN 74_fec
Luz artificial Luz artificial
SIN 74_fec refletida refletida
Norte
SIN 75_fec Sempre fechado com luz
SIN 75_fec artificial acesa
SIN 98_fec
Sul
SIN 99_fec
Fonte: elaborado pela autora (2020).
4.2.3.1 Iluminância
130
foram abaixo dos 2.000lux, com exceção das salas onde tem incidência de luz natural direta67.
Houve uma maior diferença entre os valores de iluminância mínima, média e máxima para as
salas com incidência de luz natural direta68. Os valores mais baixos69 corresponderam a
medições em condições de céu nublado. Os valores intermediários foram observados para as
salas com incidência de luz natural direta70 e brilho do céu com reflexões no monitor71. Os
usuários com percepção visual da luz natural em excesso foram das salas onde houve incidência
de luz natural direta72, reflexões do entorno73 e reflexo no monitor74. A percepção visual
excessiva (4) ocorre para os usuários que tem incidência de luz natural direta75.
A iluminância não apresentou correlação com o ofuscamento (Figura 4.153 a Figura
4.155): foi possível ter desconforto visual intolerável, ou mesmo não ter desconforto algum,
para baixos valores de iluminância.
A regulagem da cortina reduziu o desconforto visual: quanto mais fechada, menor o
desconforto, sem grandes reduções de iluminância (com exceção para os casos de entrada de
luz direta) visual (Figura 4.153 a Figura 4.155).
67
6_int, 6’_int, 65_int, 6’_ab, 6_ab, 39_ab, 65_ab.
68
Sala 209 do IIF usuário 65_ab (17.200lux), sala 51 ECT usuário 39_ab (7.500lux), sala 226 CTEC
usuária 6_ab (3.940lux).
69
74_ab e 75_ab. A sala 19 da SIN teve medições realizadas em dois dias
70
6´_int, 6´_ab, 6_int.
71
102_ab, 75_ab, 99_ab.
72
6_ab coordenação, 6´_ab reunião, 39_ab, 65_ab.
73
86_ab sala 28, SIN. Usuário que visualiza reflexão especular do entorno em seu campo visual e tem
uma maior sensibilidade à luz devido a uma cirurgia oftalmológica.
74
74_ab sala 19 SIN (reflexo diretamente no monitor no campo central de 30º), 99_ab sala 39 SIN (além
do reflexo no monitor tem o brilho do céu no campo periférico lateral esquerdo).
75
6’_ab reunião, 6_ab, 39_ab, 65_ab.
131
Figura 4.150 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 18.000 lux).
132
Figura 4.151 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 2.000 lux).
133
Figura 4.152 -Iluminância mínima, média e máxima por usuário (escala de 0 a 1.000 lux).
134
Figura 4.153 – Iluminância máxima x desconforto Figura 4.154 – Iluminância máxima x desconforto Figura 4.155– Iluminância máxima x desconforto
visual para o estágio de sombreamento aberto. visual para o estágio de sombreamento visual para o estágio de sombreamento fechado.
intermediário.
135
4.2.3.2 DGI e DGP
O DGI apresentou ofuscamento imperceptível para a maioria dos casos (índice inferior)
(Figura 4.156). Apenas duas salas76 tiveram o DGI classificado como perceptível: em uma delas
houve ofuscamento por meio das reflexões do entorno77 e na outra houve incidência de luz
natural direta78. Os maiores valores de DGI foram para as salas com luz natural direta79,
reflexões do entorno80 e reflexo no monitor81. Duas salas tiveram valores de DGI negativos82,
que podem ocorrer quando os valores de luminância são muito baixos83, sendo que uma das
salas foi medida com o céu nublado e baixas condições de luminosidade84.
A comparação de DGI com as razões de luminância dos campos de visão 30º, 60º e 90º
não demonstra correlação linear (Figura 4.157), sendo que o campo de 90º teve uma maior
influência em relação ao DGI, considerando a luminância de fundo na equação de cálculo.
76
Sala 28 SIN (88_ab, 88_int) e sala 226 coordenação CTEC (6_ab, 6_int).
77
88_ab, 88_int sala 28 SIN.
78
Sala 226, coordenação, CTEC.
79
6_ab, 6_int coordenação, 65_ab.
80
88_ab, 86_int, 87_ab sala 28, SIN.
81
98_ab, 99_ab sala 39, SIN, 74_ab, 74_int sala 19, SIN.
82
75_int, sala 19, SIN e 86_fec, sala 28, SIN.
83
Segundo Jan Wienold, por meio de conversa por email, o programa pode algumas vezes gerar um valor
negativo para DGI quando a luminância do ambiente é muito baixa
84
Sala 19, SIN.
136
Figura 4.157 - DGI x Rlum (30º, 60º e 90º).
137
Figura 4.158 - DGP x usuário.
A comparação de DGP com as razões de luminância de 30º, 60º e 90º demonstrou que
não há relação direta entre DGP e Rlum (Figura 4.159). Os valores mais distantes da linha de
tendência linear corresponderam aos casos de incidência de luz natural direta, brilho do céu
com reflexões no entorno e brilho do céu com reflexo no monitor.
138
Figura 4.159 - DGP x Rlum para os campos de visão 30º, 60º e 90º.
139
Figura 4.160 – Relação entre DGI e desconforto visual para área de céu visível pela janela com
dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto.
Fechado Entreaberto Aberto
Figura 4.161 – Relação entre DGP e desconforto visual para área de céu visível pela janela com
dispositivo de sombreamento fechado, entreaberto e aberto.
Fechado Entreaberto Aberto
Classificação do
Legenda ofuscamento DGP
1 Imperceptível <0,35
2 Perceptível 0,35‐0,40
3 Perturbador 0,4‐0,45
4 Intolerável >0,45
Fonte: elaborado pela autora (2020).
140
As exceções foram:
sala 226 do CTEC usuária de número 6, onde o DGP foi classificado como
perturbador e o DGI foi classificado como perceptível, sendo que houve
incidência de luz natural direta durante praticamente todo o período da tarde,
sendo reportado o horário das 15h30min às 17h como o período de percepção
do ofuscamento (Figura 4.162 e Figura 4.163)
sala 28 da SIN, somente para o usuário 88 (os demais consideraram
imperceptível), sendo que houve muito brilho do céu que ocasiona muitas
reflexões do entorno (Figura 4.164).
Figura 4.162 - Sala de coordenação 226, CTEC, Figura 4.163 - Sala de reunião 226, CTEC,
usuária 6, com persianas abertas. usuária 6, com persianas abertas.
Duas salas tiveram DGI negativos devido à baixa luminância das fontes de ofuscamento,
associada ao ofuscamento refletido pelo monitor, neste caso o dispositivo de sombreamento
esteve fechado (Figura 4.165 e Figura 4.166).
141
Figura 4.165 - Usuária de número 75, persiana Figura 4.166 - Usuário de número 86, persiana
entreaberta, luz artificial acesa. fechada luz acesa.
142
4.2.3.3 Razão de luminância nos campos visuais
A Rlum nos campos visuais variou bastante devido ao alto contraste que ocorre em razão
das refletâncias das superfícies. O campo de 30º é composto normalmente por materiais com
refletâncias escuras, correspondente a equipamentos como monitor, teclado e CPU, enquanto
os valores máximos de luminância geralmente presentes nos campos de 90º e 60º
corresponderam em boa parte dos casos a visão para o brilho do céu. A Rlum variou de 3 para
3245.
O desconforto visual classificado como intolerável (4) ocorreu para os usuários
localizados nas salas onde houve incidência de luz natural direta. O desconforto visual
classificado como perturbador (3) foi observado nas salas onde houve reflexões do entorno,
reflexo no monitor e brilho do céu. O desconforto visual reportado como perceptível (2) e
imperceptível (1) tiveram na maioria dos casos os usuários com estágio de sombreamento
intermediário e fechado, com exceção do usuário 88 da SIN85, que não sentiu desconforto apesar
dos altos valores de Rlum medidos, e do usuário 39 do ECT86 cujo desconforto é imperceptível
nos dias em que não há incidência de luz natural direta87.
A opinião do usuário variou conforme o estágio de sombreamento que regula a
quantidade de céu visível: existiu uma ampla variação de Rlum para cada classificação de
desconforto visual relatado pelos usuários (Figura 4.167). Constatou-se que havia diferenças de
visualização de brilho para cada campo visual dos usuários, devido a uma maior sensibilidade
oftalmológica de um dos usuários da sala 2888 da SIN.
85
Sala 28.
86
Sala 51.
87
A incidência de luz natural direta nesta sala é somente durante um período do ano, o restante do ano o
usuário não sente desconforto e deixa os dispositivos de sombreamento abertos.
88
Usuário 88, desconforto visual 2. Usuário 87 e 86, desconforto visual 3. O detalhe é que o usuário 88
foi exposto a uma razão de luminância superior à dos outros colegas de sala. Entretanto o usuário 86 apresentava
maior sensibilidade visual devido a uma cirurgia oftalmológica recente e visualizava maiores reflexões oriundas
dos automóveis estacionados no entorno. Todos os usuários desta sala estavam posicionados de forma semelhante
em relação à janela.
143
Figura 4.167 – Rlum x desconforto visual para cada usuário por campo de visão.
144
Não foram constatadas correlações da opinião do usuário em relação aos campos de
visão a 30º, 60º e 90º e variação de Rlum máxima e mínima (Figura 4.168).
Figura 4.168 – Rlum para todos os campos de visão (30º, 60º e 90º) x desconforto visual.
Os maiores valores de Rlum no campo de 90º foram devido ao brilho do céu com
reflexões do entorno89, e reflexo no monitor90 (Figura 4.169), com opiniões variando de
perceptível a perturbador.
89
88_ab, 88_int, 87_ab, 86_ab, 86_int
90
74_int
145
Figura 4.169 - Rlum para campos visuais para 90º x desconforto visual.
91
88_int, 87_ab, 88_ab, 86_int, 86_ab.
92
98_ab.
93
6_int
146
incidência de luz natural direta; sala 39 da SIN onde existiu muito brilho do céu refletido nas
nuvens, que incidiu no campo de visão periférico lateral do usuário; e para a sala 28 da SIN
persiana aberta e entreaberta. Os maiores valores de Rlum ocorreram para o desconforto
reportado como 2 e 3. Apesar do 2 ter altos valores de Rlum, não foi considerado um
ofuscamento perturbador ou intolerável devido à área de céu visível ser menor, o sombreamento
estava fechado ou em posição intermediária. O desconforto de 3 teve uma área de céu visível
maior para alguns usuários94 com sombreamento intermediário ou fechado.
Figura 4.170 - Rlum para campos visuais para 60º x desconforto visual.
Os valores mais altos de Rlum para o campo de 30º ocorreram devido a reflexões do
94
87_ab e 86_ab
147
entorno, algumas vezes combinadas com reflexões especulares provenientes de automóveis no
estacionamento95 e brilho do céu refletido nas nuvens96. Estas razões de luminância foram as
mais baixas para todos os campos de visão, entretanto observa-se que o campo de 30º tem uma
grande influência na percepção do usuário (Figura 4.171).
Figura 4.171 - Rlum para campos visuais para 30º x desconforto visual.
Em alguns casos de alta Rlum, não houve registro de desconforto visual (imperceptível).
Na maioria dos casos com desconforto visual por ofuscamento de níveis 1 e 2 as persianas
estiveram fechadas ou em estágio intermediário, indicando uma menor área de céu visível e
95
88_int, 88_ab, 87_ab e 87_int.
96
98_ab.
148
consequentemente um menor brilho de céu. Houve usuários que classificaram o seu desconforto
visual como perturbador97, entre perturbador e intolerável98 e intolerável99 (Figura 4.172 a
Figura 4.175). No caso do usuário 74 da sala 19 da SIN, observou-se que os maiores valores de
luminância vem no campo lateral periférico a 90º do usuário, indicando que a principal causa
de ofuscamento no campo de visão do usuário foi o brilho do céu (Figura 4.177).
Figura 4.172 - Sala 28 SIN, usuário 88, persiana Figura 4.173 - Sala 28, SIN, usuário 74, foto em
aberta. false color indicando luminância máxima na
janela.
Figura 4.174 - Sala 19, SIN, usuário 74, Figura 4.175 - Sala 28, SIN, usuário 86, luz
sombreamento aberto, luz artificial apagada, céu artificial apagado sombreamento aberto.
com melhores condições de luminosidade.
97
102_ab.
98
39_ab (sem luz natural direta).
99
6_ab, e 39_ab (com luz natural direta).
149
Figura 4.176 - Sala 28, SIN, usuário 88, luz Figura 4.177 - Sala 40, SIN, usuário 102, luz
artificial acesa, sombreamento entreaberto. artificial apagada, sombreamento aberto.
As Rlum entre o monitor e as luminâncias extremas nos campos visuais foram inferiores
a 120, em sua maioria, e muito menores que os extremos de razões de luminância encontrada
no campo visual (análise anterior).
O aumento de Rlum para os campos de 30° e 60° aumenta o desconforto dos usuários
com visualização de brilho de céu, enquanto que acima de 60° é pouco significativo (Figura
4.178): as altas luminâncias lateralmente e acima da altura da linha de visão do usuário não
implicaram em desconforto (Figura 4.179 e Figura 4.180), à exemplo do usuário 88_ab (sala
28, SIN, Figura 4.181).
150
Figura 4.178 – Usuários com visualização do Figura 4.179 – Medição pré-ajuste de 39_ab.
brilho do céu.
Figura 4.180 – Medição pós-ajuste de 39_ab. Figura 4.181 – Medição pré-ajuste de 88_ab.
151
Figura 4.182 – Brilho do céu refletido no monitor. Figura 4.183 – Usuário 74_int.
O aumento da Rlum causadas pelo brilho de céu refletido na persiana tende a aumentar
o desconforto nos três campos de visão (Figura 4.184), enquanto o aumento devido às reflexões
do entorno se relaciona mais com as alterações nos campos de 30º e 60°, o campo de 90º
permanece praticamente constante (Figura 4.185).
Figura 4.184 – Brilho do céu refletido na Figura 4.185 –Brilho do céu com reflexões do
persiana. entorno.
152
As razões de luminância decorrentes da entrada de luz solar direta não apresentam
relação com a opinião dos usuários, que variou de imperceptível a intolerável para razões
similares (Figura 4.186). A luz artificial refletida causou baixíssimas razões de luminância para
todos os usuários.
