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pressupostos. desde que a resoluçAo daquele E o meu parecer.


Conselho. baixada antes da vigência da Lei
nO 4.S81-A. de 1965. não tem o efeito S.M.}. - Brasilia. 27 de julho de 1967.
pretendido. - ClelTicio da Silva Duarte, Consultor Ju·
ridico.
13. São essas as considerações qq.e. em
aditamento à manifestaçAo da D. R. J. P .• Aprovo. Em J-8·67. - BdmirO Siqueira.
entendo pertinentes a propÓ$ito da matéria. Diretor-GeraL

I PROFESSOR ENSINO ESPECIALIZADO DESVIO DE


FUNÇÃO

I - A existência de desvio de função, como situação contrá1'ia


à lei, não pode fundamentar qualquer reivindicação.
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO SERVIÇO PúBLICO

I •
PRO"CESSO N" 4.415/66

cimento daquele nivelo constituindo antes


desvio de função vedado por lei.
I
l
PARECER

A Divisão do Pessoal do Ministério da


3. Inconformados com as conclusões da
alínea "c" diversos Professõres de Ensino
1
Educação e Cultura, tendo em vista recurso Esp:cializado do Instituto Benjamin Cons-
dos inter,ssados, solicita o reexame do Pa- tant alegam não se acaracterizar desvio de
recer de fõlhas 14 e 15, em que esta Divi- função. pois todos os cargos de Professor
são examinou o alcance das disposições do daquele Instituto passaram. com a Lei de
Decreto n 9 57.486. de 27-12-65. Classificação de Cargos, a integrar a mes-
ma série de class€s de Professor de Ensino
2. No citado Parecer, esta Divislio con·
Especializado. fato êsse que. segundo en-
cluiu por que:
tendem. elimina qualquer pOSSibilidade de
a) a nova classificação dos cargos de desvio funcional.
Professor de Ensino Especializado no nível
19 não está condiCionada à época da inves- 4. Dizem ainda os interessados desco-
tidura dos que os ocupem; nhecer o outro grau de que fala o parecer
desta Divisão. pois a legislação vigente.
b) exclusivamente os cargos de Profes- segundo êles. define apenas o grau médio.
sor de Ensino Especializado ministrado em
grau médio, além dos cargos de Professor 5. O Diretor do Instituto Banjamin
de Educação Fisica e Canto Orfeõnico, fo· Constant, ao encaminhar o recurso. aprova
ram abrangidos pelo referido Decreto núme- Parecer da Seção de Educação e Ensino.
ro 57.486. de 1965. em face da ressalva em que são ressaltadas as dificuldades de
contida nesse mesmo ato; e pessoal com qUe se defronta aquêle Insti-
tuto, afirmando que. de acôrdo com a Lei
c) a "designação" de ocupante do cargo nO 3.780, de 1960. compete àquela Direção
referido de Professor de Ensino Especiali- baixar atos que disponham sõbre a "lotação"
zado. de outro grau para ministrar ensino dos Professôres de Ensino Especializado e.
de grau médio não pode propiciar-lhe ven- portanto,
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desde que satisfaçam às exigências ciplinas se exige particularmente formação
legais para ministrarem ensino grau médio. universitária.
e para atender a necessidade imperiosa de
serviço. o diretor age legalmente quando os 10. Idêntico tratamento foi dispensado
indica para o Curso Ginasial." aos Musicistas. dos quais apenas se enqua-
draram nos novos niveis os componentes
6. Ao reexaminar o assunto. convem da Orquestra Sinfônica Nacional.
deixar bem claro. de início. que não cabe
discutir. aqui embora dignas de atenção. aS 11. Na espécie. os interessados, segundo
dificuldades do Órgão no que se refere ao consta de fOlhas 42, pertencem ao corpo
corpo docente. A cogitação atual tem de de professôres do ensino primário. c:ondiçllo
restringir~se à viabilidade regulamentar de em que naturalmente ingressam no Instituto
se enquadrar no nível 19 Professor de curso Benjamin Constant e permaneceram mesmo
primário •• desinado" para funcionar even- após o advento da Lei nO 3.780. de 1960,
tualmente no ginasial. na qual não existe, ao contrário do que se
afirma, disposição que autorize o Diretor
7. A Lei nO 3.780. de 1960. enquadrou daquele Instituto a distribuir OS Professôres
na mesma série de classe todos os antigos do Ensino Especializado, indiferentemente,
Professôres do Instituto Benjamin Constant nos cursos dos diferentes graus ali minis-
dos cursos primário e secundário. Com o trados.
advento da Lei nO 4.345. de 1964. não p~
deriani" êles. entretanto. continuar igualados. 12. Fôra atribuiçllo dêsses Professôres
pois deveriam ser enquadrados no nivel 19 lecionar matérias do curso primário oU do
aquêles cujas atribuições. de minístrar en- ginasial. indistintamente, não haveria ne-
sino de grau médio. exigem formação de cessidade de expedição de ato de qualquer
nível universitário. espécie da Direção daquele Estabelecimento.
As portarias de "desI9naçllo" constantes do
8. Em face de a Lei nO 4.024. de 1961. processo vêm demonstrar justamente a exis-
haver escalonado o ensino em três graus:
tência do desvio funcional, situação con-
primário. médio e superior (Titulos VI.
trária à lei e que, portanto, não pode fun·
VII e IX. respectivamente). resulta ser pro-
damentar Qualquer reivindicação.
cedentz o requisito estabelecido no Decreto
n' 57.486. de 1965. para anquadramento dos
13. Em face do exp&to, ratifica esta
ProfessOres de Ensino Especializado no ni-
Divi~o as conclusões do parecer da fõlhas
vel 19. pois não é exigida formação univer-
14 e 15.
sitária para os que ministram o ensino do
grau primário. 14. Submeto à consideração do Senhor
Diretor~ral, propondo a restituição do
9. Aliás. o próprio Decreto nO 55.244.
processo ao Ministério da Educação e Cul·
de 1964. que anteriormente relacionara nos
tura.
novos niveis previstos na Lei nO 4.345 de
1964. os demais cargos vinculados ao ma- Brasília. 25 de outubro de 1967. - Paulo
gistério federal. também levou em consi- Cesar Cataldo - Diretor da Divisllo de
deração tal circunstância relativamente aoS Registro Juridico do Pessoal.
ProfessOres de Práticas Educativas quando
incluiu apenas os que lecionassem as Ca- Aprovo. - Encaminhe~se ao MEC -
deiras de Educação Fisica e de Canto Or- Em 25 de outubro de 1967. - Belmiro
feOnico. porque para o ensino de tais dis- ~iqueira - Diretor-Geral.

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