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PROJETO ESTRUTURAL DE ELEVADOR CREMALHEIRA –


ENGENHARIA MECÂNICA – UNISOCIESC/ CAMPUS JOINVILLE

LIMA, Reynison Renan O.


VIEIRA, Willian José
DOMINGOS, Daniele da Silva
OGLIARI, Vitor

RESUMO

No dia-a-dia da construção civil a movimentação de cargas é comum, e por se tratarem de cargas


normalmente elevadas, equipamentos de elevação são necessários para auxiliar os trabalhadores a
executar o serviço com segurança. Nos últimos anos, com mudanças na legislação vigente, o uso de
elevadores de cremalheira aumentou significativamente, por se tratar de um elevador que oferece mais
segurança aos seus usuários, em comparação aos outros tipos de elevadores, onde o índice de
acidentes era alto. Para alcançar um bom nível de segurança, além dos dispositivos de segurança, o
elevador de cremalheira necessita ser bem estruturado para ser capaz de suportar os repetitivos
esforços que lhe são exigidos. Um projeto bem estruturado e dimensionado deve ser elaborado a fim
de atender as diferentes necessidades, tais como diferentes cargas, alturas, quantidades de pessoas,
entre outras particularidades que obras civis exigem. O objetivo deste trabalho, portanto, é ser capaz
de desenvolver o projeto estrutural da torre, da cabine, do sistema de ancoragem, sistema de tração,
freios e amortecimento, a partir das metodologias de PDP, conhecimentos em dimensionamento
estrutural e ferramentas CAD e CAE, adquiridos durante a graduação em Engenharia mecânica.

Palavras-chave: Elevador de cremalheira; Projeto Estrutural; Segurança; Elevação de cargas.

1. INTRODUÇÃO

Conforme relata Nakamura (2020) elevadores de cremalheira são os mais


indicados para transporte de pessoas e elevação de carga em transporte vertical em
canteiros de obras, por se tratarem de elevadores que oferecem maior segurança a
seus usuários, desde que sua especificação seja adequada e seja usado

Reynison Renan O. de Lima do Curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário UNISOCIESC,


renan-23@hotmail.com; Willian José Vieira do Curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário
UNISOCIESC, williann.ads@gmail.com; Vitor Ogliari: Msc., Centro Universitário Rezek Engenharia,
vitu.ogliari@gmail.com

Joinville – SC, 19 de Novembro de 2021.


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corretamente no canteiro. Esse tipo de elevador, por ter um sistema de engrenagem,


permite velocidades constantes, ao contrário dos elevadores a cabo, que possuem
velocidades variáveis, causando esforços indesejáveis a sua estrutura ocasionando
falhas e quebras. Além disso, possui sistemas de segurança automáticos que
garantem a integridade dos usuários.
Em 2011, nove trabalhadores morreram em um acidente com um elevador de
obras a cabo. Em 2013, em Hong Kong, três pessoas ficaram gravemente feridas
quando os cabos do elevador romperam ao mesmo tempo e o freio de emergência
não funcionou (GUIMARÃES, 2011; G1, 2018).
Para evitar o grande número de acidentes envolvendo elevadores a cabo em
canteiro de obras, o Ministério do Trabalho e Emprego alterou a NBR 16200, e impôs
algumas mudanças no emprego desses elevadores, tornando inviável a sua utilização.
Em contrapartida, a norma previu, também, mudanças relacionadas a elevadores de
cremalheira, estabelecendo padrões necessários para ensaios e testes de utilização,
garantindo ainda mais a sua segurança (Orguel, 2016).
Dada a necessidade de se ter um equipamento que possa oferecer segurança
aos trabalhadores, o projeto estrutural de um elevador de cremalheira deve ser feito
com feito com atenção, aplicando todas as regras que regem o projeto de engenharia
e as normas vigentes, relacionadas a projeto de estruturas metálicas, força do vento
em edificações, elevação de cargas e normas de segurança no trabalho, a fim de obter
um projeto robusto, sem causar riscos de falhas mecânicas.
Com a multidisciplinaridade e abrangência do tema, o trabalho foi delimitado
no projeto estrutural da torre, da cabine, do sistema de ancoragem, sistema de tração,
freios e amortecimento. Para tanto, os conhecimentos adquiridos na graduação de
Engenharia mecânica, juntamente com as pesquisas literárias e estudos das normas
vigentes se farão necessários para o alcance dos objetivos propostos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são introduzidos conceitos relacionados a processo de


desenvolvimento de produto, dimensionamento dos componentes através de
instruções normativas, critérios de falha estático e de fadiga.
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2.1 ELEVADORES DE OBRA

Utilizado em sua maioria no segmento da construção civil e offshore, os


elevadores cremalheira são amplamente empregados para o transporte vertical de
pessoas e cargas em canteiro de obras. (NAKAMURA, 2020)
Em maio de 2015, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou uma portaria
que inviabiliza a utilização de elevadores tracionados por um único cabo para o
transporte de operários, tornando a escolha do elevador cremalheira obrigatória no
canteiro de obras. (Crea-SC, 2020)
Em comparação com os elevadores tipo guincho, as cremalheiras apresentam
risco menor de ultrapassar a velocidade de segurança, já que o seu sistema de
engrenagem permite uma velocidade constante, ao contrário do sistema a cabo, que
apresenta velocidades variáveis. (NAKAMURA, 2020)
Segundo a NR-18, em obras de edifícios de 8 ou mais pavimentos, se torna
obrigatório o uso de elevador de passageiros.
Podendo ser cabine simples ou dupla, com velocidades que variam de 33 m/min
a 66 m/min, e capacidades de carga que vão de 750 kg a 4 toneladas, o elevador
cremalheira é capaz de atingir alturas superiores a 250 metros. O elevador a
cremalheira é pré-montado mecânica e eletricamente, resultando em um processo de
montagem e desmontagem fácil e rápido, podendo ser instalado em uma semana em
obras de construção civil e de 3 a 4 semanas em obras industriais. (Revista MeT,
2010)
A Figura 1 mostra um elevador do tipo cremalheira, que tem seu funcionamento
baseado em uma, ou duas cabines presas aos trilhos verticais fixados nas paredes de
uma torre, e que é tracionada por um motor acoplado a um pinhão, que por sua vez
está engrenado à uma cremalheira fixada na torre, possibilitando um sistema de
elevação sem escorregamento. (ARBACHE, 2020).
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Figura 1 – Elevador de cremalheira

Fonte: Adove, 2018.

O projeto do elevador deve atender principalmente a NR 18 e NBR 16.200:2013


que normatizam a fabricação e utilização no país, e também, a NR 12 que aborda
assuntos relacionados à segurança no trabalho. O dimensionamento estrutural deve
obedecer também a NBR 8800:2008, que rege os projetos de estrutura metálicas, e a
NBR 6123:1988, que orienta quanto a forças devido ao vento em edificações.
(CAMILO, 2020)

2.2 GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO

De acordo com o Project Management Institute - PMI (2017), o gerenciamento


de projetos é um conjunto de práticas, princípios, processos, ferramentas e técnicas
que são aplicadas.
Um dos elementos fundamentais do gerenciamento de projetos é o projeto, que
se trata de um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou
resultado único. (Project Management Institute - PMI, 2017).
Segundo Rozenfeld et al. (2006), o projeto de produto passa por 3 grandes
macro fases que são, pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento.
Porém é na fase de desenvolvimento onde a gestão de projeto se faz mais necessária,
pois é a fase que determina aproximadamente 85% do custo do projeto. A fase de
desenvolvimento é composta por projeto informacional, projeto conceitual, projeto
detalhado, preparação e produção e lançamento do produto.
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2.2.1 Projeto informacional

O projeto informacional tem como objetivo principal, coletar o maior número de


informações possível, que servirão de base para o entendimento do problema. Esse
conjunto de informações é chamado de especificações-meta do produto, e são
compostas da revisão do escopo, identificação dos requisitos do cliente, definição dos
requisitos do produto e definição das especificações do produto, que são dados a
partir dos requisitos de projeto, mensuráveis, que o produto projetado deverá ter,
conforme figura 2. (Rozenfeld et al., 2006).

Figura 2 – Dependência entre as atividades da fase de Projeto Informacional

Fonte: Rozenfeld et al., 2006.

Rozenfeld et al. (2006) ainda salienta que, essas informações devem ser
definidas com muito cuidado, pois será a partir delas que as ideias e possíveis
soluções para o problema serão geradas, e informações inadequadas podem
determinar soluções que não atendam a real necessidade do projeto e um grande
desperdício de recursos.

2.2.2 Projeto conceitual

A fase do projeto conceitual é a fase onde os requisitos de projeto, ou


necessidades do cliente, são transformados em conceitos de projeto e gera-se a
concepção do produto. O projeto conceitual baseia-se em 4 macros fases, onde a
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equipe de projeto concentra-se em buscar, criar, representar e selecionar, por meio


de técnicas e métodos apropriados, a solução mais viável. A busca trata-se de uma
pesquisa em literatura, catálogos ou soluções já existentes de concorrentes que
possam ser utilizadas como base para facilitar a etapa do processo. Não existem
restrições para a criação, mas ela deve ser baseada nos requisitos de projeto,
previamente definidos no projeto informacional. A representação, que muitas vezes é
feita juntamente com a criação, é feita através de pré-projetos, croquis, feitos a mão
ou não, para facilitar o entendimento da ideia. E por fim, a seleção é feita (Rozenfeld
et al., 2006).
Rozenfeld et al. (2006) indica que o projeto conceitual seja iniciado por um
modelo funcional, onde a equipe de projeto busca definir o produto através de funções
ou funcionalidade que o produto deva ter, sem se ater à soluções de engenharia nesse
momento, para que as experiências passadas ou preconceitos sejam impactantes nas
escolhas e o foco esteja na necessidade. Feito isso, então nesse momento,
alternativas e soluções, com base na engenharia, são geradas de modo que atendam
essas funções e então, por último, sejam geradas as arquiteturas, que tratam-se das
seleções dos componentes, conexões e conjuntos que serão utilizados para o
produto. Várias soluções são geradas, e elas devem ser avaliadas qualitativa e
economicamente, documentadas para possível consulta e geração de lições
aprendidas e uma delas é aprovada para seguir para o detalhamento.

