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Treinamento de montagem e teste hidrostático de mangueiras hidráulicas

MÓDULO I - CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE MONTAGEM E TESTE DE MANGUEIRAS


HIDRÁULICAS.

1.1 CONCEITOS BÁSICOS:

2 • O que é FHA (Flexible Hose Assembly)? Mangueiras Flexíveis Montada

• FHA são componentes complexos, usado para transportar uma amplavariação de fluídos e podem fazer parte de
um sistema pressurizado ou a vácuo.

• As FHAs são seguras, produtivas, trabalham em ambiente críticos e se não forem seguido o programa de
manutenção podem ocasionar tempo não produtivo.

Perda da integridade da FHA pode resultar em liberação de substâncias perigosas:

−Comprometer o funcionamento dos sistemas de controle e segurança;

−Conduzir a um evento de grande risco como: incêndio e/ou explosão;

−Conduzir a um incidente ambientalmente reportável;

−Impactar na segurança do pessoal;

−Causar perda de receitas devido as multas e perdas na produção:

As FHAs são necessárias na maior parte das instalações onde a compensação de movimentos e absorção de
vibrações se fazem presentes. Um exemplo típico de linhas flexíveis são as mangueiras, cuja aplicação visa
atender a três propostas básicas:

1) Conduzir fluídos líquidos ou gasosos;

2) Absorver vibrações;

3) Compensar e/ou dar liberdade de movimentos;

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1.2 CONSTRUÇÃO

As mangueiras possuem quatro partes construtivas:

 Tubo interno: deve ser construído de material flexível e de baixa porosidade, ser compatível química e
termicamente com fluido a ser conduzido.

Principais materiais utilizados na confecção de tubos internos:

 Reforço: considerado como elemento de força de uma mangueira o reforço é quem


determina a capacidade de suportar pressões. Sua disposição sobre o tubo interno pode
ser na forma trançada ou espiralada.

Mangueira trançada Mangueira espiralada

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Principais tipos de materiais aplicados em reforço de mangueiras:

 Camada intermediária: Usada entre tramas ou espirais afim de proteger o reforço contra
atrito entre suas camadas.

2  Cobertura: disposta sobre o reforço da mangueira a cobertura tem por finalidade


proteger o reforço contra em eventuais agentes externos que provocam a corrosão ou
danificação do reforço. Outro uso para a cobertura é receber a linha de informação (Lay
Line) que contém as informações dessa mangueira.

É de fundamental importância que a mangueira selecionada seja compatível com os fluidos a serem conduzidos.
Portanto, consulte o catálogo e assegure que os fluidos sejam compatíveis com o tubo interno e a cobertura da
mangueira.

Materiais utilizados na confecção de mangueiras:

NBR, Nitrílica, Buna-N

• Excelente resistência a óleo e combustíveis;


• Baixa resistência ao tempo e intempéries;
• Frequentemente misturado com PVC para uso como cobertura;
• Usualmente utilizados em mangueiras para uso geral, combustíveis e hidráulica.

Neoprene

• Excelente resistência à abrasões e ao tempo;


• Boa resistência à chama;
• Boa resistência a óleo;
• Usualmente utilizado como cobertura e tubo interno de mangueiras hidráulicas.

PKR/CPE

• Excelente resistência a óleos e combustíveis;


• Excelente resistência à temperatura (-46°C a 150°C);
• Boa resistência química;
• Resistência à intempéries.

EPDM / BUTIL

• Boa resistência à intempéries, aquecimento e ao tempo;


• Moderada resistência química;
• Não é resistente à chama e óleo;
• Uso comum em mangueiras para uso geral, vapor e em mangueiras mais baratas para condução de fluidos
químicos.

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Silicone

• Não transfere cheiro e gosto ao sistema;


• Boa resistência química;
• Resistente a ozônio e raios ultravioletas;
• Não condutivo;
• Excelente resistência à temperatura (-17°C a 315°C).

Principais coberturas de mangueiras utilizados no mercado offshore:

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Borracha sintética (muito utilizado em mangueiras de trama de aço):

• Excelente resistência a óleo e combustíveis;


• Media resistência ao tempo e intempéries;
• Usualmente utilizados em mangueiras para uso geral, combustíveis e hidráulica;
• Baixa resistência a agua salgada;
Obs: Necessário verificar no catalogo do fabricante suas especificações, pois pode variar muito de fabricante para
fabricante, mesmo sendo a mesma norma.

