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Uma Visão Geral sobre Tecnologias Wireless em Ambientes Industriais

Conference Paper · November 2007


DOI: 10.13140/2.1.2262.6883

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4 authors, including:

Carlos M. D. Viegas Agostinho de Medeiros Brito Junior


Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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UMA VISÃO GERAL SOBRE TECNOLOGIAS WIRELESS EM
AMBIENTES INDUSTRAIS

Carlos Manuel Dias Viegas


viegas@dca.ufrn.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Agostinho de Medeiros Brito Júnior


ambj@dca.ufrn.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Ivano Miranda dos Anjos


ivano@petrobras.com.br
Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS

Paulo Sérgio Motta Pires


pmotta@dca.ufrn.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Abstract
The wireless technology has a series of benefits in relation to the wired networks and can be an
alternative to the networks traditionally used in industry. This paper presents an overview on wireless
technologies that can be applied to industrial environments, emphasizing their characteristics,
applications, advantages and disadvantages.

Resumo
A tecnologia wireless possui uma série de benefícios em relação às redes cabeadas e pode ser uma
alternativa para a infraestrutura de redes utilizada na indústria. Neste trabalho, é apresentada uma
visão geral sobre as tecnologias wireless que podem ser aplicadas em ambientes industriais,
enfatizando suas características, aplicações, vantagens e desvantagens.

Palavras chaves: redes wireless em ambientes industriais.

1. INTRODUÇÃO
Conectividade e mobilidade são duas características que estão impulsionando cada vez mais o
mercado de telecomunicações e vêm proporcionando um crescimento exponencial na utilização de
redes sem fio, ou redes wireless (KOUMPIS, 2005). O uso das redes wireless está associado à
redução de custos e ao aumento de flexibilidade, quando comparado às redes com fio. Esses
atrativos têm despertado um crescente interesse na indústria que avalia as redes sem fio como
alternativa a soluções tradicionalmente utilizadas.
Além da mobilidade naturalmente assegurada pelas redes wireless, diversos outros benefícios
são agregados a esta tecnologia. A maior parte da infraestrutura computacional já desenvolvida para
redes com fio pode ser diretamente utilizada, com suporte nativo a comunicações multicast
(comunicação todos para todos) e broadcast (comunicação um para todos). Os procedimentos de
instalação e expansão, o baixo custo de manutenção associado, as soluções para problemas de
barreiras físicas, com maior flexibilidade e facilidade de distribuição da rede, são características que
podem proporcionar melhorias significativas ao processo de produção (LOPEZ, 2004).
Neste contexto, as tecnologias de redes sem fio têm sido consideradas e avaliadas no tocante ao
estabelecimento de infraestruturas de comunicação condizentes com os requisitos de um ambiente
industrial. A literatura vem mostrando que diversos padrões de comunicação wireless podem ser
aplicados na indústria, com sucesso. O objetivo deste trabalho é apresentar algumas das principais
tecnologias wireless existentes, enfatizando suas características, vantagens, desvantagens e como
vêm sendo aplicadas na indústria. Padrões como o IEEE 802.11 (802.11a/b/g), ZigBee/802.15.4,
Bluetooth, GSM (Global System for Mobile Communications), DECT (Digital European Cordless
Telecommunications) e WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access) (LOPEZ, 2004;
CARCELLE, 2006) são discutidos e exemplos de utilização são apresentados.
Este artigo está organizado em mais cinco seções. A seção 2 apresenta alguns aspectos das
tecnologias wireless, como suas topologias, classificações, características e técnicas de transmissão.
A seção 3 apresenta as tecnologias utilizadas na indústria, os protocolos e padrões, suas
características, vantagens e desvantagens. As seções 4 e 5 apresentam, respectivamente, aspectos
de coexistência das tecnologias e alguns produtos wireless existentes para a indústria. Algumas
considerações são apresentadas na seção 6.

