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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DO AMAPÁ – IFAP


CÂMPUS MACAPÁ
TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES

ADEILSON DA SILVA DIAS


LEONARDO SANTOS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO USO DAS NORMAS NA INFRAESTRUTURA DE REDES DE


COMPUTADORES NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO

MACAPÁ
2019
ADEILSON DA SILVA DIAS
LEONARDO SANTOS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO USO DAS NORMAS NA INFRAESTRUTURA DE REDES DE


COMPUTADORES NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


disciplina TCC II, do curso de Tecnologia em Redes
de Computadores, do Instituto de educação, ciência
e tecnologia do Amapá – IFAP, como requisito
avaliativo para obtenção de título de Tecnologo em
Redes de Computadores.

Orientador: Prof. André Luiz Simão de Miranda

MACAPÁ
2019
ADEILSON DA SILVA DIAS
LEONARDO SANTOS DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO USO DAS NORMAS NA INFRAESTRUTURA DE REDES DE


COMPUTADORES NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


disciplina TCC II, do curso de Tecnologia em Redes
de Computadores, do Instituto de educação, ciência
e tecnologia do Amapá – IFAP, como requisito
avaliativo para obtenção de título de Tecnologo em
Redes de Computadores.

Orientador: Prof. André Luiz Simão de Miranda

Aprovada (o) em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

_________________________________
Prof.

_________________________________
Prof.

__________________________________
Prof.
AGRADECIMENTOS

A Deus todo poderoso, que me concedeu forças e esteve comigo me


abençoando durante todo o caminho percorrido desde a minha entrada no curso de
Tecnologia em Redes até este momento.

A minha companheira e amiga Juliane Souza Andrade pelo apoio, amor e


incentivo ao longo do desenvolvimento da minha carreira na área de Redes de
Computadores e elaboração deste trabalho.

Um agradecimento especial aos meus filhos Adriely e Bryan, aos quais foram
retiradas muitas horas da minha presença, e sempre foram meu maior incentivo.

A todos os entrevistados e colaboradores (listados no Anexo) pela participação


e boa vontade no fornecimento de informações, sem as quais esse trabalho teria sido
impossível.

Uma palavra de apreço e agradecimento a todos os professores e os


profissionais do IFAP, pela disponibilidade em partilhar conhecimento ou que de
alguma forma me ajudaram e me acolheram.

Ao meu orientador, professor André Luiz Simão de Miranda, pela aposta que
fez ao aceitar com dedicação em tempo parcial, e também por toda a colaboração e
boa vontade dispendidas ao longo de quase quatro anos de trabalho em conjunto.

A todos os colegas e amigos feitos durante toda essa jornada.


A IMPORTÂNCIA DO USO DAS NORMAS NA INFRAESTRUTURA DE REDES DE
COMPUTADORES NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA
ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO

DIAS, A. da S.1
MIRANDA A. L. S. de2
SILVA, L. S. da.3

RESUMO

Este trabalho buscou a importância do uso das normas na infraestrutura de redes de


computadores no laboratório de informática da Escola Estadual José Bonifácio como
meio de contribuir na partilha de conhecimentos que permitam subsidiar o
planejamento de Laboratórios de Informática Educativa (LIED’s), tanto em zonas
urbanas quanto em zonas rurais de Macapá, fundamentada por padrões técnicos e
normas regulamentadoras, que possibilitem a melhoria à qualidade da assistência
pedagógica mediante ao uso das redes de computadores com uma infraestrutura
adequada e eficaz. Buscou-se citar as literaturas que elucidam um histórico conceitual
do cenário da tecnologia educacional, abrangendo em divisão de temas
correlacionados e como métodos de aquisição de dados foram realizados
questionários e também uma exploração de campo divididas em etapas tais como:
analise, diagnostico, propostas, soluções e uma possível reformulação no espaço
empregando os padrões exigidos nas normativas de infraestrutura de rede de
computadores. A análise deste trabalho mostrou a importância das padronizações em
projetos de infraestrutura de redes na educação não só pelo melhor custo benefício a
longo prazo, mas também como um método que prioriza a qualidade nas transmissões
de dados e segurança para com as informações e usuários sem interferências ou
danificações de equipamentos que prejudiquem o acesso as informações e projetos,
haja vista, que estão previstas por leis e decretos e deve ser tratado com relevância,
considerando que o ambiente educacional propicia o acesso ao conhecimento, seja
ele técnico, cientifico ou social.

Palavras-chaves: Normas. Infraestrutura. Cabeamento Estruturado. LIED.


THE IMPORTANCE OF THE USE OF RULES IN THE INFRASTRUCTURE OF
COMPUTER NETWORKS IN THE COMPUTER LABORATORY OF THE JOSÉ
BONIFÁCIO STATE SCHOOL
A. da S. D.1
L. S. da S.2
SILVA, L. S. da.3

ABSTRACT

This work sought the relevance of the use of network tools in the computer laboratory
of the José Bonifácio State School in the area of teaching and development of LIED's
in urban areas. In relation to the rural areas of Macapá, based on forms and regulatory
standards, which make it possible to improve the quality of pedagogical education
through the use of computer networks with an adequate and effective structure. It was
searched as literatures that elucidate a conceptual history of the scenario of
educational technology, covering in a series of correlated topics and how the methods
of data acquisition were carried out questionnaires and also a field exploration divided
in steps like: analysis, diagnosis, proposals , solutions and one possible reformulation
in the space using the standard requirements in the standard structure of computer
network. The analysis of this work had as one of the best practices in projects of
information redevelopment policies, but also as a method that prioritized data transfer
and security for information and users without interference. or damage to equipment
that impedes access to information and projects, provided that there are laws and
decrees, and should be treated with respect, considering the educational environment
conducive to access to knowledge, be it technical, scientific or social.

Keywords: Standards. Infrastructure. Structured Cabling. LIED.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. ....11


2 AS NORMAS PARA AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(TICs) E A SUA UTILIZAÇÃO NOS LIED’s ............................................................ 14
2.1 AS NORMAS E PADRONIZAÇÕES .....................................................................16
2.1.1 Evolução das normas .....................................................................................17
2.1.2 Norma de infraestrutura no brasil - NBR-14565 ...........................................19
2.2 SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO .................................................20
2.2.1 Cabeamento horizontal ou horizontal cabling (HC) .....................................22
2.2.2 Cabeamento vertical ou backbone ................................................................23
2.2.3 Área de trabalho ou worde area (wa) ............................................................24
2.2.4 Salas de telecomunicações ou telecommunications closets (TC’s) ...........25
2.2.5 Sala de equipamentos ou equipament room (ER) .........................................26
2.2.6 Entrada da edificação ou entrance facilities .................................................26
2.2.7 Painéis de distribuição ou cross-connet .......................................................26
2.3 A PADRONIZAÇÃO NA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
PÚBLICA ...................................................................................................................27
2.3.1 O programa nacional de informática na educação (PROINFO) ....................29
2.3.2 Núcleos de tecnologias educacionais (NTE) ................................................30
2.3.3 A Escola Estadual José Bonifácio .................................................................31
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 33
3.1 LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS NA
INFRAESTRUTURA DE REDES .............................................................................. 36
3.1.1 Estrutura Física ...............................................................................................36
3.1.2 Estrutura Física Ideal ......................................................................................37
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 45
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
APÊNDICE A – Termo de Autorização para a Pesquisa de Campo ................... 56
APÊNDICE B – Autorização para a Pesquisa de Campo .................................... 57
APÊNDICE C – Questionário Destinados aos Alunos .......................................... 59
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - O cabeamento horizontal....................................................................... 23


FIGURA 2 - Conectores Rj45, macho e fêmea ........................................................ 25
FIGURA 3 - Norma EIA/TIA-568 .............................................................................. 25
FIGURA 4 - Mau acondicionamento do equipamento expostos à poeira e à umidade
.................................................................................................................................. 38
FIGURA 5 - Rack aberto .......................................................................................... 39
FIGURA 6 - Cabo backbone, passando junto a fiação da central de FIGURA ......... 40
FIGURA 7 - Quadro de distribuição elétrica aberto e com cabo UTP em contato com
a fiação elétrica ......................................................................................................... 41
FIGURA 8 - Tomadas lógicas de conexão dos computadores na rede ..................... 42
FIGURA 9 - Ausência de tomadas ............................................................................ 42
FIGURA 10 - Switch e Modem .................................................................................. 43
FIGURA 11 - Avaliação de ativos sem utilização ...................................................... 44
FIGURA 12 - Equipamentos com placas queimadas ................................................ 44
FIGURA 13 - Verificação dos Cabos e Conectores RJ45 ......................................... 45
FIGURA 14 - Verificação e troca da pasta térmica das placas mãe.......................... 45
FIGURA 15 - Troca de capacitores nas placas mãe ................................................ 46
FIGURA 16 - Laboratório de Informática revitalizado ............................................... 47
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANSI - American National Standards Institute
CAIE - Comitê Assessor de Informática na Educação
CIED - Centros de Informática Aplicada à Educação
CIES - Centros de Informática na Educação Superior
CIET - Centros de Informática na Educação Tecnológica
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
DEC - Digital Equipment Corporation
EDUCOM - Associação Portuguesa de Telemática Educativa (APTE)
EIA/TIA - Electronic Industries Association / Telecommunications Industry Association
FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos
FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
GESAC - Serviço de Atendimento ao Cidadão
IEC - International Electrotechnical Commission
IEEE - Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos
ISO - International Organization for Standardization
LIED - Laboratório de Informática Educacional
MEC - Ministério da Educação
NBR - Norma Brasileira
NTE - Núcleo De Tecnologia Educativa
PROINFO - Programa Nacional de Tecnologia Educacional
RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
SEB - Sistema COC de Educação e Comunicação
SECADI - Secretaria de Educação Continuada Alfabetização Diversidade e Inclusão
SEED-AP - Secretaria de Estado da Educação do Amapá
SEI - Secretaria Especial de Informática
TI - Tecnologia da Informação
TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina Campus Florianópolis
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
UTP - Unshielded Twisted Pair
STP - Shielded Twisted Pair
S/FTP - Screened / Foiled Twisted Pair
EMI - Interferência Eletromagnética
11

1 INTRODUÇÃO

As inúmeras transformações ocorridas a décadas atrás, são responsáveis pelo


crescente avanço tecnológico, trazendo consigo a importância das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) para os mais diversos setores, áreas e
organizações, tanto público quanto privado, assim como, em contexto social, político
e econômico, além ainda de organizações sem fins lucrativos. Junto a elas a
estruturação das redes de computadores que unido a fusão das redes de
telecomunicações, passaram a ser fundamental para se moldarem conforme as
necessidades de uma sociedade cada vez mais globalizada (PINHEIRO, 2015).
E esse crescimento acelerado do uso de sistemas de informação leva cada vez
mais a necessidade de infraestrutura das redes de computadores e assim, eles
possam responder de uma forma rápida e eficaz conforme expande a importância da
comunicação no nosso dia a dia.
É inegável que o uso das novas tecnologias no meio social tem sido empregue
em grande proporção pela sociedade. Com isso o comportamento em visão de mundo
de diversas pessoas tem mudado e, ocasionando que o cidadão possui um outro perfil,
agora num mundo virtual (Morigi e Pavan, p. 117, 2004).
A implementação de laboratórios de informática na escola pública é o elemento
de uma política de financiamento da Educação do governo federal viabilizada pelo
Ministério da Educação (MEC) por meio do Programa Nacional de Tecnologia
Educacional (Proinfo) (BRASIL, 1997).
A área do conhecimento, pesquisa e o ensino e aprendizagem estão
entrelaçadas se tornando um instrumento didático, tendo a cada dia ganhado
atenções por se tratar de um campo de estudo estimulante e desafiador, de maneira
que, passou a ser frequentemente debatido de forma acentuada e consecutiva com
respeito à sua utilização. Isso tem ocorrido pelo ganho real no desempenho dos
estudantes advindo dessa política, e assim pesquisadores e educadores tem
analisado não só como uma ferramenta pedagógica, mas também como meio para se
entender de que forma o processo de aprendizagem poderá desenvolver-se a partir
de tais estímulos (BIELSCHOWSKY, 2009).
Bielschowsky (2009) acentua que:

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com os governos estaduais e


municipais, promove a utilização de Tecnologia de Informação e
12

Comunicação (TIC) em nossas escolas por meio do Programa Nacional de


Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado). Não é tarefa simples prover
nossas escolas públicas com laboratórios de informática, banda larga e
outros elementos de infraestrutura.

