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ARCHIVO

PORTUGUEZ-ORIENTAL
ARCHIVO
PORTUGUEZ
ORIENTAL
J.H. DA CUNHA RI VARA

6 FASCICULOS EM 10 PARTES

FASCICULO I EM 2PARTES
FASCICULO 2
FASCICULO
FASCICULO 4
FASCICUI,0 5 EM 3PARTES
FASCICULO 6
FASCICULO 6 SUPPLEMENTOS PRIMEIRO & SEGUNDO
ARCHIVO
PORTUGUEZ-ORIENTAL

J.H. DA CUNHA RI VARA

6 FASCICULOS EM 10 PARTES

FASCICULO 3

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Price: Es. 6500 (Set)


First Published: 555,861
AESReprint: New Delld, 1992
ISBN: 81-206-0777.5
131-20602122-1

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Printed at Gayatri Off set Press.
A.S6, S. No. 2Noida, Distt.Ghayialaad (U.P.)
ARCHIVO
PORTUGUEZ ORIENTA L.

FASCICULO 3.°
QUE CONTER

AS CARTAS E INSTREÇOES
(QUE RESTAM )
no.
REIS DE PORTUGAL
AOS

VICR-REIS R GOTRIITADORES DA MIÁ


IMO ME,
C111.0 XVIt

E TOMBEM

SPROVISÕES, ALVARÁS REAES,


E OUTROS DOS VICE-REIS
COMPREIIENDIDOS NA MESMA MOIA
eastiOseouso To ascalvo Po amas° 09901 so 1109000 01 MI,

NVW-4.11

IMPRENSA NAtIoNAR.

1861.
ADVERTIENCIA

Quando se cita Livro sem mais declaração, ent enda


se sempre Livro das MonOes,
zp.mor,.u.aD
-

3.° Fascicnio do Archico Portuguez Oriental


Econtein principalmente os DocumentoS, quo nos
STE

Livros das Monções restam, pertencentes ao seculo XVI.


Chamamos na Judia em linguagem oficial Livros
das Monções aos que saõ formados das Cartas origi-
naes e mais Papeis da correspondencia entro o Go-
verno Real de Portugal, e o Governo do Estado da
Judia, porque -só em cada monção era mutuamente
expedida orecebida essa correspondencia.
Infelizmente naõ ha serie de documentos desta es-
pecie, senaõ do asno de 158'k por diante. Anteriores
aeste asno só apparece um documento avulso do anuo
de 1508 (a), eoutro do asno de 1583 (b).
Todavia aexistencia daquelle documento de 1508
deu occasiaõ ase levantar irreflectidamente uma tradi-
çaõ naõ verdadeira, e que teso maior exame tem sido
aléagora acreditada, por se naõ ter attendido bem
aos documentos da mesma collecçaõ. Cremos que aba-
se sobre que assentou a tradiçaõ, a que nos referi-
mos, foi a aucteridade do Desembargador Secretario
do Estado Diogo Vieira Tovar eAlbuquerque, quando
no Prologo do seu lndex alfabetico, ,hronologico,.e 7'C.•
missivo dos Livros das Moncões existentes no seu tem-
po, (c) diz—

a)Soe as Instruceó'es dadas ao Vicellei Dom Luis de ALtaide,


pap..I que forma o lioniero 1° deste &scr./o.
•is
(I, )Ile o numero 2.
)Este Inda conserva-se manuscritos: na Secretaria do Go-
ret'ilo dá ludia.
IV

„ Este Index comprehende ao ordens e conta


„ acima mencionadas desde oanno de 1568 até o de
„ 1811; faltas as que se comprehendein nos 60 pri-
„meiros liVros, que abrangiati desde o principio de
„conquista até aquelle asno de 1568, porque estes
livros foras remetidos áCorte em 1774, eapezar que
da Corte se expedia ordem para elles se tornarem
,' aenviar aesta Secretaria, nunca vierab. etc.—
Fundado sem duvida nesta auctoridade disse oou-
iro Secretario do Estado Claudio Lagrange Monteiro
de Barbuda, nas Notas, que accrescentou ás Instrucções
d'Ellley D. José, de 1774, que fez imprimir no anuo de
1841, (pag. 72 das ditas Notas), oseguinte!
„Quanto aos Tractados anteriores áquella epocha
„(1616) eque constam da historia, suppomos que es-
„ tarab registados, ou incorporados nos Livros antigos
„ da Secretaria, que se enviaram para Lisboa, porordem
„ do Governo, enos quaes estava colligido tudo quanto
„ era de maior interesse, desde aconquista até 1588.
„ Por Carta Regia de 10 do Fevereiro de 1774 se
„ mandaram remetter para aCôrte todos os Livros ali..
„ ligas da Secretaria de Goa; oque se cumpriu em 21
„ de Abril de 1777, remettendo-se os 60 Livros mais
„antigos.-0 Aviso Regio de 2 de Abril de 1778 man-
„ dou suspender esta remessa, eprometteu restituirem-
„ se os que já tinham hido; mas cá nab chegaram; e
„ nab sabemos onde param
Encostado ainda àmesma auctoridade o Sr. Felippe
Ncry Xavier, Cifficial da Secretaria do. Governo Geral
da Incha, no i.° Vol. do Gabinete Litterario das Fon-
tainhas, 1846, publicando as Instruçues a D. Luis- de
Attaide (d) repetiu na Nota, de pag. 42:—Este lie o
„mais antigo documento (sai generis )que existe na
„Secretaria do Governo Geral, por falta dos sessenta
„primeiros Livros, que foram levados para Portugal*"
Eassim odiziam todos, como cousa que nab soffria
amenor contradictab. ( )
Porem os documentos, guardados na propria collec.
çaõ das Monções, dizem oque se segue.
Carta d'El Rey ao Governador.
Dom José Pedro da Comera, Governador e Capitas General
do Estado da índia. Amigo.EuElRey vos envio muito saudar.
°ocorrendo aos grandes edisformes abusos que de longo tem-
po se haviam introduzido na forma do governo do mesmo Es-
tado da Ilidia pela carta de Ley de 15 de Janeiro proximo pre-
cedente: e havendo-lhe estabelecido hema nova forma: cassei,
e aboli todas as Leis, Regimentos, Ordens, e costumes porque
se governava o mesmo Estado. Em oonsideraçaõ do que ten-
do ficado malte imiteis os referidas Leis, e Ordens preteritasi
Sou servido que remettais aeste Reino ,cá Secretaria de Es-
tado dos Negocias do Reino: por humo parte todos as livros
e papeis pertencentes ao Governo, eSecretaria do mesmo Es-
tado sem excepça5 alguma: por outra parte todos os papeis das
posses, juramentos, e assentos da Relaça5 por mim abolida:
por mitra parte tudo opertencente 4 adniinistraçaõ do Gover-
no Ecclesiasticopelo que diz respeito á chamada Janta das
Missões, e exereicio da direcçaõ eprotecçaõ do Meu Alto- eSu-
premo Poder: por outra parte todas as Leis Municipaes, todos
os Regimentos, Alvarás, Cartas, Resoluçoês, eOrdens, que
pela sohre dita Carta de Ley se acham cassadas e extintas: e
pela outra parte todos os Livros dos registos delias; exceptuan-
do só, e unicamente ;mudas Leys, Alvarás, edisposiçoás par-
ticulares, dé que no Paragrapho Quarto da mesma Carta de

td) He ojá mencionado 1.. Documento deste nadada,


(egliz-nos oSr. Felippe Nerv Xavier que depois do que es-
crevera no Gabinete Lifterario,"conhecera ser falsa a tradiça5,
oras que ainda natt tivera opportunidada de ofazer conhecer ao
pahlico
VI

Ley fia meticait. O mesma fattia observar a respeito de fio,


Daniaõ. e 5ficao. Escrita em Salvaderra de Magos em dez de
fevereiro de 1771.
RET.
fato Doth .batO Pedfx) da Garoara,

(Livro 195, fl. SI )


Resposta,
Sen1er—Desejande Pia dar inteiro amapritaeata a esto Real
determinaça6 de V. Magestade na remessa de todos os livros e
papeis asila mencionado, aarribada de Nus N. S. do 5Ionte do
Carmo, que devia seguir a viagem para esse porto, vendo.me
por esta causa precisado amimair asua falta com oNavio mer-
cante pertencente a Luis Cantofer. que girando nos portos da
Ásia, retira asua propria carga para os de Portugal, ris emba-
raçou a execuça6 desta 005 importante tiligeneia; especialman•
te quando me constou que em aluuma secomodaçaõ que lhe
restava, somente podia comivair as fazendas do emprego do tiro.
dueto do Tabaco, emuito pouca porçsó dos negociantes desta
Prata. A muito alta emuito noterosa R.a.' Pessoa de V. Ma-
gestade fidelíssima Guarde Deus felicíssimos asnos. Coa 27 do
Fevereiro de 1771
(Rubrica do Governador)

(Livro dito, fl. 69 )


Para oSecretario de Estado Martihho de Mello eCastro
Viro.. eEsto. Sr.
Sendo preciso ver os Livros da Secretaria porque nelles se
arbaõ Muitas Cartas etratados com os Eleys eIlegulos da Anis,
que seraõ necessarios para os casos occurrontes, ainda se na6
ponde concluir a sua revista, ena 1110I'Võ proxirna se bando
remeter todos na 'fama de ordem de S. alagestrade; o que par-
ticipo eV. Ex.' para que o dito Senhor seja servido de aura-
sue cata deliberaçag. Ocos Guarde a V. Ex... Goa 6de Maio
de 1775.
(Rubrica do Governador

Livro 156, a. 18i j


Para o Sr. Marquei de Pombal.
Illm.° eEm. Sr.
Da Relaçaõ justa consta6 os Livras da Secretaria deste Gover-
no que se remetem, evia 60, dos quaes ficaraõ algumas copias
de Tratados e Con.ve.010es Coq 09 1 14 84 1
.0a, d0 P041,1440 do
Real Convento de $o. Monica, ede algumas resolueoe.. 400
parecerad precisas para os casos «correntes, em que petas no-
vas ordens se 000 dava providencia, e de algomas noticias das
Terras d'Azia, que .parecera6 lotem... 104 .
Na mençaõ prox:ma se remettera6 os que resta6. 19cos Guar-
de aV. Ex. Muitos aos, Goa tt h Abril de 1777'.
(Itabtiea ao GOserandot)
(Lin,' 157,5 rA ).
Refaço dos Livros das Ordene Retos, que estai; revietos;
e se xemettem na presente monçaa de 5777
para. Q Remo de Portuga), na forma da
Ordens do S. M. •
Asnos livros Anosa Livros
14116 è 1 1086 1
1607 C 1637 1
1608 1 1099 1
1409 1 1630 1
1610 1 1630 1
1611 1 1631 3
1613 1 tos t
1613 1 56305 1.
5651 1 16341
1615 1 1535 0
1616 1 1636 l
16,17 1 6047 a
1618 1 lama A.
1619 1 1639 1
1020 3 leso 1
1611 I 1611 /
165t 1 1641 1
1033 a
163-4 4 r611 1
1650 1836 1
1515 I 1
-1619 1
1617 Falta 1650 Pala
1648 5 1651 1
Feliciano Ramos Nobre Montai,.

Aviso do Secretario de Estado ao Governador.


A Sua Magestade foi presente huma Carta de Dom 1'00 Pe-
dro da Camara em data -de II de Abril do asno proviroo pre-
cedente, com humo Relaça5 dos Livros da Secretaria do Gover-
no da Ilidia remettidos para esta Corte, os gases na Monça6
proxima seguinte se tornara& amandar para esse Estado; eno
caso de haver ordem para se continuarem estas rentessas, or-
dena a mesma Senhora que elas se suspendam. Deus Guarde
aV. S. Palacio de Nossa Senhora da Ajuda em de Abril da
1778. Martinho de Mello eCaStrO.
Senhor Dom Federico Guilherme de Sousa.
(Livro 159, O 317 )
Para oSecretario d'Estatio Martinho de Mello eCastro.
Illm.• eExm.• Sr.—Em Carta de V. Ex.• de 6de Abril de
1775 manda S. Magestade que havendo ordem para aremessa
dos Livros da Secretaria, se suspenda, eque os remettidos pelo
meu antecessor se tornaras a mandar para este Estado.
Executarei a Real Ordem, ehe conveniente que tornem avir
os Livros da Secretaria que se remetteram, porque neles se a-
cham muitos monumentos precisos em muitas occasiogs ehe jus-
to ume uh falte no Estado amemoria deles. Deos Guarde.
V. Ex... Goa 1.* de Janeiro de 1780.
(Rubrica do Governador )
(Livro dito, fl. 318 )
A' vista destes documentos natt deixa de causar ad-
rniraçaa escrever o Secretario Tocar e Albuquerque
que os 60 livros que foram para Lisboa abrangiam
desde aconquista até oanos de 1568; 5.° que foram
remettidos áCOrte em 1774. E considerando que este
Secretario fez o/ndex de toda acollecçati das Mon-
cbes naD he lambem pouco de admirar que diga que
aserie desta collecça5 se continua desde 1568 ate aos
seus dias.
O Secretario Claudio Lagrange caio no mesmo er-
ro em quanto adata dos Livros remetticlos a Lisboa;
eoque mais admira neste auctor he citar averdadeira
data da éarta de remessa (21 de Abril de 1777 )pas-
sando todavia para elle desapercebida aRelaçaõ que aa-
Companha, eainda hoje esta encostada ámesma carta.
Diz ainda o Secretario Lagrange, ehe cousa cor-
rente na India, que se ignora onde param hoje aguei-
les 60 Livros remettidos aLisboa, que de feito rue
foram restituidos a Goa, apezar da promessa feita no
Aviso de O de Abril de 1778. Nós porem podemos
dar aos amadores da historia da India aboa nova de
que os ditos Livros se conservam perfeitamente enca-
dernados no Archivo Nacional da Torre do Tombo de
Lisboa, sob otitulb de Documentos da India.
E ainda acerca do que diz o Secretario Lagrange
observaremos que .a collecçaõ de Tratados, que existe
na Secretaria, contem alguns anteriores a1615, taes saa,
os Tratados com oIdalxá em 1572, em 1575, em 1576.
era 1580. Nan faltando de outros ainda mais antigos,
que estam registados no Cartorio da Fazenda; eque nós
tentos visto.
Mas tornando aos 60 Livros que foram para Lisboa;
tendo certo que elles 'mó eram os mais antigos da
ollecçan; resta saber como se acha hoje ocorpo das
fonções no Archivo da India marcado com numerou
3guidos enas interrompidos, começando pelo numero
ecorrendo até onumero 234,.Para explicar isto, só
nos podemos valer de alguma conjectura. A remessa
.

dos referidos 60 Livros em 1777 foi sem duvida feita


no presuoosto de que esses eram verdadeiramente
os mais antigos, que existiam; porque os documentos de
dam anterior jazeriam avulsos eignorados em algum
escuro recanto do archivo. Depois, elos tempo para nós
incerto, mas talvez no do Secretario Tovar eAlbuquer-
que, sendo aquelles papeis velhos descobertos, foram
reduzidos aLivros, sem todavia se guardar ordem alguma,
coma agora se acham, epor occasiab da formaçab do In-
dex numerados com os seus actuava numeras, que sus os
a que omesma hidex se refere. Antes desta epocha,
qualquer que ella seja, tudo indica que os Livros das
Monções se distinguiam somente pela indicaçab da an-
uo a que pertenciam enulo por serie de numeras se-
guidos.
De sambem provavel que muitos Livros que ha tia
India compostos de documentos pertencentes a epochá
dos que foram para Lisboa, fossem depois formadas de
papeis avulsos que se leram descobrindo, e talvez es-
tes papeis faltem na collecçab de Lisboa.
O mesmo golpe que oMarques de Pombal deu nos
archivos civis da India deu sambem por outra Carta
Regia da mesma data de 10 de Fevereiro de 1774 DOS
archivos ecclesiasticos. Manda pois ao Arcebispo D. Frota
cisco da Assumpçab eBrito que logo emasse, encaixo-
te, eremetia com toda asegurança pelos primeiros na
viso, que forem partindo, todas as Bullas, Breves,
ilescriptos da Guria de Roma, que deita foram exped
dos para esta Metropole de Goa, eIgrejas suas filiae.
desde ainvasab dos denominados Jesuitas, até ao fi.
do governo do Santo Padre Clemente XIII:--2.° todi
as Cartas Regias, Alvarás, Resoluçbes, Provisbes, emais
Ordens, que no mesmo periodo foram expedidas aesta
XF

Primacial, Dioceses, e Prelazias della pela Secretaria


de Estado, lesa da Consciencia, Conselho Ultramari-
no, epela inventada ecapciosa Junta das Missões de
Lisboa, etc.-3.° todos os registos, que na Cansara Eccle-
siastica, eSecretaria Archiepiscopal existirem de tudo
oreferido:-4.° todos os outros registos e papeis das
Pastoraes, Mandamentos, Provisões, e Disposições dos
Metropolitanos desde areferida epocha infeliz até ao
fim
ceptua
do governo
porem asdo
Bailas
Arcebispo
das fundações
D. Antonio
do Taveira.
mesmo ExAr-
cebispado Primaz, edas Dioceses de Cochim, Cranganor,
Matara, Macho, ePrelazias da Costa Oriental da Africa.
O Arcebispo foi mais pontual no cumprimento desta
ordem do que oGovernador na que toe dizia respeito.
Porque imã somente enviou os papeis das repartições,
que immediatamente Ine eram sugeitas; mas ainda os
que poude das Ordens Religiosas. A Circular do Ar-
cebispo aos Prelados maiores, que ainda se conserva
nos cartorios de alguns Conventos, dizia assim:
Depois que EIRey meu Senhor tanto por Carta firmada de
Sua Real Mad como pelas sabias, epaternaes lostruceoens que
foi servido dar-nos para bem podermos reger esta Metropole
aos (es ver que ounico meio que lhe Soou livre para salvar
os pequenos restos do antes vasto, opulento, emagnifico Esta-
do .da Ilidia Oriental consistia em apartar, e rem soer deita as
reinas que os perniciosos anteredemes abusos linhas amontoa-
do para assim fazer lugar ánova fundeçaõ com une o mandara
reedilicar eerigir -ultimamente: cassando, e abollindo com este
importante objecto todas as Leis, Regimentos, Ordens, Resolo-
Oes, Registos deltas, oCostumes, que até agora debaixo das a-
parencias de o regerem, destruiraõ o referido Estado. Foi ser-
vido omesma Senhor por outra ano carta firmada taabem de seis
Real Punho ordenar-nos remetessemos a Sua Iteal Presença.—
Todas as Batias, Breves, e Rescriptos da Caris de Roma que
della foras expedidas para esta Metropole eIgrejas suas filiais des-
de ainvezad doa denominados Jesuítas até o fim do governo
XII

de S. Padre Clemente 13 inclusivamente: como ta0hein todas


Cartas Regias, Alvarás, Resolticóes, Provis0es, e mais Urde
que no mesmo periodo do tempo foran.expedidas áSé Prim
cial de Goa, Dioceses, e Prelazias della pelas Secretarias
Estado; pelo Tribunal da Mera da Consciencia eOrdens; pelo Co
celha Ultramarino; pela inventada e capciosa Junta de Missn
ale Lisboa; ou por outros .expedientes quaesquer que cites fo
sem: epor fim todos os outros Registos, epapeis das Pastorae
Mandamentos, Provisnes, eDisposições dos Metropolitanos noss•
Predecessores, desde a referida Época infeliz athe o tempo, e
que tomámos posse deste Arcebispado, Oque tudo participam,
a V. P. Ilm.• para que em observancia das ditas Reaes Order
Cosendo collegir com toda a brevidade oque houver pertence,
te ás classes assima indicadas nesse Convento (remetendo a
mesmo tempo esta ao outro, eás caras, em que existirem 4
dividuos do seu sagrado instituto para obrarem conforme ae
ia o que devem) reduzido a cathalogo, eeininassado com tirai(
separados, nolo remeta para tudo ser por nós dirigidoao morro
Senhor. Deos Guarde aV. P. Rot.' Lisboa 30 de janeiro de 1775
Arcebispo primá,
Iam.' P. Preposito da Congregaça0 de S. Felipe Nery de Goa
E com effeito mandou oArcebispo para Portugal to
dos os papeis que ponde, ehoje raro lia odoeument
que nas repartições ecclesiasticas da India se acha ante
rior áepocha indicada na Carta Regia, Estes documen
tos ecclesiasticos he que se ignora aonde param,
provalmente jazem mais ora menos esquecidos em al
gani archivo de Lisboa.
Em quanto ao nosso Fascículo; pareceo-nos oppor
tuas por a par dos documentos das Monções os AI
varas dos ViceReis, relativos aos mesmos asnos; pois
estes Alvarás, alem de terem o mesmo valor legis
lativo que as Ordens da Corte; saõ tatn6em em grou
de parte complemento eexecuçab deltas. Fedi he de
ver pelo exame chronologico dos documentos, que
se perderam muitas cartas das Moncões relativas á
XIII

epocha comprehendida neste Fasticulo; e igualmente


que os Alvarás dos Vicefteis, existentes no Livro dei-
tes, que hoje tem o n.' de 1.° unhem nas saõ todos
quantos nos -respectivos nonos se promulgaram,
antes parece que este Livro contem só acompilaçaõ
de alguns Alvarás mais usuaes.. Mas nós naõ podémos
supprir aquellas faltas. O Sr.. Joaquim Pedro Celestino
Soares n'uma miscellanea, que intitulou-= Rosguejo das
Possessões Portuguezas no Oriente—de que só conhece-
mos o1.° vol. inipresso em 1851, • eo3.' impresso em
1853, dá-nos noticiado um Registo de Cartas para aIndia
existente no are hivo da Secretaria do Estado da Marinha
eUltramar, comprehendendo desde 1589 até 1596, o
pelas suas citações deprehendemos que a serie de car-
tas dos armes, aque omesmo registo se refere, he aui
mais completa do que nos archivos de Goa. Desse re-
gisto podia-se tirar um curioso supplemento aeste nos-
so Fasciculo. De porem digno denotar que nem em Lis-
boa, nem em Goa se conservam as Cartas da bóia para
Portugal, desta epocha, mas só as que foram expedidas
de Portugal para aIndia.
O systema pelo qual trasladámos os documentos
foi este. Desfizemos as abreviaturas, escrevendo as
palavras por extenso; evitámos as letras grandes fóra
de proposito; e puzemo-las aonde eram totalmente
necessarias segundo as regras hoje adoptadas. A de-
mais ortaographia conservámo-la com bastante fi-
delidade á vista do original, ou do registo donde
trasladámos. As cartas das Monções estam escriptas
com diversa ort ,lograria nas diferentes vias; e naõ
he raro ainda que omesmo escrevente, na mesma pa-
gina, escreva a mesma palavra por diversos medos.
XIV
Por isso pode uma vez ou outra haver alguma .pequena
einsignificante differença nesta parte entre anossa co-
pia eooriginal.
Entramos nestas miudezas, porque vemos alguns es-
crupulosos conservar nas suas copias, ás vezes cheias
de crassissimos erros substanciaes, os horrores dos bre-
ves antigos, impossivéis aliás de reproduzir na typogra-
phia CI1111 fidelidade, eemaranhar otento no labyrintno
das letras grandes desordenadamente envoltas com
as pequenas; de forma que fazem um papel repugnan-
te aler, equasi impossivel de entender.
Apezar da nossa diligencia estamos certos de que
nos escapariam nab poucos erros e falhas; mas con-
fiamos que será para nás indulgente quem souber que
naS achámos em Goa pessoa que podesse auxiliar-nos
nestes trabalhos com satisfaças nossa; eque todaã
teria dos nossos Faseictilos tem sido copiada por nossa
mas, epor ella tem corrido todas as provas typographicas.
Por ultimo pareceo-nos que nab seria desagradavel ao
leitor, amante das antigualhas paleographicas ediplo-
maticas, achar aqui oInventarie dos livros epapeis de
Secretaria da Judia, que foram entregues no anilo de
1590 pelo Secretario Duarte Delgado de Varejas ao seu
successor Antonio de Moraes de Oliveira, edeste pas-
saram no asno de 1592 ao Secretario Luis da Gama,
e he este:
Treslado do emvemtairo dos livros he papeis jdu Secre-
taria da Yrndia que foras emtregues aAntonio de
Morais d'011iveira pelo Doutor Duarte
Dellgado de Varejas
it. Tinte esiem liares das mercêo.gerais he de dinheiro.
comesados do, limpo do cosido do nedomdo cai use se fizeras,
XV
e..01 deites atue opreseute, c0111 seus ainsii,,sos.
It. hum Saro. das temeu,
it. Sinsno cadernos croidinariasde Dom Luis detaide, Fernab
Telles, flora Francisco,-.Dom Duarte, te oSenhor Guouernador.
It. Unos caderno que oVi1OFtcy Dará Luis te: no tempo da
guerra do prouimento que deu peru es mesas que entoe se
danou.
It. Doas liuros em que se registarei bus mersês que ha Com-
de Dons Luis, eDom Francisco Mescaftnhas, Dom Sitiaste P.e-
reá per alluará de Sua Magestade que pera iso trouueran, com-
uem asaber, hum odito Dom Lis, e o outro de Dera Fran-
sisco e Dom Duarte.
It. Rum cadernosinho do Regimento do sellairo quase ode
leuar.
It. Dons horas dos acordos que se tomai neste estado pelos
VisoReis eGuouernadores.
It. Outros dons, comuem asaber, hum do coutrato das pa
seu que neste estado se fiserari, e outro das menagens que se
tomao aos capitaés das formIlesas.
It. Nono humos dos Registosgeraisdo tempodo VisoRey Dom
Duarte, e oderradeyro meado com o Senhor Guouernador Ma-
noel de Sousa Continha.
It. Doutro Duros gerais do Comde Dom Francisco.
It. Dons Duros do Guouernador FernaO Telles, e o primeiro
delles meado co Conde Dom Luis.
It. Tres listou de Dons Luis dataide do segurada vez, em que
entra omeado acima de FernaO Telles, eoutro meado com Dom
»ioga° de Meneses, que he o deradeiro.
It. Does Ilusos de Dom Dioguo de Meneses. bom meado com
Antonio Monis, eo outro ymteiro de D0111 Isiogub.
It. Sesema e tres liuros dos Registos gerais do tempo de
Gueuernador Nono da Cunha, em que se principiarob, edos
mais VisoReis eGuouernadores que se sosederaO alise oGuouer-
nados ,Antonio Monis.
It. Dons Duros, hum que fez ho Arcebispo Frey Vicente fei-
to em ausensia do Conde Dons Framsisco, eoutro de Dom Dionis
Pereira Guouernador do Sull.
It. Dern liuro do Corode Dom Luis e Fernan Telhes das pro-
nisOes que se registaraO per despacho de Rollaçad.
It. Quoatro Soros mais pequeninos em que se [ousasse mer-
sès de dinheiro do tempo de Garsia de Sá, Dom ArloMe de No -
ronha, DOM costaatino, eAntonio Morria.
XVI

11. a
OdY
ol
ro '3%7:1 dos 12 sa
'sta r%r
in
a'I
t
sod "m" do Senhor "o-

It. flama lista do asno de setenita e Ores


It. Outra lista de selemos esimquo.
It. Outra de setenta eoito.
It. Outra de ovtemta ehum.
It. Outra de riitemta eduas.
It. Outra de oitenta eOres.
It. Outra de oitenta equoatro.
It. Outra de oitenta e quoalro.
It. toes mais de oitemta erimos.
11. Outra de oitemta esete.
It. Easy mais sento enouenta he quoatro maços de serlid5es
de seruicos de possas particullares com os despachos que es.
tan em segredo.
llos coais ljuros elistas he mais papers tudo foi emtregue ao
dito Antonio de Morais d'011iseira, eelle os recebeu, se coisas
aquy comigo•JoséCorrea escripva5 que ha escrepvy—José Coma
—Antonio de Morais.
Ilos coais papeis eliares tudo foy emtregue ao Senhor Luis
da Guama Secretario deste Estado, epelos recebesse asisou
aquy comigo José correu que ho escrepuy. (NB. Faltam as assig-
naturas).
O qual rol vay aquy tresladado do propio que fique em poder
da escripva5 que esta sobeserepveo bem eliellmente sem acre-
seu tar nem demenohir colina digas que duuida faca, evay con-
sertado com brioso olisial aquy asinado no comserto, rio Goa
oje visite eires dias do nies de Dezembro etc.—José CoD.ea
eecresain ho soescreui ano do nauimento de noso Senhor 1111
/(-p,de mil equinhentos enouesta he duas anos. Pg. nada.—
Joed Pinto da Amd.. .doai Corres.
(Livro I.° fl. 155)
iRCHIVO PORTIICIIEZ-ORIENTILL.

FAscicuLo

R,gime”lo jeral.

elRey faço saber a vos DOM Lllie da Taide, tio


roeu ...selim, que ora emalo por rneu Vissorrey deu
partes da índia, que eomsiderando en nas causas de •que
detrais de lunar meu Regimento, e do que aveis de fa-
zer nas dittas partes.. ar.i no que torpes a oom arenito
dar amuas do trato das mercador...is, 00Mo na paas eda
guerra, mure por bera v08 dar o Regimento segaintte,
1. Primeiramente vós lenires minha-carta rast~e para
Dora Anatam de Noronha, que ora usura. por mun. Capi-
tam men e Visso Rey das distas partes, pela qual lhe main.
do que vos erntregue a diria capitania mór egol...onça,
ase venha" nesta armada que lenires com as nenur que varri
para vir coso a carregua, c. por vivenda da dita minha
tirita lhe requerereis adirta Capitania, e tomareis a pos-
se dela, pasamdolhe vossa eertidarn em pubrieo de gomo
lias erntregna a ditta capitania com deelaraçain do estado
craque toda a índia etsaa, e das forrelesas, nano, e irará«
ar, e soalharia, e de iodas outras consas com que vela
etc.:regrara porque asy ey piar men sumiço que ft.e faça.
li Vós lanar, meu poder pelo ripar virareis-4r poder,
joriidiçarn, e alç.la, que por ene vos dou, e assy bons
somo espero de vós que façaes.
Hf. Depois do dieto nren Capitam more VissoRey vos
emtreguar a dieta Capitania mór egouernança, yós ajam-
'areis os eapirads das fortalesas que alli ao tal tempo enjoe-
cem, eas pessoas que por rainhas prouisods forern insana
das das capitanias delas, easy cap• sdr das náos narrio•
2 AUM. PORTUOunZ•ORIENTAT.

que Se ,ally ao talleropo acertarem, fidalguos, cameleiros,


escudeiros. eoutros meus criados, e lhes nottefigoay e fa-
zey ler o poder ejurisdiçam que vos dou, •e os amoestarem
com as milhores palauras que tros poderdes a todos serui-
rem a deus ea mim, esforçandoos atodo bem fazerem, e
damdelhes boa esperança do gualardam de seus seruiços
e trabalhos como sempre folguo de o dar tigneles que me
bem serueso, e01110 de lodos &no de comfiar que o fa-
ça m ,enum todas outras lembranças e anmestaçóes que
vos bem parecerem, e assy bem como comfio de vós que o
sabereis fazer.
IV. A principal causa por onde EIRey Dom Manuel,
meu Bisauó,•que sancta gloria aja, quis emtemder no de4.-
cobrimento da India foi para nela se fazer a nosso Senhas
muygramdes sertriços no aerescemtanlento de sua sanefa
Ice, etrazer ao verdadeiro conhecimento•dela as jermeadas
dietas partes, em que tamto se trabalhou e trabalha que
desde aquelle tempo atéguora rum Incides acila e feitos
christaiis muy grande numero deles ,•e cada dia se trazem,
nosso- senhor teia louuado. E como fase-sempre amire ele,
eelRey meu senhor e avó', que serrota .gloria aia, eseia
ante mim a mais principal cousa dagnellas partes, e pela
qual somente procnrey e procuro, e por ela tarntos asso-
las meus sara mortos, e num gramdes trabalhos pesados,
etamanhas perdas recebidas, que tudo he bem empregue,
dó, poisas tisouros que disso se tiraram som grande nume-
ro dalmas comuertidas, e tantos 1..CrtliÇOa feitos a nosso se-
nhor no acreseemtamento de sua fez e humor de seu no-
me, ehe rasam e mny gramde obriguaçam minha querer
eu que como tam primeipal, e maior de todas seta de
'Meus CapittaN móres egouernadores Olhada e fairorecids.
,gramgeada de tal rnaneira que se efectue ealcance .o fim
deste meu desejo, esaibam eles que este lie o maior com-
ferntamento .que daquelas partes poso receber, eo maior
seruiço que me nelas podem fazer; e confiamdo de so-
que asy o fareis, vos•emeemendo muito que omais [oiro-
cipal cuidado de sedas os vosos seio em procurardes e
ordenardes que a•e0inuersain das gemtes dac dietas par•
tes se -faça ecomtinue, moldo os nrinistros que nela em•
rsecicuLo 3.' a.
~descuidai modo nisso que todes os que se conmerte.
Tem seia•com tamta temperança e amor como a mesma
obra requere, fiam emtrenindo nela por nenhulla ela es-
cathdalo nem força algnaa; porque quando desta maneira
se..fizesse, mais, seria. deseruirm,Deos ,e• impedir os. que
buscarem .sua fee, que. trazelos a seu eerhiloo, ,e ao.conhe-
cimento ,delic e daqueles que .se comuerterern, ea. que
nossosenhorder sua graça para o fazerem, devers•dé ther
muy grande. cuidado de ordenardes como sejam emaina-
jfl doutrinados em todas as cousas neeessarjas a•ver•
dadeiros christa3s, ede receberem sempre em suas pes-
soas, e no-que -lhes roques, Comia homrra e faimr e bola
testamento como he rezam que lhe façam, asi pelo elos
ITIET.tOreM, como pelo buo esemplo que será para todos
os.ontoos, os gimes comum» •que veiam claramente neste
modo -que aveis de ther cora .os que se tornarem christalls
que na3 somente guanha3 a ealusçam para suas almas,
mas airada recebem grandes proveitos e fauores.para suar
cansas. E porque os ministros que nessas cousas dotem.
lerem, asy os Cleriguos Reforruados que a isso de que
ensuley, como os frades, e quaesquer outros Religiosos,
.1111.1.11 muita serem ajudados e fajoreeidos para que
nisso emtemdam com milhor vomtade, e panem com mór
animo os trabalhos que nisso !estarem,. rpm num podem
deixar de ser •muy grandes por terras muy apartadas e
atempadas huilas das outras, vos emeomendo muito
que asy em suas pessoas particularmente, coma e111 todas
suas °ousas, cem nuas necessidades sejam de vós sempre
muito hémrados, fauorecidos, bem tratados,,e socorridos,
e lhes rnostrareía muito comtemtamento em tudo corno he
coram que o tenhaes de obras tom sanclas, e de tamto
sarai,» de nosso senhor; porque de o fazerdes asy, como
tenho per certto que o fareys, ey de receber sempre muy
grande comtenstamento, easy o receberey de nmy parti-
cularmente me avisardes sempre do que em toda esta ne•
guociaçam .passa, e os ministros que nela emtemdem, e
o fremo que se faz, e os que se °movessem, ecomo Iram
fiados e ernoinados,e a maseira que nisso un them, no
proueito que (asem, e toda outra ',articulada& sic)
4 ARCHIVO PORTO.00..ORIENTAL

porque. quanto mais particularmente soe derdes esta im-


memffam, mais @enliço me- fareis.
V. f` etiasino de todos os que se comnerterem, eo que
nisso iliam ele fazer aquedes .a que for cometido deuida-
lo disso, as ritmes elegem sempre- de ser pe-soas de mui-
ta virtude, e boi"; exemplo •elit vida, vos enticomendo mui•
ia para que 'colmes muita.lembmnça de sempre quererdes
saber o como o .faxem, e o fruim que se segue disse, e
como saia traiados e prouldos os que apreendent,_porque
visadose que tendes disso especial cuidado, equereis tutor
num eles-conta particular como deve ste, traballmram pelo
'faierent milho, E porque do eximido tia tioinnersain, que
ifes; era fiou, se cegue ruo), grande serniço doe ;nosso
Senti., enek apreindem, e, se mnsinarn aqueles que.no-
iminente se eondiertem, vos ernenmendo minto o boit:prot
uitnento de todas as cousa= que a ele foliem, neeessariasi ,
lenido muita lembrança disso, cite ordenar que se faça
de tal maneira que selam de Itidd betn•prowidos, como fie
OCCeS.110 COIrlUeffl.
VI.- As cansas das Igrejas desso partes, e comi, sem
'temidas e..ministrajas, eos ornamentos que tliem,o ;como
viutin os clerignos rklas, posto que o vós nato toque o
particular cuidado disso, pois o-he do Aniebispo dc Goa,
e Bispos de Coehlin ê Malaqua, a que pedem05 particu-
larmente nentemeler nestas tensas, e reformar eordenar as
que titierein disso necessidade, didania condieut ia vós
'ninardes imfórmaça.n das ditoo cousas, e eentemder ce-
las. geralmente, e lembrardes ao Arcebitiim e dispus que
,Tprouej.n seindd neeessario .como tenho por certo
tine oeles fandi sempre. ffineoniendoucts minto-que n
toes aissy, eque eeitun de vós muito -fali...ides ebem
tratados, e recebaó omra todas as pessoas imiesiastiques,
pa inicipainiente os que titierein calidades. asi polo OXCM
,

Iria de suas vidas. C,1110 pei seus carregnos•ein que eSilia


fazerdes-111e nisso mais diferença; eaos eapittafis das for-
talezas, iasy no tempo que para elmos partirem, como toa
quanto nelas estinerem ; !lies miscomendarero muito em—
oaretwuadamente as ditou cousa», o o brió tremulemo 1,10, i I
Vigairus e Bertelficiados das Igrejas das feeteleXas, e epta
m.seigur.o 3. 5

fea avisem sempre de Snas pessoas, e de corne elas saí,-


ueruidas, e particularmente el les retirem Serre carregues,
eda iinforrnaeam..que linerem de soas vidas, para que
ognéles que nem lizer5 como de actuo caio obriguados,
soma' lognodiçados pelo Arcebispo e Bispos de seus eur.'
regoos,e custiguados de suas ,culpas conforme aos meros-
eimentos.delas.
VIT. Tias saras misericordia, (sio ), eospitnes dessas
partes, pelos muy granoles serniços que nelOs se fazem a
nosso Senhor, ç obras de caridade que se neles cem.
prelo, eromvem milito terdes mny grande lembranca, sei
paia particularmente saberdes o que en, cada baldo de ,
ler se faz. eos offeciaes sc seroem bem e verdadeira—
morte seus rairegoos, e a maneira que Olmo em guas-
te( - soas esmolas, como em serem bem pronidos das que
lhe dou de minha fazenda, e lurileirarnente pagues das
qbb itie'dom au driaorn por seus faleseimentos aigniuts
(«acras. Mono, vos emeomendo que tenhaes disso muy
((mode e especial e que os oireciaes que nele
'setit Sumiresi ceiam fauoreenlos de ves em soas pessoas,
'pra rolguarem de o beto fazer, e ser exemplo aos ou-
leis os nouomente cornarem rins dittos corregoos.
.fllf .'ASnousas da Justiça de ser feita e guardada ca-
loira .e.,gualmente atodos asy christmis entoo mouros e
voaloncomendo muno cio particular porgo, he
cousa 5e Muy, grarmiçourigoacom minha ede muito ,neu
eas,' Vós cuncOrnentin 1110110 em particular que
procureis por particularmente saberdes como a fazem os
Sela e retoma seus carreguos, e se guardou.
itmelrantente o que som obtiguados, e se .leulo mais sa-
laOns os pçnriml. as porres 'do que lhe devem leuar, e
ve'the faieai . nisso ão em qualquer Outra • causa cacau.
dates go•sém.r4óes, e se .vinen1 bem, e dam de sy o
giu,',.,teucio, e aqueles que: tinerdes imformacam
<uoe. naym luzem p.que delleln, ou s2c, culpados' em cada
kO5a. Ias, snTxteditas cousa, maindarms easuguar com-
forme as uma eixrp,oz, ese por elas vos parecei que o, dc-
saio ?irar sg?.st, <pencler de seus carreutiOn, farOnya na ma-
acura que vos tern parêter e.'tor meu -seragio, n sempre
6 ARCIIIVO VOIMOVeZ•0111ENTAL

asy dos que me.bem seruirem ou fizerem o .eamtrario


folgarey de me avisardes.
IX. Iluda das COUSÓS mais primeipaes em •que me
aveio de seruir he ent ordenardes como todas, adubas
fertelesas dessas parles estern,sevapre.prouirlas.de todos
os mantimentos secessaries egetute„neoessazia para sua
defemsam, eassy demolharia, bombardeiros, moniçaes,
e armas, e se toda outra rouca que para .deferusara e
segurança dela °emolir, erma Vedoresdalasemda que
hão de hir visitar as dittas fortalezas ao tempo que tenho
mamdado que ofacam, verão ocomo .estam presidas
das dirias 'musas, e anecessidade que nelas lut,.e.o re-
cado em que asma aartelbaria earmas, etoda outra .cou•
sa desta ealidade para as fazorempoêuerniodu. bua ar,
reeadação de tal maneira que se nem dane nó perqua,
e lesaram recado vosso para,. que falecer das dittas
cessas o prouerem lagoa na maneira .4ns que km teces-
sarro, para que em nenlmú tempo ,posam.estar em ze-
abaula senão assy bem proublaa das .sabre•
ditas oestes como conuem, que sela., E por que será
mee seruiço visitaules vós.as às-ladra, e por vos mesmo
verdes como elas estam, saneceesidado que ha em cada
horta delas, vos comememde muito que quando boa-
mente poderdes, enam vos parecendo que sereis .seces-
salão para .oetras cessas de Illeu,seruiÓn, as visiteis por
VÓB mesmo, tendo lembrança .de quarodo o,fiserdes ser
com aquela armada, nos requerer a autoridade de ,car-
regos . que temdes, ecredito que se dono Mar de vos.
na possea; sana •fazeinde parem, russo mm,gramde alce-
peca que seio mór ineoneenienteomes consigo; etenho
por muy certo que em tudo Meteis o resguardo que
comuem; e olhareis oque mais comprir ameu seruiço.
'X. A, guarda da pimenta qoe se som iene para par-
te alguila e este toda era minha mãe importa tanto a
meu ',Creio° que multaria cousa desta'ealidade me pode
mais importar, pois dela se tira oCOAB que a Yrniia se
sostent; palio qual vos cmconsemdo malta que como co-
bre copm tem primcipal prouojaes etenhaea 'any gram.
de °tildado, mamdatodo saudar acesta de tal maneira
PASCICULO 3."

que por neuhnis modo possa sair pimenta algu3a para


nenhuila parte; ese para isso comprir fazerdes algufia ar-
mada, falneys ai maneira que vos bem parecer, efor
meu seruiço,
XI. Eu tenho mamdado que se apreguoasse em Cochy
e em Calecnt, e em todos os portos do NIalabar que
nenhuila pessoa de qualquer ealidado que fase asy
ehristão corno mouro egentio fosse ousado de Can,
guar nenhufia pimenta, pouca seis muita, nem a arar
Eira do 11Ialabar, quo a não ou navio ou porão, ou qual-
quer .01.11/0: nutria em que fosse. unhada de meyo quin-
tal para cima fosse queimado, e toda a fazeada que nela
fase achada perdida para mim, eas pessoas dos moa.
cor que'nestas nãos e~dos insil aehados favela ementes,
edeles se vsase como de calujeos de boa guerra; e que
mo prazia fazer alemã ao Capitão uue o tal navio ou
naco tomase cem a dita pimenta da terça parte da ta-
ecluda que tose achada nos mos nauios,
pasto que seia nottetfiquado e epregnoade, tomeis a
marndar notteriquar e apreguoar o eomfinfila neste Ca-
-pitei°, e guardar finteiramente o que por ele mondo
que se laça, e dar a evecnçam as penas nele contem.
dar naqueles que nelas escorrerem o foreuvcomprem-
disks. Porém declaro que aohandose a pimenta cm
algari naulo que não chegue ao dito meio quintal, dde
se perdera' mais que a mesma pimenta, ft a pessoa a
que for a/Shada sendo mouro seja navio.
XII. Por -que a pimenta que vem a estas 1.einos pont-
oem que sela toda muito limpa e seque e.asy boa que
não possa auer nela quebra de que no gele desses:tido,
VO9 eff1C0IIICMdf, muita pie pratteiaes nisso do tal ruo.

seus corno se taça asy',• c por que o que neutras mai.


a meu serulço lie soer dela toesa sonsa que pesa .W11'
seque e hasta ao tempo de farer acarreglot, enom aves

lbeis
oara isso
por falta
se asydeita,
fazervos
como
emcomerndo
do
lousa
vós a comua,
muita que
..poc acc-

ra tenho que osfienpleis bela o que eisei vay a meta


seruiço.
XIII. Vos emoomeludo uauito que serapromqbelheis
8 ARCSOVÔ SORTUGOEasORIENTAI.

de com todos os Reys e senhores da Indie,.. e asy das


outras partes de féra dela tinir toda boa paaz e amiza—
de, enela os consentes, eeeeusar a guerra, e voa aprouei.
tardes do trato daquelas consas que em suas terras e
senhorios ouuer que forem proueitosas, sem os costrain.
gentes apagues nenhuils tributos tent parias, resatuan,
do mouros inniguos de nossa • feé que nana forem da-
queles Inguares que em minha pisas eamizade estias-
sem: e quamdo o, tens cru minha pana e urnizede nein
quiserem asemtar sendo para isso requeridos e feito cd
eles todo comprimento necessasigein este caso lhe tereis
emamdareis fazer todo mal cdano qne se lhe com sega-
sarnça Poder fazer pare se aserntaserrl em meu sesuiço. c
eenhorio; ecada vez que no de paaz e•tunizade se qui-
serem -asemtar, os recebereis -a ela, -mostramdollies que
como asy oemizerem fazer vos mamilo que os recebam,
porghe veiem e conheçam que 'Minha •'vomiade nem he
guerra segam que selem beto tratados e recebam proucito
de minhas mercadorias e minhas reitorias das que se
coalSaoll mimes para•

-XIV. Muito vos eincomenulé ti -bom Isacto da jetme


para ser de vós tratada corno he vazam. porque -asy te•
nhãotmals.amor e vovntede de me sereis, e de -inneiremen•
te lhe ser ministradirjusnça, por (a)del 'teus,- ser feito se
segtie'mnito meu seshiço. E asy recamo vos eincomerndo
emamdo' que acerque iIii.eastigtio daqueles que algnas
erros e mtdeficios comététem• tenhaen granule 'cuidado
pesa cada boib arre soa ernenenaia -Segarn(10 -SOO, Aireitto
ejustsça merecer.
XV. Ensi' vos erncomendo ajérnto da terra. 'sé-febris-
tligs otituo jerntioS' e meus.. que -na ,lessa vinerem, para
tésndoe ser getatiledn'iinvteirarnerfte rezam, nevdade, e
d co lhe fazer fenos cense justo e°neste sei-a, nam
-comem- Orlado que lhe aSOs . WOO uoál, dedo, neto sem
sarau, porque de asy lhe ser 'feito enaila proueito ee
segue em meu serviço, e- primcipahnente de se fol—
gues com minha jeente na iessa,..nimsla aeiam dê vós

(ê) relu erotehteluture jadelee---ess:


PASC,CULO 3.' is

recebidos etratados com todo fSuor e guasalhado e bom


tratamento.
XVI. Vqs emcomemdo muito e mando que tenhase
grande especial cuidado de no guardar e verdade nos ira.
[os vemdas e compras que aloire rainhas jemhis e os
tacteados., da terra se fa.eni, eneurtondose e
lornguras e escandel., escusanido dernaindas qnsmto
posiSioel for, e sabidas verdade se faça justiça, porque
desta maneira sey que ajusiiça se fará milhar, eem es..
penal naquelas nossas que peramte vós se «mutuem de
julgar.
XVII. Porque he rasam que aqueles que se tomarem
christa3s sejam sempre em todas suas goesas funoreeides
com justiça, ey por bem por mais.. ...• ....chris-
tandade que os ditos christilos usy homens como molhe-
res <imundo forem eomprerittlidos em sonsas ires por
que com justiça deuam ser castigados que nem seis pro-
cedido
a)
XVIII.

(b)'
nsy rnamdeis risco falar aos reis e Senhores dci lu•
gases maendamdolhe tiMer emno eu ano

( )Como o papel está corrupto e consumido neae lozar,


alo se pode leso resto deste Capitulo. Aproveitaremos porem
extracto ámargem feito pelo proprió D. Laia de Moide, que he
oseguinte :
'= Que os clotstato da terraseiam hera tratados, e que GO..
eles =e trio proceda rigores...Éne; eque orado Goleados em sus-
.as Irires passe por elas sem os castigar ema os sustentar; e que
mis casos de morte, e outros grane. malesisios 11. 1;19. ddir4.1».
primemo de jassiçois
(
..b) Pela mesma causa se ato pode ler o principio deste Ca-
;Atolo, suje extracto margem dia
=Que nto consinta que os Reta e Ranhares das terras ande
ricas. °brisa°, lhe tornem as fazendas, eIcasto-is 51.050.5 lhas
tornou,. Que faça represslia glme/er amos. «amaina da.
Reis e Senhores que casarem soa ehripiaáo o seu, o roy eu.
iras sisa a pra-ou, eque as notifique aos chriablis da ocra
10 AI:K.10V° PORTUGUEZ•OMEN TAL

innformado que se faz o que aos que asy se tos,


nana christã., e que lhea roguo emcomeindo que tal
não façam, antes por meu seruiço sejam fauorecidos e
bem tratados, que mais unam he que se faça asy• aos
que se tornam ehristaiis do que aos moures que são imi.
gana de nossa for e de meu cera iço, e que eertà
eu não esperaua deles que .y Te fizese sobre cousa
de que eu recebo tarnto comteintamento, eque se algoda
fazeinda he tornada a alguil dos sobreditos lha manado
lagoa tornar. E seciono não prouerem e fizerem asy
ao diamte, maindimos que lho não comsintaes e proueda
nino de maneira que não somente se não faça, mas que
aqueles a que foi feito sela tornado o seu inamdarndooa
requerer para isso, e não o queremdo eles fazer, e nas
guamdo arestituição doi que asy tiurerem tomado das,
ditas peso., então mamdareis que se lhes faça pon-
isso represarias em quaesquer cousas ou rerodau suaa
ou nãos e pesoos ànas. álamdayo,uottefiquar asy a todos
os christaas da terna.
XIX. Para ip.c as, conseguise meu deselo,aeerqua da
christandade dessas partes, tenho Mamdado que em
cada forteleza se ordenase harta pesoa e de
que tiuese cuidado de procurar por tod.e
tiranamente conuertidos á for para que frisem omrados a
fauorecidos, e bem tratadàs, e lhes não rosa leixo..agrauo.
nein sem razão comprise requerese ao meu goacir-
nados (a ).
XX, • b
XXI. V. marndo que narn deis nenhuil seguro ane-
nliulla não nem nauio da judia que a Pazier e di
para demtro, nem ...tilos do dieta Paeer,porque oeYgor

( )° resto deste Capitulo esti consumido. O extracto a. mar-


gem he este:
Que em cada fortaleza haja tima pessoa que tepha ca ggpo
doa christatis, g que eacreua a Sua Alteza quem
(b 1 E,iti todo consumido.
°extracto hc:
Que faca guardar as seguros dna pernas, que /lustra podar
para os dar...
PASelcULO 3.. 11

muito meu seruiço,e vos mundo gele todas as náut., e


natlios do dito Neer, e dele forem os mancheis
tornar e fazer ,elos presas, eaos mear Capita& das lhes
release dá Inulia inundareis .álie nato Lena na ditos se-
(tiros corno vos mamilo que o façam,

XXII. Asy mesmo vos emcommado mnito o bom re.


fiado das fazemdas dos defuntos, e de mamdardes
prouedor Iner on prouerlereS tine tenham gram.
de cuidado de fazerem seus lomentarios unia titia fiel.
dado eto todo orine lenho, In/ululado por mem regimens
tos, porque alem de' nisso Cumprirdes eme a obrigue-
effla ene terndes per bem de voto carregue, Inc foreis
nisso muito seruiço.
•XXIII. Es- pós hem e voe matedo que se natos pague
fluido als,tra sigmas pessoa sem ser feito elorcha das alt-
erne, e cada boa co mostrar, e semita as ditas armas
anatas, esenado certo, que sana daquele, lhe ser& pague
edito ardde.
XiXtV. Vos enntornendo muito que sempre MeS—
ererraes a gerate que com v0Sau atada os todia. eu os.
/idade dela, earmada que ha, eartelturia que nela arada,
eest um emante os «der do que as vedores da liiuemd.
acharem que ha das ditas 'coesas em cada lik2.1er das ror.
tsleassi que herhide visitar aos tempo., ern que ey por bem,
t. it. para que fk" todas as sobrellitas ¡mesa ter
dle• pattieuLsr Coam a uma semiço cerniam que
rent..
XXV. Poleei IMe certificado que IS da /adia ha mui.
ta gemes ecos proueito asy carne çapateiroo, atiaiates,
e' DITtioS Meeallicos. (s):
kXVI. Me ee'erellerelg Le pessoas que ficam por eus
tíPs das fortelezas, aloeydes utOres, feitores, eseriosíts
das fttitorius, e- todos st otais que IIella. ha ordenados

(a y'corr.; rode ler 1,511 ra,I, .bredita.


11 evIreeto i mu:yen lu cite :
.ve fiar ev ev....eveav,Alf.limev, e alto-os maceniqu., e os ehris.
ta% liou, e abo-ijud o tiwide ir para ,o O e aity a atura
gv,tu?/..1,it 11,/ presa', pau, sereis, eparecendo hm que ktioete,
qbesrjarosise110 do sorao.aS
12 ARCr5IVO PORTUGUISZsORIENTAL

declaranCo cada Mil por nome, e se estilo nas dietas


almidarias e°Meios por minhas prouisoés que diso /can-
sem, ou o modo em que nelas emtraram. Vos munido
que em todas as armadas, prazerndo a Pese, sempre
por voara carta me deis conta e sacam de todas estas
pousas o de cada baila delas imito declaradatnente para

...... ecom vosso recado prouer nelas asy como for


olaia meu erro iça, e tereis divo gramde eespecial cui-
dado elembrança pesque todas estas comas importam ere-
Immo muito a meu seruiço.
XXVII. Se pela • que a gemte que Ma na
bulia muda num he tamta ao som como
mutuem para as comas de meu serniço, auisarmeis my
mesmo em cada armada do que disso vos parecer que
doca fazer por meu seruiço, e asy mesmo alas armadas
que laa ha, e das que vos parece que se deus prouer, e
do estado de todas as comas, para que acerque de tudo
proveis my soim for mister, e por minguoa de o na,,, sa-
ber nato deixar de ser prouidas em seus tempos denidos.
Tomay de tudo isto tal lembrança como a necessidade de
10,10 O reqrscre,o nem venha armada em que de tudo me
nein deis inteira coruta.
XXVIII. l'ola neeemidade que lá se them de bom•
berdeirns, e pala que qua ha deles para minhas armadas
emulem dar siso tal ordem como os aia laa, e se posa
escusar .. :... ....de que vem pedirem-se de loa. Alern
do proueito que se faria para minlm
tirar da despesa que se coei eles faz esua ida
e pura laa milhos se poder atter demis dordentm como
costome do que se faz em Lizboa;•e baila
pesou me tenha cuidado fazer bis a ela,- .
pesa os que quizerem ser recebam nisso fatiar e promi•
to; ey por bem que em ceda bati asno pmsaes neamdar
passar do sol•lo de 11°mm:is dermes ao de bombardeiro
até cimmetnta hennés. (a )

(ai O eltracto deste Cz1,isslaé margem diz:


= Que aja barreira de bombarda, e bua pema que azula re•
Ma cansou, e que cedam se puisi assentar por bombardeiros
10 hontés dos que vencem soldo.=
1,MCICULO 3. 1.3

XXIX.
XXX. Ey por bem ......... ...........

ordenados por nenhum respeito que para ira aia, pelo qual
voa pareça que com rezam e por meu seruiço se deua fa-
zer, tiramdo os cirnquoeinta bombardeiros que atrás ima-
.te Regimento ey por bem que acrescenteis em cada buil
sano, easy mesmo vos matado que nam mamdeis escu-
tar a nenhuil escrauo em soldo. (b)
XXXI. Matado que nenhuil Capitam de não, nem na-
gualee,ou outro de qualquer calidade que rena se nau,
pague de nenhurda fazenda minha que na tal não ou 'm-
ulo troeuer, asy de presas que se façam, como de qual-
quer outra validade de soldo nem doutra nenhoria sorte
que reja, nem de •nenhufia outra pessoa que lho a ele
vleua, nen, .y Mem.° de nenboaa pessoa que com ele na
e.amde na tal não Mi nauio, porque tom gotora que por
modo alguii o posa fazer. E toda a fazemda minha que
receber emtreguará áqueles feitores e olficiace que por
vós meu Capitam m ór e VisoRey e pelo veador de tu-
aba fazemda lhe for mamdado para da maõ dos dictes
elEciaes se dispmnder naquelas colmas que por soras
mamdados ou do Men,verolor da fazernda for ordenado,
e por 010d0 algua nam foram outras despesas, noras fi-
zerem nam lhe seraõ leuadas em conta, mas ey por bem
que pelo .mesmo caso perqua a capitania da tal náo
'maio em que amdar. E para ser' notorio voa inanido que
asy o façáes apreguoar e nottefiquar.
XXXII. Vos lernoro e rilitallfleMd0 MIlit0 e' mando
que nos prouimentos das capitanias da, fortelezas, al.
cardarias mores, capitanias mie naos.'. ......... ........

je)Todo consumido. o extraem ?mugem


,-QIIC a;ente neje pague demos soldos emendmerdos aos me.
e. denois da car,.:e dam ni ,n; ser
(h) O extracto margem he
-,-- Que nlo acteMenre Reid« tirando a bombardeiros de que
lurar. falia....
14 ARCIIIVO PORTUGU.-ORIENTAfl.

sorte de nauios............. ............ ....


XXXIII. Porque.— ..... ........ t.• .......
conuenientes para os ditos carregues voe.. ......
prenoto das ditas capitanias comerdes de prouer sela em
pesoas de eornfiança e caperimentatios, e eis ',tarei ala se
entidades que para taes carrego. cansem. (b)
XXXIV. Eu sara imforrnado e°esti fiquado
_vele) aCananor e Cedem e pddrelna
os Inguares daquela costa, d'OrInna ..
outras partes domde veles para se venderem em Ndirdirtga
e nas outras partes que them necessidade deles, seise.loo
assem a Goa se farta muito meu seruiço na Fraguastes
direitos que para mim deles se arrecada, eque apressei.
tarja inutto ao trato de Goa, caio-ide que se seguiria -gram.
de Ftroueito para aqueles Reys que o liam mister Outrem
de mim gramde necessidade, e folguarent mais de estar
em minha. paaa e amiaade, flua outras causas prouoitosao
que se stiguiriafi, e de muito uru serniço, pelo qual ey
por bom e mamdo que todos os caualos vara A Geou ,e
anel sciarn leuados adura parte, sola pena daqueles cr.
a outra parte os lenarent os perderem e serem tomado*
poro:tubas armadas para mim; e asv se porderati
aios em que forem, easy vos mamsio que o. façíresi nola
tefiquar em Coeby eerra Canonor eCalecut, e em tosto*
as outros toguems daquela costa para que a todos seis
notoriu, e se udu possa alegues ignorancia. E marntior
que asy o façaes comprir e guardar porque asy toe:esper.
muito meu seruiço. E porque tatuo Oraria de Neronbes
donde VisoRey dessas partes fez contrato cunho a Inas
saindoeoa sobre certos cavalos que lhe unia de mamar«
dar em .4114 armo para sua terra, cornoivezetstpdar
dito corntrato, se o Momo dele ainda dura, guardareis
e cumprireis que pelo disto odoraste- estai tremereelm

(o )O resta tkeapitnio saci eoan,t,,ado. Oeutrae,aa ma,g,..enk.ii.


Ose os cargo, que •aguareln se tem sor «Cad.. 4fe:SattiA,
v depisu enes aos outros.=
(Is)) extracto áinargem dat
Que se p,i>ucjan, ne..,a, de confiança da bapitiffg.d.a% atuar
enados quando se miasmas uli prouer
PASMOU. 3.* 15

XXXV ).
XXXVI. Eu Iam certificado que as mercadorias °OS
tine os mercadores de °uneo que trazem os cau tdos
a Guoa tomam paguarnento dos caualos que vendem lhas
fazem tomar por aualieçaCh &que perdem nisso muito, e
lhes he feito agrauo, ede se assy fazer ey opor anal feito,
peito qual vos maredo que loque como embora cheguate-
de. vos itufformeis disso, e achatado que se lhe faz, man-
day que tal se nato faça, asi ao Capita& da fortele. cones
a, me,rn feitores eoffioiaes, eque aa preços das tare mer-
cadorias seta a prazer das partes, e narn por aualieçam,
nem se faça em outra maneira,, e temde cuidado de sa,
her se se guarda asy, para que nam se guardando deis.
por jato aquele castigo a quem achardes culpado come
vos parecer rasam, eque nenhua meu Capital, feitor, cor-
sector, nem e.rivait, sem outro nenhuti meu Officiel, nena
da cidade, se ...entremeta nas compras e lendas den•
tre os mercadores, eliuremente os leixern comprar e 'mol-
des por os pr.ou que arntre eles for eoncertado.sern eles
nisso emtreuirem nem therem que ver, porque asy e cy
por meu seruiço; e asy vos mando que o façaes 'cern—
prir e guardar.
XXXVII. E ast estee mercadores que trazem, os <note.
los aGuiou, que he cousa em que recebo muito seruiço,
.mo quaesquer outros que á dieta cidade' teterxesern
italtieSqUer °Unas mercadorias ; e SOO, atodas as minhas'Ini•
torjas dessas partes, vos enneornesudo muito emarndo•qtte
solam de vós fauoroeidos, easi ordeneis que m Sefism de
todos meus eapitaeis feitores, e edficiaes agenrsaherhas,
bontrados, fattorecidos, ebem tratados, e lhe seia•
umente guardada verdade asy bro-quet toqtrav 4 compra
evemda das mereadorms, como. em toda'oetra mon., e
lhe totó selam feitos agrauoamem sem, raccoe's, econenIS
Cpe alam detone, pos tal epte vernelh gut...reles amthetvi
es,a nmneira folguem de trazer e acudir com tec mer-

Só se leni pouca.. palato,. deste Capitulo. O extracto imar.'


Bem dia.:
Que em Ormea se tome nanes qua os eattallosuenhã aGuo"
ieque cad.° se saiba se as &artesa se apuram....
16 ARC11150 PORSU01782•01U6PTAL

cederias aos luguares onde delas ouuer necessidade, de


que se seguirá muito meu serniço, edesseruiço fazemdo.
se pelo comtrairo: e vós mamday lembrar aos ditos capi-
taès ç offeeiaes que asi ofaçam.
XXXVIII. Ey por bem e mamilo que os mercadores
que vierem a Guoa que quiserem comprar e vemder sem
corrector, que o posam fazer, e lhe num teia feito nisso
comstramgimento alguil, paguamdo eles porem a correta-
gem, que he huit pardáo sonminte, nem comsimmes <Irmanais
se lhe leue; e lambem se ha by outros direitos ordenados
que mais aiam de pague', riam comsitntaes que se lhe
leue mais qne o por mim ordenado, e ao corretor da
dita cidade rnamdareis que bato constranja aos ditos mer-
cadores a comprarem e venderem... .sob aquela pena
que vos,bcrti parecer, a qual ..... „
eneorrer.
XXXIX. Por algui. is respeitos de meu seruiço que me
mouem mundo que neuhul ateu feitor num compre ar-
.; açuquar, salitre, breu, arrepia seio outra
nenbuila cousa de mantimentos a nenhuil. partugnez qne
as ditas cousas tenha para vemder porque sal cinero que
ofaçam, soo pena que se o fizer perqua pelo naemno feito
sua feitoria, e saia posto por nós outro em seu lugar
e por que seis notaria esta defeza o mamdareie
apregoar e notefiquar, e vós thereis gretado lembrança,
eo meu Veador da fazemda em seus tempos matado,
comprar ae ditai, causas é fazer o prouimento delas...,
....ornde se trazem asy para oque for necessario para
as forteleaas estarem prouidas, corno para a jemte dae
armadas.
XL. Porque com ceriteficado que alguils meus feito.
res them feitorias suas por amirepostas pessoas em al.
gilaoss partes em que ha tratos posto que lhe sela defeso
por mim que eam tratem, Inanido que os ditos frIell9
feitores por si nem por emtmposta pessoa tilo tratem ned,
tenhão feitorias em nenbula parte que por eles comprem
nenhui-ca mercadoria nem mamtimentos, nem outra al-
guCia cousa sob pena que seindolhe pcouado perderem
pelo incem° feito suas feitorias, e num selam a elas mais
rasares'. 3.• 11

tornados sem meu especial marndado, alem da mais pe.


na que bem parecer, avenalo respeito áealidade da oul-
pa, esós poesia am assa luguares outras pTaseas que sai-
ba° bem senas até eu prouer de feitores. E porqbe sela
»<serio a todos o fazei apreguoar e nosefiquar.
XLI. Ey por benta vos caindo que do cabedal que de
qua for em todas as arreadas, e asy de todo o dinheiro
das minhas ratadas dessas pastes se Dam faça despesa
algtala até se não comprar toda a pimenta que for secas-
sarja para a cargua que ouses de vir nas mios daqueles
asso, edepois de toda comprada se pagsaram os soldos
• gemia que lá amda, os quase naõ somõ pagues senatã
por vossos marndados somente, aay come por meu re-
gimento tenho ordenado que se faça.
XLI(. Porque poaa saber a verdade da maneira que
them os capita é-a das naos e nauioa de tainhas armadas,
-
e se fazem cosa, alguSa coma minha defesa ou cousa
vos mundo que da torna viagem que as ditas
mama alarem a Cochy ou a qualquer outro porto omde
vierem, se tire imquirição por toda a companha da dita
aio se fizeram alguila tomadia ou presa de gemtes que
lhe sela defeso, ou quebraram alguil seguro que a al-
guiiia fosse dado por quem tiuer meu poder de os dar,
ou fizeram algefla sem razão (?), e achamdo nist0 em
alguaa culpa o capitaã, 'Theatre, e companha da dto ou
'mulo day áexeçuçain as penas que por mim
em direito vos pareça que o merecem, ¡azarado restemir
ao danefiquado indo mal edano que lhe fora feito, e
temde dito tal cuidado que se som peca fazer cousa mal
feita de que não enjoes sabedor, e anteiramente sela lo-
guo castiguado com restetnição do 'lamino a quem de de-
mito se deua fazer como ditto he, e não saindo arcam-
te aparte aquem ae o tal danno fizer inamdareia depo-
sitar a restituiçam do dano que lhe aai for feito eia asada
dn pessoas abonadas para lhe ser erniregue (salto que
vier, easi mesmo se saberá nu sacio que Cose a trata r
aalgadas partes, ao alou:untarão 00 preços das merca_
doriaa, ou fiando Dif. outra algdia cousa coei que da.
Calem o_Irmo, e se se asilar rae o fiZ1g1114, o ha.
IS essinvb marrectiontástob

mis ma maneira rine vos parecer que o cago merece, dates


do o ctodiguo aos que achardea que niato tineraln tal
culpa per que o mereçam', e'averárnarnd Ido vossU Iode.
as fortalezas que .1. ..1. IreeKlaiLe dilligdmcia,, q'Mativ
que, ecoou noitio que á elas for ther
XLII!, A repartietun que se bule fazer das preaaa he
a seguinte, aSaber, que dtía presas que fizerd, 'troteie de
•vitrue htift tu,, rtointa ti:iguale que for nobritt'lli éTG•
cariado das dietas prevá-, e'earinguado ent recepta sobta
oofecial <tela, e• iisto naquelaa pretas cri, rine fordes eira
pevaoa on sitna. é daquela,. tril -que vos 'Iam twerfardes
em pessoa, ou mon eattuerdea a vier., vá, quero que ajaaa
anietaile. e a narra ',metade aja o Iapitai,- que emulardes
ou for .na freta que ar dietas -pres. fizer. -
•E derreti., agi de ritme bufá' p.a mimo jota do monte
mnr,' neutro dito he, erntant ee tirara para Mal oquinta
'verdadeiramente.
E tirado o dicto quisto su tirará para mira as duas
penes {tela armaçant.
E liradaa cv ditas duas .partes, aoutra parte que fiqtta
se repartirá pelos Capitaiis e ceiem darmatia
A caber t
Averei, afia alem >da ditta jota qne aveia de tirar na
maneira que dito he dar p/401.111 ernque fordes., OS ti sitia,
e num em outra maneira; Oirnt ecimv•
quo partes:... .... ..:• •' 55 .5 partes.
E cada Inifi dos Capitaria dos cantos
deito bordo dez partes. ......... partes
E cada bem dos Capitais das e
raneks, seis partes ; ej panes
E cada hum dos Capitais d.e guines, rj parte. -
E cada mestre e pillo.

E
m coam, ¡lanes • . itij partes
cada mestre sarnento trea partes.. iij panes
E cada marinheiro armado parte e
mela . j parte e' meia
E cada homem durmas huiaa parte e
........... ,.......... ...... parte e «teia
E Cada viduste -boda parto . 'j poise
....a.ment.c, 2. 10

.E veada marinheira duas poetes.. ij partes


E cada espingoard eira duas partes.. ij partes
E cada botnInedeim . duas partes... ij partes
nada besteira duas .partes partes
E nana asaram partes alteadas sal. aquedes Capito"
pysivaas,. ecampanha pise furem ao feito :me se fizer, ou
lostioere. H Vista Seg11.11,10 gut, .tla prt se custo rnou..
'As presas que, pr.emtlo a Deus se barrem vos matndo
que postas eis to•lo.b.ma recado, e será todo. eintseque
ao feitor delas oora.nto at;. ,1 eseriva.n, e bolo C: Ir r
eg ua,á

sobre elevei recepta, e temeis tal maneira que se til.


senogye eoirsa algult, etonam' disto aqueli , cuidado que
de véol condi,,, e' atum% que a tirito penso- mete do men
tpsifrtÉ‹, e partes pek'srtrnçiti pron.fi o meu %adite da
%eclodia para se arrécadar segnindu por ..t. .111 1. 'setena.
M'eti deite faser.
XF.PV. Vos matwits mictema ittítas t 1tse varn ordenadas

loira 'e vir ca•Ps eareegn..b... espeeinvine, n% tomeis


rtStn enaitubtis tisdar nandu- dlin ameis sem artelliaria dam
que Isorseern.
XLV. Eia ey por mui'to mem serviço. a Dem ue
jessiiça g ut., no tempo era ,VI!" 0E1 Capita% das minha.;
dessas' partes .safritna de suas e-apitani.a por
emtran- foritrus .vertsma Int.mar,.y os (doires eeserina8Y
dtts !Vitorias, so tire' deles iniquiriçarri tio como seruirtlie
ofileitts, tine 1mteiramente e-,rripriraln e guardar%
seus segituentee por por mim I he sana dados, ese. ftMan1
logo.' emas' eles jaid (cio) e ceia.,! tost e• adita,
egne acabadas de tirar sejam cerradas e',seladas, n em..
Mui.. este reino nas armadas - mie vierem por duas
"iltst paro, eu,ns matmlar ver, ese %ser oque for justiça,
porem se, emalam:In maneira togoa, a algo% parte tine
laa, fim.° a mie, cointra men regitnento pronasu tine
fOutra„seelot laa tumidos com as toes partes. e armes de'
san, partida, deles se faça comprimento do justiça.
XT Vj ' -httrosy que stsiant dados preguo'&. da minha,

Wteme se, alguem.se sent;eagrauado cl,s ditos eupitaEs


...... cofitra. jpsiiçai as lhe .'
ã.ea,e, ala Ilté focem dettedormi. ama abp2t 991.1$4,
20 5.0110 PORTUO.Z.ORI 60.1.

requerer ao Ouffidor que corn os sobreditos os ouvirá ie lhe


fará eomprimento de justiça. Porem vos mamdo. que
quarodo ao diamte depois de serdes em pose da capi-
tania mór gouernança alguas capitaès officiaes (sie) maus.
dar vir por irem outros, ou eles vierem por algulle casos,
o rnamdareis aos cornprir, e tirarseam 5V trimta teste-
munhas. e isto cornetéreis ao Ouuidor da India que o
faça, e ',remimos que com todo boa cuidado se faça isl.,
porque o ey por muito meu seruiço.
XLVII. Por alguas justos respeitos que me aisso me.
sem, ey por bem e marndo que por nenhuta caso que
aquecer possa se dans mate por justiça em Malaqua
nenhuaa pessoa primcipal da dita cidade, asaber Rey nem
Senhor da terra, nem, seus filhos, nein gouernadores e
officiaes primcipaes que forem pastos por meus capitalis,
nem mercadores riquos, e somente fazemdo ou corem.
tendo algum caso ou casos per que mereçaa pena de
morte me selam emuiados proses a muito bom recado
a meus reinos na primeira pasagem que para cites vie-
rem com os autos de suas culpas cerrados e aselados
para os ver e mamdar fazer justiça asi como me bem
parecer; e se for caso que parecer que as fazerndas dos
tara se perdem para mim por alguas erros que tenham
cometidos, ey por bem que se socrestem e embarguem
e se faça deles imuentairo, eseiarn postas em todo bom
recado, e me ceia emuiado o treslado do dito emuentairo
com os eidos de suas culpas pata matadas oque,:'elas
ao faça.'
XLVIII. Eu sal; imformado que áilha de Guta vem
Jogues que trazem bulias dos paguodes dos idolos dos
jemtios, as quaes diz que dam grarnde toruaçaro arras
genuios da dita ilha cornuerterem a nossa saneia Cee,
pelo que vos mamilo que mamdeisoa diluis Jogues num
selam comeenuidos na ditta ilha nem nas ostras ilha,
derredor dela, epara asy se fazer ponhaee aquelas penas
que vos bem parecerem, as rimes marnday dar a saem.-
çam naqueles que .1uo mais forem achados; e para ser
notorio o raainday.apreguoar.
sasmccuo 21

XLIX. Porque ee faça inmeirameata jiistiee despeno»


que vem para estes reinos nas coem Cinda de que
algalias pessoas se podem queixar assy os chrietails por-
taguezes, como agemte da terra, vos cmcomemdo emem.
dogue legou como embora cheguardes á bulia mamdeis
apreguoar por todos os Inguares omde tiuer gemte efel.
seriar, que rolem da maneira que posam aeles hir e vir
recado até á partida das [Mos, que inanido que iodo cheia-
518 portuga., mouro, ou gemtio aque o capitai" mós da
Judia que vós socederdes, ou o capitai/ da fortaleza, ou
de naus e nauios, ou outra pessoa que para qua sc ouuer
de vir, deuer algui1 dinheiro ou mercadoria, ou lhe tines
algalia outra obriguaçaó de fazemda, o amiba dernamilar
erequerer por todo meu de nouernbro pira lhe ser feito
comprimento de justiça.
L. Porque de náos que vem da Judia com a carregou
da especiaria, que fazem era caminho por derotro, SO ne-
gue multa meu dssoeeuiçeem toquarem Moçambique,
mamdo que nenhtúl Capitam de Mia que venha com car-
regas minha da Iindia para estes reinos narn vá a Mo-
çambique saluo,seindo ein estrema necessidade, eqaamilo •
com necessidade fora, cai tal este lhe inanido qtle o mais
em breue que veia possiuel se despache e partam, nem
fazeindo mais demora que aquela que de necessidade nem
poderem escusar sob pena uni sem cocei-
asilado, ou posto que com ela se vem, se m clii
meie tempo daquele que necessario for, perderem pot isso
todo ordenado de sua capitania, eqointaladas se as dec-
rete, enesta me-ma pena quero que , concorram a pilloto
emestra; evilas atodos os eapituês dau nãos que depoia de
vetou cheguada á Judia praziondo a nosso Senhor de laa
pártirein para esiss reino, o mamday notteliquar. ese•fa.
Ia. disso auto, ealem direi', o tnarnday apregooar enotefi-
quer para que a todos sela ',oferto, e daipy em diatole
era todas se guarde seu sob a milita pena.
Mo A minha cidade de adula:qtsa cornd sarbeis filam
sempre Coei Os Reis e senhores .1,3 ve,inhoo cantina%
guerra, e por 5001 &uma Inato dela está may
quedo, enaco lia sola •tamtostaereeduree como Kip», e
22 *Rima. raltSllaalta.141LNTAL

para o que toque á dieta guerra semeie nerresserie 88 fie.


ser por meu eernieo, ou nem te areento de fazer, e ehy,
em todas ar aortas de men seruiçu naquelas partes, nata
me pareceu que,o, podia ,der regre certa nem &tremi.
nakto do que acerqua das dittott Mut.., do foo,
2er, some-nte tudo o que toque ú nOta tti.je.10, pana oiL
guerra, guarda da coera. e ttettet. ',eixo a nós qde em ceda
moei pronejaes e mmudeis que se limo ir que , mais meu
sereino
- em parecer, torrtanado inueirtt..itmonnaóito da$
nouses e da neceesblade delas; e aeodinide ao que corne
prir elo seus tempos em tal maneira que sy preiteia'.
neserearic,e,u eou tempo dinidit,,.q escreeetinete &ele,
radercente todo o quc em @arta cousa daaeobtelikaa pra.
verdes e fizerdee.
LII. E porto. Malaqua he caces em que tam,to
ert o proueito posso receber, atino areie que oalons,, senado
prouida de todas ar gomas, que perta reli baru, prouitnene
ta lhe formo neceseeries, vos emeennemil riineito e medi-
do que tenhaes dela muito especial cuidei!r, e leo.inun-
oU para se lhe (acareio seus piou menino era os tenipm que
se oueerelel de fazer, e daqueles ecur,mn pie ulndso qge-
001.110/11vegurudo os recados e notes certau que unertlea r
est paru o cp. cumprir e for necesvario parta guerra,,
te a lluer, Quino para amace neeeeguo dela e icei coa.'
enn do trem e m000edeoIoo, que ha'e alo
to algum,
L111.. L'orque. a cidade de Gopa he maio ponnoiRnf.
que na lindia, ha, e. dosanereatheree e ~umes cicia sant,
sempre era ludas as coasse, urey bem serllittu rue parece
que neja milheo do. que em nenhuil outro legar podeis.
pella qual ey por bem'. que evey.o tanees,
porem ee vos perecer mau Salaka itunernard,e qui0í
quac outra °Mede- des que tenho nesses peites leLage tt. •

viro que e Leçíme. como vos parecer milhos, o mais In«.


gerinku.
Poty,ua .s.a"imfornradorg., na. Itudie... nee OU-
Iras
; parles Lora dela lia oficiosa carregues sobejos e seca
Iteeessulades rte que, aiala dos guaslos, que ema os,
bati, ilrmaaaaaillu e4g..outreq cowitaa..eXjp,pf itúni,q,a.a.a4j1CLIVer
1,1,01C1/. E.'

loa vos parecerem sobejos, e de goe uso, comer asses-


!idade os posa°, tirar, atos uan, eia ais mais, e porque
isto .
importa ameu seruiço, lenida disso toda lembreaço.

Al.ada do,. Gapibuls date forlel,aas da ladia.


Resto que os CIRO t48 das fortalezas da lmdia lones
declaradas nas carta,. do soas capitanias os .poderee e
alça'', de que nelas bajule usar. outra por bem, e meu
seruiço a lettardeS neste Regimento, para sabertlea as. pe.
:dere!, que lhe doo, e de que detem usar em saneei,.
.pi.nias. -que sam os segoirntes.
Nos casos crimes lhe dou poder ealçada em todos ds
nas,,, até marre natural imal usine, e sobre todas as pese
soas de .qualquer sorte ecomtliçarn que selam, causares.
moças, juizos, e rnamdados em qualquer comdenadáo que
pobre os toes fizer por suas coloas até adum morte ante.
tal itmlosiue, °moldo que dato Reset:tosam sem deles aves
mais apalaçam trem agram', resaloannlo porem que. O
dieta ¡iodes ealçada acento cinte roder5, em nen hdás fidal.
goos,.nem no alcaide mór da fortaleza, 1.0 urea Saltes
da feitoria dela, nem nos escritidès da dieta.reitoria que
eu de qua emular, nata nos Capitai- 3s das areie., esolos
que ao dieta (odeie. tioer. Estes Pttrm
casos crimes cometerent.per que corá jusinza deutiodee pies
San, os premderá, e famas autoode asma culpas, e os crgrIlis
asam cerrados e melados a nas, ou ao. Mais-A- japi*, Mós
eVI. Rey para acerque deles, e doe seus casos proa«.
das Of.0 ytto pareças justiça.
-Nataféltaà eizlós danou partes Lhe .detepoder e. alçada
até corroia de einnpusenutta mil. tais; e. ateaste corntiaee
darrto suas serntornças o axecuçaru tens suais avsráPabl,"
fiam nemsagrauo .e se algitto lobo.. passo,dias dfitos,eitàs
quoemta mil reis ern glialquer muritis rpm selatueottintls
essa dela ejulgue o ;que 'tom. atierásolheporederj dlintdo
somente nos iaes feidos agrauo pata tMetallste tdalebsel)
f1:10r., O' q«al as partes iram f.pál..den4FtGr 140 Aelapir <¥111.
Ifie *siam., ese as partes nos •meg loiros- naso...sjoigaretro
...Sr.ta ,' clara a...caçara suas ettmtemléaa
2.4O ,satj...froélr,pettasdo.dialiairq Ot5 ,citocitietabto,
24 eaestivo PORTUGUDSOSDIEKTAL

nados nos casos em que virem que cumpre serem pos—


tas por meu seruiço e bem de justiça, eas márle execu•
lar naquelas pessoas que nelas emcorrerem sem mais de.
lar aves apelaçam nem apresso.
Porque podem aquecer algalie casos per que ceia com—
pridoe por meu seruiço ebem dejustiça comdenar algalias
pessoas nobres culpadas em algurias penas de dinheiro,
lhe dou poder que quamdo algufis aquecerem porque lhe
parecer que dessem ser castigados aquelles que neles fo-
rem culpados, •eles os poderei, condenar em pena de
dinheiro aveludo respeito ás calidades das pessoas que
forem em suas culpas, e esto até duzentos cruzados, e
daquy para baixo nas emolias que bem visto lhe for saem.
do os sobredictos respeitos, as quaes penas mamdará
executar sem mais dele soer apeteçam nem agre.. E
todas as penas de dinheiro aquy cornteudas aproprio para
despesa do ospital da forteleza onsde for, e para ele as
marndaram os capita - . executar.
E isto quamto aos Capita:és das fortelezas da Iludia e
das outras partes, tiramdo os Capitaés de Malaque ede Ma.
Immo por estarem DOOy lomge, que nos feitos ciueis am-
tre partes them jurdiçam e alçaria até cem mil reis pelo
modo atrás declarado, enos feitos crimes e penas de di•
nheiro que poderá poér, easv comdenar alguRas pessoas.
em penas de dinheiro nari the-m mais jurdiçam nem alçada
que cada buil dos dictos capitstés das fortelezas da Imdia
no modo atrás declarado.
LV1. Porem semdo caso que algalias pessoas que sejam
prouidas de capitanias de fortelezas som leuem em suas
cartas das ditas capitanias declarado o poder ealçada de
que ham de usar, darlheis o trellado do dieta poder e
alçada aquy declarado asinado por vós, para Flar ele usa•
rem como disto he.
LVII. Porque bem saibétes o poder ealçada que tenho
dada aos Capitaês móres das Muss que em ceda hum anuo
•am para a Itudia, ouue por bem asy MESIDO vela man-
dar deelarar neste Regimento, do qual poder ey meu
seruiço que usein os Capita'Pu mores das armadsa que
lia fizerdes. na India, e em que nam for vossa pessoa,
reactor:do 3: 2'5

e lho mamdareis der por cosa carta aleija por vos.