2. CARACTERÍSTICAS DAS TECNOLOGIAS WIRELESS


As tecnologias wireless podem ser divididas em três classes principais: WPAN (Wireless Personal
Area Network), WLAN (Wireless Local Area Network) e WWAN (Wireless Wide Area Network)
(CARCELLE, 2006). Cada uma destas classes agrega um conjunto de padrões de comunicação de
acordo com as características que estes possuem ou com o tipo de rede aos quais são destinadas.
A classe WPAN foi projetada para baixas taxas de transmissão (geralmente de 100 a 200 Kbps) e
inclui os padrões ZigBee e Bluetooth. Embora tenha ampla aceitação em ambientes corporativos, seu
uso ainda é restrito no ambiente industrial.
A classe WLAN, por sua vez, inclui as redes que utilizam taxas de transmissão elevadas
(geralmente de 1 a 20 Mbps) e inclui os padrões IEEE 802.11 e DECT. Seu uso majoritário tem sido
em redes privadas e em pontos de acesso à Internet.
Por fim, a classe WWAN é voltada para comunicações de longa distância. Ela inclui os tipos de
redes que contemplam taxas de transmissão de dados em torno de 10 Mbps, com alcance de alguns
quilômetros. Inclui os padrões WiMAX e GSM. A taxonomia destas classes, com os respectivos
padrões, é ilustrada na Figura 1.

Figura 1 – Taxonomia das tecnologias wireless.

A topologia de uma rede indica como os dispositivos nela presentes se encontram dispostos ou
conectados. Dentre as várias topologias existentes nas redes com fio, três delas são as mais comuns
nas redes wireless: ponto-a-ponto, ponto-multiponto e malha (mesh) (POOR, 2002).
Na topologia ponto-a-ponto, enlaces de rádio (links) são utilizados em substituição à comunicação
via cabos seriais. Redes com esta topologia podem ser usadas para interconectar CLPs
(Controladores Lógicos Programáveis) a estações remotas de monitoramento (ver Figura 2) e a
comunicação entre dispositivos pode ser realizada de forma confiável, sem problemas de
interferências e perdas de rota, desde que os dois nós terminais estejam suficientemente perto um do
outro (POOR, 2002).

Figura 2 – Topologia ponto-a-ponto.

Na topologia ponto-multiponto, a rede possui uma topologia do tipo estrela. Neste caso, uma
estação base ou ponto de acesso controla a comunicação com todos os outros nós terminais wireless
(ver Figura 3). A confiabilidade dos links reside na qualidade do canal de rádio freqüência entre o
ponto de acesso central (estação base) e cada nó terminal. Em um ambiente industrial, normalmente
é difícil determinar a localização ideal para um ponto de acesso de forma a prover canais de
comunicação confiável com cada nó terminal. Movendo um ponto de acesso para melhorar a
comunicação com um nó terminal poderá degradar a comunicação com outros nós terminais da rede.

Figura 3 – Topologia ponto-multiponto.

Na topologia do tipo mesh, os nós da rede, além de enviarem e receberem mensagens, também
podem operar como roteadores, encaminhando mensagens para suas vizinhanças (ver Figura 4).
Desta forma, um pacote poderá trafegar por vários nós intermediários (com conexões confiáveis) até
chegar ao seu destino.
Entre as características das redes mesh, destacam-se (POOR, 2002):
• A confiabilidade da rede pode ser melhorada aumentando o número de nós ou diminuindo a
distância entre eles;
• A rede possui a capacidade de auto-reconfiguração, sem a necessidade de intervenção
humana. Esta funcionalidade é bastante desejável, principalmente nos casos em que um nó
da rede falha (é retirado da rede ou a sua bateria se esgota) ou quando um novo nó é
inserido;
• Se alguma rota falha pela ausência de alguns nós, a rede é capaz de criar novas rotas
alternativas de forma que a informação consiga alcançar o seu destino;
• Possui alta escalabilidade, podendo suportar centenas a milhares de nós.

Figura 4 – Topologia mesh.

Em se tratando de uma rede industrial, três requisitos essenciais devem ser contemplados para a
utilização de uma rede wireless: confiabilidade, adaptabilidade e escalabilidade. Para atender ao
requisito de confiabilidade, uma rede wireless deve ser tão confiável quanto uma rede cabeada. Os
fatores que determinam a confiabilidade da rede wireless são a robustez quanto à perda de rotas,
interferências de rádio freqüência e capacidade de transmissão. A adaptabilidade relaciona-se com a
capacidade da rede se adaptar ao ambiente no qual está instalada. Por escalabilidade, entende-se
que a rede deve suportar a adição de novos dispositivos com custos reduzidos de instalação. Dados
estes requisitos de confiabilidade, adaptabilidade e escalabilidade para uma rede industrial wireless,
estudos mostram que a topologia que melhor atende a esses quesitos é a mesh (POOR, 2002). A
Tabela 1 mostra um comparativo entre as três topologias aqui evidenciadas, mostrando o quanto
cada uma atende aos requisitos mencionados.

