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NOV 2001 NBR 14772


Cabo óptico de terminação -
Especificação
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:086.01 - Comissão de Estudo de Cabos de Fibras Ópticas
NBR 14772 - Optical fibres cables - Indoor/outdoor optical fiber cables -
Specification
Descriptor: Optical fiber cable
Copyright © 2001
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 31.12.2001
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Palavra-chave: Cabo óptico 10 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis na fabricação dos cabos ópticos de terminação.

1.2 Estes cabos são indicados para instalações internas e externas, interligando cabos ópticos externos da última emenda
às instalações internas comerciais, industriais e residenciais. Este cabo não se aplica a instalações externas aéreas.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 7310:1982 - Transporte, armazenamento e utilização de bobinas de condutores elétricos em madeira - Procedi-
mento

NBR 9136:1998 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de penetração de umidade - Método de ensaio

NBR 9140:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de comparação de cores - Método de ensaio

NBR 9141:1998 - Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos - Ensaio de tração e alongamento à ruptura - Método de en-
saio
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2 NBR 14772:2001

NBR 11137:2000 - Carretéis de madeira para acondicionamento de fios e cabos elétricos - Dimensões e estruturas
NBR 13486:1995 - Fibras ópticas - Terminologia
NBR 13487:2000 - Fibras ópticas tipo multimodo índice gradual - Especificação
NBR 13488:2000 - Fibras ópticas tipo monomodo de dispersão normal - Especificação
NBR 13491:2000 - Fibras ópticas - Determinação da atenuação óptica - Método de ensaio
NBR 13502:2000 - Fibras ópticas - Verificação da uniformidade da atenuação óptica - Método de ensaio
NBR 13507:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de compressão - Método de ensaio
NBR 13508:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de curvatura - Método de ensaio
NBR 13509:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de impacto - Método de ensaio
NBR 13510:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de ciclo térmico - Método de ensaio
NBR 13511:2001 - Fibras e cabos ópticos - Ensaio de ataque químico a fibra óptica tingida - Método de ensaio
NBR 13512:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de tração em cabos ópticos e determinação da deformação da fibra óptica -
Método de ensaio
NBR 13513:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de torção - Método de ensaio
NBR 13514:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de flexão alternada - Método do ensaio
NBR 13517:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de abrasão - Método de ensaio
NBR 13518:1995 - Cabos ópticos - Ensaio de dobramento - Método de ensaio
NBR 13519:2001 - Fibras e cabos ópticos - Ensaio de ciclo térmico na fibra óptica tingida - Método de ensaio
NBR 13520:2000 - Fibras ópticas - Determinação da variação da atenuação óptica - Método de ensaio
NBR 13975:1997 - Fibras ópticas - Determinação da força de extração do revestimento - Método de ensaio
NBR 14076:1998 - Cabos ópticos - Determinação do comprimento de onda de corte em fibra monomodo cabeada -
Método de ensaio
NBR 14104:1998 - Amostragem e inspeção em fábrica de cabos e cordões ópticos - Procedimento
NBR 14106:1998 - Cordão óptico monofibra - Especificação
NBR 14602:2000 - Fibras ópticas tipo monomodo de dispersão deslocada - Especificação
NBR 14604:2000 - Fibras ópticas monomodo de dispersão deslocada e não nula - Especificação
NBR 14705:2001 - Classificação dos cabos internos para telecomunicações quanto ao comportamento frente à chama -
Especificação
NM-IEC 60811-1-1:2001 Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos.
Parte 1: Métodos para aplicação geral. Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para a de-
terminação das propriedades mecânicas
Munsell Book of Color
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 13486 e as seguintes:
3.1 cabo óptico de terminação: Conjunto constituído por unidades básicas de cordões ópticos, elementos ópticos ou fi-
bras ópticas, elemento de tração dielétrico, eventuais enchimentos, núcleo seco e protegidos por uma capa externa de ma-
terial termoplástico retardante à chama.
3.2 elemento óptico: Conjunto constituído por uma fibra óptica com revestimento primário em acrilato e com revestimento
secundário de material termoplástico.
4 Requisitos gerais
Na fabricação dos cabos ópticos de terminação, devem ser observados processos de modo que os cabos prontos satisfa-
çam os requisitos técnicos fixados por esta Norma.
4.1 Designação dos cabos ópticos de terminação
Os cabos ópticos de terminação são designados pelo seguinte código:
CFOT - X - Y - Z - W
onde:
CFOT é o cabo óptico de terminação;
X é o tipo de fibra óptica, conforme a tabela 1;
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Y é a formação do núcleo, conforme a tabela 2;

Z é o número de fibras ópticas, conforme a tabela 3;

W é o grau de proteção do cabo quanto ao comportamento frente à chama, conforme apresentado na tabela 4 e defini-
do em 5.2.5.

