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O PRESI D EN TE D A REPÚBLI CA
CAPÍ TULO I
Com e n t á r io: O Sist em a Nacional de Arm as, SI NARM, é um conj unt o de órgãos
ligados ao Minist ério de Just iça que t em com o obj et ivo fiscalizar e cont rolar a
produção e o com ércio, o regist ro e o cadast ram ent o das arm as de fogo no Brasil.
Para a realização dest e t rabalho, o SI NARM cont a com o apoio da Policia Federal
que at ua t am bém no policiam ent o das nossas front eiras para prevenir e reprim ir o
cont rabando de arm as de fogo.
Com e n t á r io: As arm as de fogo possuem algum as caract eríst icas m ais sim ples
com o: m arca, calibre, quant idade de cart uchos ( balas) , e out ras m ais com plexas,
com o t ipo da coronha, raias, et c. Exist em ainda as arm as com uns com o garruchas
e revolveres, que se diferenciam das arm as aut om át icas, com o pist olas,
m et ralhadoras e out ras im próprias para o uso com um , que são ut ilizadas pelas
policias em operações especiais.
Cabe ao SI NARM cat alogar e regist rar t odas as arm as em circulação no Brasil.
Com e n t á r io: O SI NARM t em o obj et ivo de cadast rar t odas as arm as de fogo em
circulação no Brasil, não só as fabricadas aqui, m as t am bém as arm as im port adas.
Est e cadast ro pode ser feit o em qualquer unidade da Policia Federal levando os
seguint es docum ent os:
Com e n t á r io: A em issão de port es de arm a e o cadast ro das arm as de fogo são
feit os pela Policia Federal. O SI NARM é responsável por cat alogar e m ant er em seu
banco de dados t odas est as inform ações referent es aos propriet ários de arm as,
t ipos de arm as e pessoas com port e aut orizado.
Com e n t á r io: Alguns m arginais fazem alt erações nas arm as de fogo para que elas
não possam ser ident ificadas, com o raspar o num ero de ident ificação, subst it uem a
coronha, et c. Cabe ao SI NARM ident ificar e cat alogar, quando convenient e, est as
alt erações.
Com e n t á r io: O SI NARM receberá e dist ribuirá periodicam ent e inform ações
recebidas pelas delegacias de policia no que se refere às arm as de fogo
apreendidas, aut orizações de port e e com pra, et c., para que se possa m ont ar um
banco de dados nacional sobre arm as de fogo em circulação no país.
Com e n t á r io: Arm eiro é o profissional especializado principalm ent e na m anut enção
de arm as de fogo. Est es profissionais deverão ser cadast rados no SI NARM e
m ensalm ent e enviar relat ório de t odo o t rabalho, sej a de m anut enção, sej a de
com pra ou venda de arm as de fogo.
I X - cadast rar m ediant e regist ro os produt ores, at acadist as, varej ist as,
export adores e im port adores aut orizados de arm as de fogo, acessórios e m unições;
Com e n t á r io: As em presas que t rabalham com produção, venda, im port ação e
export ação de arm as de fogo deverão, além da docum ent ação norm al solicit ada por
órgãos est aduais e federais, solicit ar um Alvará de Funcionam ent o para com ércio
de arm as, port ando inclusive Cert idão de Bons Ant ecedent es Crim inais j unt o a
Just iça Est adual e Federal.
X - cadast rar a ident ificação do cano da arm a, as caract eríst icas das
im pressões de raiam ent o e de m icroest riam ent o de proj ét il disparado, conform e
m arcação e t est es obrigat oriam ent e realizados pelo fabricant e;
Com e n t á r io: Raiam ent o e Microest riam ent e são t erm os t écnicos usados para
descrever as inform ações cont idas no cano da arm a ( ver caract eríst icas das
arm as* * LI NK* * ) , e que são com o a im pressão digit al de cada arm a de fogo, cada
um a t em a sua diferent e, o que possibilit a a ident ificação em um exam e de
balíst ica, por exem plo. O SI NARM deve t er o cadast ro de t odas as inform ações
cont idas em cada arm a de fogo com ercializada no Brasil.
XI - inform ar às Secret arias de Segurança Pública dos Est ados e do Dist rit o
Federal os regist ros e aut orizações de port e de arm as de fogo nos respect ivos
t errit órios, bem com o m ant er o cadast ro at ualizado para consult a.
Com e n t á r io: Passa a ser com pet ência do SI NARM, at ravés da Policia Federal, a
em issão de aut orizações de port e e regist ro de arm as de fogo. As Secret arias de
Segurança Pública dos Est ados e do Dist rit o Federal receberão periodicam ent e
inform ações das aut orizações em it idas para que possa ser realizada a fiscalização
em seus lim it es de t errit ório.
Pa r á gr a fo ú n ico. As disposições dest e art igo não alcançam as arm as de fogo das
Forças Arm adas e Auxiliares, bem com o as dem ais que const em dos seus regist ros
próprios.
CAPÍ TULO I I
DO REGI STRO
Art . 3º É obrigat ório o regist ro de arm a de fogo no órgão com pet ent e.
Com e n t á r io: O órgão com pet ent e para regist rar a arm a de fogo é a Polícia
Federal, at ravés de suas unidades policiais inst aladas em t odos os Est ados, Dist rit o
federal e Territ órios.
É necessário regist rar qualquer arm a de fogo? Sim , é obrigat ório o regist ro de arm a
de fogo com aut orização do SI NARM.
Pa r á gr a fo ú n ico. As arm as de fogo de uso rest rit o serão regist radas no Com ando
do Exércit o, na form a do regulam ent o dest a Lei.
Com e n t á r io: As arm as de uso rest rit o são as pist olas aut om át icas de grosso
calibre, m et ralhadoras, fuzis e as de operação de guerra.
Est a m edida visa coibir o problem a do cont rabando, vist o que m esm o sendo
proibidas para uso com um há m uit as cont rabandeadas que est ão em m ãos de
t raficant es de drogas, e são usadas pelo crim e organizado.
Ar t . 4º Para adquirir arm a de fogo de uso perm it ido o int eressado deverá,
além de declarar a efet iva necessidade, at ender aos seguint es requisit os:
Com e n t á r io: Um a arm a de fogo som ent e será adquirida m ediant e prévia
aut orização da Policial Federal.
As aut oridades policiais est aduais podem m ais expedir a aut orização para a
aquisição e o port e de arm a, sendo essa t arefa de com pet ência exclusiva da Polícia
Federal, da m esm a form a que é feit a a expedição do passaport e.
I m port ant e: Com o a pessoa deverá fazer para adquirir um a arm a? O int eressado
irá a um a loj a especializada em venda de arm as e m unições e após escolher a
arm a, o vendedor solicit ará aut orização à Polícia Federal que verificará os
ant ecedent es do com prador. Se não houver ant ecedent es crim inais, o pedido de
com pra será encam inhado ao SI NARM. Aut orizado por aquele órgão a Polícia
Federal confirm ará a venda, depois de em it ida a not a fiscal e expedirá o regist ro.
A loj a só liberará a arm a com regist ro.
