A recompensa do Discípulo (II coríntios 4:16-18)

Sabemos que ser discípulo de Jesus envolve muitas dificuldades e

desafios como negar-se a si mesmo, carregar a cruz, renunciar à
vingança, não se deixar contaminar por este mundo, cumprir a missão
que o Senhor nos concedeu tendo o diabo, a carne e o mundo como
inimigos. Entretanto, o chamado ao discipulado é a maior riqueza e
privilégio que podemos ter na vida. Todo esforço, privação, perdas
tudo valerá a pena.
Nesta tarde, vamos pensar a partir deste texto sobre a
recompensa dos discípulos, por estarmos em Cristo:
Paulo começa o texto dizendo por isso não desanimamos
(exaustos, esgotados...) O que nos diferencia desse mundo não tem
nada a ver com as realidades que enfrentamos, mas com a maneira
que reagimos a elas e aos cenários a nossa volta.
Paulo teria todos os motivos para desanimar por tudo que passou
e estava sofrendo por ser discípulo de Cristo, mas ele nos vai
apresentar a razão de seu encorajamento constante:

1-A morte deixou de ter poder integral sobre nós (v.16) -

2 Coríntios 4:16 - Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo
que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem
interior se renova de dia em dia.
Ao nos tornarmos discípulos de Cristo, a morte perdeu seu poder
sobre nós. Ela agora tem uma ação pontual do lado de fora, mas
dentro de nós reina a vida. As realidades externas que
experimentamos por piores que sejam não mudam nossas condições
internas.
Nossa fraqueza física é notória e indisfarçável. O tempo esculpe
em nossa face rugas profundas. Cada fio de cabelo branco que surge
em nossa cabeça é a morte nos chamando para um duelo. Nosso
homem exterior, ou seja, nosso corpo enfraquece-se
progressivamente, vai sucumbindo no passar do tempo e pelas
enfermidades. Mas, ao mesmo tempo, nosso homem interior, ou seja,
nosso verdadeiro ser se renova de dia em dia, sendo transformado de
glória em glória na imagem de Cristo. (Isaias 40:31 “Mas os que
esperam no Senhor renovarão as suas forças...)
Que diferença de outrora quando a morte reinava integralmente
em nossas vidas, de modo progressivo do lado de fora, mas completo
do lado de dentro. Porque enquanto o homem exterior está morrendo,
o interior já está corrompido e morto por completo!

2-Todas as circunstâncias adversas que enfrentamos tornaram-se

leves e momentâneas quando comparadas ao peso de glória eterna
que nos aguarda V.17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,"
Paulo não está menosprezando suas dificuldades, o que é
evidenciado pelas muitas vezes em que ele faz a lista de seus
sofrimentos (1Co 4.11-13; 2Co 1.8-10; 4.8, 9; 6.4-10; 11.23-27; 12.10).
A metáfora do “peso” se mostra muito útil. O “peso” em si é
sempre algo relativo. Medida pela força própria de Paulo “a tribulação
na Ásia” era insuportavelmente pesada. Agora, porém, ele mede seu
sofrimento por Jesus, pelo “eterno peso de glória”, que já é
infinitamente superior ao peso da tribulação pelo fato de possuir
eternidade. Diante da magnitude do “eterno” qualquer número, por
maior que seja, é ínfimo. A “glória” divina sobressai também por si
mesma a todos os sofrimentos.
O que Paulo está dizendo é que Aqui sofremos, choramos e
sangramos. Porém, em comparação com a glória por vir a ser revelada
em nós, nossas tribulações são leves e passageiras.
 O presente é doloroso, mas o futuro é glorioso. Nosso destino
final não é um corpo caquético, mas um corpo de glória. Nossa jornada
não termina em uma tumba fria, mas na Jerusalém celestial. Nosso fim
não é a morte, mas a vida eterna.
O nosso futuro de glória deve encorajar-nos a enfrentar com
alegria a nossa presente tribulação. O que seremos deve nos encher de
esperança para irmos além das limitações de quem somos.

Conclusão:
Vale a Pena ser discípulo de Jesus! A nossa recompensa como
discípulo vai além de um destino ou algo que receberemos no fim da
vida, mas uma benção que já começou nesta vida e se estenderá por
toda a eternidade.
1 Pedro 5:10 - Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou
à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo
vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
Romanos 8:18 - Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos
do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser
revelada em nós.
2 Coríntios 3:18 - E todos nós, com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito.