Você está na página 1de 13

ISSN: 2446-9734 DOI: 10.

17648/conemi-2018-91246

O Futuro das Energias


Sustentáveis e
os Desafios para a Engenharia
Industrial
PLANEJAMENTO DA ELEVAÇÃO DAS VIGAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM
VIADUTO NA BR-365 – PATOS DE MINAS – PLANO DE RIGGING

Vitor Affonso Lopes Silveira (1) (vitor-als@hotmail.com), Henrique Carvalho de Souza (2)

(henrique.carvalho388@gmail.com)

(1)
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) - DEMEC - Praça Frei Orlando, 170 - 36307-232 - São
João del-Rei – MG
(2)
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) - DEMEC - Praça Frei Orlando, 170 - 36307-232 - São
João del-Rei – MG

RESUMO: Verifica-se atualmeette que os acidettes tectolmgiicos aueettae ee


frequêtcia e ittetsidade, setdo respotsáveis por ue túeero cada vez eaior de
eortos e feridos. Por outro lmado, sieulmtateaeette a respotsabilmidade para acessar,
avalmiar e ieretciar esses riscos tee aueettado tatto to setor públmico coeo to
privado, visto que a percepção da tecessidade para attecipar, prevetir e reduzir os
riscos está ieplmícita ta sociedade eoderta. O presette trabalmho apresetta as etapas
de elmaboração do Plmato de Riiiiti utilmizado to içaeetto de sete viias de cotcreto
para cotstrução de ue viaduto lmocalmizado to cruzaeetto ettre as BRs 365 e 354,
populmareette cothecido coeo trevo da pipoca, ta ettrada da cidade de Patos de
Mitas – MG. Destaca-se que a eepreiteira respotsávelm pelma obra já havia cottratado
outra eepresa para realmizar os serviços coe os Guitdastes. Nessa prieeira
solmicitação, ocorreu ue acidette to catteiro de obras, otde ue dos equipaeettos
falmhou e esse serviço tão pode ser cotclmuído. Ettão, ao ser solmicitada, a equipe de
etietheiros da CALSIMEC, realmizou uea visita téctica ee jateiro de 2010, para
forealmizar o plmatejaeetto dessa elmevação. Apgs teree sido efetuados os cálmculmos,
cotclmui-se que os valmores etcottrados são coerettes coe os estabelmecidos to
docueetto elmaborado pelma eepresa.

PALAVRAS-CHAVE: Guitdaste, Seiuratça, Plmatejaeetto, Riiiiti

RIGGING PLAN OF A LIFTING SERVICE AT ROAD BR-365 – PATOS DE


MINAS

ABSTRACT: Techtolmoiicalm accidetts are tow itcreasiti it frequetcy atd ittetsity,


accouttiti for at itcreasiti tueber of deaths atd itjuries. At the saee tiee, the
respotsibilmity for accessiti, assessiti atd eataiiti these risks has itcreased it
both the publmic atd private sectors, sitce the perceptiot of the teed to atticipate,
prevett atd reduce risks is ieplmicit it eodert society. The presett work presetts the
staies of elmaboratiot of the Riiiiti Plmat used it the lmiftiti of sevet cotcrete beaes
for the cotstructiot of a viaduct lmocated at the ittersectiot betweet BRs 365 atd
354, populmarlmy ktowt as clmover of popcort, at the ettratce of the city of Patos de
Mitas - MG. It shoulmd be toted that the cottractor respotsiblme for the work had
almready cottracted atother coepaty to perfore the services with the Crates. It this
first request, at accidett occurred duriti activities at the cotstructiot site where ote
of the equipeett failmed atd this service cat tot be coeplmeted. Thet, whet requested,
the CALSIMEC teae of etiiteers eade a techticalm visit it Jatuary 2010 to forealmize

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

the plmattiti of this elmevatiot. After the calmculmatiots have beet eade, it is cotclmuded
that the valmues foutd are cotsistett with those establmished it the docueett prepared
by the coepaty.

KEYWORDS: Riiiiti, Liftiti, Safety, Plmattiti

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta as etapas de elaboração do Plano de Rigging


utilizado no içamento de sete vigas de concreto para construção de um viaduto
localizado no cruzamento entre as BRs 365 e 354, popularmente conhecido
como trevo da pipoca, na entrada da cidade de Patos de Minas – MG. Essa
intervenção fez parte de um pacote de melhorias no fuxo de veículos em
trechos cortados pela BR-365, devido ao grande registro de acidentes com
mortes nessa rodovia nos últimos anos.

A empresa solicitante do serviço, construtora FERFRANCO, contratou a


terceira CALSIMEC para o serviço de elevação de carga que aconteceu no
primeiro semestre de 2010. Assim, a proposta desse trabalho é refazer os
cálculos pertinentes para elaboração de um documento de rigging semelhante,
executando-se o passo a passo fornecido pelo professor, para que os futuros
engenheiros entendam a importância do planejamento formalizado da
movimentação e transporte de cargas.

Como fundamentação teórica, o trabalho apresenta alguns dados coletados


de instituições nacionais e internacionais que mostram uma quantidade
enorme de acidentes envolvendo guindastes só nessa década. Esses dados
permitem concluir que mais de noventa por cento desses acidentes tem sido
causados por falha humana, seja na operação incorreta dos equipamentos, ou
pela falta de um planejamento. Além disso, estudos mostram o quanto tem
sido caro para a indústria lidar com esses acidentes, que quando não fatais,
podem resultar em sérios ricos para a sociedade.

2. OBJETIVO

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 2
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

O objetivo desse trabalho foi conseguir através da nossa Network, um Plano


de Rigging previamente utilizado na indústria, para que o passo a passo de
elaboração desse documento pudesse ser executado pelos alunos.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

O Guindaste é um equipamento utilizado na elevação e movimentação de


cargas e materiais pesados, que se baseia no princípio da física no qual uma ou
mais máquinas simples criam vantagem mecânica para mover cargas além da
capacidade humana. De acordo com as organizações de segurança no
trabalho, é muito comum acidentes com esse tipo de equipamento na indústria
e na construção civil. Por isso, para evitar que esses acidentes ocorram e
otimizar os serviços de elevação, as empreiteiras tem optado pela elaboração
de um documento que simula as condições de trabalho. Este é o Plano de
Rigging.

Verifica-se atualmente que os acidentes tecnológicos aumentam em


frequência e intensidade, sendo responsáveis por um número cada vez maior
de mortos e feridos. De acordo com o site americano www.crateaccidetts.coe,
foram registrados em média um acidente a cada dois dias e uma morte a cada
três, envolvendo operações com guindastes em 2011. As estatísticas
demonstram que em mais de noventa por cento dos acidentes com guindastes
a causa se deve a falha humana.

No Brasil, dois trabalhadores morreram recentemente em São Paulo, em um


acidente de trabalho envolvendo um guindaste com mais de 20 metros de
altura, que caiu sobre eles. Os dois estavam limpando a área e fazendo a
coleta de materiais e usavam capacete e material de proteção, mas os
equipamentos não foram suficientes para protegê-los [Folha de São Paulo].
Além disso, esse exemplo demonstra a proximidade cada vez maior desses
acidentes de trabalho aos ambientes sociais. Ou seja, o acidente extrapola o
espaço do trabalho e ameaça não somente os trabalhadores, mas a população
e estruturas próximas. O preocupante é que esses números tendem a
aumentar. A necessidade de dar conta de grandes obras, em prazos muito
curtos, como os estádios para a Copa de 2014, obras do metrô e as do PAC
sem dúvida vai acarretar mais acidentes.

Por outro lado, simultaneamente a responsabilidade para acessar, avaliar e


gerenciar esses riscos tem aumentado tanto no setor público como no privado,
visto que a percepção da necessidade para antecipar, prevenir e reduzir os

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 3
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

riscos está implícita na sociedade moderna. A norma regulamentadora do


Ministério do Trabalho NR12 possui no seu anexo XII a definição do Plano de
Rigging, sendo o planejamento detalhado e formalizado de uma movimentação
de carga com guindaste. Ele indica por meio do estudo da carga a ser içada,
dos guindastes e acessórios de amarração adequados para a tarefa, esforços
exercidos no piso onde os equipamentos serão posicionados, ação do vento,
interferências aéreas e subterrâneas, layout da área de operação, entre outros
qual a melhor solução para fazer um determinado içamento da maneira mais
segura e eficiente, otimizando os recursos aplicados na operação
(equipamentos, acessórios, preparação de área, etc.), evitar acidentes e perdas
de tempo durante as operações de içamento.