Um a arm a t am bém pode ser com prada diret am ent e de out ra pessoa. Nest e caso, é
necessário que sej a regist rada, e a t ransação sej a previam ent e aut orizada pela
Polícia Federal, onde deverá ser t ransferida para o novo propriet ário.
A legalidade da arm a será com provada com o novo regist ro fornecido pelo SI NARM,
const ando o nom e de quem com prou.
Ao Com ando do Exércit o com pet e, o regist ro e a concessão de port e de t rânsit o de
arm a de fogo para colecionadores, at iradores e caçadores e de represent ant es
est rangeiros em com pet ição int ernacional oficial de t iro realizada no t errit ório
nacional. É que o colecionador não irá t er som ent e um a arm a em sua casa para sua
coleção, port ant o, é um a exceção de lei nesse sent ido.
Vale lem brar que, para arm as im port adas, elas devem ser de calibre aut orizado no
Brasil.
Com e n t á r io: Não poderá o requerent e solicit ar a com pra de um a arm a e com prar
out ra cuj as caract eríst icas não const em na solicit ação feit a j unt o à Policia Federal.
Para inform ar qual arm a ele pret ende com prar, deverá com parecer à casa de
arm as, escolher qual lhe int eressará, anot ar as caract eríst icas no pedido e inform á-
las no requerim ent o.
A aut orização será expedida com base nessas inform ações e em posse desse
docum ent o o int eressado com prará a arm a.
I m port ant e: A aut orização é pessoal e int ransferível não podendo o requerent e
t ransferi- la para out ra pessoa, sob pena de responsabilidade crim inal.
Com e n t á r io: I sso significa que poderá haver a t ransação de arm as ent re as
pessoas. A t ransação da arm a de fogo funciona com o o aut om óvel que é vendido e
precisa ser t ransferido em nom e do com prador.
A t ransferência da arm a é feit a com de prévia aut orização do SI NARM at ravés da
Polícia Federal. Sendo aut orizada a t ransação a arm a será regist rada em nom e do
novo propriet ário que não t erá direit o ao port e, porque est e é proibido, t irando as
exceções.
Cabe ao SI NARM cadast rar as t ransferências de propriedade, ext ravio, furt o, roubo
e out ras ocorrências suscet íveis de alt erar os dados cadast rais da arm a, inclusive
as que são decorrent es de fecham ent o de em presas de segurança privada e de
t ransport e de valores.
Com e n t á r io: Aprovando ou não o docum ent o do int eressado em com prar arm a de
fogo, o SI NARM t em o prazo de t rint a dias para se m anifest ar. Não há nada na Lei
que indique que est e prazo não possa ser prorrogado, port ant o ent endem os que
esse prazo não é fat al e poderá ser dilat ado desde que plenam ent e j ust ificado pela
aut oridade com pet ent e.
Com e n t á r io: I sso indica que o propriet ário não poderá port ar arm a de fogo fora
dos locais indicados, sob pena de responsabilidade penal.
É possível m ant er em casa arm a recebida com o herança, há m uit o t em po? É
possível, m as para m ant er em casa arm a de fogo, m esm o ant iga, é necessário
possuir o regist ro fornecido pelo SI NARM at ravés da Polícia Federal. No caso de
herança, se a arm a j á era regist rada deve ser requerida a t ransferência da
propriedade ao int eressado e será providenciado o novo regist ro.
Se a arm a não possuía regist ro ant erior o int eressando fará um a declaração de bem
de herança, sob as penas do art . 299 do CP, reconhecerá sua firm a em cart ório e a
enviará à Polícia Federal requerendo o regist ro da arm a. Esse procedim ent o evit ará
que o herdeiro da arm a infrinj a o art . 6º do Est at ut o do Desarm am ent o, que proíbe
o port e de arm a em t odo o t errit ório nacional.
Mas at enção: Ant es de enviar o processo ao SI NARM, a Polícia Federal consult ará
sob a procedência da arm a j unt o aos órgãos de segurança pública dos Est ados e
Dist rit o Federal e j udiciais para saber se a arm a est á envolvida com a prát ica de
crim e. Nada const ado sobre ela no regist ro será liberado em nom e do herdeiro
requerent e.
É im port ant e ressalt ar que o regist ro será pessoal e int ransferível porque a a r m a
a dqu ir ida por h e r a n ça n ã o pode r á se r t r a n sa cion a da .
O regist ro de arm a, expedido em um Est ado, t em validade em out ro? O regist ro de
arm a de fogo t em validade em t odo o t errit ório nacional, porém os regist ros
expedidos pelos órgãos de segurança dos Est ados t erão validade no prazo de 90
dias após a dat a da publicação do Est at ut o do Desarm am ent o ( 22/ 12/ 2003) ,
porque os órgãos de segurança est aduais não m ais t êm com pet ência para expedir
regist ro de arm a e nem o port e.
Com e n t á r io: A lei fala em regist ro de arm a de fogo e em port e perm it ido,
port ant o, salvando- se as exceções j á cit adas, a pessoa não poderá port ar arm a fora
de casa. O regist ro não lhe dá o direit o de port ar a arm a fora de seu dom icílio. E
m esm o assim , at endendo a norm at ização de renovar t odo o processo a cada t rês
anos.
Com e n t á r io: Os órgãos est aduais aqui cit ados são delegacias de polícia
especializadas no cont role de arm as e m unições ( Deam ’s) , que ant es da aprovação
do Est at ut o do Desarm am ent o, t inham com pet ência para expedir aut orização para
com pra de arm a e o respect ivo port e.
Após a sanção da lei, em 22/ 12/ 2003, est es órgãos est aduais não podem m ais
expedir o regist ro de propriedade de arm a, m as os que foram expedidos t erão
validade at é t rês anos e deverão ser renovados ao int eiro crit ério do SI NARM, que
poderá cancelá- los havendo m ot ivo que j ust ifique o cancelam ent o.
CAPÍ TULO I I I
DO PORTE
Com e n t á r io: Os est ados t êm com pet ência para legislar sobre a concessão do port e
de arm a para os casos j ulgados especiais e com o exem plo podem os cit ar o dos
policiais aposent ados. A aut orização, nest e caso, est á im plícit a na Cart eira
Funcional que o policial recebe ao se aposent ar. A exem plo disso, os dem ais
Est ados da Federação poderão edit ar leis nesse sent ido. Esse at o governam ent al
j ust ifica plenam ent e porque os policiais e seus fam iliares sem pre correm risco de
vingança da part e de m arginais por isso devem port ar arm a de fogo para sua
defesa e de sua fam ília.
É perm it ido t razer no carro arm a registrada? Não é perm it ido porque o port e de
arm a est á proibido. No art . 5º , o cert ificado de regist ro de arm a de fogo, com
validade em t odo o t errit ório nacional aut oriza o seu propriet ário a m ant er a arm a
de fogo exclusivam ent e no int erior de sua residência ou dependência dest a, ou,
ainda, no seu local de t rabalho, desde que sej a ele o t it ular ou o responsável legal
do est abelecim ent o ou em presa.