A escola então, passou a inserir essa nova ferramenta no seu espaço, crendo
ser essa uma significativa mudança necessária para o sistema educativo além de ser
uma forma auxiliar para motivar e assessorar os estudos. Dentre as razões de não ser
uma tarefa simples de prover esses laboratórios, podem ser acentuados dois aspectos
desse desafio: as tecnologias de cabeamento e as tecnologias de produtos (software
e hardware) para redes de computadores sem o uso de padrões e normas.
O Proinfo, que é reconhecido e legalizado pelo Decreto Nº 6.300, de 12 de
dezembro de 2007, estabelece quanto a infraestrutura, que sua meta principal é dotar
todas as escolas públicas urbanas e rurais com laboratórios de informática conectados
em rede. O Programa equipa as escolas com computadores, recursos digitais e
conteúdos educacionais, cabendo ao Distrito Federal, Estados e Municípios garantir
a adaptação na infraestrutura para assim receber os laboratórios e capacitação dos
educadores para o uso efetivo dos equipamentos e tecnologias (BRASIL, 2007).
Entretanto os laboratórios arquitetados não seguem normas ou padrões
vigentes em lei, além de não passarem por manutenção devida. E virtude à grande
demanda de produtos ofertados pelo mercado e a falta de conhecimento sobre seu
uso em conformidade a padrões, sua correta instalação, sua manutenção, estão a
mercê dos altos custos em mantê-los, vindo a prejudicar seu desempenho e o correto
funcionamento
As normas e padrões foram criadas para solucionar tais problemas e assim
trazer mais segurança e qualidade. Isto é, sempre se buscou por novos equipamentos
com maior eficiência e baixo custo para que outras pessoas pudessem ter acesso a
área tecnológica, assim sendo, houve a necessidade de se seguir critérios e
especificações de uma forma técnica que objetivasse a solução de problemas em
projetos, a execução de uma rotina de manutenção ou a realização de testes em uma
rede (PINHEIRO, 2015).
O cabeamento estruturado de redes tem por objetivo atender as novas
mudanças nas tecnologias e os novos serviços sem convergências, facilitando a
avaliação das estruturas de rede em operação e expansões futuras. Empregando as
informações descritas nas normas de cabeamento (EIA/TIA) e reconhecendo que
13

estas são o resultado do trabalho prático de especialistas, conseguiremos além de


solucionar vários problemas dos mais comuns aos mais diferentes, a avaliação do
potencial e dos limites de capacidade de uma rede. A instalação de um cabeamento
estruturado dentro das regulamentações, trazem como resultado direto a melhoria da
qualidade de serviço além de moldar a estrutura para suportar inúmeros serviços de
rede, e se adequar aos produtos cada vez mais comuns no mercado atual.
O uso do laboratório de Informática Educacional (LIED), assim como outras
organizações necessitam que os equipamentos de infraestrutura de redes de
computadores sigam essa linha de procedimentos padrões para que haja bom
funcionamento efetivo com qualidade, segurança e com ótimos custos benefícios. Por
se tratar de ferramentas pedagógicas, quando bem utilizadas, serão capazes de
oferecer maior auxílio, além de proporcionar a educação sistematizada de modo
moderno. O desempenho de uma rede de dados está diretamente relacionado com
sua infraestrutura física. Sendo assim, devemos garantir que esta estrutura possua
seus parâmetros dentro do escopo das normas de cabeamento estruturado.
Nessa perspectiva, este projeto tem por objetivo contribuir na partilha de
conhecimentos que permitam subsidiar o planejamento de Laboratórios de Informática
Educativa (LIED’s), tanto em zonas urbanas quanto em zonas rurais de Macapá,
fundamentada por padrões técnicos e normas regulamentadoras, que possibilitem a
melhoria à qualidade da assistência pedagógica mediante ao uso das redes de
computadores com uma infraestrutura adequada e eficaz. Além disso, gerar
informações a partir de dados obtidos no Laboratório de Informática Educativa (LIED)
da escola estadual José Bonifácio no quilombo do Curiaú em Macapá realizando um
levantamento de dados dos ativos (equipamentos), disponíveis e a verificação de sua
funcionalidade e se os mesmos estão de acordo com as normas vigentes.
Ao longo deste trabalho serão apresentados um breve histórico conceitual do
cenário da tecnologia educacional, abrangendo em divisão de temas correlacionados
No Capítulo 2, serão apresentadas uma divisão de subtemas que trarão a luz
sobre as normas para as tecnologias da informação e comunicação (tic’s) e a
infraestrutura de redes.
No subtema 2.1, serão apresentados as normas e padrões bem como as suas
evoluções para que se transcorresse a comunicação de dados com adaptação flexível
e solucionasse problemas posteriores, assim também como a criação da norma de
infraestrutura no Brasil - NBR-14565.
14

No subtema 2.2, será apresentado sobre os sistemas de cabeamento


estruturado e sua conceituação e objetivos e seus sete elementos em concordância
com as normas ANSI/EIA/TIA-568 e ANSI/EIA/TIA-606, com intuito de minimiza
custos e maximizar expansões futuras.
No subtema 2.3, serão apresentadas a padronização da tecnologia da
informática na educação pública colocando e vista o programa lançado pelo governo
federal, o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) e a criação dos
Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTE) em seguida um apanhado sobre a
Escola Estadual José Bonifácio.
Nos demais capítulos, serão apresentadas as metodologias utilizadas, os tipos
de ferramentas e as etapas ao longo deste trabalho tais como: analise, diagnostico,
propostas, soluções e uma possível reformulação no espaço. E melhorias realizadas
de acordo com os padrões exigidos nas normativas de infraestrutura de rede de
computadores.

2 AS NORMAS PARA AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


(TIC’s) E A SUA UTILIZAÇÃO NOS LIED’s

Em 1964, as redes eram pequenas, havendo poucos computadores, e estes


sendo comercialmente utilizados nos Estados Unidos da América pôr companhias
aéreas. Onde, há princípio as soluções de tecnologia de comunicação das redes
comumente pertenciam a um único fabricante, através de suas patentes (PINHEIRO,
2015).
Na década de 1970 ocorreu um movimento para padronizar as redes, através
de vários, empresas ou fabricantes, de encontro às ideias para a construção de
protocolos abertos que poderiam servir à várias soluções e não favoreceria uma única
organização, e, por conseguinte na década de 1980, as empresas DEC, Intel e Xerox
se uniram para criar um padrão, o Ethernet (PINHEIRO, 2015).
Hoje em dia nos deparamos com complexos requisitos de sistemas de
informação que são modificados constantemente, fazendo com que haja a
necessidade de planejamentos e estratégias, para com essas modificações.
A tecnologia das redes locais (LAN – Local Area Network) é uma das árias que
mais cresceu e avançou, passando sua transmissão de megabits por segundo (Mb/s)
para dezenas de milhões de megabits por segundo (Gb/s) num período de mais ou
15

menos 20 anos, acrescendo as tecnologias de redes de telecomunicações (MARIN,


2013). Bob Metcalfe buscava uma forma de viabilizar uma rede de computadores a
um custo menor. E como resultado de seu trabalho temos hoje a Ethernet, que nada
mais é do que uma estrutura de 13 redes de baixo custo por estação (TRANQUEIRA,
2003).
“As razões por trás desse rápido crescimento podem ser classificadas em dois
pontos gerais, sendo a tecnologia de cabeamento e a tecnologia dos equipamentos
de TI” (MARIN, 2013).
À medida que as redes de comunicação evoluíram com a crescente
necessidade de compartilhamentos dos recursos computacionais e de informações,
passaram a estar sujeitas a diversos aspectos que vem garantir seu desempenho e o
correto funcionamento, e assim tornou-se necessário o uso de novas tecnologias e
novas infraestruturas de comunicação.
A partir desses fatos foram criados normas e padrões para cabeamento
estruturado, para que ocorra ordem e igualdade sobre produtos, objetivando às
adaptações eficazes à novas criações tecnológicas, se faz necessário a criação de
normas, critérios e especificações para que de uma forma técnica delineie a solução
de problemas em projetos, a execução de uma rotina de manutenção ou a realização
de testes em uma rede (PINHEIRO, 2015).
Neto et al (2002) afirma que:

“O rápido crescimento da capacidade de processamento, o aumento do porte


das redes e a introdução de acessos de maior velocidade estão criando uma
necessidade de sistemas de cabeamento mais confiáveis, gerenciáveis e até
mesmo extremamente flexíveis”

O cabeamento estruturado compõe uma infraestrutura bastante flexível, para


que ao mesmo tempo, se realize diferentes tipos de transmissão de informações, seja
por sinal elétrico de áudio, vídeo, controles ambientais e de segurança, dados e
telefonia, convencional ou não, de baixa intensidade. Nele há um conjunto de produtos
de conectividade empregados de acordo com normas e padrões de arquitetura aberta,
meio de transmissão e disposição física padronizados, aderência a padrões
internacionais, projeto e instalação sistematizados.
Pinheiro (2015, p. 2) descreve o objetivo de uma rede:

Independentemente do tamanho e do grau de complexidade, o objetivo


básico de uma rede é garantir que todos os recursos disponíveis sejam
16

compartilhados rapidamente, com segurança e de forma confiável. Para


tanto, uma rede de computadores deve possuir regras básicas e mecanismos
capazes de garantir o transporte seguro das informações entre os elementos
constituintes.

Visto que, uma rede de computadores vai muito além de uma simples conexão
de cabos e placas há necessidade de normatizas para regular a comunicação entre
todos os aspectos, desde um programa que está sendo usado ao tipo de cabo
instalado. Por tanto é essencial que se tenha conhecimento de cada especificação
contida nas normas para se fazer um projeto de infraestrutura dentro dos padrões
adequados.
As normas técnicas tratam-se de metodologias utilizadas por várias áreas
como: a indústria, pesquisa, serviços, entre outros com a finalidade de reproduzir
procedimentos e transmitir conhecimentos com confiabilidade e segurança, e estas
estão em constantes atualizações passando periodicamente por processos de revisão
de seus conteúdos e formatos, considerando as mudanças tecnológicas advindas com
o passar do tempo (PINHEIRO, 2015). Uma norma técnica é um documento
normalmente produzido por um órgão oficial autorizado para tal, que estabelece
regras, diretrizes ou características acerca de um material, produto, processos ou
serviços (PINHEIRO, 2015).
“O cabeamento é um ramo específico de telecomunicações e infraestrutura de
TI e é a infraestrutura necessária para implementação de qualquer rede de dados,
voz, automação e controle predial” (MARIN, 2013).
O desenvolvimento das normas para cabeamento busca proporcionar longa
duração e os padrões estabelecidos por elas, possibilitam a utilização por diferentes
fabricantes com intuito de haver uma infraestrutura flexível, admitindo quaisquer
tráfegos nos mais diversos tipos de sinais elétricos, seja de áudio, vídeo, controles
ambientais e de segurança, dados e telefonia, convencional ou não, de baixa
intensidade.

2.1 AS NORMAS E PADRONIZAÇÕES

No ano 1918, nos Estados Unidos foi fundada a organização responsável pela
coordenação, formalização e utilização de normas e padrões americanos, responsável
também pela utilização de padrões e normas internacionais, isto é, a EIA (Electronic
17

Industries Association/Telecommunications Industry Association), e em 1918 um


grupo de Tecnologia da informação pertencente a EIA criou a TIA
(Telecommunications Industry Association), e assim passaram a desenvolver padrões
e normas de telecomunicações por meio dos procedimentos já estabelecidos pela EIA.
A EIA/TIA desenvolvem normas que auxiliam na padronização da arquitetura
de cabeamento, dos meios físicos, componente e interfaces de maneira que torna o
cabeamento de telecomunicações de um edifício parte da infraestrutura de modo a
garantir que o mesmo possa ser cabeado sem o conhecimento prévio dos tipos de
equipamentos de telecomunicações ou informática a serem instaladas (PINHEIRO,
2015).
A primeira norma criada por esse grupo foi a EIA/TIA – 568 que visa especificar
um sistema de cabeamento para aplicação genérica em edifícios comercias, a mesma
suporta diversos equipamentos de distintos fabricantes, apresentando informações
técnicas para sua utilização em projetos de redes de computadores. Tem como
padrão permitir o planejamento de um cabeamento estruturado, levando seu melhor
desempenho utilizando vários equipamentos de marcas diferentes (PINHEIRO, 2015).

2.1.1 Evolução das Normas

Devido a apreensão pela falta de padronizações nos sistemas de fiação de


telecomunicações acrescidas pelo enorme uso das redes de computadores e a
agregação de novos serviços e mídias tais como: voz, dados, teleconferências,
telefonia, Internet, multimídia, dentre outros, foi eminente o estabelecimento de
critérios para ordenar e estruturar o cabeamento.
Em favor a isso mudanças foram realizadas dentre elas:
 Em janeiro de 1994 a EIA/TIA foi publicado a EIA/TIA 568-A, revisada, que
trazia especificações gerais para cabeamento devido o problema da falta de
padronização;
 Em 2001 foram publicados pela EIA/TIA a EIA/TIA 568-B, essa por sua vez era
dividida em três partes (B.1, B.2, B.3). B.1 definia requisitos gerais, enquanto
B.2 se concentrava em componentes de sistemas cabo de par trançado
balanceado (Gibabit) e B.3 tratava de sistemas de cabo de fibra óptica;
 Em julho 2009 foi criada a ANSI/TIA 568-C com o intuito de desenvolver
documentos mais completos e de consulta mais simples;
18

 Devido a necessidade de existir uma norma comum para ser usada como
referência para projetos de cabeamento genérico que não se enquadrasse na
categoria de edifício comercial típico, residencial, industrial ou Data Center
(ambientes para os quais já existe norma), foi criada a divisão da norma em
serie a ANSI/TIA, a grande novidade é (568-C.0, C.1, C.2 e C.3).
A série de normas ANSI/TIA-568-C é constituída pelos documentos:
 ANSI/TIA - 568- C. 0 – sobre o cabeamento de telecomunicações genérico para
as dependências do cliente;
 ANSI/TIA - 568- C. 1 – sobre o cabeamento de telecomunicações para edifícios
comerciais;
 ANSI/TIA - 568- C. 1 – sobre o cabeamento de telecomunicações em par
balanceado e componentes;
 ANSI/TIA-568-C.3 – sobre os componentes de cabeamento em fibra ótica.
As normatizações internacionais que influenciam na implementação do
cabeamento estruturado e as mais conhecidas são:
 TIA/EIA-568-C.0 – Generic Telecommunications Cabling for Customer
Premises;
 TIA 569-B – Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways
and Spaces;
 ANSI/TIA-606-A – Administration Standard for Commercial
Telecommunications Infrastructure;
 ANSI/TIA-607-B – Telecommunications Grounding (Earthing) and Bonding for
Customer Premises;
 ANSI/TIA-758-A – Customer-Owned Outside Plant Telecommunications
Infrastructure Standard;
 ANSI/TIA-862 – Building Automation Systems Cabling Standard for Commercial
Buildings;
 ANSI/TIA/EIA-1005 – Telecommunications Infrastructure Standard for Industrial
Premises;
 TIA-942 – Telecommunications Infrastructure Standard for Data Center;
 IEEE-100BASE-TX – Fast Ethernet;
 TIA/EIA-568-C.3 – Optical Fiber Cabling Components Standard.
19

Os padrões citados vêm definir o tipo de cabo utilizado, bem como os limites e
requisitos (distância, segmentos, frequência etc.) que a estrutura deve atender para
garantir o funcionamento adequado.

2.1.2 Norma de Infraestrutura no Brasil - NBR-14565

No final da década de 70, ainda não existia nada que se referisse aos
computadores e redes no Brasil em seu sistema nacional de metrologia e
normalização e também na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), até
então se utilizavam normas internacionais como a ANSI/TIA-568 e ISO/IEC 11801
para elaboração dos projetos de sistema de cabeamento estruturado (PINHEIRO,
2015).
Foi no ano de 1994 que a ABNT observou a necessidade do Brasil em ter seus
próprios padrões em informática (PINHEIRO, 2015). E daí deu início a um estudo para
sua elaboração e criação de normas para infraestrutura e padronização como um
instrumento de política industrial, conforme relata Macedo (Carvalho 2006, p. 42) em
sua entrevista concedida em quatro de abril de 2006:

O que motivou a criação do CB-21 foi a necessidade de possuirmos padrões


brasileiros para quando o prazo previsto para a reserva de mercado chegasse
ao fim, conforme estava previsto na Lei de Informática. O objetivo era garantir
que os fabricantes estrangeiros que aqui chegassem tivessem que abrir, ao
menos parcialmente, suas “caixas pretas”, para se adequarem às regras
locais, o que beneficiaria as empresas nacionais na competição pelo
mercado, quando este se tornasse aberto, através da criação de barreiras
protecionistas não tarifárias.

Assim sendo, o Brasil, também com intuito de padronizar o cabeamento de


redes, em 2000 publicou a primeira norma, a ABNT 14565, a qual veio a reger sobre
o procedimento básico de criação de projetos de cabeamentos de telecomunicações
para uma rede interna estruturada. Ela estabelece critérios mínimos para implantação
de infraestrutura interna e prover flexibilidade e acompanhar a evolução das
tecnologias. Seu propósito se aplica a prédios comercias situados em um mesmo
terreno, isto é, envolvendo os pontos de telecomunicação (PINHEIRO, 2015).
Mais tarde, essa mesma norma veio a ser atualizada baseada na ISO/IEC
11801, este padrão aborda os mesmos tópicos do padrão EIA/TIA – 568, com um
sistema de avaliação de categorias para cabos.
20

Este padrão especifica um sistema genérico de cabeamento para edifícios


comerciais que suporte inúmeros produtos, muitos serviços e desenvolvimento de
diferentes fabricantes, fabricantes.
Tal padrão visa certificar o planejamento e instalação de uma estrutura de
cabeamento durante sua fase de construção ou renovação, e nessa conformidade
possa ser expandida sem amplas interrupções após os edifícios, estabelecimentos,
dentre outros, após sua ocupação além do menor custo. Ele vem especificar os
menores requisitos para cabeamento de edifícios comerciais de campus. As
especificações atribuídas a distâncias de cabeamento, configurações de conectores
e recomendações de topologia.
Os requisitos para os componentes utilizados em cabeamento estruturado
especificados são: Tomadas, conectores internos e externos, meios físicos e
ambientes envolvidos na conexão. A norma também classifica o desempenho dos
componentes com relação as configurações e frequências que os mesmos toleram.

2.2 SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

Pinheiro conceitua o cabeamento estruturado como uma “estrutura básica que


permite a fusão de recurso e o desenvolvimento de novas tecnologias de rede de
computadores”. Logo esse conceito evoluiu de modo a ser usado como padronização
aos diversos cabos fabricados e utilizados por edifícios e residências de forma a
atender diferentes padrões de redes locais de computadores, telefonia entre outras e
tem por principal objetivo solucionar os problemas inoportunos (PINHEIRO 2015).
Dentre os problemas cita-se:

“crescimento populacional (o dimensionamento dos pontos de um sistema de


cabeamento estruturado é baseado na área (em m²) do local a ser cabeado
ao invés do número de usuários), alteração de layout dos usuários (em média
25% dos funcionários sofrem mudanças dentro da empresa no prazo de um
ano), evolução da tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão
maiores, falhas nos cabos ou nas conexões, entre outros”. (OLIVEIRA, 1997)

Dessa forma, apesar de ser simples, o cabeamento é essencial na


implementação de uma rede em um edifício pelo grande número de usuários, sendo
assim o dimensionamento da infraestrutura de cabeamento deve ser realizado de
forma eficiente e com base em normas e diretrizes de projeto.
Em seguida Pinheiro (2015) afirma ainda que:
21

“o cabeamento estruturado diz respeito as tomadas de telecomunicações,


que estão presentes na área de trabalho. Elas têm a finalidade de conectar o
equipamento do usuário ao sistema de cabeamento e podem ser utilizadas
por qualquer serviço de telecomunicações”.

Conforme Pinheiro (2015) “O cabeamento estruturado tem por principal a


orientação das boas práticas de instalação das conexões e dos meios de transmissão
entre as redes de computadores e, assim deve apresentar uma infraestrutura capaz
de suportar as mais diversas aplicações”.
Segundo Tranqueira (2003):

Um sistema de Cabeamento Estruturado se organiza numa topologia em


estrela, na qual temos um ponto central, que facilita a interconexão e
administração do sistema, onde todas as estações de trabalho são
conectadas. Esta estrutura pode suportar múltiplos sistemas, tais como: voz,
dados, vídeo e multimídia, independente dos seus fabricantes.

Esse sistema é composto por produtos de conectividade feitos a partir de regras


específicas de engenharia com algumas características como: arquitetura aberta,
meio de transmissão e disposição física padronizados, aderência a padrões
internacionais, projeto e instalação sistematizados (TRANQUEIRA, 2003).
O sistema de cabeamento estruturado é uma padronização para a instalação
de cabos em edificações, a qual minimiza custos e maximiza expansões futuras
proporcionando muitas vantagens, dentre elas se destacam as seguintes:

 Garantia do desempenho para o sistema pela maior confiabilidade no


cabeamento;
 Diminuição dos custos de mão de obra e montagem de infraestrutura;
 Permissão de ampliações ou alterações para estruturas futuras sem perda
de flexibilidade;
 Permissão de pronto atendimento às demandas de novos serviços para
cada usuário;
 Integração das diversas aplicações para um único cabeamento;
 Disponibilização de maior facilidade no acesso e processamento de
informações;
 Garantia de um padrão capaz de suportar qualquer tipo de serviço,
independente de fornecedor;
 Definição de topologia, conectores e cabos para as diversas aplicações de
redes;
 Possibilidade de uma vida útil maior para o sistema de cabeamento
(PINHEIRO, p. 74, 2015).

Os padrões são assegurados pelas normas e permitem a construção de


equipamentos e componentes compatíveis entre si. Uma rede estruturada promove
22

uma plataforma confiável para uma boa performance das redes de comunicação
existentes tendo em vista a durabilidade do sistema. E ainda, suprime a distribuição
dos cabos destinados a condução dos sinais de dados e comando, não permitindo
ainda, a mistura com os demais cabos como por exemplo os de eletricidade,
caracterizando os segmentos e facilitando sua manutenção.
Com o objetivo de se obter uma maior compreensão de um sistema de
cabeamento estruturado é necessário conhecer sobre sua topologia e seus
subsistemas.
De acordo com as normas ANSI/EIA/TIA-568 e ANSI/EIA/TIA-606, a instalação
de um cabeamento divide-se basicamente em sete elementos tais como: cabeamento
horizontal; cabeamento vertical ou backbone; área de trabalho ou worde área; salas
de telecomunicações ou telecommunications closets; sala de equipamentos ou
equipment room; entrada da edificação ou entrance facilities; painéis de distribuição
ou cross-connet.

