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Versão consolidada, com alterações até o dia 09/01/2004
O Prefeito Municipal de São Francisco do Sul, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições, faz
saber que a Câmara de Vereadores de São Francisco do Sul aprovou, e ele sanciona a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Esta Lei estabelece as normas estatutárias especiais, aplicáveis aos Profissionais do Magistério, do
Art. 1º
Município de São Francisco do Sul.
II - Cargo público: é o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria,
atribuições específicas e estipêndio correspondente pago pelo erário municipal, para ser provido e
exercido por um titular, na forma estabelecida em lei;
VIII - Licença: é o afastamento autorizado do cargo, durante certo período, fixado ou determinado na
autorização, com ou sem direito a perceber o pagamento da remuneração;
XII - Servidor Público, ou Servidor: é a pessoa legalmente investida em cargo público de provimento
efetivo ou em comissão;
XIII - Vacância: é a declaração oficial de que o cargo se encontra vago, a fim de que seja provido um
novo titular;
§ 2º - O Quadro Permanente do Magistério Público Municipal será regido pelo presente Estatuto,
devendo considerar os profissionais divididos em dois grandes grupos, conforme segue:
I - Professor: membro do magistério que exerce atividades docentes nas áreas de Educação Infantil e
Ensino Fundamental;
II - Técnico Pedagógico: servidor público municipal, da área do Magistério, que exerce atividades de
suporte pedagógico à docência, como tal entendidas as de direção ou administração escolar,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional, bem como de atendimento e
acompanhamento pedagógico.
Art. 2º Aos Profissionais do Magistério aplicam-se as disposições contidas nesta Lei e no Estatuto dos
Servidores Públicos do Município de São Francisco do Sul.
CAPÍTULO II
DO INGRESSO E DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 3º O ingresso na carreira do magistério dar-se-á na classe e referência inicial do cargo em que o
servidor foi investido, após prévia aprovação em concurso público de provas e títulos.
Parágrafo Único. O peso e a pontuação a serem conferidos às provas e aos títulos, serão disciplinados,
em edital, quando da realização de concurso público para os cargos de magistério.
Art. 4ºOs Profissionais do Magistério serão lotados na Secretaria Municipal de Educação, Esporte e
Recreação do Município e terão exercício nas unidades administrativas para as quais forem designados e
em que exercerão as atribuições inerentes ao cargo de sua investidura, salvo em casos de remoção ou de
readaptação.
Parágrafo Único. Os profissionais que já se encontram nas respectivas unidades escolares terão a
preferência na vaga.
Art. 5º Quando houver alteração do número de matrícula, extinção de unidade escolar, excedente de
profissionais em unidades escolares, o profissional será designado inicialmente na unidade escolar:
Parágrafo Único. Na hipótese de inexistir vaga em unidade escolar para a qual possa ser removido, o
profissional atuará junto à sede da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Recreação, até que,
surgindo vaga, possa ser definida sua nova designação.
Art. 6º Ao entrar em exercício, o profissional nomeado para o cargo de provimento efetivo, fica sujeito a
estágio probatório, por um período de 3 (três) anos, durante o qual sua competência para exercer o cargo
será objeto de avaliação semestral, quanto aos seguintes quesitos:
I - idoneidade moral;
II - ética profissional;
IV - eficiência e produtividade;
§ 1º - É condição obrigatória para o servidor adquirir a estabilidade, no cargo público, que seja
avaliado, nos termos deste artigo, por comissão especial de avaliação, instituída para esta finalidade e
integrada por servidores do Quadro legalmente habilitados.
§ 2º - O profissional deve cumprir o estágio probatório no exercício do cargo para o qual foi nomeado.
III - que cometa falta grave, prevista no Estatuto dos Servidores Públicos.
Art. 7ºA jornada de trabalho do professor poderá ser de 10 (dez), 20 (vinte), 25(vinte e cinco), 30 (trinta)
ou 40 (quarenta) horas semanais, e incluirá uma parte de horas-aula e outra de horas-atividade.
Art. 8º A jornada de trabalho dos profissionais enquadrados no grupo Técnico Pedagógico, será de 40
(quarenta) horas semanais.
Art. 9º Ao professor que atua em escolas multisseriadas, será atribuída carga horária de 25 (vinte e
cinco) horas semanais, correspondente a 20 (vinte) horas-aula e 5 (cinco) horas atividade.