Um a pessoa que possui port e pode port ar arm a em nom e de out ra? Não, porque o
port e est á proibido, respeit ando- se as exceções que a lei aut oriza. Se for aut orizado
o port e será pessoal e int ransferível, bem com o específico para a arm a aut orizada.
A lei considera crim e ceder ou em prest ar arm a a out ra pessoa, m esm o que possua
port e. Onde se consegue um port e de arm as? Pelo novo disposit ivo legal a pessoa
não t em m ais direit o a obt er o port e de arm a, salvo se conseguir o port e especial,
com pet e à Polícia Federal expedi- lo com aut orização do SI NARM. Quando perm it ido
é federal, desaparecendo a figura do port e est adual.
Com e n t á r io: A lei fala em int egrant es de Forças Arm adas, m as não é explícit a
quant o a hierarquia dos m ilit ares federais, port ant o ent ende- se que os soldados
que est ão servindo ao Exércit o, Marinha ou Aeronáut ica poderão port ar arm a
independent e de aut orização.
I I - os int egrant es de órgãos referidos nos incisos do caput do art . 144 da
Const it uição Federal;
Com e n t á r io: Diz o art . 144, da Const it uição Federal: “ A segurança pública, dever
do Est ado, direit o e responsabilidade de t odos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolum idade das pessoas e do pat rim ônio, at ravés dos
seguint es órgãos” :
I – policia federal;
I I – policia rodoviária federal;
I I I – policia ferroviária federal;
I V – policias civis;
V – policiais m ilit ares e corpos de bom beiros m ilit ares;
I m port ant e: Esses policiais t êm o livre port e de arm a e independem de aut orização
prévia para port á- la.
I I I - os int egrant es das guardas m unicipais das capit ais dos Est ados e dos
Municípios com m ais de 500.000 ( quinhent os m il) habit ant es, nas condições
est abelecidas no regulam ent o dest a Lei;
Com e n t á r io: Est a m edida busca coibir o uso da arm a de fogo em pequenas
cidades, cuj o efet ivo da Guarda Municipal dest aca- se apenas para prot eção dos
bens públicos m unicipais.
A Medida Provisória nº 157/ 2003, reduziu para m ais de 50 m il habit ant es a
população dem ográfica necessária para que os int egrant es das Guardas Municipais
passam port ar arm a.
Com e n t á r io: Est e inciso foi alt erado pela MP nº 157/ 2003. A fim de que os
m unicípios m enores não ficassem desam parados, est abeleceu- se que os
int egrant es das Guardas Municipais dos m unicípios com população dem ográfica
acim a de 50 m il habit ant es podem port ar arm a quando em serviço.
Com e n t á r io: A Agência Brasileira de I nt eligência é o órgão int egrant e da est rut ura
do Gabinet e de Segurança I nst it ucional da Presidência da República e at ua j unt o ao
Depart am ent o de Segurança do Gabinet e de Segurança I nst it ucional da Presidência
da República.
Seus agent es at uam com aut onom ia funcional e t êm o livre port e de arm a, quer em
serviço quer de folga.
A Lei nº 9.883/ 99 criou a ABI N com a com pet ência de planej ar, execut ar,
coordenar, supervisionar e cont rolar as at ividades de I nt eligência do País,
obedecidas a Polít ica Nacional de I nt eligência e as diret rizes t raçadas pelos escalões
superiores do Execut ivo, em rest rit a observância aos preceit os const it ucionais, à
ét ica e aos direit os e garant ias individuais.
A ABI N desenvolve at ividades de I nt eligência volt adas para a defesa do Est ado
Dem ocrát ico de Direit o, da sociedade, da eficácia do poder polít ico e da soberania
nacional, por isso seus agent es t êm direit o de port ar arm a livrem ent e, quer em
serviço quer em folga.
VI - os int egrant es dos órgãos policiais referidos no art . 51, I V, e no art . 52,
XI I I , da Const it uição Federal;
Com e n t á r io: O t ext o refere- se à polícia da Câm ara dos Deput ados e do Senado
Federal, cuj os int egrant es t êm o direit o de port ar arm a independent e de
aut orização.
Com e n t á r io: A Guarda Port uária at ua nos port os m arít im os. Agent es e guardas
prisionais são os que at uam no serviço de segurança dos presídios est aduais e
federais, casa de det enção, penit enciária e cent ros de ressocialização onde os
reclusos cum prem suas penas. I nt egrant es das escolt as de presos são os m esm os
agent es de segurança que t rabalham nos est abelecim ent os prisionais.
I X - para os int egrant es das ent idades de desport o legalm ent e const it uídas,
cuj as at ividades esport ivas dem andem o uso de arm as de fogo, na form a do
regulam ent o dest a Lei, observando- se, no que couber, a legislação am bient al.
Com ent ário: O t ext o t rat a dos int egrant es de Clubes de Tiro, onde est es,
habilit ados de t odos os pressupost os básicos para m anej o de arm a de fogo,
possuem aut orização para, no int erior do est abelecim ent o, ut ilizá- la.
Com e n t á r io: Nos casos de arm a de propriedade part icular, est as devem ser
regist radas e cadast radas no SI NARM, at ravés da Polícia Federal aos m oldes das
dem ais pessoas não beneficiadas pela Lei.
§ 2º A aut orização para o port e de arm a de fogo dos int egrant es das
inst it uições descrit as nos incisos V, VI e VI I est á condicionada à com provação do
requisit o a que se refere o inciso I I I do art . 4º , nas condições est abelecidas no
regulam ent o dest a Lei.
Com e n t á r io: O inciso V refere- se aos agent es operacionais, o VI , aos agent es dos
órgãos policiais do legislat ivo federal ( Câm ara dos Deput ados e Senado Federal) e o
VI I aos agent es das guardas prisionais que at uam em presídio e Casas de
Det enção.
Mesm o t endo Direit os concedidos pela lei, esses agent es deverão provar apt idão e
capacidade t écnica para o m anuseio de arm a de fogo.
Nem poderia ser diferent e, porque em que pese serem agent es públicos do Poder
Execut ivo e do Legislat ivo, não poderiam ficar isent os dessa obrigat oriedade at é por
quest ão de segurança. Ninguém pode usar arm a de fogo sem dem onst rar apt idão e
capacidade t écnica para o m anuseio.
A exem plo do curso de form ação de condutores, exigido pelo Código de Trânsit o
Nacional, há os cursos de form ação e t reinam ent o de at iradores habilit ando- os ao
m anuseio de arm a de fogo e que em it em cert ificado que lhes dará o direit o a
adquirir arm a de fogo, docum ent o est e exigido pelo SI NARM para expedir a
aut orização para com pra.
Com e n t á r io: Est a é um a form a de exigir a capacit ação dos agent es que est arão
em cont at o diret o com a população e port ando arm as de fogo. Em São Paulo o
curso de form ação dos int egrant es das Guardas Municipais é feit o na Academ ia de
Polícia Civil que os prepara para o exercício da profissão, inclusive com expedição
do cert ificado de conclusão e aproveit am ent o. Nesse curso os alunos são orient ados
sob o m anuseio da arm a de fogo e t êm aulas prát icas de t iro para adquirirem
apt idão e capacidade t écnica.