2.2.1 Cabeamento Horizontal ou Horizontal Cabling (HC)

O Cabeamento Horizontal ou Rede Secundária é o subsistema do cabeamento


estruturado que inclui os cabos horizontais, os conectores da área de trabalho, os
hardwares de terminação e os patch cords localizados na sala de telecomunicações,
abrangendo também os pontos de consolidação e as MUTOAs (Tomadas
Multiusuários de Telecomunicações), caso sejam utilizados em projeto.
Este subsistema deve ser projetado levando-se em consideração que o mesmo
deverá suportar diversas aplicações, tais como:
✓ Voz analógica e digital.
✓ Sistemas digitais de alta velocidade e comunicações de dados (LANs).
✓ Vídeo e imagens.
✓ Sistemas de automação predial (BAS) – incêndio, segurança, aquecimento,
ventilação e ar condicionado (HVAC).
É composto pelos cabos que ligam o painel de distribuição até o ponto final do
cabeamento, os quais formam o conjunto permanente e são denominados cabos
secundários, ou seja, são meios através do qual se transmite à estação de trabalho
os serviços de comunicação. Tomadas de saída constituem o ponto de terminação do
23

cabeamento na estação ou próximo dela. Os segmentos dos cabos são usualmente


instalados em dutos embutidos no piso ou em eletro calhas ou bandejas suspensas
presas ao teto. Quando instalado em meios físicos (dutos), utilizados para insuflação
de ar no sistema de ventilação e climatização, chamada de instalação plenum, deve
atentar para os requisitos necessários para uma boa instalação. (ISO/IEC 18010 e
ANSI/TIA-569-C – Requisitos referentes a caminhos e espaço para distribuição de
cabeamentos estruturada).
O cabeamento horizontal deve ser instalado na topologia estrela, caracterizada
pela necessidade de um segmento de cabo exclusivo interligando cada porta do
distribuidor de piso a uma única tomada de telecomunicação da área de trabalho
atendida por esse elemento. O cabeamento entre o distribuidor de piso e a área de
trabalho não pode exceder 90m de comprimento, de acordo com as normas NBR-
14565, ISO/ISC11801 E ANSI/TIA-568-C.

Figura 1: O cabeamento horizontal

Fonte: https://www.gta.ufrj.br/grad/98_2/gustavo/imagem3.gif

2.2.2 Cabeamento Vertical ou Backbone

Refere-se ao conjunto permanente de cabos primários que interligam a sala de


equipamentos aos armários de telecomunicações (TC’s) e aos pontos de facilidade
de entrada. “Origina-se no Ponto de Distribuição Principal (DP) e interconecta-se com
todos os gabinetes ou painéis de telecomunicações do edifício” [3].
É uma técnica que se preocupa com a interconexão entre as salas de
equipamentos, infraestrutura e salas de telecomunicações, ou seja, suporta os demais
subsistemas em um edifício como uma “espinha dorsal”. Tendo os mesmos requisitos
de distribuição entres caminhos e espaços que o cabeamento horizontal o
cabeamento backbone utiliza uma estrutura topológica em estrela com até duas
24

hierarquias que é utilizada por atender a uma gama de aplicações que podem ser
implementadas num sistema e sua flexibilidade.
Para que a infraestrutura atenda as condições necessárias os cabos
homologados na norma EIA/TIA 568A para utilização como Backbone são:
 Cabo UTP de 100 Ohms (22 ou 24 AWG): 800 metros para voz (20 a 300
MHz);90 metros para dados (Cat. 3,4 e 5);
 Cabo STP (par trançado blindado) de 150 Ohms: 90 metros para dados;
 Fibra óptica multimodo de 62,5/125 m: 2.000 metros para dados;
 Fibra óptica monomodo de 8,5/125 m: 3.000 metros para dados;

2.2.3 Área de Trabalho ou Worde Area (Wa)

É o ambiente onde os serviços de telecomunicação serão oferecidos aos


usuários, ou seja, é nele que serão instalados e conectados os equipamentos que
atendem aos usuários. Na área de trabalho, qualquer adaptação necessária deverá
obrigatoriamente ser provida por dispositivos externos ao ponto de telecomunicações,
ou seja, nenhum adaptador, acoplador ou dispositivo similar poderá ser instalado
antes da tomada de telecomunicações que atende àquela área de trabalho.
Alguns produtos comuns às adaptações externas são: a) cabos especiais para
equipamentos com conector diferente do RJ-45; b) adaptadores em “Y” (splitter) que
servem para trafegar voz e dados no mesmo cabo; c) adaptador passivo tipo Balluns2.
A ANSI/EIA/TIA 569 B.2 e a NBR 14.565:2007 recomendam que cada área de
trabalho possua 10m² de área e um mínimo de 2 tomadas de telecomunicações, sendo
que uma delas deverá ser atendida por cabo UTP ou F/UTP Cat 5e ou superior, e a
outra, por cabos UTP, F/UTP. As normas também recomendam utilizar fibra ótica
monomodo ou multímodo de 50/125μm ou 65/125μm, terminando em conectores
RJ45 ou conectores para cabos ópticos ST, SC ou LC Duplex.
É o ponto aonde o usuário interage com os equipamentos terminais e
comunicações, os quais acessam os sistemas por meio de conectores e tomadas, ou
seja, é o ponto final do cabeamento estruturado, onde há uma tomada fixa para a
conexão de cada equipamento.
25

Figura 2: Conectores Rj45, macho e fêmea

Fonte: http://www.jonnyken.com/infoblog/wp-content/rj45_femea01.jpg

Figura 3: Norma EIA/TIA-568

Fonte: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/377419/_64_3_20140421213406.jpg

2.2.4 Salas de Telecomunicações ou Telecommunications Closets (TC’s)

São os locais de terminações dos cabos e funcionam como um sistema de


administração do cabeamento e alojamento de equipamentos que interligam o sistema
horizontal ao backbone. Nelas ficam racks e acessórios, blocos de conexão, patch
panels, etc.
É a área dentro do edifício que aloja os equipamentos e sistemas de
telecomunicações, ou seja, nesse espaço é possível localizar os principais
equipamentos referentes às telecomunicações que estão em funcionamento no
espaço físico (edifício) em que os mesmos funcionam.
Nessas salas de telecomunicações além dos equipamentos, também estão
abrigadas as terminações de cabos e conexões cruzadas ou terminação de manobras
de cabeamento estruturado do prédio. Numa infraestrutura completa de
telecomunicações deve-se haver pelo menos uma sala de telecomunicações por
andar para que exista uma integração entre as ligações de equipamentos.
26

Nesse espaço deve sempre haver conexões cruzadas com cabeamento


horizontal e os backbones ou ativos da rede.

2.2.5 Sala de Equipamentos ou Equipment Room (ER)

É o local onde estão os equipamentos ativos do sistema e também suas


interligações com sistemas externos, possui a função mais sofisticada e complexa de
todo o sistema, e sempre existe apenas uma sala de equipamentos nas quais ficam
localizados os equipamentos de redes principais, como roteadores, switches,
servidores, esse tipo de sala também deve ser projetado para acomodar os
operadores de servidores.
Além desses equipamentos, na sala também pode ser localizado o PABX e
equipamentos de telefonia, na mesma também deve haver um ponto de transição
entre o backbone do prédio e o backbones da infraestrutura de entrada que funciona
como ponto de transição da concessionária de telecomunicações para o prédio.
Vale ressaltar que existem prédios que possuem vários pontos comerciais,
nesse caso haverá uma sala de equipamentos para cada ponto comercial no mesmo
prédio.

2.2.6 Entrada da Edificação ou Entrance Facilities (Ef)

É também conhecido como distribuidor geral de telecomunicações (DGT), é o


local onde se realiza a interface entre o cabeamento externo e o cabeamento interno.
É o espaço em um sistema no edifício de cabeamento, que faz a interface entre o
meio externo da intra-edificios, que consistem de cabos equipamentos de conexão,
dispositivos de proteção, equipamentos de transição e entre outros. Para conectar as
instalações externas ao sistema local, a normas são de acordo ANTI/TIA-569-C e
ISSO IEC 18010.

2.2.7 Painéis de Distribuição ou Cross-Connet

São produtos de conexão transversal são eles que fazem o recebimento de um


lado o cabeamento primário vindo dos equipamentos e, do outro, o cabeamento
horizontal que conecta as tomadas individuais, fornecendo assim, um meio para
27

terminação do cabo, são as instalações que agilizam as mudanças, acréscimos e


alterações de layout;

2.3 A PADRONIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO


PÚBLICA

Muitas das inúmeras transformações hoje observadas são motivadas pelos


avanços tecnológicos da comunicação e da informação. Na educação não é diferente,
pois a utilização do computador, como instrumento didático vem a ser um campo de
pesquisa estimulante e desafiador, tendo em conta que vem sendo debatido de forma
acentuada e consecutiva a respeito da utilização da Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC) na educação.
Segundo Litwin (1998):

...o desenvolvimento da tecnologia atinge de tal modo as formas de vida da


sociedade, que a escola não pode ficar à margem. Não se trata simplesmente
da criação de tecnologia para educação, da recepção crítica ou da
incorporação das informações e dos meios na escola. Trata-se de entender
que se criaram novas formas de comunicação, novos estilos de trabalho,
novas maneiras de ter acesso e de produzir conhecimento. Compreendê-los
em toda a sua dimensão nos permitirá criar boas práticas de ensino para a
escola de hoje.

A vista que há um olhar mais acentuado sobre a utilização TIC na educação,


sobre o seu ganho real no desempenho dos estudantes advindo dessa política,
pesquisadores e educadores analisam como uma ferramenta pedagógica e também
como meio de entender de que forma o processo de aprendizagem podem
desenvolver-se a partir de tais estímulos. Oliveira (1997, p. 11) acentua que o uso de
TIC’s na educação pública brasileira se dá em decorrência da:

(...) necessidade do desenvolvimento de uma tecnologia própria, voltada para


a nossa realidade, embasada no conhecimento das peculiaridades de nossos
problemas e percebendo-os, não como originários de disfunções internas ao
aparato escolar, mas como expressões da estrutura social existente.

Por volta de 1980, foi formado a Comissão Especial de Educação para dar início
às discussões sobre o uso da informática na educação. E em 1981, autoridades
ligadas ao MEC vieram integrar-se na elaboração de projetos. Época essa que, o país
se organizava para liberta-se da fase ditatorial, partindo do princípio de: preparar
pesquisadores da educação no que se refere ao uso do computador no processo de
28

ensino-aprendizagem, no entanto, visava-se à melhoria do ensino (OLIVEIRA, p. 12,


1997).
O I Seminário Nacional de Informática na Educação foi realizado em 1981 em
Brasília, onde atuaram em conjunto a Secretaria Especial de Informática (SEI), MEC
e CNPq, com o propósito de acrescer a comunidade educacional sobre as tomadas
de decisões na área de informática, pelo viés de sempre serem por órgãos do governo
federal e setes por sua vez desconheciam a realidade na educação brasileira. Já no
ano de 1982 ocorreu na Bahia, o II Seminário Nacional de Informática na Educação
cujo o assunto estava relacionado ao uso do computador como ferramenta auxiliar do
processo de ensino-aprendizagem. Após esses eventos nasceu como objetivo à
implantação de programas educacionais embasados na tecnologia computacional, e
partiram assim, foram fomentadas as primeiras políticas públicas e também
programas governamentais para se traçar o caráter 15 do processo de informatização
das escolas brasileiras (SILVA, 2012).
Dentre os fatos que definiram essa fase segundo Souza (p.56-60, 2001) pode-
se citar:
 A aprovação do documento para a implantação do Programa de Informática na
Educação (MEC/SEI/CNPq/FINEP) – 1981.
 A criação da Comissão Especial Nº 11/83 – Informática na Educação - 1983.
 A publicação das Diretrizes para o estabelecimento da Política de Informática
no Setor de Educação, Cultura e Desporto, aprovado pela CCG do MEC –
1983.
 A implantação do projeto EDUCOM, sendo o marco principal do processo de
geração de base científica e formulação da Política Nacional de Informática
Educativa, na formação de pesquisadores universitários e professores das
escolas públicas, divulgando a política da Informática nas escolas, do MEC
(SEI, CNPq e FINEP) - 1984.
 A aprovação do Regimento Interno do Centro de Informática Educativa – 1984.
 A aprovação do Plano Setorial: Educação e Informática pelo CONIN/PR – 1985.
 A criação do Comitê Assessor de Informática na Educação de 1º e 2º graus –
CAIE/SEPS – 1986.
 O programa de Ação Imediata em Informática na Educação – 1986.
 O I Concurso Nacional de Software Educacional – 1986.
 A extinção do CAIE/SEPS e criação do CAIE/MEC – 1986.
29

 A implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em


Informática na Educação, realizado pela UNICAMP – 1987.
 O II Concurso Nacional de Software Educacional – 1987. Jornada de Trabalho
de Informática na Educação: Subsídios para políticos, UFSC – 1987.
 A implantação dos centros: Centros de Informática Aplicada à Educação de 1º
e 2º graus (CIED – centros de suporte nas secretarias estaduais de educação),
Centros de Informática na Educação Tecnológica (CIET – escolas técnicas
federa s) e os Centros de Informática na Educação Superior (CIES – em
universidades) –1988/1989.
 O III Concurso Nacional de Software Educacional – 1988.