2.2.3 Projeto detalhado

Conforme relata Rozenfeld et al. (2006) a fase de projeto detalhado tem como
dado de entrada a concepção do produto e tem o propósito de desenvolver e finalizar
as especificações e concepções do produto que foram selecionadas nas fases
anteriores. Os dados de saída dessa fase são as especificações e/ou
desenvolvimento dos conjuntos e subconjuntos dos sistemas e subsistemas, a lista
de peças, desenhos 2D com tolerâncias, manuais de operação, montagem, processo
e manutenção, assim como uma lista de fornecedores, projeto de embalagem,
protótipo final e plano de fim de vida final do produto.
Ao contrário do projeto conceitual, que segue o conceito topdown, da ideia para
a definição dos sistemas e subsistemas, o projeto detalhado segue o conceito bottom
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up, que parte dos sistemas e subsistemas concebidos na fase anterior, para a
materialização da ideia e desenvolvimento do produto final. Muitas vezes, como na
figura 3, o projeto conceitual é atrasado ou o projeto detalhado é adiantado, não sendo
claro o início e término das fases, e isso depende do grau de novidade, complexidade
e o nível de detalhes do projeto conceitual (Rozenfeld et al., 2006).

Figura 3 - Desdobramento de itens

Fonte: Rozenfeld et al., 2006.

2.3 PROJETO DE EQUIPAMENTOS

É tarefa da engenharia definir e calcular as geometrias, esforços e materiais


empregados para cada componente da máquina garantindo confiabilidade ao projeto,
por esse motivo foram criados métodos e critérios de dimensionamento.

2.3.1 Teorias de falha estáticas de materiais dúcteis.

Na engenharia, se faz necessário a definição de um limite para o estado de


tensão que determina a falha do material. A falha pode ser descrita quando uma peça
se deforma e distorce o suficiente para impedir seu funcionamento adequado.
(NORTON, 2013; SHIGLEY et al., 2005).
De acordo com Norton (2013) os materiais são comumente classificados em
dúcteis ou frágeis, conforme o percentual de elongação até a ruptura. Materiais dúcteis
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podem deformar consideravelmente antes da ruptura, ao passo que, materiais frágeis


rompem sem mudanças substanciais na geometria.
Geralmente, materiais dúcteis tendem a falhar pelas suas tensões de
cisalhamento, enquanto, materiais frágeis falham por suas tensões normais, porém há
casos que materiais dúcteis se comportam como frágeis. (NORTON, 2013).
Segundo Hibbeler (2004) devido aos diferentes mecanismos de falha e à
natureza do carregamento (estático ou dinâmico), foram criadas diferentes teorias de
falhas baseadas nas tensões principais para definir as tensões admissíveis em
materiais submetidos a um estado de tensão multiaxial.

2.3.1.1 Teoria de cisalhamento máxima (teoria de Tresca)

Conforme Shigley et al. (2005) materiais dúcteis submetidos a componentes


uniaxiais de tração tendem a escoar e romper em planos preferenciais orientados à
45° em relação ao eixo da tensão trativa, as chamadas linhas de Luders, que
coincidem com o plano da tensão de cisalhamento máxima obtido através do círculo
de Mohr, mostrando que a falha ocorre por cisalhamento.
Partindo deste princípio, Henry Tresca, apresentou sua teoria no ano de 1868.
O critério de escoamento de Tresca afirma que o material começa a escoar quando a
tensão de cisalhamento máxima absoluta atinge a metade do valor da tensão de
escoamento do material sujeito somente à tração simples. (NORTON, 2013).

𝑆𝑦𝑠 = 0,5𝑆𝑦 (1)

A representação gráfica do envelope de falha em função das tensões principais


é mostrada na Figura 4.
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Figura 4 - Representação gráfica da Teoria de Tresca

Fonte: Adaptado de SHIGLEY et al., 2005.

O coeficiente de segurança para a teoria de Tresca é encontrado por:

𝑆𝑦𝑠 0,5𝑆𝑦 𝑆𝑦 /2 𝑆𝑦
𝑁= = = = (2)
𝜏𝑚𝑎𝑥 𝜏𝑚𝑎𝑥 (𝜎1 − 𝜎3 )/2 (𝜎1 − 𝜎3 )

2.3.1.2 Teoria da energia de distorção máxima

Para Norton (2013) a deformação de uma peça ocorre em função do


deslizamento dos átomos do material alterando sua estrutura cristalina. O
deslizamento é causado pela força de cisalhamento acompanhado da distorção da
geometria da peça, a energia interna concentrada na peça devido ao processo indica
o valor da tensão presente.
Segundo Hibbeler (2004) a teoria da energia de distorção também conhecida
como teoria de von Mises, surgiu da análise de que materiais dúcteis sujeitos a tensão
hidrostática resistiam consideravelmente mais ao escoamento do que em ensaios de
tração simples. Então, foi postulado que o escoamento não dependia apenas de
tração ou compressão, mas também, havia relação com a distorção angular do
elemento tensionado, o critério é baseado nas distorções produzidas pela energia de
deformação.
Então para tensão no plano:

𝜎𝑒 = √𝜎12 − 𝜎1 𝜎2 + 𝜎22 (3)


10

A equação (3) pode ser representada graficamente em função das tensões


principais como mostra a Figura 5.

Figura 5 - Representação gráfica da Teoria de Von Misses

Fonte: Adaptado de NORTON, 2013.

2.3.1.3 Tensão equivalente de Von Misses

Pode-se definir como a tensão de tração uniaxial que iria gerar a mesma
distorção criada pela combinação das tensões normal e cisalhante no mesmo ponto.
A tensão equivalente de von Mises expressa em termos das tensões aplicadas,
para o estado plano é dada por:

𝜎′ = √𝜎𝑥2 + 𝜎𝑦2 − 𝜎𝑥 𝜎𝑦 + 3𝜏𝑥𝑦


2 (5)

2.3.2 Falha por fadiga

Conforme Norton (2013), a maior parte das falhas em máquinas ocorrem em


razão de cargas cíclicas, dinâmicas, e não por carregamentos estáticos, por isso, se
faz necessária uma análise dinâmica dos esforços para o correto dimensionamento,
pois essas falhas ocorrem com tensões inferiores ao limite de escoamento do material.
Um eixo em movimento rotativo, tem sua superfície oscilando em tensões de
tração e compressão ao ser rotacionado. Quando há uma descontinuidade no
11

material, como uma trinca, essa alternância de tensões causa a propagação da trinca,
assim, diminuindo a seção resistente do material até que, a mesma não suporte o
carregamento e sofra a falha.

2.3.2.1 Método da vida sob tensão

De acordo com Shigley et al. (2005) o diagrama de Wohler, também conhecido


como diagrama de resistência-vida (S-N), relaciona a resistência à fadiga 𝑆𝑓 com a
vida em ciclos 𝑁 de um material. O diagrama é construído a partir dos resultados de
ensaios empregando carregamento de flexão pura com padrão senoidal.
Algumas ligas, aços e polímeros, apresentam um ponto de inflexão entre 106 e
107 ciclos, chamado de limite de resistência à fadiga 𝑆𝑒′ , e é usado para o projeto de
vida infinita.

2.3.2.3 Teorias de falha por fadiga sob tensões flutuantes

Conforme Norton (2013), tensões repetidas ou pulsantes, exibem componentes


médias diferentes de zero, com isso a curva de fadiga do material muda de forma
considerável, portanto, foram criados critérios que visam representar os resultados
experimentais da influência da tensão média no limite de fadiga. Os principais critérios
são: a parábola de Gerber, equação (9), a curva de Goodman modificada, equação
(10) e a curva de Soderberg, equação (11). Estes e outros critérios menos utilizados
estão representados graficamente na Figura 6.

2
𝜎𝑚
𝜎𝑎 = 𝑆𝑒 (1 − 2 ) (9)
𝑆𝑢𝑡

𝜎𝑚
𝜎𝑎 = 𝑆𝑒 (1 − ) (10)
𝑆𝑢𝑡

𝜎𝑚
𝜎𝑎 = 𝑆𝑒 (1 − ) (11)
𝑆𝑦
12

Figura 6 - Representação de diversas curvas de falha por fadiga

Fonte: Adaptado de NORTON, 2013.

2.3.4 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

O dimensionamento estrutural é norteado principalmente pela NBR 8800 cujo


método utilizado é o dos estados-limites.

2.3.4.1 ESTADOS-LIMITES

Esse método é baseado nos critérios dos fatores de carga e de resistência,


LRFD “Load & Resistance Factor Design”. Adaptado de métodos probabilísticos. Seu
uso é cada vez maior em Normas de todo o mundo.
Segundo a norma NBR 8800 (2008), a segurança da estrutura submetida às
piores combinações de ações possíveis em toda a sua vida útil, durante a construção
ou quando atuante uma ação especial ou excepcional é referente aos estados-limites
últimos (ELU), enquanto os estados-limites de serviço (ELS) especificam o
comportamento da estrutura conforme situações normais de uso.

3 METODOLOGIA

Neste capítulo será explanado os conceitos e metodologias de PDP aplicados


no desenvolvimento do projeto estrutural de elevador cremalheira. Serão
demonstradas as metodologias que foram utilizadas para a coleta de informações,
escolha de soluções e desenvolvimento do projeto, a fim de atingir o objetivo.
Com o intuito de facilitar a visualização e dar auxílio às etapas do projeto, foi
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criado um fluxograma, ilustrado na figura 7, expondo assim cada etapa do processo.