Topologia Confiabilidade Adaptabilidade Escalabilidade


Ponto-a-ponto Alta Baixa Nenhuma (2 terminais)
Ponto-multiponto Baixa Baixa Moderada (7-30 terminais)
Redes Mesh Alta Alta Alta (milhares de terminais)
Tabela 1 – Comparativo das topologias.

O processo de modulação consiste em adaptar um sinal elétrico de modo que as informações


nele contidas possam ser transmitidas apropriadamente no meio físico utilizado. A escolha da técnica
de modulação permite moldar as características do sinal a ser transmitido, adaptando-o às
características do canal.
A operação de modulação permite deslocar o espectro do sinal a ser transmitido para a banda de
freqüência mais apropriada ou disponível, produzir um sinal modulado com um espectro mais estreito
(ou mais largo) que o sinal original, tornar o sistema de transmissão mais robusto a ruídos ou
interferências e adaptar a sensibilidade do receptor às características do canal (MOREIRA, 1999).
As técnicas de modulação utilizadas pelos padrões wireless mais comuns na indústria são FHSS
(Frequency-Hopping Spread Spectrum), DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum) e OFDM
(Orthogonal Frequency-Division Multiplexing).
O FHSS e o DSSS são técnicas de espalhamento espectral (spread spectrum), caracterizados
por demandarem largura de banda de transmissão maior que a banda mínima necessária para
transmitir a informação. A técnica de modulação FHSS baseia-se na idéia de transmitir os dados em
uma portadora cujo sinal salta de uma freqüência para outra, centenas de vezes por segundo
(TANENBAUM, 2003). Ela é utilizada em padrões como o Bluetooth e o DECT. Possui como
vantagens a resistência a ruídos, e como desvantagens um alto consumo de energia e taxas de
transmissão limitadas. A técnica de modulação DSSS se baseia na idéia de transmitir os dados
dispersando o sinal por uma ampla banda de freqüências (TANENBAUM, 2003). Esta técnica é
utilizada pelos padrões IEEE 802.11b, ZigBee e GSM e possui como vantagens o suporte a várias
taxas de transmissão e resistência a interferências de banda estreita. Em contrapartida, é sensível a
distorções (radio jamming) e possibilita apenas um número limitado de pontos de acesso por célula
de comunicação (CARCELLE, 2006).
O OFDM, por sua vez, é uma técnica de modulação baseada na idéia de multiplexação por
divisão de freqüência. Ela é caracterizada pela transmissão de vários sinais que podem compartilhar
um mesmo meio de transmissão através da organização de canais de comunicação em bandas
espectrais próprias. Esta técnica é utilizada pelos padrões IEEE 802.11a, IEEE 802.11g e WiMAX.
Possui como vantagens a resistência à dispersão do link e interferências eletromagnéticas, e como
desvantagens um alto consumo de energia e elevada demanda de processamento de dados
(CARCELLE, 2006).

3. TECNOLOGIAS WIRELESS NA INDÚSTRIA


As tecnologias wireless têm mostrado um grande potencial para as redes de automação industrial
em função de utilizarem o ar como meio de transmissão, terem baixo custo e permitirem um elevado
nível de mobilidade. A adoção desta tecnologia se dá através da criação de redes wireless privadas
ou pela utilização da infraestrutura existente em uma rede pública de comunicação (SCHOENHERR,
2003). As redes privadas permitem um maior controle sobre o fluxo de dados e um estudo financeiro
deve ser realizado neste caso, pois a criação da infraestrutura de comunicação geralmente demanda
gastos elevados. Utilizando uma rede pública, como a de telefonia celular, é possível abrir mão dos
altos custos de investimento inicial. Através de recursos de segurança como o SSL (Secure Sockets
Layer) e encriptação de dados com chaves de 128 bits os riscos de usar uma rede pública se tornam
menores (SCHOENHERR, 2003).
Na indústria, existem vários exemplos de aplicações wireless em serviços de voz, controle remoto
e monitoramento da produção. Estas aplicações contemplam a substituição de cabos seriais por links
sem fio, diagnóstico, registro de eventos, multimídia e conectividade com a Internet (WIBERG, 2001;
POOR, 2002).
Nos parágrafos seguintes, são apresentadas as características, topologias, vantagens e
desvantagens das principais tecnologias wireless disponíveis.