4. METODOLOGIA

O método de elaboração desse Plano de Rigging se baseia no passo a passo


fornecido pelo Professor Doutor Sc. Jorge Nei Brito da Universidade Federal de
São João del-Rei. A princípio, o parâmetro que mais infuência na seleção dos
equipamentos e acessórios é a carga total a ser içada. Então, calcula-se o peso
da peça, as tensões no cabo e os ângulos máximos permitidos para sustentar a
peça. Assim pode-se determinar os acessórios, onde seus valores de peso
também representam uma quantia significativa no valor da carga total de
içamento. Com esses valores determinados já se tem informações suficientes
para o preenchimento dos dados da carga no Formulário de Rigging e fazer a
seleção dos guindastes.

A seguir, será exibido esse passo a passo que foi enumerado de acordo com a
recomendação do orientador:

4.1 Cálculo do Peso da Peça

Como descrito acima, a empresa solicitante contratou a CALSIMEC para o


serviço de içamento de sete (07) vigas de concreto armadas com uma
estrutura de aço em perfil “I”. Portanto, uma maneira de simplificar os cálculos
e economizar tempo seria utilizar apenas o valor da carga mais pesada a ser
içada nos cálculos do peso da peça, uma viga de 50,40 toneladas. Assim,
também pode-se reduzir o número de operadores e equipamentos no canteiro
de obras. Contudo, como se trata de uma peça que possui o comprimento bem

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 4
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

maior que as outras dimensões, então o mais seguro seria utilizar as duas
extremidades da peça para afixar os olhais.

A Figura 1 abaixo representa o diagrama de corpo livre dessa viga mais


pesada, que nos permite quantificar os valores de carga divididos entre as
duas extremidades para realizar o içamento:

Figura 1. Diagrama de corpo livre da viga

Através desse diagrama pode-se calcular os valores de � considerando


que o sistema permanece estático, onde o somatório das forças verticais
atuantes na viga se anula.

Ʃ�� = 0
�+�−�=0
2� = 50,40
� = 25,20 ���

4.2 Determinação do Acessórios

Tabela 1. Acessórios para o içamento das vigas


ITEM DESCIÇÃO QUANTIDA PESO PESO

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 5
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

DE UNITÁRIO TOTAL
1 Moitão 02 600 kg 1200 kg
2 Cabo de aço 04 60 kg 240kg
2”
3 Cinta 04 - -
4 Manilhas 04 2kg 8kg
1.3/4’’
5 Corda Guia 02 - -
6 Dormentes 64 - -

4.3 Preenchimento dos Dados de Carga

A Tabela 2 a seguir, apresenta os dados da carga a ser içada por cada


guindaste, onde a carga total calculada na última linha representa a soma do
peso de todos os componentes:

Tabela 2. Dados da carga estática para cada guindaste


ITEM DESCRIÇÃO PESO UNITÁRIO

1 Viga 25 200 kg
2 Moitão 600 kg
3 Cabo de aço 2’’ 120 kg
4 Manilhas 1.3/4’’ 4 kg

Total carga 25 924 kg


estática

Finalmente, com os valores das cargas de içamento em cada uma das


extremidades da viga, pode-se selecionar o guindaste mais adequado para a
operação.

4.4 Análise da Tabela dos Guindastes

Foram selecionados dois guindastes da marca XCMG, um com


capacidade de 70 e outro de 40 toneladas. Os especialistas no transporte e
elevação de cargas, assim como nosso professor, recomendam que as

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 6
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

especificações dos guindastes contidas na tabela fornecida pelo fabricante


sejam transcritas para uma tabela que exibe os dados da operação, de acordo
com cada serviço executado. Logo, para esse serviço a Tabela 3 abaixo foi
preenchida da seguinte maneira:

Tabela 3. Análise da Especificações do Fabricante


DADOS DA OPERAÇÃO Guindaste 01 Guindaste 02
Capacidade Nominal 70 ton 40 ton
Distância entre 5,75 x 6,90 m 5,65 x 6,60 m
Patola
Raio máximo de 5,0 m 5,0 m
Trabalho
Comprimento da 11,20 m 10,70 m
Lança
Comprimento do JIB N/A N/A
Ângulo do JIB N/A N/A
Número de pernas do 4 4
cabo
Capacidade Bruta 46,50 ton 27,50 ton
Carga de Içamento 25,20 ton 25,20 ton
Peso dos Acessórios 724 kg 724 kg
Peso Bruto da Peça 25,924 ton 25,924 ton
Taxa de utilização do
Guindaste 55% 94%

Os dados da Capacidade Bruta de Içamento foram coletados da tabela de


cada guindaste fornecida pelo fabricante, que relaciona o comprimento da
lança com o raio de trabalho. Assim, a relação desses valores é a responsável
por gerar o chamado “Ângulo da Lança”. A Figura 2 abaixo foi retirada de um
dos catálogos e permite enxergar como o valor da Capacidade Bruta de
Içamento deve diminuir à medida que se aumenta o raio de máximo de
trabalho e o comprimento da lança:

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 7
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

Figura 2. Capacidade Bruta de Içamento

4.5 Cálculo dos Esforços nas Sapatas

Para efetuar os cálculos do esforço de pressão nas sapatas de cada


guindaste, utiliza-se o método proposto pelo professor, onde a Figura 3 abaixo
faz uma aproximação das configurações de uma real situação de patolamento
dos guindastes:

Figura 3. Configurações de uma situação real de patolamento

Assim, a Tabela 4 a seguir exibe o procedimento de cálculos desses


esforços:

Tabela 4. Cálculo dos Esforços na Sapata


DADOS Guindaste 01 Guindaste 02
CBI – Carga Bruta 25,924 ton 25,924 ton
de Içamento
RT – Raio de 5 m 5m
Trabalho
PG – Peso do 45 ton 39,8 ton

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 8
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

Guindaste
PCM – Peso dos N/A N/A
contrapesos móveis
DCP – Distancia do √2,8752 + 3,452 = √2,8252 + 3,3² =
centro de giro ate a 4,49 � 4,34 �
Patola

PP – Pressão na
40,119 ton/m² 39,817 ton/m²
Patola

��� � �� �� + ���
�� =
+

��� �

Destaca-se que os valores da Pressão na Patola para os dois guindastes


são menores que o valor da tensão admissível para uma área asfaltada (225
ton/m²).

4.6 Cálculo do Vento

E proibida a operação de guindastes com ventos superiores a 9m/s (32


km/h). Esse parâmetro depende exclusivamente da condição climática e
ambiental de onde o serviço é realizado. Assim, é fundamental verificar a
velocidade instantânea do vento no medidor do próprio guindaste, e utilizar do
bom senso de engenheiro para prever possíveis alterações antes de começar o
içamento.

4.7 Preenchimento das Configuraççes dos Guindastes

Finalmente, com os cálculos efetuados conclui-se que as configurações


adotadas (comprimento da lança, raio máximo de trabalho, ângulo da lança)
são coerentes com os resultados e poderão gerar um serviço de içamento

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 9
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

seguro. A Tabela 5 a seguir contém as configurações dos guindastes que


devem ser respeitadas no canteiro de obras:

Tabela 5. Configurações dos Guindastes


Guindaste 01 Guindaste 02
Lança Principal 11,20 m 10,70 m
Raio de operação 5m 5m
Contrapeso Adicional N/A N/A
Comprimento do JIB N/A N/A
Offset do JIB N/A N/A
Extensão da Lança 11,20 m 10,70 m
Pernas do Cabo 4 4
Capacidade de Carga 46,50 ton 27,50 ton

4.8 Resumo dos Cálculos

Nessa etapa são apresentados os valores que mais infuenciam na


segurança de uma operação de içamento. Vale destacar que foi calculada uma
taxa de 94% de utilização do Guitdaste 02, então, se houvesse um
equipamento com maior capacidade nominal disponível, a operação seria mais
segura. Assim, ultima Tabela 6 exibida a seguir pode ser composta com esses
valores:

Tabela 6. Resumo dos Cálculos

Guindaste 01 Guindaste 02
Capacidade de 46,5 ton 27,5 ton
Carga
Total da Carga 25,924 ton 25,924 ton
Estática
Taxa de Utilização 55% 94%
Esforço nas 40,2 ton/m² 38,9 ton/m²
Sapatas
Velocidade do Verificar Verificar
Vento