Figura 7 - Fluxograma

Fonte: Os autores (2021)

3.1 PROJETO INFORMACIONAL

O projeto informacional, que é a etapa onde as informações devem ser


coletadas, foi dividido em quatro passos. Primeiro, buscamos identificar os requisitos
do cliente do produto, depois foram identificados os requisitos do projeto, após essa
etapa, foram classificados esses requisitos por sua importância e por fim, foram
definidas as especificações meta do projeto.
Os requisitos do cliente foram obtidos através de um questionário (anexo 1),
elaborado com o intuito de obter a maior quantidade possível de informações que se
julgava pertinente para o desenvolvimento estrutural do projeto. Com o questionário
em mãos, foram listados todos os requisitos e, através do diagrama de mudge (anexo
2), os itens foram valorados e classificados para que, de forma sistematizada,
tivéssemos o grau de importância de cada item. Necessidades implícitas, foram
identificadas e traduzidas em requisitos para que também fossem consideradas.
No segundo passo, os requisitos do cliente foram transformados em requisitos
de projeto, ou seja, foram definidos os meios para mensurar os requisitos do cliente.
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No terceiro passo, utilizando a matriz QFD (anexo 3), foram medidas a


importância e qualidade dos requisitos de projeto, correlacionando os requisitos do
cliente e do projeto. Nesta etapa, o software QFD SACPRO, foi utilizado.
E por fim, baseados em normas e pesquisas, foram definidas as especificações-
meta do projeto, que são os valores e/ou objetivos a serem alcançados no
desenvolvimento do projeto.

3.2 PROJETO CONCEITUAL

O projeto conceitual foi baseado em quatro macro fases que eram, buscar,
criar, representar e selecionar, por meio de um método de decisão, a solução mais
viável.
A busca foi feita através de pesquisas literárias, catálogos e em soluções
existentes, e os subconjuntos torre, cabine, sistema de freio, ancoragem, tração e
amortecimento foram definidos para serem criados, representados e selecionados,
como mostrado nas etapas seguintes.

Figura 8 - Subconjuntos do elevador de cremalheira

Fonte: Adaptado de Metax (2021)


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Tendo como referência os requisitos de projeto, a etapa da criação foi


elaborada listando funcionalidades secundárias para o produto, a partir da função
global que é transportar pessoas e materiais verticalmente, conforme anexo 4, sem
levar em consideração a engenharia do problema, para que o foco se mantivesse no
problema a ser solucionado. Após a listagem, foram discutidas soluções, agora,
levando em consideração os princípios de engenharia e, através de uma matriz
morfológica mostrada no anexo 5, foram selecionados 5 princípios de solução que,
posteriormente, foram combinados em duas alternativas conceituais que atendessem
às necessidades, conforme anexo 6.
Na etapa de representação os croquis, mostrados no anexo 7, foram
elaborados com base nos dois conceitos previamente estabelecidos. Esses croquis
foram feitos a mão, porém com o maior número de detalhes possível, dando forma
aos conjuntos e subconjuntos do elevador.
Por fim, foram avaliadas as combinações dos conceitos, aplicando o método
de seleção conhecido como Matriz de decisão, conforme o anexo 8.
Para efetuar o preenchimento desta matriz, atribuiu-se valores de 5 para o
atendimento dos requisitos, 3 para o atendimento parcial dos requisitos e 1 para o não
atendimento dos requisitos, multiplicado pelo peso de cada item, definidos pela matriz
QFD e então somados, para obter-se os valores dos conceitos. Com o uso desta
matriz foi possível chegar a uma concepção que melhor atendeu aos requisitos do
projeto. A matriz definiu que a concepção que ficou com maior somatório, seria a
desenvolvida.

3.3 PROJETO DETALHADO

Com o conceito elaborado, selecionado na fase anterior, o projeto detalhado


seguiu a estrutura conforme os conjuntos e subconjuntos já definidos, como mostra a
tabela 3.
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Tabela 3 – Métodos de dimensionamento dos conjuntos

Fonte: Os autores (2021)

O modelamento 3D foi concebido com o software Solidworks 2020 e Cype 3D,


e as simulações de esforços (FEA) foram feitas através do software Ansys, na
empresa TOX Pressotechnik.

3.3.1 Cabine

Primeiramente a estrutura da cabine foi modelada no Cype 3D, com base no


projeto conceitual que definiu a sua geometria. A partir daí, iterações foram sendo
feitas a fim de definir as dimensões dos perfis que seriam utilizados para suportar as
cargas propostas de acordo com a NBR 16200 e NBR 6123 (anexo 14). Os cálculos
estruturais tiveram como referência a NBR 8800, conforme mostra o anexo 9.
Depois, a estrutura da cabine, o piso e a porta foram modelados no Solidworks,
e então novas iterações foram necessárias para dimensioná-los de acordo com NBR
16200, através de simulações de esforços (FEA) no Ansys, como mostra o anexo 10.
Em seguida, o eixo de ligação e o olhal de içamento da cabine. A dimensão do
eixo foi definida de acordo com o critério de falha de Soderberg para fadiga e então o
olhal de içamento adicionado ao modelamento da cabine e verificado no Ansys, por
simulação de esforços, considerando o peso total da cabine, de acordo com o anexo
11 para o eixo e anexo 10 para o olhal de içamento.
Posteriormente, foram modeladas as polias de acordo com a NBR 16200 e feita
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então, a especificação dos rolamentos de acordo com o fabricante (anexo 12), sendo
obtidas as reações de esforços dos cálculos feitos no Cype 3D.
Por fim, conforme a AWS D1.1, as uniões soldadas foram definidas, atendendo
aos esforços sofridos pela cabine, como mostra o anexo 13.

3.3.2 Sistema de freio

O sistema de freio foi especificado de acordo com o fabricante, levando em


consideração a velocidade nominal da cabine e o seu peso total (anexo 15).

3.3.3 Sistema de tração

Após o dimensionamento da cabine, a estrutura do sistema de tração foi


modelada no Solidworks e verificada no Ansys (FEA), considerando a NBR 16200
(anexo 10).
Com o peso total da cabine e sistema de tração mais a carga nominal, o
motoredutor freio foi especificado de acordo com o fabricante, através da verificação
dos cálculos sugeridos no catálogo e auxílio do seletor de acionamentos, conforme
anexo 16.
Então, a engrenagem e cremalheiras foram definidos (anexo 16), de acordo
com o fabricante, que considera na fabricação de seus produtos a norma 6336, que
por sua vez, é solicitada na NBR 16200, conforme anexo 17.

3.3.4 Torre e sistema de ancoragem

Para o dimensionamento do módulo torre e sistema de ancoragem, foram


considerados o peso próprio da estrutura da torre com altura equivalente a 50 m,
acrescido do peso da cabine e sua carga nominal, o sistema de tração e as forças
devido ao vento a 50m de altura, conforme indica a NBR 6123 (anexo 14). A
verificação da resistência da torre foi feita através da simulação de esforços (FEA),
como mostra o anexo 10.
Tendo-se como uma das uniões críticas do elevador, a união parafusada entre
a torre e o sistema de ancoragem, foi dimensionada com os esforços citados acima,
18

baseando-se na teoria clássica, conforme anexo 18.

3.3.5 Sistema de amortecimento

A estrutura da base foi modelada no Cype 3D, com base no projeto conceitual
que definiu a sua geometria. A partir daí, iterações foram sendo feitas a fim de definir
as dimensões dos perfis que seriam utilizados para suportar as cargas propostas. Para
o lançamento das cargas na estrutura da base foi considerado o momento causado
pela torre sujeita às cargas de vento e a carga reativa das molas de segurança em
operação. Com os valores definidos, a estrutura foi modelada no Solidworks.
O número de molas e suas dimensões foram definidas considerando queda
livre da altura de 1,5 m, que é a altura mínima requerida para o acionamento do freio
de emergência, segundo o fabricante. O anexo 19, demonstra os cálculos necessários
para o seu dimensionamento.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo serão apresentados e discutidos os resultados obtidos no


desenvolvimento do projeto, através da utilização das ferramentas e técnicas para a
elaboração do projeto de produto. Os resultados estarão divididos em projeto
informacional, conceitual e detalhado.

4.1 PROJETO INFORMACIONAL

Na etapa do projeto informacional, o objetivo era a obtenção das


especificações-meta do produto. Porém, para que o objetivo fosse atingido, foram
utilizadas as ferramentas já citadas e, agora, serão discutidas.
Com o questionário respondido (anexo 20), foi possível obter a maioria das
informações pertinentes, porém, pela falta de conhecimento do cliente em relação ao
equipamento, algumas respostas, a exemplo da resposta na figura 9, tiveram que ser
traduzidas, de acordo com as normas vigentes ou conhecimento técnico, em
requisitos do cliente.
19

Figura 9 - Questionário

Fonte: Os autores (2021)

O diagrama de mudge e a matriz QFD, que classificaram por grau de


importância os requisitos do cliente e de projeto, respectivamente, deram de forma
categórica e sistemática, subsídios para a obtenção das especificações-meta, com
qualidade, para a continuidade do projeto, como se pode ver na tabela 4.
Nota-se que os muitos dos valores dados para as especificações-meta se
basearam no conhecimento adquirido nas pesquisas literárias, das normas e
conhecimentos adquiridos durante o curso de engenharia mecânica, mostrando
assim, que além de boas ferramentas, o conhecimento tem suma importância para a
transformação das necessidades do cliente em algo palpável que possa ser
reproduzido.

Tabela 4 – Requisitos de projeto x especificações-meta

Fonte: Os autores (2021)


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4.2 PROJETO CONCEITUAL

Esta etapa foi dividida em buscar, criar, representar e selecionar, e o objetivo


aqui era assegurar um conceito possível de ser projetado.
A busca em catálogos, literaturas e outros projetos já desenvolvidos foram
determinantes para o sucesso deste projeto. Entender como esse tipo de elevador
funciona em sua essência e a função que ele deve cumprir, facilitou a definição dos
subconjuntos que seriam estudados e desenvolvidos, além de dar base para o seu
desenvolvimento.
Com o auxílio do desdobramento de funcionalidades e das matrizes
morfológicas utilizadas, dispostas nos anexos 4,5 e 6, foi possível perceber a
existência da oportunidade de inovação e de várias possibilidades viáveis de se obter
um produto que cumprisse a sua principal função, que é movimentar pessoas e
materiais verticalmente.
Percebeu-se também, que os croquis (anexo 7) elucidaram ainda mais as
ideias e deram forma aos conceitos diferentes que foram propostos, trazendo também,
uma melhor visão espacial e alternativas para que o projeto fosse elaborado de
maneira rápida e eficiente.

Figura 10 - Croqui da cabine

Fonte: Os autores (2021)


21

Com boas opções em mãos, a matriz de decisão deixou tudo muito mais simples, pois
ao relacionar os requisitos de projeto aos valores atribuídos aos conceitos que mais
atendiam as especificações, o conceito foi definido de forma sistêmica, sem necessitar
de grandes esforços ou preocupações nas fases seguintes.

4.3 PROJETO DETALHADO

O projeto detalhado foi a etapa de modelamento do projeto em 3D (anexo 22),


assim como a realização de cálculos de dimensionamentos estruturais e
especificações de itens comerciais, de forma a atender as especificações-meta
pretendidas na fase do projeto informacional.
Pode-se dizer que o projeto tenha sido um sucesso, pois o elevador atende a
todas as especificações-meta requeridas, tanto no que se diz respeito à normas
vigentes quanto à dimensões propostas e funcionalidades do equipamento.
Os cálculos estruturais e dimensionamentos, principal tema deste artigo, e que
foram propostos no capítulo 3, também tiveram êxito. Todos os cálculos que eram
necessários para a validação dos equipamentos foram executados de acordo com
normas vigentes e catálogos de fabricantes e aprovados, conforme pode-se conferir
em seus respectivos anexos citados no capítulo 3 e ilustrados na tabela 5.

Tabela 5 – Métodos de dimensionamento dos conjuntos aprovados

Fonte: Os autores (2021)


22

Análises, levantamento de hipóteses e inúmeras discussões se fizeram


necessárias a fim de se obter os cenários ideias para a realização dos cálculos, assim
como definição de pontos críticos que o sistema como um todo possui em diversas
situações em que o elevador pode se encontrar. Entende-se, portanto, que o elevador
está devidamente dimensionado para os esforços que irá sofrer durante o seu ciclo
de vida.

5 CONCLUSÃO

A proposta deste artigo foi realizar a elaboração do projeto estrutural do


elevador de cremalheira, passando pelas fases do projeto informacional, conceitual,
chegando até o principal tema, que foi tratar das análises referente a estrutura do
equipamento como um todo, no projeto detalhado, demonstrando assim a
confiabilidade no equipamento que é utilizado em canteiros de obras.
De acordo com as normas e critérios adotados para o desenvolvimento do
projeto, os resultados dessas análises se mostraram satisfatórios . Apesar de ter o
objetivo de estruturar o elevador da forma mais enxuta possível para que o elevador
tivesse um baixo custo, o fato de não se ter o objetivo de fabricar o equipamento,
impossibilitou que custos fossem estimados, tendo assim uma melhor ciência da sua
competitividade no mercado.
Verificou-se também que, embora a NBR 16200:2013 restrinja as opções,
existe uma possibilidade de inovação dentro do mercado de elevadores de
cremalheira, pois a maioria dos fabricantes desse tipo de elevadores possuem um
mesmo conceito, sem quase nenhum diferencial entre eles.
Salienta-se que o projeto foi desenvolvido para esta situação em particular,
porém pode ser tomado como referência para diferentes situações com outras cargas
e funcionalidades. Dessa maneira, pode-se sugerir para trabalhos futuros:
● O desenvolvimento de projeto elétrico contemplando dispositivos de
segurança e automação para o funcionamento;
● O desenvolvimento de projeto estrutural de elevador de cremalheira com
cabine dupla e capacidade nominal 2000 kg;
● O planejamento de fabricação e instalação de um elevador de
cremalheira.
23

Por fim, conclui-se que com a elaboração deste trabalho foi possível aplicar os
conhecimentos adquiridos durante toda a graduação, fixando e adquirindo novos
conteúdos. Este projeto prepara o acadêmico para encarar o mercado de trabalho,
pois a execução de um projeto exige muito envolvimento e comprometimento, onde
devem ser cumpridas as metas propostas dentro dos prazos estabelecidos.

7 AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por nos permitir estar aqui realizando este trabalho de
conclusão de curso e finalizando este curso de Engenharia que é uma etapa
importante de nossas vidas.
À nossa família pela ajuda, apoio e incentivo fornecidos durante toda a trajetória
deste trabalho, fazendo com que nunca desistíssemos e seguíssemos perseverantes
na busca deste objetivo.
Ao Msc. Vitor Ogliari, da empresa Rezek Engenharia, por acreditar em nosso
projeto e por todo o apoio, nos auxiliando sempre com materiais técnicos e orientações
que nortearam este artigo.
A professora Dra. Daniele da Silva Domingos por nos orientar, para que a
criação deste artigo fosse possível.
Ao centro universitário UNISOCIESC, que forneceu todo o apoio na busca pelo
conhecimento, fornecendo grande parte de material científico para a criação de um
embasamento teórico, conhecimento e o ambiente para a realização do artigo.
24

7 REFERÊNCIAS

ADOVE. Elevador Cremalheira. Disponível em:


https://www.boxtop.com.br/produtos/elevador-cremalheira-novo-produto-boxtop/
Acesso em: 16 de maio de 2020.

ARBACHE, Rodrigo. Elevador de Cremalheira. Disponível em:


https://www.meuelevador.com/elevador-de-cremalheira-o-que-e-como-funciona/.
Acesso em: 09 de fevereiro de 2020.

ATLAS SCHINDLER. Manual de Transporte Vertical em Edifícios. São Paulo:


2009.

CAMILO, Santelmo. Saiba como comprar um elevador de cremalheira


adequado às necessidades da obra. Disponível em:
https://www.aecweb.com.br/revista/materias/saiba-como-comprar-um-elevador-de-
cremalheira-adequado-as-necessidades-da-obra/17434. Acesso em: 09 de fevereiro
de 2020.
HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos materiais. 5. ed. São Paulo:
Editora Pearson Education, 2004. 641 p. Tradução de: Arlete Simille Marques.

MEGA SUL ELEVADORES. Origem do Elevador. Disponível em:


http://megasulelevadores.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html. Acesso em: 15
janeiro de 2020.

MELCONIAN, SARKIS. Elementos de Máquina. 4 ed. São Paulo. Editora Érica


Ltda. 2003.

NAKAMURA, Juliana. Elevador de Cremalheira auxilia movimentação de


cargas e pessoas. Disponível em:
https://www.aecweb.com.br/revista/materias/elevador-de-cremalheira-auxilia-
movimentacao-de-cargas-e-pessoas/16489/. Acesso em: 18 de maio de 2020.
25

NORTON, Robert L. Projeto de máquinas: Uma abordagem integrada. 4. ed.


Porto Alegre: Editora Bookman, 2013. 1055 p. Tradução de: Konstantinos Dimitriou
Stavropoulos.

REVISTA MeT. O avanço da tecnologia de cremalheira. Disponível em:


http://www.revistamt.com.br/Materias/Exibir/o-avanco-da-tecnologia-de-cremalheira
Acesso em: 17 de maio de 2020.

RODRIGUES C WILLIAM, 2007. Metodologia de Pesquisa. Disponível em:


http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3922/material/Willia
n%20Costa%20Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf> Acesso em: 23 maio.2020.

ROZENFELD, Henrique et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: Uma


referência para a melhoria do processo. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. 542 p.

SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles R.; BUDYNAS, Richard G.. Projeto
de Engenharia Mecânica. 7. ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2005.
26

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO PARA REQUISITOS DO CLIENTE

1- Onde será instalado o elevador?


___________________________________________________________________

2- Como será o formato da cabine? ( ) Redonda ( ) Quadrada ( ) Retangular


___________________________________________________________________

3- Quantas pessoas o elevador necessita transportar?


___________________________________________________________________

4- Qual a carga nominal do elevador?


___________________________________________________________________

5- Qual a altura máxima de elevação?


___________________________________________________________________

6- Qual será a fonte de energia?


___________________________________________________________________

7- Quanto o elevador será usado/dia?


___________________________________________________________________

8- Qual a forma de funcionamento da porta desejada para o elevador?


___________________________________________________________________

9- Quais as medidas úteis da cabine?


___________________________________________________________________

10- Qual a distância entre os andares?


___________________________________________________________________

11- Quem irá utilizar o elevador?


___________________________________________________________________

12 - Deve ser usada alguma marca de componentes específica?


___________________________________________________________________

13- Tem mais alguma necessidade que o questionário não contemplou?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
27

ANEXO 2 - DIAGRAMA DE MUDGE


28

ANEXO 3 - MATRIZ QFD


29

ANEXO 4 - ESTRUTURA FUNCIONAL


30

ANEXO 5 - PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO


31

ANEXO 6 - PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO COMBINADOS


32

ANEXO 7 - CROQUIS
33
34
35

ANEXO 8 - MATRIZ DE DECISÃO


36

ANEXO 9 - DIMENSIONAMENTOS NO CYPE 3D

1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

Foi realizado a análise estrutural e dimensionamento da estrutura da cabine do


elevador (Figura 01) e da base da torre (Figura 2), através do software Cype3d que
efetua as verificações das barras conforme a NBR 8800:2008.

Figura 1 – Estrutura da cabine

Fonte: Os autores, 2021.

Figura 1 – Estrutura da cabine


37

1.1 NORMAS CONSIDERADAS

Foram utilizadas como referências as seguintes normas:


- NBR 8800:2008 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios.
- NBR 16200:2013 - Elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais
com cabina guiada verticalmente — Requisitos de segurança para construção e
instalação.

1.2 CONDIÇÕES DE CONTORNO

O lançamento das cargas da cabine foi realizado considerando o efeito das


cargas móveis, conforme orienta a NBR 16200:2013, sendo:

Carga do vento frontal = 4908,2 N


Carga do vento lateral = 8012,5 N
Peso próprio + cargas mortas = 18400 N
Carga nominal = 10000 N

Figura 3 – Estrutura da cabine

Fonte: Os autores, 2021.