Nos casos crime, lhe dou poder e alçada até morte
natural inclusim, ecobre toda , se pessoas de qualquer
sorte echtndiçam ene adem, e suas seco tempos, juiz., e
mannlarlos era qualquer carralerraumn que sobre os taes
fizerem por suas cuipits and a dieta mirre natural incita.
Cite soando que dom á excençain sern deles aver mais
apelaçam nern agraue, resalua.lo porem que o ri ieto.po.
der e alçada acima declararia se mar° einternida nos Ca.
pitsé-sdas dietas naos de sua cornser., nem nos fidal.
goos e caualeiros, eoutros men, criados, nem Ma escri—
tura. rias distas [lá., e porem quando estes fizerem ai.
134, crimes per que com justiça deu.] ser presos os
Inundará pregai,ot e fará auttos de suas culpas coro oes-
erluam ria náo oro que for, e os lsuará áEnrija, eos emtre.
guará avós meu capitam mós eviso Rey dela para acerque
deles ede seus casos proardeu como vos parecer justiça.
Ittem na casos eineiu lhes dou poder que posam jel•
par sabre as pessoas que vara nas disso nárrs altec
eiruquoemta mil reis, e mee a dieta contia dará suas sen•
meças áexecusarn sem apelaçam nein agram', e doa que
mais pesarem mio cirncoernta mil reis julguará o que com
justiça lhe parecer, darndo. somente agraraml para o dieto
Capinar, ovar, e poderá per penas de dinheiro acne sim.
qkluenala cruzados nos casos era que vir que cumpre por.
meu serniço serem pasta, e as executará serrt mais ape•
laçam cera .agralut, e cai de degredo .por quatro senos
pata os luguares datem.
Tilem ao poder que .1 lhe doia nas penas teima dm!.
radas :tatue marre natural inalaine, ey por bem que nana
unem disso, somente quanmle alguR caracter Tal caso per
que mereça. morte, o premien:1, ecom os auttrr e inrqui..
rieo2a de suas culpas que sobre i.o fará, os eu...guará
aO Mea Ceietteas mór e Vise Rey para nissu fazer o que
lIso parecer justiça, e porem ele dieta Capitam rufai á
Viso Rey uma a:mudará dar á execuçant a penas quer
nela dicbt Capitam mór denten:Ia foram posta. geri,
era ene alçada nana couberem, se C.oa etLeetar rty pastei
detae que lhe parecer justiça.
26 ...IVO consumiras-ora

LVIII. Pelos gramdes inoonuenlentes que as seguem


dos Capita2s sairern fora de suas armadas ebisarem ne•
las cornos dirias earregoos -',nuas pessoas, vos inamilo
que quarodo proverdev a1g1r7a Capital. dalguaas arrua-
dae, Ilre defernilaes moiro aperrai] areento nos Regimen—
tos que lhe derdes que RIM',aval.; delas; e porque pode
acorntecer algivil caso per orniM lhe sela necessario mi—
rem das dirias armadas, ey por bem e vos mando que nos
diotos lteogiieeatoa litari teia legais os poderes de que aiam
de usar as pessoas que eles em sus absemeia deixarem
por Capitar, da aliara arrnad
Seripta em Lisboa a szbij de fenereiro. Pamtalyam Re—
'mito a fez de mil e quinhemtos sesemta e oito.

REY.

Regimento que teus. o Viso Rey Dom Luis da Taide.

(Livro 1: 2. 137 )

2.
Conde Visorey, amigue. Eu El Rey voa emiti, muito
saudar. Doto Prenotais° primcipe das Ilhas de Maldiva
me pedir/ que por seu respeito fose seruido fazer merco
a Poro Games e Joa5 Games seus criados, a hado oficio
de eserilialt da feitoria de Coehirn, eao outro de munia—
dor dos orfaii•, amuos mil vida. E por fazer merco ao
prinneipe, ey mar hem vos imformeis destes seus criados,
ékohando terem as validades que se requerem pera estes
sarguos, que pera elles pede, prouereis cada hum por
fres anuas de cada hum dos ditos cargaos na vagantte
dos prouidos soltes da feitura desta carta. E isto na6
remato o carguo de contador da apresentaça2 da cidade,
porque minha temça6 naG he tirar ha cidade as liberda 2.
dos que troce. E sendo da apresentaçaõ da cidade pode-
reis prouer traslado de Dom Prancisco pera que preten-
de o dito ear'guo doutro equivalente aele; o que asy ta.
•resecceto 8:*

reis, e cumprireis etforonoa esta carta, porque aoy o


averey pot meu serviço. ltiscrite 6M Lisboa a xb de fe..
careiro de 5S(.
REI'.

(No sobresoripto)

Por Dern Francisco Mneearenhas Conde da


Villa. da Oria, do moa eonsdittu, e Viaorrey das partes de

(Livro 2.'8.1)

3.
Viso rey amimeis. Eu EIRey . 1.108 cindo muito enodar
Fernando do Arando que.° ano 'presente vity pera as
partes da folia, hey por beta qUa em quanto nollas ao.
dar, enaii for provido de 011150 00000, aja para •
algdá de sua sus!gut,i9m1; eincoeuta mil reis. de que.lhe
faio merca por jualoare,p,itoS. Polia que vos 0000omen.
doa mando que lhos fanais areenta» ondeMelles aja hora
pagamento. Escrita em Madrid atinas de teriereiro de 084.

.RRY.

Pera o Visoldey da Ilidia.

(Na sobrexcripto)

Poe EIRey.—Ao Visorey da Indi-

(Livro 2.11.0,)

4.
Viro Rey Antigo. Co ElIte7 vesco ,fuid muito- Fundide..
r4ina ridtix do Vak......,.nebt do 11aLn Pedro tio M000 1

que Iley.pardOe, estanddie yor,


28 ARCEIVO PORTUOVEZ-OftlErl,t

rne enuiou dizer que por nam ficarem filhos


dantre o dito Dom Pedro e Dona Luisa Continha sua
mnlber, eserem casados per carta da merad.., era cila Dona
'Irina herdeira uniuersal do dito Dom Parir, seu filho,
e lhe pertenciam as duas partes de sua fazenda por elle
testar de sua terça ...... ......trtdo esta na cor posse a
dita Dou, Laica mia nora. Pelo que mo pedia Iporuesoe
por belo de vos encomendar este negocio; e que se dom,
se justiça nelle. E porque isto seja de tanta obriguaçet8
soma com que Cre0 euninrireis corno descia, mo poroceo
todunio e-oreueroolo e encomendamos que deis ordem
como nesre negociose proceda com breuidade, e se faça
.nelle inteiramente justiça, porque recebereydimo m oito
contentamento, edo que se fizer rue .... I..
a 11 de março de 1584.
REY.

(No sobrescripto)

Por Elltcy.—A, Doto Doarte de Meneses do seu con—


selho do estado, seu VisoRey das partes da judia.

(Livro 2.• fi. 3 p

5.
Viso Rey amigo. Eu EiRer vos eludo muito saudar.
Dom Joh.) da. Urus, notado da Soe Apostolica, natu-
ral da Serra de Cochirn, vay este atino para.. ......,
com intento de aprouritar na edeficaçain da christandade
da pommça3 do Earii. Thorné, e dagnolla Serra donde elle
he netural, elhe fiz merco de trezentoserozados cada anuo.
Encominendonns muito vos informeis de conto elle pro-
cede nessa ~ria, e ato escrenaes, eo (auoroçaes no qui»
para este effeit, for necesaarie martriamir...d.e(n, de
que éramprir. para que com seu exemplos. doutrina
na c`iririandatie da Serra daluollas partes, ona connersam
do gentio, o frueto que se pertende. Scritta em Lisboa'
PASCI.. 3. 29

a 16 de Março de 1594. E dos 'ditofi trezentos cruzados


leoa a prouisa5 minha que lá vereis.
REY.

(No sobrescripto)

POT ElRe y ..—A. Dom Duarte de Meneses do seu coa.

telho do estado, seu Viso Rey da India-1. via.

(Livro 2.• fl. .5 )

6.
Eu EiRey faço saber aos que este Ablará virem que eu
sou enformado que sendo defeso que nenhum fidalgo
nem outra alg3a pessoa se possa vir da lndia para estes
Reinos sern Doença do meu Visorey ou Gouernador da-
Tiritas partes, alguils _o naii cumprem asy, e se embarcaiii
som a dita liceu., o.que he muito contra meu seruiço
e muito contra o que conuem ás mesmas pessoas; eque.
retido nisso trotes hey por bem e inundo que daqui em
diante pessoa alguma de qualquer qualidade . e condiça6
que seja que andar em meu serviço nas ditas parjes da
India se sal embarque nem venha delas para estes Rei-
nos sem licença do dito meu Visorey ou Gouernador, que
guiando lha der pastara disso sua proujsaii, per elle assi-
nada, sendo certo que vindosse sem a dita licença assi-
sado pelo dito Visorey ou Gonernador, lhe naõ batia ser
aceitada sua petiçaii, hem se lhe dará despacho sem alie
dar informaça5 de Seus 'aeruiços. E posto que eu tenho
assentado de mandar áIndia os despachos das pessoas que
naquellas partes me servem, e dou agora nova ordem
pera se isso assi poder melhor cornprir daqui em diante
pua as ditas pessoas liar, deixarem de a seruiço,
caseusarem o trabalho de virem cá requerer
algalia pessoas doerem causas bastantes para deuerem
.• as verá e lhe responderá conforme a cilas.
Doteficoo asy ao men Visorey ou Governador das ditas
30 flatuteO PUIrreeeee•ORIenTI.

partes, elhe mando Nça publicar:. .....


defesa na minha chancellaria danidade de Gim .....
........ della soltado cola o meta seita e'minado
por alie nos............ da dita cidade; eenatar outros
teclados feitos na «Mima •<10.9
as fortalezas e cidades da Ilidia para se publicarem
........ .......... ............. —noticia de todos.
A qual ey por bem ornando-que ao curnpra • daquj,
em diante inteiramente corno dito te, e derogra
outras prouisoés que sobre esta maioria sejaõ passadas
uisaõ que mandou passar o senhor Rey Dom....
feira nesta cidade de Lisboa aos date.
seis dias do mez de Março do unto dotn,I quinhentos
eessenta e°yr°, porque esta comente ey por fiern e rua.
do que fique em sua força e vigor, ése cumpra e girar.
de juntamente com estaque se publicará na minha chan.
anilaria, e registará nos liuros de rainha fazes la da Caos
da Ilidia para se saber como asy o tenho mandado. A
qual quero que valha, lenha força e vigor como se fosse
carta feita cru meu nome, por mini assinada e adiada
com o meu rolho, sem ernbargo dv Orilenaçaiiirlo2. L. til.
sx. que diz que. cousas cujo etfeito ouuer de durar mais
de hum anuo passem per cartas, e passando.per Aluarás
naõ caUsO. E esta mandei passar por nes vias. Sch...
tiaõ d'Alpharo afez em Lisboa a deSa.eete diea do mos
de Murou de mil quiahentos eoytenta e quatro.

REY
Miguel de Aloura

(Livro 1: 111)

7.
Viso Rey amigo. Ide EIRey voa ennio Muita *andar.
Dom- Fen.ndo de momroy (que Voos perdoe l,serelo
nessas partes mult. ano. com moira satisfrçaõ doses..
nomes acta meus predeecsoor. (que estoa.tun glorta ), e
hera por parte da fuga Yeaechruo de hluteroy sua irreeü
Pasmem.° 3? 21

morador em Beloie deste Reine de Castella, for ernf9r-


rnado que o dito Dom Fernando falecer sem filhos, efez
sen testamento ern que testou. de atino fazenda em eonihia-.
de mais de.com mil cruzados, etine o deixou por hum
de soas herdeiros ou herdeiro in solidam, eque afaxen-
da•fietm cnn mat3 de difterentes pessoas, sem até agora ser
efluindo áCata da Judia, nem ser enojado otestamento
do dito Dorn -Fernando, hauendo mais de qfloatro adilas
que tire fuletido. Pelle que vos encomendo muito que
vos enformeis deste negocio, emandeis fazer' comprimort-
to de justiça ao dito Dom Francisco, ou seut procurado.
rei, para que o lestatneMo e faxenda se enuye á Casa da
Ilidia aLisboa segundo ordenança, nisó consentindo que
as petsoas que atem em sy detenhatt, epessuaõ com di-
Inçoi2s, senad guerra tudo se lhe faça poliu& ed breflida-
dade, como de vós confio. Escrita em Madrid aiO de mar-
ço de 134.
REY

Pera o Viso Rey da India


(No sobrescripto)

Por EIRey.—A Dom Duarte de Meneses de seu con-


selho do estado, eVisorey das partes da India.-1.' via

(Livro 2.' 9.11 )

s.
TtexKey Amigo. Eis EIRey vos enuiu muito madre.
informado que nas partes da India anda ha moitee
tts,m9
rumos Jercai tua Correu, etent sua molher nesta cidade,
euai; vent fazer vida cora elle como lie obrigado. Bneo•
mendouos que ofaçaei enibiéelit'uits ptimeir,te IILOs que
32 ARCHIVO POSITUOUEZ .0111 eNrAt.

pesa estes Reinos vierem, porque oey assi por meu se.
ruiço. Dorida em Liaboa a24 de Março de 1584.

O CARDEAL.

:Miguel de Moura.

I.' via—Para o VisoRey da !adia.

(Na sobrtseriplo).

Por Elltey,— .ADom Duarte de Meneses do seu con-


selho do estado, Visorey da India.

tLivro 2.' 3.71

9.
Viso Rey amigo. Eu EIRey vos caule muito saudar.
O arcebispo Dom Frei Vicernte da Forosela ,nescreueo
que achara era terra em muita neeesidade de ministros e.
olesiastioris, e que fi.falta deites estanaõ Incitas •Igt lar
das fortalezas dese Estado cem Vigarios aS emnfesores,
pedimdome que deste Reyno forem allg5s, epela muita fal-
is que deles lia se nartpode ordenar que Coem''' .nestas Aos,
e at enatainder que com multo trabalho os pmsuadiraR a
hirern em outras allgilas fite escremi que &verei por sernign
de Deus e meu ordenar. b5 SytninarM nora cidade de
Goa, d, que se p.o,.,4", tirar os ministros necesareos ás
'grelas itese tiritado, eque vos peça pesa iso ajuda e fali*
nese:tareis; pala que vos ameornerndo que como a cousa
de sinta emsortaneia, e a que en estos 'Lars obrigado, tra-
balheis par dar toda aordem e remeti ia necesareo pers se
efectuar ,e eminitatuto, pedirei da minha parte aos praia.
dor dos mosteiros dosa cidade que coro. os Religimos..de.
leu acad.; o estas necesidailea de conta obrigaçaft, aos
qunes matmlarsis dar os ordenados que per meu regimes-
,. bar; dover as ministros que residirem sentas igrejas em
quainto uelaa antualmente iESIZIEGUL
3. 33

11. Tombem me esereneo o dita arcebispo que pela


rasa de Sim Domingos estar em chio muito demudo, e
refeill falecidos nele Will. Religiosos ' odiei°ilo pararia
,

o Colegio eeriiido iple tern para outra porte Km aver


Religiosos :errados, de que aceeflo parte, Ira muita falta,
e rue pede aluirre do. qne ensittrnaG ia dar os meus
Reys, rv qual rico trtii aurora, e asy prole peta os ditas
Religiosos a molda dos pagodes dera Ilha de Doa, go°
CrI aplieou poro os nritrinos orfads e gerntius eia sua core.
unnutE, de que estaU Epose os padres ria Companhia, The
dopais se posar:dl a fazer cristandade nos terras da
role, e por nes largarem a dila rencla dos pagodes de
(Ma aos Religiosos de Saiu I)orningos que Ilis socerle•
rua na cristandade da dito lira, ficrrà padecendo muitas
nomesidarles: pelo 900 vos (In...melado que vos e -formeis
destas rendas dos pagroles,ormindo sobre este caso o» di•
tos parires da Carpi riria, e Veleiliiri priririvoOr que tem.
e 'Inundeis ver no regonerrou que per nren indilodo fez
Gringo Velho, man Seerriusie, serniondo liereruiste de

Verdor de tninha fazeonda. o emale ficard.i reporidos os


ditos terminara tos no lia Ilha, e ile tud.r rue avisareis
rua, vires parecer pero morador uSo prouer coam for
Mais serrim> cIo Deos Meti.

111. Na carta geral vou escrevo sobre a einformaçae


Mar lile deu o Viro Rey das pazes que mon ese instado
minha feiras El liey de Jor per meio de seus Ilbaixadores
que furai', nesa cidade de Doa, e de quarata
importunei, era ter este Rei segoro narnizarle cieis du
tal maneira que fique de Indo qrrei/ra nolo com o Doutrem.
E per der ariguds Eformaçoifs eEespecial da Colo.le
'Rel.,. que este Rey cometeu urras pazes com animo
.kft,t'atua. a que saa lie fazer se poderoso, peril
qm ttttt lo ir tempo lhe der lagar .se nrdendr mo/tronem
",ms iortenhoc; vos Enumerado que e. soo amizade imo
cedam. ed o resgeordo oromsilleme.M que reis eqiio
dre proeurarnd, ai la ktr verdadeiras Ume teoi.Tr, porque
amizades f.dtas mó" porie. tsmpo
9 ao- oito
- o doo iley de Jor dr Ioda a faz-nolo (me vi-
eira aa nau da bina gra deu era asa ,.jurnlo da sno
3
04 ARCI1190 PORZUOU62•01lIENTAE,

fortaleza, que naõ quis tornar numqa serndolhe


da pedir pelo capitar-,Roque de Melo, e asy me esmoa°,
tenS auiso de fazerem os Jaos armada pesa bisem mbre
a fortaleza de Malugo chamados por elRey de 'remate,
o qual se . preeurnia que malhem estaria aõfederado aan
elRey de Tidore; e que diso dinhaõ dado cola ao dito
Viso Rey, no que creu que tereis prouido corno colunem,
enas náos que este-aso espero me avisareis do estado
em que ficam ar coaras de Maluco, e ar pazes que m
tratars0 com ellley de Jor. E por ser 0formado gite a
dita não que se perdeu foy por culpa e descuido dos
que vinhaS asila, vos récornsindo que particulermenre
marndeis deuses, sobre os culpados na perdiçaõ rlestn
irão, eos emtigueis cõforine ao que a°alidade desta cul-
pa merece.
IV. Os twaadores da dita fortaleza de ' delega se
,

queixai; que os capitaZis daquela fortaleza lhe na0 gear-


Jaú- suas liberdades, mas almas por mui pequenas ,asa-
assar preindem e afraratao, e lhe fazem outras suei:AC:00s
gramdes que na0 poso crer: ircomemdouosque tornamílo
deste caso ha:delate anformaea0 ordeneis como uns
moradores desta fortaleza lhe sejaõ guardadas suas 145cr-
dades imteirarnente na0 earnsemtindo que lhe seja faido
agrauo 50 sem jueti,ça allgda, porque alem do reme.°
destas desordens ser tateou de vasa obrigaeaõ mc arrojei
de vós por bens seriado 0a prouerdes asy nesta forts
talem mino ngs mais dese Estado.
V. Sou êformsdo que os Viso Reys que sé om..foro0
dele fizers0 muitas tnerces de minha faminda non.. Mi-
ma de meus regimentos, porgne somente os ,potleat fazer
até coraria de doze mil cruzados, queremdolhe pôr nome
de ordinarias, eourrosy &mar> por aluares as aliadas que
lieauaõ &Iterado os feiraras e thesoureime dere estar&
que dama,. Coalla do dinheiro que linhar) recebido de Ira.
riba Sorrindo que direitatneinte pertemee a ela poeto que
arecade5a0 das mies diuídas se dilatase per culpa dgr
ditos Viro Reys ou dos verdores de minha fazerada. e
que as connlenaeo0e pera o fisco real no caso da erreis
e curtos casos, edas residerneias que se toruauaõ. que
remoem, 3.• 35

direito pertemcern a minha fazemda ta3bem as dancei' per


aluitrem, e que se yemdia3 as diuidas velhas que se de-
m., nela, eaey os cargos da Justiça eIla (exercida por di•
fuleiro, ese guarderma até qui muito mal a, prouiso3e dos
senhores Reys meus arntecessores eas minhas, ese eriaua3
officiees desneoesserios aque se datui3 exceciuos ordena—
dos 4custa de minha fetzernda, deixamdo de os pagar aos
que sa3 Pos mim Pmuidos ame recuem, pari' enrnsemtimdo
goe se registeneas prouiso3, que Re oasall dentas mercês e
ordenado,. E porque tudo isto saõ cousas de que rue ey por
muito desernido, eey de mamdar tomar muito particular
i"fornmça3 e res4de,ncia delas, me pareeeo deueruolas
apomtar lembramdonos que de corret3 nese estado estas
desordens he aprimcipal causa de serem muito mal pa-
gos os soldados que me seroem sele, eever temem queixas
dos prelados o ministros das igrejas, ospitaes, emiserico‘
dias ilesas partes sobre lhe deuerern muito de seus orde-
nados, exato poso cuidar que os Viso Reys dese Estado
proporem por estes respeitos de afastar de sy os ministros
que daqui mameis?, e buscar outras pescas com que fazem
astooses da obrigaCall d.e seus earregos, oque na3 arco que
será em pneu tempo. Pelo que vos emcommndo que se tato
use mais destas desordens mono c3tra roeu seruiço e
de minha fitzemda, e que quamdo alga destes ministros
'ar, faltas per pende unto deua sentir nos cargos de que
Os tenho prouldos, me auiseis pesa niso mamdar o que
for roais soeu seiruiço.
VI. Eu ten,ho corucedidas aallg3as pesoas cartas dem-
comernda.pera.vós ar quaes as mesmas pesoas aque se
daí; leurdi na maá pesa por oy as apreserntarem, eporque
poderá ser irem allgaas delas em tal farina que vos pareça
pela elformeça3 que de mais perto temdes de seus seruiços
lhe fali deueis cornemler o que leuarea, pelas <lime cartas,
ou se lhas deus .moderar allg3 modo, me pareceu de.
',estios eSereller sobre esta meteria, esinificaruos que oca-
sos uu ,oe pode-reis fazer o que viealee que mais comUeM
ai/forme ao Merecimento de cada hum, e
"..9°C nisto achardee e fizesdee me anisareis Mui Parti._
eulermente.
36 ARCIITVO l'ORTUOUEZ•ORTENTAL

VII. Tarnhem sou 211)irmado que quita-ido os prouldos


ias fortalezas dose estado per minhas patemtes V "(13 emn
, ,

trar nelas pedem aos Visoreis m13 i1,1, prouisoiis, to.las adiu,
de eene pardeularee yentereses dano dos moradores das
ditas fortalezas. e finalmente emitira o seruiço de Dons e
meu, e it.que silo te justo que pelos plantei,a dos aupl•
Sele. una taes fortalezas fiquit os moradores delas sem ore-
tneileo que Int raini3 que tenha3 resedimilo nelas, e tenni,'
tihrigneáo de as ileferoder, vos 6eomemuo que cota Inana.
entosideraea3 e adverteincia pasci, lues proniso6s, 'eludo
sempre muito respeito ao hen, cominam de meus vasulies
eao que corau3 aiurer,iileoftodeieinhaoallfatiiilegan.
VIII. Manas Dallmquerque Capitai, da fortaleza dornede
tiie esereueo que pomos tias...cintos S0111 lliOS que sul alie.
usados á dita fortaleza serem os mais deles Mutiles que
Idtat &ata cousa tiproueitai3, eque arnila3 ceroto e Anne
31t,eados nas gatiotas que dali guarda hos 'lautos que vali
do Enrole e3 faaerndas á dita fortalcan, fietina mono soo,
eque proeuramilti por estes soldados se recollie)6 demi,"
nela (pera o que lhe marndara de 110110 eolneedur cacau
pera soa viuernda, e lhe ordenara dons parduos e meo Is
teu ',linimento cada nica eseuss,,arseto pagos) os vou
pudera persuadir que se agazalhasè limou° na dita forta•
leva, e f110 pede que itera se isto elfectuar Inani& tine da
grorne darmas que for deste Remo sc prolteta dos soldados
neccsareos que Inemilo que hilgarafi de tesidir nela ruam.
damtloos logo e.hegaindo uc,ao partes, e que desta mas
noa.a ficaria rnilhor prouida a'dita fortalesa, ese atalhnria3
Inuitos inales e desorden , quis coutettem 0, MI111.10,
,

Ilkler11110 na cidade. E por esta marcha ser de muita


cornsideraçaõ alua reaoils tine aleiram, VOR èemneniJo
deis o rernedio que virdes que nittis contar) ao seruieo iv
Deus e meu.
IX. Tais-hem me ese.ne que por faleeirnOto de Dez
Nerdin que foy guaail naquele Reyno, lhe ficara hil lilás
legitimo de pouca idade que dá de sy granules esperam-.
ças, que se chama Rex Dilantiza, o opml fora
pose do juizailego dallfaindega daquella formle,aa por
proultoOn do Cortai° DO Luis detaide, de que ora e,de .e
00
exsczeuxo 3.* 37

pose Rex. jurar° seu inollo, a que. Pcrouii.Tellox de Me.


Der?, troar:Main:br oto estado u noundou .dar e por este
Roo naltruisá sor filho legitimo lhe 'onere oco reortifin
01111111101 o R.ex .Xoruitt que teme o dito cargo Ifie. cloro do
doo. até nos hill pardaos• cartono peru seu sOsIcIntenten•
to, e por troe Roo Bixay •otay 110 dito Ruo Oelandlol on
mo queimo por garta tlo.rbtr, 1.11 Ruim, ror Iludo ilil
poso• do dito cargo innItuidumemto. eu. Ire correto pie
vos imundo gire .a 'moam, e no. efortuoi, tio que .recp,,
co, polo que voo eincornertido que osy- o fo odes, o lhe go,-
dei, irotoiratucour 201:1 justiça prouerodo oo Ra. Delattli•
xá oon filho. munfortre o ráznè que titio'', por 11110 diott Inc
crerei por beto seruido l de vós.
.X. P. por me rir pedido por parir. dó Sorrio Oficio pie.
Marrolase dar MACEI, CM. hum .dou Oesembarnaduren
da Rolam.) tlem C1111010 de (ter. ..miai os Iniqui,i,lorss
spooltosè, sendo° de prmiarmlor do , presos ¡tolo ob...
Oficio, por se oan.aclisreto cr.o. parles outros Ir mado,.chrit •
ta3S velho, de que smpom cèfmr. o .sogrodó dolo, voo
melado elle ordeneis corno o rlosembargtolor que V,. ele*
notorurè corra muo rota obrigaccZ; Imoto de sondar, de
D01/1 e•111,11 conto. tereis 0111110011110, e tereis parlicolor
lembram,ço lo por t.te respeito Ilte Liam merco. pos,
to mi. malta escrito... Vim Rey •Douri Frani:topo cobre o
pagmocatto dos -oficia,00 dr Secou, Oficio, . O per adubai
instroçoès imc leueotes o ano pesado volo tenha Pcouleut•
dado /iarticuiprrnenle, coe torno ,a ,eerrinelostat- q.; te-
Alla, e Seus pagarneolos a 1011 que Conro-3; e que roliça,
m beco confiscados C.,q1le se eomfiscaul daqui elo diais,.
is oodespom.toè O pagarem.. 1101011 0141.44 111s, fa,
ser 01111ro allgao despem deles até serem pagos. esair
baotamdc our todo ou eia porte imra 10108 pagurnant% Se
scabomti de fax., por minha foxemda.
XI. O Bispo- dei Coritirtt, mo .como e.
cobido da Soc da dita cidade, e os m.a.is minimros da,.
igrejas do ditu.bi,pátl. orar 110110,n,41 pagos de ,Nac.or.
denodos / eseda. A11011111deles,leats de..grirmom
"no do. anos atros. putlintrImán Itt .•Ittamtluso 'fazei
buas. pagamentos; r.prseto qon.bor çoie3tua ia41.314,41k,vo.
as 000ttt vo POIll'UGUEL•ORIENTAt.

tenha acomemtlado o pagamento dos prelados eministros


das igrejas dose estado, vos torno de nono aaenmem•
dar o pagarnató do dito bispo, eco, e ministro, eciesias•
ticos de sua obrigaçaa. E cy por bem e inaindo que lhe
sejaa pagos seus ordenados pela remdir do bolso desa
cidade de Goa, omde os senhores Beis meus arntheesores
lhos rinhaa mamdados pagar, de que lhe foral, pairadas
prouisoas. E por ser aforenado que a dita remda do betre
está a muita derninuiçaõ do que amtec remitia, vos aco•
mérrido que o eme faltar nela poro caprimato de sena
pagarnatos lhe ordeneis ahaa das nutras remdas désa ci•
dade e Ilha de Goa mude melhor posaaser pago.. E
quamto a muita comtia de dinheiro qne lhes he deuida
dos anos atrás me aflorei per bem Remido de vras dardes-
lhe allga remédio para se lhe ir pagado, eespero caber
per vosas cartas e do dito bispo como fica pronido irarei-
ramente nestes seus pagarnemtes.
XII. Nieoláo Perro Cochino, que marndei per Verdor
da fazerntla da carga das nãos, me fez allgaas lembram•
ças sobre a maioria da pimemta, e posto que por minhas
instruçoès vos tenha acomemdado o que nelas aparta,
saa de tamta emporiancia que me pareces meei seruiço
tornaruolas a emenmemdar. eque todos os anos ordenei@
corno se faça acarrega de haa das nãos deste Reine nos
portos do Canará pelas rezoas que nelas vos mamdei a-
pormar, eque se já nata esiá tirada a deuasa das pesoas
que trataa em pimeinta nesas partes com tamta deutIvidaa,
que he a primeipal ocasIaa para faltar pera acarrega das
nácar, a madeis logo tirar, por ser cousa de tamta impor.
tamcia cbmo tereis atendido.
XIII. 'Bambem me esereueo que na cidade de Cochim
se pagaa de ordinariaa decalco mil parda.ca êcada hum
ano, pera o que naa trai mais remdimato avela feitoria
que cimos mil; eposto que tenho já dado ordem ao pa-
gamento do Bispo eCabido e mais ministros eclesiasti•
co daquela cidade pera oacerem pelas remias da cidade
do Goa, vos acomemdo que pera as mais ordinarias que

ficara ordeneis como sejaa pagas, terndose particular cata


gra os pagamatos das fortalezas de cowlaa e ütaimganor.
vs.smen.

lav. Easy rue enevoar que achou a ribeira naquela ci-


dade toè desbaratada echea de casas ale pedra e cal
que se fizeralt em chalt que os Viso Reys e Gouer—
dese estado deraè a.allgldas pesoas, urdi comside-
raiado tintim ',oporia a meu seruiço estar a dita ribeira
despeimla ocra o apercebimento ecomcerto das aios que
vail, deste Reino, e pera nela se fazerei outras eos imolou
que saís' necescreos pern a emnceruaçait deras partes, pelo
que vos emcomondo que tenteis purticalar 3formitua0 de
conto foral, dados estes chato, e por que prouisoès, e
quito tempo ha, eo dano que recebe a dita ribeira por
respeito das <lios casas, ede tudo me aviseis com coso pas
roces pere prouer neste cano como for ciais meu Pelali90.
bi ao dito Veador da fszeroda vos komemdo deis todo
Ou. eajuda necesatia nas cons. je meu sernico, e
que com ele tenha. a cdtota que he rezou ese deue ter
com as pessoas que hem arruem, elembreis a Dom Jorge
Baroche Capitai. ;daquela fortaleza odeixe correr inflei-
miner. com aobrigaçaõ de seu cargo etenho cit ele a-
quela roo:formulado que he rezai:4e lhe emeornemdo na
carta que lhe escreuo.
XV. O Bispo de èlecáo me escreueo que ele eos rot•
MAI-os cedes...ticos que o ajudauati: naquelas portes erad
mal pagos de seus ordenados, e por ese respeito o dei.
~dl. eposto que por minhas instruct3s que leuasten
v0 drornetudei o pagamèto dos ministos .eciesiasticos
'leve estado, voto torno ora aeincornèder, eque no paga.
Nato deste Bispo e sear miniqtros deis toda aordem que
t.te posiuel. e como tenha co que tiro saí,' ordenados, ea
ele esereuo que .1 desta mnteria como das mais vos dè
enata p.a prouerdes oro tudo comó vos parecer seruiço
de Deos e meu.
XVI. Por ser gormado que os moradores da cidade de
Malaqa tem omito trabaltho na defemrat dela pelas
nuas armadas que o Daehem se,Ore ela marnda, deseiam•
do por ese respeito lhes fazer mercê ey por bem e vos
inanido que «me oflieios que vagarem nesta fortale-
na, de que os prouidos Jtait forem presemtes, deis as
seruemtia s Jelee aos ditos moradores que forem i're•
10 •acmen Imnemouirs-unttora.,

netneritoe E men vernieu arnt,poindo sernilre na que to.


rem men', criados, peru o qno lhe, poeuremeau proniaoès
-neee,ariav, o qci..vpcscilulwnr pourer do cargo de
nonidor da dha fortaleza nall eoja da uhriançaõ lo eu.
pltne quis coser de re,idir. nela, pen 90, lhumnenle e
respeims nica , posa admini.urar e fazer justiqa ; o de
o ase comprirdes me reverei icar bem sernido de rfte.
pronedor um ui. da alieerieorilia [freta ei•
lede no toe queixaraõ por cem carta de algll!le cousa,
pie por elee voe seraõ aporntadae; rieomem.louoe que 00
separe, e lhe deis todo o fomo e ',jati. peru que paul
>era cornar''r er, ao obra, de ,na obrigaç.ál. qm• eaõ iam
lince de cio fanoreeiclue e ajudadas corno sabeis.
XVIII. Jorje dalmeida. dIne foi fei.or anua
cria leoa rue eeereueo que por Ica reginien,lo audirp , que
àpla avia rem obrigaçall o. Inereadoree aey p-rluge ,ee,
leo" cento de ,pmeequer outra. oaçor,e: que forõ, miga.
rE 110 meara, nós, e mana que á olfamdejra dela troux-erè,
os terço ,. pera minha favenola, e que de omito, anos a
.teta parte se naõ recolhem os. liso berço, por emula de-
la, e 0! 1,1,3 e arreemlaõ oe eapitoè, da dita fortaleza;
porque naõ he deitem,. que fa....111t1.0 tema, des-
tesas ci defemaaõ desta eida.le viria nos SeMii
darreeadar natfaolde;p1 dela os direiloe que
me pertemeõ; vos élemneool.• que runi
mjaisatv regimentos e prouisoès per mode cc paga/3 e,tes
orço, a mie!ca faremda, e saihaie a caneco porque se
via reeolliè agora por ela e o. os eapitaõe, e de
111dratOSuno, e cela parte, .e ar proOlonils que tõ peva ire
nodoreor tecer, e o qua poderei; emponar dado haat
ao.,; e dua pr011i.3112, que 10C .Iry,. a rei:, 111:flPáll file Mo-
ei» as ~lados cá toda o mais Eformaçai; !leu, dela ti-
perdoe. is voen parecer, peva alem primor nuno, for meu

XIX. Dom inrricjcrc Benulani demiti chiado de Marl•


qa mo pede por sim, earm ri!•.e0e e,oarar a qUo lhe haiS
urtmtloi respouider por naõ t.a yulda éformaçai., ',te:, do
que rente ele vo, ircovccici apotatar use itt,truqoès• que
(oguelee, e porque a tenho bt.r.1 do moda el qtre proe•de è
r1,T.11.0 3. 41

ntel seruiço, se nas nina que cate ano espero ma sal


temdes maindada, vos Rcomemdo que o façaes pera 08
ela e vasa parecer lhe fazer amercê que seus seruiços
merecem.
XX. Diogo Dias de Boavista morador nesta fortale•
za nau Rformado que foi com cartas tainhas ás Filipis
nas, eque ha militas anos que me serue nesas partes:
emcornemdouos que o fauoreçaes R tudo o que poder
ser, e me Rforrneis de seus serviços pera lhe fazer a
merce que por eles merecer; eescreuerlheis como volto
asy écomêdo, e que recebi a sua carta.
XXI. Per hRa carta particular vos escrevo sobre a
meteria do Daehern, e o que ey por meu serniço•que
façais com Ruy Gonçalves da Cantara, eporque na que
lhe esoreuo ê reposta dallguês cartas que tias suas
nas M. me do ano pesado lhe torno a dar licença pera
que se posa vir pera este Reino norma da deste ano
presente; ey por bem que vagando aliso:ia capitania das
néos da dita armada lha deis pera poder vir milhar
agazalhadu, e naR na avetudo lhe deis boRs gazalhados
na neto em que se. êbarcar, e vos Reomentdo que asy o
eumpraes, eé' todo que se offereeer tenhaes &R elle a
cora que he rezaR.
XXII. A Raynha das Ilhas me escreueo nas nãos do
ano pasado com a desciRsolaçab da morte delRey seu
marido aqueixamdose de lhe uai, serem dadas ê sua
vida cartas minhas, e pedimdome mescla pera suas fi•
lhas; e queremdolhe respomder me parecer, pela enfiar.
suado que me foy dada que poderia ser que quando
Catas netos chegasè ter ela feito algéta imidatnça de
!yr e seria ma i
s eRven i
eu t
e deixamos o oficio que com

ela se <moera de fazer de minha parte: pelo que vos


fico/nen-
ido que estamdo estado que eleua ser tratada
como mollter deiRey seu marido a rnamdeys visitar de
minha parte cê' aocasiaR de seu falecimento, e cora
Orecado que vos parecer que se lhe deus de dar dizemdo•
lhe que sempre mamdei escreuer aseu marido, e que
o ano pesado lhe fuy carta minha de corasolaeaR'sobre
a morte do primcipe seu filho, eétenudereis o que pra,
42 iaefltvs PORTUGUEZ-ORIENTAL

temde pera sy e pera suas filhas, e o que será reza3


que se lhe comeeda, e de todo me avisareis; efazêdo
allgüa mudamça de sy tal que vos pareça que se deue
ter coruta com o remedia do suas filhas, o tareis, e as
poreis .omde milhar e mais recolhidamemte poderem
estar.
XXIII. Com as instrueçoês e despachos que vos atam.
dei dar quamdo o ano pesada de pua partistes leuastes
cartas minhas pera os Reys da Etiapia, Poesia, eChina,
aque zaõbem esóreny os anos atrás, e é' hfla das vosas
instruçoès vos êeomemdei ooficio que por meu seruiço a-
via que fizeseis cõ estes Reis èuiamdolhe com minhas
cartas recados meus na forma e moda que vos pare.
Gere Kille mais conuinha pera se eles persuadirõ 80 que
deles pertemdo. E peste que yrrida ategora naõ tenho
reposta alguè .destas cartas, vemdo todauia oefeito que
elas começaraõ afaser, pois elRey da Poesia, com auri.
rneira minha que receber, me-Pais seu élzaixador, me pa-
receu que taõbern este ano voe deuia mamdar outras
cartas pera estes tres Reis, pera lhas mamdardes ou
sospemderdes corno virdes que mais eonuè segimdo ê
huá cousa e outra o que unifica ,õtemdido de minha
ternçaõ e yorternto nestas meterias.
XXIV. Posto que por minhas ynstruçoès que lesas-
tes vos tenha muito é'comemdado elRey de f;eilaõ por
ser ehristaa, epobre, e pela doaçaõ que tê feito a esta
coroa daquele Reyna, he Má?, valo torne a emcomem.
dar pera que sempre cõ ele se tenha comta per obras
e demonstraçoès êque oele emtemda e conheça, elhe
(apara fazer seus pagamõtos aos tempos deuidos. E
porque ora me pede licernça pera marndar cimeoêla
quimtaes de canela aeste Reino, e esta meteria he de
consideraçaõ he ezõplo, a remeto a vós peta que vos
Zformeis da necesidade õ que está este Rey, ese ha
outro modo de se acudir a ela, e nah' no avemdo e pa-
leceparl000s que se lhe deue de deferir ao requerirnêto
desta canela me aviseis de quanitos quimtaes lhe deuo
comeeder a tal licetnça cfi tudo omais que sobre yr,»
as. oferecer.
1,sercelm 3." 43

XXV. EIRey de Cananor me escreueo que suja mui-


tos anos que lhe na3 pagar:reá trêzerntos cruzados que
tinha de temça é" cada hum ano dos senhores Reys
meus arnteeesores, e lhe DaÕ pasam3 samba cartazes
como lhe cturtumaual3 a dar, e que os mercadores meus
vagai.° 3 especial os moradores daquela fortaleza lhe
na3 pagauaZi os direitos que lhe perterneia3 das Parem.
das que leuauaõ áquele porto, anates as desemcaminha—
uaô edauaft aos mouros seus vasalos. Emcornerndouos
que vos 3formeis das prouisoês que tem da dita ternça
ecartazes que requere, terndo aaduerterncia que quarndo
se ergeo o preço á pirnemta que se faz em Cochim, e
foi dada ao Rey desta cidade a copa que ha ti cada
hum ano de minha fazernda, se oluigou a pagar as tern-
ças que se dermes demiti per conta dela aos Reys e se-
nhores daquelas partes por respeito da pimemtuquudanaa
para acarrega das náos, e datil por dramte se soa paga-
ra3 mais, ea 3formaça3 que desta temça, ecartazes a-
chardes me 3ulareis cii vasa parecer, e no que toca aos
direitos deste Rey de Cananor escrenereis as capitar,
desta fortaleza nati comsymta que-lhos !caem.
XXVI. Os moradores da cidade de Dsma3 me enojara&
apresemtar hüs apritamerntos dalguôs comas que me rez
quer3, e porque o ano panado vos 3comemdei mnit0
particularmente esta fortaleza e espero que nas náos des-
te ano me 3formeis do estado ti que áchastes, me pare-
ceo lhe nari deuta mamdar respomder até ver oque um-
t4 meteria me escreueis: pelo que vos 3cornermlo que se
ja me na3 temdes dada esta ,3"forma9a3 o façaes nas
primeira,: naos.

XXVII. Eu escreuo aos Reys de Rumgo e de Arima e


aDom Bértolameu as cartas que va3 nestas vias, de que
vos couro acopia, e Ima da! vias vay na rabo de Mala.
qua, emcomenulouos que lhas faieis a hora recado per
via dos Padres da Companhia, ou como vos rollh°T, Pa "
resse, e lhe esereuaiS taiibeirs pera os animamos, e
liteinderem que voz saa por mim êcomeindados. Escrita.
44 alterno° 1
.011.00..01116NTAL

em Lisboa axj de Feuereiro de mil bc1xxxb( 1595 ). E


eu Diogo Velho a fiz escrever.
REY.
Miguelde Moura.
2.' via ( No Sobrescripto)
,Por EIRei.—A. Dom Duarte de êleneses do seu Coa.
relho do Eêtado, seu VisoRey nas partes da lndia.
2.' via. (Livro 2.' Il. 110 )

10.
Viso Rey amigo. Eu EIRey vos enojo muito saudar.
Juliana Carualha mulher de Jan.- moldes Camelo que
falecer, pesas partes me &liou dizer que Antonio Mos
ais Barreto gouernamdo esse estado lhe dera licemça
em Men norte, pera se vir pera este Reyno com o dito
seu marido eu, hfia das nãos darmada do ano de 75, nas
quaes lhe marndaua dar gazalliados, pedirndome que
por quito nau ortuera efeito adita liceraça, eodito seu
marido era falecido, ounese por bem que ela se pudese
vir nas unos darmada deste ano presente. E averndo
a voo respeito, ey por bem de lhe dar liemnça peraque
se posa vir nas ditas 'Mos; eaverruln nelas ali& ga.
zalhados per coima de minha fazemda lhe dateis os que
forem comuinientes pera sua pema, e rio os avendo lhe
maindarcis dar cem pardáos de tamgas, de que lhe faço
mercê pera ajuda de os comprar. Escrita de Lisboa ana
de fervereio do mil bclxxxb (1585 ). E eu Diogo Ve-
lho afiz esereuer.
REY. (a )

Miguel de Moura.
Carta pera o Viso Rey. Pera V. Magestade ver toda.
(No sobrescripto )

(a) Pelo costume que Elltey tinha de assignar—Yo tlRey—


,im se assignou nesta carta ;mas depois elle mesmo riscou as
palavras—Yo et—e deixou apalavra— Rep.—
PASOIC111.0 3.• 45

Por EIRey.—A Dom Duarte de Meneses do seu Con.


anho do Estado, e Viso Rey da índia.
(Livro 2. 11.15)

Viso Rey Amiguo. Eu EIRey vos avio mnyto saudar.


blanoe: Caldeyra eomtratador das nãos da India me
apresentou 1518 apomtatnentos de dIguas cessas de que
se agraua de Nicoláo Petro Cochino, Veedor da fazem.
da da °argua das unos, os ritmes ouue por meu seruiço
que vos (usem lá apresertitados. Emeomendouos que os
vejaes otmindo sobre as queixas que neles se contem a
Nicoláo Petro Cochino, e aos procuradores de Manoel
Caldeyra, e prouersis em tudo de maneyra que seeem
as queixas, e se cutopra o eomtrato das ditas náos au
milhor ordem que puder ser de modo que nao aja
dilação na °argua, e partida das nãos, e na carregue., ear.
rumaçoas delias se goardem as regimentos e prouisoês
que sal psssadas, e procurareys de os concordar de ma.
neira que amtre todos aja a boa correspondeocia que
cumpre a meu serniço, e bem do comum°. rnandando
ter muyta aduerteneia que as pessoas que se meterem por
goardas das ditas na«, cumpraa com verdade aobriga-
çaSde seus cargos, e naavendaõ os lugares, egassalhados
delias, e nas primeyras nãos me avisareis do que sobre
esta materya fizerdes.
IL Sou emformado que Nicole°, Petro Cochino orde-
nou hum peão souel Coehim, no qual fax pesar todas
as drogas e (amoldas que "se embarcai,' nas nãos que
vem pera este Reyno, e se lrua ás partes simquo reis de
cada quinital que se pesa nele; e porque me fora& feitas
muitas queyxas desta nona obrigação, e se emternde que
usa imã somate he opresaa das partes, mas poderá causar
tetardarse acargas e despacho das naos, vos emeomêdo
que vos iniformeis deste caso muyto particularniente
mmyrndo sobre ele o dito Nicoláo Petro Cochino, e as
partes aque tocar, eo que nele vos parecer mays meu
serutço e menos opresaa pera as partes, o dareys á
46 ARCITIVO 4ORTITOUr..01.1ENTAL

execnçai; avisamdome das rezoRs uses que vos ftttndardes•


III. Poime dito que será meu serviço fazeremse netas
partes allgaas sãos pera setuyrem nesta viagem da 'tu-
dia, sei pela espiriemcia que se teto das que se lá fazem
durarem muyto mais tempo que as que- se fazem. neste
Reyno, como tanem por serem menos custosas e mais
f árrtes, eirem faltando as madeiras peruas ditas.náost.em-
comerndouos que vos imformeisse.averá pesoas nese esta.
do que queirall fazer algitas per comtrato sei mas partes
do norte como R Cochim, que sejaR de quinherntas tf
seiscemtas toneladas, eopreço porque daraõ zombadas
cada Mia das ditas 'Mos, eoque. poderá custar posta á
vela; de que me avisareis.
IV. O Viso Rey me escreueo o. ano parede que pelas
queixas que suja dos Reys cornareNos da Costa de Met
limde pelas sem rezoRs, tiranias, eroubos, que lhe (a-
sem os capitRes móres daquela oosta, trabalhíre por dar
rernedio aelas, eo»R podéra dar, semdo elas de cauda.
de que arreceaua que estes Reys chamasem. Turcos pera
se valerem deles; eposto que mandey que os.deepachos
que se desern desta capitanyafosem apessoas que com.
primdo ynteiramente com sua obrigaçaits. seruisern,sern
darem ocasiali aestas queixas, e sou emformado que ha
muytas pesoas prouidas desta costa, vos erneomendo que
os que forem sentir esta eapitanya amoesteys. que.pro-
cedaa de tal maneyra que se naIi. aqueixem. mais os di-
tos Reys nè os visinhos da dita costa, edos ditos usei.
taôs mandarevs tirar resideneia tamto que vierem de lá,
pesa procederdes contra os que achardeeculpados como
vos parecer meu seruyço, e avisareis aos ditos Reis que
vos mandem apresentar os agrarem que lhe foraô feitos,
eper que capita - 6s, eao oapitarlde Moçãobique emeomen.
dareys tãobem ysto muyto particularmeete, e eu velo
tenho emcomendado na terceyra ynstruçaô que lettastes,
capitulo seys.
V. Per ordem do Arcebispo de Lisboa. Imquisidor
geral deste Reyno se marnda vir hum preso que está
na Irnquisiçaii desa cidade de Goa, que vos será lá no-
meado pelo 'Inquisidor demo partes, ~qual .yy pus
1
,4801001. 3. ' 4.7

zierctioo gim maudeys dar embarquaçaa- nestas Mies, e


gae lho seja dado regra pera a viagem á custa de mi.
aba fazemda, por ser imformado que he este preso rnuy-
to pobre, e mo pedir asy odito lmquisidor geral.
VI. Posto que por nmytas vezes tenho mandado aos
Viso Reys deve estado que devem toda aordem acerca-
ria pera odinheiro dos defurntos que nele falecem se ar.
secador pelo Prouedor mór deles, ere frlarndat em Oada
hum anuo aeste Reyna eóforme a seu regimento, BOU,
yrnforrnado que inf.,- compriraõ 'mingua çorn esta abri.
gaçaó, mas antes obrigau4 ao dito Prouedor mór que o
dose apartes sobre fiamça, ernuyto dele dando per aluitre
ás pesoas que queryaiii, oque he muito comtra oseruiço de
peos cmeu; pelo que vos encomemdo emautdoque daqui
em diamte se ordene isto de tal maneira que a dito Prouer
dor mór dos defurntos posa liurerrreate mandai, este Repto
em todos os asnos odinheiro que ouver dos ditos defini,
tos, ese cai; dê mais apessoa alguã com finança, nem sem
ela, pera oque mandei passar a prouisad que vos será
apresentada pelo dito Prouedor mói., aqual ei. por bebi
que guardeis inteiramente como nella cc coimem. Escri-
ta em Lisboa a zzij de feuereiro de M.D. LXXXV.
E eu Diogo Velho a fiz escrever.
REY.
Miguel de Moura.
Carta pera o Viso Rey: Peco Vossa Magesiade ver.

(No sobrescripto)
Por El Rey.—A Dom Duarte de Meireses do seu Coa.
saibo do Estado, seu Viso Rey das partes da bulia.
2.'
(Livro 3," fl. 118 )

12.
Viso Rey amigo. Eu El-Ra>' vos emuio moita saudar.
Pis, me dada tela oarta do Viso Rey Dom Francisco Mas-
ariranhas cot« os ',enliças do siglas pessoas, aque. doi.
48 ARCIII00 PORTUGUEZ•ORIENSAL

xey de responder por a ordem que vos dey de verdes la,


seus papeis primeiro, eme anisardes dos merecimentos
de cada hum, edo que vos parecesse que se lhes deuia res.
pondes cã parecer do Arcebispo, e de dons fidalgos, como
se conthem no ultimo capitulo •da iij instrução que !c-
elestes; pello que vos encomendo muito que ponhaes em
exequçaii o que acentua deste particular sc conthem na
dita instruçaii de maneira que entendea que se tem lem-
brança de seus seruiços, eque escusem de vir qua re-
querer, pois disso lhes resulta trabalho e despesa, e fa-
nem falia em meu scruiço, e quamdo por alguils respeitos
derdes licença a algfla pessoa peru vir ao Reyno, lhe
ciareis tambem a informaçaõ na mesma forma, porque
sem elle naZi lhe será recebida sua petiçaó, e cumpre a
meu seruiço que isto seja notorio a todos, e nesta con•
formidade vos encomendo muito que procedaes nesta
meteria. Escrita em Çaragoça a xv de março de M. D.
lxxx e rinque.
REY.

Pera o Vias, Rey da India sobre despachos das pe-


SOaS

4.' via.
(No sobrescripto)
Por EIRey.—A Dom Duarte de Meneses seu VisuRey
das partes da Judia do seu Conselho do Estado.-4. • cm.

(Livro 2.* 8.1'7 )

13.
Viso Rey Amigo. Eu elRey vos eludo muito saudar.
As quebras da pimenta vai, erh tanto ereeimento que sati
deixa de se presumir que no peso e carga ha engano,
e parece cousa fora de ordem mia hauer quem a receba
peru se lhe carregar em receita, e dar qua conta della,
pello que esereuo ao Cardeal Arehidoque meu sobri-
nho eirmai3 que mande Mia pessoa de confiança em cada,
náo pura tornar nella que receba a pimenta, ea veja
esgacei. 3. 49

pesar, e meter o. DMA per& que aentregar na casa, da


adoirtinlo as tais pontoas que fazenda econ-
trario que 1.3 de ter cattigados como merecerem, epor.
que he vete lati perto da partida das Mies eme podo IMT
que naõ aja lugar de mandar as ditar pesmets, vos em
commendo muito que tanto que as °aos chegarem solo
mandeis informar se vali' areia,, enaill indo, que as entejais
vôo mis que o bem sayba3 fazer, aduimincloot lia rntl,
sobredito, edo mais que vos parecerrequei-
ro, Fitirque nisso me hanerey per bem sentido de vós
evollo agardecerey muita. &crina em Çiaragetta a xv
de março de al. D. Isxxv.
REY.
Peru oViso Rey sobre as pessoas que Ima de meei»,
apimenta na lollia evir nas mies comede. d.' via.
(Nu sofrrescrip(o)
Por Elaey.—A Dom Ditada de Meneses sete Visa
Rey das partes da ludia do seu Co.ellz. do Betado..
4.• •ia.
(Livro 2.' 11.27 )
14.
Viso Rey Amigo. Eu EIRcy vol 0111/1-0 muyto onedar.
Eras Perreyra me illnyon dizer que pude por no, bai xa-
dor ao Idalea3 por irdhlado tte Arthinio afonia Baweta
gonernandu esc emmlo, lhe fora3 teumdos algarco cavalos
eoutra faz.-Ida, de tina 1d ora nari pudera açor paga-
...Mi eque nas pazes que o Conde Dom Imys dataide
fez CO ele, se pusera per efidiçaii que paguase oque
asy fora tomado, pedindorne o mundase proucr; pele
que vos eureoulendo rpm yes enaformeys partieularmen•
Fe 4u. perda que tatuo, eo que 1odia. 3
-portar, ecaio, por-
mie arecebe°, eco ao tal lampo esmoa yiuda por embati- ,
nadar, eoonstandonet piar verdadeira euforia:meei serliM
tomada a fasemda que diz:, procurareis peles modos mais
«germe decentes a meu beruiço 'como odito Bras .Fess
U.0 ÁRCIIIV01,0121,01.1EZ•ORIP,TA,

reyra saiu paguo do dito Idalcal1, mabdandoilm ,459 - fa-


lar nisto oh as rezofIs da justiça da parte, ou hletemâose
esta restetuieaõ èalguns caplibulacolls se as fizerdes nóat
dito ldalcaô cõfornae ao que o dito Eras Fermyra
rine tinha asentado a Conde Dom Luis dataide; e paro.
eend000s dificultem esta testerdiçsa, ou qlra de te pro—
curar se possa seguir slella ynconvenientes a men ser:
oiço, oco tal caso saliafareys da perda que e. corretor
que teue per alguR alluitre, ma outra cousa yquinalente
netas partes, que .4 seja das rendas desc estado: çdo
que nisto fizerdes de itan meneyra ou <lontra as seis
nareys. Escrita em Lisboa a Xis de Março de E. 1/.
LXXX ecimemo. Eu Diogo Velho afiz ...ene,
O CARDEAL.
Miguel ate -Meara.
Pera o Viso Rey sobre Sena Ferreyra.
Para Vasa Magestade ver.
2.* via ( ISobrercripto)

Dbr 171Rey—A Dom Duarte de Meneses do sei, Cor.«.


lho h Ratada riem Viso Rey aos parte da Judia.

<Livro ,2; 11.29)

Na N.
mesma 1., ti ai esti outra O. 'lacem data aeoili.defflares.
Earl 33 a,3.. via core amesma data. eilj Se Mares. •

15.
Viso Rey Amigar,. Eu EIRey aros onnio multo ellIdge
Para a contraem nono da pimenta maninha ¡r ~S.
WS,» eabedal peta se fazer aio Muerte, a ~is que pn,
desse ser, carpe be costume, e ponme antes ala parti4
datis naa se podo oonerrilr odito contr.., por se nak"
pehler a ocoasiaõ rio ar fazer apimenta Mandei uer ao
cem ill5tiya podia ntaxdar empregunr célla arnetado dos
edbejós dbs cabedais qae retal ussae partes, que per.
rascrmeo 3. * 51

tercem, a minha fazenda por o ass5to que se tomou com


ov contractadorm sobre os ditos cabedais, de que se vos
gqiámá a, copia. E porque, corno por ella vereis, se Imolar;
de empregues todos os ditos sobejos em &opas Itera
rainha fazenda Muer umerade delias, eos contractadorev
aoutra metade forra de dereidM, pureceoque renm jOotiçO
podia tomar era dinheiro ametade que pertence a mi-
nha favendm e que resulta era beneficio dellese piei. em
effeito escum5u trabalho de comprar ebeneficiar a ao- 4,3-
"e anc luza a mieha fazenda, e comprando acua no.
mente compraraõ e venderei.; erra preço, mais fauosa•
anis, eisto ficandolhe liberdade de empregoar a sua par.
té San divos drognas sem pugnarem direitos della,. Peno
que nau encomendo muito que mandei', der toda a boa
talim que puder ser peso que nre Mormo: dvpois de par.
Ildbnaorrinn,n perna 'lloy.rto se empreguem em pimenta
toda a parte do cabedal; que me pertencer; que deuenf
ser ao tornos setenta e duna mil crusmloth anua mais
que menos, mmo urreis por a minar deites, que Ir6 neste
despacho pena mandardes cotejav com os liame de lá,
comunicando tudb com Nicoláu Entro CoChiqu; e Come-
teudulhe o e:reme:15 dimo por a ordbm que com elle
assentardes, o conforme' a seu regimento, do- qual con•
fio que fará effeitnar tudo como comiam, o meu soro-iço,
para oque ordenareis e. passareis as proulainfs, que voa
parecerem necessarias. E porque uso enformado qtle o
cabedal anda fóra dos mfres de maneire que. naó huule
nanes dinheiro peco a cargme dás unos assando. Isfieolfice
>atro Coehino chegou a CoMbn, lho cromou ,MU faça
~tifour aos iéitures dbs bontrectailbree que lhe entre-
guria todb o que- pertencer a minha fazenda de maneira
que se possa, emprevior ene pimenta Moto que se er
nem partirem, e que. ria5 lhe dandime entreguern ppr.
MIYM:11 glak uuy o,.aaan néms que - lUeUr '11 porte doo Ali,
Ias enwrgetmloreg, marulhou, gerado fazer:autos bem
Jffielara ,V., ede Maneira qa.- seMpre se ueja que se pro•
sede. nom elles conforme a direito, e- que lhes, naillica
reeaü. de agra.uo¡ caseI ves elleomendo muita qup ta-
52 ancmvo 4081`trOVEZ.RIENTAG

vais ui:
rechine. 8~0 esta meteria de tanto meu ser.
oiço lenho por certo que sereis deita .a letnbrança ne•
«asaria, e-ceei., emcomendaruoia com mais palauras.
Escrita em •Çaregoça. a 16 de Marco de 585.

(No sobrescripto )
Por ElRey—A Dom Duarte de Meneses seu Visorey
das partes da lati ia do seu Conselho do Estado-2.' via.
(Livro 2.'11.19
4.. via dito fl. 21.

Tentado rio nfemgo, que te ~ta coza ;ft,'


sobre odix&eoro dos cabrim, da pinednia (a)
Em xxlil de março de Beixxxb (1585 )foral- ,chamados
• ema esZa de India Joam Dentista Reuelasco, A atonio
F,ruandes d'Elnae, 'Comas Ximeeee, e Luis Domes per
e), '2' como proeuradoree doe mais seus acustatioe, e
erário precemtes o prouerior e olliciaes da casa ria Int-
dili. e osso o Doutor Francisco Carneyro procurador
daTilvernda de S'Ita Magestade, permute todos foi lida a
colhia tios cabedaee atras escrita da pimenta que enes
miai, obrigados mamdar a Imdia nos cymquo sonos, que
era5 eorrydos de seu cot-atraio, que cornesara5 Iro anuo
de Boleei, (1580) e acabara5 por virada das naos que
viera5 ho anno passado de Beix ij (1584) i epela ditta
se achou que elles erali obrigados mandar as ditas par-
tes tamto dinheyro nos dittoe que lá se fizessem hum con-
to ducenntos scsemta e cymquo mil zerafine de receo-
sos reis ó zerafi peta compra dos ceruto e eyinquoeinta
mill quiniaes de pimenta kilIC nos dittos annos herarì
gados comprar a receei de Orlara mill gaiata., por asno,
como se trio peias com.e que das diitas partes 1 stc i, e
preços que 08 dittOS »nos a ditta pimenta custou, dos

(a)Posto que com data um poucuttosterior, irarece Que do-


ter ara dos que acompanharam a carta antecedente.
.1.1111C11l0
PASCICULO 3.'

<lumes abalyslos hum coreto operam e sete mill quita


trocentos e hon.,' .serafins, que se ariaZi. despenalide
na compra da pimenta que boa ditos cynlqu,o asnos se
comprou nas dit. partes, e asse allgoSsi despesas que
fizeraõ per coima do ditto. eabedal.....,... que a este
myso tornou a arribar do que emuianeá ás , ditato
partes, e o que se perda, na ineo Sa3 LUÍS, estimesso
peita ditta sonsa que Roam& em iludia cauto selemta
e sete mil quinhentos oyternte e nou e serafins; e logo
peito dim, Doutor Francisco Comesse foi dato aos dit..
tos contratadores que cites craii ob.rigados fazer bom O
ditto dinheyro na Irndia pera se deite fazer emprego
era drogas e mercadorias, e auer a fazemda de Sua
Magestade a metade do prneedide della comforrue ao
zemmto que sobre' isso lie feitm.e atrás neste liam fica
registado. E na-,se achamdo nas ditas partes toda a lima
comth ia portestaua de aema de sues facemdas CprI10:90 Me-
ra empregado na (erma do dato assento com' seduz as per.
dás edanosque por issevierem tsiezemde do ditto Senhor;
eeitos ditos contratadores responderád que o dinheiro
que pelladittacornta se mos •.. de pois da partyda
da aunada que um, tu anno passado de ficixxxiiij (1584)
no cofre de Sai; Francisco de Cochina corno em po-
der dellRey deCochirn o seda da
fazionda daquellas partes .... ..... •
que nas dittas partes epesa,al fazem bom a ditta som.
thia, eque faltando algria parte, a soprirail, e sobejando
Pie será entrego, E por quiminti, na GOITIta arcaz escri-
ta está hila adieaõ per que lhe sal lanados em lisMsa
e abatydos dos dittos cabedaes noumnia mil; serafins
peitos cyinquoanta e<mamo mil anelados de dez reales
oatuado, que arribana- ho anno de Ilcixssij (1382 )na
na ,)Sai Filipe, e na tia,, de Maluca sobre que pcpde
demanda, se foz deelaraça) que nei3 atendo melhora-
mento dh, despacho que sobre este dinheiro foy dado
na cena da (escalda, em tal paz:, seraõl obrigados fa•
serem boa hoe dfira nouemta mil! 101 .li
. peru
se deites fazer emprego comforme a mais oenibia das
54 anC,IIVO pORTUOUGL, ORIENTLI.,

sobejos do disto comi:rato; declararei.


;boa ditou contratas
domo que Iseio asso que seja3 aoindemoloa .o dimis
cymquomnta equoatro mill cr.a.0 os entregaria/ nes:
ta caca pera lias mandarem ás dittas partes, eema soais
ficarla3 deaobrigados.deltes. E easynarati aquy belos no
ditto dia.—Foy concertado,....esento man o proprio que
fica nesta casa ronde todos asinaraü. Oje 22 de Março.
de 595.—Feradü•Rodrigures DaIntada—Lgis
doares,
(J,ivxo 1,, fl. 7),

Viao Rey amigo. Eu EIRey nos enojo muito saudnc.


Depois de assinar a sana geral eis que duas ordem no.
capitulo 24 posa ri'att dotxardes desembarcai tia pessoas
de ttaçaõ que• fossem nua nen. eosfiaeásois minar (terá
o Reyno, eque os que IM andará sentindo de soldados
fizesseis lambem embarcar eos rutrp pérmiri.ele ffltdar
nesses catados, me pareceu adoer,sietsoo que:sobresteis Da
eaequçad disso no oue bata aos. q. lá anduü remindo,.
por algutis respeitos que se mo afinfe... de semi.
de Deds eme. aquento aos meia, se aordem, que- una
dey na dita carta, e a que já lá tendes soa parecer coo.
tra meu seruiço, podereis lambe. sobrestar até me araa
sede., e array ...encomendo, e brando que o facaeS,.
sem embargo do. que ausentem. na dita carta. Escrita era.
Çaragoça a IA de Marno. de 1595.
LEV.

Ao Vimmy sobre os dá sastai7-2'. vós. (./

(r17o.oliPeScrtptu ,)

(ei O. rasa., fine na !ndia poserara na, 00.9 00515 Carla


( ásemelhaoça de todas ao outras desse tentou 1. se esteux-Dás
Chrisanimmos.petwbsut 'mediu -=
Tkeeleirt. 3.

Per Elliev.—A Dom Duarte de Meneses, seis Visor,


Rey das psiles da inda,-do nen. Conselho do Estado.

3.. via
fLivro 23)

17.
Ellieny tapei sebes avós men Viso Rev e generna-
dor das fatet ,s da fendi«, e ao Veedor de etioha fanam- -
da em elas da ~vezos das n64, que eu sane por bem
epre.os correraladows ela pimebta .posaõ trazer emprega-
dos em drogas eoutras faseablos a comtia do dinheiro
opte [tesas portes efiuer do erdujo dos cabedoes da dita
pinenta que perterane a fflua Ildgeinde, e«porque enrolo.,
a Too lnerniso se& fientne o optaria esentadas fauéradás
que o -ematentadoves sonveguarent em cada hem,
meto, e ne uo peopeo dinheiro do sernaneeeme rios'
tubeemen ,1410 .eki!. a tina pasts,ou olhe°, eyebor bem e
vos toando que se ordene na feitorya da sidadn tdo Co-
chilo bato linenem opte se registe easentent as fazemdas
que desta eabedal mandarem em sacia bani asno, com
teeforanali tio peno, sandia, e cakidadenlebss, e do custo
édespeaaneine fkkerfee Orei eiesenitembnvendane os azoto'
ar, qne somo dite listo hzerszo EaralinSiandanpelo Voe.,
der da fones:ala de .easrstgaa elas jldao Sone •deites
virá o trenlado ao caderno ela cargos das em geou,' Eme
barnabm tas heel, faze ndas com adita declarava& do peso,
Coloria, eealidade delas, crio casto e despesas que fi-
xeren, até arreie embarcadas' toma dito h, E por este
inanido ao prouedor e oficiou da soei da Tadia que
tanto que as ditas fazendas a ela vierem os lancem. em
horn lio,o separatfo enlatem...zoa eme se &das fez e.,
Judia com a mennott .deelaranab comforme Centintahdo
Venallor da fazenda da canreg,no das usos ,vie elude sl ot
no dito eablerno, pura se eeli todo o lealipd 8dber a ceia.
tia qns re,~01,,,3".3 e,s ditos cosloataildiei lie ~iode
dia sobejo dos onbedaes que pertértme asna parte
poder carregai mais effirdlâ 1.1a que- lhe pertengnet petiz
56 ARCNI VO POICTU.05.•01l1BriTAL

dita maneira, ea dita fazenada'aintes que sue seja:eram-


g. se pesará na dita casa peta se veer se he mays da
que se carregou na [ilidia. e achamdoe nrays pagaraa
dela nu direytes que pertencerem a minha fazenda. No.
teficoo aay ao dito Viso Rey, e governador, e ao veedor
dela da carregou das naós; eao prouedor'e oficiam da
casa da Judia, elhes mande que cumpraõ eguardem este
meu aluará, eutosar; cumprir egoardar ymteirarnerite como
se nele contere, que será registado na dita cassa e na
primcipto do Muro ataque ey por bem que se lamcein
as taco faceadas, easy nos liuros da feitorya de Cochita,
peta se em todo o I C1111,0 saber que °anile asy por men
semin.; o qual 'quero que valha, tenha forca c vigor,
como se fosse carta em .meu nome por mim asinada e
passada pela minha chancelaria, posto que por ela trair
pare, sem embargo da ordenacali do Liam, Mole viu,
te, que o contrario dispoem. Manoel de Torres o fez em
Lisboa a asa de Março de M: D. L_XXXV. E eu Diogo
Velho o'fiz escreuer.
O CARDEAL,

do em que Voou Mar,estade ha por bem que os


contratadores da pimenta einbamern da irradia peca este
Reyno o sobejo dos caberiam que lhe pertencer empre-
gados em drogas eoutras fazenadas.—Pera Vota Magos-
tade ver.
(Livro 1: fl. nj

is.
Viso Rey amigo. Eu ElRey vos êado muito saudar.
Posta que lesastes a cargo asy por esi,ito como oe pa-
loura o particular cuidado que vos é"comeruder que li-
llegelS de ymquirir e Ocnder se avia nesas partes ai'
gilas pesoas suspeitosas a meu StitlIÇO <,(> tempo das
allteracoéls pesados, asy Seculares corne Religiosos, rue
partem tornamos a êcomemdar de no00 esta utateria
pela ymportaracia del ,,e pera que nas naus deste ar—
PASeleULO 3.* 57

toada .ordenele que ne foça particular diffigemela sobre


a, pessoas que nela Taís' em modo disimolaçaa e segredo
proa èmerederden se ho sles sospeilietos, eachem.
do soe o sna, ou aveirèvris nit•as partes dos que selar
estoè, os (areio emborco," pera o Reviro, e [net avisareis nos
Tias de quê sall, edo que achastes corri ra eles. cl tudo ir
mais qpitt vos parecer que nobre isso me leses nscreuer.
Prenhe ciii lehtbrot a ij de ebril de mil belxsab (1585) E
•u Diego Velho a fia mame»,
O CARDE 11..
Miguel de Moura.
Para a Viso Rey—Pera Voga Magestade ver.-3. via
(No sobrescriplo
Por EIRey—A Domo Duarte de Meneses do seu Conse•
lho do E,Iado, e seu Viso Rey da [adia. 3.'
(Livro 2.° fl. 25)

19.
Vi , oRey, Amigo. Co El Evo vos Crio mnyto mudar:
Veludo enni goomia /.0.1oinu/M.lu norren totioa estes anos

edespacho das pessoas gime me semi., nesse partes, e as


imoflytus *eseès orle lei aNy por ysto corno por °Oto. rem•
'leitoo de rnoylo roeu ,erniço, e heis das mesmas par—
meu pera por ora Pe.-pendor o despacho delas ,asemtey
que es'eonno o fina srmttree , errOld0 one filé das mays
ymieresado s nesta rnaterya en 3 poderá rittyxar de ser
ela mal bem entildida romonaa vistos e comsiderados os
/Psito respeitos rine a yori rue monernõ, que me pare.
OCO ...eller..e por rota corta pera saberdes, edizer.
cies èparticular e gereltuenite ornde e como vos milhor
parecer, de mnaneyra que todos vejart gime ecansa prin•
eipal de se deferir por ora n repoela iva êseus leques
rimerntos podem esperar os que a pretendem, ire pera lhe
puder ser dada a ièpo mays erouvenietnte, eê que . ta'
&leme que lhe fizer seja mayor, porque sempre o [neta

e
58 AFICAM PORTUGUEZ-ORIENTAL

~mio evomtede será Canela aos que me seroem, com


forme a lembrauma que he rezaõ que de seus seruyços
lenha, e vos tecomitdo muyto que na que me fazeis de—
les comtinueya sempre comforme a vota obrigação Cer•
tificando lhes quamto mays lhes nade muniar fazerdes
por eles este oficio com Inc fiquarê servimdo ne,as par-
tes, que virem eles requerer por ey ao Reyno. Escrita
Lisboa a xb de Janeiro de M. D. Lxxxvj.
REY.
Miguel de Moura.
Carta nem o Visorey da India.
Fera Vossa Magestade ver,

(No sobrescripto)

Por EIRey.—A Dom Duarte de Meneses do seu Con-


selho do Estado, e seu Visorey _da India. R via.
(Livro 2.' fl. 37)

20.
Visorrey amigo. Vi a carta que me escreuestes sobre
o estado ê que até êtaõ tinheis êtendido que esteua5"
as fortalezas dessas partes, equaes eraõ os capimês que'
nelas reeidiaê, e foy bem feito e comforme avossa o—
brigaes0 avisardesme de tudo como o faseie sempre, ten-
do taõ particular cuidado do que toca á fortificaçait• de
cada bile das ditas fortalezas, como sabeis que conuern,
e vollo tenho taõ êcarregadamente Verunmendado por
minhas ynstruçoês e cartas, e tatibem folgei de rue rtuier.
der êformaçaõ das pessoas de que na mesma carta ma
atues que me remem nessas partes, de que terey lem-
brança ( tornandoma vós milhem a fazer ) como es•
finar Rdespaeho da Judia, que cate ano naõ ha pelo,
respeitos que vos eacteuo per outra carta. E quando
ate asy êuiardes estas emformaçoits virá Juntamente com
elas o vosso' perecer e das pessoas de que vos tenho
easercubo 3. 59

mandado que o tomeis sobre o merecinffito de cada hum


comfornie tudo áordem que sobre esta meteria vos te•
nho dada pera nela me poder milhos remluer, êtenden•
do os que_me seruè nessas partes que com vossa ECO,
meeuí3 e parecer lhes ey de mandar responder a seus
requeritnestos, e que pesa ysso nald he neeesario virá
eles apresenta-los -per sy no Reyno.
II. álandey ver os contratds que se fizeraê com elRey
de Cochina mbre o atento da alfandega daquela cidade,
eo que sobre esta materya me escrenestes, e asy a quei •
.za que elRey de Cochim ma faz do segundo contrato
que eco cite fizestes ;e entendy que no primeiro con-
trato. que cola ele se fez pelo Conde Dom Francisco lhe
concede° que os casados daquela cidade lhe pagando
mie direitos•de todas as mercadorias que a ela trouxesê
asopa por cento de êtrada, e outro tanto de salda, pa-
gando dantes a quatro por cento das drogas eroupa soa
mente, sem serê comidos, que foy ocasiali das ymquie•
taçoês que ouue. E que ele antes de vossa chegada a
aessas partes fora á Carnosa daquella Cidade e diaera
nela pois os moradores estanca° agrauados daquele eon•
trato feito pelo Conde Dom Francisco, ele natil queria
tenall o que fosse rezai', e depois cismam° nom vurmo fa•
seroe o segundo contrato ê que eêsentio e asinou. E
porque sempre folguey de è tudo se guardar justiça a
cate Rey vos êcomendo que pretendendo ele ter algum
direito ouçaes com os casados sobre os ditos direitos
serem mayores, que lie o que ele pretende, e vejaes áRe.
laço u com os desêbargarlores dela sendo vós presente a
razoá que tem, e lhe Limes fazer no casso comprinffito
de justiça.
III. E quanto ao officio de Juiz desta alfandega êque
se consenti° nomeasse por apresentaça3 delRey de Co-
china' ao Licenciado Francisco de Frias êsua vida, que
no segundo contrato fica declarado que d aueria aves,.
[mo eu asy por meu sumiço; eo nal. ;ficou seruindo por
respeito de o asy pedirem os moradores, eeu ora tu3do'
que me venha pesa este Reyno, ey por bem que este offiojo
60 11aCIIIVO PORTUOUE•ORTEXTAL

se ne8 dê vida aos que dele ouner0 de Per prouidog


se net, de In`r í; Ires anos, e nue a dada dele r dos mais
offieSues dalfandega seja minb, e esti <h IRey de co.
chim, que somente poderá ter nela dou, ofiiciaes :mus
genTios viera °serenai.
; e lhe árreendern sons direitos.
IV. Das irrignietaçoilg e motins feitos pelos morado•
res daquella cidade sobre a meteria da alfandega tem•
po dO Conde D0114 Franoi,e0 ine cone por muyto deserni•
do; e posto que o caso mereça °castigo que he raza5,
por Me em:moerdes que contúl a atei, •eruiço nal; inam•
dar proceder nisso corno o capo requeria, o deixo de
inandar fizer por ora. E entendei, de vós os moradores
quo o fuço por vosso respeito, e creo que dm.eis nestas

cons. ° remede° que per VI.or carias me esereueis ;


e rine yiando e eu mo vim parecer que OnalleM tirareis

de Cochilo os mais culpados no caso.


V. E t1oiro a° contrato das pazes gire o Conde Dern
Francisco Mascarei'''. fez com o Çamorim, e rim dizei»
que 0ene• indeterminado nelas pelas rezii0s <me 0 vossa
carta me ápontues, °imolei ver os pareceres que sobre
ma ',bateria vos fortM" dados pelos Capita0s e fidalgos
dunas partes, e asy olgaoo dfuiuoaça€o de pesoas que o
ano parado viera3 delas; e ey por brin que comprindo

o ralfiOrial az condiço0s coai que pe fizemil as guardeis,


Imolo respeito ás ter juradas o Conde Dom Francisco
Omeu muno, c entregando os arrefens que leal puir.,
tidos pera epiarem na cidade de Cochim, ou na de Goa

pela pouca segurança que se 0tende pine averá nestas


pazes estando entes arrefens Timor. E que a" feitoria
que, pede que se faça 0 Calecú se ordene na fortaleza de
ninane depois de feita, por quaij arriscada ficará 0 Co.

1°1.0 por qualquer iniquietaoall que sobrevier, obrigan•


•Iouse a dar nela pimenta teia carrega de duas adila conto
promete no dito concerto. E que os cartazes que lhe
AgS concedid‹. os d o capita..." que repedir f Panáne. e
mó' o feitor. E edifieandosse esta fortaleza é' paire qUe
mosa ser belo socorrida quando for necezario. E antes
que ee comece a edeficar me avissareis do aluiu em que
nsvcSnot.o 3." 61

voe parecer men emule° que deue estar, edo casto que
se pode fazer geada hum ano eit o oápilafi e gente de
gorniçaa que nela baile resedir, trabalhando lodo o posi.
fiel por se derrubar a fortaleza de Cunliale 21111 A que

no emtieee esta de Panane ptlae rezofis que se afifilaráa


nos pareceres que mIdey ver. E que être elltey de Cu.
chim nestas pazes, e noa se cometi:64,10 nelmt com o
Çamorint. e avendo guerra antro eles, o possa en m4dar
ajudar e buorecer pelas rezogs que pera yso ha. retoque
vos ficomendu prossigais nesta meteria como aymportun-
cio della o pede, e como o leuastes per minhas ynstrtweáa
quádo deste Reyno partistes. Escrita O Lisboa ao der-
radeiro de Janeiro de mil bc1xxxby (1586 ).
VI. E procurareis (lendo nisso o II10,10 que vos tais
ihor parecer )por cd avet aartelltaria de titallá, procedeu.
do nisso comforme ao que vos tenho mandado.
REY.

Miguel de Moura.
Peta o Visorrey.
Peru Vossa Magestade ver.
(Livro 3.11. 150, 1. via—Livro dito II. 124, 3.. via)

91 .
VisoRey amigo. Eu Elacy vos Poio myyto saudar.
Os moradores da pouoasaõ de Manar rne escreuers0
nas naus da ano passado que por estar tad vizinha do
Ralit yrnigo desse estado, tinha necesidade de se for.
ilib ar eaver neb slgQ nattios de reino, o que na5 pe.
dia suprir orendimento da pescaria, por nad emportar
mays
lendo 112o
ss uanos
se p por que
eess outros NzJ
se que z; e" nada
anoue to)/ hum
pardáos,
ano et,
da
414 0 para sa mil perdoo. E posto que nas cartas do
atem PaSsado vos tenho ficornendado esta pouoaça5, e

outra
que ves
parte
êturmaseis
peita 113 alia
se tem
faltauecesidade
que tg de agoa
de se fazer
caso que
em
62 ARC0IVO 0001010110.•ORIENTAL

a cerque 0 Rajá, e me avisaseis ;volta torno ora de


nono a encomemdar, e que me èuieis muy particulir
ttformaçaõ do que vos parecer que he neeesario que se
lhe faça gera com ela me recoloco, e mandar nisso o
que ouuer por meu serniço.
II. A comera da Cidade de Bacelai me esereueo que
o Conde D3 Luis Detaide sendo Visoltey dose estado
lhe ympusera ditra vontade do pouo dela hum trebuto
nono nos mantimentos que daquela cidade e seus por-
tos saysent, pera fora, e hum por cento das mercadorias
que ètrasem esaysem, eqne andattaõ ora arrendados os taes
direitos em quatro mil' quatrocentos cincoenta pardlos, os
gimes aplicara pera a fortificaçaõ daquela cidade iirádo lhe
doze mil pardaos que lhe estauaõ dados por elRey Dom
Joaõ meu senhor, que santa gloria aja; eque avenida moi/
de trinta anos que he começado, corre erros tanto vagar que
não ha nela baluarte acabado, nem pano de muro fechado:
pedindorne lhe mandase perfazer das tendas dese eata.
do o que faltaua pera aver cadano os ditos doze mil
pardáos como dantes tinha& pera adita obra e forrillica•
çaõ yr por diante :e asy me pedem, rnais que mande
prouer aquela fortaleza de artelharia, porque sendo ta•
manha etaõ fronteira aos yinigos naõ tinha ao presente
mais que sete peças; eaqueixase taribem que por res•
peito das sarrafagens que o dito Conde Doto Luis aere•
centou nas moedas èqua se pagaõ a minha fazenda os
foros das aideas daquela cidade, estaõ 03 moradores
dela è muita pobreza, dizendo que naõ foraõ imitidos
quando se lhe fez o tal acrecentamento. E porque nas
llifoOs do ano passado vos madey esereuer o muito que
ymporta corresse coniesta fortifficaçaõ eacabarse a obra
dela, earrecadarem.se .as <tinidas que se lhe deuein t e
assy sobre a queixa que os moradores daquela cidade
fazem sobre as ditas sarrafagens, e vota tenha encorne,
dado na segunda eterceira ynstruçoès 000 tonastes, vol o
torno de nouo a encarregar, eque me envieis as infoi •
maçoès que nestas material tiuerdes, posto que o te,
la_haes feito nas náos que se esperai', este ano, peca com
1,,e1C01.0 3.' 63

elas eTele parecer mandar responder a esta cidade o


que coser ler meu reruiço. E encomendouos que man-
dei, premer esta fortaleza da artelbaria necesaria como
requere a ernportancia dela como conffio que fareis.
III. A Camara da cidade de Damai3 me èuicu hós
apontamentos cru que rue pede que lhe faça merca de
hda viagem de Japaó pera a poderem velador peta
com esta ajuda ae acabar de fortifficar aquela cidade,
e mandar lhe passar carta ó que »aja por cidade, e une
ermeeda os priuilegios da cidade Deuora; eque o Conde
Dom Francisco pecara o officio de Juiz dos arfada da
da mesma cidade que era de sua apresentaçaót e aey
me fazem lembrança que as aldeas e terras, que ficai',"
por marte doe moradores daquela cidade, as daf3 os ca-
pitaó.., acriador seu, que uaa tem cambas nem armas, nem
cumprem com Li obrigaçoós dellae, deixando de as dar
aos filhos e mulheres dos que morrem -em meu SeriaiçO,
Pedindorne a preeentaçaír deitas equeixas° esta cidade
qUe de doze anos asota parte padecem muita» opresoós
por causa dos Visorreis darem aos capitaós que va6 en-
trar naquela fortaleza prouisa6 pera tomaró todo o di•
abeiro dos orfaós, tratandoos na execuçaór disso com mui-
to rigor e eccandalo, pedindome mande que ao lhe naó .
tome este dinheiro, eque ande nos moradores daquela
cidade pera remedearern suas necessidides e pobreza
(a). E asy me dizem que as aldeas eterras da dita cida•
de per regimento hai) de ser aforadas ci) obrigaça3 de
caualoe eespimgardas, e a pescas que residaõ Della,
e que as .VisaoReys per suar prouisaós tem tirado muitas
obrigaçoós destas, e que comem o rendimento daquellas
lerra r pessoas qUe »doem êBaçaim, (loa, e em outras
parte», que he Emuito prejuízo de meu seruiço e defen•
arta daquela cidade. E finalmepte me pedem nós ditos
apontamentos lhe mande cumprir hum contrato que
fizeraír cem e Comde Dom Luis detaide sobre as guar-

(a ) Aqu( diz margem aula cata de letra contemporaoet


eeeir perderem ot orlob,=.
64 ARCHIVO PORTIRMEZ .ORIMITAL

das daquelas terras »e the mandei responder que pera


set. Vequerimentos poderem correr em milhor forma voe
deitem falar imite% na presentarnos estes apontam en t os ;

pelo que vos encomendo que ouça, os moradores desta


cidade, e tendoints já eu mandado dar ordem sobre al—
gfitts das mamas que eles pedem, lhe respontlaes confor-
me a isco, edee que ynda Ima estinera resolutas tomeis
infortençaii e ma tiniu ia COM 00500 parecer, pera a toda
mfidar prauef corno for moa seruiça, e no que toca ao
dinheiro doo aditas pronereis conforme ao que nisso vos
tent., mandado per minhas cartas eynctraçoas tine leuas.
tes. E qoanto ti obrigaçqo que ov possuidores tias aldear,
ta de ea eles lera: canal°, tareis comprir o regimento
que sobre yes° be feita ynteiramente erra per nlifi caso
<Espetei:, asile pelo mnyto que ymimrta a guarda e de.
remoa daqueln cidade naa se quebar.
IV. Per vasa carta me dizeis rine com a rnateria da con-
mersafitCrP is to nta conta corno he aobrigaçaa tine en tenha
dc votn agotuendar, e que aelRey de Cochirn falastes
particularmente nela; e que posto que vos responde° que
folgaria sempre de a fanorecer, tinheis sabido que se•
°retamente, a lila encontrando asy por Per brantene Oír,
como por tire pare°, gne estend,ndoge a ennuersao em
*ene vassallos, e rednzindase as chriptaas da Serra, que
babem o Pala, no, costumei,da Igreja,Rotnana, podem ser
OCriPhür; de perder seus Reyna.; pelo que me paretteo ser.
liiçO uh•O, s rneu 'oposto o tine deite me ercreueit4
,

BCOITIlath/O c:, erkreridnink•hte o tine tOC3 aconnervaa dos


grasior a novva sata fim acarta particular, pera que a naa
ymrAda nos q., abuniadas per nom, senhor quiserem
vir 'no ennheeirnento dela; t, a0, eeorníid0 ,ine de VoPRa
parte o procureis e qne sobre ysto ILe façam s as lesa.
br inça. ql. vos parecerem necesarias.
V Pay mg apresentada h;la panem° feita é' meu si
e semeada por ráv, e Onlra do Conde Dom Francisco
lkina,,,, ,nbas tit» ten,p0 do asa governo, anais., do carga
de everittaa da fapentla ii Goa a Rodrigo álontei.o te
posta e. endorrnaçari que tenho de se. SeiniÇOS eo que
3.• 65

vy ,C UMmesmas patentes, ouse por bem de lhe fazer a


melar que cabereis, ejuntamente ouse por isco smuiço
mandatos, advertir que escutem passar patentes dos car•
gos pern que nait theirdes ordem minha pesa os poder
premo., ynda que seja 0011, presoposto de as partes sue
pedireis confirinaçaõ deles, e quando entenderdes que
em algalia pessoas ha seruiços e inereeitrifiio pesa lhe eu
deites fazer merce, rue tareis disso lembrança por vossas
camas, e vereis tanbion suas petiçiies no modo é' que voe
tenho mandado que o firnaes, pera com vossa fiformaçaiì
e parecer lhes fazer a °terce que mines por beta.
• VI. Dona Violente Caldeira mulher de Dom Abutre
de Castro que Deus perdoe me- emnyou dizer por. sua
caris como o dito seu marido falecera na fortaleza de
Maluco, de que lhe es tinha feio> merce, -som estar nela
mays que corenta alise, eque Ilis matarei; Dom Chris.
teu& seu filho Corri DOM (liliones Ibl stevreahas, pedin•
dome adita fortaleza pesa cazamento de haa sua filha, e
idgfir tença pesa sua soctentaçaiii eu lhe mandei 'estios.
der ásua cassar liai; a seu requerimento,ipor este ano nua
aves despacho da (adia peilas rezo& que por outras:ar-
ta ['tinha vos escreuo, edhe mando escreuer que vos apre•
sente suas auçoés, que vos encomendo vejaes, co que
alega e pede, tendo nisso a forma e modo que lesastes
por minha ynstrucçidi sobre os requerimentos das pessoas
que pretendeis «despacho, e me &siareis a vossa fiforina•
çait c parecer pesa lhe mandar responder, e a elle o man•.
Liareis tailbein asy dizer de- minha parte, e entre tanto
vos &orneado lhe deis todo o fanar que comer lugar e
fum rezaç no que se oferecer comforme asua ealidade e
procedimento e aos seruiços -de coa marido, e filho. Es.
crua em Lisboa a sele de feuereiro de nal quinhentos
011eMa esep.
REV.
Miguel de Moura

Pesa o VisORey—Pera-Vossa Magestade ver,


66 AIRCHIVO PORTIMOGICOMENTAL

(No sob7escripto)

Por EIRey—A Dom Duarte, de Meneses do seu conse-


lho do Estado, e seu Viso Rey da Judia.
(1: via L. 3 • 6.144-3: via, fl. 130-4: via 6. 130)

92.
Viso Rey Amigo. Eu EIRey vos enuyo muito secular.
Ayree Felcali fidalgo de minha easa ate mando,: apre-
sentar bile eertidet6 vossa, feita a troe de dezembro de SI,
de como aeeyteue o despacho que lbe foy na liste, ieila
a vimedous de março do ineento ano, da capitania de
Çofela, teta pela dita certidad se lhe passar carta eln
tonna: e porque por falta de quem o requeres., poucob
dias entes da partida dee :mos se epteeentou a certidito
estando coem Vai cepo onde sal hauya ordem de no po-
der fazer a carta: Hey por bern que vos lha paeseye em
meu nome, feyta poliosecremrio desse Estado com o tres-
lede do capitulo da lisita incerto ',cila, eegforme a elle,
a qual ...avirá registada ao Reyna de verbo ali verbnin
no Duro das merece de mimo tempo pera eernpre se mbet
COMO arei Mine por acm. 8 rendo. caso que a alguit
das outra, pessoas CO44.1111110 lia lista do dito anu, e doa
01k11,09, cayba entrar cia cargo de que for prowido verso ice
carta, segitireie aMéithil ordem; e alem de virem eegia•
tadar no lineo das merece, me mi isercie Mexo na carta geral.
Escrita em Almanca adoue dn'snarco de 1586,
REV.

