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Orlando de Albuquerque
EXPOSIÇÃO E CRÍTICA
OEPNET
ADVERTÊNCIAS
ACUTOMANCIA. Mas uma entre tantas Mancias*, esta, muito antiga, por
exemplo pela forma como as fiandeiras haviam deixado as diversas agulhas.
AFIA. Termo proposto por René Sudre* para designar o mesmo para o que já
existiam demasiados termos. Ver Criptestesia Pragmática, Metagnomia Táctil e
Psicometria (parapsicológica), este último o termo preferível.
AGÊNERES. Seriam uns seres inferiores que pululariam pelo ar, que se
manifestariam na forma com aparências de seres vivos, mas que não seriam
gerados pelos processos biológicos normais, nem produzidos pelo Fenômeno
Parapsicológico* da Ectoplasmia*.
AGRIPPA, Cornélio. Muito pouco se sabe acerca dessa estranha e tão discutida
figura de cientista, não se conhecendo nem a data de seu nascimento, nem a data de
sua morte. Sabe-se apenas que viveu na primeira metade do século XVI.
Considerado por muitos como um charlatão extravagante, foi professor de
Teologia em Dôle, e de Direito e Medicina em Paris, tendo alcançado enorme êxito
como advogado e orador em Metz. Foi médico pessoal do Marquês de Monferrato,
do Duque de Sabóia e de Luiza de Sabóia, tendo também freqüentado a corte do
Imperador Carlos V, onde chegou a ser nomeado historiógrafo oficial. Teve
sempre uma vida economicamente bastante difícil, chegando mesmo a ter que
cumprir pena nas galeras, devido a suas dívidas.
O que mais interessa aqui é que foi praticante da Magia* da Cabala*. Escreveu
várias obras, entre as quais “De Occulta Philosophia”, Colônia, 1533. Desprezava a
ciência oficial e considerava a Magia* como a “ciência mais perfeita (?) e arte por
meio da qual é possível comunicar com as forças de um plano superior (?), para
dominar as do plano inferior”, como afirma no seu livro “De Vanitate Artium et
Scientiarum”, Colônia, 1527.
ANAGNÓSIA. Termo proposto por Bret e que ele dividiu em quatro classes:
Paranagnósia, Perianagnósia, Teleanagnosia e Preanagnosia. É preferível o
termo Criptoscopia* para o aparente Fenômeno* em geral. E em vez das divisões,
é preferível precisar respectivamente se a aparente Criptoscopia* é na realidade
EN* (paranagnósia) e concretamente por HIP* (perianagnósia); ou se é PN*,
frisando-se concretamente a distância (teleanagnósia) ou, então, concretamente por
Pcg* (preanagnósia); ou mesmo se é SN*, embora para este caso, no freqüente
preconceito, Bret não especificou nenhum termo.
AQUÁRIO, Idade de. Época marcada (?) pela Astrologia* que acontecerá com a
entrada do equinócio de verão na constelação de Aquário, por volta do ano 2740.
Esta data não pode ser dada com certeza porque as diversas “seitas” de astrólogos
usam diferentes cronologias.
Deve-se ao fenômeno de precessão, uma revolução muito lenta do pólo da terra
em torno da elíptica, uma vez em cada vinte e seis mil anos e que muda as
relações dos Signos* com as constelações.
A idade astrológica anterior é a de Peixes, o que é interpretado por muitos
astrólogos como designando um laço esotérico especial com o Cristianismo, os
últimos dois mil anos. E o Signo* anterior é o de Áries, que os astrólogos deram
em relacionar com o antigo povo de Israel.
E por isso corre por todas partes a Superstição* de que estamos à beira de uma
Nova* Era, caracterizada pelas qualidades astrológicas do Signo* de Aquário.
Na realidade, o Signo* astrológico de Peixes nada tem a ver com o Cristianismo,
como o anterior de Áries nada tem a ver com o antigo Israel. Os israelitas
dissidentes adoraram no deserto um touro, não um cordeiro (em grego áries). O
peixe (em grego ixzús), foi um símbolo adotado pelos primeiros cristãos para
identificarem-se entre si, às escondidas dos pagãos. Era fácil desenhar, por
exemplo com o bastão sobre a areia, como por movimento irrefletidos, a silhueta
de um peixe, e suas letras consideradas como sigla significavam: I(esus) X(ristós)
Z(eõu) Ú(ios) S(oterós): Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
ARITMOMANCIA. Mais uma Mancia*, por meio dos números e das letras,
como se neles estivesse o Destino (?).
AUGÚRIO. Uma de tantas Mancias*, esta usada entre os antigos romanos pelos
Augures ou sacerdotes observando o vôo e o canto dos pássaros. O augúrio seria
favorável ou desfavorável segundo fosse, respectivamente, à mão direita ou à mão
esquerda da estátua de Júpiter.
AURA NÉURICA. Termo proposto por Dodec, tentando evitar o absurdo nome
Perispírito* (?), mas este continua sendo usado porque nada significa em
Parapsicologia*, sendo próprio do Espiritismo* e outros ramos de Esoterismo*.
Não confundir com Força Néurica* Radiante.
AURORA DOURADA, Ordem Hermética da. Sociedade de Magia* que atingiu
o auge na década de 1890. Conquistou uma fama legendária por vários motivos. Os
ensinamentos da Aurora Dourada, ou “Order of the Golden Dawn”, muito
influenciaram as teorias e o trabalho e, em menor escala, a organização interna de
muitos grupos de Ocultismo* principalmente entre as pessoas de língua inglesa
nos últimos cinqüenta anos ou mais. A Ordem foi fundada pelo Dr. Willian Wynn
Westcott (1848-1925), um médico legista londrino, com a ajuda de Samuel
Liddell MacGregor Mathers (1854-1918), um excêntrico pseudo-montanhês da
Escócia sem qualquer ocupação identificável e o Dr. William Robert Woodman
(1828-1891), um médico aposentado.
Embora os entusiastas pelo Ocultismo* consideram a Aurora Dourada um
repositório singularmente autorizado de conhecimento e instrução de Magia*, nada
há de científico. O fato, porém, de W. B. Yeats* ter sido um membroe até diretor
dessa ordem tem intrigado muitos acadêmicos que hoje se preocupam com a vida e
a obra. do famoso poeta. Mas na realidade precisamente a mentalidade poética, e
pouco realista, de Yeats* explica o fato. Pelo mesmo motivo que atraia
megalomaníacos e... certos artistas. Ver Hermetic Brotherhood of Luxor.
-B-
BAIN, Lei de. Define o reflexo dos atos psicológicos ou mentais no organismo e
diz: “Todo ato psíquico (no sentido de mental e humano), de qualquer espécie que
seja, pressupõe, determina e é acompanhado por um reflexo fisiológico e esse
reflexo irradia-se por todo o corpo e cada uma das suas partes”. Diríamos que é
verdade o depreciativo ditado popular: “Parece que pensa com os pés”. De fato:
até com os pés, até com os cabelos...
É um dos fundamentos da HIP*. Ver Movimentos I. I. I*
BARKER, Elsa ( === ). Espírita inglesa, autora por Psicogtafia* de uma série de
pretendidas Comunicações* que tiveram muita difusão e foram traduzidas a várias
línguas, por exemplo: “Lettere di un morto tuttora vivente”, Torino, Bocca, 1928.
Dizia que se tratava de Comunicação* do Espírito* (?) de David P. Hutch, que fora
magistrado em Los Angeles...
====
BALFOUR, Stewart ( 1827-1887). Do Instituto de Ciencias de Inglaterra e autor
do benemérito “On the Conservation of Energy”, Londres, 1873. Deixando de lado
a Física, dedicou muito do seu tempo à Parapsicologia e foi o segundo presidente
da SPR*, sucedendo a H. Sidgwick, de 1885 a 1887.
BEALE, Dr. O “Espírito* (?) médico” que seria o Controle* de Mis Rose*.
BEARD, Thomas. Amigo íntimo do ditador inglês Cromwel, que regeu uma
cadeira de Feitiçaria*, criada então na Universidade de Huntingdon (!).
BESTERMAN, Theodore (1904- === ). Não se pode ocultar que foi Teósofo* e
entusiasta divulgador das obras de Annie Besant*. Mas posteriormente foi
encaminhando-se pela Parapsicologia. Foi membro da SPR* e professor na
Universidade de Londres. É autor de muitas obras sobre Teosofia*, mas também
de Parpsicologia*. Em destaque “Crystal-Gazing”, Nova York, 1965 - “Some
Modern Mediuns”, 1930 - e em colaboração com W. Barret”*: “The Divining-Rod,
an Experimental and Psychological Investigation”, 1926.
BODHISATTVA. Mito* do Budismo* nortenho ou Mahayana. Seriam umas pessoas tão santas que
sacrificariam os seus ganhos do Nirvana* (?) com o fim de adquirir nova Reencarnação* (?) como
Budas*, movidos pela sua compaixão pela humanidade.
BOEHME, Jakob (1575-1624). Sapateiro que teve uma instrução muito escassa,
e entretanto escreveu vinte e nove livros e folhetos que tiveram grande influência e
enorme projeção em algumas das maiores mentalidades do mundo ocidental. A sua
existência foi comparativamente breve, mas o seu gênio “Místico*”e “filosófico”
foi extraordinariamente fecundo.
Um notável exemplo da capacidade ou Talento* do Inconsciente em inventar, o
que não significa acertar. Trata-se mais de disquisições que de verdadeira
Filosofia, porque sem fundamento e provas reais. Afirmava que a estrutura polar
da existência era o coração da matéria (?), que a unidade emerge da dualidade e da
trindade (?). Numa notável experiência “Mística*” chegou à Revelação* (?) de
que no “sim” e no “não” consistem todas as coisas (?). Como conseqüência, o seu
grande problema especulativo consistia em demonstrar como o sim e o não, o bem
e o mal, as trevas e a luz, procedem do coração vivente (?) da realidade. A sua
dedução religiosa explicava (?) também como é que as dualidades da vida se
reconciliavam na unidade espiritual (?).
A era romântica, Hegel, Schopenhauer, Nietzche, Bergson*, Heidegger, George
Fox*, Berdiayev, Tillich... apenas indicam o alcance da influência de Boehme.
BOLANDISTAS.
=== ===
=== ===
BOSCO, Sào João (1815-1888). === Citar e remeter para alguns tipos de
milagres...
BRAMANE. Membro da mais nobre casta do Budismo*, pessoa cujo Espírito* (?)
já seria muito superior após muitas Reencarnações* (?) anteriores. Os seguidores
desta doutrina, sejam eles Bramanes ou simples Párias*, formam a seita do
Bramanismo. Ver Tantrismo.
Brahma ou Brama é nome dado a Deus*, embora o conceito de Deus* no
Hinduismo* nunca fique claro, identificado com o mundo e misturado como está
com simbolismos “poéticos” e deixe inclusive de ser Absoluto pois tudo seria
Maia*. Identifica-se também com Atman* quando o Grande Eu se divide (?) e
transmuta (?).
BRET ==== (Se encontar, há que pôr * em todas as vezes que é citado).
BRUXISMO. Nada tem a ver com Bruxaria*. É a tendência para ranger os dentes
inclusive e mesmo especialmente durante o sono. Incorretamente usa-se no mesmo
sentido o termo Bruxomania. O termo médico preferível é Bricomania.
BUDA (560-480 a.C.). Pouco ou nada consta historicamente. Passa por haver sido
uma pessoa sábia, que alcançou “a sabedoria perfeita” (?).
“O Buda” refere-se a Gotama, príncipe Sakyamuni, que teria renunciado à sua
família e posição. Gotama seria um reformador hindu da transição do século VI ao
século V antes de Cristo. Depois de prolongada meditação, ele haveria formado
uma Filosofia (?) prática de trabalhos ativos pelo exemplo. O seu trabalho, em todo
caso, viu-se obscurecido pelos seus seguidores, que o deificaram...
Gotama, nascido numa era de grande preocupação pelas técnicas de Ioga* e com
um pano de fundo da tradição oral dos Upanisshads e dos Vedas, viu a necessidade
de uma aplicação pessoal prática para o alívio do sofrimento e comportou-se para
se converter num exemplo. Ver Tantrismo.
Não existem escritos contemporâneos. O “Pali Budista” é o primeiro,
provavelmente de 80 a.C., e sabe-se que também nele se introduziram
acrescentamentos. As modificações que Gotama teria introduzido aos
ensinamentos Upanisshads podem ser resumidas como se segue: procura do eu,
moderação, abandono da posição, abandono do ascetismo, e... (atribuído a Buda
apesar de ser sistema muito posterior!) abandono do sistema hindu de Castas*.
BURT, Cyril (1883-1971). Ao mesmo tempo que Usher*, e tanto tempo antes do
pretendido pioneirismo da Micro-Parapsicologia, iniciou em 1900 Experiências
Qualitativas* de ST* à grande distância: O “Agente” encontrava-se em Bristol e o
Percipiente* em Londres. Publicou suas Experiências no livro “Psychology and
Psychical Research”.
- C -
CARTOMANCIA. Mais uma entre tantas Mancias*, esta por meio de cartas de
baralho de jogo. A cartomancia é uma Superstição* relativamente moderna, já que
essas cartas são também uma invenção relativamente recente. É provável que os
nossos baralhos de jogos descendam e, do ponto de vista do Ocultismo*, sejam os
parentes pobres do Tarô*.