38

Para o lançamento das cargas na estrutura da base foi considerado o momento


causado pela torre sujeita as cargas de vento e a carga reativa das molas de
segurança em operação.
Figura 3 – Estrutura da cabine

Fonte: Os autores, 2021.

2 ESTRUTURA
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS

Materiais utilizados
Material E G fy ·t 

Tipo Designação (MPa) (MPa) (MPa) (m/m°C) (kN/m³)
Aço laminado A-36 250Mpa 200000.00 0.300 77000.00 250.00 0.000012 77.01
Notação:
E: Módulo de elasticidade
: Módulo de poisson
G: Módulo de corte
fy: Limite elástico
·t: Coeficiente de dilatação
: Peso específico
39

2.2 RESULTADOS

2.2.1 Verificações E.L.U. (Completo)

Mostra-se o relatório completo de verificações realizadas para uma única barra, o


mesmo procedimento foi adotado para as demais barras.

Barra N4/N27
Perfil: TUBO RETANGULAR 70 X 50 X 3MM
Material: Aço (A-36 250Mpa)
Nós Características mecânicas
Comprimento
(m) Área Ix(1) Iy(1) It(2)
Inicial Final
(cm²) (cm4) (cm4) (cm4)
N4 N27 1.065 6.60 43.90 25.99 53.56
Notas:
(1)
Inércia em relação ao eixo indicado
(2)
Momento de inércia à torção uniforme

Flambagem Flambagem lateral


Plano ZX Plano ZY Aba sup. Aba inf.
 1.00 1.00 0.00 0.00
LK 1.065 1.065 0.000 0.000
Cb - 1.000
Notação:
: Coeficiente de flambagem
LK: Comprimento de flambagem (m)
Cb: Fator de modificação para o momento crítico

Limitação do índice de esbeltez (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.3.4)


A verificação não procede, já que não há força axial de compressão.

Resistência à tração (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.2)


Deve satisfazer:

: 0.025

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se no nó N27, para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.
40

Nt,Sd: Força axial de tração solicitante de cálculo,


desfavorável. Nt,Sd : 3.80 kN

A força axial de tração resistente de cálculo, Nt,Rd,


deve ser determinada pela expressão:

Nt,Rd : 150.06 kN

Onde:
Ag: Área bruta da seção transversal da barra. Ag : 6.60 cm²
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do material. a1 : 1.10

Nt,Rd
Resistência à compressão (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.3)
A verificação não será executada, já que não existe esforço axial de compressão.

Resistência à flexão eixo X (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.2)


Deve satisfazer:

M
: 0.151

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se no nó N4, para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

MSd-: Momento fletor solicitante de cálculo,


desfavorável. MSd- : 0.56 kN·m

=
Já que '  r', deve-se considerar viga de alma não-
19.33  161.22
esbelta (ABNT NBR 8800:2008, Anexo G).
Onde:

: 19.33

Sendo:
41

h: Altura da parte plana das almas. h: 58.00 mm


tw: Espessura da alma. tw : 3.00 mm

r : 161.22

Sendo:
E: Módulo de elasticidade do aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa

O momento fletor resistente de cálculo MRd de vigas


de alma não-esbelta deve ser tomado como o menor
valor entre os obtidos nas seguintes seções: MRd : 3.68 kN·m
(a) Máximo momento fletor resistente de cálculo
(ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.2.2):

r =
MRd : 4.28 kN·m

Onde:
Wx: Módulo de resistência elástico Wx : 12.54 cm³
mínimo da seção transversal em relação
ao eixo de flexão.
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10
(b) Estado-límite último de flambagem lateral

MRd
com torção, FLT (ABNT NBR 8800:2008,
Anexo G):
Não é necessário, pois o comprimento de
flambagem lateral é nulo.
(c) Estado-límite último de flambagem local da
mesa comprimida, FLM (ABNT NBR
8800:2008, Anexo G):


12.67  31.68

MRd : 3.68 kN·m

Onde:

: 12.67

Sendo:
42

bf: Largura da parte plana das


mesas. bf : 38.00 mm
tf: Espessura da mesa
comprimida. tf : 3.00 mm

p : 31.68

Sendo:
E: Módulo de elasticidade do
aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa

M =
Mpl : 4.05 kN

Onde:

 ppl=
Zx: Módulo de resistência
plástico. Zx : 16.19 cm³
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10
(d) Estado-limite último de flambagem local da
alma, FLA (ABNT NBR 8800:2008, Anexo G):


19.33  68.45

MRd : 3.68 kN·m

Onde:

: 19.33

Sendo:
h: Altura da parte plana das
almas. h: 58.00 mm
tw: Espessura da alma. tw : 3.00 mm

p : 68.45

Sendo:
E: Módulo de elasticidade do
aço. E: 200000 MPa
43

fy: Resistência ao escoamento


do aço. fy : 250.00 MPa

Mpl =
Mpl : 4.05 kN

Onde:
Zx: Módulo de resistência
plástico. Zx : 16.19 cm³
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10

Resistência à flexão eixo Y (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.2)


Deve satisfazer:

M
: 0.443

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se no nó N4, para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

MSd-: Momento fletor solicitante de cálculo,


desfavorável. MSd- : 1.28 kN·m

= h
Já que '  r', deve-se considerar viga de alma não-
12.67  161.22
esbelta (ABNT NBR 8800:2008, Anexo G).
Onde:

: 12.67

Sendo:
h: Altura da parte plana das almas. h: 38.00 mm
tw: Espessura da alma. tw : 3.00 mm

r : 161.22
44

Sendo:
E: Módulo de elasticidade do aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa

O momento fletor resistente de cálculo MRd de vigas


de alma não-esbelta deve ser tomado como o menor
valor entre os obtidos nas seguintes seções: MRd : 2.90 kN·m
(a) Máximo momento fletor resistente de cálculo
(ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.2.2):

MRd : 3.54 kN·m

Onde:
Wy: Módulo de resistência elástico Wy : 10.40 cm³
mínimo da seção transversal em relação
ao eixo de flexão.
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10
(b) Estado-límite último de flambagem lateral

MRd
com torção, FLT (ABNT NBR 8800:2008,
Anexo G):
Não é necessária, já que o eixo de flexão
não é o de maior inércia.
(c) Estado-límite último de flambagem local da
mesa comprimida, FLM (ABNT NBR
8800:2008, Anexo G):

  b
19.33  31.68

MRd : 2.90 kN·m

Onde:

: 19.33

Sendo:
bf: Largura da parte plana das
mesas. bf : 58.00 mm
tf: Espessura da mesa
comprimida. tf : 3.00 mm

p : 31.68
45

Sendo:
E: Módulo de elasticidade do
aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa

M =
Mpl : 3.19 kN

Onde:

 ppl=
Zy: Módulo de resistência
plástico. Zy : 12.77 cm³
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10
(d) Estado-limite último de flambagem local da
alma, FLA (ABNT NBR 8800:2008, Anexo G):


12.67  68.45

MRd : 2.90 kN·m

Onde:

: 12.67

Sendo:
h: Altura da parte plana das
almas. h: 38.00 mm

M
tw: Espessura da alma. tw : 3.00 mm

p : 68.45

 Rd
=
Sendo:
E: Módulo de elasticidade do
aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa

Mpl : 3.19 kN
46

Onde:
Zy: Módulo de resistência
plástico. Zy : 12.77 cm³
fy: Resistência ao escoamento
do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10

Resistência ao esforço cortante X (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.3)


Deve satisfazer:

V
: 0.034

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

VSd: Esforço cortante solicitante de cálculo,


desfavorável. VSd : 1.07 kN

 =
A força cortante resistente de cálculo, VRd, é
determinada pela expressão:

  b
12.67  69.57

VRd : 31.09 kN

Onde:

: 12.67

V
Sendo:
bf: Largura da parte plana das
mesas. bf : 38.00 mm
tf: Espessura das mesas. tf : 3.00 mm

p : 69.57
47

Sendo:
kv: Coeficiente de flambagem. kv : 5.00
E: Módulo de elasticidade do aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa

V =
Vpl : 34.20 kN

Sendo:
Aw: Área efetiva ao cisalhamento.

Aw
Aw : 2.28 cm²

a1: Coeficiente de segurança do material. a1 : 1.10

pl
Resistência ao esforço cortante Y (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.4.3)
Deve satisfazer:

V
: 0.021

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

VSd: Esforço cortante solicitante de cálculo,


desfavorável. VSd : 0.99 kN

 =
A força cortante resistente de cálculo, VRd, é
determinada pela expressão:


19.33  69.57

VRd : 47.45 kN

Onde:

: 19.33

Sendo:
48

h: Altura da parte plana das almas. h: 58.00 mm


tw: Espessura da alma. tw : 3.00 mm

p : 69.57

Sendo:
kv: Coeficiente de flambagem. kv : 5.00
E: Módulo de elasticidade do aço. E: 200000 MPa
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa

V =
Vpl : 52.20 kN

Sendo:

Apl =
Aw: Área efetiva ao cisalhamento.

Aw : 3.48 cm²

a1: Coeficiente de segurança do material. a1 : 1.10

pw
Resistência ao esforço axial e flexão combinados (ABNT NBR 8800:2008, Artigo
5.5.1.2)
Deve satisfazer:

1
: 0.606

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se no nó N4, para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

Nt,Sd: Força axial de tração solicitante de cálculo,


desfavorável. Nt,Sd : 3.72 kN
Mx,Sd: Momento fletor solicitante de cálculo,
desfavorável. Mx,Sd- : 0.56 kN·m
My,Sd: Momento fletor solicitante de cálculo,
desfavorável. My,Sd- : 1.28 kN·m

0.025  0.200
49

: 0.606

Onde:
Nt,Rd: Força axial resistente de cálculo de Nt,Rd : 150.06 kN
tração (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.2).
Mx,Rd,My,Rd: Momentos fletores resistentes de Mx,Rd : 3.68 kN·m
cálculo, respectivamente em relação aos
eixos X e Y da seção transversal (ABNT NBR
8800:2008, Artigo 5.4.2). My,Rd : 2.90 kN·m

= T
Resistência à torção (ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.5.2.1)
Deve satisfazer:

: 0.013

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-


se para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1.

2
TSd: Momento de torção solicitante de cálculo,
desfavorável. TSd : 0.03 kN·m

 =
O momento de torção resistente de cálculo, TRd, é
determinado pela expressão:

TRd : 2.56 kN·m

h
Onde:
WT: Módulo de resistência à torção.

WT : 18.79 cm³

h: Maior comprimento entre as partes planas


dos lados da seção transversal. h: 58.00 mm
H: Maior dimensão da seção. H: 70.00 mm
B: Menor dimensão da seção. B: 50.00 mm
t: Espessura. t: 3.00 mm
50

E: Módulo de elasticidade do aço. E: 200000 MPa


fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do material. a1 : 1.10

Resistência ao momento de torção, força axial, momento fletor e cortante


(ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.5.2.2)
O efeito da torção pode ser desprezado, já que o
momento torsor atuante de cálculo, TSd, é inferior
ou igual ao 20% do momento torsor resistente de
cálculo, TRd.

TSd 
0.03  0.51
TSd: Momento de torção solicitante de cálculo,
desfavorável. TSd : 0.03 kN·m
TRd: Momento de torção resistente de cálculo
(ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.5.2.1). TRd : 2.56 kN·m

Resistência a interações de esforços e momento de torção (ABNT NBR


8800:2008, Artigo 5.5.2.3)
Deve satisfazer:

: 0.755


: 0.024


(Já que a norma não proporciona uma
verificação da tensão total para seções
submetidas a torção combinada com outros
esforços, considera-se que este elemento
também deve cumprir os seguintes critérios para
a tensão de Von Mises:)

: 0.687
51

O coeficiente de aproveitamento desfavorável


produz-se no nó N4, para a combinação de ações
1.5·PP+CargasMortas+1.5·CargasEstáticas+0.84·V1
no ponto da seção transversal de coordenadas X =
25.00 mm, Y = 33.50 mm em relação ao centro de
gravidade.

As tensões normais Sd são dadas por:

 Sd =
Sd : 171.70 MPa

Onde:

NSd : 5.64 MPa

Sendo:
Nt,Sd: Força axial de tração solicitante de
cálculo, desfavorável. Nt,Sd : 3.72 kN
Ag: Área bruta da seção transversal da
barra. Ag : 6.60 cm²

Mx,Sd : 42.48 MPa

NSd
Sendo:
Mx,Sd: Momento fletor solicitante de
cálculo, desfavorável. Mx,Sd- : 0.56 kN·m
Ix: Momento de inércia da seção
transversal em relação ao eixo X. Ix : 43.90 cm4
Y: Coordenada, em relação ao eixo Y, Y: 33.50 mm
do ponto desfavorável da seção
transversal em relação ao centro de


gravidade da seção bruta.

My,Sd : 123.59 MPa

Sendo:
My,Sd: Momento fletor solicitante de
cálculo, desfavorável. My,Sd- : 1.28 kN·m
Iy: Momento de inércia da seção
transversal em relação ao eixo Y. Iy : 25.99 cm4
X: 25.00 mm
52

X: Coordenada, em relação ao eixo X,


do ponto desfavorável da seção
transversal em relação ao centro de
gravidade da seção bruta.

As tensões tangenciais Sd são dadas por:

 Sd =
Sd : 3.22 MPa

Onde:
Vx,Sd: Tensão tangencial devida ao esforço
cortante na direção do eixo X. Vx,Sd : 3.23 MPa
Sendo:
Vx,Sd-: Esforço cortante solicitante de
cálculo, desfavorável. Vx,Sd- : 1.07 kN
Vy,Sd: Tensão tangencial devida ao esforço
cortante na direção do eixo Y. Vy,Sd : -1.77 MPa
Sendo:
Vy,Sd-: Esforço cortante solicitante de
cálculo, desfavorável. Vy,Sd- : 0.99 kN
TSd: Tensão tangencial devida ao momento
torsor. TSd : 1.75 MPa
Sendo:
TSd: Momento de torção solicitante de
cálculo, desfavorável. TSd : 0.03 kN·m

As tensões totais fSd são dadas por:

fSd : 171.79 MPa

A tensão resistente de cálculo, Rd, é dada pelo


Rd :

f =
menor valor entre os obtidos por a) e b): 227.27 MPa
(a) Tensão resistente de cálculo para os
estados-limites de escoamento sob efeito de
tensão normal:

Rd : 227.27 MPa

Onde:
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
53

a1: Coeficiente de segurança do


material. a1 : 1.10
(b) Tensão resistente de cálculo para os
estados-limites de instabilidade ou
flambagem sob efeito de tensão normal:

Rd : 227.27 MPa

Onde:
: Fator de redução total associado à : 1.000
resistência à compressão (ABNT NBR
8800:2008, Artigo 5.3.3).
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10

Rd =
A tensão resistente de cálculo, Rd, é dada pelo
menor valor entre os obtidos por a) e b): Rd : 131.72 MPa
(a) Tensão resistente de cálculo para os
estados-limites de escoamento sob efeito de
tensão de cisalhamento:

Rd : 136.36 MPa

Onde:
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10
(b) Tensão resistente de cálculo para os
estados-limites de instabilidade ou
flambagem sob efeito de tensão
cisalhamento:

 =
Rd : 131.72 MPa

Onde:
: Fator de redução total associado à
resistência à compressão (ABNT NBR
8800:2008, Artigo 5.3.3).

: 0.966
54

Sendo:

0 : 0.288

e =
e : 1812.05 MPa

E : 362.41 MPa

Onde:
kv: Coeficiente de
flambagem (ABNT NBR
8800:2008, Artigo 5.4.3). kv : 5.00

 =
E: Módulo de elasticidade
do aço. E: 200000 MPa
: Coeficiente de Poisson. : 0.30
t: Espessura. t: 3.00 mm
h: Largura. h: 67.00 mm
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa

E =
a1: Coeficiente de segurança do
material. a1 : 1.10

A tensão resistente de cálculo, fRd é dada por:

0
fRd : 250.00 MPa

Onde:
fy: Resistência ao escoamento do aço. fy : 250.00 MPa
a1: Coeficiente de segurança do material. a1 : 1.10
55

2.2.2 Verificações E.L.U. (Resumido)

VERIFICAÇÕES (ABNT NBR 8800:2008)