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 10
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

4.9 Desenho Esquemático da Operação

Como última etapa da elaboração desse Plano de Rigging, foi feito um


desenho esquemático que exibe as configurações do guindaste (raio de
trabalho, a altura de içamento das vigas e o posicionamento do guindaste) no
canteiro de obras. Essa etapa é fundamental, pois permite enxergar diversas
variáveis que foram utilizadas para executar os cálculos do plano. Ao se exibir
varias vistas (frontal, superior, lateral) para uma mesma configuração,
aumenta-se ainda mais a chance de prever possíveis contratempos.
A Figura 4 abaixo exibe apenas a vista em perspectiva da operação, que
foi gerada através do desenho 3D no software AutoCad:

Figura 4. Perspectiva das Configurações de Operação

5. RESULTADOS E CONCLUSÕES

O passo a passo para elaboração do Plano de Rigging apresentado neste


trabalho, exibe um exemplo prático do planejamento da elevação das vigas de
concreto que foram empregadas na construção do viaduto na entrada da
cidade de Patos de Minas – MG. Destaca-se que a empreiteira responsável pela
obra já havia contratado outra empresa para realizar os serviços com os
Guindastes, antes da CALSIMEC. Nessa primeira solicitação, ocorreu um

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 11
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

acidente por falta do planejamento das atividades no canteiro de obras, onde


um dos equipamentos falhou e esse serviço não pode ser concluído. Então, ao
ser solicitada, a equipe de engenheiros da CALSIMEC responsáveis pelos
serviços com os Guindastes, realizou uma visita técnica em Janeiro de 2010,
para realizar o planejamento formal dessa elevação. Assim, foi elaborado o
Plano de Rigging que será anexado a este trabalho, para que se possa fazer
uma comparação dos resultados teóricos oriundos do passo a passo fornecido
pelo professor.

Após terem sido efetuados os cálculos, conclui-se que os valores


encontrados são coerentes com os estabelecidos no Plano de Rigging
elaborado pela empresa. Entretanto, a taxa de utilização do Guindaste 02
apresentou um valor de quase 100%. A recomendação dos especialistas em
segurança é que esse valor não ultrapasse os 80%. Logo, seria pertinente a
escolha de um guindaste com maior capacidade de carga, visto que as outras
variáveis, como o raio de trabalho, já foram determinadas para minimizar os
esforços dos equipamentos. Entretanto, esse serviço foi realizado com sucesso
e a empresa continua atuando nesse ramo e elaborando os documentos
formais (Planos de Rigging) antes das atividades no campo.

6. DIREITOS AUTORAIS

Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo das informações contidas


neste artigo.

REFERÊNCIAS

BILTOVENI, Oswaldo A. RIGGER: 1° Workshop Sobratema 2011, Transporte e


Movimentação de Cargas; Centro de Convenções de Rebouças; 12 de maio de
2011. Disponível em:
<
http://www.acquacon.com.br/workshopsobratema/apresentacao/palestra4.pdf>

LARCHER, Wildes. Plano de Rigging: O que é e qual objetivo?. Janeiro de 2017.


Disponível em:
< http://cranebrasil.com.br/plano-de-rigging-o-que-e-e-qual-objetivo/>

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 12
ISSN: 2446-9734 DOI: 10.17648/conemi-2018-91246

GUEIROS, Samuel. (NR’s 12, 17 e 18) Acidentes com Guindastes e Organização


do Trabalho. 24 de Junho de 2012. Disponível em:
< http://nrfacil.com.br/blog/?p=4909>

JORNAL PATOS HOJE. Empreiteira reinicia obras para conclusão do viaduto do


Trevo da Pipoca.
26 de Janeiro de 2010. Disponível em:
<https://www.patoshoje.com.br/noticia/empreiteira-reinicia-obras-para-
conclusao-doviadutodo-trevo-da-pipoca-4361.html>

O Futuro das Energias Sustentáveis e os Desafos para a Engenharia Industrial


Atais do XVIII CONEMI - Cotiresso Naciotalm de Etietharia Mecâtica e Itdustrialm | 13

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

Você também pode gostar