2.3.1 O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO)

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com os governos estaduais e


municipais, passou a promover a utilização de Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC) nas escolas por meio do Programa Nacional de Tecnologia
Educacional o PROINFO.
Este programa foi lançado para discussões em 1996 e criado pela Portaria 522,
de 09 de abril de l997, por meio da Secretaria de Educação a Distância do Ministério
da Educação e Cultural. Sua finalidade é disseminar o uso pedagógico da informática
nas escolas públicas de ensino fundamental e médio, pertencentes às redes estaduais
e municipais, mediante a criação de infraestrutura de suporte e disponibilidade de
equipamentos, associada a um programa de capacitação de recursos humanos,
buscando a melhoria de qualidade da educação ofertada, através de novas práticas
escolares.
Em 2007, mediante o Decreto n° 6.300, foi reestruturado e passou a ter o
objetivo de promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação
nas redes públicas de educação básica. A lei nº 12.695, de 25 de julho de 2012, dispõe
sobre o apoio técnico ou financeiro da União no âmbito do Plano de Ações Articuladas.
A gestão do programa é realizada por meio de uma ação conjunta entre MEC e FNDE.
O MEC, por meio das suas Secretarias (SEB e SECADI), é responsável pela formação
de professores, gestão educacional, práticas pedagógicas e avaliação. E o FNDE é
responsável pela infraestrutura e recursos pedagógicos.
30

O PROINFO é um programa que leva às escolas computadores, recursos


digitais e conteúdos educacionais. Por outro lado, os estados, o Distrito Federal e os
municípios são responsáveis por garantir a estrutura adequada para receber os
laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias. Isto é,
há um conjunto de ações que devem ser executadas para atingir os objetivos e o
planejamento é fundamental, por diversas razões, como o fato de estarem interligadas
devendo, ou seja, a capacitação dos professores necessita estar conectada à
estratégia pedagógica seguida no programa, às estratégias adotadas para
disponibilização de conteúdos e em específico aos elementos de infraestrutura que
devem estar disponíveis nas escolas.
Conforme Bielschowsky (2009) o PROINFO tem por objetivo: “oferecer
letramento digital e uma imersão na cultura digital aos alunos das escolas públicas”.
“Desenvolver nos estudantes uma maior autonomia e participação ativa no processo
de ensino e aprendizagem por meio de uma pedagogia de projetos”. “Tornar a sala de
aula mais atraente por meio da utilização de material multimidiático”.
Para que se alcance esses objetivos é necessário que haja o desenvolvimento
em conjunto de ações integradas na: infraestrutura, capacitação, conteúdos digitais,
interação, comunicação e comunidades virtuais.
Enfatiza-se neste trabalho sobre o desenvolvimento da infraestrutura, que
conforme este programa a avaliação de seu adequado funcionamento é estruturado
sob duas direções. A primeira se faz pela instalação de software de controle do
funcionamento dos laboratórios, desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, o
Cocar, que realiza a medição da banda que alcança o modem das escolas. O segundo
trata-se de uma sistemática que vem sendo desenvolvida junto à Rede Nacional de
Ensino e Pesquisa – RNP, que realiza a avaliação do funcionamento de diferentes
computadores dos laboratórios (BIELSCHOWSKY, 2009).

2.3.2 Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTE)

Os NTE são estruturas descentralizadas de apoio ao processo de


informatização das escolas, auxiliando no planejamento, na incorporação das
novas tecnologias, no suporte inicial técnico, bem como, na formação das
equipes administrativas das escolas para fins educacionais que deveriam
contemplar a informática educativa. Destacando, neste caso, os cursos de
especialização em Universidades que visam formar tais profissionais (SILVA.
p. 17, 2012).
31

A utilização da TI trata-se de uma ferramenta que acrescentando no processo


de ensino-aprendizagem, o qual requer mudanças no seu plano de infraestrutura se
adequando as normas mais eficiente deixando de ser apenas um repassador de
informações e passa a ser o facilitador no processo ensino-aprendizagem com
qualidade e sem grandes custos a longo prazo (SILVA, 2012).
Em 1997 foi criado o PROINFO/AP com a criação do NTE de Macapá, atual
NTE Marco Zero do Amapá, que requisitou às escolas municipais e estaduais, um
Projeto de Adesão, o qual precisaria ser enviado à Comissão Estadual de Informática
na educação que assim fosse avaliado (SILVA, 2012).
Silva (2012) afirma que:

O Estado do Amapá foi contemplado a receber 330 (trezentos e trinta)


computadores para serem distribuídos entre as 60 escolas que tiveram seus
projetos aprovados. Somente em 1998 chegaram os computadores para
serem entregues as escolas. Porém, a história da utilização de recursos
tecnológicos nas escolas públicas do Amapá teve seu início a partir de 1992,
através da parceria do Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de
Estado da Educação do Amapá (SEED-AP) a fim de favorecer a educação
amapaense, bem como estimular a inclusão digital.

Para o desenvolvimento destes programas é necessário que as escolas tenham


um ambiente adequado, os Laboratórios de Informática Educacionais – LIED, com
rede lógica e elétrica específicas.
O PROINFO/AP foi criado em 1997, após a adesão do Estado ao Programa
Nacional, através de um Projeto criado pela Comissão Estadual de Informática na
Educação.
Em 2000, iniciou no Estado do Amapá a integração e o desenvolvimento de
ações em parceria entre os programas (PROINFO/AP e TV Escola), e, em 2004 o
Programa GESAC passou a compor esta integração.

2.3.3 A Escola Estadual José Bonifácio

Escola Estadual José Bonifácio fica localizada a 10 km da Cidade de Macapá


e situa-se na rua Santo Antônio nº 219, comunidade do Curiaú e Dentro, Rodovia Ap
70, Município de Macapá. Pereira (2016) relata que:

Escola Estadual José Bonifácio procura aproximar seus objetivos de ensino


com a realidade de outras instituições escolares, mas visando manter a
essência de alguns pontos que merecem um olhar especial, ressaltando que
32

a escola estar dentro do Quilombo do Curiaú que é uma comunidade


histórica, originada e formada por descendentes africanos que vieram para o
Amapá. A maioria dos africanos que vieram para o Amapá, chegaram no
período de transição de século (XVIII-XIX) durante a construção da Fortaleza
de São José de Macapá.

A escola também se encontra numa Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú-


APA. Conforme o artigo 14, inciso I da Lei do SNUC (Sistema Nacional de
Conservação), Lei nº 9.985 de 18/07/00, no seu artigo 15º a APA é definida como uma
área:
“... em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e bem-estar das populações humanas, e tem como
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a sustentabilidade dos usos dos recursos naturais...”
(BRASIL, 2002)

Na escola há diretoria, secretaria, sala dos professores, usada para ministrar


aulas de reforço, banheiros masculino e feminino, usados tanto pelos alunos quanto
pelos demais funcionários da escola, quadra de esportes, cozinha, área coberta onde
é servida a merenda escolar, pátio, 06 salas de aula, setor pedagógico, laboratório de
informática e biblioteca (PEREIRA, 1016). O Nível de ensino, a faixas etária e números
de alunos na sua maioria, encontra-se divididos em:
 Educação Infantil.
a) 1º e 2º Período do Pré-Escolar Ano - os alunos matriculados neste nível de
Ensino estão na faixa etária de 04 a 06 anos de idade completos;
 Ensino Fundamental de 09 anos –
a) 1º Ano – Todos os alunos matriculados neste nível de Ensino estão na faixa
etária de 06 a 08 anos de idade completos;
b) 2º Ano (25 alunos) – Todos os alunos estão na faixa etária de 07 a 09 anos.
c) 3º Ano 46 alunos/ 2 turmas) – Todos os alunos estão na faixa etária de 08 a 10
anos completos;
d) 4º Ano (47 alunos/ 2 turmas) - Os alunos dessas turmas apresentam distorção
de idade que varia de 09 a 15 anos de idade 9 (2 dois com necessidades
especiais);
e) 5º Ano (40 alunos/ 2 turmas) - Os alunos dessas turmas apresentam distorção
de idade que varia de 09 a 22 anos;
f) 6º Ano (19 alunos/ 1 turma) - A maioria dos alunos estão na faixa etária e 11 a
13 anos;
33

 Ensino Fundamental de oito anos


a) 6ª Série (25 alunos/ 1 turma) _ A maioria da turma encontra-se com distorção
de idade, que varia de 13 a 18 anos de idade, com exceção de cinco alunos
que estão dentro da faixa etária correta.
b) 7ª Série (26 alunos/ 1 turma) _ A maioria da turma encontra-se na faixa etária
de 13 a 14 anos, com exceção de quatro alunos que se encontram entre 15
e16 anos;
c) 8ª série (29 ALUNOS/ 1 turma) _ A maioria da turma está dentro da faixa etária
de 14 e 15 anos, com exceção de nove alunos que se encontram entre 16 a 20
anos.
A Escola Estadual José Bonifácio se estabelece em um espaço de afirmação e
valorização da cultura afro-brasileira, desta maneira a escola passa a ser um local que
agrega diversas atividades que garantam aos alunos e professores uma maior
compreensão dessa modalidade de ensino.

3 METODOLOGIA

Neste capítulo almejou-se caracterizar a realidade onde foi levado a efeito este
estudo, bem como se analisou os dados obtidos na pesquisa, a fim de verificar qual a
relação existente entre o uso das normas de padronização e uma infraestrutura
duradoura, eficaz e econômica nos LIEDS’s.
Para Gil (1999), a metodologia científica é um conjunto de meios intelectuais e
técnicos empregados para atingir o conhecimento e para que seja considerado como
conhecimento científico, é imprescindível identificar todos passos para a sua
constatação, isto é, estabelecer o método que permitiu alcançar tal conhecimento.
É o caminho próprio de abordagem da realidade, assim ocupa lugar central nas
teorias sociais, pois ela faz parte intrínseca da visão social do mundo veiculada na
teoria (Minayo, 2003).
Dessa forma, e considerando os objetivos propostos, bem como as questões
levantadas, trata-se de um estudo exploratório com embasamento bibliográfico.
Exploratório, pois, segundo Gil (2008, p. 27):

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver,


esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
34

posteriores. De todos os tipos de pesquisa, estas são as que apresentam


menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento
bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso.

Todo trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio e o embasamento na


pesquisa bibliográfica, como afirma Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica é feita a
partir de material já elaborado, constituído, principalmente, de livros e artigos
científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre os
aspectos direta e indiretamente ligados à nossa temática.
Assim sendo, foram feitas revisões bibliográficas sobre teorias que abordam a
importância do uso das normas de infraestrutura de redes de computadores e sobre
laboratório de informática (LIED) e os parâmetros adequados para se ter um melhor
aproveitamento do ambiente, garantindo a confiabilidade de tudo que circulam no
meio, além de artigos destacando citações que reforçam os conceitos e afirmações
abordadas.
Esse estudo classifica-se quanto à natureza da pesquisa como qualitativa
dentro do instrumento de pesquisa de campo. Conforme Minayo (2001), a pesquisa
qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
Gil (2008, p. 57) afirma que:

Outra distinção é a de que no estudo de campo estuda-se um único grupo ou


comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a
interação de seus componentes. Assim, o estudo de campo tende a utilizar
muito mais técnicas de observação do que de interrogação.

Fortin (1999) acentua de que quando existem poucos ou nenhuns


conhecimentos sobre um fenômeno “o investigador orientará o seu estudo para a
descrição de um conceito ou fator, mais do que para o estudo de relações entre
fatores”. Em observância a inexistência de materiais que relatem sobre esse estudo
buscou-se pesquisar individualmente cada tema relacionado na pesquisa, em sua
maioria em livro, leis, normatizas e sites governamentais alguns artigos que citem a
importância sobre estes últimos.
Para esta busca, os descritores foram utilizados: infraestruturas de redes de
computadores, LIED’s, normas para as tecnologias de informática e proinfo.
35

A bases de dados, procedeu-se a leitura seletivas dos resumos de livro e artigos


para selecionar os textos que atendiam aos critérios de inclusão de acordo com as
áreas temáticas abordadas, ou seja, visando identificar o conhecimento disponível
sobre o assunto.
O primeiro passo constituiu em conversar com a direção da escola e expor o
projeto desta pesquisa, a fim de buscar autorização para realização deste trabalho.
Com o aval da direção da escola que fora escolhida, foram realizadas visitas
exploratórias em seu LIED, essa instituição de ensino atende aos moradores do bairro
e também bairros vizinhos, a escolha da escola campo deu-se por dois motivos: por
ter o laboratório de informática educacional (LIED) e o fato dos autores desta
monografia conhecerem a instituição mencionada.
O laboratório de informática em estudo é um espaço pertencente à Escola
Estadual José Bonifácio, localizada na comunidade quilombola do Curiaú, que visa a
propagação científica e tecnológica à sociedade, oferecendo uma série de atividades
educativas, para alunos da rede pública da cidade de Macapá-AP.
Foram realizadas duas coletas de dados, uma feita por exploração do local com
a produção de fotos, visando a normas e dado a quantidade quase nula de materiais
notou-se a importância de demonstrar dados quantitativos para acentuar ou pontuar
este assunto, assim sendo, foi feita a elaboração de um questionário com 08 (oito)
perguntas, que foi aplicado aos alunos da escola em destaque com idade entre 12 e
15 anos que estudam no 7º e 9º ano do ensino fundamental II. Dentre as perguntas 2
eram de cunho individual e sem relevância direta ao assunto, foram entrevistados 35
alunos, uma turma da manhã e outra da tarde.
A aplicação do questionário ocorreu através de uma ferramenta google, o
Google Doos/forms. Trata-se de um pacote de aplicativos Google, baseado em AJAX.
Funciona totalmente on-line diretamente no browser, no qual os aplicativos são
compatíveis com o OpenOffice.org/BrOffice.org, KOffice e Microsoft Office, ele é
composto de processador de texto, editor de apresentações, editor de planilhas e
editor de formulários. Para tal, o grupo dividiu-se em dois turnos: manhã e tarde,
durante um mês, executadas 2 vezes por semana, cada um em posse de um celular
e com a ajuda do professor Fabricio de Souza dos Santos, através do uso do link:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSct1_y4lq6b45ixN7kclnwVUvxvZJLYGsY
osJFI6Bku9rw/vienwform. A própria ferramenta analisou os dados, fazendo cálculos e
organizando-os em formas de gráficos de pizza, entretanto ao comparar os resultados
36

se observou que 100% das respostas dos alunos foram unânimes. Dessa forma
buscou-se simplificar através de um quadro os dados obtidos para um melhor
entendimento, onde foram destacadas somente as questões voltadas diretamente ao
tema abordado.
O desenvolvimento dessa pesquisa para pré-projeto teve um período de
duração de 04 meses, sendo três deles voltados para planejamento, criação de
material de apoio, questionário e seleção dos participantes. O quarto mês foi
direcionado à aplicação no laboratório de informática, e coleta de resultados. E para
o projeto final foram utilizados outros 5 meses.

3.1 LEVANTAMENTO DOS PROBLEMAS E DIAGNÓSTICO NA ESTRUTURA DE


REDES

Visando mensurar o grau de infraestrutura foi realizado visitas para um


diagnóstico onde se destacaram várias observações quanto a organização, o
funcionamento, a qualidade e eficiência bem como a integridade estrutural dos
equipamentos. Para avaliação utilizou-se de características baseadas nas normas de
padronização. Para assim, destacar qual o cenário ideal para se desenvolver as
atividades relacionadas a informática nas dependências da escola.
Embora a instituição de ensino destacada neste estudo, seja localizada em
zona rural, isso não a impede de receber tecnologias que garantam a comunidade
quilombola desta região benefícios garantidos por leis, mediante uma infraestrutura
de qualidade e com funcionalidade duradoura.

3.1.1 Estrutura Física

Para fins comparativos será mostrada uma relação de estrutura física, sobre o
que seria ideal para um bom laboratório de informática em contrapartida a estrutura
existente, e a partir da avaliação da estrutura existente, verificar o que será necessário
para chegar à estrutura ideal.
Atualmente o LIED da escola estadual José Bonifácio é localizado em uma sala
com tamanho médio , sua estrutura física de equipamentos de informática é composta
por três bancadas nas quais sustentam 14 monitores onde 4 são monitores LCD e 10
são monitores CRT atualmente apenas 6 monitores estão funcionando regularmente
37

cada monitor é composto por um gabinete e pelos periféricos básicos, mouse e


teclado, na sala ainda existem 6 estabilizadores que funcionam como equipamentos
de segurança contra quedas de energia, a estrutura de rede de computadores é dada
por um modem e um switch de 16 portas, existem 10 tomadas com o padrão RJ45 ,
a topologia atual do laboratório é estrela.

3.1.2 Estrutura Física Ideal

Quando falamos de estrutura ideal, nos referimos a estrutura física que seria
propícia para um ótimo trabalho e desempenho no laboratório de informática, agora
veremos esse modelo de estrutura física cujo seria ideal e padrão para o laboratório
de informática não só para a escola Estadual José Bonifácio como também para
outras escolas públicas segundo o MEC e obedecendo todos as normas de
padronização.
 Servidor Multimídia: 1 CPU, 1 monitor LCD, 1 estabilizador, 1 teclado, 1 mouse,
1 fone de ouvido com microfone, 1 câmera Webcam;
 Solução Multiterminal: 7 CPU’s que atenderá 15 Terminais de acesso, 15
monitores LCD, 7 estabilizadores (um para cada CPU), 15 mouses, 15
teclados, 15 fones de ouvido com microfone;
 Estação de Trabalho para Área Administrativa: Solução Multiterminal com 2
Terminais de Acesso, 1 CPU, 2 monitores LCD, 1 estabilizador, 2 teclados, 2
mouses, 2 fones de ouvido com microfone;
 Impressora Laser com estabilizador;
 Roteador Wireless.
A disposição dos equipamentos irá depender do projeto pedagógico da escola.
No entanto, dentro da preocupação de descrever uma situação de laboratório típico,
apresentamos algumas recomendações de ordem geral:
 Os equipamentos precisam ser instalados com uma distância mínima de 1m
entre eles. Essa distância impede interferências e facilita a sua utilização e
manutenção;
 Uma distância maior precisará ser adotada, caso o uso predominante dos
equipamentos seja por dois alunos simultaneamente;
38

 Lembrar que os cabos elétricos e lógicos (cabos de impressoras, de monitor,


etc.) ficam na parte de trás dos equipamentos. É preciso deixar o espaço
adequado quando houver trânsito de pessoas.
Dentre os padrões estabelecidos por norma, no Cabeamento Estruturado, a
rede da escola possui alguns problemas, que podem ser corrigidos com a estruturação
da mesma com a utilização das normas, os mais comuns problemas encontrados na
Escola Estadual José Bonifácio são:
a) A má organização de equipamentos e cabos – além de criar um efeito visual
inapropriado, dificulta operações de manutenção e ainda expõe o equipamento a
interferências e danos desnecessários.

Figura 4: Mau acondicionamento do equipamento expostos à poeira e à umidade

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

Para a área de trabalho são utilizadas as seguintes normas ANSI/TIA/568 para


terminações de todas as tomadas e ANSI/TIA/569-C e ISSO IEC18010 para as
especificações de caminhos e espaços.
Os componentes da área de trabalho são todos compreendidos entre as
tomadas e os equipamentos de telecomunicações e devem, os cabos de manobra ou
de interconexão usados em cabeamento estruturado no arranjo físico de conexão
(crossconnect entre patch panels interconexão patch panel e switches) e/ou na área
de trabalho para ligação entre equipamentos e tomada de rede devem ser no máximo
3m, ser do tipo UTP e a designações de código de cores são feitas pelas normas
T568A e T568B.
b) A exposição de cabos – propicia a haver danos aos materiais utilizados, o
comprometimento e até mesmo paralisação da rede;
39

Figura 5 - Rack aberto

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

O rack, onde ficam os equipamentos, se encontrava aberto, facilitando para que


qualquer pessoa pudesse ter acesso, no ponto de vista técnico o ideal seria que ele
fosse fechado evitando assim uma fragilidade na estrutura.

O rack é um armário técnico destinado ao armazenamento de equipamentos


e dispositivos, o qual além do suporte físico, oferece proteção para
equipamentos eletrônicos sensíveis, desempenhando um papel importante
na criação da estrutura básica de sistemas estruturados de cabeamento.
(PINHEIRO, 2015)

Sobre a norma IEC 297-3, Pinheiro (2015) afirma ainda que: “ O rack fechado,
também conhecido como gabinete, é utilizado geralmente em locais de acesso livre
(secretarias, laboratórios, sala de computação etc.) ”. Em outro momento o mesmo
reitera que “[...] enquanto locais com acesso menos restrito exigem a instalação de
rack fechados, com fechadura e chaves que dificultem o acesso de curiosos. ” Isto é,
é um elemento para se manter fechado, por se tratar de um local onde alunos tem
livre acesso.
Segundo a norma TIA-568, o rack deve ser instalado no centro da estrutura da
rede a fim de dividir uniformemente a distribuição dos cabos e, como consequência,
utilizar estruturas de transporte (eletrocalhas, canaletas, dutos etc.), sendo ainda
necessário que se dimensione a ocupação máxima de pontos de rede para cada 10m2
de área de trabalho, e deve ser fixado em superfícies planas, verticais e firmes
respeitando a altura de 1,60m tendo como base o centro
40

Figura 6 - Cabo backbone, passando junto a fiação da central de ar

Fonte: Leonardo Santos, (2018)


Na figura 6 é possível visualizar que o cabo UTP e o rack, estão próximos a
uma central de ar condicionado e o fio elétrico passa junto com o cabo UTP
(Unshielded Twisted Pair, que significa, literalmente, “cabo de par trançado sem
blindagem”). E cabos da fiação elétrica, resultando em interferência eletromagnéticas,
que causa perdas durante a transmissão de dados.
O cabo backbone encontrado, estava próximo a central de ar e fora de contexto
com a norma, é importante salientar que se trata de um elemento que deveria ser
definido de acordo com as aplicações que são integradas.
O recomendado segundo a norma ANSI/EIA/TIA-569-A é que, se a eletricidade
é um dos serviços que compartilham o mesmo duto ou canaleta com a rede de dados,
os mesmos deverão ser particionados. Sendo que a norma ANSIA/EIA/TIA-568,
recomenda que os cabos não blindados não passem pelo mesmo local da rede
elétrica, que o ideal seria tirar ou fazer a troca dos cabos UTP, pelo FTP, ou mudando
o local de passagem do cabo UTP. Isto é, nunca devem ser compartilhados com ar
condicionado, instalação elétrica, ou qualquer outra instalação que não seja
rigidamente definida para atender à área de telecomunicações. Vale salientar que,
“quanto maior for o nível de interferência, menor será o desempenho da rede, menor
será a distância que poderá ser usada entre os micros e mais vantajosa será a
instalação de cabos blindados. ” (Mosqueira, 2008). Segundo CHIPENEMBE (2012),
cabo blindado do tipo, STP (shielded twisted pair), é utilizado em ambientes com alta
interferência eletromagnética.
c) A ausência de equipamentos de proteção - geram danos aos equipamentos,
corroborando em maiores custos por causa dos gastos com manutenção.
41

