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PORTUGUEZ-ORIENTAL
ARCHIVO
PORTUGUEZ
ORIENTAL
J.H. DA CUNHA RI VARA
6 FASCICULOS EM 10 PARTES
FASCICULO I EM 2PARTES
FASCICULO 2
FASOCULO 3
FASCICULO 4
FASCICULO 5 EM 3PARTES
FASCICULO 6
FASCICULO 6 SUPPLEMENTOS PRIMEIRO & SEGUNDO
ARCHIVO
PORTUGUEZ-ORIENTAL
6FASCICULOS EM 10 PARTES
FASCICULO 1
PARTE 1
OFERTA DA FUNDAÇÃO
CALOUSTE OULBENKIAN
LISBOA•PORTUGAL
FASCICULO 1.
2. EDIÇÃO,
NOVA-G OA
1877,
NA. IMPRENSA NACIONAL.
PROLOGO.
A chando-.;e exhausta a L edicão deste 1. °
FASCICULO, tomou-se necessario fazer nova impres-
são, epor essa occasião par eceo conveniente ad-
ditar-lhe uma 2.. Parte, contendo outros doeu-
comentas do mesmo genero, que são Cartas da
Cidade de Goa a Sua Magestade, compreheuli-
das em periodo contemporaneo das de Sua _
gestade áCidade, que entroso no dito FescscuLo.
Pena he que não noa reste aBeliC completa da
correspondendo entre aCasnara da Cidade ea
Corte; mas assim mesmo interrompido nos minis-
tra grande luz sobre importantes successos da
historia dos Portuguezes no Oriente.
J. il DA CUNHA IIIVARA.
(5 )
PROMIO
DA 1.. EDIÇÃO.
1.
Juizes, Vreadores, e Procurador, e Misteres da
riba Cidade de Goa. Eu May vos envio muyto sau-
dar. Jorge Francisco, cavaleiro de minha casa, ha mis
ou sette annos que me lá serve, equando de cá foy,
El-Ray meu Senhor ePadre, que Caneta gloria aja, o
proveo da escrevaninha da feitoria da Ilha de São Leu.
trenço per seis sanes, epor a dita escrevaninha tal aver
efecto, eodito Jorge Francisco ter muito despezo de
sua fazenda, ema Cidade (por lho EIRei meu Se-
nhor encomemdar ) lhe deu a escrevaninha dos man-
timentos della por Ices asnos, a qual elle ora serve; e
porque adieta escrevaniffiza nem te igual-de satisfaçâo
pera ade que era provido, elle tanto tempo, que lá hos, o
he pessoa, aque folguarey de fazer mercê, receberey pra-
zer que sirva o dito oficio, que assi agora serve, mais
doas asnos, alem dos ditos Ires: evos encomemde reuy-
to que pollo meu folgueis de oprover dos ditos deus
annos mais, porque de oassy fazerdes, como confio que
fareis, voto agradecerey, eterey muyto em serviço.
Sireâo de Oliveira afez em Lisboa avinte etece dias
do moa de março de 1529.- REY.-
2.
Juizes, VrOadOreB ' 0 Procurador, eProcuradores dos
Misteres da minha Cidade de Goa. Eu EI-Rey voo
envio muyto saudar. Vi acarta que Ii13 escrevestes
polias naaos do anuo passado, eás causas, de que ha
necessidade de reposta veia faço por esta.
1—Quanto lia cartas, que 1313 podia que escreva ao
Gokretnador, parque lhe ...amado que vos honrra,
favoreça, evos faça todo Mo tratamento, eassy vos
guarde, e mande guardar os privilegies eLberdades,
que a essa Cidade tenho outorgado: sempre 1113 11,
muyto de prazer (aio) que vos seja assy foyto palio
muito amm eboa vontade que tenho para todo bom
das mamas da ditta Cidade, e cora esta vos envio a
ditta carta.
II—Quauto ta lembrança, que me fazeis, que man-
do afortalezar e ennobrecer essa Cidade polias vestia
que me apontais; para toda sua fortaleza enobraciman-
to tenho muyto boa vontade, eeu mandatey prover nis-
so, eteray disso aquella lembrança, que requere a
mayto boa vontade que tenho para todas as comas,
quo foram de bem dessa Cidade; evos tenho muyto em
serviço alembrança, que disso 03 fizestes.
III—Quaqto ao agravo, que dizeis que essa Cidade
reanimo por mandar alevantar 09 mantimentos 809 mo-
radores dessa Cidade; o que nisso manday fazer foy
porque, louvores aD309, 03 meradores dessa Cidade
podem já, bom emular os ditos mantimentos, assy poi-
la mercê das terras, que lhe mandey fazer, como pi-
les. outro proveitos, que já tem. -E porá quanto aos
manques e aleijados das feridas, que dizeis que alguns
ouverdo na totnada .dassa Cidade aos Mouras, eu escre—
vo ao meu Capitgo már eGovernador que faça nisso
huma certa diligencia, que acerca disso lhe mando que
'faça, para se prover sobro os tais como for razão.
IV—Acerca dos agravos que dizeis que recebestes
de Alfonso Mexia, desprouvera° de vos sor feito por
elle cousa, de que com medo vos devaes agravar; ese
contra alie quiserdes requerer justiça, mandarey que
seja feita eguardada inteiramente. E eu envio agora
( 11 )
3.
Juizes, Vreadoreo, e Procurador da Cidade de Goa.
Eu El—Rey voa envio muyto saudar. Vi as cartas que
me enviastes nes naaos da armada do anuo passado, e
por otempo com outras gmmdes °empeçam, que se
offereceraó, naa dar lugar pera serdes respomdido as
musas, sobre que me escrevestes, ficou pera oano que
vem, prazemdo anosso Senhor, vos respomder, e em
vossos despachos ei de folguar de vos fazer amercê e
favor que seja rezaa, ecomo he aboa vontade, que a
essa cidade etodas suas cousas tenho; e quamto
Arorique do Menezes pela boa conformação, que deito
me does, etombem pelo que dello me disse Ateiam
de Sousa, me praa o tomar por meu cavaleiro, como
vereis polia carta que vos envio pera lhe dardes, esem-
pre per sua bombada folguarey de lhe fazer qualquer
outra mercê e favor que seja rema. Bertolamou For-
pendes a fim em Evora alabij dias de fevereiro de
1535.
(fi. 9)
( 20 )
4.
Juizes, Vreadores, Procurador, eMisteres da Cidade
de Goa. Eu EI-Roy vos envio nmyto saudar. Eu loto
respomdo este ano toá inteiramente como era necessa-
rio nas cartas e apontamentos, que os meus Capittes
dessas partes, epessoas outras, que me lá servem, me
enviaraS, por subcederom outras occupaçáes do cessas,
que muito cumprias a moa serviço, por onde se nab
pode fazer, e por esta causa vos naá resporodo avos-
sas cartas tto largam.te, para o ano que vem, pra-
zendo a nosso Sonhar, 83 fará. Peruai,' d'Alvraz meu
tizoureiro inór mo falou sobra os °Meios da dada des-
sa Cidade, e que vos quisesse nisso guardar vossos
provilegio3, como na tamboin escrovostoo; e porque
minha tençoZ ovontade ho de valos mandar inteiramen-
te guardar por respeito de vossos serviços, epor fol-
gar de vos fizer inorcê, terey sempro lembrança de
miá dar os ditos alheios da vossa dado, de maneira
que vossos previleg,ios se cumpras nisoo cama vos fo-
ra', concedidos por El-Rcy meu Senhor epadre, que
sonata gloria aja, opor mim confir:nodos, porque som-
pre ey de folguar que essa cidade emoradores deita
reeeba3 do mim toda honra, mercê, e favor como he
razoá. Poro Amriquez a faz ein Evora aos quatro dias
de março de mil quinhontos etrinta osineo.—REY.—
(fl. 8)
5.
6.
Juizes, Vreadores, eProcurador da minha Cidade
de Goa. Eu El-Rey vos envio muyto saudar. Eu provi
Dioguo Gentil, meu moço da Camara, do officio d'Al-
~xerife do Almazem dessa Cidade de Goa, como ve-
reis por sua provim" assy por me ter betu servido,
como por folguar de nisso lhe fazer mercê, confiamdo
deite que nisso me servirá bem ecom toda fieldade: e
posto que omeu Guoveniador dessas partes lhe aja de
dar aposse do dito officio, vos encomendo muyto que
no dar deita o favoreçais assy nisso como no mais
que lhe cumprir para nisso milhar me poder servir,
avemdo per certo que de saber que assy ofizestes voto
gradecerey eteny em serviço. Mantel Nogueira afez
em Evora aXX dias de Fevereiro de 1937.— REV.—
( 10. )
vaill—
'67:(7ç
d'as
•praser de mo comoveram, cio. moo Ci
23 )
dado estava mal repairada de muros; ao Viso Roy es-
aturo sobre isso, e assy aobre o que me dizeis que
mande que nenhuma casa se faça na cava dos muros
deita, nem a cem passos polias reages que apontais,
que todas me parecera5 muy bem, e lhe mando que
nisso poesia e tome especial cuidado polia muyto que
cumpro estar essa Cidade bem meada.
III—Quanto ha divida que dizeis que ficou dovemdo
hum Manoel Machado, criado que foy de Nono da Cu-
nha, nessa Cidade, que seria «the doze mil cruzados,
e que nunca poderafi aver justiça contra alie roque-
rendem muytas vezos, Eu escrevo sobre isso ao Ouvidor
geral, e lho marndo que se ymforme disso o ouça as
partos a que isto tocar, o faça o que lhe parecer
justiça: aelie opodem requerer porque afará mui h,
teiramento.
IV—Folguey muito de saber ocontentamento que
recebestes com aida do Bispo epregador (a), e por
serem pessoas do tel exemplo d3 vida evirtude os ele-
gi pera isso, eespero qiie de sua ida se sigua nossas,
partos muito serviço de nosso Sonhar. Diogo Noto a
fez ore Lisboa 803 dez dias de março da 1540.—
REY.—
(fi. 11. )
9.
Vroadoros, Procurador, eprocuradores dos misteres
da minha Cidado de Coo. Eu El—Rey vos envio muy-
to saudar. Sebastia5 Lopes vossos procurador me pediu
de vossa parte que ouveses por bom que podesseis dar
hum tanto a humo, pessoa que em minha conte peca.
rasco efizesse os negocieis da Cidade, do que me prou-
ve segando vereis pela proviaa5 minha que lava. E
10.
Vmaderes, Procurador, eprocuradores clos mi
Eu El—Rey vos envio muyto saudar. Reeeby voesa car-
ta, e dos serviços que alogare que essa Cidade me tens
feitos, eaã muy bem lembrado, e assi folgue sempre
de lho fazer mercê em tudo, e de vos neã serem guar-
dados vossos previlegios me desapraz, esempre mun-
do que velos guardem. E quanto a este dos mentimen.
me que dizeis que Martins Alfonso de Sousa vos que-
brou, porque eu sol sey as restes que a isso o move-
1.83, e será necessario ser alie nisso ouvido, vós tiray
della estromento depraves, se voe parecer que sois por
elle agravados, •e mo enviay com sua reposta, e eu
proverey a isso como me bem parecer. Escrita em Al-
mejei,» em teso dabril de 1544.—REY.---
(fl. 12 v. )
11.
Juizes, Vereadores, eprocu'reder da Cidade de Goa.
Eu El—Rey vos envio muito saudar. João Rodrigues
Cerveyra morador nessa Cidade me enviou dizer que
avia vinte e oito asnos que me nessas partes serve, e
(fl. 13. )
12,
Vreadores, Procurador, eprocuradores dos misteres.
Lia El—Rey vos • envio muyto saudar. Vy carta que
me escrevestes, eaprouve,. muyto de ver as lembran-
ça. que nella me fazeis de todas as cousas que voe
parcoco que por serviço de Deos ameu esegurança
dessa Cidade edas outras minhas fortalezas dessas
partes me devieis lembrar, eagradeçovos muyto ocui-
dado que tivestes de me avisar delias, porque alem de
serem muy boas as lembranças que me nisso fazeis,
sey que saá feitas com espolia boa vontade que ten-
des de me servir, eem todas alias proverey como me
parecer que odevo fazer.
11.—Quanto aos agravos que dizeis que vos lá sai;
feitos por meus guovernadores e verdores da fazenda
acerca de vos Imã querer, m guardar os vossos previ-
logios, eu lhes tendo mandado, emando que em todo
volas guardem, porque assy o ey por meu serviço, e
de oasai .6 fazerem me desapraz, eo ey por muyto
26 )
que todos com elle Mudes peno muyto (recto que tem
feito e faz na christamdado da gaste dessas partes, re-
cebi graroda contentainanta, eVO8 agradeça muyto o
modo que com elle tevestos pora querer lá ficar arpoei-
te amo, eora lhe escravo omemlo que elle fique, ese
má venha como me pedis que o faça.
VIL —E quanto ao que dizeis que oVeador da fa-
zoada par einformaçad dalguns romiairos, e par com-
diçUis de lanças maneian que se pagassem direitos das
cousas que os Portuguezes vanedessem, de que se segui
rilo alvoroços, munnuraçils, eeseamdalo ao povo dm.
Cidade, ao que modismo escravo:Mo ao guovernadm
sobre isso, oqual avosso requerimemto mamdou sobro-
estar naqualle negocio ate sua vimda do Dio, eme lem-
brais que ha muytos anuas que essa Cidade he franca
dos tara diroitom eu escravo sobre isso ao guovernador,
olho marndo que acerca destas d:raitos vos guarde in-
teirar:mente v0.33 provilegios.