EX: Resistência a raios UV, resistência a abrasão, resistência anti chama, diâmetro externo etc.

Poliuretano (muito utilizado em mangueiras termoplásticas/poliflex):

• Excelente resistência à abrasões e a intempéries;


• Excelente resistência a óleo;
• Excelente para trabalho subsea;
• Facilidade para limpeza externa;

Obs: Normalmente são fabricadas nas seguintes conexões JIC, NPT, BSP, HP E MP.

Poliéster (muito utilizado em mangueiras SAE100R5)

• Baixa resistência a intempéries;


• Excelente resistência a altas temperaturas;

Obs: Ultilizadas em locais internos onde tem altas temperaturas.

Aço inox (utilizado em mangueiras de altas temperaturas ou proteção a fortes impactos):

• Excelente resistência a impacto;


• Excelente resistência a altas temperaturas;
• Excelente resistência a intempéries;
• Necessitam de um grande raio de curvatura;

1.3 LAY LINE

Você já reparou nas codificações que aparecem ao longo das mangueiras hidráulicas? Para
muitos profissionais de manutenção bem treinados, elas são fontes indispensáveis de informação
que os ajudam a definir a correta especificação da mangueira, simplificando sua substituição.

O layline da mangueira pode também ser usado como um indicador visual para guiar e ajustar
as mangueiras durante as montagens, para evitar que elas fiquem torcidas ou dobradas.

As informações impressas na mangueira serão especialmente úteis na hora de solicitar itens de


reposição e também quando você utilizar o método STAMP de especificação. Saber exatamente
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o que você está procurando vai ajudá-lo a poupar tempo e ainda lhe trará a certeza de estar
usando a mangueira certa para sua aplicação.

Confira na tabela abaixo o significado de cada uma das partes que compõem este código,
chamado layline.

Exemplos:

Manuli – SAE 100R2AT-6 3/8 WP 4780psi

TRACTOR/2T ISO 1436-1 EN853 2SN 10 WP 330

15.10.2007 Made in Italy 4Q 2007

1.4 RAIO DE CURVATURA

O raio mínimo de curvatura, ou do Inglês MBR (Minimum Bend Radius), significa o máximo
que podemos dobrar uma mangueira sem que esta danifique. Ao selecionarmos uma mangueira
é de fundamental importância que levamos em consideração seu raio mínimo de curvatura, bem
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como se a aplicação em questão requer da mangueira flexão intensa.

Submeter a mangueira um raio de curvatura inferior ao mínimo especificado, significa que


estamos condenados esta mangueira, pois esta ação promove a desconformação do reforço
sobre o tubo interno, criando fendas que provocarão a ruptura da mangueira quando submetido
a pressão.

1.5 STAMP

Para maximizar a vida útil das mangueiras hidráulicas, economizando tempo e dinheiro,
reduzindo as paradas e falhas, utilize o método de seleção STAMP. Este método garante a
especificação correta da mangueira, ajudando a lembrar as cinco características do produto que
você deve conferir, para não errar na seleção: SIZE (Tamanho), TEMPERATURE
(Temperatura), APPLICATION (Aplicação), MEDIA (fluido) e PRESSURE (Pressão).

SIZE (Tamanho)

As empresas de mangueiras utilizam um sistema de indicação de bitola indicada por traço. A


bitola se refere ao diâmetro interno da mangueira dividido por 16. Esse sistema é utilizado de
maneira universal para indicação das bitolas de mangueiras hidráulicas.
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TEMPERATURE (Temperatura)

Considere os efeitos de ambas as temperaturas (do ambiente e do fluido) - A temperatura de


trabalho afeta enormemente a vida útil da mangueira.
Para obter máxima durabilidade durante a seleção, você precisa considerar tanto a temperatura
ambiente, quanto a temperatura do fluido transportado pela mangueira. Avalie a aplicação na
qual a mangueira vai operar. Qual é a temperatura ambiente no local? Sua aplicação pode estar
num ambiente muito quente ou muito frio e ambas as situações podem danificar a cobertura da
mangueira.