Figura 7 - Quadro de distribuição elétrica aberto e com cabo UTP em contato com a fiação elétrica

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

Segundo a norma ANSI/EIA/TIA-569-A deve haver um quadro de distribuição


de energia elétrica exclusivo para os equipamentos de informática, independente de
quaisquer outros aparelhos elétricos, visando, como já dito anteriormente, evitar
interferências e oscilações na rede elétrica geradas por outros equipamentos além
ainda de realizar o aterramento do quadro e seus circuitos (não usar o neutro da rede).
De acordo com Pinheiro (2015) “Sua utilização é indicada para sistemas de
cabeamento horizontais que exijam robustez, contra EMI E EFI, como escritórios com
altas fontes de ruídos e interferências, piso de fabricas, etc. ”.
É possível visualizar na figura 7, que o cabo UTP não está colocado de maneira
correta, permanecendo em contato com a fiação elétrica, segundo a norma TIA 568
os cabos devem passar por dutos ou áreas que não sofram com elementos gerados
de EMI (INTERFERENCIA MAGNETICA) e a posição das caixas de terminação deve
facilitar a manutenção, expansão e remanejamento de equipamentos.
d) não há especificação em conformidade com as normas, que explicitam sobre os
locais exatos onde os equipamentos precisam ser instalados - geram desorganização
e a falta de padronização o que promove a danificações de equipamentos, falhas na
transmissão de dados e, por conseguinte o mau funcionamento e inutilizações do
espaço.
Na figura 8 é possível visualizar o cabeamento Horizontal, onde há dez tomadas
nos pontos lógicos de telecomunicação conforme a norma TIA 568, para a distribuição
de fiação elétrica e cabos UTP na área de trabalho em um dos lados da sala.
42

Figura 8: Tomadas lógicas de conexão dos computadores na rede

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

Já no lado oposto da área de trabalho não há nenhuma tomada, como mostra


a figura 9, não atendendo a norma TIA/ANSIA-568. O cabeamento Horizontal é a
designação dada a toda malha de cabos que atende às áreas de trabalho distribuídas
num mesmo nível ou pavimento atendido pelo cabeamento. Este subsistema se
estende dos conectores/tomadas fêmeas até o painel de distribuição, localizado em
um rack, armário de distribuição ou sala de telecomunicações. Ou seja, não há
tomadas que atendam a demanda na área de trabalho possibilitando a ligação dos
equipamentos à rede.
Figura 9: Ausência de tomadas

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

Na estrutura lógica, fora encontrada uma área para 10 pontos, com pelo menos
06 em funcionamento, com cabos categoria 5e, grimpado fora da norma, em
desacordo com a norma TIA/ANSIA-568, isto é, não adequado, com uma distribuição
para receber os computadores, porém a norma ABNT-NBR 14565, fala sobre a vida
útil do cabeamento estruturado, que feito adequadamente, traz uma vida útil de dez a
quiser anos. Tendo em vista que uma escola, todos os anos aumenta o efetivo de
alunos, os pontos lógicos, são poucos para a demanda. E conforme a TIA/ANSIA- 568
é exigida a disponibilização de duas tomadas por ponto de telecomunicação e no
mínimo uma das tomadas deve ser conectada a um cabo UTP 4 pares.
43

Segundo a norma TIA/ANSIA-568, o cabeamento horizontal como é utilizado


neste ambiente, deve ser instalado na topologia estrela, a qual é caracterizada pela
necessidade de um seguimento de cabo específico interligando cada porta do
distribuidor de piso a uma única tomada de telecomunicações da área de trabalho
atendida por esse elemento.
Figura 10: Switch e Modem

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

A figura 10 demonstra que há um Switch Fast Ethernet de 16 portas da D-LINK


modelo DES-1016D compatíveis com a tecnologia de 100Mbps. Possui capacidade
de comutação de 3.2Gbps, armazena até 8.000 endereços MAC, tem recurso de
priorização de pacotes 802.1p QoS e é do tipo Plug & Play. Não havia organização
nos cabos, o que pode ser evitado, com o uso de organizadores de cabo, o seu uso
não é obrigatório, mas valoriza uma instalação pelo efeito visual causado.
Foi observado, também que não havia etiquetas de identificação, as quais são
utilizadas na demarcação dos pontos e nem abraçadeiras para organizar os cabos
que chegam ao armário. Esses elementos devem ser especificados de acordo com a
tecnologia previstas por padrões e normas escolhidas.
A norma TIA/ANSIA-568 descreve sobre os elementos e terminações do
cabeamento horizontal nos armários (racks) e os equipamentos, a qual exige que
nessas áreas todos os cabos sejam terminados em hardware de conexão
compatíveis, de forma que esta definirá se será cruzada ou de intercomunicação. Aqui
se encontram as conexões cruzadas de terminações horizontais e terminações de
backbone usando patch cordes que permitem flexibilidade ao estender serviços às
saídas de telecomunicações e é por meio dessas conexões e interconecções que
permitirá os deslocamentos, adições ou mudanças.
44

e) Ativos sem utilização – em decorrência da falta de infraestrutura, de manutenção e


cuidados necessário, que os danificaram, carecendo de substituição de algumas
peças;

Figura 11 - Avaliação de ativos sem utilização

Fonte: Leonardo Santos, (2018)


Ao verificar os demais equipamentos, nos deparamos com uma situação de
desleixo, pois os mesmos estavam praticamente descartados, amontoados em um
canto da sala, de forma que se apresentavam sucateados.
A figura 12 mostra os gabinetes, os quais haviam capacitores ao lado de
processadores estourados, ou seja, queimados, e por essa razão estavam sem
utilização.

Figura 12: Equipamentos com placas queimadas

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)


Ao supervisionar os cabos com mostra a figura 13, também foi observado que
o cabo de malha horizontal não estava dimensionado de acordo com o número de
pontos de telecomunicação e as distâncias entre esses pontos e o armário de
telecomunicação.
45

Figura 13: Verificação dos Cabos e Conectores RJ45

Fonte: Adeilson da Silva Dias, (2018)

3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após o levantamento dos problemas no LIED, em visitas técnicas, e através do


diagnóstico de equipamentos e materiais que seriam necessários para “resgatar” pelo
menos uma parte dos computadores sem funcionamento, que em sua maioria
apresentavam problemas na Placa mãe (capacitores estourados). Saímos em busca
de doações de equipamentos, a seguir e já em posse dos elementos arrecadados
foram feitas as reparações dos mesmos.

Figura 14: Verificação e troca da pasta térmica das placas mãe

Fonte: Leonardo Santos, (2018)

A partir de doações de placas, memorias e monitores foi possível realizar os


ajustes necessários nos computadores sem funcionamento e através dos resultados
obter uma estimativa de quantos teriam funcionalidade, levando em consideração a
quantidade de equipamentos adquiridos e pequenas margens de erros relacionadas
a compatibilidade dos equipamentos com os existentes no LIED.
46

Figura 15: Troca de capacitores nas placas mãe

Fonte: Leonardo Santos, (2018)

Na figura 15 é demonstrado a faze de testes com os equipamentos


reaproveitados juntamente aos que foram doados, para recuperação de alguns, além
dos que já estavam funcionando, e assim, alistar de acordo com sua função, de
maneira a objetivar a segurança na destinação e de conteúdo, a velocidade na
transmissão, a abrangência de distâncias limites, a distribuição de dados
inteligentemente direcionados, e flexibilização nas conversões entre plataformas
padronizadas.
Foi observado que o sistema operacional que atualmente está instalado nos
computadores é o sistema Windows 7 lite, e por serem computadores antigos com
pouca capacidade de memória e processamento, o ideal é se utilize um sistema
operacional mais leve, nossa proposta é instalar o sistema de distribuição Linux
chamado MINT, que se trata de um sistema bem compacto e de fácil utilização,
principalmente para laboratórios de informática, o qual também é indicado pelo MEC
na cartilha proinfo.
Um questionário foi aplicado na escola para alunos entre 12 e 15 anos que
estudam no 7º e 9º ano do ensino fundamental II com o objetivo de colher dados sobre
a importância de um LIED para a escola e posteriormente para contribuição no
processo de aprendizagem dos alunos a partir do próprio ponto de vista deles uma
vez que é importante ressaltar que desde cedo as práticas relacionadas a informática
são de extrema importância nos dias atuais no processo de construção do
conhecimento.
Após a conclusão do processo de aplicação do questionário para os alunos, foi
feita a última etapa de restauração dos equipamentos do LIED, que constituiu nos
47

últimos testes e reorganização em seguida colocados à disposição dos alunos e


professores conforme a figura 16.

Figura 16: Laboratório de Informática revitalizado

Fonte: Adeilson da Silva Dias, 2018

A aplicação de questionários para os alunos da escola foi realizada para se


verificar a importância de se haver um laboratório de informática educativa
funcionando na escola e também sobre a falta do funcionamento dos computadores
no espaço ambiente.
Segue abaixo um quadro com as principais perguntas referente a pesquisa:
QUADRO 1 – Questionário aplicado aos alunos da E.E. José Bonifácio
Critérios Respostas
SIM NÃO
1. Existem computadores suficientes para o uso dos alunos? X
2. Os equipamentos usados apresentam algum defeito? X
3. Você se sente satisfeito com a estrutura que a escola oferece para o X
trabalho desenvolvido no laboratório?

4. Você sente-se prejudicado por não ter todos os computadores do LIED X


ativos?

5. Seria bom ter mais computadores ativos no LIED, para ajudar nos X
trabalhos escolares?

6. Você gostaria de ter uma oportunidade de aprender mais sobre X


tecnologia na escola?

De acordo com as respostas obtidas nos questionários foram possíveis realizar


algumas relações com o que é proposto pelo Ministério da Educação para sanar as
dificuldades relacionadas às novas tecnologias.
Para a questão/pergunta n° 1 é importante acentuar que:
48

Vários autores correlacionam desenvolvimento cognitivo com utilização de


forma equilibrada de TIC. Por exemplo, Greennfield (2009) aponta que o
contínuo crescimento do QI (Quociente de Inteligência) no último século,
conhecido como efeito Flynn (J. R. FLYNN, Raven Standard Progressive
Matrices: testes de QI não verbal que fornecem uma medida de inteligência
visual), relaciona-se, dentre outros fatores, com a utilização da tecnologia de
uma maneira geral, e com a utilização de TIC em particular. Além da questão
do desenvolvimento cognitivo, a exclusão digital implica em certa
incapacidade de enfrentar os desafios da sociedade da informação. Isso
resulta, por exemplo, em perda de competitividade para acesso ao mundo do
trabalho. Por conta disto, pessoas sem familiaridade com TIC são
denominadas de analfabetas digitais (BIELSCHOWSKY, 2009).

Fica em evidência que a escola pública brasileira pode e deve contribuir para
abater tal exclusão digital que os mais pobres têm passado. Para que assim, as
crianças realizem suas atividades pedagógicas nos LIED’s.
A questão/pergunta n° 2 está relacionada aos equipamentos ativos, se eles
apresentam algum defeito, o que ficou evidenciado não só pelas respostas dos alunos
como também pela exploração do espaço onde foi feito imagens e a comprovação por
meio dos testes ali realizados.
Cabe a escola, o compromisso e responsabilidade de informar aos técnicos do
NTE sobre quaisquer problemas eventuais nos equipamentos para que os mesmos
tomem devida providência.

O Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo – disponibiliza,


para todos os equipamentos que foram distribuídos, garantia contra defeitos
de fabricação e assistência técnica para manutenção (verifique com o seu
Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE - o prazo da garantia de acordo
com o pregão descrito no seu computador). Equipamentos de informática não
são simples e nem baratos, por isso é altamente recomendável que a
manutenção seja executada por pessoas habilitadas. Desta forma, é muito
importante que os técnicos do NTE ao qual sua unidade escolar é vinculada
estejam sempre informados sobre as aquisições e possíveis problemas nos
equipamentos do laboratório de informática (BRASIL, 2008).