3.1. IEEE 802.11


O IEEE 802.11 é o padrão de redes sem fio mais difundido (WIBERG, 2001). Trata-se de uma
alternativa sem fio para o padrão Ethernet utilizado nas redes com fio.
Este padrão possui também algumas variantes (IEEE 802.11a, IEEE 802.11b e IEEE 802.11g)
que são especificadas em outros documentos e que constituem novos padrões IEEE. Segundo Willig
(2005), estes padrões possuem as seguintes características:
• IEEE 802.11a - opera na banda 5 GHz, possui taxa máxima de transmissão a 54 Mbps e
utiliza a técnica de modulação OFDM;
• IEEE 802.11b - opera na banda 2.4 GHz, possui taxa máxima de transmissão a 11 Mbps e
utiliza a técnica de modulação DSSS;
• IEEE 802.11g - é uma extensão do IEEE 802.11b, operando na mesma banda 2.4 GHz.
Possui taxa máxima de transmissão a 54 Mbps e utiliza a técnica de modulação OFDM.
A família de padrões IEEE 802.11 prevê alguns mecanismos para comunicação segura de dados
(MCFARLAND, 2003), que são o WEP (Wireless Encryption Protocol ou Wired Equivalent Privacy) e
o WPA (Wi-Fi Protected Access), ou TKIP (Temporal Key Integrity Protocol). O protocolo WEP
consiste em um esquema de transmissão de dados baseado no algoritmo encriptação RC4, não
sendo mais considerado seguro. O protocolo WPA foi proposto como uma solução temporária criada
para reparar os problemas no WEP, passando a operar com chaves dinâmicas de maior tamanho
(BORSE, 2005).
Um novo padrão denominado IEEE 802.11i está sendo desenvolvido para prover melhorias na
camada de acesso. Destina-se primordialmente a aprimorar os mecanismos de segurança atuais dos
padrões IEEE 802.11, introduzindo as funcionalidades criptográficas propostas pelo padrão AES
(Advanced Encryption Standard) (BORSE, 2005). Além dos mecanismos de segurança, o padrão
IEEE 802.11i deverá contemplar dois sistemas para autenticação de usuários (MCFARLAND, 2003):
o 802.1X, destinado ao controle de acesso através da autenticação de usuários e
geração/distribuição de chaves para encriptação, e o SSN/RSN (Simple Secure Network/Robust
Security Network) como forma de autenticação baseada no 802.1X, fazendo uma bridge entre a
estação base 802.11 e o servidor de autenticação da rede.
Na indústria, o IEEE 802.11 pode ser utilizado para realizar controle remoto, monitoramento e
supervisão de processos, medição de grandezas, registro de eventos, além de prover conectividade
com a Internet e serviços multimídia (WIBERG, 2001). As principais vantagens do uso deste padrão
na indústria residem na velocidade, na flexibilidade da rede e na fácil adaptação dos sistemas
computacionais já utilizados em redes com fio.

