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ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DE ENGENHARIA EM OPERAÇÕES DE

FINANCIAMENTO AO SETOR PRIVADO

A atuação da Engenharia da CAIXA busca subsidiar, sob aspectos técnicos, decisão quanto à
concessão e liberação dos recursos onerosos em operações de financiamento para entes
privados.

O financiamento de empreendimentos para entes privados utilizam fontes de recursos, como


FGTS, BNDES, FINISA, FDNE e FDCO e podem ser vinculados a programas de Saneamento e
Infraestrutura, tais como: Pró-Transporte, Saneamento para Todos e Pró-Moradia.

As atividades de análise e acompanhamento têm a finalidade de verificar o empreendimento


sob os seguintes aspectos:

 Enquadramento das propostas às regras técnicas previstas nos programas e fontes de


recursos utilizados;

 Licenças e autorizações necessárias para a sua implantação;

 Funcionalidade;

 Adequação dos valores e prazos propostos;

 Adequação do projeto ao objeto da proposta;

 Viabilidade técnica sob os aspectos de engenharia;

 Atendimento aos objetivos previstos na seleção e/ou proposta apresentada.

O profissional de Engenharia e Arquitetura da CAIXA atua na análise técnica das propostas


apresentadas e no acompanhamento das obras mediante verificação da coerência dos avanços
físicos informados em relação ao verificado “in loco”.

O projeto, a execução da obra e a fiscalização são atividades de responsabilidade exclusiva do


profissional designado pelo Proponente/Tomador, comprovado por meio da apresentação das
ART/RRT de projetos, execução, fiscalização ou outras que se façam necessárias.

A documentação básica necessária para compreensão, análise e acompanhamento dos


empreendimentos está listada a seguir. Para esclarecimentos sobre os documentos e seus
conteúdos, deverá ser contatada a GIGOV (Gerência de Filial de Governo), unidade responsável
pela análise técnica.
OPERAÇÕES EM INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO BÁSICO - MUTUÁRIO
PRIVADO - DOCUMENTAÇÃO GERAL APRESENTADA PELO
PROPONENTE/TOMADOR

1 Para análise de engenharia, devem ser apresentados os seguintes


documentos pelo Proponente/Tomador, podendo ser dispensado ou acrescido algum
item, em função de especificidades do empreendimento e documentos analisados :

1.1 Carta Consulta ou documento equivalente;

1.2 Composição do investimento - QCI ou QUF:

1.2.1 QCI - Quadro de Composição de Investimento. Tabela que apresenta


agrupamentos significativos de itens afins e financiáveis, bem como a origem dos
recursos de cada agrupamento;

1.2.2 QUF - Quadro de Usos e Fontes. Documento resumido do plano de


investimento, em que constam todas as ações previstas para a execuçã o do
empreendimento (usos), com seus respectivos valores, incluindo as ações financiáveis e
não financiáveis, bem como os valores e a origem dos recursos financeiros (Fontes), que
podem ser próprios ou de terceiros;

1.3 Planta de localização do empreendimento contendo:

 Poligonal da área da intervenção e elementos do seu entorno;

 Indicação da matrícula no RGI e suas confrontações , quando for o caso;

 Coordenadas geográficas.

1.4 Conjunto de projetos técnicos que caracterizem o empreendimento e que


possibilitem a análise de quantitativos em grau de detalhamento compatível com o
orçamento;

1.5 Planilha de orçamento em nível expedito, parametrizado ou analítico, de


acordo com o grau de detalhamento do projeto apresentado e da fonte de recursos
utilizada, com indicação das referências e metodologias utilizadas. Quando o programa
exigir, deverá ser apresentado em modelo específico;

1.6 Memorial Descritivo - Documento que descreve as obras e serviços, e define


materiais e processos construtivos que serão utilizados;

1.7 Especificações Técnicas - Especificação que detalha as informações


constantes nos projetos e estabelece bases para a formulação e análise dos orçamentos,
tais como padrão, dimensões, potência e outros;

1.8 Cronograma Físico-Financeiro - Documento que relaciona o planejamento da


execução das diversas fases do empreendimento com uma programação lógica de
execução dos serviços e respectivos custos das etapas ao longo do tempo , em
conformidade com as planilhas orçamentárias;
1.9 Eventograma - Documento que decompõe o objeto contratual em eventos que
representem macrosserviços de fácil identificação e que possibilite o acompanhamento
da evolução do empreendimento por meio da conclusão de cada evento;

1.10 ART/RRT de Projetos, Execução e Fiscalização, quando for o caso;

1.11 Manifestação Ambiental, outorgas e autorizações dos órgãos competentes,


aplicáveis à intervenção;

1.12 Manifestação das concessionárias quanto à capacidade de atendimento dos


serviços necessários à operação do empreendimento, tais como: fornecimento de água
e energia elétrica, esgotamento sanitário e manejo dos Resíduos Sólidos;

1.13 Declaração de Titularidade da área de intervenção ou documento equivalente ,


com dados suficientes, para verificação da compatibilidade entre a área do
empreendimento e a constante no documento;

1.14 Contratos com o EPCcista e/ou com os principais fornecedores de serviços;

1.15 Contrato administrativo de concessão e/ou edital de licitação para verificação


de compatibilidade entre as metas propostas e os cronogramas de investimentos
aplicáveis, nos casos de concessão de serviços públicos;

1.16 Estudos que demonstrem a existência dos insumos necessários à adequada


operação do empreendimento durante toda a fase do financiamento, tais como potencial
eólico, abastecimento de combustível em usinas termelétricas, jazidas, etc;

1.17 Estudo de Demanda nos casos em que a variação de demanda de serviços


impacte financeiramente no empreendimento ou documento que assegure a receita pelo
prazo do financiamento;

1.18 Relatório Due Diligence, quando necessário - Relatório elaborado por empresa
independente após investigação e análise dos projetos de engenharia, memoriais
descritivos e orçamentos de um empreendimento proposto, tendo a finalidade de
subsidiar decisões gerenciais sobre a viabilidade do empreendimento de Engenharia;

1.18.1 O Due Diligence de Engenharia e/ou Análise de Estudo de Demanda, quando


necessários, devem ser contratados com base em Termo de Referência elaborado pela
CAIXA, no que diz respeito aos critérios técnicos .

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