O art. 4o do decreto nº 6.300 de 2007 diz que os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios que aderirem ao PROINFO são responsáveis por prover a infraestrutura
necessária para o adequado funcionamento dos ambientes tecnológicos do
Programa.
A questão/pergunta n° 3 vem demonstrar sobre a satisfação dos alunos em
como se encontra a estrutura laboratório que a escola tem oferecido. Todas as
respostas foram unânimes quanto a insatisfação sentida pelos alunos. Ou seja, os
49

entrevistados veem o LIED como uma ferramenta auxiliar que melhoraria seu
aprendizado.
A questão/pergunta n° 4 diz respeito se os alunos sentem-se prejudicados por
não ter todos os computadores do LIED ativos, novamente houve unanimidade
positivas em suas respostas, isto é, todos se sentem prejudicados. Uma vez que, o
uso do LIED é um ambiente de aprendizagem que vem auxiliar a formar o novo
cidadão crítico, curioso, pesquisador, motivado em conhecer as mudanças sociais
provocadas pelo uso de tecnologias como o computador e internet (SILVA, 2012).
A questão/pergunta n° 5 almejou evidenciar sobre o quão bom de se ter mais
computadores ativos no LIED, para ajudar nos trabalhos escolares na expectativa dos
alunos, onde se observou que 100% dos mesmos responderam que “sim”. Fica
evidenciado a importância dessas tecnologias bem como seu funcionamento eficiente
com qualidade e segurança para que os alunos possam desfrutar do projeto
pedagógico PROINFO e etc.
A questão/pergunta n° 6, visa mostrar a opinião do aluno da importância em se
ter a oportunidade de aprender mais sobre tecnologia na escola, dos quais todos os
entrevistados em suas respostas afirmaram que “sim”. E concordando com Silva
(2012) “é importante que a comunidade escolar não apenas conheça as novas mídias,
mas ter o domínio de suas possibilidades de uso transformando a todos os envolvidos
em cidadãos plenos. ” E para que isso se torne possível é essencial um verdadeiro
contato no cotidiano de ensino e aprendizagem dos alunos.
Entretanto, para desfrutar de tais benefícios as normas de infraestrutura tem
um papel fundamental, a qual traria um menor número de problemas dos ativos e um
menor custo a longo prazo, em razão de não se ter gastos com novos equipamentos.
É importante frisar que a escola tem seus pontos positivos, dentre eles é que é
oferecido um ambiente climatizado com 1 central de ar, o piso esta conforme a norma
e a cartilha do MEC, e tem um amplo espaço. Em contrapartida tem um nível baixo de
segurança, caracterizado pelo seu cabeamento mal projetado e acomodação
equivocada, e principalmente pela amontoação de computadores sem funcionamento,
empoeirados, não expõe qualidade e computadores em boas condições conectados
à internet. A estrutura seria suficiente para a realização de atividades auxiliadas pelas
tecnologias nela oferecidas, porém, pouco aproveitada pelos alunos da instituição.
Para a análise que é exposta através das imagens e questionário respondido
pelos alunos, em que todas as perguntas direcionadas a estes, apenas uma expôs
50

resultado negativo, e esta por sua vez relacionada a satisfação quanto ao LIED, isto
é, há uma insatisfação total dos entrevistados, ou seja, dessa forma, todas os positivos
e o negativo somam 100% de respostas que expõe uma estrutura inadequada,
condicionado a um trabalho com pouco/sem planejamento por padrões embasados
nas normas e falta de manutenção.
É perceptível que esse ambiente ainda vem sendo usado de forma obsoleta,
falta-lhes ainda, uma manutenção devida no LIED, o preparo e capacitação, tanto dos
professores como do corpo pedagógico escolar, bem como o uso efetivo e sistemático
do laboratório, de maneira a explorar melhor seus potenciais.
Considerando as estruturas existentes no laboratório de informática é sempre
importante frisar quais são os principais objetivos no processo de reformulação do
espaço ambiente assim podendo deixar clara quais as reais funções e funcionalidades
que o laboratório de informática pode oferecer, pois segundo alguns pesquisadores
esse espaço é de suma importância para a comunidade escolar em geral não só
pedagogicamente, mas também socialmente.

A escola é o lugar onde as mudanças precisam acompanhar a transformação


tecnológica e a era da globalização. Desta forma, justifica-se que o laboratório
de informática é essencial em uma escola, como ferramenta de
aprendizagem significativa tanto para os alunos como para os professores,
pois não basta a escola estar equipada com todos os recursos possíveis, é
preciso que os educadores também acompanhem essa evolução, através de
formação continuada para poder dar aplicabilidade aos recursos que dispõem
pedagogicamente. (ALMEIDA 2012, p.08).

No entanto é importante que o laboratório esteja montado de maneira


adequada para oferecer todos os serviços que pode disponibilizar a comunidade em
geral, além disso vale ressaltar que os professores devem acompanhar as evoluções
tecnológicas para exercer as atividades nos laboratórios com êxito.

Percebe-se que o computador e a internet são ferramentas necessárias à


inclusão na prática docente, frente ao acesso liberado dos alunos às
informações da web, em decorrência da evolução tecnológica que estamos
vivendo. Assim, a escola precisa ser inovadora e utilizar o laboratório de
informática como um recurso de aprendizagem do aluno como requisito para
a apropriação de conhecimentos conscientes e éticos. (CARDOSO 2012).

As dificuldades em manter os laboratórios de informática em pleno


funcionamento são muitas, pois quando se trata de equipamentos de informatização
51

diversos fatores entram em pauta como: reposição de equipamentos obsoletos, troca


de equipamentos com defeitos, dentre outras dificuldades que podemos dizer que são
corriqueiras em espaços como esses.

No Amapá, tanto as escolas geridas pelos municípios quanto pelo governo


do estado, não há um plano diretório especifico, para esse tipo de ensino.
nesses estabelecimentos de ensino, a informatização para os alunos mostra-
se ainda precária, tanto no quesito estrutura física adequada, bem como
qualificação dos responsáveis por esses ambientes. (Dias et al 2017, p 26).

Perante isso podemos perceber o quanto os laboratórios de informática


Educativa (LIED) não só da escola em questão como de outras escolas da cidade e
do estado estão defasados e precisam entrar nas normas e padrões que são exigidos
pelo MEC tanto em estrutura física e lógica quanto em organização.
52

4 CONCLUSÃO

Este estudo mostrou que infraestrutura é a base para quaisquer que sejam os
projetos em TIC’s, inclusive em relação ao processo de aprendizado pelo uso dos
LIED’s. A análise deste trabalho mostrou a importância das padronizações em
projetos de infraestrutura de redes na Escola Estadual José Bonifácio não só pelo
melhor custo benefício a longo prazo, mas também como um método que prioriza a
qualidade nas transmissões de dados e segurança para com as informações e
usuários.
Os resultados responderam aos objetivos, que tiveram como primícias mostrar
que as normas e padronizações são necessária tanto para o planejamento quanto nos
procedimentos de aprendizado sem interferências ou danificações de equipamentos
que prejudiquem o acesso as informações e projetos pedagógicos, haja vista, que
estão previstas por leis e decretos.Como demonstrado na pesquisa, o LIED é a parte
essencial do programa PROINFO do Ministério da Educação (MEC), a disposição e o
seu funcionamento é de suma importância para que a escola em questão consolide
suas atividades pedagógicas, pois os alunos são os maiores beneficiários, logo
quanto, mais contato com a tecnologia, mais poderão ser incluídos no processo de
aprendizado por meio das ferramentas tecnológicas.
Estruturar uma rede requer critérios e parâmetros para que a execução de suas
funções ocorra de forma segura e eficaz, utilizar técnicas e subsistemas amparados
em normas é o mínimo que um profissional na área de redes de computadores deve
fazer ao criar um projeto de redes para edifício, essas normas garantem a
confiabilidade da rede pois já foram testadas, aprovadas e aprimoradas ao longo dos
anos além de prevenir algumas vulnerabilidades e em caso de problemas no
cabeamento é possível com as ferramentas corretas fazer a correção de forma segura
e efetiva em um espaço de tempo consideravelmente menor do que em uma rede que
não atenda esses critérios.Uma infraestrutura bem projetada, de acordo com as
normas vigentes vai possibilitar o maior aproveitamento do LIED. É necessária uma
atenção do administrativo para com os LIEDS afim de serem devidamente
regulamentados considerando a hierarquia da instituição e a regulamentação da
normas e padronizações, a qual a política deva ser tratada com relevância,
considerando que o ambiente educacional propicia o acesso ao conhecimento, seja
ele técnico, cientifico ou social.
53

REFERÊNCIAS

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56

APÊNDICE A – Termo de Autorização para a Pesquisa Campo


57

APÊNDICE B – Autorização para a Pesquisa de Campo

MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE


BASEADO NAS DIRETRIZES CONTIDAS NA RESOLUÇÃO CNS Nº466/2012, MS.

Prezado (a) Senhor (a)


Esta pesquisa é sobre reestruturação do LIED da escola José Bonifácio e está
sendo desenvolvida por Adeilson da Silva Dias, Leonardo Santos da Silva, Fabricio
de Souza dos Santos, do Curso de Tecnologia em Redes de Computadores, do
Instituto Federal de Ciências e tecnologia do Amapá, sob a orientação do (a) Prof. (a)
André Luiz Simão de Miranda.
Os objetivos do estudo é Ativar o Laboratório de Informática Educativa (LIED)
para os professores e alunos poderem desenvolver suas atividades pedagógicas e
proporcionar a inclusão digital.
Solicitamos a sua colaboração para coleta de dados por meio de uma
ferramenta do Google, o Google Docs, como também sua autorização para apresentar
os resultados deste estudo em eventos da área de tecnologia e educação, e publicar
em revista científica nacional e/ou internacional. Por ocasião da publicação dos
resultados, seu nome será mantido em sigilo absoluto.
Esclarecemos que sua participação (ou a participação do menor ou outro
participante pelo qual ele é responsável) no estudo é voluntária e, portanto, o (a)
senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as
atividades solicitadas pelo Pesquisador (a). Caso decida não participar do estudo, ou
resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano, nem
haverá modificação na assistência que vem recebendo na Instituição (se for o caso).
Os pesquisadores estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que
considere necessário em qualquer etapa da pesquisa.

______________________________________
Assinatura do (a) pesquisador (a) responsável
58

Considerando, que fui informado (a) dos objetivos e da relevância do estudo


proposto, de como será minha participação, dos procedimentos e riscos decorrentes
deste estudo, declaro o meu consentimento em participar da pesquisa, como também
concordo que os dados obtidos na investigação sejam utilizados para fins científicos
(divulgação em eventos e publicações). Estou ciente que receberei uma via desse
documento.

Macapá, ____de _________de _________

_____________________________________________
Assinatura do participante ou responsável legal

Contato com o Pesquisador (a) responsável:

Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor ligar para o
(a) pesquisador (a) Adeilson da Silva Dias - (96) 99155-4921, Leonardo Santos da
Silva - (96) 98118-9046, Fabricio de Souza dos Santos - (96) 991140797.
59

APÊNDICE C – Questionário destinado aos Alunos

O SEGUINTE QUESTIONÁRIO É DESTINADO AOS DISCENTES DA ESCOLA


JOSÉ BONIFÁCIO
1- Qual o seu nome, idade e ano/série?
2- Você tem computador na sua casa?
A. Sim
B. Não
3- Existem computadores suficientes para o uso dos alunos?
A. Sim
B. Não
4- Os equipamentos usados apresentam algum defeito?
A. Sim
B. Não
5- Você se sente satisfeito com a estrutura que a escola oferece para o trabalho
desenvolvido no laboratório?
A. Sim
B. Não
6- Você se sente prejudicado por não ter todos os computadores do lied ativos?
A. Não, me sinto prejudicado;
B. Sim, me sinto prejudicado;
C. Outro.
7-Seria bom ter mais computadores ativos no LIED, para ajudar nos trabalhos
escolares?
A. Sim;
B. Não;
8-Você gostaria de ter uma oportunidade de aprender mais sobre tecnologia na
escola?
A. Sim
B. Não

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