3.2. Bluetooth/IEEE 802.15.1


O padrão Bluetooth foi originalmente desenvolvido para interconexão de redes wireless de curto
alcance, como reposição às redes com fio também de curto alcance. Está sendo viabilizado em
ambientes industriais, podendo ser utilizado em algumas aplicações como controle remoto,
diagnóstico e supervisão de processos (LO BELLO, 2005). A topologia da rede de comunicação é do
tipo ponto-multiponto, onde um nó mestre é capaz de se comunicar com até sete nós escravos,
formando uma piconet, podendo também assumir configurações ponto-a-ponto.
Os dispositivos que implementam este padrão operam na faixa de 2.4 GHz e utilizam a técnica de
modulação FHSS. Possuem alcance variando de 10 a 100 metros (classe I e classe II,
respectivamente), com taxa de transmissão de 1.0 Mbps (BILSTRUP, 2000).
Como vantagens do uso do Bluetooth no ambiente industrial podem ser citadas a fácil instalação
e configuração e o controle centralizado de acesso ao meio, evitando colisões em uma piconet. Além
destas vantagens, os dispositivos Bluetooth podem ser usados para atender a quatro aplicações
principais na indústria (ANDERSSON, 2001):
• Substituição de cabos seriais por links Bluetooth, utilizando adaptadores externos conectados
a portas seriais de algum dispositivo industrial ou através de adaptadores embutidos nos
dispositivos. Os adaptadores Bluetooth são capazes de simular o funcionamento de uma
porta serial, utilizando o protocolo RFCOMM (Radio Frequency Communication) para
transmitir dados através do ar;
• Combinação com tecnologias da Internet, adicionando recursos de medição em interfaces
Web. Através de páginas Web/WAP (Wireless Application Protocol), é possível ler, enviar ou
receber informações de um dispositivo;
• Criação de pontos de acesso industrial como forma de conectar vários dispositivos Bluetooth
às redes com fio. Interfaces Web podem ser acessadas através de pontos de acesso,
permitindo que uma lista de todos os dispositivos Bluetooth conectados seja apresentada. O
usuário poderá escolher um determinado dispositivo e, quando a conexão com o mesmo for
estabelecida, o ponto de acesso passará a atuar como um roteador para este dispositivo;
• Conexão de sensores, atuadores e dispositivos de entrada/saída analógico-digital ao sistema
supervisório usando comunicação Bluetooth. Aplicações típicas são identificadas em
equipamentos que realizam movimentos, como sensores de vibração situados em braços
mecânicos.
A tecnologia Bluetooth foi originalmente projetada para comunicações entre computadores,
telefones celulares e periféricos. É usada para criação de pontos de acesso de dados e voz, redes
ad-hoc e substituição de cabos, sendo otimizada para aplicações de voz, transferência de arquivos e
sincronização de dados com dispositivos móveis. Por outro lado, em se tratando de aplicações
industriais o cenário é diferente. Embora as mensagens a serem trafegadas sejam geralmente
pequenas, o importante é que a informação seja transferida de forma segura e rápida. Para atingir
este objetivo, é necessário que a qualidade de serviço oferecida por esta tecnologia seja aprimorada,
no sentido de oferecer um tratamento mais eficiente às interferências externas. Uma vez que os
equipamentos industriais geralmente são instalados em ambientes agressivos, o módulo Bluetooth
deve ser capaz de suportar temperaturas na faixa de -40º C a +80º C. O baixo consumo de energia
também é importante para as soluções que necessitam fazer uso de baterias e que demandam
substituição freqüente.

3.3. ZigBee/IEEE 802.15.4


O ZigBee é um conjunto de especificações de protocolos de comunicação de alto nível baseado
no padrão IEEE 802.15.4 e projetado para rádios digitais de baixo consumo (SVEDA, 2007). Esta
tecnologia foi especialmente criada para dispositivos de pequeno porte que possuem poucos
recursos de processamento, curto alcance dos módulos de rádio, pouca autonomia e baixa
capacidade de transmissão de dados (FORBES, 2005).
Dispositivos que implementam Zigbee realizam modulação DSSS. Permitem comunicação com
taxas de transmissão de 250 Kbps por canal na banda 2.4 GHz, abrangendo 16 canais, de 40 Kbps
por canal na banda 915 MHz, com 10 canais, e de 20 Kbps na banda 868 MHz, com apenas 1 canal
(WILLIG, 2005). Seus módulos de rádio possuem alcance de 20 a 70 metros e geralmente estão
dispostos em uma topologia de rede do tipo mesh.
Uma rede ZigBee pode conter três tipos de dispositivos: um roteador, que também pode atuar
como um repetidor de pacotes; um coordenador, que é um tipo especial de roteador com funções de
gerenciamento de rede, tais como a formação da rede, definição do esquema de endereçamento e
algumas vezes mantém todas as tabelas de roteamento; e um dispositivo terminal (ZigBee End
Device), que opera tipicamente alimentado a bateria e hiberna quando não está em uso, visando
economizar energia (EGAN, 2005).
Estas redes têm a capacidade de se reconstruir quando alguns nós são excluídos e de modificar
rotas quando a rota preferencial está bloqueada, comportamento geralmente desejável em ambientes
industriais. A topologia mesh empregada garante bastante robustez na comunicação, provendo
múltiplas rotas para os pacotes de dados chegarem aos seus destinos (EGAN, 2005).
Os recursos de segurança oferecida pelo padrão ZigBee se apresentam em diversos níveis,
desde autenticação básica até encriptação com chaves de 128 bits. A segurança é complementada
por mecanismos de formação, entrada e permissão de novos nós na rede. De acordo com Forbes
(2005), o ZigBee apresenta os seguintes mecanismos fundamentais de segurança:
• Histórico dos dados recentes, mantendo contadores para as mensagens que entram e saem,
a fim de prevenir ataques do tipo replay;
• Verificação da integridade das mensagens;
• Autenticação, assegurando a identidade dos emissores;
• Encriptação de dados.