Parágrafo Único. A jornada de trabalho, de que trata este artigo, será reduzida para 20 horas
semanais, com a respectiva redução do vencimento, quando o professor deixar de atuar em escolas
multisseriadas.
Parágrafo Único. O servidor do Magistério designado para função de Direção, Auxiliar de Direção,
Coordenação ou Assessoramento e o ocupante de função de confiança, além do disposto neste artigo,
dispensará integral dedicação ao serviço podendo ser convocado pela Secretaria Municipal da Educação,
Esporte e Recreação, quando houver motivo justificável.
Art. 11 - O profissional do magistério estável ou efetivo com carga horária de trabalho inferior a 40
(quarenta) horas semanais, mediante edital de iniciativa do município, poderá ampliar a sua carga horária
efetiva até 40 (quarenta) horas semanais quando houver vagas disponíveis na rede municipal de ensino.
§ 1º - O profissional do magistério somente poderá ampliar sua carga horária, em vagas de sua área
de atuação desde que haja compatibilidade de horário e turno.
§ 2º - O quadro de vagas existentes para a ampliação de carga horária, de que trata este artigo deverá
ser publicada em edital até o início do prazo de inscrição dos interessados.
§ 3º - Cada vaga oferecida será preenchida pelo candidato da respectiva vaga que, de forma
eliminatória, apresentar:
Art. 12 - A jornada de trabalho poderá ser reduzida, diminuído o valor da remuneração na mesma
proporção, mediante requerimento do profissional do Magistério interessado, encaminhado, até o fim do
período letivo, ao Secretário Municipal de Educação, Esporte e Recreação, que decidirá a respeito no
prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 1º - A redução da jornada de trabalho ocorrerá no ano seguinte àquele em que for requerida, salvo
interesse público justificado e desde que não haja risco para o desenvolvimento dos educandos.
§ 2º - O profissional do Magistério, cujo requerimento de redução da jornada de trabalho foi deferido
pela autoridade competente, passará a cumprir expediente com nova carga horária somente após
publicado o respectivo ato autorizador.
Art. 13 - O profissional do magistério inativo, observado o disposto no artigo 3º e parágrafo único deste
Estatuto, poderá voltar a ocupar cargo no quadro do Magistério Público Municipal, desde que a carga
horária não seja superior a 20 (vinte) horas semanais, percebendo simultaneamente os proventos de
aposentadoria e a remuneração do novo cargo, respeitado o disposto no § 10º do art. 37 da Constituição
Federal e no art. 11 da Emenda Constitucional nº 20/98
CAPÍTULO III
DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 14 - O exercício das atividades de magistério exigem como qualificação mínima para docência:
I - formação em nível médio, com habilitação na modalidade Normal para atuar na Educação Infantil e
nas séries iniciais do Ensino Fundamental;
II - formação nível superior, de graduação plena, com habilitação específica, para atuação na
Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental;
III - formação de nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, para a docência nas
séries finais do Ensino Fundamental.
Art. 15 - O exercício das atividades de Técnico Pedagógico exige formação de nível superior, de graduação
plena, e experiência de no mínimo 02 (dois) anos de docência.
Parágrafo Único. Excepcionalmente, até dezembro do ano 2006, poderá ser aceita a habilitação de
nível médio, na modalidade Normal, para os Profissionais do Magistério.
CAPÍTULO IV
DA REMOÇÃO
Art. 16 -Para os efeitos desta Lei, considera-se remoção a mudança do profissional de uma unidade
escolar da rede municipal de ensino, para outra unidade escolar ou para a sede da Secretaria Municipal
de Educação, Esporte e Recreação.
II - em estágio probatório;
O concurso para remoção, será realizado anualmente, durante o ano letivo, conforme edital de
Art. 19 -
convocação publicado com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência, na forma da lei.
I - em estágio probatório;
V - que cumprir ou, até o ano anterior, ter cumprido sentença judicial privativa da liberdade.
CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 20 -No caso de servidor afastar-se do exercício do cargo, ou na hipótese de vacância, e desde que
não exista servidor habilitado do próprio Quadro em condições de ser designado, na forma da lei, para
atender a falta de profissionais decorrente, fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a contratar, por
tempo determinado, não superior a 01 (um) ano letivo, profissionais do Magistério para exercer as
atribuições desse cargo, em substituição.
