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O caso da Senhorita Elisabeth se inicia com as primeiras observações realizadas

por Freud, Elisabeth era uma jovem saudável, de boa aparência e de uma inteligência

admirável. Contudo, a paciente passou por dois momentos críticos de adoecimento, uma

quando seu pai faleceu e a outra quando sua irmã também veio a óbito. No primeiro

caso, seu pai adoeceu severamente e ela teve que lhe prestar os cuidados necessários a

sua recuperação, por isso, passou longo período à sua cabeceira, durante este período a

paciente desenvolveu alguns sintomas histéricos e teve que se ausentar dos cuidados

com o pai, algum tempo depois, seu pai veio a falecer, tal situação agravou seu estado

consideravelmente. O segundo momento de maior crise, foi quando sua irmã adoeceu e

posteriormente veio a óbito. Freud explica as causas da doença de sua paciente em seus

dois momentos mais críticos, o primeiro diz respeito ao período onde ela teve que se

dedicar exclusivamente ao pai, deixando de lado um laço amoroso que existia por um

rapaz, neste sentimento foi possível observar o adoecimento motivado pela dificuldade

de escolha entre dois grandes amores. Na segunda situação, a paciente se viu em uma

conjuntura bastante incômoda, sua irmã havia falecido, ela nutria secretamente uma

afeição por seu cunhado, esta situação gerou grande perturbação à moça, pois se via

diante de um misto de sentimentos, amava sua irmã e desejava que ela vivesse, porém

estava apaixonada por seu cunhado, diante da morte sua irmã ele estaria livre para que

pudessem se envolver afetivamente, contudo, estes desejos eram imorais à sua

consciência, por isso, tais pensamentos foram rechaçados de sua consciência gerando os

sintomas visíveis que agora apresentava. Portanto, é possível concluir que neste caso

Freud determinada os sintomas histéricos de Elisabeth como sendo uma reação adversa

a desejos reprimidos e mal trabalhados nela.

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