Você está na página 1de 1

Em 1892, Freud inicia um tratamento com a Srta Elisabeth Von R.

que vinha sofrendo


a mais de dois anos com dores em uma área bastante grande e mal definida da
superfície anterior da coxa direita. Nessa região, a pele, os músculos eram também
particularmente sensíveis à pressão e aos beliscões. Não existia fundamento para se
suspeitar da presença de qualquer afecção orgânica grave.
A relação com seu pai era extremamente forte. Enquanto ele a considerava um filho,
E. sentia-se inconformada por ter que largar todo o futuro que planejara por conta do
casamento.
Nos últimos anos, ela tivera muitos infortúnios e pouca felicidade. Primeiro, seu pai
com uma doença grave vem a falecer. Depois sua mãe adoece e é submetida a uma
operação de vista. E. dedica sua vida a cuidar de sua família. Suas irmãs casam e o 2º
cunhado causa em E. um sentimento de esperança pela felicidade de todas e em seu
casamento.
Após um tempo, E. se torna invalidada devido as dores nas pernas. Até que sua 2ª
irmã engravida e com isso vem um problema cardíaco, que a leva a óbito.
De todas essas dificuldades e todos os cuidados dispensados aos enfermos, a maior
parcela recaíra sobre a paciente E.
Após longa análise, Freud concluiu que se tratava de um caso de histeria e usou como
tratamento o método catártico (em um momento, também tentou utilizar a hipnose,
mas não obteve sucesso.)
Ao observar que a paciente recalcava ideias e transformava a carga de seu afeto em
sensações físicas de dor, através do mecanismo de conversão, Freud pôde fazer uma
série de análises sobre o caso e a histeria em geral.

Você também pode gostar