Art. 20 -No caso de professor afastado do exercício do cargo para exercer atividade administrativa ou
função de confiança, na Secretaria de Educação, ou exercer cargo de direção, chefia e assessoramento, e
ainda para atender a falta de profissionais, aumento de matricula ou salas de aula, e não exista servidor
habilitado do próprio Quadro em condições de ser convocado, fica o Chefe do Poder Executivo autorizado
a contratar, por tempo determinado, não superior ao período letivo, profissionais do magistério para
exercer as atribuições desse cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 6/2003)
§ 1º - Será realizado processo seletivo público para determinar a ordem de classificação dos
profissionais do Magistério a serem chamados para contratar com o Município, por tempo determinado,
em cada ano letivo, observados os mesmos critérios para concurso público.
§ 1º - Será realizado processo seletivo simplificado, na forma do Edital, para determinar a ordem de
classificação dos profissionais do Magistério a serem chamados para contratar com o Município, por
tempo determinado, em cada período letivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 6/2003)
§ 4º - Decairá o direito adquirido pela aprovação no processo seletivo público do candidato que não
atender à convocação para qualquer contratação.
§ 5º - O salário do servidor contratado por tempo determinado será igual ao vencimento inicial do
cargo público, cujas atribuições irá exercer em substituição, vedado o desvio de função.
CAPÍTULO VI
DA REMUNERAÇÃO
Art. 21 - Além dos direitos garantidos pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São
Francisco do Sul e pela lei que instituir o Quadro Permanente, o Professor que esteja ministrando aulas,
terá direito à seguinte vantagem pecuniária, de valor equivalente a 20% (vinte por cento) do vencimento
do respectivo cargo:
I - Gratificação de Regência de Classe.
Parágrafo Único. As vantagem de que trata o "caput", deste artigo será suspensa, no caso de o
professor licenciar-se ou afastar-se das atividades inerentes ao seu cargo, ressalvados os seguintes casos:
a) licença gestante;
b) férias;
c) licença à adotante.
Art. 21 - Além dos direitos garantidos pelo Estatuto dos Servidores Públicos do Município de são
Francisco do Sul e pela lei que instituiu o Quadro Permanente, o Professor que esteja ministrando aulas,
terá direito a Gratificação de Regência de Classe, de valor equivalente a 20% (vinte por cento) do
vencimento do respectivo cargo crescido da vantagem pecuniária nominalmente identificável. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 10/2004)
§ 2º - Para efeito do disposto no "caput" deste artigo, será computada como ausência a expediente
quaisquer faltas ou afastamentos ao trabalho, ainda que justificados ou decorrentes de licença de
qualquer natureza, ressalvando-se apenas o gozo de férias regulamentares, a licença de gestação e a
licença paternidade.
CAPÍTULO VII
DAS FÉRIAS E AFASTAMENTO PARA CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Art. 23 - Aos professores em exercício de regência de classe nas unidades escolares são asseguradas
férias anuais de 45 (quarenta e cinco) dias, distribuídas nos períodos de recesso escolar, conforme o
interesse da escola, sendo de 30 (trinta) dias as férias anuais dos demais integrantes do Magistério.
Art. 24 - O Profissional do Magistério, que não estiver em gozo de férias, durante o período de recesso
escolar ficará à disposição da unidade escolar para a qual está designado, podendo ser convocado para
participar de cursos ou atividades relacionadas ao magistério.
Art. 25 - É vedada a acumulação de férias, salvo no caso de Profissional do Magistério que estiver
exercendo cargo em comissão ou função gratificada, quando poderá acumular, no máximo, 2 (dois)
períodos de férias, e desde que, por motivo de interesse público ou de conveniência administrativa, seja
autorizado pela autoridade competente.
Art. 26 -Ao servidor estável poderá ser concedida, a critério do Chefe de Poder Executivo e observada a
conveniência administrativa, licença remunerada para freqüentar curso de pós-graduação a nível de
mestrado ou doutorado, na mesma área de graduação exigida para o cargo em que está investido o
servidor interessado.
§ 4º - A licença terá a duração do período estipulado pela instituição de ensino promotora do curso,
incluído o prazo para elaboração de monografia, dissertação ou tese.
§ 5º - Constitui motivo de demissão do cargo o fato do servidor, em licença para participar de curso
de pós-graduação:
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS