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Jorge Krug

MATEMÁTICA PARA
VESTIBULAR E CONCURSOS –
FÓRMULAS E PROPRIEDADES

1ª edição

Santa Maria – RS
Edição do Autor
2009
Copyright  2009 Edição do Autor
1ª impressão - outubro de 2009

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
ou transmitida, por qualquer meio, seja eletrônico, mecânico ou fotocópia, sem
expressa autorização do autor.

Diagramação, digitação e revisão: Jorge Krug


Ilustrações: DBrasil Design, Carlo Giovani Rossato e ilustrações de domínio público
Capa: DBrasil Design
Impressão: Gráfica Pallotti

K94m Krug, Jorge.


Matemática para vestibular e concursos: fórmulas e
propriedades / Jorge Krug. – Santa Maria, RS: Jorge Krug, 2009.
112 p.; il.

ISBN 978-85-909930-0-1

1. Matemática - concursos. I. Título.


CDU 51

Ficha catalográfica elaborada por Priscila Almeida Cruz CRB – 10/ 1554

Pedidos e correspondência:
matematica@matematica.com.br
Apresentação

Matemática para vestibular e concursos – fórmulas e


propriedades é para você que concluiu o ensino médio e está
estudando para conseguir uma vaga num emprego público ou na
Universidade. Certamente este material será de grande valia, pois
oferece ao interessado uma rápida resposta às suas necessidades de
resolução de problemas matemáticos.

Estamos apresentando as principais fórmulas e propriedades do


ensino fundamental e, principalmente, do ensino médio, com algumas
definições necessárias para a compreensão das mesmas.

A fórmula, seja matemática ou não, representa uma via de


acesso para a construção do pensamento resolutivo e, somente ela,
nada induz quando não inserida e interpretada no contexto do
problema. Por isso, este trabalho não substitui livros que tenham como
objetivo fazer com que o aluno entenda e compreenda as ideias
básicas do ensino da Matemática, que concilie as questões formais
como as questões práticas. No entanto, este material apresenta as
necessidades básicas (principais definições, fórmulas e propriedades)
para ingressar num curso superior ou ainda conseguir uma vaga num
emprego público.
Fórmulas e Propriedades

Sumário
1 - Potenciação 5
2 - Radiciação 6
3 - Produtos notáveis 8
4 - Fatoração 10
5 - Equação do 2º Grau 11
6 - Porcentagem 12
7 - Conjuntos numéricos 14
8 - Funções 16
9 - Tipos de funções 17
10 - Função inversa 19
11 - Domínio de funções reais 20
12 - Função afim 21
13 - Função quadrática 24
14 - Função modular 28
15 - Função exponencial 30
16 - Função logarítmica 32
17 - Logaritmos 33
18 - Progressão aritmética 36
19 - Progressão geométrica 39
20 - Trigonometria 42
21 - Resolução de triângulos 51
22 - Matrizes 53
23 - Determinantes 57
24 - Sistemas lineares 62
25 - Geometria plana 65
26 - Geometria espacial 71
27 - Geometria analítica 78
28 - Fatorial 85
29 - Binômio de Newton 86
30 - Análise combinatória 87
31 - Probabilidade 89
32 - Noções de estatística 93
33 - Números complexos 99
34 - Polinômios 103
35 - Equações polinomiais 105
36 - Anexos 108
Bibliografia 110

4 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

1 - Potenciação

an = a . a . a . a . a .... a

n vezes

Sendo a  R e n  Z, temos:
a base
an = x n expoente
x potência

PROPRIEDADES
P1  a1 = a aR
P2  a0 = 1  a  R* 10= 1
1n = 1,  n  R
1
P3  a–1 =  a  R*
a
expoente par: potência positiva.
P4  an
expoente ímpar: potência com sinal da base.
P5  a . a = am + n
m n

P6  am : an = am – n  a  R*

P7  (am)n = am.n

P8  (a.b)n = an . bn e (a:b)n = an : bn

OBSERVAÇÕES
n
101 = 10 10-1 = 0,1 (am)n  a m Notação Científica
102 = 100 -2
10 = 0,01 2
(a3)2  a 3
103 = 1000 10-3 = 0,001  Distância da Terra ao Sol:
. . a6  a9
150.000.000 km = 1,5 x 108 km
. .
–mn  (–m)n  Massa do átomo do Hidrogênio:
. .
–22  (–2)2 0,00000000000000000000000166 g
10n = 100...0 10-n = 0,00... 1
n zeros n casas decimais –4  4 = 1,66 x 10-24g

Matemática para Vestibular e Concursos 5


Fórmulas e Propriedades

2 - Radiciação

Sendo a  R+, n  N e n  2, temos:

n índice do radical
n
a x a radicando
x raiz

PROPRIEDADES

R1  n
a  x xn = a

O radicando só pode ser negativo se o índice for ímpar, caso contrário, o


número não será real.
4  R 3
4  R

 5
2
R2  n
am  am n OBS.: 3
 3 52

R3  n
a.n b  n a.b

R4  n
a n b  n a/b (b  0)

R5  n m
a  n.m a

A adição e subtração de radicais é realizada quando os radicais


são semelhantes (mesmo índice e mesmo radicando).
a) 8 5  3 5  6 5  5 5
b) 3 2  2  2 3  4 2  2 3  2(2 2  3 )
3 2  5

c) 12  75  22.3  3.52  2 3  5 3  7 3
7 5 2

6 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

RACIONALIZAÇÃO DO DENOMINADOR

Racionalizar uma fração significa eliminar, através de operações algébricas,


o radical ou os radicais do denominador, não alterando o seu valor numérico.
Convém salientar que um quociente não se altera quando multiplicamos os
dois termos (numerador e denominador) da divisão por um mesmo valor, diferente de
zero.
Vamos exemplificar os 3 casos mais utilizados.

2
 1º caso: vamos racionalizar a expressão .
3 2
Vamos multiplicar o numerador e o denominador por 2.
2 2 2 2 2 2 2 2 2
.    
3 2 2 3. 4 3.2 6 3

a
 2º caso: vamos racionalizar a expressão 5
.
a3
5
Vamos multiplicar o numerador e o denominador por a2 .

5
a a2 a.5 a 2 a.5 a 2 5 2
.    a
5 5 5 a
a3 a2 a5

3
 3º caso: vamos racionalizar a expressão .
7  2
Vamos multiplicar o numerador e o denominador por 7  2.

3
.
7  2

3  
7  2

3  7  2   3 7  2 
7  7 
 7   2 72
2 2
2 2 5

Matemática para Vestibular e Concursos 7


Fórmulas e Propriedades

3 - Produtos Notáveis

 Quadrado da soma de 2 termos: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2


Podemos calcular (a + b)2 a partir da área do quadrado de lados a + b.
a b

a2 a2 a2
a ab
= a + ab a +
b ab b2 b ab b2 b

a b a b

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

 Quadrado da diferença de 2 termos: (a – b)2 = a2 – 2ab + b2


Podemos calcular (a – b)2 a partir das áreas dos quadrados de lados a e b.

a a2 b b2

a
Colocando o quadrado de lado b em cima do quadrado de lado a, temos:
a a

a–b (a – b)2
a b(a – b) a–b
a
b b(a – b) b2 b

a–b b
a–b b
Note que a parte (a – b)2 procurada compõe-se das seguintes áreas:
(a – b)2 = a2 – 2b(a – b) – b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + 2b2 – b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
8 Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

 Produto da soma pela diferença de 2 termos:


(a + b)(a – b) = a2 – b2
Podemos calcular (a + b)(a – b) a partir das áreas dos quadrados sobrepostos
de lados a e b. a

a–b
a a2

b2 b

a–b b
Retirando o quadrado de lado b, obtemos uma figura com área a 2 – b2.
a

a2 – b 2 a–b
a

a–b b
A figura pode ser arrumada conforme desenho abaixo:

a2 – b 2 a–b

a b
Logo, a área do retângulo é dada por: (a + b)(a – b) = a2 – b2.

 Cubo da soma de 2 termos:


(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
Veja a decomposição volumétrica:

pt.wikipedia.org

 Cubo da diferença de 2 termos:


(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3
Matemática para Vestibular e Concursos 9
Fórmulas e Propriedades

4 - Fatoração

 Fator comum: ax – bx + cx = x(a – b + c)

 Agrupamento: ax + ay + bx + by = (a + b).(x + y)

 Diferença de 2 quadrados: a2 – b2 = (a + b).(a – b)

 Trinômio quadrado perfeito: a2  2ab + b2 = (a  b)2

 Trinômio do 2º grau: ax2 + bx + c = a(x – x1).(x – x2)


x1 e x2 sendo as raízes.

 Soma de 2 cubos: a3 + b3 = (a + b).(a2 – ab + b2)

 Diferença de 2 cubos: a3 – b3 = (a – b).(a2 + ab + b2)

10 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

5 - Equação do 2º grau

ax2 + bx + c = 0, com a, b e c  R; a  0

 b  b 2  4ac
x Fórmula da Bhaskara
2a

 > 0  2 raízes reais e diferentes.


 = b2  4ac  = 0  2 raízes reais e iguais.
Discriminante da equação do 2º grau  < 0  não existe raiz real.

Chama-se Raiz ou Zero de uma equação, o número que


substituído no lugar da variável, torna a sentença matemática
verdadeira; ou seja, representa a solução da equação.

Soma das Raízes Produto das Raízes

b c
S  P
a a

OBTENÇÃO DA EQUAÇÃO A PARTIR DAS SUAS RAÍZES


x2 – S.x + P = 0
 Construa uma equação do 2o grau, cujas raízes são 2 e 5.
S=2+5=7
P = 2.5 = 10
x2 – 7x + 10 = 0

Matemática para Vestibular e Concursos 11


Fórmulas e Propriedades

6 - Porcentagem

DEFINIÇÃO
Chama-se porcentagem (ou percentagem) à porção de um dado valor, que se
determina sabendo-se o quanto corresponde a cada 100.
Quando dizemos quinze por cento (15%) de um certo valor, queremos dizer
que em cada 100 partes desse valor tomamos 15 partes.
Exemplos:
a) 3% = 3/100 = 0,03 d) 108% = 108/100 = 1,08
b) 15% = 15/100 = 0,15 e) 172% = 172/100 = 1,72
c) 100% = 100/100 = 1 f) 225% = 225/100 = 2,25

CÁLCULO DE PORCENTAGENS
Podemos calcular i % de um valor V fazendo:

i % de V = (i/100).V

Exemplo: Um produto custa R$ 120,00. É dado um desconto de 15%. Qual o


valor deste desconto?
(15/100).120 = 0,15.120 = R$ 18,00

CÁLCULO DE VALORES COM ACRÉSCIMOS


Para calcular um valor final V a partir de um valor inicial V o com um
acréscimo (aumento, ágio) de i %, basta fazermos:
V = Vo(1 + i/100)

Exemplo: Um produto custa R$ 150,00. A prazo tem um acréscimo de 8%.


Qual o valor do produto a prazo?
V = 150(1 + 0,08) = 150.1,08 = R$ 162,00

CÁLCULO DE VALORES COM DECRÉSCIMOS


Para calcular um valor final V a partir de um valor inicial V o com um
decréscimo (desconto, deságio) de i %, basta fazermos:
V = Vo(1 – i/100)

Exemplo: Um produto custa R$ 150,00. À vista tem um desconto de 8%.


Qual o valor do produto à vista?
V = 150(1 – 0,08) = 150.0,92 = R$ 138,00

12 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

CÁLCULO DE VALORES COM ACRÉSCIMOS E DECRÉSCIMOS


Para calcular um valor final V a partir de um valor inicial V o com um
acréscimo e um descréscimo, sucessivos, de i %, basta fazermos:

V = Vo(1 + i/100) (1 - i/100)

Exemplo: Um produto custa R$ 150,00 e sofre um aumento de 20% seguido


de um desconto de 15%. Qual o valor final deste produto?
V = 150(1 + 0,20).(1 – 0,15) = 150.1,20.0,85 = R$ 153,00

JURO COMPOSTO

Os juros são integrados ao capital a cada cálculo. Se você emprestou certa


quantia a um amigo a uma taxa de 5% ao mês, no mês seguinte os 5% serão cobrados
sobre o total do mês anterior (capital + juros), e assim continua aumentando, mês a
mês. Esta operação também é conhecida como juros sobre juros, juros compostos ou
juros capitalizados.

V = Vo(1 + i/100)t

V  valor ou montante final = (capital + juros)


V0  valor ou montante inicial (capital inicial)
i  taxa % por período de tempo
t  número de períodos de tempo

Exemplo: Pedro comprou uma motocicleta por R$ 10.000,00 financiada por


um banco com taxa de juros de 2,5% ao mês, em 36 meses. Logo no primeiro mês,
Pedro perde o emprego e não consegue pagar nenhuma prestação. Qual será o valor
do montante (tudo o que ele deve) ao final dos 36 meses?
V  montante
V0  valor inicial = R$ 10.000,00
i  taxa de juros = 2,5 % a.m.
t  tempo = 36 meses
V = Vo(1 + i/100)t  V = 10000(1 + 0,025)36  V = 10000(1,025)36
V = 10000.2,43  V = R$ 24.300,00

Matemática para Vestibular e Concursos 13


Fórmulas e Propriedades

7 - Conjuntos Numéricos

NÚMEROS NATURAIS - N
Para escrevermos um número usamos o sistema de numeração
decimal. Esse sistema utiliza dez símbolos (algarismos): 0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8 e 9. Dependendo das posições que ocupam, esses símbolos
têm um valor.
Exemplos: a) 437 = 400 + 30 + 7
N = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
b) 374 = 300 + 70 + 4
N*= {1, 2, 3, 4, ...}
c) xyz = 100.x + 10.y + 1.z

NÚMEROS INTEIROS - Z
É a reunião do conjunto dos números naturais {0, 1, 2, ...} e o conjunto dos
opostos dos números naturais {0, –1, –2, ...}. O símbolo Z vem do alemão Zahlen,
que significa número.

Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}

Z* = {... , –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...}  Inteiros não nulos.


Z- = {..., –3, –2, –1, 0}  Inteiros não positivos.
Z+= {0, 1, 2, 3, 4, ...}  Inteiros não negativos.
Z * = {... , –3, –2, –1}  Inteiros estritamente negativos.
Z * = {1, 2, 3, ...}  Inteiros estritamente positivos.

NÚMEROS RACIONAIS - Q
Os números que podem ser escritos como o quociente
(divisão) de dois números inteiros formam o conjunto dos números
racionais.
a
Representação: Q= / a  Z e b  Z*
b
Todo número racional tem uma representação decimal exata ou infinita e periódica.

Exemplos: 4 8 3 1
a) 4 =  = ... c) 0,333... =  = 3-1
1 2 9 3
25 1 18 2
b) 0,25 =  = 2-2 d) 0,181818... = 
100 4 99 11

14 c) -3,5 = -35/10 = -7/2 f) 3,999 = 3999/1000


Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

NÚMEROS IRRACIONAIS - I
São números que não podem serem obtidos pela divisão de dois números
inteiros.

Todo número irracional tem uma representação decimal infinita e não periódica.

Exemplos: a) 2 = 1,4142135...  1,4 d) 3 = 1,732051...  1,7


b) 6 = 2,449489..  2,4 e)  = 3,1415926...  3,14
c) e = 2,7182818...  2,7 f) 4 6 = 1,565084...  1,5

NÚMEROS REAIS - R

Denominamos número real a todo número racional


(Q) ou irracional (I), isto é:

R=QI

Q –0,47 I
–1
0,333...  2
Z
N 0
2
1 –2 1 e
–3
2
3
2,93

N Z  Q  R
I  R
I= R– Q

Matemática para Vestibular e Concursos 15


Fórmulas e Propriedades

8 - Funções

DEFINIÇÃO

Função ou aplicação de A em B, considerando A e B dois conjuntos, é


qualquer relação entre tais conjuntos onde para todo x do domínio A, existe um
único y do contradomínio B tal y = f(x).

f :A B
x y = f(x) x y

A B

 O conjunto A é denominado domínio da função, sendo


indicado por D(f). O domínio da função, também chamado
de campo de existência ou de campo de definição da
função, serve para definir em que conjunto estamos
trabalhando, isto é, os valores possíveis para x.