Figura 4.186 – Luz natural direta. Figura 4.187 - Rlum em relação ao monitor para
a causa de luz artificial refletida e opinião do
usuário.
O desconforto percebido pelo usuário apresentou uma relação entre a causa e a posição,
analisados separadamente a seguir. A posição de janela mais recorrente como causa de
ofuscamento foi atrás do usuário, seguido de frente e lateral (Figura 4.188). O período com
maior percepção de ofuscamento foi pela manhã, seguido de dia inteiro e tarde (empatados) e,
por último, sem percepção e manhã e início da tarde (Figura 4.189).
153
Figura 4.188 – Ocorrências de ofuscamento em relação à posição da janela no campo visual.
Brilho de céu
O ofuscamento por brilho de céu tende a ocorrer para as posições lateral, frontal e de
costas inclinado em relação à janela. O brilho de céu refletido nas nuvens (Tabela 4-1) foi alto
para o campo visual de 90º, na maioria dos casos, enquanto as salas 51 ECT e 39 SIN ocorreram
no campo visual de 60º. O desconforto visual foi mais influenciado pelos campos de 90 e 60º,
como imperceptível para Rlum entre 69 e 77, e perturbador para Rlum de 64, respectivamente.
A maioria das salas da SIN apresentou muitas ocorrências de brilho do céu, que ocasionou
reflexão para o monitor de acordo com o layout (Figura 4.190 e Figura 4.193), ou de elementos
do entorno da edificação, como automóveis no estacionamento no campo de visão do usuário
(Figura 4.194 a Figura 4.195).
154
Tabela 4-1 - Ofuscamento por brilho de céu.
Rlum como monitor
Percepção de
Usuário Posição Campo de Campo de Campo de
desconforto
30° 60° 90°
39_ab Lateral 1 2 8 69
39_ab Lateral 1 4 12 77
39_fec Lateral 1,5 0 39 39
86_int Frontal 2 1 8 22
88_ab De costas inclinado 2 35 57 91
98_ab De costas inclinado 3 52 64 64
Figura 4.190 - Vista geral da janela da sala 19. Figura 4.191 -Imagem em lente olho de peixe da
posição do usuário de número 86.
Figura 4.192 - Vista da janela da sala 28, com a Figura 4.193 - Imagem em lente olho de peixe,
persiana entreaberta da posição da usuária de número 75.
Figura 4.194 -Vista da janela da sala 28. Figura 4.195 - Vista da janela da sala 28, com a
persiana entreaberta.
155
Brilho de céu refletido nas persianas
O brilho de céu refletido nas persianas causou desconforto para as posições de costas
para a janela e frontal (Tabela 4-2). Geralmente os valores mais altos de razão de luminância
foram para o campo de 60º, todos da sala 28, com destaque para as reflexões do entorno,
principalmente dos automóveis no estacionamento. O brilho de céu com reflexo na persiana
causou desconforto visual perceptível apenas nas situações com as razões de luminâncias mais
altas nos três campos visuais.
Reflexo no monitor
O brilho de céu refletido no monitor demonstrou a influência do aumento da luminância
no campo periférico no aumento do desconforto, com exceção do usuário 74_int da sala 19,
cuja luminância máxima é proveniente do campo periférico de 90º, acima da altura da linha do
campo de visão do usuário. O brilho de céu refletido no monitor foi caracterizado por situações
com baixas razões de luminâncias nos campos de visão de 30 e 60° e alta razão no campo de
90° para quatro casos, ou seja, aproximadamente cerca de metade dos casos. As opiniões dos
usuários não apresentaram relação com as variações (Tabela 4-3).
156
A posição do usuário de costas para a janela foi mais influenciada quanto ao reflexo no
monitor, sendo que as posições de costas inclinado para a janela e frontal foram as mais
recorrentes de desconforto devido às reflexões do entorno.
Reflexões do entorno
Observa-se que as posições de costas inclinado para a janela e frontal são as mais
impactadas pelas reflexões do entorno. O brilho de céu com reflexões do entorno foi sempre
perturbador quanto ao desconforto visual, mesmo em condições com razões de luminância
inferiores a 51, enquanto valores próximos foram considerados imperceptíveis nos casos
anteriores.
157
Tabela 4-6 – Luz natural direta.
Percepção de Rlum como monitor
Usuário Posição
desconforto Campo de 30° Campo de 60° Campo de 90°
6_int De costas 2 0 28 28
6_ab De costas 4 1 39 39
65_int Lateral 1 1 7 12
39_int Lateral 1,5 8 8 19
65_ab Lateral 3 15 15 69
39_ab Lateral 3,5 8 34 35
39_ab Lateral 4 11 14 14
39_ab Lateral 4 21 21 21
Fonte: elaborado pela autora (2020).
A entrada de luz natural direta foi observada em algumas salas durante alguns períodos
do ano e do dia. A sala 209 do IIF tem entrada de luz natural direta nos primeiros meses do ano,
nas proximidades da janela nos horários iniciais da manhã das 7h até aproximadamente 10h da
manhã. Como consequência, o usuário costumava deixar a persiana entreaberta para barrar parte
da entrada da luz natural direta. Após este período, o usuário costumava abrir totalmente a
persiana (Figura 4.196 a Figura 4.198).
Figura 4.196 - Vista geral da Figura 4.197 - Imagem Figura 4.198 - Vista frontal da
mesa onde o usuário se sentava gerada por meio de lente mesa do usuário da sala 209 do
na sala 209 do IIF. olho de peixe com vista da IIF com persiana entreaberta.
janela, da posição do usuário
na sala 209 do IIF.
A sala 51 do ECT não teve entrada de luz natural direta durante quase todo o período
do ano (Figura 4.199). A luz natural direta, motivo do desconforto visual, foi noticiada em
junho, gerando desconforto visual para o usuário no período da tarde (Figura 4.200 e Figura
4.201), localizado na parte central próximo ao monitor para o lado esquerdo. Após às 16h, a luz
natural direta entrou no campo de visão do usuário, que acionou a cortina da janela do lado
esquerdo fechando-a pela metade (Figura 4.202). Normalmente a luz elétrica foi acionada a
partir das 16h. O outro ajuste foi a mudança da posição do monitor para bloquear a luz natural
direta no campo de visão do usuário.
158
Figura 4.199 - Sem incidência de luz natural Figura 4.200 - Início da incidência da luz natural
direta. direta.
A sala 226 do CTEC teve entrada de luz natural direta todos os dias no período da tarde
(Figura 4.203 e Figura 4.204), porque os brises são perfurados (Figura 4.205 e Figura 4.206).
Figura 4.203 -Vista da sala de reunião da sala Figura 4.204 - Vista da sala de reunião da sala
226 do CTEC com a persiana aberta. 226 do CTEC com a persiana entreaberta.
159
Figura 4.205 - Vista da janela da sala de Figura 4.206 - Vista do posto de trabalho da
reunião da sala 226. Do CTEC. usuária de número 6 da sala 226 do CTEC.