Na indústria, o ZigBee pode ser utilizado em aplicações como o monitoramento e controle sem
fio, alarmes de segurança, sensores de movimento, termostatos e detectores de fumaça (SVEDA,
2007). As principais vantagens do uso do ZigBee na indústria residem no fato do padrão ser voltado
para pequenos dispositivos e permitir grande flexibilidade em termos do tipo de rede e de nós que
são utilizados em uma determinada aplicação (FORBES, 2005). As desvantagens são a utilização de
um único canal de rádio-freqüência para cada rede ZigBee, ficando a escolha do canal restrita ao nó
coordenador (FORBES, 2005).

3.4. WiMAX/IEEE 802.16


O WiMAX é o conjunto formado pelos padrões IEEE 802.16, que definem interfaces para redes
wireless móveis (802.16-2005) e redes wireless fixas (802.16-2004). A tecnologia WiMAX prevê
comunicações de longa distância nas faixas de freqüência de 2 a 66 GHz, com taxas de transmissão
que variam de 32 a 130 Mbps. Os dispositivos que implementam este padrão são capazes de operar
a distâncias de 3 a 10 quilômetros com taxas de transmissão de 40 Mbps por canal (DUARTE, 2006).
Sua destinação original é a de suportar transmissões de voz, dados, serviços de distribuição de
vídeo e comunicação multimídia (NIYATO, 2007). Os dispositivos podem ser dispostos nas topologias
ponto-a-ponto, ponto-multiponto e mesh, e são capazes de prover serviços para centenas ou milhares
de usuários (LIN, 2006).
WiMAX ainda é uma tecnologia recente, em processo de maturação. Sua aplicação na indústria
ainda está sendo avaliada. Entre as aplicações identificadas na literatura, encontra-se a interconexão
de plantas remotas a backbones corporativos (CARCELLE, 2006).
3.5. GSM e GPRS
A tecnologia GSM se caracteriza pela comunicação através de uma rede de telefonia celular,
conectando dispositivos móveis a sensores e atuadores. O GSM provê serviços de voz e transmissão
de dados a taxas de 2.4 Kbps, 4.8 Kbps e 9.6 Kbps. A segurança é garantida usando cifras da família
de protocolos A5 (LOPEZ, 2004).
Além dos serviços de transmissão de voz, os serviços de transmissão de mensagens oferecidos
pelo GSM (SMS - Short Message Service) podem ser utilizados para envio e/ou recebimento de
informações do sistema de controle. Este tipo de mensagem é útil para sistemas de alarme,
verificação de estados de sistemas de envio comandos remotos. Entretanto, o SMS além de não
oferecer garantias de que uma mensagem chegará corretamente ao seu destino, o tempo de
chegada da mesma pode ser longo caso a rede esteja congestionada.
Como o GSM não é adequado para a transmissão de pacotes de dados a velocidades elevadas,
foram criados os padrões GPRS (General Packet Radio System) e EDGE (Enhanced Data Rates for
GSM Evolution) com maiores taxas de transmissão. O GPRS permite transmissões de até 170 Kbps
e o EDGE até 384 Kbps. Um modem GPRS pode prover acesso a sensores remotos ou permitir que
uma planta fique conectada a um backbone corporativo para realizar medições de valores desses
sensores (CARCELLE, 2006). Além do uso do SMS, a aplicação de redes de celulares na indústria se
dá em sistemas de alarmes e de rastreamento, controle remoto e telemetria (LOPEZ, 2004).