Barras Estado
 Nt Nc Mx My Vx Vy NMxMy T NMVT f
x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N1/N11 N.P.(1)  = 0.4 N.P.(2)  = 1.1  = 2.8  < 0.1
 = 26.5  = 4.1  = 8.0  = 29.6  = 37.9  = 37.9
  200.0 x: 0.288 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N11/N2  = 0.1  = 0.3  = 1.9  = 2.2  < 0.1
Passa  = 26.8  = 5.9  = 4.2  = 32.7  = 43.3  = 43.3
  200.0 x: 0.55 m x: 0.55 m x: 0.55 m x: 0 m x: 0.55 m x: 0.55 m PASSA
N2/N6  = 0.3  = 0.4  = 1.7  < 0.1
Passa  = 14.0  = 9.5  = 3.5  = 1.6  = 22.0  = 27.4  = 27.4
  200.0 x: 0.25 m x: 0 m x: 0 m x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0.25 m PASSA
N6/N30  = 0.7  = 0.4  = 18.3  < 0.1
Passa  = 18.3  = 10.6  = 4.0  = 10.1  = 20.2  = 26.0  = 26.0
  200.0 x: 0 m x: 0.375 m x: 0.375 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N30/N8  = 0.5  = 0.6  = 12.9  < 0.1
Passa  = 10.5  = 7.3  = 2.9  = 3.4  = 11.8  = 17.0  = 17.0
  200.0 x: 0.375 m x: 0 m x: 0 m x: 0.375 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N8/N33  = 0.1  = 0.6  = 11.4  < 0.1
Passa  = 10.7  = 13.3  = 5.2  = 2.6  = 18.8  = 24.5  = 24.5
  200.0 x: 0 m x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N33/N10  = 0.3  = 0.8  = 16.0  < 0.1
Passa  = 14.9  = 8.5  = 2.1  = 7.5  = 19.3  = 29.3  = 29.3
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0.55 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N10/N3 N.P.(3)  = 0.9  = 2.0  < 0.1
Passa  = 8.9  = 5.0  = 2.1  = 1.3  = 13.8  = 18.0  = 18.0
  200.0 x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N4/N12  = 0.3  = 0.1  = 2.3  = 2.1  < 0.1
Passa  = 35.5  = 8.8  = 10.1  = 40.9  = 52.1  = 52.1
  200.0 x: 0 m x: 0.275 m x: 0.275 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N12/N43 N.P.(3)  = 0.7  = 6.8  = 1.2  < 0.1
Passa  = 35.8  = 10.3  = 2.1  = 46.1  = 58.9  = 58.9
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0.3 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N43/N3 N.P.(3)  = 0.7  = 4.5  = 1.2  < 0.1
Passa  = 33.5  = 10.3  = 4.3  = 44.0  = 56.3  = 56.3
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0.55 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N1/N5  = 0.1  = 1.0  = 0.9  = 6.1  < 0.1
Passa  = 14.5  = 3.7  = 1.8  = 17.8  = 23.8  = 23.8
  200.0 x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0.25 m x: 0.25 m PASSA
N5/N31  = 0.4  = 1.4  = 11.9  = 24.8
Passa  = 34.8  = 25.2  = 12.4  = 47.4  = 49.2  = 60.4  = 60.4
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N31/N7  = 0.2  = 0.7  = 10.3  = 19.1  < 0.1
Passa  = 19.0  = 24.8  = 4.4  = 37.5  = 47.7  = 47.7
  200.0 x: 0.4 m x: 0.4 m x: 0.4 m x: 0.4 m x: 0.4 m PASSA
N7/N32  = 0.6  = 0.2  = 3.7  = 12.4  < 0.1
Passa  = 22.9  = 8.8  = 5.9  = 29.7  = 37.6  = 37.6
  200.0 x: 0 m x: 0.225 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N32/N9 N.P.(3)  = 2.2  = 6.1  = 27.6
Passa  = 37.7  = 10.3  = 13.6  = 45.2  = 56.8  = 62.0  = 62.0
  200.0 x: 0.55 m x: 0.55 m x: 0 m x: 0.55 m x: 0.55 m PASSA
N9/N4  < 0.1  = 1.2  = 2.3  = 6.4  < 0.1
Passa  = 15.5  = 7.7  = 2.3  = 23.7  = 31.2  = 31.2
  200.0 x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N5/N34  < 0.1  = 2.6  = 2.4  = 6.5  < 0.1
Passa  = 27.9  = 8.9  = 11.1  = 34.0  = 45.4  = 45.4
  200.0 x: 0.288 m x: 0.575 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N34/N6 N.P.(3)  = 1.6  = 2.4  = 1.1  < 0.1
Passa  = 31.4  = 7.7  = 11.3  = 33.0  = 43.9  = 43.9
  200.0 x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N7/N35 N.P.(3)  = 1.8  = 6.1  = 7.7  < 0.1
Passa  = 36.8  = 21.8  = 9.2  = 53.5  = 70.5  = 70.5
  200.0 x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N35/N8 N.P.(3)  = 1.5  = 3.3  = 1.0  < 0.1
Passa  = 35.3  = 11.8  = 5.7  = 44.6  = 59.4  = 59.4
  200.0 x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N9/N36  = 0.8  = 1.2  = 5.1  = 4.0  < 0.1
Passa  = 40.9  = 16.1  = 11.2  = 56.3  = 73.9  = 73.9
  200.0 x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N36/N10  = 0.5  = 0.8  = 3.5  = 1.6  < 0.1
Passa  = 39.8  = 11.2  = 8.6  = 50.3  = 66.5  = 66.5
  200.0 x: 0.55 m x: 0 m x: 0 m x: 0.55 m x: 0.55 m PASSA
N11/N34 N.P.(3)  = 0.3  = 2.8  = 3.0  < 0.1
Passa  = 18.7  = 8.3  = 2.8  = 26.7  = 34.8  = 34.8
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0.625 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N34/N35  = 0.1  = 0.4  = 2.9  = 3.4  < 0.1
Passa  = 17.6  = 10.4  = 4.1  = 24.3  = 32.2  = 32.2
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N35/N36 N.P.(3)  = 0.8  = 4.8  = 3.3  < 0.1
Passa  = 8.8  = 16.6  = 0.9  = 20.2  = 26.5  = 26.5
  200.0 x: 0 m x: 0.55 m x: 0.55 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N36/N12 N.P.(3)  = 1.0  = 4.3  = 2.2  < 0.1
Passa  = 6.6  = 15.2  = 1.0  = 17.3  = 22.6  = 22.6
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N1/N26  = 2.5  = 1.1  < 0.1
Passa  = 2.3  = 0.2  = 13.8  = 33.2  = 2.5  = 47.3  = 59.0  = 59.0
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N26/N13  = 2.7  = 2.4  < 0.1
Passa  = 0.7  = 0.3  = 19.0  = 25.4  = 3.1  = 44.7  = 55.4  = 55.4
  200.0 x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m PASSA
N13/N17  = 1.0  = 0.5  = 1.2  = 4.6  < 0.1
Passa  = 24.4  = 5.9  = 4.1  = 29.4  = 37.6  = 37.6
  200.0 x: 0 m x: 0.775 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N17/N19  = 0.7  = 0.3  = 2.3  = 1.1  < 0.1
Passa  = 7.8  = 9.6  = 1.0  = 15.7  = 19.5  = 19.5
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N19/N14  = 1.4  = 0.1  = 1.7  = 6.1  < 0.1
Passa  = 27.3  = 7.8  = 4.7  = 35.3  = 45.1  = 45.1
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N14/N25 N.P.(3)  = 0.5  = 2.4  = 4.6  < 0.1
Passa  = 31.1  = 6.7  = 2.4  = 37.8  = 49.2  = 49.2
56

VERIFICAÇÕES (ABNT NBR 8800:2008)


Barras Estado
 Nt Nc Mx My Vx Vy NMxMy T NMVT f
  200.0 x: 0.725 m x: 0.725 m x: 0 m x: 0.725 m x: 0.725 m PASSA
N25/N15  = 0.1  = 0.4  = 1.6  = 3.8  < 0.1
Passa  = 20.6  = 7.0  = 4.1  = 27.7  = 34.8  = 34.8
  200.0 x: 0 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N16/N18  = 0.1  = 0.5  = 6.0  < 0.1
Passa  = 6.5  = 5.8  = 2.3  = 1.1  = 11.3  = 13.9  = 13.9
  200.0 x: 0.75 m x: 0 m x: 0 m x: 0.75 m x: 0.75 m x: 0.75 m PASSA
N18/N20  = 0.2  = 0.4  = 3.3  < 0.1
Passa  = 13.0  = 12.0  = 3.5  = 2.5  = 24.4  = 32.6  = 32.6
  200.0 x: 0.8 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N20/N15  < 0.1  = 0.2  = 4.5  < 0.1
Passa  = 5.6  = 7.5  = 2.1  = 0.8  = 11.2  = 15.0  = 15.0
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N13/N21  < 0.1  = 0.4  = 1.3  = 2.6  < 0.1
Passa  = 22.7  = 4.9  = 1.9  = 27.7  = 36.8  = 36.8
  200.0 x: 0.575 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N21/N16  = 0.1  = 0.4  = 1.6  = 5.2  < 0.1
Passa  = 15.2  = 5.6  = 3.2  = 20.8  = 26.1  = 26.1
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N2/N28  = 2.9  = 4.4  < 0.1
Passa  = 1.9  = 0.2  = 5.4  = 21.6  = 1.8  = 24.9  = 31.3  = 31.3
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N28/N16  = 1.4  = 2.2  < 0.1
Passa  = 1.3  = 0.2  = 9.1  = 21.7  = 1.9  = 31.5  = 39.2  = 39.2
x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N4/N27 N.P.(1) N.P.(2)  = 3.4  = 2.1  = 1.3  < 0.1
 = 2.5  = 15.1  = 44.3  = 60.6  = 75.5  = 75.5
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N27/N14  = 3.6  = 2.9  = 1.8  < 0.1
Passa  = 0.7  = 0.2  = 22.6  = 34.3  = 56.7  = 70.1  = 70.1
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N3/N29  = 3.8  = 0.7  = 3.6  < 0.1
Passa  = 1.8  = 0.4  = 4.9  = 29.7  = 31.2  = 39.0  = 39.0
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N29/N15  = 2.0  = 1.0  = 2.6  < 0.1
Passa  = 1.5  = 0.1  = 7.0  = 30.0  = 37.5  = 46.7  = 46.7
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N17/N22  = 2.3  = 3.1  < 0.1
Passa  = 4.3  = 4.6  = 50.7  = 3.5  = 4.8  = 52.0  = 67.7  = 67.7
  200.0 x: 0.575 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0.575 m PASSA
N22/N18  = 2.2  = 3.9  < 0.1
Passa  = 4.0  = 4.0  = 16.9  = 3.2  = 4.1  = 18.5  = 25.8  = 25.8
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0.575 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N20/N23  = 1.9  = 3.0  < 0.1
Passa  = 3.8  = 3.4  = 19.2  = 2.9  = 4.9  = 22.8  = 31.1  = 31.1
  200.0 x: 0 m x: 0.15 m x: 0.15 m x: 0.15 m x: 0.15 m x: 0.15 m x: 0.15 m PASSA
N23/N24  = 2.3  = 4.6  < 0.1
Passa  = 2.4  = 1.6  = 27.5  = 1.5  = 5.1  = 29.3  = 38.4  = 38.4
  200.0 x: 0.425 m x: 0.425 m x: 0.425 m x: 0.425 m x: 0.425 m x: 0.425 m x: 0.425 m PASSA
N24/N19  = 1.9  = 5.4  < 0.1
Passa  = 3.7  = 3.2  = 59.5  = 2.8  = 6.1  = 63.4  = 84.1  = 84.1
  200.0 x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m PASSA
N21/N22  = 0.1  < 0.1  = 1.8  = 4.6  < 0.1
Passa  = 10.1  = 7.9  = 1.5  = 18.1  = 22.3  = 22.3
  200.0 x: 0 m x: 0.763 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N22/N23  = 0.1  = 0.2  = 3.1  = 3.7  < 0.1
Passa  = 6.3  = 12.7  = 0.5  = 18.6  = 24.4  = 24.4
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N24/N25  = 0.1  = 0.2  = 2.4  = 2.2  < 0.1
Passa  = 13.3  = 10.4  = 2.0  = 23.8  = 31.9  = 31.9
  200.0 x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m x: 0.8 m PASSA
N26/N37 N.P.(3)  = 0.9  = 0.4  = 1.8  < 0.1
Passa  = 27.0  = 2.7  = 5.2  = 28.8  = 40.4  = 40.4
  200.0 x: 0.775 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N37/N38 N.P.(3)  = 0.5  = 0.4  = 1.5  < 0.1
Passa  = 6.9  = 2.9  = 0.7  = 9.2  = 12.5  = 12.5
  200.0 x: 0 m x: 0.775 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N38/N27 N.P.(3)  = 0.4  = 0.3  = 2.1  < 0.1
Passa  = 30.5  = 1.7  = 6.1  = 31.2  = 43.7  = 43.7
  200.0 x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0.8 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N28/N40  < 0.1  = 0.9  = 2.7  < 0.1
Passa  = 12.2  = 4.8  = 3.3  = 2.3  = 15.1  = 20.8  = 20.8
  200.0 x: 0.75 m x: 0.375 m x: 0 m x: 0.75 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N40/N39  < 0.1  = 0.5  = 1.1  < 0.1
Passa  = 17.6  = 4.5  = 2.8  = 3.6  = 19.9  = 27.4  = 27.4
  200.0 x: 0.8 m x: 0.2 m x: 0.8 m x: 0 m x: 0 m x: 0.8 m PASSA
N39/N29  < 0.1  = 0.3  = 1.8  < 0.1
Passa  = 7.0  = 5.1  = 3.4  = 1.3  = 11.1  = 15.0  = 15.0
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N30/N40  = 3.6  = 2.8  = 2.2  < 0.1
Passa  = 3.0  = 0.2  = 21.2  = 24.7  = 40.1  = 50.5  = 50.5
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N40/N18  = 2.6  = 2.0  = 0.9  < 0.1
Passa  = 2.6  = 0.2  = 14.4  = 34.3  = 44.2  = 55.4  = 55.4
x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N31/N37 N.P.(1) N.P.(2)  = 2.2  = 2.2  = 0.6  < 0.1
 = 5.4  = 16.9  = 28.9  = 43.9  = 56.0  = 56.0
x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N37/N17 N.P.(1) N.P.(2)  = 1.8  = 1.3  = 1.7  < 0.1
 = 7.3  = 8.8  = 15.9  = 25.9  = 34.7  = 34.7
x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N32/N38 N.P.(1) N.P.(2)  = 2.4  = 2.0  = 0.3  < 0.1
 = 6.2  = 15.1  = 34.0  = 52.1  = 66.5  = 66.5
x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N38/N19 N.P.(1) N.P.(2)  = 2.3  = 1.7  = 1.8  < 0.1
 = 8.4  = 12.1  = 20.3  = 35.4  = 46.8  = 46.8
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N33/N39  = 3.4  = 1.8  = 2.2  < 0.1
Passa  = 3.2  = 0.2  = 13.1  = 23.8  = 33.8  = 42.8  = 42.8
  200.0 x: 1.065 m x: 0 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m x: 1.065 m PASSA
N39/N20  = 3.2  = 1.6  = 1.3  < 0.1
Passa  = 3.2  = 0.1  = 11.1  = 40.3  = 49.6  = 62.2  = 62.2
x: 0.3 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N17/N41 N.P.(1) N.P.(2)  = 0.7  = 1.0  = 3.8 N.P.(4)
 = 2.6  = 16.7  = 11.9  = 27.3  = 41.6  = 41.6
57