VIII.—E a todos 03 mais negocias ecomas que em
vossa carta M3 escreveis, eem que Pero Fernamdes,
meu Escrivio da Camara, me falou de vossa parte, vos
respondaroy para- março prmemdo a nosso Senhor, por-
quo agora Mo ouvo !aguar pera isso; e sempre terey
respeito aos serviços emerecimentos dos Cidadóis emo-
radores dessa Cidade para comforme a afias vos fazer
moree em todas as coam que me requererdes como for
rezào ejustiça. Paro Fernamdes afez em Lisboa aabj
dize de novembro de 1547.—BEY.
(fol. 13 v. )
13
Vreadurba, eProcurador, eprocuradora, doa miste-
res da Cidade de Coa, Eu El-Roy voe envio muyto
saudar. Vi au cartaa que me eacrevottea e10.1i na alam-
( 28 )
(
•) Corjrz
— eignifica o numero vinte aesim di
sem usas corja de pratos, UTIO corja de pauso, fido he, vinte
'ratar, tante pennOt
( 29 )
14.
Vreadores, Procurador, eprocuradores dos misteres
da Cidade de Goa. Eu El Rey vos envio muyto 'mudar.
Recebi vossa carta, ecom tudo oque me nela escre-
veis das virtudes calidades eserviços de Dom Joam de
Oraste, do soou concelho, eViso Rei nessas partes, me
aprouve muyto: eassi he reza5 que sempre me deis
conta de como lá são servido dello, e dos outros meus
capitais eofficiais aesy da justiça como da fazenda: mas
deveis de ver muy bem ocomo me falece em tudo, por-
que posto que no de Dom Joam eu vejo que me dizei°
o que he, todavia temde sempre no que me disserdes
tal tento como requere amuita comfiança que tenho de
vós, e ocredito que vos ey de dar no que me escre-
verdes. E dos muytes serviços que me tendeu feitos e
fazeis, que por cartas do Viso Rey soube mais compri-
demente, tenho muito contentamento; econforme a°a-
lidade e merecimentos delles, eamuito boa vontade
que tenho aessa Cidade folgansy sempre de vos fazer
toda amores que for reza,' eme requererdes.
11.—E alembrança que me fazeis do atado dessas
partes, edo cuidado que devo ter do provimento ese-
gurança dele, vos agradeço muyto, eeu o tenho tal
como he reate quem tenha de cousa tal importante ao
serviço da nosso Senhor polo muito (recto que se noi-
te faz no acrecentamento de nossa saneis fee oatholica,
eoanno panado mamdei tree mil homens, e segumdo
as novas que cá tenho do Turquo, creio que as °ouses
( 31 )
15.
Juizes, Vmadores, procurador, e misteres da minha
Cidade de Coa. Eu El Rey vos envio muyto saudar.
Por ser reformado que Dioguo Ferriandes, Cidadaá
dessa Cidade, tennadar de Paugy' me tem bem servi-
do nessas partes, de vinte e sinco, ou trinta manos a
esta parte que ha que relias está, ars}, em todalas coa-
Uas• de meu serviço em que se achou, como no dito of-
ficio de tennadar, averndo respeito a seus serviços, e
per lhe fazer merco, vos encomemdo muito lhe queirais
dar odito officio per seu falecimento pera hum seu fi-
lho semdo auto pera oservir, ou a huti sua filha pera
a peasoa que com elle casar, selado outross) auto, co
aPeru Rumar da Costa seu genrro, qual odito Dioguo
Fernandes nomear e mais quiser, e esto em vida de
16.
Vroadores, Procurador, e procurador« dos misteres
da minha Cidade de Goa. Eu El Rey ver envio muito
saudar. Vi as cartas quo me escrevestes sobra v03.. 3
provilogics, epollos serviços quo moderados Ditos, qui-
sera eu este acne assentar oque toca aalias de manei-
ra que nad podar ris queirsarvos, mas por o tempo sor
bravo, e por outros grelados nogoclos um que compito
a moa serviço entender, na5 pude esto anuo tomar a-
cerca disso detrenfinaçfio; para oque vem Doos que-
rendo a tomaray confirmo ao boa vontada quo eu te-
nho de vos fazer merco: ao VisoRei encomeiudoy par-
ticularmente todas vossas causas, encarrogadolho mui-
to quo eira todas as que fossem justas, voe fizesse todo
favor, porque receberia muito contentamento da o asai
fasor, e soinpro folguarey de mo escreverdes, o eu aa.5
muito lembrado de vossos serviços e da entidade deites,
e assi o serei sempre poro em tudo o que for rezaii
folguar 4e vos fazer merco. A vossas cartas na3 ha
por agora mais que vos responder. Antonio Ferraz a
fez eni Lisboa a iiij dias de abril de 1550.—REY.—
fi. 18 ).
( 33 )
17.
Vreadores, Procurador, e procuradores dos misteres
da Cidade de Goa. Eu El-Rey vos envio muito saudar.
Vi as cartas que me escrevestes pelas naaos darmada
sio anuo passado, etenhovos em serviço as lembranças
que por ellas mo fazeis das acusas que vos parecerei;
que importava3 aelle eao bem dessas partes, esempre
reaeberey contentamento de o usei fazerdes, e do que
ma dizeis acerque dos almaze:s estarem tab mal pro-
vidos me desapraz muito ; eu comfio que o Viso Rey
terá muito cuidado de os morador prover como ameu
serviço cumpre, eeu assi lho encomemdo muito, emano-
do todas as vezes que lhe escrevo.
li—Quanto ao que me lembrais acerca dos Capitais
de rainhas fortalezas, edo procede escamdalo que del-
ias recebe opovo delias, tenho descontentarnonto. Eu
teroy lembrança de mamdar prover nisso.
muito prazer com a conta que me dans
de como El-Rey do Tenor se fez christa3, edo recebi-
mento que por essa Cidade lhe foi feito gemei° aella
veio, eassi era recito que!, fizesse: prazerá anosso Se-
nhor que apos esta conversaõ se seguira3 outras dou-
tros Reis, que com oexemplo deste acabem do conhe-
cer ogrande erro sei que vivia3, de que eu receborey
ta3 gramar, contentamento como agora receby do saber
que este era feito Christa3, oqual foi hum dos maiores
que podera receber.
1V.—Acerca do retardamento do despacho dos Le-
trados que me lembrais, temdo já oanuo passado al-
guma ymfortnação disto, mamdei hum Regimento, quem-
do foi oViso Rei, do modo que se teria no despacho
'dos feitos, nem O qual parece que se remediará o riao
me apontais; e odespacho poderá ser mais breve, e
de milhor expediente. E no que toca aos Letrados no.r.
virem bem seus cargos, asy mesmo tenho já. provido;
3
( 34 )
(fl. 19 ).
( 35 )
18.
Vreadores, Procurador, e procuradores dos misteres
da Cidade de Goa. Eu El-Rey vos envio muito saudar.
Vi as cartas que me escrevestes, easai os apontamen•
tos das roucas que me enviastes pedir por Pero Fer-
nando.% meu escrivaá da Camara, vosso procurador; e
nesta vos respondo atudo oque delias e dos ditos a-
pontamentos me pareceu que era necessaria reposta.
II.—It. quanto aos officios dalcaide emeirinhos des-
sa Cidade que dizeis que aCidade tom por seus pre-
vilegios pera prover aos Cidadáis emoradores deita, e
que eu os tenho providos por minhas provisáis contra
aforma deles, e sim pedis que os inunde satisfazer ás
pessoas, que os tem, e votos torne: pela muyto boa
vontade que tenho aessa Cidade, epelos muitos ser-
viços que os fidalguos, cavaleiros, cidadáis, e morado-
ras dela me tom feitos, eespero que ao diante me fa-
çah, Ey por bem eme praz que os ditos officios dal-
caitle e'meirinhos, equaisquer outros, que aCidade te-
ver per seus previlegios, eeu tever providos per mi-
nhas provisáes com derogaçais dos ditos previlegios,
satisfaça5 loguo aas partes que os tem na custa de
minha fasemda, pesa que a Cidade possa livremente
prover deles aquem lhe parecer comformo aseus pre-
vilegios, e asei omamdo ao Viso Rey meu muito ama-
do sobriuho pula provisa5 que vos com esta envio.
III.—E a lembrança que mo fazeis dos almazens
dessa cidade vos agradeço muito, eao Viso Ray escrevo
emanido que os faça prover o milhar que for possivel.
IV.—E quanto ha opressaá que dizeis que opovo
dessa cidade recebe em aver as licenças dos Governado-
res eCapitula pçra suas navegaçáis, eassi nas defesas
que cada Governador faz per que defemde otrato em
diversas partes e fortalezas, som ter respeito algum na
perda que o povo nisto recebe nisto naá se pode pro.
( 36 )
(fl. 21. )
19.
(á)
Procurador me requereu de vossa parte, já lá tereis
visto odespacho que nisso ouve por bem de vos dar,
por vos fazer meros, esempre no que se offerecer do
nobrecimento da Cidade e bem dos moradores epovo
deita, eyde folguar de vota fazer como he rezão, evos-
sos serviços merecem. Escrita em Lisboa a:cr. odias
de março de 1553.—REY,
(fl. 25. )
20.
Juizes, Vreadores, procurador, e officiaes da Cidade
de Goa. Eu El Rey vos envio muyto saudar. Joam Ro-
drigues Ribeyro vosso procurador que amim enviastes
me deu vossa carta, eoouvy em todo oque da parte
dessa Cidade me fallou o requereu por vertude dos a—
pontamentos que trotem, eos vi todos, emarndey des-
pachar asy como por agora se pode fazer, como vereis
por as provisbis que leva; epor ser despachado em
tempo que aArmada estava já muito prestes pera par-
tir, leixou de fazer algumas deligencias que comprião
peru seu despacho; eelle requereu tudo muy bem e
como compria abem da Cidade. Jorge Rodrigues afez
em Evora a treze de março de 1553.—REY.
(fol. 25
21.
Juizes, Vreadores, eprocurador da Cidade de Coa
ve(
rtle), ,tefaeZsda
ailrám
o ahte:'
meato.
( 40 )
22.
Juizes, Vreadores, eprocurador da Cidade de Goa.
Eu El Ray voa envio muyto saudar. Vi as cortou que
me scrovestes, omuito vos agradeço as lembranças que
nellas me fazeis das musas que vos parece que cum-
prem a meu eterviço, as quase tenho por certo serem
feitas de vós com oanimo evontade que deveis ther a
todas as de Meu serviço. E quanto és mais sobre que
me escreveis, eque tocaá a essa Cidade ntto pude nob
las thomar resoluçáo alguma, por este amo ate-ter car,-
tas do meu Vim Rey, nem arribar qua mais que huma
só ode: tra-lasála nosso Senhor como espero, °para oas-
no que vem, prammde aelle, voe respomderey ao mais
de vossas cartas, esempre folguarey do me fazerdes as
lembranças que fazeis, epsy velo encomemdo muito
que façais. A Dom Pedro Mascarenhas, que o asno
pnssado mviey aessas partas por SM. Viso Rey, en-
eomomdey particularmente as causas dessa Cidade, e
( 4í)
(fi.
23.
Vereadores, Juizos, procurador, eprocuradores dos
misteres da Cidade de Goa. Eu El Rey vos envio mui
to saudar. Eu sana informado que Fellipe Gonçalves,
Escrivão que foy do rnamdovim de Goa, deu em sue
vida em casamento cá huma sua filha o dito officio a
Amdre de Valadares, eorenunciou nelle, oqual por
vertude da dita renunciação epor provisão dos moas
governadores oservia. E porque Eu tenho dello boa
informação, eassy de seus serviços, e folguara que o
provesseis do dito officio semdo da vossa dada por bem
de minhas provisáis, vos encomemdo muito que geei-
raie prever do dito officio do marndovim de Goa ao
dito André de Valadares em sua vida, assy gomo oti-
nha odito Fellipe Gonçalves sou sogro, sendo de vos-
sa dada por bem do minhas provisáis, avemdo por má-
to que receberey 'nisso contentamento, e velo agrade-
cerey muito. Escrita em Lisboa axb de março de
1557.—REY.
fl. 28 v. )
24.
Vreadores, procurador, eprocuradores dos misteres..
Eu El Rey vos envio muyto saudar- Vi acarta que mo
escrevestes. E quanto ao que dimis dos inconvenientes
que se seguem de oCapitão dessa Cidade estar na Ca-
mara deus, eter nana voto, polias rezáis que apótais,
eu proverey nisso como me parecer meu serviço. E.
acerca do que aconteceo entre Okutepar de Melo, C.
( 42 )
25.
Vereadores, procurador, eprocuradores dos mesteres
da Cidade de Goa. Eu El-Ray vos envio muyto saudar.
nosso Senhor aprouve levar pera sy sesta feira depois-
da meia noite xj dias do mez de Junho de mui eupb
ta egrave doença El-Rey meu Senhor eavó, que sano-
ta gloria aja, recebemdo primeiro todos os sanctoe 55-
craruentos da Senda madre Igreja, e em tamanha e
universal perde, easy em dor e sentimento Má grkler
etal comum a todos os seus vassales enaturaes, naá
ha que dizer senaá darmos anosso,Senhor por tudo o
que faz e he servido muytos louvores. Fuy logo ate.
vontade por Rey como Príncipe everdadeiro ordeiro e
sobcessor que era destes Reinos e Senhorios segurado
curtume deites; e procedeu antes deste auto acertaram
ratefrearese e aprovaraos huns certos capitules que
El-Rey meu Senhor, que sanota gloria aja, antes al-
guns MOZBEI de 81311 fenecimento tinha feitos acer-
ca da tutoria e curadoria de minha pessoa, e acerca
eia governança destes Reinos e senhorias ate eu ser de
idade de na anos cumpridos, nas quaea comas nomeou
a Rainha minha senhora e avô, conhecesedo de sua
rnuy gramde vertude egrarode zelo do bem universal
&atm Reinos, eda sua muita pmdencia elonga expu
nomeia une causas deites, que nisso faria oque se de,
ve ter por muy cerfo que S. A. sempre fará. E por
tanto me pareceu deve,es fazer sabor tudo o CL» Ire
passado aveludo por muy certo que de asai estar feito.,
se neste tempo pode ator contentamento dalguma cou-
sa, o recebereis desta. E asy deveis ser certos que
nas que tocam a essa Cidade acerca de seus privile-
gies eliberdades folgarey sempre de lhes guardar COA-
( 45 )
26.