D(f) = {1, 2, 3, 4} 1 0
1
2 4
6
 O valor de y, correspondente a um determinado valor 3
8
de x, é denominado imagem de x da função, ou ainda, o 4 9
valor da função f em x, sendo indicado por Im(f).
A B
Im(f) = {1, 4, 6, 8}

 Todos os valores do conjunto de chegada (conjunto B)


é o que denominamos contradomínio de f, sendo indicado
CD(f).

CD(f) = {0, 1, 4, 6, 8, 9}

16 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

9 - Tipos de Funções

FUNÇÃO SOBREJETORA
Uma função é sobrejetora quando todo elemento do conjunto de chegada é
imagem de pelo menos um elemento x do conjunto de partida, ou seja, recebe pelo
menos uma flecha.
R R+
y

A B
x
Im(f) = B

Diagrama de Venn: os elementos do conjunto de chegada


recebem pelo menos uma flecha.
Gráfico cartesiano: retas horizontais interceptam o gráfico
em pelo menos um ponto

FUNÇÃO INJETORA
Uma função é dita injetora se a dois elementos distintos do conjunto de
partida correspondem sempre duas imagens distintas do conjunto de chegada.
R+ R
y

x
A B
Im(f)  B

Diagrama de Venn: os elementos do conjunto de chegada


recebem no máximo uma flecha.
Gráfico cartesiano: retas horizontais interceptam o gráfico
no máximo em um ponto.

Matemática para Vestibular e Concursos 17


Fórmulas e Propriedades

FUNÇÃO BIJETORA
Uma função f de A em B (f: A  B) é bijetora se, e somente se, f é
sobrejetora e injetora.
R+ R+
y

x
A B
Im(f) = B

Diagrama de Venn: os elementos do conjunto de chegada


recebem sempre uma flecha.
Gráfico cartesiano: retas horizontais interceptam o gráfico
sempre em um ponto.

FUNÇÃO QUALQUER
Uma função é denominada qualquer quando não é sobrejetora nem injetora
(e consequentemente não é bijetora).

R R
y

x
A B
Im(f)  B

18 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

10 - Função Inversa

Para obtermos a função inversa de uma função bijetora


definida através de uma lei de correspondência, procedemos da
seguinte maneira:
 Isolamos o valor de x na sentença aberta dada.
 Trocamos x por y e y por x.

Exemplo: Determinar a inversa da função real f(x) = 2x + 3.

Regra prática Exemplo

Substituir f(x) por y y = 2x + 3


y3
“Isolar“ x y = 2x + 3  2x = y – 3  x 
2
Trocar x por y e y x3
y
por x 2
x3
Substituir y por f -1(x) f 1 (x) 
2

 f é inversível  f é bijetora. f y=x


 D(f) = Im(f -1) y
Im(f) = D(f -1)
f -1
(f -1)-1 = f (0, 1)

 Os gráficos f e f -1 são simétricos


0 (1, 0) x
em relação à bissetriz dos
quadrantes ímpares (1o e 3o) cuja
equação é y = x.

Matemática para Vestibular e Concursos 19


Fórmulas e Propriedades

11 - Domínio de Funções Reais

FRAÇÃO
O denominador deve ser diferente de zero.
1
f (x)  x+20  x  –2 D = R – {–2}
x2

RADICAL DE ÍNDICE PAR


O radicando deve ser maior ou igual a zero.

f ( x)  x  3 x–30  x  3 D = [3, + [

RADICAL DE ÍNDICE PAR NO DENOMINADOR


O radicando deve ser apenas maior que zero.
1
f ( x)  x–2>0  x >2 D = ]2, + [
x2

Importante: Graficamente, o domínio é a projeção ortogonal dos pontos da


curvas sobre o eixo das abscissas (eixo OX) e a imagem sobre o eixo das
ordenadas (eixo OY).

2  

D = [–1, 3[
1
 Im = ]–2, 2]
2 3 x

2

20 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

12 - Função Afim

INTRODUÇÃO
Uma família resolve realizar uma viagem de férias ao litoral
gaúcho. Para isso, separa os valores referentes ao combustível e ao
pedágio, o que representa R$ 250,00. A hospedagem, com diária
completa (café da manhã, almoço e jantar), sai por R$ 180,00 para a
família. Quanto custará essas férias?
Nessa situação, temos um gasto fixo correspondente ao combustível e ao
pedágio, que independente da quantidade de dias que a família ficará hospedado. E
temos um valor variável, correspondente ao número de diárias. Assim, o gasto do
casal será composto dessas duas parcelas:
Custo das férias = (valor do combustível + valor do pedágio) + valor referente às diárias
A lei matemática que descreve o custo dessas férias é: C(x) = 250 + 180.x,
onde C(x) é custo das férias em função de x dias hospedados. Essa função é um caso
particular da função afim que estudaremos a seguir.

DEFINIÇÃO
Uma função de R em R recebe o nome de função afim ou função polinomial
de 1º grau quando x  R estiver associado o elemento ax + b com a  0.

f(x) = ax + b Gráfico: reta

SIGNIFICADO DOS COEFICIENTES


 Coeficiente “a”
O coeficiente “a” é denominado coeficiente angular ou declividade da
reta representada no plano cartesiano.
“Se “a” for positivo, a função afim é crescente”.
“Se “a” for negativo, a função afim é decrescente”.

 Coeficiente “b”
O coeficiente “b” é denominado coeficiente linear.
Este coeficiente é a ordenada do ponto onde a reta corte o eixo y.
y y=x+1
coef. linear
1 (0, 1)

0 x

Matemática para Vestibular e Concursos 21


Fórmulas e Propriedades

Exemplos:

y a > 0  função crescente y


a < 0  função decrescente
raiz
raiz
y >0
y> 0
0
y <0 b x x
 0 b y <0
a 
a

Função linear  b = 0 Função identidade  a = 1 e b = 0


A reta passa pela origem. A reta é a bissetriz do 1º e 3º quadrantes.

y y
y = 2x
2 y=x

0 1 x
0 1 x

Função constante  a = 0
A reta é paralela ao eixo x passando pelo ponto (0, b).

y=3
3 OBS.: O eixo x (eixo das abscissas) tem por lei y = 0.

0 x

INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
 Inequações-produto:

Resolver a inequação (3x – 2)(x + 1)(3 – x) < 0 em R.


Resolução:
Temos: f(x) = 3x – 2, g(x) = x + 1 e h(x) = 3 – x
As raízes de f(x), g(x) e h(x):
f(x)  3x – 2 = 0  3x = 2  x = 2/3  raiz ou zero de f(x).
g(x)  x + 1 = 0  x = 1  raiz ou zero de g(x).
h(x)  3 – x = 0  x = 3  raiz ou zero de h(x).

22 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

Com o objetivo de evitar cálculos algébricos, vamos estudar o sinal das


funções na reta real, observando que à direita da raiz temos o mesmo sinal do
coeficiente angular. Logo após, temos o sinal do produto f(x).g(x).h(x).
2/3 f(x)
  +++++++++++
1
g(x)
  ++++++++++++++++
3 h(x)
++++++++++++++++++  
f(x).g(x).h(x) < 0
++++++   ++++++  

S= ]–1, 2/3[  ]3, +[ ou S= {x  R/ –1 < x < 2/3 ou x > 3}

 Inequações-quociente:
3x  4
Resolver a inequação  2 em R.
1 x
Resolução:
3x  4 3x  4
2   2 0
1 x 1 x
3x  4  2(1  x) 5x  2
0  0
1 x 1 x
Temos: f(x) = 5x + 2 e g(x) = 1  x
As raízes de f(x) e g(x):
f(x)  5x + 2 = 0  5x = 2  x = 2/5  raiz ou zero de f(x).
g(x)  1 – x = 0  x = 1  raiz ou zero de g(x).

Cuidado:
O denominador da fração deve ser diferente de zero, ou seja:
1–x0  x1
2/5
f(x)
  ++++++++++++++++
1 g(x)
++++++++++++++++++  
f (x)
0
  +++++++++++   g(x )

S = ] –, –2/5]  ]1, + [ ou S = {x  R/ x  –2/5 ou x > 1}

Matemática para Vestibular e Concursos 23


Fórmulas e Propriedades

13 - Função Quadrática

INTRODUÇÃO

É possível determinarmos a profundidade do


local em que uma onda se encontra, quando está próxima
da praia, se conhecermos sua velocidade.
A variação da profundidade p (em metros) do
local onde a onda está quando tem a velocidade v (em
m/s) pode ser modelada por uma função dada pela
v2
sentença p(v)  . Esta lei de formação é um exemplo
10
de função polinomial do 2º grau.
Uma quantidade apreciável de fenômenos podem ser modelados através de
funções polinomiais do 2o grau.

DEFINIÇÃO
Uma função de R em R recebe o nome de função quadrática ou função
polinomial de 2º grau quando x  R estiver associado o elemento ax2 + bx + c com
a  0.
f(x) = ax2 + bx + c Gráfico: parábola

COEFICIENTE “a”

a > 0 a < 0
Concavidade para cima Concavidade para baixo

y y

 Vértice

Eixo de simetria Eixo de simetria

0 x 0 x
 Vértice

24 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

COEFICIENTE “b”
O sinal do coeficiente b (+ ou ) depende do ramo da parábola que corta o
eixo y. Se estiver “subindo” b é positivo; se “descer”, b é negativo. No entanto, se o
vértice pertencer ao eixo y, b é nulo.
Intercepta o eixo
Intercepta o eixo y na “subida”
y na “descida”
Vértice

b<0 b>0 b=0

COEFICIENTE “c”
O termo independente da função y = ax2 + bx + c y y = x2 – 4x + 3
representa a ordenada do ponto onde a parábola corta o
eixo y.
A parábola intercepta o eixo y no ponto (0, c). 3

0 x

RAÍZES OU ZEROS
São as abscissas dos pontos onde a parábola corta o eixo das abscissas.
A fórmula abaixo fornece as raízes da função quadrática .

 b  b 2  4ac  = b2  4ac
x
2a
Discriminante da equação do 2º grau

y
>0 y =0 y <0

x x
0 x1 x2 0 x1= x2 0
x

2 raízes reais e diferentes 2 raízes reais e iguais não existe raízes reais

Matemática para Vestibular e Concursos 25


Fórmulas e Propriedades

VÉRTICE DA PARABÓLA

y b
xV    Abscissa do vértice
2a
b


2a


 x yV    Ordenada do vértice
4a  4a
V

IMAGEM DA FUNÇÃO QUADRÁTICA

y
a > 0  possui valor mínimo

   yV  valor mínimo
Im   y  / y    (xV, yv)  ponto de mínimo
yv V  4a 

0 xV x

y a < 0  possui valor máximo


yv V

   yV  valor máximo
Im   y  / y    (xV, yv)  ponto de máximo
 4 a
0 xV x

SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


Consideremos a função quadrática f(x) = ax2 + bx + c. Para saber os sinais
de f(x), devemos começar pelo cálculo do discriminante ( > 0,  = 0 e  < 0), pela
determinação das raízes x1 e x2 (se existirem) e análise do coeficiente “a”.
a>0 e >0 a>0 e =0 a>0 e <0

+ +
x1  x2
+ + + + +
x1 = x2
a<0 e >0 a<0 e =0 a<0 e <0
+ x2
x1 = x2
  
x1
 
 

26 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

INEQUAÇÕES DO 2º GRAU

Consideremos a função f(x) = ax2 + bx + c, onde a  0 e a, b e c são


números reais. A inequação do 2o grau é toda a desigualdade tal que: f(x) > 0,
f(x) < 0, f(x)  0 ou f(x)  0.

 Resolver a inequação x2 – 4x + 3 > 0 em R.


Resolução:
Para resolver esta inequação devemos fazer o estudo do sinal da função e
determinar os valores de x para que a função seja positiva, igualando a função a zero
(x2 – 4x + 3 = 0).
As raízes são 1 e 3 e, como a = 1, a concavidade da parábola está voltada
para cima. Estudando o sinal, temos:

Na inequação x2 – 4x + 3 > 0, queremos os


valores de x para que a função seja positiva; portanto a
solução são os intervalos em que aparece esse sinal.
+ + S = {x  R/ x < 1 ou x > 3} ou
1  3
S = ]–, 1]  [3, +[

 Resolver a inequação 3x2 – x + 1  0 em R.


Resolução:
Estudo do sinal: 3x2 – x + 1 = 0.
 = b2 – 4ac = (–1)2 – 4.3.1 = 1 – 12 = 11   < 0

A função não possui raízes reais e, como a = 3,


a concavidade da parábola está voltada para cima. Os
sinais são como aparecem no gráfico à esquerda.
Para qualquer x  R a função é sempre positiva.
A inequação a ser resolvida é 3x2 – x + 1  0. Ou seja,
+ + queremos determinar os valores de x para que a função
+ seja menor ou igual a zero. Como a função é sempre
positiva, não há solução para essa inequação. Logo:

S= ou S={ }

Matemática para Vestibular e Concursos 27


Fórmulas e Propriedades

14 - Função Modular

DEFINIÇÃO

Uma função de R em R recebe o nome de função módulo ou modular


quando a cada x  R estiver associado o elemento x .

 x se x  0
f(x) = │x│, ou seja, f(x) = 
  x se x  0

GRÁFICOS

f(x) = │x│ f(x) = │x2 – 4│

y y

0 x –2 0 2 x

EQUAÇÕES MODULARES
Se x  R e k > 0, vale a seguinte propriedade:
x  k

x  k   ou
x   k

Exemplos:
1°) x  9  3
 x  9  3  x  12

x9 3   ou S = {6, 12}
x  9   3  x  6

28 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

2
2º) 4 x  11 x  3  0

Vamos fazer x  y , com y  0. Logo:


4y2 + 11y – 3 = 0
1
As raízes são: y1 = e y2 = –3.
4
O valor –3 não serve, pois y  0.
1 1
1 1 1 S , 
x   x ou x   4 4
4 4 4

INEQUAÇÕES MODULARES
Vamos usar a seguinte propriedade do módulo de números reais, para k > 0:

│x│ < k ↔ –k < x < k


│x│ > k ↔ x < – k ou x > k

Exemplos:
1°) 2x  1  5
2x  1  5   5  2x  1  5  –5 + 1 < 2x < 5 + 1
–4 < 2x < 6  –2 < x < 3

S = {x  R/–2 < x < 3}

2°) 2x  1  5
2x  1   5  2x   4  x   2

2x  1  5   ou
2x  1  5  2x  6  x  3

S = {x  R/x < –2 ou x > 3}

Matemática para Vestibular e Concursos 29


Fórmulas e Propriedades

15 - Função Exponencial

INTRODUÇÃO
A função exponencial é utilizada para calcular a
desintegração das substâncias radioativas através da equação
y = yoe–kt em que y0 é a quantidade inicial, correspondente
ao momento t = 0.
Uma quantidade apreciável de fenômenos podem ser
modelados através de funções exponenciais.

DEFINIÇÃO
Uma função de R em R recebe o nome de função exponencial quando
x  R estiver associado o elemento ax, com a > 0 e a  1.

f(x) = ax 1 a > 0

GRÁFICO

y
y
y= ax y= ax

(0, 1)
 (0, 1)
x x

a > 1  é crescente 0<a<1  é decrescente

 O gráfico contém o ponto (0, 1).


 A função exponencial é injetora.
 D(f) = R
 Im(f) = R *

30 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades


EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

 Redução à mesma base


2x = 16  2x = 24  x = 4 S = {2}

 Uso de variável auxiliar


4x + 1 – 9.2x + 2 = 0  4.4x – 9.2x + 2 = 0  4.(2x)2 – 9.2x + 2 = 0
Fazendo 2x = y, temos:
1
4y2 – 9y + 2 = 0  y = 2 ou y =
4
2x  2  x  1

Mas 2x = y , então:  1 S = {–2, 1}
2
2   2  2  x   2
x x
 4

 Não redutível à mesma base (uso de logaritmos)


log 5 S = {log35}
3x = 5  log 3x = log 5  x.log 3 = log 5  x   log 3 5
log 3

INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Para resolvê-las devemos nos lembrar que a função exponencial y = ax é
crescente para a > 1 e decrescente para 0 < a < 1, ou seja:
ax < ax  x1 < x2  para a > 1
1 2

ax < ax  x1 > x2  para 0 < a < 1


1 2

Exemplos:
1°) 3x – 7 < 81
3x – 7 < 81  3x – 7 < 34  x–7<4  x < 11
S = {x  R/x < 11}

x 3
1 1
2°)   
5 5
x 3 1
1 1
     x+31  x  –2
5 5

S = {x  R/x  –2}

Matemática para Vestibular e Concursos 31


Fórmulas e Propriedades

16 - Função Logarítmica

DEFINIÇÃO
Uma função de R em R recebe o nome de função logarítmica de base a
quando x  R+ estiver associado o elemento logax, com a > 0 e a  1.

f(x) = logax 1a>0


x>0

GRÁFICO

y y = logax y y = logax

(1, 0)
 
 0 (1, 0) x 0 x

a > 1  é crescente 0 < a < 1  é decrescente

 O gráfico contém o ponto (1, 0).


 A função logarítmica é inversa da função exponencial.
 A função logarítmica é injetora.
 D(f) = R *
 Im(f) = R

y y
f(x) = 2x bissetriz
bissetriz
x
1
f (x)   
f -1= log2x 2
(0, 1)
(0, 1)

(1, 0) x 0 (1, 0) x

f -1 = log1/2x

32 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

17 - Logaritmos

INTRODUÇÃO
O pH refere-se a uma medida que indica se uma
solução líquida é ácida (pH < 7), neutra (pH = 7), ou
básica/alcalina (pH > 7). O "p" vem do lingua alemã potenz,
que significa poder de concentração, e o "H" é para o íon de
hidrogênio (H+). Este pH em mols por litro de solução é dado
pela expressão logarítmica pH= –log[H+].

DEFINIÇÃO
Dados a e N números reais e positivos, com a  1, chama-se logaritmo de a
na base N, o expoente que se deve dar à base a de modo que a potência obtida seja
igual a N.
logaN = x  ax = N

Condição de Existência N>0


a>0 e a1

PROPRIEDADES

P6  logamn = n.logam
P1 
loga1 = 0
log a m
P2 
logaa = 1 P7  loga n m 
P3 
logaan = n n
P4 
loga(m.n) = logam + logan P8  logab =
1
m log b a
P5  log a    log a m  log a n
n P9  alogan = n

O logaritmo de uma soma ou de uma diferença não pode ser desenvolvido.


log (x + y)  log x + log y
log (x – 5)  log x – log 5

Matemática para Vestibular e Concursos 33


Fórmulas e Propriedades

MUDANÇA DE BASE
Em certas situações em que os logaritmos estão em bases diferentes. Nesses
casos, é necessário serem convertidos para uma base comum conveniente.
Se a, b e N são números reais e positivos e a e b diferentes de 1, então tem-se:

log a N
log b N 
log a b

Através de uma mudança de base, podemos ter:

m
log bn am  .log b a
n

COLOGARITMO
O cologaritmo de um número N (N > 0) numa base a (a > 0 e a  1) é o
oposto do logaritmo do número N na base a. Também podemos dizer que é o
logaritmo do inverso de N na base a.
1
cologa N   l oga N ou co log a N  l og a  
N

1
Observe que:  log a N  l og a  
N

LOGARITMOS NEPERIANOS
Os logaritmos neperianos (ou naturais) possuem a base e.

logeN = ln N, onde e  2, 7

Para lembrar: ln 1 = 0; ln e = 1; ln ex = x

INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
Para resolvê-las devemos nos lembrar que a função logarítmica y = logax é
crescente para a > 1 e decrescente para 0 < a < 1, ou seja:
loga f(x) < loga g(x)  f(x) < g(x)  para a > 1
loga f(x) < loga g(x)  f(x) > g(x)  para 0 < a < 1

34 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

Exemplos:
1º) log5(x + 2) > log512
 condição de existência: x + 2 > 0  x > –2 (I)
 como a função é crescente (base a = 5 > 1), mantém-se o sentido da
desigualdade;
 log5(x + 2) > log512  x + 2 > 12  x > 10 (II)
 as condições (I) e (II) devem ser satisfeitas simultaneamente, ou seja,
(I)  (II):

2
(I)
10
(II)

(I)  (II)

S = ]10, + [ ou S = {x  R/ x > 10}

2º) log1/3(x2 – 4x) > log1/35


 condição de existência: x2 – 4x > 0  x < 0 ou x > 4 (I)
 como a função é decrescente (base a = 1/3), troca-se o sentido da
desigualdade;
 log1/3(x2 – 4x) > log1/35  x2 – 4x < 5  x2 – 4x – 5 < 0. Resolvendo
esta inequação do 2º grau, temos: –1 < x < 5 (II)
 as condições (I) e (II) devem ser satisfeitas simultaneamente, ou seja,
(I)  (II):

0 4
(I)
1 5
(II)

(I)  (II)
–1 0 4 5

S = ]–1, 0[  ]4, 5[ ou S = {x  R/–1 < x < 0 ou 4 < x < 5}

Matemática para Vestibular e Concursos 35


Fórmulas e Propriedades

18 - Progressão Aritmética

DEFINIÇÃO
Progressão Aritmética (P. A.) é toda sequência em que cada termo, a partir do
segundo, é igual ao anterior mais um certo número constante, denominado razão (r).

Notação a1, a2, a3, ... , an-1, an, ...

a1  1º termo Exemplos:
a3  3° termo a) (2, 4, 6, 8, ... )  a1 = 2; r = 2
an  n-ésimo termo ou termo geral b) (2, 5, 8, 11, 14)  a1 = 2; r = 3; n = 5; a5 = 14
n  nº de termos c) (7, 2, 3, 8, ... )  a1 = 7; r = –5
r  razão

FÓRMULA DO TERMO GERAL


Em uma PA (a1, a2, a3, ... , an-1, an, ...) de razão r, podemos escrever qualquer
termo em função do primeiro termo.

an = a1 + (n – 1).r

CLASSIFICAÇÃO
 P.A. Crescente: razão é positiva (r > 0).
(1, 3, 5, 7, ...)  r = 2 > 0

 P.A. Decrescente: razão é negativa (r < 0).


(5, 4, 3, 2, ...)  r = –1 < 0

 P.A. Constante: razão é nula (r = 0).


(4, 4, 4, ...)  r = 0

REPRESENTAÇÃO
Dada a P.A. (a, b, c) de razão r, podemos escrever em função do termo
médio b.
b – r, b, b + r

36 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

PROPRIEDADES
P1  A soma de dois termos equidistante dos extremos de uma P.A. finita é
igual a soma dos extremos.

1 3 5 7 9 11
5 + 7 = 12
3 + 9 = 12
1 + 11 = 12

P2  Qualquer termo de uma P.A., excluídos os extremos, é a média


aritmética entre o seu antecedente e o seu consequente.

1 4 7 10 13 16

1 7 7  13 10  16
4= 10 = 13 =
2 2 2

P3  Numa P.A. de número ímpar de termos, o termo médio é a média


aritmética dos extremos ou dos termos equidistantes dos extremos.

3 7 11 15 19

7  15 3  19
11 = 11 =
2 2

SOMA DOS TERMOS


A soma dos termos de uma P.A. limitada é obtida multiplicando-se a média
aritmética dos extremos pelo número de termos.

 a1  an 
Sn =  .n
 2 

Matemática para Vestibular e Concursos 37


Fórmulas e Propriedades

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA P.A.

A fórmula do termo geral an = a1 + (n – 1).r é equivalente à an = ao + n.r,


em que os termos iniciam por ao. Logo, podemos associar esta relação como sendo
uma função afim (polinomial do 1º grau) restrita a números naturais (domínio = N)
do tipo a(x) = ao + rx.
O gráfico dessa função é formado por uma sequência de pontos alinhados no
plano, conforme gráfico

an
an = ao + nr
a3 
a2 
a1 
ao

0 1 2 3 n

Observação:
Para determinar uma reta bastam dois pontos. Logo, podemos concluir que,
se conhecermos dois elementos de uma P.A., podemos conhecer toda a sequência.

38 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

19 - Progressão Geométrica

DEFINIÇÃO
Progressão Geométrica (P.G.) é toda sequência em que cada termo
a partir do segundo, é igual ao anterior vezes um certo número constante,
denominado razão (q).
Notação: a1, a2, a3, ... , an-1, an, ...

a1  1º termo Exemplos:
a3  3° termo a) (2, 4, 8, 16, ... )  a1 = 2; q = 2
an  n-ésimo termo ou termo geral b) (18, 6, 2, 2/3, ...)  a1 = –18; q = 1/3
n  nº de termos c) (1, 1/2, 1/4, 1/8, ... )  a1 = 1; q = 1/2
q  razão

FÓRMULA DO TERMO GERAL


Em uma PG (a1, a2, a3, ... , an-1, an, ...) de razão q, podemos escrever qualquer
termo em função do primeiro termo.

an = a1 . qn 1

CLASSIFICAÇÃO
 P.G. Crescente: a1 > 0 e q > 1 ou a1 < 0 e 0 < q < 1
1º) a1 = 1 e q = 2  (1, 2, 4, 8, ...)
2º) a1 = 18 e q = 1/3  (18, 6, 2, 2/3, ...)

 P.G. Decrescente: a1 > 0 e 0 < q < 1 ou a1 < 0 e q > 1


1º) a1 = 10 e q = 1/2  (10, 5, 5/2, 5/4, ...)
2º) a1 = 2 e q = 5  (2, 10, 50, ...)

 P.G. Constante: q = 1
q = 1  (2, 2, 2, 2, .... )

 P.G. Oscilante ou Alternante: q < 0


q = –2 < 0  (5, –10, 20, –40, ... )

Matemática para Vestibular e Concursos 39


Fórmulas e Propriedades

PROPRIEDADES
P1  O produto de dois termos equidistantes dos extremos de uma PG finita é
igual ao produto dos extremos.
1 3 9 27 81 243

1.243 = 1.81 = 9.27

P2  Qualquer termo de uma PG, excluídos os extremos, é a média


geométrica entre o seu antecedente e o seu consequente .
2 4 8 16 32 64
4 = 2.8 8 = 4.16 32 = 16.64

P3  Numa PG de números ímpar de termos, o termo médio é a média


geométrica dos extremos ou dos termos equidistantes dos extremos.

3 6 12 24 48

12 = 3.48 12 = 6.24

REPRESENTAÇÃO
Dada a P.G. (a, b, c) de razão q, podemos escrever em função do termo
médio b.
b 
 , b, b.q 
q 

PRODUTO DOS TERMOS


A fórmula a seguir permite calcular o produto P n dos n termos iniciais de
uma progressão geométrica.
 n ( n  1) 
n  2 
Pn  a1 . q

40 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

SOMA DOS TERMOS


A soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica de razão
q  1 é dada pelas seguintes relações:

a1  an .q ou S  a1  1  q 
n
 Finita: Sn 
1q n
1q

a1
 Infinita e decrescente: Sn 
1q

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA P.G.

A fórmula do termo geral an = a1 . qn 1 é equivalente à an = ao . qn , em que


os termos iniciam por ao. Logo, podemos associar esta relação como sendo uma
função exponencial restrita a números naturais (domínio = N) do tipo a(x) = ao .qx.
O gráfico dessa função é formado por uma sequência de pontos pertencentes
ao gráfico de uma função exponencial.

an an = ao . qn

a2

a1
ao

0 1 2 3 n

Matemática para Vestibular e Concursos 41


Fórmulas e Propriedades

20 - Trigonometria

INTRODUÇÃO
O principal músculo da respiração é o diafragma,
situado na base do pulmão: quando inspiramos o diafragma
é estendido e quando expiramos ele sobe. A respiração,
sempre que possível deve ser nasal, pois assim o ar é
filtrado e aquecido pelas narinas.
A nossa respiração é um fenômeno cíclico, com períodos alternados de
inspiração e expiração. Em um determinado adulto, a velocidade do fluxo de ar nos
pulmões em função do tempo, em segundos, decorrido a partir do início de uma
 2 
inspiração é dada pela função trigonométrica v( t )  0,5 sen t .
 5 

ARCOS E ÂNGULOS
Todo ângulo central, como o A Ô B do desenho
ao lado, "enxerga" um arco AB da circunferência. A Q
relação entre eles é direta: não existe um sem o outro. B
Desse modo, a medida em graus do ângulo central tem
sempre um valor correspondente à medida do arco 
0
É importante não confundir a medida angular de
um arco com a medida do comprimento desse arco. A A
medida de um arco é a medida do ângulo central que o P
subtende, independente do raio da circunferência que
contém o arco. Usa-se geralmente como unidade o grau e
o radiano.
O comprimento do arco é a medida linear do arco. Usa-se geralmente como
unidades o metro e o centímetro.
Veja no desenho, que os arcos AB e PQ, têm mesma medida , mas não têm
o mesmo comprimento.

UNIDADES DE MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

 Grau: o grau é uma unidade de medida de


arcos e ângulos. A medida de 1 grau (1º) corresponde a
1
1/360 do arco de uma volta. Portanto, o arco de uma volta
mede 360º.
1° = 60’ 1’ = 60’’ 1° = 3600’’

42 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

 Radiano: um arco de um B
radiano (1 rad) corresponde a um 
arco de
arco cujo comprimento retificado tem R comprimento R
1 rad
a mesma medida do raio da
circunferência. A
R

OBSERVAÇÃO: Quando um arco de comprimento B


S estiver contido numa circunferência de raio R, sua S
medida, em radianos, será: 
S A
α R
R

 Comparação entre grau e radiano: para converter medidas de arcos de


radianos para graus ou vice-versa, usamos a relação abaixo.

30º = /6 rad


  45º = /4 rad
 60º = /3 rad
180  rad 1 rad  57,3°
1°  0,017 rad

CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA

+  O centro da circunferência é O(0, 0).


2° quadrante 1° quadrante  O raio da circunferência é unitário,
isto é, R = 1.
1 R=1 1  A(1, 0) é a origem dos arcos. Isto é,
O

A os arcos são medidos a partir de A.
3° quadrante 4° quadrante
 O sentido positivo é o anti-horário e
o negativo, o sentido horário.