Pese o Viso Rey da India. 1.'aia


(No sobre. ripto)

Dor El Rey—A Dom buarte de Meneses da seu Cinge


selha do Estado, e seu Visorreff nas partes da 1ndia.
(Livro 2: f1.19

23.

ViseRey, Amigo, Eu ElRey voe emulo muito saudar.
rá,screcra. 3.* 67

Palies duas usos Sad Francisco e Solto Alberto, qne


ruO usq .ue coomeuteajoçud ho atino passado de 86, re-
ceby vlosas certas, upor ellas. vy o que tendes feito eia
neta sernieo, e entoo uelle procedeis comforrne a uom
'abriga...3 eamuita eperdcullar ...fiança com que voe
mandev aeco estado, crendo que nelle ferieis o que -te-
ol., entendido que em bufis couscs tendes feito he era
nnlyas esperancis de fax., de que receby aquelle eon•
IN.tamenio que:,.fie remai. que tenha de taes seruiços
éf,rue z=ee- os acene, epor army certo tenho qtle a elles te•
cim ja acreseniados. outros, eos proseguireis sempre de
tál maneira rpm meremies por eitos fazemos as merees
que nora reuaii-,e de que eu sempre terey muita len•
brune,
31. Posto que- me esereuae.s quo au meterias da pi•
menta :‘,.1t.tleobrigaçqo de Nicoll. Feiro Cochino, Vsealor
ári laveinila de Cneiiiie, e alie nellas proceda com
geneie ezello de men mamo, bem sabeis vos que pel.
la importanela de que euõ, te esta lida das primcipaes
•árigacoils dos Viso Reis, semdo apimenta a substancia
a Iludia tal neecsaria pera se acudir as .cousas silbs-
tanciaes dehla,t pello quc. ris encomendo com todo hu
emearesimento utfe taro pede que por todos ou. mod...
pagyos possiueis e descontes a meu seruico procure
eia vás for que ne ,:i falte p,monta peru a catre..
Ku das naus .v no peso da cidade de Cochim como no:,
portos do Canoro, era que se fez a pimenta que troam.;
lia nau Sor. Francis., eime qua se tem por boa, e de
menos quebras, procurando que se laca moita cantidade
..• imuerno, de que resultaria einharearsse a pimenta
aias eca ecom praticas quebra, ea,ecos
" que possafr fazer sim viagem com menos riseu,p
".lhos doe que tem quamrlo parlem terdc; • e• a este
preitos ira de as usos averem tie partir cedo rrte taermcc.
pcvebn a de ter por certo qual; presente cite Sera Mate-
W .Uri enlenJida, e CHI quk, tanto vay, eneomornilartiolla
de no.. tendei ha experiencia mostrado a segura e bre.
YMgem que fuzem as,unos que partem cede, e o que es
68 saurusa rouTuetruztoatutorsc

mais das vezes acontece ás que partem tarde; coser, a


abo Sati Lourenço, que queira Deos que intiernasse,
111. E potqtt ente esereneis que Ni.11ái, Peto; proce-
de com Elltey de Cecilia, e °atroe Adi, de que espera
pimenta per ata de braonolura e dadivas frzeonololb6 em
tudo a vontate, eque nad terndes eStê'eamiSho por bom
peru aquella gente, e vos parece que se querem antes
por mal que daquella naneira, perecerem vempre de suatt
imuençods e manhas, eneomendouos que nesta mataria
procetluss eout4ortne aos tempos e hocaotioris de tal matiel•
ra que se eothiga averse todas -pimenta hecessaria pesa
as mios.
1V. Pellas nãos que deste Reyno partioiô ho anno'pas—
sado voa mandey esereuer como ficaua feito nouo mas.
trato sobre o trazer da pimenta aeste Reyno etim . Joaa
Bautista .Revalasoo, de que nas mesmas mios se vos'en.
siou acopia do mesmo contrato, e nellas fy ddinhei•
ro necesario pesa a compra dós trinta mil quintnes de
pimenta que te obrigado a cumprir etn ca - da huln
rumo; e poupo, forçadamente ha dever muyt000 sobejos
dos cabetlaes que forad no tempo do contrato passada
tia parte que pertence a minha fasenkloi, que os proeu•
redores dos contrataolores allegaõ que eniraó no que
atear EIRey de Combirio, vos encomenda os 'marndeis
pôr em arsecadaçad na - milhos •ordein que vos pa••
nesse asy do Rey como dos procuradores dos centra- .
*adores, gtiontandese a todos justiça, e pois elle ia veq
em se pagas so a mercadores no peso de Cochim a pl.
menta qoe a: elle trazem, se deus de continuar o pitgoi•
mento nesta ordem, e escusasse dar o diolleiroa
Rey nein a :teu,: Regedores, e desta maneira sé ata
itt ira nad lhe fiques tanta soma de dinheiro na ined a.
emolira desta pimenta; e.tad duuldossa de se -artee.a•-
dar couto me escreueis.
V. E posto gim nas sãos do anbo passado - se nau
ordenara6 pessoas aque se entregase a pimenta, que
se nellas carregou pesa cá darem monta della pelisi re•
ani'.6 que em aula 'cartaz-p.A.3,3.3 tanialWaS as ritiebrãs•
resumi. 3.• 69

que 2e "Cima apita, aymcla que adescarga se fria com ro-


de e resguardo e vigillancia necesaria, que ey todavia
por mm n seroiço que se guarde tardem quo voe tenho
moldado esereuer nobre o recolher eentrega da pimen-
ta •nas háos,pello rnnyto que importa a- minha (»muda
aialharse aestas quebras.
VI.' Por cosa carta entendy que por naô chegareis ho
sano -de alteras ha cinco a essas partes mais ine duas
nana, etardar a não Saí" Lourenço, tinheis felio
eia pera se aver de comprar Outra, e pie pera, semeharr-
res subcesos vos parece meu seruiço faaeremssa noras par-
tes duas eu troa nítos pera virem a este Reine quando
mai chegarem a esse estado as que de cá forem , remo
acontecee naquelle asno, e tem acontecido em entres,
e por estas recoès, e asy pella falta de madeiras gire ha
neste Reino, como peito muito mais tenipo que dunaS ae
Mies que se fazem negas partes, tenho mandado que no
contrato que se ora novamente hade fazer das Mios se
meta por condiçaô (azarar,. alguôs Ileaae partes, e af
4 C. Ofdertl Como- deste Reyno vá ha artilharia, homber•
dein., e marinheiros necesarios pera ás viagens que en-
tretem de fazer. a
VII. Posto que da dinisaõ que direta que rem entre
ey talgurn, Reys ,vesinhos amigues dese estado resulte
•Itom inpedimento peta a negoceaçaó da pimenta, toda-
via por ser meteria de tanta importancie Como »feio
afilendidO, vos 101120 ha encomendar muyto emearecida,
mente que ah todas as °ousas edependências da carrega
dali. façam e as preuençôes poslueis pera que as nãos
pema. partir :per. etre Reyno lambem carregadas e a
taá bone,tempos como he necessario.
VIII. Tine contentamento de saber por soas carta que
no miokiron dó Santo ',officio da Intquisiçaô tem o cai.
dada denitle de comprirmn com suas ,hobrigaçofie, mcmli
1,6 ?rgattót, e que ho Inquisidor Ruy Sobrinho procede
bem c'rmae de seu °arguo, e dá de Sy bom exemplo, e
de m. escreeterdes. „mesma informaçafi de..Dicenciade
Atedie Perua:ides, Deputado daquella . masa, e dosem-
AACIIIVO PORTUOUCC ,OCIENTAL

bargador da Rellaeati, e de mandardev fazer bora paga,


MCIllo aos ministros do Santo (Moio, e vos encornem-

do que Isy o vades continuando ao diante, a os fuso.


reçaes •tio que se oferecer pera 0010priterü inteiramew.
te esta as ebrigacoio de oram cargos, e emendar; elles de

vos corno asilo asy sempre encomendo.


IX. E por ao meterias da ;estiva serem de taii gram.
do fundamento pera todo bom- governo, e poriam volia
encomendar tanto, e asy boa menisoos deliu, foigey do
me escreuerdes que procedem em mias obrigeeeês com
ha inteireza e verdade que COTTOCIU, e vos torno a es.
eontervlar os faça.. senpre proceder corne ticum»; e pelir
boa emformaçad' que delles me does, a que dono de)e•
rir antes que a entras, que oaí3 faltai), mie desordeno, 0m
que C8pC(0 que tereis pronide, Ey per bem de fazer mea•
ce aos desembargadores da Rellaçaii desse estado tive
MIM ein cada hum mino cem mil rei , mais cada hum
delles , aliem dos ordenados que ora tem, ora quanto
ho. comer. por bem e nitri mandar O contrarie% e pua
asinaturas na avervii emesentarnento nouo, e 00.ayara03
da menvirs mie até equy as leuarail
X. E porque em nora carta me dizeis que peito qoe, he
Veador da fazensla Janalures Soares he bom homern
e confino em seu oMeio, lhe faltais apertas partos para
CargO, C O IIRC31 1
.., ma di.eia, peito Seermarboi
içai; de Faria, ou.ne por meu seririco Iestudar vIr a dito
Joaõ de Faria pera esto Reino, sopovto leu moitp tempo
que 1C- está, 0 primes um .04 legar oo.diao angeop.o
o .routor Duarte Delgqdq que sor« de 0.4tiatèr ge,a1,do
Cvioic (a), 4e qVIRM COrOfiC,CO3 me se-ruirá asile-de Ols•
'leira que voe ajude edeseance. , nosi obrigepo& da sed
eg,g e ,q untos de matadas vir pers. este Rojua 4,10.01elreS

Soam, eta pirreoeo. ruim sentiori.oneemondorueo. -100:eri-


emanes ao ovavao odofoitoo pasicoliares com oélte-outurrs
peo que ua. tia.O deixe, aerair .000 carrego eu» que arte.

Is), Ao laneer • ero•a4Uixteram em !maneei/ reze'', ande depois


eseotfflaiu
CASCICOLÓ 7/

XL Tire oententamento </e ordenardes rirem pera as
informam& q. voa Inandey que ~remis dos fidalgos
epessoas que MC ecCOVIC nessas parles, pena com cilas e
voa° parecer Res ',lindar cá no Reyno dar Oe despachos
que mmer por meti seca iço, ede asi,irem nellas ho Arce-
bispo cora quatro tido:gema corno lene-teApor 41.11 regi-
mento; encomendou°, troe as quatro pe.soas que enlleger-
dee tient estas iro formaçoits em mie had de concorrer com
bo Arcebispo tenhad mnyta
. experiencia einteiresa eas
mais partes que se requerem em meteria de tanta substan-
ciam mie na, troa informaçoiis se declare muito penteai-
lamente acallidarle ales pessoas edos seruiços que tem for.
a., Cem que partes ao fizerad, com as mais deelaracoça

que 110',parecerem necesarias, eque as partes se nad dem


imanas inforrnameds na mai'', evenhad nos cadernos que
cintilardes oeste Reino, declarandol hes somente como vem
selins pura mandarem requerer setas despachos e tirarem
mas prouisods, que rol ey por meu seruiço que se lhe
psetin lâ ne,e Estado por algalia justos respeitos, mas
te guarde nesta meteria a ordem que se ré guy
iene.
XII. E miemo ao que mn esc-remis sobre over Oitis
eta galleods CCSSC estado, ey por bem • peitas ¡nenês que
aponmes que aja onumero de gentis he galleods que roo
plirheer mais meti s'entileo eque areal-de milhor efeito pera
is armadas esocorros que se fazem peseia partes; raro-
ahendouos que me aniseis das palra •egallicds que ba-
nhastes feitos quando vais foy entregue eSC eSladO, e das
namos desta nellidede que depois mandastes fazer, aura.
que emulem que se dentle seinpm muita conta, IX/IS na
força das armadas comeratn a repotaçaõ e comteruaçeii'i-
lfl

dese estado.
Tirtstith bom fundamento em naii dat licença
n ('amam de doa que mudam a, este Reyno a pessoa
peta <lar sena pediu e foy bern feito con.firmardeslhe
ém taco 11.0MC ea preubliegim que tem; esicomendouss
'pie ha fauoreuma ou que for ruçar., e as pessoas da
téitternança dçlIaïe ,fail.
garey de ia. avisardes pera que
72 AltCHIVOPORTUOULZ•08180T.

000020 e efeito queria mandar a dita pessoa.


XIV. Porque da fugida de SufseXo pera aterra firme
tine deoprazer, e asy do que me escreueis que depois lhe
sobccdeo, vos marndey e,creuer Ito anuo passado toma•
seis muito particular informasa2 do modo em que foy e
das peruana que foradi nella culpados, eespero que sobre
esta meteria me respondaes relias primeiras usou, e se
usai tinerdes feita ha delligencia que vos mandey, vos
encomendo a faaaes com toda ha brenidade posinel.
XV. Sobre a vinda doo Crismam nonos peru este Rei•
no e defeso de seu trato e duo respondenier, desta na.
çad que lá andaft, vos encomendo que vejaeo ho que vos
tenho cocrito nas naos do armo pautado por doar cartas
rainha, deferentes hda da outra, econforme 8 cilas e80
que virdes que comaern a leen seruiço procedses norte
negocio como espero de vota prudencia persi se poder
ennségir o que cortinem' sem escondeis nem, alterasaô,
XVI. E porque sempre onerei por meu 000UiÇO (anotes
rierdes as mistas da Criotandade acusas perles como, a
18810 principal de rniuha obrigasin eia rodes, voa cuco,
mendn que os Cristaõt da terra 'dobai; em oba hn fases
e aja la naquellas com,a,, era que entenderdes que esti.
umn que se lhe Ice, conformando.no cum o seu touca.
te, ninar, e inclinassèa.
XVII. Por a fortalleza• de NIalaca•ser ma importante
,,
asse cotado Sue contentamento da ordem que too.,
dado nas cousa, delia; esobra arnateria dar drogas em;
oomeodhar,oque delia taa partieultar caydado
coitos cominem eIte rena que se terthrsde fortaleza quu
tard atacado he.vioiratlq, doa imig...,,que.te. Por •ori -
altos osendo silt ors que salteio.
XVIII. Eisend), por rosa carta calmo ho Rojo est,
oterwmal•de .peçoalra que lhe dora4, e que. nattoelles
000180.100~,Affire o Cafillla,48,(01141808. 1,1e • CO1110
e clic, eque marndandousa embaixadores nâo conoerst•
e. o Capitad que (poisem a voe e ficanati de guerra, cura
que noa pessoa 80 !acamo Capitea PM 800 ,Inotatiote.
Jati. lia fortaleza.. E porque aera 12188 8808IÇO ter par.
FASCICULO 3. 72

dentar enformaçaô da ceasse porque nad consentia irem


avós hos embaixadores do Reja, e de vir bem ao Ca-
pitai; a guerra, vos encomendo me emuieis teria a eido,
maçâo que destas meterias thierdes, e do que ao deus
prouer pera na3 estarem os cerquw einquiethçoês des-
ta fortaleza (.em cuja defensa2 se consume tenre parte
do rendimento dose e'stado) na vontade doo capitais
pellos proueitos que por esta aia pretendem, e nela- he
minha tença/S/ que pera remediardes estas causar espa-
ceja por reposta minha, renal-, que da tal maneira pra.
nejaes nellas que tenhaõ cora a breuidade, que cromem,
ha «Intenda que requerem, como creo que o releia iá
feito neste caso,
XIX. E porque me escre.ueis que poro tempo vos nal/
dar Ilugar sal entendestes na fortificaçaõ de Manar
que he bem necesaria por estar tal vezinha do Rejo, de
°ajas embarca9o3s sou emformado que he muitas vezes
molestada, emconeendouos lhe ordeneis a fortificaça3 de
que doer mais neeesidide, tOrfland0 testa meteria
formaçaõ e parecer do engenheiro Joa3 Realista que
nesas partes me anda seruindo.
XX. E por ser informado que faleceu Jorje Toscano
Capitai/ da fortaleza de Cananor, fiz rnerce da Capitania
desta fortaleza a Dom Fernando de Meneses que neste
Reino amdaua requerendo, em lugar da Capitania de
Baçaim de que era provido, em quanto naõ entrar era
lalla viageer_ da Chias de •que lhe tarnbem riz mercê, lia.
vendo respeito a seus seruiços ecallidade, e Ira ser
alleijado do brasa dereyto.
XXI. Em quanto ha na3 vos parecer necesario visitar.
der as fortalezas do mirre em pessoa pedes razo0s que
apontara em vossa carta, ea o tenho asy por meu serei.
95, e -eos encomendo -que neste particular façaes o que
vos tenho mandado esereuer pedes naus do anno passado.
"XXII. Tlue contentamento de expedirdes lio embaixa-
dor, do Equebar, que -achastes neta cidade, e do bom
tratamento que lhe fizestes, e de procurardes saber seus
desenho& peca acodirdes ha fortaleza, e,terras de Da-
10
74 ARCIII,0 PORTUOUEZ-0818NTAL

maá, e asy és mais deee estado, aque entenderdes que


pode hofender, porque apoda que he iiniguo de loinje,
toda ha preuençad que com ele tiuerdes será necesaria.
Encómendouos que nesta materia signos aordem que vos
tenho mandado dar aas Instruenès que leuastes, eme a.
nisareis do sobceso que onere em todas aaeousas dos Mo.
gores, een especial nas que estad meladas entre elles-he
o nouo Rey que se alenantou em Cambaya.
XXIII. E asy tine -contentamento das delligencias que
mandastes fazer sobre a reeadacad da fazenda que ficou
por morte do Conde datougea, que Doas perdoe, que vos
torno aencomendar pera que venha a-boa arrecadaead;
e asy de dardes ordem pera o prouedor moor dos defun-
tos cumprir, inteiramente com as -obrigaeods de seu cai,
guo emniando aeste Reyno todo o dinheiro que deles
for reccdhendo comforme a-seu Regimento, como lambem
vollo tenho encomendado nas Instruçoês que 'miastes.
XXIV. Do Rey das Ilhas de Maldiva proceder inquie-
tamente, eteme -com elle trabalho na cidade de Cochiin
°nide -está, como -me •esareuem, -tine descontentamento.
Encomendouos que vades veruelleandoisuas mocidades,
pera -que se atalhem, dando -ordem -como recolha suas
rendas, eomtanto que pague a 'minha 'fazenda hos qui-
nhentos 'bares de -cairo de parcas ique sen pay pagou
sempre. E porque eu vasa carta me dizeis que-será meu
seriancf-vecolheremse as rendas destas Ilhas peilo Verdor
da fazenda de Cochim, -e satigfazerse a-este Rey a parte
que tem•nellas, me auisareis do que monta a renda que
recolhe -este Rey; e em raso que se tornase pera a minha
fazemda por uesid' •oairo•que poderaser.necesario pera
as armadas, ,e para as nãos da carreira lar la fizerem,
em que se -lhe pode dar satiefaeati equyvallenve a ella.
XXV. E -tenho por -de muito nmu -seruiço -encomen-
dardes -a .Joa75da Situa Pereira iCapital -da fortaleza
de Malaca -que prouese os cálcios ique vagassem nela
nos moradores -daquela cidade que -Tosem pera i980, pois
estrie, oferecidos de contino aos cerquos e molestias dos
Daohens; e de roamdardes -acha por •Ounidor pessoa de
,l6CICOLO 3." 75

que me escreueis que tendes tanta satisfaça& Encomen.


donos que asy nesta fortalleza como nas mais desta cal_
lidado se proveja3 os officios que relias vagarem por
esta ordem. E que com Dom Amrrique Bendará de Ma.
laca mandeis que se tenha aconta que por seus seruiços
epessoa merece. E o Cupido],que o asna passado man—
dei aesta fortaleza scruira nen. seu cargo conforme. a
ordem que tenho dsdo para iodas as fortalezas.
XXVI. Por ter por ernformaçaõ que nai3 fundirá nada
ha EIRey de ("ciliar-3a liçença que me pede p. ?ra poder
mandar , aeste Reyno sincoenta quintaes de Cauella for—
Me de direitos, eque poderá acontecer usar outrem deste
aluitre, hey , por bem de lhe fazer merca era lugar dello
de mil cruzados por lula vez somente, .que. lha manda-
Mia dar daarendes dese estado.
XXVII. E pelas rezeffis que es nuca carta me apon-
taes peca na3; aver capitai, na pouoaçaiii de Macao que
tenho por boas, ey por meu seruiça que•ho «ti, aia, e se
gouerne. pellós capitaês. da viagem da China e Japari,
coma até aquy se fez, evos escrevy nas-abas do anno
passado. E como está. ta3 remota eafastada dese estado
me parecer, emuiar a. elle por Ouffidor oLicenciado Ale-
xandre Rabello pella • boa emferrnaçaii que delle tenho,
pratica he experienola que ele .tem dasemelltantes• °ar-
guas, em que me arreio naaIndias da Coroa de Castella.
XXVIII. Tine Comentamentade mandardes. fazer as
delligencias que, ma escreneis sobre. aadiuidas que ho
Idalxá, deue aBras Ferreira, e, a outras .pessoas, e me
parece bem aordem, que tendes dada pera se. pagarem, e
yes encomendo que. asy, o.facaes r ,se. inda.estiuerem. por
cobrar.
XXIX. He de. tanta important« pera a oornseruaçaõ
dese estado (aliem da hobrlgaca3 que tendes de a. todos
se fazer inteiramente,justiça) sua ,ez°"
a« Reis vesinhos del/e, que tenho por muito «cegaria a
satisfaçaõ que destes ao Rey de Mellindadas queixas que
vos mandou dar dos Capitt3a daquela costa. Encomen—
dou« que os que forem despachados com este, °arguo
76 ARCHIVÕ e0.06VEZ•ORWNTAL

os aduirtaes pera que asy cumpraõ com oque deitem que


as naõ possa aver delira.
XXX. Folgey de saber a satisffaçaõ que feceberaõ os
fidalguos e pessoas que me recuem actas parles dos des-
pachos que lhes mamdey dar ho anuo de oitenta e cinco,
e posto que este ano net:, aja despacho, tiue lembrança
de lhes fazer es metera que uereis peita lista que vai nas
náos deste anuo.
XXXI. E porque me escreuestes que mandastes Ages-
tinho de Soutomayor mineiro resedir em Baçaim por
vos dize .
rem que ha naquellas partes muitos sinuca de
ferro, e asy de cobre, e prata, folgarey de me avjeardee
se achou algila cousa destas. E porque sun informado
que a sua estada nessas partes se de pouco efeito, he
he casado na Noutt Espanha, esua molher padece neee-
sidade, vos encomendo que ho façaes vir pera este Reyno
nestas nãos, eoacomodeis nellas como vos bem parecer.
XXXII. •E quanto ao que me esereueis que vós pede
lio engenheiro mãe .1000 Batitista que lhe mandeis pa-
gar sen ordenado a rezaõ de dez reales o cruzado polia
valia deste Reviro, correndo ursas partes ha oyto
a cujo respeito se pagaõ nellas os mais ordenados, »ff
ey por moa seruiço que com elle se faça nonidade em
seus pagamentos. Mas parecendouos que por seus seruiços
se lhe deue fazer mais mercê, e"Y por bem que aja dozen-
tos eruzzdos nas rendas dese estado por Ihlia vez somente.
XXXIII. Sobre o Lecenmeado Fraueiseo de Frias, eo
officio de Juiz dalfandega de Cochim de que esmoa pra:
uido, vos tenho mandado escr., pellas né.os do atuo
passado o que ey por meu seruiço, como tereis visto.
Sobre o mais que toca a dita alfandega vos esereuerey
por outra carta o que niso ouner por bem que mais façais.
XXXIV. Tiue particular contentamento de saber a
grande comuermõ que te feita nas Ilhas de Solos por
meyo dos Relligiosos de Saõ Domingos, evos agradeço
o Bolor que lhe days pesa ,proseguirern nella, e vos era.
cometido que asy a estes Relligtoms como aos mais que
se °Caparem nesta obra tanto do seruiço de Ocos e de
PASCICOLO 3.• 77

mynhaobrigaáaô, os ajudeis e fauoreçaes como eu de vós


otenho por certo.
XXXV. E porque sou enformado que ha causa porque
lia tanta falta de artilharia nese estado he peitos Capi-
ta3s das fortalezas deite a trazerem em náos de seus tra-
tos, nas quaes se tem perdida e comsumida muita, e os
almoxarifes dos meus almazens deras partes ha empres-
tarem ealugarem, como o tereis já visto por experiencia,
epolias Instrucoôs que lesasses vos encomendey deseje
remedio lia esta .taZi grande desordem, eagoora de nona
vos torno ha encarregar que as defesas que sobre ella me
escreueis que tendes feitas e publicadas se dem ha coe-
nusaft na forma que apontoes comforme a-justiça eao
bom guouerno com todo o rigor que esta materia pede,
pois tett pouco tem até agasta aproueitado os outros re-
meches quere procuraraô, que naô fora& de nenhum e—
feito, nem parece que ho auerá senaô com procedimento
rigoroso que taô justificado será erll materia OTO que Ira
culpas taô granes he tab. 'dinas de exemptar castigo.
XXXVI. E porque me escretteis que uai saô bastantes
os doze mil cruzados que saô mdenados peca as mete es
que haõ dever os hdalgnosemaiv pesoas que me sentem
nesse estado, sendo aplicados os sonegador. abimtestados,
e descaminhados pera a obra da fies dosa cidade, que
dantes se despentliaô com os mesmos fidalgos esolda—
dos Ey por bem que posaes despender mais oym mil
mazados em cada hum anno nestas merces aliem dos
doze que já esteei ordenados pera rifas, pera serem vinte
mil cruzados por rodos, em quanto durar aobra da See
eque esta3 aplicados os ditos sonegador, abimtestados,
e descaminhados, e os VisoReis dese estado sai3 pode-
rem dispér deites. E por outra carta minha vereis o que
ordeno sabre os ditos abintestados
XXXVII. Ho Regimento que mandastes fazer sobre
uai) tratarem os officiaes desas partes (a ), e outras aos-

(s) Diz margem por Jetta coatemporanea=iesst os Capitace


deviaõ karst:, relbsse porriesl=.
78 ARCHIVO POIITUOVEZ•011ILMS.

nas que me enuiastes, tenho mandado ver, he em outra


carta vos mandarey escreuer o que ouuer por bem que
faça no comprimento delle.
XXXVIII. Tine contentamento de saber quanto pro-
curastes ho empam das odrelt go , anã deste Reino, e
'que as ydes casamdo com pesso as hornradas dosas par•
tce, eas prometas que em meu nome lhe fezestes vou
vemdo, e lhe mamdarey responder acilas como onuer
por meu seruiço; evos encomendo mayto que procedaes
nesta obra de tanta seruiço de Deos como.he rezar'', eeu
de vos comfio.
XXXIX. Tenho por- moito.acertado mandardes nas
armadas dessa partes comfesores, easy aalgilas fortale-
zas omde os uai- ,ha, .pelo muyto que comuem ser isto
.y. Encomendeuos que procedaes nesta materya como
me escreturia, enas.náos que .forem deste Reyno man—
darey que ima Capellals Como sabia a ser pellas rezoè's
que em tiora carta apontaes..
XL. Muito vos agradeço o cuidado. com que procu•
raes ...peças que escreueis que desejaes de me emuiar;
e aliem do que sobre isto teudes a. carguo, receberey
contentamento de me emuiardes.almiis animaes, e. pasa•
roa, eoutras coesas estranhas neste Reino, como mais
particularmente valia escreuera de minha parte Miguel
de Moura do. meu Conselho do Estado, emeu Escrivaii
da puridade, como otem feito boa annos parados.
XLI; E quanto aos presentes que se mandiú'. a ese
estado, que os Padres da Companhia largaraõ por dous
mil mimados que se lhe dai.; ac.ta de minha fazenda,
de que se in.traii.queizoms ey por bem que daquy
em die.m.ajeã lias ditos permutes como liardes alliào,
ese lhe uai dom os dous mil cruzados de minha fazenda.
XLII. Tine contentamento.de emulardes ameus ai,
mamem as trinta pipas de salitre que vem na. não Sai;
Louremço que nal he chegada aeste Reino,. mie parece
quê erallelparia.; e. por ter •COUSa tãkl neoe.zia peca mi•
nhas armadas, e de. que ha muyta falta neste ItPytio, VOS
ancomemdo muyto e:merecidamente que. ho mandeys
nscieu. 3.• 79

desas partes sempre, e que em todo o caso na9 venha


nenhfie Dôo sem elle, precurandose ho mais he milhor
que poder ser, porque vindo refinado pejará menos lugar
nes vôos, e poderea trazer mais °entidade. Escrita em
Lisboa a dez de Janeiro de MDLxxx e sete.

REY.
Miguel de Moura.
Peta ha VisoRey. Pesa 17. Alagestade ver. 2.. via.
(No sobreseripto)
Por EIRey—A Dom Duarte de Meneses do seu Con-
selho do Estado,n .seu Visorey =da Indie. 2.. via.
(Livro.3? fl. 190)

24.
VisoRey, Amiguo. Eu EIRey voe •emuio •mu•Vto sau-
dar. >Por vossa carta de trinta de dezembro de .05 sou-
be como ha nele Saft- Francisco desde aunada que •naquelle
anca perito deste Reynn pesa essas pattes•chegou a •esa
Cidade de •Goa ern•vimte doutubro do mesmo asno, eas
nánas Santo Alberto, e'Sei, Lourenço faseia' ter a Cana.
flor, eha •Cooltim nomes •de nouembro seguinte. E por-
que acausa principal destes nãos chegarem ter, tarde
foy por partlrem leste porto de Lisboa •eom uh' mim
tempo que lhe sobreveio, que'. deteue ha viSta •desta
copla lnuytos dias ;e cumpre muno 'como sabeis •parti-
rem lo cá •e dela a seno tempos •detrislos, merndo -dar
ordem como deste Reynn poetaS quando eomuem; evos
encomendonue as façaes partir desses•pettes'tela'nedo qo
possa,7 bem fazer sua •viagem, e•vir cem hajnda de Doas
a miluamento. E tine contentamento •da Antonio Godi-
abo de Sousa hacollir tombem ha náo'Sento Alberto que
rOe ev ereneisqunesteuemnyto artiscade nos basos de Chil•
lao, e que com sua ajuda im livrou Deos delles, o qm.
lhe mando agradecer por minha carta.
Ponta eille as mecesidades em que achagtes esse es.
80 . PORTUGUEZ•OMENTAL

lado me sejaõ taa presentes como he rezaó, vendo jun-


tamente as muytas deepessas que saõ feitas nas arma.
das que ordenastes, 'saí; todavia laõ precisas as destes
Reynos, que vós muyto bem sabeis quaõ grandes ede
que callidade sob, que se tvos net'," pode até aguora em—
niar nenhum dinheiro; mas tanto que o tempo der lugar ha
poderdes ser milhar prouido, terey diso lembrança. E
espero que cheguem as anos que dessas partes haõ de
vir ha taa bom tempo, e sambem carregadas que vos
possa «lenidas prouer como pedis. E porque sou imfor-
macio que nevas partes se deue muito dinheiro ha mi—
nha fazenda, vos encomendo muyto.ho mandeis pôr em
bua arreeadaçaa, pesa que com elle possaes hacudir ha
argila parte'das deepessse desse estado.
111. Vy vossas cartas que me emulastes por terra, e
chegaraõ antcs da vimda das iraste do anuo passado, e
vos agradeço oque fizestes nas meterias de que net'ar
me destes conta, que he tudo eomforme ha muita confi-
ança que de vós tenho. E p'rque da fortalleza que dl-
seis que faz ho Dachem en Pesa podem resultar muytos
densos ás Mios e gallioõs que forem da lindia pera a
fortaleza de Maitaca, e ás mais partes do Sul, easy ás
que deita vierem pesa, ha tendia, vos encomendo muyto
que trabalheis por impedir (acerbe esta fortalleza na for-
ma que enterderdes que mais comuern pera isto ter ef-
feyto, e se atalhara as perdas e dannos que reeeberaõ
meus. vaeallos tanto contra a renutaçaõ dese botado, se
armella fortalleza es fizese ecomseruase. •
.1V. Foy bem festa mandardes Artur de 13rito Capi—
tai da viagem de Mallueo por embaixador ha EIRey de
Teceste, e com presentes pesa elle, e pera os Reis ve-
zinhos, e folgarey que me aviseis do efeito que teus esta
embaixada. E porque na armada que ho atino de 85
foy pera essas parus vos mandey escrever que naót avia
por meu sersiço terem os Castelhanoz comercio nenhum
nas partes da China e Malluco, nem os Portuguezes sal
Fellipinas, como entendeis que comuem, serial) soomente
boa cocrespondeneia Use cora os outros ; e asy ho mau-
YASeíe91.0 3. Si

'Dy escreuer se, Viro Eco daquelas partes qa. ho avia


por meu seruiço, vos torno ha encomendar ho façam,
asy guoarder inteiramente no que vos toca peno movia
que sou imformado que importa ar91, estado.
V. E porque troe informaçai ,itte yrruIn Duarte Ee,.
reina de Sampaye tomar posso da Capitania da fortaleza
de Vidor° de que foi prouido tinem cum elle diferenças
Drogou dezambuja que estai emana na dite fortalleza,
vos eneornendo que mandeis deormar das pilam.' e
dyferenças que niso noite, e achandose entoado Dinguo
dazamboya na denasse que se tirar de culpas mio me•
reçai, ateoõ, ho mandeis ir preso ha Incha, e do tudo ho
que sobre esta meteria achardes me avisareis.
VI. E quanto ao que me escreneis que ha clareza e
resolluçai com que trames as meterias delRev de Co.
chim ho persuade ser animo amigo° dese estada he vos•
to, eqne por vos esereuer slgDae vezes sobre lhe mandar-
des dinheiro, gente, e moniçorís peita aguerra do çarno-
rim lhe ...iodastes quatro mil paul:Ma e alguis moei-
çois, e esereuestes ao Capitai e ai Camara de Cuchirn
que ho ajudasern eecompanhasern, foignra de toe avisar-
des se lhe destes este dinheiro e mais conste,,ou lissa
emuiastes por enprestimo; peito que rue encomendo rpm
de tudo me aviseis muyto particullarmente, efaptes sem-
pre en particula; en todas as meteria,' desta callidade
respondendo ás objeiçies deltas de maneira que pela st
entenderem claramente uai seja necesario mais informa-
çaô corno ha que agora vos escrevo gim me emuicistpasy'
vos encomendo que as inuniçois que se derem dessem,.
lado seja eon tanta comsideraçai como conmeni; e que.
com aRrtificaçai daquella cidade cocotes com oresguar-
do eda maneira que unir milhor parecer,- pera nau tiver
descontentamentos cora este Rey, que senzpre settleuem
escusar" e me aniseie se de Ilre comceder ha viagem da
China que pede poderá resultar pagar alie do ',concito
unia oque dene dos eebedaes da pimenta. E pella boa,
enformaçai que me, duos de Itacanachamena seu Rege-
doei que corre bem cor, todas as meterias de meu serniço,
11
S2 ARCISIVO rORT1:00.0.0[113•T.

e que he asua ajuda importante -peta a carrega da pie


menta, ey por bens de lhe fazer merce de dozentos par-
tiam de tensa em cada bata armo en quanto ha osmer
por bem, enaô mandar o con,trairo. E eu lhe escreuo, e
a carta ira nestas vias com acopia della.
VII. Dd medo em que procedestes na materia das pai
zes, que asentaStes com ho Camarins tine contentamento,
epois deltas resultat'S halem dos beneficimgeraes de meu
retuiçtt taô afilies a meus vassales ficarem as forças dese
ratado anais liures pesa se poder enpregar en tantas,. o•-
Ira custas inportantes á emnscruaçafta aumento deite,
V0e, aticem•ado Tio de rosa parte as temes guardar irdes.
rainense, e trabalheis por se leuar as -use a fortaleza que
fazei.,'ts l'anane fortificaouloa de tal maneira que se já
qa.3 for acabadas (postas que se mit fora começada yndu
aunara nas sque comsaderar )fidas sai'a defensanel como
ceinuern á reputaçaõ date estado: E eu respondo acar-
ta ato Çaanorins no modo ens que vereis pella copia da
minha que com ha premia ira nestas vias.
VIll. E asy nue contentamento da armada que man—
dastes fazer pema ho estreito, ede nomeardes nella por
Capja.a.Zi tomo Ruy Gonçalves da Catnava peitos lasca-.
tos que vos a isca moucraô, que siam por acertadas; ees•
puro que della reaultem sait bons eabeems qne me aya
por bern mruido, e por anuy bem empregados os gastos
que mita tecestes, a tine sempre <lemas preceder tem
comideraçõee que seja o descurso delias Cata bem visto,
como o meai de vos en tudo.
,'Tenlso por muito acercaria procurardes saber sen.
pre ou d.enho, dos Reis yezinhos dera estado nem-
vos acharem apercebido, e poderdes coar tempos Merco
dir as fortallczas delle com todas as preuernçoôs me.,
emanas nos cercos e trabalhos que se oferecerem. E for
hem feito traaerdes espias em Cambayaemo Renegauc
peca vos aduertirem das determinamáte do Alargor e de
ma.lad.des coo rara boa armada coroo me everemic de
que foy por Capitaa ,116( Ruy Cuomea da Gralz proas,
Pc ridtg, cc fortuileme do norte, ada-missard,ms ha Ma,
Tocam. 3.* 83

soei de .illizanda CZpitatide Dio do deectrido eor3 que


comsentia agente ecapitães de Aludafar naquella furtal.
aczat •e vos encomenaki que nestas materias pra cedars
zenpre com ha vigillancia e consideraçati que conuem
como fazei. E tenho por boa a vossa lembrança que
<amante a meu seruiço e segurança dese errado ¡irou,
cense as fortalezas delle, e principalmente as tres eesta
de Pio em pessoas de mapa experieneta e partes, no
que mandarey ter toda adatertencia nreedaria, tendo
mais etanta com ha defensati e segurança dellas que mim
outros respeitos.
X. A armada que mandastes fazer pera hacudir as
fazendas do jumco que veyo dar em Nansparsti pella
imformaçati que tiuestes de irem algtis covairos mulata.
res. dernandallo.haquella conta. fey muito acertada, e vos
encomendo que ennasoS semelhantes, procealaes sempre
de maneira que se comsigua ho que ...cederdes que
mais cOmuem a tudo. E: per carta de Doto Joati Ribei.
co Bispo de Mal.ca soube que.° jUnqo em que se em—
barcou oBispo .da China pera ha Dulia r de que me onere.
ceia que se imo-, sabia. parte, tornou arribar aquella for—
[alteza cora o mesmo temporal com que foy Iro outro a
Negapatati.
XI. Tine por bem aey.to mandardes os dotts gallities
somo me esereuestes ha fortaleza de. Malaca pera com
PS mais °aulas alarmada daquella fortaleza andarem em
guarda della, pois lie agora tantas vezes visitada da. Da.
nhean ;_e asy folguey, de saber que foy tam bem prouida
a fortaleza de Ceillati eomadizeis,,que he comforme ao
meato cuidado que de tudo•tendos. Emeornendouos que
tue aviseis do efeito que fezerati estes dons gdl/ior,S, por.
tine atm. imforado que nati foral; de nenhum has arma—
Che titte te .muros passados forni"; aquella fortalleza, e
qqe só seroirati capita3s dciii. trazerean muytas
ezderias a fretes nos meus gallio3sl custando tanta ha
kapercebiniento delire a minha fazenda; peito que voa ca..
*Concedo nu3 comsintaes se procurem estes proneitos em
Mychas acatadas, pois della, resulta ia~ dieCre4iN0 4.294.
84 aacmvo

estado, e se nat3 -comeegir ho bom efeito pera que se ar—


ma3. de que ho asno passado vos avisey.
XII. E tine contentamento de mandardes visitar por
Joaõ Banptista Engenheiro Mór as fortalezas do norte,
ese comsegir de sua 'ida fazerse tanta obra etail sare.
toda nas forte ficaço3a dellas como me -esereneie, e que
esperaes que se acabaraa com breaydade. E porque prim.
cipalmente se deu° procurar forteficarote ha fortalleza
de Damaris' por estar mais fraca, vos encernemdo que te-
mimes delia particular lembrança; esobre ha viagem da
Chins que pedem os moradores desta Cidade, espero nas
primeiras náos reposta volta para com -elle me resolner,
e lhes mamdar responder a iso como ouuer por tneu scr.
nitro. E tenho por cousa muito neeessraria liem a COM.
seruaça3 dese estado trabalhardes por unir os fiteis ve-
zinhos contra 110 Equebar, pera que lhe resimart, e se
atalhem os trabslhos que muytas vezes daa apodia for-
taleza de Damail. E vos encomendo <Int, nas material
desta ealidade tenhaes senpre aquella vigilancia que
COMO.",
XIII. Poy bem feito rnamdardes.com Dota Jorge de
Menezes Alferee Mór os soldados que me ' ,sereneis que

foral.;pera vigia e defensaõ da fortalleza de Mosambiquel


C tine descontentamento do desastre acontecido soa mo-
radores dellé qne os negros matara3 recolheadose irá
descuidados como me escrencis ;pello que vos enes-
rnéndo a vigillancia que he rezai/ que se tenha naquella
fortalleza, e en todas as mais: e ao Alferes Mór marndey
escreuer quanto importa a comsernaça3 .iaqualla for—
talleza, eque de tal maneira Proceda na guarda della
que lhe na3 aconteeiMI semelhantes desastroa nein ontro
algum. E pareeetiine triea serbiço manplarnos lembrar
quanto iaposta segurarse afilia do Comaro, pera que nel-
Ia na3 entrem turcos se em momos, de que posá reaül ,-
lar perjuizi, algum E vos encomendo vos irnformeirr -do
que será meu seruiço ordenarese nesta filio, pop:fite sou
imformado que se tira della morto gengibre, e pode
dar «troe proueiio..
PAUCICULO 3.* 85

XIV. E porque o descobrimento da Ilha de s.a LouS


terço tenho por cousa de muita ynportancia, e e« iin•
formado que fora8 emalados a•alla algas Padres da or-
dem de &ó' Domingos Pera ally começarem a plantas
posa santa Ice; eque eu tempo que guonernaua esc
estado Antonio Monis Barreto ha mandou descobrir por
brim Francisco Rodrigues Morndragão pella banda de
leste, vos encomendo que particularmente voe informemts
se aeprosegnio este descobrimento, a do fruito que na—
Inchas partes tem feito os Rellegioaoa de Sat3 Domingos;
eo que em ambas estas coutas °omitem fazerse, em rine
procedereis , como virdes que mais eomuem
•XV, Ordenarensae os moradores da pouoaçaô de Ma—
cio con gnouerno de Cantara e rnenistros della, corno o
tem as cidades dese estado. me parece que efetuem pc:ra
milhor se comseruarem ;e asy lho deueis aproam.. E por
que sobre as meterias de que me auisaes que se quei•
xs'è, eine eacreuestea por Perriaa de Aranda que veyo'
sor terra, tenho pronido -como volto esereuo por esta
Carta, eoutras que vos mandey escreuer nos annos pas-
sado, naô he necesario tornar, ollo a referir.
s' XVI. Recelir desprazer de na8 achardes despostoa os
mortfloree da cidade de Chaul no que toca ha alfande-
ga della; e porque tenho por iniformeçaô que será rnuyto
ioportante a rnynha fazenda ordenares,' esta alfandega
peito muito rendimento que delta resultará a eke estado,
wos encomendo vades daspondo as e.ollea3 que locar.»
torta mataria edema o lento e resguardo necesario com.
forme ào que vos mandey escreuer ho anos de cliente
•eao .que leuastes prlla segunda Instrucçaô mie
nas mendey !ar quando deste Reyno partistes. Escrita
era Lisboa a xxj de. Janeiro de It11)1,xxv e reis. E
sobre esta meteria da alfandega de Chaul vos manda-
rey eacreoer mais parlicularoteute'o que ouner meu
.e.nipo que della faceia
REV.
Miguel de Moura.
Per, o ViSoRey."Pera V. Mageatade ver. R. Tia,
66 sanniver r.RTOIGDZI,PRICIOTAL •

(No aoOresçr(pto)
Por EIRey—A DO Duarte de Meneses do seu Con-
selho do estado, e ema Visorey da India. 2.` sia.

(birro 3.'11. 122)

25.
Viso Rey, amigo, Eu Elliey vos PIXIII0 muito saudais
ror ser informado que as fazendas dos abiotestados, que
retal aplicados para as obras da Ser dessa cidade de
Doa se cal arrecadar'', eo Arcebispo por sua carta me
pede que em recompensa delas lhe foça merce doeres mil
cruzados es cada hum anno pagos na alfanulega deita
pera adita obra, vos encomendo que vos.Unformeie muy-
to particularmente da confia de dinheiro que se tens ar-
recadado peru as ditas obras, roque monta 1103 abin-
restados que estar, arrecadados depois que se aplicarali
PIra enes, e me aviseis. E ey por bem que daquy em
diante se recolhei; as ditas fazendas destes a.biurteetados
per vossa ordem, eodinheiro que se nelas fez», se te-
nha a todo bom recado sem se bulir nelle com fiança
sem sem elle, e o marndeis ente Reyno per letra de
pessoas abonadas pera se entregar ao tisoureiro dos des
forros aqne pertence eoniforrne ao que CO vasa nas Les
acodes dos abimtestados de Guiai.
• II. O Arcebispo,Dom Frey Vicente da Forneeea
esereueo nas nfros dos ermos 'receados que as Igreja,'
dessas partes estaaa2 rnuyto pobres e. Mobila necesidarle
de se prouer na fabrica delias, pedirndotne lhe mesadas»
apllicar peco ysso algftu renula, esuo os feytorce das
fortallezas desse estado fezessem selos ar despessas que
Ihe fosse mandado pelos Prellados eseus visitadome. E
posto que ho armo passado voe manuley eeereuer par.
Imularrnente fezeseie repairar estas igrejas, me lIaturfo
to.arnos de acuo ha encomendar que fazerndosse visi-
meof a coro a con,sideraça2 ene oomaeuo ,as lacere com.
prir, peru que as Igrejas descri Estado "jaú. lemb40,/ Iq•
/lavem-
M.e S.' S?

pairtdas epronirlas -do que doerem neeesidadc como


ire reetiS que seja11.
111. Sou iniformado que noa Capiralis das fortalezas
fiesse eetado, e minisiros da justiça deite á muyias des.
Ordens em demi° de minha fazenda, e em ninyin de
meus vaselos, e por ser meteria a que tenho ololigaçaís"
de mandar pMuer, posto gim em geral me escrenaes que
da ministros da justiça cumprem com sua obrigacati.
devia Cela Mel, erro iço mobilar tomar ¡milico'or lufar-
maçad de corno cada hum delias procede. Pelo que aba
encomendo 111,11,1fiS torno hto pessoa de efifianm,em
que comeorraT os partes que 011(1111e111 torne imforina.
InSs particulares por escrito dos ditos eapilalis, e Inibi,.
troa da i1191iÇ11 com 0 segredo que entenderdes que he
nemsario, pesa oque lhe dareis a ordem que vos pare-
cer,. quaes me emulareis peco nesta meteria maindar
prouer como ouner por meu serniço.
IV, Peito norvio rine ymporta aver a vegia neeaseerief
nas náos que ;itd' deste 12(`V(111 (I.I11/10 es1n0 á carga
na barra de Coellirn, mande; paliar pronisaii que de
voa emulou na armada do aIMO (10 ST. pera que os
[Melros eofficiaes desditas náii.as vegiasern as ji neseo bar.
ma corno na de • tereie vima. E pingisd liii
Veedia da fazenda Nicole° Petro me eserene que •
deveurlaT de vigiam, as !Mos, e poderá acontecer juff
esse respeito algum desastre imitas, vos -encoméndo mem:
deis guardar ema prouisaT MS inteiramente que per se
fluam cor, falte rota vegia
V. FM dito Veedor da fezemda coe receber gim leal
munerada hirta missa forte 110 peso da pimenta de
aaaal podia recair de fortalleze em rompe Me !Meei:i-
dade, de que vos tinheis mosfactift; emie eni
ordenara hirS narra peta recolhimento da pirmlnra. eMira
mmela fortallem quietar os bis vs vezirdlos que estue.°
diablos, por respeito do se poder ave? pimenta filme a«
bens. E porque urro zioè procedo em sua ribriguriaT erigi
Orle de meu sernIqu, vos encomendo que nefeeas obras
ho faaoreçami eajudeis pena me poder struir netas reme
88 onTuenne-oltsiseT.

eomuern, e ordeneis como elle possa pagar os materiaes


e achegas que marndou pera se começar a fortalleza
de Pane.. corno creo rine ho tereis feyto.
VI. E povque elle me pe te Iicomça pera se vir pena
este R,yno, peita boa imformaçaR que tenho de como
procede bem nas obrigaoé's de seu cargno, ouue per meu
serniço sospenderlha ; pelo que vos encordélo que cone
elle ceou tratamento tennare a Conta que he rezaõ, e se
doar ter com as pessoas que me beto recuem, e en leen ear•
gos. E pello coydado que tem de procurar pimenta pera
a carga das nãos, e despessa que fez nas yd. do Coibi-
rá e Couliad, ey por beta de lhe fazer merce de mil
cruzados per reta vez soomente, que lhe mandareis dar
do rendimento deter estado (a ).'
VII. Tombem me escre. Nicoláo Retina.). os Reis
de Coa:Iara trata., mal eavezeõ os cristads que residem
em rua terras, a que ocapitai) dOquela fortaleza nad pode
acudir por estar deneficada e cabia; e porque della re—
sulta tanto proueyto a minha fazenda por recaiu da pi.
menta que se nela faz, eCOla a fortificaçaa deita me
esereue áne se podem aproueitar duas legoas de terra
junto dele; que se podereii dar arte ehristaas da terra com
obrigaçad de prantarern amores de pimenta que podera8
dar doas mil bares, eaver muras comodidades e labutei.
tos,pera aquela cristamdade, vos encomendo que dem isto
á execusad nad avezado loconstlenientes que 1w inpidaa,
que por ora se me sob offerecern.
E asy fez lembrarraça que será meu seruiço
fazerernse fortallezas nos rios de Ssittgleer e de »teceloa

( ) A losergens esti esta


rerdo
=Eu setrode deste Capitulo oune já oVedar ela fazenda Np.
eollao Cetro Cueltyno os mil ern.ados que por este Capitulo Soe
Illaratade lhe ira meter, oqças no Feitor de Coehy Bradeis... ..
per nutodado feito a cciii de Julho de 88. E por lauto se pus
aqui C. >verba oje micte tulha de 88. (estivado)
de Varejan'.=
',armem, 3.* 95

de que resulte rnnyto rendimento a.minha fazernda pelas


l'e7,0tle8 que aponta, polo que voe encomendo que sobre
estas meterias ho ouça°, muno ya o deueis ter teve', e
~eia partilllitrulente IllifOrrnanall que me emulareis,
pesa com elle e vosso parecer vos mamdar escrever o-que
ey por meu seruiço que foques nonas.
IX. Sou invformede que Datnieti de Sutis, que seruiei
de feitor na cidade de Coabito e ficane serolindo de Juiz
drt alferndegm, della v neb procede bem no dito carguo,
elie rnuyto perjudicial asile asuinha fazenda, pelo que
ey por bem- -que tanto que esta, receberdes nab rima o
dito Damiab: de Sutis mais o dito °arguo,. e nab ymdo
deste Reyno pessoa- que- nye lagoa dê -entrar asile cru.
slide por minhe•proaisseb, tu prouereis era algum criado
meu de entidade e.partes mira isso necesareas; e vos
encomendo que trabalhei° por se nab prouerem estes ear•
for nem nenbils outros de minha fazerndeem pescas da
neçab, porque sempre me anercy por deseruido disto, avens.
do outros criados- meus que nese, partes me seroem em
que mylhor podem caber,
X. He de tanta ym pertencia a fortalleza d'Oenutz e
tab nee.esaria pesa suprimento das despessas desse listado
orendimento dalfamdega dela, que sempre será meu ser-
OIÇO teme muyta conta com ha defemssab eeomseruaçaZi.
desta fortahleza, na qual sou imformado que hos merca—
dores comeedemb hum por cento de todas as facetadas
que trazem aquela alfamdege, pesa com o rendimento
deite se poder trazer hfla urinaria naquele estreito com
que se segurassem as fazendas que nela -vens pagar di•
leitos;/, porque SOU imformado que comeste rendimen•
to ee traziab.. armadas duas galés que ertfd de.muyto e•
feyto pesa este yntento, e ora as -nab„ha,. recolhensilóse
permite este rendimento do hum por cento, soe encornem,
do muyto emcaresidaroente que deis ordem com que
sja estas duas .gaites pesa goarda e defenissab: dos
!maios eme natiegab fazendas peta aquela alfausdega, peta
gee o possab fazer com a•seguremça que °amuem, e vos
yrnfurmeis muito particularmente do que ympurta este
li
90 ARCrue0 POR,MME•ORILIZTAL

rendimento do hum por certo coem que se gasta aaõ


avemdo estas gallés que dantes avia, e do que noto fixem
des me avisareis. E porque Mudas dalbutinerqUe me
escreue que eraõ perdidas tres furtas com temporal que
lhe deu das que anulattaii naquele estreito sendo capi.
taõ delas hum Alvaro do Atrofiar, vos emeomendo que
façais reformar esta armada de tal maneira que massa
eornsegir ho effeyto pera que se fax.
XI. O prouedor e irm9os da Misericordia da cidade
de Goa me pediraõ lhe mamdasse fazer pagamento doe
mil pardáos de soldo que Itaõ daver per proulsotis era
cada hum anno, edos ornar pardáos que se lhe costuma
dar de esmola todas as sestas feiras do anno nos bm...
cor que se laimari na ribeira dessa cidade, e posto que os
anuas passados vos tenha emcornemdado lhe mamdeis
faxer pagamento destas esmolas, volto torno de nono ha
enemnentlar.E porque se queixaõ que os Padres da Conm
panhia fazem Mia coisa no meo da cidade, cern que lhe
empedem as esmolas com qué se sustentati os pobres que
se rediedeaõ por aquella cassa da Misericordia, matareis
este negocio com ho Provincial dos ditos Padres da
Companhia pera que naõ lhe sendo neeesaria se escume.
E de seflazer esta cassa se Inc emniou molhem queixar
ho Gostodio de Saõ Francisco, pelo que vos encomendo
que vejam seste negocio, e com satisfacaõ das partes torneis
resolimaõ nelle. Easy MO pedem que aya por bem que ás
°dal, do obrigaçaõ daquella cassa da Misericordia lhe la-
ça mores de algtias feitorias e escreuaninhas das fortale
zas desse estado casando com pessoas benerneritas; eposto
que estes carguos ey por bem que Be dom soomente pera
casamento daa °rifaria que vaõ deste Reynm ,hofereeendosse
toilaula casar 0.10..a orfrão. filha de criado meu que me
tenha servido nem, partes com pessoa beneMerile e de
°alidade, mo esereuereis pera COM LICee imformaçatil
parecer lhe mamdar por esse reepey10 fazer o merco
que ouuer por bem.
XII. O Licemceado Gaspar de Meneia° a que viaja.
dantes correr COM 85 doasses da pimenta me °serene°
ráricica. 3. 91

que no rio de Barcellor ha httu ylha da banda do Coquely


cercada dageu que remde dez mil pagodes ao S9ocar—
náo, Boto, senhor dela, e que cortamdolhe trinta passos
de terra de 113a ponta que vem ler a costa, se podia or-
denar hum forte nela !micto defenisauel com hfla alçam-
dega de muyto remdimento, alem de se poderem bater
peru minha facetada os dez mil pagodes que esta ilha ora
mude, e porque sobre esta meteria me C,Crelle tarnberll
o Veeilor da fazernda de Cochilo vos encomemdo que a
trateis e partiqueis com pessoas que ha bem entendaii,
e me crucieis lia informaça9 que disso tomardes com
entro parecer, pera vou mandar CSCV011eI o 1111C pau« por
bem.
XIII. O padre Costodio da Ordem cie 8a9 Franciscc
me emitiea dizer que os Padres da Companhia Nabo, agora
hum colegio em VaYpirn Coita junto ao de eme:gano', que
está debaixo de sua udminiarroçuO, eerre prejuizo dele; eu-
comendocos que tomada ha imformaça9 neceçarra eanuí.
das as partes os acomodeis de maneira que nau possa soer
deferença entre eles. E o mesmo padre Costmlio me pede
faça earnolla ao seu Comuento de lulas casinhas pequenas
que estai', ao pee do oco dormitorio omde diz que esia9 Inibi
'suem., pela imquietaçaõ que os Religiossos deprede
Comuento recebem da gente que aéllas cay, esenndo asy
*OITO diz de que vos itriformareis, ey par bem de lhes

Pare, esmolla das ditas cassaaas quaes podera9 meter


dentro da cerca do dito mosteiro, e na9 pertemcerndo a
Inyaha .facetada se pagaraõ á custa dela ha pesoa cujas
forem.
XIV. Por algeme cartas do anuo passado foi' imfor-
muda que truta das primcipacs causas porqun lia tanta
falta de pimenta no pá. de Cocbinc era por deuer El-
Rey ole Cochim omito dinheiro dela aos mercadores
que atrazem, e lha pagar com mercadorias em mayores
reços do que valem e p.to que escoar em se pagar aeq

Seca aros no pensa au tempo da entrega desta pimen-


ta, lhe manda tomar algum deste dinheiro na ponoaça3
de Cocliim de cima, e os obriga a vendérem esta pimen.'
92 AlteMVO CORVIOVEL•011(8NTAL

ta ás boyadas que a leue.5 pela terra dentro ;e porque


erra meteria he de tanta comsideraçai3 corno sabeis,. ea
que será meu Serklie0 acodirsse com o remcdío neresa•
rio, vos encomendo vos imfurrneis muyto particularmente
de conto ene Rey corre nella, e proeureiii como se traga
ao pezo toda a que se poder aver atalhamdo leuarse
pella terra dentro e do que sobre isto remirdes me aos.
@areis. Escrita em Liabutt a cuia de feuereiro de MD•
Lana esete.
REY
Miguel de Moura.
Para o Viso Rey.—Pera V. ólagestade ver.-1.' via.
(No sobrescrip(o)
Por Elltey—A Dó Duarte de Meneses do seu conse-
lho do Estado, e seu Viso Rey d. Ilidia. 4.' via
Livro 3.' fl.172 ;(a)

26.
VisoRey, amigo. Eu Elitcy vos emulo rpuyto saudar.
Receby vasas cartas de 13 de Dezembro de 85, e de
11 de Janeiro do sono panado, e uy o que nelas me es.
ereueis sobre a fortaleza que mandastes fundar em Pav
nane por Rity Gonçalves da Guinara, eordem e moddo
com que o fizestes, que be °cintem° á muita comfiança
que de vós tenho, e nali sendo aynda acabada, o que
erro que estará feito, vos encomendo que façaes yr non,
tinuando na obra deita até se acabar. E asy tine conter,.
sarnento da armada que ordenastes pecu o estreito de que
foy por capitai, trair O meanlo Ray Gonçalves, eOs ynten.
tos cum que a mandastes e esereuestes ao Xa Rey da
Pateia e ao Preste Joati que tudo mine por de muito rara
eeruiço; eespero que nes alas deste elmo me esmoi..
tal boas nonas dos sucésos deita que possa ter deter

(a) Na Nuea apay.. 83 amai...ire final dere ler-se—Duarte


Delgado de VarQ(lo.—
PASCICOLO 3.' 93
muito contentamento, e me pareceu deuervoa advertir
que pelas neeesidades que me recraveis que tem em es•
lado, epor todos as miras bons respeitos se &tient ar-
denar estar armadas com tanta eonsbleraçoó como con-
..m, eereo que precederá eempré cru sedas as toucas
que lanem ordenadas par vós.
R porque me esereueis que hum dos prineipaes
:yntentos que vos 10Cueraõ a umodar aquela armada ao
estreito foy pera fazerdes entender ao Xa Re!, da Per-
aia que amaudastes per quebrantar as forças que o Tur-
tynha naquelas partes, e arco que cornforroe aysto
tereis feita com ele todos os bons oficiou peca COIISCIttC-
, )0$ de sua amizade, ma parece° meu eeruiço continuar
conxo que lhe tenho escrito, e lhe mandar agora atritos
cartas na mesma comforenidade das passadas acreeen-
landa nelas odesprazer que tine de nal', chegara mim aseu
embaixador, corno ralo tenho mandado esereuer per orl-
1411 Custa COM qtte vay a copia da rainha peso o dito Rey

da Esteia, oro que lhe banem digo •qtranto-cantentamerlo


tiue•có as narras que me estreueis de ser desbaratado a
exercito doTurco pelas atue mapitaês oque N-atiaredal-
buquerque sue cenefica per asas canas ), e eneornen•
•douos que deIorlas as •que tiuerdes daquelas partes me
aviseis.
111. Fayboa -a ordem cores que procedestes com os
dons ',italianos que vou eu alua Manas dalbuquerque
-d'Ormuze o bom rratamento que lhe fizestes, e de es
mandardes pôr em imm pCSIO do estreito -do mar Roxo
moro -as cartas que letmovil para o Pmste, e de obrigas.
deu ao capitai) do nouie em que foraô que soubesse -das
:galés de filaria enorma sle COCC11110 estreito, e vos enco-
mendo que lenhaeu particular coydado de as procurardes
aempreslaquelas panes -e dos desenhos dos Turcos que ne-
l.hoi pesam:miraram a ysea yrdes -ordenando as pret.,
tora orcesareas imra atalitordes oque -sem alias poderia
soceder.
IV. Titia contentamento de me escreuerdes que se con•
'criem aacama att£ta fee alume delRey do Ormuz, .yrrnó
94 centavo hontruouszumentsb

de Rax Delamixa guazil daquelle reyno, e do bom' ali-


cio que com elle fizestes. Encomendouos seu «aparo e
casamento e que seya. com pessoa com que se consert—
os nesta sua conuersaè, econforme a°piela& que tiuerdes
de como está nas coasse da Ca, fazendo pesa este effeito
aeleicar, da pessoa com que vos parecer que será mais
meu emulou easardella.
V. E quanto a elRey d'Ormuz se lhe tiverem de dar
tutores como parecia ao Conde Dom Francisco Mascare•
abas gouernando esse estado ea Matiza dalbuquerque,
por entender por vossa carta que eis Capitado daquela
fortaleza tem muita jurdieati nele, ey por meu sereia°
que se lhe ima dem, e por mo vás assy escreuerdes ;e
vos encomendo que naa consintaes qan lhe seyaid (ci-
tou nhès agrauos, ese lhe tenha orespeito que he rezaè,
como solo tenho mandado escreuer pelas 'Mos do anuo
passado,
VI. E quanto ao que me dizeis que por achardes boa
enformaçart de Simaõ da Costa corretor mar d'Ormuz
que estaca sentindo naquela fortaleza de Veedor da fa-
zenda o prouestes de saperyntendente dela sem ordena.
do, nen-avendo por filen SCILIIÇO que seruisse de Vcr...:or
da fazenda por vos ter mandado per minhas ynstruças
que os sal aya nas fortalezas desse estado, o tenho por
betu feita pelas remais que are apontaes ;efolguei de ver
aad verte ucia que tersdsneatauuôaver Verdores da fazenda.
VII. E pois vos perece que a guazil d'Orrauz na?,
deue dar nhès pensaid a Rax Delamixa seu yrmaa do
ordenado de Juiz dalfaadegt daquela fortaleza sobre que
trazem demanda roa quanto se naa determina, vos en—
comendo que faeaee detrinainar esta causa com muita
breuidade, e se lhe guarde ynteiramante sua justiça.
VIII. Tiue contentamento, de entender per vossas Lar-
saro cuidada com que procurais saber acuras de &Mis*
das causas do Preste Josli, e me avisardes coma des-
baratam o Earnagaes aleuantado e'outro sapstait. lume
que resedia èsuas terras, e se cormerteraõ a nessa santa
fè os trezentos geniceros, eRemain' ásua obediencia teu
PotOtouflO 3.• 95

lho Inando escreuer quanto me alegrara& as boas nonas


que soube de suas vitorias, e vos encomendo- que otite-
deis como lhe seya dada minha caria„ e que sempre
me aviseis dar erma» daquelas partes que entendezdes
que eera meo sumiço ter delias enformacaõ.
IX 'Flue desprazer dC fugirem os quatro ymgrese« .que
lar escrencis que Metias dalbuquerque mandou d'Clz-
mu: presos a essa cidade de Goa em tempo do Conde
Dom Flnne/Seo I'llauCarenhas,e que se fora& per diferen-
tes partes, e'bineis enformaça& que doas deles grafi-met--
tos,. eos outros dous viuos. E porque eonuem enten-
desse a cansa de sua yda sessas partes, vos encorne',
lo que ISaballteis pelos aver a mal"-,ese teimai. ; a bois
recado, eque mandeis tirar devasa das pessoas que fo•
Ira& culpadas em sua fugida, e proeedaes contra eles, •
do que nisto fizerdes me avisareis.
X. E tenho por muito bem feito ordehardes de se for—
tificar o sitio de Mascate que vos tenho taõ encomenda-
do per minhas cartas e ynstrueçoes pelas eaUsaalgne
Pelas gos mandey apontar, eterei contentamento de me
esereuerdes se cata ya acabada reta foruficbetc5, se pelas
nfics deste anno.. o natititterdes feito, e.se beca nela per
Capita& Francisco ye lh o ,que mddizele que ',abem or.
deitado pesa esse effeito, e o tempo per que o prOueSles.
E folguei de saber como tinheís ordenado mandar ernn
João Gomes da Silva á fortaleza d'Ortnuz a caio e naMos
que me eacrelleis peca defensa8 dela. E poito que per
°eira carta minna.Vor, tenho .rnandado escreuer que ayã
naquela fortaleza a armada que coimem pesa seguran-
ça das fazeurlas que vaõ aela, volo mrno nouo a
«acometidas.

XL Tiue.par muito imm ,felte memlerilea s OtitlOâi« 0«


8. .« , e a Nunalgrez danzuguia nos doutt castos qiie fo-
oorn Outros dou« ils,jdade de -Coeldm ent
da.fatenda Nicole° Feiro Cochino pelo
,respeito que me escreueis de aeguianea da fortaleza de

Pule se consegir 'ta& bong «feito de.aun yda Como


me diteis aele me siniffica por suas cartas; ,e porque sem.
98 ARCIIIv0 PORSU0171.•ORIENT.L

pre sortirem lesse muita vigilancia nestas mar-Crias, valas


encomendo pera que prosigaes nelas conforme ao que
requere aemportancia
XII A eletcsfr que fizestes de Ruy Gentes da Grãa
em lugar de Dom Jeronimo blascarenhas pera assis—
tir com gente, na fortaleza de Pansne tlue por taõ bem
feita como espero de vós que as fareis em todas as causas
de tanta ynoportanclit em meu seruiço, ecomfio que pro—
cederia ta8 bem nisto como dele espero que o faça cum—
pre em -todas as cousas de que o emcarregardes.
XIII. P. outra curta minha vos mando escreuer como
ey por bem dar licença ao Licenciado Jortõ -de Faria
que seroe de Secretario desse estado pera se podre
vir pura este Reyno nas naos dhste nono pellas causas
que vos mandey declarar, pelo que cor encomendo que
dos gazalhaçlos que naa ditas náris se podem dar per
canta de mitaha fazenda lhe mandeis dar- gazalhado
conginiente pera sua pessoa e matalotagem.
XIV. EIRey Charnganate de Coulari -rne enojou dizer
por sua carta lhe mandasse pagar as dadinas ant.,
modas que lhe té ora naõ saí- ,pagas, e lhe enviasse titia
prouisaõ pera lhe serem pagos nalfandega de Coehim
quirrhentos cruzados que lhe erati <lenidos dás ditas da-
Duas até -oasno de 84, e que naquela fortaleza está em
costume recair dê lingos bit gentio seu vasalo, e que ser.
aio sempre nela e em Calecoulaó, e que hum Poro
Comeu pera quem me pedira lhe 6zese merco do dito
cargo nagoeta fortaleza seruia somente =mode, eaoutra
aruetade dera-o Veeder da fazenda Nicoláo Potro aoutra
pessoa; pedindome outtese por bem que o seroise todo
per ynteiro o dito Peno Gomez. E porque sou curem...
do que todas as raças -e dadivas que Os Reis da pimenta
tinhaó se tirara á
- ao tempo- que se. alertamou o preço
dele a rezaiide Xbiiy Santomés emeio o bar, vos eu.
comendo que muito particularmente vos enlbrniei.idesta
materia..pera com nossa Caformapaõ eparecer lhe mandar
re poradgr aela como outrer por bem. E parque osano

passado arequerimen. dos. Padres do Companhia fiz


rasem,. 3.' 97

merca a does christaõs daquelas partes dos officios de


lintgoas dos pesos de Conlaõ eCalecoulaó, sendo estes os
que pede este Rey, mandareis fazer coro ele °officio que
vos parecer Por via do Veedor da fazenda de Cochila
peraque se na3 escandalize comforme a neeesidade que
entenderdes que delis ha pera a carga da pimenta, e
escreuo a este Rey a carta que vereis pera lha enular-
dee ou sospenderdes como vos parecer mais meu seruiço.
XV. Manoel Pereira de Lacerda, Lionel de Brito Coa-
tirito, eJeronimo Carualho Fugaça me escreueraõ pelas
Idare do asno passado, e por nati serem capita'fs de for,
talesas nem tratarem em suas cartas de cousas parti,
cuiarm de meu SCrUiÇO, me pareceo que ato requeria3
reposta senada que merecem por sena seruiços nos re-
querimentos que tiverem. E tendo eles procedido de
maneira que vos pareça que lhe deueis dizer de minha
parte que me ey por bem seruido deles o fareis, tendo
nista o moddo que virdes que mais conuern.
XVI. Sou enformado que na fortaleza de Mataria se
yntrodusio de alg3s annos a esta parte daremse inanti.
mentos am soldados que nela residem alem de seus Sol-
dos ordinarios contra forma do Regimento da dita for-
taleza, e...0,1.os que vos enformeis da causa per
que se ora daõ, enat7 sendo tal que vos pareça que será
meu seruiço e necesario pera a defensaõ daquela for-
taleza darense estes mantimentos, se escusem peito
muito que de minha fazenda se despende neles. Escri-
ta em Lisboa a 13 de feuereiro de 1587.

REV.
Miguel de Maura.

Dera. Viso Rey da judia, via


(No sobrescripto)
Par EIRey—A Dom Duarte de Menesee do seu Come.
file du £stado, eseu Viso Rey da Judia. I.' via.
(Livro 3.' II. 202).
13
98 ARCIIIVO .PORT.. Z•ORIENSA

27.
Visorrey amigo: Eu EIRey vos emulo muito saudar.
Os Religiosos da: Ordem de Soneto Agostinho dessas
partes me imniarad dizer que por serem muito pobres
se nat.", podiad sostentar, pedindome lhes mandase fazer
algaa meter pera ajuda de sua sostentaçad; e porque
antes de lhes mandar respmnder aeste seu requerimen-
to me pareceu amo seruiço ter vota imformaçad, vos
emcomendo vos emformeis das casas que ha nesas partes
desta Ordem, e dos Padres que residem nelas, e se he
bastante o, prouimento que cada haa tem pera soa HOS-
temaça3, ese alem dele será necesario mandarlhe dar
algaa ordinaria ern cada hum ano per conta de minha
fazendo comforme as casas elugares em que estiuerem, e
o que had por comtadela, e porque prouisoès emandados:
iwormandonoa mitzosy do que tem de minas Ordens de
Sad Do.oingmfe Sad Francisco desas partes cadano pesa
sua sosteutaçad; ede tudo me emulareis muito particular
informaçad pera com ela e vosso parecer mandar nesta
meteria o que onuer por bem. E emtretanto prouereis de
minha fazemda esas casas de Soneto Agostinho confor-
me as suas necesidades, eao que vos parecer. Escrita
era Lisboa a ij de Março de MDLaszbij. E do que
lhe asi <lerdes conforme ao que vos por esta escreuo me
avisareis malhem.
REY.
Miguel de Moura.
Pera o Visorrey.—Pera Vossa Magestade ver-2.' via,
(No sobrescripto)
A Dom Duarte de Meneses do seu C.aselho do Es-
tado, e VisoRey das partes da India. 2.' via.
(Livro 3.* fl.278 A. )

28.
Vir .tey amiguo. Eu EIRey voe emuio lnuito saudar.
"AsciceLo 99

Mantley ver o Coturno pronincial que uesas partes se ce-


lebrou o atum de 85, etodos os Decretos dele; e posto
que minha tençaõ hè que se dê a soa deoida execoçart
em todo, o que for seruiço de nosso Senhor e men, e bem
dese estado, me pareceu que se deuia sobrestar nela em
alguma °ousas que aqui yrari apontadas até ver vossa etn•
formaçaa eparecer, peru que feitas todas as deligencias
necesarias pera se entender bem oque mais convem, man-
de oque for milhos pera tudo; e nesta coro formidade eu.
crer» tãobam ao Arcebispo: as qnses co safi as se.
.guintes,
li No Decreto 3. da Aticaa 2, em que se contem
que pelos ynconvenientes que ha em aver na cidade de•
Drama sinagogas de:yodeos, mesquitas, e tenplos de
mouros ejentios narã somente de estrangeiros, mas na.
turace,c outros menistroe da ydolatria,q.pe estes ienplos
e sinagogas se dettern derribar edistruir, priincipalmen-
te hum,que se edificou no meio da cidade yunto da for-
taleza,. ipareceome que no que toca aos mouros se nat.;
deus ymnonar cousa algfra do que ategora se usou, tient
vós o comsintaes; eque qanto ao mais pie se contem no
dito Decreto vos emformels do modo que nyeso se cor-
re ecorreo ategora com os ynfieis, e r'esidentes em Os-
mar, eo estado em, que estas coasses eettla, e se cot,.
vpm pronersse emulgüa delas, eem que forma, e de que
achardes me auysarms muy particularmente por vossas
cartas, ecoa vaso parecer.
III. Na 4." 5. - e2.• Decretos da mesma iscça2em que
as me pede mande proibir sob groses penas aos brame.
nes e outros ynfieis meus subditos ima ydefiquem em
seus remos comarcãos templos de ydolos que nesse estado
lhe foraã destruidos, nem os sostentem com o dinheiro
que ganhai, e que as ditos bramenes cai tragar. >os fios
que soes a trazer dependurados do ombro direyto ao
ombro esquerdo, eque ao menos oe tragado cobertos de
maneira que ris na8 veyea, e que se faça ley com gra-
us. penai que cai tomem a geutilidade os yaficiatoeus
100 ARMO° PORTU008.•01115NTAL

suditos que de sua lince vontade pedem o sacramento do


baptismo, e em quanto se ynetruem e ynsinaii na dou—
trina christaà tornai; a retroceder, e fazem alguàs seri•
manias: perecemme que antes de prouer no que se me
pede me deueis anisar do que vos parece que centrem
que nisto se faça, ese resultar.- yneonuenientes ao es-
tado de co eSeelltar o que co contem nos dytos Decretos.
Emeornendouos que assy o façaes, e net"; consintaes que
entretanto se faça nouidade
IV. E porque no Dicreto 10 da mesma Acça5 em que
se me pede mande proibir que se nati façaft em publico a•
serimonias que os yentios costurna5 fazer em seus casa.
mentos pelo escandalo que recebem os nouamente con-
vertidos: me parecer, que se deuia siso prouer; euni vos
emcomendo que peseis as prouisoés ne.sarias com as
penas que vos parecer por que defendaes que os gentios
nul façait estas serimonias em publico, mas fazendo..
eles em secreto lho podereis premetir, e naõ proceder
contra eles.

V. No Decreto 12 da mesma Acçaii em que se me pe.


de cometa aos prelados à execuça5 da ley que fez o
Senhor Rey Dom Sebastia5 meu sobrinho, que Deo•
tem, pesa se tomarem os filhos orfafis dos ynfieis até
ydade de 14 armes, a qual execuça5 está cometida aos
juizes dos orfedis: parecemne que lho nat.;deuia cone°.
Une; e podereis responder de minha parte que reguei.
cal aexecuçaià da dita ley ás minhas justiças, evós or-
denareis como elas asy o comprar/.
VI. Tãobem se me pede conafirmaça5 do Decreto 15
que defende que os yudeus and possa5 entrar nas for.
talezas nem cidadea desse estado; e que quando por
alguas causas lhe for necesario averem de entrar em
Cochina ou em outras, staii entrem em nim5 oassa saluo
a do prelado, ou do gouernador, na. alfandegaa, Relaçad,
eaudieneias publicas; e saí; me parece° que comuinha
ameu sernieo confirmar este Decreto, nem rós con.ia.
PASCICOLO 3.' 101

Mas que se dõ á execugadl. (a) Somente defendereis que


os Judeus naõ entrem nas fortalezas.
VII. Too-bem me parece que se nari deue executar o
Decreto 21 da mesma Acçaõ que trata dos infieis que
passaõ pelas cidades e fortalezas a mim sogeitas com
escr.,ou saibam ynfieis, e que se podem yr fazer mou-
ras; nem a lei que nesta conformidade diz o Decreto que
lie feita; nem aves nisso nouidade alguã fóra do que até qui
se costumou, até me vós ymformardes do que neste par-
ticular se faz com vosso parecer seca eu mandar o que
mais convem.
VIII. No Decreto 29 se contem que aos pupilos e
menores deyzaõ seus paes fazenda pesa sua sostentaçaõ,
eque se gasta nas diligencias que os yuizes dos orfaõs
sobre ysso fazem; eque eu mande prouer nisso; em-
, comendoUos que vos emformeis do que nisto passa, e
me aviseis num surto parecer pera mandar proúer COMO
COMVeM.

IX Na Acçaõ terceira no Decreto 8 se pede que ao


Arcebispo de Arrtgamale se dê hum companheiro Reli-
gioso de autorydade pelas causas ao dito Decreto decla-
radas, eparecemne que seria mais a pteposito demolhe
Mis Religiosos da Companhia de Yessu, ou os que boas
mente puder ser; e sobre ysso escreuo ao eetl Prouincial,
rasas estiem:amido deis a este negocio toda ayuda e
faltos para que aja effeito
X. No Decreto primeiro da Acçaõ 4J se trata do Sa-
mblado dos Clerigos pesa bom gouerno eclesiastico dese
Estado fundaõdose no Consilio Tridentino: encomendouos
muito que vos ynfoomeis muito particularmente, e me
auyseis do que vos parece.
XI. No Decreto 7: da Aeçaõ 5J Mar. se pede que
vós mandeis pôr preço ás mercadorias que vem de Mu.