Vreadores, procurador, eprocuradores (sie) da ci-
dade Goa, eprocuradores dos mesteres dell, Eu El-
Rey vos envio muito saudar. Receby vossa carta de
vinte e troe de dezembro do anuo de sincoents, sette,
na qual com muitas e boas palavras, oque muito fel-
( 46 )
do
, culto divino, ehonrra enobrecimento dessa cidade,
aque eu em tudo desejo favorecer como ha razão. Jor-
ge da Costa afez em Lisboa a23 de Março de .559.
Manoel da Costa afez eserever.—RAINHA.
fi. 31. v. )
28.
Vreadoree, procurador, eprocuradores dos mesteres
da Cidade de Goa. Es El—Rey vos envio muito saudar.
Ruma das runs porque muyto me desaprouve de na5
1:mearem este ano a este Reino mais de duas nacos das
que dessas partes partirs5, foi por na5 ter cartas vossas
pollo contentamento que com ellas recebo, mas traias& nos-
so Senhor, e verey vossas cartas, eo que nellas me es-
creveia, e sereis respondidos ao que vir ser neceseario
conforme áboa vontade que tenho aessa cidade pollos
serviços dos moradores della, e polia com que sey que
se offerocem ao que vem que convem a meu serviço, de
que sempre terey aquella lembrança que Se reza5; eao
Viso Rey meu muito amado sobrinho podereis requerer
tudo oque vos cumprir, porque elle provem em tudo
mui inteiramente comforme ha boa vontade que sabe
que tenho ás cousa., dessa cidade e moradores della.
Escripta em Lisboa aos catorze dias de março. Manoel
daguiar a fez de Ma—RAINHA.
(fi. 32 )
29.
Vereadores, procurador, e procuradores doe mes-
tres da Cidade de Goa. Eu El—Rei vos envio muito
saudar, Como vos escrevi eu tinha suplicado 80 &net°
Padre que quisesse erigir em Arcebispado essa Sé de
Goa, eproviesse dello a Mestre Gaspar pela confiança
que dello ede suas latiras, virtude, eexporiencia tinha
que governaria esse Arcebispado como convinha aser,.
( 49 )
30.
Vreadores, procurador, eprocuradores dos mesteres
da Cidade de Goa. Eu El-Rey vos envio muito saudar.
Depois de vos ter escrito as cartas que vereis, estam-
do as naaos pera partir recebi butua carta vossa que
vinha na naao framemga, em que me ciais conta dos
serviços dessa Cidade eda vontade que todos os mo-
radores deita tem pera todas as causas de meu serviço;
oque entendi mais particularmente por Pero dalcaço-
va Carneiro que em vosso nome me offereceo e pressa.
teu aobediencia que sempre essa Cidade teve e guar-
dou a El-Rey meu Senhor e av8, que senda gloria
aja, que vos eu agradeço como he rezaá, erequerem
taá boós desejos, edisso terei a lembrança que silos
merecem para no que com rezaá me requererdes folguar
de vos fazer mercê, e amesma tenho por certo que o
Viso-Rey, meu muito amado sobrinho, tem assy por lho
eu encomemdar quanado daqui foi, como agora em
particular, eque com essa Cidade terá aquela conta
que se requere, elisa pessoas da guovernança eleita fará
aq honrras que silos por suas pessoas e pollos ~-
gime que tem merecem; e que os agravos que em
4
( 50 )
34.
Vreadotes, procurador, e procuradores dos mesteres
da Cidade de Goa. Eu El-Rey vos envio muyto saudar.
Francisco Barreto, meu Guovernador que foi nesses
partes, mo disse avontade com que os moradores casados
dessa Cidade folgavão de me servir, equoão prestes e
aparelhados os sempre vira eachara pera as coimas quê
se offerocerão de rneu serviço, equanta rezaã eta em ter
conta com silos e seus serviços, efazer-lhes por isso
merca, aveludo aisso respeito, e para que tom milhor
vontade folguem ao diante de me servir, epor vos fazer
merca Ey por bem eme praz que em cada hum dos
annos que despachar as comas dessas partos, despachar
por vossas informaçãis eavossos requerimentos athe
des homens casados emoradores nessa Cidade condor-
me as &idades de suas Pessoas eaos serviços que me
tiverem feito, pollo que me apontareis cedrino athe os di-
tos doe homens somente casados emoradores nessa Ci-
dade, eamerca que acada hum &fies caberá, asaber,
se feirarias escrevaninhas, ou capitanias de viagens; e
ma enviareis ainformação de sou serviços justificada
peito meu Viso Rey e governador, porque sem leso lhe
não será dado credito algum pers. OB despachar como
me parecer mais meu serviço, pollo que deveis estimar
( 56 )
(fl. 40. )
35.
Vereadores, Procuradores, e Procuradores dos mes-
teres da Cidade de Goa. Eu El-Rey voe envio muito sau-
dar. Vi a carta que me escrevestes, e hes lembranças
que nella me fazeis sobre a armada de Baçora, e
a necessidade que ha de mandar acudir aisso com o
reinadio que convem, as quaes folgey de ver, e vos
agradeço avontade com que sey que mas fazeis, que
he aquella com que os moradores dessa Cidade sempre
folgarão de me servir.
Eu provejo nisso na maneira que meparece que coa-
vem, eao Comada Viso Rei escrevo que os cargos que
vagarem proveja por abolida& e serviços como apor,
tais.
II.—Quanto ao que me pedis que mande que es go-
vernadores não tomem dinheiro algum dos orphaiis por
mais necessidades que abi aja, nem entemda no dar
deite, eodeixe dar aos juizes dos orphaás comforme
seu regimento:
III.—E que mande que a cava dessa Cidade estè
sempre limpa e despejada, eque nunca se afore nem
dé apessoa alguma, nem se faça cousa que petjudique
ha forteficação da Cidade:
IV.—E que os Governadores vos alo quebrem ord.,
naçaS alguma ou previlegio do regimento da Ci-
dade:
V.—E que vos dum licença pera os moradores doma
( 57 )
36.
Vreadores, procurador. e procuradores dos misteres
da Cidade 5h Goa. Eu El-Rey vos envio muyto anu-
( 60 )
37.
Vreadores eprocurador eprocuradores dos misteres
da Cidade de Goa. Es El-Rey vos emvio muito sau-
dar. Eu chamey aCortes nesta Cidade de Lisboa os
tres Estados destes Reinos, pera nelas ao tratarem
cousas de muito meu serviço, ebem dos ditos Reinos,
eno dia do auto das ditas Cortes, que foi a doze dias
do mez de dezembro passado, deixou aRainha minha
Senhora eavó oregimento e guoverno dos ditos Rei-
nos, por na6 poder com sua conciencia, epor sua in-
disposiçad teto por mais tempo, polo que com pare-
cer evontade de S. A. foi recebido per os ditos tres
Estado por Regador eGovernador destes Reinos ese-
nhorios athe eu ser de idade de catorze arames oCardeal
Iffapte meu tio, oqual pollo muy grande amor que me
tem, epeito muito que sempre desejou e procurou o
bem destes Reynos, quis aeeptar servirme nisso pedis,
( 62 )
((1, 41. )
38.
Vreadores, Juizes, procurador, e procuradores dos
misteres da Cidade de Goa. Eu El-Rey vos envio
muito saudar- Vy acarta que me escreveetes equan-
to aos previlegios que tem, ede que usa a Cidade de
Lisboa, de que me pedis vos faça merc., por que nail
achaes acarta que della:, dizeis que vos passou El-Ray
Dom Manoel meu Bisavô, que caneta gloria aja, e as
rez3es que pesa isso me apontais dos serviços dos
moradores dessa Cidade, na3 me posso eu esquecer
delles semdo os rine sal, para em tudo o- que for re-
za5 folguar de lhe fazer mereci mas nisto por agora
alio ouve lugar por que se requere ver-se acarta de
que fazeis mença3, aqual deveis de buscar, ecomo a
achardes ma enviareis, eeu proverey nisso como me
bem parecer.
IL—Quanto ao agravo que dizeis vos ser feito na
sentença que contra vós se deu, per que obrigara3 aos
moradores dessa Cidade que arremdasom suas orlas a
( 63.
230:7
21A C.ednenedeide de dffeneo do .428.2..-q.. Tom. 4: sag.
65 )
39.
Vreadores, Procurador, e procuradores dm mesteres
da Cidade de Goa. Eu EIRei vos envio muito saudar.
Receby quatro cartas vomas, evi todas as lernbramçm
que mulas me fizestes, as quais vos tenho muito em
serviço, Eu proverey nellas come me parecer que sor—
vem. E quanto aos serviços dos moradores dessa Ci-
dade eu são dellos bem lembrado, enas musas que lhe
tocaS folgo s'ompre de fazer amerco que he remá, e
enes requerem.
11.—E quanto ms inconvenientes que apontais Be
neguem da moeda de prata e cobre, que se lavra
hena Cidade ser de menos ley e peno e valia do que
corre aque vem de fora, e ao que nisso me pedis, e,.
merco° emanado ao %O Rey Dom Antal/ que veja
esta mataria, o • prat!ug, e' me 080,88 o que lhe
pmecer peraconforme aisso prover o que ou-
( 67 )
40.
Vreaclores, Juizes, Procurador, e procuradores doe
misteres da Cidade de Doa. Eu EIRey vos envio mui-
to saudar. O anuo passado não tive cartas vossas, o
que cr.o seria por virem nas nanes que na3,pasara3,
de que me desaprouve muito, porque folgara de en-
temder por ellas o estado das comas dessas partes, de
pie sempre 010 dais particularmente conta: trara nau-
( 68 )
41.
Vreadoros, Juizes, Procurador, e procuradores dos
misteres da Cidade de Goa. Eu EIRey voa envio mui-
to saudar. Este anuo ima tive cartas vossas, de que
( 69 )
42.
Vreadoro. o Procuradores (aio) da Cidade de Goa
proeurulores dos misteres IAM. Eu El Roy vos en-
vio muito saudar. Vi a carta que me 69CCOVO0t08,
talo oque me n,Ila lembrais eapontais que sey pro•
cede do zoilo eamor quo temdea ás musas ao meu
serviço, ao bom oconservaçaa desse Eatado, e vala
agradeço muito. Eu proverey nisso como mo parecer
mds men serviço.
Il.—Dos serviços dos moradores dessa Cidado aaa
ou muito lembrado, e do que so lhes por ollos deve, e
no que for rema folgam), sempre do lhes fazer merco,
porque tombem eomfio que folgaraõ alies de me servir
remo o sempre fizeram, maiormente nas gallecs em
que vos de minha parte foliou oViso Rey Dom
Autuo, e sobre que vos escrevi, pollo que vos cuco-
1110n1d0 tple pois vede° quanto esta obra importa ao
bem desse Stado, eque as outras Cidades dessas par-
tos folgaraa de me servir, nao fiqueis vos fora desta
tua devida obra, olanhais celta aprincipal parte como
sempre vos coube de todas as de meu serviço, ecomo
eu tenho por certo, eque mo escrevais oque nisso fi—
zerdes.
HL—Muito folguey de me dizerdes que o Viso Rey
com os Desembargadores vio os alvarás e previlegios
dessa Cidade, per que ouve por bem que gozasse doa
que goza aCidade de Lisboa, edetrominar que em tu-
do ao guardassem ecumprissem. E quanto ao que me
( 70 )
(fi. 49. )
43.
Vreadores eprocuradores (Cio) da Cidade do Goa e
procuradores dos misteres delta. Eu El-Roy vos envio
muyto saudar. Com acarta que me escrevestes elem-
122.1 Itko.• dia o regieto, que som devida deve ser El,.
( 71 )
(fi. 50. )
44.
Ouvidor, Juiz, Vreadores, e procurador da Cidade
( 73 )
46.
Vreadores eProcurador da Cidade de Goa, oprocu-
radores dos Mesteres deita. Eu EIRay vos envio muyto
saudar. Vi as cartas que me escrevestes etenho muito
eontentamento dos serviços que rtle essa Cidade
faz, que sab comformes áconfiança que tenho dos mo-
radores deita, ea ventado com que Ihea desejo fazer
merco, eparticularmente rereby serviço nas galloes que
ordenastes que desse essa Cidade, edo consentimento
que destes para onovo direito que se ordenou pera a
fabrica delias. E indo que seja de tanta importancia
avor na India guallees, e polias necessidades em que
minha fazenda está, eomuyto que ho necessario pora
despesa das armadas, que rada anno convem que se
faça., peta segurança da costa do Malavar, e °atrai'
( 76 )
(fl. 53 v.)
47.
Juizos, Vreadores, procurador, eofficiais da Como-
va da Cidade de Goa. Eu EI-Rey vos envio muyto
saudar. Vacado eu a gramde obrigaçaii que tenho do
fazer intoiramento administrar justiça a meus povos «
( 78 )
48.