160
devido ao reflexo no monitor e consequente fechamento dos dispositivos de sombreamento.
f) O IIF é o único prédio que não tem usuários de costas para a janela, muito provavelmente
devido à presença das dunas na orientação Norte do prédio, servindo como estímulo para o
contato com o exterior.
g) A combinação da posição do usuário, orientação de fachada da janela, tipo de entorno e
causa de ofuscamento gera tendências como da SIN com desconforto devido ao brilho de
céu, usuários de costas para a janela e reflexo no monitor, com predominância de
dispositivos de sombreamento fechados, sem aproveitamento da luz natural (Figura 4.207).
h) Os edifícios que mais aproveitam a luz natural são o IIF e o ECT, apesar de haver durante
um período do ano a incidência de luz solar direta em algumas salas desses prédios (Figura
4.208).
161
Quadro 4.5 – Organização espacial.
Método de Posição do Frontal inclinada
Frontal (A) Lateral (C) De costas inclinado (D) De costas (E)
determinação usuário (B)
Acionamento
A maioria deixa aberto A maioria deixa
dispositivo de A maioria deixa fechado A maioria deixa aberto
ou fechado fechado
sombreamento
Aproveitamento da luz Contato com o exterior
Causa Aproveitamento Contato com o exterior
natural Contato com o exterior Complementação da luz
abertura da luz natural Aproveitamento da luz natural
Contato com o exterior artificial
Excesso de calor Ofuscamento
Ofuscamento Ofuscamento
Privacidade Ofuscamento Excesso de calor
Causa Privacidade Contraste com o
Ofuscamento Excesso de calor Contraste com o monitor
Questionário fechamento Contraste com o monitor monitor
Contraste com o Contraste Ausência de estímulos na vista
com 102 Excesso de calor Excesso de calor
monitor externa
usuários
ECT ECT ECT ECT
ECT
CTEC CTEC CTEC CTEC
Edifícios CTEC
IIF IIF IIF IIF
SIN
SIN SIN SIN SIN
Norte Norte
Norte
Sul Sul Norte
Orientação de Sul
Leste Oeste Sul
fachada Leste
Oeste Nordeste Oeste
Oeste
Nordeste
Luz artificial refletida
Brilho de céu com
Causa Luz artificial refletida Brilho de céu com
reflexo na persiana Sem usuário nesta
desconforto Radiação solar direta Brilho de céu reflexo no monitor
Brilho de céu com posição na fase de
visual Brilho de céu Brilho de céu com reflexões Luz natural direta
reflexões do entorno medições
(medições) no entorno Brilho de céu com
Medições Brilho de céu
reflexo na persiana
com 11
Tendência a maior Tendência de menor
usuários
incômodo se estiver na Não houve incômodo se a fonte maior de Qualquer ponto com brilho no céu, a depender do ângulo
altura da linha de visão usuário nessa brilho estiver na visão sólido, em qualquer altura e campo de visão, muito
Campo visual
do usuário para posição na fase de periférica lateral acima da provavelmente irá atingir o monitor no campo central e
qualquer um dos medições. altura da linha de visão do gerar um grande desconforto
campos usuário
Fonte: elaborado pela autora (2020).
162
Figura 4.207 – Relação entre a posição do usuário e as causas para abertura do dispositivo de sombreamento.
163
Figura 4.208 – Relação entre os prédios e o aproveitamento da luz natural.
164
As recomendações de layout para a posição do usuário são (Quadro 4.6):
a) Usuário na posição de costas e de costas inclinado para a janela devem ser evitados
ao máximo, pois essa posição favorece o contraste com o monitor, que se torna algo
perturbador para o usuário por ser visualizado no campo de 30º.
b) Usuários na posição frontal e frontal inclinado próximos à janela devem ter um
dispositivo de sombreamento eficiente para barrar a radiação solar direta e um fator
de obstrução do entorno que permita a entrada de radiação solar difusa, e proteja da
incidência de brilho na altura da linha de visão do usuário, principalmente no campo
de visão de 30º frontal;
c) Usuário na posição lateral ao lado da janela deve ter um dispositivo de
sombreamento eficiente para barrar a radiação solar direta, com um fator de
obstrução do entorno que permita a entrada de radiação solar difusa, e proteja da
incidência de brilho na altura da linha de visão do usuário. A detecção de brilho no
campo lateral periférico, acima da altura da linha de visão do usuário não gera
incômodo;
165
Quadro 4.6 – Recomendações de layout para aproveitamento da luz natural conforme a posição do
usuário.
Posição do usuário Recomendação Motivo Exemplos de salas
Frontal (A) Evitar quando o Fonte de brilho na altura do
incômodo maior campo de visão do usuário
for no campo
frontal
Frontal inclinado (B) Semelhante ao frontal (A) apesar de não ter sido feita medição nesta posição
Lateral (C) Favorecer quando Fonte de brilho localizada no
o incômodo for campo lateral periférico,
reduzido no acima da altura da linha de
campo lateral visão do usuário
periférico
Projetar Entrada de luz natural direta
sombreamento
eficiente
De costas inclinado
(E)
166
CONCLUSÕES
Os critérios internacionais mais usados para avaliar o desempenho da luz natural quanto
ao ofuscamento, DGP e DGI, não se mostraram adequados, visto que não apresentaram
correlação com a opinião dos usuários e subestimaram o desconforto percebido. DGPs
inferiores a 0,10 causaram desconforto perceptível e perturbador, e acima de 0,10 causaram
desconforto intolerável, contrariando as faixas de DGP mais adaptadas aos trópicos, como da
Indonésia (MANGKUTO et al., 2017, p.161), cujo índice de perturbador é acima de 0,22
enquanto que o original é superior a 0,4. De fato, o céu de Natal é significativamente mais
luminoso do que os lugares com escala de DGP adaptadas, demonstrando a carência de uma
escala apropriada para Natal-RN e similares, à exemplo de Painter, Mardaljevic e Fan (2010,
p.158).
A iluminância não foi parâmetro suficiente para caracterizar ofuscamento, pois as
percepções podem variar de imperceptível a perturbador para valores muito próximos de
iluminação, entre 300 e 4.000 lux. Apenas as condições de iluminância acima de 6.000lux
168
demonstraram coincidir com o desconforto percebido pelos usuários.
As variações máximas de razão de luminância no campo visual não foram suficientes
para caracterizar ofuscamento e produziram valores muito acima do recorrente em norma
(razões acima de 1.000). A aplicação de razões de luminância em relação ao monitor
(considerado com 100cd/m²) reduziram as razões para valores compatíveis às recomendações,
e demonstram uma tendência de acompanhar o desconforto luminoso de acordo com o aumento
nos campos visuais de 30° e 60°, enquanto foi pouco significativo acima de 60°.
O desconforto visual causado pelo ofuscamento apresentou uma relação quanto à sua
natureza e a posição do usuário, porém o sistema de sombreamento externo deve ser eficaz em
todas as situações. Usuários em frente ou de lado da janela tendem ao desconforto para
ocorrência de brilho no campo visual principal de até 30°, enquanto ocorrências nos campos
periféricos (de 30º a 90º) e acima da altura da linha de visão do usuário são menos percebidos.
Ambas as posições são as mais recorrentes para abertura dos dispositivos de sombreamento
devido ao aproveitamento da luz natural e o contato com o exterior, sendo que os mais
próximos, até 3m da abertura, tendem e fechar mais que os localizados entre 3 a 6m. Usuários
de costas (paralelo e inclinado) e de lado à abertura foram os mais suscetíveis ao desconforto
por reflexo no monitor, que está no campo principal de visão (30º), e que mais fecharam os
dispositivos de sombreamento.
Outros aspectos influenciaram na posição do usuário e sua percepção. Por um lado, os
usuários do IIF optaram pela visão da paisagem das dunas e ninguém se posicionou de costas à
abertura. Destaca-se que os usuários são físicos teóricos e frequentemente fazem uso de quadro
negro. Por outro lado, os usuários da SIN se posicionaram de costas às aberturas e optaram por
fechar os dispositivos de sombreamento interno, sendo que seguem um layout pré-determinado
e que o trabalho usual requer acuidade visual no monitor.
5.4 LIMITAÇÕES
169
eficácia de outros tipos de vidros quanto a proteção solar e aproveitamento da
luz natural;
influência de superfícies reflexivas nas imagens HDR, causando falseamento das
análises;
influência das variáveis pessoais, como psicológicas, biológicas e fisiológicas,
considerando que foram identificadas diferentes opiniões de usuários nas
mesmas condições de luz, à exemplo do encontrado por Hong et al. (2015b) e
Parson (2002);
condição de céu parcialmente nublado, cuja alternância entre condições de
brilhante e escuro alteram significativamente sua luminância (WU, KÄMPF E
SCARTEZINI, (2019).
uso do questionário impresso, que gerou muitas respostas contraditórias ou
desnecessárias que poderiam ter sido evitadas por meio de um questionário
digital ramificado, com lógica condicional (ex: usuários que responderam
manter a cortina fechada não deveriam ser questionados quanto à qualidade da
luz natural ou motivos para abertura do dispositivo);
dificuldade de compreensão, pelos usuários, de termos técnicos aparentemente
simples.
170
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181
APÊNDICES
182
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Fatores Vestimen Classifique o tipo de Roupa leve D'OCA et al (2016);
sociais ta vestimenta que você utiliza > Roupa BROWN (2009)
no ambiente de trabalho pesada
Restriçõe Você tem liberdade para Nenhuma INKAROJRIT (2005);
s abrir e fechar a janela / > Total D'OCA et al (2016);
abrir e fechar o elemento ACKERLY (2010);
de proteção / ligar ou BROWN (2009)
desligar a iluminação
artificial / ligar ou desligar
o AC / se vestir à vontade
no ambiente de trabalho
Fatores Sensação Classifique sua sensação de Pouco > BROWN (2009)
psicológicos bem-estar no ambiente Muito
Classifique seu nível de Pouco > BROWN (2009)
estresse durante o período Muito
de trabalho
Vista Classifique seu nível de Insatisfeito INKAROJRIT (2005)
externa satisfação em relação à > Muito
vista externa da janela satisfeito
Você considera a janela Sugestão das
como um estímulo: pesquisadoras (adaptado)
positivo: qualidade da
paisagem/contato com o
exterior/segurança/orientab
ilidade temporal/bem-
estar/outro
negativo: vista
desestimulante/insegurança
/privacidade/falta de
concentração/muitos
estímulos visuais/outro
Conforto Térmico Qual o tipo de sistema de INKAROJRIT (2005);
ventilação é utilizado BROWN (2009)
predominantemente?
Classifique as condições Desconfort INKAROJRIT (2005); POR
térmicas no ambiente: o> BRAGER et al (2004); QUE
conforto térmico (manhã e Conforto D'OCA et al (2016); AJUSTA
tarde) Muito frio BROWN (2009)
temperatura média (manhã > Muito
e tarde) quente
grau de satisfação de forma Insatisfeito
geral (manhã e tarde) > Muito
satisfeito.
183
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Luminos Classifique as condições Desconfort INKAROJRIT (2005);
o luminosas no ambiente: o> BRAGER et al (2004);
conforto luminoso (manhã Conforto D'OCA et al (2016);
e tarde) Ausente > BROWN (2009)
luz natural disponível Excessivo
(manhã e tarde) Ausente >
ofuscamento/brilho pela Excessivo
luz natural (manhã e tarde) Insatisfeito
grau de satisfação de forma > Muito
geral (manhã e tarde) satisfeito.
Causas Escolha as causas Aceitável INKAROJRIT (2005);
de principais de desconforto e > D'OCA et al (2016);
desconfo classifique o nível de Intolerável
Conforto
rto aceitabilidade:
luz natural
insuficiente/excesso de luz
natural (ofuscamento)
/contraste com o
monitor/excesso de luz
artificial/calor (alta
temperatura) /frio devido
ao AC/ausência de contato
com o exterior/ausência de
ventilação natural/evitar
mancha de luz direta no
ambiente/outro
Preferências Nível de Quando você está no Pouco > INKAROJRIT (2005) RELAÇ
preferênc ambiente de trabalho, qual Muito ÃO
ia/ a sua preferência em
satisfaçã relação à quantidade de luz
o para executar sua
atividade?
Classifique seu nível de Insatisfeito INKAROJRIT (2005);
satisfação em relação ao > Muito ACKERLY (2010)
seu sistema de abertura satisfeito.
Você considera importante Pouco > BROWN (2009)
ter luz natural no Muito
ambiente?
Você tem preferência por Sim/Não Sugestão das
utilizar a luz natural pesquisadoras
sempre que possível?
Quando?
Controle Causas e Você utiliza o sistema para Nunca > Sugestão das SE
frequênci melhorar sua condição de Sempre pesquisadoras AJUSTA
a conforto térmico e
luminoso: janela/protetor
184
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Com que frequência você Nunca / INKAROJRIT (2005); QUAND
toma estas atitudes para Apenas na D'OCA et al (2016); O
restaurar o conforto: entrada e- BROWN (2009) AJUSTA
abrir a janela quando sente ou saída do /
calor/fechar a janela por ambiente / POR
excesso de Ao longo QUE
ventilação/fechar a janela do dia (1 AJUSTA
para ligar o AC/abrir o ou 2 vezes)
protetor para entrada de luz / Mais de 2
natural/abrir o protetor para vezes por
manter contato com o dia /
exterior/fechar o protetor Mensalme
para evitar o nte
ofuscamento/fechar
protetor para evitar
contraste com o
monitor/fechar o protetor
para evitar a entrada de
calor/remover ou adicionar
vestimentas extra/outro
O quão efetivas são essas Pouco D'OCA et al (2016); PARA
ações para restaurar o efetivo > ACKERLY (2010); QUE
conforto? Muito BROWN (2009) AJUSTA
Causas e
O quão efetivo é o protetor Pouco INKAROJRIT (2005)
frequênci
para barrar a radiação solar efetivo >
a
Controle indesejada? Muito
Os sistemas são abertos Nunca > Sugestão das QUAND
durante o dia? Sempre pesquisadoras O
Os sistemas são fechados Nunca > Sugestão das AJUSTA
durante o dia? Sempre pesquisadoras
Qual o nível de dificuldade Muito D'OCA et al (2016); COMO
para abrir/fechar: a janela/o difícil > ACKERLY (2010); AJUSTA
protetor? Muito fácil BROWN (2009)
Caso você não ajuste o Restrição D'OCA et al (2016); POR
sistema de abertura, de acesso e ACKERLY (2010); QUE
classifique a principal controle / BROWN (2009) AJUSTA
causa Dificuldad
e de ajustar
/ Não há
necessidad
e/
Restrição
dos demais
ocupantes /
Falta de
tempo /
Privacidad
e / Outro
Agente Os ocupantes são os Sim / Não D'OCA et al (2016); COMO
responsáveis pelo controle: ACKERLY (2010). AJUSTA
da abertura/da luz elétrica? BROWN (2009)
185
ESTRUTURA DO QUESTIONÁRIO
Controle Com que frequência você Nunca > Sugestão das QUAND
da luz aciona a luz elétrica? Sempre pesquisadoras O
elétrica AJUSTA
Qual a principal causa para Sugestão das POR
o acionamento de luz pesquisadoras QUE
elétrica? AJUSTA
Qual é o tipo de sistema de Sugestão das COMO
luz elétrica? pesquisadoras AJUSTA
Fonte: elaborado pela autora em parceira com Hazboun (2020).
186
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO
① ② ③ ④ ⑤ ⑥
5. Que tipo de ambiente de trabalho você ocupa?
Ambiente privativo (sozinho) Ambiente compartilhado com outras pessoas
6. Qual é a proximidade do seu posto de trabalho em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma
janela, considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
Até 3 metros De 3 a 6 metros Acima de 6 metros
7. Qual é a sua orientação no ambiente em relação à janela? Caso o ambiente possua mais de uma janela,
considerar a janela mais próxima do seu posto de trabalho.
A B C D E
8. Quando você utiliza os seguintes sistemas de ventilação?
Nunca Às vezes Sempre
TIPO DE SISTEMA:
Ventilação natural ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Ventilador ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
Ar condicionado ① ② ③ ④ ⑤ ⑥
187
9. Classifique a quantidade de iluminação natural em seu ambiente.
PERÍODO: Pouco Adequado Excessivo
Manhã ①②③④⑤⑥
Tarde ①②③④⑤⑥
10. Você utiliza a cortina/persiana para melhorar suas condições de conforto térmico e/ou luminoso?
Nunca Às vezes Sempre
① ② ③ ④ ⑤ ⑥
11. Com que frequência você abre e fecha a cortina ou persiana?
Nunca Ao longo do dia (1 a 2 vezes)
Apenas na entrada e/ou saída do ambiente Mais de 2 vezes por dia
12. A cortina/persiana é aberta durante o dia?
Não Sim. Horário(s): ________
13. Qual é a principal causa para a abertura da cortina/persiana?
□ Aproveitamento da luz natural □ Contato com o exterior
□ Complementação da luz artificial Outro: ________________
14. A cortina/persiana é fechada durante o dia?
Não Sim. Horário(s): ________
15. Qual é a principal causa para o fechamento da cortina/persiana?
Ofuscamento Excesso de calor Ausência de estímulos na vista externa
Contraste com o monitor Privacidade Outro: ____________
16. Classifique seu nível de satisfação em relação à cortina/persiana.
Insatisfeito Satisfeito
①②③④⑤⑥
17. Classifique o grau de dificuldade para ajustar a cortina/persiana.
Fácil Difícil
①②③④⑤⑥
18. A luz elétrica é acionada durante o dia (quando há disponibilidade de luz natural)?
Não Sim. Horário(s): ______________
19. Com que frequência a luz elétrica é usada?
Nunca Às vezes Sempre
① ② ③ ④ ⑤⑥
20. Por que a luz elétrica é usada?
Pouca luz natural Complementação da luz natural
Independe do nível de luz natural Outro: _______________________
21. Qual a sua preferência em relação à intensidade da luz?
Pouca luz Muita luz
①②③④⑤⑥
22. Classifique os parâmetros conforme seu nível de satisfação nos períodos de manhã e tarde.
MANHÃ TARDE
PARÂMETROS: Insatisfeito Satisfeito Insatisfeito Satisfeito
①②③④⑤⑥
24. Qual é a principal sensação que a luz natural provoca em você no ambiente?
Estimulante Desestimulante Relaxamento
Concentração Dispersão Estresse
188
25. Classifique a sensação de conforto térmico e luminoso em seu ambiente.
CONFORTO TÉRMICO CONFORTO LUMINOSO
PERÍODO DO DIA: Desconforto Conforto Desconforto Conforto
189
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPORTAMENTO E CONFORTO, EM
INGLÊS
①② ③④ ⑤⑥
5. What is the type of office that you are working?
Private office Shared office
6. What is the distance of your workplace station to the window? If the room has more than one window,
consider the nearest window.
Until 3 meters From 3 to 6 meters Above 6 meters
7. What is your location in the room office according to the window?
A B C D E
8. When do you use these types of ventilation system?
Never Sometimes Always
SYSTEM TYPE:
Natural ventilation ①②③④⑤⑥
Fan ①②③④⑤⑥
Air conditioner ①②③④⑤⑥
190
9. Classify the daylight performance in your room office.
PERIOD: Lack Sufficient Excessive
Morning ①②③④⑤⑥
Afternoon ①②③④⑤⑥
10. Do you use the curtain/blind to improve your visual or thermal comfort conditions?
Never Sometimes Always
① ② ③ ④ ⑤ ⑥
11. What is the frequency that you open and close the curtain/blind?
Never Along the day (1 to 2 times)
Only in arrival and/or departure from the office room More than twice a day
12. Does the curtain/blind is opened during the day?
No Yes. Hour(s): ________
13. What is the main cause for opening the curtain/blind?
□ Daylight performance □ Exterior view
□ Integration with electric light Another: ________________
14. Is the curtain/blind is closed during the day?
No Yes. Hour(s): ________
15. What is the main cause for closing the curtain/blind?
Glare Heat in excess Lack of stimulation on exterior view
Monitor contrast Privacy Another: ____________
16. Classify your satisfaction level related to curtain/blind.
Unsatisfied Satisfied
①②③④⑤⑥
17. Classify the degree of difficulty for adjust the curtain/blind.
Easy Difficult
①②③④⑤⑥
18. Is the electric light turned on during the day (when there is daylight availability)?
No Yes. Hour(s): ______________
19. When the electric light is used?
Never Sometimes Always
①②③④⑤⑥
191
20. Why is the electric light used?
Lack of daylight Daylighting complementation in part of the room
no depends of daylight level Another: _______________________
21. What is your preference about the intensity of light?
Low light High light
①② ③④ ⑤⑥
22. Classify the parameters according to the satisfaction level for the periods of morning and afternoon.
MORNING AFTERNOON
PARAMETERS: UNSATISFIED SATISFIED UNSATISFIED SATISFIED
①②③④⑤⑥
24. What is the main sensation that daylight teases in you in the office room?
Stimulating Dissimulating Relaxing
Concentration Dispersion Stress
25. Classify the thermal and visual comfort sensation in your office room.
THERMAL COMFORT VISUAL COMFORT
PERIOD OF THE DAY: Discomfort Comfort Discomfort Comfort
CLASSIFY THE
DO YOU FEEL DISCOMFORT
DISCOMFORT? Low High
192
APÊNDICE D - FICHA PARA PREENCHIMENTO
193
APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM PORTUGUÊS
Este mini questionário100 faz parte dos procedimentos de pesquisa da tese intitulada “A
INFLUÊNCIA DO OFUSCAMENTO NO USO DA LUZ NATURAL” e objetiva analisar e
classificar a percepção e preferências do usuário em relação ao ofuscamento, o qual se
caracteriza pela incidência excessiva de luz natural no ambiente podendo causar sensação de
incômodo nos olhos, desconforto visual ou “cegueira momentânea”.
