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XXXIII - Resolução nº 348

Aprova a Norma para Certificação e Ho-

mologação de Cabos Pára-raios com Fibras

Ópticas para Linhas Aéreas de Transmissão

(OPGW).

O CONSELHO DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE

TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL, no uso das atribuições que lhe

foram conferidas pelo art. 22 da Lei n.º 9.472, de 16 de julho de

1997, e art. 35 do Regulamento da Agência Nacional de Teleco-

municações, aprovado pelo Decreto n.º 2.338, de 7 de outubro de

1997,

CONSIDERANDO os comentários recebidos em decorrência

da Consulta Pública n.º 434, de 31 de março de 2003, publicada no

Diário Oficial da União de 1º de abril de 2003;

CONSIDERANDO que, de acordo com o que dispõe o in-

ciso I do Art. 214 da Lei n.º 9.472, de 1997, cabe à Anatel editar

regulamentação em substituição aos regulamentos, normas e demais

regras em vigor;

CONSIDERANDO deliberação tomada em sua Reunião n.º

266, realizada em 27 de agosto de 2003, resolve:

Art. 1ºAprovar a Norma para Certificação e Homologação de

Cabos Pára-raios com Fibras Ópticas para Linhas Aéreas de Trans-

missão (OPGW), na forma do Anexo a esta Resolução.

Art. 2ºEsta Resolução entra em vigor na data de sua pu-

blicação.

LUIZ GUILHERME SCHYMURA DE OLIVEIRA

ANEXO

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO

DE CABOS PÁRA-RAIOS COM FIBRAS ÓPTICAS PA-

RA LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO (OPGW)

1. Objetivo
Esta norma estabelece os requisitos mínimos a serem de-

monstrados na avaliação da conformidade de cabos pára-raios com

fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) para efeito

de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Tele-

comunicações.

2. Referências

Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referên-

cias:

I-

NBR 6814 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência

Elétrica - Método de ensaio;

II - NBR 7272 - Condutores elétricos de alumínio - Ruptura

e característica dimensional - Método de ensaio;

III - NBR 7303 - Condutores elétricos de alumínio - Fluência

em condutores de alumínio - Método de ensaio;

IV - NBR 9136 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de

penetração de umidade - Método de ensaio;

V - NBR 9140 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de com-

paração de cores - Método de ensaio;

VI - NBR 9149 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de

escoamento do composto de enchimento -Método de ensaio;

VII - NBR 13489 - Fibras ópticas - Determinação da largura

de banda - Método de ensaio;

VIII - NBR 13491 - Fibras ópticas - Determinação da ate-

nuação óptica - Método de ensaio;

IX - NBR 13493 - Fibras ópticas - Determinação do diâ-

metro do campo modal - Método de ensaio;

X - NBR 13502 - Cabos ópticos - Verificação da unifor-

midade de atenuação óptica - Método de ensaio;

XI - NBR 13503 - Ensaio de tensão mecânica constante -

Método de ensaio;
XII - NBR 13504 - Fibras ópticas - Determinação da dis-

persão cromática - Método de ensaio;

XIII - NBR 13507 - Cabos ópticos - Ensaio de compressão

- Método de ensaio;

XIV - NBR 13510 - Cabos ópticos - Ensaio de ciclo término

de cabo - Método de ensaio;

XV - NBR 13511 - Fibras e cabos ópticos - Ensaio de ataque

químico na fibra óptica tingida -Método de ensaio;

XVI - NBR 13512 - cabos ópticos - Ensaio de tração em

cabos ópticos e determinação da deformação da fibra óptica - Método

de ensaio;

XVII - NBR 13519 - Fibras e cabos ópticos - Ensaio de ciclo

térmico na fibra óptica tingida -Método de ensaio;

XVIII - NBR 13520 - Cabos ópticos - Variação de atenuação

- Método de ensaio;

XIX - NBR 13975 - Fibras ópticas - Determinação da força

de extração do revestimento - Método de ensaio;

XX - NBR 13979 - Cabos pára-raios com fibras ópticas para

linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Tração do elemento metálico

(tubo e/ou elemento ranhurado) - Método de ensaio;

XXI - NBR 13980 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Verificação de pro-

tuberâncias internas no tubo metálico - Método de ensaio;

XXII - NBR 13981 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Curto-circuito - Método

de ensaio;

XXIII - NBR 13982 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Vibração eólica - Mé-

todo de ensaio;

XXIV - NBR 13983 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Puxamento pela polia -


Método de ensaio;

XXV - NBR 13984 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Raio mínimo de cur-

vatura - Método de ensaio;

XXVI - NBR 13985 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Tensão - Deformação -

Método de ensaio;

XXVII - NBR 13986 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Tração - Método de

ensaio;

XXVIII - NBR 13987 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Torção - Método de

ensaio;

XXIX - NBR 13988 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Pressurização do tubo

metálico de proteção - Método de ensaio;

XXX - NBR 13991 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Determinação do de-

sempenho térmico - Método de ensaio;

XXXI - NBR 14076 - Cabos ópticos - Determinação do

comprimento de onda de corte em fibra monomodo cabeada - Método

de ensaio;

XXXII - NBR 14422 - Fibras ópticas - Determinação dos

parâmetros geométricos da fibra óptica - Método de ensaio;

XXXIII - NBR 14586 - Cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW) - Determinação dos efeitos

da descarga atmosférica;

XXXIV - NBR 14587-1 - Fibras ópticas - Medição da dis-

persão de modos de polarização parte 1: Varredura espectral - Método

de ensaio;

XXXV - NBR 14587-2 - Fibras ópticas - Medição da dis-


persão de modos de polarização parte 2: Método interferométrico -

Método de ensaio.

3. Abrangência

Esta norma aplica-se aos cabos pára-raios com fibras ópticas

para linhas aéreas de transmissão (OPGW), contemplando os agru-

pamentos em famílias de cabos de construção idêntica e que possuem

a mesma designação genérica vinculada à sua aplicação e insta-

lação.

4. Definições

Para fins desta norma, são adotadas as seguintes defini-

ções:

I - Atenuação: expressão quantitativa do decréscimo de po-

tência eletromagnética que pode ser expresso pela taxa de valores em

dois pontos de uma quantidade de potência relacionada de forma bem

definida;

II - Cabo Pára-raios com Fibras Ópticas (OPGW): cabo pára-

raios de cobertura ou guarda, utilizado preferencialmente em linhas

aéreas de transmissão de energia elétrica, construído de modo a abri-

gar em seu interior fibras ópticas;

III - Capacidade: quantidade de fibras ópticas no interior do

cabo;

IV - Comprimento de Onda de Corte: comprimento de onda,

no espaço livre, acima do qual o modo fundamental é o único modo

confinado na fibra óptica;

V - Diâmetro da Casca: diâmetro do círculo definindo o

centro da casca que é um material dielétrico da fibra óptica que

circunda o seu núcleo;

VI - Diâmetro do Campo Modal: medida de uma largura

transversal de modo guiado em uma fibra óptica monomodo. É cal-

culado a partir da distribuição da intensidade do campo afastado;

VII - Dispersão: alargamento temporal do pulso luminoso de


entrada ao longo do comprimento da fibra óptica, causado prin-

cipalmente por diferença nos caminhos ópticos percorridos em fibras

multimodo (dispersão modal) ou por diferenças de velocidade de

propagação na transmissão de diferentes comprimentos de onda em

fibras monomodo (dispersão cromática). A dispersão resulta em dis-

torção do sinal transmitido;

VIII - Erro de Concentricidade do Campo Modal/Casca: dis-

tância entre o centro do campo modal e o centro da casca;

IX - Erro de Concentricidade Fibra/Revestimento: distância

entre o centro do núcleo e o centro da casca;

X - Família de Cabos: conjunto de produtos de construção

similar que possuem designação genérica vinculada à sua aplicação e

instalação, e que contemplam toda a faixa de capacidade com relação

à quantidade de fibras ópticas no cabo e na unidade básica;

XI - Fibra Óptica de Dispersão Deslocada (DS): guia de

onda dielétrico construído à base de sílica de alta pureza, que apre-

senta comportamento monomodal na região próxima de 1550 nm,

com dispersão cromática zero na região de 1550 nm e protegido por

uma ou mais camadas de acrilato;

XII - Fibra Óptica de Dispersão Deslocada e Não Nula

(NZD): guia de onda dielétrico construído à base de sílica de alta

pureza, que apresenta comportamento monomodal na região próxima

de 1550 nm, com dispersão cromática pequena porém não nula na

região entre 1530 nm e 1565 nm e protegido por uma ou mais

camadas de acrilato;

XIII - Fibra Óptica Monomodo de Dispersão Normal (SM):

guia de onda dielétrico construído à base de sílica de alta pureza, que

apresenta comportamento monomodal na região próxima de 1300 nm,

com dispersão cromática zero na região de 1310 nm e protegido por

uma ou mais camadas de acrilato;

XIX - Fibra Óptica Multimodo Índice Gradual (MM): guia


de onda dielétrico cuja variação dos índices de refração do núcleo e

da casca seguem uma curva parabólica, sendo o índice do núcleo

maior que o da casca;

XX - Modo de Polarização por Dispersão (PMD - “Po-

larization Mode Dispersion”): média dos atrasos diferenciais de grupo

entre os dois modos de polarização ortogonais (rápido e lento) em

uma determinada faixa de comprimento de onda, expresso em

ps/(km)1/2 ;

XXI - Não Circularidade da Casca: diferença entre os diâ-

metros de dois círculos definidos pelo campo de tolerância da casca,

dividida pela medida do diâmetro da casca;

XXII - Unidade Básica: elemento básico do cabo utilizado na

construção do núcleo óptico. Tem função de proteger, agrupar e

identificar as fibras ópticas.

5. Requisitos e Métodos de Ensaios para as Fibras Ópticas

5.1 Requisitos e Métodos de Ensaios para Comprimento de

Onda de Corte

5.1.1 O comprimento de onda de corte para o cabo de fibra

óptica monomodo deve ser menor ou igual a 1270 nm.

5.1.2 O comprimento de onda de corte para o cabo de fibra

óptica monomodo com dispersão deslocada (DS) e monomodo de

dispersão deslocada e não nula (NZD) deve ser menor ou igual a

1350 nm.

5.1.3 O método de ensaio para a verificação do comprimento

de onda de corte no cabo deve ser realizado em conformidade com o

disposto na norma NBR 14076.

5.2 Requisitos e Métodos de Ensaios para o Diâmetro de

Campo Modal das Fibras Monomodo

5.2.1 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica mo-

nomodo (SM) deve ser 9,3 μm ± 0,5 μm em 1310 nm e 10,5 μm ±

0,8 μm em 1550 nm.


5.2.2 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica mo-

nomodo com dispersão deslocada e não nula (NZD) em 1550 nm

deve possuir valor nominal na faixa de 8,0 μm a 11,0 μm, com

variação máxima de ± 10%, em relação ao valor nominal.

5.2.3 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica mo-

nomodo com dispersão deslocada (DS) deve ser 8,1 μm ± 0,8 μm em

1550 nm.

5.2.4 O método de ensaio para a verificação do campo modal

das fibras ópticas monomodo deve ser realizado em conformidade

com o disposto na norma NBR 13493.

5.3 Requisitos e Método de Ensaio para o Diâmetro do

Núcleo das Fibras Multimodo

5.3.1 O núcleo da fibra óptica multimodo de índice gradual

deve apresentar um diâmetro de 50 μm ± 3 μm ou 62,5 μm ± 3

μm.

5.3.2 O método de ensaio para a verificação do diâmetro do

núcleo das fibras ópticas multimodo deve ser realizado em con-

formidade com o disposto na norma NBR 14422.

5.4 Requisito e Método de Ensaios para o Diâmetro da

Casca

5.4.1 A casca da fibra óptica, deve ter um diâmetro de 125

μm ± 2 μm.

5.4.2 O método de ensaio para a verificação do diâmetro da

casca deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma

NBR 14422.

5.5 Requisito e Método de Ensaio para Não Circularidade da

Casca

5.5.1 A fibra óptica não deve apresentar um valor de não

circularidade superior a 2%.

5.5.2 O método de ensaio para a verificação da não cir-

cularidade da casca deve ser realizado em conformidade com o dis-


posto na norma NBR 14422.

5.6 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de

Concentricidade Fibra / Revestimento

5.6.1 O erro de concentricidade fibra/revestimento deve ser

inferior a 12 μm.

5.6.2 O método de ensaio para a verificação da concen-

tricidade fibra/revestimento deve ser realizado em conformidade com

o disposto na norma NBR 14422.

5.7 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de

Concentricidade Campo Modal/Casca

5.7.1 O erro de concentricidade campo modal/casca da fibra

óptica monomodo deve ser no máximo 0,8 μm.

5.7.2 O método de ensaio para a verificação da concen-

tricidade Campo Modal/Casca deve ser realizado em conformidade

com o disposto na norma NBR 14422.

5.8 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de

Concentricidade Núcleo/Casca

5.8.1 O erro de concentricidade entre o núcleo e a casca da

fibra óptica multimodo índice gradual deve ser inferior a 6%.

5.8.2 O método de ensaio para a verificação da concen-

tricidade Núcleo/Casca deve ser realizado em conformidade com o

disposto na norma NBR 14422.

5.9 Requisito e Método de Ensaio para Extração do Re-

vestimento da Fibra Óptica

5.9.1 A força de extração do revestimento da fibra óptica

cabeada deve ser de, no mínimo 1,5 N e de, no máximo, 10,0 N.

5.9.2 O método de ensaio para extração do revestimento da

fibra óptica deve ser realizado em conformidade com o disposto na

norma NBR 13975.

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