Vreadores eProcurador da Cidade de Cm eprocu-
radores dos misteres deita. Eu EI—Rey vos envio mui-
to saudar. Vy a carta que me escrevestes, e receby
rnuyto contentamento com as lembranças que me fazeis,
eentemdo que todas precedem do asilo que os morado-
res duma Cidade tem das cousas do meu serviço, obens
desse Stade, eem especial espero que me sirvais todos
na deffecçai3 dessa Cidade aque me escreveis que stais
offereeidos; equanto indr he otrabalho em que está por
causa do cerque eoutras guerras que ha na Judia, a
que convem acudir oViso Rey com gente, que he cau-
sa de aver menos nessa Cidade pera acudir âdefençaS
deita, tanta mais comilança teaho que com aque ha, e
oanimo e esfolas° de tays vassallos, nab somen-
te adefemdays e resistaos aos imiguos, mas antes fa—
çais nanes muyto dano eeotrague, pera que uai; sarnen-
to fique a Cidade livre dos trabalhos do cerque mas to-
do esse Estado quieto com asegurança deita, eomitam
que espero em nosso Senhor voada doe imigos.
11.—Na Carta que escrevo ao meu Viso Rey lhe en—
umerado muito aa cousas dessa Cidade como principal
ecabeça de toda aIndia, e°confio dello que terá com
as cousas dos moradores deita incite conta, eos favore-
cerá em tudo todo o possivel. A elle podereis lembrar
as coesas que me escreveis, eentendeis que cumpre pe-
na obom guoveruo dessas partes, eparticularmente lha
lembrareis acabarsse aobra do Passo Seco polla neces-
sidade que dizeis que disso ha, emuytas deltas lhe sa.3
ja por my' muy enearreguadas.
III.—Nas naoa deste ano vay agente que deste Reino
se pode mamdar comforme a occasiaá do tempo, e 80
que me parecei, neceseario, tomdo respeito ha muita gen-
te que foy na Armada do anuo passado com oViso R3y
Dom Antonio de Noronha. Escrita em Almeyrim aseis
( 80 )
do fevereiro de I572.—REY.
.foi. 511 ).
49.
Vreadoros eProcurador da Cidade de Goa,procura-
dores dos misteres deito. Eu El-Rey vos envio muito
aaudar. Vy acarta quo me nella dizeis ' eagradeçoims
intato tudo que fizestes no cerque dessa Cidade, que imã
asforssadamente se defemdeo etad gramde numero de
imiguos, ecá* se fazer nellos tanto dano e estrago, etodo
trabalho que levaste neste cerque deveis daver por bom
ompreguado, pois resultou em honra da Cidade, imao
que muito folguara que uai) euzarão os imiguos de a cer-
ques, nem vir cometer de tad perto, como he de crer que
já imã' faraii; eeu tenho muita lembrança dos serviÇon
dessa Cidade emoradores deita, epora que sempre aaja
das victorias de tal cerquei (polias quais eu logo doy
graças aNosso Senhor em hug solem» proeissaii) man-
iley fazer disso istoria peru se emprimir odevulguar pol-
iemia:ido (a). E avossas cartas, de que dizeis que naii
teindes reposta, mamdo sempre rospomder como ofiz o
anuo passado; e a muytos dos que se acharsfi no cerque,
eomerecerei,' faço as mercos que lhes dirá oViso Rey,
aquem oescrevo. E hum dos princypaes respeitos por-
que tive este ano despacho da Inalia foy pera o mana-
dar bus ditas pessoas, anile os quais entrad Antonio b'er-
nandes de Figuiiredo, Fernad Nunes, Domingos Lopes,
Gil Fornandes Fareldis, odoam Fernandes de Nigroyros,
moradores nessa Cidade.
11.—Quanto á lembrança que me fazeis sobre mol-
dar ao Viso Rey que guardo os previlegios dessa Cida-
de, oque tonado aisso duvida uso escreva, eque ordene
(5.57.)
50.
Vreadores, eProcurador da Cidade de Goa, epio.
curadores dos misteres deito. Eu El Rey vos envio
muyto saudar. Vi acarta que mo escrevestes do donde
novembro de mil quinhentos setenta e dous, em que
fim faseie alguas lembranças do meu serviço, odo que
em particular mo tem feito olgola possoae, do que ti-
ve muyto contentamento, esobre algrals deltas escreve
ao meu Viso Rey, o em especial as que tocai.' aesse
Cydado, encomenelovos muyto que lho aponteis todas
aquellas cousas que vos parecer que se devom ordenar
poro augmento bc5cervassali desso Iludo, ecãfio dello
qlae fará muito fundamento do parecer e concelho de
tais pessoas, que he de cror que as lembranças que lhe
fiordes procoderal5 todas com solto o tençaã do meu
serviço, epor experiencia se tem visto no como se os
moradores dessa Cidade ouveraii no cerco que teve o
anno passado, aque vos já rosponnli, cuja lembra
me será sempre muy preeente, o tenho por escoo
encomemdarvos do novo faserdclo ao diante usai, por-
que em parto ao fará afronta d lealdade, amor, eser-
viça de tais vassallos poderso cuidar sor necessario on-
comrandarlhos obriguaça3 tem devida, com aqual te-
nho por certo que em todo otempo todos inteiramente
cumprafi. &rito em Almoirim atrinta do Janeiro do
mil quinhentos setenta e quatro.—REY.
8. 59. )
( 83 )
51.
Vreadores eProcurador da Cidade do Goa, eprocu-
radores. dos misteres della. Eu El-Rey vos envio muy-
to saudar. Vy acarta que me escrevestes, e tive dos-
prasor do que fuy iniformado que fez oPresidente da
alçada acerca da precedendo com essa Cidade; epor-
que otenho amoldado vir, 114 ha por ora que respon-
der ' no,,, de que tratar nestomatoria, salvo encornem-
dar muito (como ofaça) ao guovernador desse Esta-
do ofavor delia, oaguarda e concervaça5 de seus
provilegios, os quais me enviareis presentar para os
morador ver ecomfirmar, se eivada o naii forem; e
sempre terey lembrança de em tudo oque se offrecer
fazer 4. Cidade favor emerco como ella tem merecido,
em gorai as pessoas nobres, epovo deita em particu-
lar; eouvem, por muyto servido do que me escreve° o
Governador Antonio Moam Baretto das Armadas que
eme Cidade tem feito edotromina fazer peradefençdi da
mota, emais roucas de meu serviço; ogne vos muyto
agnardoço, eencomende que prosiguais nesta obra por
(ser nmy necessaria eimportante, ede que espero que
com a imdustria eboa Migando dos moradores dessa
Cidade se me foçai; os serviços que eu do todos confio,
palies quais mereçaii folguar eu com razoa do lisos
fazer honrra emerco. Scrita em Almeirim aX de Feve-
reiro do MBEXX ecinco annos. (1575).—REY.
53.
Vreadores oProcurador da Cidade de Coa, e Pro-
curadores dos misteres delta. Eu El Rey vos envio
Inuyto saudar. Vy vossa carta eos apontamentos que
me com elle enviastes, eforal,* muy bem lembradas as
roucas que noites dizeis, que vos tenho em serviço. E
por me parecer que devia nisso mamdar prover,
o escrevo a Ruy, Lourenço de Tavora Viso Roy
a que meando que em tudo compra ocontrato foi-
to com a Cidade acerca do direito do hum por cen-
to, e assy lho encomomdo que se ymforme
cularmonte do em que se guastou, s despemdo agora
odinheiro do fisco, eque faça pôr tudo em arrecadaçaá,
noa o &medo eu applicado pera alg,uã cousa, e sarado
assy, me envie o treslado das provisois.
II. -Encomemdovos muito que lhe foçais as lem-
branças que virdes que convem pora conservaçaá e
ang,mento desse Estado, porque como essa Cidade he a
principal, e os homens da guovernança sejaá os prin-
cipais deita, ede mais espriencias, confio que provo-
raraá todas as MASau do meu serviço com o amor eleal-
( 86 )
(d. 61 v.)
54.
Vreadores eprocurador da Cidade de Goa, eprocu-
radores dos misteres deita. Eu El Rey vos envio mui-
to saudar. Polla ymformaçaõ que tenho das causas da
índia, me pareceo dever mondar aelle por meu Viso
Rey Dom Luis de Taide Corado datouguia, do meu con-
celho do Estado, assi polla experiencia que della tem,
como polias muitas calidades dessa pessoa, cornuda pru-
doeria e esforso espero que naa somente se restaure o
perdido, mas que de novo se acressente e amplie pera
serviço de Nosso Senhor eaugmento da Coroa de meus
Paina,
11.—Ao lembranças que me essa Cidade faz em bua
carta que me .creveo este ano, me paroceraa muy
acuttadas, ebem feras, o colas agradeço. Todas mam-
( 97 )
(fi. 52 v. )
55.
Vreadoros eprocuradores (ode) da Cidade de Goa, e
procuradores dos misteres deita. Eu El Rey vos envio
milito saudar. Foy nosso Senhor servido levar pera sy
o Senhor Rey meu sobrinho, de tenho aquella gramde
dor e sentimento, a que me obrigue tamanha perda
como he ade sua pessoa eexercito, com que paseou em
Africa, mude no campo de Alcacer Quibir foy desba-
ratado por nossos graôdes peccados, como largamente
escrevo ao Comde datouguia, meu Viso Rey, de quem
o sabereis mais particularmente; oque sempre sentirey
polias muytas resis que pera isso ha; enisto devemos
pôr os olhos na imfinita misericordia de nosso Senhor, o
trabalhar peito aplacar, que lie a primeira cousa em
que colmado quauto me he possivel, eassy no que cum-
pre aestes Reinos polia obrigaça5 em que mo nosso Se-
nhor tem posto de Rey &lies, que com sua ajuda efa-
vor espero reger eguovernar, ymda que com muito tra-
( 88 )
56.
Vreadores e procuradores (aio) da Cidade de Goa, o
procuradores dos misteres delis. Eu ElRey vos envio
muito saudar. Vi acarta que me escrevestes na armada
do amas passado, elevey contentamento com as lem-
branças que me nella fazeis, que todas procedem do bom
.°1:).8;41 1
:.. seguinte acarta, aque aqui es alude ?luelina-mo•
( 89 )
57.
Capita3, Juiz, Vreadores, Procurador, mesteres, fi-
dalgos, cavaleiros, soldados, homens breis, e mais po-
vo da muito nobre e sempre leal Chiada do Goa. Eu
El Rey vos envio muito saudar. Alem de já deverdes
ter sabido como per falecimento do Senhor Rey Dom
Henrique meu tio, que Duos totn, mo pertence° justa e
legitimamente a sobceçfio dos Reinos o Senhorios da
Coroa do Portugal, vos constará disso mais particular-
mente por hum alvará edecreto que sobro isso passa-
raii os Governadores que o dito Senhor Rey deixou
nomeados peru guovornar os ditos Reinos riu quanto
nob °tivesse Rey jurado, oqual vos será ci. ,' est, pro-
sentado, o porque em comformidade dello geralmente
em todas As Cidades vilas ejaguares destes Reinos me
tem recebido ojurado por verdadeiro li.zy e Senhor
natural como Doa, quis oque fosso, vos oneomemdo mui-
to que cumprimdo vós com aobriguaçati de bofis e
tenra vassallos foçais omesmo, e me foçais ohomena-
gem o juramento de fidilidado elealdade asai amim,
como ao sorenisimo principe Dom Diogo, meu muy
chilro emui amado filho primogenito, par meu futuro
sucessor por fim de moas dias, eameus sucessores, e
fazemdo todos os mais actos que em seutelhantes casos
ao custumafi fazer, em mafios de Dom Luis de Ataide
Caindo do Atouguia do meu concelho do Stado e Viso
Rey nessas partes que poro isso tem meu poder, ou da
pesada que elle para isso sobstotuir, efaremdoo assy
( 91 )
58.
Vreadores eprocurador da Cidade do Gama, e pro-
curadores dos misteres della. Eu EIRey vos envio mui-
to saudar Tanto que nosso Senhor me deu aposse des.
tos Reynos e Senhorios de Portugal conforme ao direi-
to, ejustiça, ereza5 com que celtas socedy, granado-
mentedesejey mostrar atodos meus vassalos, assises que
residem nestes Reynos, muno aos que me servem nessas
partes da Jandiá, que lhe sou oey sempre do ser ta5
verdaderio o natural Rey eSenhor epay como tia/oral;
nos Senhores Reys meus antecessores, cujo noto, filho,
etio, e sobrinho sou, na.5 menos por natureza, que por
sangue; o para efeito de se esta minha vontade em-
Senador nessas partes, quisera martelar despachar htutt
( 92 )
59.
Vroadoros eprocurador da Cidade do Goa, o procu—
radores dos mesteres deita. Eu EIRey vos envio muito
saudar. Polia vossa carta que oco nas unos do ano
passado emtemdi o sentimento quo tivestes do falleci•
mente do Senhor Rey Dom Henarrique meu tio, quo
saneta gloria aja, oassy oesperava do vás, e folguey
do saber aquiotaçad em que me escreveis que estava
essa Cidade, easi confio que o estará sempre, pois he
regida por pessoas do vosso collo e enatendimento, cuja
60.
Vroadoros oprocuradores (sie) da Cidade do Goa, o
procuradores dos misteres deito. Eu EIREY vos envio
muito saudar. Vendo eu as grandes obriguaçaes em que
me Does pôs do prover etn tudo oque toca aos Reinos
11 estados que foi sorvido de mo encomemdar (com as
quais igualmente devo e desejo cumprir) consideroy
quoaa necessario era fazeis alguma breve asmencia des-
toa Reinos para os do Castela, usai por respeito
Cortes que ha muito tempo que imites suspemdo odif.
firo, como por outras rasais qmrposto que sejaa preci-
oso equasi ferssadas, mia me pudera eu persuadir del-
ias, se as cousas destes Reinos naa estiveraa louvoms
a Dom em taa bom estado que mais sinto esta abzem-
eia pollos efeitos que em mim faz emuito amor que lhes
tenho, que por mo parecer que neste breve tempo llie
podoroy fazer notami falta, mormente stamdo eu m•
soluto em me tornar prazemdo anosso Ssnhor com a
roais brevydado que for possivel, efolgara muito que
o Principe, meu sobro todos muito amados muito
prezado filho, fora já de idade que opodora ou deixar
do guoverno destes Reinos, o mostrar nisto a meus
vassallm onaturais dolos oamor o boa vontade que
( 91 )
61.