1

Matemática para Vestibular e Concursos 43


Fórmulas e Propriedades

DETERMINAÇÃO DOS QUADRANTES

90o = /2

origem
dos arcos
/2  1,57

2o quadrante 1o quadrante   3,14

180o =  0o  360o = 2 3/2  4,71

3o quadrante 4o quadrante 2  6,28

270o = 3/2

SENO

PROPRIEDADES
S
P1 . D = IR
Sen 
P2 . Im = [–1 , 1] +
P3 . Função contínua + 
O
P4 . Período = 2 rad _ _
P5 . Função ímpar: sen(–x) = –sen x

y = sen x
y
1
senóide

3/2 2
0 /2  x

–1

44 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

COSSENO

PROPRIEDADES
+
_ P1 . D = IR
 P2 . Im = [–1, 1]
0 C P3 . Função contínua
Cos 
_ P4 . Período = 2 rad
+ P5 . Função par: cos (–x) = cos x

y = cos x

1 cossenóide


0 /2 3/2 2 x

–1

TANGENTE

T PROPRIEDADES

_ + Tg  P1 . D = {x  R  x  /2 + k }, k  Z
P2 . Im = R

0
P3 . Função descontínua para x = /2 + k
P4 . Período =  rad
+ _
P5 . Função ímpar: tg (–x) = –tg x

y = tg x

tangentóide

0
/2  3/2 2 x

Matemática para Vestibular e Concursos 45


Fórmulas e Propriedades

COTANGENTE

PROPRIEDADES
P1 . D = {x  R x  k }, k  Z
P2 . Im = R Possui os mesmo sinais da tangente.
P3 . Função descontínua para x = k 1
cot g x 
P4 . Período =  rad tg x
P5 . Função ímpar: cotg (–x) = –cotg x

SECANTE

PROPRIEDADES

P1 . D = {x  R  x  /2 + k }, k  Z Possui os mesmo sinais do cosseno.


P2 . Im = ] – , –1 ]  [ 1, +  [
1
P3 . Função descontínua para x = /2 + k sec x 
cos x
P4 . Período = 2 rad
P5 . Função par: sec (– x) = sec x

COSSECANTE

PROPRIEDADES

P1 . D = {x  R  x  k }, k  Z Possui os mesmo sinais do seno.


P2 . Im = ] – , –1 ]  [ 1, +  [ 1
P3 . Função descontínua para x = k cos sec x 
sen x
P4 . Período = 2 rad
P5 . Função ímpar: cossec (–x) = – cossec x

sen cos tg

cossec sec cotg

46 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Sen2 x + Cos2 x = 1  x R Tg x = Sen x cos x  0


Cos x
cos x
cot g x  sen x  0 Cotg x = 1
senx Tg x

Sec x = 1 Cossec x = 1
cos x  0
Cos x Sen x

Sec2 x = 1 + Tg2 x Cossec2 x = 1 + Cotg2 x

ARCOS NOTÁVEIS

x 0 ( 0º )    
( 30º) ( 45º ) ( 60º ) ( 90º )
6 4 3 2
1 2 3
Sen x 0 1
2 2 2
3 2 1
Cos x 1 0
2 2 2

Tg x 0
3 1 não existe
3
3

Matemática para Vestibular e Concursos 47


Fórmulas e Propriedades

VALORES TRIGONOMÉTRICOS NA CIRCUNFERÊNCIA

tg 

sen

90º 3

120º
 3
2
 
60º
135º
 2
2 
45º


1

150º
 1
2
30º
3
3 2 3 3


 2 1 1
 

 0º360º
2 2 2 2 2 2
180º
º
3
cos

3

210º 
1
2  –1
330º


225º

2
2 
315º

 
3
 

2
240º 300º
 3
270º

48 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

REDUÇÃO AO 1º QUADRANTE

O objetivo desse estudo é relacionar as funções trigonométricas de um arco


do 2o, do 3o ou do 4o quadrante com as funções trigonométricas no 1 o quadrante.
Para reduzir um arco x qualquer pertencente ao 2o, 3o ou 4o quadrante, a um
correspondente arco no primeiro quadrante, com o mesmo valor da razão
trigonométrica (em módulo), procede-se assim:
1º) Localize o quadrante em que está o arco a ser reduzido.
2º) Verifique o sinal da razão trigonométrica no referido quadrante.
3º) Faça a redução do arco conforme abaixo:

180o 360o

2o para 1o  Quanto FALTA para 180o


3o para 1o  Quanto PASSA de 180o
4o para 1o  Quanto FALTA para 360o

Exemplos: Veja na página anterior que:


cos 240º = –cos 60º
sen 150º = sen 30º
tg 315º = –tg 45º

Matemática para Vestibular e Concursos 49


Fórmulas e Propriedades

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE ARCOS

3 1
Sabemos que cos 30º = , cos 60º = e cos 90º = 0; portanto:
2 2
cos 90º  cos 60º + cos 30º
Fazendo-se a = 60º e b = 30º, o exemplo acima mostra que:
cos (a + b)  cos a + cos b
Vejamos então, as fórmulas para calcular as funções trigonométricas da
soma (a + b) ou subtração (a  b) de dois números quaisquer a e b.
Sen (a + b) = sen a . cos b + sen b . cos a
Sen (a  b) = sen a . cos b  sen b . cos a
Cos (a + b) = cos a . cos b  sen a . sen b
Cos (a  b) = cos a . cos b + sen a . sen b

tg a  tg b tg a  tg b
Tg (a  b)  Tg (a  b) 
1  tg a . tg b 1  tg a . tg b

ARCOS DUPLOS

2 Tg a
Sen 2a = 2sen a . cos a Cos 2a = cos2a – sen2a Tg 2a = 2
1 - Tg a

TRANSFORMAÇÃO EM PRODUTO

 pq   pq 
sen p  sen q  2.sen   . cos  
 2   2 
 pq   pq 
sen p  sen q  2.sen   . cos  
 2   2 

 pq   pq 
cos p  cos q  2.cos   . cos  
 2   2 

 pq   pq 
cos p  cos q   2.sen   . sen  
 2   2 
50 Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

21 - Resolução de Triângulos

TRIÂNGULOS RETÂNGULOS
Num triângulo retângulo, podemos estabelecer razões
entre as medidas dos lados menores, denominados catetos (que
formam o ângulo reto) e do lado maior, hipotenusa (que se opõe
ao ângulo reto).

hipotenusa
B

c a

cateto
 
A
b C
cateto

OBS.: Os ângulos  e  são agudos (maior que 0º e menor que 90º. Eles
também são complementares, pois soma é igual a 90º (     90o ).

cat. op. cat. adj. cat. op.


Sen  = Cos  = Tg  =
hip. hip. cat. adj.

Teorema de Pitágoras
Em todo triângulo retângulo, o
quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados das medidas dos catetos.

a2 = b2 + c2

Matemática para Vestibular e Concursos 51


Fórmulas e Propriedades

TRIÂNGULOS QUAISQUER

c a

A b C

Lei dos Senos


a b c
= = = 2R
Sen  Sen B̂ Sen Ĉ

Lei dos Cossenos


a2 = b2 + c2 – 2bc . Cos Â
b2 = a2 + c2 – 2ac . Cos B̂
c2 = a2 + b2 – 2ab . Cos Ĉ

Fórmula Trigonométrica da Área

1 ^ 1 ^ 1 ^
A  ab sen C A  ac sen B A  bc sen A
2 2 2

52 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

22 - Matrizes

INTRODUÇÃO
A tela de um computador é uma grande matriz, onde cada valor guardado
nas linhas e colunas desta matriz representa um ponto colorido, denominado de pixel.
O termo resolução é frequentemente usado como uma contagem de pixels
em imagens digitais, sendo a mais nítida aquela que possuir mais pixels. Veja abaixo
que a matriz 100x100 (resolução 100x100) apresenta, claramente, uma nitidez maior
do que a imagem 10x10 (resolução 10x10).
1x1 2x2 5x5 10 x 10 20 x 20 50 x 50 100 x 100

Um televisor LCD ou Plasma de 42 polegadas, com


resolução 1366x768, apresenta uma imagem com maior
nitidez (maior contraste) do que uma 1024x768.

DEFINIÇÃO
É uma tabela de números dispostos em linhas e colunas, colocados entre
parênteses ou colchetes.
 4 1 
 
 0   2x 2
As matrizes costumam ser representadas por letras maiúsculas e seus
elementos por letras minúsculas, acompanhadas de dois índices que indicam,
respectivamente, a linha e a coluna ocupadas pelo elemento.
Assim, uma matriz A do tipo mxn é representado por:

 a11 a12 ..... a1n 


a a 22 ..... a 2n 
A   21 A = (aij)mxn
 ..... ..... ..... ..... 
 
a m1 a m2 ..... a mn  m x n

Matemática para Vestibular e Concursos 53


Fórmulas e Propriedades

TIPOS DE MATRIZES

TIPO EXEMPLO CARACTERÍSTICAS


1 4  É toda matriz do tipo nxn, com o
QUADRADA 2 3
  2X 2 mesmo número de linhas e colunas.

1 4  É toda matriz do tipo mxn, sendo


2 5
RETANGULAR   que o número de linhas é diferente do
 3 6  3X 2 número de colunas.

LINHA 1 2 3 41x 4 É toda matriz do tipo 1 x n, isto é,


com uma única linha.

1 
2 É toda matriz do tipo m x 1, isto
COLUNA   é, com uma única coluna.
 3  3X1

 1 0  1 0 Troca de sinais todos os seus


 2 3    2 3 
OPOSTA    elementos.
 3 4   3 4  Notação: –A

 1 0
 2  1 2 3 
 3     Troca linha por coluna.
TRANSPOSTA
 3  0 3 4  Notação: At
4 

1 0  Matriz quadrada, com elementos


IDENTIDADE 0 1  da diagonal principal iguais a 1 e os
  restantes iguais a zero.
Uma matriz quadrada A de ordem
n denomina-se matriz simétrica,
1 4  quando A = At.
SIMÉTRICA 4 3 Os elementos colocados
 
simetricamente em relação à diagonal
principal são iguais.
Uma matriz quadrada A de ordem
n denomina-se matriz anti-simétrica,
0 a b quando At = –A.
 a 0 c 
ANTI-SIMÉTRICA   Os elementos colocados
  b c 0  simetricamente em relação à diagonal
principal são opostos.

54 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

OPERAÇÕES COM MATRIZES

 Adição e subtração:
A soma ou subtração entre duas ou mais matrizes será a soma ou
subtração dos elementos correspondentes (elementos que ocupam posições iguais).
 a11 a12   b11 b12   a11  b11 a12  b12 
     
a 21 a 22  b21 b22  a 21  b21 a 22  b22 

 Multiplicação por um número real:


O produto de um número real K por uma matriz A se obtém
multiplicando por K todos os elementos da matriz A.
a a12   k.a11 k.a12 
k .  11    
 21
a a 22  k.a 21 k.a 22 

 Multiplicação de matrizes:
A multiplicação entre matrizes só pode ser realizada se o número
de colunas da primeira matriz é igual ao número de linhas da segunda matriz.

A m x n . B n x p = Cmxp

Para multiplicar duas matrizes procede-se da seguinte maneira:


multiplicam-se os elementos da 1ª linha da matriz pelos elementos da 1ª coluna da
segunda matriz, somando-se esses produtos e assim sucessivamente.
 a11 a12   b11 b12   a11.b11  a12.b21 a11.b12  a12.b22 
 x    
 21 22   21 22 
a a b b a 21.b11  a 22.b21 a 21.b12  a 22.b22 

MATRIZ INVERSA

A . A-1 = A-1 . A = In

Para que a matriz possua inversa é necessário:


1º) ser quadrada;
2º) o seu determinante tem que ser diferente de zero (det (A)  0).

Se det (A) = 0, a matriz não é inversível (chamada de matriz singular).

Matemática para Vestibular e Concursos 55


Fórmulas e Propriedades

DICA – INVERSA DE MATRIZ 2x2

1 2
Determinar a matriz inversa de: A   
3 4

1o) Achar o determinante da matriz A: det A = 1.4 – 2.3 = 2

 1 2   1 
2o) Dividir todos os elementos da  2   1
 2   2
matriz pelo determinante de A.  3 4   3 
    2
 2  2  2 

3o) Elementos da diagonal Principal:


 2 1
 trocar Posição
A 1   3 1 
Elementos da diagonal Secundária: 
2 2
 trocar Sinal

PROPRIEDADES DE MATRIZES
P1  Geralmente A . B  B . A
P2  Se A, B e C são matrizes não-nulas e A . C = B . C, não se pode concluir que
A = B. É interessante você observar que se a, b e c são números reais não-nulos,
então: a.c = b.c  a = b
P3  Se o produto for possível, podemos ter AB = O, onde O é uma matriz nula,
mesmo sem ter A = O ou B = O. Isto quer dizer que é possível termos duas matrizes
não-nulas cujo produto é a matriz nula.
P4  Se os produtos forem possíveis, (AB)C = A(BC).
P5  Se o produto for possível, (AB)t = Bt .At.
P6  (At) t = A
P7  (A + B)t = At + Bt
P8  Se o produto for possível, A . I = I . A = A.
P9  As regras de produtos notáveis não são válidas para matrizes.
(A  B)2  A2  2AB + B2
(A + B).(A – B)  A2 – B2
Obs: Se as matrizes são comutáveis, as regras dos produtos notáveis são válidas.
1 1
P10  Se k  R, então (k.A)1 = .A .
k
P11  A inversa de uma matriz A, se existir, é única.
56 Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

23 - Determinantes

DEFINIÇÃO
Determinante de uma matriz quadrada é um número
associado a ela, obtido por meio de operações que envolvem
todos os elementos da matriz.

CÁLCULO DE DETERMINANTES

 Matriz quadrada de ordem 1:


a11  a11

 Matriz quadrada de ordem 2:


a11 a12
= a11 . a22 – a12 . a21
a 21 a 22
(–) (+)

 Matriz quadrada de ordem 3:

a11 a12 a13 a11 a 12


a 21 a 22 a 23 a 21 a 22 = a11.a22.a33 + a12.a23.a31 + a13.a21.a32
a 31 a 32 a 33 a 31 a 32 – a13.a22.a31 – a11.a23.a32 – a12.a21.a33

(–) (– ) (–) +) (+) (+)

MENOR COMPLEMENTAR
Chama-se menor complementar Mij relativo a um elemento aij da matriz A
de ordem n o determinante associado à matriz quadrada de ordem n - 1, obtida em
A, e que se obtém eliminando, em A, a linha e a coluna em que se encontra o
elemento considerado.

2 -1 3
1 3
Exemplo: A =  0 5 4  M 21   1  6  5
2 1
5 -2 1 

Matemática para Vestibular e Concursos 57


Fórmulas e Propriedades

COFATOR
Chama-se cofator aij (ou adjunto ou complemento algébrico) o número
que se obtém multiplicando (–1)i + j pelo menor complementar de aij.

Cij = (-1)i + j . Mij

 2 -1 3 
1 3
Exemplo: A = 0 5 4   C21  (1) 2 1 .  (1).(1  6)   5
2 1
5 -2 1 

TEOREMA DE LAPLACE
O determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n  2, é igual à soma
dos produtos dos elementos de uma fila - linha ou coluna - qualquer pelos seus
respectivos cofatores.
Procedimentos para cálculo de determinantes pelo Teorema de Laplace
1º) Escolher uma fila - linha ou coluna - que apresentar maior quantidade de
elementos nulos.
2º) Calcular os cofatores dos elementos não nulos.
3º) Multiplicar os elementos não nulos pelos respectivos cofatores,
somando-os.

Exemplo:
3 1 0 1
2 0 2 5 Escolhida a 3ª linha, vamos calcular os cofatores
3 2 0 0 dos elementos não-nulos (a31 e a32).
0 3 3 1

1 0 1
C31  (1) . 0 2 5   19
3 1

3 3 1
3 0 1
C32  (1) 3 2
. 2 2 5  33
0 3 1
Det = a31.C31 + a32.C32 = 3.(–19) + 2.(33) = –57 + 66 = 9

58 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

PROPRIEDADES
P1  Fila de zeros: se os elementos de uma fila - linha ou coluna - de uma
matriz quadrada forem iguais a zero, seu determinante será nulo.

a b c d
0 a 1
0 0 0 0
0 0 b 0 0
x y z w
0 c 1
1 0 1 2

P2  Filas iguais ou proporcionais: se uma matriz quadrada tem duas filas


paralelas iguais ou proporcionais, seu determinante será nulo.

