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Disposições sobre a etapa preparatória das

licitações de obras públicas

PALESTRANTE: Hamilton Bonatto


ANTEPROJETO
XXIV – anteprojeto: peça técnica com todos os
ANTEPROJETO, PROJETO subsídios necessários à elaboração do projeto básico,
que deve conter, no mínimo, os seguintes elementos:
BÁSICO E PROJETO a) demonstração e justificativa do programa de
EXECUTIVO necessidades, avaliação de demanda do público-alvo,
motivação técnico-econômico-social do
empreendimento, visão global dos investimentos e
definições relacionadas ao nível de serviço desejado;
b) condições de solidez, de segurança e de
durabilidade;
c) prazo de entrega;
d) estética do projeto arquitetônico, traçado
geométrico e/ou projeto da área de influência, quando
cabível;
e) parâmetros de adequação ao interesse público, de
economia na utilização, de facilidade na execução, de
impacto ambiental e de acessibilidade;
ANTEPROJETO, PROJETO BÁSICO E PROJETO
EXECUTIVO
ANTEPROJETO
XXIV – anteprojeto: peça técnica com todos os
subsídios necessários à elaboração do projeto
básico, que deve conter, no mínimo, os seguintes
elementos:

f) proposta de concepção da obra ou do serviço de


engenharia;
g) projetos anteriores ou estudos preliminares que
embasaram a concepção proposta;
h) levantamento topográfico e cadastral;
i) pareceres de sondagem;
j) memorial descritivo dos elementos da edificação,
dos componentes construtivos e dos materiais de
construção, de forma a estabelecer padrões mínimos
para a contratação;
ANTEPROJETO, PROJETO
BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO
PROJETO BÁSICO

XXV – projeto básico: conjunto de


elementos necessários e suficientes, com
nível de precisão adequado para definir e
dimensionar a obra ou o serviço, ou o
complexo de obras ou de serviços objeto da
licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegure a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento e
que possibilite a avaliação do custo da obra
e a definição dos métodos e do prazo de
execução, devendo conter os seguintes
elementos:
ANTEPROJETO, PROJETO BÁSICO E PROJETO
EXECUTIVO
PROJETO BÁSICO
a) levantamentos topográficos e cadastrais, sondagens e ensaios
geotécnicos, ensaios e análises laboratoriais, estudos
socioambientais e demais dados e levantamentos necessários
para execução da solução escolhida;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
detalhadas, de forma a evitar, por ocasião da elaboração do
projeto executivo e da realização das obras e montagem, a
necessidade de reformulações ou variantes quanto à qualidade,
ao preço e ao prazo inicialmente definidos;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e dos materiais e
equipamentos a incorporar à obra, bem como das suas
especificações, de modo a assegurar os melhores resultados para
o empreendimento e a segurança executiva na utilização do
objeto, para os fins a que se destina, considerados os riscos e os
perigos identificáveis, sem frustrar o caráter competitivo para a
sua execução;
ANTEPROJETO, PROJETO BÁSICO E PROJETO
EXECUTIVO PROJETO BÁSICO
d) informações que possibilitem o estudo e a definição
de métodos construtivos, de instalações provisórias e
de condições organizacionais para a obra, sem frustrar
o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e
gestão da obra, compreendidos a sua programação, a
estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e
outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra,
fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados, obrigatório
exclusivamente para os regimes de execução de
empreitada por preço unitário; empreitada por preço
global; empreitada integral; contratação por tarefa; e
fornecimento e prestação de serviços associado.
ANTEPROJETO,
PROJETO BÁSICO E
PROJETO EXECUTIVO
PROJETO EXECUTIVO
XXVI – projeto executivo:
conjunto de elementos
necessários e suficientes à
execução completa da obra,
com o detalhamento das
soluções previstas no projeto
básico, a identificação de
serviços, de materiais e de
equipamentos a serem
incorporados à obra, bem
como suas especificações
técnicas, de acordo com as
normas técnicas pertinentes;
Pode-se dizer que a Lei prevê dois níveis de
ORÇAMENTAÇÃO orçamento para obras e serviços de engenharia:
DA OBRA 1º). Quando descreve o Estudo Técnico Preliminar
No art. 18, §1º, VI – estimativa do valor da contratação,
acompanhada dos preços unitários referenciais, das memórias
de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, que
poderão constar de anexo classificado, se a Administração
optar por preservar o seu sigilo até a conclusão da licitação;