Vroadorcs eprocuradores (sio) da Cidade de Ctou,
oprocuradores dos mesteres deita. Eu-El Rey vos mi-.
rio muito saudar. Vi vossas cartas cosi a que voo pot
temi como as que receby com a chegada das naus do
ano passado, efolguei de entender por rijas o que mo
~revestes acerca do meu alevantamento e obediencia
que essa Cidade, e as mais desse Estado me deraa,
ocontentamento men que todos celebrai-na efestejaraa
aminha successaa nesta Coroa, e a3Si oesperava
sua lealdade, especialmente dessa Cidade que tom mos-
trado procurar sempre por cumprir nona sua devida o-
beiguaçaii, no que me ey por muito bom servido dulia
edos officiais da Camara, oa todos otenho em servi-
ço; efoi bem feito escusardes do me enviar a pessoa
que tinheis ordenado para requerer as cousas dessa Ci-
dade, porque bastara escreverdes nte sobro alias como
osempre fizestes para vos matadas eespomder a elite
( 95 )
62
Vreadoros eprocuradores (ak)da Cidade do Goa, o
procuradores dos misteres della. Eu Elltoy vos envio
muito saudar. Emcomemdovos que com oArcebispo Dom
Frei Vicente daffoncoca, que ora vai nestas usos aro-
zidir nessa Prelazia, aque oaprozontey por suas virtu—
des elettras, tenhais aconta que he rezaZ comforme ao quo
deveis avosso Prelado, eainda que isto seja obrigaçaii
vossa tal particular, receberey ou disso contentamento e
assi de lhe fazerdes todos as lembranças quo virdos
( 97 )
(fl. 71 v. )
63.
Vreadores eprocurador da Cidade de Goa, eProcu-
radores dos misteres della. Eu El Rey vos envio muito
saudar. Nal/ tive nas nonos que dessas partes vierid o
anuo passado de oitenta oIres cartas vossas para vos
mamaar respbeler a ellas, epor bua do Comde Viso
Rey DO Francisco Mascarenlma soube o offerecimento
que essa Cidade lhe fez pera me servir com dinheiro,
greto, e navios, quamdo teve recado das palhas, que
se deziab que passavab ha Imdia, eagradeçovos aboa
vontade com que essa Cidade e moradores della se
offorecerd a meu serviço, que he tudo «enforme ao
que espero de tab bobs eleais vassallos, de que terey
" TIP."6' a
l
ennobrden982 rim
":" rev'e
b.o
. essa Cidade ouves-
se por bem que os officios de escrivães dos orphabs
della fossem perpotuos, e nab de tres em Ires anos,
como ao agora provem; efizesse merca ha Camara da
apresentaçab dos tais officios. Eu escrevi já sobre isso o
sano passado aComde Viso Rey, eora otorno aeme-
memdar aDom Duarte de Menezes do meu concelho do
estado, que ora envio por meu Viso Rey da India; lens-
brarlhoeis, ecom sua imfornsaçaõ vos nsamdarey res-
pomder oque rever por bom que se nisso faça, e por
ora Ey por bem que as pessoas que estab servimdo os di-
tos °Meios, os sirvab daqui em dianteem quanto eu outra
cousa nab maodar, posto que se lhe acabem os tres
7
( 98 )
64
Vreadores e procuradores (sia) da minha Cidade de
Guoa, eprocuradores dos misteres della. Eu El Ftey
vos envio muito saudar. Vi acarta que sue escreves-
tes polias naos que dessas partes vioral oano passa-
do, etive muito contentamento de saber por &las coni
quanta pronptidal procedeis em meu serviço, que Ia,
Worm(' avossa obriguaçáo e á comfiança que de yds
tenho.
11.—A lembrança que me fazeis na mataria da jus-
tiça vos tenho oni serviço, eposto que mui partycu-
larmente atenho encontemdado ao Viso Rey Dom Duar-
te de Meneses por minhas Instrusslis, lho torno ora
amandar escrever; eclfio deite que folgará de sobre
isso lhe fazerdm as lembrança que convem a meu ser-
viço, ebem equietaçal desse Siado.
III.—Sobre ohum por cento que essa Cidade con-
cede° peru a fortificação deita, que se comes., em
tempo que guovernava esse Estado o Viso Rey Dom
Anta3 de Noronha, escrevo ao Viso Rey se será mais
131011 serviço despemderse todo o rendimento delia na
dita fortificaçào, ou aplicar so o meio deste hum por
cento pera a despesa das guallees que se fizerem, como
me escreve° oComde Dom Francisco que se despemdia,
para com sua reposta, eoque sobra esta mataria me
( 99 )
65.
J&zes, Vreadores, eprocurador da Cidade de Goa.
Eu El-Rey vos envio muyfo saudar. Polias usam que
dessas partes viera6 o afino passado na21 tive cartas
vossas, que devia ser por nisso aver algum desastre
ou enleyo, eporque lie obriguação vossa escreverdes-.
me sempre como ofazeis cada ano, vos encornando e
manado que asay o confinais, eao Viso Rey Dom Du-
arte de Meneses fareis todas as lembranças de meu
serviço que vos parecerem necessarias, que eme sera6
della recebidas comforme ao zoilo que asilas deveis ter,
eque em tudo oque se oferecer me servyreis tao in-
teiramente como de vós comfio. Escripta em Lisboa a
vinte eseis de fevereiro de MBLXXX e seis (1586 ).
—REY.
(Il. 74 v. )
66.
Vreadores eprocuradores (sie) da Cidade de Goa.
Eu El Rey vos envio muito mudar. Vi vossa carta
(ao) de 13 de novembro e 10 de Dezembro cie 86, e
palio que me escreveis em hu6 delias entendi osub-
cesso das vossas cartas do ano de 84, que me naS
foral dadas, de que agora me enviais acopia, epos-
te que fossem tal antiguas, as mamdey ver, epor
serem Worm° has do ano de 86 nesta reposta vos nal-
darey escrever sobre oque nanas apontais; epera es-
tardes seguros de vossas cartas, as deveis encaminhar
de maneyra que me seja6 dadas.
67.
Vreadores, e procuradores (eia) da Cidade a. Goa.
Eu El-Rey vos envio muito saudar. Depois de vos ter
mamdado resporoder por carta de28 dojaneiro deste.,"
ao que me ...revestes, vi ome que dizeis sobre ohum
por cento se aver de arrecadar por ordem da Camara,
eima pollos officiaes de minha fazemda nessas par-
tes, eas rezais que sobre isso apontais, e usai sobre
a casa que ora novamente tmerem fazer os Padres
da Companhia de Jesus no meio da Cidade, que vos
parece que se deve fazer antes para recolhimento de mui-
tas molhares nobres filhas de fidalgooa ecriados meus,
que nessas partes morrera° em meu serviço; elicen•
ça que me pedis pera enviardes aeste Reino bua pes-
soa avossos requerimentos. E porque sal concas em
que me parece° que naa devia tomar resoluçaa sem
primeiro ter imformaçaa do Viso Roy Dom Duarte de
Meneses, lhe mamdo escrever nas vias deste anuo
que na envie pera com elle voe moldar respomdor
como ouver por meu serviço. Escrita em Lisboa a 6
do fevereiro de MBLXXX e oito (1588).—REY.
(fl. 75 v.1
68.
Vreadores eprocuradores (sia) da Cidade de Goa.
Eu El Rey vos envio muito saudar. Vi vossa carta de
sinco de Dezembro de 87, e tive descontentamento de
me escreverdes que vos naa foral dadas cartgs minhas
na armada do mesmo ano, porque em todos vos muni-
do sempre escrever, eao Viso Rey Dom Duarte ad-
virto nas vias destas naos que procure de saber por
quem velas enviou, eacausa porque vos naa foral da-
das, eque daqui em diante tenha particular cuidado
de rolas raamdar entreguar.
vi oque me escrevestes sobre ocontracto que
se neste Reino fez em minha fazenda no estanco do
anil, de que vos mostreis agravados polias rezlis que
para isso apontais, e porque as drogas doesse parte,
sempre foral reservadas a minha fazenda pera as po-
der mandar contratar cá quem quizesse, e deste anil
foi já feito contrato por mandado do senhor Rey Dom
Sebastião meu Sobrinho, que Does tem, no ano de 74,
afora outros maes antigum, parece que nal ha luguar
de agravo nesta parte, e se entemderdes que neste
particular temdes justiça, a pode,eis requerer evota
mamdarey fazer, ecomfio de vós que em todas as cau-
sas que tocarem acoou serviço as fareis ecumprireis
tal inteiramente como de vós comfio.
III.—E quanto a moeda de xerafins de pratta que o
Viso Rey Dom Duarte ramada lavar de que vos quei-
xais, eu tenho nisto manodado prover nas vias dos
anos passados, e agora otorno aescrever ao Viso Rey,
ecreo estareis já satisfeitos neste particular.
IV.—E sobre ooficio de provedor das gualles, que
dizeis que sempte amdou em pessoa morador nom
Cidade, e poderdes apresentar no cargas de escryvaS
da Camara delta que estava vago para que o servisse
(riu), eque os escrivais dos orphals se provejaá
em vida, e se elegal pessoas que os sirval, em que
aja merecimento epartes para isso, 100 pareceo ne-
cessaria para tomar nisto resolução ernformaçal do Viso
Rey, aquem dareis conta do todas estas comas, pa-
ra cora sua reposta vela mamdar dar nellas como ou-
ver por meu serviço.
V.—E no que tom aapresentaçal qmo pedis de Ou-
vidor dessa Cidade ser feita por vós, nal ha que tra-
tar, pois convens que sejaá letrados os que ouverem de
servir nesse carguo, como velo já tenho mamdado 00.
mover.
asai mamdo escrever ao Viso Roy vos faça
( 105 )
69
Vreadoree e procuradores 'sie) da Cidade de Goa.
Eu El Rey vos envio muito saudar. Vi vossa carta de
16 de novembro de 88, ofolguey de saber o.que por
ella me dizeis, eas coesas de que me does conta que
he tudo comforme ao cuidado eseno que de vós com-
70.
Vreadores eProcuradores (sio) da Cidade de Gee.
Eu El Rey vos envio muito saudar. Sendo muy neces-
serio vir amim oCardeal Archiduque meu eobrinho:e
Irmo", que doixey no guoverno doe meus Reinos eSe.
nhorios de Portugal na abzencia que deles fiz pera os
de Castela, pera com elle tratar alguSs roucas de muy
granada importancia aos meus Reinos, elhe comunicar
outras que tambein muito convinha(' ao serviço de Der,
omeu, assentey de dar ordem eforma no dito guover-
no com que nab ouvesse falta nele durante esta sua
abzencia, edar que se me offerecerrul escolhy e apro-
vey aque he mais comforme hos promessas que fiz aos
ditos meus Reinos sobre oguoverno deles, dezejamdo
de em tudo lhes fazer avantajadae merece, tendo por
muy certo que os vassales deles mau conhecera'', eser-
viraS sempre inteiramente, obriguaçaS muy devida a
ellae, easua lealdade, eao que eu deles cSdo, e com
esta rezoluçaS, em que tive todas ao consideraçAes que
tal meteria requere, nemeey por guovernadores dos di-
tos meus Reinos Dom Miguel de Castro Arcebispo de
Lisboa, Dom Joar3 da Silva Corada de Portalegre meu
mordomo mór, oConde Dom Francisco Mascarenhae
Capitas dos ginetes, Dom Duarte de Castelo Branco
Conde do Sabugual meirinho mór de Portugal eVeedor
de minha fazenda, eMiguel de Moura meu EscrivaS da
puridade, todos do meu conselho do Stade, dos quais
550 toa grande °maenga por quem sal, por sua muita
prudeucia ooxpriencia, que tenho por muy certo que
procederam no dito guovemo com muyto contentam.,
ta esatisfaças, de meus ',emanes, ecumprira° Inteiras.
megte asile com minha obrigaçaã °mofoso» ha Patente e
regimento que pesa tudo lhes mandey dar; oque me
parem» comunicarvos por esta minha carta, peru
por alia osaberdes (reposta aentidade da meteria) em
que espero que de todos em geral, e de vós em espe-
cial serey tal bem sorvido coma odeveis a vossa obri-
guaçaó no mesmo meu serviço. Eu encomemdo eencar-
regue aos ditos gnovernadores com oencarecimento que
lia rezabnaã Comente oque convem ao bem conntm eine
redumda no particular de todos, mas oque acada hum
pode tocar, como se disso me fizera lembrança. Escrita
em Madid atres do Março de MBLXXXX e quatro
(1894).—REY.
( 81. )
71.
Vreadores eProcuradores (sie) da Cidade de Goa. Eis
El Rey vos envio muito saudar. Recebi vossas cartas
de 14 de Dezembro de noventa e troo, etive desprazer
de voa naã serem dadas as minhas, por qua em todos
os anos tenho lembrança de vos inundar escrever eres.
pomder aafias, emaculo dar ordem pesa que daqui ela
diante não aja esta falta.
11.—E quanto ao que me escreveis que ymporta ha
eoneervaçao eaugmento desse Estado manadas que os
meus vassallos da coroa de Castella naá tenhafi trato
nem comercio na China polias rezãis que sobre isto mo
apontais, posto que na defesa deste comercio tenho pro-
vido bastantomente, eproverey do novo por via da dita
Coroa, emamdarey ver oque me dizeis sobre os Chin-
cheos que se passarab has Manilhas pesa se nisto fazer
oque convem a bem de tudo.