(5) As pelastes que se seguem neste capitulo sai «criptas de


outra letra, evisivelmente depois de concluida aCarta. Donde se
solbe que bambe -grande debate 410e -conselhos. delitey sobre esta
meteria.

e
102 aacmVø pOiCrooln3Z•OanStursfl

laca, edoutras partes; como nab seja meteria do Coo.


sitio fareis nisto oque vos bem parecer, eque mais coe.
vem abom gouerno dese.estado.
XII. E no Decreto 8 da mesma Acçab se me pede
mande pronre nas muitas egraues yniustiças que os ca-
pitaas das fortalezas e viagens fazem ornas partes em
muyto deseruiço meu e dano do pouo ;eque mande
tirar <lisso devam com muyta diligencia, eporque este
particular me materpl de yuStiça que toca tanto ami.
alta obrigaçab, vos encomendo muito que prouejaes cito
como entemdeys que cansem, e me aniseis que pulas.
tipos sal as que os ditos capitabs das fortalezas evia-
gens fazem, econto vos parece que eu deus niso man,-
dar prauer.
XIII. Ni 2.• Decreto da Acçab a me pedem faça mem.
ce de mit cruzados pera ayuda da sustentáçaii.dos Sac..
dotes que administrbo os sacramentos em, algbas parra-
chias em que ha comgreguaçal1de christatis, e lutá ha
dizimas de que bastantemente se posaa sustentar, os
quaes hey por bem que por esta vez se dem dos rendi-
mentos desse estado pera coe efeito, que mandareys co.
tregar ao Arcebispo de Goa para ele os aplicar ou se.
partir pelos ministros das ditas parrochias que lhe pa-
recer que mays constam. Escrita em Lisboa acimqo da
Alarço de M. D. Lzszvij.
REy.
Miguel de Moura.
Pera oVisorrey.--Pera Vera Magestade ver.-2,'
No sobrescripto)
Por EIRey—A Dá Duarte de Meneses do seu Coa.
telho do estado, e eco Visorey da India. 2.' ria.
( Livro 3.' fl. 275 )

29.
Visorrey }migo. Eu EIRey coa emulo muito saudar.
A meteria da matricula dessas partes he htla das contas
PASCICULO 3.• 103

de mayor ymportancia delas, como sabeis e estaa de


todos entendida sem ategora se lh e ac abar :de dar o re-
tardio de que ha tantos sanou que se trata, eantes que
deste reino partiseis pratiquei esta meteria em conselho
sendo vós presente, ea troastes por ynstraccat3 (sobre
que tatibem depois vos esereny ) aque me respoimiestes,
com a vinda das naos do asno de 86 que hieis tratando
de reduzir a gente dermes dessas partes em ordem de
bandeiras, que he o que se .apontaue por milhor remcdio
de todos, asy pesa aaver prestes ecerta pena men semi.
80, como ocra se eultarem os :rendes ynconvenientes
da matricola em tanto perjuizo das conciencias de mui-
tos, eem tanto dano de minha fazenda; e porque nas
vias do sano passado me na6 escreueis sobre esta mete—
ria, nos ¢1100111.1d0 muito une o façam s'sempre, e espe•
,que nas sãos que hai1 de vir este asno me auiseis de
terdes feito nisto tudo o que vos mandey, que será hum
dos particulares seruiços que me podeis fazer, e de que
mais satisfaça6 econtentamento receberey.
Il. Per carta de Luis de Coes de -Lacerda, Prouedor
mós dos defuntos dessas partes, emtendi as cansas por-
que se sal arrecadaua6 suas fazendas omnfotme a obri-
guem, que ele tem de o fazer, de que yá vos terá dado
soam, enelas tereis prouido como convem a meu seruy-
ço ebem dos erdeiros dos defuntos pera lhe virem suas
fazendas aeste reino, como anu emformado que nas náos
do armo passado começara6 a vir ; e porque na mesma
carta se queixa que corremdo com adeligencia que lhe
mandey fazer sobre a recadaçaí3 da fazenda que ficou
do Conde datouguia, fora allleaçad0 por esse respeito na
ygreja de Saõ Paulo onde estaua ouuindo misa, de que
logo vos dera conta. vou emeornendo e màndei que me
escreustes o que nisto passa e prouestes, ecorno Os pro-
cedeo contra us culpados, em que cumpre se faca o que
ocasso merece com a demonstraça6 que ele pede.
III. Baltesar de Sousa Capita6 da fortaleza de Creu-
ganor se queixa que por aquela fortaleza estar mal pro-
tida de gente, moa/coas, outras coesas necesarias pesa
104 ARCRIVO PORSit0.2-01ZIENT4L

a defençaõ dela, lhe naO tem tanto respeito os Reys 'c-


ainhos como atequi titter.3, e he resaô que seja: em que
creu tereys prouido como conuem, e vos encomendo
que adi ofaçaes.
IV: O Bispo de Cochim me emitiou dizer que se lhe naô
goardattar, as prouisoôs que mandei passar pera lhe serem
pagos seus ordenados edos ministros daquelle Bispado na
renda do betes dessa cidade de Goa, eque lhos manda-
seis pagar nas rendas dalfandegua de Cochim; e pos•
to que me parece que «¡teto muyto rendimento que tem
poderao ser muito bem pagos, vos emeornendo que a—
vendo algua ynconveniente pera deixarem de o ser lhe
Moam conprir as prouisoôs que tem, etrabalheis como
sejatt taô bem pagos de seus ordenados como valo tenho
já mandada per minhas cartas eyostruçoôs que tonastes.
V. E porque sou ymformado que quando o gateatO da
carreira de ltlatuno vem daquela fortaleza com crauo que se
nela earregna, de que pertence aminha fazenda os terços e
elMgeis, se tomai; deles a mayor parte na fortaleza de An-
boiou com oecassiaõ de ser neeesareo odito atempem. pra.
',limem," dela, que se hende ao eapitaõe'ofieiaes da dita for-
taleza e do mesmo gualeaó^ por'preços muito baixos, em
que minha fazenda. recebe notauel perda, vos emeornendo
que trabalheis quanto eu vós for por tirar este abuso
tanto contra meu seruiço, dando ordem como aquela for-
taleza seja prouida a tenpo comveniente pera que de
todo asse esta ocassiati, que procura3 pera se aproueita•
rent deste mano, e venha todo a essa cidade de Goa,
omde sempre veio pera se nela recolherem os ditos ter.
cos. echoqeis que pertencem a minha ramada.
VI. E porque averei por cousa coup., util a ela coa«
trataremse .estes terços e choqels com os capitaos proni-
dos das viagens de Maluco, como sou ymformado que
algOas cesses se contrataraõ, com que se poderá atalhar
as desordens que atequt nisso mine, vos entcornendo
muito particularmente vos emformeis de pessoas de ex•
periencia nestas viagens, e pareeendonos que será meu
serttiço e proueito de minha fazenda fazerense os taes
IsASCICULO 3? 105

contratos, os façoes, e me aviseis do modo em que nisso


procederdes. Escrita em Lisboa a 6 de Março de 547.
REY.
:liguei de Moura.
Pera o Viso Rey.—Pera V. Magestade ver.-1? via .
(No sobrescriplo)
Por El Rey—I) Dom Doaria de Meneses do seu Con-
selho do Estado, eseu Visorrey da 4.' via.
(Livro 3." El. 154 )

30.
Viso Rey amigo. Eu EIRey vos Sucio milito saudar.
Sendo eu informado de algles escusas desses estados em
que eontoinha a meu seruiço que se promese pau a mol•
ta importancia de que má", vos quiz assisar delas por es-
te carta, porque ainda que tenlio por Tony certo, de vossa
prudencia, eda muita vigitanoia ecuidado com que pro-
cedei' em tudo o que toca a vossa obrigaçari, eao bom
gouerno e consernaça6 desse estaria, que tareis premido
nas usais delias ou em todas como vísseis que a necessi-
dade delias o pedia; naõ toe parecer, que deuia deixar
de valias enamore, pera que se doerdes já olado rerneolio
nas que o requeria:á, se vos acrecente o gasto que com
rena3 deiteis ter de terdes pronrenidas todas as informa-
çoen que se me podiam dar, cse por falta de voltas uai',
darem a vós, da por outros impgolionentos a nal Poentes
feita, pronejaes em tudo da melhor forma que vos for
P<""sittel, asma minfio de Vás que o fiareis sempr,
IE. Primeirameute soo informada que todas as fortale•
ias do norte estai) rnuy danificadas, e ema muito pouca
ou nenlifia vigia, egele isto procede dura oito descuido
enegligencia dos Capilairs delias que attendem mais a
agis tratos e mercadorias que ao que colmem a mei%
kfuigo, nem á conseruaçail do fortaleza de que tem [buli;
menagem, e que tom tiranizarem os mercadores que
1elas vem, e vedarem que rienhíiti pessoa trate nem ..tan
106 ARCITIVO PORTUPONS-0111ESTAL

negue suas mercadorias, sanar'," nas suas asas, ou des-


nato de almas carregadas, leuando enes os fretes dobra,-
doe, se empobrecem meus easealos, e as rainhas alfam
degas «adem manos, e as dos Int igos se vai acrecenran—
de a enriquecendo
, por se passar a allaso trata, fagindo
os mercadores PITOU!. P ..gpntio,. de vir aos mens portos.
por renal das acamais c nardas que recebem dos cará-
rano ; a que isto mesmo nas. em Matam, p com muito

mais deuessidan por estar mais


, Iongc de voa, mula .0
dano &qua sendo mayor; porque tudo o cpae escorre de

Maloca vay &ar no Achem nem Pôr, que soai amigos


sana qterjudiciaes canto adieta
III. E que ,de se prouerern as
, Capítanias de 13.airn
Datnan com a madeira procede uai, se podarem , fm

are 49 pudim de artinhasarmades senan muito amor, o


eme mor. difáculdades, Poutprandose a 'madeira aos

ParittflPli tina ditar fortalerme a R111110 maiores praças lo


que poderian valer, , se pfleouoôviumeem oo amam delas.
IV. E ,que 'contrista muito a meuserulea ordenarne btia
atinada de seis nanim auontmeirosPomaPouue ja era
outros .tempos, de que resultaram multo bons effeitm,

que em Mangalor e armei., e outros dugares vezichm


que dati arroz se ponha guarda de oyto pardos, que in.

uernem no disso Mangalor,,pera que em Agosto sayan ao


mar, e tomem
- a nanegaça$ aos cosestrios e Malaaares,

e que cora isto podia ser a armada do Malauar de menos


nauios, porque auendo as ditas <luas armadas ficaria ella
sèrnindo somente de impedir seargua das arrede Merina.
V. E que os Capitais mimes dasarmadasque se man•
daí; a Malaea o principal .maidada que rem de graugear
fretes pera a sua nao per taco do seu feitor, ,pr.urarolo

com as mercadores que mandem nella sua fazenda, e que


santo que etegan a Matam mandai buscar fazendas a
Pôr nos nauios damnada que sambem trazem de lá fre•

tes até Mata., onde retal martes até .a mniman de se Ice.


narem para a Judia coou freme que seu feitor
, grunge.;
.quandolsto na° basta, defende ...pitar., mor que nen.

:tx;a uso, tome, eargua a{e. a, sua nao ser carregada; e que

1
, 33C1001.0 /07

com estas desordens se una segue ha annos (miro algum


das armadas que se tnandaR a Mala., podendo esperare
delas muitos ebretts effectos em amace atamento daluella
fortaleza. perda dos froigos que tem tam
VI. E que-por oCol0Clei0 ,se ir passando dos meus por•
tos aos dos •imigos punas rezoRs acima dittas .tem- ermida
»tire Dahal. onde. sedar mereadorea estrangeiros que nane•
gm, cern cartazes; ealgas catrelloade Orm.; eque por ser
este porto moy tapas e moy aparelhado pera colheita de
imigooestrangeiros se deuia fazer nelle. hum forte em hum
monorine remia sobre a barrada banda do sul com coara-
ça.ure-o rio, coro que fique senhoreada a entrada della
VI t. E que por se ter ;mesada o tramo de Dia Chaul,
pont. o Niererealuco• franqueou as entradas e saides do
mar anassa de acrecectau.-eo direitoa da serr., e gne•es•
ta liberdade- chamou: alias fazendas,. se dettia isto-
remediai com se meadas que este comercio 93 torne a
tio como dantes sola ser, quandb natRae pbtlesse fazer al-
faudege eras, Challi que seria- o milhar de tudo,
VIII. E que por agora t.cr mutare fidalgos nessas par-
tss- %Me andaaerri,11.11 serniço, e• geererem 03 mancebos.
pobres ter;tanta aura edespesa corno os velhor e• ricos,
°maq. se indiuidat7 eempenhat7, e- de- que procedem
de.301,1.9 80m que se irnposibilitaa pera mem SerniCe;
Vo4 encomendo, malim que • prortejae. Musa sus rdgefi for.
ma conueniente. perre se dar- a isto remediot.e que o mes•
ano. façam. em todas as cousa, sobre mie nesta vos .-
..Ire E posto que pudera- apontreture em. alguns o que
me parecia, atue por milhoe dei zar tudo. em vossa pru—.
'}"niatt peeqisr vos as ;casernas-adere me,» podereis bana

ver 0, que se nellas- d.e. e pode fazer E do que em tudo-


me- parecer e nuerdès feitteine 1141i,31,1. particularmente
P.' ornas, cartas.. Escrnso cru. Madrid a. treze -dias do.
rne* de• Marco de mil quinuentoa eoitenta e. sete anum,.
REY.
P.a- o Viso. Rey da judia. 2. via.
(Livro 3.* 11.180
108 AF.CUIVO PORTUOUSZ-ORIENTÁL

31.
Visorrey amigo. Eu EIRey vos emulo muito cardar.
Antonio daranio de Carualho que o anuo passado veio
ilesas partes, eora torna pesa elas nas náos deste armo,
me apresentou has apontamentos largos sobre a ylha e
fortaleza de Cofiai", em que aponta aordem em que lhe
parece que será meu seruiço inerte guerra ao Rep. ',
e yrse despondo esta meteria de maneira que se posa
coniquistar aquela yilm; e lembra yontamente que será
de muita ynporiancia fazerse hum forte na ponta de Gots.
le da mesma ylha pela virem demandar todas as nrios
que vem de ljeinguala e das mais partes do sul; os
quaes apontamentos me pareceo meu emale° enviaras.
loa com as vias pesa que os veyaes e ouçaes sobre eles
ao dito Antonio daranyo, e depois de o verdes praticardes
com pessoas de esperiencia daquela fortaleza e com as
Triai que vos parecer se será bastante remedio oque diz
das oyto fustes com os t;Oeentod soldados, cosa que se a—
firma poderse faz." effeito que aponta; e aehamdo que
se pode emnseguir este yntento, dareis pesa isso aordem
que voo parecer. E sobre o forte ile que trata que se deu.
fazer .na ponta de Guete, taôbem vos enfortnareis, edo que
a chardes, e voe parecer mais meu scruiço too avisareys.
Escrita em Lisboa a xxj de Março de AL D. Lxxxvij.

O CARDEAL.

Miguel de Moura.

Fera o Visorrey. Pesa Vota Magestade ver-4.' via

( No sobrescripto)

Por EIRey.
A Dó' Duarte de Meneses do seu Conselho do estado,
e seu Vieorrey da Iludia. A.' via.

(Livro 2.' fl, 39)


PÁSGI.r. 3.• 109

32.
Visorey amigo. Eu EIRey vos envio muito saudar.
He de tanto ymeonueniente peta minha fenemda fase•
tem os Vysoreis desse estado merces em meu nome aos
Capitães mores e Capitnes das nonos que deste Reino ver,
pera essas partes assy do remdimento dele (aveludo tentas
cessas etal- ymportantes pera que Ite necesareo) tomo um
aluitres de que neste Reyno naf.) ayst) de pagar direitos, e
sal em tanto crecimento, que me pareceo mandamos eu.
acenes que naõ hey por meu seruiço que daqui em diante
vén nem vosos sucesores façaes nhtlas encenes aos Capitule
móres eCapita9s das néon como atéqui se fizeral, porque
qando eles chegarem a este Reyno eu mandarey co-
nhecer das readès .que cada hum tiuer quando as alega-
rem pera lhes mandar responder corno ouuer por bem;
pelo que vos emeomendo e mando que asai o competes
egoardeie inteiramente, e que foques registar esta minha
carta no principio do litro das merece, de que sem var.
go oEvc,etaeivs desse estado, e nos liuros dos contos dele
pera os Visorrey e gouernadores que vos sucederem sa-
berem como o assy tenho mandado. Escrita em Lisboa
avinte e hum de Janeiro de mil quinhentos oitenta e
oyto.
REY.
Miguel de Moura.

Peca oVisortey.—Pera Vossa AIagestade ver-2.' via.

(No sobrearriplo )

Por EIRey.
to A Dó- Duarte de- AI eneses tio seu Conselho d. E.'
do, e teu Visorrey da India-2.' via.

(Livro 1.* fl. 9)


21,0 ARCIIIVO.PORTIMITEZ•6111ENTAL

33.
Visorey amigo°. Eu EIRcyp vos envio Moho • saUdar.
8,ecebi as rosas cartas de dezembro, de tzth pelas nem,
Saothome e Noso Senhora do Corteciettá mie somente
chegarati aeste- reuno da armada em que o mesmo ann,v
foi por capitate mor Dom Jeronimo. Cantinho, e por
cilas entendi o estado em que •ficaood as coimes- de . .
ias partas, nas quaes espero, gale tereis daduo remedio
que 111Bia compitas com a emmidemead, modo, e doli•
gesicio que,a imporianda delas requeri% eutehho por
certo de mesa prodencio e duque tenho entendido da
vosso, bom procedimento,
II. Dae armadas que ou dona senos de 86. eSG furai];
peca essas partes, sonido de Cill.1110 asso. OAd8441, 1,00
cheigassiii a este reynn ,mais que doas els, dfilfhl tuim de,-
les,. eGOr00 a,,principall segurança desta •ingeddepois de
Deos está. era an naus partirem. serlude Cochirm, que be
oousa maito- entendida e •esperamenterla, eaver meyta
pimenta feita, de ii111.110, pera o,podurern• fazer, me pa-
receu por alma de' vos naa poder dizer nisto de soer
ÇOU.c. que .09 adi. seja presente tanto ,pelo que tendes
entendido de- minhas instanciais ecartas, como pelo que
a esperienda vos tem mostrado, encornendairnos que
deis peta isso de- vosso parte todo obom, aviamento como
sou certo que fazeis, etive. contentamento do que déstes
ás mios, do armada, do mormo Doca, Jeronimo, e que
assy oramos sempre, e mandeis, que as nassa venlmii
iam berre apercebidas como. Comilona peca. es' poderem
defendes dos msairos que- as. corneterem;• e porque naii
inporta menos ó, segurança da viagem, das mesmas nado,
naii virem sobre .cdregadas eornforme ao' Regimento que
sobre ysso• br feito,. que uai , mal se cumpro ,ma em•
comendo que muito de preposito troteis de p, fazer
ynteirameate goardar, porque yndo que- iStO, e o que to•
ca á eirrega da pimenta pertença particularmente ao
Verdor da fazenda de Coehimi todsuia semdo estas
causas, tab.'principado, ao meu •Visorey pertencem mais.
rasurem. 3.* 111

direitamente pera lhas eu encomendar, e lhe der o agro.


deciturnto, e ele me dar conte delas,
III. E quanto .0 que 'une cumeneis que hilamt de
cartaz do Sernorirn arribara aa manada do yen. do
aturo ,le 86 a fortaleza de .C.uhro,com malta eantideele
de pierrum e geurgilare, e coe as pereoes que hisr& nela
recebera& bom tratamento de Capitai. daquela fortaleza,
e do Verdor da ihnead. Nicole. Piore Cochino., posto
que treino ;rol ,boaa feito. nmadurdeslhes emtreger as
mercadorias-ql. minha& -ner lucerna naart, eo130.1 modo
'que cons.. asasse° déle litlevar3 ramas ,
oftelaes, pederasse
escusar dosselbe milhem a pimenta, que fora Militor per
todas . rias recai herse pera a carregas das noa., pois
lie de °renque apincrenta desta sano se auin lesar ao
-estreito de Niequa,. -que he em lauto per¡trim da -que
vau oeste Reyna ede meu EforaliO0, alem da reputaça6
que nisso se perdeipelo gale vOe edleanlendo •qua 441
Casos sculelkatIleSae and faca mais entrevia da pilo..
ta que as ta. n.o. -trouxerem, ese tome por perdida,
pada .que ,por alguns bota respeitos me ayalli de .entre-
gar as outras mercadorias como ee agora-Ice nesta nári,
porque pimenta sempre denc ficar eceituada,
IV Sobre &demanda que ikyres PrrIca3 lesmo= 1)6
Manoel de Somes sobre «pr.. '1.mi-entrar logo safar.
'tolera dn,iDée do que esa prouido,que -esperar ade Ço-
lai s,deque lhe lin hafeito merce, vos mandeyescreuer o
acme pesado -o que aula por meu rertrico que -fiasses
eorn Dora M.el' pelas eezo6s <lacrou cross.eartee me
apontastes de,paill ter ae partes que emmiinhe (medalhe.
roleta; eaele rembeni • mandey escrete- 1- que -se Mielsae
venceste reyno, como urso que virá nas Imana que re
Kl...3 este aninoceque kytme Polca& derrie acabar de ser-
i. os IT. »non por inteiro -na mesma ildrettleza de DM
pera .6 entrar na de Çlirfata; e porque-antes 4e cfragaTela
na novos eis que me eserevesteseorno ficaua sernitde'errr
Dio tinha pá tirado a patente de f,Islale, fila rnandereya
pedir caso/nue/eis; elenido aligeire regitros'nesat pertence
orali neles Verba, cotou cfi'at rnandlit'plifeeste' Reytfec
112 ARCAIVO TORTUGUEO-ORIBP .TAL

V. Per vossa carta soube como era falecido o Licen-


ciado Paulo Affonso, que deste Reyno foi prouidh com
o earego de °unidos Geral do crime desas pautes, ecomo
prouestes nele o Doutor Duarte Delguado; eporque nas
11Ó09 do asso pas.do v08 mandey escrencr corno aula
por meu seruiço que ele ficasse seruindo de Secretario
desse estado por mandar licença ao Licenciado Joaõ de
Faria pera se vir pela este reyno nas mesmas naaos, e
vos nomeey os letrados que auya por meu seruiço que
seruisem os oficlos dounideres do crime e eiuel, e asey
de Juiz dos feitos da Coroa efazenda, como o tereys yá
posto em efeito, escuso tornaruolo a mandar referir nesta.
VI. Tiue por bete feito ooficio que fizestes com o Li-
cenciado Francisco de Frias sobre se embarcar pesa este
reyno, eo modo com que procedestes nesta meteria com
EIRey de Cochim, que lie edmforrne ao que vos man-
dei escreuer pelas vias do anuo de 86; e a náo em que
sou emformado que se ele embarcou nal chegou judo a
este reyno, e se entende que envernarya em Moçambique;
mas sendo casso que tornasse áYudia, ou que nela se
nal embarcasse o dito Francisco de Frias, e está ynda
nesas partes, a que Creu TIOÚ será, o fareM embarcar aca-
tas DEMOS pelo 1110da0 que TitleSTES na TOMO sus OMbOT-
OOTOZi. E emcomendouos que no que saca ao oficio de
Juiz dalfandegua dê Cochim emais cargos dela gardeis
o que vos tenho mandado °serene, o mesmo asno.
VII. Tine contentarnento de saber com quanto cuidado
folgues as primor as Ygrcias desse estado de ornamerrs
tos e111319 COO,as OcCOSOTeaS paz ser cessa tanto de mi-
nha obrigaçaii,'e de que comuem teme áempre muito par-
lenbrança, e assy vos cmcomendo que a tenham,
daqui em diante, eque a recadaçal das remdas das ter•
ras de Bardes, de que o Arcebispo dessa Cidade e me-
nistros das Ygreias dela haó' dever pagamento de seus
ordenados, vá correndo como atégora correraõ sem siso se
fazer nhila mudança. E folgei de saber o bom tratamento
que fizeste. aos Sacerdotes que deste reynh foral o anuo
FASCIcULO 3.' 113

de 86, como lie rezai; que o tapes sempre aos que proce-
derem comforrne a suas obrigaço6s.
VIII. Tenho por de muito serniço de Deos e meu
modo em que se procedeu com o Arcebispo damgamale,
quando veyo ao Sinotido de Goa, e de lar enniendado
em sigla abortos corados naquela Crisiandade da Sea-
ra, eassy de marntlardes acodir és afrontas que EIRey
de Paru fez ão Ygreias dela, e aos Padres da Compa•
alija de Jesn, que naquelas partes residem, e vos eme.,
mend,r que trabalheis por sc de todo queilar eqoele Cris.
saudade ' ese pfir em efeito o Siminario daniganiale pelo
lartylo (mito que espero que com ele se faça nesta Creu-

IX. E quanto aos presentes que se mandai, aesse es•


tado ese arrecadaua6 pelos Padres ela Companhia de
Jessu, pelos quase Peruai. ; Teles de Meneses eeindo go.
uernader lhes deu dons mil pardóos cada zune, e por
se queixarem a min que valiaii mais os ditos presentes
que adita contia, vos mandei esereuer fias nasces de 86 que
lhos fixeseis tomar pesa eles os arrecadarem como &mies;
e que naii ~lesem mais de minha fazenda os ditos
deus mil perdões ; eOra me eseretséis que lho tendes
dito, de que se este mostrarei; conteniee ' tendesse queixa.
do de fic arem enganados nos doas mil perdões, pelo que
vos rnandey que se lhe tornasem os presentes; ey por
bem que nesta maresia se proceda comforme ao que vos :
tenho escrito omeamo anuo, ese naf." faça nela uldia outra
mudança.
X. Re de tanta ynportancia a esse estado aver nele
muita °entidade de cobre da China, assy pera se poder
correr com as fundiçoiis da artelharia °coesasco como
pesa se bater moeda na ribeira de Cria peva pagamento
deis oficiaes que nela trabalhei,- em Minhas armadas, de
que se segue tento preireito ele minha fazenda eomo te•
reys entendido, que es todos os ermos posados VOS inun-
dei eseteuer que fizeseis contraion deste cobre con, pese
soas que se obrigaseni -ao trazer, e trunalharrein «lua
'' er ..floms que viesem da China two.esen1 tecia casa.
15
114 ARCIIIVO PORTUGUE2-081E,SAL

tidade dele que bastasse pera pagamento dos direitos que


descaem em rainhas alfaudegas das fazendas que trou-
xesern daquelas partes pera sambem por esta vya se po•
der aver mais cobre, pelo que vos encomendo que tra-
balheis per todos os modos posimis com que se traga
.todo raque puder ser, e por se efetuar o comtrato que me
«crescia que fazieis com Antonio, Caldeira que Janal-
urez Soares Veedor da fazenda e alMis Religiosos ym-
pidiraõ pelas rezo'« que apontaes ent vasa carta, que «A'
saü bastantes pera se deixar de fazer este «rumam, todos
os ennos. E quanto aos 12 quintaes de cobre que pe.
dem os Padres da Companhia pesa poderem trazer da
China cada anuo por tempo de dez assou forros de direy•
tos, nari hey por meu seruiço de lhes conceder, nem de dar-
des liçença a nhila perca que o possa Iam« em moeda •
por sua conta na mesma ribeira nem fóra dela aynds.
que «jaó- Religiosos, pois me «meneia que saõ tantas as
Imensidades desse estado a que minha fazenda naü pode
aeodir, que sempre será mais commnyente rer ela os pro-
ueitos desta moeda, que corncedereusse ás parte,
XI. E assy hei por escusado corneeder aos ditos Pa—
dres da Companhia que andai. ;na Serra entre os cristaõe
de Santhome o acreeenramento que pedem de se« or-
denados, e que por ora se dessem opuserdes com os qui-
nhentos cruzados que me escreuers que lhe déstes em
meu nome; e ey por bera que tendo ao diante neeesid«
de, os proueyaes no • modo que deus ser, e corno vos
parecer mais meu seruiço.
XII. E quanto ao que os ditos Padres me requerera:ó"
sobre lhes mandar pagar todas as merece 2 esmolas quP
nesse estado tem de minha (azoada nus fóroS que pay
gaõ á mesma fazenda das «doas e mays propriedades
que tem nessas partes, me pareceu na« seruiço uai"; lhes
mandar responder até naõ ver adelivencia que me «me-
neys que tendes mandada fazer pelo Juiz doe feitos so—
bre este particular. que espero me enuieys nas prmerras
naaos, peta com ela rne resoluer nisto como °atter por
bem.
rasercuto 115

XIII. E posto que os anuns passados vos acreui que


leria contentamento de entregardes a superentendencia
eadroinistraçaõ do capital de Goa aos Padres da Com-
panhia de jessu, vendo ora por vossa carta as rezoès que
lineraõ pera o naõ aceitarem, e o bom modo em que
nele procedem o Prouedor e Dr.as da Misericordia
da mesma cidade, a que o tendes entreguee hey por
bera que eles corrait com administraçaõ do dito espiral,
I
e vos emoomendo tenteies sempre muito prestiCular cuida-
do dele. pois he e principal remedio dos soldados po-
I

bres que adoecem nesses partes, e que trabalheis que as


eleiçolls dos Prouedore.s seja& em pessoas taes gimes
comum pera boa administraçaõ dó mesmo capital, e
das rnays obras que concorrem naquela cassa da Mire-
ficordia.
XIV. Ide de tanta ymivortancia a fortaleza de Mala-
qua pera a edmsertiaçaõ desse estado que sempre será
necesario teme malta conta com ela, edespeeial• agora
que EIRey de Jor me tem declarado por yrniguo estando
taõ vessinho e coa tanto poder como me esereneis ' e
que ee pode arrecear tanto ou mais que o Ganhem, efol
muito acertado mandardes aquela fortaleza Dom Antonio
de Noronha com os trezentos echnquceetta soldados em
dons galeões e quatro nassa pera av ajuntarem á mais
armada que amdaua naquelas partes; eespero goe pelas
naos deste sano me esereuaes que foi este socorro de
vamo efeito que nove reasit possa eitidar que na& poda-
ra este Rey de Joe lesar adiarem os Mentos com que
pretende ympedir a naudganaõ do estreito de Cineapura,
eque naõ venhhit áquela fortaleza as u.os ejuncos com
as drogas emercadorias que a ela sempre ivieralt pagar
seus direitos; e sou ernformado que os obrigue a presa
com estas mercadorias a Iras alfandegua que tem feita
na fortaleza de Jon peki que voa emcomendo tenhaes
muita particular cuidado de atalhar a Jato esmo a eali.
dade ea emporeancia deste materys requere, trazendo
sempre naquela forcados& aarruada neeesarea pera podes-
reprimir essy cite imigo como ao Daehem; -e-que avaii-
116 ArtemV0 PORTOS...M.4Tsfl

deis aela o engenheiro Joaõ Banhista pesa que vessite


a fortificaeâo que Se está fazendo naquela fortaleza, e
deixe ordenado o que ao diante nela se ouuer de fazer,
e me avisareys do estado em que a achar o dito Joaõ
Dentista com relaçaõ e traça do que nesta fortaleza es.
liuer feito e se ouuer ymda de fazer.
XV. Foi bem feito mandardes a armada em que foi
Antonio de Sousa Godinho por eapitaõ mór aeegurar
o comercio que tem meus vasalos nas partes de Bem.
gala e Pegú, e pera lançar delas as gualás do Daehem
que m,e escreueysque o pretendem; e espero que nas unos
deste anuo me esereuaes o bom efeito que esta armada
fez naquelas partes; e emcomendonon que se uai,- ti—
uerdes youla mandada a EIRey do Pegú a carta que
lhe mandei escreuer, o. façaes logo confirmando com sua
alnizade pelo muito que ymporta á conseruaçaõ da for-
taleza de Malaca, eá cmietaçaõ desse estado ter este
Rey .por arniguo.
XVI. Tive desprazer das diferenças que me escreueis
que o Alferes mór tiuera ema Nuno Velho Pereira de-
pois de lhe entregar a posse da fortaleza de Moçam-
bique de que foi eapitaõ sobre materyas de'retençoõs de
fazemdas e dinheiro, a que se naô pode dar boa des.
culpa, ecom pessoa a que ele foi soceder na capita.
aia em que está. E posto que ene eSerelleiS que che-
gou ò negocio ase pôr em justiça com escandolo e qei.
zas do mesmo Nono Velho sobre que se quisera vir peta
este Reyno etinheis tomado nisso hem meio com que
fiesua mala quieto, vos encomendo e mando que VOS em-
formeis muy particularmente do modo em que este ca-
so procedeo, e façaes fazer justiça aquem atine, muy
inteiramente, e me escreuaes o que sobre ele tluerdes
feito.
XVII. E foi muito acertado mandardes aquela fortale-
za soldados e mantimentos, e preuenirdes o Alferes mór
das nonas que tiuestes de yrem as gualés de Meça á
costa de Melinde peru estar taõ apercebido corno com-
nem aquela fortaleza, eem especial semdo agora aquela
ssecrcuLo 3,' 117

costa vysitada de Turcos. Elelgel de saber que Mentia


Afonso de Melo que me escrepeys que mandastes a ela
com bua armada lesou ordem pera saber ocomo estaua
aquela fortaleza e se tinha algas necesidade da meu
ma armada:
XVIII. No que toca a alfamdegua que vos parece
que seta meu serniço fazer. em Chau) sobre que tara.
bem me escreuestes nas náos do anuo de 80, me foral
apresentadas alguãs rezoás assy por'parte daquela cida-
de remo por enformaçoás que mandey tomar; pelo que
me pareceu ma.ndaruos escreuer nas vias do armo loas.
ando que deixaria tudo a voes prudencia pera que nes-
ta materya fizeseis oque vises que mais comuinha ao
emule° de Deos emeu, gardando justiça ás partes, por-
que semdouos tudo presente poderieis milhor ver o. que
se nisto leais fazer, o que de nono vos torno c emeo_
mendar,p ácercara daquela cidade mando escreuer acar-
ta que vay com estas vyas pera lha dardes on sospen-
derdes comforme aremluçaô que tomardes neste negocio.
XIX. Tire contentaMento de saber per vossas cartas o
bom modo em que se procede nas fortificaçoe's das for-
talezas <lesse estado por ser Ousa que tento ymporta á
reputaçaõ ecomseruaçaá dele, e vos ,encomendõ que te-
nhaes tal particular cuidado delas gomo a emportancia
desta meteria o pede. I ãas traças e relaçaô que me es-
ereueys que are emulou o engenheiro mór com as vias
do armo passado pega as mandar ver, me naõ foral da-
das; pelo que deuem vir sempre as traças erelaçoás das
fortalezas sobre que me escreuerdee com as mesmas car-
tas, epor tantas quantas forem as vias, pera vos mandar
esereuer oque ouuer por bete que se faça naS materyas
delas; eassy as deuaseas que tirardes, por nal virem nes-
te ato alguds que me eãoreuestes que mandastes tirar
de algas oficiata desse estado.
XX. He de tanta obrigaçaá serem bem pagos os sol—
dados qu e roo ueruom ouu arm ados desse estado que
"rapae me aversy por bem aeruido de se lhe pagarem
115 AacRIVOIMRIMOVIWORIENTAL

seus soldas, e •primeipalmente ads que metlimão nas


mesmas armadas e ...oiço; a risse mattentalnerito de Mn
escreuerdes que qando se reeelhem moldes cuidado de
lhes mandar pagar hum quelstél, e de ae acomodardec
pera poderem passar oymuerno, o que será: ida rratrytta
efeito peca se acharem análl faltarem .no atessolsocc,, -e'vas
encomenda que assy procedaes isempre atila eles, enous
ibelheis poios yr yntroduniado e .beauleyras, nomes aole
tenha mandado pelas /ostrueM's que Meastes, e .peles
cartas que iros mandey esoreUeraentataM ~adem
XXI. Do cuidado e deligemia que gerados em pro-
curar salitre pesa enojardes a este Reyna, casto-vaio ,te.
alio mandado per remaras cartas e bmerrtmaii-s., irecebi
muyto contentamento,e vos encomendo muyto entoem
cidarnente que em todos os amos masuleys soda oque
.puder ser passando por todas as dinooldadm que -armee
pela necesidade que dele Impera natalina somadas; eum
duas aios Santlarque e CorneMeaa Acate arme Web veie
nhure, ea nau Saó, Lourença em que .meeseverreys que
mandaueis algam salitre, noa passou de •Moçalbique,
cotno ya tereis sabido..
XXII. Sempre averey•por meta seruiço nalf manem,-
tirdes que desse estado venha chila peseespor, terra see
cai aquelas que vós enojardes comi castas vossa., ea
vyerem por via do eapiaailid'Ormea, pelas sersen's que Mo
vossas castas me apontoes, e voe .comonseado ,que asM
procedaes daqui em diante nesta mateuyar einmeeidai
do corra que precuraes tes espias nes pauses de que coros
sem terdes avisos couta voto tenho tento encomendado.
XXIII. E por que pelas viae,dommode 86.ors mandey
escreuer o moda casque avya por semita, de,Doomes meai
que se procédèsse nas maieryae de comaerailay nos mese-
meado que assy a fames comprir, ema emars qtaaeeMela
tratarem era que MatalaUa que .MaratieSe. O !machismo, D6.
Frei Vicente da Fornseequa, hey por bens que mista
sempre o Arcebispo de Goa que, agora, lqa e - ao diante
for, ou a Bispo de Cocrtim guando governar a per/tiara
deGuea.
lamento 2.• 11R

XXIV. Foy ranho acercado esereuerdee ao capitai, de


Celled sobre Dora Joufi Rey daquela ylha, que. este
recolhido na fortaleza de Columbo, querer casar com
bOa ,nolher natural da ficamo ylqa, pera que odeixar.
ao fazer nisto o que lhe parecese por obrigaçaii de soa
comeiencia,quedm ournforine ao que aos rnandey escre-
ter asa am.a armada de Sfi.
XXV. E.COPerentSe ou fidalgoa e toldados que muda?,
nems partes de me seruirem ;me armadas e roais cou-
sas de que os euearregaes Ire inaterya de que muito
ene desaprouue, e que requete darselhe o remedio que
emolir., e casfigaremsso os que mieto forem deaohedia
cal. ao meu Viaorey; pelo qUe voe er,Mefid0 eman-
do que contra os que mai; quiserem recair nas armadas e
meia coo.uo de que os encarregardes procedaes como
rirdes lfie emalem ate lhe tirardes as mercas que ti-
terem de myni comforme a ealidade dos cause de desobe-
dieamapera anã poderem varar alassem especial e nom',
meroe minha, de que mandei passar aprouisaõ que vay
ue st. ,Ya., que. mandareis publicar arem eidade de
Goa, e nas mais fortalezaa desse estado pera a iodes ear
/manto COMO assy o ey por mera aerqiço.
XXVI. E poma que por minhas psouisods e regime».
le‘dm ...dado que aliam fidalgo nem soldado que
eeroir urre, partes Be ned venha pera esta Reyno
acm lieenaa nimbam, do meu V,yeorrey, por fer por em-
forinaqaS que em lodos os canos se Vem innytos eent
sus entcOMendo ia mando ruir, comennaes que
se emharque perecere Reypo nhua Berrou sern eia, pot

1̀1-3. ,°indo Be,» licença se fiai,


- herle. tratar te eei,der—
Rec., poeto que tenha «Mie% e 05 ey ole tornar aman-
fierana a eram parter sem ele; e particUlarinenta
md duseys aos fidalgos de que por ouso ealidadee e ce-
priencle ar puder presumir que podem solar noweada0
nua anoeseds,.08 quaea es riaS poderali embarcar pesa ta-
'e Rayno sem especial licença minha.
XXVII. E quanto ao que rne esereueys aches coaria.
lar prieeipalmante opoder, «edito, repgtaçiiii, eestacar.
120 ACCUMO POCTUGUSZ•ODIENTAL

sapal desse estado nas armadas •e.continuaçaõ de an-


darem no mar pelas rezoõs que apontaes, me parece bem
o discurso que nesta meter,a fazeis, mas como senas
partes ha tantas nossas aque acodir, sempre será necesa-
rio tratarsse primeiro de comseruar o ganhado que de
procurar nonas ymprezas atento que a'guerra ofemsiva
tem nmytos yneomuenientes. como se sim na armada em
que mandastes por capital mor Ruy Gonçaluez da Ca-
mata 80 Estreite, que alem de sal ter 08 bons efeitos e
socesos que se esperauaõ, naõ SCYOM mais esta lar; grau.
de e ymfrutuosa de spesa que de espertar os Turcos, e
perderemse tantos fidalgos esoldados com tal pouca ad-
uertencia na ylha de Quelo, com tanto discredito desse
estado; e Be esta armada se empregira na ympreza de
Ceilaõ me da fortaleza de Yor, nodosa ser que os sitiem:
pelo que vos encomende emando que sal emprendaes
estas armadas renal em coutas forçadas, ou quando ca-
lona mandar, temdo cuidado ,de sue auisardes das que
Vo8 pareCet que será Mn SerUiÇO faseretnsse, e as C811•

sas que pera isso ouner com as comsideraçoõs ediscur•


aos que nelas fizerdes.
XXVIII. Tenho por acertado sal aver mays contos
nesse estado que Cranganor, Damaô; e Passas pelas es.
zela que em tesas enfias apontaes, ehey por beta que
naõ aja outros; e que destes somente se'rase.
XXIX. Nas vias do anuo passado vos mandey escre.
ser que por ser de pesco efeito e muyta despessa yrern
9s Visorreys desse estado visitai as fortalezas do norte
se dessia escusar, e folguei de me escreuerdes este as-
na esmo colo assy parece, que aposso, e de nono VOS soe.
DO aerncomendar que se esetise esta despes», pois ha

tantas cousas senas partes aque he necesareo acodirse


e para que se dene poupar o rendimento dei». Escrita
em Lisboa a xxj de Yaneiro de M. D. INxxviij.

Miguel de Moura.
Para oVisorrey.—Pera V.Magestade ve•r-2.• eia.
1•SCLCULO

(No sobrescriplo)
Por EIRey.
A Dom Duarte de Meneses da seu Conselho do estado>
e seu Visorrey. da Imdia, 2. via.
(Livro 3.• 8.255 ;

34.
Vissorrey amigo. Eu EIRev vos enuin muito saudar.
Os vereadores emais offteiae; da Camara da Cidade
de O« se rue enojarei, queixar que os serafins de pra-
ta que os Viscureys pensados mandareti lautas na moeda
da mesma cidade, eeorrem nela por cinquo tangas cada
hum naõ tendo mais de prata que tres e m ee, e tont e
saca de liga; que era em notauel dano dos moradores
daquela cidade por ser ocasiati de os mercadores gentios
deixarem de trazer mercadorias aela, etraserem antes a
moeda que corre entre elles por na sarratagern dela ga-
nharem acorenta eacincoenta por cerato, peta qual cate-
sa estaua aquele pneu desbaratado e minhas alfandegas
com pouco rendimento, pelo que vos erncomendo
que pratiqueis esta meteria cora letrados eperene que a
bem entendat3, e»entendo com e/les que estes sarar.ae
deuem valer somente oque tem de prata, odeis logo ft
execuçaõ naõ consentindo que se botem, mei , cfutl 11 8.
nem 8.11, ria, e net) vos concordando nisto me avisareis
pera mandar prouer neste caso. como vir que he meu
serviço ebem de meus ensaios, como voto ja mandei es-
erener nas vias do anno de 95 de que naõ tine repost•
vosa, e folgarei de saber oque nisto entaõ fizestes ou
deixastes de fazer, eas causas que peso Isso more.
II. Teobent se queisaõ de aves nesses' partes muita gen-
te da naçait, que he ocasiaõ de se aleuantarem os preços
das drogas emercadorias delas, pedindeme que a man-
do eis pera este Reino, eporque sobre esta materia vos
tenho mandado escretter pelas vias dos asnos passados,
vos encomendo que deis áexecuçaõ oque por ellas vos te-
16
122 Allente0 PORTUOMM-ORMNTAL

nho mandado, fazendo embarcar todas as pessoas da naçad


que forem deste Reyno sem minha licença, easy os que
nessas partes forem perjudicyaes ao meti seruiço, ebetn
da repubrica, eIrar', sey o que nesta materia tendes feito
'Mis me uai', escreueis sobre cila sendo da ymportancia
qu'e sabeis.
III. Sadrne feitas muitas queixas dos capita - és das
fortalezas desse estado tomarem pera sy todas ao merca-
dorias que a elas vad, enad poderem meus vassales que
nessas partes rne seroem terem neutraa cousa delas se-
rrar, por mal dos feitores dos mesmos capitaês, que te
semjussiça muito grande, ea que deuo mandar dar o es.
medi° neoesario; e posto que nas vias dos anoso passa-
dos tos tenho mandado que façaes fazer justiça ás pescas
a que os capitar, fazem agramos e ympedem seus tra.
tos, epor respeito de sena interesses fazem particulares
a sy os comercias das fortalezas dese estado, sal se po.
detido aproueitar deles os moradores delas que as ajudar,
a defender, solo torno de muro a emeomendar, eque nas
residencias que se tomarem aos capitans se pergunte
particularmente por este caso, e aehandosc comprendi-
dos nele, mandareis proceder contra eles corno for jus-
tiça; e no Duro do Regimento da Relacaé- fareis quan—
do fordes a ela registar perante vos este capitulo, easi-
narciso registo dele, pera que se saiba em todo o tempo
como ars), otenho mandado.
IV. E porque sou enformado que nesse estado ha
solutos alrussos e gastos excecitnas nos fidalgos esolde.
-dos que nele me seroem asy nos trajes de soas pessoas
pomo nos homens de f/O e pagem que de poses tempo .
a esta parte castuman trazer consigo, que fie seasiad de
fazerem grandes gastos e se ynditridarens, e de pedirem
aos Viseorrels merece pera elles; pelo que vos escumes-
do,e mando que unteis de dardes remédio a estas sobe ai-
goe emendai:, os fidalgos esoldados que nessas
Wien .me Sernem que Zé Se salmoderarem erestriat-
Xércrn n99 gentes eobejos de qUe .m.a, ne• Iheaati aveia
de fazer nfnia merca édf meti norrkj h rey vês mando ea.
numes., 3.• 123

presamente que lha m3 Iberas; e talibem entender/ de


ver, que quando me pedirem despacho por .seus-seruiços,
e»legarem terem neles gastado muito, ey de mandar par-
ticularmente tomar enformaçar; eymquerir se foral', .cul •
pulos neste casso cujo reoledio tenho por tal ymportante
que uai,' eey se apula com oque sobre ysso vos digo nes-
te .1i-imito volta acabo de declarar somo ',Misses.
V. Os Procuradores dos Mesteres da chiada de eOttliirlr
me pedirei,' por sua oarra lhe mandasse guardrár seus
privilegias, edar, ordem á fortificaçafi daquella cidade, e
boa prouiSad nos mantimentos que • .a ella vem, e. sobre
aconfirmaeari de hum, aluará de priuilegia. concorri%
aos macabicos daquela cidade, elhe mando responder
que amulad.a,,vás; encomendouos que os ouçaes elhe fa-
oacs justiça ereami nas ornas» em, que conforme a ela
•03, poderdes resolueri e sobre 119-01.1ita9- me- esereuereis
oque ,aohardes- cora, vosso parecer,.
VI Tios descontentamento- de saber que os. capiia3s
da fortalezade • Mallaqa.fasem. muitas avexaçoêlasoeme as
vassalas desse estado, e. principalinente aos- remedares
da cidade-de. Coabita que' a ela sal mim suas- mercado-
rias, naddhasdeixando vender, nem. comprar as que sem•
aquela fortaleza, etomandolhas per seus feitores em, tara •
preços edo tal, masseira que •flèaZ.L. iia-ando• os- proneitos
de sua., Caseadas; e',estaque em gerahvos. tenho enco-
mendado que mia. consintams fereremse semjustieas a
mem- voseies, pelos- capitelis des,fertalems dessa estado,
valo torno• a...entendas ,de acuo, e-que partieuihrmente-
o.procureis naquela fortalesa, .peraque.na3. venha mais -
esta qauiva.a miou, pois tolhera resulta desta ,desordem
eserujustiea aves, muitas- quebras au rendimento, de mi-
nha. adandegas..
VIL Dom, Jorge. de., Meneses- .Alferes- Mar- me conte.
ZadritlIZai.ap us.toqq
,pa u.e.etiou
he:g.
t%d .
eli
ra
oLes, - Tzeo
,;., oa
ida
e.en;

hum .baluarte J1.0 ylhea, de Santo Antonio com que fica..


".YMPedindo..«. de.emliarcaea3 que tem aquela ylha
2." ."butra parte-da tortaleaa onde as. clama 0. Ifingo, e
154 sacarroeMertrenzz-eateaver,

com que a meema ylha fossa agora segura dos avreeeos


que attlgora tineraõ os moradores dela de poder eer co•
metida por aquela parte ;eque dera acapitania daquele
baluarte a Peru de Soara Camelo cassado e morador na-
quela fortaleza, pedindotne que lhe quisesse laCer dela
merco em sua vida ; e antes de lhe aprouar este baluarte
que diz que fletira fazendo, nem lhe defferir ao particular
da capitania que dele me pede pesa Peco de Sonos, me
pareceu ticum; ter primeiro vossa enformacaõ; poli, que
vos encomendo vos enformeis se he de tanto efeito este
baluarte como parece 80 Alferes mós, e se 9E09 meu 8E9.
oiço acabares eterse nelle capital egente necessaria peca
eua defensaii, e acendo de ser, se tem Peru de Possa as
partes que C01111C10 pesa lhe fazgr merce da capitania dele,
de que me avissarcie.
V VIII. E asy sou enformado que no Rio de enema
fica rfio doas fortes ou feitorias do tempo em que Francisco
Barreto andou na conquista das minas de Manatnotapa,
nas gime:, se prouem alguàs pesoas, e porque será meu
eeruiço enzenderse o de que seroem estas feitorias, e
se se deuem de perpetuar ou naõ, porque se sal yntrodu-
za cousa que depois se aya de deixar, vos encomendo
que vos enformeie disto, e me escreuaes tudo muyto parti-
cularmente com vosso parecer.
IX. E porque sou enformado que as ocasioõs de que
cacem nae terem bons sucesos minhas armadas nessas
partes eprincipalmente as do anuo de 86 sa6 protterense 015
nanios delias de capitula moços chegados de nom, deste
Reino sem uhila expiriencia nem pratica da ordem mi-
litar, e naõ terem obedtencia aos seus capitaês móres, e
os soldados a naõ terem taõbern a seus capitaõe, eeus.
rerein os fidalgos que me sentem nesse estado com tas
escoriooe gastos que empregaõ nisto todas as merces que
lhe fazeis ent meu nome ,e o 111818 que podem asse,
de que vem faltarem aos soldados o tacos eabrigo que nas
t9e8 pessoas se eusturnatut achar 1109 tempos passados, pet
cujo respeito EC tiraõ de meu seruiço a se espalhai', per
Bemgala, Pegú, eoutras pwtespode osa fazem obus Ocos,
Fascicut.0 3.• 125

sus encomendo que em todas estas eousas deis ocomedi.,


que cilas pedem ehe necesario pera se conseguirem em
minhas armadas tal bons effeitos como per todas as vias se
de,ne procurar, e sobre tido dermis ter muita aduertencia
mit atalhardes os muitos ynsultos e marres á treiçaõ que
sou enformado que ha nesse estado, e principalmente na
cidade de Goa (onde naõ ouuera aver nhilas )causadas
por faltar ocastigo que por ellas se douta dar com tanto
rigor como estes casses amereeem e pedem, enaõ per.
doõs que facilmente haõ dos me. Vissorreys tanto con-
tra oseruiço de Ocos emeu; pelo que vos encomendo
que em todas estas causas tenhaes a consideraçaõ que
conuem ehe tanto de vossa obrigaçaõ para se castigarem
eemendarem todas estse desordens esemjustiças, porque
se 'Sai, podem esperar bons sucessos darmadas onde se
embarcai; ornecidoa emalfeitores perdoados de corres oro
que avia dever exemplares castigos, que Ocos tem cui-
dado de dar quando na terra se sol cumpre com esta
obrigaçaõ tal deuida.
X. lie tal necesario tal se deixar perder nhõt ren-
dimento desse estado pera se poder acodir ás necessida-
des delle, que posto que os annos passados vos tenha man-
dado escrever que descia ordena corno se arrècadasern os
terços do criam que vem de Maluqo áfortaleza de lia-
loque por pertencerem a minha fazenda, e se pagileln
Sempre nela (o que de algas annos aesta parte se deixa
de fazer ja sou enformado que se a,aroueitar, delire os
capitaõe e Veedores da fazenda daquelas part., ine pa-
reces meu sentiço tornaruolo de nono aencomoodar Peru
o fazerdes pôr em arrecsdaçaõ, eporque nas embarca-
çoa's dos Jáos edoutras pessoas estrarngeiras que vem
ler aquela fortaleza com mantimentos vem muito credo
de que talhem pertenen oterços minha fazenda, que ar-
recadaadosse delira poderia ser ocassiáo de se escan-
dalizarem e naõ tornarem mais aella edm os m"ei ' ner.-
tos de que tanta necesidade tem, fareys dar ordem como
nos prima em que se avaliarem as drogas que trouxe-.
126 •RCIIIYO Pbier001...01RIENTAL

com se fique cobrando parte da vallia'ded -terços qae


crer,' obrigados pagar.
XI. A cidade de Cananor me umndou apresentarpor
sua carta as neeesidades da fortificaçail daquela fortale-
za por estar aberta por ocultar partes, easy e faltkque
tem de gente e mohiçoGs eMais CO.. acossarias para a
deffensaa dellai, e posto que nas vias dos ermos passa-
dos vos tenha encomendado que mandeis reuaírar esta
fortaleza pela enfoarnaçaa quefir. de estar muito dini-
ficada, cola torno de nono a encomendar., emie tenhaes
particular cuidado. de lhe matador acodir e. prouer. no que
virdes que conuem para segurança della-
XIL ElAey das ' Ilhauu se queixa per bati ,
, carta que me
cscreueo dos moradores da cidade de Cochim lhe naG
terem, o respeito desista, e porque sou emformado, que
procede com alguas mocidades eyoquietaçoGs, que será
per ventura ocasiail de. nata terem coei elle acouta que
he reaaii, vos encomendo que nisto mandeys das areme-.
dio neceaari. de tal. maneira que se naa possa &queixar,
e o advier.v. das mocidades que tiaa mira proceder
em, tudo conforme asua obrigaçail.. E sobre suaapreten•
çoGs. lhe mandey escrever osono passado. este que.volas
apresente pera com vossa enformaçaa eparecer Ihe• man,
dar. respondena citas como- ouuer por meu seruiç.
XIJ1. Dom, Pelipe príncipe de Camba me escreueo.
palas- mios doentio passado sobre osue pretende ary
em, rhmandar, pfir naquele. Reyna com,. gente e armada
necesarea, conto de huãs duas- ylhas-junto a Mananque
Fadei, em- tudo- oremeto avos pura soque toca, as-ylbas
vos.enformardeada valia erendimento diluis, ede- mima
aepusue,. eme avisardes cora, a etifirmaçaG, que- delas
tiuerdes. e. vosso. parecer. equanio.a. licença que. me. pá„-
depera, vir a este Reyna ima ey por meu seruiço-crinc,
der.lha, nern,vos cornsentireis quevenha, forno, colhi yá
mandey escreuer pelas naus do. asno- parindo que o ti.,
seis asy com elle como «int ás pessbas.'deeta.candade.
XIV: AlguIs cidades e fidalgos desSah partes me es-
creueraG o.anno‹ passado. que naõ titurdi -réposta de kaas
PASCJC91,0 3.* 12';

cartas, de que me espantey porque a todos mando les-


ponder quando rzie esereuem, e mandando agora fazer.
mesa diligencia se achou ysto no registo das cartas que
que fita: e porque todas as cartas vaõ nas vias deregi•
das ao meu Viseorrey como sempre se custamos e lie
rezaõ que sela, pesa depois de ele ver as que lhe esereuo
mandar dar as mais ás pessoas peru quem va3, me pare-
ceu mandaruos acirrar do que nisto passa peru dardes
tal ordem no dar das ditas cartas que vos possaes eer.
tificar disso e escreuerdesme de corno se dem&i Escrita
em Lisboa a xxbiij* de Janeiro de mil beIzzxblij •
REY.
Miguel de Moura.
Peca o Viso Rey.--Pera V. Magestade ver.-1.' via.
(No sobrescriplo)
l'or EIRey.
põ Duarte de Meneses do seu Conselho do Es-
tado, e seu Visorrey da India-3.' via. (sio)
(Livro 3.' fl. 308-2.• via Livro dito fl. 312 )

;35.
Carta d'EIRcy ao VisoRey de 5 de Fevereiro de 1598,
escrita em Lisboa.
VAI& Ioda corroi,ca e desfeita pela Uma,
, ,1 uacto geral, que era. na frente da Carta, combinado cens
a,guns extra.. á margem dos CapitAiOs ai-se que continha :a-
anime :
CepitOlo 1. Sobre as 110U» da Perna.

Capitulo 11. Sobre o naja, eouqursta de Ceilari.


Capitul o ID. Sobre o que pede EIRey de Ceila3 peru
Joa3 Correa, Torne ti,. SOUSA, d'Arronebes, einformaes3
para se entriar ao Reino, e para odito Rey de Coila3.
Capitula IV. Sobre o que Joall.Correa diz que tem gastada
na fortaleza de Ccilaó, e pagamento disse, que lhe

J'nlnin as obras pera serooreare ao Reino, e prouirnena,


128 sseutvo PORTUGUEZ-OXIENTÁL

to da dita fortaleza, eos salarios dobrados de que se


queixad os moradores, e viagem qhe pedem pera a
China, tudo com enformaça6 para o Reino.
Capitulo V. Sobre ocobre da China, e licenças pera ba-
ter moeda, eenformaça6 de tudo pera oReino.
Capitulo VI. Sobre oGovernador Manoel de Sousa. (a)
Capitulo VII. Sobre Santopá, eoutros gentios; enforma.
ça6 pera o Reino, e pera se chamarem.
Capitulo VIII. Sobre oprovimento de Caranganor, emais
fortalezas.
Capitulo IX. Sobre &Camara de Goa, ehomem queque.
rem mandar ao Reyno.
Capitulo X. Sobre o- hum por cento de Goa, eque se
mande enformaçari ao Reino do estado da fortificaça6.
Capitulo XI. Sobre a Casa nova dos Padres da Com•
panhia.
Capitulo XII. Sobre EIRey de °mus, guazil &.
(No sobrescripto )
Por EIRey.
A 1),"; Duarte de Meneses do seu Conselho do Esta-
do, e sen Visorrey da India-2.• via.
(Livro 3.'11. 267 )
36.
EU EIRey faço saber a vós meu Viso Rey e Gooer-
nador das partes da Judia que ora sois e ao diante for.
dez ..... ....meu seruiço que me a
isso manem; ey por bem e mando que daqui em diante
os capita6s, mercadores, equaesquer outras pessoas que

(a) Assim diz no extracto geral que precede •cama, eámar-


gem do capitulo diz=Ensommida ao Senhor Couernudor=
Sendo porem acarta da data gim lhe assignamos, que ainda esta
perfeitamente legivel, esendo dirigida ao Visolt.ey D. Duarte de
Meneees,naS faça duvide ehamar-se no estremo Gouernador aMa-
noel de Soma Couttnho, que succedeo aDom Duarte em Maio des.
te asno, porque era de feito Governador quando acarta foi recebida.
3.• 129

trouxerem ou mandarem trazer por nas santa fazendas


da China seiefli.obrigados a 11,20r tants cambiado de en•
bre quanta bastar pera poderem pagar eia minhas alfan•
destas no mesmo cobre todos os direitos que nelas dene—
reM das ditas fazendas, eem,/ mando aos meus oiliciaes
aque nconhecimento pertencer que os ditos direitos se
cal recchali nar ditas alfandegas senam no dito cobra,
qual re carreguará ein.receita ao thesoureiro da cida-
de de Goa pera se atirar enr moeda .na ribeira delia na
mudo e maneiea que se sempre fez, t.nandit•se por
nom , mandado a parte que dello for necesrarea gemas.
fundiçoitr <Ia artelhariat e o dinheiro que se fizer no cor
bre que si, lattrar se carregará outros,: os receita ao di-
to thesoureiro conforme ao que respiMder cada quintal
feito em moeda. E ontrosi ey por bento tios mandoqua
nata deis licença a nenlm1 pe.oa de qualquer gnalida—
de econdiçar, que teia pera que possa lanrar nesm, par-
tes moeda de sabre nem de nababo, e que toda aque se
ladrar mia per minta de minha fazenda. 11 tendo
pessoas licença, minhas ou uosras pera poderem tu.
Ur.' algum cobre seu em moeda sospendereir a effeitn
das dbar licenças atee me anisardes disro conforme ao
que nereis per ininhas cinta., eeu inandar o que can,
por bern que se faça sobre as ices licenças. Noteficonolo
assi e nos mando que na forma que se neste contem
façaes eomprir eguardar inteiramente, o quoal se reOas
xará na casa dos contos dessas parles, enos untos rias
alfandeguas dessa Cidade e Cochim, e se publicará nos
19guarer publicos delia, e fixará o treslado (telho autHen-
lie? nas portas das ditas alfandegas pera a todos ser nd-
torto. 11 ey mie bem que valha como se fosse carta tias.
caiba pela Chancellaria sem embargo do segunde, Urro
lttelo vinte gim o contrario dispoil. Jeronieno de Barras
a,kz . en, Lisboa a... de fenereiro de mil e quinhentos
oitenta e oito. Diogo Velho ofez escreuer.
REY.
Miguel de Moura.
fl
130 AIIC11100 ,,POICTU.62,0i116>iial.

Sobre o cobre. Pera V. M. ver. 4. • eia.

( Livro 1 • 12)

37.
VisoRey amigo. Eu Elliey rios enuio muito saudar.
Em outra rasto coe iicrean que parecendo a todos arg
ensinais fidalgos, a que o eomunicardes em conselho, que
a fortaleza de l'anene se uai-3' <lese largar, que suspenda.,
a fabrica da obra della,
. e or.e aaiseis emulando.. os
pareceres dor ditos
- fidalgos assinados por elos per vias.
k: porque podoria ser de in.e.uenicate rol ze ordenar que
o que crtirber 3á feito na dita obra da fortaleza ezbé de.
(encave!, vos quis °serene, por esta que eni coso que
nsy pareça que a dita fortaleza se cal deus largar, moo.
deis correr coro o repairo de faxina que for orcessario
pera ficar com defensa
. sem se lhe fazer nenhutt obra de
peai% ecal, até eu nos escreuer o que niso bourier por

mis meu «mieis. Escrita em Madrid a 22 de fvuereiro


de 510.
REY,

Pera o Viso Rey da Tedia, 2. • via

No sobrescripto)
Pai

A bom Duarte de Meneses do sen Conselho do Em

tad°, e VisoRey da Judia.


(Livro 2.' 11 43)

38.
Visorrey arniguo. Eu EIRey vos emulo muito saudar.
Pelas ovas do autuo passado eureinderyeis a minha ri,
soluçai,' sobre a emiveza do Daebern, e vos mandar este
anuo o que de qua fosso neeessareo peta se ela eonse—
e ynda que naõ ouuera esta taxi ynportante marerya

bamlaua o estado em que me apresentaes que as tal as mays


causas si“as partes marro mandar logo praxes com mays

geai., 'lá",e. aionipoés das que costumai', yr cada uno,


osscieuno

rues 11 armada com que o anno passado roy ás Ilhas o


Marque. de Santa Cruz, que Dr. perdoo, por gerai
dela, eaoutra már armada que se fica acabaildo da aper-
ceber peru que sall yuntos grande numero de nauyos de
Iodas as surtes etanta gente. muniçoIis, e prercehus de .
guerra como sabereys com acheguada destas naus, dum.
Caiena tanto emsy tudo, que ria5 foi por abam çasso
nel (posto que nisso muyto se trabalhem yreo, mota riste
as enrique /imos desta urinada, e nein pera :Maluca ge-
ne nau que se pudesse aperceber, f1,4, que agora aná
pode ser será, querendo nosso Senhor coam derem pari
ysso lugar as coligas de cá gol: ma de Mato se.] serniço,
tad uninersaes, e de 100 grande.yinportancia a Crismada-
de, e ao bemm geral e particular de todos meus Iteynos e
senhorios que foi neeesariu e- forçado darili, por agor&
a preesdencia, posto que as <lesas partcu me scjaii tal.
presentes que az anteponho a. mity.tas outras como lie se.
zaõ que seja eo eu desejo pelas militas que peai, yisso ha.
B porque podereis ter feito alguIs prenençoen, pelo que
vos tenho mandado escreuer nas vyas de aano pasgado
sobre esta materya do Dachem, ficaraili serunalii pera as
emmas que estari inanidas nesse estado acuiiiiido primei-
ro ás que tiuerem mais neeesidade e podem correr perigo
na tardança, como saii as da costa de Molinde, e deirtey
de Ver, eCailaS, sobre que vos esereuo. por outras cartas,
o pera estas taes necesidades e mil presentes mandcy que
se vos enauiasem nestas naos cem mil cruzados em dinheiro
minados acanbio por se nen'. poderem porem. aves doam.
...eyre, eynda que aeste proposito vos pudera tratar lar-
guaniente dogue tenho entemdido das rondavdessas partes,
eque poindome eta bm,a arrecadaçai, e naiase fazendo de-
las despesas escusarl ac se poderya suprir sadia melhor do
que com estas desordens he fazersse, nem e.0.,1
remira quis que por ora ympodisem inandarseuao este di-
"eim, de que tombeM, q.. ha grande nceesidade, mas
YMatamente Vos emearrego e mondo expresameute pek
pubeearta particular que piar nhúm casso que seja se dia,
P'''ada Coesa algua acme thatterils fere ~as taJ•vr.
132 111CIAIVO POIrl'UOU.Z.ORIENTAL

gentes nesesidades per. que o mando, e assy o goar•


d ' eentupireis pronisamente eme escrevereys par-
ticularmente o que nir.ao fizerdea emoyandome com voe-
aso cartas háa folha bern declarada doseou.. aque apli-
ques este dinheiro equanto a cada hun e porque modo.
Escrita em Lisboa a:dl.] de fencreiro de NI. D. lexxxviij.
REY.
áliguel de Moura.
Pera o Viso Rey. 2.' via.
(No ,olorescripto)
Por EiRey.
A DO Duarte de Meneses do seu conselho do Estado,
e seu VisoRey da India-2. via.
(Livro 3.* fl. 239)

39.
ViseRey amigo. Eu EIRey vos emuio muito saudar.
Por Elliey de Cochint 5C queixar de lhe nnosee guarda-
do o primeiro contrato que fez 'obre o escrito da alfen-
dega daquela cidade com o Conde Dom Francisco Mas-
earenhas lhe mandei escreuer o que vereys pela copia
da carta que yra vou vyaa deste anuo; e porque faz estes
queixas com polearas yndecentes, e se entende do era
procedimento que tudo resulta em artificio pera suas pre-
Áençoáa, vos mando que deis ordena como este Rey ema
prueerla em seus requerimentos nesta forma, e omandeis
array vinificar a Bento Ferreira seu secretario (a quem
já deveis ter dado o despacho que pera ele vos moa.
dey) pera que entenda EIRey que se se desafiar dogue
cumpre a meu seruiço e quietacará desse estado nas'ma-
terias que com elle tratardes r mandarey entender ao
esmerilo delas como for meu serniçol e eu escreuo a
EiRey de Coabito o que vereis pela copia da dita car-
ta pera ele antes de lha emviardes pera estardes de tudo
adusrtido e saberdes como com ele aveia de proceder.
11. E sobre aver de prouer por hfla ah vez o oficio de
',esmecho 3. 133

Juiz dalfandega em que tinha apresentado o Licenciado


Francisco de Frias eornforme a hum eanittdri do acento
que com ele eos morador, ri:conde eirlatle fneste., a
se queixa que lhe nalt he e:cernindo e grui, premie por
vós este carrego; poste que pelar. 'yes de anno passado
vos mandey esereuer que .3 c.• premesse em vida senaa
de ir, em tres annov, tencrio agora todartya resprim ao
dito Rey por condiça3 do mesrrio arreto poder aprese,
ter nele por Imã vez somente em nicho o dito Francisco
de Frias como vy pelo treslido do 84.11i0 gire me emui-
estes, eeu mandar vvr pesa este Reuno odito Fraude-
co de Frias, lhe mattiley agora escrener pele lira cor-
ta de que vos vay a coo, conto hey por hem o, em.
lugar do dito Francisco -de Fria, pesca apresentar outra
pesma das partes necesareas peca o ' ,emir sendo amoa
contentamento; pelo que vos emcomeurlo que apresenta,
do ele pessoa em que caiba este carrego e nat3 aja yr,
cornuenienle que o ynpida, o deixeis cernir e me aviseis
disco pesa mandar oque olmo. por moa SCr/li90.

III. 'E porgne por huã carta vossa que veio 000 néon

do anuo passado entenody que trataria ente Rey de ym-


pe.di r arei, pimenta pera a earregna das não,. eper-
mmieis que tinha elle nesta materya algo, yntelige,
cias secretas com os Reys de Coula3, de que rne taltbem
avissou o Capitai:ir daquela fortaleza (como vos yá tenho
mandado escreuer por outra carta) vos encomendo ripe
nesta materya que he tia co,ideraça3 que vedes, pr,
eedaes de tal maneira que dandollie o reinedio que cila
pede trateis da corticertmeali damizade deste litry como
fazeis, entendendo elle porem de vós quanto denprazer
"Pcby em ele correr com cautelas e royes modos nas
co,as de meu seruiço, e trabalheis por saber se algods
Pessoas moradores daquela cidade o aconcelhad neste
oca procedimento eo desuyad de meu suruiço, de que
avisareys, nad deixai/do, em quanto eu nisto nal,-
mandar prouer, de fazer de vossa parte assy nas pre—
.. "PoPs com EIRey de Cochica como no ...Lig° d.!!
134 alumiem roaronoze-eatzerex

culpados (pelo modo que deve eer) o gare virdes que


mais coimem ao bem de tudo.
IV. Os asnos passados vos rnandey aduertir nes vias
sobre as cartas de einuomenda (que meada,oa der a al-
guds pessoas que mis pedtad) de com, era visita ten-
ça,' procederdes no efeito ile193 dtalo favor Ou negai,
doo cornforme ao q't0 achatei, que 3, menet, pessoas
mereeisd, e o mesmo vos torno agora a encomendar
pera que assy o Caç., como colo tenho escrito. Escrita
em Lisboa a 26 de feuereiro de 583.
REY.
Miguel de Moem.
Peta o Visorrey.—Pera Vossa Magestade ver-2.' via.
(No sobrescripto)
Por EIRey.
A. 05 Duarte de Meneses do seu Conselho do Es.
aedo, e seu Visorrey da Indie-2. via.
(Livro 3.' fl. 225.)
40.
Visoltey amigo. Eu EIRey nos ennio roubo saudar.
Soa enformado que todo o dinheiro e (arcada das coo-
denaçods do fisco, que pertenceu, a minha fazenda se
daS pellos Visoreis desve Estado aos genrros e paren-
tes dos condeoadoe, e °etre, pessoas contra forma de
liSa pronisa6 que está na Casa do Santo officio, sendo
alem disso materia de escandalo e más exemplo, de que
receby muito desprazer: pello que nos encomendo e man-
do que inteiramente se guarde a dita prouisa6 e se neta
faça merco ela meu noine de dinheiro efazenda destas
condenaefees, e se despenda nas necessidades desse Es—
tado, pois 85.3 tsatas como me ...mieis, e para. que se
deue procurar'remedio por rolas as viase medos possineiL
%mento roaes tirarlhe as aja las que para lese ha.
11. 'Degelem 8011' informado que as Aldeies e entras
%erras d'e ktooaink o BAukoS, e Moo‘looMe cibos° ,rbtftdb
Fl,C1C01.0 3.* 135

ve afora& pelos Visoreis e Governadores delle a fidalgos


e outras pessoas em menos preços do que dantes anda-
liam, emuitas destas propriedades em fateosim, contra
forma de meus Regimentos, e do que deue ser, e em
muito dano de minha fazenda, deuendosse procurar°
aerecentamento do rendimento dela, e porque esta desur-
dem vay eu tento creeimento, vos encomendo e mando
que trareis muito de preposito ue as rendas destas Al-
deai. se aererentem quando se innouaretn, eper nenhum
casso se ,3ern enfateosint sena," ein vidas, de hu5 ou duas,
até oes quando ,oito, seno per nenhum casso serem
mace, pois lie o remedio que se .pode dar as pessoas que
enuelh, cem es,, nica seruiço nessas partes; eque por hum
d.ennbargador dessa Relimari.maudeis ver como esta3
dadas estas Alaras, terras, e onindouins, eoutras quaes-
quer propriedades que pertenee3 a minha lasenda, e por
que prouissoiis as possuem, eque de tudo faça nulos
'muito declarados, que me enuiareis per vias com oIres.
lado das dites prouiso3s einformaça3 ',binaria de tudo. .
III. F. porque lis de muita rionsidereça3 terso muita
aduertencia no modo e pessoas tom que se contraria&
as rendas de minhas alftindeges e outras desse Estado,
vos encomendo que na° consintaes que se leia a pessoas
de que se 505 tenha muita segurança c satisfaça3, eoe
contractem e arrendem com aquelles cm que mace certo
•seguro estiuern pagamento delas, posto <poiseis..., gen-
tios, que sou informado que fazem boas pagamentos das
que lhe NIG arrematadas, e as morai; sempre com creci•
mento peru minha forrada; eisto »63 parecendo que he
eontra o direito canonico arrendarens ,eas taes rendas aos
gentios, sobre que consultareis os letrados que OOP ps-
meer, emandareis por em avreeadaçaii o que de todas
estas rendas se deuer, eem especial o muito que sou
formado que deue hum Pero Soarea do contraem que com
elle foy feito da AlTandega de Dia pelo LiCeneiado Hen-
rique da Silva, Ouoidor geral que Toy dessas partes.
IV. Pelas vias dos assoo.. passados vos tenho manda-
esereuor que dela remede° a, es naõ ~mit tanta
136 acervo eoelueuezentstmer,

quantidade de artelharia corno se tem perdida 'meie Es-


tado nas nítoe e ettedos.dos capitafis das (estalem' deite,
mu que ¡nanam') fazer suas fazendaa, pois Ire coima de
que tanto casso se deue fazer, c taá necessaria ,era a
defensail do mesmo Estado; e ora sou informado que
nal.; talit somente se naZi dá a isto remede,' denendose rea-
ta procurar, mas que em lugar de obrigarem as pessoa,'
que deuem esta artelharia que entreguem outra tanta fei-
ta na casa da funtligab de Goa como a que tem perdida,
para que uai) haja a falta que detla ha neme Eetado, se
lhe faz quita e mercê della em meu nome, que nalò nim-
bo crer que mja, sendit o cama de tanto espanto peru
eu deito ter muito desprazer; peito que nos mando una
daquy ena diante se sal quite nenlilh artelharia, e faço.ea
obrigar aos capital:, e pemoas que a estinerem deuendo
a minha fazenda que a torneio com eff:eto, porque me
hauerey per deseruido de todo e descuido que nesta me-
teria houner, e alma disto procedereis no casto com o
castigo que elle requere, conforme ao que voa tenho escrito.
V. Nati P0.0 deixar de vos estraultar muito em tem-
po que me esereueis que fica esse Estado com tantas ne•
eessidades, e me pedis se vos enuie deste Reino di—
nheiro pera cilas, excederdee tanto o limite das merece
de dinheiro que de doze mil cruzados que por meu regi•
mesto nellas podeis some ate despender, sy pelo caderno
que yen nas anos do armo passado que despendestes np
Inun de 86 maes de cento e eincoenta mil estuados nes-
» merces (afora muita copie de bares e outros aloures)
feitas a muitas pessoas que as conuertein em muitos
abusos, delicias, e maos curtumes, a que tendes tanta
Amigação de atalhar e remedear, e de entenderem os fi-
dalgos e pessoas que me seroem nessas partes que na6
haii-de achar nenhuma reerce em vós aquelles que nine.
rem 'som estas desordem e abusos, esomente lhas aueie
de fazer quando autualmente me forem seruir ora derem
mesa aos soldados pobres: pelo que vos ressudo que nesta
materia vos restrinjaes de tal maneira que najl passeis de
confia dos vinte mil cruzados que primas nápe do anuo
»momo 13?

passado urra mandey escreuer que ania por bens que


despi.ndesseis neatas mercês entrando na dita comia o0.
doze mil cruzados que atil'gora forais somente concedi-
dos aos Visareis • e bem vedes que este tamanho excesso
me obriga insta h'toais demonstraça3 que volto estranhar
VI. Soa! GOMEZ da Situa Gapita8" de Gomez me e»•
ereneo pellas mios do armo passado que tirrhadondado as-
sento com os mercadores que vem com suas fazendas ft
alfandega minqitelia rectal za que pagaria& macs burn
moo por cento de direitos deitar do que daotes idaga.tall
pera se milhor poderem suprir as dcapesas das armadas
que se fazem pera segurança das fazendas que vent 4—
plena alfandega, e asay port. PC pagarem a eiRey de
hera hua, ires mil pardásis que antigamente se lhe danai,
por deixar passar liuremente por ECO revi,' as. caffillas
que rem aOmite, o que hora erripedia por de alguns ao.
nos aesta parte se lhe na3 darem estes Ires mil partidos,
aque chama3—mocarrarlas—; e porque aerecentarerusse
direitos socos em minhas alfandegas ho meteria em que
se deus ter muita consideraça3, me parece° meu aerui•
ço mandarlhe escreuer que se vos.i.ft na.3 tem dado emala
disto, o faç a, COMO creu que teta feito, e- odeue fazer
em todas as mace que se mouerem naquella fortaleza:
peito que nus encomendo que no que toca o erro nono
direito nos enformeis se as causas e.rezo -
ds que tette Joat1
Gomes peta o pile tais justas e em. meu seruiço o limitais
te dos mereatioree que o neg.'', eee he com consenti—
mento deli., esc ainda que alguns o coneentinsetn, os
times o nali pagai, de suas vontades, ete será oecasiatl•
Pura nen' virem as mereadorisoáquella alfandega jan-
ta quantidade cimo vinhais antes que se possesse ;eque
aohando peita enformaçal5 que asai tomardes que »arte.
Meu soruiço cosesse o dito direito nem poder /moer nisso
io canueniente de Coneideraçaõ mandeis que ar leu., e
doutra maneira nah--;e auisarmeia de tudo o que nisso.
or denardes; e porque doa Ires mil pardaun que elle dim
que havia eu cada hum anon EIRey de Lota peito rea,
Peito sobredito na3 Une nunca nenbRa infonnapea vodu,
18
113 sacmvo PoameuemomarorAt

nein dos Capitaf.,hrlaquella fortaleza, a tomareis remite


particularmente disto; ese ente dinheiro se lhe dana aos
tigamente, cozera acusta de minha fazenda. e quando
eoremo se introduzir, e acansa porque Ee lhe deixou de
dar, e se seri:, neoessario pera se [lar, empeeerem estar
otilillso moomadhe a dar, ose ha nisso alguma laje.
camela de fiorpieraossl, ede tudo me attleareís som canoa
parecer pera nesta meteria mandar prense como Imanar
por meu seruiço.
VII. E pr.«, que pelas vias dos acoita passados nos
lenha tal) envornendado (Me os escore mandaremeoe Vee•
dores da fazenda ás fortalezas desse Estado, e que na4'5 .
haja aroma seriar"; -aquelles que por myni forem prouidos,
ema tenimeo eserim que vos parecei> mei, serniça. tel a
auperemendencia de minha fazenda em Ortnuz Ssreaj
da Costa, que naquella fortaleza geme o officio de Cor-
retor mós, me pareeeo tornarnullo de nono a• encanice.
dar, eque escuseis odito iiitritie; da Costa devia cargo de
superentendente, que em efeito lie o ose,.tnat1ao Veedor.
da fazenda, mandando ao feitor. que seroir naquella for.
talesu que nas <loas inonçorls que se della nanegaii pera
aInd ia, vos mande todo orendimerla dminella alfandega,
e noa cumprindo inteiramente com a entrega delir o
mondareis ouopender ao eaatigar GOMO SOS parecer. meu
oerniço.
VIII CIRev de Ornms se torna a queisar de lhe se.
reto feitas eluda: extroço& sobre moi' traliallmrem oens re-
calco os Deoongus eSearas, eassi sobre algds ReligloSOs
orem as usos e ¡maios que vem aquella fortaleza tomar
es fithos ecriados dos mercadores 'amuos pera os fazeretn
chrintoC,; e porque liai: he este O ,Iodo que se demi ter
na connersaO, vos encomendo que laçaes aduertir disso
os menino°a delia, e mandeis que nati faeafi aos ditos
mercadores nenlela das hirças nem molestias de ene .se
queixei), eque se proceda de maneira com cites que noa
'cubai; rezai; de escandalo tient queixa justa, e1,11 que
toca atotó guardarem os vassalas darmelle key 11,011(0 5

e..gentios se Domingos e dias de fasta, etrabalharew


Tarroacm.o. 2. 139

adias, mandareie que deo porias adentro de minha for.


talem nad trabalhem ree lar* dias ao ditos mauros e
gentios, neto iam> mesmo Irabefitorna rira. della por inan•
dada tdeeitr,rrraas, pornot fira da fartei...a por mandado
do rilio Rey e de outro, iofiein ,tolerai; irabolhar nos
ditar dias, e astti mandareis que se taçI.e ordenar Cem
que cessem goelas, e mdi haja oceuniaõ deitar entre
os elarittails e imorros. E pello que me dizeie cobre El-
Rezz de Ornam, otnì trato do .entra.. conta., nafi deixando
porem Je vos encomendar que nue em que elle lince
retal o hmorecacs e desograncia corno eonnem e te lhe
dene. E de Joei3 de &mau e Anibrosio (banco lllll redores
Mn- Ormtu, sobre que me °acre., Roi:rareia informaçad
pera ema dia e enate parecer lhes mandar responder
como hcouer por nien serniço.
IX, Niedlad Penai Cochino me exercioe que he de mui.
incounroaerre tora a carga dee naus veruir de arru-

mador della, Inun Jerooinot da F dlua que dé cá foi pre-


,
mido do dita cargo per hail [nimba prouistig e p•reeen-
derma que o que diz Menino Perro he oque conuero a
Moo roteie° e bem das naus, mandareis que edito Jen,.
Meie da brisa neta outra algod iiennua nall situa niaeo o
dito cargo, porque assi. o boi •par hem, e que o Vedor
da taoca,ia da carga rias númo estrieor orr annowlores que
lhe parecerem Dee:recai-los peru aarrimam-5delias, pule
Pelle obrigoda3 rie tetr eorgir as deur acoime e fazer ar. -
rumor de maneiro que nuZi acalma mil enbre carregada.
MIMO as dos sanar paeaarior;. e Mandeeela chama, ta di-

to armauuder,. ri recolhereio a proulsed que lince de dita


Offlein, outro algum equinaleute que nelle
Galha.
L. O Cabido da 94 ria, oxidada deflua me entalou,has
em que me pede serceeuraoaroao ão Penla
li punlamellloc

"d..ados, e usay aigrnrr oraaman Iar, rala. e ',pl.,. na.


aessatiaa peia. aq.uello Ra que
a coo. de sais sail 1,arrlaos
d. que asi3 derairlos o labrien per us-
deRo,,e pusaor yr«
e, IMIMa Canil vos tenho oaridade...man , lhe ordenais
Prgsmento do que dia que lhe he deuido de acue urde.
140 excele° ronzueuzz•oarzamti

.nados dos asnos atroz, vos encomendo que perrice-ler.


mente Une fauma fazer pagamento destes seio mil par.
dãono da fabrica sendolhe deuidos, pera com elles se ta-
ozerem os ornamentos e mais corram que pedem, pois o
rendimento da dita fabrica foy aplicado pera cate effelte;
e onandarcisodar ordeno mon que se naff despenda por ci-
t.. matos qne nas musas acima ditas, e no aocrecentament
to do Sella ordenadoe me pareceo mia lhe deuer por ha-
ll responder por lhe ser já acrecentarlo os an-
uns pasaados, e mandareis charuto-o dito Cabido a que
nlrroio ooque sobre esta meteria vos esermo.
XI. Entendy por vossas cartas naõ serem dadas as
minhas que mandey eacrener os amos passador. ao Preste
Joaff, Ernperador da tEriiiopin, posto que fura" na arma.
da em rpm foy ao estreito Ray Gonçalrez da Camará;
e porque trombem me escr... que está com algila des-
confiança na amizade dee. Estado, me parece° tornar.
ltroa eacretter outra carta que ray nestas vias para o
disambr desta desconfiança, e vos encomendo que deis
ordem dom que lhe tsejafi dadas todas »alue lite tenho
emeitaa, e a que agora vay, e se haja delis a reposta
deites,-e de tudo o.que nisto fizerdes me auisureis-
X11. E zoar, eSCrel0 neste anno ao Sutil Ront da Per-
ela •pargtv, me parece que bastai) as cartas dos outro,
asco,,,, as que particularmente lhe escreuy o armo p.a
gado corno pela copia delas tereis visto, e bem creo que
tendo três entendido emanou importa pesa todo... bons
effeitos 'tersos muita contaocom oeste Rey, eentender el.
Is quartzo deacjo•sua amizade, u comprazei° em todo,
naff heneeeasurio encomendamos tie nom, meteria que tal
encarecidamente epor tantas vencemos tenho encarregado.
XIII. 'E o noesmo vos digo por EIRey da China e
Cartas que os tomos passados lhe esereuy <leque atégora
naff tenho reposta nein eabido esoolfimosogne se com el.
lar fizeraff, de que me anisareis taff particularmente COITIO
cama materiaa o pedem. Escrita em Madrid ao primeiro
'de Março de 188.
• REY.
FASCICOLO 3. ° 3.41

Peta o VisoRey da (adia. 2.• via:


(No sobrescriplo)
Por EIRey.
A D° Duarte de Meneses do seu Conselho do Esta.
do, e seu Visorrey da India-2.` via.
(Livro 8.' fl. 231 )

41.
Visorey 'amigo. Eu Eilley 'rios entlIo muito sondar.
'Per outra ktinha certa vereis o que cy por roeu sem.°
que ordeneis 'sobre a defensa° tia costa de Alelinde pollá
vinda dos Turcos a elle. E assyin cornb he razoá' que
Se castiguein os Reis e Senhores aella, que os re-
colheram, assym tombem eonuem que entenda° Os pie
forem de meu seruiço amintentamenro ride tiue do seu
boro e deuido procedimento, elho mande significar cora
demenstracoAs de pahauras eobras. Pelo ryntd mandey es-
creuer aos ires Reis de Melinde, 'e de Pote, ede Quiliv
fe as cartas que utt'° nesta's tilas, e me pareeeo daremse
de minha pune tilgoils °adirias a ElRey de hielintle,
eque deu l ao ser (polia en(ormaça& que se tornOu )ve-

ludos, sedas, egrehs, e empregaremue nisto duos mil


....dos, que tudo irá nas náos deste anuo eregue ás
pessoas que vereis polia. carta geral da Casa da bulia.
Resume solutos que ordeneis 'corno estas dadivas seiaõ"
entregues a EIRey de Melinde por peftou de confian-
ça com a curto que lhe eSereuu, eassyrn as certas que
0.0 peru os +Autos deus Reis, e Os...ais e'mandeis diz
zer •atodos tre s como vos t en h o mandado que °esti-
gueis todos os agrauos e e.treçoès que soa enformaab
qUe tem recebido dos eapitneles rufo'ee daquella costa,
c que procedaA de tal maneira daqui em diante que
'Me aja per hera sentido dell., porque es >tudo o que :38
oferepee folgarey de os com prazer , f aeendo com cites

red. as mais demonstraçohts de amizade e agaraePirneg-


t°, eu que me remeto ao que sus maior parecer.
142 ARCITIVO PISIMIGTEt•Mtlp1TAL

Eu mando eia dar ordem come na prior/aço:ó da


costa da Brasil refaça o que carrilem a seu beneficio
pira lodos os bons efeitos, e vaõ ora sigilo moradores a-
quelas pastes com Francisco Giralileo, que maio por
(nonernador delias; e porque rua enforrnarlii que será
muito meu seruiço, e progeito cornil virem dessas pastes
algilas pessoas que fiem e teçaõ algodaõ polia muita
quantidade que dele ha tina toda ramela mista, de que
se poderei.; fazer muitas comnias pesa velas, e OUITOS
panos de diferentes sortes, vos encomendo que nestas naos
façais vir alguns pessoas da terra que o bein saibaõ fazer,
e podendo ser casados (pesa milhos se arreigarem na.
quellas partes, onde podem viver abastados) sem de
meie efeito pern todo. Escrita em Lisboa.a 12 de Março
de 1688.
REY.
Miguel de Moura.
Pesa o Visorey da via.
(No sobrescriplo )
Por EIRey—X Dl Duarte de Meneses do seu Cr:-
selho do estado, Visorrey da India.-2.' via.
(Livro 3.• Il. 299)

4'2.
VisoRey, amigo. Eu EIRey uns ienuio rnafto saudar.
Por ser infiirmado que nes se estado vai) em pode ore.
cimento os deliciou de mortes, adniterios, e assimilas, e
outros insultos graues, e inintos almumi, e excessos nos
trajes. e gasosos soperffuos introdusisios sumamente con-
tra o que se cosiam:una nos tempos pa.atIOS. Oque todo
resulta em muito prejuizo de meu seruiço, eem dano, e
perda de meus vassales, me paseeeo, que posto que em
outra carta minha das vias deste arruo vos eseseuo goe
deis remedlo a estas desordens, e pudera pesa isso bas -
tas oque della entendereis, uus denia mais particularmen-
te significar por esta o muito desprezes que disso tenho,
Fasc.:no 3.. 143.

aquento contentamento lenarey de Iodo o que fizerdes


pera remedio destes excessos; e ainda que se apontaua
que seria meu semi., yrem de rpm alcaas prematicas
feitas, pareceorne mais conneniente deixar tudo a vos,
de quem confio que do tal maneira procureis remediallo,
que [no delta eu hauer por taro bem seruido de vos neste
particular conto o coa cai odes os mais.
II. E sendo de culto deseeruieo de Duos e meu os
delfim,s de mories, e assuadas, e adulterios. uno elmo.
mundo muito- enearecidrunente que procureis que nessa
Cidade, e nas mais fortalezas desse h:siado, e nas anila.
das se castiguem muito regoroaamente sem cxcept;;*3
algas, e de manelra que entenda3 os que furem compre-
ileedIdoa nen., que ns,3 liai, de hen, perda3 «leiloo trans
a facillidade, com que costurnaua3 Itmello meg°. , o
que tenho por rnúy perjudicial a boa administroçoii da
.P.Ieflea, e COatra.a igoaldade com que cila se drene (soer
a todos.