APPLICATION (Aplicação)

Saiba identificar as necessidades específicas de sua aplicação. Para isso, observe as seguintes
variáveis:
• Impulso e ciclo de carga - Verifique com qual frequência a mangueira será exposta à pressão
total de trabalho, bem como ondas repentinas ou picos de pressão.
• Tipo de reforço metálico - Confira se ele é trançado ou espiral. O reforço espiralado é mais
adequado para suportar picos de pressão elevados e ciclos de carga mais altos do que o reforço
trançado, que por sua vez oferece maior flexibilidade.
• Robustez da cobertura e sua resistência à abrasão - Verifique se é necessário especificar
cobertura standard, reforçada (Tough Cover), super reforçada (Super Tough) ou acessórios tais
como protetores de mangueiras.
• Raio de curvatura - A mangueira será instalada em um espaço reduzido ou apertado? Então,
prefira um tipo de maior flexibilidade que suporte um menor raio de curvatura para obter uma
condução mais fácil e não danificar o reforço da mangueira.

MEDIA (fluido)

Outra característica que deve ser considerada é a compatibilidade do fluido com os materiais da
mangueira.
Uma mangueira hidráulica é composta por tubo interno, camada de reforço e cobertura externa.
Após a montagem, as conexões e vedações também estarão sujeitas ao contato com o fluido
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conduzido por ela. Logo a compatibilidade química deve cobrir a totalidade do conjunto.
Caso contrário, poderão ocorrer bolhas na cobertura da mangueira, erosão do tubo interno ou
falhas capazes de contaminar e danificar todo o sistema.
Verifique a tabela de compatibilidade química catálogos dos fabricantes.

PRESSURE (Pressão)

Considere ambas as pressões (de trabalho e de impulso) - Ao dimensionar uma mangueira,


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muitas vezes os técnicos se concentram apenas no limite da pressão da válvula de alívio ou na
pressão máxima de trabalho. Todavia, é preciso avaliar dois tipos de pressão: a pressão do
sistema e a pressão de impulso. Seu sistema opera com pressão dinâmica ou estática?

É dinâmica, quando a pressão flutua e há potencial para vibrações, choques e variações da


temperatura.
Já um sistema estático é essencialmente livre de vibração e picos de pressão e a temperatura
muda somente quando ele é pressurizado. Em sistemas dinâmicos, certifique-se de que a
mangueira selecionada atende a pressões iguais ou superiores às pressões de trabalho e de
impulso, para cobrir quaisquer picos de pressão, vibração e choques.
O dimensionamento da pressão também deve cobrir o conjunto em sua totalidade, incluindo as
conexões.

1.6 NORMAS

A norma destina-se a fornecer informações para que qualquer pessoa possa entender as
maneiras de medir e controlar o processo.
É um pré-requisito para esse entendimento, um conhecimento profundo/detalhado de um
especialista em delineamento / inspeção.
As mangueiras e conexões possui bases técnicas padronizadas a nível mundial, conforme
descrito abaixo:

 SAE (Society of Automotive Engineers)


 EN (Norma Europeia)
 JIC (Joint Industrial Council)
 ANSI (American National Standard Institute)
 API (American Petroleum Institute)
 ASME (American Society of Mechanical Engineers)
 ASTM (American Society for Testing & Materials)
 BSI (British Standards Institution)
 ISA (International Society for Measurement & Control)

 ISO (International Standard Organization)


 DIN (Deutsches Institut für Normung)
 DNV (Det Norske Veritas) & BV (Bureau Veritas)
 JIS (Japanese Industrial Standards)

Além dessas normas acima mencionada, temos as normas técnicas internas de empresas
multinacionais de petróleo, Gás & Óleo, Montadoras automobilísticas, Aeronáuticas, Químicas
Papel & Celulose, Estaleiros, Aciarias, Metalúrgicas, Químicas, Celulose.

A hierarquia das normas no Brasil é a seguinte:


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1. Lei ou portaria (INMETRO edita as leis técnicas),


2. Normas ABNT, que edita as normas técnicas no Brasil,
3. Normas OIML,
4. Normas ISO/IEC (IEC faz as normas técnicas da ISO),
5. Normas ISA, API, DIN e outras nacionais de outros países,
6. Normas internas de empresas, como Petrobras, Braskem, Vale (que só podem ser usadas
internamente, pois não podem competir com as normas da ABNT).