Caracterização do respondente:
Gênero
Idade
__ __ anos
Tem algum problema de saúde visual? Você pode marcar mais de uma opção se necessário:
Outros: ______________________________________________________________________
Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável
100
Nomenclatura modificada pós-banca de defesa final para questionário preliminar da etapa 2.
194
Marque o local onde você observa o ofuscamento. Pode marcar mais de uma opção se necessário.
De __:__ às __:__
O respondente autoriza a realização de uma etapa posterior de avaliação de campo com medições de
índices de iluminação e registro fotográfico?
Sim Não
195
APÊNDICE F - QUESTIONÁRIO SOBRE OFUSCAMENTO, EM INGLÊS
Age
__ __ years
Do you have any visual health problems? You can check more than option if necessary:
Imperceptible 1 2 3 4 Intolerable
196
Mark the glare location in the room. You can check more than one option if necessary
Does the respondent authorize the execution of a next stage of field evaluation which includes
measurements of illumination indexes and photographic record?
Yes No
197
APÊNDICE G - FICHA DE AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE PARA O
USUÁRIO
Caracterização do respondente:
Gênero
Idade
__ __ anos
Insuficiente 1 2 3 4 Excessiva
Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável
Sim Não
198
Caso a resposta da questão anterior seja sim, assinale quais foram as adaptações
Atividade desempenhada
OBS:
Fotografa a cortina no ajuste feito pelo usuário (do jeito que está) e depois fotografa com a cortina
aberta para ver como é e mede nos dois casos.
Croqui com posição do usuário em relação ao eixo vertical e horizontal da sala e distribuição dos
pontos de medição na mesa de trabalho
199
APÊNDICE H - ORDEM CRONOLÓGICA DO LEVANTAMENTO DE CAMPO
Idade: 38 anos.
Idade: 38 anos.
200
Sala 39 na SIN:
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 39 Hora: 09h00min Data: 18/12/2018
Mesa no final da sala, Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
lado esquerdo. masculino.
Idade: 32 anos.
Idade: 47 anos.
201
Sala 40 na SIN:
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 40 Hora: pouco antes das Data: 18/12/2018
08h30min
Mesa em frente à porta. Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
masculino
Idade: 37 anos.
203
Sala 19 da SIN
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 16h12min. Data: 26/04/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana totalmente aberta, luz apagada.
frente para a janela. masculino
Idade: 30 anos.
Idade: 30 anos.
Idade: 30 anos.
204
Sala 28 na SIN
Primeira medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 07h56min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente à janela. masculino
Idade: 55 anos.
205
Sétima medição:
Prédio: SIN Sala: 28 Hora: 10h02min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário em Gênero usuário: Condições: persiana fechada, luz acesa.
frente à janela. feminino.
Idade: 42 anos.
206
Sala 51 no ECT
Primeira medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 15h35min. Data: 03/05/2019.
Mesa com usuário na Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz acesa (usual)
lateral da janela. masculino.
Idade: 48 anos.
207
Sétima medição
Prédio: ECT Sala: 51 Hora: 16h42min. Data: 08/06/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: cortina fechada na metade da janela do
frente para a janela. masculino lado esquerdo, luzes acesas. A cortina da janela ao
Idade: 48 anos. lado do usuário nunca é fechada, a luz natural direta
só é observada pelo usuário nesta janela pela manhã
logo cedo, normalmente o usuário chega após o
horário de incidência da luz natural direta na janela
ao seu lado.
Céu parcialmente nublado com sol.
Luminância calibração: 213,9cd/m²
208
Sala 19 na SIN
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 10h00min. Data: 09/05/2019.
Mesa com monitor à Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente da janela. feminino Céu nublado.
Idade: 30 anos.
209
Sala 19 na SIN
Primeira medição
Prédio: SIN Sala: 19 Hora: 15h58min. Data: 14/05/2019.
Mesa com monitor de Gênero usuário: Condições: persiana aberta, luz apagada.
frente para a janela. masculino Céu parcialmente nublado com sol.
Idade: 30 anos.
210
APÊNDICE I – MODELOS DE FICHAS DOS RESULTADOS
Relações analisadas:
Figura 5.1 – Fotografia da cena em Figura 5.2 - Luminância mínima Figura 5.3 -Luminância
extensão *jpeg máxima
211
APÊNDICE J– AMOSTRA DOS RESULTADOS
101
Sujeita a pequenas variações referentes a ausência de informações sobre o quantitativo de bolsistas de
iniciação científica no prédio do CTEC.
102
Existe a limitação dos registros fotográficos das salas não serem uma informação precisa quanto ao
total de usuários de cada sala.
103
Plantas de Layout da SIN gentilmente fornecidas pelo diretor de projetos da SIN Sileno Cirne
Trindade.
212
𝑁 Equação 5.1 – Determinação
𝑛
1 𝑁𝑒 o nível de precisão.
Onde: Fonte: Taro Yamane (1967).
n= tamanho da população;
N= tamanho da amostra;
e= nível de precisão ou margem de erro
Ao calcular o desvio padrão observou-se que a média não é uma boa representação para
os dados, o melhor seria o cálculo da mediana. A mediana foi de 2,5 para percepção visual de
de 2,00 para o desconforto luminoso.
O desvio padrão para a variável da percepção visual foi de 0,95 e para o desconforto
luminoso foi de 1,00, esses números não significam muito diante da grande variação numérica
apresentada nos resultados.
213
APÊNDICE K – PROTOCOLO DE MEDIÇÃO
5.6 RESUMO
5.7 ABREVIAÇÕES
5.8 DEFINIÇÕES
214
5.8.1 Iluminância
É a luz que incide numa determinada superfície (VIANNA ,GONÇALVES, 2001, p.66),
que pode ser avaliada conforme a uniformidade de acordo com a sua distribuição no plano de
trabalho, por meio da medição de cinco pontos no plano de trabalho, um central e outros quatro
equidistantes a aproximadamente 30cm (GARRETÓN,COLOMBO ,PATTINI, 2018, p.148).
5.8.2 Luminância
A luminância é referente ao efeito visual que a luz produz por meio do brilho, depende
não somente da iluminância, bem como da reflexão dos materiais e “área projetada no plano
perpendicular à direção de visão” (IESNA, 2000, p.46). É possível estabelecer uma relação
entre a “luminância de um objeto visualizado e a iluminância da imagem resultante na retina do
olho”, analogamente a exposição presente em fotografias. É medido em cd/m² (IESNA, 2000,
p.46).
O cálculo é feito por meio da razão entre a luminância máxima e mínima, medidas para
cada campo de visão (30º, 60º e 90º) por meio de imagens HDR.
215
5.8.6 Probabilidade de Ofuscamento em Luz Natural (DGP)
5.10 OBJETIVOS
218
Quadro 5.3 – Ficha de avaliação das condições do ambiente para o usuário.