3.6. DECT
O DECT é um padrão utilizado para a comunicação interna sem fio. Esta tecnologia prevê
transmissões de voz e dados multimídia e possibilita a comunicação de dispositivos com redes GSM.
Usa um método chamado DCS/DCA (Dynamic Channel Selection/Dynamic Channel Allocation) que
garante que os melhores canais de rádio disponíveis serão usados. Este método assegura que
dispositivos DECT podem co-existir com outras aplicações DECT e com outros sistemas na mesma
freqüência, com qualidade elevada, robustez e segurança (LOPEZ, 2004).
Dispositivos DECT operam na faixa de freqüência de 1880 a 1900 MHz, com banda máxima de
transmissão em portadora múltipla de 552 Kbps e em portadora única de 32 Kbps, juntamente com
6.4 Kbps para controle e sinalização.
Na indústria, o DECT possui problemas de confiabilidade e disponibilidade devido ao método
DCS/DCA, porém se comporta bem para aplicações em tempo real e serviços multimídia. A
tecnologia pode ser usada para chamadas de voz, troca de mensagens entre funcionários e gerentes
e pode estender estes serviços para os arredores do local em que o sistema se encontra (LOPEZ,
2004).

4. COEXISTÊNCIA DE TECNOLOGIAS WIRELESS


As tecnologias que geralmente são encontradas coexistindo são GSM, IEEE 802.11 e Bluetooth.
A tecnologia GSM não apresenta problemas de coexistência em função da sua banda de operação
não interferir na das outras duas tecnologias. Porém, a coexistência das tecnologias Bluetooth e IEEE
802.11 é problemática, pois utilizam a mesma banda de freqüência (FREEMAN, 2006), acarretando
em interferências e perda na qualidade e confiabilidade da comunicação. O primeiro ponto a ser
considerado em ambos os padrões é que as técnicas de modulação com espalhamento de freqüência
(FHSS no Bluetooth e DSSS no IEEE 802.11) são propensas a interferências. Com o uso do
Bluetooth é possível que as freqüências usadas interfiram nos canais WLAN. A interferência ocorre
quando a potência do dispositivo Bluetooth é forte o suficiente de forma que os mecanismos de
redundância das WLANs não conseguem corrigir o erro. Um fator decisivo para a ocorrência de
falhas é a distância entre um transmissor Bluetooth e um receptor IEEE 802.11 (FREEMAN, 2006).
Nas novas especificações do Bluetooth são implementados métodos para evitar que as
freqüências já em uso interfiram com as das WLANs, utilizando métodos similares aos adotados pelo
padrão IEEE 802.11h. Este padrão especifica que uma rede wireless deve primeiramente realizar
uma busca em toda a banda de freqüência à procura de transmissores antes de iniciar a transmissão.

A Tabela 2 apresenta um comparativo entre as tecnologias wireless apresentadas, citando suas


características, vantagens, desvantagens e aplicações.
Tecnologia Banda Taxa Alcance Vantagens Desvantagens Aplicações
Banda de
operação
IEEE 802.11a 5 GHz 54 Mbps 200 m elevada, Serviços
incompatível com web, correio
Velocidade,
modelos ‘b’ e ‘g’ eletrônico,
flexibilidade
IEEE 802.11b 2.4 GHz 11 Mbps 200 m Conflito com vídeo,
outras dados
IEEE 802.11g 2.4 GHz 54 Mbps 100 m tecnologias
(2.4 GHz)
Conflito com
outras
Bluetooth Baixo custo, tecnologias Substituição
2.4 GHz 1 Mbps 10/100 m
IEEE 802.15.1 conveniência (2.4 GHz), baixa de cabos
duração da
bateria
Conflito com
Baixo custo e outras
20 Kbps
ZigBee 800-900 MHz baixo tecnologias Controle e
40 Kbps 20-70 m
IEEE 802.15.4 2.4 GHz consumo de (2.4 GHz), baixa monitoração
200 Kbps
energia taxa de
transmissão
Forte influência
Mobilidade, Acesso a
WiMAX de intempéries
2-66 GHz 130 Mbps 6-9 km grandes plantas
IEEE 802.16 em altas
distâncias remotas
freqüências
Telefonia
Requisitos de
móvel,
Mobilidade, tempo real não
serviços de
GSM, GPRS 900-1800 MHz 170 Kbps 30 km grandes são garantidos,
mensagens,
distâncias baixa taxa de
acesso
transmissão
remoto
Qualidade, Problemas de Telefonia
baixa confiabilidade e móvel,
DECT 1800-1900 MHz 550 Kbps 50 m
interferência disponibilidade, serviços
e consumo curto alcance multimídia
Tabela 2 – Comparativo entre tecnologias wireless.