VERIFICAÇÕES (ABNT NBR 8800:2008)


Barras Estado
 Nt Nc Mx My Vx Vy NMxMy T NMVT f
x: 0.3 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m x: 0 m PASSA
N19/N42 N.P.(1) N.P.(2)  = 0.8  = 1.0  = 4.2 N.P.(4)
 = 3.0  = 19.3  = 12.8  = 33.4  = 50.9  = 50.9

Notação:
l: Limitação do índice de esbeltez
Nt: Resistência à tração
Nc: Resistência à compressão
Mx: Resistência à flexão eixo X
My: Resistência à flexão eixo Y
Vx: Resistência ao esforço cortante X
Vy: Resistência ao esforço cortante Y
NMxMy: Resistência ao esforço axial e flexão combinados
T: Resistência à torção
NMVT: Resistência ao momento de torção, força axial, momento fletor e cortante
s t f: Resistência a interações de esforços e momento de torção
x: Distância à origem da barra
h: Coeficiente de aproveitamento (%)
N.P.: Não procede
Verificações desnecessárias para o tipo de perfil (N.P.):
(1)
A verificação não procede, já que não há força axial de compressão.
(2)
A verificação não será executada, já que não existe esforço axial de compressão.
(3)
A verificação não será executada, já que não existe esforço axial de tração.
(4)
Este caso não est contemplado pela norma e, portanto, não é possível realizar a
verificação.
58

ANEXO 10 - SIMULAÇÃO DE ESFORÇOS

1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

Realização de análise estrutural e dimensionamento de alguns componentes


críticos do conjunto do elevador (Figura 01), com capacidade máxima de carga de
1000 kg e velocidade nominal de 30 m/min, a avaliação foi realizada com base nos
conhecimentos em teorias clássicas de resistência dos materiais, boas práticas de
engenharia, instruções normativas e software de elementos finitos.

Figura 1 – Elevador cremalheira

Fonte: Os autores, 2021.

1.1 NORMAS CONSIDERADAS

Foram utilizadas como referências as seguintes normas:


- NBR 16200/2013 - Elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais
com cabina guiada verticalmente — Requisitos de segurança para construção e
instalação.
- NBR 6123/1988 - Forças devidas ao vento em edificações.
59

2 METODOLOGIA

O lançamento das cargas foi realizado considerando as cargas devido ao vento,


cargas de peso próprio, cargas mortas e o efeito das cargas móveis, conforme
orienta a NBR 16200:2013.
Foi utilizado o método iterativo de convergência de malha para a obtenção dos
resultados e foram desconsiderados picos de tensão provenientes de singularidades.
Como critério de falha foi utilizado a Teoria da Energia de Distorção Máxima,
por meio da tensão equivalente de von Mises. A tensão equivalente admissível para
este projeto foi determinada pela divisão da tensão máxima (tensão de escoamento
dos materiais) por um fator de segurança (FS = 2,0). Foi utilizado o aço A-36 com
tensão de escoamento de 250 MPa nos materiais analisados. Assim, os valores de
tensão equivalente de von Mises obtidos que ficaram abaixo da tensão admissível
de 125 MPa estão aprovados para a utilização pretendida.

3 RESULTADOS

Para a verificação do piso foi considerada uma força (vetor vermelho)


equivalente a 25% da carga nominal (2500 N), aplicada em uma área de 0,1 m x 0,1
m, conforme orienta o parágrafo 5.2.2.11 da NBR 16200.

Figura 2 – Condições de contorno do piso

Os resultados dos valores de tensão e deslocamento são mostrados nas


figuras 3 e 4.
60

Figura 3 – Tensão equivalente piso

Foram ignorados os picos de tensão devido ao baixo volume de falha, a


tensão máxima considerada foi de 98,88 Mpa, valor abaixo do admissível de 125
MPa, portanto, o componente está aprovado devido ao critério de falha por tensão.

Figura 3 – Deslocamento do piso

A NBR16200 não define um deslocamento máximo, apenas exige que não


ocorra deformação permanente, essa exigência foi atendida pois a tensão solicitante
61

é menor que a tensão de escoamento. Como estado-limite de serviço foi adotado


𝑙
como deslocamento máximo permissível o valor de , resultando em 2,3 mm, valor
250

inferior ao obtido na simulação estrutural.


As demais verificações foram majoritariamente realizadas utilizando como
condições de contorno as orientações da NBR 16200 de forma análoga a exibida
acima. Os resultados foram condensados na tabela abaixo para melhor visualização.

Tabela 1
Componente: Ancoragem Vetor azul: 8000 N

Tensão equivalente máx: 94,02 MPa Deslocamento: 11,09 mm


62

Componente: Módulo da torre Vetor azul: 126000 N

Tensão equivalente máx: 73,51 MPa Deslocamento: 0,22 mm

Componente: Olhal da torre Vetor vermelho: 17220 N

Tensão equivalente máx: 33,03 MPa Deslocamento: 0,01 mm


63

Componente: Olhal do tracionador Vetor vermelho: 17220 N

Tensão equivalente máx: 23,41 MPa Deslocamento: 0,005 mm

Componente: Estrutura do tracionador Vetor vermelho: 34440 N

Tensão equivalente máx: 65,80 MPa Deslocamento: 1,22 mm


64

ANEXO 11 - DIMENSIONAMENTO DO EIXO DE LIGAÇÃO


65
66
67

ANEXO 12 - DIMENSIONAMENTO DOS ROLAMENTOS


68

ANEXO 13 - UNIÃO SOLDADA


69
70

ANEXO 14 - FORÇAS DEVIDO AO VENTO


71

ANEXO 15 - FREIO CENTRÍFUGO


72

ANEXO 16 - SELEÇÃO DE MOTOFREIO REDUTOR


73

ANEXO 17 - DIMENSIONAMENTO CREMALHEIRA E ENGRENAGEM


74

ANEXO 18 - LIGAÇÕES PARAFUSADAS


75
76
77
78

ANEXO 19 - DIMENSIONAMENTO DA MOLA


79
80

ANEXO 20 - QUESTIONÁRIO RESPONDIDO

1- Onde será instalado o elevador?


Em uma construção de um prédio em Joinville - SC

2- Como será o formato da cabine? ( ) Redonda ( ) Quadrada ( ) Retangular


A cabine precisa ter espaço suficiente para transportar pallets tipo CP2, talvez
retangular seja melhor.

3- Quantas pessoas o elevador necessita transportar?


12 pessoas

4- Qual a carga nominal do elevador?


800 kg

5- Qual a altura máxima de elevação?


O prédio terá 30 andares

6- Qual será a fonte de energia?


220V / 380 V

7- Quanto o elevador será usado/dia?


Será utilizado, aproximadamente, 6 horas por dia

8- Qual a forma de funcionamento da porta desejada para o elevador?


Não há um necessidade especifica, mas temos pouco espaço pra porta

9- Quais as medidas úteis da cabine?


Deve caber o pallet e algumas pessoas

10- Qual a distância entre os andares?


Serão 3 metros de altura por andar

11- Quem irá utilizar o elevador?


Os colaboradores da obra

12 - Deve ser usada alguma marca de componentes específica?


Nada em específico, mas precisa ser algo fácil de encontrar no mercado

13- Tem mais alguma necessidade que o questionário não contemplou?


O equipamento de ser seguro, com movimentação suave, fácil de manuten- ção, de
fácil instalação, com comunicação entre andares para facilitar a entrega de material e deve
ter baixo custo
81

ANEXO 21 – DESENHO DO CONJUNTO


82

ANEXO 22 - MODELAMENTO 3D

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