0 1 2
x y z  0  a 1ª e 3ª linhas são iguais.
0 1 2

0 1 0
2 0 4  0  a 1ª e a 3ª colunas são proporcionais.
3 1 6

P3  Determinante da transposta: se At é a transposta de uma matriz


quadrada A, seus determinantes serão iguais, isto é, det At = det A.

x y z x 0 a
Se 0 1 2  k, então y 1 b  k
a b c z 2 c

P4  Troca de filas paralelas: quando trocamos de lugares entre si duas


filas - linhas ou colunas - de uma matriz quadrada, o determinante troca de sinal.

x y z x y z
Se 0 1 2  k, então a b c  k
a b c 0 1 2

Matemática para Vestibular e Concursos 59


Fórmulas e Propriedades

P5  Multiplicação de uma fila ou de toda a matriz por uma constante:


quando se multiplica (ou se divide) uma fila - linha ou coluna - qualquer de uma
matriz quadrada por um número, o determinante da nova matriz fica multiplicado (ou
dividido) por esse número.
x2
x y z 2x 2y 2z
2k
Se 0 1 2  k, então 0 1 2 
3
a b c a /3 b/3 c/3
3

Quando multiplicamos todas as linhas de uma matriz quadrada A, nxn, por


um número real k obtemos a matriz kA. Então

det (kA) = kn. det A


Seja A uma matriz de ordem n = 2, cujo det A = 5. Logo:
det 3A = 32.det A = 9.5 = 45

P6  Determinante da matriz triangular: se numa matriz quadrada forem


nulos os elementos situados "acima" ou "abaixo" da diagonal principal, o
determinante da matriz - denominada triangular - será igual ao produto dos
elementos da diagonal principal.

1 0 0 0
x 2 0 0
 1.( 2).3.2   12
y z 3 0
1 0 1 2

P7  Teorema de Binet: se A e B são matrizes quadradas de mesma


ordem, então:
det (A.B) = det A. det B
(kA) = kn. det A 1
Seja A e B são matrizes quadradas de ordem n. Se det A = 4 e det B = ,
4
1
podemos dizer que det (AB) = (det A).(det B) = 4. = 1.
4
OBS.: Em geral, o determinante da soma A + B de duas matrizes quadradas
de mesma ordem não é igual a soma do determinante de A com o de B.

det (A + B)  det A + det B


(kA) = kn. det A
60 Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

P8  Teorema da combinação linear: se uma matriz quadrada A tem uma


linha - ou coluna - que é combinação linear de outras linhas (ou colunas), então o
determinante de A é nulo.

2 3 5 2 3 4
a) 4 1 3 = 0 b) 1 2 5 = 0
5 4 9 7 12 23
3ª coluna = 1ª coluna + 2ª coluna. 3ª linha = 2 x 1ª linha + 3 x 2 ª linha.

P9  Determinante da inversa: se a matriz quadrada A é inversível


a b
(det A  0) e o det A = , então det A-1 = .
b a
1
Logo: det A 1  .
det A

1 2 3 4
 
0 2 5 6
Seja A   .
0 0 3 7
 
0 0 0 5
1
det A = 1.2.3.5 = 30  det A-1 =
30

Matemática para Vestibular e Concursos 61


Fórmulas e Propriedades

24 - Sistemas Lineares

INTRODUÇÃO
Observe a seguinte situação-problema:
Na compra de ingredientes para um café
matinal, Pedro gastou R$ 16,00 na compra de 5
pães, 2 kg de café e 3 litros de leite. Passados
alguns dias, comprou 0,5 kg de café e 5 litros de
leite, pagando R$ 8,00. No dia seguinte comprou
10 pães, 1 kg de café e 1 litro de leite, gastando
R$ 9,00. Nessas condições, qual o preço unitário
do pão, de cada litro de leite e de 1 kg de café?
Situações desse tipo podem ser resolvidas construindo um sistema de
equações lineares.

DEFINIÇÃO
É um conjunto de duas ou mais equações lineares nas incógnitas x, y, z, ...,
consideradas simultaneamente.
 2x  y + z  0

3x  3y + z  0
3x + 3y  -3

Importante: Resolver um sistema de equações lineares, significa encontrar
os valores das incógnitas cujos elementos satisfazem simultaneamente todas as
equações. No exemplo acima, verifique que a terna (x, y, z) = (2, 1, 3) é solução
deste sistema.

REGRA DE CRAMER
Consideremos o sistema linear de n equações a n incógnitas, ou
seja, o número de equações igual ao número de incógnitas. Para resolvermos tal
sistema, aplicaremos a regra de Cramer (Gabriel Cramer - 1704 - 1752 -
publicou a regra em 1750). A solução do sistema é dada por:

x y z
x= y= z= ...
  

62 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

  Determinante principal - matriz dos coeficientes.


x  Determinante da incógnita x - obtido a partir de  trocando-se a coluna dos
coeficientes da incógnita x pelos termos independentes.
y  Determinante da incógnita y - obtido a partir de  trocando-se a coluna dos
coeficientes da incógnita y pelos termos independentes.
z  Determinante da incógnita z - obtido a partir de  trocando-se a coluna dos
coeficientes da incógnita z pelos termos independentes.

DISCUSSÃO DO SISTEMA LINEAR

Sistema Possível e Determinado (SPD)


0 Uma única solução.

x = y = z = ... = 0
Sistema Possível e Indeterminado (SPI)
Possui infinitas soluções (ver exceção).
=0
x  0 ou y  0 ou z  0 ...
Sistema Impossível (SI)
Não possui solução.

EXCEÇÃO: O sistema é possível e indeterminado, se  = x = y = z = ... = 0,


para quando nº de equações (n) e incógnitas (n) for igual a 2; para n  3, essa
condição só será válida se não houver equações com coeficientes das incógnitas
respectivamente proporcionais e termos independentes não-proporcionais.

SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO

Sistema Possível e Determinado (SPD)


0 Admite apenas a solução trivial, ou solução
nula ou solução imprópria.
.
Sistema Possível e Indeterminado (SPI)
=0 Possui além da solução trivial, outras soluções
não nulas, denominadas soluções próprias.
.
OBS.: Todo o sistema linear homogêneo é sistema possível,
pois admite pelo menos uma solução - a trivial.

Matemática para Vestibular e Concursos 63


Fórmulas e Propriedades

Exemplo:

(UFPEL) Num concurso público foram realizadas três


provas, com 10 questões cada uma. Cada questão valia um
ponto, mas os pesos x, y e z das provas, nessa ordem, eram
diferentes. O primeiro classificado no concurso, que acertou 8
questões na primeira prova; 9 na segunda, e 10, na terceira,
obteve, no final, um total de 93 pontos. O segundo classificado
nessa mesma ordem, 9, 9 e 7 questões, totalizando 80 pontos. O
terceiro classificado acertou 8, 8 e 7 questões, respectivamente,
atingindo a soma de 75 pontos no final. Dessa forma, podemos
afirmar que xyz é igual a ...

Resposta:

Têm-se:
1º classificado: 8x + 9y + 10z = 93 (I)
2º classificado: 9x + 9y + 7z = 80 (II)
3º classificado: 8x + 8y + 7z = 75 (III)

Percebe-se, claramente, que se está diante de um sistema linear de 3 equações e 3


incógnitas. À primeira vista, têm-se 3 métodos que podem ser empregados para resolvê-lo: o
método de Cramer, escalonamento e substituição. Vamos empregar o método de substituição.

Assim, fazendo (II) – (III), obtém-se x + y = 5 (IV).


De (III), 8x + 8y + 7z = 75  8(x + y) + 7z = 75.
Substituindo (IV) em (III), verifica-se:
8(x + y) + 7z = 75  8.5 + 7z = 75
40 + 7z = 75  7z = 35  z = 5
Fazendo (I) – (III), obtém-se:
y + 3z = 18, mas z = 5, então y = 3.
Substituindo y = 3 em (IV), verifica-se x = 2.
Logo, pode-se afirmar que xyz = 2.3.5  30 .

64 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

25 - Geometria Plana

CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS

Agudo Reto Obtuso


 

0º <  < 90º  = 90º 90º <  < 180º

PARALELAS E TRANVERSAIS
Um feixe de retas paralelas cortadas por uma transversal determina ângulos
agudos e obtusos. Os agudos são congruentes entre si e os obtusos também.
t

1
2ˆ  4ˆ  6ˆ  8ˆ
2
ângulos obtusos
r
3 4
6 5 1ˆ  3ˆ  5ˆ  7ˆ ângulos agudos

s
7 8

OBS.: Dada a situação acima, a soma de um ângulo agudo com um ângulo obtuso é
igual a 180° (são suplementares).

TEOREMA DE TALES
Um feixe de paralelas determina, em duas transversais quaisquer, segmentos
que são proporcionais.

x a
x y z
y b  
a b c
z c

Matemática para Vestibular e Concursos 65


Fórmulas e Propriedades

TRIÂNGULOS SEMELHANTES

x x y z
y
a
b   k
a b c
c k é a constante de proporcionalidade.
z

“Lados correspondentes diretamente proporcionais”.


“Ângulos correspondentes são congruentes”.

SOMA DOS ÂNGULOS DO POLÍGONO


A soma dos ângulos internos de um polígono convexo de n lados é dado
por:
Soma dos ângulos internos
Si = (n  2).180º
ae

ai Soma dos ângulos externos


Se = 360º

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS


 Um triângulo é equilátero quando possuir 3 lados e 3 ângulos iguais.
 Um triângulo é isósceles quando possuir 2 lados e 2 ângulos iguais.
 Um triângulo é escaleno quando possuir 3 lados e 3 ângulos diferentes.

60o

60o 60o

Triângulo Equilátero Triângulo Isósceles Triângulo Escaleno

NÚMERO DE DIAGONAIS DE UM POLÍGONO


O número de diagonais d de um polígono convexo de n lados é dado por:

n(n  3)
d
2

66 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

ÁREA DE FIGURAS PLANAS

 Quadrado: quatro lados e ângulos congruentes.

 
A  a2
a d

d a 2
 
a

 Retângulo: quatro ângulos congruentes.


 

h A=b.h

 
b

 Paralelogramo: lados opostos paralelos.

h A=b.h

 Losango: quadrilátero com lados congruentes.

D.d
d
A
2

Matemática para Vestibular e Concursos 67


Fórmulas e Propriedades

 Trapézio: quadrilátero com dois lados paralelos.


b

(B  b).h
h A
2

 Triângulo: figura plana que possui três lados.

b.h
A
2
a c
h A  p(p  a)(p  b)(p  c)


abc
b p  semiperímetro
2

Triângulo Equilátero

a2 3
A
a 4
a
h

a 3
h
2
a

Área do triângulo conhecendo-se as medidas de dois lados e do ângulo


formado por esses lados.

a
a.b.sen 
A
2

68 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

 Hexágono regular: possui 6 lados e 6 ângulos congruentes.


a
a
a

B a2 3
A  6.
a ap a a
4
a

A a C

OBS.: O apótema ap do hexágono regular é igual a altura do triângulo


equilátero ABC.

 Círculo: reunião da circunferência com seu interior.

A   R2
Setor circular

Comprimento ou
arco
Perímetro
R
C  2 R
  S

R Área do setor circular

SR .R 2 .º
Asc  Asc 
2 360º

OBSERVAÇÕES

Teorema do triângulo Teorema da reta tangente


retângulo
Todo triângulo inscrito em uma Toda reta tangente é perpendicular
circunferência que possui um lado ao raio no ponto de tangência.
igual ao diâmetro é retângulo.
C

 R 
A B P

AB = diâmetro

Matemática para Vestibular e Concursos 69


Fórmulas e Propriedades

Área da coroa circular Elementos da circunferência


arco
corda
r raio
R secante

diâmetro
A  (R 2  r 2 ) (corda máxima) tangente
máxima)

Triângulo Equilátero Hexágono Regular


A

O O
ap
R R
M ap

2 1
AO  AM OM  AM a
aR
3 R = 2.ap 3

Altura Mediana
É o segmento que vai desde o vértice É o segmento que vai do vértice até o
até o lado oposto - ou prolongamento ponto médio do lado oposto. O
deste - formando um ângulo reto. baricentro dista 1/3 do vértice e 2/3
do lado.
 
ortocentro mediana

altura baricentro

Bissetriz Mediatriz
É o segmento de reta que divide os É a reta perpendicular ao lado,
ângulos internos em ângulos passando pelo ponto médio do
congruentes. O incentro é o centro da mesmo. O cincuncentro é o centro da
circunferência inscrita no triângulo. circunferência circunscrita no
bissetriz
triângulo.
mediatriz
incentro  

ltura circuncentro

70 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

26 - Geometria Espacial

TEOREMA DE EULER
Em todo poliedro convexo o número de vértices (V)
adicionado com o número de faces (F) é igual ao número de
arestas (A) mais duas unidades.

V+F=A+2

CÁLCULO DO Nº DE ARESTAS

F .p A = nº de arestas
A F = nº de faces
2 p = nº de lados em cada face

V .q A = nº de arestas
A V = nº de vértices
2 q = nº de arestas em cada vértice

SOMA DOS ÂNGULOS


A soma S dos ângulos de todas as faces de um poliedro convexo que possui
V número de vértices é:
S = (V – 2). 3600

POLIEDROS REGULARES
Dizemos que um poliedro convexo é regular quando suas faces são
polígonos regulares e seus ângulos poliédricos são congruentes.
Existem apenas cinco tipos de poliedros regulares, que também são
denominados poliedros de Platão. São eles:
Tetraedro Hexaedro Octaedro Dodecaedro Icosaedro
regular

Possui 4 faces que são Possui 6 faces que Possui 8 faces que são Possui 12 faces que são Possui 20 faces que são
triângulos equiláteros. são quadrados. triângulos equiláteros. pentágonos regulares. triângulos equiláteros.

Matemática para Vestibular e Concursos 71


Fórmulas e Propriedades

PRISMAS

 Classificação dos prismas: um prisma é classificado de acordo com o


número de arestas da base. Ainda podemos dizer que, nos prismas retos, as arestas
laterais são perpendiculares às bases, mas nos oblíquos não.

Prisma Prisma Prisma Prisma triangular oblíquo


triangular quadrangular hexagonal (a aresta lateral não é a
altura do prisma)

 Prisma regular: um prisma é regular se, e somente se, é reto e seus


polígonos das bases são regulares.

Prisma reto
altura = aresta lateral
Note que em todo prisma
regular as faces laterais são
A base é um quadrado retângulos congruentes entre si.
(polígono regular)

Prisma quadrangular
regular

 Fórmulas de áreas e volume:

At = Al + 2Ab V = Ab . h

Área total Área lateral Área da base Volume Área da base Altura

72 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

 Paralelepípedo retângulo ou ortoedro: é um prisma reto de base


retangular. Convencionado-se Ab, como área da base; Al, a área lateral; At, a área
total; V, o volume e D, a diagonal do paralelepípedo, temos:

Ab = a.b Al = 2c.(a + b)
D c


At = 2.(ab + ac + bc)
 b
a V = abc D a2  b 2  c2

 Cubo ou Hexaedro Regular: possui todas as arestas congruentes – 6


faces quadradas. Convencionado-se Ab, como área da base; Al, a área lateral; At, a
área total; V, o volume; d, a diagonal da face e D, a diagonal do cubo, temos:

a Ab = a2 Al = 4a2 At = 6a2
D

V = a3 da 2 Da 3
d a

PIRÂMIDES
 Classificação das pirâmides: uma pirâmide é classificada de acordo
com o número de arestas da base. Ainda podemos dizer que, nas pirâmides retas, as
arestas laterais são perpendiculares às bases, mas nos oblíquos não.

Pirâmide Pirâmide Pirâmide Pirâmide pentagonal


triangular quadrangular hexagonal oblíqua

Matemática para Vestibular e Concursos 73


Fórmulas e Propriedades

 Pirâmide regular: uma pirâmide é regular se, e somente se, é reta e seus
polígonos das bases são regulares.
Note que em toda pirâmide regular
A altura “atinge” o as faces laterais são triângulos
centro da base isósceles congruentes entre si
quadrada. ap (arestas laterais iguais), e a altura
h
destes é a apótema da pirâmide (ap).



ab ap2 = ab2 + h2
Pirâmide quadrangular regular
Apótema da Apótema Altura
pirâmide da base

 Fórmulas de áreas e volume:

A b .h
At = Al + Ab V
3
Área total Área lateral Área da base Volume Área da base Altura

Note que se tivermos as bases iguais


e as alturas iguais do prisma e da
pirâmide, o volume do prisma é o
triplo do volume da pirâmide.
Vprisma= 3Vpirâmide

 Secção Transversal e Tronco de Pirâmide:

VP  Volume da pirâmide maior (ABCDO)


O VP’  Volume da pirâmide menor (A’B’C’D’O)
VT  Volume do tronco da pirâmide (ABCDA’B’C’D’)
h'
D' C'
Razão entre áreas Razão entre volumes
h 2 3
A' B'
A ABCD  h  VP  h 
D    
C A A'B'C'D'  h'  VP'  h ' 
A B Volume do tronco de pirâmide Valem também para
os CONES!!
VT = VP – VP’

74 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

CILINDRO
 Classificação dos cilindros: um cilindro é classificado como cilindro
circular reto quando as geratrizes são perpendiculares aos planos das bases.

A medida da altura h
R é igual a geratriz g O cilindro circular reto é conhecido
por cilindro de revolução, pois
pode ser obtido por uma revolução
h=g (rotação) de 360o de uma região
retangular em torno de um eixo que
contém um de seus lados.
base
circular

 Fórmulas de áreas e volume:

R
Base

h Superfície lateral h
2R
R

R
Base

Ab= R2 Al = 2Rh

Área da base Raio da base Área lateral Raio da base Altura

At = Al + 2Ab V = Ab . h

Área total Área lateral Área da base Volume Área da base Altura

At = 2R(h + R) V = R2h

Matemática para Vestibular e Concursos 75


Fórmulas e Propriedades

 Cilindro Equilátero: o cilindro circular reto cujas secções meridianas


são quadradas é chamado de cilindro equilátero. Logo, a altura é igual ao dobro do
raio, isto é, h = 2R.
Secção meridiana é
. um quadrado

h = 2R

.R

CONE
 Classificação dos cones: um cone é classificado como cone circular reto
quando o eixo da figura é perpendicular ao plano da base.
O cone circular reto é conhecido por
A altura “atinge”
o centro da base. cone de revolução, pois pode ser obtido
por uma revolução (rotação) de 360o em
g torno de um dos catetos de uma região
h limitada por um triângulo retângulo.

 R
base g2 = h2 + R2
circular

Geratriz Altura Raio


 Fórmulas de áreas e volume:
Ab= R2
g
Área da base Raio
Superfície
g g lateral R
Al = Rg
h

R Área lateral Raio Geratriz

A b .h
At = Al + Ab V
3
Área total Área lateral Área da base Volume Área da base Altura

R 2 h
At = R(g + R) V
3
76 Matemática para Vestibular e Concursos
Fórmulas e Propriedades

 Cone Equilátero: o cone circular reto cujas secções meridianas são


regiões limitadas por triângulos equiláteros é chamado de cone equilátero. Logo, a
geratriz é igual ao dobro do raio, isto é, g = 2R.
OBS.: O semicírculo de raio g é o
setor circular da planificação do
cone equilátero.

g O g

g = 2R g = 2R
Secção
meridiana é um

triângulo equilátero

. R
2R

ESFERA

r circunferência
 
máxima
d R

 R2 = r2 + d2

Volume
Área da superfície
esférica 4 R 3
V
Ase= 4R2 3

 Cunha esférica: é um sólido gerado pela rotação de um ângulo  de um


semicírculo de raio R em torno de um eixo que contém seu diâmetro.

R
4 R 3 
Vcunhaesférica  .
3 360o

Matemática para Vestibular e Concursos 77


Fórmulas e Propriedades

27 - Geometria Analítica

DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS

y
B
y2 
dAB
 x2  x1    y 2  y 1 
2 2
A
y2 – y1 d AB 
y1  x2 – x1

x1 x2 x

PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO


y
x1  x 2
B
xM 
y2  2
M
yM  AM  BM
A
 y1  y 2
y1 yM 
2
x1 xM x2 x
ALINHAMENTO DE 3 PONTOS

C
 x1 x 2 x 3 x1
B A(x1, y1) 0
 B(x2, y2) y1 y 2 y 3 y1
A C(x3, y3)
– – – + + +

ÁREA DO TRIÂNGULO
y
B
y2 

1 x1 x2 x3 x1
y3 C A .
y1  2 y1 y 2 y 3 y1
A

O x1 x2 x3 x

78 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

EQUAÇÃO DA RETA
 Equação geral da reta: se P(x, y) é um ponto que percorre a reta r, suas
coordenadas x e y são variáveis. Sendo A, P e B colineares, temos:

x x1 x2 x
0
B y y1 y2 y
y2

P
y 
A
Ax + By + C = 0
y1 
A = 0  reta horizontal
x1 x x2 B = 0  reta vertical
C = 0  reta passa pela origem

 Equação reduzida da reta: se (0, b) é um ponto da reta que possui um


ângulo de inclinação , temos:
y = ax + b
y coeficiente
linear coeficiente angular ou
declividade da reta
b ângulo de a = tg 
inclinação da reta
 a > 0   é agudo
a = 0   é reto
O x a < 0   é obtuso

 Equação segmentária da reta: a equação segmentária da reta r que passa


pelos pontos A(m, 0) e B(0, n) da figura é dada por:

n x y
  1
m n
m

O x

Matemática para Vestibular e Concursos 79


Fórmulas e Propriedades

COEFICIENTE ANGULAR DADOS 2 PONTOS

A(x1, y1) e B(x2, y2) são pontos da reta r.


cat. op.
y Lembrando que tg   e analisando o
r cat. adj.
B
y2  y 2  y1
triângulo ABC, temos: tg   .
y2 – y1 x 2  x1
A 
y1  x –x C Sabemos que a = tg . Portanto:
2 1

y 2  y1
O x1 x2 x a 
x 2  x1

EQUAÇÃO DA RETA DADOS UM PONTO E O


COEFICIENTE ANGULAR
Sabemos achar a equação de uma reta que passa por dois pontos conhecidos.
Veremos agora uma fórmula para achar a equação de uma reta que passa num ponto
dado, P(x0, y0), e tem a direção conhecida (por exemplo, é dado o coeficiente
angular a).
y

P
y0 
y  y 0  a( x  x0 )

O x0 x

IMPORTANTE: No plano cartesiano, duas retas distintas, r e s, só


podem ser paralelas ou concorrentes. Caso sejam concorrentes, o ponto de
interseção está em ambas e deve, portanto, satisfazer as equações de ambas as retas.
Assim, para determinar o ponto de interseção basta resolver o sistema formado
pelas duas equações.

80 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

POSIÇÕES RELATIVAS DE 2 RETAS

 (r) y  a1 x  b1
Sejam as retas:  . Então:
 (s) y  a 2 x  b 2

 Retas paralelas (r  s):


y
r
s
a1  a2
r s
O
x

 Retas perpendiculares (r  s):

y s
a1 .a2   1
r
ou

1
r s a1 
O a2
x
a1 . a2   1
 Retas concorrentes não-perpendiculares (r  s): se a1.a2   1, então:

y s r
a1  a2
O
x

 Retas coincidentes ():


y rs a1  a 2
b1  b 2
O
x

Matemática para Vestibular e Concursos 81


Fórmulas e Propriedades

ÂNGULO ENTRE RETAS


Dadas duas retas r e s, não verticais, não paralelas e não perpendiculares
entre si. O ângulo agudo  formado entre elas é tal que:
y s
a 2  a1
tg  
r
 1  a 2 .a1
O
x

DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA


Dados um ponto P(x0, y0) e uma reta r: Ax + By + C = 0, a distância entre
eles (dPr) é dada por:

y
P
r
Ax0  By 0  C
y0  dPr d Pr 

A2  B2

O x0 x

CIRCUNFERÊNCIA

 Equação reduzida: uma circunferência de centro C(a, b) e raio R tem a


seguinte equação reduzida:

P
y
R ( x  a )2  ( y  b ) 2  R 2

b
C

x2  y 2  R 2 Centro na origem  C(0, 0)


O a x

82 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

 Equação geral: partindo da equação reduzida da circunferência,


obtemos:
(x  a)2 + (y  b)2 = R2
x2  2ax + a2 + y2  2by + b2  R2 = 0
x2 + y2  2ax – 2by + a2 + b2  R2 = 0
Fazendo 2a = D, 2b = E e a2 + b2  R2 = F, fica a equação:

x2  y 2  Dx  Ey  F  0
Para obtermos o centro e o raio da circunferência, a partir da equação geral,
podemos usar as relações abaixo:

D E
a b R a2  b2  F
2 2
Raio
Abscissa do centro Ordenada do centro

OBSERVAÇÕES:
 Se x2 + y2 + Dx + Ey + F = 0 é a equação de uma circunferência, então
kx2 + ky2 + kDx + kEy + kF = 0, k  0, é outra equação da mesma
circunferência. Para determinar o centro e o raio desta equação devemos
primeiro dividi-la por k para depois aplicarmos as fórmulas acima.
 Para que Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0 represente uma
circunferência, devemos ter:
1o) A = B = 1
2o) C = 0
3o) a2 + b2  F > 0  não pode ser igual a zero, pois reduziria a
circunferência ao ponto do centro.

 Posição relativa entre ponto e circunferência:


 x 2  y 2  Dx  Ey  F  0  circunferência
Dados: 
 P (x o , y o )  ponto
1º) Substitua x e y na equação da circunferência
y P2
pelas coordenadas do ponto P. 
2º) Efetuando as operações encontrará um valor
numérico " ". Então: P1

 < 0  P é interior à circunferência ( P1 )  P3

 = 0  P pertence à circunferência ( P2 )
O x
 > 0  P é externo à circunferência ( P3 )

Matemática para Vestibular e Concursos 83


Fórmulas e Propriedades

 Posição relativa entre reta e circunferência:

 x 2  y 2  Dx  Ey  F  0  circunferência
Dados: 
 Ax  By  C  0  reta
Resolve-se o sistema formado pela
equação da reta e da circunferência. Este y r
s
sistema recai num equação do 2º grau, na  t
qual temos o discriminante  = b – 4ac.
2

Então:
 > 0  secantes ( r ) 

 = 0  tangentes ( s )
O x
 < 0  exteriores ( t )

 Posição relativa entre duas circunferências:

Vamos considerar três posições: Circunferências secantes


circunferências secantes, circunferências
tangentes (internas ou externas) e 
circunferências externas. R1 R2
Podemos solucionar estes problemas C1 C2
utilizando o seguinte método: 
 Resolve-se o sistema formado ER
pelas respectivas equações. Neste método,
basta subtrair uma circunferência da outra e Circunferências tangentes
encontrarmos o chamado eixo radical (ER)
apresentado nas figuras ao lado. Esta
resolução recairá num problema de reta e R1 R2

circunferência. C1 C2
Se este sistema possuir duas
soluções, as circunferências serão secantes; se ER
tiver apenas uma, serão tangentes e se não
tiver solução, serão externas. Circunferências externas

OBS.: Se duas circunferências estiverem


centradas na origem, com raios diferentes, R1 R2
uma estará interna à outra. C1 C2

ER

84 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

28 - Fatorial
DEFINIÇÃO
O fatorial de um número natural n é representado por n! (lê-se: n
fatorial ou fatorial de n) e definido por:

Considera-se:
n! = n (n – 1) . (n – 2) ..... 3 . 2 . 1! = 1
1 0! = 1

(–5)! =  –5! = –5 . 4 . 3. 2 . 1 = –120


 3 
 ! = 
3! 3 . 2!
= =3
 2  2! 2!
(n + 1)! = (n + 1).n.(n – 1) . (n – 2) ..... 3 . 2 . 1 = (n + 1).n!

NÚMEROS BINOMIAIS

n n! nN e pN


  =
 p  n - p ! p!
np

n n n


  = 1;    n;   1
0  1 n

BINOMIAIS COMPLEMENTARES

n  n   17  =  17  pois 5 + 12 = 17.


    
p n  p
 5   12 

De um modo geral, temos:

 n   n   n   n
  +   +   + ... +   = 2
n

     
0 1 2  
n

Matemática para Vestibular e Concursos 85


Fórmulas e Propriedades

29 - Binômio de Newton

DEFINIÇÃO

Sendo n um número natural, temos:

n n n n


 x + a n =   .a 0 .x n +   .a1 .x n - 1 +   .a 2 .x n - 2 + ... +   .a n .x 0
0  1  2 n

PROPRIEDADES

1º) O desenvolvimento de (x + a)n possui n + 1 termos.


2º) No caso de (x – a)n , temos alternadamente os termos positivos e negativos, nesta
ordem.
3º) Para obtermos a soma dos coeficientes Sc num desenvolvimento binomial
qualquer, basta substituirmos cada variável por 1.
Exemplos:
a) (x2 + y)10  Sc = (12 + 1)10 = (2)10 = 1024
b) (2x – 4)5  Sc = (2.1 – 4)5 = (–2)5 = –32

FÓRMULA DO TERMO GERAL

O termo geral que ocupa a posição p + 1 do desenvolvimento de (x + a)n, é


dado por:

n
Tp + 1 =   x n - p . a p
p

86 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

30 - Análise Combinatória

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM


Se um acontecimento é composto de duas etapas (eventos) sucessivas,
independentes uma da outra, e :
 a 1ª etapa (evento) pode ocorrer de m modos,
 para cada um desses modos, a 2ª etapa (evento) pode ocorrer de n modos,
então o número de possibilidades de ocorrência do acontecimento é m.n.
Este princípio também é denominado Princípio Multiplicativo e pode ser
generalizado para mais de duas etapas (eventos).

Exemplo:
Pedro vai jantar num restaurante que oferece 8 tipos de saladas, 10 tipos de
pratos quentes e 5 tipos de sobremesas. Pedro pretende escolher uma salada, um
prato quente e uma sobremesa. Quantas opções ele tem?
Solução:
m = 8  8 possibilidades para escolher uma salada de um total de 8
opções.
n = 10  10 possibilidades para escolher um prato quente de um total de
10 opções.
p = 5  5 possibilidades para escolher uma sobremesa de um total de 5
opções.
Pelo princípio fundamental da contagem (multiplicativo):
m.n.p = 8.10.5 = 400 opções de jantar.

ARRANJO SIMPLES
Suponhamos o número 134. Mudando a ordem dos algarismos, obtemos os
números 143, 314, 341, 413 e 431, que são todos diferentes. Concluímos que neste
tipo de agrupamento (números), a ordem dos elementos (algarismos) influi.
Denominamos este tipo de agrupamento de arranjo simples de n elementos
tomados p a p.

n!  Não há repetição de elementos nos agrupamentos.


A n, p =  Toda mudança de ordem altera o agrupamento.
 n - p !  Toda mudança de natureza altera o agrupamento.

Matemática para Vestibular e Concursos 87


Fórmulas e Propriedades

COMBINAÇÃO SIMPLES

Suponhamos o conjunto {1, 3, 4}. Mudando a ordem dos elementos


obtemos os conjuntos {1, 4, 3}, {3, 1, 4}, {3, 4, 1}, {4, 1, 3} e {4, 3, 1} que são
todos iguais. Concluímos que a ordem dos elementos não influi. Um agrupamento
com esta característica é chamado combinação simples de n elementos dados,
tomados p a p.

n!  Não há repetição de elementos nos agrupamentos.


Cn, p =
 n - p  ! p!
 Uma mudança de ordem não altera o agrupamento.

PERMUTAÇÃO

 Sem repetição: o número de permutações simples de n elementos


distintos é dado por:

 De um agrupamento para outro, os elementos apenas trocam de posição


(são sempre os mesmos).
Pn = n!  Anagrama indica exercício de permutação (permutação significa troca).
Pn = An, n = n!

 Com repetição: o número de permutações de n elementos, dos quais n1 é


de um tipo, n2 de um segundo tipo,... , nk de um k-ésimo tipo é dado por:

n!
Pnn1 , n 2 , ..., nk =
n1 ! n 2! ... n k!

88 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

31 - Probabilidade

INTRODUÇÃO

Dentro de certas condições, é possível prever a que


temperatura o leite ferve. Esse tipo de experimento, cujo resultado
é previsível, recebe o nome de determinístico.
No entanto, ao lançarmos um dado uma ou mais vezes, não podemos saber
com antecedência o número obtido; sabemos apenas que os possíveis resultados são
1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Esse tipo de experimento, cujo resultado não pode ser previsto, é
chamado aleatório.
São aleatórios os seguintes experimentos:
 O sorteio da Mega-Sena.
 A escolha de um número de 1 a 50.
 O sorteio do 1º prêmio da loteria federal.
 A escolha de uma senha de acesso à conta bancária.
 O lançamento de uma moeda ou dado.
 O resultado do jogo 5 da loteria esportiva.
Na teoria das probabilidades, estudamos os experimentos aleatórios
equiprováveis, isto é, experimentos onde qualquer resultado pode ocorrer com a
mesma chance.

Exemplo:
No lançamento de uma moeda, a probabilidade de ocorrer cara ou coroa é a
mesma.

COMO SE CALCULA A PROBABILIDADE


A probabilidade P(E) da ocorrência de determinado evento E é calculada
utilizando o número de possibilidades que me interessam (eventos favoráveis) e o
número total de possibilidades (eventos possíveis), dividindo-se o primeiro pelo
segundo.

nº de eventos favoráveis
P(E) 
nº de eventos possíveis

Matemática para Vestibular e Concursos 89


Fórmulas e Propriedades

Exemplos:

1°) Qual a probabilidade de obtermos “cara” ao atirarmos para


cima uma moeda?
Resposta: P(E) 
nº de eventos favoráveis 1

nº de eventos possíveis 2

1
A probabilidade é , ou seja, 0,5 = 50%, visto que uma moeda tem 2 faces.
2

2º) Qual a probabilidade de obtermos face 1 no arremesso de


um dado?

Resposta: P(E)  nº de eventos favoráveis  1


nº de eventos possíveis 6

Visto que um dado tem 6 faces, a probabilidade é calculada dividindo o


1
número de eventos favoráveis (1) pelo número de eventos possíveis (6), ou seja,
6
ou 16,66%.

3º) Escolhido ao acaso um elemento do conjunto dos divisores de 30,


determinar a probabilidade de que ele seja primo.
Resposta:
Nº de eventos possíveis  divisores de 30 = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}
Nº de eventos favoráveis  Primos = {2, 3, 5)
nº de eventos favoráveis 3
P(E)    0,375 ou 37,5%
nº de eventos possíveis 8

IMPORTANTE
 Evento impossível  P(E) = 0 ou 0%
 Evento certo  P(E) = 1 ou 100%
 A probabilidade de um evento é sempre um número entre 0
(probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade de evento certo 1), ou
seja, 0 < P(E) < 1.

90 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

REGRA DA MULTIPLICAÇÃO
A regra da multiplicação ou regra do “e” é usada para calcular a
probabilidade da ocorrência de eventos simultâneos (... deve ocorrer isto e aquilo...).
Quando tivermos esta situação, devemos multiplicar as probabilidades da ocorrência
dos eventos em questão.
P(A  B)  P(A).P(B)

Exemplos:
e

1º) Uma moeda é lançada 4 vezes. Qual a probabilidade de que apareça


coroa nas 4 vezes?
Resposta:
ESPAÇO AMOSTRAL U = {cara, coroa}
1 1
1º lançamento: 2º lançamento:
2 2
1 1
3º lançamento: 4º lançamento:
2 2
Queremos coroa e coroa e coroa e coroa.
1 1 1 1 1 1
P(x) = . . . . =
2 2 2 2 2 16

2º) Em uma urna há 5 bolas azuis e 9 bolas vermelhas. Retiramos 1 bola da


urna e, em seguida, sem repor a bola retirada, escolhemos uma 2ª bola. Qual a
probabilidade de que a 1ª bola seja azul e a 2ª bola seja vermelha?

Resposta:
Como queremos a 1ª bola azul e a 2ª bola vermelha, vamos multiplicar as
probabilidades.
P(A)  probabilidade de retirar a bola azul.
P(V)  probabilidade de retirar a bola vermelha.
Total de bolas  14
Total de bolas depois de retirada uma azul  13
5 9
P(A)  e P(V) 
14 13
5 9 45
P(A  B)  P(A).P(B)  .   0,247 ou 24,7%
14 13 182

Matemática para Vestibular e Concursos 91


Fórmulas e Propriedades

REGRA DA ADIÇÃO
A regra da adição ou regra do “ou” é usada para calcular a probabilidade de
ocorrências de eventos mutuamente exclusivos (... deve ocorrer isto ou aquilo...)..
Quando tivermos esta situação, devemos somar as probabilidades da
ocorrência dos eventos em questão.

P(A  B)  P(A)  P(B)  P(A  B)

ou
Exemplos:

1º) Em uma urna existem 10 bolas, numeradas de 1 a 10. Retira-se 1 bola ao


acaso. Qual a probabilidade de ser par ou maior que 4?

Resposta:
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}  n(E) = 10
A = {2, 4, 6, 8, 10}  n(A) = 5
B = {5, 6, 7, 8, 9, 10}  n(B) = 6
A  B = {6, 8, 10}  n(A  B) = 3
P(AB) = P(A) + p(B) – P(A  B) =
5 6 3 8
    0,80 ou 80%
10 10 10 10

2º) Num cruzamento Aa x Aa, vimos que as combinações AA, Aa, aA e aa


1
são igualmente prováveis, cada uma com probabilidade de . Sabemos que Aa e aA
4
não podem ser distinguidas biologicamente. Qual é a probabilidade de ocorrer Aa ou
aA?

Resposta:
1 1
P(Aa) = P(aA) =
4 4
Aa e aA são mutuamente exclusivos.
1 1 2 1
P(Aa ou aA) = + = = ou 50%
4 4 4 2

92 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

32 - Noções de Estatística

INTRODUÇÃO
Se quisermos realizar uma pesquisa (por Distribuição de satisfação do cliente
exemplo: qual é o programa de televisão de maior 5
preferência dos espectadores?) devemos observar um 4
conjunto de métodos. Este conjunto de métodos 3
geralmente é formado por coletas de dados e a sua 2
organização (informações da amostra), um resumo
1
(em tabelas e gráficos), a análise, o planejamento de
experimentos e a interpretação e conclusão dos 0 Péssimo Regular Bom Ótimo
resultados.
Estatística é a parte da matemática que trata desse assunto.

POPULAÇÃO E AMOSTRA
Uma população (universo estatístico) é formada por todos os elementos de um
conjunto que têm pelo menos uma característica em comum. Cada elemento da
população estudada é denominado unidade estatística.
Amostra é um grupo (subconjunto) formado por elementos que permitem que
se chegue ao resultado mais próximo possível da realidade de uma dada população.

População Unidade
Amostra
Estatística Estatística
Quantidade de Cada
Entrevistados
horas diárias que brasileiro
100.000
os brasileiros que assiste
brasileiros
assistem TV TV

FREQUÊNCIA ABSOLUTA E FREQUÊNCIA RELATIVA


Frequência absoluta é a quantidade de vezes que cada valor é observado.
Frequência relativa compara a freqüência absoluta com o total pesquisado.
Geralmente são expressos em porcentagem, pois facilita a análise dos dados.
Exemplo:
Numa pesquisa sobre preços em reais de uma televisão de 32 polegadas de
LCD, em 10 lojas, foram coletados os seguintes valores:
- em 4 lojas o preço da referida TV é R$ 2.000,00;
- em 3 lojas o preço é de R$ 2.350,00;
- em 2 lojas o preço é de R$ 2.450,00;
- em 1 loja o preço é de R$ 2.600,00.

Matemática para Vestibular e Concursos 93


Fórmulas e Propriedades

Agrupando numa tabela, temos:


Preço (R$) Quantidade de lojas
2.000,00 4
2.350,00 3
2.450,00 2
2.600,00 1
A quantidade de lojas indicam as frequências dos valores observados da
variável de preços. Esta frequência é denominada frequência absoluta(FA).
Iremos agora acrescentar à tabela uma coluna com valores que indicam a
comparação entre cada frequência absoluta e o total pesquisado. Estes valores
calculados recebem o nome de frequência relativa (FR).
Preço (R$) frequência absoluta - FA frequência relativa - FR
4
2.000,00 4  0,40 ou 40%
10
3
2.350,00 3  0,30 ou 30%
10
2
2.450,00 2  0,20 ou 20%
10
1
2.600,00 1  0,10 ou 10%
10
Total 10 100%

REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
Desvalorização de ações
 Gráfico de segmentos: traçado no plano 50
cartesiano, esse tipo de gráfico é usado geralmente para 40
identificar tendências de aumento ou diminuição de 30
valores numéricos de uma variável: índices de
audiência de programas de televisão, lucros de 20
jan fev mar abr mai jun
empresas, desempenho de atletas etc.
O gráfico de segmentos é chamado também de gráfico de linha ou poligonal.

 Gráfico de barras: os dados de uma


tabela podem ser representados graficamente por Quantidade de recém nascidos
80
retângulos paralelos, horizontais ou verticais. A
largura e o compreimento corresponde à frequência 60

(absoluta ou relativa) dos valores observados. Esses 40


gráficos permitem uma rápida exploração visual e 20
uma comparação entre a variável em estudo e suas Hospital I Hospital II Hospital III
frequências.

94 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

Percentual de vendas de carros

 Gráfico de setores: o gráfico de setores


(ou gráfico “pizza”) é um círculo dividido em partes
(setores), cujas medidas são proporcionais às
frequências relativas de um valor observado.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL


Quando temos um conjunto de dados, nós podemos resumir esta
quantidade de informações, utilizando, em estatística, medidas que descrevem, por
meio de um só número, características deste conjunto de dados. Esse valor é
conhecido por medida de tendência central, pois ela geralmente se localiza em torno
do meio ou centro de uma distribuição.

 Média Aritmética (MA): é a medida de tendência central mais usada. A


média aritmética é o quociente entre a soma de a valores (a1, a2, ..., an) e o número a
de valores (n) desse conjunto. É dada por:

a1  a 2  ...  an
MA 
n

Exemplo:
Rodrigo teve as seguintes notas nas provas de Matemática no ano de 2008:
9,5; 7,5; 9,0;10,0. Para obter uma nota que representará seu aproveitamento no ano,
calculamos a média aritmética (MA) de suas notas:
9,5  7,5  9, 0  10, 0 36, 0
MA    9, 0
4 4

 Média Aritmética Ponderada (MP): é o somatório do produto de cada


elemento pelo seu respectivo peso, dividida pela soma dos pesos totais.

a1 .p1  a 2 .p 2  ...  an .pn onde a1, a2, ..., an são os


MP  elementos e p1, p2, ... , pn são os
p1  p 2  ...  pn respectivos pesos.

Matemática para Vestibular e Concursos 95


Fórmulas e Propriedades

Exemplo:
Pedro teve as seguintes notas nas provas de Matemática no ano de 2016:
8,5; 7,0; 9,5 e 9,0, nas quais os pesos das provas foram 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
Para obter uma nota que representará seu aproveitamento no bimestre, calculamos a
média aritmética ponderada (MP).

8,5.1  7, 0.2  9,5.3  9, 0.4 87


MP    8, 7
1 2  3 4 10

 Média Geométrica (MG): é dada pela fórmula abaixo.

MG  n a1 .a2 . ... .an


Exemplo:
Calculamos a média geométrica de, por exemplo, 5, 2, 4 e 10, da seguinte
maneira:
n = 4  MG  4 5.2.4.10  MG = 4
400  MG  4 24 .52
MG  2 4 52  MG  2 5  MG  4,5

 Média Harmônica (MH): é dada pela fórmula abaixo.

n
MH 
1 1 1
  ... 
a1 a 2 an

Exemplo:
Utilizamos a fórmula acima para calcular a média harmônica de 3, 4, 8, 2, 5
e 7. Como n = 6, temos:
6 6
MH  
1 1 1 1 1 1 280  210  105  420  168  120
    
3 4 8 2 5 7 840
6 840 5040
MH  6.   3,86
1303 1303 1303
840

96 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

 Moda (Mo): é a medida de tendência central definida como o valor mais


frequente de um grupo de valores observados.

Exemplo:

1º) Dado o conjunto {0, 0, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 4, 4} a moda é 3.

2º) Vamos considerar os dados sobre o consumo de combustível, medido


em km/l, de 10 automóveis com as mesmas características.

Consumo de Número de
combustível automóveis
(km/l) (FA)
[5, 7[ 2
[7, 9[ 3
[9, 11[ 4
[11, 13[ 1

O intervalo de maior frequência (classe modal) é [9, 11[. Dessa forma,


podemos calcular o ponto médio dessa classe, que representa a consumo modal:
9  11
Mo   10 .
2
Logo, o consumo modal é igual 10 km/l.

 Mediana (Me): é o valor que ocupa a posição central de um conjunto de


valores previamente ordenados de modo crescente ou decrescente. Este valor divide
esse conjunto de valores em duas partes com o mesmo número de termos.

Exemplo:

1º) Numa sala de aula, foram registrados as


quantidades de faltas durante 11 dias seguidos: 0, 2, 3, 3,
3, 1, 0, 3, 5, 5 e 6.
Colocando em ordem crescente, temos:
0, 0, 1, 2, 3, 3, 3, 3, 5, 5, 6

Me
Veja que temos 5 valores à esquerda da mediana 3 e 5 valores a direita.

Matemática para Vestibular e Concursos 97


Fórmulas e Propriedades

2º) Os seguintes preços referem-se ao valor do litro de


gasolina, coletados em 8 postos de determinada cidade: R$ 2,59;
R$ 2,66; R$ 2,62; R$ 2,70; R$ 2,64; R$ 2,65; R$ 2,68; R$ 2,67.

Colocando em ordem crescente, temos:


R$ 2,59; R$ 2,62; R$ 2,64; R$ 2,65; R$ 2,66; R$ 2,67; R$ 2,68; R$ 2,70

Termos centrais

Como temos um número par de valores (8), a mediana é a média aritmética


entre os dois termos centrais.
2, 65  2, 66
Me   2, 655
2

98 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

33 - Números Complexos

INTRODUÇÃO
Considerando como universo o conjunto R, a equação
x2 + 1 = 0 não admite solução.
Há um campo numérico "mais amplo" do que R, da
qual R é um subconjunto, onde esta equação possui solução: é o
conjunto dos números complexos, C.
Denominamos de números complexos os números a + bi,
sendo a e b números reais e i a unidade imaginária, para o qual
i2 = –1.

FORMA ALGÉBRICA

Z = a + bi onde a, b  R e i  1

parte real Re(Z) parte imaginária Im(Z)

Exemplos:
 parte real  6
a) Z = 6 – 3i é um número complexo com 
 parte imaginária   3
 parte real  0
b) Z = 5i é um número complexo com 
 parte imaginária  5
 parte real  8
c) Z = 8 é um número complexo com 
 parte imaginária  0

OBSERVAÇÃO:
Sendo Z = a + bi um número complexo, podemos associar
a ele o par ordenado Z = (a, b).
Z = –3 + 4i onde Z = (–3, 4)
Z = –2i onde Z = (0, –2)

IMPORTANTE:
Dado Z = a + bi, temos:
Z = a  número real (b = 0)
Z = bi  número imaginário puro (a = 0 e b  0)

Matemática para Vestibular e Concursos 99


Fórmulas e Propriedades

OPERAÇÕES COM COMPLEXOS


 Adição, subtração e multiplicação: de números complexos da forma
a + bi são realizadas de maneira análoga à utilizada para efetuar essas operações no
caso de binômios da forma a + bx. Lembre-se que i2 = –1.

 Divisão: Dados os números complexos Z1 = a + bi e Z2 = c + di,


Z1
podemos obter o quociente de Z1 por Z2 escrevendo-as sob a forma e
Z2
multiplicando os dois termos da fração pelo conjugado de Z2.
IMPORTANTE: Dado um número complexo Z = a + bi, chama-se
conjugado de Z, que se indica por Z , ao nº complexo Z = a – bi.
bi
POTÊNCIAS DE i

io = 1 i1 = i i2 = 1 i3 = i

IMPORTANTE:
Para calcularmos a potência de in, com n  N e n > 3,
efetuamos a divisão de n por 4 e consideramos o resto r dessa
divisão como sendo o novo expoente de i.
in = ir
Exemplo:
Calcular: i23
23 4
3 5
i23 = i3 = –1 expoente do i

PLANO DE ARGAND-GAUSS
O número Z = a + bi é representado no ponto P de coordenadas (a, b).
Dizemos que P é o afixo ou imagem de Z.
E. I.

b P(a, b)

0 a E. R.

100 Matemática para Vestibular e Concursos


Fórmulas e Propriedades

MÓDULO DO COMPLEXO
Dado o complexo Z = a + bi, a  R e b  R, denominamos módulo de Z e
indicamos por |Z| ou  a raiz quadrada aritmética da soma dos quadrados das partes
real e imaginária de Z.
y

b Z
O módulo de Z é
igual a distância
entre a origem e o
 Z =  = a 2 + b2
afixo de Z.
0 a x

OBS.: Chama-se norma de um número complexo Z = a + bi ao número


real e positivo N(Z).
N (Z) = a2 + b2 ou | Z |2
Norma é o quadrado do módulo.

ARGUMENTO DE UM COMPLEXO
Chama-se argumento de Z, não nulo, ao ângulo  (teta), 0    2, tomado no
sentido anti-horário, em que se verificam as igualdades abaixo.

y a
cos  =
b Z Argumento 

b
 sen  =
a x

0

FORMA TRIGONOMÉTRICA OU POLAR


A forma Z = a + bi é chamada forma algébrica do número complexo Z.
Uma outra forma de representação para os números complexos é denominada forma
trigonométrica ou polar. Considerando o complexo não nulo Z = a + bi, a  R e b
 R, de módulo  e argumento , temos:

Z =  . (cos  + i sen )

Matemática para Vestibular e Concursos 101


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PRIMEIRA FÓRMULA DE MOIVRE


A multiplicação na forma trigonométrica permite obter uma fórmula
elegante para a potência de expoente natural de um número complexo. Dados o
número complexo Z = .(cos  + i.sen ), não nulo, e o número inteiro n, então :

Zn = n . (cos n. + i.sen n.)

SEGUNDA FÓRMULA DE MOIVRE


Dados o número complexo Z = .(cos  + i.sen ), não nulo, o número
inteiro n e k variando de 0 a n  1, podemos afirmar que as raízes enésimas de Z,
com Z  0, serão dadas pela expressão:

    2k     2k  
Zk  n  cos    i.sen  
  n   n 

OBSERVAÇÕES:

1º) As raízes enésimas de Z são os afixos de n pontos que dividem a



circunferência de centro na origem e raio n ρ em n arcos congruentes de rad .
n
Esses pontos são vértices de polígonos regulares inscritos na circunferência.

2º) A soma da raízes enésimas de Z é igual a zero.

3º) Os argumentos dessas raízes formam uma progressão aritmética de


θ 2π
primeiro termo e razão .
n n

102 Matemática para Vestibular e Concursos


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34 - Polinômios

DEFINIÇÃO
Toda função definida pela relação P(x) = anxn + an -1xn - 1 + an -2xn - 2 + . . . +
a2 x + a1x1 + a0 é denominada função polinomial ou, simplesmente, polinômio.
2

P(x) = anxn + an -1xn - 1 + an -2xn - 2 + .... + a2 x 2 + a1x1 + a0

an , an - 1 , an -2 , ... a2 , a1, a0  coeficientes reais


n  IN
x  C é a variável

OBSERVAÇÕES:
1º) Se an  0, o expoente máximo n é dito grau de polinômio (GP = n ).
Exemplos:
P(x) = x3 + 2x2 + 4  GP = 3
P(x) = 0x4 + 3x3 + x + 1  GP = 3
P(x) = 5  GP = 0
P(x) = 0  não se define o grau

2º) Se P(a) = 0, o número a é denominado raiz ou zero de P(x).

3º) Um polinômio é dito identicamente nulo quando todos os seus coeficientes são
nulos ( Px   0 ).

DIVISÃO DE POLINÔMIOS

Método da Chave A(x)  dividendo


A(x) B(x) B(x)  divisor
R(x) Q(x) Q(x)  quociente
R(x)  resto

 A(x)  B(x).Q(x) + R(x) O dividendo é idêntico ao produto do divisor pelo


quociente adicionado ao resto.

 GQ = GA - GB O grau do quociente é igual ao grau do dividendo


menos o grau do divisor

 GR < GB ou R(x)  0 O grau do resto é menor que o grau do divisor ou o


resto é zero ( A(x) divisível por B(x) ).

Matemática para Vestibular e Concursos 103


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TEOREMA DO RESTO
O resto da divisão P(x) por (x – a) é P(a).

P(a) = RESTO

Exemplo:
 Qual o resto da divisão de P(x) = x3 + 2x2 – 4 por D(x) = x – 2?
A raiz do divisor é dada por: x – 2 = 0  x = 2
P(2) = (2)3 + 2(2)2 – 4 = 8 + 8 – 4 = 12
Logo, o resto = P(2) = 12

TEOREMA DA DIVISIBILIDADE
Se um polinômio P(x) é divisível separadamente por (x  a) e (x  b), com
a  b, então P(x) é divisível pelo produto (x  a).(x  b).

ALGORITMO DE BRIOT-RUFFINI
Vamos dividir P(x) = 3x3  5x2 + x  2 por (x  2)
2 3 5 1 2
2 . 3 + (5) 2.1+1 2 . 3 + (2)
3 1 3 4

Q(x) = 3x2 + x + 3
R(x) = 4
Procedimentos:

1º) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo (ordenadamente) no


seguinte dispositivo. Se o polinômio P(x) não tivesse o termo em x 2, o coeficiente
desse termo seria igual a zero.
2º) Repetimos (abaixamos o primeiro coeficiente do dividendo.
3º) Multiplicamos a raiz do divisor pelo coeficiente repetido e somamos o produto
com o segundo coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste.
4º) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do segundo
coeficiente e somamos o produto com o terceiro coeficiente, colocando o resultado
abaixo deste, e assim sucessivamente.
5º) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os
números que ficam à esquerda deste são os coeficientes do quociente. O grau do
quociente é o grau do dividendo subtraído de um.

104 Matemática para Vestibular e Concursos


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35 - Equações Polinomiais

DEFINIÇÃO
Denominamos equação polinomial algébrica de grau n a equação:
anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + .... + a1x + a0 = 0
onde o primeiro membro é um polinômio P(x) de grau n (an  0).
Os coeficientes de P(x) são também chamados coeficientes da equação. Em
particular, an é chamado coeficiente dominante e a0 é chamado termo
independente.

TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÀLGEBRA


Toda equação algébrica P(x) = 0 de grau n (n  1), admite pelo menos uma
raiz complexa (real ou não).
Por este teorema, toda a equação algébrica P(x) = 0 tem n raízes (não
necessariamente distintas).

TEOREMA DA DECOMPOSIÇÃO
Todo polinômio P(x) = anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + .... + a1x + a0 de grau n,
com n  1, pode ser decomposto em n fatores do 1º grau multiplicados pelo
coeficiente an, isto é:
P(x) = an(x – x1) . (x – x2) . ... . (x – xn), onde x1, x2, ...., xn são raízes da equação
P(x) = 0.
A curva apresentada abaixo corresponde ao gráfico da função polinomial
P(x) = x3 – 2x2 – x + 2.

termo
independente

O termo independente de P(x) representa o valor onde a curva intercepta o


eixo y. Note que –1, 1 e 2 são as três raízes de P(x), pois, observando o gráfico,
temos P(–1) = P(1) = P(2) = 0 (valores onde a curva intercepta o eixo x). Assim
podemos decompor P(x) da seguinte forma: P(x) = (x + 1)(x – 1)(x – 2).

Matemática para Vestibular e Concursos 105


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MULTIPLICIDADE DE UMA RAIZ


As raízes de uma equação algébrica podem ser todas distintas ou não. Se
uma equação algébrica tiver duas raízes iguais, a raiz terá multiplicidade 2, isto é,
será uma raiz dupla; se tiver três raízes iguais, a raiz terá multiplicidade 3, isto é, será
uma raiz tripla; e assim sucessivamente. Se o número x for só uma vez raiz de uma
equação algébrica, ele será chamado raiz simples.
Ex.: x (x  2)2.(x + 1)3.(x  3) = 0
(x  0).(x  2).(x  2).(x + 1).(x + 1).(x + 1).(x  3) = 0
1  raiz tripla
2  raiz dupla  As raízes múltiplas devem ser
contadas como diferentes.
0  raiz simples (nula)  O grau da equação é igual a
3  raiz simples (não nula) soma das multiplicidades.

REBAIXAMENTO DO GRAU DA EQUAÇÃO


O teorema de D’Alembert afirma que um polinômio P(x) é divisível por
x – a se, e somente se, P(a) = 0, isto é, se a é uma raiz de P(x). Nesse caso podemos
escrever: P(x) = Q(x).( x – a )
Usando o algoritmo de Briot-Ruffini, podemos rebaixar o grau da equação.
Se conhecermos uma raiz podemos baixar um grau na equação.

PROPRIEDADES DAS RAÍZES

P1  Se um número complexo (a + bi) é raiz da equação algébrica P(x) = 0, de


coeficientes reais, o complexo conjugado (a – bi) é também raiz da equação.
Portanto, o número de raízes complexas é sempre par.
P2  Toda equação de grau ímpar, com coeficientes reais, admite pelo menos uma
raiz real.
P3  Toda equação que possuir termo independente nulo (igual a zero) deverá ter
tantas raízes nulas quanto for o valor do seu menor expoente.
P4  Se a soma dos coeficientes da equação algébrica P(x) = 0, de coeficientes
reais, for igual a zero, o número 1 é a raiz desta equação.
P5  Se a equação algébrica P(x) = 0, com coeficientes inteiros e termo
independente não nulo, admite uma raiz inteira, então esta raiz é divisor do termo
independente.

106 Matemática para Vestibular e Concursos


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RELAÇÕES DE GIRARD
Vamos estabelecer algumas relações entre os coeficientes de uma equação
algébrica e as raízes da mesma. De posse dessas relações e conhecendo mais alguma
informação sobre raízes, podemos muitas vezes resolver a equação.
com x1, x2, x3, ..., xn
anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + .... + a1x + a0 = 0 as raízes.

-a n - 1
Soma = x1 + x 2 + x 3 + ... + x n =
an

an - 2
x1 . x 2 + x1 . x 3 + ... + x n - 1 . x n =
an
. . . .
. . . .
. . . .
a0
Produto = x1 . x 2 . x 3 . ... . x n =  -1 
n
.
an

Particularidades
ax3 + bx2 + cx + d = 0 ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0

-b -b
S = x1 + x 2 + x 3 = S = x1 + x 2 + x3  x 4 =
a a
c c
x1 . x 2 + x 2 . x 3 + x1 . x 3 = x1 . x 2 + x1 . x 3 + ...  x 3 . x 4 =
a a
-d d
P = x1 . x 2 . x3 = x1 . x 2 . x 3 + ...  x1 . x 3 . x 4 = -
a a
e
P = x1 . x 2 . x 3 .x 4 =
a

Matemática para Vestibular e Concursos 107


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36 - Anexos

NOTAÇÕES E SÍMBOLOS MATEMÁTICOS

Relações entre grandezas Teoria dos conjuntos


= igual  pertence  não contém
 complementar de B
 idêntico não pertence CBA
em relação a A
complementar de A
qualquer que seja
~ semelhante  A em relação a certo
ou para todo
universo U
 proporcional V ou  união
 diferente  e  interseção
 aproximadamente  existe  conjunto vazio
 aproximadamente  não existe { } conjunto vazio
< menor  existe um único  implica
> maior  está contido  se e somente se
 menor ou igual  contém  tal que
 maior ou igual  não está contido  infinito

Álgebra Geometria Unidades


a valor absoluto de a  perpendicular 1 m3 1000 litros
 adição (mais) ortogonal 1 dm3 1 litro
 subtração (menos)  paralelo 1 cm3 0,001 litro
. ou x multiplicação  concorrente 1 cm3 1 ml
: ou  divisão  congruente 1 ha 10000 m2
am a elevado na m  triângulo 1609 m 1 milha terrestre
raiz quadrada  ângulo 1852 m 1 milha marítima
n raiz n-ésima arco 1 pol 2,54 cm
logb logaritmo na base b o grau 1 rad 57,30
ln logaritmo natural  minuto 1 pé 30,48 cm
! fatorial  segundo 1 jarda 91,44 cm

108 Matemática para Vestibular e Concursos


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ALFABETO GREGO

A  alfa   ni
  beta   csi
  gama   ômicron
  delta   pi
  epsílon   ro
  zeta   sigma
  eta   tau
  teta   ípsilon
  iota  fi
  kapa   qui
  lambda   psi
  mi   ômega

VALORS USUAIS

2 1,4142 sen 450 0,7071


0
3 1,7320 cos 45 0,7071
 3,1415 tg 45 0
1
e 2,7182 sen 600 0,8660
0 0
sen 30 0,5 cos 60 0,5
0 0
cos 30 0,8660 tg 60 1,7320
0
tg 30 0,5773 logbb 1

Matemática para Vestibular e Concursos 109


Fórmulas e Propriedades

Bibliografia

Barreto Filho, Benigno & Xavier da Silva, Cláudio. Matemática: aula por aula.
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Coleção Revista Professor de Matemática. Rio de Janeiro, SBM, de 1983 a 2009.

Dante, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. São Paulo, Ática, 2007.

Giovanni, José Ruy. Matemática: uma nova abordagem. São Paulo, FTD, 2000.

Guelli, Oscar. Contando a história da matemática. São Paulo, Ática, 1993.

Hoffmann, Laurence D. & Bradley, Geral L..Cálculo: um curso moderno e suas


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Iezzi, Gelson et alii. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo, Atual


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Ifrah, Georges. Os números: história de uma grande invenção. Rio de Janeiro,


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Machado. Antonio dos Santos. Matemática: temas e metas. São Paulo, Atual,
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Matemática, volume único: construção e significado. Coordenação técnica José


Luiz Pastore Mello. São Paulo, Moderna, 2005.

Perelman, Y. Algebra recreativa. Traducido del ruso por C. Perez y F. Petrov.


Moscú, Mir, 1978

110 Matemática para Vestibular e Concursos


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Matemática para Vestibular e Concursos 111


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Pedidos e correspondência:
matematica@matematica.com.br

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