5. PRODUTOS WIRELESS EXISTENTES NO MERCADO


Segundo o The Wireless Industrial Book (INDUSTRIAL, 2007), diversos produtos têm sido
lançados recentemente implementando tecnologias sem fio para a indústria. Entre os produtos
pesquisados, foi possível identificar os seguintes dispositivos, que abrangem diversas áreas de
aplicação:
• Sensores sem fio de pressão e temperatura;
• Módulos de rádio freqüência ZigBee e de entrada e saída Bluetooth;
• Transmissores seriais via Bluetooth;
• Servidor wireless que conecta dispositivos seriais a redes IEEE 802.11b/g;
• Controlador Lógico Programável Wireless (WLC);
• Medidor GSM de volume de água;
• Modem wireless ethernet industrial (IEEE 802.11b/g);
• Modems de rádio para transmissão de dados críticos;
• Unidade wireless submersível para medição de hidrostática em um tanque;
• Roteadores e modems wireless GSM/GPRS/EDGE;
• Registrador sem fio de temperatura e umidade;
• Bridge/Ponto de Acesso sem fio (IEEE 802.11a/b/g);
• Dispositivos Bluetooth para aquisição de dados de forma autônoma.

6. CONSIDERAÇÕES
Neste trabalho, foi apresentada uma visão geral sobre a utilização de tecnologias wireless em
ambientes industriais. Foi possível observar que os vários padrões de comunicação existentes, tais
como o IEEE 802.11, Bluetooth, ZigBee, DECT, GSM e WiMAX, têm encontrado seu lugar na
indústria. Observou-se que alguns desses padrões ainda estão sendo desenvolvidos, aprimorados e
avaliados.
As redes wireless oferecem novas funções, mas deixam algumas questões em aberto para
realizar a escolha entre a solução com ou sem fio. Além das vantagens citadas neste artigo sobre a
utilização dos sistemas wireless, estes possuem algumas restrições que devem ser consideradas.
Com o surgimento de produtos no mercado, escolher uma solução sem fio é uma tarefa delicada e
que deve atender a uma série de parâmetros, exigindo conhecimento adequado das tecnologias e de
seus potenciais. Diversos fatores devem ser ponderados, como a capacidade, alcance, imunidade a
interferências, segurança, custos de instalação e utilização, consumo de energia, compatibilidade,
questões de coexistência, tempo real, tolerância a falhas e qualidade de serviço.
A avaliação destas tecnologias através de experimentos pode ajudar a esclarecer as limitações
de cada uma delas no contexto industrial, indicando onde suas limitações podem influenciar no
funcionamento de sistemas críticos.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Departamento de Engenharia de Computação e Automação (DCA), da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e à REDIC (Rede de Instrumentação e
Controle) pelo suporte recebido ao longo do desenvolvimento deste trabalho.

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Dados dos Autores

Carlos Manuel Dias Viegas


Departamento de Engenharia de Computação e Automação / UFRN
E-mail: viegas@dca.ufrn.br

Agostinho de Medeiros Brito Júnior


Departamento de Engenharia de Computação e Automação / UFRN
E-mail: ambj@dca.ufrn.br

Ivano Miranda dos Anjos


Petróleo Brasileiro S/A
E-mail: ivano@petrobras.com.br

Paulo Sérgio Motta Pires


Departamento de Engenharia de Computação e Automação / UFRN
E-mail: pmotta@dca.ufrn.br

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