CINQUENTA (ou 5O) METROS (ou M.) Desafio dos. Ver PK e Comunicação.
COOKE, Grace. Médium* britânica de Transe* e que foi, com seu esposo Ivan
Cooke, fundadora da Liga da Águia Branca, uma organização de exploração
mediante o Curandeirismo* espírita.
CR. Sigla de Critical Ratio ou Razão Crítica. Alguns fanáticos pela Micro-
Parapsicologia* como se só existisse essa fraca Escola* de Parapsicologia, ou
desconhecedores de tudo o que não seja próprio dela, usam o termo RC, mas não é
admissível tal uso porque RC* é a sigla consagrada para Retrocognição*.
Em estatística matemática para Experiências Quantitativas* da Micro-
Parapsicologia*, procedimento para determinar se um desvio observado é ou não
significante, maior que as prováveis flutuações casuais.
Obtém-se dividindo pelo Desvio* Padrão o Desvio* encontrado no teste de ESP*
ou da suposta PK* (?), ou seja:
CR = d : DP.
Sendo “d” o desvio, “DP” o Desvio Padrão.
CR aplica-se para medir os desvios positivos ou negativos:
n-Nxp
CR= VNxpxq
Sendo “n” o número de sucessos, “N” o número total de emissões, “p” as
probabilidades de sucesso, “q” as de fracasso.
Exige-se um mínimo de 2,33 para que um teste de ESP* ou do que eles
erradamente acreditam ser PK* seja considerado estatisticamente significativo.
A determinação CR pode ser obtida consultando tabelas de probabilidades
integrais como as de Pearson.
CRESUS ou CRESO. Rei da Lídia que reinou de 560 a 546 a.C. Dele narra
Heródoto*, um caso de pretendida Adivinhação* sucedido com a Pitonisa* de
Delfos*, o que leva, por assim dizer, a considerar Cresus como o primeiro
“experimentador” em Parapsicologia*. Creso perguntou sobre o que lhe
aconteceria na guerra que estava começando. Os sacerdotes de Delfos*
responderam: “Ibis redibis non morieris in bello” = “Irás voltarás não morirás na
guerra”. Não había forma de errar nesse estilo Sibilino*. Porque dependendo da
pontuação ou entoação que o leitor ponha, tanto pode significar a victoria e volta
gloriosa, como a derrota e a morte: “Irás. Voltarás? Não. Morirás na guerra”. Ou
então: “Irás, voltarás, não morirás na guerra”.
CRONOPATIA. Termo para frisar que no conhecimento PN* houve uma relação
expressa à data do acontecimento adivinhado, ao menos quando o Paciente*
percebe que se trata de RC*, ou de SC*, ou Pcg*. Porque geralmente nos
conhecimentos PG* o Percipiente* não identifica o tempo ou mesmo o mistura.
- D -
DAVIS, Andrew Jackson (1826-1910). Nascido de pais sem instrução viveu num
ambiente de muita pobreza. O pai era alcólico; a mãe, visionaria e cheia de baixa
Superstição. Davis não recebe instrução alguma até à idade de dezesseis anos,
quando entra para aprendiz de sapateiro. Um Mesmerista*, o alfaiate Levingston,
em 1843 ficou a tal ponto admirado da proclividade de Davis aos mais profundos
graus da Sonambulismo Magnetico*, ou Hipnótico*, que o levou consigo para
quase continuas exibições teatrais até Agosto de 1945.
Com freqüentes participações em sessões do Espiritismo* de então,
Swedenborgista*, e com as exibições de Hipnotismo*, soltou profundamente o
Inconsciente*. Dedicou-se à Psicografia*. Leu e estudou quanto pôde...O mais
importante é que sofreu uma estranha Psicorragia: diz que teve a Visao* de
Swedenborg* e... do médico grego do século II Claudio Galeno! Então, segundo
ele, recebeu a “Iluminação Mental” (?).
O certo é que “o vidente de Poughkeepsie” (Estado de New York) chegou a ser
um Psicógrafo* famoso, autor de uma extensa obra em oito volumes: “The
Principles of Nature, her Divine Revelations, and a Voice to Mankind”, 1845-
1847.
Estes livros que exerceram grande influência nos surgimento e difusão do
Espiritismo* chamado Daviniano, o menos inculto, o dos espíritas anglosaxões.
Pouco depois, naquele ambiente preparado por Davis, aparecerão as Irmãs Fox*
das que atraves de Allan Kardec* surgirá a corrente mais inculta e denigrante,
comop também a mais difundida, a dos espíritas latinos ou Kardecistas*. Davis é
para os espíritas anglo-saxões o que Allan Kardec* é para os espíritas latinos. É, e
louvavelmente nisto, decidido adversário da Reencarnação*...
DÉJÀ VU. Sensação de “já visto”, tradução exata, ou já vivido... Os alienados pela
Superstição o atribuem à Reencarnação* (?) anterior, sem refletirem que
freqüentemente é com objetos ou situações recentes, que não podiam existir em
supostas vidas anteriores.
Na realidade pode ter origem em Paremnésia*, Criptomnésia*, Pcg* ou HIP*
inconscientes, sentido ilusório da familiaridade, tendência à Psicose*, delírios
palieugnósticos nos quais o doente crê reconhecer no que vê pela primeira vez
objetos ou pessoas ou situações anteriormente conhecidas, sentido ilusório da
familiaridade, etc, etc. E é precisamente pelo grande número de causas, que déjà
vu há sido sentido, mais ou menos freqüentemente, por todas as pessoas.
DÉRMICA, Visão. Ver DOP, termo preferível. pois consagrado pelo uso.
DEVA. Termo hindu que designa um ser radiante, um deus (?) de segunda
categoria. Por exemplo Aeshma Deva, “o mais cruel de todos os devas”, na
religião de Zaratustra*, transformado pelos judeus em Asmodeu, “o pior dos
Demônios*” (Tb 2,8).
DEVACHAN. Termo popular hindu que descreve um estado intermédio entre uma
Desencarnação* (?) e a Reencarnação* (?) seguinte. O mesmo que o período de
Erraticidade no Mito* do Espiritismo* e de outras ramificações de Esoterismo.
Ver Esferas.
DIAKKA. Termo introduzido por A. I. Davis* para designar os Espíritos* (?) que
seriam travessos e ignorantes.
DIALÉTICA, Sociedade. Fundada em Londres em 1887 entre reconhecidos
cientistas “para investigarem aqueles prodígios que se alega serem manifestações
espíritas e para informar acerca deles”. Alcançou muito prestígio pela seriedade e
competencia ds suas pesquisas e conclusões. Tinha um comitê formado por trinta e
três membros.
DIEPPE, Caso de. No dia 4 de Agosto, no verão de 1951, duas senhoras inglesas
que se achavam de férias perto de Dieppe, na França, ouviram barulhos
semelhantes aos que teriam ouvido se estivessem no mesmo lugar nove anos antes,
durante o ataque a Dieppe: tiros de canhão, bombardeios aéreos, tiros e gritos. Esta
Alucinação* Verídica por RC*, ou HIP* sobre os presentes, fez-se famosa.
DRUIDAS. Pouco se conhece dos druidas originais, povo da civilização celta pré-
romana na França e na Grã-Bretanha. Eles foram os guardiães de uma complexa
tradição oral, realizavam os seus cultos em santuários nas florestas e cultivavam o
visco e o carvalho, que consideravam árvores sagradas (?).
O mitômano Allan Kardec*, entre tantas outras mostras de megalomania, adotou
este pseudônimo porque pretendia ser a Reencarnação* (?) de um sacerdote druida
com esse nome.
DUREN, Jan va. Autor de “Croods and Croziers”, 1972. Nascido na Alemanha,
foi educado em Bruxelas, Praga e Londres, ocupando cargos acadêmicos na
Holanda, Alemanha e Inglaterra. Do grupo escolhido por de Cavendish*.
- E -
ECOSCOPIA. Mais uma Scopia*, pelo aspecto exterior dos edifícios ou das
casas, muito praticada na antiga Grécia.
EIDOS, Mundo de. Seria o quarto nível ou Plano da Cor, segundo descrição
numa pretensa Comunicação* post mortem de Myers* pela Psicografia* de
Geraldine Cummins*. Ver Planos.
ELBERFELD, Cavalos de. Tudo começou quando o Major Wilhem von Ostem
adquiriu um cavalo a quem ensinou a fazer (?) diversas operações aritméticas por
meio de quilhas e depois de números. A pergunta fazia-se verbalmente e o cavalo
respondia batendo com a pata no chão um determinado número de vezes, segundo
o resultado do problema.
A apresentação do animal causou grande sucesso e estupefação entre alguns, o
que levou a pôr hipóteses que levariam a uma total revisão dos conhecimentos
sobre o comportamento animal. O dono do animal viu-se constantemente assediado
por curiosos e também por sábios, que queriam investigar o prodígio. Tal
curiosidade levou a que fosse nomeada oficialmente uma comissão científica
composta por professores de Psicologia, Fisiologia, Zoologia, Veterinária e
especialistas de Equitação e Adestramento de Animais. A comissão que estudou
detidamente o caso, chegando à conclusão só de que este deveria ser tomado muito
a sério e estudado ponderada e cientificamente...
Posteriormente o rico industrial Karl Krall, que em 1906 recebeu de presente o
cavalo Hans, decidiu ensinar a outros cavalos as mesmas operações que Hans
realizava, mas em condições mais espetaculares. Empregou muito tempo, dinheiro
e engenho, mas conseguiu que quatro cavalos parecessem inteligentes. Eram dois
cavalos árabes, um pônei chamado Hanschen e um velho cavalo cego chamado
Barto.
São enormes a literatura e as polêmicas que surgiram por causa destes cavalos,
mormente após o livro publicado pelo seu proprietário: “Dekende Thiere”, Leipzig,
1902. Muitos sábios chegaram a defender a inteligência (?) ou, ao menos,
Telepatia* dos cavalos (?) sobre as pessoas presentes.
A mesma disparatada “explicação” dava o líder da Escola* Norte-Americana, o
Dr. Rhine*, com muitos da Micro-Parapsicologia* num caso semelhante moderno:
ESP*. Numa égua !? Ver AMPSI.
Nova comissão científica, nomeada pelo Ministério da Educação e presidida pelo
Dr. C. S. Strumpf, diretor do Instituto de Psicologia da Universidade de Berlim,
estudou o cavalo Hans, já conhecido por “der Kluge Hans” (= “o João
inteligente”), e chegou à explicação certa: o prodígio era devido simplesmente à
percepção por Hiperestesia* pelo cavalo dos Movimentos I. I. I* realizados pelo
seu dono ou pelos cuidadores assistentes. O cavalo batia no chão ininterruptamente
logo que percebia que lhe faziam uma pergunta, até que alguém,
inconscientemente, lhe fizesse sinal de que devia deter-se. Sinal, repetimos, de
Criptomímica*. O cavalo com os olhos vendados não dava a resposta exata: batia
com a pata até se cansar. Mesmo com o cavalo Barto, velho e cego, a explicação
era a Hiperestesia*. Cego, mas com Hiperestesia* nos outros sentidos. Na ausência
de todos, observados a muita distância, os cavalos batiam até cansar-se e sem nem
sequer se aproximar do número certo de batidas.
Já antes, em 1903, Albert Moll, presidente da Sociedade de Psicologia de Berlim,
chegara à mesma conclusão.
Outras Experiências Qualitativas* conduzidas com o mais severo cuidado
confirmaram não se tratar, evidentemente, de ESP* contra a absurda explicação (?)
dada pela Micro-Parapsicologia*, senão principalmente de um Fenômeno* de
Hiperestesia*. Comprovou-se a existência da colaboração um tanto por Fraude*
em algumas ocasiões, quando por exemplo um tratador dos animais se ocultava dos
investigadores ficando, porém, visível ou perto dos cavalos.
Conhecida a explicação, já foi fácil reproduzir o show, não só com cavalos, mas
também com outros animais: cães, gatos, macacos, etc... e foram apresentados em
circos. E “der Kluge Hans” passou a ser conhecido como “der Luge Hans” (= o
João enganador).
Desfeito o mistério, von Osten abatido e desiludido morreu em 1909.
ELDRED, Charles. Médium* inglês. Atuou nos fins do século XIX e incios do
XX, especialmente em Fantasmogênese, ...por Fraude*. É famoso precisamente
pela sua enorme habilidade nas Fraudes*, que custou muito a serem descobertas
pelos especialistas, mas que não foram aceitas pelas testemunhas.
Com “Hora* Marcada”? Entre os especialistas que foram pesquisar o prodigioso
e famoso Médium*, o fato de que levasse sempre consigo a mesma cadeira para
suas demonstrações, foi o que imediatamente sugeriu pistas... A 5 de Maio de
1906, em Bayswater, os membros do comité de pesquisa someteram a cadeira a
profunda analise, sem que Eldred tomasse conhecimento. Escreve o famoso
Parapsicólogo* Harri Price*: “A cadeira trucada utilizada por Eldred era uma obra
de arte, e todo Ilusionista* estaria orgulhoso de possuir uma dessas... Descubrimos
que a cadeira tinha compartimentos secretos nos que encontramos um manequim
pregavel feito de cetim rosa, uma máscara de cor clara, dez metros de de seda
chinesa blanca, duas peças de fino pano preto, tres barbas de aspectos diferentes;
duas perucas, uma branca e outra cinzenta; uma especie de cabide para suspender
roupagem que representarria uma segunda forma; uma lâmpada eletrica... com
quatro metros de fio conductor e um interruptor...; uma garrafa de perfume;
agulhas, etc”.
O Medium* foi denunciado, processado e condenado pela justiça em Março de
1906. Não obstante, tantas pessoas não quiseram reconhecer que foram
miseravelmente enganadas e reclamaram testemumnhando a inocencia de Eldred,
que em Agosto já Eldred estava de novo na mesma atividade, aclamado pelos
sequazes do Espiritismo* e com maiores plateias... O caso havia sido resolvido
unicamente para os especialistas em Parapsicologia*.
ESPECULÁRIOS. Nome dado no século XVI aos que usavam como Mancia* a
Bola* de Cristal.
ESPONTÂNEOS, Casos. Não se impôs pelo uso nenhum termo técnico, porque S
Case, do inglês “spontaneous case”, na realidade não é termo técnico e não é tirado
do grego como é praxe, e além do mais é usado pela Micro-Parapsicologia* com
desprezo muito indevido. Tradução por tradução, fora da Escola* Norte-
Americana, é preferível o termo Caso Espontâneo ou equivalente em cada língua.
Como o próprio nome indica são Casos Espontâneos, acontecidos fora de todo
intento de intervenção pelos cientistas, fora das Experiências Quantitativas* e
inclusive fora das Experiências Qualitativas*.
Dadas as Características dos Fenômenos Parapsicológicos*, a análise de Casos
Espontâneos desde o inicio da Parapsicologia* é considerada de especial
importância. Se é importante em toda ciência de comportamento, muito mais em
Parapsicologia*. Talvez o único, ao menos o melhor meio de chegar a saber todas
as circunstâncias e caracteres dos Fenômenos Parapsicológicos* é analisá-los em
coletâneas de Casos Espontâneos. Mesmo em Experiências Qualitativas* deve
deixar-se o Psíquico* no seu ambiente, na sua espontaneidade, tanto quanto a
capacidade de observação o permita, para não influenciar e modificar. Como se
compara na Escola* Teórica, “não se estuda num laboratório a conduta, os hábitos,
costumes, instintos, tendências... de um tigre, senão no seu hábitat natural sem que
nem sequer fareje os observadores”.
EVA C. Abreviatura pela que é mais conhecida. Seu verdadeiro nome era Marthe
Béraud. Usou também os pseudônimos Eva Carrière e, menos freqüente, Rosa
Dupont.
Nasceu em 1886 e foi uma das Médiuns* mais desconcertantes... e habilidosas.
Sua fama comecou à idade de 16 anos... Um grupo de Médiuns* trabalhava com
o general Noël e sua esposa “Carmencita”, primeiro em Tarbes até 1901 e
principalmente depois durante longos anos na “Villa Carmen”, em Algeciras.
Carmencita, espírita fanática e alem do mais drogadicta..., era quem organizava as
sessões de Fantasmogênese* com uma caterva de Mediuns*: a quiromante*
professional Ninon, o comediante Kursaal, a cozinheira Manuela, a arrumadeira
Zina, o cocheiro Areski, as senhoritas Aïscha, Aimée Bex, Végé, Louise, Maïa,
Pola..., e as senhotras Vicenta García, Léone, Végé, etc. etc. E foi a este grupo que
se acrescentou como grande vedete Marta Beraud, prometida do filho do General
Noël, e ela mesma filha de um sub-oficial retirado. Como vedette daquele absurdo
e treinado grupo, Marta Beraud iniciou sua vida de Médium* com as suas
Transfiguraçoes* na provocante e semi-nua Bergolia; e na “carinhosa e
encantadora” Phygia, “mocinha de 20 anos, loura, adoravel”, que beijava e
abraçava “calurosamente” os homens presentes; no barbado sacerdote hindu Bien-
Boa, que se faria famosíssimo após as pesquisas de Richet* em 1905; e um
Entidade* Astral* (?), ancião Branhauban.
Posterkiormente, a partir de 1909, sob o nome de Eva C. submeteu-se a
Experiencias Qualitativas* de Ecto-colo-plasmia* sob a direção da Sra. Bisson*, e
posteriormente submeteu-se a mais Experiencias Qualitativas* perante os melhores
especialistas e nos centros de pesquisa mais renomados.
Sem dúvidas as Transfigurações* apresentadas por Marthe Beraud ou Eva
Carrìère foram geralmente Faudes*. Ela mesma o reconheceu e monstrou
pormenorizadamente. Foram feitas para agradar à “general, que é uma pobre
desequilibrada que tem necessidade do seu fantasma”. Tudo indica também que
Eva C. freqüentemente usava habil regurgitação para simular as Ecto-colo-
plasmias*, Mas..., alguma Transfiguração* ou ao menos Fantasmogênese*
surpressivamente, espontânea, e não tão raramente varios casos de Ecto-colo-
plasmia* foram com certeza autenticamente Fenômenos Parapsicológicos*. Neste
sentido e com esta redução convenceu centros de pesquisa como o IMI* e a SPR*,
e pesquisadores experientes e de gabarito, alem da Sra. Bisson* e Schrenck-
Notzing*, como Richet*, Le Vesme*, Geley*, Maxwell*, Fontenay*, Chevreul,
Sage, Jeanson, etc., para não citar Delanne*, dado que seus preconceitos e
fanatismo pelo Espiritismo* tiram-lhe confiabilidade.
FASCINAÇÃO. Domínio psicológico sobre uma pessoa, que perde a sua própria
volição ou livre vontade.
É uma modalidade de estado sob Hipnose*. E recebe esse nome porque
antigamente atribuíam-na ao poder (?) intrínseco do olhar fixo. Diz-se que as
cobras fascinam o passarinho, e ele pelo medo vai ao encontro da boca do réptil.
FAUSTO
FÉ. A crença em verdades Sobrenaturais*, naquilo que não se pode ver nem
deduzir naturalmente, mas que se aceita pela autoridade de Quem o revelou. Essa
crença sem provas diretas, é racional quando apoiada nos Fenômenos SN* que
confirmam tal Revelação*; do contrario seria irracional, infantil, inumana.
A Fé, além de com seu fundamento ou com seu preâmbulo racional, os
Fenômenos SN*, é também um dom de Deus*, e manifesta-se de diversas formas:
a firmeza da adesão à doutrina inclusive até o martírio, na isenção de crendices e
Superstições*, na prática dos mandamentos, na convicção do poder divino, etc.
Freqüentemente aparecem pessoas de escassíssima formação geral, mesmo que
possam ser bons cientistas em algumas limitadas especialidades, que confundem
miseravelmente essa Fé Sobrenatural*, Fé em Deus* e por Deus*, com a “fé”
humana, impropriamente chamada fé: força do pensamento, convencimento ou
esperança irracional de por supostos poderes naturais alcançar efeitos inclusive
SN* (!), etc. Ver Curas pela Fe, Curas com Fe, etc.
FIO DE PRATA . Ver Cordão de Prata. Não confundir com Fio* Ectoplasmático.
FORÇA PSÍQUICA. A expressão foi utilizada pela primeira vez por Camille
Flammarion* na sua obra “Les Forces Naturelles Inconnues”. Outros muitos
autores têm empregado essa expressão. Aceitável tanto quanto tenha o mesmo
significado que Telergia*, termo preferível.
FORTUNE, Dion (1861-1946). “Dion, non Fortune”, era o lema de Violet Mary
Firth, que por isso ficou mais conhecida como Dion Fortune. Afirmava que o seu
interesse pelos Fenômenos Parapsicológicos*, que durou toda a sua vida, se devia
ao contato desde muito cedo com os ensinamentos de Mary Baker* Eddy. De fato
seus pais pertenciam à Christien* Science.
Mas foi mais que um conhecimento teórico do Ocultismo* que a levou a tornar-se
praticante de Magia* com os seus próprios seguidores. Em 1924 fundou a
“Irmandade da Luz Interna”, que dirigiu até à sua morte.
Dion Fortune foi uma dos primeiros ocultistas a explicar (?) a inter-relação do
sistema endócrino e a complexa rede de Chacras* (?) que formariam uma subtil
anatomia (?).
FOX, George (1624-1690). Aos 19 anos de idade interpretou suas fantasias como
se tivesse recebido uma ordem de Deus*, que lhe haveria mandado que cortasse
todos os seus laços familiares para pregar contra o formalismo na religião. Foi o
fundador da Sociedade de Amigos, ou Quakers.
FOX, Irmãs. Do sobrenome das irmãs Margaret, Kate e Leah. As duas primeiras
são geralmente reconhecidas como as fundadoras do Espiritismo* moderno. Tudo
começou, no seio de uma familia Metodista, por uma brincadeira das duas irmãs.
Durante várias noites a família Fox era acordada por Tiptologias*. Segundo o pai,
o camponês John D. Fox, os ruídos não podiam ser atribuídos aos ratos ou ao
vento...
Há muitos relatos de Tiptologias*, através dos tempos. Mas neste caso os
acontecimento tomaram um caminho inesperado..., sob a direção e estímulo da
irmã mais velha, Leah, de 23 anos, casada. No dia 31 de Março de 1848, as duas
irmãs mais novas, Margaret de 14 anos e Kate de 12, arranjaram uma maneira de
brincar, lançando um “desafio” a esses barulhos. O desafio consistia em repetir
com a mesma intensidade e ritmo as batidas provocadas por uma das duas irmãs.
Era notável a maneira como as batidas eram repetidas, exatamente da mesma
forma, como se o fossem por mãos invisíveis. Elas estabeleceram um diálogo com
essas Entidades* (?) que estariam produzindo o barulho. A notícia das novidades
em casa da família Fox logo se espalhou, criando uma agitação considerável entre
os vizinhos, que foram convidados para ouvir as “conversações”. Muitos deles
ficaram convencidos de que as Irmãs Fox mantinham contato com os Espíritos* (?)
dos mortos.
Daí nasceu o Espiritismo* moderno.As duas irmãs Fox transformaram-se em
Médiuns famosissimas..., até o dia declararam aos grandes jornais e em lotadíssima
sessão pública que habiam sido elas mesmas que produziam os ruídos, mostrando a
Fraude* que faziam com as articulações do pé, e que em toda sua vida jamais
tiveram Comunicação* de Espírito* (?) nenhum. O escândalo foi épico...
Margaret e Kate Fox abandonaram o Espiritismo* e se fizeram católicas.
-G-
GELLER, Uri (n. 1946). Famoso e pretendido Psíquico* (?), que ao longo das
suas múltiplas exibições por todo o mundo afirmava de si mesmo ter dominio de
surpreendentes Fenômenos Parapsíquicos*e especialmente de Fenômenos*
Parafísicos. Foi estudado (?) no “Birkbeck College” e no “King‘s College”, ambos
da Universidade de Londres, por estudantes não preparados em Parapsicologia*.
Embora tambem com a presença do prestigioso Parapsicólogo* John Taylor*. Mas
em todo caso em condições impostas pelo próprio Geller. E por pouco tempo,
esteve lá só durante três horas. Daí o pouco valor que deve ser atribuído a essa
pesquisa (?) que Uri muito cacareja.
É um mestre em auto-propaganda. Escreveu, cheio de mentiras e exageros, “My
Story”, Nova Iorque, 1975. Diz proceder de outro planeta (?!), vindo na nave
“Spectra” (?!)...
Na realidade nasceu em Telavive, Israel. Conhece-se sua família, a que foi sua
namorada, o colégio em que foi aluno dos franciscanos, em fim toda sua vida. Era
Ilusionista* profissional em um “Night Club” chamado Zorba, em Jafa, perto de
Telavive..., até que organizou pelo mundo o grande engano, com que se fez
riquíssimo.
Foi desmascarado por mestres de Ilusionismo* e Parapsicólogos*. No Brasil o Pe.
Quevedo* desmascarou-o num debate, perante 15 repórteres escolhidos,
promovido pela revista Manchete. É por isso que esta revista e a rede Globo de
TV, responsáveis pela sua vinda ao Brasil, prometeram que nunca mais falariam
dele, embora, explicaram, não lhes conviesse retratar-se após tão entusiasta
propaganda que haviam feito enganados pelo espertalhão. E cumpriram sua
promessa: no dia seguinte Uri Geller teve que sair do país no primeiro avião e eles
nunca mais falaram dele. Muitos anos depois ainda o charlatão tentou de novo o
golpe numa outra rede de TV. Mas já não conseguiu enganar repórteres
inteligentes e prevenidos, e teve que ir embora de novo imediatamente.
Ele mesmo reconheceu que simplesmente imitava Fenômenos Parapsicológicos*
por Fraude* e técnicas de Ilusioinismo*, na certeza, isso sim!, de que
espontaneamente podia surgir algum Fenômeno Parapsicológico* entre os milhões
de espectadores.
GILL, Madge (+1961). Inglesa, famosa pela sua Psicografia* artística. Apesar de
ser simplesmente uma inculta dona de casa, produziu centenas de desenhos e
pinturas, segundo ela “sem dúvida orientados por uma força invisível”, um
Espírito* (?) que se chamaria Myrninerest (?).
GOLDEN DAWN, Order of the. Ver Aurora Dourada, Ordem Hermética da.
GUPPY, Sra. de Samuel. Médium* britânica descoberta pelo Dr. Alfred Russell
Wallace*, em casa de sua irmã. Nunca constou que ela tivesse obtido benefícios
econômicos à custa de seus Fenômenos Parapsicológicos*. Em numerosas
Experiências Qualitativas* principalmente nos anos 1866 a 1872 comprovou-se
que tinha notáveis manifestações de Telecinesia*, e que produziam-se Aportes*
com notável “freqüencia”, de modo particular de plantas e de flores.
A sua principal pretensão à fama, seria o seu pretendido Auto-transporte*, desde
seu lar, em Highbury, até o número 61 da rua Lambs Conduit, em Londres, a três
milhas de distância! Certamente irreal, mais uma mostra do desequilíbrio histérico
tão freqüente nos Psíquicos*. Ver Função Menos. Como máximo poderia haver
sido Projeção* de PG por “mérito” da Percipiente* em Londres...
GURDJIEFF, Georgei Ivanovitch (c.1877-1949). Sua família era de origem
grega. Nasceu perto da fronteira russo-persa. A data do seu nascimento é duvidosa,
pois ele próprio indicou datas diferentes segundo as conveniências... Logo depois
que ele nasceu, a família mudou-se para Kars.
Ainda muito jovem, partiu de casa e desapareceu durante cerca de vinte anos,
vagando, segundo ele próprio afirma (!), pela Ásia, Europa e África “em busca da
verdade” (?).Afirma que teve encontros com prestigiosos Faquires* e Dervixes* e
que se dedicou ao estudo da Hipnose* e da Ioga*. Escreveu várias obras que,
embora contenham alguns elementos autobiográficos talvez verdadeiros, em geral
são enganosas.
Qualquer que seja a verdade sobre as suas viagens, Gurdjief chegou a Moscou em
1912 e passou a arrebanhar discípulos. Durante quarenta anos dedicou-se a ensinar
(?). Pretendia “explicar”(?) a natureza do homem e do universo... Mas na realidade
o que ele “ensinava” (?), tudo era com os preconceitos da ciência Materialista*,
totalmente diferente do que haveria aprendido em Oriente...
Em 1917 a Revolução interrompeu o trabalho de Gurdjief e de seus grupos.
Regressou então com a família para o Cáucaso. Em Tiflis fundou o “Instituto para
o Harmonioso Desenvolvimento do Homem” (?). A vida tornou-se tão difícil que
obrigou Gurdjief e os seus discípulos a deixarem a Rússia por Constantinopla,
onde retomou os seus trabalhos.
Escreveu um poema épico cronológico, tendo como base: Belzebu (?) lançado ao
sistema solar (!).
Foi o inspirador de Duspensky, que desenvolveu os seus ensinamentos no
Ocidente, e conjuntamente formaram em Londres o “Fundo Gurdjieff”.
HALO. Círculo de luz, nimbo, amiúde pintado à volta da cabeça de um santo. Tem
origem simbólico na Aura* conforme é descrita no antigo Oriente. Nas imagens é
substituído por uma coroa da mesma forma que o halo, colocada detrás da cabeça.
HATHA IOGA. Um dos caminhos da Ioga*, por meio da cultura física e disciplina
mental imposta ao corpo.
HAXIXE. Derivado do árabe hachich = erva. É uma resina extraída das folhas e
das inflorescências femininas do Cânhamo* Indiano. É uma das drogas mais
vulgarmente consumidas pelos toxicômanos, a par da heroína e da cocaína. Fumado
ou mastigado, provoca torpor e sensações agradáveis, por vezes com Alucinações*
e, mais raramente, delírio furioso como se fosse uma Possessão* ou Incorporação*.
É usado por certos Psíquicos* com a intenção de chegar a dominar (?) à vontade a
manifestação de Fenômenos Parapsicológicos*.
HÉLIOS, Mundo de . Hélios é o nome grego que designa o Sol, que era
considerado um deus (?). Mundo de Hélios seria o quinto nível dos sete Planos*, de
acordo com as Comunicações* prendidamente do além (?) atribuídas por
Cummins* a Myers*.
HIPHA POMBICINA PERS. Pers é o cientista que descobriu uma bactéria que
em lugares sem movimento de ar, temperatura fria e constante, pode secar a tal
ponto os cadáveres e reduzir a pó toda a carne, que o cadáver fica sob a pele quase
intacta e em certa aparência de conservação durante muitos anos e mesmo alguns
séculos. Neste sentido são famosos os corpos dos capuchinhos depositados nas
criptas de Palermo e Malta, outros cadáveres na cripta da Igreja de Saint Michan,
em Dublin.
Não é, evidentemente, verdadeira Incorrupção*.
Alguns dos por ele enganados invocavam a favor dele que não fazia comércio de
sua atividade como Médium*, pois cobrava unicamente a sua tarifa de carpinteiro...
O ridículo “argumento” é muito freqüente e há enriquecido muitos charlatães...
HURKOS, Peter. Nome na mídia de Peter Van Der Hurk. Nasceu na Holanda
em 1922. Foi marinheiro mercante e pintor de paredes.
Em 1943, depois de uma grave queda, teve a Adivinhação*, correta, de que outro
paciente do hospital era um agente secreto britânico e que ia ser preso e morto pela
GESTAPO naquele dia. Depois da guerra, começou a fazer demonstrações
públicas de Adivinhação*. Ver Fraude e Incontrolabilidade.
Passou a viver nos Estados Unidos. Conquistou fama por adivinhar o paradeiro de
pessoas e objetos desaparecidos e por detectar criminosos. Ajudou a policia no
famoso caso de matador em serie chamado estrangulador de Boston, e em outros
casos criminais.
Mas, além de manifestos exageros, o conjunto é muito suspeito porque todo o
publicado foi escrito por ele mesmo, sua autobiografia: “Psychic”, 1961. E a
desmedida intenção de lucro em toda sua vida é inclusive descarada.
HUSK, Cecil. Inicialmente foi cantor de ópera, mas logo se tornou Medium* (?)
profissional de Fenômenos* Parafísicos.
A sua especialidade, pelo que afirmava ele mesmo, seria o Aporte*. Concreta e
principalmente: na sua presença os anéis de ferro inseriam-se em lugares onde
normalmente seria impossível...
O caso é que Husk levava no braço um aro de ferro, que havia sido marcado
previamente pela SPR* desejosa de comprovar se o Medium* (?) poderia retira-lo
por Aporte*... Até a hora da sua morte continuou usando o aro!, mais uma perfeita
prova da Incontrolabilidade* dos Fenômenos Parapsicológicos*.
ICONOCLASTA. Nome aplicado nos séculos XVII e XVIII aos protestantes que
decidiram destruir as imagens sagradas dos católicos, porque diziam que eram
adoradas (?) como os ídolos pagãos. Sem chegar geralmente ao extremo de
destruir as imagens dos católicos, ainda o erro subjacente se conserva entre aqueles
protestantes que “caluniosamente” acusam de Idolatria* os católicos.
Na realidade os pagãos adoram as imagens que consideram animadas e divinas.
Nesse sentido na Bíblia* se proíbe a adoração aos ídolos. Mas com referência ao
culto dado às imagens no catolicismo... Hoje ninguém confunde representação e
representado, ninguém identifica a imagem com o ser que ela faz lembrar. Quando
se beija a fotografia da namorada ou se faz continência à bandeira, não há quem não
saiba que o amor è à namorada não à fotografia, o serviço é à pátria não a um
pedaço de pano... A acusação de Idolatria*, quando não é de má vontade, denota
fanatismo, ignorância ou ao menos muita irreflexão.
ICNOGOSIA. Termo proposto por Bret*. Equivalente aos termos Criptestesia*
Pragmática, proposto por Richet*; Metagnomia* Táctil, proposto por Boirac*; e
Psicometria* (parapsicológica), proposto por Buchanan* e Denton*. Psicometria* é
o termo preferível porque consagrado pelo uso.
IMAGENS, Culto às. Ver Idolatria, pois o motivo da discussão a respeito das
imagens é a confusão que muitos fazem entre culto e Idolatria. E para a reta
compreensão ver também Iconoclasta.
INDRADSON, Indride. Medium* (?), que de 1904 à 1909 foi alvo de muitas
Experiências Qualitativas* por parte da “Sociedade Psíquica Experimental” de
Reykjavik. Em ordem ascendente de importância, alem de Transe*, Psicografia*,
Psicofonia*, Telecinesia* e Ectoplasmia*, comprovou-se numa sessão na presença
de sessenta e sete pessoas admirável Levitação*. Hetaldur Nielson, professor de
Teologia na Universidade de Reykjavik e avesso a acreditar em tais Fenômenos,
teve que aceitar sua autenticidade.
IOGA. Sistema filosófico (?) ou mais bem... “poético” com que o Iogui pretende
alcançar a plena sabedoria (?) e a santidade (?) mediante determinadas Asanas* e
na base de concentração mental, ou melhor seria dizer descontração, estática, inerte,
mente em branco...
Como se técnicas naturais pudessem alcançar por si mesmas efeitos
Sobrenaturais*! Pode, isso sim, ajudar na saúde corporal e inclusive psicológica...,
pelo descanso e ao contrario pelo exercício que as diversas Asanas* oferecem com
experiência milenar.
ISALTINA. Rio de Janeiro, com repercusão por todo o pais. No inicio de 1966
surgiu o novo fenômeno Isaltina Cavalcanti, de 31 anos, que alcançou grandissima
fama orquestrada pelo Espiritismo*. Tratar-se-ia de Cirurgias* em Astral, sob o
Controle* do Espírito* de um médico alemão que se chamaria Arst Scovsk (?).
Pouco importa que o Dr. Arst Scovsk não entenda alemão. Pouco importa que
nem Isaltina, nem o babalaô, entendam alemão. Pouco importa que as poucas
palavras que Isaltina pronuncia em horrivel alemão arcaico com mistura polonesa
só seja entendido, e amplamente, pelo babalaô Pedra D’Água... Diariamente umas
5.000 pessoas deixam seu dinheiro nos estacionamentos, nas “colaborações
espontâneos”, nos “agradecimentos”..., apesar de que só podem ser “operadas”
umas trinta pessoas por dia. Mais de 20.000 pessoas fizeram inscrição Não faltam
políticos destacados e pessoas dos mais altos escalões sociais. Toda a momntagem
ao redor de Isaltina Cavalcanti está muito bem coordinada por Sebastião dos
Santos, aliás “babalaô* Pedra d’Água” e Delegado da Confederação Espírita de
Umbanda*.
Tudo começou em Natal (RN). Isaltina é uma bela jovem de 31 anos, casada,
tendo um filho de 5 anos. O babala^garante que ela é Médium* de Cirurgia* em
Astral e que tem que Desenvolver* ...E imediatamente a pretendida Médium* é
levada a Rio de Janeiro... Claro, logo se espalha que a Médium* é católica
fervorosa (?!). E foi instalada na “Tenda Espírita Santo Antônio de Padua*” (?!).
Mas a farsa durou pouco. Em poucos messes a justiça e as entidades médicas
abundavem de acusações... Antes de que a situação complicasse, o esperto Babalaô
Sebastião dos Santos e sua pupila Isaltina, já enormemente enriquecidos, no dia 29
de março -a farça começara tres meses antes- voltaram para Natal, no Rio Grande
do Norte.
-J-
JAINISMO. Uma singular Seita*, de minoria, na Índia. Foi fundada pelo asceta
hindu Vardhmana, que nasceu possivelmente em 569 a.C. É uma Seita* do
Hinduismo* e contemporâneo do Budismo*. Ver Tantrismo.
Tal como o Budismo*, também o Jainismo rejeita o sistema de castas. A sua
principal característica é a ênfase dada ao princípio do “ahimsa” = não violência.
Chegam no “ahimsa” ao extremo de filtrarem o ar que respiram, antes de o inalar,
não vá acontecer destruírem a vida microscópica. Este absurdo procede de outro: a
Reencarnação*. Tem como objetivo principal a libertação da ronda do Karma*
graças ao ascetismo.
Em geral não aceitam a idéia de um único Deus*, supremo, antes crêem que
existe uma pluralidade de deuses (?), que estão sujeitos à Reencarnação*, tal como
estariam os seres humanos e todos os outros animais e plantas! Consideram o
Absoluto como um ser perfeito, mas contraditoriamente o consideram corporativo,
composto de almas nenhuma das quais é perfeita!
E a essa manifesta contradição, ou série de contradições, acrescentam outros
absurdos. Pode dizer-se também do Jainismo, como do Hinduismo* em geral e do
Budismo, Bramanismo* etc. em particular, que para eles não interessa a
correspondência com a realidade, senão as conceições... poéticas.
“JÁ VISTO”. Ver “Déjà vu”, termo preferível, pois a expressão francesa foi
consagrada pelo uso.
-K-
KAHN, Ludwig (1874- === . Psíquico* alemão, de origem judia. Aos tres anos de
idade já era um calculador prodigio podendo fazer de cor somas com cinco
algarirmos. Emigrou a Norte-América, onde descobriu em si e especializou-se em
suposta Criptoscopia*. Ganhou com exibições muito dinheiro, que emprega no
jogo, e voltou a Alemanha.
Demandado judicialmernte, convenceu em Experiencias Qualitativas* que
pareceram boas, em 1908, com o Dr. Haymann do Hospital Psiquiátrico de
Fribourg-in-Brisgau e com o Dr. Neumann e colegas médicos do Gran-Ducado em
Karlsruhe. Posteriormente apresentou-se ante o IMI* de Paris numerosas vezes
durante os anos 1925 e 1926. Na presença de um distinto auditório de cientistas,
entre eles Richet*, Kahn leu com todo êxito o conteúdo de onze bolinhas de papel
amassado, que lhe foram apresentadas.