2º). Quando conceitua Projeto Básico


No art. 6º, XXV, f) orçamento detalhado do custo global da
obra, fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados, obrigatório
exclusivamente para os regimes de execução previstos nos
incisos I, II, III, IV e VII do caput do art. 46 desta Lei;
ORÇAMENTAÇÃO ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA COM BASE EM PROJETO BÁSICO E PROJETO
EXECUTIVO
DA OBRA Art. 23, § 2º No processo licitatório para contratação de obras e serviços de
engenharia, conforme regulamento, o valor estimado, acrescido do percentual
de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) de referência e dos Encargos Sociais
(ES) cabíveis, será definido por meio da utilização de parâmetros na seguinte
ordem:
I – composição de custos unitários menores ou iguais à mediana do item
correspondente do Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), para
serviços e obras de infraestrutura de transportes, ou do Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi), para as demais obras
e serviços de engenharia;
II – utilização de dados de pesquisa publicada em mídia especializada, de
tabela de referência formalmente aprovada pelo Poder Executivo federal e de
sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplo, desde que contenham a
data e a hora de acesso;
III – contratações similares feitas pela Administração Pública, em execução ou
concluídas no período de 1 (um) ano anterior à data da pesquisa de preços,
observado o índice de atualização de preços correspondente;
IV – pesquisa na base nacional de notas fiscais eletrônicas, na forma de
regulamento.
ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA

Art. 23, § 3º Nas contratações


realizadas por Municípios, Estados e
Distrito Federal, desde que não
envolvam recursos da União, o valor
previamente estimado da
contratação, a que se refere o caput
deste artigo, poderá ser definido por
meio da utilização de outros sistemas
de custos adotados pelo respectivo
ente federativo.
ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA
Art. 23, § 4º Nas contratações diretas
por inexigibilidade ou por dispensa,
quando não for possível estimar o
valor do objeto na forma estabelecida
nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o
contratado deverá comprovar
previamente que os preços estão em
conformidade com os praticados em
contratações semelhantes de objetos
de mesma natureza, por meio da
apresentação de notas fiscais
emitidas para outros contratantes no
período de até 1 (um) ano anterior à
data da contratação pela
Administração, ou por outro meio
idôneo.
ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA
Art. 23, §5º. No processo licitatório para
contratação de obras e serviços de
engenharia sob os regimes de contratação
integrada ou semi-integrada, o valor
estimado da contratação será calculado nos
termos do § 2º deste artigo, acrescido ou
não de parcela referente à remuneração
do risco, e, sempre que necessário e o
anteprojeto o permitir, a estimativa de
preço será baseada em orçamento
sintético, balizado em sistema de custo
definido no inciso I do § 2º deste artigo,
devendo a utilização de metodologia
expedita ou paramétrica e de avaliação
aproximada baseada em outras
contratações similares ser reservada às
frações do empreendimento não
suficientemente detalhadas no anteprojeto.
ORÇAMENTAÇÃO DA
OBRA ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA COM BASE EM ANTEPROJETO
Metodologia Paramétrica
.A metodologia paramétrica consiste em utilizar parâmetros de
custos ou de quantidades de parcelas do empreendimento
obtidos a partir de obras com características similares, tais como:
➢ percentual do custo total da obra: mobilização e
desmobilização, administração local e projetos;
➢ custo por unidade de comprimento: defensa, meio-fio e sarjeta;
➢ custo por unidade de área: canteiro de obras,
impermeabilização e limpeza final de obra;
➢ custo por unidade de volume: demolição, movimentação de
terra e sistema de climatização de ar; e
➢ custo por ponto de utilização: instalações hidráulicas,
instalações sanitárias, instalações elétricas e circuito fechado de
vídeo (CFTV).
ORÇAMENTAÇÃO DA OBRA COM BASE EM ANTEPROJETO
ORÇAMENTAÇÃO Metodologia Expedita
DA OBRA
A metodologia expedita é baseada em preços por unidade
de capacidade ou na utilização de indicadores de preços
médios por unidade característica do empreendimento,
por exemplo:
➢ obras de edificação: preço por metro quadrado de área
construída;
➢ obras de geração de energia: preço por MW de
potência instalada;
➢ estações de tratamento de água ou de esgoto: preço
por unidade de volume tratado; e
➢ linhas de transmissão de energia: preço por quilômetro
de linha com as mesmas características técnicas.
Fonte: IBRAOP. OT – IBR 006/2016
ORÇAMENTAÇÃO DA
OBRA ORÇAMENTO SIGILOSO
Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado
da contratação poderá ter caráter sigiloso, sem
prejuízo da divulgação do detalhamento dos
quantitativos e das demais informações necessárias
para a elaboração das propostas, e, nesse caso:
I – o sigilo não prevalecerá para os órgãos de controle
interno e externo;
II – o orçamento será tornado público apenas e
imediatamente após a fase de julgamento de
propostas.
Parágrafo único. Na hipótese de licitação em que for
adotado o critério de julgamento por maior desconto,
o preço estimado ou o máximo aceitável constará do
edital da licitação.
OBRIGAÇÃO DE MEIO E
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO

• Obrigações de Meio • Obrigações de Resultado

❖ O contrato prevê um ❖ É quanfo uma obrigação de


resultado a ser atingido, executar um objeto envolve
mas disciplina o modo de preponderantemente a
sua obtenção; fixação do resultado
❖ O resultado final será determinado pelas partes a
satisfatório na medida em ser atingido;
que corresponda de modo ❖ Há fixação de parâmetros
perfeito ao procedimento qualitativos e quantitativos
predeterminado, escolhido para identificar o resultado
e imposto pela outra parte; satisfatório e adequado;
OBRIGAÇÃO DE MEIO E
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO

• Obrigações de Meio • Obrigações de Resultado


❖ O contratado não tem ❖ Há margem de autonomia
autonomia para escolher as assegurada ao contratado
atividades a serem que executa o objeto;
desenvolvidas. ❖ O contratado escolhe as
❖ O contratante determina o soluções e os
objeto a ser executado, o procedimentos necessários
modo e as condições de sua a produzir o objeto
execução; compatível com os
indicadores contratuais
exigidos, no prazo, local e
condições avençados;
OBRIGAÇÃO DE MEIO E
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
• Obrigações de Meio • Obrigações de Resultado

❖ Não há poder do contratado ❖ O contratado realiza as


realizar escolhas, mas apenas escolhas sem que o
executar fielmente as contratante interfira ou
imposições oriundas da parte vete;
credora; ❖ Os riscos de projeto ficam
❖ A responsabilidade é assumida com o contratado;
pelo contratante, pois ele é o ❖ O esforço e o trabalho do
titular do poder jurídico para contratado apresentam
determinar as atividades e o relevância na medida em
modo de execução; que o resultado é atingido;
❖ A remuneração é vinculada ao
esforço;
OBRIGAÇÃO DE MEIO E OBRIGAÇÃO DE RESULTADO

• Obrigações de Meio • Obrigações de Resultado

❖ O contratado se satisfaz ❖ O atingimento do resultado


com uma remuneração pelo dá ao contratado o direito à
esforço realizado, remuneração, ainda que o
abrangente de todos os sucesso tenha sido atingido
seus custos diretos e mediante esforços
indiretos; reduzidos;
O USO DO BIM EM OBRAS
PÚBLICAS

Art. 19. Os órgãos da Administração com competências regulamentares


relativas às atividade de administração de materiais, de obras e serviços e
de licitações e contratos deverão:
(...)
V – promover a adoção gradativa de tecnologias e processos integrados
que permitam a criação, utilização e atualização de modelos digitais de
obras e serviços de engenharia.
(...)
§3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia e arquitetura,
sempre que adequada ao objeto da licitação, será preferencialemnete
adotada a Modelagem da Informação da Construção (Building
Information Modeling - BIM), ou de tecnologias e processos integrados
similares ou mais avançados que venham a substituí-la.
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

O QUE É BIM?

• A plataforma BIM é uma


junção de informações
de edificação que remete
ao produto final
desejado de uma obra
e/ou serviço de
engenharia.
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

• O modelo gerado é composto por todas


as disciplinas do edifício (ou apenas as
desejadas) durante todo o ciclo de vida
dessa obra.

Fonte: http://www.youbim.com/
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

• Possibilita uma previsão da


realidade, uma percepção dos
problemas antes de licitar a obra
e antes de ir ao canteiro.

Fonte:
http://www.tekla.com/
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

Conceito
Planejament Design Como a plataforma BIM,
o Detalhado
pode gerar todas as fases
Análises
de uma edificação,
Renovação
formam-se pontos de um

BIM
sistema maior, que é a
Demolição Documentaç edificação de maneira
ão
integral. Técnica, social,
economica e
Operação e Fabricação ambientalmente.
pós-
ocupacional
Logística de
Construção
Construção
Fonte: Fonte:
http://www.tekla.com/ http://www.tekla.com/
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

PARAMETRIA E
INTEROPERABILIDADE

PARAMETRIA
É a característica que permite um modelo BIM
alterar diversas características e formas de um
objeto de maneira automática em todos os
documentos gerados atrelados a ele.

Fonte:
http://www.youbim.com/
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

PARAMETRIA E INTEROPERABILIDADE
INTEROPERABILIDADE
Por ser uma previsão da realidade, vários
softwares que utilizam da plataforma
BIM, quando combinados, tem
possibilidade de gerar todas essas fases
da vida útil da obra, desde o estudo de
viabilidade até o pós-ocupacional ou
demolição.

Fonte: http://www.youbim.com/
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

DIMENSÕES BIM: O BIM hoje, é separado em etapas chamadas


dimensões:

3D - condições existentes
ou volumes futuros (geometria);
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

DIMENSÕES BIM

4D - cronogramas
e estimativas
(tempo);
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

DIMENSÕES BIM

5D – extrações de informação
, quantitativos (dinheiro);
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

DIMENSÕES BIM

6D – análises ecológicas
(sustentabilidade);
O USO DO BIM EM OBRAS PÚBLICAS

DIMENSÕES BIM

7D – pós-ocupacional
(manutenção);
OBRIGADO!
#VEMPRACON
hbonatto@hotmail.com

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