Tabela 1 - Tipo de fibra óptica

Tipo de fibra óptica X

Multimodo MM

Monomodo com dispersão normal SM

Monomodo com dispersão deslocada para 1 550 nm DS

Monomodo com dispersão deslocada e não nula NZD

Tabela 2 - Formação do núcleo

Formação do núcleo Y

Cordões ópticos MF

Elementos ópticos EO

Unidade básica em tubos encordoados UB

Unidade básica em tubo único UT

Tabela 3 - Número de fibras ópticas

Número de fibras ópticas (Z)


2 4 6 8 10 12 18 24 30 36 48 60 72
84 96 108 120 132 144
NOTA - O número máximo de fibras ópticas no cabo está associado à formação do núcleo, sendo
estabelecido em 4.4.

Tabela 4 - Grau de proteção do cabo

Grau de proteção do cabo W


Cabo óptico interno geral COG
Cabo óptico interno plenum COP
Cabo óptico interno riser COR
Cabo óptico interno com baixa emissão de fumaça e
LSZH
livre de halogênios - low smoke and zero halogen

4.2 Materiais do cabo

4.2.1 Os materiais constituintes dos cabos ópticos de terminação devem ser dielétricos.

4.2.2 Os materiais utilizados na fabricação do cabo devem ser compatíveis entre si.

4.2.3 Os materiais utilizados na fabricação dos cabos que têm função estrutural devem ter suas características contínuas ao
longo de todo o comprimento do cabo.

4.3 Fibras ópticas

4.3.1 As fibras ópticas tipo multimodo índice gradual utilizadas na fabricação dos cabos devem estar conforme NBR 13487.

4.3.2 As fibras ópticas tipo monomodo com dispersão normal utilizadas na fabricação dos cabos devem estar conforme
NBR 13488.

4.3.3 As fibras ópticas tipo monomodo com dispersão deslocada para 1 550nm utilizadas na fabricação dos cabos devem
estar conforme a NBR 14602.

4.3.4 As fibras ópticas tipo monomodo com dispersão deslocada e não nula utilizadas na fabricação dos cabos devem estar
conforme a NBR 14604.

4.3.5 Não são permitidas emendas nas fibras ópticas durante o processo de fabricação do cabo.
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4.4 Formação do núcleo

O núcleo deve ser constituído de unidades básicas de fibras ópticas, cordões ópticos ou elementos ópticos.

4.4.1 Núcleo constituído por unidades básicas de fibras ópticas em tubos encordoados (stranding loose tube)
4.4.1.1 A construção deve conter o elemento central ao redor do qual são dispostos tubetes de material polimérico de forma
longitudinal, helicoidal ou preferencialmente reverso (SZ), contendo em cada tubete uma unidade básica.

4.4.1.2 Os cabos ópticos de até 12 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas, devendo cada uma conter
duas fibras ópticas.

4.4.1.3 Os cabos ópticos de 18 a 36 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas, devendo cada uma conter
seis fibras ópticas.

4.4.1.4 Os cabos ópticos de 48 a 144 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas, devendo cada uma conter
12 fibras ópticas.

4.4.2 Núcleo constituído por fibras ópticas dispostas em tubo único (central loose tube)

4.4.2.1 A construção deve conter um único tubo central de material polimérico, contendo uma ou mais unidades básicas.

4.4.2.2 Os cabos ópticos de até 12 fibras ópticas devem ser constituídos de fibras ópticas reunidas.

4.4.2 3 Os cabos ópticos de 18 a 36 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas, devendo cada uma conter
seis fibras ópticas.

4.4.2.4 Os cabos ópticos de 48 a 72 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas, devendo cada uma conter
12 fibras ópticas.