O truque nesse efeito é facil e conhecido por todos os Ilusionistas*. E
evidentemente que algumas vezes, pretendendo dominar o fenômeno e para causar
admiração, também L. Kahn recorreu à Fraude*. Mas impossível em muitas
daquelas circunstancias e perante aqueles pesquisadores, conhecedores e
desmascaradores de tantas Fraudes*.
Nos casos autênticos Kahn pretendia que fosse Criptoscopia*. Na realidade
tratava-se de HIP*.
KAMA RUPA. Termo hindu que designa uma espécie de eídolon (em grego =
imagem), que persistiria (?) depois da morte, mas que gradualmente se
desintegraria, a menos que a sua existência se prolongue ao alimentar-se (?) com
algo da vitalidade daqueles que na terra quiserem ofertá-la (?!).
Sob esses conceitos “poéticos” podemos admirar antiquíssimas Intuições* da ação,
em vida, da Telergia*, da que partiram para outra Intuição*, embora bem limitada,
do que após a morte será o Corpo Glorioso*.
KIESER, Dr. Psiquiatra que elaborou uma teoria pessoal dos prodígios do
Magnetismo* Animal ou Mesmerismo*. Para ele o magnetismo (mesmo quando
plenamente diferente da Telergia*) seria real e efetivo (?).
-L-
LARKIN, John. Médico inglês que trabalhou entre 1844 e 1848 em Wrentham no
Massachussetts e foi um dos precursores do Hipnotismo*. Fazendo Experiências
Qualitativas* com uma sua criada, de nome Mary Jane*, esta manifestou durante a
Hipnose* muitos Fenômenos Parapsicológicos*. A fama desses acontecimentos
criou tais complicações a Larkin, que este foi expulso com infâmia da comunidade
religiosa puritana e ficou profissionalmente arruinado.
Apesar disso, Larkin continuou suas pesquisas de Casos Espontâneos* e com
Experiências Qualitativas*, tendo mais tarde visto reconhecida a veracidade de
muitos Fenômenos Parapsicológicos, mais de 270, por ele observados e
corretamente descritos.
LASSLO, Ladislas. Húngaro. Havia sido preso pela policia por roubo.
Mas em 1921, o jovem Ladislas, de 21 anos, procurou a proteção de Wilhelm
Tordai, um entusista do Espiritismo* e funcionario do Ministerio de Finanças de
Budapest. E Ladislas Lasslo começou a trabalhar como Médium*. Merecia contar-
se entre os mais hábeis Ilusionistas* do mundo. Sometendo-se às mais rigorosas
exigencias de observação, mesmo assim enganou a inumeráveis pessoas, inclusive
médicos e sábios, como se fosse Médium* de Fenômenos* Parafísicos,
especialmente Fotogênese* e Ectoplasmia*. Ele mesmo exigia maiores e maiores
controles contra as Fraudes*. Até que por fim interveio um Parapsicólogo*, o mais
ingenuo dos pesuisadores, o alemão Dr. Schrenck-Notzing*, e foi suficiente para
comprovar, e o proprio Lasslo teve que reconhecer, que tudo não passava de hábeis
Fraudes* e manobras de Ilusionismo*. Até o Transe* era fingido.
E novamente foi condenado a seis anos de cadeia por concussão, deserção e
roubo. Depois, por duas vezes, Ladislas Lasslo tentou suicídio.
LEE, Robert James. Autor inglês. E Psíquico*, que soube explorar seus
Fenômenos Parapsicológicos* reais e os também muito reais Fraudes* e exageros
propagandísticos. Foi recebido em várias ocasiões no palácio pela Rainha Vitória.
Curandeiro, em parte por conhecimento, alguma vez por HIP* e PG*, sempre com
grandes doses de Sugestão* manifestava extraordinária habilidade para o
diagnóstico e conseguiu algumas “curas” (?) que o faziam mais famoso. Ver
Psicohigiene.
Mas sua fama deve-se principalmente a que, segundo o Dayly Express de 19 de
março de 1931, ao caminhar em Transe* conduziu a polícia à casa do assassino
Jack, o Estripador.
LIVRO DOS MORTOS Egípcio. Antigos textos egípcios, 2.500 a.C., que se
incluíam freqüentemente nos sarcófagos e tumbas. Não tem forma particular,
constituindo apenas uma coleção de capítulos. São conhecidas muitas versões.
Pretendem orientar os mortos nos trabalhos e viagens no além túmulo, segundo a
Mitologia* egípcia.
Há também outros livros análogos: Livro dos Mortos tibetano, Livro dos
Mortos chinês, etc. E chegam a ser anteriores a 3.500 anos a.C.
LOBATO, J. B. Monteiro.
===
LOURENZO, São ( === + 1243). Famoso convertido e penitente eremita, São
Lourenzo foi um dos maiores taumaturgos da história.
===
LUZ ASTRAL. A luz do Mundo Astral* (?), conforme a percebem (?) alguns
Médiuns*. Ao contrário, a luz terrestre seria aquilo que os Espíritos* (?) designam
por Fluido* ou Perispírito* (?), luz que procederia dos próprios Espíritos* (?),
encarnados ou desencarnados (?), e não (!?) de uma fonte de iluminação central
como é o sol.
LYNN, T. Medium* (?) inglês de Aporte*, que foi objeto de uma série de
Experiências Qualitativas* por parte de J. B. Hewat Mckenzie* e do major
Mowbray em 1928-1929. Conseguiram fotografar estruturas de Ectoplasma*, que
procediam da região do plexo solar do Medium* (?).
MADGE, Gil ( === -1961). Inglesa. Inculta dona de casa que produziu por
Psicografia* centenas de desenhos e pinturas, segundo ela “sem dúvida
orientados por força invisível” (?). Atribuía muitos deles a um Espírito* (?)
que se chamaria Myrninerest.
MAOMA ou MAOMÉ (570- 632). Seu verdadeiro nome era Abu’l Kasim.
Em 622 autoproclamou-se “o Profeta*” (?) e fundou o Islã ou Islamismo ou
Maometismo, ou Musulmanos..., afirmando ter ouvido vozes que lhe
ordenavam que proclamasse Alah, o nome de Deus*. O Islamismo é culto a
Alah, e veneração de Mahomé, seu Profeta*.
Embora se diga que El Corão, as escrituras sagradas do Islã, foi escrito por
Mahoma, contendo suas lições, hoje está demonstrado que muito pouco
remonta a Maomé, tratando-se de acréscimos e mais acréscimos ao longo de
muitas décadas.
Maomé se dizia inspirado, mas nunca nem ele nem seus sucessores
puderam apresentar um único Fenômeno SN* que acreditasse tal Revelação*.
Precisamente por isso surgiram, no rol dos Milagres*, lendas manifestamente
ridículas, como é reconhecido pelos melhores sábios do próprio Islamismo.
Por outra parte, análises recentes dos dados históricos sobre Maoma
deduziram sem sombra de dúvida que era um epiléptico com surtos
Psicóticos*.
O Islã favorece o fanatismo e a violência.
MARCA. É muito freqüente que nos Fenômenos SN* fique alguma prova
permanente, às vezes durante muitos anos. Concretamente em Lurdes nunca
falta “a marca”, como se fosse a grife do Milagre* alcançado de Deus* por
Nossa Senhora.
Em ciência “a marca” tem grande importância, pois assim a
condescendência divina facilita a verificação do Fenômeno SN* através dos
anos quantas vezes se quiser.
MÉDIUM. Termo correntemente usado para designar não só o indivíduo que nas
sessões de Espiritismo* serviria de intermediário (= médium) dos Espíritos* (?),
senão também e em geral qualquer pessoa que manifesta Fenômenos
Parapsicológicos*, pois na sua interpretação delirante os sequazes do Espiritismo*
acreditam que tal Psicorragia* é Mediunidade.
Geralmente o médium precisa passar a um estado de Transe*. Pierre Janet*, por
citar um entre os verdadeiros especialistas, define o médium como o “indivíduo cujo
Inconsciente* está separado do Consciente*. Além disso, este Inconsciente*
desagregado possui um imaginação viva”. Ver Função Menos.
Durante a época da Metapsíquica* era freqüente designar como médium a pessoa
que manifestava Fenômenos* de Efeitos Físicos. Na moderna Parapsicologia* só se
deve usar o termo médium, sejam quaisquer os Fenômenos Parapsicológicos*,
verdadeiros ou falsos, que manifeste, quando se quer frisar que essa determinada
pessoa adota o ritual e/ou a interpretação supersticiosa do Espiritismo*.
“Não há Espiritismo* sem médium”, costuma-se dizer após amplíssima constatação
e o reconhecem os próprios espíritas. Isto é, os Espíritos* (?) precisariam do corpo
do médium para agir. Então, como é que se comunicariam ou agiriam sobre o corpo
do próprio médium? Precisariam outro médium... E assim até o infinito. Ora, o vivo
não precisa de ninguém, porque já tem o próprio corpo. Portanto, segundo a doutrina
do próprio Espiritismo*, se não caísse tão facilmente em contradição, quanto mais
imponente o fenômeno, mais motivo haveria para atribuí-lo às faculdades do vivo...
MEMBROS MEDIÚNICOS. Ver Raios Rígidos, termo preferível, quando não com
referência a certos casos de Ecto-colo-plasmia*, neste caso sendo preferível a
expressão Membros Ectoplasmáticos.
.
MESA BRANCA. Deu-se por chamar Espiritismo de Mesa Branca as sessões do
Espiritismo* seguidor de Allan Kardec*. A origem do nome mesa branca é por uma
parte a freqüência com que antigamente se usava a Mesa* Girante, sendo que hoje os
participantes sentam-se simplesmente ao redor de uma mesa. E por outra parte, diz-
se mesa branca com forte dose de absurdo racismo e preconceitos de
Reencarnação*, para diferencia-lo do Espiritismo de Umbanda*, Candomblé*,
Vudu*, etc., originários dos negros.
MESA GIRANTE. Também é designada por Mesa Falante, Mesa Parlante, Mesa
Giratória, Mesa Rolante, etc. De preferência um tripé, mas também pode ser uma
mesa vulgar pouco pesada. Esta mesa inclina-se, agita-se, bate, etc., em contato com
as mãos dos assistentes.
O Fenômeno* já era conhecido há séculos. Por exemplo, Ver Marcelino e
Tertuliano. Mas a partir dos primeiros dias de 1850 tornou-se moda como
“passatempo” nas tertúlias, também fazendo-se muitas reuniões com esse fim.
Punham ligeiramente as mãos sobre a mesa, tocando com as pontas dos dedos
mindinhos os dos seus vizinhos. Então com as luzes baixas, a mesa começava a
mexer-se lentamente e, seguindo um código convencionado, emitia mensagens...
Atualmente nas sessões de Espiritismo*, mesmo nas chamadas de Mesa* Branca,
raras vezes se emprega a Mesa Girante. Tal como a Psicografia* e os métodos da
tábua Oui-ja* e da Brincadeira* do Copo etc., tende muito rapidamente para a
motivação Consciente*.
Afirmava Eusapia Palladino* que a suave madeira de pinho era mais própria para
as forças Parapsicológicas*. Maxwell* descobriu uma modificação valiosa, ao cobrir
a mesa com um material branco de ligeira textura e excluindo partes metálicas.
Os defensores do Magnetismo* Animal saudavam o “entretenimento” como uma
manifestação da Força OD*, enquanto que o clero se dispunha a atribuí-lo ao
Diabo*, especialmente pelo conteúdo freqüentemente com cunho de Espiritismo*
nas mensagens. E de fato logo a maioria dos praticantes daquela “brincadeira”
consideram-na Comunicações* dos Espíritos* (?) dos mortos. Hoje sabemos que
aos I..I..I..*, quando são insuficientes, pode somar-se a Telergia*, dirigida pela
Psicobulia* humana. Segundo seja ou não suficiente a explicação pelos I.I.I.*, o
Fenômeno* classifica-se como Paracinesia* ou então como Telecinesia*.
.
MESCALINA. Alcaloide contido num cacto mexicano, o Peyote (= Lophophora
Williamsii). É utilizada pelos índios mexicanos e do Novo México, como se
celebrizou nas obras de Carlos Castañeda*.
Usa-se ocasionalmente em Psiquiatria de modo similar à lisergina, sendo
igualmente capaz de provocar estados idênticos ao Transe* e à Hipnose*.
Ver LSD, pois tem os mesmos efeitos e uso, embora é menos forte.
METAGNOMIA. Termo proposto por Émile Boirac* e que foi muito empregado
pelo Dr. E. Osty*, na época em que a Parapsicologia* se decidia a rejeitar o nome
Criptestesia*, de preconceito Materialista*, sem decidir-se ainda, diríamos por
“respeito” aos cientistas estabelecidos, a considerar abertamente como espiritual o
conhecimento PN*.
E Metagnomia Táctil foi a expressão proposta por Boirac* e divulgada por René
Sudre* para designar a Psicometria* (Parapsicológica), termo preferível.