111. E M, que toca aos M1,111E140% alem de proceder-


des no eastigo dellee con . fortoe as ordenaeods, une in•
formareis dos que yinerem neiles, e os promMareis tirar
disso peita via e meos que vos parecer que conuent sem
hatier escandalio das partes, e significando a lodos rias
dos qtte viuerem nos taes adulterios meaueis de dar eadatto
pef vossas cartas Muito partmular infornmea3, erille tardara
Por Certo que se itsid bode tratar de seus despachos, so•
tes os hey do man dar coatternente casogar.
IV. E quanto soe excessos çabusos dos trajes lira« ,
mie nisso defhndendo que nathse tragar,- sedas deste Reino,
neta telas, e brocados, e que nos feitioe haja toda a MO-
denteai:ft-,e assy nos acOmpanhamentos de criados, e canal.
hIst enas outras uespesae, procurando reduzir todo ao
enstume amigo da India; sobre que ordenareia as: leis
,..'"maticas que vos parecer que conuenz, de que me
ent?tareis -o treslado per cias.
• E pnrgne a priaCipal e /avos .parte do retrwilifi'
e Qe . constate ao nossa bom exempto, de que de•
Penneal todos ea üdalsos, e mais pessoas que Mc sornem
144 £lter1100 PORTUOI/EZ•ORIeltTAL

nessas partes; eserá elle de mais effeito pera lego que


deffendersse petizas leis e prematicas, me pareceo cara.
mendarsolto, posto que o na5 tenho por neuessario ; e
erro muy bem de vós que será elle sempre tal qual con-
cria a seruiço de Deos e Mell ' e edeficaçaõ e pr o nei•
to do pouo. Escrita em Madrid a 14 de Março de 538.
REV,
Pera oViso Rey da India, 2..* via,
(No Sobreseripto )
Por EIRey-4 Dl Duarte de Meneses do seu Coa.
solho do estado, e seu Visorey da India. 2 • via.
(Livro 3: fl. 2,09. )

43.
ViseRey Amigo. Eu EIRey vos enoje muito saudar.
Recebi a vossa carta em reposta da que vos cscreui por .
Esteuati- da Veiga, e tudo o que asila me dizeis con—
forma bem com a muita eparticular confiança que sern-
pre tios de vós, e com a antigua everdadeira lealdade
de vossos antepassados, e he o que sempre .eaperey de
nossa prudencia, e do amor e zelo qçe sey que tendes a
meu SertliÇO, e confom,q a isso podeis tarribenvestar cer•
to de que vos farey sempre enn todas as occasiotis.m lion•
lar e rnerces que mereceis; e fleti condigo sobre isto mais,

por quanto mais, vos deue obriguar a tudo esta tom grau'
de confiasse que de vós faço. que todallas mames que de
mim podeis pretender, ainda que deoldas a vossas boas
qualidades, e merecimentos.
II. E porque eu tive orá auisos per dimersas Masque
oba selbemb 3gt rbm fectbcob ueslb,( Dom Antonio que
foi Prior do Crato) sendo apouca conta que se faz dei.
le tu nteparites (era 1nglatera) depois mse cc stas fsdkr
ot reseus (welapason de Wenn.), e.•enIondondo o. pouco
confiança que pode •er da seguridade de sua pessoa, e
tas-ibero por sua natural inconstancia e liuiándade es•
,(oreeido em Btle coukumacia, eesquecidç já de todo dee,
exaclano 3.' 145

úbere de ehrieteó" leria et dt fssiss lã't3Rnts (trata de


se parar aTurquia) pesa daby com sensos 1rsjtbc obd Ige
Sgbd menetar ot fsdss stdsd fscild (atinada e fauor dos
Toscos intentar de parar a em: partes ), vos quis dar
tonta disso, eencomendamos esmo faço que tdIttnd
sursdb (esteia :obre subo )eapercebido de tudo o que
nos puder ser sesmaria em caso que itio se)a, eque puas
cureis ter sempre nbelmsgbd sgntellnd(continuos auistis)
de ambos os tdletnilbd (estreitos) de et:lê:e Oi.bt,
('negue e baçora )pera qne possais apercebemos 5!allt
tempo sendo necessario, nait deixando de ter primenulo
tudo o que o pode ser pera qualquer accidenic aptos,
aedo, tde b tsralb oba ssIbuttb (sotas stdsd fseltd tbfetto•
ttotd bgoldiseststntd (e se o ;filo Dom Anmnio passar a
asas partes, e o prenderdes ou :desbaratardes )como es-
pero econfio de vós, em tal iram thtvglschnd et nt ritos
ot abril ssIgesn( executareis nele a pena de morte nato-
sal )sem dilaçaó- algila peita via rpm nos parecer que
mais seguramente se pode fazer cohforme ao que nos es-
ermi por &oco:tf; da Veiga, sem 'per nenhum raso dei-
xardes de o fazer assi por grandes eurgentes que aejaii
as rexoós que em contrario:e uos olDecerem, purgue es-
ta thtogntoa (execuatun) deue preceder a tubi.
III. fit importando tanto pera todo isto estar a capim.
ais as rbelsatqs (da fortaicza )rir beagti (Orraos )pra.
anda era pesma de omita confiança, e da experienclat
entendimento, eesforço que corroem, vos encomendo que
acudo caso que o Capitam que na% estiner ao tempo que
esta receberdes, on oque asila °atter de entrar a semillei
nad for tal, o tireisdalla, eponhais outro em que eoncorra3
todas estas partes, eque seja tal pessoa que seguramente
pingais descansar sobre enoje arreine cosi tirardes, eu na&
dCIXAnk S entrar a sentir, podeis segurar que eu the roas-
darey dar muy inteira satisfasaA efitzer meree de maneira
que se ajg por Italy mticfrito, e rirarlheis a eapitacia com
tal titul a ecor, que elle mal fique perdeudo credito e re-
eaó, soro se entenda a causa e respeito pesque se lar.
g 1 uas parecer que por e. eseatarent ineofineniente•
146 Alterne° pOrellOune•ORIENTAL

equeixas bastará mandardes a beagq (Olunne) hum á-


dalgo era nosso lugar por superin'eudenie no gouernoe
coueas da guerra, e a que o capital da fortaleza obede—
ça, fareis nisso o que nirdés que mais ennunn, porque
tudo deito a uossa prudencia.
1V. E porque sou informado que o fauor que os Tur-
ene fletiram na costa de Melinde proeedeo das muitas
uszaço2s e molestias que os moradores delia recebem dos
esspitces que andai.;seita prouidos per ruim, e pelo se-
khores Reys meus predecessores, mandareis assi mesmo
prense besta costa de tal capit1o, que na6 na a cita com
animo de tirar dinheiro, e hauer esta capitania por sa-
tisfaca6 de seus seruiços, areal por lugar e oecasia6
em que passa • merecer militas entres Moreno, e que coa.
serenem pax e quietaca6, e em men tesa iço oc•Reys e
senhores della, fazendo a todos muito bota tratamento
sern auezar nele tiranizar os nanios que a ella forem,
deixand0 nauegar liuromente os que a ella o podem e
danem fazer, porque .este sere o mayor remedio e de
mais effelto e utilidade que todos os outros, e se pode
com isso escusar faZerse fortaleza era Mronbaça, nem erá
outra parte daquella costa por as dilliculdades que nis-
so hauere, e poliu portou fruto que della pode resultar
pera elfeito do conseruar aquella costa, e na6 yrem a cila
'romaos nem outros imigas, pois ha outros portos era
que se podem recolher; e usai na6 tratareis de fazer na'
ia fortaleza, posto que em outra carta minha uoilo es- ,
Moa, e as pessoas que estiuerere prouiulas desta cajá-
Unia e nos parecer ciliq naR deuern sentir, dareis aquella
fliisfaçnõ qüe uirdes que he rezaõ, e cabe em suas pen-
soas e ceruiçoe.
V. E sendo de tanta qualidade e importancia cada hats
das °ousas sobre que nesta urus escreuo, escuso encornen•
daruollas com palauras, que hey por desnecessarias pera
vozso bom entendimento, e tambern porqne estou certo
de 'rosque de tal inencira procedereis nellas, que alem de
fazerdes inteiramente tudo o que cumpre a meu seruiço;
deua eu cola muita rcza6, hauer por muito beca eu:prov.-,
VAIMICULO 3.. 147

esta (um grande e particular confiança que em aos


tenho. Escrita em. Madrid a 14 de Março de 15,38.,

REY.

Para o Viso Rey da India.
( No sobrescriplo)

Por El Rey—A Dons Duarte de Meneses da seu Co.


relho do Estado, e seu Visorrey da Indie. 2.' via.
(Livro 3.' fl 213) (a )

44.
Viso Rey amigo. Eu EIRey aos enuio mato saudar,.
Vy o que me eserennis sobre a deitasse que mandastes.
tirar dos offieiaes da jtatti9a e fazenda, e tenho por cer-
to de vós que as eausaa e resoês que 11,03 nioneratA a

(ai As palavras ' que nos Capitulo. 111 desta Carta estam
em cifra, nal; se acham alia decifradas te por isso devemos devia-
., oomo chegámos adecifra-las. 31editan.do no contexto do Capitulo
1/, pela leitura do que asile he patenfe, epela data, tivemos logo um
forte presernimentu de que se referia a D. Antonio. Mas infeliz-
mente, nati ha nesta Carta, como ha em outras muitas daquelle
tempo, extracto, ou. trota, que nos illustrasse. Comtudradepois de al-
gum tempo de perplexidade viemos a. deseobrir nas costas da Carta
apalavra Oraras etn.letra contemporânea. Concluimos mie em algum
Capitulo della se devia falia, em, Ormua .ie sorno ara era nos Ca-
pitulo, patentes, claro estava que o era, em, algum dos dons que tent
palavra s em cifra, CO, segurança no Itt, aonde sós, P"d'"
adapta r O non', do urro f,,,u si
e,u,da -judia. Vacu óti por tstito te111-
!.r ee.depois da palavra e,,p,r.”6“ seria possivel ler ue cifra rapa-
nos
de &Holt. de 0,me ;e esta leitura qua.drou tal hem que
'4,/ro tos deu o semido.comiileto deste Capitulo mas nos lavou
achar, toda achave da cifra, que he como se segue:
Leu» da cifra ,—a b a d e f 9
Vale—a1 ckr.a.n. p
Letras da cifra,-n .opqrstax3
Vale—Idgz 1 ae chq
118 ARCRIVOPOILT....111

tiralla seiiall todas fundadas em meu serniço e em prol


e vti ilidade de meus eassallos que ate nessas partes ser-
vem; e porque eu fico vendo e dita deuassa, e Inc naa
pude resoluer nella antes da partida destas anos, polia*
do anno que vem de 89 uns escreuerey o que ac e rca deita
houuer por bem.
11. E porque nellas hey de mandar pessoa que alma e
cargo de Chanceller da Rolaçaõ, etirar outra deuassa geral
de todos os officiaes da justiça e far.enda, pera conforma
ao que deita constar fazer [verve e Imana aos que bem
aertfirem, e se tratar do castigo dos que fizerem o coro
trono, direis de minha parte aos desembargadores em
Relaçaõ, e Rira deita aos mais officiaes,que posto que
confio deites que scruiraffsempre com aquella inteireza
que conumn a meu setniço, que para eles folguarem
de o fores com mais promptidaõ entendendo que me hada
ser dada taa particular informaçaõ do procedimento da
cada hum deites, como he aque pellas deuaseas se col..
lige, hev de mandar tirar de todos a dita deuassa, e que
conforirOi a ieso ifroeurem de sentir seus offieios de mas
fieira que me nen possa chegar deites cousa'que ds.
mimos a confiança que. PO tenho de cada hora delias, e
moreçall tolhi eu seinpre muito mayor, e fazerrhes muita
meses e bonecas, e em particular aduertireis os deserto
bargadores que proceilea com suito segredo nos nego.
eiosique por cites correrem, eque nata tenhal3 tratos nem
mercancias por rocem antas duasicousas das masa prince
paca e necesearias aos meniatros da justiça.
111. E mandareis rosnar residencia a Luis de Coes de
Lacerda, Prouedor olor dos defunctos, e prouer oe
e papeis da sua receita edespesas, etodas as contas que
tiuer tomado,- e meter no corre dos defonctos o dinheiro
que tiner arrecadado, recendesse sobre isso toda a deli.
gencia e exame necessario pellris humo e officiaes da
seu cargo; e achandosee que elle doar algaa cousa aos
deliam:tos, ou a minha fazenda, lho (areis restituir, e
mandareis.que qualquer pessoa que coto odre sonhe o dito
Luis de °cies sigiia obrigeçaiii, o possa demandar
sArmenho 3. ° 149

note oOuoidor geral do crime, e que até elle dar se.


tiotarea ás partes daluillo que conforme ajustiça for o•
brigado, se nat.;possa vir pesa este Reino: o que todo assy
bey por bem e meu seruiço por respeitos justos.
IV. E lambem faseie tirar deu.. do Licenciado Fran-
cisco de Frias pelo dito Ouuidor geral, e soa enuiareir
per vias.
V, A Joanalvrez Soares, Verdor de minha fazenda,
ouse por bem de mandar vir erra rel. Reino, e prouy
do dito cargo aAntonio Giralte caualeiro fidalgo de mi-
nha cata, por ter bem ..ido nas consao de que foy
encarregado por my e peitos Reis socos predecessores,
•confio delle que assy o fará sempre; e a Joafi Mures
Soares mandareis tomar residencia peito Ouuidor geral
do crime5 eem n.o que seja culpado de culpas que o
merecaa, lhe mandareis noteficar que se venha appre-
sentar ante hum dos Corregedores do crime de minha
corte para celta se Sarar deltas, e enuiareir o treslado
de sua resideucia per vias.
VI. De hauerdeferenças entre Dom Jorge de Meneses
eNono Velho Pereira recebi desprazer por as quhlida-
dea eseruiços de ambos, e ser rezaõ que entre taes per-
pear ao nafi haja, e posto que tenho por certo de nós que
tereis feito tolo obom officio Ftera se eller quietarem, nas
.

pareceu enemnendarvollo, eque os façara coropfir de ma-


neira que nafi haja entre elles contendas nein desgostos,
significando pesa esse &recto a ambos que receberey eu
disso muito contentamento edo contrario me hanerey por
desseruido.
VIL Vy oassento que re tomou sobre se darem doze
por cento de 'quebra noa mercadores que trazem a pi•
turma ao pe. de Cochim á custa dos contractadtires, e
° que ver me escreueir sobre isso e sobre o mais que
to. eesta meteria de se hauer pimenta; e por sts rezoSs
voss carta, eas mais que se multem no dito assento
nosbern que se dem os ditos dono por cento de que-
et,• aorta dos contrat adores ; e porque todauia se naS
4 'U:O de apeai« algas ineeauialeuteo de consideraçafi
150 ARCRIva P0.110.2•01218NTAL

principalmente dizersse que naõ resultou Tm:imito .alguil


dos °reclinemos que já se fizera5 no preço da pimenta
pera elícito de cila vir em mais quantidade, nem melhor
do que sopa a vir anteS disso, e que palio tempo eu dian•
te será o menino, e viraõ a pedir mais crecimento no
preço, encomenilonos que comidereis bem ire será meu
seruiço darensse todauia os ditos doze por cento ou naô,
efomes nisso o que virdes que mais coimem pera tudo,
porque por estardes ao pee da obra, e terdes experiencia
e conhecimento do negocio, podeis ver mais facilmente o
que he melhor, minmicando tudo com Nicoláo Petto
CochinO.
VIII. E. ainda que em outra carta das vias deste..
no vos escreuo que procureis haver toda a pimenta que
for possiuel, e tenho por certo que tereis disso todo o
cuidado devido, importa tanto a mea seruiço, e ao be-
nefficio de minha fazenda vir muita pimenta, que vol.
lo quis tornar a encomendar nesta, e que procureis pera
isso todos os remedios possimis poro que nal,- haja feli
ta na carga das aliar, e que se ajunte sempre no Muerso
roda a mais que puder ser pera que sal haja dilaçaa na
sua partida.
IX. O traslado que me enuiastes dos anatos que se
tratara5 nessas partes entre os moradores da Cidade de
Baçaym auctores eo procurador de minha fazenda rnam
dey ver, epor algUs respeitos de meu seruiço me sal pa•
remo que se deuia determinar acausa neste Reino; peito
que vos encomendo que mandeis que se detreminem em
Relaçaõ conforme as senctenças que já estafi dadas no
caso corno for justiça guardandosse inteiramente assy aos
ditos, moradores como a minha fazenda. E porque pel•
los ditos amtos comia que o dito meu Proeurador um
ao libello dos ditos auctores com excepçai3 peremptoria
dizendo que a causa era finda por sentença, e que em
Relaçan se mandou que contrariasse vista haa minha Car•
ta que eu esoreuy ao Conde de Villa doeis sendo VisoReyi
em que lhe dezia que ouuisse os ditos auctores e lhes b.•
nesse justiça, eque sendo chamados peito dito,VisoReY
remem.° 3. 151

nen, os ouuir, ViCraÕ COM O dito libello; e porque eu naía


fuy informado quando escreuy adita carta que a causa
estam senetenceada e passada em coara julgaria, nem
por dizer geralmente nela ao dito VisoRey que os anuis,
se elhes fizesse justiça parece que se podia entender que
amima já finda e julgada se tornasse atratar, pois era
neeessario que fosse por via de reuista, mandareis que
tambem se veja este ponto, adnertindo delle ao dito meu
Procurador, e que em tudo se faça justiça ygnal a cada
lifia das partes -,como acima digo. Escrita em Madrid a
14 de Março 85.
REY.
Peru o Viso Rey da India. 2. via
(No soltrescripto)
À Dti" •Duarte de Meneses.do seu Conselho do Es-
tado, e seu Visorrey da India-2.` via.
(Livro 3.* fl. 297

45.
Viso Rey amigos. Eu EIRey vos i.nuio muito saudar.
A Dona Caterina minha prima tenho feito meros que
possa mandar trazer da judia em cada hum anuo tre-
zentos quintaes de drogues forros de direitos em sua
vida. asaber, cem quintaes de omito, cento de canela,
ccento de nós. E por minhas prouisoens que diz que vos
3a foram apresentadas, tenho mandado que em todos os
asnos se dá embarcaça3 para seus procuradores poderem
embarcar nas 'Mos, que uem pesa este Reino estas dro-
go». E ora me intika dizer que por lhe na3 ser dada-
embareaçaid pera elas, aula alguns annos que lhe ficaua
a.maior parte delas na judia por embarcar. Pelló que
lhe mandei passar outra prouisa3 per que ey por bem que
se goardem as passadas, e se embarquem estas drogues
repartidas pelas naos que em cada hum anno uierem
pesa rate Reino ;e aos encomendo que inteirametre lhe
façaes goardar as ditas prouisoene segundo lormadellan,
bdeis ordem como em Cochim as cumpram os officiaes
132 alternar, emeruanszonuerma

aque pertence, eque o Veedor da fazenda da cargua das


náos dê todos os annos embareaçad pera estas drogues
significandolhe que de o asai ardi fazerem me aunei por
muito descendo deites.
11. E assi ouse por bem de lhe mandar passar proui—
and pera seus fedoree poderem comprar os cem quintael
de canella na fortaleza de Ceilad pello preço que na
mesma fortaleza veller, que outrosi soe encomendo Ias
mandeis goardar segundo forma della,
111 E tombem soe inalou dizer que Antonio Perima.
dee Xemenez eGaspar Xemenez etantes nneas parte*
corriad por na ordem com a compra e beneficio destas
drogues, pedindorne oro:lesse por bem que pera este citei.
to elles podessem boremente per si ou penas pessoa*
que nomeassem mandar o dinheiro que lhe inala pera
acompra delias aquoaisquer partes que lhe bem pareces.
se, onde usounesse de fazer este empregou sem era.
burgo de. quoaisquer prouisoene de defesa, que sobre
luto serei, passadae. Pello que vos encomendo que nad
auendo nisso algufle ineonuenientes, lhe deixeG fazer
odito emprego nas partes em que elle poesa receber mais
proueito deste aluirre, que lhe tenho concedido; eieto de tal
maneira que ned inuiem mais dinheiro qae onecesserio .
pera acompra destas drogues, entendo canas pera Ih•
sospenderdes oque nisto pretendem, me anisareis delias
pera nisto mandar oque ouuer por men seruiço. Escripta
em Lisboa a xbj de Março de MDLess eoito.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pera oVisbrrey.—Pera Vossa Magestade ver-2? via.

(No Sobreseripto )
Por EIRey—A DO Duarte de Meneses do seu Coo.
anho do estado, e seu Visorey da india. 2? via,

(Livro a: fi. 247.


irwsercoho 3.• /53

46.
VissoRey amigas», Eu EIRey vos enojo muito saudar..
He de tanta importançia pesa conseruaçaR dacidade de-
Cochim, e quietaçaa delRey de Cochim, eaturadores da.
plena cidade, .e pesa o boro arriamento. da compra da.
pimenta( em que eortsi,td poderem as sinos partir atens
tempos pesa este Reino, e fazerem sna viagem a sabia.
mento) atter na dita cidade capite', der partes que coariam
pesa todos estes bons effeitos, que peita confiança que
tenho de Dom Jeronimo. nascasenhas, que- este armo
torna pesa essas partes, cuim por bem. de Ilie fazer merco
desta capitulou pesa n sentir atee entrar na Dern-fim,, de
que he prouido, como urreis pella pronisati que lhe man,
dei passar, por Dom Jorje de Meneses Baroche ter mui•
ta idade, e na0 se accomodar EIRev de enchia', bera cora
elle sobre que tombem. me escrene.tes s elhe inseriste que
se deixasse ficar neste Reino comintemo de lhe fazer por
esre sespeimas 'nasces que ouner por bem, alem das-que
por seno seruiços lhe tenho feitas.
Persival Machado me pediu lhe fize,se merce da
sernentia do cargo de Juiz- dalfandegua de Coclifin ern
cismamo durasse T> impedimento de Francisco de Frias
que leite estaua prouido, de que lhe mandei passar
pronisa0; eporque depois mandei uer o oonirato que 80
fez ceia EIRey de Coeldul sobre esta alfandegoa, e 00108
pOr rara serulço que elle podesse apresentas por ama
sac. °Lusa pessoa (-como volto já tenho mandado escr..
uer nas viao deste anca )mandei que se recoll.sse a
pmuisa0 que- ;fatio!. mandada, passar ao dito Persirial
Machado, que ey por bera que se lhe nati guarde, nein
elle situa este cargo, por que lhe tilando responder com
outras Tneson.; o atol tendo -elle, culpas nossas partes,
nera deuendu asilas nada a minha fazenda, vos enco-
mendo e mando que o ocupeis em meu sesuiço nos cor.
gane que uagarem e nelle couberem conforme a seu tal;
lento everuiços.
20
154 ARCIHVO PORTUOVE.Z.O.I.SAL

Na, mios desta armada mandei que os soldados


que nellas se assentarad fossem repartidos per bandei•
rase capitanias, de que encarreguei alguns ficialguoe
que *tad embarcados nas mesmas naos, pera me nisto
sentirem assi na viagem corno depois de serem clie•
guados,a es.as partes, pesa oque aliem de seus ordena—
dos lhes mandei fazer merco de ajuda de custo. E porque
onerei por meu f,CfUiÇO aeabarsse de introduzir esta or.
doto de bandeiras IlffEE estado (como uollo mandei por
minhas lestruçade que limastes, e nas vias dos asnos
passados ) vos encomendo que acabeis de ordenar como
todos os soldados que nelle me somem, assi nas arma-
da. como na guarda das fortalezas, em que por regi-
mento had de resedir, esteie em ordem de bandeiras,
e se esta pague acabem soldo senad aos que por esta
ordem o uencerern, assi . pesa os soldados que me ser-
uirem serem bem paguos de set. soldas, Nino, pesa se
escusarem as muitas desordens que correm na inatricolà,
que be hum cano por onde indioidamente se consume
muita parte do rendimento desse siado. E depois de
cheguadas estas ridos famis anojar os soldados que
adies vad na cidade de Gee, e nas maio fortalezas des-
sas partes como vos parecer mais meu seruiço. E me
anisareis particularmente da ordem que nisto derdes, e
de como nella se proeede. E tortuosos aencomendar de
nono esta maloriu por ser lida dai pincipaes em que
mais me •nerei por sentido de vos.
IV. Posto que mandei tratar de ir nestas naos pessoa
da confiança e experiencia que conuem pesa me seruir
na carreguo de l'rouedor mor dos contos nessas panes,
net; pode zer ir aches, e pello muito que o,ta asues.
Ilha fazenda seruir este carrega° pessoa em que bens
caiba, e por ter boa iniormaçad de Francisco Pane, cas
sadu e morador neffla cidade de Doa, de me ter bem
«ciando nau coesas de minha fazenda de que foi encar.
sagitado, e no carregue de Vedee da fazenda de
Grumo em tempo.. tia Governador Dom Dioguo de Me-
neses, ey per bem de me sentir dello neste °arguo de
FA.ICULO 3.• 155

Protiedor mor dos contos em quoanto na3 mandar deste


Reino pesam prouido dane, que [enata o Regimento da
ordem ern que se bade provedor nos ditos contos, o que
agora na3 pode ser por se tal acabas de uer o Regimen•
to mie me inniastes a tempo de poder ir nestas nac., e
mandareis chamar o dito Francisco Paez, o lhe direis
COMO me quero sentir deite no dito carregou, pera o que
lhe pasmreis a prouisaa necemaria, e do mie 'nisto fis
i,rdes me anisareis. Eserka em Lieboa a xbj de Março
de M. D. Lxxx eoito.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pera oVieorrey.—Pera Vossa Magestade ver-2.' via.
(No sobreserilite )
Por EIRev—A Dl Duarte de Neneeee do seu Con-
aellio do estudo, eseu Vimrrey da India.-2." via.
(Livro S. 243)

47.
Viio Re; amigo. Eu EIRev nos endro muito saudar.
Pella bort informaça3 que terriço de Dom Mathem Bispo
tio enchirn, eboa conta que teu, dado naquella Prelazia,
epartes que ',elle concorrem de virtude e ICIfaR eoutras,
como tereis sabido, me pareceu seruiço do Deus e meu a•
pmentalo ao h3ancto Padre para o Areebispade de Goa
que está vago, e vrar3 as letras nestas ntlos. Pello. que nos
encomendo rpm fite mamleis logo reeadu e embarcaca3
segura para que se passe de tlochim aGoa. onde lhe
entregareis as ditas letras, rorveeltereiu mon as demos.
traçoris deuidas a₹14,... siionidadv, e ao que he renal que
'dos de vós emenda3, pitritque melhor possa cumprir
,

enm sua obrigaça3 pastoral, e seja com st vosso exemplo


.. .Peitado ;e eu lhe escrems sobre o maio em que dene
Precedes para entre MÓ:3 e elle aves toda conformi•
"de, que com vossa pendendo, ebondade do Areebiepo
nai3 poderá deixar de se comeram, de maneira que, cal
156 agradam PORTOGUM•0121ENTAL

haja coara algi1a das passadas; e mia chegando as letras


a cf.,as partes por algom caso (oque Deus mit, permitia )
lhe mandareis lambem logo recado e embercana8 segura
para que se venha logn'a Geia a entenderno gememo do
dito Arcebispado conforme ao Breue Apastolicogoe ha para
ria Bispos de Cosido, gotierriarern a Prelazia de Goa, Sé
vazante, como se já fez outras vezes. E porque sambem
tenho appresentado aSoa Sanctidade para Bispo de Go.
vadia o Padre Frev André de Santa Maria da Ordem de
S. Franeiacq dos ilecoletoa, que reable no rroateiro da
Madre de Deus, se me nfferecia em caso que sambem as
suas letras nari eherteetn lá, ficar elle desagora no gomes.
no rio Biapado de . Cochiro, pois bade socador adie,' e
Isto na forma em que o Bispo pudera deixar nele ,ontra
pessoa ;enas encomendo rine assi oordeneis com ambos
a (pie aeaeretto, e me aniseis do que se fizer.
IT. O Deaõ e Cabido via Soe de Ueeilirri me carda-
ra& dizer gila elle, lielhei50 IlleeM0 ordenado que de prin-
cipio se ordenou átinella'See, e Pelloa tempos trent dife-
rentes no misto das eclusas se na6 podia)", sustentar, pedir,
dome lhes fizesse merco de lhe mandar acrecentar os dia
tos ordenedria; peito rpm boy por bem de acrecentar nau
Conegoa daquella Soe vinte mil seis a cada hum abern
de, corerda mil seis que tem de seu ortbanado liara ha-
uerem seaaenta mil reis por tudo; e ás outras dignidades
viam tnil reis acada Mim 'riais alem dos cincnenta mil
reis gire ora tem de seu ordenado tiara que (amima se•
testa reli reis por nista; eaos Vigairoa dar Igrejas das
tinelle Bispado dezoito mil reis sleM dos doze mil reis
que tern de ordenado para gire 11,1,06 ao mimo trinta mil
reis; o qual acrecentamento assy lhe Tareis na6 hmoenda
nisto' &gana ineonnenientes de conaideraçaa, eem coso
rine os haja sompemlereis esta trema até me anisardes
aleites com toda a enformaçaõ que tiuerdes cola cansa
p•recer.
III. Per vosru carta de 16 de Dezembro de 86 me
dizeis que he em prejuizo de minha fazenda e do potros.
no desse estado fazerensse as viagens de Maloquo per
OOOCICOLO 197

conta delio, peito muito que se nellas consume de gua-


arielhoria, eontra fazendo, eque áquelle tempo firm-
naõ einquo goolio9s naquellas portes com a melhor arte-
Iltoria desse Estado, eque vos parecia denerensse de faz r
estas viagens per conta dos prouidos deltas contraetan-
do,. com elles; epor ser meteria em que me naí1 dono
resoluta sem muito inteira e particolor inforinoçarl, voa
encomendo que ma ennieis com as rezo& que Imolos
pera se deitarem de fazer, ott se Grzercar, eoque danai.;
aminha fazenda os pronto]," delias, quando se coo; elles
coniratonolS, que se poderá ver pellas contas que os MOO
c:pitai-is lema de suas viagens e contractos que FP com
elle , fif erah-, e o que donG h, ra a minha fazenda os
que as hounerem cie fier que est:19 piouidos deltas,
pero com adita iuformaca3 e rchmo parecer que me tom-
bem enuiareis vos mau lar men.« o que houuer por meu
emulei, que se nisto faça. ,
IV, Posto que per JoaO3 'Baptista Engenheiro más desse
estado tenho sabido ahm,hronea que tende. da rosná-
coça9 de Baçairn, voe prema, derteruola de nom, en-
comendar, easco; ao I sois dem» pane., pena que tle to-
das etenhaes tiP3 porlienlermente CISMO a imporiaacia
de.ta moteria o pede.
V. flora A.fro.n Noradim filho do Guasil de OrmaX
mo !natio lhe mandasse pugnar ri que lhe era dmitte de
hnu.euseata reli par:lane que dia que o Conde tino Imita
de Attoydefendo Viso Reto desse Estado mandou tumor dos
fazenda de Dom Gonçalo 'de Menezes que foy Copiam. ;da•
quella fortaleza, por lhe constar que os recolhem da fusen.la
,in•c Peou por lateoitnento do pay clo dito Doto Alfonso,, e
os mandara tenor aeoraeitode do Goa, sobre o que Ino
ique se tratou demanda por sua any ie Inulo herdeis.,
ethieraõ sentença 'moiro o Procurador do minha fazenda
nesso s part.; pello go° vos encomendo e mando tine
todo o dinheiro, 0110 per sentença final em que naõ haja
'Molda alguma for ,lenido a estes hertleircá dar it toga D,
de que ioda natif tinerem auido pagamento, liso foçara
pagues ela quatro anos nos teadimelit08 da Alfaadega
158 secativo i.OaTUGTEL-OMEHTAL

da dita fortaleza de Ormnz, tanto em hum aux horto e(n


outro, e que escreuaes ao Guastl que hora he que terey
contentamento de elle casar sua filha com este Dom
Affonso querendosse ella fazer ehrist2, por mo cite assy
pedir, ecomo o dito Dom Affonso eotã inda afluo na fé,
mc pareceo deueruos auisar que vejam. se será bom en•
remetia algum tempo nessa cidade recebendo de vós
fama no que for Metia, porque poderia acontecer fazer.
lhe dano aconuersaça5 de seus parentes, s; logo se tom
nasce peta Diana; assy como ao diante podia ser de effei•
uno naquella teria. Es-
to peta a conuersaii delles verei-
crita em Madrid a de Março 588 (a).
REV'.
Fera o VisoRey da Ilidia. 2. via.

(No sobi:estripto)
Por Riltev.—A 115 Duarte de Meneses do seu Can.
relho do E;tado, Visorrey da India-2.' via,
(Livro 3.* fl. 285 )

48.
VisoRey amiguo. Eu EiRey soa inalo muito saudar.
Posto que peito que vos mereci os annos atrar sobre
uém aduertirdes nas pessoas culpadas nas alteradoens pus-
sedas pudera escusar tomentos a encomendar isto, mor.
mente na5 se offerecendo de novo cousa partieullar nem
cuidando que a aja, pois Me [MG auizais disso, me IX,
rec.> toolituia sopposto a callidade da meteria, »aí,' deixar
de noite tocar, e sempre semo bem que me escreuais
tudo o que disto entenderdes, ou de lula maneira, ou de
outra, que creo seraa confosme ao que deus esperar de
tais ummallos.
II. Nestas oitos uai embarcado buiu Dom Thome (que
diz ser Arcebispo em Armenta, eque se o em romaria a

( a) 0 dia do mei, está fim branco no original..


',SUGOU 3. 159

Santiago) por me pedir licença pera se ir nellas, e por


aia da India se passar a Armenia. Encomendemos que
tanto que chegar o façais Iogas partir paras. teria, por.
qae nam ey por mett seruigo que faça senhaa demora
nessas panes.
fil. Nas mesmas nãos orty Dose Sebastian. de Moraes,
Bispo do Japadt e porque de sua assistencia naqüellas
partes espero qué resultem muitos seruiços de .Deos, e
aoraeato darriella christandade, que foi a massideracan -
que tine era deuer ser da Companhia de Jesu o prellado
della vos encomendo que testo que chegar a essas par-
tes deis logo ordem a sua embarcaçaid pera faiscO, pera
que teia cota a reais breuidade que for posluel, e que
pera isso se façad com visita diligencia as causas de que
lhe fie merca pera o pont...icei esutheuclas na minha pro•
uisad, que vos apresentar., per que ouse por bem que
ao haessem nessas partes por nad aser tempo pesa as
lente de cá por as letras deste bispado virem de flu-
tua tom perto da partida destas neos, e a embareaçail
eeraa pera alie, e pera os Padres, e mais pessoas de soa
obriguaçad que esmagam lcuar, e que o had ducompa-
nhar em Japad; e lhe (areis dar o necessario pera sua
matalotagem; e por lida minha prouisad que uos apr.
acatará, lhe mandei declarar o que mais ha dasci mi
eada limo asno aliem dos duzentos mil reis do done
ordenado ao dito bispado, o que tudo Ilie fareis assentai
em hun das rendas desse estado em q .ue seja bem
pagais, e lhe possa set lindado em todos os asnos peta
esa despe. como I,e resad que seja.
IV E por serem chegadas as bulias que se rapara.
sarro de Roma do arcebispatle de (toa na pess. do
Bispo de Cochim, e do Bispado de Cochim no Padre
rrei Andre de Saneia Maria, sobre -q. vos multo es-
crito per outra e cartas, vad com estas vias, asaber, os
premias bulias na primeira via que lesa doam de 'roer
apitoo 111út na ano Sai. ;Çltristormd; e os tresllados
tenticos de todas as dittas bulias de ambas as pulseias
viri na. unos San, Thomé e Samoa
i pera pôr el.
100 ARCISIVO PORTUSIIISS•ORIENTAL

Ia, se po,ler fazer obra gaitando faltassem ao proprias.


E mim a primeira via umd as balias do pallio eo rneamo
pallio peco. o Arcebispo; ecom oelleito Bispo de Coehiin
fatais todo o bons officio pera que se anime eesforce pera
ema nona obriguaçad, como lhe encomendo por minhas car—
tas que mui) nos Mas que lhe dareis como nono já tenho
nindai sesorefler. pior outra carta; esambem escreoo ao el.
leito Arcebispo de Goa cobre as coas • letras por outros
cartas que vad nos vias, que lhe dareis, e lhe mandoreis
topo recado pera que se passe a Goa, tudo conforme
ao que vos já tenho escrito.
V. Trabalhandose muito por este anno ir Chancelle•
pata a Relamdo dessas partes, nafi foi possiuel ir nestais
mio., e iram nas do armo que vem (Deus querendo ),
eentretanto ey por beta que sirga o Licenciado buis
Gonçalvez, que ora estau no dito carga°. E porque o Li-
cenciado Jorge Monteiro, Gituidor de Coa, me inuiou
ora dizer qne eu lhe mandara pasaar hda prouisão per que
°une por hem que lhe fosse dado o primeiro lagoas de
dezeinbargador extramagante que uagasse na dita Rella•
çad, tendà a isso respeito ey por Lein que :atendo lu-
guiar miamo entre imite por extrauagonte, e na dita o.
uidoria dos letrados que de cá forem nestas nom,
que uos inithor parecer; e em caso que nellas tai) va
Wien', somada no dita O•tailloria, a ficará o dito Jorge
Mulltero MIO ateu co 'dento Reino mandar letrado
prouid0 leita. Ealefilli les11 Lisboa a xvij sie Março de
1)11)Lxxx•iij.
O CARDEAL.

Miguel de Moura,

l'era o Visorrey.—Pura 'risa Magestade ver-2.* eia.

(No sobre,cripfo)

Por RIRey,—.A DO Doaste de Meneses do seu cense*


liso do Estado, VisoRey da india-2. • via.
(Livro'3.* fl. 281)
',selecto 3.. 16/

49.
Visnrrey amigo. Na EIRey vos emalo muito saudar.
Nas nãos deste armo vão oito orfaãs das que esiaN reco.
!ilidas por meu n'andado no • tnosteiro das orfails desta
cidade. Encomendounn muito que tanto que as nãos
chegarem; ao facaes logo recolher, e deis ordem como
casem o mais brenernente que puder ter com pescas con-
forme asuas ealidades, eem que bem caibam as olbejon
que lhe derdes ma casamento dagneles que podeis no-
mear pera semelhantes casamento, conforme a conto vido
tenho mandado por minhas caras eproulsoNs, porque alem
de i,nt ser seruiço de noto Seoltor terei eu contentamento
de ovos assy fazerdes, eme escreuereis oque fizerdes.
II. Na N acabey inda de ver ameteria (que ficou já do
ano passado) sobre as prouisoNs que os, Visorreis desse est
tatus (a exemplo e por costume de Imos em outros)
pauta orilinariaineute aos Capitaás das fortalezas quan•
do vai-temi.. nelas, sendo omitaa das ditas prouisoirs em
grande prejuizo da justiça e de minha fasenda, eem mui-
to dano das partes, e contra o boru gouerno de tudo,
peno que vos eincmnendo e mando que conforme ao que
já vos tenho escrito nas vias do anuo passado vós advir-
ta. nesta meteria em quanto vos nai) in ando a resolit•
eali dela, de rit lixeira que a vades emcaminhando e dis-
pondo a naa aver nela tantas desordeno, e relia MC1103
terem eminenda o(gSiaa mais prejudieiaes em que pode
aver muitos escrupolos de eoaoieueiat e pois tenho de-
eencartegado a minha na vossa, bem vedes a obrigaçaN
rui que estsee, e de nouo. vos ponho. Escrita era List
boa, a sabiij. de Março de MDL.s.x.ablij„

O CARDEAL.

Miguel de Moura.

Pesa o Viso Rey.—Pera V. NIagestade ver,-2.• via.


21
152 ARCO! 00 FOIIT UCUSZ•OR1.1,1

(No sobrescripto )

Por EIRey—.A Dom Duarte de Meneses do cru Come.


lho do ratado, e eeu Visorrey do Imdia. L via.
(Livro 3. 11 302)

50.
Visorrey amigo. Eu EIRey vos enojo muyto saudar.
Caterina Leitoa que esmoa recolhida no mosteiro das
orfas desta cidade voy‘ ora per meu mandada nestas
haoe em companhia doutras orfas. Encemendouos que a
façais recolher, evos lembreis de seu emparo eremedeo
botneando•lhe pera seu casamento quando ,casar alga
carrego dos que pera este efeito podeis nomear eoreformo
ao que vos tenho mandado que façais sobre semelhante
°dás. Escrita em Linboa a xxbiij de Merco de mil
bcIxxxbiij. ( 1508 )
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pera o Visorrey.—Pera VOsa lalagentade ver.

(..2Vo Sobrescripto )
Por EIRey—.A Dom Duarte de Meneses do seu Coa.
telho do Estado, e seu VinoRey da Judia.
(Livro 2.* fl. 41)

51.
Vikorey amigo. Eu EIRey aos enojo muito saudar.
Tine agora auieo (por via de Marrochos ao tempo que
estas naco querem partir) que per haa galeote que de
Argel veo a Tetuao se entendia que eu Constantinopla
se pratica« querer oTurco mandar htIa armada aessas
partes, sendo o seu principal desenho °maus. e que fasta
isto a requerimento do Base de Barrota, e de mouros
dos que reeidem eu diuersas partes desse Errado; e poeto
que este avim, uai) seis tat) certo que se aja de fane, dei ,
.
le muito fundamento, me pareceo todauia enuiaruolo 110
Pasmam> 3.• 163

sleben ene otenho, soposto que se natoi perde nisso nada,


antes se ganha estardes preuenido, corno tenho por cer•
to que vos acharaft sempre todos os sucessos nafi espe-
rados, quanto mais aquelles que sempre forni* antevistos
nesse Estado dos que o goueonaraZio COMO hfia das prin—
cipas obrigoteohás do mesmo gonerno rine consisie en !ires
uençaii do futuro quando he contingente, mormente
quando esqui está tudo que quando faltassem necessis
dades eta hilas partes, nalt deixa de as enes elo outras.
E no particular de °nona iole remeto ao tio. vos escreno
per 101a das cartas da data de Madrid, e ao que com vos-
sa prudeneia podeis eausiderar nesta meteria; e, assyrn
me nat) parece necessario dizemos anila mais. Escrita
em Lisboa- a 29 de Março 1589.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pera o Visorey da India-2.• via.
(Ne Sobrestripto )
Por EIRey—A 05 Duarte de Meneses do seu COO..
julho do estado, e seu Visorey da Ilidia. 2. via.
(Livro 3.* fl. 293 )

5.
Eu EIRey faço saber a vos meu VisoRey egonernadot
das partes da India qne ora ROI. e ao diante fordes que
en sa6 enformado que quando os Capitai:is a que tenho
1.6 to meree das capitanias das fortalezas <lesse EAftd0
vng caíras nelas, e t.v entras pessoas erro PC OS cargos,
se lhes passaft pellos •Vissorreis delle algnásoproniso6s
pera poderem tomar per emprestiono certa confia de
dinheiro dttnvmrfuãC das fo onalezas era que batei de cernir
Pina Pes8.,raloP e proneito, egole o nen tornan a entre•
P.i. nem no fim mi* .PII tempo. senai3 COM delf,18(188, 8
d 'M'I8 MOO° trabalho as partes na remoias:mil dento. de
q."°"eetmmte,bIIamar.e mm empam e reineolio dois distaria
"l000n dito dinheiro ho,o e -outros muy perjuiliciat's yns
164 ÁltealVO PORS001782.0a1MÁL

conuenieutes de grande desseruiço de Nos e meu; eque-


rendo nisso prover de maneira que se evittem, ey por
bem e mando que tanto que esta minha defesa virdesi
dahl em diante vós nem vossos euccesores naS passeys
mais prorrisoès aos ditos Capitaas e officiaes nem a nen.
htia outra peesos de qualquer °alidade e comdicaõ que
seva pesa poderem tomar nha dinheiro doa dittos oder),
em nlora cidade e fortaleza dessas partes, eo que for ton
rondo façaes logo com efeito e sem <Maçai( algaa tornar
aos cofres donde se tiroti, nem se poderá por aia algaa
emprestar a nituf pessoa nem tomar peca meu serviço
por mais precissa necesidade que aya, nem ynda que
seya por tempo rony breve e limitiado, ecom comeina-
çaõ de pagainenio certo. E asy ey por 6firn e vos man-
do que a nhum dos ditos Capitalès eofficiaes paseys pra-
uleaõ que se entenda que encontra o bem comum, c
seya em dano e prejnizo particular de meus vassalos, e
com que elles receba() extroçoês, ynjustiças, engrauo. No-
teficouollo asy, e vos mando que cumpraes e guardeis es-
ta minha defeesa ynteirarnente como se nella conte" a
qual se registará aos Livros de minha fazenda, e da ca-
sa da judia, e nos Livros das merces desse Estado, e na
casa dos Contos delle, e nos Liuros das cantaras das
cidades e fortalezas dessas partes, pera a todos ser no.
serro, e se saber o que nisto mando. E quero que va-
lha, tenha força e vigor, como se fosse carta feita ern
meu nome por aio, nefanda e sellada com o meu sello
pendente, sem embargo da Ordenaçaõ do 2: Livro, ti-
tu], xx, que ocontrario .disprie. Joaõ de Torres o fez em
Lisboa a xxj de maneiro de artíbolxxxix (1589). E eu
Drogo Velho o fiz escreuer.
REY.
Miguel de Moura.
Aluará per que Vossa Magestade ha por bem qtle os
Viseoreis e Gouernadores da India na5 parem pronisoEs
nos capitaas dne fortalezas daquellas partes, nem aoutras
peorose delias pesa poderem tomar nhil dinheiro dos m.-
150% 110111 que encontre o bem comum, pela maneira
rsselocco 3.* 16É

teima declarada—Pera V. Magestade ver todo.


I.. via Livro I.' fl.. 25-3.. via Livro dito fl. 16-
4. via Livro dito fl. 261

53.
Eu EIRey faço saber a vós meu VisoRey egurruer•
nador das partes da India que ora soes eao diante fordes
que por ser certificado das moitas desordens e'conluvos
que atee aguora rume no neneimento epagnamento dos
soldos da matricula das ditas partés tanto contra oser—
viço de Ocos e moo, e em domou de minha fazenda, e
em perda das pesoas ganas vencem ,como tudo he noto•
tio, e querendo prouer nisso de maneira que se euittern
estas tatu grandes e prejudiciaes desordens, ey por beta
eme praz que tanto que este virdes façaes lagoa orde—
nar netas partes limos nonos em que se esercuam e ma.
tricallem todas as pesoas que oye andam em meu seruiço
nesse estnlo, e as que ao diante entrarem asile, devia-
randose em asas titolos aliem do que ater aguora se
costumou alguns sinaes do rosto, eoutras confrontaço2s
per que -as proprias provas se posa', conhecer sem oito
poder atter engano algum; e que os paguatnentos que
se comerem de fazer pellos dittos Raros se /1,:t; faquir
senart ás mesmas peroas justificando primeiro judicial-
mem.. onde e como seruiram, equanto tempo; eoutrosy
ey por bem e mando que os Furou réditos da ditta ma—
tricula se recolha, em parte onde cotem bem gourdv , '.•
seguros, efechados, éque por elles se faça paguamento
do que for deuido as proprias pesoas que c• requerem
(Ilz), ou a seus herdeiros ator o tempo que se lizerern
os dittos raros nouos, por quanto dahi em diante se ha•
de pagas, por elles 005 que sentirem e esduerem nel-
es ma tricullados;jostificando como eonde seruirao pel-
k maneira asinta declarada, sem per nen111 caso se pa•
guar soldo velho nem nono apesoa alglla qne nad fora
propria que o uenceo, ou a seus herdeiros, e que elreé
narì postró pasat, vender, nem doar a pesos algda, nem
P‘er eamolice, nem vós nem as VisoReis egouerna•
løfi nRelliVO PORTOUEZ ORIENTAL

dores nome subcesores dareis licença pera ito por qtres8


to por esta minha prouisa0 desagora pera cotai; Ey (lett
bem que nata aya errei°, a tal licença, ede suspender e
derrogoar nesta parte tis poderes que vos tenho concedido
econceder a vossos subeessores, perta asi se poderem cob.
lar tantas desordens em tanta perda das partes eem tom
grande prejoizo de meu seruiço ede minha(recado. Nos
teficormllo asi e vos rnarndo que na forma que se nesta
minha prouisari enn ,hem, aeatnpraer egoardeis, e façais
comprir eguardar ynreiramente, aqual ~roei compri•
rata vossos subeessores, e se registará nos limos de mis
aba fazenda, eda casa da Indis, e no principio doe li•
uros norros que se ordenarem da ditta matricula, e no
firn dos filtros velhos delia, eassi na casa dos Contos
demr partes, pera se a todo tempo saber qne o °nue asi
por bem, e qnero que ualha, tenha força e uigor couro se :
tose carta feita era toco nome poemita atinada, e patas
da peita Chaneellaris, posto que por elle nota pese cera
embargo da Ordensça0 riu segundo limai, titulo 20, que
conrrario discomn. Joal) daralroyo o fez mo Lisboa a23
deJaneiro de áll/Lxxxix. E eu DiogoVelho o fiz escreuer,
REY.
Miguel de Moiam.
Atoará per que V. Magestade ha por bera que te façllo
na Intim horta nonos da roatrienla, eque se matriculem
todas us pesorm que naquellas partes seroem" a V. Ma:-
gestade, e 'limai em diante seruirem atilar, eque se ima
Venda, nem trespose soldo, nem te dem desittolla pela
maneirs °corta declarada, e que valha como carta.—Pera
V. Magettude ver todo.
(3.' via, Livro 1..11 1.4-4.' via Livro dito fl 29)

54.
VisoRey amigue, Eu EIRey vos coe ia moiro Pender..
Per hor) vosa carta de '2S de Nouvinbro de 87. me de.
zeis nt, fbc, sopgad, mcIsd, ftrolorngotord, ftesgbd,rbriltd,
sgmdrrob 31, ohoalbezab. (calhe, :ft, abra, obacalb, to»,
vasmccuo 3.* 167

demob, ot,mapnsitcs, aba, maltelb, ot,sfbe, eme, ot, guirris,


subdIselm, eofnst, 31. fbillb, 31, hei, ordltri, fbgeb,
umoinlb, flac, esba, Iteotd, rd Ir, egrnd b, fito, useis, ame.,
gbil,etdbngtctmil, ta, ascese, d 1. (remo, ot, bcagp,
age, emulo, selbernb, gtetqt.b, sieininbems, tselfb, sil•
Cite, bIt, etodib , sen., tlmgt, sfmgtaneba, Ir, rrr,qtdlrd,
<Wh, feclmognse, fbe, otagoilb, alg, dteginub, tubarbeat,
elaginb, tummisob. 3t, ri, talgob, bfebugcso, tfbillb,
3t, eltpbcs, cebo', sme, .emillb, ubgds, ot, ebgb, ira, xt, 31;
ialbobil, bilusdbd, nbe linaptaltd, <Adis, asilei., til ltmd
leba,sogiciniob, tot, dbict, sgindo, abato. giotd, 3t. tnebfroli
fbmd, risbrn ,ot, 'seis, mafbels, Caere, ubab, Itctind, lel.
iecmob, (qe por alglias cartas parlienlares pera abe fostes
auiriado <te Dom Antonio Prior qe foi do eram era cairia

de Inglatsra com imtento de por eis de Veneza se pesar


O Costantinopla, eqe posto qe lhe destes pouco credito
por amue terdes este auiro por carta minha nos resolue•
reis em man.lar secretamente per aia de Ormuz hum
5Iiser Antonio Venezeano a Babilonia e Alepo a saber
oqe nisto aula; e tine a preme mortoin gr fizestes »ceie
particular por de milito meu seruiço, econforme ao zelo
e cuidado qe temdes de em tudo o procurar; e posto qe
ategoranaorn aia nisto conra de nono ,bem lie qe em todos
es casos contlingemies desta meteria esteia tenni adure-
lido e de sobre cairo como cedes qe ela o pede, pois
'com detenta importancia como tereis entendido). E aliem
do que fizerdes conforme ao que os annos ;irisados vos
me auisarbis sempre de tudo, eclareie resguardo
ao que souberdes destas minas. ftc, grne, os, gteigtsebd,
fbe, 3r, t, maltam, 3t, ubmied,osIge3ms, edesba, oses•
ba,ege3 e,rrtelrrl. (per aia tie Venezeanos, lenge ee eme
temde qe das coesas de Turgia as naorn daraom emacia
'vit., (a) Escritta em Lisboa a24 de Janeiro de 589.
REY.
Miguel de Moura.
Pera oVisorrey.—Pera Vossa Magestaile ver-3.' via.
DO A Cifra Co a...ala que hm eaplieadr Lia ÁVarae pag 147
letEt atentes TOMMOURE•ON

(No sobreseriptb )
Por EIRey—A D5 Duarte de Meneses do seu Con-
selho da estado, eseu Visorrey da India.-3.^ via.

(Livro 2.. II. 45)

55.
Visorrey amigo. Eu ElRey vos envio muito eander.
Por bua vosa carta das vias do anuo passado ententlfr
que pelas muitas desordens com que procedeu DO Luis
de Menesses na fortaleza de Damen- os Ires »noz geei
atraio de Capitaõ dela, e por vos serem feitas muitas
queixas dele as, de naii.eornprir as prooisitõs que pene
eiê pecastes, como de °atroa caSSOS exorbittantes que coro,
teu meu serfliço econtra o decoro que se deste a minhas
justiças tinha eumetidos ma:tildastes ao Licenciado Gas—
par de Meneláo desembargador da Relaçâo dessas por.
500 devassar delle e soipeudelo da dita capitania, posto
que loy ya nO fira tios Ires annos que nela avya de re•
cedro, na qual deitasse e resideneia que ee lhe tomoo
sou tailbetn yinformado que comete° muitas desordens
eexcesos contra meu seruiço, eque na deuasa que se ti ,
rua dele se naõ procede° COL. O rigor e debgencia que
Puas culpas mereeião; pello que vos mando que tanto que
virdes iate minha carta Licites logo prender o dito DO
Luis eci prizaõ segura, c o enuieis prezo e a bom re-
cado aeste Revim torn a 41eUassa que dele tirou o dinr
Gaspar de Meneia°, que vos Cuy entrege, e coas os tres•
lados de quaesquer autos ou sentenças que neste caso
e"eyail dadas, e ysto sem etnbergo de ser lá dada sen.
traça ai, caso, o o dito Dona Luis esteja por elle lime
dele, porque asy o ey por uiva seruiço; o que ynteira.,
mente comprireys em todo casso SP114 douida nem erro,
bargo algum, porque asy volít manda expresamente.
11. E ootrosy eji• pot bem e mando que o dito Gas-
par de Meneie° se venha nas mnsmus rráon pera este licy•
no por algfis respeitos de meu seruiço; e ey por beta e le•

Um ..1.4 dados nessas partes os treslede:: de quaesqacz


Imitem-imo 3: 189

autos, denassas, e papeis que ele pedir, e os estrume,.


toe e certidoGs que elle disser que lite saG necesarim
M.1 descargo, o que tudo comprireis taõ inteiramen•
te °moo de vós confio.

III. Nas vias do anuo de 87 vos mandey per hfla


nha prottisan mandaseys denassar particnlarment• de
Dom JoaG da Gama pelo Licenciado Diogo dalbmpter-
que Onuidor geral desse estado sobre as materias de
Cosmo d• limito, e o enniaseys preso nas Mos que o nu.
tto passado viera& dessas partes penas Tines me escre-
neys que o dito Diogo dalbuquerque hta continuando com
a(teuassa do dito Dom Joaõ, e que elle era ydo fazer
tala viagens da China por seu yrmaõ Dom Nligel, e me
anulastes adeuassa que odito Diogo dalbuquertpte deite
Moa: esendo este casso de tanta consideraçaff eexem-
plo, naõ posso deixar de vos estranhar mnito natI terdes
procedido nele conforme avossa obrigacaG, eao que vos
tenho mandado eserener que firmeis no castigo de hü
defino taít atros, tal pablico, ede tanto tempo como o
dito DG JoaG tem cometido; e que ern se lhe disimular
atégora se deu ocassiaG ase preto cometendo outros tantos
contra oseruiço do Dem emeu, e ao que conuem ácon-
sernasaG tia justiça cuja autoridade consiste ynda mais
no modo ena breuidade com que se nela procede, que
em se fazer ynteiramente • pelo que vos mando que tan-
to que odito Dons Joat3 Chegar da China ofaçaes pren—
der em ferros, eque com eles" sem se lhe tirarem na via-
gem seya embarcado pera este Reino nas náos desta ar.
moda em que virá a bom recado (: naõ o tendo feito nas
do sano passado ) on nas primeiras depois de sua che-
gada da China, elhe mandeis socrestar toda una fazend•
eentregar a pessoa segura eabonada esem sospeita por
youentario (que me enuiareis per vias j peca della dar
•todo tempo conta com entrega l o que asy comprircis
seta eontradiçaii algRa e com taro dernonstraeoés que
seya sua prisaô eo modo della notoreu nessas partes.

22
170 MICIIITO .PORSOGI7E,ORTENTÁL

Escrita em .Lisboa a bj de feuereiro de mil bcIxxxig


( 1589 ).
REY.
Miguel de Moura.
Peca o Visorrey.—Pera Voou 51agestade ver-5.• via.
(No soloyscripto )
Por EIRey,—.A DO Duarte de Meneses do seu conse•
lho do Estado, e aba VisoRey da Indra3. via.
(Livro 2. 11.• 48 )

56.
Visorrey amigo. Es EIRey vos mordo mujo& saudar.
Vy orpm me escreuestes em carta de 28 de.nouembro de
87, sobro o marido em que procedeo Manda Afonso de
licito que Deus perdoe na armada em que o mandastes
por capirad mor a corta de NIelinde por qtrito avemturado
estatno pulo o daquelas partes adar muito trabalho aes.
Se estado; e receby muito contentamento de entender
qutio bem nisto comprio com sua obrigaçad e corno se
mine. coca os Reys e'Senhores daquella costa; e porto
que deixase castigados os reueys e quis furar; contra
meu seruiço, porque pudera acontecer tornaremse a re-
lve'ae por godo vexinhos teia os Turcos que os podem
yncirar a yisso, fos encomendo que trabalheis por saber
sempre os ymensos destes Reys eo modo em' que estaa
e procedem nas cousas de meu seruiço pera acudirdes
o tudo como virdes que coimem. E da morte de Mastim
Afonso de linho me pesou; ede sua molher e filhos de
que me fazeis lembrança a terey pera lhe mandar res.
ponder conforme ao increcimento de smis seruiços,
.1I. De a nas Saluarter yr ter aquela costa de filelinde
estando nella aarmada em que Ida Mardm Alfonso use
por merce de Dem, e por descuido mono grande deixeria
•partir da ladro eetando•tad fraca' e perigossa, sumo sou
'enformado que eStaua, e vindo rad sobre carregada corno
aze outras que 0€ perderad; efoi bem.feito ordenar Joaõ
Gomez da Sylua capital de OrMuz acua aio •m que
PASCICULO 17/

pudesse vire earrsga deita pera este Reyno como me es- .


°reser; e elle taiibem me diz por liste carta sua, por
chegar esta alo &doador tal -desbaratada que com mui-
to trabalho se pode leuar áquela fortaleza de -Ornit., e
se a nau em que se pássou a carga della partio pera es-
te Revnu (aonde sal he chegada até ora )se podo cuidar
quelhe aconteceria algum desastre on tornaria arribar.
III. E receby conteniarnento de Symaii da Costa le-
sar a essa cidade de Goa a atinada: de áfartim Aflua.
eu de Mello-sen gememo, que lhe foy entreg'e depois de
.1 falecimento, e pelo que de suas partes e seruiços me
esereneie terey lembrança de ver sua pctiçaii elhe man-
dar responder aela corno otmer por meu senti..
IV. E asy tine contentamento de Afonso Vau Viegas
que me esereueis que foy por capitai,' mós de I.% arma-
da á Ilha de Barem ser bom recebido do capital dela.
e asy os mais portugueses que coes elle fora() naA que-
rendo antes disto recolher nella ao guozil d'Orinus- seu
yrina5, eque dissera riSi mesmo Afonso V. que sempre
teria aquela fortaleza por esse estado cento leal e cerda-
deiro vassalo dele; evos encomendo que aviseys soca..
prtaa (BOrrouz que sempre tenha muito particular cai.
dado de conseruar em. meu seruiça este Ma 'de Bareta
porque sou enformado que por algeão vezes foraala-
les de Turcos aella.
V. E quanto ao que me dizeis que despendestes no
apercebimento da armada de filelinde perto- de- setenta
mil pardaoa afora a despeza que depois se fez com ella
em ()mus com as merces ordinarias dos capitail'o e pau
gas de soldados linr enixeraarein naquela fiirtalivaai;
quem mesmo se fizera com a armada de Ruy Gon-
çalves da Camara, e que posto rine nestes prouimentos
" naii despendesse a quarta parte do rendimentn da
me.smo fortaleza f&ra ocassiaZ pera o capitao e mais
oflielaes dela vos ,
sal mandarem depois que la estai;
deueys ordenar se o ya naa tendes fel-
" de mandar tomar conta do remdirnento desta for-
taleza e das rendas das mais fortalezas desse estado;
112 »meu Q.71180«.01/

que forem obrigadas acodir com elle a Goa para •que »e


ponha todo em taõ boa arreeadaeaõ como colmem eas
necesidades do mesmo estado o pedem; efoi bem feito
escreuerdesme adespesa que se fez com a armada que
enuiastes ácosta de Melinde, e vos encomendo qne me
enuieys nestas nãos bl caderno das despessas feitas com
todas as armadas de vosso tempo em que se declare
particularmente adespensa de cede Ima delias, eo meia.
ma cuidado tereys das que daqui em diante fizerdes.
VI. E any vi o modb em que me citeis que ae
despende o hum por cento naquela fortaleza de Ormuz
que tenho bor bem feito, e vos encomendo que asy o
mandeis fazer daqui em diante.
VII. E quanto ao que me dizeis que se naõ deuem
de dar titores aelRey d'Ormuz como aos tenho moa.
dado escreucr, e que está o capitaõ Joaõ Gomez. da
Sylua tanto deste parecer que vos escreue que se de«
conceder a este Rey jurarse seu filho por erdeiro da-
guano Reyno, sobre que o mesmo Rey faz grande yns-
tancia e vos escreueo que vos daria por ysto coremt
mil pardáos,pera o estado, eque posto eme naõ estaueis
em tempo de engeitar dinheiro sendo as necesidadea dei.
is tal grandes sal vos pareceo cousa justa nem de meu
aeruiço coneederIllo por esta via, etelhem porque asila.
na em Goa Xeque Yoette requerendo sua justiça sobre
apretençaõ daquelle Reyno, e posto que tenho manda-
do ver os autos destoa processos pera delles ter enforma.
çaõ, ey por mais meu seruiço que se determine esta ma-
teria na Reiaçaõ desse estado polo estaõ lá as parte.
que haõ de requerer nelle atm yustice, que vos cuco-
mendo iaçaes guardar ynteiratnente a qualquer delles
qio adjure, e foy bem feito sal aceitardes os corenta mii
pardeos que vos offerecia elRey d'Ormuz, porque nunca
moerem por meu serniço que per taes moddos se feçaõ
estas couves, mas que o será entenderem todos oque eis-
«, he bem que aailattõ.
VIII. 11 trilhem vy.por vossa carta ocuidado que má-
dei-da saber Q8 8Vi88011 dee galés ove se armaõ no se-
PasetenflaR.' 1713

treino de Mega eem Baçorá, e com que yntentos, que


he meteria de ta?, grande importam:ia pera todo corno
rabeie, eque per ey mesma se encomenda, easy mearia
pa rece necesario repetimos o que sobre cila voa tenho e.
carregado, efolgarey de me aviasardes do caminho que
yntentarad as galés que me esereueis que flormaR em
Adem, e trabalhardes por dar ord, m como se queimem
asando peru ysao ocassiatI, que se deue procura.r por todos
as bons moddos que otruer.
IX. E quanto ao que me dizeis que o Alferes Toée vos
escreueo que hia acabando o baluarte nono que fez na
ylha de MoçaRbique com que afirma que ficará de todo
deffensauel, eque fizera grande dilligencia sobre o des-
cobrimento da ylha de Sat. Lourenço, e tinha feita paz
som elRey de Masolaga que dera em seu Reino hora
afilio muito acomoddado pera feitoria peca que tinha no•
meado feitor, eque era hum porto muito grande e seguro,
emuito acomodado pera se rue nelle comercio; sobre que
tatibem me esereueo o mesmo Alferea mói.;matezia he
esta pera antes de me resoluer nela querer de vós mure
larga enforreaçaa, eem quanto a uai,' tenho, ey por meu
recarga que •se nati faça neste porto niffi forte nem casa
pera feitoria, e somente se deue continuar o tretto deite
pera com esta acassiati enojardes aquellas partes .algas
Religiossos eos yrdes conseruando nellas pera poderem
Komolgar edilatar o evarngelho, que he o que principal.
mente pretendo de todas minhas eomquistas; ecom ca-
le primeiro yntento Premira Drou que pello tempo era
diante se comsigati deste descobrimento muitos proueitos
comoddidadee a esse estado que obrigem ase fazer
milhe coma delle pera todo ri mays.
X. E .y me dizeis que mandastes comprir o que voa
maadey escreuer acerga dos Regimentos sobre o trato
das fortales.as de Çofalla e Moçambique de que logo
avissareis o Alferes mi.; eque avia nisto algas ynronui.
Mem. a que or officiaes daquelas partes naa podiaa dar
"'da, porque oque se coatumou ha corenta anuca agora
ara, amudança das cousas e do tempo ficaua danosso.
174- encurVO PORTITOOEZ-0121.TAL

nela- declarando em particular quaes seyaõ estes yncontti.


nientes que senifficaes ;eporque naõ comem a meu seta
uico tratasse denta meteria peru somente dela formarem
mastro, os capitula daquella fortaleza peta me alegares!
,jae recebem perdas, como ya o começa afazer oAlferes
mor, sem se dar a execuçaõ 9 etunmumento dos Regi•
mentos della, vos encomendo que os fames guardar e
em- 1ND na milhos forma eordem que puder ser, que sal
•faltara remedeo ao que he tanta rezaõ que o tenha, edos
ynconuinientes que nesta materia se vos offereeerem me
avissareys pera vos mandas sobre eles ~eller o que
mays omer por meu seruiço que se ia«.

XI. Taabern me dizeis que tiuelles o amo atrae car-


tas dos Religiosos e eristaõs que estar» na Ethiopia eda
Iffante Dom Ima, tio do Preste, em que se mostra de-
seyosso de se aquele .Reyno remedem, peru o que pede
armada e poder, ediz que com o seu, ecom o que tem o
Bernagais que talhem he affeiçoado a meu sereiao ayu•
dera a deitar os .1.0imos daquellas partes, efaro outras
musas de ynyortancia; pelo que vos encomendo que
asy a ente primepe como aos cristatts que residem nas
terras do Preste vades animando com coam e esperan-
ces até que oternpo e as .necesidades doestado dem los
gar pesa ée poder acudir a. esta cristandade, coma tal
desejada dos senhores Reys meus enteemos«, e que
eu sumamente desseyo_prosaegir.
XII. E asy me dizeia que saí,- tal incertas as nonas da
Fervia que em lugares muito vezinhos e em poucos dias
se daõ hilas muito diferentes das outras, e COMO seu de
tanta ymportancia avisardhsure sempre de todas a, que
plhdelties ter terá imito meu seruiço procurardes as mais
certas, e vos encomendo que my o façaes, efoy bem fel ,
tu mandardes ao Xá a seita que lhe escreuy per via d'tli•
capitaõ de Orme., epor que lhe tenho mandado escretmll
pelas náos dos amos passados alem das que foral em on-
tem annos de que yntla naõ tenho reposta, me pareceo
onal deuer de fazer pedias deste nono ate nriet sei re-poS•
pasmem.° 3.* 175

ta sua, e trabalhareis por ter com este Rey . toda a boa


Correspoudeocia que poder ser.
XIII É sobre o que me esmoei' do avisem que ti.
nestes sobre Dom Antonio que foi Prior do . Cratto, em
rarta particular vos mando eshreuer isobre esta [Imitada.
XIV. Tarabein rne dizeis que 'pena viu de Dyo e
outras partes tiniteis mandriem espiar o estreitto de
Meca pera antes de entrar o ynuerno poderdes saber Co
saira3 alcuils gales e o que lizera3, que foi acertado, e
asy o será procurardes per todas as vias de ter sempre
avim, das cousa* deste estreito. fe. sobro os quatro yrrot
grasses que em tempo do Conde Dom Fradeisco Mas,
eareniats foral a Ilidia, de que mu dais conta que era3
mercadores, e pascal aquellas partes to com esse ynten-
to, e que cal mostos tece delias, e que oque ficou era •
pintor ecassado licitas, tuilaiiia por sinta desta enforma-
ça3 que me daes vos torno a encomendar que (esses
mais dciligencia por saber o }intento de sua yda, e dos
culpados . fogfila dos tres, como vollo mandey escreuer
pela armada do asno passado cru que já tereis procedid o .
XV. E intuam ao q1le Ice esereueis que v,t oral che-
gadas castas do capitai. ; de Columbo em que vos dona
couta com o fida,ta agioilit fortaleza muito apertada do
Raio', e cometida por muitas vezes com ytopinta ede-
ter:M.94 comi:mando corri as malas e entulhos, ao
que logo rnandanes acoilir ema armada ecoeorrus de sob.
dados e mantirnontris, e que finalmente Jezieis prestes
Manoel de Sousa Cominho com outra grossa armada e
de muita gente pesa yr descerriar rata fortaleza; foy [tido
omy bem feito e &informe a grande confiança que de
vos tenho e a vossa obrigaçnõ em tal caso, em que mo
ey por mui betu sentido de vos; e comfio ma esereunes
',cilas primeiras naos que vierem que do cuidado e dil-
ligencia cum que acudistes a esta fortaleza se oonsiguiraa
todos os bons effeitos <pite se espera3.
XVI. E talhem me does conta gne tendo mandado a
I.iuM Antonio Borges para seruir de Juiz dalfandega de
Coabita por ter partes para ysso eser bemquisto naqudla
114 AlC11•15 rorrormaz•earzwess

cidade e entenderdes .que folgaria elRey de Coallim tpse


seroisse elle antes este cargo que outrem, aremdo dotes
Ou Ires messes que estava de posse se moueraõ dunidas
entre hum dos escrivais daquela alfandega e outro.
que era criado de -Nicoláo Potro Cochino a que tinireis
prouido deste officio em vida por elRey de Coehim e
elle volto pedirem ao fazer do contrato da Meseta al•
fandega; e que entendendo Nicoláo Niro que nal,' po•
dia este seu criado deixar de ser desaposado do ear•
rego pela patente que mandey passar ao que foi pronidq
por mim, e tel mandado que se fuá prouessem estes
carregos s.ed. ;. por Ires ;tonos somente, negoceara colo el•
Rey de Coehim que se toostrase disto enfadado, e na6
coo •entise que Antonio Borges sentisse de Juiz pela pro•
nisaZi que lhe pesastes nem o eseritut8 pella minha que
tinha; sobre que Nicoláo e este Rey fizerat, algBas jun.
Na em que soltara pallauras com muita arrogancia, e me
afirmais que tem ynteligeocias cosi o Rajii e com Cunha.
In yrnigos desse estado: e vos parece que cera meu sere,
ÇO desenganarse este Reg pera que emtenda que o ninT/
pode ser sena," em quanto o cá mandar fauorecer e ayn•
dar; e posto que aya resoills poro se vsar com elle na foó
trás em que vos parece, por outras que se me offerecern,
vos encomendo que procedam scom este Rey com mui.
tu tent,, e ilisinnulaçaii e na Milhor forma que poder eer
ficando a autoridade e reputaçaá do meu &enliço no lu•
gar que se lhe deue soposto o eleito que ymporta em•
caminhallo e consentido, porque nao-connem 9 Men ser.
orço nem ao bem desse estado rompente de todo corá
Olhe, einda qhe pareça que por ora se esquece em algum ,
metido da sua obrigaçad ern rneu seruiço eda que erdoa
de seus •antecessores, he reZ9Z5 que eu me lembre da
que lhe neta Conta tem tanto petas mereci que deita tem
recebido como por serviços feitos aelle pelos de que elle
decende. Opor este inotldo guiado com vosa muita pra-
detunit its de crer que elaey de Cochim torne em .sy.
erine ynd per contas d,e interesse entenda quanto Inata
ganha em fazer ó que te obrigado, equando outra cocó
rasoccrho 3.• 17/

sa fosse '.enta3 elle mesmo seria quem mais tiuesse coa.


tia sy. Escrita em Lisboa a bj de feuereiro de de mil
quinhentos oitenta e anue.
REY.
Miguel de Moura.
Pesa o Viso Rey.—Pera V. NIagestade ver.-2: via.
(No sobrescripto
Por EIRey—A DO Duarte de Meneses do seu Con•
selho do estado, eseu Visorrey da India.-3: via.

(1." ris—Livro 3. II. 374 4." via—Livro 3: fl. 380 ).

57.
Vissorrey amigo. Eu EIRey vos enuio muyto saudar.
Antre outras cartas vossas que receby pelas rias que
viera3 pelas náus do anno passado a que vos mando res-
ponder por outra, que va3 nestas vias, vy as que me es.
ereuestos em 23 de nouembro de 87, e foi muito acertado
mandardes aeste Reyna pela via de Omitis aMiai) da
Costa com as noites do bom sucesso que Mastim Arome°
de Melo cite Ocos perdoe teor na costa de Melinde crua
a armada de que °encarregastes, e asy do aperto e tra-
balhos da fortalesa de Malaqa, posto que chegou muito
pouco tempo antes da vinda das ridos. E. pelos riscos
que ha nas cartas que vem por terra sempre deuem vir
eilTra as maltesias de segredo, e os particulares dou•
troa, ynda que seyaõ pnbricas, e escusaremse estas via.
gens da terra quando na3 ottuer tempo pesa serem mays
breves que as do mar, por que avendo de Ser saibas
casy no mesmo tempo corno aoora foi com a vind a de
Jalia4 da Costa, 500 fleaõ senil% de muito elfcito.
II. Do moldo em que procedestes e acodistes ao sesgo
eaperto de Malatia com a armada de que foi por ca•
pito.,a eller Dom Paulo de Lima estando ta3 ympossi-
billitado esse estado do necesareo peru eito como diseis,
etendo antes disto feitas as duas armadas em que foi

23
.01 micolv0 SOISTAarMS,ORtIMTAL

Roy Gonçalves da .Cannara,e Martim-AfronSo.„4c. Melo,


eAilligeacia e breuidade com .que se.. esta.arrihada
derma que anecesidade daqueláfortaleza,pedia.foi coa.
forme á muita confiança que de vós tenho, e de tudô re-
eeby muito contentamento; e espero saber muito cedo
per cattaárossase sucesso e vitorea que esta armada te.
rielRey de Jor de-queime ceztiffiequ truj- iat') d'Abre4Ede
Melo que nela foi, o- vinha ..111 carias de Dom Paulo
que se perder.", corno yá tereis sabido, eaos fidalgos
que nesta armada ate fr.() sentir mando escreuár it can-
tentamento que disso tine, e como me ey por bem arr.
cartas vaR nau -aios; upeorpeadomac.,[pr
lhas mandeis dar. (a )
111. E como elRey de Jerthe vezinho da portá da for-
taleza de Malaqa e hia em tanto crecimentoáeu poder,
c,chegou a tanto`apertiá alqueirt fortaleza Come me -eeere•
nels,'qiie se pode- aves por mais -perjudicial -yurigo dela
e voam pera se arrecearei. o Daehern, pois anã somente
a por em cercos e apertos muitas- veeety mas-. de todo
vay fitando os rendimentos da mesma fortaleza, obri-
gand,r.a todes-as naos e-juncos de mercadorás que leu°m
suas merhaddrils -e' sufi pagar seus- chreitõs a' Joe, erit
ealm que'. boln. Paul% .de Lima senha desbaratado este
Ré). e-poste por lana a sua fortaleza coroo csXler0 que rio
eserécuteo qee esta friso, vos encomendo que dele ordem e
(Yrodure,,S souto O dito Rey a mia posa' maga reftlacr •nem
fOrtifiCat. E porque me-foi ditto que seria moita CohuinisoM
peta aegurança da fortaleza de IValaqa mandar fazer hum
forte -no mesmo sittio.de Jos, em que resialcõ, aléfis solda-
dos, voe encennendo que sobre este particular torneis os
pafeCcres de algüs fidalgos e pessoas do ,experieficia
que4las partes, ecom vosso parecer me escretmes se -será
Mak, Setaiqo e segurança de Manaria luzerna este forte
Cm Jaspe ,ouse opa de fazer ou, na, S, c.a iorMs a-en.
emendar de Doso tgle se _naó. (Orne álqrtiffiear est,Rey

( a 1 Dl. • margem «Mie. oontemporapealletas eartas .


d)it
fidalgas traft toettrthst."
~cuco 3.• 1$9

erre retazet a força e ponottçitõ que tinha naquela

IV. E quanto ao que dizeis que será seruiço meu e


proneito de rainha fazenda contrataremee os terços e
choqueis do mau° que vem de Maluqo com os capitule
das viagens pela muita despesa que st faz no apercebi.
mento dos gaierrõs em que se vaiii fazer sem resultar a
minha fazenda proueito algum como ya mo esereuestes
pelas nans do anuo de 87, sobre o q.e voz mandey que
:fie enuiaseia niglias enformaçoõs que espero que venhati
nas primeiras na.; tanto que as tiuer voz avi.arey do
que comer por meu seruiço qoe se nesta meteria faça,
V. Poys a pouoaçaR de Macao esta cora nome de ei—
dade conto rne escreuers, bem se pode cora esta °ceai-
aõ ordenar que procedial com gouerno que se dene de
procurar per todos os moddos positteis, pera oque Gime
por meu seruiço mandar nas naos do anuo; posado o Li-
cenciada Rodrigo Machado Barhossa pera nella me ser-
úir de Onuidor, que. he o mera eram que se pode equiet•
far a gente daquela pouriaçaiii, eçvitarernse os bandos
que me esereueia que ha nela. E a este letrado vos eu-
tommido deis todo ofanor neeesacio pera que p.a proa
ceder em sai obrio ' açai7 como coimem a meu semi. e
rijuietacaR dos moradores daquela pouoaçaiii.
VI. Receby desprazer do que me escrevestes sobre
Frei Maninho Ynaeio de Loyola cometer na pnuoaçaõ
de Marno . liuiandades eriesmanehos que dizeis, pon-
doa em muitos trabalhos, earriscando aentrada dos Re.
ligiosso s da. Companhia de Jesa na China, que' Iraa fa-
aendn muito (mito naquelas pastes. E posto que o an•
co Passado vos mandey escreuer que tal conaintiseis
antrasse na China, eo ateseis vir com seus companheiros
a Malaqua pera e Bispo daquela cidade lhe limitar os
Egares em que aviai; de pregar- a evernigelho; por o
dito Frei Martinho vir ter asetes Reynos; pela via do
er'ú depois da chegaria das tinos doanno passado, vos
avisearey por outra carta do ,que a elle toca, eCOM Os
55 companheiros que Ia fineraó" se precederá na urdem
180 MICRIVO, COCTIHM6C•OATECTAL

e- maneira que vos mandey escreuer o asno pensado.


VII. E quanto ao que dizeis que o Bispo da Chin•
fora enuernar o anno de 87 a Cochim, e depois se foi
• Goa requerer o pagamento de oras ordenados, com que
o acornorlastee peta se' Irai, de tornar logo peta Mac»,
tenho por acertado o moddo cota que procedestes com
elle. E reetby contentamento do froito que toe esereueis
que fazem os Religiossos da Companhia naquelas pra.
ninei» da China, ede mandardes os fidalgos Japo d-s que
vier») a este Reyno peta oJapaõ como Padre Alexani
dre de Valinhano, que pura lá foi por Vissitador. E por.
que tenho entendido o muito (mito que naquelas partes
se faz na conuersaii dos gemi» delas, vos encomenda
fauormies o ajudeis os ministros que andaõ incuta obra
tanto rie eu-ranço de Deos e meu em todo a que puder
ser conforme acoroo vos tenho encomendado toda esta
meteria da conuersaõ mi't geral e em particular.
VIII. E do que trames acerqa destes Religiossos da
Companhia serem mormurados pelos tratos com que »ri
rem naquelas.parte4, de que o Bispo da China ealçais
outras pessoas vos deraii enformaçaIl, tine descrinten•
»mento, por que asy como ars obras cora que procedem
no seruiço de Deos he retal que sey» fauorecirlos e
ajudados para inilhor »poderem prosegir, asy talhem
conuem que nes que tem rezai': se pode ter delira
algum »caudal° se moderem e »alheai, e ambas estai
cousa, vos encoçuendo pera que tendo fauor era Inala
tenhaõ talheei aduertemcia mu outras de maneira que
Cati aya deles as inoriouraço» que me »meneia.
.IX. TM, por acertado mandardes recado a AntonIo
de Sonsa Cedinho que anda nas partes de Berogalla
peru acudir a fortaleza de Columbo, e pelo cuidador,
zello com que toe escreueis que elle procede nas anna
a» de teta ' ,enliça, e por vós lhe sair encarregadas, lhe
mandey eaerCUel ff narra que vayamrraa ViaN C VOS
»contendo mie com elle tenhaes aconta que. Inc TC280.
X. Ii ti,,e contentamento do modo com quecorrais cum
eiRry de Ceilaa, e de lho mandardes £azet paga.tnent9
wasczeulm,,S.' 181

dm mil paca/tos que cadanno tem de merce, que conto


Rey cluistaR e que cal tem outra cousa de que se
somente, be rezaõ que lhe cal falte, e que delle tenham
particular cuidado, e que entenda por obras e palauras
que ,vollo tenho mandado encomendar; e sobre odinhei-
ro que ele dá a alguõs pessoas á conta do que se em-
prestou ao Vissorrey Dom Afonso, naõ tenho que de
nom vos tratar porque pelas Mos do anno paeado vos
mandey escreuer que por &tare casso se fizesse paga-
mento de Muro dinheiro deste, por ser enformado que
se tinha pago muito grau de cantidade a pessoas a que
o deu coni muita lar goza sem deste dinheiro aver livro
da mcciM nem despessa, sobre que tnandey passar hurt
prouisaõ minha, que vos enuiey os an nos passados, que
farei, guardar ynteiramente como se nela contem.
Xl He de tam grande yrnportancia procurarse por
todos os modos possiueis pimenta peca a carrega das
anos, que naõ he necesareo exagerar de nom cousa
tal entendida, eem que se tem ditto e escrito tanto; mas
por cima de tudo, volo torno a encomendar, e que se
vã proseguindo em se fazer pimenta na costa do Cana-
tu, pois resulta de se fazer nella poderem as Mos vir
eom tanta carrega como trouzerai3 as da arreada do an-
no passado, que vos agradeço muito. E receby muito
contentamento do cuidado e dilligencia com que me
emreueis que procuraes que se faça nella em todos os
amos muita pimenta, porque naõ tal semente resulta.
ia disto muito ',remito a minha fazenda, e poderem
vir as nãos aseu tempo, mas taõbem seruirá ysto de
entender elRey de Cochim que se podem carregar as
u4uá, fada que se alie descuide de dar pimenta pera
"us, como tem feito estes annos atrás, que tenho por
de muita consideraçaõ, eque por isto principalmente se
deue pretender fazerse toda a que for posviml nas for-
talezas do Casará. E porque fui enformado que yoda
bem alguâ pimenta feita que se pudera embarcar na
uáo Santo Antonio em que foi por Capita,' mó,. Fran-
cisco de Mello que naõ trouxe a carrega que pudera
1g2 amure rowervenszmateersh

trazer, voe encomendo que deys ordem corno ai siem


traga$ toda a pimenta que se fizer em cada hQ. atino
evós aduirtaes em poder acontecer que as procurado'
me dos contratadores que contratataa com minha fas
'renda os direitos das drogas, procurem antes de as aios
as trazerem que .multa pimenta.
XII. Foi bem feito mandardes aeIRey de Belegire
por Antonio Teles capitaii de Onor acarta rpm lhe man.
dei escrener e tratardes de se fazer tanta pimenta na
eeelta do Cariará tomo me dizeis que mine o elmo pas-
sado, e moddo era que procedeis com este Rey, e com o
&ó' carnao Roto, e Rainhas . de Baticallá e Guarcópa,
que Fie o que coimem pera se aver pimenta pelas reioés
do capitulo atrás. E vos torno a encomendar que moem
reis que em todos o, ermos se faça nesta costa toda a
pimenta qne for possmel pera a carrega das naldi. E a
Antonio Teles mando escreuer que corra nesta mataria
com o cuidado edilligencia com que me escreneis que
me actue, de que teaho contentamento, e me ey por, bèrn
seruida delle.
XIII. E guante ad que me dizeis que voa net parece
meu seruioo mandar defferir aos requerimentos dél.ney de
Canana, por dar muito pouca pimenta pera a carrega das
náos, e cora milito trabalho, e consentir 9ue ',apta de
seus postos muitos cossarlos, de que meus vassallos te.
aclima grandes Milhos &danos.' ey por bem 4ixe porosa
se lhe BOSpenda a resposta deles como vos parece, .até
ter vossa enformaçaZi de conm procede searas. coimas
depois de lhe mandardes a carta que dizbiS, éOdre, Fer•
sondo de Menesses estarem posse da fortaleza dê Ca.
nanor, pena conformem que tiuer lhe mandar defettea ele.
como ouuer por meu serttioo.
XIV. EIRey de Repelira me mandMu •dikee ;me /Mil
carta sua que queria em cada hom. anat. Aar :pintem»
êmoy
perita carrega de •hitã ano miara tal coddlçaiiinire
do Cochina naõ entendesse nela nem prêteedease nomb.
relias que cesrunialtuarda que remito ps. (Nascemo
eoehim, como thlábém• let•elliele'eple" tont, escreumo,
rh~leeren 3, 186

tIne-tiltheles Mandado ao Doutor Luis it Does e Ni-


cole° Potro bnereer as dilligenciasmencsarees pesa este
negocio .vir a effeitp, pelo que vos epeomendo que na.
balheis por aver esta pimenta de tal maneira que se na', dê
~teria dotquelan com rezat, a.ell;eg de Cochim„ -procm-
mudo todos os meios nossineis pesa que se aja, e me
anássareis se ha situem nailnoree precoa do que °asma que
ae,reeelhe /topem° de Omitiu,
V. Tenho por muito .acertado tratasse de em todos
as , annottaver. em (..loulatt- toda,. pimenta que for pOS
atuei pesa .a carrega sies/mos; e.de ser pimenta velha re.
rabote a, minha fazenda ator poucas qqehras, nela corno
ré ortllo,goa na nerrega das naco do enno passado em
qtts.,ouue panca quebre em eornparanaõ de muita que
lêtur, ,pimeole que trouxemo. as,,neee .no anuas amen.
k renda rr que me escrermis que fortes avistado pelo ca-
vitsSdaquele fortaleza que yndo elltey de Cochilo a.
galo • vezes Ver -OS, Reya de. COUlai, com nome de os a
PM4 g.Ven SM enes diferences e negocear pimenta pe'ra a
Carrega, dar 'mos, o fizera pelo contrario oneonliendO
coos disimulaeatt tudo o que pema meteria conuinhia
lllrnseraioe á norno milhem me escreuestes pelas caos dó
áltco de Si, me, perece materia pura co yr tratando Só
que nela se deue,, fazer„ e. por ora vos encomen-
do que vades encaminhando este Rey com muito tendo
• «residentes," que bft, a IOUSUI0 ,que "vos morosa. per
entra. Minha, surto.
'Rt.rtuatito'co qtte me. dizeis, que mandastes vêr
erndielaçaõ aa, devoras qpe. os Liceneiádos Luis de Soes
°9.4g" de Meneia°, tiratait da pimenta,. e que se usi's
000tmgaral Ira .que se achnriat mais culpados nelatt;per
"..to Mortost e que por isto estar tanto a vota Cerda
""rol ver que naa saõ ,necesareas es LembraneOn'qde
,>b re' ,Yeso. me ftm Gmspar de M eneldo,t odauin perde-

'e '"!°*la ser. de tanta co r.isid eraçait, sempre será nie‘t


aefmaça anuir,,jemtmançad 'que sobre ella me fizerett,
oost *todo, de malhes alguns atiner4 nem oque colmem,
P"..qate das coime 4empre tory.Waie conta que &e totlite
184
- AReEIVOIMIMMIMM-011t1

como he reeaii; e vos encomendo tenhaes particular


cuidado de saber as pessoas que trata6 nesta pimenta e
a deeencaminhali pera serem castigados com o rigor que
o caso pede.
XVII. He de tanta ymportancia carregarense as nãos
que vem pera erre Reino comforme a meus Regimentos,
e aos que tal dados de muitos nonos a esta parte, que
posto que algfias vezes vos tenho mandado escreuer que
na carrega dellsa eu façaes guardar ynteiramente, rolo
torno de nono a encarregar com todo o encarecimento,
e que particularmente ordeneys que a pessoa que me
sentir de verdor da fazenda da carrega delas que demoin
de se começarem a carregar até partirem as veya muito
mende pera saber como se carregaô, e se os guardas
que nellas se poem cumprem como Regimento que lhe
he dado, ena., consinta que estas néon se façaõ á vella
com muito numero de pipas arriçadas pelas contraias e
Escoas de guarniçaii, ecom o coimes taii pejado esobre-
carregado que ficaZi ocasionadas peta se perderem e
soçobrarem sem fazerem viagem, como acontece° á náo
Reliquias, e e mp.sibilitadas para se marearem e lhe
acudirem nas trementes que lhe sobrevierem, e finalmen-
te quero e mando que os me. Regimemtm feitos sobre
'roto se gnartiern á letra Gen, eyeeiçali
XVIII. E quanto ao que me dizeis qne elRey els
Cochirn tern em sy mais de trinta mil pardítos doe caberiael
da pimenta, e alem deles quatro mil que lhe empres-
tastes do rendimento dalfandega do meenio Coehint com
olgüum moniçoes que vos mandou pedir, e que estaes des-
confiado de se aver dc todo este dinheiro pagamento, por
qual4 mal toma este Rey falaremlhe nele, eque vos naô
parece meu sernico concederlhe a viagem da China que
me pede, asy por este respeito como por se ter dele pon•
ca satisfaçaõ nas colmas de que Me daes conta, me pa-
rece° conformar,. nisto com o que me escreueis, e vos
encomendo que daqni em diante lhe naiCseya empres-
tado mais nhurn dinheiro nem outra algria cousa de mi-
nha (Emenda, teadosse ,tal modo ao que ao lhe aegat
Paaaleono 3. , AtIa

que una. palra o contrario do que por ora tossem que


e; lhe da a entender.
XIX. E terey eempre por muyto acertado trabalhar.
dez por concordar eaquiettar os Reye dessas partes que
precedem bem em meu seruiço como dizeis que prece.
Saneia de fazer com a Rainha que suceder, no Reyno de
Dhain,ganatte, e sobre o prouimento dos carregas de lime
goas daquelaa parles me parece meu seruiço procederdes
na ordem que me escreueis.
XX. E quanto ao ride me dizeis que a cidade de Co-
çhiin vos rnandou hum seu procurador sobre algar, ne,
iodos, e principalmente pediruos me escreueseis sobre
as duas viagens da China que diz que tern por proni-
Solo do Senhor .Rey Dom Sebastiaa meu sobrinho, que
esta em gloria, pera a fortificaçaõ daquela cidade, e que
idia delias he pera se poder fazer logo, e a outra peru
quando lhe couber, e vos parece que esta fortifficaçaõ he
aalvo ymportante cousa dessas partes pelas rezoès que
eia vossa carta me apontaes, e,asy o moddo em que can-
sem tratar della com menos escandak, delRey de Co-
chim, posto que pellas causas e rezoas que apontaes me
parece que será MIlitO meu seruiço esegurança daquella
cidade cercasse, he esta materia detenta consideraçaa,
•alTerecernee nela algas inconuenientes a que se deue
ter msperto, que a tenho mandado ver e pratticar, e vo•
rqándarey escrener era carpa particular o que uella ou—
ler por Men seruiço que se faça.
,XXI. Vy o que .me dizeis sobre vos ter mandado en.
comandar o bom pagamento do Bispo e Cabido da See
de Cochila, eque ateara se lhe tinha feitto com muito
altar,e vos parece que o deirem ter nalfandega daquela
pois ema no seu bispado, e he necesarea a rem-
da da beire da cidade de Goa em que dantes estatua
pera o pagamf ato dos Desembargadores da Re-
1.4aa daquela cidade, e que lhe deuo conceder os dizi•
uras que ireJe por algas ermos por ymporrarein pouco, e
P.1 .e rezaas que me, apontaes, ey por hem de fazer olor-
"au BiSpQ qite ora for de Cochim dos ilizimosdaquella
24
186 *acme° rormovar•ontenTat,

cidade por tempo de cinco annas, easisarmtia dó que


neles monta ao justo, e que o pagamento de seu ordena-
do e das mais pessoas do Cabido da Ser da dita cidade
se lhe faça nalfandega dela, evos encomendo que sem-
pre se tenha muito particular cuidado de lhe serem foi.
tos bons pagamentos de seus ordenados. E quanto iis
gueixas que ate escreueis que tem a Misericordia de Coê
chim do Bispo daquela cidade obrigar a ze reeebereht
as orkans que cassai'," com as esmolas daquela casa na
Etee da mesma cidads, em qar 5,0 direis que na3 tem
renal por asy estar da rriteinado na Ililaçsít dessas ;tais
te!, ey por bens que se guarde nisso adetrinti.çâti que
Cerra meteria está tomada.
XXII. Taiibeei nie cises conta ermo elEev das Ilhas
cassou c.ri Ela yrrná de Antonio Teixeira de Macedo eine
toi deste Reyno rm vossa companhia com as miaus, equê
o fez contra vosso parecer, e que por nele aver muitos
desmanchos, ese ordenar mal neste cassamento, lhe nad
dereys acarta que lhe mandey escreuer na arruada dosa."
de 87, evos parecia meu seruiço na3 se correr com elle'
se 'saí-
, tines muita emenda, e vendo o que me dele es-
creueis, rue parece° bern feito na3 lhe dardes minha cart.
fa, e deueruos encomendar trabalheis por encaminhai'
este Rey (que (te de tanta pouca ydade como subeys r
em todas as cessas de eles seruiço, e nas mais que lhe .
dolmens peia se saber bem gouernar.
XXIII. Per vossa carta entendy como era morto' o Sto
morim ceia que os somos passados se fizeraõ as peses,
é vos parecia que conuinha a meu seruiço mande,' e
carta que lhe eu mandey esereuer ao Rey que o socerl'etS
com algum presente, que tenho por bem feito: evos 55.
areia que se &Lila mudar a fortaleza de Panane do lagae
ent que se começou a outra parte pelo mar ter confide
muita da cru que se fundou esta fortaleza; e porgnd
sobre esta meteria voc tenho esorito pela, nítos dl, arfi
no passado o que ey por bem que se faça, pareceo
esensado tornaruollo a dizer nesta, E por ser rmforrnatbz
que na fortaleza de Curtindo ee arma6.ruttitaar uailiotaz
onsizzottoo ít;t7

4- casarios que N.O> +sestro eetadoi•mrottere ~boate


ynsultos com moitas mortes de meus cessares, vós
encomendo que lembreis •ao -earnorim que ora he que
loUà idos capitulas per que se fizerati as pazes antZe
sela estado eseu aatecessor foi ehrigarse elle. derribar
esta toztalens. do Ganhais, o quente ora se ualt fez, e.0
posuadais eotarrguçis a deo yen, à eneoucart .deuida Peio
muna que conuem a meg seruima,.me quienaçaõ erepri•
taça& desse estado ' fazendo de vossa parte nesta ma.
teria todo o boro oficio rpm pildes ser, e do que nelle se
fizer me .avmareys.
sXXIV. Dom Filipe przneepro de- CRRY6ia mao ogemou
pedir por Iffia carta sua que lhe ftzeose meree de lhe man•
dar dar de troca dons mil equinhentos pardaos que Dom
3b813 concepe de Cofiara tinha de rendia aro cada hürn
anuo nas rendas do amfiaral e sabida-,e haas essas" peta
e bqrfficauaia,m Ctrnauac e.asy lhe fizesse meree
de lhe eomfirmar o cargo de lizngoa do capitará, de Ne-
gapataa emocarlaa dos patamatoo, que lhe-decepo pesa nus.
aument o de Mia Dona Luorecia da:.Cunha ;e porque cru
vossa carta de cinco de dezembro de h°7 me dizeis que,
lhe tendes•dadosesenta pardáos d& entretimento por meg
clem doutras peças e mames que lhe fazeis per muitas
vezes, lhe mandey responder que de tudo o que me pe-
dia vos desse conta pesa com ',risse enformaçâo lhe man-
dar responder COMO- motesse por meu seruico; pelo quori
vos encomendo que pois esse estado tem tanto a que
acodir lhe deys aentender que orai' he este o tempo em
gine <Iene pedir morai mcroes, ames contratasse com as'
riste em meu nome lhe tendes feitas; e. quanto aos offi-
cios de que trena me avissareys se os destes a pessoa
para qnern mos pede, e da °alidade &HO e delles-
XX•V Frei Gaspar de Lisboa (tustridio dr, &rd' Fina-
tisna nessas partes me pede ordinareas pesa algaas cassas
tos girem Iteliglossos de sua ()retém fázem conitersad
por lhe responderdes que. lhas nâò' porliêts dar sem lis'
ft!,ça insulta, e eu lhe rnandey eseteuer que vol. apret
.e~er as Oaaaau que ah préáente . há -
},em*lhe mOada»'
188 eeelaVO PORTPOIree•011teleeel.

«recentes as ordinariaa que pede pera com vasa enfole


maçaõ lhe mandar responder como ouses por meu ser.
oiça :encomendouos que particularmente vos enformeis
deetaa casas que diz edo lugar em que emelt, e se 'ta&
necesareae peru obenefficio da connessão, eo que rerít
be m que ordene a cada lir., de que me entflareys par-
tieular relaçaõ. Escrita em Lisboa a bj de feuereiro Ide.
myl quinhentos oitenta enono.

RE-Y.
Miguel de Moura.
Pero o Vieorrey.—Pera Vossa Magestade• ver-1.' via.
(Na sobrescripto)
Por EIRey—A DO Duarte de Meneses do seu Come.
lho do Errado, e seu Visorrey da judia—O.' via.
(Livro Il.' fl. 322-3.' via, fl. 390 )

58.
Vissorrey amigo. Eu EIRey vos ennio muyto saudar.
Vy o que me escrenestes em carta de 20 de dezembro d•
87 sobre a &tutela que se moueo entre Diogo Rodrigues,
que elRey de Cochim tinha apresentado por escrivaõ
dalfandega de Cochim era vida, comforme ao contrato
que se cor), elle fez da dita alfandega, e a pessoa que
o mesmo anuo foi provido por mim do dito cargo por
tempo de troa anime,* pelo que vos mandey eecreues Dee
vias do anuo de 89 que os officios daquella alfandega e•
seruisem de ires em ires annoe, vos parecia meu senliçO
nal) seruir odito Diogo Rodrigues mays que os tece an-
noe somente; e porque minha tençaõ he guardasse o con-
trato que se fez com elite), de Cochim, e elle podia no-
mear tina pessoa que seruisse de escrivaõ em vida, naõ
se entendia neste aquela limittaçaõ de tempo senaõ nos
mays cargos que se na metam alfandega aviais de
prouer, ou depois de vagar o dito oficio prouido érn
da por neta vez, pelo que vos encomendo que deiseli
'esmouco 3.* 188

remir ao dito Diogo Rodrionea'o dito cargo em sua vi.


da: E no gire toga ao de 'Juiz da dita alfandega, em
que o mesmo Rryoinlia nomeado o Licenciado Francis.
se ele Frias taõbern em vida conforme as condiçoês do
dito contrato, que pello mandar -vir a este Reyno vos
mandey escreuer -nas vias do anno passado de 89 que
deizaseys «meava elRey de Cochim outra pessoa em
seu lugar pera uettlir o dito cargo de Juiz, «mo yá deue
ter feito, ey por bem g« a pessoa que nele estia« no.
meado por.elRey de Cochirn o sirtia com se declarar na
prouisaõ que lhe pera ysso pagrardes que será em quanto
durar aausenoia ou o•ympidimento do -dito Francisco
de Frias.
II. 8aõ de tanta consideraçaft ar despessas que se tem
feitas de minha fazenda com a fortaleza de Panane, etem
resultado 'ategora dela taõ poucos effeitos de meu era.
arca e quiettaçaõ desse estado, pois me escreueis por
carta de 29 de nonembro de 87 que naquele veraõ ar-
mira oCunhete doze galliotas bem apercebidas com que
correra acosta de álalauar com yntento de roubar as anos
que Uai; de Coabita com fazendas pera a China ,ou quei-
mar as deras Reyuo que estanáo na barra daquela cida—
de, aque vos fora forçado aeodir com duas gales perle lhe
darem guarda eao Veedo- da fazenda que leuazia di—
nheiro pera acompra da pimenta do Cazara, que me pa-
rra« tomar nesta meteria ruma reroluçaõ; e posto que
peno que me eSerelleiS, e mais informaçoás, que tine deis
1 ,,inos eroubos que fizeraõ estas doze, galliotas, e prin-
cipalmente pelo SFIMOT IM nitri peir Intuo', em effeito der-
rubar afortaleaa de Cunhale, como está obrigado pela
eapitulaçáo dao pazes que fez com esse estado, se pude-
ra de todo romper com ele, todauya por «ter nele tantas
ousas ede tanta ymportancia aque de necessidade se
deve acodir, por ora não e3i por meu serviço que se
quebrem, mas que pela milhor ordem, mays'hourrosso
mi'dtt ede mais reputaçaõ que puder sef larguem de todo
• fortateza que se 'começou em Pena« recolhendose de.
ir Ioda a«telharia, monicoás, emais «usas que tiusri a
199 ARCHP79 PORTVG06..ORIENTAL

ssy toda a madeira quere dela poder tirar, ese assam, drli
todo; e posto que oSamorim vos ofereça outro algum lut
gar roais conuiniente pera ella, nad ey por men se ruim,
que se faça fortaleza no dito Panane, porque nai remirá.
4e mais que de se lhe dar hum penhor pesa se lhe sofre,
certa muitas cousas, ese lhe deixar naitegar pimenta pura
Mega, que cada 114 destas he de tanta yinpatancia que
seria afortaleza pesa fortitficalhe com ella seus yatentos i•
e, depois de aterdes extemgida erecolhidas as ditas ci.
nar, ey por bem e vos mando que tragacs armada naquela
çosta conto ate qui andou pera se castigarem os casa.
que uma andarem, e si yrnpedir que nad nauegem
naos eoutros nanios de esporaR pera Metia eoutras par.
tifo sem cartazes, que he conforme. ás coarliçoén dar, nuas
Igss. pazes. É porque se teto entendido que o que sobra
tudo conuenn a meu serviço he desfazerse eextemgiran
de todo a fortaleza de Cunhale, vos encomendo e alan-
do que orou toda a brenidade posslue, deys ordem cano
ao .faca, pois vedes qtte vay oreoearlo ora poder estsoon-
serio e molesrando esse estado, e que. <planto mas
se dilatar o remedai disto, reta mota diffieultom poder.
adite dar, ealem de tudo pato se deuer logo efeituar por
ser ria tanto meu seruiço, o averey pa muito grande repor
taçah' desse estado.
III. O Licenciado Simnd Pereira que ora ser., da
Sitie dos meus feitos nessas partes me ~elmo que com-
ia., ao Regimento da RelacaR deltas se lhe cai dá, per.
tidespaoho dos ditos feitos maga que hum dia em cada.
somana; e que por serem muitas as partes. que larga!,
n.agoelo juizo recebem moira. perda, na dillacad de aro
despacho; e pera que as partes o primai', ter mira a bre-
airado que comum,. voa .encomendo que fanais das.
dito Juiz dos feitos os dias que lhe mais (mera roecAsof
reos pesa o despadro delles.
Pelas vias do rosno passado voo maniley esereonn
o, desprazer que tinha de aves difamei. antro Dora J
ge de Meus... Aitereo mor e .Nono Velho Pereira pelas

oallidadeo e sermos de arab," eacomeudooduuos:qUo


*esmoco 3.* 191

os cornposeseis de maneira que as liai) ouuese entre


sies. E porque nas náiss darmada que o anno passado
no dessas partes me enuiou dizer o dito Nono Velho
queátos autue da querela que dera do dito Dom Jorge,
se tinha pernunciado na Relaçaõ dellas que' ficasern as
culpas deles pesa o tempo que se, tomasse residencia ao
dito Dom Jorge, pedindome que mandasse vir aeste Reyno,
adita querela eos mais autos ijoe se processaraõ sobre,
esta matteria, ey por bem e vos mando que me cnuieys
pelas naus desta armada a querella e todos os mais pa-
peis que vos alie pedir, erequerer por vias pera os mau,
dar ver neste Reyntr, e se prouer na mataria deles cauto
for justice; ede rumo vos torno aencomendar quaõ en-
earecidamente pode ser o mesmo que vos ya escreuy
sobre estas differenças que se deuern de todo acabar,
pois onego.° está posto em justiça, eeu a ey de man-
dar fazer ynteiramente a quem a tiver, eo que passou
foi antes dons capitada, hum que entraua eoutro que a-
caba., enen' pode em meteria de cargos aver queixas
pesoaes, equando Jato naõ fosse parte pera serem logo
amigos (que he oque deseyo que procureys mostrando-
lhes ocontentamento que disto receberey, eque ygnal men-
te vos achaco amigo <Iambos sem ser mais sospeild per bua
parte que pella outra, como he razaõ que hum meu, Vis.
sosrey ofaça, ecom taes pessoas )ao menos deitem aves
par hoottra, por primor,e por obrigaçaõ mui diuida «4 se
ernharatarem 'temem palauras, nem em outros proeedime9*
too, e esperarem com muita queitaçaõ ecornfiança o qae
nisto se julga, e aceda hum deles direis que asy lhe mando
expressunente. Escrita em Lisboa abj de teu useiro de 99.
REY.
Miguel de Moura.
Pera oViso Rey da India. via.
(No sdbrestript+,)
Por EIRey—A DO Duarte de Meneses do seu Coe-
caibatk catado, e seu Vlsotrey da Ilidia. 1.' via.
(Livro 3.' 9. 352. )
192 áltemaso PORTUGUE..OXIENTAL

59.
Vissorrey amigo. Eu EllRey vos emnio muito mudar.
Pelle, zinque DíOS que o coso passado de Sb vieza3 dm.
nas partes diz India recebi vossas cartas, epor cilas vy o que
tendes feito em meu amaino, e que procoraes de proceder
nelle conforme a vossa obrigaçaó, e á muito particular
confiança que de vós tenho, que he tudo conforme ao
que de vós espero. eao que até qui tendes feito, de que
receby tanto contentamento como he rezaii que tenha de
laes seruiços corno saí) os vossos, epor mai certo ,tenho
que tereis acresentados a cites outros, e co prosig,ireir
sempre de tal matreira que orereçaes por cites faseou',
as roerem" de que terey sempre muita lembrança.
II. De se proceder com onous Regimento da casa da
Relaçati dessas partes na forma em que o tenho mando.
do, eo» desembargadores deito cumprirem com soas abrir
gaçoós como me esereneis, riue moiro contentamento, edo
bom modo que nisto tiuestes, e vos enleomendo muito
que assy na guarda deite como em todas as mais coai
Iras qne voa parecerem necessarias pera boa admenistraçail
da justiça tenhaea 11111110 particular cuidado de as fazer
cumprir e guardar trabalhando que 3.3' aja falia nela,
conforme ao que por miro voa he mincomendado era todos
os .00,3 por ser cousa tanto da minha obrigaçaõ ;ecom
fio que assy ofareis.
III. De a náo Reliquias soçobrar no porto de Cochim
em dando a vela pera este Reino, ese ir ao fundo cora
toda a arrelharia e fazenda que tinha, troe muito dee.
míntenturnento, por ser desastre notada acontecido, ecau-
sado <hl muito descuido que se teus em a Jejuarem s..
bre carregar de tal maneira que se pjrdese, âobre ogo
mandei fazer alguós diligencias pera nesie caso mandar
prouer como a importaneia deite o requere, de que voz
avisarey por outra :carta orinha;•e vos carcomendo que
deis ordem como na carrega destas náos se tenha avign
lancia necessaria pera que na3 ventra3 sobre carregada.
como vieraii todas as dos »nos atras, que foi causa peie
FASCICOLO 3.. 193

alguas delias se perderem, e mia chegarem a este Reino,


eas que chegaraõ o atino pastado lhe acontecera o rnes•
mo desastre, se naa Moerei; tal boa viagem como trou—
xera'', ~gire vieraõ tal sobre carregadas como as dos
asnos :irás. E he cousa espantosa, e digna de grande
erigdretso castigo, senda a importancia 'diste toa gran-
de etal intendida, etal bem premida por meus Regimen-
tos, noa se guardarem, de que se nal podem escusar
de culpa todos meus menistros dessas partes, a que isto
toca.
IV. E quanto aos adbentestados e mais alnitres que
coneMli pera "a obra da Ser da Cidade de Goa se ar-
emaciarem sempre pelo 'Arcebispo, e dizeis que será mui-
to deficoltoso poderse saber o que disto he arrecadado
e despendido, e nte afirmaes que uai; lie feita nidia obra
nesta ;grela, nem ha pesa este efecto aba dinheiro des-
tes aluitres, sendo muito o que vetes insposteô, ey por
bem que daqui em diante o Prouedor mós dos defuntos
dese estado cobre todo o dinheiro dos adbintestados,
eque de sua mal os entrego a lide pessoa de confiança
que.. vós pesa isso ordenareis, sobre a qual se carregarei;
em receita, peta com elles a mesma pessoa correr com
adespesa da obra da Ser por ordem do Arcebispo, com
dei- desama que o sal despenderá em 'diria outra cousa,
semi; na obra desta Igreia; e vos emcomendo que to—
devia ordeneis logo de se tomar conta do rendimento t.
despesa deles tios nonos atrás, porque inda que isto
seta defieuttom, renal he que procureis saber o que se
fez deles, pois dizeis que importai; muito, e de tudo
me avisareis sempre.
V. E ao que me dizeis sobre o Arcebispo Dom Frei
Visente d'Affonseca, que Deus perdoe ., soe ter pedido
que mandasse aplicar rendas peca a fabrica das Igrejas
(lesse estado, e que os feitores das fortalezas fizessem to—
das as despesas que pelles visimdores lhe fosse mandado ;
Pela informaçaõ que tenho das Seus de Goa e de Co.
alam temia cada hilit delas cada anuo cem mil reis peru
afabrica, eoutras argilas ygreias a retal de doa mit reis.
29
194 AllekILVO PDAZA...011(ENTAL

ey por bem Itte cai feitores de gads laint, das toztekeass


eamprati algtuss consoo de pouca despeso que lhe forem ,
mandadas fazer por- visitacaõ nas Ig.reias
rem ordenado aigiim pera ofendes; uru que »as despesas
de ...eia que nelas piar yisitacão se mandarevri faze4
antes de as darem a eveçueati solto torad primeiro ase;
ber •pera as mandszdes gumpriy, parecendonos ring se
serrano de Deus e men, eme parece q.° na% igrerue doere
catado qoe uai; finei:em fabrica deunis de ordenar Cesso
Sia° a dez mil reis por atino, ou .0 que vos parecer confop
me acaiidade t/e.coda iras delias. g4e, tudo, me svistireis.
VJ aRilha, que me et-tildaste:idos rendas que os Re,.
Rginzsos da Companhia de Joana tons de, minha faze."
Demo estado, de que vos gracornendo lhe mandeis, fezes
sempre bons pagamentos. E pela podenter informaçaõ
de toda a fazenda que postres» nessas. pasW!, soe
çpmendo que me gabieis outra Colha de iodas as rendar,
aiddeas, e propiedades que os ditos Relig,iosms Onerem
por qualquer outra via, inda que naõ seis de minha, ia—
'sonda, assy por eraoga corno poz corrigis. ou Per lhe s.er
deixado em testarne.nto, eassy ma avisareis de quantas
eme., e gologios tem nns ditas piores, edos Religiosos
que residem sela.
VII. E porque os armes anás vos tenho mandado ártettes
qntregar sos ditos Padres oa presentes queviere..rn aesse
aapkdo. eora,me e,,ereueis que enes. naõ querem receber
dizendo que. laaõ de ser primeiro ou.uitios, vos encomendo
eom tilem lhos facae,o tornes, e em caso que os nad
queiraõ aceitar, lbes mandareis. declaras que se os neri
quiserem receber, os naõ bati dane, mais, nem os. dou?
mil parogos que por cites Ilie dausii de minha farerkila,
eassy o fareis cumprir.
VIII. E quanto a doacaõ que me,eserengis que D.or. •
Pedro de Castro fez aesses Religiosos de algniis aleitas
•de `detecte que lhe em meu nome nomeou o Conde, Dom
Francisco blascarenhas goiti:mm.10 esse estado (a), nqP

(a) O moramo ámargem declara que tt.9 aldoas sai att de Cocai..
tircreelt0 195

ey pai bênIlititê tat &men& péllis rebati que


apontam eih uoeM rasto; e por arrima 'Multai dê men
sérulno naa coimem que DS ditos Religiosos tenlia3 ti
ditm Melê., nem adoanáti eme o dito Conde feri a Do n
Pedro, i que doei, Peita a qualqbet outra pessoa Mie
ditas aldnitÀ pode ter eftito setit especial licença m¡nlui
e ennfirmáêab, mut é tunisino Dom Pedro podia farei
dontad delas àéstne Rêlágiusok, nem a primisáti que citei
disetn que tem peio poslerfun ter e entnprat propiudadee
de tt t.i eitti on tini mil pardátis pode hvid lugar nas °Aderi*
erói.. tralettgoi, pello'quit ey por bêtn que a tal prouima
nad ala.efoito até se me apresentar, e eu a confirmar, ou
drandM ti que maiÀ o000e pf.lr meu téruieo, e asay Ibo
fSfela notilleár, é qué vós fragor> a dita pronissii de tpre
entilateiS ir deludo Satentieo usinado pelo Seerettrrto
&doge esiádo . 4,;, ocoutará dgpropia;
tiluâtdri ás diiittnefinas quê têtes Relisiotim da
conÉpanbia tem létitu on de Stlô FrarleiSe0 sobre a irisa
uma quê faieln èln Oda, de quê Mn dités conta (a), e
que á Obra delis; vay já Muito avante; e que inda que o
ettsto.lio eDMIM ti oimiriféfl Muito, /tad quisera," em,
trailida pée oideni dê juittit,,a; sern é qual se naiii podia
mandai sobre estai na ohms-mini, elles rjflé risO, nolo oa
podereis eorinertm da.Cortip.hia sobre
ODdlitnin epte hslido eni Vaipionnti, pello institui,. estes
Rélsgêsson teia gástado nesta Igtéin torna que firerit3r
êfrUild que me éSeferMiagne fizènr Colegio de Vicyv•
pinteoln, é maio eunsas élan no apontoes, éy por bem
que 'aettbein adita eaSa éColeglê sent lhe ser posto aicei
dquida nota contradiesii algli.601110 Sba noreee, e ao Can.
finito Religiosos de Strà Pium-Deo tareis equiétit
tiiibs, é lês diteis na eadsas que ine mouerad no any
over pot bem, O ouanM bõaoam ao aerniço de Doce o
nisõ arde etráfokirridade oatre oÀ Iflrlégl000c dee•
a. partes.

(4) ()Clamar° Àmargeia deélars que aCasa he smIo Soar is.
196 ARCHIVO PORTU80.-ORIENTAL

X. E tine contentamento de me esereuerdes como fi•


acates esmola em meu nome de. trezentos pardáos pera
ajuda da fundaçaõ do Colegio de Angatnale, e de lerem
já aquelles Relegiosos aplicado a elle renda pera sustem
tarem trinta éstudantes da terra que se nelle heti- de
doutrinar e criar cera clerigos, eassy pera os mestres
que ás haõ de emeinar, e pera doou Reiegiosos que ima'
de asestir eotn o Arcebispo do mesmo Angarnale como
te detrintinon no Cinodo que ee seiebrou em Goa ;e por.
que espero que desta obra se consiga:h' muitas de aer uieo
de Deus, vos encomendo que a fanoreeaes em tudo o que
for rezai,
XI. Folguey de saber que o capital de Goa se gouer•
na bem peito Pronedor e Irmaõs da Misericordia deus,
e vos encomendo que tenhaes muito particular cuidado
de serem muito bem prouidos ecurados os doentea delle
mandadolhe acodir com todo o néeesario, pois Isco se•
medico que os soldadas que nte acenem notas partes tem
em suas doenças, alem da obra em sy ser mó- pia.
XII. E quanto ao que me dizeis que tendo os Rele-
¡irmos da Ordem de Saõ Dominguos que andaõ promul-
gando o Evangelho nas libas de Soim e Timor eincoen•
ta pardáos cada hum de ordinarie por anno, e pedindo
depois mais, lhes foi aerenentado a dozentos pardaos a
cada hum, que vos parece despesa exceciva edemasia.
da pellas rezoD que apontaes, ey por bem que naõ airrá
daqui em diante os dozentos parei/tos, e que comenta
se der acada hum deites em usou hum anuo de oitenta
até cora parda.00 como vos bem parecer que he ardina-
ria e Foçar; com que se comodamente podem manter.
XIII. Foi bem feito mandardes comprar as casas que
estauaõ juntas ao dormitorio de Saõ Francisco de Goa
conto vos esereuy pera ne meterem dentro no dito rnoB•
leira relia desernquietaçaõ que com cilas tinhaõ os Se•
ligio.s do momo mosteiro.
'XIV. E gnanto ao que mc dizeis que por muitas ret
10E5 TOS parece que se deuem de separar as Ca.; Ite•
coletas deesaa partes das outras que ha da mesma Ordem
caseiem-o 3..* 19'i

de 84 Francisco, e auer diferentes Custodios, por ser


meteria que coimem tratasse com o Geral da mesma
Ordem, tanto que se lhe concirnas vos avisarey do que
tomer poubem que se nitro faça.
XV. E pelica rezoiis que vos moueraõ afazerdes mer-
ce em meu nome ao filho roais velho de filameile Cari
de quinhentos perdão, de tença em cada hum acuo dos
mil que vagamo' por morte do dito seu pai, ei por bem
de lhe confirmar a dita merco corno vos parece, e prin•
oipalmente por se fazer christaõ, da qual lhe mandei
posar proulsaõ minha que hira nas vias destas na..
XVI. E buo muito contentamento de me escreuerdes
quu (auoreceis os mecânicos do Santo Officio dessas par-
tes. edeo cites ersey merecerem procedendo bem em
sua .obsigactrô; nos encomendo muito que assy o façaes
sempruoorno por mim vos he encarregado.
XVII. Das desordens com que procedeu Nuno Fer•
:mudes cie Sequeira, que o Arcebispo Dom Frei Vise.
te d'Affonsequa, que deus perdoe, deixou por Visitados
nas partes do Norte com poderes largos eisentos do go•
uernador do Arcebispado de Goa; e assy de os eclesi- •
asticos quererem entrar na jurdiçaõ secular, tine despra-
zer, éeus encomendo que quando .ouner algufis desor-
dens me aviseis delias pesa se lhe dar o soinedic/ ne-
cesario, rendo com 09 menistros eelesiasticos toda a boa
correspondencia que puder ser, eemcarninhandoos aelles
acertarem asua e me enumreis liSo relaçaõ particular
das desordens e'abusos com que dizeis que procedem as
pessoas eelesiasticas metendose na jurdicaél secular, e
usando de excorounhoès e outras penas, e em que casos,
porque estas coimas comusin que especebquem pesa se
milhos prouer nelas.
XVIII. Entendy por vossa carta o modo em que se
corre com o hum por cento das fortalezas de Dio e Or-
mus, eque com todos os mais .das outras fortalezas da
India, onde se pagas, correm os offieines das Cornaras
Por ordem de contratos, e que em siglas destas fortole•
eu ha pouca rendimento deste iram por cento, de que
198 ARCHIVO lanaltarmutz-oolantrn.

muitas Votei se aproueitait os moradores delas, e gare


tendes proeqrado remedear nele abuso e desordem em
que tendes trabalho pedias condiçoens com que se conee•
doo este hum por cento; e parque domem que se mal
gaste emulai" no peru que foi apliemlo, vos encomendo que
pffisigaes nos remedios que procuraes, e me aviseis que
tece safa, eesconsas tino corá .elleS pretendeis remediar.
XIX. Tenho por acertado mandardes o Engenheiro
mór ver oque estaria feito nas obras das fortiheaços das
fortalezas desse esiadd, Ovos erneomendo que trahalbeis
muito por se acabarem tal depressa mono a importancia
dellou o pode, e que nas primeiras náos ene mandeis na,
tioular traça do estado em que.cada halo destas fortelm
ais Cear, porque ezn quanto as de Damatia e Baçaitra naá
eiliuerem em estado defençauel, nata- coannean negarense
de `odo os cartazes que pedem, [Iria:bar, corno ice es—
crenças gim será meu sena iço fazerse, mas tanto que estas
fortalezas estincrem seguras, me avisareis pesa vos maa•
dar eco tenor oque ornes por benta que se faça sobre se
darem ou negarem estes carnazes.
XX. E assy folguei de saber como a cidade de Ea-
pairo armara os cinco nauius á custa do hum por rente
noto a aliligencia e vontade que me escreueis por lho vós
assy ernemnendardes pella necesidade que .avia de se-
gurarem aquela costa dg caseiros, dos quota tom pot
capital más Dom Ray Gomez da Situa, e tine contei,
lamento da vontade com que nisto pronedeo esta cid,
de, a que o mando agradecer por rainha carta, e a baia
Ray Gomez o que da sua parte fez; e porque tênho man .
dado ver os-autos que me onmiestes sobre as carratagens
doe flórea que se pagliô a aninha fazenda dua alai.. á
Baçoirn, vos mandarey escreuer em outra carta manha o
que tala es por bem•que se nesta !limoal. faça.
XXI. E quanto ao que diabas sobre Italteser de Sonso
CapItSat de Cranganor, eda causa pesque se agram., de
acue pagement05, edas desauenças que teue com Ellzy
dg Cochilo, de que ElRaty eu eal, mandou agranart deite;
tenho por bem feito tudo o que 0.»1111/, mamei., fiZeStêb'
...mut. 3.* 199

eWmetencomeado me aviseis de corno o dito }3altes!tr de


&lusa procede nas eousaS de meu seruiço, e com es.
to Rsv.

XXII. E assy vy as cansas que vos morteratt a nea


mandardes Francisco Velho a Mascate tendo° cós no.
meado por capilafi daquele forte, que tine por acertado;
e pella boa inforraseaZi que me Asile does, e que está
libre dommezin quó tem, ey por bem que alie me van
Remir no dito forte tanto que Belchior Calaça que ora
está arrolado acabar o tempo por que foi provido, tudo
como me escreueis, pera o dito Francisco Velho sentir no
dito forte otempo epeita maneira declarado na prouiseó
que desta merca lhe mandei. passar.
XXIII. E quanto ao que dizeis que Antonio de 'Se.
queira -que sereia ;tle Prouedor már dos contoi desse es.
tado, vindo m náo Reliquias itera este Reino perdera
nella sua fazenda, eque querendo embarearse nao neue
de que foi por capital; mór Francisco de Mello fale-
cerá, peltãtnportancia deste carrego lenho mandado tra-
tar de peso. que deste Reino me oca seruir adia nas
nenu, desta asno presente, e pellas do anuo passado voe
mandei esmoer comi, avia por acta que seruise ente
carrego de Prouedor már dos contos Francisco Paes ca-
sado emorador em Goa pena boa infarrnaeaa que dei—
inclue, em quanto ett mó Mandasse deste Reino posse
munida do dito carrego; emcomendonos 40e me aviseis
do modo em que nele procedei,
XXIV. Vy oque me dizeis sobre aordem com goe se
proue o ospbal de Cochim, e como conuem nati faltar
o /ernedio necesario pera os doentes que asile se curam,
ems emcomendo que tenham no prouimenio delle aO
bom euidado como me °sereneis que tendes de lhe man-
dar acodir em suas necesitrade .
s.
XXV. lia tantos ermos qne se procura oremedio das
adultas desordens que correm nos limos da matricola
desse estado e pagamentos que se por ellee fazem tanto
005555 ama surtsiço, eem deno de minha fazenda, e .das
eaneleelliaa doa mous menistroc, seta atégora Be dar nInii
200 ARCISIVO FORSUGUSS•OlanaiSn

o estas desordens, que cooforl000doloo o..? o Iloo


bre esta ~cria me escreueis em,gnanto as pessoas que
me seroem nessas partes se na0 asenterern debaixo de
bandeiras pera se lhe fazerem sena pagamentos quando
se lia ceda as resenhas ordinareee pesa inciso »ao aves ne
enganos que áté ora correrei'," como volto mandey quando
deste Reino partistes, e nas vias da armada do anno par.
sátlo, ey por meu seruiço que se reduza adita matricula
em limos nonos ,e se .13 faça0 nitris pagamentos por
cites sena0 relia ordem e forma que vereis por Itu%
rainha péouisaZi que vay nestas vias, a qual vos enco-
mendo .e mando que façaes cumprir e guardar •^0 int
teiromente como por elle tatibem o mando.
XXVI. E quanto ao que escreueis que pesa os socos.
rns e armadas que foy forçado faaerdes vos faltou sem-
pre o dinheiro neeesario pesa cilas, e que oesperaueis
deste Reino, fome, lanudas oceasioés das armada, e des-
peaasque ee atégora fizera3 nelle que na0 foi possiuel pot
derense mandar mais que os sesenta mil cruzados que
foiaõ repartidos pellas oitos da armada do anon passado; e
a este 'deposito efusa deite me pareceo deueruita aduertir
que quando ha tanta 'falta ele dinheiro pesa os aeidijntes e
armadas ordinarias desse estado que sempre deuem pie-
ceder anulo, vos deiteis restringir eaXtleinir mais nas mer-
ece que em lodos os rumos fazeis com tanta larguesa como
se comera dinheiro sobejo, sobre oque vos tenho mandado
escrever ern todos os atues, e de nono voto torno ora
muito ihrinarecidamente a emcomendar remetendome ao
q ue
. teteia visto pelas outras minhas cartas.
XXVII. A lenbrança ;que me fazeis de queimo importa
a meu seruiço eao betu desse estado escolhereis. ca-
pita0s pura alg0as das fortalezas deite que tenhaIi todas
as artes e calidades que cilav,. requerem, dendose ,aaSS
tespeito aisso que lia satisfaçao de seruiços, me parecei,
mudo boa' g sempre se isto assy emtendeo, e confio,is
a ira, len o mandado que se tenha muita aduertenvia
cai soai iientb das fortalezas, eprincipalniente nas cin.
nau que apontoes.
/A5CICULO 3.' 20/

XXVIII. Vy o que me escreuestes sobre o Eipiebsx


andar ocupado em guerras com os IFarturos e Patanes,
e em facer alglas fortificaçoês com que começa aves
mudanças PM Cambaia por peite delRey Modafar eseus
liados, e como nestas mudanças e aheraçoês se podem
oferecer algifis ocasioês de se poder tornar Surrate que
de tantos tempos a esta parte se descia e procura, vos
emcomendo muyto que nas que virdes que se nal d.e
deixar passar trabalheis por 50 fizer esta empresa tanto
de 1.,11iÇO de Deus e meu.
XXiX. Vy oque me dizeis que a cidade de Goa me
qnizera mandar os antros atrás e tombem o passado hum
procurador seu com alguns apontamentos soas perten-
ço.' econfirmaçoês de priuilegios, eque lho impedistes por
vos parecer assv meu seruic. e porque com esta cidade se
recal que se tenha aconta deuida, ey por bens que querendo
ela todavia enojar a este Reino algxla pessoa pera que
nie requeira suas °ousas, lhe dei, licença pera o fazer.
E porque se queixa que lhe nati total dadas os renas
passados cartas minhas mandandolhe esoceuer sempre
nos maços tias vias, de que tine desprazer, rue erra.
mentiu que vos informeii daa pessoas per quem lhas
rnandastes entregar, se lhas deral, ou o deixaraa de fa.
ase, edeis ordem coro en todos os anuus lhe seial dadas,
e oerticarregueis particularmente ao Secretareo desse es.
tado, eque de todas as cartas minhas que forem nas vias
se cobrem certidoês das pesoas aque se ciciais' de tomo
as receberal, e saiba a camara de Goa corno mando que
se faça esta diligencia sobre as cartas que lhe escreui,
de que rue avisareis, eacendo nisto culpa de alguem fas
reis proceder nisto.
XXX„ Pelas informaçoena que tiue do procedimento'
de danai.. Soares no cargo de Veedor da fazenda
de Goa em que ate arrota emulei nas naos do anno
passa. a Antonio Girálte pera o soCeder no dito cargo,
e confio que procederá nele como coimem a meu ser-
emcomendouos que o fatuireçaes no que for reca3
para milhar poder cumprir cora a obrigaçal de seu cor—,
se
20* excurso. 1
606LTUEItlia.fralaNTAL

Mgf, U•O'Seeretare0 Joar, de Far ia que me eecteueis que


vinha pera este Reino, faleceu na viagem; e folguei
de mber que o Doutor Duarte Delgado que ficou em
seu luguar procede no mesmo cargo conforme ao que deite
confia.
XXXI. E gemem eo que me dizeis que depois de
vossa chegada aesse estado me tendes mandado Infos-
maçaf.I dos nauiee que nen, aehaetee de minhas arma.
des, e que depois omoca rnendaeres ao Veedor da fazenda
que Particularmente mo escreuem, porque nas nãos que
dessa, partes sierati o anno pateado nab tino nhtla re•
lopeít das galiolits, galés, e outros nauios de remo que
temlaiii no seruiço, voa erneomendo rim emuleis neetas
1140S.
XXXII. Foy bem feito o modo corn que procedestes
em se começar a fortificar afortaleza de Manar pesa cuia
obra me dizem que os nOaradores daquela corta da0 ame.
tade do curto; cmcimendouos que fenece acabar de todo
esta fortificacaõ e tenhaes particular cuidado daí maio
fortalezas desse ratado que thierern a mesma necesidade,
e egradeçaer de noutra parte àqueles moradores o que
nisto fazem.
XXX/II Nas vão, da armada do anno,passado vieralã
as viole pipas de salitre que na voem carta dizeis, e
pene muita necesidade que neste Reino ha deite peta
minhas armadas, vos tenho enacomendado que em iodos
05 00505 enuiejs nas naus todos o mais que se pUde1
roer, e fez. muita falta nen" chegar a que ninho na não
Saluador, peito que de nono rue torno aenmornendar que
tritbalheis todo.. posiuel pera.que.ern todas as armadas
venha o mais que puder ser, e trateis dieta corno de pi.
incute porque com a mesmo eincarecimento vos enterre
melado salitre.
,XXXIV. He de laUla. imporfa-ncia pesa coneeruaeltó
desse rimado rim, lhe faltar a attelhatia neossarea pesa
as. armadas, que re nele fazem, mataria- de que Ira motins'
tempos sue se trata, que detida pr,ocUlala sota. 6E (and.-
murtas funeliçuee dele, peie Ine tanto tepeteitte
.1,4tettto

avérm cobre necesark, pera isto tem ir deste %iria . ;é


posto que ure escreueiéque tendes mandado fundir ~l-
b, artelhnria, aos erueornendo muito erucarecidamente
que mandeis fazer a mais que puder ser, ma o que tenht,
mandadogne vaõ nestaanáos as doas fundidores que pedita
tesmor Francisco Diaz que sentia de fundidor estar doente
e acabado.
XXXV. Tiue contentamento de me escreuerdes ocai-
ei...que tendes de empar. as orfaits que vai, deste Reino,
ebom modo com que procedeis eito seu remedio t. e vos
emco.memlo que assy ofaça. sempre, e terey lembratnça
da que me fazeis no despacho da confirrnaçaõ das armes
que fazeis essa meu nome ás pesoas que caza3, com alias
pellos rezoès que eira voeeu carta aponta..
XXXVI. Com os brincou que mandastes comprar eme.
enojastes nas talos da anno de 87 comforme ao que .en•
taõ erra esereui folgei moito, e voe agradeço 0- cuidado
que tendes de me fazer este seruiço,
XXXVII. Prouerdes a Dom Filipe principede Cate-
dea com sesertta parrigos cada mcs pereceu intertime.
to, e.3 consentirdes que venha a rate Reino, posto que
me estornem eque o daseia muito, lute pareceo. muito 'toei,
seda, e vos entoomendo que inda que elle vos torne a pe•
do e requereï beençu pera o fazer 1 1ea na.3 .coneedoes.
.

XXXVIII Foi ' euei ,de saber por vossa carta como na3
fazeis
eu mentes em Irmo nome de bázes ferros, por volta .
may mutilar no Irmgirnento. que coastes, e •nos eme.
multam. assy o Caçoes daqui em diante.
XXXIX. Importa tanto ami.de delRey de Pega pera
a conseruaç a3.da fortaleza de NIalaca que tenho por
muito- acertado emulardes De com minha carta o pele.
trate que na vossa duns, cuon emcornendo que com
cit e ienhaes toda a boa conrespondeneia, e se euitem
todas as °casto& que o puderem desviar darnisade des•
se. estado.
XL, 13u mo da corn qu e procedestes divrn embaita.
dores do Idalcuõ, Nizbroaluco, e•Cotatuabico, Rue Coa..
tentauteuto, ê NO8 enicluneudo que sempre trabalhei', por
204 acervo ,p0a7Vetrer;ORIENTAL

conseruar estes Reis na amisade com esse estado pello


muito que importa tela com os vizinhos delle; e porque
me esereueis que o Cottamalusu ecobrigou por contra.
to dar todos os nonos trezentos candis darroz en Maço.
lapata3 peru prouirnento da fortaleza de Ceila3, folga.
rey de me anisardes do preço em que se fez este con•
trato.
XLI. E quanto ao que me dizeis que o qae Nieoláo
Ferro e Gaspar de Meneláo meesercoeraG sobre algas
legoas de terra que se podem apruneitar junto, a Coulai),
e..ac fazerem fortalezas no Sangicer e Barcelor sel3 em•
uenço3s pelas rezoès que em vossa carta me apontoes,
todania sernpre será meu seruiçu tomardes em todas es—
tas meterias as informaço3s necesareas, eemuiardesmes
com vosso parecer, porque posto que as priocipaes oca—
paçiles e trabalhos de vossa obrigaçail vos ne3 deixem
muito tempo peru outras de menos inportancia, o zelo -
e cuidado que tendes' de tudo oque toca a meu scraiço
facilitaran- péra o fazerde• em todas as ocazioês
que se ofereceretn de que vos parecer que me deueis dar
conta.
XLII. E sobre se tiverem de tirar as madeiras aos
Eepita3s das fortalezas de Baçaim e Damea, vá largar.
lhas pelas rezo3s que em 0000a carta me apontaes, aos
mandarey escreuer crn outra o que ei por meu seruiçO
que te nisso faça. Escrita em Lisboa Aseis de feueréiro
clQ mil quinhentos oitenta e nove.

REY.
Miguel de Moura.

Perta • Viro Rey.—Pera V. Magestade

(No. sobrescrip(o )
Por EIRey.
A Dom Duarte de Merecer do seu Coneelho do catado,
e esta VisoRey da India,-;-3.' via.
(Livro 3.* 334)
raciono 3.• 205

60.
VisoRey amiguo. Eu EIRey vos emuyo muito saudar.
Pelo que me escreuestes lelas vyas do anno passado se-
ore d'escer manada,. outro Visorrey a eesas partes que
vos sucedesse na gouernança delas) e licença pera vos
virdes embora, e por me parecer vá tempo de virdes des—
semear, eentemderdes que tenho lenbrança de lios nian•
uns vyr sem ser necesareo fazerseenne por vossa parte
somo velo marilley dizer antes que partireis (quando na3
nuns por meu seruiço limitamos tempo) ,e volo escretry
depois, q lacra este anuo enuyar VisoRey, o que .5:po-
de ser pelo tempo se yr gastamdo com outras ocupaçuSs
que foraõ lambem cansa de este armo uai) yren) mais
0fne, gemte, e.moniçoés, posto que nas ciroquo desta ar-
mada (por serem grandes) tenho mandado que va3 doas
md homens durmas; mas pera o anuo que vem, prazem•
do a nosso Senhor, vos mandarey sucesor e liconça pera
vos byrdes embora, e som esta esperança certa pode-
reys militor parar até contar) os trabalhos desse gouerno,
nue naa podem deixar de ser tal) gramdes corno me
smificaes em vossas cartas, de que, tenho muita lem-
brança, eaterey pera noto vossa boa uirnda me resoluer
nas merces que ouuer por bem de vos fazer, crendo que
ent oo tereys acresemado a vossos seruinos outros more.
cimentos pera eu folgar mais de volve fazer como he rs-
alô. Escrita em Lisboa a quinze .de feuereiro de 5rP.

REV.
Miguel de Meara.
Para oVisorrey.—Pera Vossa Magestade ver-3. , Via.

(No sobrescripto)
Por EIRey.
A Dó Duarte de Meneses do seu Conselho do Esta
de, e seu Visorrey da India-2.• via.
(Liara 2.• fl. 58)
20 ARCIIIVO IOZT.6.6.0511ENRAL

61.
Visorrey amiqt. filt EIRsy vos sacio muito saudar.
Na mataria dalfantlega de Chaul e de se deter orde-
nar naquela cidade vos tenho mandado eSCYCI., pelas
armadas dos ermos passados, e porque em Ima vossa
carta das nãos do anuo passado de 83 me dizeis que
pera cc effetuar esta alfantlega cumpre a meu sere iço
mandaruolo expresamente por minha oronisaô, antes de
me nisto resolver mandey tomar alguns, ernformaçOès
e ouuy sobre ,yeso alguns pessoas de oxpiriencia dessas
partes, e porque naG ha rexofis pera deixar de rever
alfanden' a em Chaul, pois as ha em todas as mais for.
entrose delias, e as atecesidades desse estado sad tara
grandes como me esc.ueis, nag" se deue de regular es-
ta meteria somente pelo respeito particular daquela ai.
dado e de pessoas ynteresadas fletia, se naô ?eito que
eonuem ao bem geral desse estado que está tafi falto
necesitho como eabeys; e tafibern sou enformado que
nos Capitolos das pazes que se fizeraô com o Yzatna-
luqo quando troe cergada aquela ',idade se declarou que
oque tocaua a esta alfandega ficaria ao que omeu VS-
eorrey dessas partes ordenasse, pelo que ey por meu
seruiço que 'Isenteis a dita alfaudega peites tailbores,
mais snaueys, e conninientes modos gás vos parecer pera
ar fazer com satisfaçaa daquela cidade e sem escandallo,
duoida, nern alteraçaô, à qual escr.o sobre esta mate-
ria a carta que vay nestas vyas gire lhe darnys pare-
cendouos asy meg seruiço, ou asospendereys se virdes
que ntayá contem, e pera se pôr a dita allandega man-
dey passar a pronisalt que vay nestas vyas, aaesennçV
da qual taLbem sobrestareys se vos parecer que etmfi
asy a meu serniço, qtente guietacts3 desse estado, .4
estando as coesas dele &suestes pera se poder ynieg.
tar ysto até me avisardes particularmente de tudo. £1.
ett Watts g lb ele fierreseinside>89e

Miguel de M OUT4.
',somam°. 3. 207

Para o Visorrey.—Pera Vara Mageatade

(No Sobrescriplo )
Por ElRey.
A DO Duarte de Meneses do seu Conselho do Es•
Indo, e seu VisoRey da judia.
(Livro 2.* fl. 64 1. via,—e fl. 46 3.* via)

62.
Viro Rey amigou Eu EIRey vos errai° muito saudar.
Per haa carta de ,IRey de Coshirt, que recebi nas via.
do armo passado rue diz que tem particular cuidado de
favorecer eayudar a connersaii da chriatandade em seus
Reinos; e porque nau vossas evrtae -das mesinas vias me
certeficoes quanto ao contrario disto procede nesta:me-
teria, ealie se queixa de os ministros que andara nell,
procederem de maneira em que elle recebe eseandallo
eperda de sua fazenda, vos encomendo que se vá des-
pondo este Rey de maneira que uai) impida esta obra
ria eoaoerroq, eu pratiqueis com o Bispo de Conhine e
Com o Pronincial da Companhia de Jetm, aos quac.
mando moreuer sobre esta matrona pera que em tudo o-
deva maes conueniente ordem que for pos,duel per que
modos e meios poderá ater para que consegnindose
ellhito principal que sempre deu° preceder a tudo e•.
Batisfaça e quiete EIRey de Cochina, pois -jato tombem
colmem peso. O meemo effeito.
O mesmo Rey me escreue que sempre procede° em
meu seruiço com 5 uerdade e limpeza que ha obrigado
mostrando que seus Reinos estai) a minha obediencit.
dizendo em reeoluçaõ que numqua de seus portou su-
birem e0sealre e a roubar nem naue,quam pera Mequa,
Dachem, eCeillart, como fazem os Reis uezinhos com
que os meus VisoReis tern amizade, ea que mandará
presentes; eem vonclusa3 ale pede que lhe mande .pon-
mas a...cromas em que me. desserue lesa se ordenarem
mdoe muno, colmam a/flaell/SertraMV. E men que de coe
OS ÁltenVO PORTUattaL•Oalatersl.

•as cartas tenho entendido o contrair°, enrillent tOdallia


que se vá cora este Rey continuaado em tal. forma que
sem se quebrar com elle entenda que o que mos que
tudo lhe conuem se proceder elle de tal maneira em to-
das as cousas de .mou seruiço qde me deua eu satisfm
zer muita deite metias; e posto que em mitra carta qud
vay nestas rias feita antes desta vos trato desta matteria a
prepositO tambem de Cochim me pareceo cila de que.
lidade peta vos forcar a fatiar nella, porque a tenho por
de grande ymporfancie, consiieraçaa, e discurso •peitos
pontos que oonseroa em si que vos naa particullarizo por
quem presentes vos dento ser; e o rematte de tudo isto
constele eM se entender bem EIRey de Cochim, e que
orla pode fazer em meu seruiço cousa que naa seya mie'
reter praprio se. acertaroeiie ;e posto que este seis o
caminho que mau approuo, naa deixareis de yr uendo
se lia outro pera me auiordes de tudo e ice resoluer no
que for rnaès meu seruiço.
III. Nas náos do ano, passado tiue hüa carta da Sm
morim em que me disque está muito prompto pera comi
pie es panes mo esse estado fez com o Samorim seu ir.
maa, e me parecer meu seruiço manduri'e responder
per outra carta minha de que com cata sos cotio aco-
pia ;e porque nella me pede que os cartazes que pedi
',ardes aseus consulto pera poderem nauegar se dera a
a elle na sua nitia pera os repartir por cites, remetia isto
avós pera o ordenardes como voe parecer moi, seruiça
ide DCOS emeu ;e me paoceo deueros aduertir
os tostados que vierem com as oilas que os Reis germes
desse estado me ynularem, onhant maes autenticas do
rio o lie reitere feitos peito eserittarsda feitoria, mormente
quando a, cartas tratam de pessoas interessadas a que
elle pode eer suspeito.
IV: Conto as coso desse estado estaá tom presido
mero expectai aqueles carregues de que qua tenho mor
enformoçaa auendo outros muitos anile de que se poder5
prouer as pessoas que me la oeruem, co: encomende
mondo que façaes fazer hum caderno de todas ar) °apl.
reme.° 3.' 209

Unias, é ames carregues que nele se provem por minhas


proniosoihe e pellos VisoReis desse estado e capitada das
foriallezes delle, no qual caderno se declarará os ordena-
dos que cada hum deliro liuer por nicas Regimentos, ou
.prouisoès dos VisoReis e guouernadores dessestedo, que
me ynuiareis por ums nau mios desta armada, feito tudo
com taco declaramns que cosa enes se responda a tatu
o ine se oferecer pregnntersse nesta meteria.
V. E posto goe os annos passados vo, tenha mandado
escreuer ynuiasseis nau.do de cada hum (leiloo as dro•
guas eyncenso necessario pera pognamento das urdi-
Darias que per conta de minha fazenda nepag000t aos

mosteiros
guora as .17
écasas
trouZeram,
de RellichMos
f
'azendose
destes
com Reinos,
estas ortlinerias
ate a a.
Ria mui grande desposa em minha fazenda por se cota-
no drogues pera o pagnamento della, peitos 1150.
ços que uallem neste Reino, que se poderia esenzar aia.
tio dessas partes como vollo lenho nandado d"acreuer ;
Palio que vos encomendo eme ndo goe dos rendimentos
delfandegna de C'ochim façaea oro cada hum armo com-
prar etitmatitlede de (Imunes eyncenso que por léfla cer-
tideá do Planet]or e olliniaes da casa da Intlia (que aos
será dada pai vias )constar que som necessaries pera
pagnamento das 27ttas.tordinarias que ynuiareis reptam
lideM pellas natos de cada"ada ias ditas armadas e entre-
gues aturtiestrettdellas que se obriguaram a mandarem co-
nhechnento s en forme dos thesonreiros da especiaria pera
oofficio.] sobre que forem eacreguedas, e se fará dedos
Taça?). lig> °idem das dittao nátts das que uierem en cada
h. dell..
VI. Jul.?'" da Costa que dessas partes veio por terra
me apresentou Mia petiçeó de Isaque Judeu morador cru
Babi lon ia na qual me pede que auendo respeito nas
mon00 anixo% em que tem servido epode seruir lhe faça
tnerce que elle se possa tornar á fortalleza de Ounva dor.•
de dantai viola, e dos dereitos da settima parte de sua
fkuzen.ka que despachar naquella olfandegna, e qne depois
ler gagno adila a demitas da entratia esaida os Ca.
27
210 Mien.° ernertnal.e•Oluenied.

pitaRs 'mi" tenham que entender com sua fazenda, eque


1...emente a possa lenar ou mandar peru fora, e que
lhe mande pasaar prouiaaõ pera que EIRey de Ornou
nem suas yustiçaa entendam mim elle, eque somente
responda eeatè a_dereito diante de minhas yusiiças, e
que elle esetia filhos e genrros possam trazer no d.o
Reino sombreiros de .1, e que os aposentado..., da Ci..
dade do Ornoua lhe nati minem suas casas dapoaenta.
daria porque receberá nisso notanel damno, e sobre tudo
mepede lhe faça merco de o mandar vir per hiia carta
minha; e porque antes de lhe mandar reaponder aesta
sua peliça.) me pareceo deuer ter ynformaçaii vossa, voa
encomendo a torneia muito pardo... deste leaque, eae
será meu sonho mandullo vir pesa a fortalleza de OrnMe;
ocomo procedeu asila o tempo que ahi resedio, ese por
elle se tinham alguns auizos neceasarios ao bem desse
estado, ou se auerá ynconueniente t ornar elle Seinen.,

fortalleza, ese sela decente concederlhe as enusaa que


pede, ou algaas delias eq.:Lues, peta eom vossa ynfor.
nasça& e parecer lhe mandar responder enato OUtler pot
,meu seruiço.
VII. O procuradovdos Relligloaos da Companhia der.
na, partes me apresentou huns apontamentos ern que me

pedem aya por bem fazer.. esti-Lona de lhe meado


dar algaa renda com pera os Relligiesoa que realdemoa
colmem.' da Chi. e JapaR. e mandar prohibir que ne-
nhuns nauios de me. vassallos vai/ aos portos dos Imi.
guos delle d. que Imã> premittent entrar o Fmangelba
em.suas terra"; eentes de lho mandar a yato responder
vos encomendo voe y nformeis muito particulladnen. de
q uantos Relligiosos reaitle,a naquellas parte,,, e ae tem

nenen algila boa eeminodidade de se poderem suste.


ta; vem estas rendaa que pedem, eauend.elhea do da 1
situas rilgaa doura quanto deue ser, e se procedem na
conuerse3 daquelle Reine eorn.0 respeito deuido ao Viso
ey dese estado ...era arella melhor e...ase augmea -
tar, cunha yneonuenimUes d quaes pera a prohibiçaR qfl
pedem de na.3 yrem os dittos ...rios a terr..de 1.10°1
rasem.. 3.' 211

ede todo rue anizareis particollarmente pera com vossa


enformapaõ e parecer me resoluer na reposta que ouuer
per bem de lhes mandar dar,
VIII Ph outrusi me pedem licença para temerem da
China em cada hum anuo doze quint.ms de cobre pera
se lacrarem em moeda na ribeira de (loa, o que wd'.hay
por. meu seruiço pello dana que minha fazenda reeebe
em se lautas anila outro cobre sermit o que for per conta
delia, enos encomendo e mando que nesta ',loteria gaarn
deis inteiramente o que yá vos tenho inundado per car.
ta de 31.de Janeiro do nono passado.
IX, O Prouedor e irmaPut da Nliserleordia dá (ortalle-
za de Coulla3 me youiara3 dizer per earta de 16 de De•
sembro «te 87 como aauella easa estamo. muito necessi-
tada os; p8ra sou rrer aos pobres nottarnente mmuertidos
coam pera o retnedio dos doentes que se curam no hos,
pital delia gne muitas 'maus murreni ao desenqmot, pe..
dyndotne os manda,c prnuer coro alç7n estnnlla em ca—
da hum antia nalfaadegna da Cidade de Cochilo, eantes
de lhe inundar responder ao que uni pedem me pareceu que
desta terynforrnaça3 vossa, peito que vos eneoinendo ato.
rar o do fenda pie se colhe daquella cana chospital, ese
será seruiço de Deus e meu faserlhe algilaesmolla em ca-
da hurn anno como pedem, equanta, de gne me anisareis.
X. DIRey das Ilbas me encrenco pellas oitos do anilo
passado, ese queixa que os mouros pia Calmaor soa se—
nhor°. absolutos daquellas libas, eao desfruetaro de tudo
o ...me Mias cla3, eque Nieulláo Peto« védor fasead o
Couldm lhe sul respondeu a hma protesto que lhe
fes autu a deeencia deuida, e CID geral ne agratta de o
"lacem man pouco acattamento, aque me parecer« noz
lhe 'lesar mandar responder por me escreuerdes cru carta
de 23 de Nomunbro de '17 que sendo casado mon hl'a
yreíant de Antonio Peixeira de Moendo', me foi deste
Iletno em vossa companhia eom as nrfés procedia de
maneira e corri mania desmanchos que vos nau pareceu
Meu seraign dardcslite a carta que naquelle anno lb^
esereui, e asai aa3 lhe escreuo nestas Mas; e posto que jí
212 ARCIIIVO PORTUOU6E.OMENTÁL

vos tenho mandado escrener que trabalheis péllo yr enen.


minhando nas cromas de mén scruiço e obriguaçao de sua
pessoa e torne rine tens, gollo torno de nono aencomen ,
dar, etine no que se offerecer e for rezar', o fauorrçaes,
dandelhe tambeht entender que por ntsa ter boa ynfor.
maçaa de seu procedimento riaa me pareceo deuerlhe
responder, mas que por rima diso uollo encomendo neste
mmlo.
XI: E posto que nobre a demanda que ha narre EIRey
de Orrnna e Xeque inerte que pretende a sobeessad ria-
qrrel Reino vos tenho escrino que se derreniine ema
cattéa, na Rellaçaa dessas partes, por este negocio sor de
grande ymportancia time perecer, meu seruiço tornamos
anisar que façoes ounir cora as partes o procnrador dos
ateus feitos nesse estado, e que os jniges a.que pertencer
o minto:teimemo destes autos ponhaa suai tençoas por
emitir, eque cada hhm entregue a sua serrada esellada
que me ynuiareis com o treslado dos dittos autos com
vosso parecer sobre o que entenderdes db., demanda,
ese poderá cansar algila alteracaõ nn Reino de Ombra
em daso que se sentenceasse contra EIRey pesa nmndat
ver tudo, e conforme as tençuens e ao qne parecer jostiça
tomar nesta meteria a restduçaa que'uir que rnaes coe'
ue,n. E porque o diria Xeque Joette me ynuIon pedir
qué lhe mandasse nossas orouistrès de seguro do dito
Rey de Ormuz por se temer que por reaaa da duna des
monda o mandasse maitar, -roandei passar aque vay ',co-
tas vias, e parecendoboe que ano ha ynconneniente ale
gorn a se noteficar ar, diitrr Rey de Orrnna o tarem faaer
poli° modo que vos melhor parecer, porque °atendo° ey .poft
bem que ve lhe naR der o ditto seguro neto saiba q ue
lho mandei passar, e me anisarei+ do que net,se casO,
vbs parecer umes meu senti..
XII. E pértque son ynformado que ynniarens!e ir
fortalreças desse estado pessoas com nome de Vedores
de Injaha fazenda sempre he era damno della, erine os
rine ynniaatee • Coéliim cobre os dereitos das rtaos de
Mallanzina e China qde nah poderem ~ar a -cidade
rasem,. 3.* 213

de Gana se poderem escu ,ar, eos sellairos_que por esse


respeito lhe destes eespecialmente por «meeila eidade
auer Vádoe da Rsende prouido por miro, vos mando nas
pressansen ,e que esenzeis proner estes carreguos como
solto ya mandei recreai, ria, orou dos anilo, passados, o,
que entenderei, abri a letra sem 0111,â interpetraça3 algo«.
XIII. E a,si sou ynforrnado que estando o Lécenceado
Luis de Goes de Lacerda na eid-de de Cochilo lucra
deuassa sobre a ninda delRey de Coehim a elle e doei
troe mote», a qual urre aguora me noó foi inalada,
peito que vos encomendo rine vos enformeis seleis eis
Is consta serem culpado', nlgrr2o ressoar, e rna ynuieis
cum toda a maca ynformaçaõ que di,ro titterdes.
XIV. Pellas alas do anuo passado de d8 voe mandei
esereuer como tinha apresentado no arcebispado de Unos
a Dom Mathew Bispo de.Cocliiin, e Ore mandei as Ir.
Ires do Soneto Padre peru ser promouido á diria (mel-
latia, eporque poderia acontecer (o que nat. )creio )que
ou ursas antro uó, eelle algum desgosto sobre »Anas-
tesies que correram cru Cochini, e colmem que estando
elle agora rimes perto de sós e na principal prelasia
desse estado tenbaes COM elle toda a boa correspondei.
vos encomendo que Emiti o foçais como de vós
confio.
XV. E porque me foi ditto que mandando o Bispo de
C.el" hum al,110 RO porto de Teuenspemó onde es•
tfi yá feita hul 'ygreia (Oram abi ter alnou , Religiosos
Gepnehos da Ordem de Sana Francisco e usorparam a
yucliçaõ daquelle cigano, e escandallisaram o Naique
senhor dequellá teceu, vos encomendo que parlienliar.
mente vos ynformeis des« caso, e sendo usei como se
d.0 adubo., ao Ctistoilio daq,lis Ordem tine penha
nisto rernedio révseesa r
i,,, e a yeforinaçaii que disto
uurrdes me ynuitireis.
XVI. E porto que nau ohas dos ermos passados vos
tenho mandado tomeis vnforniace3 da qneise clue Ira
anue os Relligi.« da .Unlein de Som Vraneiseo e os
da Compsnhis de lesa sobre o Collegio que rasem ém
214 ARCIIIVO PORTUGI/E2-ORIENTAL

Vaipirteotta, e pellas n.ºoe do asno passadg me eeehe•


nestes que neste Collégio ora nonamente começado se
fazia fruto, ese espèraua que ao diante se ficesse masa
todtruist por ser ynforrnado que se pode escusar, pois.
Cidade de Cochina ha Collegio com mantimento á cusir
de minha fazenda, vos enétimendo que vou torneio a eia ,
formar se colmem auer este de Vaipineotta e as pessoas
que se nelle yncinaè, e se he necessario para aCouve,.
sai3 daqueflas partes, de que me auisareié.
XVII. Ë porque por uíaaa carta e°latias partienilaret
de pessoas desse estado soube corno marraram a Dom
Pedro Arei na eitlirde de Cochina alga. Portugueses
e mestiços oniesiados que residem ern Cadhirn de $intra
e se cuida que foi por ordem dei Rey de Cochim• ese.
Re,gedores, procedendo o dito Dom Pedro serbptb étn
meu seruiço, vos encomendo e mando que com toda
ügeor e dillirrencía mandeis proceder catatra os ealPa.
dos, e trabalheis por se alterem a maè, r se ...stiguarént
como aqualidade deste caso o pede, esem sé dar aegs
tender a elRey de enchia- , que he unido par anipérda
nene, o obrigueis pai bons modos que dè o officio de
Arei a bons filho do sino Dbm Pedro.
XVII/. nu daria de seis de feuereiro que vay acatas
vias vos esereuosobre as eousas delRey dç Jóry e 41e
me auizei$ se se dente ases bula furte em d.:g', e tu ,'"
tinido aguoru a ser esta materia, polia ymplartancia

que he, me parece gue Ikaa cous1ate o remOlodella era


se tas.. a <litro fortogenriè em se procurar atallaangqé
se nar1 torne g fortipear aquelle Rey, e faça outra forral.
lesa no' poli(' ent que a tear„ e que para tudo ysto ,eri, de
grande jeito andar naquellae paru, e armada que To:
naceasaria e pesa bambem segurar a nageg,açarb
assi vos eueonaeudo que o'onlenele. Eeeriita en,Lte•
boa, 2,2 de. feuecesico de 1,58.

REY.

Miguel de n000fo
ensaiem° 3.. 215

Para o VisoRey.—Pera Vosa Magestade ver-3.' via.


( No sobreseripto)
Por EIRey.
A Dom Duarte de Meneses do seu Conselho do esta.
de, eseu Vieorrey da budia.—Terceira via.
(Livro 3: fl. 360 )

Mentoria do que se ha mister pera qs «diarreias


dos .4lotteiros, e musas de que S. Magestade
tem feito, "terce. (a)
It, de pimenta •36:2:20
9, de erauo ... ......... ........ "10:1:20
„ de canela 28:2:10
,› de pungias° 17:3:15
o de beijoim. 33:16
• demeeço ..... .20:3:14
„ de maça 1:3:18
, de n' 2:0:06
Veto crena cada dia porquo por huA prouisa3 geral
Indolor Mosteiros que re fazem neste Reino tens certa
°Minaria, ena3 entraili aquy co mosteiros dos Capuchos
que por esmola vilã en costume dasselhe o que pedem
pliuMpalmenie pimenta, beijoim, eincenço, e asy aos Ira-
der Catijelbanos desta Ordem quando afim' acertai.1 de
que certifico en Lisboa oje seis d• feuereiro de
1583z--Fermans Rodrigues Da:muda—Ferirem Gomes da
Gone.
(Livro 1: II 165,e II 167)

63.
Viesorey amigo. Eu ,EIRey vos emulo muito saudar.
Comaem tanto ás grande. a continuadas despesas que

a :
:
te he o docu men t
o a que se refere oCap. V da paria ao.
0
,
216 gnoma° PonTOOU6z-ornarcraL

'er fazem . com os eximirmos amuos que o Rajn poen, a


fortaleza de Ceilatt, que posto que pellas naos do anuo de
87 vos ernuiev Eras apontarnemas que me foraf3 dados
«bre o que ennifinha fazerse nisto peca com vossa. ia
foéttnicad'a .tfareceé Inc resoluer -nesta materia!a 'que
ainda rue na6 respondestes, me parecer, men serUiço
mandar tomar resubtaõ nella, pello que vos erncorneni
do e mando que logo ordeneis oito fustas bem apeai
cebolas de soldada, arteIharia, inoniçoens, com hum_ ca•
pita6 in6r e eapi-tdds de que se ntenda que samirnte
trataraõ de aquetir nesta armada merecimento peca eu
lhe fazer por esse aesprdto muita metro procurando coar
ela e cor. os InUdoS que andaa aunados pot ordem'. do
capitatt de Planar (tine lambem hey por meu serniço
se ajuntem conta armada e debaixo da bandeira deita )
Impedir de todo a cornercios daquella Ilha, e enata-
'quererem coto .isso. o bois., t razen do ,tarn bem gomada.

'doe.og porto.? tia ditta Ilha que na6 possa entrar nem-sair
mania-ia embarcaçaft delles, eisto com tanta confino:moí'',
./g1lancla, ecuidado, que se fique consigindo todos estes
afeitos que re :pretende; e posto que pareça: que éom
esta atinada ge fura Ka despesa continua, fleti pode.ser
mota que muito maiores despesas. se cal faça6 com as
grandes atinada gen de necessidade se rnuia6 de sea
corro 111,/i8 dos arma a deseerquar avena fortaleza,
e (termine tudo isto se faça milhar e mais inteiramente
e. as eapitatIg daquella fortaleza inottidas de algalia per.
tença6z-tsitas que naõ .lie de mer kin° tenham, mas he bem
que se atalhem, a na0 desuieto do que connem, brypor
bens (une a :pe,s,t,a que emearregardes de capitar, mó,
desta armada vos doe a menagem delia, e fique fora da
jardiaa6 tio Cattitaõ da ditatfil8aleza, nem penda o proui•
Mento nem ailmenistraea6 da dita _armada seoa6 da-Ca-
Pitai.
;mor delia, e VOs sSia 'Pin tudo ernediato, pera o que
ordenareis ai. dita Capita:6 mor o Regimento eardem de
como hadeitroceder na merina armada, e de tal manetra q ue
aia anue rue e6 Capino, tia fortaleza toda a conformidade
nas coasse de meu seruiço, pera o que dateis aarribo. a
ynsotcut.o 3. • 217

ordem que Emalem prouendose 'como a esta armada lhe


nad faltem os mantimentos necesareos e o dinheiro :pera
as pagues dos soldados que me tolha seruirern, pargne se
~rosem de ir buscar este rernedio a ontras"partes e'dei-
xassem os portos daquella Ilha liares da mesma armada,
seria de pouco effeito os que se delia pertende que he in•
fraquecer o imiguo e bis dispondo as coimas desta Ilha
pera se milhar effeituar aconquista della quando o tempo
der luganpera isso, e franquear esta armada a ponta sl.e.
Ganhe onde sou informado que oRaju troe algds nanios
armados pot virem demandar aquella ponta urdas as nidir
que, veto de Bengala e das partes do Eul, onde já tn.
marad hum junco, e nad se atalhando isto irá cada dia
fazendo mores danos; e vos erncornendo vos informeis is
acra eirmuenientu pera a segurança da nauegaçad do sul
fazeres algum forte na mesura ponta de G ualle, e ern na-
ao que vos pareça necessário me avisareis da despesa
que pode fazer, e dos soldados que deuem residir nelle.
. 11. E porque de todo fique desenganado este insigo tia
poder tomar por cerquei aquella fortaleza, ey por berne
mando que logo ordeneis como se recolha a fortaleza
dentre má mil braças ein ambito, ese atalhe solo hum
muro de mar a mar, que soo informado que Poderá ser de
quatrocentas braças, e cercado com Ido cana que sempre
esteia chea dagoa do mesmo mar, e nad será de enstonbe-
mente ficar de fora desta fortaleza a roais grandura da que
asa ha COSI as mesmas cerques com que atégiii esteue, pois
se pode ordenar em ensaque o liviigo ponha algum cesso
recoiherens e na mesma fortaleza, tempo que elle datar
onde se deus recolher toda aartelharia de,pois que fuá' atu-
lhada na forma em que hey .por bem qtre se faça, o que
mandareis ordenar por pessoas praticas eque o •bens en.
tendail asistindo aisso o eusenheiro. 'o.k. cons. breui•
dada que este caso pede s Irr que um. avisareis muita
pueieulareleate.
BI E porque soa linformado que çluquelb, - f"kao
se nad recolhe -nentála canela porta firzenvin lora
,nhapertm duo Rd4.11 aaii.e.çllfliX nota ue.peeees t1t, era.
29
218 ARCIIrVO PORT00.2•ORIENTAG

obrigado a dar, ode cotar, pera.qua se faz muita catai.


dade della pellos piofse quem se dá mantimento ácos.
ta de minha fazenda sem ficar resultando pera elle cousa
algila par se conuerter tudo em beneficio dos Capitafis, me
parcoeo deueruos mandar que particularmente VOS em.
formem da causa porque ee na4 rocolhe esta canela por
minha ooniai. e se será meti seruiçe fazerse algum coa.
trato deita poraque possa vir aeste Reino, e em que for.
ma odeuo mandar fases, pera com vossa informaçad mau.
dar ordenar o qUe onuer por bem. Escrita em Lisboa.
sete de março de laxa e nono.
REY.
Miguel de Moura.

Fera.° sorrey.—Pera Vossa Magestade via.


-(57o sobrescripto)
l'or EIRey
A 05 Duarte de Meneses do seu concelho do estada,
e oca Visortey da Indis-3. via.
(Livro 2: fl. 50.)

64.
Viso Rey amigue,. Eu EIRey vos cosia muito saudar.
Os vereadores e rnaes officiaes da Camara de Goa se
aggratiam do controlo do asai que neste Reino se fez
per manta de minha (atearia dizendo que recebem nise
perda e dam. em suas fazendas, sobre que tambern
me vbsesorenestes nas aias do treno passado; e porem°
as drogues dessas partes sempre foram reseruadas ?r,
minha fazenda para as poder mandar contratar corno qm•
arem, e do annil Tini yti feito .ntrato por mandado do
senhor.Rey Dom Sebastiaõ meu sobrinho que Deos tem)
no anno de 74, afora outros mais antiguos, e na5 tem
TCZBa de se egrauarern, lho mando escrener que manda.
rei ver ajustiça qne flue rem neste caso para lha man•
alar leiter inteiramente, e vcs encomendo que de sair04
PASOICULO 3.• 239

lande asai lho digamos, eque vos apresentes, soa, rezoés


para mas enuiardes,
Tarnbeinao arineixam que mandastes ladrar aura.
fina de prarta cosi lamecha água que de secesidade
regelaram muitos clamo« a eite essárló e cai: arrerá
quem os queira lerias no preço dasmermislorias que sen.
derem, terra acatita para se alcem alebautar as.sarms
faço,on das moedas extrangeirac que lá corres,; e prireme
nos aunou passados vos tenho inandadiì escreuer que can'
auia pus mau &emigra que se laurasé esta moeda com
aligua com que corre,. solo torno de ramo a mandar,
porque nad he recaí- , que se remedeenx a. necessidadea.
deste catado com dano commiso dele.
III. E usai se queixam de aner Pronedor das snallés
nessas parles que vali seja toucador naquela cidade, ede
pronerdes em 'nen nome o °arguo de Oscriusd da ia.
mars deita que estada nagno sendo de-sua apresentadná,
assi me pedem que os escrlimés dos orfatIs da mesma
cidade se prouejam em vida, e pera estes carreguos se
'legam pescasu que lia siruam em que aya mereebriomos,
epartes pesa eles ;e porque •ouse por meu aeruiço sa)
lhe mandar responder a. estas cousas.sein particular eu-
forroacaé vossa, vos entornondo• que u- se ynoicis muito
pauteulor de todas cilas com uosso paredes, peca, arma
isu tomar cuidas a res,olooaQ que. °muar por bem.- .
1V. .1,,sol nue pede- esta cidado. lhe mande si:medas
"r" arettilegiosi que eus meu nome lhe, (oVan , aon6+.asios
por Pescar). Telles de ) leneses, gouersailar que fui -desse
m
ratado; ese queixa 4. c.a que oS Padres. .da enrimas
alua ficeram do terreiro dos ,guallpadessa.sidade d,-que
Webern abgniCs darnaos ern especial or .1a.drea da Ordem
'ir Sc. que por ouse respeito taLtah , ed ,P0, '
ic*Sye,qqa qocaSavaluSe disto a vos lha nai.t dcato,. destilam
reMedid e posto.que pollas.uias do anuo paasa.:10 -We.'m..
que por estar d obra 'Mista ygreis muito ~otos
•rosarem ya nela despendidos moca, do 2Q mil paxdiko#
. lusa pa"cera gemia,» do Deus .9 sana ontiteiltrilacii
táructiMocdo que..pariicaLlarmenw umauizols.4,441.1›.
,n9 aacmvo PORT110..-01ITENTAL

Ltill.giOe de rpm trata., ese será Meu seraiço confirmas.


lhos coroo volto yá mandei escreuer peitas aias do anno
passada, e particullarmente me anisareis se conueni dei.
',arar acabara dura ygrcia aos Padres da Companhia,
para em mulo mandar proner como mimee por meu seruiCo.
V. Polia boa enformaçaõ que tenho.do Lecenceado Si.
ma3 Pereira desembargador extrauagente da Rellaçaõ
de Goa 0011e por bem de me recair deite no 'offieM de
poiourador da fazenda da corna dessas partes de que lhe
mandei posar minhas prouiso3s, e porque na mesma Rel.
laçam pello Regimento deliu bade Euler , quatro desem-
bargadores extrauagantes (de que catara' doar uagos, e
bole ficar outro do ditto Situar) Pereira )Dev por bem
e-soa mando que pronejaes nelles ares Ouul.dnres das
fortallexas desse estado de que se tirier maca eatisfaça3
por terem dado boas residencias.
VI. A cidade de enchim me ynniou pedir por sua
carta ~tese por bem que poderem faxco logra húa das'
duas uiagens da China 'que diz que tem para a fortefi.
ca2 dam/cila cidade por prothiso3s do Senhor Rey Doia
Sebasila3. meu Sobrinho que Ocos tem por lhe entrar
Ioga°, como tambem mo escreueis por carta de 23 de
Nauembro de 87; e porque esta maresia da fortibeaça 3
de Coehim be de tanta consideraçai) como tereis enien-
dial°, esobre dia nos °sereno muito particularmente per
«Ira culta, me parece que será meu seruico que coa-
firime .0 escrito que se nisto tomar lhe deixeis fazer a
ditas aragem, ou ilia ouspendais, e em caso que se faça
sera com dardes airo tal ordem e forma que o proueilo
della ceia todo para a meou., fortefinaça3 sem se poder
por nenhum caso applicar coum algila delle para mitra
nenli3a despeoa qualquer que seio. E assi me gscieue
alue fex de despeza com a náo que se mandou daquella
-Cidade carreguada de maniimentos O fortallexa de Mah
laqua rnaes de 16700 partiam, com que ficou mniroem•
poutiarla (como sambem o entendi por uossa carta D
atoe come mantimentos sc deram de graça aos moradoras
etel theirMa.fottalimaa Mallaqua; e porque sempre anexai,
rssmcoso 3.• 2R1

per meu seruiço grateficarcnee estes socorros Setnelhan—


yes, vos encomendo me aulseis em que modo fizeram
esta despesa que dizem, eo que importou, e conto se
procedeo na repartiçaõ dos mantimentos daquella oco
pellos moradores da fortalleza, e se entenderam que lhos
<1.14 de graça, ea merco que vos parece que por esse
respeito déuo.fazer a Cidade. de Cothim. E adi me pede
lhes faça ',teme de quinhentos piques pera aarmada que
em cada hum anno fazem pera a guarda dos 'Maios que
vem de Bengalla e da costa de Choromandel demandar
o Cabo do Cornetim ' •e porque naõ tenho enforrnaçaõ de
como esta prouidos deites os almazens desse estado lhe
mandei esereuer que acudissem a vos para conforme ao
que puder ser os mandardes fauorecer e ajudar. E Sam-
bem me escreue que no tempo de Dom dorge Temuoo
Bispo de Cochim foram passadas alias pelo Rey que
entaõ era em fauor dos ehristaõs que se faziaõ em suas
'estas pera 'poderem pesuir as honrras eliberdades e fa•
zendás C01110 se fossem gentios, o que se . naõ guarda
pello Rey que hora he, e porque se ee gardarem será
causa de se conuerterem muitos a nossa caneta fee, vos
encomendo que o presdadaes ao fazer, pois he cousa tan-
to de entaipo de Deos e meu.
VII. A cidade de Baçaim se queixa que as obras da
forteficaçaõ deita naõ correm corna presteza que colmem
ameu seruiço esegurança da:mesma cidade, eque em
tempo delRey Dem doai- , meu senhor-(qUe 'esta em glo•
ria.) .se danam na feitoria deita doze mil partirem cada
afirio para as obras da dista forteficaçaõ que no anuo de
80 lhe beca oConde Dom Luis detaide sendo VisuRey,'e
Ike pusera nouo tributo nos mantimentos em que recebiaõ
moita oppressafi; e porque dizem que se poderá segu•
rar equasi acabar aquella fortaleza com oito mil pardace
despeza, e me pedem lhe faça meree de quatro mil
pardaos cada asno que já me ynuiarana pedir • o armo
atrase cobre que v .oseecreui, vos encomendo que oca este
partieullar me naõ tendes respondido o façais peitas mios
dente anuo, eme auiceis s,será meu seruiço conoederlhe
222 anellIVO bORTUa06.0111ENTAL

lato que me pedem, eque desta forteficaça5 %ohm% ta%


particullar cuidado como a ympostancia della orequere,
e- vollo tenho emearreguado.
VIII. E má me pedem lhe mande guardar hu5 proui-
safi que lhe pesastes et. Meu mane para uaquella
de se fazer poluora como se dentes fazia, por auer sel.
Ia muita commodidade pera isso, e os mamriaes maes
baratos, eque muitas uezes por falta de poluora se dei.
curam de fazer inuilas armadas de muito meu seruiço;
eque haquella fortaleza estaua muito falta de ertelhatiat
pelo que vos .encomendo que em 'mina cousa eem, outra
deis oremedio e ordem que maes c9nuem aul000er.
aja," e segurança da mesma cidade. E potaue tambem
ella se queixa do contrato e est.va do canil (mi conto
o faz acidade de Goa sobre que vos escreuo nesta cal.
la) lhe podereis mandar dizer nisto o mesmo que sobba•
de dizer á remara de Goa.
IX. Dom Joaõ Rey das Ilhas de•MaltliM Ine'youiett '
dizer como fizeste.= merce ent meu nome aDona Fran.
cjsca de V.esconcellos com quembe casado, por ser ¡na
das orlas que deste Reino furam no apuo de 84, de 500
pardaos de tença cada annwent sua ttid. ',aguam acena
no que elle era obrigado pague, a minha fazenda da
parcas das &nas Ilhas com declaracaõ qae Maadal ir'
confirmar atinta meu% por nam dentro de Ires aaaoe
pedindo,ea que am.o respeito a ser casado cota a
~a. Dona Francisea lhe fizess merca de- lhe meada,
c'onfirmar e acreoentsr mapa 200 cruzados em cada hum
nona para a ditka sua molherge poder austentar con-
forme aqualidade de etta. pescou; eporq.e pelicA a","'
cartas do anuo pesado de n8 me- dizeis que lhe naõ
destes a- carta que ilio mandei esereuer .per se Stni3
danar bem +Mn a ditta nus molhes e asai proceder c..
forme sua uhrigaçail e deocuma -de sua pessça, pin
,aaeo men sgrusço nati lhe mandar diffesig a este sea
'allaariamato sen. nritucintder gema enfornnocafi do Mn-
do dç seuprocedimenimpaza anui elle lba-mandar raaa,r ,'
dar como acuar pua Algar AO.Illip14 e rparaccadouse que
riamba, 3.• 225

are quanto me matardes e 6itta enformaçaõ deue atter


os dites 500 pardáos lhos mandareis dar peita prouisaõ
«se lhe pesastes. Escritta em Lisboa a oito de Marco de
MDLxxx e noue.
REY.
Miguel de Moura.
Pera o Visorey —Para V. Magesta.de ver-1.. via.
(No Sobrescripto )
Por Elltey.
A Dom Duarte de bleneses do seu Conselho do es.
lado, emu Vieorrey da India-3. • via (
jLivro .3.* II. 346 )

65.
VisoRey zuniam Eu EIRey vos eram °muito saudar.
Por nossas cartas do anuo passado me dizeis que cora
as cousas da Saneio Officio deesas partes e menistros
deltas tendes aconta que he reza6, 0us ffi0useueis era
acue pagamentos; e posto que na carta geral que vos
meadei esereuer vos eigni6ao ocontentamento que tiue
de nasal fazerdes, me parebbo deueruos tornar a enco-
mendar que assi o façais sempre, eque auendose de Ca-
ari . 130ba dilligencies nas fortallezas e terras deve es-
lado pedi°. Inquieidores on outros quaesqner menistros
do Sanara Officio os fanoreçaas eajudeis em tudo oque
por alks vos for requerido para bem das dilligencias
que outrerem de fazerem, porque em sai o fazerdes me
averei por bem mrilido de vós. Escrilta ena Lisboa a
nem de Março de MDLxxx eSove.
REY.
Pere oViso Rey da India-3. via.
.N sobrescripto )
Por EIRey..
A Dom Duarte de Meneses do seu Conselho do Estes
010ieseu Visorrey de India.-3. • via.
(Livro 2: fl. 54)
224 WItCRIVO POR,UGUEZ•ORIENTAL

66.
VisoRey amigo. Ida EIRey nos emalo muito ...udu
Por ter estendido que por outras vias poderia chegar
aessas partes a arrua do snecesso que tear a armada
cora que roahio o Duque de Medina Cidonia o anuo
passado de 98. contra Inglaterra differentemente do que
passou, me parecer> enuittruos a Itelaça9 particular disso
qUe yrá com esta para a verdes e terdes entendida a
verdade do caso, e conforme aella o dizerdes quando e
corno vos parecer, oque confio de vás que fareis perla
modo mais acertado econueniente a meu seruiço. Rh
adia no Pardo a 20 de Março de 89. (a)
REV.
Peru o Viso Rey da India.-4.' via.
(No sobrescripla)
Por EIRey.
Ao VisoRey da India-4.' via.
(Livro 2.' fl. 60

67.
VisoRey amigue. Eu May voa anulo , muito sendal.
Jorge de Camara filho de Rui Gonçalves de Camaro 40
Deras perdoe are inuiou dizer que nessa partes ficara
1a•fanenda do ditto seu pay entregue aalgutia pesoasri"
.
temia que se naõ padese arrecadagdelles sem, interUi r
nire vasa a..juda e favor, pedindame vos mandase ese.rei
ner lho descia a seus' procuradores para se par a duta
fazenda era arreeadaçail; ...mandouor que tanto que
vos esta for dada os fauoreçaes em tudo o que case ,
lugar para que a dítta fazenda se arrecade -doa' dera.

a) Pita foi a chamada. lacciecieel ,mada, qtle eperde,' od


eerd. de Inglaterra. Devia ser curiosa a 113lay4i, gAn d'
derartre dada pelo forupriu Phe1Inpa • ; auss iefelirffien¥
deu-se, e nal..v.ehártgq vearignis deita no ardhivo da bóia.
rascrramo 3. 7 225

dores preeedendme num agi mimos presentes como com os


angentes conforme adireito cie maneira que venha toda a
que for druida ao dito Roi Gonçalves aboa arrecadaça5, e
afortes embarcar nas néon deste anuo repartida por ellaa
eentregue apesoas seguras eabonadas. Escrita em Lisboa
a23 de Marco de 1589.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pata oVisoltey sobre Jorge de Camara—Para V. Ma.
gretada ver
( No 3obrestripto )
Por EIRey.
A Dom Duarte de Meneses do seu Conselho do Esta-
do, eseu Visorrey da India-1.• ria.
(Livro 2.. fi. 62)

68.
Eu EIRey faço saber aos que este aluara vyrem que eu
mamtley ora ordenar MIM Regimento sobre a ordem que
daqui elo diante ey por bem que se tenha no negocio dos
contos das partes da judia, e por quanto na5 hey por rneu
seruiço que os Contadores eoficiaes dos ditos contos ayaõ
ar mostro queaté ora avya5 pelas contas que tomana5
aos tisoureyros, feitores, eaoutros oficiara das ditas par.
ter, etemdo aysso respeito, e por outros que me apeso
mouem, Hey por bem eme pran que do dia que crie for
apresentado na cassa dos contos da cidade de Coa em
diante os ofieiaes dos ditos contos ayaõ eng ceda hum an•
mi oaeresentamento seginte alem tio mantimento que tem
por Regimento, asaber, avera o Proueder dos contos edas
ementas vynte mil reis ducresentamento em cada hum
anno, eoermecutor de minhas diuidas averá outros vyn-
is mil reis dammentamento por anuo, eaos contadores
mera cada hum deles de acreserntamento por anuo vynte
mil reis, eos escrivaes dos ditos contos der mil reis alem
do mantimento que.tem com os ditos carregos ,elhes se.
19
226- ARellfv0 PORIVOIMIL•elilENTAt

raZi pagos no tisoureiro da cidade de Obra assy e dê


maneira que lhes bade pagar seus ordenados. Noteficoo as.
sy 50 tneu Vyzorrey e gouernador das partes da India, e
aos Veedores de minha fazemda delas, e lhes mando
que na mannrta que se neste contem o cumpras egoar.
dem, e face° comprir e guardar yrtteirarnente como se
nele sentem sem apeso sei posto dusida, embargo, nem
contradiçaii algas., por que assy o ey por Ines Sciaiço, o
qual hey por bem que valha como carta, e que naS par.
Be pela Châtrcelarya sem embargue da Ordenaça5 do
segundo Lime, Timlo as, que o contrayro dispo«. Mi ,
noel de Torres o fez em Lisboa a 23 de Março de 589.
E es Diogo Velho o fiz escreuer.
RE Y.
Miguel de Moura.
Per& o VisoRey-4era V. Magestade ver todo-.-3. via.
(Livro i,•II. 23 )

69.
VisoRey amigue. Brit BIRey vos estrio meito saudar.
Antre as petiçoas mie me fora& apresentadas este anuo
de pessoas que me seroem amas partes viertro algra$
xlee estantes nelas a que mamdey porora sospeader a
reposta por ase parecer nenesario ter primbiro vossa Ire-
fermaeaS, pela que , Vo9 enT,Colném'd0 e mamilo vos irré
fórmets de Agostrnha Antunes ede seus seruiços, eco1*
forme ao que achardOt deites o provereis no que ~ler
lugar é vos parecer rezaa; e est tomareb informaçaõ de
Migel Dura5s de Barbuda e de seus serorços, ehachamdo
que teto sumido depois que foy prouido cum ocarrego
dê esertua5 da feitoria dd Goa I.e que merece o ca5.
rego de feitor de Pio lho declarareis, o qual seruira por
tempo de três armou na vagaste doi presides antes do 15
de feuereiro deste anos; também tonrareis imformsÇOb
dos seruiços de Domingos d'Olineira de Lemos, ede
Antonio Coelho, ede Manoel Estenez Morador em Co.
chies, ê da ealidade deles e de suas pessoa, ie trd este
YASCICITLO 2. • 227

Manoel Esteuez de neça6, eme emuiareis nestas mios


aimformaçaR que achardes com vosso parecer pera lhes
amiudar responder a suas petiço:de corno ouuer por bem.
Escrita em Lisboa axxiiij de março de MDLxxx esoas.
E eu Diogo Velho o fiz escreuer.—E os ditos Agostis
abo Antunes. e Miguel DuraêS ululara& tirar a este
Reyno confirmaçad minha das repostas que lhes derdes
por bem desta carta que virá encorporada nas patentes
que lhe passardes.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pera o VisoRey da Tndia.—Pera Vota Magestade
ver—L•
("To Sbbrescriptoj
Por EIRey.
A Dom Duarte de Meneses do seu Conselho do Eis,
lado, e seu VisoRey da India.-1. • via
(Livro 2.• fl. 56 )

70.
VisoRey amiguo. Era EIRey vos enuio muito saudar.
Nas Mios desta armada vai" para essas partes por meu
mandado oito orfris das que estai; recolhidas no mostei-
ro daleaçoua desta cidade, encomendouos que as faça.,
recolher, evos lembreis de seu empam e remedio no-
meandolhe pare seu casamento quando casarem alguns
das carguos que para este efeito podeis nomear con-
forme ao que vos tenho mandado escreuer os asnos pa.
"das que faças, sobre semelhantes orfãs; eestas se cha..
.7.3 Dona Bernarda Pereira, Dona iScas detaide, que
'Iet•tea partes tem seu pay Dom Joaa detaide (,a),
caricia Rebella. Dona Meei& Pereira, Dona Maria de Me-

fs)ile digna de reparo esta eircunsrancia u'usaa dormita que!


osflk
229 ÁROUIVO PORIVOU£e-UX.U11,1.

nesse, Joanne d'Affon oequa, ater.na AineaIlkodinhaos


Maria Alves Valemo. Bsoritts ers Li,bssa nob de .Março
de 1589.
t:ARDEAL

Migue/ de Aloura.
Parà o VisoRey sobre as orfle-2. via.
( No sobreeeriplo)
Per EIRey.
A Dom Duarte de àIeneses do seu Conselho do esta.
do, eseu Visorrey da Itudia.-2.' via
(Livro 2." fl. 52.

71.
Dom Phelipe per graça de Déos Rey de Portugal e
dos Algarues daquem e delem mar em Africa. reator
de Guiné e da conquista, namegaçaii, comercio Ia Dfhi.
agia, Arabia, Persia, e da India é.' Faço saber a vós
meu Vissorey e gouernador das partes da India que
ora soes e ao diante fordes que sendo eu imformado das
desordens e injustiças o modos ilicitm que alguém capo
thés das fortalezas das ditas partes, esquecidos de ias
olmiguaçarn cometem no temo° que seroem a; ditas me
pitaniss, edos colorias inconueeientes e encandeies que
disso se seguem muito contra o seruiço de Deus e meu,
e em grande perjuizo de suas comiencias, e nótauel
danno de meus ensaios, e 00.9idereette eu aobrigas.
çaé mie tenho de lhes mandar fazer justiça, e quanto
colmem peta bem chi tudo mandar prouer nisso demd
maneira que se evitte estas ta2 grandes desordene, MAC
dei ver ocaso e fazer primeiro todas as diligencias que
pera verifieaçai: délle cumpriaé, e sendo,ae de tudo
dado inteira Mforrnaçaé se erntendeo que os ditos Capi•
rUE's naô dautté suas residencias das coaras per que de ,-
uitta ser particularmente perguntados nelas, t oinsírjds
e
outras diferentes, eeu certo modo alheie as aWL'ab.A.
raseicuLo 3.• 299 s

gaçaii, eque sambem tinbaõ algiáns intrudiçõm, faie) de


que usauaõ susisiuumente de hás em outros que se Moí'
pemetuando Mias com os custumes deltas e outras cem
prouisoès vossas., econformandome com o que nisto deue
ser peca remedio de tudo, ouve por bem etoca seruiço
mandar fazer capitolos de residencia .porque se tome
aos ditos capitaèls nas que derem de suas capitanias e
carregos que scruirem na maneira seguinte.
1. It. Primeiramente se perguntará se todos os capiiaõe
das fortalezas das ditas partes fauoreecraõ a connersaõ
dos gentios a nossa sancta fé e os ministros delia, ou ti.
ueraõ nisso algfia culpa ou descuido, eque tal foi adita
culpa edescuido.
á. It. Se tomarei; ajurdiçaõ do Ounidor da fortaleza,
ou lhe impediraõ que nal, fizese justiça, ou o injuria—
raa de obra ou palitara, ou lhe fizeraõ outra algilla ave-
'taça?. na pessoa ou na fazenda.
3, It. Se deizaraõ de fazer justiça nos casos crimes em
que conforme a dita jurdiçaõ podem ter voto, ou em
afazer foraõ nigligentes, e por que respeitos, e se forno
intereçados asiles.
4. It. Se passaraõ cartas de seguro nos casos em que
is sal podem passar, ou deraõ omiziados em fiança
nos casos crimes em que os ma podem dar, ou se pr.,.
demi- ,sem culpas obrigatorias ou com Mias, e se nos
casos em que nafi tem jurdicaõ mamderaõ soltar.
5.It. Se sul acudiraõ pella minha jurdiçari, e deixa.

raõ leuar ao Eclesiastico a que naõ era sua, ou tomaráo


ao Eclesiastico a que lhe nar> pertencia.
6 . It. Se receberaõ dadivas, peitas, ou presentes das
pessoas que com elle° mimaõ negocio, ou de outras a
amie era defeeo temidas por minhas ordenaçoeus.
7. Ir Se foraõ imfarnados com mulher que com chies
atassem negocio ou requerese justiça, ou com outra algas
de que se recebes° notorio escondam ° ou mito exemplo.
8. It. Se acendo na terra narre fidalgos ou outras pessoas
de °alidade defereuças o brigas publicas :mó asochrad
92A sucaqo renTnrinaz•maname,

aelas, eos naá apessiguaraá, ea nat7", ~ligareis- medo


as culpas pera isso, e cabendo na sua atoada.
9. 10. $e tomareá mantimentos, e anima sonsas pera sy
por menos do que comumente valia& na terra, ou as miá
pagauaii.
10. It. Se fizera& mi mauderaá fazer pagamento dos
soldes velhos aseus parentes, amiguos, e criados, ou a
alguns outras pessoas.
11. It. Se fizeraá e os de sua familia algibe forças ou
estroçoens ao pose tomandolhe suas mercadorias contra
suas vontades e por menos preço do que valem como.
mente, ou lhe fizeraa comprar as puas, eimpedirei& que
cal compensem outras.
12. It. Se tratará5 em mantimentoo e os cumpram&
na terra pera os tornarem revende;, ou repartia& os que
linhal pelo pouo fayeadolhos tomar minere sua vontade.
13. It. Se prouere.õ os oficies da Metias e fazenda
em criados seus ou em outras pessoas nad lhe pertn•
coado o prottimento deles por bem do Regimento mis
Ouvidores das fortalezas.
14. It. Se tomaraá odinheiro dos °diteis peva tratarem
com elle ou peca qualquer outra cousa, inda que fosse 00111
necessidade urgente, e por emprestimo de pouco temia,
15. It. Se tornaraá aartelharia dos precidios elugares
onde estaua pera armarem ruas 11809 e muitos, ou peru
qualquer outro asso seu particular, sal sendo pera co10
nas de meu seruiço sem outro algum respeito.
16. It. Se prouerafi as fortalezas do necesario, ou se .du
ocal fazerem lhe sucede°, ou podem sobrevir algum .tra*
belho, eque tal foi ou pudera ser.
17. It. Se entenderaá em minha fazenda per algar, ui.,
ou prenderaá eauexarad os officiaes d>ella, on as lufaria.
reá e maltratara° nas pessoas ou mocadas.
18. It. Se tiueraõ feitores bramenes: banianes, mon-
roa ou'imléus, que o%todo prouincial de Goa defenda e
Os Senhores Reis meus tuateeessores tem deffeso per n sue$
prouiseès.
rclectiletir3. • 231

It Se ar etesdos que falb per ReghtOrile pe . fa


sidirem naquella fettaleza os inandaõ átt disca nsuidd
feiturizae emas fazendas, e ihs fázent pageamenfo de
seus soldos cornd se tlesidisent n't° tal' fortaleza.
20. It. Se impedirei-
,ánatiegaçad, e. que es .mercad,9tes
sal carregassem suas fazendas onde !como quisesetn,
ese os. obrigaráõ que aacarrégtiasérn .em .seus nau. los, e
se lhe leeáraõ maiores fretes do ordinario, ou que as herr-
earregasem ate os seus terem carreguarlos.
21.11:Se trataraõ em pimenta, canela, crauo,..oludei-
re, ferro, aso, e outras mercadorias .defecas pera o mar -
R. , 3eemitas partes, e se tlueraõ algas tratos Digiteis e
deffecos• com os imiguos daquelle estado.
la It. Se fizeraõ ou cometeraõ outro algum curti rine
peitos Regimentos deste Reino ou da India deugri ser
castigados.
23, It. Se .tomaraõ sigilo, fazenda a alguãs pessoas por
força contra suas vontades dizendo que as temperai pera
suprir alguRs necesidades das ditas fortalezas, e pesa ou.
tras couces de meu seruiço.
Estes Seis Capitulas abaixo se ha de perguntar mais
alem dos vinte e Ires acima apontados aos Capitas
Çojala eMoçhohique.
1. It. Se tratara& em mercadoriau defesas pellos Re-
gimentos das feitorias de Cotada e Moesõbigne. na man-
darei,-alguãs de resgate a Çlofala eas minas do seu des.
trite alem d.aquillo que ezpresemente podem fazer por bem
dos ditos Regimentos.
2. It Se trataraõ em marfim, eo maorlarer> por noa
conta á Ilidia contra forma .do Regimento.
3. lt, de proueraõ "nos naulos que cal por contrr de
minha faoenda fazer resguate as minas criados seus por
espilaéle delles, tirando os que o feitor meada, ou perque
500, Ita fazenda minha pera resguate mandria a sua: sen.
dolfie tudo defesso pelo dito RegiMepto.
4. lt, Se. defenderaõ que ninguem fosse aos Rios do
Cabo de Roa Esperança peca elles somente lá manda.
233 kndflrVu POPTOBIle.-ORIENTAL

rem, ese tomaõ o marfim eine de lá vem sem odeixarem


entreguar ao feitor conforme ao Regimento.
O. It. Se defendem aos officiaes da feitoria e outras pe..
soas que por Regimento tem licença de mandar certas
corjas de -roupa no nanio do resguate que as naõ mau.
dem, pera cites as mandarem.
6. It Se impediraõ a nauegaçaõ da Ilha de Saía' Loa.-
renço, ou do Cabo -das Correntes, ou da costa de Metia-
de aos que com se. nanios querem nauegar e pugnar os
quintos a minha fazenda, pera eles somente irem ou mau.
darem, ou obriguaõ ar peseoae que vaõ em se. nauios.
Estes seis Capitulou abaixo se hao do preguntar as'
Capita -
és da fortaleza d'Ornsux alem dos 23 Capitules
primeiros conleudos nesta prouistio.
1. It. Se aceitaraõ 'delRey de Orme a dadina costu•
atada e de muitos anhos defendida da renda das atraques,
ou de outra alguã renda, ou dadiva, ou peita, ou I he n•
zeraõ algu3 avexaçaõ por isso nu eem isso.
2. It. Se tolheraõ que singelo comprase caualos na fl.
de Orme sem sua licença, ou até cites comprarem pri-
meiro, ou os tomaraõ aos que os tinhaõ comprados por
sy ou pellos ar» feitores, os tolheraõ ias partee que os
naõ embareasem nos nanios que quiseeem, ou os ferem.
barcas nos Sella contra suas vontades, ese lhe p6s mais
frete do que lhe letutuaõ em outros 'maios, ou se fizerea o
mesmo em quaesquer outras mercadorias.
3. It. Se aos Irmanas mercadorea que vem da Sereia, ou
da Arabia, ou de Baçora per sy ou por seus feitores flue.
mõ avexaçoene nas mercadorias que trazem tomandoas
por força e por menos do que calemos pello justo, ou
lhe empedern acompra de outras, ou a venda das que tra-
zem fazendolbes mio tratamento na. pessoas e nas fazes.
das, ou lhes empedem que naõ comprem até o seu feitor
oaõ comprar.
4. It. Se tolhera& que sal sal mercadores ás ilhas
adyacentes comprar mercadorias reseruandoae o dito..
pitaõ pera sy, os lhes fazem por seua feitores alvas
avezasoans nas pessoas enas fazendas.
FARCICULO 2'33 ,

5. it. Se os mantimentos que pas noas 11618 Mlindila


vir de Bengala. do Cind'. Barcelos, e outras parles da
ladra aquela Ilha de Ormng os vendem ao p000 por
maior preço do que commumente valem, e se empedres
avendados elite« pesa milhos venderem os stens, ora quan-
do os «ó podem vender se tis repartetn penes mercado.
ter da terra fagendolhos tomar contra suas vontade:.
6. It. Se tiueraid algum comercio ou trato Cem oe Tur.
rio qne residem em Baçora, ou lhes rnamlaraid ou dei.
xars0 limar coo.« defessas ,ou se tinerad com °Lir«
indBuos do estado alggs tratos ilicitos ou defessos.
Bsie Capitulo abaixo se bane prepteror , orais aos
Capitdès de Dama?," alem dos 23 Capilalos'prilosi—
*os detta prouisab.
It. Se obrigon ao, ortelluens da pouaçea de Tarapor,
edas toais Tanadariaa, a lhe venderei-ri cooua enes enate.
de. o betre que colhem «lande unas ,ou PC illes fazem
por lasso alguns
Eite Capitulo abaixo se bade pregentlor Olgit dos
Capitdès de Goa alem dos 23 Copilados primeiros des-
ta prouisani.
I. Se leuared mais direitos dos que se podem leo«
Bas chapa, elicenças que dam aos que saem eanuaís- na
Ilha de Goa.
kste Capitulo abaixo se hada pregusdar mais aos Cai
Pilals de Nata nasal altas dos 23 Copflolos
tas desta prouisati.
Se komandose algnn nau ou fazenda per de presa, ou
fazenda, defessas per perdida.; se as purers2 em acre.
eadagaõ naid aventlo °Meial meu prrrsrrlrr pira isso, ou
se deserneaminharad alttun consta.
.Rste Capitulo abaixo se bade psegootar mote aos
Copitiai de Cella& ralem dos 23 Cepilulos primeiras
deita penais«,
It. Se teonarad urres e outros mantimemos que vem
de Bengala e outras cousa, que vero de Mala« eca-
l...parte* ter aqueda fortaleza contra vontade desces
inana peta ey ou por eou:a de minha fazenda, dizen-
30
234 Acresce PORTUGUEZ•0111.TAL

do que saa necnaream pen meus serviço, sem os paga.


reto loguo pelos preços que valem.
Estes seis Capitolos abaixo se haa de pereunter mais
aspa Capitaas da fortaleza de Arataca atem dos, 23
Capitaloz primeiros desta prottisaa.
1.11 Se mandara5 per seu feitor ou peio alcaide do
tear, ou per outras pesoas atrauesar as mercadorias que
as Já°, trazem aMalaca, asaber, crauo, nós, maça, e pi—
Menta, eoutras droga emercadorias, emantimentos ',R
deixarem vir tudo á alfandigua, e a, -compraralle atra-
ueserai/ todas pellos preçoa. que quisera5, e por muito
menos do que valialì, e depois as rendera5 ao pouo por
muito maiores preços, ern troe ganhara5 muito semi ti-
rarem dinheiro da bolsa neto o arriscarem.
2. It. Se comprara 5 - as ditas fasendas sem consenti—
rem que outras peso» 05 compraecro, e fizera5 os preços
por que as comprara.% epor elies se pagnraót os direitos
nalfandega, e Ima peito preço pesque logo as venders5
as taes fazendas, mil que a minha.recebeo notauel dano
alem do perjoizo das parths.
2. It. Se impediettei a nauegação pesa Bengala, Solos,
Queda, Suada, Jaoa, Siaô, Japidi', e outras partes do
sul, eque nenhuã pesou fosse a alias sena5 alies, ou as
que quiserem.
4. It. Se mandara5 fazer alguãe viagens pera algul
parte do sul em prejuiso dos prouidos, e contra forma
de minhas prouisoãs e regimento",
-5. It. Se tomarnõ algum crauo .do que vem de Nla—
luso nos mane galeoãs pesa sy, ou cum achaque de
alguã necessidade claquella fortaleza.
G. Is Se mandara5 a Maluco ou a Banda carregar
de emito manchons contra meus regimenters.
Estes quatro Capaolos ao haa de pregmetar mata
aos Capitoas de Xale.° miem dor 22 Capilelos pri-
meiros desta prottIsatI.
1. Ir. Se. fenoroceraõ a carregue dos galeoZe, que por
conta de minha fazenda forer3 áquelle fortaleza carregar
de crauo.
rasam. 3. " 235

2.
. It. Se venderaa oram: aos Jaos, ou lho deixtraa
oomprar na lera podendolhe impedir.

3. It. Se eu-anos:irai; ais roupas que da Iniba via nt


quella fortaleza, se as que vaa a elle por conta de mi—
e
'oba fazenda fizeraii vender eas comerara3 pera depois
ao tornarem a vender á incarna minha fazenda por

maior. preços, on comarara5 tola o erten ma alias


pera outrossy o venderem por maior preço a meus offi-
[rires e ás partes, oque seria em nomeei dono de minha
fazenda, e se tolherei; 60 meu feitor que o nua Gaia prosa
limemeate.
4. It. Se mandare8 eram> nós, maça para aChina, ou
Jaus. ou aSisa; e a corras paste: posto que focar atroa
gen de mantimentos, e eme isso defraudam:ia Carrego
dos meus galeorls.
Nilo que el por bera e manda tina tanto que qualquer
Capitari de fortalezas de - qualquer entidade e condicaii
que seia acabar de sentir a sua capitania se lhe .utine
lagoa revidenela della pellos dito• eapitoios e!trilos mais

que aalta toquarson, os ritmes se lbe lerarl ao tempo que


o Veedor da fazenda das dban partes lhe der a ',cume
da dita capitania pera irem mais aduertidos as obrigar
gda delira . Notificouolo assy a vás dito meu Vissurrey
•gonernad,r. e voa mando que cumpra', e guardeis, e
Caçais cumprir e guardar lutei...nume esta adoba pro-
eisait. sem embargo de todas as outras pronisofn e Re•
,.1-irnentos qtntisquer que forem que em com rai ro aia; e que
nar3 paneis neuhlia prouisail 4ine por algum ro.do ermos.
Ire- os ditos capital,. de reside:leia do algum deles, na
lhes ler diferente interpetaçarl do que -cite: soar/ em par-
te .6 em todo, porque ,atolua magna e vontade tio dofen•
Ser somo ,Inte esta pranioafa ri por deffendido eus
dito. eapitan-s tudo oque for mmtra as ditu,s capitules,
sob . pena de pellas colma. delles aterem. resuristas
mente ,casliguallot aomu O c.a marreta, por quais-
ei por bem que ao capitefis que forem culpados .nas
taes resideueius lie seja 1latin titila a penisque per di.•
teatro morceetern,e 'WS logo ais executa U6116. Salta wpft,
236 »CRIVO PORTC61.2•ORIENTA;

laçao nem *grano; esucedendo nas dita, fortalezas alails


C11908 particulares ql2e. nal; vaZt aqui e:presos e decla-
rados tine ma pareça que [emitem i••e deite perguntar
pez cites nes taes resideocias, mando que ardry se faça,
ese ['moeda contra os cultiad. pella maneira sobre dita.'
E esta qne-ro que valha, terrha força e vignor como Pe fos•
recorto relia em meu nome, por mim asinada, eselada
do roeu sello pendente sem embargou da Ordenaçaõ- do
segundo liuro, titulo vinte, que o contrair° despoem;
ontrossy c'e comprirá pato que naõ passe peito °hen-
calaria 6.11 embargo da inesma Ordenaçarn; emando que
se registe nor liuros da Relaçaõ de rios, enos das Ca-
maras das cidades e fortaleza, das ditas partes, e°ires-
lado de tudo antegozado se dera ao Verdor de minha fa-
zenda de (loa pera oler, ou fazer ler recorre sy aos Ca-
pitai?, ao [empo que lhe der a posse das taes capitanias,
e porejes° se registará tambeto uris liuros de minha fama-
dadas di tas partes.Jeroriimo de Éarrus ofez em Lisboa a
vinte ecinquo de março de lacaio. E eu oSecretareo Diogo
Velho ofiz escreuez—li esta prouisaõ cai escrila em cin-
gia> topas folhas com esta assinadas ao pé de ceda Inia
por Miguel de Aloura do meu conselho do estado, emoa
escrivaõ da puridade.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Aluara e Capitules de'Residencia penes ritmes V. Ma—
gia-tad° lia por bem que se tome daqui em diante moi-
dem. aos Cepitarl, das fortalezas da Ilidia peito manei-
ra que se ft ihre contem. E lsie avilta c.a.° •em ta, eIll16
I1AZ3 passe pella Chaneellaria.—Pera V. Magesrade ver
todo.
(Livro 1.. (H 159)

79.
Visolley amigun. Eli RIRev voe amolo muito .11d9r.
VPIldt, P11 a mastreie dos i.rrnuisrfs que os ViiriBeys
dessas parteo ordinarfatimott cuatumain )lasear• aos Ca.
7APCMULO 3. 237

pilde das (erten.ae quando nellse entram, no anemia


em muitas dai distas prottieods ulaee 1-m4s que respei—
tas partioulares, e fazer a Capitlo que sucede exemple
som asa anteceror, que he mui perjudicial a meu ser_
aio, e is partes, me pareceu toda esta matterie de mui-
ta oousideraça0 ede partieollar obriguação minha pare.
relia mandar ,moer e juntamente em muriti aluno«
de que watt os Capitafis peitos terem yntrudiuddos ma
suas Capitanias, e que o melhor rernedio e Mera eala•

juridien, e cada sua« seria dar forma e or-


dem na residencia dos ditos Capitai:e, porque roa, ynfor-
medo que nadas se pregunta 'per muitas 00119110 altivas
de sua obriguaçati que ficam aumente em werimonia
de reaideneia, e que por iso quaai todas as rima .;empre
boas sendo notorio as colpae que nellas tem, que ti.
outro nutro escandalith aliem do que delias se recebe.
fleflo que °une por meu seruiço mandar formar Ca*
tales proprios para as tare reeidencias conforme tao cul-
pas que se tem entendido que os dittos Capitads cometa
teta, e emeorporarernae em boi minha ProuisaG que
uay em todas as aias destas nato+ deregida a ode, oeus
encomendo e mando que faneca ynteiramente cumprir
conforme mi' que por elle vereis aque me rernetto; e
depois da ditta Prouisad ser registada onde mando que
se registe, ordenareis que das aias della tenha hei oSe—
erettario desse estado, eoutra se ajunte a" Regimento da.
Relleçad, c outra tenha o Veedur da faienda de Goa
com oliriellaati de alie e o Secretario a entregarem a
iene sobceaores.
Il. 'remirem vos mando »Meti vias ires Regimentos
pal. os Contos desasa nanes, hum maior que mmtheon
e,tt si a ordem gerai que se bode guardar Ima contou
della, e em todas as dependencias deata meteria; sou-
fiambre o despacho particular dee petiçoens dos nego-
CIOS dos ditos Conto, e outro auhrest correr das eirien-
sae delas. Erneontendonos que ordeneis como logo se

Proceda soa slillOS Cantas conforme asa dillos Regimes.


i'
4 1 e ae cumpram inteiMmente. E porque este anuo Dia
236 laCITIVO POYSTUOU.2•ORIENTAL.

pode Ieda yr a oco.. que bade sernit de Prouedar


mói- dolier, yrá querendo Deus o anuo que vem; erue
esereuereis convi eorre com a obriguaçaõ do clitto cargo
Francisco Pá. Albernaz que o armo passado vos Inas.
dél escreuer que auia por bem que o seruise em quanto
de cá ned toada o propietario. Escritta em Lisboa a 26
de Março. de 1589,
O CARDEAL.
glignel de Moura.
Para o VisoRey,-;-Parti Vona Mageátede ver-1.• liai
(Na sobrescripto )
Por EIRey.
A DA. Duarte- de Meneses do seu concelho da estado,
e seu Visorrey do. Judia--1. via.
(Livro. a: R. 368.)

73.
VisoRey amigara Et, EIRey vos emito muito anue. s.
Vy nque me eseveuestes en carta de 23. de noueálbro.
de. 87 robreo fertifieaçalt de Cochila i e as. pooderaçoals
que nobre esta morreria fazeis que- iodas sai.; de muita
evinsideraça6, porque. por IniA. parco me lembraes o mui-
to 'r;sco any que estam- todas as fazendas que- do. Sal
vala aquella cidade que detodo está aberta e cera neo.
liud delfençad, e polia outra se vos offereee que esturre
da farteRice0A della e ordenar de se- fazer huit doo
elegeu.. da China que lhe concede. o Senhor Rev Dora
Oeba.sliaA. ateu sobrinha, (que Ocos tem) pera est; elfei-
to, porá El Rey. de Coehirn em termos de desconfiança
SUa cpre obrigue a se romper de todo corn..elle, que por
'lanham caro connern; - e- ponto que cocneçar,e• a forrefi-
ear pello campo de- Som Joati. are ^
nem da pinieviia srrá segando sou, ynformado de meta
effeho, em que eonuelb para segurança delia, Inc de
crer que o «tomará EIRey • COCI1110, cuidando que par
ertscicubo 3." 239

seu. respeito se faz esta forielieeçad, eque na3 falta.


tem pessoas que por nue reettellea particuilares lira fa .
çam
lei entender eprocurar .1110 elle a impida. E pirrquecon-
cem que se tire toda aoccosia3 de rompimento som este
Rey asy,pelacCnta que ,eibprt- 5com elle mandaram ter os
Senhores Reis meus predecessores, corno pello estado em
que esta m as cessas presentes dosas partes, me parece meu
«mico que se deue começar esta forteficaça3 pena ban-
da do mar fazendoae alguns balluartes que respondei) huns
a=troa, e deffendam toda aquella parte, digendose a
EIRey de Cochin> que ee fazem pesa esperança do por-
to daquella cidade edo peso da pimenta e dalfandegua
em rpm elle tern tanta parte de rendimento, e fazendo=
por esta mpueira deite fiel, como o ri me ser, e interes
gado, como iro be, e•vendo que eu faz conta deite, e
que se lhe .communica tudo, e que pella parte da terra
lhe fica a cidade aberta, parece que se quiotará mace;
e tom a occasia6 destes bannarms se podem ajuntar
materiaes pesa toda aobra, e com qnalquer outra obra ou
«ciciai" que o tempo pode adereces se podem ayr con•
tinuatido com os mais banuaries relia outra parte da ci-
dade em correspondencia igual bana dos ousem, e he
de crer que este Rey se facillitará maca a consectillO
(lapela que rir acidade forteficada peita parte do mar, e
os lanças de mu ro de balluaste a balizaste se poderem
depara fazes maca facilmente, pello que vita encomende
que procedaes nesta obra por este modo, e com crio o
resguardo necesario, e trabalheis por encaminhar =te
nry alhe parecer bem esta fortifieaça3 dandolbe ri eit.
tende r que ee faz pesa com ella se segurar o oidade
dos accidentss que lhe podem sobrecir pella bunda do
m,r; e de tudo o que 11i31.0 fizerdes me auleareìa: Ee.
afita ala Lisboa a26 de Marco de 1589.

O CARDEAL.

Miguel. de bisara.

PAN o VieoRey.—Para Voem ItIggestade ver-1.." era.


240 ARMITVO PORSUOUZZ•ORICIfTAI.

(No sobreseripto )
Por EIRey.
A Bom Duarte de Meneees cio seu Conselho do estado,
e adro Vmorrey da India.-1: via.
(Livro 2.* fl. 66 )

74.
Eu EIRey faço saber nos que es's aluara virem que
Eu ey por bem e me praz que lesmado nosso senhor a
ratsa,oentoho panes da Iniba as cinco oitos que coro a
essa ajuda oro pera lua hm) de partir, se lhea dá a carga
quando das 'ditas partes uierern ',era este Reino pela
ordem seguinte: a náts Madre de Dem eapitaina ema
a primeira em carga, e a 000 Sorrio Alberto a segunda,
eo afio Sair Bernardo a terceira, a não tártnfo Antonio
a quarta, eanáo Nagare a derradcira em carga. Notefi•
eou assy ao men Vto,, Rey ou (ouernador nas ditas
Folales, e ao Veedor de minha fazenda em elos que ele
tender sso negocio da carga e deaearga das ditas rolo»,
ea todo, o, officiaes e pessoas a que o conhecimento
disto pertencer, e mandolhes,que eurnpra0 e goardem, e
façaS3 cumprir egoardar eme meu aluará assy e da tolo.
neira que se nelle contens posto que nas, pa,se pela Citou.
calaria. edo theor ee pasmsraa Mormo pera hirern por
dueo l Ouse, dg que este he a primeira, aueutio KM rifei so

as sumo, uai) serafl de nenhum uigor. Manoel Manques e


fes em Lisboa ao primeiro de Abril de MBelxxxix s1562)
Peno de Paina o fez eeereuer.
O CARDEAL.
doais Gome..
Aluara pera r Magestade ner,
(Livro 1: fl. 20-2: via Livro dito 6.10 )

75.
Vire Rey amigo. Eu El Bey nos eco n
o mo i,. sa udar.

Pendo eu informado como Dam Luis Lobo fidalgo: sie


llSCICULO 3.• 241

minha casa andana na índia em meu seruiCo ao len,


ho que seu pay Dom Roy Diaz Lobo, que Deos perdoe,
cometer) ocrime da rebelia0 de Dom Antonio Prior que
fov do eram pello qual foy josticado na cidade de Lis•
beco anuo passado de 89, corno sabeis, e confiando
delle que saberá conhecer escruir toda a merco e notara
que lhe fizer, Ilcanle por bem de o habilitar, equé adita
sentença o na0 iirejudique em cousa algaa, de que lhe
mandey passar pronisaõ por mym assinada. E pesa que
elle se anime esaiba merecer e estimar a merco que lhe
hz, nos encomendo que tanto que embora chegardes á
India omandeis chamar, e lhe digaes que o que prin•
cipaimente me mouco a lhe fazer esta merce he a bua
informaça0 que deite houue, e ter por certo que proca•
deli sempre em meu scruiço de maneira que corresp..
da álealdade de todos seus antepassados lati inteiramen-
te que mereça cogneeersse o descuido da falta de seu..
Pay, como delle espero e Coaria que o faça,. equê con—
forme aseu procedimento eseruiços que fizer pode 'es-
perar e ter por certas as mercas que dnerecer ; edo que
015 olhe passardes, e de seu procedimento e partes me

antestreia por Tia*. ESCrial era Madrid a 19 de março


de 590.

REI'.
Pera oViso Rey. da India.-1.* via.
(No sobrescripto)

Por Elltcy.

dA Mathias d'AlburI tur ue do seu conselho, e VisoRey


a India-1.
(Livro 2. fl. 390)

349.

Daqui por diante seraõ on Documontos de nada anno repartidos


!" . dnz S:ries; a I.• e.miendu Ni Cartas da .11..4, do fica
0, Alour,i, dor Vgce -Rfis.
31
242 szcsivo roarrunIz'oolxláTx.•

1.591.
PRIMEIRA SERIE.
xolv;ko:w 1\ mo.

76.
Viso Rey amiguo. Eis RIRcy ver enuio muito saudar
Posto que o anno passad o vos mandei per minhas Id.
truço3s: que foral,- tanta s e iam largas ( como por anu
meter aniez de vossa partida, que pera isso voltas mandei
1° Ru° entaa moatrar )o que me pareceo que tonsidu
a meu seruiço, eespero que q.e •nn. P's
gente ha3 nir dessas partes me escreuaes o <meta.
doa feito nas meterias que nellas vos encomende coa
tom boas nonas de tudo corno seei que procurareis 'e fol.
guarde de mas mandar, vos tornarei atratar de algras
delias e responder a outras sobre que me moerem° o
Gouernador Manoel de Soma Continbo nas quatro nloo
que tuera3 dessas partes o 111.1110 anno, e tenho muito
confiança que no comprimento de todas as de vosa Obri.
guaçaõ comprimis inteiramente sempre com vila.
Il. O ditto' Governador me escreueo como na3
para acedas partes a coo Santo Antonio derme foi pus
Capita3 Dom Joa3 da Cunha, que be hila das cinco da eu
amada em,que foi Bernaldlm Ribeiro por Capitar, mó',
que p,onifirá Dona que inuernaria em Mee'ambiqád,
a trará a sabramento .a este Reino, e que na ordem do
cargua das reáos que lhe tinha parficullarrnenm encac
regado mandaria fazer as diligencias necessarim, •qae
se comprimem os regimentos que sobre esta meteria agá
¡menduí, oque tarbbem encarreguara a Manoel xle 4,44 '
deiros Vedor da fazenda da cargas d. 11..M.
E ppato que nas lupt•oço3s que lenestes vos enearzeguo
tanto esta Malária por ser da importunem que sabem, mo
parece° tornaruolla aencomendar muyto encerecidamen to
para que trabalheis por se expedirem as nem tent cedo,
que possam fazer rua alegern citam aoegurança que coimem
polua experienda tem moirtrotdo -que'corno de la partem
cedo permitir nosso Senhor que nenhab bem nauagads.
ASeicnto 2. 243

aèsi me escrexe que no Canará se fez a maior


phtte da pimenta que uma nestas imos, eque entende . que
ao diante se fará cada uez rimes, que será de muito
&Preito pera oauiarnento da carga de cada anon, e que
ttabalhatta por ter contentes os Reis daquella custa por
respeito da pimenta que da3, de que a maior parte he das
terras de Sa3 earnao Botta, o qual tratara aula poucos
dias corno o Idalxa pera lhe entreguar algaas fortale•
Za9 Mas, oque nab 4ueria2 consentir os Reis uezinhos,
eque seria isto de muito dano sei perna pimenta como pera
as formllezas que tenho naquella costa, eque por esse res•
peito ornandára anisar per suas cartas que na3 tratasse de
se sogeltar sendo hum, eque posto que lhe na3 respondera
hia temporisando cora elle, eporqne ocomercio da pirnen.
ta daquella costa he de tanta importancia como sabeis,: e
feita certa peta acargua das imos, volla encomendo mi
enearecidamente. E sobre a conteria de Saincarnáo Bot•
to que lie de tanta consideraçaõ como se deixa bem en-
tender pello discnmo della vos encomendo Lenhaes muita
XI danei., e que em nenhum Modo censintaes
rensse aquellas fortalezas ao Idalzá procurando de
1 eStornar ,por todas ar vias 'que poder ser tendo nisso
fal todo que coto se fazer este effeito narl se ineuaõ
nonos descontentamentos coto o 'deka.
IV. E assi Itte diz que EfRey die Bangel eod'Olala
trazem entre si guerra, e qug destes Reis se aula muita
pimenta peta as náos, e que pello -de (Baila ter posto
em muito aperto ode Rangel e quasi desapossado de seu
sitio mand&ra inuernar na fortaleza de Mangallor Dom
Jeaa d'Azevedo e outros fidalguos com gente e !lautos,
eque com ordena de Antonio Teixeira de Macedo Ca-
pitai; daquella fortalleza se lizeraii alg:ias entradas nas
'eMs de Olaia, egim posto que este Rey se justificasse
com elle escrenendolhe que era arnie ' o desse estado e
meu vassall o fi zera naque ll e inuernohum forte naõ lan-
ge dai:tuella fortalleza que ao diante nart deixaria de dar
trabalho peito lugar ein que esteou, e que se lhe rim"
Páderá impédir par rier intlgruo, e.arsir , ir cate Rey ao
244 anerttvo 80811.1182-08,88TAL

fazer delle {tom trinta mil homens de pélleia, e que dana


ordem ao Capitam mór que andana no Mallauar pera
que pessoalmente fosse a Itlangoallor, e tratasse de fa-
zer amigues estes Reis, e que em todo caso derrubasse
este furte, porque ioda que enearecidamente encarreguara
a reconciliaçaõ <lestes Reis ao ditro capita& mór lhe man•
dana expressamente que naõ querendo o de Olalla a•
quietarse lhe fizesse guerra, o que me pareceu deuer
apronar, e encrimendaruos acudaes aisto com o cuidado,
dilligeneia, econsideraçaõ que cansem, e que todas as
musas desta qualidade tw trateis sempre em conselho coin
os fidaIgnos de partes pesa isso, eoutras pessoas de es•
pertencia desse estado, e me escreuais sempre de como
oasi fizestes com declaraça& do notto de cada hum. R
posto que o tinto auonernador na& eecreue que proceder,
sei neste caso, cuido que o faria, e que o forte que fez
EIRey de Olaia estará já desfeito pello inconueniente
que he deixar criar fortallezas de unto que de necessit
darle ha& de dar trabalho a eese estado.
V. Tarnbem me escrene que EIRey de Bellegirn a•
cede com muita quantidade de pimenta á fortaleza de
Onor, ese entende que o na& deixará de fazer semPre
pena boa ordem que. aios dá Antonio Telles capitaIIda•
quella fortalleza, de que nisto me tenho por bem ser•
uido deite conto lho mando escrener, eassi dito Rey
agnardecer o bom modo em que nisto procede, e 00.5
8.1118ontendo qu,.• trabalheis por comentar 8 amizade des-
te Re), eu comercio que com elle se tem da pimenta,
peru que naõ somente esteja certa a,que sempre dá, mas
que folgue de acudir cada anno com muita 'toes.
VI. E assi me diz que na& tem satisfaça& da Rainha
de Batioulá, que tambein o he de Onarçopá, porque st
lema de na& dar a pimenta que lie ubrignatla aos feilere 1
ah...Ir:dadores the na& entrega o dinheiro -della que
em si tem, e fauorece Malogi costeiro alleuantado do
Bangnicer, elhe dá marinheiros e embarcaçoõs coto q ue
cabe ludas os ermos a roubar, eobreeqtiea tinha 8018 ,
doe mandado ao Capita& mar que andana no Mallen.,
PASMOU. 3: 245

que dittr.".dando de rua' parte salisfaçaô lhe fizesse era


sim terras todo o dano que pudesse ser, que me pare—
ceu rieuer lambem apeou., e encomendam.os rine pro-
sedthts nesta morena com as consideraçoôs que ella pede.
E assi trata de ler escrito ao Idaltá os danos et
roubos que fazem nesse estado os eossairos que saem
Sanguicer, pesa que mandase pôr cobro siso, e tinha
sabido que elle tinha despedido gente com loto, eapitsô
sobre oleuantado Mallogi .;eque porto que outras Urze«,
e tiuesse feito sempre este cossairo ficaria em por esem
castigai, por partidos que fazia, on peitas que dans, e
que deireminana neni - tomando o Malta a detrerninaça3
neste negocio, de mandar entrar o rio e fazer fortallexa
sarptelle Ingnar, posto que o elle loinamse mal, porque
aliem de com isso se tirar dally aquella ladroeira, ser—
uiria de muito rareia, aquella fortalleza anui pella
te quantidade de pimentaque se pode fazer nella, como,
peita muita madeira que dar& pera a ribeira de Gruta
com .mnito pouca despesa desse estado, porque com o
rendimento das trame» e outras propriedades que tent
te poileraô sustentar o capita., esoldados que nella ou.
lerem de resedir; peito que vos encomendo que traba.
lheis por de todo extinguir aquella ladroeira peito .modo que
for mais eorminiente eaeoentardes por melhor, eque se.
escntem nonos gnastos com nouis fortalezas e cas•
trilos, como vollo tenho mandado peita quarta Instruçaô
que lenastes Capitulo 37.
VIII. Tambern os escrene o dato Gonernador que
pella entrego. que o Sa.3 carnais Boit° faz ao [della der
suas fortallezas fica a rir I3arcellor com maior sobr000
por estar daneficada e pus' de todo arruinada, peito
'are mandara inuernar nella Joaa de Valladares sld
Sementaior com quarenta soldados, ea tinha mentindo
se., per otficiaes para se repairar, posto que naô
minaim fator muita obra relia por nai3 estar em sittin
pura isso: e porque usei como nail conuem fazerem.,
anuas fortallezas nesse estado, he necessario acudir:te tim
que estar', feitas peito credito e reputaçail deite, e se pres
246 ÀRCH1V0 POÚTUGUEZ.ORIEnTAL

uehir o que ',Miaria acontecer nal,- estenda deffelleídielt,


eos encomendo que com esta de Esmalto, tenhaes 4
tonta que coimem e pede a ...rebuça que tora diz quO
(étn.

IX. E [afobem diz que Elley de Cananor na6 he po•


decote pera impedir que sal sayaõ tad - mês de teus poi,
tas posto que entende que os •consente peito parte 'que
têm dai prezas que fazem; e que por esta causa, epor
der pouca pimenta lhe pôs por condiça3 nos cártã3C5
qüe lhe concedeu que saindo alguns tosseiras de teus
portos lhe naít ualleriati e ficarià6 de preza Tos 11.108
que os !coassem, eqm Dom Fernando de Meneses ca-
pital," dequella fortaleza tratana com Cothicopre, mouro
principal naquele Reino, sobre der 8102 pimenta, h
que tenho por de meu seruiço, como setnpre o sere to-
da obom modode se autr maek pimenta, e aos entonténi
do que procedees neste matmla toda nossa ~Amenidade.
X, E assi me ehcreue que se fizered Maltas rdiliten,
tias «int EIRey de Repelia, pera dar pimenta coroo-mo
tinha eactito e Prometido no Viioltzy Dorrl Dtterre, -e'se
offerecco Nicoláo Pesco a lhe Ordenar peco peru ela
dentro nas sues terias ieril ir a Cochlin, ma, que sed.
ilha estendido que este Rey mai tem poselbltdade neta
comodidade pera poder dar ptmertia, pello que asa de..
is dê tratar della sened quando ri elk tater e -guise,
dar da boa vontade.
Xl. E uni me dia que O Ramo-tini pelo IntaVe*34 que
tem dos cartazes, e por nuttoe respeitou lhe- mandara
aquele tintlerna muitas 011as em- que lhe peoth• perded
Se contra meu seruico cometera alÊtan es/o, ià'e cÉda•
na pronipto pera dar - satistaçad dc sy lanM tiiiitso -corno
no comprimento das pasee que seu antecessot friera 1:01r1
esse estado, ao que elle lhe naS respondera resceuendó
tudo pela aquela ocral; e- poro ditto Samohlin -Mrciener
o mesmo a Dom Jeroniloo Mascerentas, e a Nicultio
Peito tohlidere ao dito Nictillat, que te nistle toro elle,
á que fizera 'citando em sua compahhie Étalthesat de
Sousa Capite8 de Ctanganor, eque entre oneres causas
VASCICULO 3.• 247

atm çqm elle tratara fora que mandando o GueUernador ,


.aquelle anuo armada basta.ite ao Mall'auer, elle iria por.
terra juntamente pera se desfazer a fortaleza de Cu.
Mutile, com condiçafi que se lhe desse arnetade da arte.
lhana e dinheiro que se nella,tomasse, a que res.ponle;
18 que a artelharia azia de ficar para o estado por qttasi

toda ara tomada em nauios de l'ortugueses; e que mil cá


Oferecia adar outro sitio pera se fundar fortalleza em
lugar da de Panane, e,por feitoria em Calcem; é por
ler maletia de- consideraçaih, me pareceu antes de 'Sáé
i.ponder a ella mandar tornar elguãe enformaçoé^s; e
éy pez meu. seruiço que se fação pazes com o Santhrirti
CM as coudicoés apontadas asi no contrato feito °Mil
seu antecessor como nas praticadas de presente Xbin'el.
Ir, ecom .deelaraçaõ que nal/ hade ter parte ,,alguk a.
artelhaqa de Cunhalle conforme a reposta do ditto Gd-
°ornador pera elle sobre este ponto; e que peta, poderem
ficar firmes detietè tratar muito de preposito de extinguir
earrazar a fortaleza de Cunfiale, porque leda que se
faça,' pazes ' ficando esta fortalleza em pee zernpre II.•
Cate em acolheita de cocuiros, como huguora o hc;
procurareis que o MeSMO SafflOrir9 a ajude a desfazer,
porque nau; conuem á ceputaçai) e quietazaô desse estada
d•issimularsze per nenhum caso cum ene;c.quautO 00 si.

lia
nrtneque
deueis
offerece
aceitar
paraose
reufazer
Oferecimento
qutha em !aguar
insto por
de '
autho.
e

lidado somente desse estado, eo lugar em qUe ae faça,


g' ,§ aue faselle; e da feitoria em ,Callecut se nali dane
per nenhum cago tratar, porque pai, sentira de Meeis que
de penho r pera se dissimullarem ao Çamorini todas tas
uqe quiser cometer: e.porque se entende qee
cana itera que .pede cartazes lettaq pimenta a Me.
r e, aa lhe_denem de conceder com .condiçai3 que achan•
"e rIllea letmít fac net, valhaá, e asai se declarara ex•
lesa atente cdfia somente no contrato tias dittas pazes;
se flora por clausula nos encarnas caçaazes-
Tembem me esereue o disto Malto0. de &tosa
11 "Par akprecimento que 1.1. ~pelou .fuze; O Samox4o
248 ARCIIIVO PORTUGUEZ•01111,71SAL

qliz iria por terra a ajudar a desfazer a fortallesa dr


Cuoliolle lhe pareceu que era tempo de naa perder te.
'sanha otneima como esta pera se acabar de draine', e

danarreigar de todo aquelle imigo tarn perjudicial ao


estado, e ordenara haa armada dr uiu guinei:u e trinta
o doas goalleions e filares de que encarreguára por Ca•
pitai/1116r Thome de Soma seu /roma pera se yr Of
sobre Cunhalle no tempo que fosse anisado pello &mo-
rim, e gire tio diepondo per ordem do Capitaa de Co
nanor a,. Anules, que saa senhores de uassallos pede•
ronos, avizinhes de Cunhale que lhe podem dar socorro
ou impidirlIto que lho nap dern, e que esperaua qns
com estas preuençoiis se arrazoar aquella fortaleza, e ir
mi/dignasse aquelle cosnairo; e porque tudo isto me pa•
turro ordenado conforme ao que minueto a meu -seroin°
eá reputanua desse estado, vos encomendo me anseio
.sncesso que tear esta armada, ese se conseguiu o
Meato perque se fez, e elo estando inda arrazada ente
liirtale., ai fareis efectuar pera que ee acate de estiro
guir de todo aquelle cossairo.
XIII. E arei um diz que mandára 8e11 filho Jeroniino
de Sousa ao cabo de Contorim por eapitaü de lida arma.
da de 01(0 nauros por ser enformado que ema lá parta.
elos pano. do Cuoliale, pera juntamente mandar apregoar
ao pazes que se fizeraa rei Coullaa com os heis de Tra•
asilara; eporque alguns contratos que se fazem nes..
parten rato muitas vezes pouco fretes, vos encormody
procureis que os que se fizerem daqui em diante o !rejo.»
I•roeimido eordenando o neemario peta Mu, que a ex•
urrivecia deue ter hem mostrado.
XIV. Eus InetroçoN que o anno passado vos mands
dor U.S tratei particullannente da alfandegua de Cheio!,
e mis incomodei •rdenasseis de kgm se por, se O Go.
uereador Manoel de Sousa a naõ nuesse já assentada,
peva o que me escreueo peitas natu dn asso retesado que
se ficam fazendo prestes; • porque vis moradores da-
asila cidade me cscreueraii sobre ceia rnateria apon•
talado algasta Yet-Oè3 veta ar mia ticum fazer adiria
',moremo 3? 249

fandegna fundado, mies es» seus parcieuTlaree hiteremes


que em justice que pesa isso truMe3, lhe Imolei escreues
•carta que sai aeIaa aias, d que um innio a copiae
pera que useis clella au ner.), e linicedees Berra meteria
ne forma que vos raaa.lei oficiaras ate distas Eastreloaès..
(a) E sobre esta mataria vos eocreuerey em outra ser.
ta, aque me remeto.
XV. E assi ma eNcreue o ditto Gouernador une o
Samorim cumpre mal ema a pimenta que le011 de dar,
enad quis tornar nos contretmlurce, o dinheiro que aessa
conta tinha recebido, eque nivso Dona Jose.
anuo trAseuedo que andem. por Cepitad 11141 ao Mal. .

limar aquelle armo, lhe ~manara quero. mil e cintos.


parda°, comeria, ficande ainda dourado sele sail, par-
dias, eque pareces 1' ao dio; IMM Jmonimo rine podez
ria odum Seinorim nanertusr pimenta pera Moque de-
pois de recolhida e ma ermida, se deisma mirim is».
Incita costa até se lhe grieerar arenrraf que foi calma
de dad partir hiia nen que tinha pre,tes- eque hia dia.
einnilando com estas comas até uer 1+.1,1 po,1 eacabar Je
derfarer Contrarie, eiole cora isto feito trataria da turma
e modo das peses que o Sainuriin offerem, e parecer,
dolhe que cumpria a ineu sereiço assentaria feitoria em
Ceder«, m onde melhor •parecesse. E porque consen-
ti , ao SamoriM que neuegne pimenta pera Meca Ile te
tamanho incenueniente como se sabe, vos encomendo
qual °merecidamente pode ser que pera este elícito
procureis todos os remedios necessarios de que se p0.
de aprouar ode que usou Dom Jeroni ti'AeeuetiO, postre
que seta custoso, mas quando ned ouneroutros que taci@
o mesmo «feiro, furçadamerue se bade acudir ao que
mem 'aperra; equanto ao limitar que obrem o Sa•
Morim em hum de seus portos pera se fazer fortallán
odeueis aceitar, mas nad fauna, nem feitoria em Cal-

)as,,s
,.; 7
1,:s
hkiaii:tea palavras deste Capitulo saa poaias depois,
250 AsSume PORPOOOLZ•ORIZXTAL

lecut, como nolo já digno atrás no Capitulo XI desta


Carta pelas causa, que nelle se apontaR
XVI. E assi me diz que EIRey de Cochim procede beta
em meu deruiço, e-no que toca áfortificeçati daquela ci.
dade me escreueo o dito Guouernador em carta parti-
cular que ee eu mandar escreuer ao ditto Rey sobre
esta forteficaçaõ pera se auer de fazer por ordem sua
mostrando ter delle aconfiança que cuida que suas obras
merecem, que consintirá nela, e a ajudará com todo
necessario, porque sem sua vontade entendia que nad
era possiuel ppdersse iotenter; e por esta matería ser da
consideraçaõ que tereis visto, etenho tomado resollu.
çad nela na forma que mandei escreuer no anno de 89
ao ditto Manoel de Sousa, me parecer, pelo que ora
sobre ella me escr.ee aduirtiruos. que entendendo nós
que se pode ter algida segurança deste Rey correr bera
com a fortificaça3 daquela cidade, como Manoel de Sousa
discorre, se poderia tratar com elle na forma que apon-
ta pera EIRey dar pera ela as ajudas que se lhe pe-
dissem, e quando tios parecer que na& oonsintirá nella,
procedereis neste negocio conforme ao que tenho man-
dado nas unos do anuo de 89, que em Ilida de vossas Ins.
truçods vos tenho mandado que cobreis, mas aliem
disso pera estardes inteirado nesta meteria, ea poderdes
logo uer toda juntamente, com esta carta quando a re•
ceberdes se vos inuiará com ella acopia do que odato
anuo de 89 sobre cato escreui ao dito Manoel de Sousa.
XLVII. Por acidade de Cochim me pedir lhe rena.
desse fazer pagyamento de imos desaseis mil e tautos
pardáos que dizem que despenderaô com os mantimene
tos com que socorrerad a fortaleza de Mallaca, antes
de lhe mandar responder mandei ao Gouernador me 1,1-
uiásse a enformaçaô que disto tinha. E posto q ue por
ela entendi que os moradores daquela cidade nal; de.
ma esse dinheiro de usas casas, r <ICC esta despesa foi
feita do rendimento do hum pôr cento, ese fez naquellá
anua a armada perco Cabo do Camarim á custa de mi-
nha fazenda: ey por bem de fazer merco a esta aidade
DISCIC111,0. 3.• 251

de dure viagem de Choromandel, pera Manaea na tra-


gaste dos Munidos antes de 27 de Outubro do annopassado
de quinhentos è nouenta pera se uenderens per ordem
do Pros.:los e Irmaõs da lilisericordia daquella cidade,
e se casarem , com o dinheiro delias alguAs ortés; e á
pessoa ou pessoas a ritmas uenderera mandareis passar
certidaõ vossa do contendo neste Capitullo pera COM
Cila se fazerem as proulsoés neoessarias..
Ternbern rne diz oditto Manoel de Sonsa que
escomendou particularmente aos Capiteés das fortuito.
na eás justiças delias inquiraR se ha pessoas que tras
tam em pimenta, e lhe inalem precos os entoados pera
ae proceder contra elles com rigor, eporque me diz mace
que coup todas, estas delligencias nat- i. falta quem
trate asila Caso, grane, e digno. de. rigurosa castigo,
pois nelhe se esquecem os homens tanta do quedenem a
meu pernis°, esua. honra >vos encomendo que procureis
de ter intelligencias para saber os que satt culpados aio.
te, eos castigueis com riguor e effelta conforme a meus
regimentos, eao que mandei peita. lastauçaitt particular
sobre ameteria da pimenta.
XIX. E. usai rue diz que. eu lhe mandei escrener que
unia por meu •seruico que deste Reino naô fosse náo a
Mafinca por ser em prejnizo desse estado, pello que. mau.
da. Iscar a Guoa a pimenta que ,estaaa feita pera
°argua da mesma , raso; e porque naô. ha lembrança que
lho eu mandasse escreuer isto, antes ey por cousa de mul•
toca aerniço e necesaria ac• bem daquella (Mutilem, ir
cada asna afio aella cr. reno este anuo nay, aos encornem
d9 , 1tre nejaea a carta que diz que sobre esta meteria lhe

as mi, e me imiteis nestas nátia a propria, enatii auend0


aca que hué virá essa eis...laia aio, e a copia della nas eu—

!'=.5 ebem tereis entendido quanto comum a meu seruiço


con tianandocom.esta viagem aqual fauorecereis eaja.
:ere de vossa parte em tudo a que for neceserio pera Be
lia conseguir tudo oque. pretendo
X. Tambem me. erereue que Dum Fiei André de
..414Maria Bispo de.Cochim tira %asile &Imo visitar
2L2 ARC.O° 1.0.00.2•011EMT•1.

aqaelle 13ispado, e.por guastar muito tempo um:tuella


✓isitaçaii se fizera," muitas despesas de minha fazeni,
e se uniaG de fazer unhas cem os Inquisidores da ho
dia que Moa emitas as fortalezas do norte, e que asi se
fazem muitas tinira, e1 ,111 os prellados das Relligioès dai
qaelia, partes, e som muitos Pelligiosos naturaes deste
Reino que se nem pera elle podendo ficar imitas, de que
st seguia despelarem«tr os mosteiros, e ficarem nelir
os nreirlos nesse estado, que nal', tem taata religiat", de
que acoitas teses naciaa grandes desconcertos, e porque
a principal e primeira obrigotm4 minha nessas parles e

cru todas he ate todo o que toei, christandade e .1,1.


pliaçair" do &tangente, relias. Cena em que falta
despesa DM:Ciaria soe menistros per quem loto miaer de
correr tendes« ncliat a modereçaí: q. CM todas catre
Ilr• q. Cia, Urtior1.11•3 nate larguezas que com talo grato
de excesso e desaeostue,ado ali,io e tamanho elltICIO
!C tern feito attlgura do "tinha fazenda dos rendimen•
tos desse estado ounsninimlose fato grande pane dali,'
ram infrumosatrair.te corno he dans a muitas pi•ioes
que os Visou', is e Gonernadores o derail uai) o ),,
,dr•''.

lazer, ,•111 que »1.5 Ira nenhum modo de deffloollia (na'


teria de que 11181UI SMy tratar tua, partieldlanuelde 50010
por todas as Sias eutopre a meu seruiço, e entendereis
pella prouisaa ,;110 irá nestas sias, e per outra mini.
Carta); craque uma aos Relligiesos torcidos nesse estai
alo e á ;moca satisfaçaR que se tem do beo prOCediMCD .
10, Cos mandarei eserener per ostra narra aque por et-
la Urrei,
XXI. E »Ti, sue ~ene que arda algum, dias qut
mandara pender CM GUO• • EIRey das luta. eu tirito
cope seu - iretati por cometerem em Cochirn e frua dell'
crimes á:ui ui grandes e dignos de exemptar eastiguo, de
yue se ,scandalizou toda a Judia, e que ha 1011i10 tempo
que cole Rei está apartada de sua molhei., e que que-
rendo inundar prioiedec contra eles catará execue .
e, ,,
°

udenças que se dessem MI ReilaçaÕ de Ousa, ..


coO á nua. Ileaembarguadures dizendLique o mui podia
rasmettho 3:

FIUMT sem primeiro me dor conta; pello que suspende°


este , negocio até eu mandar nelle o que ouuesse por
meu sernico, que foi bem feito sopposta aqualidade das
pessoas, pella qual e pez outros respeitos ey por bens que
se suspenda aexecuça& neste Rey e seu irmaõ ilida que
ruas culoas mereçaá morte natural, eque ou façaes por
em mis.' apartada esegura ate minha merce, eos au-
tos de suau culpas, e asentença que nelles se der ma
'miareis por aias pera os mandar nos, e prouer no caso
4,01. ine parecer tnaes meu seruiço; easy ey por bem de
confirmei; ainolher deste Rey os quinhentos pardaos que
lhe oVisoRey Dotei Duarte deu em meu nome, ede lhe
kzer meree de mais duzentos, pesa que ao todo aja set-
te centos pardáos de tença cada anuo em quanto for mi-
nha mores, auendo respeito á enforfRaçaõ que tenho de
suas neee ,idades, e por outros respeitos.
XXII: E adi me diz que tendo o VisoRey D01/1
Duarte dado ordem corno se forteficasse a fortalle. de
Manar por ser cousa cle mirim importancia pesa a na—
l.11aSal3 do Sul, a nal,' princlpion Joaõ de Mello capi-
tai,' delia dando os moradores doas mil pardáos pesa es-
te tácito, e que tinht mandado a Nuno Fernandez
dAttaide que bia entrar nella que acomecasse logo, pesa
a9 Miem dos distes dous mil pardáos lhe aplicara
outros dous mil pardaoo do rendimento dos cartazes pesa
se mISetuar com breuidmle; e porque me hey por bem
sentid o elo que nisto essa. ordenado vos encomendo
Mb' façaer proceder nesta forteficaçaõ de tal maneira
%ás se acabe com a presteza que conuem, eque peçaes
conta ao ditto Joaá de Mello da causa porque net fez
o que lhe era mandado, e entendaes se fez o Gouerna—
der com elle esta dilligeneia aqual se fará sempre com
Iode s os oapttaee , menistros, e pessoas que tinerem
sseu cargo comias que unO façalh mia ficando nunqua
estas em caso ornlso quando nellse se cometem omissoés
q' s e,,', Issrent rigoroso procedimento.
"III. E arri me diz que tendo experiencia do mui-
'. gus minha fazenda ~ta eom a fortalleaa de Co—
254 ARCHIVO PORTOOVES•011.11.a

lombo assi nos cercos como no peouioneuto deus, 114


pareces., que nata' conuinha a meu seruiç- o que ficasse
aos Capitans daquella fortallem todo. oproueito dam.
neLla, e que fez contrata com Sirna5. de Brito que o
asna passado fora entrar nella pera que desse os terços
de toda a que fizesse- pello. preço e custo, da sua sm
mente, de que. resultaria Imas pedaço grande pem aja.
da das despesas da mesma fortalleza aque aplicára los
go esta earalla; e me pareceo &net- aprouar o'que o
Gouernador fez nesta moraria e encomendamos que pros
cedaes nesta trama com os Capitaé's que forem entrar
lata fortallem, e me assiseis do beneficio que desta
ordem reallita a. minha fazenda, coma volta já tenho
mandado nas Instruçoéta que- 'coastes, em que sambem
nos trato, desta nateria.
XXIV. 'Bambem me escreue guete,. praticultor cai.
dado, de mandar Fraguar a ElRey de Ceillaõ os mil par.
dáos que lhe- mando dar eai cada hona anua de minha
fazenda de que se sostenta ze lhe mostra per obras epal.
lastras o. que lhe tenho. encomendado,. de que tine asa.
tentamento, evos encomendo que com este Rey proa,
aras sempre desta maneira; e postam. me sambem diz
que se suta. fora .pagamento. de nenhunz dinheiro. do que
este Rey custurnatia dar sem ordem. nem fundamento a
muitas. pesoas dizendo, que o. emprestou. ao. VisoReY
Dom "uso de Noronha, sobre que- mandei posar bossa
prouisab- qué ratai( foi com. as vias, sou.enformado que
depois de ser na Dulia se fizerab' alguns paguarnentos
deste dinheiro; pello que aos Mu:moendo e filando que
ne5 somente façaes inteiramente guardar adita. proulsaõ
sem com. ella se dispensar per. nenhum, caso que seja
era muito nem esta pouco, mas que tudo o. quase achar
que se pagou depois da dista prouisarz se passar (que
se mrificarís mui bem;) façaes tornar o minha fazenda
com,rafeis°, , me eterellaeS lado , o que as nisto base
com deelaraçrai das partidas dos ditoso pague/oravas esti
ciae pessoas se fizerefI e per cuia ordem,emandado.
XXV. Tambems me escreUelee acomodou na (Demi.
Pasmam° 3 255

leza de Manar a Dom Fellipe Princepe de Candea com


a tença que lhe deu o Viso Rey Dom Duarte e com si.
guie cousas maes pera ajuda de sua sustentaçaõ, e
que lhe dizião coe detreminana passar ao Reino de Uso.
deu, oque naõ duuidaua porque o naõ tem por bom
christaõ nem bem acostumado, e porque tinha por certo
que parando lhe mandaria loguo o Rem cortar acabeça,
tinha mandado ao Capitaõ daquella fortalleza que trou-
xesse tento nelle, eque tendo algos suspeita de isto sai
ser:o mandase jogou aCochim. E porque o Bispo Dom
Frei André tem nisto contraira opiniaô, eme inalou nas
usos do an.o passado bem protesto que este Priecepe
de Candea fez de rko.a santa fee, que tem aceitado,
erne diz que he chamado pellos daquelle Reino pena
leuantarem por Rey com determinaçaô de fazer cheia.
tato toslos seus vasallos, e o finar elle meu, vos caco.
meado quere já estiuer em posse daquelle Reino, eprece-
der em coa christandade como esmoem, lhe inuieis a car-
ta que lhe mandei eseremr, e sendo o contrairo a suspeth-
daes eme aniseis de seu procedimento, eatalheis peito me-
lhor modo que uos parecer os ineonuenientes que nisto
oucer pesa que se naô siguaõ deites outros maiores.
XXVI. E porque sobre a forteficaçaô de Ceillaõ,
muda que deita mando que aia, efortalleza que 'te deue
fazer na ponta de Gualle, ecortasse a de Collumbo Peça
sé poder consesuas sem se fazerem ae grandes e caces-
Mas despenas que quazi cada anuo se fazem nos no-
corroa que a elle se enuiaô, vos tenho mandado muito
parucullarment e pellas Instrriçoõs que leuastes o que ey
por meu seruiço que se nestas meterias faça, que todas se
trataraõ antes de nora partida, eo Gouernador Kanoel
de Sousa me responde a cilas o que urreis pella copla
de alguns Capito'cs de huã sua carta que uay nestas
"!as, vos encomendo que as pratiquês com pessoas pra.-
na eexperimentadas nellas a que pedireis seus parees
cores per escrito per elles assinados do que em todas
afias lhe, parecer, os quase me inuiareie com o coso
que Seta muito particullar sobre as mesmas material,
256 •nefforo POrertroUliz-Onleirriki,

corno a malta impurtancla delias o pede.


XXVII. Tarnbern Inc euerene que ailuelli0 Oe prosa—
r.doras dos contratadores da pimenta que a mignneassern
conforme o seu contrato empregandose nisso ruam que
nas drogms que emulei', a este Reino, e que enteatte
que fazem todo o possiuel por auer muita pimenta, e
poste que nas !mut- mit:is que uos mandei dar um trato
desta mataria rnuy particularmente, me pareceis 1.0rupSi
Urda a encomendar por quaii importante he, e que aestes
procuradora, Pagues as aduerteuelas necesmrias.
XXVIII. E atei me diz que procura que se façaa
moitas funilimilis de artelhartit nesse estado por se toes
mister muita pera as armadas efortallexas deite, eque
por Maris que se faca naZit pmle deixar de ama sempre
muita falta deita r e que trabalharia que se tiueme neste
particular a conta que fie reza3, q porque colmem qut
acabe de ter isto o reinadio que por todas as vias
dane procurar, que parece será facil pois vem tants
qaantidade de cobre da China todos ou urinoa e ha tanto
aparelho pera se fazerem moitas fundiçoes, vos encomea•
do e mando que ordeneis como se façaii, e pera este
effeito serniM o fundidor que foi deste Reino, e Pi.9
Dia. filho de Francisco Diao a quem o Viso Rey Dom
Duarte proueo deste CaTg0 que 011ue por bem de cote
firmar ;e multem sera ite grande. effeito executarsse e
que tutelei mandado sobre a artelharie. que ande fora dar
fortalle.as e de minhas armadas em que se deue pro.
ceder com todo
XXIX. M posto,que todos os amos tenho mandado
se anoja todo o salitre que puder ser nas Mos que aterem
per* eSlie Reino pella necessidade que deite lia pera mo
alias armadas, »G mo nas nuca do anuo passado nen ,
hum, e me murem o Gmernador Manoel de Soma que
deixou doi uir por se ter gastado muito nas armada s
prouirucato das f&tallezas desse estado, mas que tem
feitos contratos em difihrentes partes de que esperaua
glanile quantidade de sallitre, e porque aliem de rtsta
ale salitre aas datas, atama soa enformado itae á parradw
oro/mem.° 3 257

delias auia muita falta de poluora pera as armadas, voo


encomende e man to que tenham muito perneai,ar cui—
dado de prouer corno a aja em muita abastança, e qffe
me sabeis da que achastes nos almazerts dessas partes
ánossa chegada, e iodeis era todos ou ermos nas ma.
4ue nem pera este Reino todo o salitre que puder ser
conforme sairia vai lo encomendo coa vos. Instroçoffs, e
agrande necessidade que deite ha emane Reino, por onde
oanerei por moi particullar seruiço que nisto tne fareis.
XXX. 2 sai me diz que Antonio de Sousa Gumlinho
me tem bem sentido ern Bengnalla, e que fez trebutarea
aesse estado a Ilha de Sonclitm, e guardou, o forte de
Chatignafi á forca de armas, e que o Rey faz alguns
offerechnentos pera se fazerem alguns forres mo suas
terras) esobre odres colmas particulares rle 'lite tios terf
dado conta) e porcino nonas fInta/lezas quando nait una
mui necesarias ficais' infruemosas e de aloiras incerta.
nenientes pera erre estado, em que c.v.'', auer
arruadas pera se aogrnentar ec...sentar que sobejas for-
taitetu. pera se guardarem ediuertirem as forças do nies•
me estado, naff ey por naco seruiço que se aceitem
este iley os offerecimentos deltas peca so effectuarem, e
bastará somente tersse cone elle boa correspondendo.
E posto que a Antonio de Sousa mando esereuer Como
me ,ypor bem seruido deite no modo era que proce•
deo nas e011., que me esereue o dito Gonernador, lho
agnardecereis sambem de minha parte tendo Crall elle
aconta que por seus seruieos he rezaô.