4.4.3 Núcleo constituído por unidades básicas de cordões ópticos

4.4.3.1 O cordão óptico deve ser conforme NBR 14106.

4.4.3.2 A unidade básica de cordões ópticos deve ser constituída de seis ou 12 cordões agrupados e identificados conforme
4.5.

4.4.3.3 Cabos de até 12 fibras ópticas devem ser constituídos de cordões ópticos reunidos.

4.4.3.4 Cabos de 18 a 36 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas de seis cordões ópticos.

4.4.3.5 Cabos ópticos de 48 a 72 fibras devem ser constituídos de unidades básicas de 12 cordões ópticos.

4.4.4 Núcleo constituído por unidades básicas de elementos ópticos

4.4.4.1 A unidade básica de elementos ópticos deve ser constituída de seis ou 12 elementos agrupados e identificados con-
forme 4.5.

4.4.4.2 Cabos de até 12 fibras ópticas devem ser constituídos de elementos ópticos reunidos.

4.4.4.3 Cabos de 18 a 36 fibras ópticas devem ser constituídos de unidades básicas de seis elementos ópticos.

4.4.4.4 Cabos ópticos de 48 a 72 fibras devem ser constituídos de unidades básicas de 12 elementos ópticos.

4.4.5 Enchimentos de material polimérico

Podem ser colocados enchimentos de material polimérico compatível com os demais materiais do cabo, a fim de formar um
núcleo cilíndrico.

4.5 Identificação das fibras ópticas, dos elementos ópticos, dos cordões ópticos e das unidades básicas

4.5.1 As fibras ópticas, os elementos ópticos, bem como os cordões ópticos e as unidades básicas em formação não con-
cêntrica, devem ser identificados por meio do código de cores conforme tabela 5.

Tabela 5 - Código de cores das fibras ópticas, dos elementos ópticos, dos cordões
ópticos e das unidades básicas

Fibra óptica, elemento óptico, cordão


Cor Valor padrão Munsell
óptico ou unidade básica
1 Verde 2,5 G 4/6
2 Amarela 2,5 Y 8/8
3 Branca ver 4.4.4
4 Azul 2,5 B 5/6
5 Vermelha 2,5 R 4/6
6 Violeta 2,5 P 4/6
7 Marrom 2,5 YR 3,5/6
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Tabela 5 (conclusão)

Fibra óptica, elemento óptico, cordão


Cor Valor padrão Munsell
óptico ou unidade básica
8 Rosa 2,5 R 5/12
9 Preta N2
10 Cinza N5
11 Laranja 2,5 YR 6/14
12 Água-marinha 10 BG 5/4 a 8/4

4.5.2 As fibras ópticas, os elementos ópticos, os cordões ópticos e as unidades básicas devem apresentar um colorido uni-
forme e contínuo, de fácil identificação, com um acabamento superficial liso, ao longo de todo o seu comprimento, conforme
NBR 9140.
4.5.3 É recomendável que as cores das fibras ópticas, dos elementos ópticos, dos cordões ópticos e das unidades básicas
apresentem tonalidade, luminosidade e saturação iguais ou mais elevadas que o valor do padrão Munsell apresentado na
tabela 5, com exceção da cor branca.
4.5.4 É recomendável que a cor branca tenha valor N9 do padrão Munsell de cor, com um limite mínimo de luminosidade
igual a N8,75.
4.5.5 As unidades básicas e os cordões ópticos reunidos de forma concêntrica devem ser identificadas pelo código de co-
res conforme apresentado na tabela 6 ou conforme estabelecido na tabela 5.

Tabela 6 - Identificação das unidades básicas e cordões ópticos

Unidades básicas e cordões ópticos


Tipo de identificação Piloto Direcional Normal
(1) (2) (3 em diante)
Código de cores Verde Amarela Natural ou branca

4.5.6 Outros sistemas de identificação podem ser adotados, devendo ser objeto de acordo entre comprador e fornecedor.
4.6 Proteção do núcleo
O núcleo do cabo deve ser protegido termicamente de forma adequada, de modo a evitar danos às fibras ópticas e às uni-
dades básicas, não permitindo a adesão entre elas, provocada pela transferência de calor durante a aplicação dos revesti-
mentos.
4.7 Elemento de tração
4.7.1 O elemento de tração deve fornecer resistência mecânica ao cabo, de modo que este tenha o desempenho previsto
nesta Norma.
4.7.2 O material do elemento de tração deve ter características contínuas em todo o comprimento do cabo.
4.7.3 São admitidas emendas, desde que sejam atendidos todos os requisitos desta Norma.
4.8 Revestimento externo
4.8.1 Sobre o núcleo do cabo deve ser aplicado por extrusão um revestimento de material termoplástico retardante à chama
na cor preta, contendo aditivos adequados, de forma a atender os requisitos desta Norma e garantir o bom desempenho do
cabo durante sua vida útil.
4.8.2 O revestimento deve ser contínuo, homogêneo e isento de imperfeições.
4.9 Cordão de rasgamento
4.9.1 Sob o revestimento externo devem ser colocados um ou mais fios de material não-metálico, destinados ao corte e
abertura longitudinal do revestimento.
4.9.2 O cordão de rasgamento deve permitir, sem o seu rompimento, a abertura de pelo menos 1 m de revestimento.
4.10 Identificação
4.10.1 No núcleo do cabo deve haver uma identificação legível e indelével contendo impressos o nome do fabricante e o
ano de fabricação, em intervalos não superiores a 50 cm, ao longo do eixo do cabo.
4.10.2 Sobre o revestimento externo devem ser gravados o nome do fabricante, a designação do cabo, o número do lote e o
ano de fabricação, em intervalos de 1 m ao longo do eixo do cabo.
4.10.3 A pedido do comprador podem ser impressas informações adicionais.
4.11 Marcação seqüencial
4.11.1 A marcação métrica seqüencial deve ser feita em intervalos de 1 m, ao longo do revestimento externo do cabo óptico
de terminação.
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4.11.2 A marcação deve ser feita com algarismos de altura, forma, espaçamento e método de gravação ou impressão tais
que se obtenha legibilidade perfeita e permanente. Não são permitidas marcações ilegíveis adjacentes.
4.11.3 Na medida da marcação do comprimento ao longo do eixo do cabo, é tolerada uma variação para menos de até
0,5%, não havendo restrição de tolerância para mais.
4.11.4 A marcação inicial deve ser feita na cor branca ou em relevo. Se a marcação não satisfizer os requisitos anteriores, é
permitida a remarcação na cor amarela.
4.11.5 A remarcação deve ser feita de forma a não se sobrepor à marcação inicial defeituosa.
4.11.6 Não é permitida nenhuma outra remarcação além da citada.
4.12 Unidade de compra
A unidade de compra para os cabos ópticos de terminação deve ser o metro.
4.13 Acondicionamento e fornecimento
4.13.1 Cada lance de cabo deve ser fornecido acondicionado em um carretel de madeira com diâmetro mínimo do tambor
de 22 vezes o diâmetro externo do cabo. A largura total do carretel não deve exceder 1,5 m e altura total não deve ser su-
perior a 2,1 m.
4.13.2 Os carretéis devem conter um número de voltas tais que entre a camada superior e as bordas dos discos laterais
exista um espaço livre mínimo de 6 cm.
4.13.3 Os carretéis utilizados devem estar de acordo com a NBR 11137.
4.13.4 As extremidades do cabo devem ser solidamente presas à estrutura do carretel, de modo a não permitir que o cabo
se solte ou se desenrole durante o transporte.
4.13.5 A extremidade interna do cabo na bobina deve estar adequadamente protegida para evitar danos durante o trans-
porte, ser acessível para testes, possuir um comprimento livre de no mínimo 2 m e ser acomodada com diâmetro de no mí-
nimo 22 vezes o diâmetro externo do cabo.
4.13.6 Após efetuados todos os ensaios exigidos para o cabo, as extremidades do lance devem ser fechadas, a fim de pre-
venir a entrada de umidade.
4.13.7 Cada lance do cabo óptico de terminação deve ter um comprimento nominal de 2 000 m, podendo, a pedido do com-
prador, ser fornecido em comprimento específico. A tolerância de cada lance deve ser de + 3%, não sendo admitidos com-
primentos inferiores ao especificado.
4.13.8 Devem ser marcadas em cada bobina, com caracteres perfeitamente legíveis e indeléveis, as seguintes informa-
ções:
a) nome do comprador;
b) nome do fabricante;
c) número da bobina;
d) designação do cabo;
e) comprimento real do cabo na bobina, em metros;
f) massa bruta e massa líquida, em quilogramas;
g) uma seta ou indicação apropriada para indicar o sentido em que o cabo deve ser desenrolado;
h) identificação de remarcação, quando aplicável.
4.13.9 O transporte, armazenamento e utilização das bobinas dos cabos ópticos de terminação devem ser feitos conforme
NBR 7310.
5 Requisitos específicos
Os requisitos específicos dos cabos ópticos de terminação devem ser conforme os requisitos desta Norma. Caso o cabo
não possua características homogêneas ao longo do perímetro da capa, devem ser realizados os ensaios previstos neste
item que garantam a avaliação do ponto mais frágil.
5.1 Requisitos ópticos
5.1.1 Atenuação óptica
A atenuação das fibras ópticas no cabo deve ser especificada pelo comprador e verificada conforme NBR 13491.
5.1.2 Uniformidade de atenuação óptica
5.1.2.1 Diferença dos coeficientes de atenuação médios
A diferença dos coeficientes de atenuação médios a cada 500 m de cabo não deve apresentar variação maior que o apre-
sentado na tabela 7, conforme NBR 13502.
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Tabela 7 - Acréscimo ou variação de atenuação

Comprimento de onda Acréscimo ou variação (máx.)


Tipo de fibra óptica do coeficiente de
de operação de medida de atenuação
atenuação
nm nm dB
dB/km
Multimodo 850 850 ± 20 0,2 0,2

Multimodo 850/1 300 1 310 ± 20 0,2 0,2

Monomodo 1 310 1 310 ± 20 0,1 0,1

Monomodo 1 310/1 550 1 550 ± 20 0,08 0,1

Monomodo 1 550 1 550 ± 20 0,08 0,1

5.1.2.2 Descontinuidade óptica localizada

Não deve ser admitida descontinuidade óptica localizada na atenuação da fibra óptica com valores superiores a 0,1 dB para
fibras ópticas tipo multimodo índice gradual e 0,05 dB para fibras ópticas tipo monomodo com dispersão normal, monomodo
com dispersão deslocada para 1 550 nm e tipo monomodo com dispersão deslocada e não nula, conforme NBR 13502.

5.1.3 Comprimento de onda de corte

O comprimento de onda de corte das fibras ópticas monomodo com dispersão normal deve ser no máximo de 1 270 nm e
para fibras ópticas monomodo com dispersão deslocada para 1 550 nm e monomodo com dispersão deslocada e não nula
deve ser de no máximo 1 350 nm, após encabeadas, conforme NBR 14076.

5.2 Requisitos ambientais

5.2.1 Ciclo térmico do cabo

Os cabos ópticos devem ser submetidos a -20°C por 48 h, após o que a temperatura deve ser elevada a + 65°C, mantendo-
a neste patamar por um mesmo período de 48 h. Devem ser realizados quatro ciclos térmicos, conforme NBR 13510. É
tolerada uma variação do coeficiente de atenuação de acordo com o apresentado na tabela 7, quando medida conforme a
NBR 13520. As medições ópticas devem ser realizadas ao final de cada patamar e comparadas à medida de referência
realizada no patamar inicial a 25°C.

5.2.2 Ciclo térmico na fibra óptica tingida

A amostra da fibra óptica tingida deve ser submetida a três ciclos térmicos de -15°C a + 60°C, com duração de 8 h cada ci-
clo, após o que ela não deve apresentar variações de coloração quando comparada com a amostra não submetida ao en-
saio, conforme NBR 13519.

5.2.3 Penetração de umidade

O cabo óptico, após ser submetido ao ensaio de penetração de umidade durante um período de 24 h, não deve apresentar
vazamento de água pelas extremidades, conforme NBR 9136.

5.2.4 Requisitos do revestimento externo

O revestimento externo do cabo óptico deve apresentar as características mostradas na tabela 8, conforme NBR 9141.

Tabela 8 - Requisitos ambientais do revestimento externo

Propriedade Requisitos

Envelhecimento acelerado a Tração 20


80°C ± 2°C durante 168 h:
(depreciação máxima) (%) Alongamento 40

5.2.5 Comportamento frente à chama

O comportamento do cabo óptico de terminação frente à chama deve atender como requisito mínimo a classificação COG
conforme NBR 14705. Outras classificações poderão ser acordadas entre comprador e fornecedor.

5.3 Requisitos químicos

5.3.1 Ataque químico à fibra óptica tingida

A amostra da fibra óptica tingida, quando submetida ao ensaio de ataque químico, conforme NBR 13511, não deve apre-
sentar perda de coloração ou remoção de pintura, conforme NBR 9140.
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5.4 Requisitos mecânicos

5.4.1 Deformação na fibra óptica por tração no cabo

O cabo óptico de terminação deve suportar uma tração equivalente a uma vez o peso do cabo por quilômetro, sem a trans-
ferência de esforços que provoquem uma deformação maior que 0,2% nas fibras ópticas, quando tracionado, e 0,05% após
o alívio de tensão, conforme NBR 13512. Durante o ensaio, é tolerada variação de atenuação como apresentado na tabe-
la 7, conforme NBR 13520, e não deve haver descontinuidade óptica localizada, conforme NBR 13502.

5.4.2 Compressão

O cabo óptico de terminação deve suportar uma carga de compressão de 1 000 N, aplicada a uma velocidade de 5 mm/min,
conforme NBR 13507, sem causar variação de atenuação superior a 0,3 dB para fibras ópticas tipo multimodo índice
gradual e 0,2 dB para fibras ópticas tipo monomodo, conforme NBR 13520. Não deve haver, após o ensaio, trincas ou
fissuras no revestimento externo.

5.4.3 Impacto

O cabo óptico de terminação deve suportar 20 ciclos de impacto contínuos, não devendo ocorrer ruptura de fibras ópticas.
Caso ocorra rompimento de uma fibra, o ensaio de impacto deve ser repetido em três novos corpos-de-prova, não sendo
permitido nenhum rompimento adicional, conforme NBR 13509. As massas de impacto devem ser conforme apresentado na
tabela 9.

Tabela 9 - Massas de impacto

Diâmetro externo do cabo D Massa


mm kg
0 < D < 3,8 0,50
3,8 < D < 5,3 1,00
5,3 < D < 7,5 1,50
7,5 < D < 13,0 2,00
13,0 < D < 15,0 3,00
15,0 < D < 16,6 3,50
16,6 < D < 18,9 4,00
18,9 < D < 21,4 4,50
21,4 < D 5,00

5.4.4 Curvatura

O cabo óptico de terminação deve suportar cinco voltas em torno de um mandril, com raio de curvatura igual a seis vezes o
diâmetro externo do cabo, conforme NBR 13508, sem causar variação de atenuação maior que os valores indicados na
tabela 7, conforme NBR 13520. Não deve haver, após o ensaio, trincas ou fissuras no revestimento externo.

5.4.5 Flexão alternada

O cabo óptico de terminação deve suportar o ensaio de flexão alternada, num total de 50 ciclos contínuos, conforme
NBR 13514, sem causar variação de atenuação maior que os valores indicados na tabela 7, conforme NBR 13520.

5.4.6 Torção

O cabo óptico de terminação, após ser submetido ao ensaio de torção durante 10 ciclos contínuos, conforme NBR 13513,
não deve apresentar variação de atenuação maior que os valores indicados na tabela 7, conforme NBR 13520. A distância
entre os pontos de fixação deve ser igual a 10 vezes o diâmetro externo do cabo, com mínimo de 0,2 m. Não deve haver,
após o ensaio, trincas ou fissuras no revestimento externo.

5.4.7 Dobramento

O cabo óptico de terminação, quando submetido ao ensaio de dobramento com massa de tracionamento de 2 kg e raio do
mandril igual a seis vezes o diâmetro externo do cabo, num total de 25 ciclos contínuos, conforme NBR 13518, não deve
apresentar variação de atenuação maior que os valores indicados na tabela 7, conforme NBR 13520. Não deve haver, após
o ensaio, trincas ou fissuras no revestimento externo.

5.4.8 Extração do revestimento da fibra óptica

A força de extração do revestimento da fibra óptica deve ser no mínimo 1,5 N e no máximo 5,0 N, conforme NBR 13975.

5.4.9 Abrasão

O cabo óptico de terminação deve suportar 30 ciclos de abrasão completos, conforme NBR 13517, com força vertical con-
forme indicado na tabela10. Não deve haver, após o ensaio, diminuição superior a 1 mm na espessura do revestimento ex-
terno.
Cópia não autorizada

NBR 14772:2001 9

Tabela 10 - Força vertical

Diâmetro externo do cabo Força


mm N
≤ 14,0 10,0
14,1 a 16,0 15,0
≥ 16,1 20,0

5.5 Requisitos dimensionais

5.5.1 Espessura do revestimento externo

A espessura mínima absoluta do revestimento externo do cabo óptico de terminação deve ser de 1,4 mm, conforme
NBR NM-IEC 60811-1-1.

5.5.2 Uniformidade de espessura

A menor espessura medida do revestimento externo do cabo não deve ser inferior a 70% da maior espessura medida, con-
forme NBR NM-IEC 60811-1-1.
5.5.3 Ovalização

A ovalização do cabo óptico de terminação deve ser no máximo 15%, conforme NBR NM-IEC 60811-1-1. A ovalização deve
ser calculada conforme a equação:

Ov (%) =
(Dmáx. - Dmín. ). 100
Dmín.

onde:

OV é a ovalização percentual do cabo óptico de terminação, em porcentagem;

Dmáx. é o maior valor de diâmetro medido na mesma seção transversal, em milímetros;

Dmín. é o menor valor de diâmetro medido na mesma seção transversal, em milímetros.

5.5.4 Diâmetro externo do elemento óptico

O diâmetro externo do elemento óptico deve ser de 0,90 mm ± 0,15 mm, medido conforme NBR NM-IEC 60811-1-1.

5.5.5 Excentricidade do revestimento secundário do elemento óptico

A excentricidade do revestimento secundário do elemento óptico deve ser inferior a 10%, medida conforme
NBR NM-IEC 60811-1-1.

6.´ Inspeção

6.1 O fabricante deve fornecer todas as facilidades e meios para realização dos ensaios exigidos nesta Norma, quer para os
cabos prontos, quer durante o processo de fabricação, no que diz respeito aos materiais utilizados no cabo.

6.2 As medições de atenuação óptica dos requisitos desta Norma devem ser realizadas no comprimento de onda de acordo
com o apresentado na tabela 7.

6.3 Todos os ensaios e verificações desta Norma estão discriminados e classificados conforme apresentado na tabela 11,
com os respectivos métodos de ensaio e tipos de inspeção, conforme NBR 14104.

Tabela 11 - Classificação e discriminação dos métodos de ensaio

Tipo Ensaio Método de ensaio Inspeção


Atenuação óptica NBR 13491 N
Ópticos Uniformidade de atenuação óptica NBR 13502 N
Comprimento de onda de corte NBR 14076 P
Ciclo térmico do cabo NBR 13510 Q
Ciclo térmico na fibra óptica tingida NBR 13519 Q
Ambientais Penetração de umidade NBR 9136 P
Requistos do revestimento externo NBR 9141 P
Comportamento frente à chama Ver 5.2.5 Q
Químicos Ataque químico à fibra óptica tingida NBR 9140 e NBR 13511 P
Cópia não autorizada
10 NBR 14772:2001

Tabela 11 (conclusão)

Tipo Ensaio Método de ensaio Inspeção


Deformação na fibra óptica por tração no cabo NBR 13512 Q
Compressão NBR 13507 P
Impacto NBR 13509 P
Curvatura NBR 13508 P
Mecânicos Flexão alternada NBR 13514 P
Torção NBR 13513 P
Dobramento NBR 13518 P
Extração do revestimento da fibra óptica NBR 13975 P
Abrasão NBR 13517 Q
Espessura do revestimento externo NBR NM-IEC 60811-1-1 N
Uniformidade de espessura NBR NM-IEC 60811-1-1 N
Dimensionais Ovalização NBR NM-IEC 60811-1-1 P
Diâmetro externo do elemento óptico NBR NM-IEC 60811-1-1 N
Excentricidade do revestimento secundário do elemento
NBR NM-IEC 60811-1-1 N
óptico
Identificação Ver 4.10 N
Visuais Marcação seqüencial Ver 4.11 N
Código de cores Ver 4.5 N
Onde:
N = inspeção normal
P = inspeção periódica
Q = inspeção de qualificação

z Aceitação e rejeição

7.1 Sobre todas as bobinas devem ser aplicados os critérios de aceitação conforme NBR 14104.

7.2 Na inspeção visual, as unidades do lote devem atender às condições estabelecidas em 4.13, exceto em 4.13.8 e 4.13.9.

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