Hoje, demonstrada plenamente em Parapsicologia* a espiritualidade de PG* (ou
do aspecto ou divisão ESP*, demonstrado pelos próprios métodos Materialistas*), o
termo Metagnomia deixou de ser usado com esse significado. Mas certos
Parapsicólogos* da Micro-Parapsicologia* ainda utilizam injustificadamente o termo
Metagnomia ou Metagnósia como sinônimo de Clarividência*, sendo que o
preferível e universal é usar o termo Metagnomo só quando se quer frisar um
determinado tipo de Psíquico*.
MOON, Sun Myung. Nasceu em 1920 na Coreia do Sul. Afirma que quando tinha
16 anos foi escolhido diretamente por Deus* numa Aparição* para a missão de
unificar todas as religiões cristãs e judaica. na qua.lidade de segundo Messias.
Mas nada apresenta como prova de que não fosse tudo mera ilusão, ou mesmo
mera trapaça. Em todo caso em nada contribuiu para a união das igrejas, antes tudo o
contrario, alem de levar uma vida escandalosa e suscitando problemas sociais pela
sua devasidão. Casou e divorciou-se tres vezes, alegando cinicamente que são as
esposas correspondentes a Adão, a Jesus Cristo e a ele proprio.Mas hoje está casado
por quarta vez!
Alega que esta quarta esposa é a segunda Eva, mãe de toda a nova humanidade,
que começa no ano do seu quarto casamento, em 1960. E a terceira guerra mundial
seria a puirificação definitiva da humanidade. Anunciou a terceira guerra mundial
para 1980...
Moon e seus principais “ministros” vivem nadando em dinheiro com a exploração
descarada da Superstição* popular.
Moon logicamente sofreu numerosos processos policiais e o Moonismo, ou
Associação para a UnificaÇão do Cristianismo Mundial (AUCM), está proibido
en vários paises.
MORTE APARENTE. Ver Biostase, termo que seria preferível, por técnico, mas
ainda é pouco usado.
MORTE, Contrato ou Pacto de. Convênio que fazem duas pessoas para que o
primeiro que morrer trate de oferecer ao sobrevivente provas da Sobrevivência ou de
como é ou da sua situação concreta no além, etc. Este pacto tem-se feito inúmeras
vezes ao longo da história...
E se constituiu num argumento irrefutável de que não há comunicação dos mortos.
Por dois fatos principais: 1) Contra tantíssimos pactos, a pretendida comunicação (?)
corresponde perfeitamente ao número de vezes que cabe esperar a captação por PG*
da morte de alguma pessoa. 2) As descrições feitas a respeito do além correspondem
com absoluta exatidão aos conceitos ou Mitos* que do Além tinham previamente as
pessoas em questão ou nos diversos ambientes. Assim Cícero* no seu livro “De
Divinatione” refere que a sombra (?) do falecido teria vindo a falar da barca de
Aqueronte, do cão Cérbero, etc. Se o pacto o fazem os muçulmanos, o falecido viria
falando de uma espécie de oásis com numerosas donzelas a serviço de cada homem;
no ambiente hindu viria descrevendo o Nirvana*; os católicos viriam a pedir Missas
para sair do Purgatório*; os espiritas latinos viriam defendendo a Reencarnação*,
mas os espiritas anglo-saxões a ridicularizá-la; etc. Como se afirma ironicamente :
“A gosto do consumidor”.
“MORTON, Thomas Green”. Não nos referimos ao célebre autor dramático inglês,
senão que é o megalomaníaco pseudônimo de um dos mais famosos charlatães do
Brasil de hoje, juntamente com Urandir, que animados pelas grandes negociata do
ïnternacional Uri Geller*, auto-atribuem-se domínio de mirabolantes Fenômenos
Parapsicológicos*. Green Morton teria adquirido o tal dominio, quando alcançado
por um raio (!?); Urandir (Fernández de Oliveira; iniciais, UFO*: pretende que
acreditemos em tamanha “casualidade”?) quando sequestrado por Ets* (?) que lhe
teriam implantado um supracomputador minúsculo. Uri Geller* teria vindo de outro
planeta.
Morton simplesmente gritando “rá”, Urandir, e Geller*, por rápida concentração,
dizem que ativam seus poderes (?) à vontade. Dos brasileiros, um com esse grito de
Magia* (?), o outro pela análise da Aura*, tambem dizem que podem conceder
energias curativas (?) e outros Poderes Parapsicológicos* a quem quiserem...
Alguns artistas de TV, tão bons artistas como desconhecedores de
Parapsicologia*...., fazem-lhes, como é comum em outros casos (Chico* Xavier,
Rubens Faria, etc., etc. ) a grande propaganda.
Na realidade não passam de medíocres Ilusionistas* e grandíssimos farsantes. Mas
com esses truquinhos e o falso Misticismo*, nem precisa acrescentar-se que ficam
riquíssimos.
O Pe. Quevedo* a varios respeitos e em diversas livros e conferências divulgou
repetidamente o Desafio* internacional de 10.000 dólares a quantos com Hora*
Marcada e em condições científicas mostrarem o dominio que apregoam dos seus
pretendidos poderes. Thomas Green Morton teve então a petulância de publicar (por
exemplo no jornal “O Dia”, Rio de Janeiro, Domingo 21-II-1999) que dá 100.000
dólares se o Pe. Quevedo* demonstrar que é Fraude* o que ele, Thomas, faz sempre
que quer: tirar de um ovo quebrado um pintinho que será galo em 40 minutos;
entortar um trilho de trem sem nem sequer encostar nele a mão; etc.
Uma fundação norte-americana, inteirada da polêmica pública surgida, prometeu
um milhão de dólares se Thomas Green Morton em condições científicas consegue
sem Fraude* fazer o que cacareja... Mas apesar do interesse de redes de TV, apesar
dos reclames de jornalistas, apesar de reiteradas cobranças, que inclusive seriam
legais porque as afirmações e promessas são públicas, Thomas Green Morton com
mil escusas e distorções foge do confronto científico.
====
-N -
NANCY, Escola de. Escola de Hipnotismo*. Grupo de médicos que é conhecido por
essa designação, devido à cidade em que trabalharam.. Opunham-se às opiniões de
Charcot*, que considerava a Hipnose* como um sintoma ou um equivalente da
Histeria*, portanto um estado patológico a tratar e a curar.
Dentre esses médicos, distinguiram-se H. Bernheim e A. Lièbault*, que com seus
discípulos, entre eles Liègeois e Beauris, retomaram as anteriores opiniões de Faria*,
Noizet e Braid*, demostrando que a Hipnose* não é senão um estado psico-
fisiológico semelhante ao sono e que deriva da Sugestão*, conforme já o
demonstrara inicialmente James Braid*.
Estes pontos de vista foram mais tarde desenvolvidos e aperfeiçoados por
investigadores notáveis como Pierre Janet*, Frederic Myers*, Julian Ochorowicz* e
outros.
NÁPOLES, Mago de. Angelo Achile. Sào-lhe atribuídas diversas curas (?).
Estudado em 1947 por uma comissão de Parapsicólogos* da “Societá Italiana de
Metapsíquica” comprovou-se que, de fato, às vezes emitia Telergia*: por vezes
manifestava um potencial elétrico até duzentos milivolts (o normal oscila entre vinte
e quarenta) e, nestas circunstâncias, realizava algumas Fenômenos* de Telecinesia*
incontestáveis, movimentando, sem contato, pequenos objetos.
Mas a Telergia* nada tem a ver com cura e não age em outro homem. As
pretendidas curas (?) não passavam do perigoso efeito da Sugestão*. Ver
Psicohigiene.
- O -
OCULTISMO. Igual que Esoterismo. Teorias e práticas que têm a ver com a
pretensão de conhecer e inclusive dominar poderes secretos (?), ocultos
(=.esotéricos) da natureza.
Existem muitos sistemas, alguns muito antigos, enquanto outros são uma mistura de
antiga com a moderna prática. Os ocultistas afirmam que a “sabedoria essencial”(?)
foi conhecida com uma maior extensão entre as antigas civilizações do Oriente, que
na atualidade e muitos deles estudam escritos antigos na intenção de descobrirem
indicações deste conhecimento. Ver Papus e Waite, A.E.
O termo Ocultismo Moderno, expressão justamente depreciativa, foi proposta em
1900 por Simon Newcom, astrônomo e membro da S.P.R.*, e foi um tanto usada
então para designar o que hoje entendemos por Espiritismo*.
A expressão Ocultismo Científico foi proposta por Max Dessoir* na sua obra
“Vom Jenseits der Seele”, Estugarda, 1889, e foi um tanto difundida então para
designar o que hoje conhecemos por Parapsicologia*, termo também este proposto
por Dessoir* e evidentemente preferível...
OM. A mais famosa das sílabas Místicas* (?) orientais, que acreditam contem a
chave do universo (?). Usam também a sílaba Aum.
Na Escola* Norte-Americana sigla de Opening* Matching.
ONICOMANCIA. Mais uma entre tantas Mancias*, ou no caso mais bem uma
Scopia*, esta pela análise das unhas (do genitivo ônijos, em grego) e inclusive às
vezes pela forma em que ficam ao caírem os pedaços quando se cortam as unhas.
OWEN, Robert Dale (1801-1877). Político e espírita britânico, autor de livros sobre
Psicografia*, famosos entre os fanáticos do Espiritismo*, mas sem valor científico,
só interessando a casuística: “The Debatable Land between this Words and the
Nest”, 1872 - “Foot-falls and the Boundary of Another World”, Londres, 1861.
PANESTESIA. Designação dada por Vasielewski ao que hoje chamamos PG*, por
considerá-la com o típico preconceito Materialista* como exaltação da sensibilidade
ou HD.
PARAPSÍQUICA. Termo proposto por Boirac*, para designar a ciência que então
chamavam Metapsíquica*, Ciências Psíquicas*, Pesquisa* Psíquica, etc., e hoje se
chama Parapsicologia*, termo este de Parapsicologia* também proposto
pioneiramente por Boirac*.
PAULA, São Francisco de: === === Um dos maiores Taumaturgos* da História.
Ver Sansonismo, Psicohigiene,
PAUWELS, Louis (1920-1997). Escritor francês que dedicou o seu interesse aos
Fenômenos* chamados do Ocultismo* e aos OVNIs*, muitas vezes numa visão
fantástica e irrealista, muito contribuindo para o incremento atual dessas fantasias e
outras crendices. Mas especialmente com seu livro, junto com Jacques Bergier*, “Le
Matin des Magiciens”, Paris, 1960, também fomentou o interesse e certos
conhecimentos sobre Fenômenos Parapsicológicos* autênticos. Publicou também
“Monsieur Gurdjieff”, Paris, 1966 - “Ce que je Crois”, 1974.
PERCIPIENTE. A pessoa que capta ou tenta captar por PG* ou HIP*. Por
exemplo, na ST* aquele que manifesta a mensagem ou informação que o mal
chamado Agente* (?) deseja transmitir.
PES. Sigla que alguns em línguas latinas usam indevidamente em vez do termo
oficial, do inglês, ESP*.
PETERS, Alfred Vout. (1867- === ) Inglês nascido em 1867. Foi Médium* de
Transe* e PG*. Peters, no “Laboratório Nacional de Pesquisa Psíquica”, registrou
um conhecido sucesso por Psicometria* com a caixa de Joana Southcott, sem abri-
la.
Repetidamente Peters é mencionado nas pretendidas Comunicação* e
Identificação* de “Raymond”, que Sir Oliver Lodge* refere no seu famoso livro,
com esse título.
PETRITSCH, Vidente de. Mulher búlgara de nome Wanga, que vivia na cidade de
Petritsch e que é famosa pelas suas excepcionais manifestações de PG*. Em 1958,
quando se encontrava em pleno auge dessas manifestações, foi cuidadosamente
examinada por dois médicos em Experiencias Qualitativas*.
Ao que parece, em 1970 enfraqueceram suas manifestações em conseqüência de
agravamento da doença.
PG. Sigla de Psi-Gama. É importante, antes de mais nada, Ver o termo PSI.
A expressão Psi-Gama, ou a sigla PG de uso preferêncial, provem das letras gregas
Psi, início da palavra psiché, que significa Alma*; e gama, primeira letra da palavra
gnosis, que significa conhecimento. Conhecimento Parapsicológico* próprio da
Alma*, espiritual, PN*, em contraposição ao conhecimento Parapsicológico* próprio
do corpo, sensorial, EN*.
A Escola* Europeia, não só com Experiênncias Quantitativas* de ESP*, senão
tambem com inumerávreis Casos Espontâneos* recolhidos em todas as épocas e em
todos os povos, e com milhares de Experiências indiretas (como na época do
Mesmerismo* e posteriormente da Hipnose*), e diretas com milhares de
Experiências Qualitativas* de todo tipo, demonstrou inapelavelmente a existência de
PG e todas as suas subdivisões e características.
Demonstrou que é faculdade inerente a Alma* humana, do nosso Inconsciente*, que
todos temos. Nesse sentido é Paranormal*.
PG engloba todos os Fenômenos PN*. Levando só em consideração as principais
divisões e as nomenclaturas clássicas, PG divide-se, no âmbito do Consciente*, em
AP* ou LP*, e TP*. No âmbito do Inconsciente*, em TIE*, ST* e HP*. Em relação
ao tempo divide-se em SC*, RC* e Pcg*... Embora todas estas subdivisões sejam
completamente desconhecidas pela Micro-Parapsicologia*. Em relação ao objeto da
percepção, PG divide-se em PT* e PC*. Com referência a estas últimas divisões a
Micro-Parapsicologia* fala também de GESP*, mas melhor seria dizer PG em Geral.
Que é uma faculdade PN*, extrasensorial, espiritual, se deduz com toda evidencia
das suas qualidades. Não tem tempo, nem distância, nem obstáculos... Qualquer
obsráculo físico, tais como paredes, montanhas, etc., que se possam interpor entre o
Percipiente* e o objeto, assim como a maior ou menor distância, maior ou menos
tempo passado ou futuro, nada físico uturo ajuda nem dificulta o funcionamento
dessa faculdade. Assim o formula a Micro-Parapsicologia* com referência à ESP*.
Na realidade tanto na ESP* como em todo tipo de conhecimento PN*, esta faculdade
PG prescinde da distância, dos obstáculos e do tempo só dentro do Prazo*
Existencial e em Relação* Psíquica
A título de exemplo, Ver Sainclair, Upton.
PHILIPPE, Mestre (1849-1905). Pseudônimo do Curandeiro* Nizier Anthelme
Vachot. Nasceu de pais franceses, mopdestos camponeses em Loisieux, uma
pequena aldeia da Saboia, quando ainda era italiana. De criança cuidava das ovelhas.
Quando adolescente foi morar com um tio em Lyon, empregando-se num açougue.
Passava os serões lendo fascinado tudo o que podia, em incrível sincretismo, de
“Aparições*”, “Mística*”... e Magia*. Até que o patrão, que não precisava de
visionários no seu açougue, teve que despedi-lo. E então teve mais tempo para mais
leituras, mais “Mística”, mais Magia*, mais Ocultismo*...
E o “santo” terminou sendo um famosíssimo Curandeiro*, sob o nome de Mestre
Philippe. Alguns estrondosos casos de morte de pessoas que haviam sido “curadas”,
provocaram, porém, a perseguição pela Justica, sendo condenado por exercicio ilegal
da Medicina em 1877, 1890 e 1892. Mas o “santo” habilmente sempre soube
encontrar proteção nos políticos dos que passava a fazer propaganda. Assim chegou
a ser recepcionado pelo agregado militar da Embaixada russa, e por seu intermedio
em 1901 conheceu a Imperatriz Militza Nicolaievna que, com o Czar Nicolás II,
estava visitando França.
Pouco depois Mestre Philippe foi chamado a São Pertersburgo. A Czarina esperava
que as orações do “santo” Mestre Philippe alcançassem de Deus* para ela e para o
Czar o tão desejado herdeiro. E Mestre Philippe instalou-se no castelo-palacio de
Zarskote Selo. Com toda solenidade e “devoção” a Czarina Militza dia após dia era
submetida a toda classe de Esconjuros* e Orações* Fortes... E logo correu pela corte
a féliz noticia do “milagre”. Mais um tempinho e a Czarina passou a usar vestidos
amplos e sem o corset. Quando aparecia envolvida no vestido de veludo preto, toda a
corte ficava radiante de alegria. O Czar resplandecia de contente. E Mestre Filippe
continuava com suas Orações* Fortes e impressionantes cerimonias deMagia*. A
Czarina muito justificadamente mostrava ardente predileção por aquele “santo”.
Quando passaram os nove messes todo São Petersburgo aguardava dia a dia, hora a
hora, as tradicionais salvas de canhão disparadas desde a fortaleza de São Pedro e
São Paulo. A Czarina não saia dos seus aposentos, não saia da cama.
Por fim, apesar de alguma resistencia, o médico da corte, Professor Doutor Ott,
obteve permissão para examinar a Imperatriz... Consternação geral: a Imperatriz nem
sequer havia estado grávida!
Os popes russos da corte, que desde o começo viam com maus olhos a conduta dos
Czares,
agora redobraram suas instruções para libertar a corte da Superstição* ocidental. Por
ordem do comandante do palacio, o representante da Russia em Paris iniciou uma
investigação sobre o passado de Philippe... O informe foi devastador. Mestre
Philippe teve que voltar à sua pátria, não sem que antes a amorosa Czarina o
comulasse de presentes.
Pouco depois de regressar a França, Mestre Philippe, em Loyase, morreu..., pode-se
dizer que de amargura.
PK. Sigla de Psi-Kapa. É importante antes da meia nada Ver o termo geral PSI.
A expressão Psi Kapa, ou a sigla PK de uso preferêncial, provem das letras gregas
psi, início da palavra grega psijé = Alma* espiritual; e kapa, inicio da palavra kínesis
= movimento, ação. Psyco-kínesis, traducido por Psiconesia, termo da Escola*
Norte-Americana, que significa movimento espiritual: “Influencia direta do espírito
sobre a matéria” (Rhine*).
Pretende designar Fenômenos* de Efeitos Físicos que seriam PN*. Erro da Escola*
Norte-Americana que, após comprovar a autenticidade de algum pequeno
Fenômeno* Parafísico, pensou que tinham a mesma explicação PN* que a ESP*,
isto é, extrasensorial, espiritual. Na realidade PK não existe. Todos os Fenomenos*
Parafísicos são EN*.
Deve-se principalmente ao CLAP* a revisão e conclusões verdadeiramente
científicas a respeito da chamada PK. De fato a Micro-Parapsicologia* com
Experiências Quantitativas* confirmou um pequeno aspecto da conhecidíssima
Telecinesia*, confirmou que se pode influir sobre um pequeno sistema físico em
ação, por exemplo sobre dados rolando. E a partir dessa mínima confirmação, sob o
termo PK a Micro-Parapsicologia* engloba erradamente todos os Fenômenos*
Parafísicos.
Em primeiro lugar, a própria existência da maioria dos Fenômenos* Parafísicos,
fora do laboratorio, de que tem alguma notícia, como Aporte*, Pirogênese*,
Pneumografia*, Fantasmogênese*, etc, etc, é recebida com reservas e mesmo
negada completamente, sem havê-los jamais estudado, pela Micro-Parapsicologia*
como pela maioria dos cientistas (?) estabelecidos. A Escola* Norte-Americana e
aqueles cientistas (?) apriorísticamente exigem que toda realidade seja repetível à
vontade e medida estatísticamente em laboratório! Mas a existência desses
Fenômenos* é absolutamente inegável. Frequentissimamente casos
Espontâneos de toda clase de Fenômenos Parafísicos* inclusive de Levitação* hão
sido observados por muitas e muitas pessoas fidedignas, e outras muitas vezes
observados em Experiências Qualitativas*, inclusive fotografados, gravados,
filmados... pelos próprios investigadores.
Por outra parte, nenhum Fenômeno* Parafísico é devido a PK, não são PN*, não
são espirituais, são todos físicos, por Telergia* ou Ectoplasma, EN* (ou então SN*,
que também nada tem a ver com PK). Não se influe parafísicamente nem no passado
nem no futuro nem à distancia. Por exemplo nos casos de Poltergeist* ou
popularmente “casas mal-assombradas”, ficando a mais de 50 m. todas as pessoas,
desaparece instantâneamente a “assombração”(?). Há um Desafio* de 10.000 dólares
a cada um se alguma pessoa ou um grupo, mesmo de milhares de pessoas, conseguir
sem truque um Fenômeno* Parafísico ficando todos a mais de 50 m de distância.
Todas as experiencias da Escola* Norte-Americana sobre a pretendida PK cairam
em erros primários de experiementação: sempre que obtiveram êxito, ao menos em
determinados momentos durante a experiência havia alguem perto do objeto a ser
influenciado.
E também é de infantil desconhecimento de Filosofia o argumento que pela boca
de Rhine* apresenta a Micro-Parapsicologia* para classificar como espiritual os
resultados obtidos pela pretendida PK: “o efeito é inteligente”. Ora, com essa mesma
total ignorancia de Filosofia se poderia argumentar (?) que a bengala com que o
velho mexe numa pedra é espiritual, porque demonstra inteligencia. A bengala seria
espiritual...!
Portanto, a sigla PK e os termos equivalentes Psi-Kapa e Psicocinesia deveriam
suprimir-se do vocabulario da Parapsicologia*, são um atestado da ignorância crassa
de toda a Micro-Parapsicologia*.
PLASMA. Termo empregado pela primeira vez por William Crawford* para
designar o que hoje se chama Ectoplasma*.
PRANA. Mítico* Fluído* Vital ou força universal e até divina (?) (Panteísta*).
Assim na Ioga* procuram imbuir-se de Prana nas respirações profundas:
Pranayama. Neste caso na realidade é o oxigênio.
PREMONIÇÃO. O nome havia sido posto por Richet* para designar o que hoje
chamamos Precognição* (Pcg), termo e sigla preferíveis. Premonição, para Richet* e
na etimologia destaca a Psicobulia* do Inconsciente*, freqüente nestes casos, de
prevenir ou salvar, de avisar (do latim monitio = aviso) de alguma coisa previamente
(pre) a que aconteça. Isto aplica-se a muitas Pcg’s, mas não a todas. Quando não se
refere ao futuro, denominava-se simplesmente Monição.
Os sequazes do Espiritismo* ou de outros ramos do Ocultismo* continuam
indevidamente usando estes termos, Premonição e Monição, precisamente porque
eles o interpretam como se um Espírito* (?) de morto ou qualquer suposta
Potestade* estivesse avisando. E é precisamente por essa interpretação
Supersticiosa* que em Parapsicologia* se substituiu Premonição por Precognição*.
E o termo Monição, em geral, foi substituido simplesmente por PG*.
PROMNESIA. Uma, entre tantas, das causas de Déjà* Vu. Memoria de uma Pcg*
anterior (Myers*). Consta de duas fases: 1a) Pcg* de determinado acontecimento. 2a)
Quando ele se realiza, a Criptomnésia* de havê-lo preconhecido (Bret).
PSI. Em primeio lugar é muito importanto não identificar Psi com os prefixos Psico-
ou Psiqui-...
O termo Psi foi proposto por Robert Thouless* para designar todos os Fenômenos
Parapsicológicos*, tanto Objetivos como Subjetivos, sem designar a sua natureza,
que não obstante supunha-se em muitos casos extrasensorial.
Mais tarde, os Fenômenos Psi foram subdivididos por Thouless* e Wiesner. Ambos
os cientistas consideraram que os Fenômenos* Subjetivos deviam denominar-se
casos Psi-Gama* (PG*), e os Fenômenos* Objetivos denominar-se casos Psi-Kapa*
(PK*). No Congresso de Utrech*, em 1953, foram aceitas as referidas classificações.
Fenômenos PSI equivaleria a Fenômenos Parapsicológicos*, na errada redução e
extrapolação da Micro-Parapsicologia* ou Escola* Norte-Americana que não
conhece os Fenômenos EN* nem SN*, e que pensa que todos os Fenômenos
Parapsicológicos* são PN*.
Mas para a reta Parapsicologia* só podia prevalecer o termo PG* e não o termo
PK*. Porque a Escola* Teórica sabe inapelavelmente que nem todos os Fenômenos*
Subjetivos são PN*, e nenhum dos Fenômenos* Objetivos, muitos daqueles e todos
estes sendo EN*, além dos SN*.
Exatamente, portanto, Psi designa os Fenômenos da faculdade PG* (e ESP*). Só,
contra toda a imensa ignorância e confusão da Escola* Norteamericana.
PSICAGOGO. Evocador de Espíritos* (?) dos mortos, das chamadas sombras, nos
templos da Antiguidade grega.
PSICOGNOSIA. Assim queria Bret designar PG* incluindo HIP*, que não
suspeitou. Estas e as de qualquer das suas divisões são as siglas (e termos)
preferíveis.
- Q -
-R-
RAYMOND. Foi filho de Sir Oliver Lodge*. Este escreveu um livro com o título do
nome do filho falecido: “Raymond”, New York, 1916, onde ingênua e emotivamente
pretende apresentar provas (?) da Comunicação* do Espírito* (?) do morto.
RÉMY, Nicolas (1530-1612). Juiz principal na Lorena, de 1576 à 1591, data a partir
da qual foi procurador geral. Escreveu uma boa “História da Lorena”, erudita e
bastante crítica.
Interessa em Parapsicologia* porque foi um terrível Caçador* de Bruxas. Foi
também autor do célebre “Démonolatrie”, 1595, livro que se constituiu no manual do
juiz de Feitiçaria*. Contém detalhes de crendice e Superstição das mais
extravagantes. Este horrível juiz era um obcecado sexual, que mandou para a
fogueira cerca de três mil Feiticeiros*. Mesmo que seja apenas um reflexo desse
tempo bárbaro, Rémy surge-nos como o tipo acabado de recalcado sádico, intelectual
mais delirante do que as próprias Bruxas*.
RENATA, Maria. Nome de uma religiosa alemã, que foi a última pessoa a ser
queimada por acusação de Feitiçaria* neste país, em Moussan, 27 de junho de 1749.
Foi denunciada por algumas de suas colegas, Histéricas* e fanatizadas, do convento.
ROSA, César della. Viveu em Paris até os 23 anos, altura em que abandonou a
França, para residir na Índia, Nepal, Tibet e mais tarde no Uruguai. Ásecla do
Budismo* e também da Rosacruz*, Teosofia*, Cabala*..., apresentava-se sob o
nome de Swami Asuri Kapila. Percorreu mais de 50 paises difundindo
“ensinamentos” (?) de Esoterismo*. Afirmava possuír notáveis faculdades de
Adivinhação*, mas certamente muito maior dose de charlatanice e Superstição*. Em
Uruguai, Montevideo, fundou em 1941 a “Ordem Martinista”, e no ano seguinte a
“Ordem Oriental de los Hermanos Asiáticos del Brillante Misterio”. Morreu em
1955.