Caracterização do respondente:
Gênero
Idade
__ __ anos
Insuficiente 1 2 3 4 Excessiva
Imperceptível 1 2 3 4 Intolerável
Sim Não
219
Caso a resposta da questão anterior seja sim, assinale quais foram as adaptações
Atividade desempenhada
OBS:
Fotografa a cortina no ajuste feito pelo usuário (do jeito que está) e depois fotografa com a cortina
aberta para ver como é e mede nos dois casos.
Croqui com posição do usuário em relação ao eixo vertical e horizontal da sala e distribuição dos
pontos de medição na mesa de trabalho
220
5.12 AVALIAÇÃO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E OFUSCAMENTO POR MEIO DE MEDIÇÕES
221
Quadro 5.5 – Equipamento utilizados na avaliação.
Equipamento104 Marca Imagem
Câmera digital Canon T3i
Luminancímetro Luminancímetro
referência LS-100 da
marca Konica
Minolta
104
Imagens de equipamentos disponibilizadas nos sites dos fabricantes: Canon, Konica Minolta, Konica
Minolta, Bosch e Fluke respectivamente.
105
Foto ilustrativa do site Brasilbox.
222
5.12.3.1 Iluminância
5.12.3.2 Luminância
223
sobre o tempo de exposição106 não fica registrada no metadado.
b) União das fotos com múltiplos tempos de exposição e calibração no programa
Photosphere107 (WARD, 2019b), com base nas medições diretas de luminância
(JACOBS, 2007, p.7) para calibração da imagem.
c) A imagem HDR gerada é exportada para o programa HDR Scope
(KUMARAGURUBARAN ,INANICI, 2012), coma finalidade de:
fixar o tempo de exposição para 1108, pois imagem HDR é gerada com múltiplos
tempos de exposição, pois o programa WX Falsecolor (BLEICHER, 2015),
utilizado na etapa seguinte, não trabalha bem com fotografias com múltiplos
tempos de exposição segundo Thomas Bleicher desenvolvedor do programa.
redimensionar as imagens para 800 x 800 pixels, para facilitar o processamento
das imagens e compatibilizar com o padrão exigido pelo plug-in Glare
Analysis109 (WIENOLD, 2018) para as análises de DGI e DGP.
A inserção da máscara com o campo de visão110, para os campos de 30º, 60º e
90º, por meio de programa de edição de imagem, para determinação dos valores
de luminância.
d) cálculo do DGP e DGI111, por meio do plug-in Glare Analysis (WIENOLD, 2018),
presente na plataforma operacional do Grasshopper (ROUDSARI, 2015) com a
imagem sem a máscara com os campos de visão (Figura 5.4);
106
A informação sobre o tempo de exposição é pré-requisito para a operacionalização em softwares como
o Photosphere (WARD, 2019b), programa responsável pela elaboração e calibração das imagens HDR, é
considerado como o mais confiável no processo de calibração de imagens em reposta dada por Jan Wienold por
meio de email. Caso a imagem seja inserida sem a informação sobre o tempo de exposição no metadado, aparecerá
um erro denominado de “unknown exposure”, e consequentemente a imagem HDR não é gerada.
107
A versão anterior do Photosphere 1.8.23U (WARD, 2019a) apresentava trechos de imagem pixelados
nas áreas com muito brilho e refletância próximo a cor branca nas fotografias da amostra da pesquisa. O
desenvolvedor do software foi avisado quanto ao processamento inadequado nas áreas de maior brilho das
imagens, corrigindo prontamente na versão 1.8.29U (WARD, 2019b).
108
A alteração do tempo de exposição para 1 não altera os valores de luminância da fotografia conforme
informação de Mehlika Inanici.
109
presente na plataforma operacional do Grasshopper (RUTTEN, 2015).
110
demarcado com uma divisão dos campos semelhante à presente no artigo de Garretón, Colombo e
Pattini (2018, p.148 e 152).
111
O cálculo da cena é sem a máscara com o campo de visão para evitar interferências.
224
e) Identificação das luminâncias mínimas (Figura 5.5) e máximas (Figura 5.6), por
meio de seleção visual a razão de luminância para cada campo visual (30º, 60º e 90º)
no programa Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015). A luminância máxima por
fotografia é calculada por meio do comando “show extremes” presente no Plug-in
Wxfalsecolor (BLEICHER, 2015);
f) Cálculo das razões de luminância112 para cada campo visual por meio de planilhas
eletrônicas;
Figura 5.4 – Imagem sem a Figura 5.5 –Imagem para Figura 5.6 - Imagem para
marcação dos campos de visão para cálculo da luminância cálculo da luminância
cálculo de DGI e DGP. mínima. máxima.
112
As razões de luminância são calculadas dividindo os valores máximos pelos mínimos para cada campo
visual. As razões de luminância são também calculadas conforme a divisão entre os valores extremos de cada
campo e o valor de 100cd/m² para o monitor, conforme Report 03 da AAPM (apud PINTO et al., 2012, p.30) e
EN ISO 9241-307(apud LECCESE,SALVADORI ,ROCCA, 2016, p.11).
225
do usuário), condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição, relações
analisadas no tratamento de dados, opinião do usuário (percepção e desconforto visual),
variáveis medidas (luminância calibração, iluminância campo central, iluminâncias campo
periférico), razão de luminância mínimas e máximas no campo de visão (30º, 60º e 90º) e análise
da fotografia HDR (fotografia da cena em extensão *.jpeg, luminânica mínima e máxima em
HDR).
Quadro 5.6– Ficha para caracterização das medições e opinião do usuário no momento das medições.
Hora da medição: xxh xxmin. Data: xx/xx/xxxx.
Caracterização do prédio: Caracterização do usuário:
Prédio: xx Idade: xx
Sala: xx Gênero: xx
Função da sala: Localização do usuário:
Sombreamento:
Consequência:
Azimute:
Condições do sombreamento e luz artificial no momento da medição:
Relações analisadas:
Figura 5.7 – Fotografia da cena em Figura 5.8 - Luminância mínima Figura 5.9 -Luminância
extensão *jpeg máxima
226
auxiliar na identificação da causa de ofuscamento, localização da luminância de maior valor em
relação ao campo visual (lateral, frontal, 30º, 60º e 90º) e se está na altura da linha de visão do
usuário, os dados levantados podem ser organizados em uma tabela para facilitar o
entendimento de como ocorre o fenômeno do ofuscamento, conforme trecho de Tabela 5-1.
227
Figura 5.11 - Exemplo de gráfico de razão de luminância relativo ao monitor x opinião dos usuários.
228
Tabela 5-1 – Trecho de tabela com análise de imagem HDR.
Edifício Sala Código Desconf Razão de Fotografia Posição do usuário Orientação Localização do valor de maior Luminância
usuário orto luminância em relação à de fachada luminância estimada para o
visual (valores janela monitor
medidos)
CTEC 226 6’_ab 4 30º 51 C - Lateral Oeste Lateral do campo visual do 100cd/m²
Sala usuário devido a incidência de luz
de natural direta.
reuni
ão
60º 121
90º 121
229
A razão de luminância é comparada com filtros para separação conforme causas de
desconforto, posição do usuário em sala e campo de visão (Figura 5.12).
Figura 5.12 - Relação entre layout e razão de luminância, com exemplo para brilho de céu vindo da
posição lateral em relação à janela, considerando o monitor ligado.
230
ANEXOS
231
232
233
234
235