§ 4º Os int egrant es das Forças Arm adas, das polícias federais e est aduais e
do Dist rit o Federal, bem com o os m ilit ares dos Est ados e do Dist rit o Federal, ao
exercerem o direit o descrit o no art . 4º , ficam dispensados do cum prim ent o do
dispost o nos incisos I , I I e I I I do m esm o art igo, na form a do regulam ent o dest a
Lei.
Com e n t á r io: O caçador prim eiro deverá ser cadast rado e regist rado no I BAMA
para obt er a licença e poder caçar o necessário para sua subsist ência e de sua
fam ília. Ao requerer a licença para a com pra da arm a e o port e na m odalidade
“ caçador” deverá apresent ar o cert ificado de regist ro e a licença do I BAMA, além
das dem ais docum ent ações exigidas pelo SI NARM.
A arm a de caça é a espingarda, não podendo o caçador se ut ilizar de out ro t ipo de
arm am ent o, e não pode ser port ada publicam ent e e em locais incom pat íveis sob
pena de ser apreendida, bem com o a licença e o port e serem caçados e o infrat or
responder crim inalm ent e.
Com e n t á r io: Rem et em os o consulent e ao com ent ário do inciso I V do art . 2 dest a
lei. A pena do parágrafo único do art . 13 é a de det enção, de 1 ( um ) a 2 ( dois)
anos, e m ult a.
Trat a- se de pena cum ulat iva com a m ult a, não podendo um a ou out ra ser aplicada
isoladam ent e. A com unicação deve ser feit a dent ro de 24 horas. Se não for possível
fazer a com unicação dent ro desse período o diret or ou gerent e deverá j ust ificar os
m ot ivos do im pedim ent o ao com unicar o fat o. O que a lei pune é a om issão do
diret or, gerent e ou propriet ário da em presa em não com unicar o fat o
t em pest ivam ent e.
Com e n t á r io: A list agem dos em pregados, aqui exigida, visa inform ar ao SI NARM
se houve alt eração no quadro de pessoal e se o em pregado ali cadast rado com
aut orização para port ar arm a foi despedido o que redundaria na cassação da
aut orização de port e de arm a em relação a ele.
Sem pre que o em pregado for despedido ou sair da em presa por qualquer m ot ivo, o
DRH ( Depart am ent o de Recursos Hum anos) da em presa deverá com unicar o fat o
im ediat am ent e ai SI NARM, at ravés da Polícia Federal para que ele sej a
descadast rado e sua aut orização para port ar arm a sej a cancelada. A om issão dos
diret ores, gerent es ou propriet ários das em presas nest e sent ido acarret ará
responsabilidade crim inal.
Com e n t á r io: As arm as devem ser guardadas com segurança e o acervo deve ser
cont rolado pela Polícia Federal. Os diret ores dessas ent idades deverão com unicar a
esse órgão, im ediat am ent e, sobre ext ravio ou furt o de arm as de seu acervo, sob
pena de responsabilidade crim inal.
Ar t . 9 º Com pet e ao Minist ério da Just iça a aut orização do port e de arm a
para os responsáveis pela segurança de cidadãos est rangeiros em visit a ou
sediados no Brasil e, ao Com ando do Exércit o, nos t erm os do regulam ent o dest a
Lei, o regist ro e a concessão de port e de t rânsit o de arm a de fogo para
colecionadores, at iradores e caçadores e de represent ant es est rangeiros em
com pet ição int ernacional oficial de t iro realizada no t errit ório nacional.
Com e n t á r io: No prim eiro caso o int eressado deverá requerer o port e diret am ent e
ao Minist ério da Just iça e no segundo, ao Com ando do Exércit o e ent endem os que o
requerim ent o deverá ser endereçado ao Minist ério do Exércit o, um a vez que a Lei
não est á explicit a nest e sent ido.
Ar t . 10º A aut orização para o port e de arm a de fogo de uso perm it ido, em
t odo o t errit ório nacional, é de com pet ência da Polícia Federal e som ent e será
concedida após aut orização do SI NARM.
Com e n t á r io: Ant es do Est at ut o do Desarm am ent o a com pet ência para aut orizar a
com pra de arm a de fogo e expedir o port e de arm a era t ant o da Polícia Federal,
quando se t rat asse de port e com validade no t errit ório nacional, quant o das Polícias
Civis dos Est ados e do Dist rit o Federal e dos Territ órios, quando de validade
regional.
A part ir da ent rada em vigor dest a Lei, os port es de arm a de fogo expedidos por
aut oridades policiais dos Est ados, do Dist rit o Federal e dos Territ órios perderão a
validade dent ro em 90 ( novent a) dias. Vencendo esse prazo a pessoa que for
surpreendida, port ant o arm a de fogo fora de seu dom icílio m esm o em posse do
port e de arm a expedido por aut oridade policial civil poderá ser presa e aut uada em
flagrant e porque o port e est adual não m ais est ará valendo.
§ 1º A aut orização previst a nest e art igo poderá ser concedida com eficácia
t em porária e t errit orial lim it ada, nos t erm os de at os regulam ent ares, e dependerá
de o requerent e:
Com e n t á r io: Eficácia t em porária é o t em po de validade da aut orização e a
t errit orial refere- se à área perm it ida para o port e de arm a. O novo port e de arm a
no m ínim o deverá t razer os cam pos para serem preenchidos inform ando o t em po
de validade e o lim it e t errit orial.
I - dem onst rar a sua efet iva necessidade por exercício de at ividade
profissional de risco ou de am eaça à sua int egridade física;
Com e n t á r io: Podem os dar com o exem plo o viaj ant e que t rabalha com valores e
em virt ude de sua profissão venha a sofrer um assalt o. Ou qualquer pessoa que
est ej a sofrendo am eaça de m ort e plenam ent e j ust ificável. No caso de am eaça de
m ort e o int eressado deverá regist rar ocorrência policial e ao requerer o port e
deverá j unt ar cópia da ocorrência ou certidão do inquérit o ou de qualquer out ro
procedim ent o policial.
Com e n t á r io: A docum ent ação de propriedade da arm a de fogo consist e na Not a
Fiscal em it ida pelo vendedor, da licença para a com pra e do regist ro da arm a. O
requerent e deverá j unt ar t am bém xérox de sua ident idade civil ( RG) , sendo cert o
que t odas as cópias devem ser aut ent icadas e sem rasura.
§ 2º A aut orização de port e de arm a de fogo, previst a nest e art igo, perderá
aut om at icam ent e sua eficácia caso o port ador dela sej a det ido ou abordado em
est ado de em briaguez ou sob efeit o de subst âncias quím icas ou alucinógenas.
Com e n t á r io: Em briaguez é infração cont ravencional, cit ada na Lei das
Cont ravenções Penais, cuj a pena a ser aplicada ao infrat or é a de prisão sim ples, de
15 ( quinze) dias a 3 ( t rês) m eses, ou m ult a.
A pena de det enção e a de m ult a poderão ser aplicadas isoladam ent e por serem
alt ernat ivas. O uso de subst ancias t óxicas est á prescrit o na Lei nº 6.368/ 76, ( Lei de
Tóxico) cuj a pena é de det enção de 6 ( seis) m eses a 2 ( dois) anos e pagam ent o de
29 ( vint e) a 50 ( cinqüent a) dias - m ult a.
A det enção e a m ult a são aplicadas j unt as porque são cum ulat ivas.
Ar t . 11. Fica inst it uída a cobrança de t axas, nos valores const ant es do
Anexo dest a Lei, pela prest ação de serviços relat ivos:
I - ao regist ro de arm a de fogo;
I I - à renovação de regist ro de arm a de fogo;
I I I - à expedição de segunda via de regist ro de arm a de fogo;
I V - à expedição de port e federal de arm a de fogo;
V - à renovação de port e de arm a de fogo;
VI - à expedição de segunda via de port e federal de arm a de fogo.
Com e n t á r io: São os seguint es valores das t axas a serem recolhidos at ravés de
guia própria:
I – ao regist ro de arm a de fogo: R$ 300,00 ( t rezent os reais) ;
I I – à renovação de regist ro de arm a de fogo: R$ 300,00 ( t rezent os reais) ;
I I I – à expedição de segunda via de regist ro de arm a de fogo: R$ 300,00 ( t rezent os
reais) ;
I V – à expedição de port e federal de arm a de fogo: R$ 1.000,00 ( m il reais) ;
V – à renovação de port e de arm a de fogo: R$ 1.000,00 ( m il reais) ;
VI – à expedição de segunda via de port e federal de arm a de fogo: R$ 1.000,00
( m il reais) ;
§ 2º As t axas previst as nest e art igo serão isent as para os propriet ários de
que t rat a o § 5º do art . 6º e para os int egrant es dos incisos I , I I , I I I , I V, V, VI e VI I
do art . 6º , nos lim it es do regulam ent o dest a Lei.
Com e n t á r io: A isenção aqui cit ada beneficia os resident es em áreas rurais e que
est ão aut orizadas a t er o port e de arm a exclusivam ent e para caça a fim de prover a
sua subsist ência e de seus fam iliares.
Est ão isent os t am bém do recolhim ent o das t axas ( I ) os int egrant es das Forças
Arm adas; ( I I ) os int egrant es das polícias civis e m ilit ares dos Est ados e Dist rit o
Federal e Territ órios; ( I I I ) os int egrant es das Guardas Municipais, cuj a população
dem ográfica do m unicípio sej a m ais de 500.000 ( quinhent os m il) habit ant es; ( I V)
os int egrant es das Guardas Municipais, cuj a população dem ográfica sej a m ais de
500.00 ( quinhent os m il) e m enos de 500.000 ( quinhent os m il) habit ant es; ( V) os
agent es operacionais da Agência Brasileira de I nt eligência e os do Depart am ent o de
Segurança do Gabinet e de Segurança I nst it ucional da Presidência da República;
( VI ) os int egrant es dos órgãos policiais do Legislat ivo Federal: Câm ara dos
Deput ados e Senado Federal; ( VI I ) os int egrant es do quadro efet ivo dos agent es e
guardas prisionais e das escolt as de preso, bem com o as guardas port uárias.
CAPÍ TULO I V
DOS CRI MES E DAS PENAS
Om issã o de ca u t e la
Ar t . 13. Deixar de observar as caut elas necessárias para im pedir que m enor
de 18 ( dezoit o) anos ou pessoa port adora de deficiência m ent al se apodere de
arm a de fogo que est ej a sob sua posse ou que sej a de sua propriedade:
Com e n t á r io: As m odalidades: port ar, det er e t er em depósit o const it uem o crim e
perm anent e que é aquela cuj a consum ação se perde no t em po dependent e da
at ividade, ação ou om issão, de quem o prat ica, com o sucede no cárcere privado.
Para isso bast a haver denúncia à polícia; ser procedida diligência no local onde est á
sendo com et ida a infração e o agent e ser encont rado em poder do obj et o que
apreendido caract erizará a prova m at erial do crim e.
As m odalidades: adquirir, fornecer e receber são crim es inst ant âneos que se
consum am no at o em que o agent e est á se apossando da arm a, com prando- a ou
t rocando- a com out ro obj et o, quando ele est á fornecendo a arm a a alguém para
ser t ransacionada ou quando ele a recebe de m ãos de qualquer pessoa, para
qualquer finalidade.
A lei fala em part e ilegal de arm a de fogo, não se referindo a arm a branca.
O port e de arm a é um at o discricionário da aut oridade policial federal e relaciona- se
às arm as de fogo.
Com e n t á r io: O port e ilegal de arm as era considerado cont ravenção penal prescrit a
no art . 19 da Lei das Cont ravenções Penais, cuj a pena era de prisão sim ples de 1
( um ) a 6 ( seis) m eses, ou, m ult a, ist o é, pena alt ernat iva, t ant o podia ser aplicada
a prisão sim ples quant o a m ult a, isoladam ent e. O agent e se livrava solt o m ediant e
o pagam ent o de fiança.
Com as alt erações no CP, o que poderá ocorrer é o acusado obt er a liberdade
provisória se for prim ário, de bons ant ecedent es, t er residência fixa e ocupação
lícit a, porém , a crit ério do Juiz de Direit o da com arca.
Diz o art . 323 do CPP: “ Não será concedida fiança: I – nos crim es punidos com
reclusão em que a pena m ínim a m inada é de 2 ( dois) anos, o Juiz poderá conceder
a liberdade provisória ao acusado m ediant e o pagam ent o da fiança cuj o valor a ser
pago será fixado pelo m agist rado, nos t erm os do art . 325 do CPP.
Com e n t á r io: Aqui o Est at ut o do Desarm am ent o abre um a exceção para beneficiar
o agent e que est iver port ando a arm a regist rada em seu nom e.
Se a pessoa não t em aut orização para port ar arm a fora de ser dom icílio, est ará
infringindo o dispost o no art . 14, m esm o que t enha o regist ro da arm a em seu
nom e.
A infração é a m esm a, igual para t odos e, nest e caso ent endem os que não deveria
haver exceção quant o à m odalidade do crim e: ser afiançável ou inafiançável,
porque, o result ado do dano é o m esm o.
O port e ilegal de arm a é crim e doloso e de ação penal pública incondicionada.
Não é adm issível a m odalidade de culpa nessa infração penal.
D ispa r o de a r m a de fogo
Com e n t á r io: O disparo de arm a de fogo era cont ravenção penal punida com prisão
sim ples de 1 ( um ) a 6 ( seis) m eses de m ult a; a aplicação da pena era alt ernat iva.
Com o advent o da Lei nº 9.437/ 97, o disparo de arm a passou a ser crim e punido
com reclusão de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos cum ulat iva com a pena de m ult a, sem
prej uízo da pena por event ual crim e de cont rabando ou descam inho, se a arm a de
fogo ou acessório fossem de uso proibido ou rest rit o.
O est at ut o do Desarm am ent o m ant eve a pena de reclusão para est a m odalidade de
infração. Se do disparo de arm a result ar lesão corporal a out rem o infrat or
responderá pelo crim e de lesão corporal culposa na m odalidade de im prudência,
art . 129, § 6º do CP, punido com det enção de 2 ( dois) m eses a 1 ( um ) ano.
Se o disparo result ar na m ort e da vít im a, o infrat or responderá por infração ao art .
121, § 3º do CP ( Hom icídio culposo) punido com det enção de 1 ( um ) a 3 ( t rês)
anos, t am bém na m odalidade de im prudência.
Se o agent e disparar arm a em local de grande afluência de pessoas e m at ar
alguém , sem a int enção de prat icar aquela ação, responderá por infração do art .
121, “ caput ” do CP ( Hom icídio doloso) na m odalidade do dolo event ual porque
nest e caso assum iu o risco de produzir o result ado.
A pena para essa m odalidade de infração é a reclusão de 6 ( seis) a 20 ( vint e)
anos” .
Ar t . 16. Possuir, det er, port ar, adquirir, fornecer, receber, t er em depósit o,
t ransport ar, ceder, ainda que grat uit am ent e, em prest ar, rem et er, em pregar,
m ant er sob sua guarda ou ocult ar arm a de fogo, acessório ou m unição de uso
proibido ou rest rit o, sem aut orização e em desacordo com det erm inação legal ou
regulam ent ar:
I - suprim ir ou alt erar m arca, num eração ou qualquer sinal de ident ificação
de arm a de fogo ou art efat o;
Com e n t á r io: O sim ples fat o de o agent e raspar o núm ero, em blem a ou qualquer
sinal de ident ificação da arm a para t orná- la irreconhecível caract eriza o crim e
doloso que se consum a de im ediat o, ist o é, inst ant âneo. Trat a- se de crim e
inafiançável, porque a pena é a de reclusão e m ult a.
Com e n t á r io: Realm ent e a arm a descaract erizada não oferece condições para
exam e pericial porque se t orna difícil para o perit o ident ificá- la.
Por isso é que a aut oridade policial, o perit o e o j uiz serão induzidos a erro. O crim e
é inst ant âneo, punido a t ít ulo de dolo, não adm it indo a m odalidade de culpa e
inafiançável, eis que é punido com reclusão, cuj o o m áxim o da pena com inada
excede a 3 ( t rês) anos.
Com e n t á r io: Possuir e det iver são m odalidades de crim e perm anent e porque a
ação se prot rai no t em po. Fabricar e em pregar, caract erizam delit o inst ant âneo
porque se consum a de im ediat o. Se após fabricar o agent e m ant ém o art efat o em
depósit o para uso fut uro ou com ercialização, desde que para isso não t enha licença
e aut orização, t orna- se- á em crim e perm anent e enquant o o obj et o est iver na posse
do agent e. O crim e é inafiançável porque o m áxim o da pena de reclusão com inada
excede a 3 ( t rês) anos.
Com e n t á r io: Port ar, adquirir, t ransport ar e fornecer são crim es inst ant âneos.
Possuir caract eriza crim e perm anent e. São crim es dolosos não adm it indo a
m odalidade de culpa. O dolo é diret o e não adm it em a fiança porque são punidos
com reclusão, cuj o m áxim o da pena com inada excede a 3 ( t rês) anos.
V - vender, ent regar ou fornecer, ainda que grat uit am ent e, arm a de fogo,
acessório, m unição ou explosivo a criança ou adolescent e; e
Com e n t á r io: Adquirir, alugar receber, t ransport ar, conduzir, desm ont ar, m ont ar,
rem ont ar, adult erar e vender são m odalidades de crim e inst ant âneo punido a t ít ulo
de dolo e inafiançável. Ocult ar e t er em depósit o e expor à venda são m odalidades
de crim e perm anent e punido a t ít ulo de dolo e inafiançável porque a pena é a de
reclusão cum ulat iva com a de m ult a. Trat a- se de crim e de ação pública
incondicionada. Não adm it e fiança porque o m áxim o da pena excede a 3 ( t rês)
anos.
Parágrafo único. Equipara- se à at ividade com ercial ou indust rial, para efeit o
dest e art igo, qualquer form a de prest ação de serviços, fabricação ou com ércio
irregular ou clandest ino, inclusive o exercido em residência.
Com e n t á r io: É o caso do arm eiro que consert a e com ercializa arm as sem
aut orização. O crim e é de ação pública incondicionada.
Ar t . 18. I m port ar, export ar, favorecer a ent rada ou saída do t errit ório
nacional, a qualquer t ít ulo, de arm a de fogo, acessório ou m unição, sem
aut orização da aut oridade com pet ent e:
Com e n t á r io: Trat a- se de crim es inst ant âneos, de efeit os perm anent es porque o
t em po que durar a im port ação, a export ação e o favorecim ent o que pode ser
prat icado em vários at os, o individuo est á na prát ica da infração penal.
Ar t . 19. Nos crim es previst os nos art igos. 17 e 18, a pena é aum ent ada da
m et ade se a arm a de fogo, acessório ou m unição forem de uso proibido ou rest rit o.
Ar t . 20. Nos crim es previst os nos art igos. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é
aum ent ada da m et ade se forem prat icados por int egrant e dos órgãos e em presas
referidas nos art igos. 6º , 7º e 8º dest a Lei.
Com e n t á r io: Port ar, det er, adquirir, fornecer, receber, t er em depósit o,
t ransport ar, ceder, ainda que grat uit am ent e, em prest ar, rem et er, em pregar,
m ant er sob guarda ou ocult ar arm a de fogo, acessório ou m unição, de uso
perm it ido, sem aut orização e em desacordo com o det erm inação legal ou
regulam ent ar;
I m port ar, export ar, favorecer a ent rada ou saída do t errit ório nacional, a qualquer
t ít ulo, de arm a de fogo, acessório ou m unição, sem aut orização da aut oridade
com pet ent e;
Possuir, det er, port ar, adquirir, fornecer, receber, t er em depósit o, t ransport ar,
ceder, ainda que grat uit am ent e, em prest ar, rem et er, em pregar, m ant er sob sua
guarda ou ocult ar arm a de fogo, acessório ou m unição de uso proibido ou rest rit o,
sem aut orização e em desacordo com det erm inação legal ou regulam ent ar;
Adquirir, alugar, receber, t ransport ar, conduzir, ocult ar, t er em depósit o,
desm ont ar, m ont ar, rem ont ar, adult erar, vender, expor à venda, ou de qualquer
form a ut ilizar, em proveit o próprio ou alheio, no exercício de at ividade com ercial ou
indust rial, arm a de fogo, acessório ou m unição, sem aut orização ou em desacordo
com det erm inação legal ou regulam ent ar;
Disparar arm a de fogo ou acionar m unição em lugar habit ado ou em suas
adj acências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa condut a não t enha
com o finalidade a prát ica de out ro crim e.
São crim es de ação pública incondicionada, puníveis a t ít ulo de dolo e inafiançáveis.
Os agent es especiais que prom ovem o aum ent o da pena em 50% são os m ilit ares
das Forças Arm adas, os policiais civis e m ilit ares, os guardas m unicipais,
em pregados de em presas de segurança e de ent idades desport ivas.
São m odalidades de crim e de ação pública incondicionada e inafiançável porque é
punido com reclusão, cuj a pena m áxim a com inada excede 3 ( t rês) anos.
CAPÍ TULO V
Ar t . 22. O Minist ério da Just iça poderá celebrar convênios com os Est ados
e o Dist rit o Federal para o cum prim ent o do dispost o nest a Lei.
Com e n t á r io: A nosso ver a Lei deveria prever t am bém a celebração de convênio
com os m unicípios porque são unidades indissolúveis, int egradas no sist em a de
segurança nacional e pública e m erecem o m esm o t rat o dispensado aos Est ados,
Dist rit o Federal e Territ órios, at é porque as infrações referent es à arm a de fogo
ocorrem em qualquer lugar.
Com e n t á r io: Tem os a Força Aérea, ( Aeronáut ica) , A Força Marít im a ( Marinha) e a
Força Terrest re ( Exércit o) . Dent re as Forças Arm adas o cont role de t odo o
arm am ent o bélico do país é do Exércit o; por isso é que a propost a de inform ações
deve ser apresent ada ao Chefe do Poder Execut ivo pelo Com ando do Exércit o.
Com e n t á r io: A ident ificação das arm as de fogo e acessórios do país deve ser
procedida por quest ão de segurança nacional int erna e da segurança pública.
Todos os fabricant es devem m ant er lacradas as em balagens de arm as e m unições.
Todas as caixas devem ser et iquet adas, num eradas e const ar a dat a de fabricação,
a quant idade de unidade nelas cont idas e o dest ino do produt o com o é o caso de
dinam it es com ercializadas com propriet ários de pedreira para dinam it ar pedra.
Essa m edida busca gerar inform ações para um event ual rast ream ent o de um
det erm inado lot e de m unições, o que nest e caso se t orna m ais fácil, pois com t odas
as inform ações concent radas, é possível fazer um “ m apa” descrevendo desde a
fabricação da m unição at é seu consum idor final.
Com e n t á r io: O art . 6º refere- se aos int egrant es das Forças Arm adas.
Com e n t á r io: Os órgãos previst os no art . 6º são as Forças Arm adas. O disposit ivo
de segurança que devem cont er as arm as é im posição e não faculdade ao
fabricant e.
A part ir da dat a da publicação dest a lei, a idéia é que t odas as arm as fabricadas
serão m inuciosam ent e exam inadas pela Policia Federal para verificar se cont ém
disposit ivo ext rínseco de segurança com o dit a o Est at ut o do Desarm am ent o.
Com e n t á r io: ent endem os que é m elhor dest ruir as arm as apreendidas quando não
m ais int eressarem ao processo porque assim não haverá perigo de furt o, de desvio
ou de com ercialização ilegal.
Por quest ão de segurança as arm as apreendidas em inquérit o policial não devem
ficar nas delegacias à espera do encerram ent o do inquérit o para serem enviadas ao
j uízo da com arca.
É int eressant e que as aut oridades policiais rem et am as arm as ao fórum , ficando
som ent e com o aut o de exibição e apreensão de laudo pericial nos out ros.
Já houve casos de arm a de fogo apreendida em inquérit o policial ser furt ada de
delegacia durant e as invest igações.
Com e n t á r io: Ant es da proibição da fabricação e com ércio de sim ulacros de arm a
de fogo crianças e adolescent es com pravam arm as de brinquedo para brincar de
m ocinho e bandido. Houve caso de m arginal ent rar na casa de fam ília apont ando
para as vít im as arm a parecendo ser de verdade e com ela em punho prat icava
roubo.
Afinal há m uit as opções de brinquedo para crianças e adolescent es, não sendo
necessariam ent e sim ulacro de arm a de fogo para brincar. Na m aioria das vezes os
próprios pais são culpados de dar de present e ao filho arm a de brinquedo.
A part ir da vigência dest a lei, quem for encont rado port ando de arm a de brinquedo
t erá o obj et o apreendido e sofrerá sansão penal. Além do crim e de port e de arm a
de fogo previst o no art igo em com ent o o Est at ut o do Desarm am ent o proíbe a
fabricação, a venda, a com ercialização e a im port ação de brinquedos, réplicas e
sim ulacros de arm as de fogo para uso, m as excet ua da proibição nos t erm os do
parágrafo único do art igo em com ent o as réplicas e os sim ulacros dest inados à
inst rução, ao adest ram ent o e à coleção de usuário aut orizado nas condições fixadas
pelo Com ando do Exércit o.
Pa r á gr a fo ú n ico. Excet uam - se da proibição as réplicas e os sim ulacros
dest inados à inst rução, ao adest ram ent o, ou à coleção de usuário aut orizado, nas
condições fixadas pelo Com ando do Exércit o.
Com e n t á r io: Nest e caso o sim ulacro da arm a não servirá de brinquedo para
nenhum a criança ou adolescent e e sim para o exercício de um a profissão que é a
de adest rar ou à coleção desde que o usuário est ej a devidam ent e aut orizado
Com e n t á r io: A com pet ência para conceder aut orização para a aquisição da arm a
de uso rest rit o é exclusiva do Com ando do Exércit o, m as a responsabilidade do
cont role e da fiscalização sobre o uso da arm a será da com pet ência t ant o do
Exércit o quant o dos órgãos policiais federal e est aduais.
É o caso de alguém que obt ém a aut orização para adquirir essa espécie de arm a e
desvirt ua o seu com port am ent o norm al de uso da arm a de fogo. A Lei diz que é de
com pet ência do Com ando do Exércit o aut orizar excepcionalm ent e do port e de t ais
arm as. Aut orização para aquisição é um a coisa e expedição do port e é out ra coisa.
Quem pode possuir arm a de uso rest rit o? Milit ares das Forças Arm adas, Policiais
Federais, Policiais Civis e Milit ares ( alguns calibres) , At iradores e Colecionadores
devidam ent e regist rados no Exércit o.
Com e n t á r io: Nest e pont o verifica- se um a cont radição da Lei, eis que a
Const it uição Federal diz no art . 5º que t odos são iguais perant e a lei, sem dist inção
de qualquer nat ureza, garant indo- se aos brasileiros e aos est rangeiros resident es
no País a inviolabilidade do direit o à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade.
O art . 5º da Lei nº 10.406/ 2002 ( Novo Código Civil) diz que a pessoa adquire
m aioridade civil ao com plet ar 18 anos, t ornando- se capaz para a prát ica de t odos
os at os da vida civil e o art . 140, I , da Lei nº 9.503/ 97 ( Código de t rânsit o
Brasileiro) diz que a pessoa para se habilit ar a dirigir veículo aut om ot or deve ser
im put ável, ist o é, m aior de 18 anos e não est ar nas condições do art . 26 do CP.
Se a pessoa adquirir m aioridade civil aos 18 anos, se t em o m esm o direit o
const it ucional do art . 5º da CF e se pode habilit ar- se para dirigir veículo, poderia
t am bém adquirir um a arm a após os 18 anos.