2  Norma Internacional - ISO (International Standard Organization)

ISO 1436/2017 - Especifica requisitos para seis tipos de mangueiras reforçadas com trança de
arame e conjunto de mangueiras de tamanho nominal de 5 a 51, e para um dos cinco tipos (tipo
R2ATS), tamanho nominal 63. ISO 3862/2017 - Especifica requisitos para cinco tipos de
mangueiras hidráulicas reforçadas com arame espiral e conjunto de mangueiras de tamanho
nominal de 6,3 a 51. ISO 11237/2010 - Especifica os requisitos para cinco tipos de mangueiras
compactas reforçadas com fios trançados e conjuntos de mangueiras de tamanho nominal de 5 a
31,5.

 Normas Europeias - EN

EN 853 - Esta norma europeia especifica os requisitos para quatro tipos de mangueiras
reforçadas com malha de arame e conjuntos de mangueiras com diâmetro nominal de 5 a 51.
EN 854 - Esta norma europeia especifica os requisitos para três tipos de mangueiras de borracha
reforçada com reforços têxteis e conjuntos de mangueiras com diâmetro nominal de 5 a 100.
EN 855 - Mangueira hidráulica termoplástica, NÃO CONDUTIVA, Antiestática, de alta
pressão de 1 trama de poliéster
EN 856 - Mangueiras com 4 ou 6 espirais Composto de Borracha sintética resistente a óleos
minerais.

EN 857 - Esta norma europeia especifica os requisitos para dois tipos de mangueiras compactas
reforçadas com trama de arame e conjuntos de mangueiras de diâmetro nominal de 6 a 25, tipos
1SC e 2SC.

 Norma Americana - SAE (Society of Automotive Engineers)

SAE 100R1 - Consiste de um único reforço trançado de fio de aço.


SAE 100R2 - Consiste de 2 reforços trançados de fio de aço.
SAE 100R3 - Consiste de duas tramas de fibra.
SAE 100R4 - Consiste de um reforço de uma camada ou mais camadas de fibras têxteis tecidas
ou trançadas com uma espiral de fio de aço.
SAE 100R5 - Consiste de um reforço de trama de fio único e uma capa de fibra trançada.
SAE 100R6 - Consiste de uma camada ou mais camadas de fibra.
SAE 100R7 - Consiste de um tubo interno termoplástico resistente a fluidos hidráulicos com
reforço de fibra sintética.
SAE 100R8 - Consiste de um tubo interno termoplástico resistente a fluidos hidráulicos com
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reforço de fibra sintética.


SAE 100R9 - Consiste de reforço de quatro espirais trançadas. SAE
100R10 - Consiste de reforço de quatro espirais trançadas. SAE
100R11 - Consiste de reforço de quatro espirais trançadas.
SAE 100R12 - Consiste de quatro camadas de espirais de fio de aço envolto em
direções alternadas.
SAE 100R13 - Consiste de várias camadas em espiral de fio de aço pesado envolto em direções
alternadas. Mangueira com pressão constante de 5000 psi.
SAE 100R14 - Consiste em um tubo interno de politetrafluoroetileno (PTFE), reforçado com
2 uma única trança de aço inoxidável 303XX.
SAE 100R15 - Consiste de várias camadas em espiral de fio de aço pesado envolto em
direções alternadas. Mangueira com pressão constante de 6000 psi.
SAE 100R16 - Consiste de reforço de fio de aço de acordo com o design da mangueira (uma ou
duas tramas).
SAE 100R17 - Consiste de reforço de fio de aço de acordo com o desing da mangueira (uma ou
duas tramas). Mangueira com pressão constante de 3000 psi.
SAE 100R18 - Consiste em um tubo interno termoplástico resistente a fluidos hidráulicos com
reforço de fibra sintética. Mangueira com pressão constante de 3000 psi.
SAE 100R19 - Consiste de reforço de fio de aço de acordo com o design da mangueira (uma ou
duas tramas). Mangueira com pressão constante de 4000 psi.

1.6 CONEXÕES PERMANENTES

1.7 CONEXÕES REUSÁVEIS


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1.0 Fabricação

1.1 Seleção das conexões(terminais) para o tipo de mangueira;

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2.2 Comprimento

 Para realizar o corte da mangueira no comprimento final é necessário realizar os descontos


das conexões em relação à medida da mangueira montada.
 Meça a mangueira e marque o comprimento descontando a medida dos terminais e realize
o corte;

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 Selecione o projetil de limpeza e o bico da pistola

 Posicione uma das extremidades da mangueira dentro de um contentor e acione a


pistola. Realize o mesmo processo na outra extremidade;

 Após esse processo a mangueira estará pronta para receber os terminais;

Importe seguir as etapas descritas abaixo;

Passo 1:

Faça a marcação da profundidade de inserção da conexão na mangueira;

Caso não tenha o gabarito de inserção a bordo, é possível identificar através de catalogo o
comprimento de inserção e fazer a marcação.

Não use óleo lubrificante quando instalar o terminal. Existe uma folga adequada para o terminal
montar facilmente na mangueira.

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Empurre o terminal até que esteja alinhado com a marca de profundidade de inserção. Pode ser
possível avançar o terminal um pouco mais longe do que a marca, está certo.

Passo 2:

Para algumas mangueiras será necessário descasque externo e/ou interno.


Veja qual o tamanho necessário do descasque (informações contidas em catálogos de acordo
com cada fabricante);
Faça marcação e então realize o descasque utilizando o equipamento adequado; Após o
descasque realize a conferência do tamanho do descasque;

Abaixo segue exemplo do tipo de mangueira e qual as medidas que será os descasque.

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Passo 3:

Confira a medida final de crimpagem e suas tolerâncias de acordo com a tabela de


prensagem cada fabricante.

Ex: Parker

Essa é uma tabela em relação ao terminal serie 48 porem existe vários tipos de serie que é
selecionada de acordo com a mangueira que será usada.

https://www.parker.com/portal/site/PARKER/menuitem.62418d8588e44a30c2ff4c10237ad1ca/?
vgnextoid=95d60967b4fd4110VgnVCM10000048021dacRCRD&vgnextfmt=default&applicati
on_url=http://divapps.parker.com/divapps/hpd/
crimpsource&vcmId=cf36981ef31a0110VgnVCM10000048021dacRCRD

Passo 4:

De acordo com a medida fornecida, selecione e instale a castanha correta no equipamento


de prensagem.

Passo 5:

Realize a prensagem e verifique com um paquímetro se a medida está de acordo com a


fornecida pelo fabricante.

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Meça o diâmetro de prensagem de cada terminal. Faça medições no mínimo de dois lugares ao
redor da circunferência e centro da capa dos terminais. Lembrando que não é correto medir
pegando nas ranhuras deixadas pela prensagem.
(Consulte a tabela de prensagem para ver as dimensões de crimpagem adequadas para cada
tamanho).
Breve orientação sobre como crimpar em maquina universal

1- Verifique no catalogo o diametro da prensagem e selecione a castanha na dimenção igual ou menor;


2- Insira a castanha na máquina , realize o ajuste no micrômetro para que fique de acordo com a prensagem
desejada;
3- Antes de iniciar a prensagem, feche a máquina até o fim para verificar se o diâmetro está correto;
4- Insira o terminal e prense até o fim.
5- Com o paquímetro, verifique se a medida da prensagem ficou de acordo com catalogo:

Obs: Sempre ajustar o diâmetro de prensagem maior que o solicitado no catalogo, e ir ajustando aos pouco até 17
chegar na medida informada
Passo 6:

Faça conferência do comprimento.


Verifique se o comprimento da mangueira montada está correto.

CERTIFICAÇÃO

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3 Teste hidrostático:
Após a mangueira estar devidamente montada com os terminais pertinentes de acordo com o
fabricante, ela deverá sofrer inspeção visual em todo seu comprimento. Caso for encontrado
algum dano, o mesmo será analisado e em caso de reprovação será descartada a mangueira.

Teste hidrostático em mangueiras hidráulicas:

A pressão do ensaio hidrostático deve ser determinada multiplicando-se a pressão de trabalho da mangueira por um
2 coeficiente de 2x a pressão de trabalho conforme a norma NBR14831 –Rev. 2002; ou conforme catálogo do
fabricante. O teste terá duração de no mínimo 30s e no máximo 60s.

Instalação da mangueira na cuba de teste;

Antes do teste hidrostático, o conjunto de mangueiras montadas deverão ser inspecionados


visualmente e dimensionalmente verificando os seguintes parâmetros: diâmetro externo,
comprimento, tipo conexão (terminal), data de fabricação.

O setor de teste (contêiner, cuba ou câmara de teste) deverá estar seco, limpo, organizado e
devidamente iluminado.

Instale a mangueira a ser testada na “saída de pressão” e deixe uma extremidade


desconectada e livre.

Realização do teste hidrostático;

 Feche a válvula de dreno;


 Ligue a bomba elétrica para preenchimento do fluído (água) na mangueira a ser testada;
 Ao preencher a mangueira por completo, desligue a bomba elétrica e tampone a
extremidade aberta;
 Feche a cuba de teste para iniciar o teste de pressão;
Conecte o cabo do transdutor no notebook e abra o sistema;
Insira as informações da mangueira a ser testada no sistema;
 Click no botão start e inicie o registro gráfico do teste hidrostático;
 Abra a válvula de alimentação pneumática liberando o ar para a válvula reguladora de
pressão;
 Abra gradativamente a válvula reguladora de pressão até o sistema atingir a pressão de
teste;
 Após atingir a pressão de teste, manter estabilizada a pressão de 30 segundos à 1
minuto;
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 Abra a válvula de dreno até a pressão zerar;


 Click no botão stop do sistema para finalizar o registro
gráfico; Crie e salve o certificado;

4 Conferência pós teste;

Abra a cuba de testes e verifique se houve vazamento de água. Ela deverá estar seca. Caso esteja
molhada, identifique o ponto de vazamento, corrija e repita o teste;
2

Possíveis problemas a ser verificado:

a. Conferir a marcação realizada na inserção do terminal.


b. Prensagem insuficiente;
c. Bolhas no corpo;
d. Corte na mangueira:

Após conferência e constatado nenhuma avaria desconecte a mangueira.


Faça a instalação da pistola pneumática na linha de ar;
Selecione o projetil de limpeza e o bico da pistola;
Posicione uma das extremidades da mangueira dentro de um contentor e acione a pistola até que o projetil
saia.Tampone as extremidades;

Identifique a mangueira com etiqueta de rastreabilidade;

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5 POSSÍVEIS ERROS DE CRIMPAGEM

 Mangueiras com descasque excessivo;

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a marca vermelha representa onde deveria ter parado o descasque. O descasque excessivo fará com que a
trama da mangueira fique exposta, é onde irá acontecer oxidação e romperá muito antes de sua vida útil total.

 Mangueiras com descasque insuficiente;

A marca vermelha representa até onde deveria ter acontecido o descasque. Não é r ecom endado que a
m angueira seja utilizada com esse com pr im ento de descasque, pois, a tram a de
aço poder á ser def orm ada de forma err ada quando pr ensada

 Mangueiras com crimpagem excessiva;

A capa da conexão foi prensada excessivamente em relação ao diâmetro de prensagem


especificado.
Possivelmente ocorrerá vazamento entre a conexão e capa, infiltrando por debaixo da cobertura
da mangueira, ocorrendo ruptura de malha ou espiral, ruptura da mangueira na base da capa,
deformação excessiva da espiga.

 Mangueira com crimpagem insuficiente;

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A capa da conexão foi prensada insuficiente em relação ao diâmetro de prensagem


especificado.

O conjunto poderá vazar entre a capa da conexão e a mangueira, ou o terminal irá soltar da mangueira.

 Obtida a profundidade incorreta de inserção do encaixe;

A mangueira não foi inserida totalmente na conexão antes da prensagem da capa. Todos os dentes da
capa da conexão são necessários para fixar a conexão na mangueira, porém o último dente sozinho é
responsável por aproximadamente 25% da capacidade de fixação da conexão na mangueira.

Obs: A norma SAE1273 item 6.4 recomenda que não seja crimpado mangueiras e terminais de diferentes
fabricantes, somente quando houver acordo entre eles.

A figura anterior mostra pinos de fabricantes diferentes e capa de um só fabricante.

Alguns casos com vazamentos, bolhas, mangueira soltando os terminais pode ser em razão
de usar terminal e capa de fabricantes diferentes, podendo ficar excessivamente prensado ou não.

Cada fabricante usa seus métodos para montagem de mangueiras hidráulicas. E todos os testes
realizados por eles são com matérias compatíveis com seus conjuntos.

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O exemplo da imagem acima mostra o espigão diferente, por isso é recomendado usar o mesmo
fabricante sempre.

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