-S -
S Case. Ver Espontâneos, Casos.
SALVO, Lucía Altares de; ou caso IRIS-LUCÍA. Um dos mais famosos Casos
Espontâneos* de Xenogloxia* inteligente, perfeita, surgida num instante, habitual...
Em Agosto de 1933, em Budapest, “morria” Iris Farczady, uma jovem de 16 anos.
Poucos momentos após a sua “morte”, começava a respirar novamente, recuperava
os sentidos e acabou por ficar “curada” completamente. Entretanto, agora dizia que
era Lucía Altares de Salvo, espanhola, que acabava de morrer em Madrid, calle (rua)
Obscuro no.1, que tinha quarenta anos e era mãe de catorze filhos... De então em
diante, sempre e em todas as partes, falava perfeitamente o espanhol, que antes
desconhecia plenamente.
E logo numerosíssimas vítimas da Superstição* espalharam o caso como “evidente
Reencarnação” (?!). Investigações rigorosas, dirigidas principalmente pelo Prof.
Rothy, Presidente do Comitê Nacional e do Conselho Internacional de Investigações
Parapsicológicas* de Budapest, verificaram que não morrera em Madri ninguem
com aquele nome, e não existia o endereço nem a rua indicada. Verificou-se também
que os nomes dos seus pretendidos filhos eram nomes de judeus sefarditas, que
falam espanhol, residentes na propria rua de Iris-Lucía. Calle e obscuro deviam-se a
uma anedota tirada de um jornal de Madrid com a que o professor Vegh ensinava
essas palavras nas suas aulas de espanhol. Etc, etc. E comprovaram que a
Xenoglossia* se devia principalmente a uma aprendizagem totalmente Inconsciente*
da língua espanhola, quando bebé, por convivência com uma empregada espanhola
chamada precisamente Lucía Altares de Salvo. Que ainda vivia, como poderia haver
reencarnado?!.
SEXTO SENTIDO. Designação vaga, que caiu em desuso. Foi fruto da mentalidade
do Materialismo* frente a PG*.
SHAKERS. Novo nome dado em Inglaterra, por similitude com a Seita* inglesa dos
Quakers*, à Seita* dos Profetas Franceses, fundada por Jean Cavalier na França
sob o nome de Camisards, pelo que foi exilado. Shakers significa tremulantes,
nome derivado das convulsões e tremores que aconteciam nos seus Transes*
coletivos.
Shakers, continuação dos Camisards. E ambas Seitas* estão na base do
Espiritismo*.
SIDDHI Mito* a respeito dos poderes, até de tocar a Lua com o dedo, que os
Yoguis* afirmam adquirir e possuir. O ocidental quer provas, que os Yoguis* nunca
fornecem, mas continuam garantindo que eles têm esse tal Siddhi...
É que na realidade o conceito de verdade na mentalidade típica de certos ambientes
orientais corresponde, para o ocidental, mais ao conceito de bonito, poesia.
STOBART, Sra. St. Clasir ( === ). “Um furação de mulher”. Antes da guerra de
1914 já se havia distinguido ao formar os “Corpos Femininos de Convoy”,
suplementários da R.A.M.C., e que realizaram um valioso trabalho na guerra dos
Balcãs, 1912-1913.
Na guerra do 14 esteve ativa na “Defesa Feminina de Guerra” e dirigiu-se à
Bélgica, donde escapou por muito pouco de ser fuzilada como espiã. Esteve num
hospital na Sérvia e daí comandou uma divisão e, mais adiante, conduziu a retirada
do exército sérvio com todo o êxito através de incríveis dificuldades.
Este “furacão de mulher”, quando acabou a guerra e soube que sua amiga de
infância Kate Wingfield tornara-se célevre Médium*, aderiu imediatamente ao
Espiritismo*, chegando logo a ser Diretora do “Colégio Britânico de Ciências
Psíquicas” durante anos. Escreveu vários livros numa tentativa delirante de
identificar acontecimentos da Bíblia como sendo de Espiritismo* (?!). Com o
Reverendo Dale Owen* fez-se dirigente da “Comunidade Espírita”.
Em 1929 formou, louvavelmente (se não fosse a descarada intenção propagandistica
do Espiritismo* como é frequente), a “Sociedade S.O.S”, que proporcionava abrigo e
atenções aos desempregados.
A sua última louca aventura foi como diretora de uma confraternidade que
pretendia unir todas as religiões ... precisamente sobre a base do Espiritismo* (?!).
SUDRE, René (1880- ==== ). Cientista francês, professor na “École des Hautes
Études Sociales”.
Excelente e célebre Parapsicólogo*, vice-presidente do “National Laboratory for
Psychical Resarch” de Londres presidido por H. Price*, e colaborador do Dr.
Gustave Geley* no IMI* de Paris de 1921 a 1926. Escritor prolífero sobre temas de
Parapsicologia* e em refutação da Superstição* tão difundida do Espiritismo*. Com
pequenas modificações de um livro anterior teve muita influencia seu “Introduction à
la Métapsichique Humaine”, Paris, 1925. E pode-se dizer que seu “Traité de
Parapsichologie”, Paris, 1956, fez escola.
TA, Baralho. Conhece-se assim a modificação nas Cartas* ESP, utilizada por
primeira vez nas Experiências Quantitativas* de Pcg* realizadas pelo Dr. Soal*
com B. Shakleton. Em vez dos frios símbolos do Baralho* Zener, os símbolos alvo
eram os animais elefante, jirafa, leão, pelicano e zebra simbolizados nas Cartas*
ESP respectivamente por tromba, pescoço, juba, bico e listras.
TAQUIÕES. Partículas que seriam mais rápidas que a luz, imaginadas em 1966
pelo físico norte-americano Feinberg. Foi a partir da hipótese dos taquiões que o
Dr. Valère Musalesco, médico e psicólogo romeno, tentou explicar (?) PG* e, de
caminho, muitíssimos outros “Fenômenos Parapsicológicos*”!
TAUMATOFILIA. ===
TOQUE RÉGIO. Na Idade Média acreditava-se que o simples fato de o rei tocar
com as suas mãos os doentes provocava a cura. Os reis da França curariam assim os
hipertrofiados das glândulas e os escrofulosos. Ver Curandeirismo.
O Toque Régio foi praticado durante mais de dez séculos e o número de
escrofulosos tratados (?) foi considerável. Assim, em 1320 Filipe de Valois tocou
quinhentos e dez escrofulosos numa só sessão. Henrique III, ao passar por Poitiers
em 1577, tocou mais de cinco mil. Luis XIV fez cinco mil toques de 1647 a 1697.
Luis XV e Luis XVI fizeram cada um dois mil no dia de sua coroação. Estas
cerimônias singulares, que se efetuavam no dia da coroação e na véspera das festas
mais solenes como Páscoa, Pentecostes, Todos-os-Santos, Natal, só desapareceram
com Luis XVI. Carlos X tentou, em vão, recomeçar a cerimônia do Toque Régio.
“A confiança desaparecera”, escreve Laudonay, “não sendo o Toque Régio mais
do que uma reminiscência.... de crenças, de preconceitos, de costumes
ultrapassados”.
TUM-NO. Afirmam que seria uma Faculdade ou Poder de elevar o calor do corpo
em condições de frio, que se auto-atribuem alguns Ioguis* e Lamas* tibetanos.
E de fato esta espécie de “calor psíquico” libertam-no sob verificação científica
certos ascetas tibetanos. Sentados nus na neve, são capazes de derreter o gelo. São
capazes de secar as capas que haviam metido na água e que tinham gelado
completamente (a 30 e a 40 graus negativos) e com as quais cobriam os corpos nus.
Também sabe-se de ascetas que vivem em covas, em altitudes elevadas, sem fogo
e com um mínimo de roupa.
Também e sem treino, muitos místicos católicos, como por exemplo a freira
carmelita Santa Maria Madalena de Pazzi, que viveu nos fins do século XVI,
apresentava este mesmo prodígio, no inverno.
E na realidade este e outros pretendidos Poderes, ou Faculdades, como a maioria
dos mal chamados Fenômenos Místicos*, são disfunções, doenças, que nada têm a
ver com Fenômenos SN* e nem sequer propriamente com Fenômenos
Parapsicológicos*. Como também não o é a febre...
Não confundir com a espontânea Termogênese*.
- U -
UMBANDA. O mesmo que Macumba, nome este com uma certa conotação
pejorativa. Mitologia* e culto afro-brasileiro. Originalmente importada da África
Ocidental ao Brasil pelos escravos negros, no Brasil se sincretiza com o
Espiritismo* e crenças dos índios e ainda com o culto a Jesus Cristo, à Virgem
Maria e a santos católicos.
A Umbanda parece ter-se organizado na década de 20, em grande parte por obra
de um brasileiro branco e ex-católico chamado Zélio de Moraes, que se dizia
Tomado* por Espíritos* (?) de índios mortos. Segundo os Umbandistas, deuses
(?), Potestades* e Espíritos* (?) de mortos se misturam e inclusive se identificam.
Esse panteon é concebido como organizado dentro de sete linhas, ou exércitos, cada
um subdividido em divisões ou batalhões.
As cerimônias envolvem batuque, dança e a Possessão* dos fiéis por essas
“divindades” (?). Também se pratica o Curandeirismo*, cheio de interpretações de
Magia*, pela reza e pelo toque das mãos.
A divisão da Umbanda que principalmente dedica-se ao Maleficio* ou Feitiçaria*
costuma chamar-se de preferncia Quimbanda. É muito temida por grande número
de pessoas carregadas de Superstição*.
USHER, ==== ( === ). Parapsicólogo* inglês, famoso entre outros méritos por
haver sido um dos primeiros, pois foi ao mesmo tempo que o Dr. Burt, em 1900,
muito antes que a Micro-Parapsicologia*, em emprender Experiências
Qualitativas* de PG a grande distância: entre Bristol, onde se encontrava o
“Agente*” (?), estando o Percipiente* em Londres. Publicou os resultados em
“Annales des Sciences Psychiques”, XX, 1910.
WALKER, Nea ( ==== ). Bacharel em Artes. Havia sido secretária de Sir Oliver
Lodge*. Quando este ruiu para o Espiritismo* após a morte de seu filho Raymond,
a Srta. Walkker passou a dedicar-se à Parapsicologia*. Foi depois membro da SPR*
e ficou bem conhecida como autora da “Investigação Walter”, que refutou a
existencia do Espírito* (?) que chamaram Walter Stinson, o famoso suposto
Controle* de Margery*.
WALKER, William. (1824-1860). Inglês. Fotógrafo de Espíritos* (?) do Círculo
Crewe* então dirigido por W. T. Stead*. Foi o primeiro que obteve Escotografias*
a cores.
WINGFIELD, Kate ( ==== -1927). Fora amiga de infância da Sra. St. Clair
Stobart conhecida como “Srta. A” nos escritos de Myers*. Acabou sendo Médium*,
não profissional, de Transe* e de Fenômenos* Parafísicos. Lawrence Jones, que
haveria de ser Presidente da SPR* em 1928, teve em 1900-1901 uma série de
sessões para Experiências Qualitativas* com esta Médium* inglesa e observou
casos autênticos de Telecinesia* e Aporte*.
Também produziu por Psicografia* dois livros..., com as divagações doutrinais e
contradições típicas do Espiritismo*.
-X-
-Y-
YANTRA. Padrão visual utilizado na MT* para facilitar a abulia.
YEATS, William Butler (1865-1939). Grande poeta inglês que esteve ligado ao
Ocultismo. Suas tendências poéticas de Esoterismo* passaram por diversas fases.
Primeiro esteve envolvido com a Teosofia, desligando-se desta em 1887 e iniciou-
se então na ordem hermética Aurora Dourada, então dirigida por Samuel Liddel
Mac Gregor Mathers. Entre seus membros constava Aleister Crowley, que se auto-
denominava “o Home*m mais perverso do universo’, e a atriz Florence Farr.
Através da Aurora Dourada, Yeats entrou em contato com o exuberante mundo
do simbolismo mágico: Cabala, Astrologia, Rosa-Cruz..., todos desempenharam um
papel na sua poesia.
Mais tarde foi influenciado pelo místico indiano Rabindranath Tagore e por outro
guru indiano Purohit Swani. Sintetizou as várias influências ocultas e místicas da
sua vida num sistema próprio que expôs no seu livro “uma visão”, publicado em
1925.
-Z-
ZACCHI, Padre Angelo ( ==== ) Precisamente como padre... e enfrentando a
Teologia estabelecida, Modernista*.... SN
- BIBLIOGRAFIA -
(Por Orlando de Albuquerque)
QUEVEDO, Oscar G.- : “A Face Oculta da Mente”, São Paulo, Ed. Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “As Forças Físicas da Mente”, 2 Vols., São Paulo, Ed.
Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Antes que os Demônios Voltem”, São Paulo, Ed.
Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Há Provas de que os Mortos Agem?”, São Paulo, Ed.
Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Identificação de Determinado Morto?”, São Paulo, Ed.
Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Milagres. A Ciência Confirma a Fé”, São Paulo, Ed.
Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Nossa Senhora de Guadalupe”, São Paulo, Ed. Loyola.
QUEVEDO, Oscar G.- : “Os Milagres e a Ciência”, São Paulo, Ed. Loyola.
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