111.—E no que toca ao mosteiro que vos parece que
se deve fazer noa» Cidade para recolhimento das filhas
dos fidalgos epessoas nobres que mo sorvem nesse Es.
( 109 )
ik,i,id(
isIterati.
z l
i.;mas adiante cm carta de 25 de janeiro do
112 )
(fi. 82. )
72.
Vreadores e procuradores (rir) da Cidade do Goa
Eu El Rey vos envio muito saudar. Vi vossa carta do
14 de dezembro de 94 eas coesas de que por elle me
dais conta, em que vem alguã's referidas de outras car-
tas vossas dos asnos passados, que me mit foram da-
das, e por isso vos naã marndoy respomder a cilas.
II.—No que toca amoeda dos xarafins que se lavrou
nestas partes, sobro que mamdey ao Viso Rcy Mathias
d'Albuquerque tomasse o milhos e mais conveniente
isco que pudesse aves para se extinguirem do todo, o
me dizeis que por se entemder que se devia de recolher
toda por conta de minha fazeinda e ficar cá elle aper-
da que se asiles tivesse, não acabara o dito Metidas
d'Albuquerque de tomar assento nesta maioria, porque
convem fazerese com a consideração que cila pede,
Inanido ao Comde Almirante que ora envio por mou
Viso Rey desse Estado, que ouvidas as realce que ha
por parte de minha fazemda, o assy dessa Cidade, se
( 112 )
(Il. 85.)
73.
Vreadores eproárador da Cidade deGoa. Eu El Rei
vos envio muito saudar. Pollo esc/nadai° que nessa Ci-
dade onos mais lugares da Lm:lia averia de oViso Rey
Mathias d'Albuquerque tirar do cargo de Voador da Fa-
zenda do Goa aAntonio Giralte sem ordem minha, nem
culpas suas, epor solte pessoa extrangeira (a), na.3 po-
dendo por isso ser provido do clito officio comforme di
promessas que fiz a estes Reinos, me pare. %) ammdar-
vos escrever por esta carta que tive deste muito despra-
zer, equo mamdarey nisso prover com justiça peru que
se satisfaça 30 escamdalo que de ambas . estas 3011838
ouver. Escrita em Lisboa a9de Março de 596.—REY.
(fi. 89 v. )
74.
Vreadores eprocuradores (ria) da Cidade do Goa, Eu
El Ray Vos envio muito saudar. Recebi vossas cartas de
quinze de dezembro- de 95, ev1 as cousas de que por
cilas me deis conta, e assi os apontamentos em que
particularmente tratass de vos nen guardarem as liber-
dades, que' tem essa Cidade, perturbamdolhe os monis-
tiros do minha fazenda afranquia de quesempm usara;
eporque Ice mataria der consideraçan, Er em quertanbem
devem ser ouvidos os menistros de que vos queixaes,
Inamdo ruereteraoComdaVi,o Rey que vos ouça atodos,
e verifique arenal de quem ativer, para com sua em—
formaçan. mandar prover nisto como ouves' por meu
'serviço; aquem, tambem apontareis as causas .e rezhis
que daes sobre aalfamdega de Chaul, eobrigaçnis que
se culta puzeran, que dizeis que encontran aliberdade
da franquia dessa Cidade, para tombem disto me en..
vier sua enarormaçan; esobre as mais liberdades que mo
dizeis que vos cal foral guardadas peno Viso Rey
Mathiaa de Albuquerque ena Rellaçan, lhe mando que
um tudo oque aellas toca vos faça fazer justira, eque
tenha aconta que Ice rezan oh' as °ousas dessa (i-
dade.
11.—E no particular da Rellaçan que dizeis quo Ice de
pelica effeyto, emais cousas de que tratais em vossa
curta, se vos pudera estranhar meterdesvos nesta., me-
terias tal assentadas, e que vou nen local; m89 bem
creio que ovosso zello vos persuadiria aysto.
111.—E sobre aconquista de Ceilan mando prover
como convem ameu serviço; e no que de vossa parto
puderdes fazer para obom efeito della, borofio que roo-
pomderâ oprocedimento ánecessidade.
IV.—E quanto ao que dizeis que he costume os oh.
dais de minha fazemda servimdo seus cargos tirarem
certidnis de remdimentos que acresentaran nela, tenho
( 118 )
• (fi. 90.)
( 120 )
75.
Vereadores eprocuradores (sie) da Cidade de Goa
Eu ei Rey vos muito saudar. Vi as.eouead do que poh
vos,a carta de 19 de Dezembro de 96 mo deis,conta, a
que vos mundo respomder nesta..
11.—Ao que dizeis que os Viso Reis. desse Estado naii
guarda6 aos Cidadhis dessa Cidade os,previlegios que
pollos Senhores Reis meus antecessores, que Deos tem,
lhe foraõ concedk,s, eu marmley escrever ao Comete
Viso Rei, em curto de oito de fevereiro do anno passa-
do do 9-7, que foy nas vias das mem de mesmo ano,
que vos ouvisse sobre esto particular, efizesse em tudo
coliga:mento do justiço, ea essa Cidade mamby tem—
bem em.rever que entenderia dello como nisto eem tu—
do omais lhe encomemdava as cemos delia..
ao que dizeis quo os Viso •Reis tratar, mal
essa Cidade guarndo os ministros della lhe va6 fallar
em negocias de meu serviço obem comum, eu lhe imbu
mamdedo mos cartas dos anos passados, quo guardem
nisto aordem antiga que se sempre teve, eagora terno
amarndar escrever ao Comi° Viso Rey nas vias deste
eme que quamdo os Vereadores dessa Cidade forem a
elle em forma de Camara sobre negocies da mesma
Cidade, os trato como os mem Viso Reis eGoverna—
dores costumai" fazer aos fidalgos de minha casa, posto ,
que o01163.6 anal.
IV.—Tambem mo deis conta corno depois de partidas
as nanes do ano do 90 pedireis com instancia ao Viso
Rey que tomasse rezoluçati na meteria da franquia den-
sa Cidade com parecer do Arcebispo Dom Fey Alei»
de Meneses ede outros Prelados o theologos, eque sal
Junta quo se delles fizera se assentdra sem& todos cem
formes que avossa posse era boa, oposto que já oano
passado mamdey ao Comde Viso Rey quo visse as
( 121 )
(a)
,( 122 )
(fi. 7:13. )
76.
Vereadores eprocuradores (sia) da Cidade de Goa.
Eu El Rey vos envio muyto saudar. Vi vossa carta de
17 do Dezembro de 97 com as lembranças que me fa-
mis, aque nesta vos mamdarey respomder, efolguey
do saber o que me dizeis sobre o modo em que vay
proCedendo o Coando Viso Rey na obriguaçait do guo..
( 124 )
(d. 95.)
77.
Jiciro vreadores oprocurador °procuradores doa mis-
teres da Camaro da Cidade de Coou. Eu El Itey vas
solvi° muito saudar. Vi oque me escrevmteis em vogas
cartas que me imviastos pelo gualia5 que o ano peado
veio dosas partes, eoutra do primeiro de dezembro do
608 que veio por tora, oestou bem indeirado do uno
epromtida5 com que acedia as cousas do meu servisse
que he condor,ae acomfiansa que do vós tenho, qua
muito vos agardeso, eas lembranças que me fazeis dele
edo bem custeio, sobre que inanido escrever ao Vis',
Rey oque ouve por meu serviso como lá saboreie,
eda mesma maneira ofaso sobre os bazaruquos odirei•
tos que por ordem de Manoel Mascarenhas se aromam,
em Malaqua dos gualiois que vieraii da China, como mu
escreveis.
IL—E no particular da divida emtre essa Cidade o
ade Cochim sobre os direitos doe fazemdas da China
que ali se despachab me preso° na5 me resolver niso
seco priineiro vir aimformma3 que tenho mamdado coe
me emvie, c5 ella ofarei brevemente.
111.—E ao que dizeis sobre Baltazar. de Sequeira
mandarei tambem deferir com aimformasa5 que te—
nho mandado se ma emvie. E sobre Dominguos Vi—
eira Soares mando se vos avise dos termos de seu
despacho.
IV.—A fortificagab dese Cidade he da importancia
que sabeis, e pelo cuidado com que acodis de roucas
de vosa hobriguasa5 si por escusado encomendar—
227 ‘)
78.
79.
Vmadores procurador eprocuradores dos misteres da
Cidade de Goa. Eu El Ruy vos invio muito saudar.
Por vossas cartas que inviastes pela caravela e náus
que o ano passado vieraii dessas partes, epelas do Viso
( 128 )
—
INDICE DOS DOCUMENTOS
DO 1° FASCIOULO .
DATA. Num.
3 Março 1529 1
26 1532 2
27 Fevereiro 1535 3
4 Março 1535 4
10 - 1536 5
20 Fevereiro 1637 6
24 Março 1538 7
10 1540 8
8 Abril 1542 9
3 1544 10
20 Dezembro 1546 11
25 Março 1547 13
16 Novembro 1547 12
14 Março 1549 14
1.° Abril 1550 15
4 1550 16
2 Março 1551 17
1552 18
13 Março 1553 20
25 -1553.. • 19
20 -1554 • 21
15 - 1555 . . 22
15 -- 1557 23
20 -1557........... 24
19 --1558 25
23 -1559 2C
--1559 27
14 1560 28
15 -1560. ,... 29
22 .- 1560. 30
25 Fevereiro 7561 31
( 134 )
7Março 1561.. 32
11 —1562 33
— —1562 34
14 —1562 35
4 —.1563 36
6 1553 37
10 1564 38
23 Fevereiro 1565 39
6Março 1566 40
7 1567 41
14 Fevereiro 1568 42
16 Março 1569 43
oo 1569 44
1° Fevereiro 1570 45
27.1571 46
1° Março 1571 47
6 Fevereiro 1572 48
7Março 1573 49
30 Janeiro 1574 50
10 Fevereiro 1575 51
31 Janeiro 1576 52
16 Fevereiro 1577 53
5 Setembro 1577 54
18 Outnbro 3578 55
24 Fevereiro 1579 56
7Novembro 1580 57
22 Março 1581 58
27 ——1582. 59
2Fevereiro 1583 CO
24 Março 1583 61
1583 62
10 1584 63
15 Fevereiro 1585 65
26 1586 65
28 janeiro 1588 66
6 Fevereiro 1599 •
• 67
7Março 1589, „ ,, • ,, ,., ..,.. ,.... 68
( 135 )
Março 1590 69
3 Março 1594 70
27 Fevereiro 1595 71
8 Março 1596 72
9— -- 1596 73
13 Fevereiro 1597 74
25 Janeiro 1598 75
19 De.embro 1598 . 76
24 Fevereiro 1610 77
9 Março 1610 78
8 Fevereiro 1611 79
1NDICE
DAS MATERIAS DO 1.r FARTUM.°
43-1V.
abootagoria —Que ae guardem or privilegio. da Cidade
soare Gla 18—XI1L
95—E111.
dfirrourreo dos nua, —Protter‘ El-Rey corno for jortiço 96-1V.
Aodré de rallodares.—Vul Officio de eseriodo do dfae‘.
dory de Goa.
Anil. lua, icor e idade razoá tle se agravar sobre o
conIrtglo tela.* delle, que ee fea to Reiuo por
•On. da Real fasearia 68-11.
Antdo de orouha (D) Folga El-Rey de eaber +eus
41.
—ehetaram • El-Rey reter...91as— 65-1
Cartas de E1.Rei a Cidada—dajaa, euvrdados «pilo-
.. tellas sem outra for.n11,11.• :
( 140 )
ti.
( 144 )
te ume
--Terra El-Rey coulentameato de saber u• termos
em que está a obra do baluarte, itle manda fase,
na porde Jo palmar deve nome 76-11t.
liorpor Gonsolvee.—El-Rei proverá coroo for jusliça so-
bre o officio da meirinho, do que dizem que este eu-
gmto está de poise contra forma do prov4ado de RI-
Rey le VII.
Raspar de Melro, Capitão 00 Chhole.—Desaproure attlItcy
o que aeonlecoo em Camara enlre RI* a D. Duarte
vereador 04-1.
&uh: dor Fidelgeo—Sno exe•rsivos 43-1V.
Reale do rhscdo.—Vid. Home« de noção.
Gente do Reine.—Meada El-Rey quo pada soarmos •
occasiSo 4Io tempo 48-1111.
Gentior Vid. Bron.ner, Fei:crer ejunonente.
Gil Fernander Foreldee.—Fee-lbe El-Rey moo. pelo
que mereeeo no cerco de Gois Je lit. • 19-1.
Geuernaderer de PorCogal.—Qoeer (atm. o. quis
deram ao Cardeal Aretsiduque To
licito,. de Mein, Perriro.—Folga KI•Rey de rsbot as seus
serviços . s 14—V.
Henelcue {rep.—Suo accearno ao throno 53.
flegriquee de &etc.—P.a a El-Rey toinalo per •ess
casalleiro pela boa. 4.. dolie II.
os OfIlcirms da C.Imle O.
«Nome ," de Napdo.De novo torna El Atey aescrever ao
V. Rey sobre elle. 66—IX.
—Teus EI.Rey mandado prover 0. mamilo sobre
os que ha »estas perles 69—V1.
—Mandará Efelfey para o Reioo os que forem
prejudiciaes precedendo informaçílu do V. Rey. Ao
Mait não podo tolher o corumereio do mar, que Im
todos I—Al.
--Dlandarh El Ray sobre elle: prover comu emmier
mais a ...riço 4Ie Deos e seu. ehem deste Estada. 70-111.
—Ao V. Rey maudo EI-Rey o que ha por bem rlSe
nislo se faço 04-1X.
—Com informação do E Rey responderá. Elv.lis7
sobre o que lha pedem ateres delles 7i—Xl.
Ind. arr.. N002. e Foilores.
Irospital.—Telc EI-Rey maudad0 prover cobre rua adiai.
oistração 4—V11.
El-Rey mans10410 o que h• por bom vin...
fera. E paio. Ou eaferimeiro emir que se gu..rde
( 148 )
•Ifendego 11.
João Rodriguee Ritreiro, Procurado! da Eidade.—Como
foi despechado por EI-Rol 00,
Jorge Froncisoo.—Velo do Reio provido na estreveninha
de feitoria da Ilha de S. Lourenço 5.
--Pede EI-Rey 1Cidade que lhe dê a...aninha
dos mantimentos por mais do. Invla alem dos tres
porque aserve 1.
Jorge de Mendonça, Cepilão da Cidede.—Recebeo El-
Rey ...Memento aa informação que lhe dão de
como alie terve 61—V1.
Juizes dos 0,15°8.-0 V. Rey proverá é.00 as pessoa1
que o devem kr 38—XIII.
Juramento das gentios.—Que seja dado no Pagode de
Rendará, ou onde ae parteo o requererem- 2—XVIII.
ludira.—Agradece El•Rey as lembranças que neakom•
teria lhe fems, a tem eneomm-ndado ao 1. Rol. 64-0.
----O V. Rey dere remedio á falk que vel• Cidade
SI ......... •.............. 69—V.
Leginme.—Requeirein ao V. Rey sobre as que kvem os
orneie. da Alkodega
Laser', Cola de S. Leen.
Lembranças—Agradece El•Rey as que os Ornei.. da
Eideda lhe fazem 11-1.
( 149 )
77.
4t—f.
43-1
53-11.
54-1.
65.
68—V11.
'77-1. Er.
---Que as faça aCidade a El-Rey 6R—VI.
--Com o que e Cidade Bser terÁ EI-Rey aque lie
rogo 71—XII.
EI-11ey por beta feitas as que lhe fazem dos
ddalgos etoais pessoas, que o servem nolo par-
tes 18—I.
Letrado da . eamara.—Que o posa haver, eque. «jata
«o privilegies 35—X.
Letrados—Tem RI-Rey provido sobre o breve despacho
do feitos, e«bre servirem hem seus copa 17—IV,
— Quao se podem escusar 36-11.
---Sobre se devassar delles agradece EI-Rey • lem-
brança 38—X11.
--Agrade« EI-Rey & lembrança, que lhe faseia
sobre a necessidade dello neste Estado 61-111.
---51audard 181-Rey prover ouso for necessario no
que lhe ped7m sobre as mandar ir para o Reiao
tento que 000eirem tro «voe o carpe, de que
vem providos 711-1V.
----Proverá El-fiei como for mais conveniente sobre
ngo virem ferrado do Reino para Ouvidores das
fortalezas; maa só para servirem na Relaçgo de
Goa 75—V111.
_—Teno El-Rei provido «mo saberaa do V. Rey
sobre oque pedem &cerca de «R serem letrado os
Ouvidores das (oleie« 76—V:.
Lierntar para aaregaçáo.—Nào me podem dispen rrr rr 18-1V,
Leio Meares de Moura (Licenciado), Ouvidor Geral do
crime.—TerÁ leMbrança de seu bom pro-
cedimento 72—XVIII.
Luis de &acide (0.), Vice Rey.—Conlia EI-Iley que
terá de tudo cuidado 4 31-11.
---S« vinda segunda iro 54-1.
—Esperaaças que oeile tem EI.Rey 55.
50-1.
liedeire.—Sobre se que 7. Reis da& dee toras de Da-
( 150 )
6 FASCICULOS EM 10 PARTES
FASCICULO 1 EM 2PARTES
FASCICULO 2
FASCICULO 3
FASCICULO
FASCICULO 5 EM 3PARTES
FASCICULO 6
FASCICULO 6 SUPPLEMENTOS PRIMEIRO & SEGUNDO
ARCHIVO
PORTUGUEZ-ORIENTAL
6 FASCÍCULOS EM 10 PARTES
FASCICULO 1
PARTE 2
\ 299283
ASIAN EDUCATIONAL SERVICES.
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•5SRIPLIRAM FIRST STREET, MADRAS-600014.
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Printed at GAyatii Off. Press,
A-66, S. No.2 Noida, [FAL Ghaziabad
(1-
ARCHIVO
PORTUGUEZ-ORIENTAL.
FASCICULO 1
PARTE 2.°
ASUA MAGESTADE.
1595-1609,
NOVA-GOA.
IMPRENSA NACIONAL.
1876.
CARTAS
DA CAMARA DE GOA
A SUA MAGESTADE.
1595-1609.
2
Carta porh:cular do ~amo nono da .95.
utCitear
tCo'
n? :̀
,iet'on
smrát'
acv
's'a: 2's° roer*It,ó'd:
( 24 )
I
I. om acarta de V. Magestade recebemos oam•
( 32 )
4
Carta, que acidade de Oca urrem a Sua Magestade,
oanuo de 97.
5
Carla, Que oeido& de Gas eaereeeo a Sua Atagestade,
oanos de 99.
6
Carta, TN a cidade de Goa ~remo si «ao Mayestade,
oe?MO 1,3600.
sio
ral, agora em particular merecemos summariamente com
esta pertenção, pois sua causa vai fundada justiça,
da qual V. Magestade he verdadeiro executor epro-
tector, aquem Dem poz na terra dotado de tantas vir-
tudes, para que mediante seu espirito governe tantas
provindas, etantos reinos pacificamente: permitta alie
dar aV. Magestade largos annoa de vida pera con-
servação de todos alies, augmento da fé mtholica, e ex-
tirpação de todas as heresias.
III. Primeiramente lembramos aV. Magestada quão
mal guardadas são nossas liberdades e foros antigos
palies Viso-Reis, esempre teremos de todos esta queixa,
se V. Magestade não provê de ma ne ira que sejamos sus-
( 7G )
7
Carta, qua acidade de Doa ¢.11b40 R Sua Mageetade,
oanuo de 601.
8
Carta, que acidade de Coa escreveu a Sua Magestade,
oanno de 1602.
mas pera hum novo tributo, que tem posto, que nio «a-
dindo V. Magestade lhes ficará em grossa renda, por-
que concedem licença por certo tempo acada naç3o de
gentios por hum tanto que lhes dão; eoquoellos dotou-
dito com selo da cristandade, deão per dinheiro franque-
ando contra ella. E como elles sejão po3soas, contra as
quaes aluguem pode proceder, não ha quem lhes vá ti
mão; etomão por fundamento deste trotado aroube-
sito, de que eito monistros, dizendo que pois os infieis
se nXo convertem, paguem pera o gasto dos con—
vertidos; o que se permittira, se se ouverão de con-
verter almas por força. E está esto negocio em estado
que lhos concederao licença por sota annos por bons
tantos mil cruzados, epois he bem quo se impida esta
passagem, por se evitareln idolatrias, não se permitta
conceder—se por dinheiro, nem eitos podem ser minis-
tros desta imposição, a qual tem escandalisado tento a-
te povo, que pedimos a V. Magestade proveja no caso
como asustancia dello requere, aflui porque estos homens
não vão avante, como porque se evito o escandalo, que
os marnos gentios recebem de alcançarem por dinheiro
oque oselo de sua salvação lhes impede; pera oque ho
necessário provisão de V. Magestade pera se não entre-
meterem em pôr tributos aos gentios.
X. Todas as cartas, que esta cidade escreve a V.
Magestado vão eheas do queixas de quão mal guarda-
dos lhe são soa privilegia, mal aque, já se oito acha
semedio, sendo este o tisouro deita, o tondo—lhos V.
Magestade confirmados por carta, que oViso—Roy Ay-
roo de Saldanha nos passou, edos Viso—Reis foi sempre
esta queixa mais geral polo pouca cortesia, coM que Ora-
tio aos cidadãos dosta cidade, asai os que forno, como
agnelles que actualmente assistem no governo delta,
passando muito alem nas prisáes, do que nasce não a.
ver já fidalgo, nem outra nenhuma pessoa que aceite o
cargo do Vreador, nem outro nenhum da mesa, avendo-se
por mais honrador'som elles que com os privilegia,
( 99 )
e
( 102 )
9
Carta, que acidade de Goa a,gurs ~todo,
oamuo dá 1608.
10
Outra Carta do mesclo anuo.
11.
Carta, irai as Bailamo Vreadores do anno de 604, em
fim dalls, ~mordo por tona aSua Mageetade.
'
I. N tio tanto pelo que em geral toca ágovornação
deste Estado sentimos afalta das 'Mos que desse Reino
esto anno carregados (7) se esperavão, quanto pelas boas
novau da saude de V. E. Magestade, de que ficamos ca-
recendo; mas permittirá DOQS Nosso Senhor seja esta
tão perfeita como estes seus vassallos desejai>, epira aug-
monto odelbado do asas Janota fé ho necemario.
( 129 )
12.
Canta, que Os Senhores Vreadores eserenerao prie-
eipio do anno de 1605 por terra aSua Magestade.
quem lhe saiam opoeto que rola que com esta vai se
deixa ver que oViso Rey ordenou armada de oito mios
peru os seguir, tombam se aponta que não avia de a-
ver effocto, como o tampo mostrou, porque posto quo
Cosmo de Lafeitá trouxe do Norte mais do que se ima-
ginou; que forte cinco nãos muito formosas, duas das
quit09 aerãO 118 fortalezas do Norte armadas âsua CUSto
de artilharia, que tirarão do seus murbs, ecom odi-
nheiro quo ui:Roa vaio para apaga dos soldados, ofi-
dalgos por e.;piiãos delias com as despesas feitas, o
que os moradores daquellas cidades fizerão com hum
animo ezelo qual sempre mostrarão pera adefensão e
conmrvação deste Estado, ooutra estava armada pela
cidade de Cochim esperando aarmada com que sie avia
de ajudar, afora duas outras mais, que neste rio avia,
que se poderão negociar, pois avia tempo e occásião,
oos homens tão dispostos ade sua parte não faltarem
com sum pessoas e fazendas, com tudo não foi Duos
servido que isto ouvesse effecto; os respeitos ello os sa-
be, que são segredos seus; porem nossa opinião ato he
outra senão que nos quer Dons desapossar do que com
tantas somjustiças possuimos, odemaziáda cobiça, que
ide reina, etodavia não faltarão lembranças do Ares-
bispo Primaz, que as foz (?) nestas matarias como se
estiverão só á sua conta •(que prouvera a Dons que fos-
lo), nom tamboril se descuidou esta cidade, o outras
pessoas quo lhas podido fazer, que tudo não montou
Imas, porque afio faltão ministros econselheiros, que
eheos do respoitos encontrão todo obem, equando che-
gou amuito foi mandaremse duas nãos, que são as que
vieste armadas polas cidadoa, com gente de socorro a
Coilião, oa principal causa disto foi estar adespesa foi-
ta de manoira que se não podia cobrar odinheiro, o
nisto mirebontão as armadas da Iniba em tempo do tan-
ta nomesidade, mas so esta extraordinaria se foz, pou-
pou«, sala alia a despesa da do Ilialavar, quo esto an-
no cite 011VO, que há aprimeira voz quo na bulia a-
( 139 )
13.
Carta, que a cidade escreueo o anuo de 605 pela ar—
mada de Breu Telles, de que foi hum traslado
pela caravella.
14.
Carta da cidade de aos a Sua Magestade, que foi nas
Mos ele Bras Telles oanuo de 1605.
15
Carga, que a cidade do Geo esevooloo oSua Magatado
o«Imo .cio 1606.
N-
r. 1 ao foi Nome Senhor servido trazer este anno
aeste Estado nãos desse Reino com boas novas da sau-
de fie Si'. Magestade, cuja falta sobre tudo sentirão es-
tes poucos vassallos que V. Mugestodojá oje nelle tem,
como aobrigação pedia, porem esperamos em Deos tel-
has em Janeiro por terra muito bom, com oque se a-
( 169 )
:/ lA
iot
sum está em branco no registo.
( 172 )
com atença que ouver por seu serviço. Serve esta cida-
de de maneira que lhe devemos pedir a V. Magestade
nos faça mercê mandarnos deferir aeste requerimento,
.8061 por esta cidade opedir aV. Magestade, como por
elle omerecer, e ficar autualmonte servindo na despe-
sa destes galeão,' que andão no Sul com muito solo o
trabalho seu.
XXII. Já esta cidade deu conta oanuo passado a
V. Mageatade do grande prejuizo que recebem os odor-
mos, que ao ospital se vão curar, que são todos os sol-
dados da India, em os Viso Reis quando cheg,ão mete-
rem nele por Saio° esurirgião os que eitos tracem com-
sigo, afim de lhe darem aquelles ordenados, que de
ordinario são modernos, a que se lhe ajunta apouca
experienoia da terra com que entrão, de manéira que
quando avem a ter, então he quando acalsão, evem
outro Viso Rey que os tira, e isto âcusta do muita
gente que morre: pelo que V. Magestado mande que o
ospital no dê no mais experimentado esoficionte fieira
e surgião, que na torra ouves, pois he meteria °In que
tanto vai, eniM são estes os cargos que se hão ae dar
pesa proveito, pois oremedio de tantos consisto noites.
XXIII. O anuo passado deu esta cidade aV. Ma-
gastado conta de como o Arcebispo Primaz tratara de
ordenar como as mulheres andassem com os palanquins
descobertos, ou ao menos meos descobertos, sobre oque
se lhe fizerão as lembranças orequerimentos nocessa-
rios por parte de todo esto povo, e se dorão as roz3o•
que contra isso avia, que tambem so enviarão aV.