Port ant o, m esm o após o advent o do Novo Código Civil que considera a pessoa
plenam ent e capaz aos 18 anos para prat icar qualquer at o da vida civil, o Est at ut o
do Desarm am ent o opt ou por aum ent ar a idade de 21 para 25 anos para aut orizar a
pessoa a adquirir arm a de fogo. É um a precaução do legislador em não aut orizar o
m enor de 25 anos adquirir arm a de fogo por quest ão de prudência e prevenção.
Ent endeu- se que m esm o após com plet ar 18 anos de idade e t er capacidade plena
para a prát ica de at os da vida civil, conform e dispões o art . 5º do novo Código Civil,
a pessoa ainda não t eria plenas condições psicológicas e aut ocont role para adquirir
e m anusear arm a de fogo.
Com e n t á r io: Se nesse período os possuidores de arm as não regist radas não
procurarem a Polícia Federal para legalizar a arm a perderão o direit o de requerer o
regist ro. A Lei at ribuiu responsabilidade penal ao agent e que não at ender o
dispost o nest e.
Com e n t á r io: Ent endem os que a ent rega da arm a sem regist ro à Polícia Federal só
se efet ivará se o propriet ário não t iver int eresse em m ant ê- la em sua posse.
Se for do seu int eresse m ant ê- la, poderá requerer à Polícia Federal a expedição do
regist ro e est e lhe será expedido com aut orização do SI NARM.
É de t udo int uit ivo que ant es de enviar o requerim ent o do int eressado ao SI NARM
para aut orização, a Polícia Federal consult ará os órgãos de segurança est aduais e
j udiciais sobre a procedência da arm a para saber se ela est á vinculada com
inquérit o, processo ou t enha sido furt ada ou usada para a prát ica de crim e. Depois
de consult ado, se a Polícia Federal t iver inform ações posit ivas, encam inhará o
requerim ent o e os docum ent os pessoais do requerent e ai SI NARM para aut orização,
cuj o regist ro será expedido em nom e do requerent e. Poderá ocorrer que o
possuidor ou propriet ário da arm a t enha int eresse em dela se desfazer e receber
indenização, cuj o valor não est á expresso aqui e assim sendo ent regará a arm a
m ediant e aut o de apreensão que é a form a corret a de com provar a ent rega ao
órgão policial e receberá a indenização.
Pa r á gr a fo ú n ico. Na hipót ese previst a nest e art igo e no art . 31, as arm as
recebidas const arão de cadast ro específico e, após a elaboração de laudo pericial,
serão encam inhadas, no prazo de 48 ( quarent a e oit o) horas, ao Com ando do
Exércit o para dest ruição, sendo vedada sua ut ilização ou reaproveit am ent o para
qualquer fim .
Com e n t á r io: A arm a apreendida, conform e dispõe est e parágrafo não poderá ser
ut ilizada por nenhum a pessoa, quer a t ít ulo de depósit o j udicial, com o norm alm ent e
ocorre nos m eios policiais, quer rest it uída ao propriet ário ou a pessoa a quem de
direit o.
O Est at ut o do Desarm am ent o preferiu det erm inar a dest ruição da arm a apreendida
para desest im ular o uso e o port e de arm as no país.
É o prim eiro passo rum o a dim inuição do num ero de arm as de fogo no Brasil.
Com e n t á r io: Munição é produt o cont rolado pelo Exércit o e para que sej a
t ransport ada se faz necessário um a Guia de Tráfego expedida por aut oridade
com pet ent e. Pode ser da Polícia Federal ou do SFPC ( Serviço de Fiscalização de
Produt os Cont rolados) do Exércit o. Se a pessoa possui Port e de Arm a, est á im plícit a
a perm issão para t ransport ar a m unição de cargas.
A lei responsabiliza os propriet ários, diret ores e gerent es dessas em presas visando
com bat er o t ráfico e cont rabando de arm as e m unições pelas orlas m arít im as,
espaço aéreo, rodoviário, ferroviário ou fluvial.
Nest e caso as Forças Arm adas são responsáveis pela fiscalização: Marinha por
água, Aeronáut ica por ar e Exércit o por t erra com o apoio da Polícia Federal que
t em com pet ência em t odo t errit ório nacional para com bat er essas m odalidades de
crim e.
Com e n t á r io: Nest e pont o, prelim inarm ent e na redação da Lei, deveria t er- se
edit ado est e t ext o sem m encionar o núm ero de pessoas que devam est ar nos
event os. A Lei se refere a m ais de 1.000 ( m il pessoas) . Som ent e no caso de
event os fechados com aglom eração superior a m il pessoas é que os prom ot ores
devem t om ar a iniciat iva de im pedir o ingresso da pessoa arm ada.
É inaceit ável a filosofia nest e sent ido, porque dá a ent ender que nos event os onde
a aglom eração for de at é m il pessoas não est arão os prom ot ores na obrigação de
adot ar providencias para adot ar o ingresso de pessoas arm adas.
Nos locais de event os fechados cuj a aglom eração sej a de at é m il pessoas t am bém
poderá ingressar pessoa arm ada.
Senão a pessoa não for revist ada est ará pondo em risco a int egridade física das
pessoas que ali est arão para assist ir o espet áculo porque poderá fazer uso da arm a
cont ra alguém .
Nos clubes de shows, bailes, t eat ros que não t enham capacidade para m il pessoas
poderá ingressar pessoa arm ada, por isso ent endem os que os prom ot ores desses
event os t am bém t erão a obrigação de t om ar as providencias cit adas.
Com e n t á r io: As em presas de t ransport es colet ivos não podem e não devem
assum ir a responsabilidade da fiscalização sobre passageiro arm ado que pret enda
viaj ar. Prim eiro porque em regra, no colet ivo viaj a o m ot orist a sem auxiliar.
Segundo porque os funcionários das em presas não exercem função policial e não se
prest am a revist ar as pessoas ant es do em barque, vist o que est ão pagando
passagem para viaj ar e não querem ser im port unados com revist a pessoal da part e
de quem não exerce função policial.
As em presas deverão solicit ar a polícia m ilit ar que coloquem policiais nos t erm inais
rodoviários com a m issão de policiarem os horários de em barque e revist arem o
passageiro suspeit o.
Os funcionários das em presas de t ransport e colet ivo recebem a corret a orient ação
para não reagirem em caso de assalt o que ocorra no do colet ivo e não t om em a
iniciat iva de revist ar passageiro suspeit o, sob a acusação de não colocar os dem ais
passageiros em perigo.
CAPÍ TULO VI
Com e n t á r io: Referendo popular cit ado nada m ais é que o plebiscit o prescrit o no
art . 14, I , da CF/ 88.
É a m anifest ação popular para decidir sobre quest ão polít ica de int eresse da nação
e do próprio povo dem onst rando sua vont ade e exercendo sua cidadania.
O Est at ut o do Desarm am ent o preferiu propor a part icipação popular e não quis
t om ar sozinho a decisão de proibir a com ercialização de arm a de fogo no país,
excet o para as Forças Arm adas e Policiais e casos previst os em legislação própria.