Magestade, com tudo em hum Concilio que foz esta 'o-
rno passado, se tratou esta matcria, oso assentou pe-
dira° aV. Magestade mandasse que os ditos palanquins
andassem de feição quo se podesso ver quem noites Lia.
A meteria he tão odiosa, odo calda& que em nenhu-
Illa forma devo V. Mag,estado conceder, nora mandar
tal, pois esta torra he fronteira. As rezãos que pera is-
so ha eatiiii oNcritas aV. Magostade: façamos V. Ma.
( 187 )
16
Carta, que acidade escreveu a Sua Mageetade is anuo
de 1607.
par, que com não serem mais que ocapitão mór, aDom
João de Meneses, eporque a não São Francisco doo em
secos ao sair, eficcut em Moçambique, apartarãose, e
em differentos dias chegou cada huma delias aesta
barra.
XII. Como foi João Correu de Sousa, que sem to-
mar Moçambique, veio aonze de Setembro, eDom Ja-
ronimo Coutinho aoito d'Outubro,' eDom João de Me-
neses a dez na não Bom Jesus; de maneira que as os
imigos estiverão mais abaixo, lhes fora cada huma del-
la., cair nas mios, como fez Jeronimo Telles Barreto,
capitão da não Loreto, que partiu em companhia de
João Correu de Sousa, epor vir mais tarde, encontrou
os imigos quatorze legoas desta barra, com que veo pe-
lejando hum dia 'e huma noite, edando em moco, pos-
to que te então tinha valorosamente pelejado, se não
pode defender das lanchas, que lhe lançarão, porque
não trazia mais que vinte pessoas iam, etoda amais
gente doente, e maio cativarão, ematarão, ferirão ou-
tros, saquearão anão do dinheiro efazendas, ese pro-
verão de mantimentos, e da não tomarão só troe ou
quatro peças de artelharia de metal, porque tão bem
providos andão deita, etão ruim era aque deixarão,
que se elo quizerão oecupar com elle. A' não posarão
fogo, posto que Jeronimo Telles o tinha feito primeiro.
XIII. Vierão depois surgir nesta barra, na qual a-
charão feito oforte, de que jkavisamos aV. Magesta.
de no Morro de Bardm, edello pera dentro as troa nãos
do Reino, que a respeito da artelharia que noite está,
que esta cidade lhe poz (e inda da que tinha levou o
V. Rey parte em sua armada )não mverão cometter
as nãos, antes se afastarão delias edo forte, de manei-
ra que a não acharem esta força, sem falta se meu.-
rão todos entre as nãos, eas debaratarão, porque pos-
to que o Governador deu logo ordem para os capitães
estarem nelas, eas proveo de gente, que pera isso pa-
gou, e arim mandou dar de comer em quanto ahi es-
( 198 )
e
pera aimpossibilidade epobreza dos moradores ho loas-
( 202 )
17
C,Mtt, .4(1‘8% cidade esereueo a Sua Afagedade em 26
do Dederabro de 1608 amos.
18
Outra earea,gne a cidade encrenco a Suo Magedade eia
8 de Janeiro de 009.
FIM DO LIVRO.
IND10E
A SUA MAGESTADE.
F.1,1111
N. B.
O algarismo indica o documento; aleira roma-
na o capitulo.
7—Vill
.deuado—Vid. Morro de Dards..
Agwiar (Mão det—Chridlo novo; agora gruo«
privado de Melique 1-0111
Aires—Vid. Agres
D. Fr. Alelso de Meneses—Vid. Areedipo de
leoa.
Alfosdego de Chavl—Vid. Chau!.
AI fende, de Goa—Prejuiros que reaultem de
ami «rendem«. 8—XX
—Perdes que lem por ceder anon-
da 9—VI
(246 )
17—V1
17—XVII
Vid. I,iccoosidades do, Relede,
Arcebispo de Geo( D. Ir. Aleiro de lenem. )
—Spur louvores 1—XXIX
--Seu. louvor... Deve S. M. mandar que
os V. Reis se sogeitern ao seu perecer 3—XXIX
--.—Pede a cidade a S. SI. lhe não ameeda
ir para o Reino, como dieenÁque pedio 9-7151
—01Terece—se ir cole proptie me Rd» da
parto la cidade 11-11
--PÁ rume auto 'mordedor 13—VI
( 247 )
Vid. Pimenta
"da.. (halo O—Chris.° Novo, que S NI
reg eauitgo dar pr~s de Maeulapalle, agem rene—
gado, e aos. inimigo I—XVII
Camara Vid. Vereador.
Vid. Lembrasse.
C...a—Comam ~remimos que depole neo
Pedem Pager 7—XI
---Sem má,» procedimenles 8—VIL
--Peie,. ao. Derembargedorat ene resIden-
8-6/11
Vid. Rcrjdeaoiao
Coyitdo da cidade—MO deve =kik me Ca—
l.. 8—XX
Carauelta—Rusede chegou • de q.. era emp1130
Bastido da Collo 13-1V
--Quando chegou a de que ata capilar, (im—
par Barbosa • 13—IV
--Foi mim com erige ao Reino em ~a—
bro de 1805 14-1
—Foi uma ao Reino colo avisos de V. Rey
D. Marfim ell'onao de Casino enviada da Afalara. 16-111
Cargos—Niko os morão os V. Reis mu se» cria—
dor 5—X1
6—V
---Dácieee aos Reino,. rec.', chegado. eorn
prelerlygo dos que cá tem eervido 16—XXXIII
--Devem—se dar atm aleijado, na guerra 13—XXXIII
Var. de S. M.—CoMenlamenle CO, que a a—
mara arecebe, 3-1
--A de 3. NI. sobre o deseraaer que temas
o V. Rey Maibier de Albuquerque irar ovelare da
fazendo der 511.0 animo ecalor á cidade pare
faxer lembranças
—Contei...alo da cidade pala quatro
S II 4-1
-- Teve oV. Rey ISM. per breu de A 81
eco 604 • 13-1
--5 goe sela 4chiado do 8. O. pela &ni—
vel'. de Grapar Barbosa 13-1V
--(bilro que ralo par lurre Ibid
---Oulre que reis 1 555 roi-Radia de Boaligo
da roo* lbid
Cortes Ar R. M. Fomo ... e. Oda. peia ci
uun. anila euel..lamenio. e rodou copla. della+
pneriPee“iducillo• 1-1
(251 )
Cartae—Agradeta cidade ar de S. M 6-1
--Recebes as de S. ?d. acidade no cano da
1600 6-1
--agradece acidade as de S. 11 7-1
—Agradece a cernem as de S. M. e as boas
novas que trouxeras, 13-1
—Recebe-as a cidade de S.61. e as agra-
dece P—I
--As qne a cidade enou por terra 13-1
—Pede acidade a S. M. licença para a
ercrever por Serra quando for neeestarie IS-111
--As que vinham de S. M. para as cidades
do Estado
--Viu consenti« o V. Rey Apita de Salda-
nha que a cidede as escrovesse a S. M. por terra. 14-11
--Torna a cidade a pedir a S. M. licença
para lhas escrever por mar, ou por terra 16—XIV
—Agradece a cidade as que recebes de
S. RI 16-1
—Recebeo a tidade as de S. M. e as agra-
dece 17—I
Vide—Vias
Corta, de jogar—Yeio do Reino o estanque dell.
Int Pede a cidade se gaste cá o seu readi-
amolo 9—VIV
Casa do Moeda—D.reito, novos que alli se
introduzirão, manda-os S. M. tirar
5—XV
6—V
--Mio se arrende 6-1V
Casadad—Devem acompanhar o V. Rey quan-
do sie 17—X1V
Canado, efidalgae—Hs dissentes de °avalio eia
Coa 17—XIV
Cedido—O que convem fase, para segui,. &geena
conquista • P—VII
--Repete a <amara as mesmas lenbranças a
S. Si 3—IX
l—IX
5—V1
--Sins necessidades 1—O
--Foram Is os Hollandeses.Carece de ...-
corro IS-1
--Fr« provida do dinheiro do «às por estilo. 15—X
Chatd—Inco[nrepientPt que residido da sua alfan-
dega 1—VII—VII
(252 )
Chaul--Negoci. da sua alfandegi
1,111—V111
8—X1
—Pede acamara se lhe guardem o. privile-
gio. 5—X
6-1g
--Renovam as queixa. .obre ato guarda-
rem seim privilegio* 11-7111
--Acodem mal ao ...viço da cidade. Melo
de o remediar 2-7111
—Tornaa cidade a pedir se não perdoe aos
que elo querem ao vir os cargo. da doce...aça
----São mal guardado. privilegia pelos
Reit epela Relação, Pede a cidade por jul
de.te caco ou o Arcebispo, ou. Inquiaidorea 7—na
—Deve haver no Reino um miniatre que dê
a ultima viais na. mercê. que lhes alo ( 7-1X
--Não conhecia o. Desembargadorea das du
eidos dum. merde 7-1X
---Não querem aervir os Ioga. de Republica,
por serem maltratados dos V. Rei. 8—X
pro. ao tronco pelos V. Rei. contra
ara.
- pri chlegios 8—XI
—São mel guardado. seus privilegio. 8—X—X1—
XII—XIII—X1
---Oe Do.embargadorea iefriogam cara
fogioa 19—XXVI
—Serviço. doa de Roa 6—VII
(253 )
CiãoaSOs—lembranças que flector° ao V. Itty
Aire• de Saldanha mi °ocasião dos llollandmes 13—XXVI
---Mallratadoe dos V. Reis 15-1,
--Não se lhe guardão seus privilegio& 15—VII
—Repustuain eirei7 os cargos da Republica
por serem rezado. e mal Melados 15—XII
---Clueimi-re acidade de lhe lerem quebran-
tados seus prieilegio - I5—XXV
—01 de Doa dia., a 5.11. ler feito s eua
obrigação
Wade—Deve eer chamada ao conselho.. .. 3&-XVI
—He mal recebida dos V. Item quanlo lho
vai ftllar
4—V
--Maliralada do V. Rey D. Medito Alfonso
de Castro 13-1Vil
—Como deve sor recebida dos R Reis .... . 10—XXX1X
Ctdadre—As urinei,. do Faiado tilem da Go&
.00 Cochiio,Ch.ul, e 3101000 1-10
----Não querem os Eso Reis guardor-lhes
mus foros o libeidodes 1-11
--i--Favoreça-os S. E. a quer que o eirvão
coai 00,1 não forçadas 1--XI
—As do Eelado pedem se juntem vens
procuradores era Moa poro ser despachados pelos
I'. Seis 9—X/C
—Não tem os mes0109 prieilegios tine a
de Moa 15—Xl
Cifro—Pede-e. cidade o S. ?A para lhe es-
crever 17—X
---Podo-a novamente o cidade &S. M. para
lhe escrever 103.-XXXVII
Cirurgidea—Ineoveenion1e• em ',rem Melar os do-
enies do bospilal os que chegam do Reino sem ex-
periencia 18—VI
XII—X111—
X1V—XV—
XVI
--Vieram 4 barra de tire I6—XIII
—Largam e berra de tire, e são pare •
meta de Melava, com que demoho 15—XIV
—Não ha em Goa poder para lhe resistir 16—XVIII
—Favorecidos dm nonos vi.inbos 16—XIX
—Damau, que ferem • 16 —IX—XXI
—Perigo de tomarem mia fortalexa mesa,
e ',bandearem min elle. oz visinhos. 16-510
--Cada vez mais prospero/. eumente 17-1
—Bateram e fortaleza de Moçambique, e
garoem que daeram 17-1V
Vieram barra de Goa, e seguiram der—
reta para o Sul 17—XV
—Difficuldades de metem lançados fora da
'adia
XVII
--Senhoraem o mar
V.M. Nd« Heilandexas
Honrar da noqh—luaist, acidade na toolelliev- •
cja de os fazer recolher para o Reino 1—X111—
W/7—XV—
/UI—XVII—
XVIII—X1X
—Pede amoam a9 ene que não sejam
feitore* doe capitães 1—XXV
(261 )
gadores 15—XXVI
Orpios—lommelesteede 'masa cabeça. de caral
ás mães 7111... 13— XVI-
15—XVII
—Ineonveablolen de .• euapciparem antes dos
25 armes 15—XVIII
Orrnue—Prrigo em que está de perder-se 18
--Sua fraca guarnindo Ibid.
Ouvidor de cidade—Forms de seu provimento. 16—XXXVIII
Ouvidores—Inconveniente, doe Letrados. Con-
vem mais que sejam como dantes cidaddon 1—XXI
----Na, o sejmn 'orados, mas cidaddo, corno
de antes 3—X111
4—XIII
---Mal provido. este. cargos 8—V
blào osejam oe criados dos V. Reis 13 XVIII
--Não o.ejarn os criados do. V. Reis 15—XIX
Padre, O. Compor:Ida—Sue. bulhas com os Fra-
des de Santo Agostinho sobre a edeficação do S.
Roque 5—IX
—Power', prohibição ao, Gentios pora elo
irem a suas terra. fazer cerimonia., mas dispmara
na defere por dinheiro 0-11
--Autores da Provoão que manda dar liber-
dade aos escravo, Sapões 10
—ligo de ner causa da reina do Estado
Sua grande riqueza 10
--Alcançaram se cumpriste um Alear6 del-
Rey D. Sel000t.Ao sobre a linenlatle dos 'sobes. In-
conveniente. dias 13—XXV
—Os que vieram de Maluco depoi, de perdido. 14—V
Polacioo—(Uapitn'o)—Fornm-lhe confiscadas as
ri jos. fazenda, por commerciar das Rufias Occiden.