XXXI. Tombem escreueo que corre com muita


amizade ecoo EIRey de Begú, e que se deue ter ecoo-
tado,
seruarcorno
senipro
porcom
quamelle
bern
atei elle
peitoeque
seusimporta
antecesso
a esco
res i
es.
ra .

lama sernpre os Portugu eses, e que por este Rey a i s


Oesbarotado do reino de Schou estando sobre aqnella ci-
o. com maes de quiohentos mil homens, e estar der
ominado tornar sobre olhe, entendendo qne a naff po-
'te taaaan se naa, tines armada pera impedir o socorro.
33,
258 ..11•0 teleTastres-Oet

que lhe mandar ElRey de Cambaia (a ),e que o Da.


aliem lhe mandara nfferecer armada bastante pera este
effeito, e que elle quis primeiro saber de Menoal d'Es•
couar, Capirair daquella viagem de Pega, que naquells •
conjunnall se .achou aly, se esse estado lhe poderia dar
armada pera este intento, e o mandára a alie Gonernso
dor com recado, e lhe escreuera duas cartas (de que
me inalou as copias) corri as quaes chea ' uara em Julho

do asno atrás passado, eque logo em Agosto seguiu ,


te o despedira com resposta em que lhe offerecia em
meu nome a armada necessaria, e ficas.' esperando o
que lhe respondia, posto que lhe deziad que nal" lança.
ria mar"; deste offerecimento, e que somente fizera ar
quelle officio peca se reteficar da amizade dos Portugue-
zes, e que o dia, Manoel d'Escouar procedera nisto muito
bem deixando os intereses de sua uiagem•'aliares ter fia .
tendido quanto iraporta a amizade deste lley aesse estado
eern especial áfortallezade Melena aque sempre em suas
necessidades socorre com mantimentos, vos encomendo
que . se trabalhe muito por se conseruar, pello qual
respeitd ate ey por bem temido dos offerecimenros TI°
o Gouernador lhe fez, e euisarmeis do que sobre alies
mandou responder, ese se ordenou armada pera ir em
seu fauor ;e pareceome mandar escreuer a este Rey
Imã carta de aguardecimentos, e asai de offereairnentos
pera o que lhe cumprir desse estado, que lhe manda.
reis pello MESMO Manoel d'Escouar, para que per todas
as vias se dessuada da amizade do Daehem, e ao ditto
Manoel d'Escouar direis como me anue por bem seruido
da que nisto fez, e lhe fareis por isso° fauorque for resad.
XXXII. E asi me escreue que oanuo atrás parado rue
escreuera largnamente que lhe nad parecia meu arr—
uino deixarense de fazer as uiagens de Maluco pelica
prouldos, eque inda agora esmoa no mesmo pa r ecer,

(a) CiLl ao original; mas ke claro que o °filara' ffiir


fea aGarra OCIC.0 Cambaia por Camlajg, q. be ave,hultIta
ganinotudi 3. 259

erem embargo disto que Inc esereue ey por meu ser-


ei. que se contratem as ditas Mag., na forma que
mllo tenho mandado au quinta Instruem-5.1e leo.tes.
XXXIII. E sai me diz que EIRey de 5Iasulapataõ
depois de ter alguns cartazes que lhe dera oanua atrás
parado me arrependera de dar, os trezentos candis de
arroz pera a fortallem de Maitaca, a que se obrigou em
forma de pare., mas que depois vendo que podia& cor-
rer risco as snas náos que bolsa mandadas os tornara
aprameter por hum formaõ por os cartazes 'miarem de-
claraçail que lhe nall uallessem se anil entreguasse o
arroz, que foi bem feito, e vos encomendo que orde-
neis remo estes trezentos eandis de arroz se leuem cada
aluna afortallem de Mallaqua.
XXXIV. E asi me diz que deu a IlIanoel de Medeiros,
veador da fazenda de Coehirn, hu5 das aias do rol do
eme.5 0 edrogas que mando que se cmnprem do rendi-
mento da alfandegua daquella cidade peca pagnamento
das ordinarias d. mosteiros destes Reinos, que deuiaili
importar muita quantidade de dinheiro, e que por as des-
pelas que entaii earregnadas sobre o feitor de mesma
cidade serem moitas, arreeemia faltarlhe dinheiro pera
m cumpra dem. drogues e coce... E porque tenho en•
entendido quais pouca podem custar nessas partes era
eomparaça5 do muito que custai. / neste Reino onde se
cornprall á maior uallia pera as ditas ordinarias, vos en—
comendo que em todo caso as façaes embarcar imitis os
Illtoos como o tenho mandado nas vias do armo de 89,
ealguns d,iu senis atrito, e .5 se, izoile auer por boa
zezall a que se dá lhe poder (aliar dinheiro pera Imã mak
ea tom neeesaria quando tanto contra reaari se fazem
lentas e min desordenadas despesas.
XXXV. Tambeni me diz que o hum por cento das
forlallem s de Rio e Ormuz edas moer do estado se des-
pend e nas abras a que rota aplicado pagnandosse delk
ordenado n soe officiaes que o arrecatiaii; eporque sobre
inadveia vos trata lárguamente ne. quarta Insunea3
pie leumies, aos ieucomendo que cumpra. Inteiraffien«
260 asneiro TO6TYOUSZ•OltliNna.

te o que por eito vos mando sem outro entendimento


nem replica.
XXXVI. Com as rias do seno passado me jaulas
o disto Gouernador hum caderno dos gualleoãe, gual16,
e, umes naidoe que auia nesse estado feito per ordem
de Ananai,' Giralre Vedor da fazenda em Guria, eou.
are dos captrorrias eofficio:, que nelle ha e de nouo se
criamó, eo debuxo do forte que o Alferes mós fez.,
Moçambique; e porque toda quisera este umes ampliado,
e seca men veruiço ter iodos os armes muito particular
enformaçaii de tudo oque re faz nesse estado, vos eu.
comendo me innieie sempre hum caderno per aios eia
que ee declare aliem do acima dito as armadas que se
em cada hum anuo fizerem, e o que se deepende em
cada huà della, de minha fazenda; e poeto que o Go-
uernador atiro» este forte que o Alferes mór fez em
'Moçambique, vos encomendo que naóconsintaes fazeres
fortallrza nen, outra obra algul de nono sem roeu eape•
ciai mandado ou ordem.uosa, como o tenho mandada
per huã prouisatt que sobre isso mandei pesar, e nas
Iostrucorts que 'errastes,
XXXVII. Tombem me escreue que encarregou ao Ou-
uidor geral, e aos 111.3 desembargadores desse estado
que hzesem bua rellaeaó particullar das desordens e
abusos com que procedem as pesoas ecclesiasticas delle
metendoee na jurdiçait escolar, senado por moy lesse
coesas e pallaoras de escoinunhoós contra os ministros
irecullaree que executar,' com muito rigor, eque os que
andarã na conuersaõ dessas partes tem troncos publicus,
e fazem °urras uexaçoè's estando derezo pello Concillior
e posto que aditta rellaeaã me no3 foi inuiada poro por
elle une as canoas e desordens de que o dito tetro«,
andar traria, me pareceu mandaraos aduertir que PC na
consoa que os eccieeiaerieos fazem daR contra ar Orde-
ançufie <icem Reino, que os deemobargaduree e jurtiças
desse enfado dcanon uear ii08 remediou necesearroe con-
forme as mesuras Ordenaçuãs, e sendo outras differen-
tee farsa fazer delias huã reilaçaii que me Inalarei', peta
vásolosbo R 261

mastim prover em tudo como for justiça, een.esereuo


sobre estas rollaçoës ao Chanceller, e ao Ouuidor geral
a que as enhomendareio.
XXXVIII. E aM mesliz que a desasa que o Licen—
ciado Luis de Ouois tirou em Coehim da vinda delRey
áquella cidade catana no cartorio dos eseriosés della, e
que ernuiandolha atempo ma mandaria nas vise tio acuo
passado, eque escreuera a D001 Jeronimo Alu•carenliso
capitaó daquella cidade que ma inalasse penas odor do
mesmo anuo, e mandaua proceder contra os culpados
asila com rigor, e porque esta destaca me net) foi man-
dada pelas Mios do armo passado, vos encomendo qué
ma inuieis nas primeiras náoo com toda a enformaçati
que tinerdes 'deste caso se o já Imre tiuerdes feito peitas
que com ajuda rie Bens lutei de uir este anno, e neer de•
neta miar aditta devassa no cartono dos escriusôa nem
sair da maô do deserebarguedor que a tirou até se pra-
ceder contra as culpados.
XXXIX. Tambem me diz que entre o Alferes mor e
Lourenço de Brito tatuem differençae edesordens, que
se anderart eseuzar, eque hia procurando de remedear
as queixas de hum e do outro, pera que honesta quietos,
eque o meemo fazia Cosi Nuno Velho l'ereira, que b-
atuta plexo eta ttna casa ',Elia iesidencia que se deite
*pitu, aque mandando itotebear a elle e a Dora Jorge
oque lhe mandei esefeuer sdbre sereia amigos, respon-
derei/ ambos que rariail o que lhe eu mandasse, eque
trabalharia pellos concordar, posto .que Cicias ditfloulda—
<IS poderia aner entre elles amizade; e porque na tereei•
ra batrunaõ que leuestes vos tenho' mandado oque nes-
ta nanaria ey por meu seruiço que façaes, volla enco-
mendo peca que acne procedaes conforme a diita lus.
Imearl emito andor qn.esta meteria pede.

dos L.
deffuntes
E asi me
tornasse
diz q u
aorta
e or d
dos rendimentos
enava que o Prouedor
e despe-
mor
2da
5n dos cnintearados e mace aluitres aplicados pers aobra
Se. da Cidade de Coa, e mandaria entreguar esse
414 ". .0 dita° Prezadas pesa correr coar ao despesas
2132 Alteasse rORTUOVEZ.ORIENTAL

daquella obra per ordem do Arcebispo, que be EN)f«


ate ao que sobre essa meteria tenho mandado, e porque
diz que acabandose esta conta a tempo ma inuiaria na,
náos do sono passado, euai) oro asilas, tios encomendo
roa inoteis nas primeiras que pesa este Reino oleie,
efaçaes inteiramente cumprir oque nisto tenho mandado
XLI. Tombem me escreue que casou ofilho nines ve
lbo de Almoede Cão, que te chama Dom Jurai de Me
neses, com huã molhes nobre de Gtioa pera o aquietar,
e lhe fez merec em meu nome, mas que tudo nah foi
bastante peco deixar sua ma natureza, e que depois de
huã mea ter fogido per& a terra firme lhe pedira perdah
que lhe concedeo, mas como era inquieto esereuera a
alguns capitaás do Idalrá que lhe pertenciaa cc Rejam do
Dellaguate, o que sabido por elle mandara ao Plaina ,
Junto do Sanguicer onde este Doto Joari estaua recolhi.
do que logo tio entreguasse, o que nas, queria fazer se*
primeirolhe dar aguas. terras- que pede, eque armoea que
lho entregue, eque oIdahá omande matutou tirar os olhos
segundo seu costume, soas que faria todas as diligencia ,
possineis por oauer ásnahi e unir', ser entregue ao Idaixa.
F,noornendonos que se inda este Dom doai) estioerreteudo
o 1eçaes ao Naique eoajaes, pois he christah ecasado De ,.
sa cidade, ç dou e,u diante procedereis com elle•pello rno•
do que 1,0f parecer moas conueniente pesa eue quieta.
çai3 eemenda.
XLII. E usei me esereue que Francisco Paes seruia
bem o cargo de Contador mie dos contos de Gois 4.
que o encarreguei, e que Antonio Giralie Violar da lar'
senda o cansasse muito, porque pasto queda bens ho•
atem flash linha experiencia das °ousas daquellie estado
que era causa de dar pouco expediente aos urgisses:
eassi me diz que Dnarte Delguado tem procedido beto
na obrigo acah de seu cargas> e em todas as 1144es de lá"
serniço, eque oajuda e deseança. E posto que Anu,
aio Giralte me mandou pedir lice.nça pera se vir
rsaa pareceo (do que o Goncrnador deite escreue )00 °.
cederlha até nah uer a enformam, que deite me OOP
rascruszo 3.` 269

peita ter ategora boa deite por outras cartas particula-


res; eaeste preposito me pareceu deneruos aduertir que
fluo ev por meu seruiço que ocofre em que se mette o
dinheiro do rendimento demeestado esteia dentro na casa
dos VisoReis deite, mas no lagoa', forma, e modo que
lenho mandado per meus regimentos, e que se guarde
infaliuelmente O que deste Reino inuiei nas vias da ,ar•
muda do anuo de 89 pera os Contos de Guoa, eque se
entregue loguo ao Prouedor tr.& deliro, e se registe nos
untos dos mesmos Contos, e rue attisareis da causa por-
que se nall fez nmes cedo, e usandose ia do ditto regi—
mento (como creo que será 1 me eserenereis tombem o
mesmo, eem que tempo se começou a effectuar, e ouro.
do nas meterias de que trata alguas dunidas se aponta ,.
má e mas inuiareis pera mandar prouer nellas como co.
ter por meu seruiço, nal,' se deixando porem de guardar
inteiramente o ditto regimento. R porque sou Informado
que Jorge Martins e Dioguo Vieira contadores nesses
Contos sa9 mui perjudiciaes nelles, e foram alguãs tezes
sospensos per culpas que em seus caigos cornetera6, vos
encomendo e mando que Ioga,' os tireis dos tintos can-
gnos, e façaes deuasar <ledes, e proceder pellas culpas
que delles se acharem pela mesrea denassa, que me ia.
mateis euisandome juntamente de tudo o que nisto 8—

XLIII. E pordbe Coita.] acudir com apressado co-


medi° a meteria tanto contra seruiço de Deos e meu
enato he paguarensse nesse estado per mandado de meus
V isoReis e Gonernadores muita copia de dinheiro de
din.iJes velhas a pessoas que as comprai', a cujos elas
aso por muito peque.os preços e em tempo que me es.

erenern gne ha tantas necessidades nesse estado, e que


imã somente se paguati 'estás diuidas mas que inda se
presume que se tiritá" muitos papeis de contas de feitores
mortos que ja sge, paguos per minha fazenda peru se tor-
narem aatter por cilo as confias delles, eque estes con—
tadores que acima diguoe os «fios sentem mees nes-
ta meteria, eem buscarem aiuitres que os Visoltem dal
264 saem. PORSVauzz•orturnisfl

de dinheiro que thesoureiros efeitores que vem dar suas


contas denem a minha fazenda, que de toe emzirein em
crua corgoos com a nerdade e limpeza que neO obrigam
doe, vos encomendo e mando muito encarreydarnente
que do todo on todo naõ aja per nenlal caso maca ese
tas d.ordens, e que daqui em diante se uai, paguem a
nenblii Capita]] qtio vá entrar em sua fortalleza, nem a
nenhuN outra pessoa de qualquer qnallidade que seta
divida nenblia olhem orrque asai o ey por meu Seruign,
e uáno mando eXprevalnente, e que somente se pague ,a
Perla proprios donos quando puder ser e ouuer lugar. E
ao contador mór mandareis tenha muita arluerteneia se
na]] tirern papeis nenhôs das contas dou ihesoureiros e
feitores, eolíiros oøioiaer Mortos, e obrigue seus herdei-
ro. aque as dèm, e nal'," as arreado nos contos as faça
entrar nelles e tomar no estado em que estiverem, e
recolher todos os papeis que fizerem e beta de suas des-
pez. pera que rm todo o tempo se saiba que saí; Ie.-
doe mn conta e se <mirarem coutas tal malfeitas que
ten,.inda pcor nome que grandee desordens, porque oque
propriamente lhe cabe ria roubos manifestos.
XLIV. E asi ate lembra o ditto Guonernador. que na
elleiçaô dos desembarguadores e Ovoidores que uaô des-
te Reino pera a Rellaçoil de Guria e fortallezas desse
estado deito mandar ter muita aduertencia por se ter pou-
ea. satisfaça]] de alguns que de qua fere]], e que outros
demi; trabalho em delairriens que cometera]], porque a0
cousas que se gomem naquelas possue ser, de matts
importancia. eque esperaua pelo Chancelier Franeieee
Mures Sanhudo pera mondar tirar deuasa dos devem.
bargundorre ilaquella Ilellaçori; e por que o re Mediu crell
aso se poderio atalhar as desordens que estes desembarr
guadorrs cometem, claque muito me deeaproue, hè !I-
rasse esta denara delles como tenho mandado, e pospor.
der os culpados doe cargo. que .seruireen, e proceder
castra elle@ conforme a suas culpas, voe encomendo que
4111 rano que o ditto Francisco Alurez a na]] tenha fin.'
a Cap.., loguo tirar, e naõ sendo elle elleguado ainda
VASCICULO 3.' 265

atareis tirar per outro algum letrado que nessas partes


nnuer de mace confiança e inteireza. E porque son en-
formado que todos estes letrados tem Bramenes gentios
com que fazem suas mercancias (cousa mui perjuaicial
pesa aadministraçaõ do justiça, e tam contraira á au—
toridade della), vos encomendo emando que per nenhum
caso consintaes que nenh3 destes letrados se abusai des.
tes Bamenes conforme a hufi pronisaõ que sobre ioso
mandei passar que uai nestas vias. E peraque no dia-
l. desembargadores se .3 possati desculpar com que
por respeito de lhe naõ pagarem seus ordenado- ,buscalt
saneai,' pera se manterem, ey por meu serniço que fs.
soes assentar todos os ordenados dos -dl°os desembor•
vedores em bua renda porticullor em que tenho& certo
eeseus tempos deuidos o pagnamento delira.
XLV. Tombem Inc cearam que Dom Rodrigo° de Cao.
Cru que foi prezo no sorte fora degollado per sentença
da Rellaçaõ per culpas greues e grandes que lhe eéha-
soá; eporque as sentenças desta quallidale posto que
conforme a dereito e bom grumem° se executem, satã
dene nu.an esquecer enuiarensem eos autos delias
eme as mesmas sentenças, vos encomendo e mando que
datini em diante em casos semelhantes se acontecerem
me inaleis . dittos autos e sentenças, eque o contendo
neste Capitulo Caçoes registar no regimento da dista Rel.
laçai" pera que a todo tempo ec saiba que asai o ey por
meu seruiço.
XLVI. E assi me escreue que fez concerto com aci.
dais dè %soim sobre as sorretagens com parecer dos
des embarnadores e dos oficiaes da fazendo desse estado
de que diz que manda o treslado; e, poroue não aeo pei-
tas nãos do anuo passado, vos encomendo me ertniels
nestas pesa se ser e ment i as ni
so o que am es por brim.
a
E diz maes que os moradores daquella cidade livre-
mente no fizerão seruiço dos direitos da imposição
Pero a fortificação ardia sobre que teoriasletigio, eque
leni ordenado fazersse poluora na di ta c id ade corro o
Ie.° mandado, eque espero que em mui pouco tempo

24
266 "recurve rOrreGuEL-OareeTefl

se acabe de todo - a fortificação delia, pera o que Dora


Gileanes de Noronha seu genrro que entaõ Della estaua
por capitaõ finhfi cobrado seis ou resto mil pardéos, e
que fora comarqua daquelle cidade ser muitas uezes
roubada e molestada de ladroês da'letra do Cofie, Rey
uesinho e imign desse estado, ordenara o ditto Dom
Gileanes as uegies e guardas da Saiba.; e porque
,em todas estas meterias vos tenho mandado tias Instruço.
ês que !miastes o ple e, por meu eeruiço que se nel•
lua faça, escuse, tornaruollo a referir agora neeta cana.
XLVII. E assi me diz que foi cousa muito necesaria
mandar eu que se fizessem litiros nouos da matricula,
eque conforme a prouised' que inuiei no anuo de 89
teto ordenado que se proceda.neste negócio, que sendo de
tanta importancia como tendes entendido e visto, ris
parece que posto que volto tenho tanto encomendado nas
Inetruçoês que leuastes, vos deuia tombem tratar disso
nesta carta remettendome ao que uos diguo sobre este
particular nas <Duas Instruçoês que nos ey de nottO pot
repetido, e vos encomendo que nas primeiras naus me
inaleis a reposta de todos os particullares e dependeu .
Mas desta meteria, pera com uosa reposta 1109 mandar
oque ouuer por meu eemiço.
XLVIII. E lambem me diz que he fallecido Xeque
Joete depois de ter ordenado que se uise & seu negocio
em Relleçaõ na forma que •lho tinha mandado, eette
o ouuera per perda pera a fortalleza de Ormuz, ponto°
aliem de fre entender que tinha justiça era mancebo de
'boas partes e bemquisto dos mouros, e que lhe ficara
isum filho de mui porca idade a que deuia ficara euça 8
de seu pai,.eusi ao que sobre esta morte de Xmll
Joem me "mormo,, sua may, e• porque ne; que Mar 9: esta
sentença tenho prouido na 'forma que leuastee per
roses Instromo4 espero quee.si ne'orderie e-torra neste
Parlieullurtze quanto a ,sueessed•que a tnOther requere
pera setiMItia mandareis rue este•iodso peRoa déseuiber•
guadoriss. dessas partes que..trie inurarad bua feltsot,P. t
eitos asSinada da justiça que entenderem qtlis'issin'nellh
vemummo.3.' 267

mel a sentença que titterent duche e me aoisareis se se


notehoon a EIRey de Ormuz o seguro que' lhe mandei
dar deite, e se se preaume que o mandou matar com-
peconha como sua, mal diz em sua carta, e ordenareis
que oditto Rey uai) lanee• maô da fazenda que <Iene fi,
cou. E porque nas mesmas Instraçoôs vos mandei que
constandouos que o Xeque Joette tinha necessidade lhe
fuessels algutI merce em meu nome pera sua sustenta-
çaõ, a tareis asua molhes constandouos que a tem.
XLIX. E asi diZ que o Capitati de Barern tora aque-
la fortaleza de tam bom modo que a naô entregnará
aos Turcos, nem deixará de recebe, bem os Portugue-
ses que forem aelle, eque o Guazil de Ormuz seu im
mai) lhe escreuera moitas satisfaçoôe de seu procedimen-
to, eque peito estado das cousa, presentes bis dieirnu-
laudo coro cite, etratando de °confirmar em meu seruiço,
eque este mesrno cuidado deu. ao CapItati de Ortnui;
peito que vbs encomendo que procedaes com elle de
Maneira que se cons.-ao cru meu seruiço, e porque
palia, experiencia que; tendes de °moo. e de todas es-
tas nomes (basta dizemos pouco nellas) uollas mo) exa-
gero reeeS.
L. E porque Isaque Judeu morador es, Babilonia me
Mandou pedir licença pera se poder pesar a Cirmuz,
mandei ao Gouernadot Mc. inuiase a enTormaçaõ .que
debe achasse, eme auisese•se serja meu eerui9e, conce•
derlIta, euse escreueo que peita enformaçaõ que deite
?abatta revia muito proueib.a sua estada naquella fortal-
mM porque por sua ma poderia o eetado da Ilidia ter
eleito& sulcos importastes como já costumou fazer alguás
umes, e que bastaria ser chamado per carta do meu
Viaoriey, e manda r aos Capitaôs daquellafortalleza que
Sur., cotendessern cona, rua fazenda, eque liurentente a
Podam -mandar perm onde quisese e sc tire tott3 torna-
., ~acenas dm aposentadoria', e que com reto enlen.
de que te atleta ponsaaisfeito. E posto que por este, eu—
IMaavaao que o Gouernador me dadasveva titteJita altuuot,
Oseeeder ebretbfaU0res, que ttio, tOMSW.M.Mc pareev ire.,
268 1.178,0 1.01}110082-0141188/a

meter esta meteria 8 cós, adi pello legues em que me


sereis, corno pella experioncia que tendes glaquella for.
talleza pera nerdes se montem a meu seruiço estar este
Judeu em 0I11108 ou fazerlhe as merees que pede es.
tendo em Babilonia, econforme ao que nisto vos recibos
parecer podereis procedes, eatesarem de tudo.
LI. 'Bambem me escrene que mandou a Ormes ea
Mascatte o engenheiro [nós Joaõ Banes., eque depois
de ter visto afortaleza de Oramn e traçado as obras que
lhe parecerati uecessareas pema. defFençati, ordenara
em Maácate como se fizesse hum balluarte pequeno em
hum cabeço (romeiro á fortaleza noun donde se lhe nos
dia fazer dano eras a artelhasia, e que as obras de Os.
mau mandSra por enrati sobrestar, porque aliem de eus•
tarem muito lhe nati pareceu conjunçati bullir cern elas
quando se nati outresern de acabar com a breuidadene.
cessaria auendó tmlos os manos nucas de guallés de
'Burgos que estiei ameaçando aquella fortalleza, eque o
disto engenheiro mos procedia bem ere sua obrignaçati,
e que Preteudia de'rt mandar na menear, de Abril da.
quelle anno a Ceillati eaMallaqua; e posto que Joe& B..
lista raie escreueo peitas Mura do anuo passado huã ear.
ta largue sobre as fortallezas desse estado, tudauia pera
se saber a uerdade e certeza do que está feito, e modo
de que se nella tem procedido sati necesarias muitas
ente...açoite com todas as particullaridades delias; pello
que vos enetenendo façaes correr core ar fortificaçoèá
deitas, rui especial com ade Ornem e Mascate, e nue
traças de tudo corno uollo tenho mandado
peita primeira Instruçad que leuastes, e que com o dito
Joat3 Baptista tenhara a conta que he rezafi elhe façaes
fazer, raso bom paguarnento de seus ordenados com o
mace fauor que mures Jogues que folgue de proceder
bern neva; sua obriguaçati corno connem a meu seruiço.
LII. asei itrie ceemos como a-cidade de Cu. pre
terBle alguns preeilegios e-aapresentaçati do officie de
euesitiati ua Camara della e do caseuo de•Prouedor das
goallés embe contrato que • arruma Cidade fez em rara.
Pateiem.° 3.' 269

pot. do VisoRey Dom Luis dataide por ee obrignarem


por elle a fazer em cada hum anno do hum por cerato
quatro guallês com as eondiaffis do dito contrato, e
quanto a aptesentaao6 do officio de escrinaõ da Cato.
ra lhe direi, de minha parte que folguarei sempre de
fazer merce deite ápessoa solara quem me escreuerern,
eque estando Minn. Montear° casado com orfan ao-
bridha de Antonio de Souto maior, pera quem o pedia a
mesma cidade e a Misericordia deliu, eo VisoRey Dom
Duarte de Meneses, ey por bem de lho confirmar, eas.
si todos os preuilegios que fora6 dados peitos Senho-
res Reis meue predecessores (que santa gloria a(a5) á
mesma cidade, e quanto ao officio ole PronedorRas geod.
lés ey por bem que quando se fizerem per conta do hum
por cento seja posto peita mesma Cidade, e que quan•
do Be fizerem per conta de minha fazenda o Vedor olel—
,, que entende em minhae armadar entenda lambem
tana dittas guallés como volto mandei declarar na qual.
Ia Inolmeça6 que !coastes.
LIII. Tombem rue diz que teue cana do Xá de que
ice anulou o acertado nas vias do anuo pasoado, em
que pedia embaixador, equeria renouar a antigoou ama-
nade que seus antepassados finura!! com ente estado,
egue detreminaua de lho mandar em meu nome mato
que ihmose oceasia5 pera isso, eque postotque lhe es.
mune que tem auidas muitas vitorias contra o Tnreo, Au
informado do eontrairo, eque nela deixaria de lhe ir rei
moendo rnostrandolhe <manto contentamento terei de
atuo bens sucesos rendo quem necessaria he eua amis.
de .6 somente pera o que toca aesse estadq, mas itera
aehrisaandade, e pois pede embaixador que he o que
sempre se dezeion, se deste Reino o naa mandar nes.
tas nãos, achando aufre acene estado pessoa de confiança
eexperiencia, ordenareis como Iene as cartas que lhe
mando escreuer fazendo nesta meteria com este Rey
todos ur bons officios que entenderdes que emanem a
roeu serniço pera ar coonseguarern todos os intento« que
tleata amizade e cornscui.ça6 deita se podem pretender.
270 anuamo roaznanes:Oetee ,át•

LIV. E atiro me diz que o VisoReyDont,Duattetra-


balhou muito por abrir caminho pera se comunlear com
o Emperador _da Ethiopia escreuendolhe muitas nesou
e aos princepes de seus remos, mandandolhe a1gIies peças
pera por esta via tratar com elle de se reduzir a abra
dienela da Igreja Romana, e,que por esta obra-ser de
tanto seruiço 'de Ocos e meu foi continuando .1Ia até
que ueo em me escreuer eao Santo Padre cartas ,qba
sue inuiou o anuo passado com outras dos Portugueses
que estiai naquellas partes, penas quere entendi que, a
soai deste Emperador oincita,a narr consentir que vaili
Portugueses a sena tern.. dandolhe aentender que Ira.
tari de lhas, tomar. E asi me diz o dhm, Gouernadar
que oarmo passado mandara do. Relligimos da Com--
panbia, oMonsarrete eoutro.companheiro reg, per :ordene
do seu Protrincial com hem .prevente e cartas -peru o
mesmo Emperador pera tat-them com sua presença uai.
ararem os catholicos, e que mandara dar o emes Berlis
gloses quinhentos pardaos pugnas eia Dio pára sua umas
Souto. em quanto lá rsaedisenn e que posto que o duro
Emperador lhe pede officiaes de fazer arcabuzes e a-
tras armas: aula de ir disimuLando com isso ate une
em que amua sua detreminaça0. E porque mesto va.
teria ha dato causas principees e de muita consideres
çaa, ItUrflá que toca 9 ehristandade, ea ,011tra rosadas
acodir aos christaris que reste,12- naquellas partes, se.
dete procurar a amizade do, Preste pesa- com eira o
reduzir a Igreja Romana,. .e c-ter por amigo contra os
Te... , e soa soe parece que ama seruico.de Doas - nem
proueitozo agacha christandade mandar recolher os
mgueses que ...ma naquellas, partes como, ruo pedem
em soas cartae,.anrça seria em muito peejuise donos'
se pretende., pella que se demm i rampliaod000ua.cauor

geate e Relligursor queeedá algas tença eada,ao.


ee e, de- Ieleee •feeenda desse- estademeven mandei
coerente a0 .,Pmste unta carta em. refir0518
Melareis com algt4s armas.cataras 00113.9i .34
iláinhá soa ma.}r persuadbadua,4 rednqaa da 1,0,00
FASCICULO 3: 271

Remaria, e segurandoa de cens rectos, pois urdi trato


renal; de seus uerdadeiros bei" como 'dom minguo, de-
zeíandc dé lhos colmemne e augmentar chmo .propríos,'e
que pera isto por taes os tenho,. per/q que tios cudo.
meado que nesta conformidade e conforme agrandis-
éima importaimia desta meteria .procedaes nefia rem se
perder tempo nas cousas em que pode auOr perigo na
tardança, e auizandome de todas muito particularmente.
LV. E mim me escreue que na barra da cidade de
Guoa tem mandado fazer hum forte que fique «ruin-
do de couraça á fortalleia de Bardes á custa do hum
por cento que está aplicado á foileficaeal, que ne. obra
'muy. neeessaria ede muito eleito pera segurança da—
quele rio ebarra, e que denerninatm de fazer hol for.
talieza da outra banda da barra tombem a custa do bani
por cepto pera de lodo ficar segura, e porque me ey
por bem emuido do que o Guouernador fez nesta ma-
taria, vos encomendo que nella procedaes conforme ao
que aos tenho mandado na segunda Instruça8 que leé.
liastes.
LVI. Tambem me escreue que oforte que o Alferes
mór principiou em Moçaiibique o deixou acabado quem.
do fora pera a India, e que era obra proueitosa pera
a deffençaS daquella Ilha, de que me moina odebuzio,
epor ja dantes eu ser enformado que urdi- ,era de milha
eleito lhe. mandei pellas vias do armo de $9 que o nal
deixasse fazer; encomendou,» que me auisein deste for-
te edo eleito delle, g que daqui em diante os guarde
neste particullar o que lemistes em notas Instrucoe.,
--e
vos digno atra. nesta carta.
LVII. E assi me da conta das gualles que sahiral do
estreito pera acosta de Mellinde, e como tiume atrito
rpm em Sués e Moqoa °reit feitas afguls e abala.va
madeira alertada pera ~me, e que ficaual era Adem
seus carreguadas de moniçoffs que danei> em que oiti.
dar, e mu lembra que ,seria de murta. importancia_pera
a Conseruacaõ des se estado fizersse. fortelleza M OITI.
ba0.; . epot esta maleta ser de tanta nonsideracal co.
2;2 ARCIIITO PORT001,15.•011E.NTAL

mo tereis entendido me príreceo deuer tomar sobre ei-


laulgofluenfarmaçotir e despois de vistas vos man-
darei escreuer nesta carta adiante o que ouner por meu
miruim, que se nisto faça.
LV -111. Tombem me diz que escreueria a EIRey de
Cochilo como eu comera por bem que Aluoro Vaa Cou•
linho que elle Rey tinha nomeado no cargo de Juiz
dalfandegua daquella cidade oneramos somente em unam
to durase o impedimento ou auseneia elo Licenciado
Francisco de Frias primeiro nomeado nelle pello dit.
to Rey, e mandara fazer. declaraçati no °arguo de esi
crivaCir- da dita alfandegua que serue hum Diogoo Roi
drigues pera que o Muese em °ida conforme a mancai
çaii do mesmo Reg, eque com isto o hia dispondo pera
a obra da forteficaçati peito muito contentamento que
entendia que destas colmas receberia, que me parece bom
caminho pera se conseguir oelícito que se pretende; eque
odito Rey tinha entregues alguns culpados na morte de
Dota Pedro Arel, e entre eles o matador que depois
fogioda primá; e que por este caso ser tam atroz ti-
riba mandado proceder contra estes culpados-. prense
eastignarem, e que o nitro Rey dera lagoa o officio de
Arei ao filho do morto, que lhe mando águardecer na
Carta que lhe escreuo, e nos encomendo me aniseis
se se teto procedido contra os culpados na morte do dit.
to Dois Pedro, e nati estando ainda castiguados peie
cureis que o seiati logo com effeito, e me aniseis do que
viso Moerdes feito.
L1X. E porque com esta segunda ida das guallés doe
Turcos á costa de Metlintie se fortefieon Miralebeque,
°apitai/ mór delias, em hum forte que está na entrada
da barra da /lha de Mondtaça e se merco nelle com
sua gente, Inc pareceo por esta materda ser de mu"
considereçati deuer ter algutis enforrnamitis de pescas de
experiencia lesar partes e daquella costa, h peito quc
nella apontarati se entende que será muito CODOefli¢ 1 0
faaerse huã fortalleza na Ilha de Monabaça asi pera a
segurança daquella costa de Mellinde, como para aa
FASCICULO 273

dhamaginarem.es. Tornos de apoderem fazer nella conto


se infere doi que agora intentarei; que.o desciabi muito;
na qual me ai- firmai,' .rirm se poderá ordenar alfandegua
de caio rendimento ar faça a drapeais da gente de geara
niçaei que estia- estituag. e porque tenaz dirias remdia e
Outras respeites o aproais mi, soa em:rumado muito que
tudo façam logo efeituar, e das terras, da dita filia fs.
ireis entregues ás pesarias que resedirem nesta forra Ilesa
aparte que mis parecer neemaria pera delias ti.rarern os
mantimentos que Ine forem necesarios. 3d pena 'calda—
.fle com que atégora procede° hillley ate nlelinde em
mee'ssruko ey por bem que se lhe entregne .a cidade
eIlha de nlontbaça pera que a tenha.. de minha ntu8 e
em meu nome emiquanto o eu omuer por bem e n.ail
mandar oeurrrrrario. pera em pasar comi eira gente pera
rUt par. me escrener e Uonernador Manoel de Sonsa
gire • minutam pedir pera no y.r aposentar nalld, elhe
sento dadas todas ar 'ristes terras, da.dita ilha .que fis
emem das que. se- hal, de dar aos yle resedirern na
ditta fortalleze tonto atras bica dito, na qtml ey per
tora seruiço que eetnõ eapitaits oe pronid os da <torta de
assoe-de dardes iRld• U. execuçair tratarei?
esta, rasteiro com os fitlal,gnos e pesoas de praticam
experienoia dessa param,- e min" achando contrailimsai,
amareis- logo .de se ordenar e. fazer a dista tertaltexa
tio lugar onde romano foste, ou na porte darptella lUsa
onde melho r fiem pesa todos os elfeitor gire licita re'ste•
uaij e possan pretender, e, mandareis armada que vos
pareeeneeesaria pera se nad- impedir a obra della/ na
qual irá. o eng•nheiro Joal-e Bautima; e quando •••ta6
pessoas forem de opiniai) de se moi fazer esta forrallima
sobrestareis nona eimo ,i11,11iafel., nas primeiras nãos as
resons em que se fundarem pema:seria° aainatlaepor alies
som atrair :parecesn pera tudo morenos mande, O gila
rua« por mato meu ,se~. E•crits ao. Lisboa at 12
do Janeiro de b9b.
1'. S.
qae.vos dign.attia no eapitulO 45 aceroa da
ztt5-
274 ARCAIVO POATUGUEZ•ORIEWI'AL

exeeuca3 da morte que se fez em Dom Rodrigó de Cas.


tro pella sentença que se contra elle deu, deueis entra.
der que minha tençaii evontade he que as semelhantes
sentenças dadas em Rellaçaá se executem contra quaes.
quer fidalgos e pessoas como convens que seja pera bom
gouerno e boa administraçaa da justiça, e depois disso
se me enniard; os anetos e serntenças pera eu ter por
dias verdadeira e inteira informaçaa de tudo, mas na3
sy sobrestara na execuçaõ das ditas sentenças.

REY.
Miguel de Mouro,
Para o VisoRey via.
( No sobrescriplo)
Por EIRey.
A Mathias d'Albuquerque do seu conselho, e Visolloy
ela India— quarta v'a.
(Livro 3.' fl. 406)

77.
VisoRey amigoo. Eu EIRey vos emale muito saudar.
Posto que per outra carta (que he a primeira e mais COM•
peida das que va3 nestas vias) vos escreuo largo sobre as
rnaterias que por ela vereys, amima para esta carta ou-
tras de meu seruiço de que o Gouernador ,Manoel de
Sousa nte dá conta per suas cartas que Sambem elevai. ;
na armada do anuo passado.
Il. Sobre a meteria de dor que he da importancia que
tereis entendido aio dis o dito Gouernador que depois de
ficar arrassado pela armada em que fora3 Dom Paulo de
Lima e Dom Antonio de Noronha, mandara o Rayale
pedir pazes a Dom Diogo Lobo capital; de Malaea,
que noa deferira per entemder que se hia fortificando
em ha sitio muito forte pelo ryo dentro quatro legoas
domde for, a primeira pouoaça.7, e que mandara a Fruo'
cisco de Soussa Pereira eapitaa mór daquele mar e a
Dom Amrique Bemdará, e a Antonio d'Amdria eaaaado
'asma. 3.* 275

nequella cidade com hu% gnalé e outras embarquaçoõs,


e que deraõ em Imã tranqueira que o Rayale já tinha
feita naquele lugar e lha queimaraõ com alguõs embar-
ceçolis ejuncos com mantimentos e drogas, e se toma-
raõ vinte peças dartelliarie, e que como este Re x se
ealuara com sua gente e tisouros arreccaua que sempre
tramem nonas imquietaçoõs aquela fortaleza de Mataria.,
porque depois lhe esereuera o Bispo dela que se tornaria
a fortificar no mesmo lugar que lhe queimaraõ; pelo que
vos emcomendo que tenhaes muito particular conta cura
aquela fortaleza de IlIalaca pera que esteja sempre taõ
bem prouida darmada e rnoniçoès como a importancia
della o requere, e o que muito ymporta he impedisse
per todas as vyas e modos (com que se possa atalhar )
naõ se tornar afortificar EIRey de Jor, porque se ouuese
descuydo nisto (que per nbõl caso creu que aja soposto
ameteria e circunstancias dela) veria o mesmo deseuis
do da parte dessestado a fortificai° mais que suas pra.
pias -forças, com que seria necesario tanto ou mayor
apercebimento pera o desfazer que á armada e gente com
que fui desbaratado a primeira ves, e por isso com se as
eouses anteverem e preuenirem nal,' somente se fazem em
teci propio ternpo, e se naõ mama as ocasioens que mal
se eoliraõ depois, mas se forraõ despesas que sendo ma.
perna saõ muitas vezes infrutuosas.
Tambem me °sereioa que os moradores de Ma.
laca me seruireõ bem nesta destruiçail de Jor -e que
seria de parecer lhe fizesse particulares merece e lhes
comcedese preullegios e liberdades, e vendo pela carta
que eles me escreueraõ pelas altos do sano passado (a
que lite mando responder como nisto me outie por bens
seruido deles) que naõ pedem liberdades, antes se quei-
xar,' dos eapitaês daquella fortaleza ctrauesarem todas as
fazendas que aela vem e as tomarem para sy, eos naõi
deixarem nauegar C010 suas fezends peru nhuã parte im-
pediradolhe todo o remedio que podem Mimar pesa sus-
tentarem suas molheres e filhos, queixa que deanuitos
s..ci a esta parte vem a nixrn e eu todos, eles tenho
276 alICIOVO'la7aTUOUEC.reaTal.

mandado que.m ponha nisto remedin, e por nuniquane


dar mande:, dopoia panar olguln proulsoe's sobre o me.
mo retumbo, vos eincomendo e mando que as façais in•
tairameale coniprir edar a sua druida execoçafi;facen—
da em conformidmle delas itodo o mais que for neces•
sario de manvyra que nie9 aya mais emas queixas.
1V. E ar.y. ole diz que eu lhe esereui que rati cornvi-
ulas a meu nem iço faseme forte era Jor, mas que am-
<lune deicontinn Itini armada naquele mar para derem,.
sa3 dos miolos que naungan por ele; e porque airada o
hey assy por meu seruiço, vos emeoneendo que nesta
Inalaria Comprais • goardeis tudo o que tenho manda.
do em carta de 22 de fenereiro ide 89 mie vereys nas
rias do dim anua que vos tenho mandado que cobreys.
V. 'lambem me ruis que as cousas do Daehem esta-
uuí.i ao presente em estado ique com metais forças e po•
der ne poileraõ cotusegir igrandes iefeitos por se afirmar
que o Rey era mortoie porque -esta meteria he da ira.
renuncia que tendes entendido, e que sendo vós pressn-
IQ se tratou cru meu conselho, vos °encomendo muito
eincarecidamente que na9 eleyseis passar as ocasioe's que
o tempo vos oferecer ele. se passai, efeituar com oque
esse errado poder dar de iy, e nestes poucas palatiras
soado esta meteria de nulidade ,iara nela vos idisemnui-
tas 'em carta que se disso tratasse vos hey por dito tu-
do •etpaaioo que com •vosquo tramy antes de vossa par.
urine ovj,to a mesma meteria porsy apresema aeinem
csá :nesse vosso legue, niórmente tendo vós dela tanta
cepariencia ia 'tempo que andastes em Moines.
Tambem ao eaC.Clle que peias desordens que Dora
J0.13 ria .liaona Ocinetec ca China rnamlara aquelas por.
ice as Lieencift,10 RU, / Machado que deste Reyno foi
prouido de Ouuidor "da Cidade de Macem; e que tinire
• roncar otic estIr a per regimento fora que mdos 09
eamtelhanos reculares enecIrsiasticos les achane moine.
la cidade firuse embarcais pera essas partes, ou irra OR
Laçoens de maneira Eine linü finarem em Macau fano6
Os "alaguem; atacadores migo. 900 ae atalhar oper.
asseiem. 2i.• 277

lapso que nisto recebiod meus eacalos P.ingtiesesie prin-


cipalmente a Religiad 1iteram por se entender que
musa pesa de todo se narrar a portamlagne'lle Reyno
á promalgimad do Enarmelho por procederem coro sol-
tura nad goardadrio minhas pronisoès st, colorida meu.
roa Relinisd, e que juntamente dera por regimento ao
‘lito Onaidor qne recternisee nos Religiosos de Sad Fran•
cimo da Custodie da Bulia a anosa-que em Macio ti.
nhad Frey Marfim Inacio e ecos munpanheiros por em
ma dantes, e esereuvra ao Bispo de Maloca que lindo ah
ter entes Religiosos companheiros do dito Free Marfim
lhes ',nye., no destile, tio era bispado fuga-les-em que
prégasem a Evangelho corno lho eu tinha mandado me
mimes pelas afies do anuo de te2; e porque isto me pa•
mem itscy bem, ms ierncomendo que proeedaes neMa
meteria na conformidade em que o ordenou odito Ma.
anel de Soam pelas rasods que se apontas.
VII. E acy me ...mie que dos 'ires Iogrems que
pacarad aessas partes no tempo do Conde Bom
Mamarenhas oral doue rielles mortos, eo outro esta-
. em Goa usando do oficio de pintor sem se entender
dele mungi.. °mo, pençarneuto; o porem pois está de-
fesso eine oad rad a emas pátios estrangeiros, nem PE
comintarn nelas, mia hev por meti seruiço que fique es•
te sendo lugres, e o manda.reia solto nas primeiras nõos
para este Reyno vera dali se ir para rua terra se quiser
VIII. E ama me morelus que tese mulas do capirod
de Maluco. qu'e ailha de Maquiem une he do eenhorio
d'IRRey de liernste (que fie grande e de muito rendi-
".fito du crauot ficaria aleuamada, e que aquele Rey
Iam me respeito lhe corneeaux a fazer soemo, e que ,le•
miaria muita estar coe estado ern tempo pare, mandar
fiaS armada aquelas partes para coubeste emaciai,- se po•
liteira
der cobrai a fortaleza de Ternate; e posto na que pri-
Inatrtmael .qtte Roestes vos lenho ma/idade.° que
oeSte Intrica/ar h, por meu serviço que Saques, colo
terno de nono a eincomendar.
IX. Tombem air ceceou. que Joaé- da Silva, caphaõ
2,X8 15011100 PORTIIOVEZ•ORIeNTAL

que, foi de Melam, e Artur de Brito, capita -da viagem


de Maluco, faleceraõ ambos no mar, e que o dito Artur
de Brito segundo lhe diseraõ tiuera culpa em naõ estar
eje por mim a fonalesa de 'remate por tratar mais de
eens interesses do que comvinha a meu seruiço,.e cai
Gene/ com aquele Rey como era recai", nem lhe entre.
gar o presente que o VisoRey Dom Duarte lhe man..
clara por ele; eporque esta meteria be de tanta comsi•
deraçaõ como sabeis, vos ~comendo muito que ofeye-
ceudose .ocasiaô pera se poder cobrar esta fortaleza, fa-
çaes nisso o que vedes que tanto cumpre a meu &enliço, e
tnandeys tirar devassa do que se diz de Artur de Brito,
sconstando que naô entregou opresente a EIRey de Ter.
nate se cobre a valia dele per sua fazenda, e se prece.
da contra ela cem qualquer outra comdenaçaô que se jul-
gar depois de ouuido omeu procurador a seus erdeiros.
X. E assy me diz que alguns Reys Arabios aque aba.
uma Gizares pediAÕ com grande efie•sia armada cera
lhe segurar certo paço.do Rio hafrate, por onde tinhaô
entemdido que os Turcos de Baçorá esperauaô socorro
para a guerra que eles lhe fazia3, sem o qual se cai
poderiaõ sustentar, e que este mesmo requerimento
trouxerati com o VisoRey Dom Duarte, e que pelos
trabalhos do estado munqua se ordeuara podereselhe mas.
dar esta armada, e que pomdo este negocio em cosa.
selho se asentera que se deuiaõ de despedir os embai.
xadores destes Guisares com cartas de boas palaures,e
esperanças deste socorro ate se ter mais certa enformaça5
do poder que tem e do efeito que podem fazer arma
armada, pelo que me pareceo deuerues mandar que SH.
shaes esta materya em concelho de fidalgos-e pessoas de
partes e experiencia peru vala saberem dar, esemdo de
carecer que se lhe Acue dar este SOCOSIO mo fureis saber
primeiro, eemuyareie a copia doa pareceres das peesoas
que' se acharem neste comselbo, e me acisareys muito
particularmente do vosso, edas causas principaes desta
meteria fazendo nela o discurso que pede,,porque.he de
00ntjk, pomoiclecocaó-•
, looltarse o Turco contra caos catado
7l9eleULO 3.. 279

quando o dano que se lhe fizer ma; puder ser sufi-grata.


de que lhe enfraqueça de todo o poder contra elle, que
será mais acertado nen- se intentarem sonsas que sendo de
pouco momento em beneficio do estado resultem em mayor
da. seu.
XI. Tombem me diz que lhe esereuera o Visitador da
Companhia pelas aios da China da monçad parada que se
aleuantara naquelas partes hum tirano que em breuee
dias se fizera senhor de todas as Ilhas e Reynos de
Japam, e mandara notificar a todos os Religiosos qle
andauad na conversai- ,daquelas partes que se saisem logo
fora delas enata prégasem o linvangelho por ser ley nos.
teu a de seus antepassados, tomandolhe os colegios e
queimando as Igrejas que tinhad, eque eles se esconde—
rei; em alguds terras de Reys e Senhores cristads atê, ve-
rem o termo desta persegiçad, e quê ha esperanças que
nad faltará naquellas partes a fee catholica porque no
mór feruor destes trabalhos se comuerterad muitos Jae
focos, e que o Visitador Alexandre de Valinhano lhe pe-
dira esmola pera ajuda daqueles Religiosos, que faria
nisso oque pudesse; peito que vos emcomendo que es
tudo o que puder ser fauomçaes aquela cristandade peca
que se torne a restaurar como espero em nosso senhor
de ter nas primeiras náos, ou muyto cedo recado que
está já quieta, e nem por isso estar em tal estado deue
soer menos feruor no prosegirnento daquela cristandade
que tanto hia florecendo, antm se pode cuidar que n quer
nosso Senhor depois de assy a ter fundada eultivar pelo
modo que traz com a prentétioa Igreia que com as pre-
segiçoens dela lançou mires raizes para depois vir a da'r
dobrados fruytos, e com esta esperança diante dos olhos,
ecom cada hum os pôr na sua obriguaçad se facilitarad
os trabalhos tiraddose deles gloria peru Deose merecimen•
to peta os homens, e pela nulidade da materya ore pa-
receu dizemos nela este pouco de que poilereys imferit
omuito que será razad que selnpre se nela dig..
XII. Tambem me diz que eu lhe mandara me auizaSt•
se da numero dos Religiosos da Companhia que andassõ
elterttV0 POIMIGIMZ•ORIENTAfl

na cristandade de depare, eo que seria bom darselhe posa


tua sostentanad, no que e., se retomoes pera rno escr..
até nad nessas a persegioad. daquelleitirano, e me leno
bra que estos Religiosos •será merecedores de rodo o fio
mi? e ainda por sereia pobres e pelo muito freire que fa-
nem nessas partes; eque addertindo ao seu. Prouineinl e
-nalguns outros-Religiosos da Companhia que se deixa,
sem dostratos que traziad na carreyra de Japara pelo es-
oandulo qne nisto danai3, lhe afirrearad que a moita nerre•
tidade un que viuiad. em Japare fora ocasiad de hem pro.
corado, seu lhes mandar algil ceda na sido daquela via-
-gere, mas quaisto secára já havia muitos tempos paran•
por este respeito muitas necesidades, e que tern ris.
tendido que nad tornarad a orar maca desta grangearia.
E ironias ao presente naI5 esttitItsse er;tatio pesa acrescerns
ordenados, vos encomendo qtre vades ajudando eStes Rip
ligiosos com algo-Os earoolas segundo os tempos e anes
eacidarle,qne tenho por de rinen•os imonueniame, para tai-
nha fazenda que daremse tenqas com tanta largeza come
• aréqui
XIII. Easa me...e...que será.eteibnseruino ide Deus
e ateu rtaIiirin ernhareaçoIts de Portugueses noutros por-
travaceatt aos aoustumarlos de,Japarn como se pede per
parte rios mesmos Religiosos da Companhia por alguán
rezotis que apontad, e- antes de cobre esta matetia von
mandar...ler em •pareceo deuer. tem algoitenforrnaçad
de pessoas ptaticas daquelas partes, .e por elne entendlg
rpm pois respeito doa tubiens cpne ha.nageela viag,em.nan.
.i.deriatii tomae as erultarratcon'a partinolaten o porto d.'
41ingaoaqui omde vay rer a nari de viagem, e ma poro-
Oco cometer acta 'bateria a vó, posa qtje torneia sobro
ola.asereformaçoas necesarias emee enteleys com v.onstr
parecer para. .mandar tomar rarsoluçad que «aliar
por rrieutientiqcs
XIV. E as,y lak enoito, nas vias- do. anqo passado
lura folha de todas a, cansas, colegios, soto,tm na, alde4
e.propriedades que ossos Religiosos tara nesse estado, e
o tomam., deles que .reelaem fias ditas C41~ e.colegigl
rt.ssmcm.te 3.• 281

de que me outre por seruido por aver alguns »TIOS que


tinha mandado se me envyasse.
XV. E asy me escrene que os anusa passados ouue
alguIts desavenças entre entes Religiosos e os de &á
Francisco sobre a cassa rwtta que fizer.' em Goa'se
gimes estauafi já casse acabadas, eque declartíra ao Can.,
tonto de Sara Francisco as causas que Ine motteratt para
mandar que se na8 trata.rá mar daquela douida, e que
ouuesse entre eles muita cornformidade, eme tio que o
Colegio que os memoe nele..., da Compnnhie tizera8
em Vaipimeotte era de grande elfeito peca o beneficio da
Cristandade e red.." dos criste9s da Serra á Igreia tio-
fltraa por algufis eoeo5u que sobre isso me aponta; eporque
sobre estas meterias vos mandey declarar o que hey por
meu SerUiÇO que se faça (na terceira 1115l111V10 qile le-

vastes )VOS ...fletido que comforme a ela procedas.


nelas.
XVI. Tambem me escreue que sobre a fabrica das
Igrejas desse estado tem mandado aos feitores que cum-
praS algurts eclusas que lhes forem mandadas fazer per
visitacati nas Igreias que .3' tinha& fabrica, e que vay
fazendo diligencia pesa ordenar o que 1.8 dever pera
de tudo me avisar-, emcomendouos que nesta meteria com.
Penes oque sobre ela tenbis mandado escrener o engode
89, A o que se contem na terceira Instruçafi que tonastes.
XVII. E asy trata do cuidado que se tinha dos ovi.
taes edos soldados que se neles curafi, eem especial do
de Goa orrule. e Prouedor e limar. da Misericordia fa-
zem este oficio com grarnde caridade, eque se tinha par-
ticular cuidado de o pr.., eassy ao de Cochirn corno
lho tinha mandado per minhas cartas, e por isso ser cou-
sa tanto de vossa obrigeçafi, posto que uu primeira Ins-
truçati que leuastes vos tenho mandado que tenhaes par-
ticular cuidado destes ospitaes e da cura dos doentes
deles, rolo torno de nouo a emcomender.
XVIII. E assy diz qrte fauorece os menistros do San-
to oficio, eque tudo he bem empreguado neles e espe•
cialmente nos Imquisidores Ruy Sodrinho (sic) e Frey
$6
282 ARCITIVO PORTVB.Z.01112NTAL

Tomas Pinto os quais cumprem inteiramente com sua


obrigaçaô. e porque sou imformado que estes ministros
mó' mil bem pagos de seus ordenados, e que os Gemer.
nadores e Visoreys desse estado lhes falai,- e interne.
dem por alguãs pessoas culpadas e prezes pelo Santo
Oficio ,que he materia muito perigossa, e de que se po-
dem resultar muitos imconuenientes, bey por bem emarido
que vós nem nhurn outro vosso sucesor nesse gouerno fale
aos ditos Imquisidores por nhuã pesos nem cansa de que
aja culpas 110 Santo 000lo, e vos emcomendo que 309 me•
nistros dele ordeneis como selai; bem pagos de seus orde•
nados, eos trateys e respeiteis como lhe he deuido Por
"menistros de tal rnenisterio, ecomforme o como já tenho
mandado que se faça.
XIX. Tombem trata do cuidado que tem de se em.
pararem as orfaãs que mil deste Reyno, e que salil já
cassadas rnuytas a que deu •cargos efez outras merces
em meu nome, eque nessas parles avia tombem orfaãs
filhas de Caludeiros criados meus que inorrera8 em meu
seruiço a que com a mesma rezai"- se puderaè fazer as
merece que se fazem ás que mel deste Reyno ;e porque
sobre esta materya tenho mandado o que hey por meu
sumiço na terceira Instruçaii que 'miastes, vos encomen-
do que nesta conformidade procedaes nele, aduertindouos
muito que assy esmo he remei que se trate do emparo
dar orfaãs, comnem que 'seja isto dentro dos limites da
Mesma remei, e imã com tafi demasiada larguessa pouco
eonvenyente a tudo como já tereys entendido pela dita
terceira Instruçaii a que me. remeto.
XX. IS asy diz que praticou com o Prouincial da CO..
panhia e com outros Relegiosos dela sobre as queixas
que EIRey de Cochim diz que tem, dos menistros da
cornversaõ que andai- ,em suas ti mas, eque rem eme5.
dido que he grande o fruíto que estes Religiosos totem
e nhaa a perda que este Rey recebe em sua fazenda ,
por alga.as rezoès que aponta, e juntamente vy a carta
que EIRey de Cochim me escr..° e oque sobre eles
trata, e me pareceo desenhe agradecer o que- ave
111SCICULO 3.• 233

sobre esta meteria da comversaá e animalo pesa que va


continuando com fauoreeer e ajudar os menistros dela
que sambem vos hey por emcornendados.
XXI. Tombem me diz que tratou como Custodio de
Sal Prancisco sobre a jurdieaá que hum Religioso Ca-
pucho tomou ao Vigario de Teuenapatati posto por or-
dem do Bispo de Cochim, e que lhe respondera que tudo
estava já quieto, eque assy o tinha entendido per outras
vias, eque comuem muyto pesa bom gouerno e quietaçati
desse estado dome ordem cem que noa sejat3 tati ausolu-
tos, eque o Bispo de Cochim Dom Frei André de San-
ta Maria escomungára pubricainente a Nicoláo Potro
Cochino Veador da fazenda da cargua das náos por
natit lhe pagar á risqua seus ordenados, pelo que vos em-
comendo mateis com o dito Bispo que de tal maneyra
proceda assy no que toes á christandade como ai tudo
omais, que seja conforme a sua ebrigaçaá, e lhe estro—
nhareys escomungar o Verdor da fazenda por casso t atá

Iene como foi ode sen pagamento, de que me capam.


tey muito asy polo nulidade do casso como por se em•
ternder das partes. do Bispo que tivesse nele outra cora-
sideraeati. •
XXII. Tombem me diz que avisou ao dito Bispo da
merce que lhe fiz dos dizimos daquela cidade por
tempo de clamo sonos, eque podem valer em cada hurn
deles. de setecentos at' mil pardáos, e que lhe mudou
o seu pagamento e o do Cabido dalfandegna daquela
cidade onde o linhol pesa Goa; e porque sal coimem
que residimdo eles em Coehim sal buscar o pagamento
de mus ordenados a Dou, vos emcomendo que lhe faça.,
fazer na alfandegua da mesma cidade como o tenho man-
dado (a), eaté EIRey de Cochim me escreueo sobre isto.
XXIII. •E asy me escreue que htlaS canas que esteie,
janto ao dormitorio de Saí, Francisco dessa cidade de
Goaque ha alguns armes que tenho mandado que se com.

Ir I()resto dos palavras deste Capitulo mal escriptas de .outra


tetra, edepois de eoueludela acarta.
294 ARCAM POIVVIIOVEZ•011.1.TAL

prern pare se meterem dentro da cerqua do mesmo


mosteiro &aliai; já avaliadas em doas mil equinhentos
pardáos, e que por nafi aves atégora aquele dinheiro se
naói tinhaft entreges aos ditos Religiosos, de que me es.
pentey, porque quon,lo se isto .y diz se despende de
minha fazenda todos estro sonos em outras cousas que
se puderaõ bem escusar, como tenho visto pelo liam das
mames que se néle lizeraii, pelo que vos emcomendo e
roendo aeabeys de entregar estas cassas ao dito mosteiro
de Soa Francisco.
XXIV. E asy me escreue que Cunhale armára
tos nauyos o• sono de 98 que (orai>. per diuerssas partes
dessa costa da Iniba, eque pesa as do norte mandara
doze galiotas em que entrouaei tres grandes com muita
gente escolhida e por capitai. ; mór delas hum sobrinho
nen, e que emcomtvarafi com elas duas gualés que Itiaô
peto o norte de que eraZi eapitafis Dom Francisco Mar•
carenhas eJosé' de Soussa com que tiuerad huã brigou
muito troando em que eles ficaraõ muito feridos e os
imigos cassy desbaratados .se reeolherafra Cerapatail, e
semuto ele Gouernador informado disto mandara logo Je.
roubou de Sousa seu filho com muitas enibarcaçoês e
alguns fidalgos mim outras que cometeraõ os imigos e
lhe tomaraõ todos os nauyos, artelharia, e alguãs arma.%
e por este.sucesso ser da ealidade que tereys entendido
time muito conteetaniento dele, e vos torno a emeomeip
dar alem do que leunstes em Instruçailt e vos esereuo
nestas vyas que trabalheis por se extingir de todo este
cosatio pelo muito dano que fac na costa da Indio,
der presa que por eme respeito fie forçado que se faça
com as armadas que saô neeessareas pesa a guarda dela,
e principalmente pelo que toca áantorydade ereputaçaõ
do estado serndo em tad grande perjuiso dele premetirse
ha tantos •onnos hum cosayro Mb- molesto etaó- vezinho
que tendo eresido tanto se pode aves por afronta.
•XXV. Tombem toe escreueo sobre osucesso que tens
»armada que mandou ácosta de Melinde (de que foi
por eapitaó• na& Thomé de &assa seu irmaa, que era de
TAfelCULO 3.• 285

dons galloena, cing° galés, seis gualiotas, e seis fustas


com mais de mil soldados) eg,ualés de Turcos que se
inmare.5 e mace sneesos desta viagem, da qual vitoria tiue
tanto contentamento como foi aimportaneia dela; e vos
emeumendo que tenhaes sempre muita vigilaneia em
saber os desenhos das gaulês do Turco pára estardes
preuenido eu tudo o que cot- orlem para a defernsaõ ese-
gurança dese estado; ea Thorné de Sousa eaos mais fi-
dalgos que nesta yornada com ele fota5 mando eserener
eagrade cccv que nela fiaera5, e ase)/ a Mateus Mendes
de Vasconcellos capitaõ Inór daquela costa de Mclinde
que sou itifonnado que en todo este sucesso me recaio
muito betu, e tenho mandado ao Secretareo Diog° Velho
que me apresente os papeis em que estas pessoas rege-
rem meros por seus seruiços para os ver e lhes mandar
responder. E asy me escreue que ate seruira5 bem nes-
ta joraada Bras d'Aguiar, e Manoel da Situa, etambem
variad o papeis seus em que requeira5 despacho os man-
darey ver eresponderlhes (a). E a ambos direis assy,
equé me usos nisto por bem sentido delles.
XXVI. E posto que coa tonta carta vos caneca de
Iladarsobre a meteria das gualés do Turco (em que já vos
comesey a escreuer pelos nauios que de qua partila5
imverno, porque ioda que entali- vos escreuesse 550
breuemente deyxando tudo pera as vyas destas elo%
na5 me pareceu dilatar pera MIA tempo por abrendadu
que fosse cousa de tanta mayor inportancia que outras
muitas tundas por principaes )me parece que com Isto
dente acabar esta segumda carta (com que fica5 respon-
didas todas as que me escreueo o dito Gouernador) que
posto que me desse conta das gualés que se' dezia que
o Turco mandatm fazer em dinerssas partes, imda goi•
sara que falara nisso mays particularmente na5 somente
sobre os avissos que tinha, mas juntamente nas .pre•

ezeriptas depois au palusra. que se seguem neste eapi.


286 afteetOo P087.1112.,.12,1,1.

uenço é-s que fazia edeterminaua fazer, porque sendo a


materia taõ grande e que leua apóon sy todo o cuida-
do, mal podia ficar em caso omisso, perfil-rolo tantas can-
sideraçoõis, tantos discursos, etantas aduerten'cias; eirnda
lie de crer que ele as teria, e q,ce achariels os efeitos
desta pratica tati avante que terieys pouco que acres.—
tar nela, todauya bem fora què de tudo me dera muy
particular.eonta tanto dos avissos como das prevençoris,
domo asima vos digo, e asy naft somente vos escreou
ceias coavas para mostrar desprazer do passado, mas
para remedio do presente, e aduertencia do futuro, avem•
donos por taõ emcomendada e entregue esta materya
emn todas suas dependencias que possa deocaanaraa
que sey que nela tereys feito efareis sempre dando pre.
sedencia dela aoutras materias, pois atem, easy en to-
•das as desta °alidade de que me auisareye sempre mui
particularmente. Escrita em Lisboa a 12 de Janeiro de
mil qinlientos nouenta e hum.
REV.
Miguel de Moura.
Para o VisoRey-2. 5 via..
(No Sobrescripto)
Por EIRey.
A Mathias d'Albuquerque do seu conselho, eseu Viso
Rey da India— 2.' via.
(Livro 3.' fl. 450-4.. via fl. 460 )

78.
VisoRey amigo. Eu EIRey vos envio, muito saudar.
Sou informado que Dioguo Lobo de Sousa capitaõ de
Bardes nart procede bem em seu carguo nem Muda,.
obriguaçaõ de sua pessoa, fazendo naquellas terras que
estaõ a seu carguo muitas uezaçoits aos moradores chias ,
taris e gentios que nellaa vigem, eque o Gouernador
Manoel de Sousa lhe tem dado nos rentlimentos das mes-
mas terras (que tenho .nandado applicar ao pagamento
da Seu e eler.ia do Arcebispado de (laca> ma. de
nscreubo 287

deus mil partláos de renda cada anue; MIM que vos


encomendo e mando que loguo lhe faça. tirar,ar dittas
terras e renda pera que a rnaes nitri receba nem arreca-
de, clhe façaes tornar a minha fazenda estes dom mil
pardáos (ou o que for de todo o tempo que os dum cobra ,
dos) e juntamente façam demssar dellé per hum letrado
inteiro esem suspeita, eachando delle culpas procedereis
contra elle como for justiça, e foirbe disto que lhas aehara5
msannos atrás, efora já suspenso dajmella capitania, edo
que nisto fizerdes que sera loguo com effeito me anisa:
reis einuiareis a ditta degassa com asentença que ise
der pera a rnandar uer.
Il. Sou informado ,que no anno de 87 era dia de Saca
Bartholameu séj fez na fortalleza de Damai3 lida briga
anue os moradmes della demedidos em bandos moi Im-
unda eescandaloza, e que por esta tamanha desordem
ficar sem castigou loguo no anuo seguinte acontecera O
mesmo na cidade de Baeaiin, eque se dezia que era
Coehim °mera outra brigua entre os moradores deita
dentro em Ifila Igreia de que resultara matarem settè .
danes áespinguarda, e sendo todas estas briguas mrty
meandallozas eque puderad pôr aquellas fortallexas em
notauel perigo°, se naô mandou fazer nenhfla deligencia
sobre ribas, nem se castiguarafi as cabeças destes bm.
dos, nem fim nenhfla informaçad deilas pellas vias dos
ariana passados, de que me espantei tanto como do a.
éontecido, eporque saô casos a que se dem acudir com
rigurozo e exemplar castiguo, vos encomendo e mando
900 particularmente mandeis deuassar deliro nad mtando
já isto feito na filmu que taes casos requerem, e proce-
der contra os culpados como for justiça, e porque tam•
hen, sou informado que de alguns annos a esta parte
Se mauari muitos homens á espinguarda sem niéto por
parte da postiça se acudir com os remedios e procedi.
Mentos della (o que pede tamisem o remedio e proce-i.
diatesto ',ceceado ) vos mando qbe atalheis lo„eo essa
diabolica nouidade tanto contra o seruiço de DC05 'e
eIra procedendo contra os culpados com rigurosos °esti—
288 000mvo ,PORTUSUOZ-ORIENTAI,

guos dados loguo á escolte.- segundo forma das leis e


ordenaeo&s.
III. O Pr... e Irma:rãs da Misericordia da for.
muna de Pio me pedem vos mande escreuer que os
350 moradores que per regimento ha naquella tostelleza
seja -
6 primeiro papos de seus ordenados gire os moer
officiaes por serem muito pobres e muy contirmos na guris-
da da meseta fortalleza, por que os rimes soldados da
obriguem.- della se embarcar; eanda& clamada todos os
ucroôs, o que no ind.. se recolhem naquella cidade
600 toldados, ecomo na& podem. ser todos paguos peno
regimento por nat3 sérern da °brig..aô da fortalleza
fazem mutilas e roubos, e que naquelle asno quisera&
entrar as casas de alguns .rnormlores que remira& sua
auexaça& com pratta ejoias de soou molheres, e porque
destas extroeoês me ey por muito desseruido, vos ceco-
meado_ que proucjaes de modo nisto que se enittern, e
que se na& introdusa3 casos tem desaforados de entrarem
os soldados per casa dos homens casados e lhe fazerem
forças„ e Se Mi ordern corno os soldados daqueila for-
talleza sei.- bem paguos, e tareis saber aos officioos da
ditta Misericordia de mi:the parte como vos tenho mu,
dado que prouejaes log. nisto.
IV. A cidade do Nor. de Deus da China me inniou
dizer per titio sua cana de 20 de Nonembro de 88 que
o Licenciado Ruy Machado Ourgdor naquellas partes
Sentia tambem o earguo de Juii dos orfaôs que em to-
das ás cidades. desse meado se morria& por nomeaçoii
deltas nas pessoas que conninha, pedindorne que ouuese
por bem que o mesmo podesse equella ciciado fazer, euse
me pedem lhe mande passar prouisaZi pesa se noó dar
dinheiro ao guanho• aos capitaiis da uiagem de Japa&
por ser grande opusesse& pera o& moradores da terra, e
que o dinheiro dosiorfaiiis nem os mesmos orfãos Sejaii
constrangidos a passar á India salo quando forem com
suas mãis ocom parecer de seus Mores, eporque sobre
este dinheiro dos orIãos se nati dar flOS CapitaêS das for•
lallezaa nem das uiagens desse rafado tenho mandado
TeSCIe010 3.* 289

h7la pronisMs que 'foi nas vias do ,anno de, sq,


Conforme a cila lhe mandareis guardar sua justich, e
no que loca a poderem nomear Juiz dos oritios nague.fia
Cidade conto dizem que o fazem as mace desse estado
inçou...eis se ha proUisaft per que geralmente sumias
Cedesse este preuillegio atodas, ou se particullannente
odem algiii. e'quites, e as causas porque lhe foi dado,
de gne me guisareis, e. yhmbern sobre a mana TeS pe ,!en,
acerca de o disto dinheiro doa fulana e os mesmos orfains
non passarem ,.á Inlia, pera Conforme ao, que cozi.
uier atudo lhe mandar iesponder corno °ober por meu
seruiço.
V, Os offisia. 9a Camara de Coabito me pedem per
roncaria aja por bem que das fazondnr das na. •cla
China que por respeito de nai3 poderem puras ácidade
de Gana se despachs9 au alfamilega slaquella Cidado
possam leoa, .o hum por cento pesa dospe.za da arma-
da que todos os mistos fazem pesa o Cabado Confiumb
eporque este hum porcento esta aplicado ai obras da
forteficaçain de Gene lhes manilei escreuar acedia.
sern avos pesa ris nimirdos com os olticiaes da mea•
ma oidade desamam a informucan que deste ciso achar.
der e vosso parecer citae me inalareis lhe mandar como
ortimer por meu tcisruiço,
Elkey de Ornit..Inc escreimo muitas. gueixas
do nuido em que os Capilans dagnella fortuitoza proce•
dian com alie,- e poeto que ategisora se -lhe aeraõ al.
gilas culpas ole deseuidado, em •sda obriguaçan me. as.
crer,. o Goueznador Manuel de R'ousa que com as
nonas que naus rir gualléa de Turcos fizera alguns dre•
~eona e meters, squella cidade mil equinbeutop ho-
mens com .. quaes despendera oito mil cruzados, eapi
me imitou bano apontamentos em que•culpares multar
rondas que, ree •par... somotex a vos e. nati lhe deferir a
alia, serdbrimeitis ter arrasa enforinaca3. que vos enco-
mendo me ~Mia de Iodadas que se. omitem nos ine,s.
mos apontamentos comAIOSP p.reeeN eqqe: erdenels c oma
rata Rey se (afi a muitotiboin tratamento e o de l
ama
37
200 »cem rerroevet+OlirsereL

neer em seu relho do que mus antepasados Usarafi


e uai" for comia o que gonu.n, a meu senda° e nega.
rança daquella fortalleza.

VII. A Cidade de Ila.rnab- me escreueo como nella


fallecera Luis Vieira que catana prouida do carreguei
de .fuiz dalfandegua de Cio., e por sua morte lhe M
carafi deus filhos e bati filha muito pobres, eIjue tala.
bem fallecera Ferva° Cerdoso que estaua provido de
'Bailada,. de Maym, pediudoine <moesse por bem de
fazer merco ás filhas destas pemoas dos carguos -que
uaguaraã por seus pais pera seus casamentos, e que a
pessoa que easase ema a filha do ditto Laia Cardoso
(sie ) d,sse a cada hum dos outros filhos do rendimento
do divo cargo mil perdi.s. E assi are escreue que na
mesma cidade fenecera Peco de Sousa Pereira que es.
lana pronido com a (ominem de Baçaim de que fica.
galã ires filhas eduas filhos e sua molher muito pobres,
e me pedem que em satisfaçaã dos eerIlieol3 do dito
Boro de Sousa faça nnerce do ditta fortalleza a seu filho
suara uelho pera com ella poder emparar suas irmãs e
r
.roriiãs, a que lhe mando responder que aeudati- a VOS
pera com uosa enformaçafi mandar prouer erniudo como
mmer por bem esambem no que toca a Manoel Voe
morador naquella cidade que me cadeado que recue no
lorteficaçafidella com muito zello e cuidado, e soa enfor•
meie e me auiseis com uoso parecer.
VIII. E ami Inc pedem em seus apontamentos qüe
me ermion que mande se nafi pague aRamo de Rena
Rey ',cainho daquella cidade maes que os onze por
cento que antigamente tinha do rendimento davellas
terras, e que o divo paguamento moi corra pelica com-
Mês da fortalleza por ser por elles aquelle Rey mal pa-
guo eresultar diso serem os moradores da cidade molesta-
dos; e porque sou inforMado que sempre se emendei, que
santinha ter boa correspondencia com este Rey, porque
inda que pequeno em poder, colho ohm em montanhas
eMatios asperose fraguosos se ne d.. pode mingua entrar, ser

encomendo que sal qUani0 Ria» se traí/ dá outra ordem,


rascleet,o 3? 391

ordeneis como aja os onze por cento que lhe pagai', oa


knim.da9AePa. terras, os gimes ey por bem que daqui
em diante arrecade o feitor daquella cidade, e por sua
tia eImã elos capita& se entregue o que niso montar ao
dão Eey, e deste dinheiro se lhe fará receita peia na
çonts que dm de seu carga° a dar tambem &lie, e se
poder saber como o tem entregue ao din.° Ramo de Ru-
ns. callt declaraçait que he foro das terras moldas por
'1..7pi at gtangen, e aaá cousa algfia que se lhe dê de mi.
ata fazenda.
IX. E assi se queixa a.ditta cidede que dos relate e
dOus mi1 equinhentos serafins per que o VisoRey Dona
Duarte mandou ueoder Imã uiagens da China de que
lhe fiz meree pera a fortificaçart deita tinhart cobrado
somente mote mil, pedindorne lhe mandase entregnar a
dernazia ,pera se poder ir correndo com adita .fortefica-
Oh; peão que nua encomendo vos enformeis particullar-
mente em nulo poder estafa- os treze mil e tantos cera—
fins desta tiragem, e lhe façaes fazer delles pagamento
zont abrenidade que este caso pede, ordenando conto se
entreguem, efaça receita &lies pera se naii despende-
rem ora outra cousa alga% renal na dita hirteficaçaé,
aguo sobejar estará em deposito até eu mandar o que
Caces por roeu seruiço, e de tudo o que nisto fizerdes
me anisareis.
X. E ast me pede a diita cidade lhe fa aç morro dou
d.teitos ele trinta eatiallos arabios, eque os posare ;men.
dar trazer de Urutus, e por ser maioria .gne ,enéostra o
que sobre ella leuastes em cosas Instruçoés, e que par;
be de maca eireito peta acidade, que interesse de que se
nau segue outro beneficio, sol ey por meu semi., con..
cerierlbo, e asi tho podereis mandar significar com as re-
.0ès dikto que saii .salaidas, e sobre á confirmar:¥.3 doo
priailegios que me peite rios tenho mandado coa
lisos que leuames me aniseis se será meu .seruiço conca—
'le'litts ede nono solo torno a eniofneridar.
XI. E asi me diz que alguns foreirozdaquellas lanas
COU naõ nerdadRuas en£orrnaçoET99 9014: 911111 1r9e,a9) doN
:92 ARCHIV0 1
,01MIGUF:S•ORIENTAL

VisoRele pera na? residirem nellas com suas pe.


toar e cauallos; e por igto ser -da iinpottancia que
sabeis vos mondei què tomareis enformaçaft desta ma.
teria, reás pela que - agoura tenho Tos •
. encomenda
que obrigueis os foreiros danuellas sidras e ter.
Tas que na? resedir celian com stiae armar ecauallos
gera acompanharem e capita5 da fortallem »aguarda
deitar conforme as suas obriguaçolis sob pena de perde.
rern as dittas sidras e tetras, porque mr.9 he justo que
tendo delias taro groços rendimentiis como tem, andem
espalhados por erse estado fazendo•seus.prour lios, eque
os que residem nagirella cidade lhe guardem suagal-
deas.
XII. E uni me pede a ditta cidade aja por hera que
os moradores delta que tira? madeira para Cambaia na?'
pagimin mais que os déreitos da alfandegua comeste e
naõ seja? obriimadog a pagUat 0,E, tributos nonos que OS
capitaris dequ;Ila fortalleza recebem delles e lhe acresem
Mr.": de seu -poder absoltitm e por ser informado que por
os moradores daquella cidade terem •pobres e continuo ,
no reruiço se lhes pode conceder licença pera somei»
te tirarem daquellas terras aguieiros e forquilhas prra
Cambaia • contento que na?' seja madeira que sim peru
!milhas, vor encomendo que prouejaes anote caso como
vos parecer reza?, eme auizeis.
XIII. E as', me dizem que naquella fortalleza lia
ta falte.de artelhalia pellos capita5s deita a terem com-
sumida em suas unos, e porque esta qn¢ixa ha muitos
asnos que dura art ner.ta fortalleza como Dar inaer de,
se ertailo, em que tenho mandado prouer por minhas
proiiiso5s, eultimamente no anuo de 589, vos encomen -
do Muito particularmente as façais dar áexecuça? com
tanto rigor coroa a importancia deste caso •opede, ¢ rne
auiseir nas vias de cada atina do que•neste caro fizer.
der, porque todavia na? poso deixar de receber disprazer
e me auer por mal remido de chegarem estas inforniaço.7.•
queiXaS da érielharia a mini, tendo•eu já oiro prõtlit10

barialiternente, e podendo antes disso ter dado ou Viso


gest/mos. 3,* 293

Ileã e, CrAtternadooss,remedio • •a.:Jita coxim ,M3 ,impor,


tágig atz gegtalltAAldegildula sua obrtguaçaft,,
XIV Egssi,me,esereuem que ominem a meu seruiso
astxsq stásteMn . a (netuileen tie. Sa3gens cjue. está /egoa
e mata daquAfia,,Mdade peita ,muita despesa ..gag .faz,
pot ger ,egfolutedo .que esta. forte I leda lie• moia' roem; e
sa.j. fae„maes, despesa que huã Tanadoslia disque/Ia -eis
dado c[juo,corn p ella mande satisfaser algtida -.pessoas
qtjg.,int • nannern nesse estado, vos eneoutendh quen voe
enformeis ••meAsimitt do que será meu -seruieo. fazer—
..rittlegA 4Mrli.419fe•
lár,-,•5 Asiszez-diz 0..,11.!.ta, :cidade que Zonnem a meu
eacOzarsge • A elis,itaô• do Campo, que tem de or..
neoado“nala do sem midreir alléin da -despem que se
fas,gomos,ptaans,por ,net3ser. npoósário depoislque -mine
ggardag, potztaegobre esta- meteria Mandei/ tomar én—
," .pe.r•que se «dum o menus que a deito cidade
OtLp§t,» x
.
.

apqn, ma• encomendo que cotendeo.doo vós uri escUseis


555 Capilsde,a,despeze que se niso •faz, - auisandorrie
do-que cisa- fizerdes.•
•XV1s E asi,insi pede A ditta cidade aja par bem de
mandar afetersentfaihyota as aldeas que os moradores
della temo. duas. vidas, e que ,andem sempre nome-
".. una ltuágoOpeseort qse responda com o,foro eobri•
guagoãs •fle seus aforamentos, e por ser meteria de non.
sidoraçar. ruaudet—tornar enformsoaõ delia, e me parece
qae áaft neta meu sernimgeonnederlhe o que pedem netos
ia...Menteu .que diss podem resultar, eque •somente
se. lhe pederia3 .in novas uru huã vida quando se acabas—
...mi duna, porque as tIoeseel aforadss e ouuese seruieos
que.° ruereoaó, •mas larebe In-• nisto aos encome,ndo que
ma seeleiS arca ente/n.94 e -purecer.
Anita Cidade de•Daina3 me .esoreue que h3A
dS0 ea,qsas, porque se tomou aquella fortalleza. fui pesa
se f..er asila alfandega que tem por de toam importais.
eia peta .pteg seminu que todos:.as outras etimenedida,
Quetareia tia , porque acudirá a ella todo o.
de t! - trato
comerols .çloyAdo o Iklallatier epunes do_ Sul
294 ASIC9/V0 VOXTVIOMO.ISIISNTAL

gora acode a Cambaia, e que poderá importar orendi.


mento desta alfandegna pera minha fazenda cada sano
cento e cincoenta mil pardáos (porque minto ruam
uni Cambacte aonde tudo isto aguora •acode ) e que
se ateguora isto se naõ pós em effeito foi por estar
aquella fortalleza aberta per muitas partes, mas que já
está deffensauel pera poder resistir aos accidentes Tine
seraõ certos por respeito da perda que. Cambame nista
hade receber, eque será necesario auer alguns usai«
armados qoe corraõ dequella cidade até Dio, sal pera
o que pode subceder como pera obriguar oe nauegantes
air áquella alfandégua; e por eer meteria de tanto coe
sideraçaõ como tereis entendido me pereces, deuer ter
algitas enformaçoès della de pessoas de experiencia des-
sas partes, e posto que por alg,ih
.ts delias tenho entes.

dido que será dióficultoêo intrOduzirse esta alfandegua,


eque poderia por 'lentura lambem ser em perjuizo da
de Dio, eque somente dem, mandar que todos os nas
aios que lcoarem mantimentos ou mercadorias a Cara,
baia os mó- descarreguar na fortalleza de Damaa, por.
que será ocasiaõ pera uirem ahy os mercadores isezi
nhos com suas mercadorias, me pareeeo que me naS
denie de resoluer de todo nesta meteria, nem de Iri'aa
maneira nem de outra, sem nossa reposta, easai outas
por mace men sernieo eometeruola pera della voa idrOT-
soa rdeo muito particullermente, e discorrerdea de mses
perto as dependencias e indiuiduos de tudo isto, e MS
&trinardes asi do que achardes como do que uos parecer
ceereuendomo muito particularmente, eem caso que ze
aja de pór alfandegua em Damaõ, se saõ reeceserios OU
se podem escusar os ustulas armados que dizem que
contista que Ondern natraella costa pera fazerem ZO
Datnaõ os que por ella naaeguarem com mereadoeme
efazendas de qae ajaõ de paguar demitas, e oque To
raõ de custo estes menina, e o que poderá render esta ais
Tandegua, e se terá em perjuizo do rendimento tia els
faedegue de Dio, e ~bem dá de Cimo!, reto tudo 0
reses que entenderdes desta ~teria ds snantire sito
vasercoto

est tteeha tudo declarado quo fiquem respondidas Mdas


as objeçoës claras erecitas delias, peta sem maca outra
dilligencia nem interlocutoria me poder resoluer nisso
como for meta *enriço,

XVIII. A Cidade de Guaa se me queixou que rece-


bi:15 os moradores desse estado em se proceder no •con-
trato que estaua feito do canil muito dana°, e por ser
mataria em que ee "lati intentou nouidade, e que mel.
tos annoe antes csteue contratado, lhe mandei escrenet
fias aias do anuo de 89 que se quietassem nisto e por.
que nas nãos do anuo passado me tornaa a falias nesta
Meteria eapontaõ muitas rezoès em seu fauor e alguas
em que mostraõ que naõ será meu seruiço ir por dientr
este contrato, vos encomendo que os ouçaes neste caso
e ~eis as maca enformaçaës meceearias, e do que uca
parecer me auieeis per. nelle Ihs mandar responde,
como for rexaõ.
XIX. Tombem me requerem que aja por bem que o:
officios de Joie e escrimids dos orfalis daquella eidad/
seja5 prouidos em vida enaõ por tree asnos por algulte
resofis que pera isso apontara:ó, e requerendome o incem°
per cerrar do anuo de 89 lhe mandei responder penas
sias do sono passado vos dessem disto conta, e sai lha
tome a meadas esereuer aguara; peito que vos enc.-
meado que saibaes oque nisto passa, ea que ia lhe foi
respondido por mim ou pelee senhores Reis meus an •
tecesemes, que Deus tem, sobre este partieullar. ao que
sou enformado que se tratou em outros annos.,e de tudo
o que achardes me auleareis. com missa parecer.

XX. E asi me fax lembrança de quanto ineormenientr


he clareasse afidalgos mancebos que uaõ deste Reino a
capitanias das !latrias de minhas ermsrlas setas pritncimu
sentirem nessa partes de soldados pello menos quatro
ou cinco anuas coma sempre se CLI.StUMOU pene 'Iene,
se exercitarem eterem algta experiencta da guerra,
Porque Inc meteria esta de tanta consideraçaõ, como sn
deixa beta ensendery e se cio no deeastre de Naquilo,
290 artemzO•ponzeonaz.ortiarerra,

vats—encomendo ••que neilaatenboee a adoéalérlele que.


mestos mateSia,perle.
•,•XXI. Eu sou inforneado per muitas pessoas que .on
da nenen- dos christads nossos que residem ilesas partes
saô. muito perjudiciaes assi a men sentia° como ao bem
comum de rnetra,uasalOs deltas, e que com seus modos e
intelligencies os 'puem em cerco pera lhes .nafi compra.
reM, suas fazendas 'se noir estes- mesmos da nassa que
lhas atrauesaõ pera as tolerem brdae, e .prine]paimeete
P2fitead, por emes perjudidiaes Francisco: Lopes d'Elnas,.
Jo0,.d'Oliueira 'e seu- irmad, os dose Ximenes, Jarra
Munteito, Rotule Gomos, Martim Yen d'prita, Manoel
de Cea..Simad, Ferreira Poro Martins dê Lishoa,'Ure—
goLip pitõfea..„Efisigue.Lu'is,. Sirriaõ Ltuarcia„que Mu°
mo Conliists, e.,kurique Menden, quê dizem que. bb SOs
brfabo. de Istirn,Juden que agora está em Turquia que
dantéa .Ze Cfiarnaua Aluem Mendez, muito conhecido.
Pello que vos encomendo que vos enformei's se saõ as.
tas pessoas sem porjadioiaéa'como base:4110 Irqrr afron-
tado, eque nesta materts dos christuffs nonas étrinpraea
iaiairamente o 'que lesastes pellas.'InstrueofiS' que vos
rnap4ei dar ; e poste 'elle algdas dentasepessáás, cepos
cialmente os Xemenes, deuern ser resporidenteáidos citei
tratadores dna nuns, pimenta, eannil, tratarei, tle saber
os que per'neehum Caso se podem Esensarpera n•meneo
destes coniratos pêra que soMente•estes fiquem, e os ouras
se mandem pera este Rosno. E porque'e do quelnittee
fie pode precursor que nad procederá como constem lie
fitairiqUe Mentira por cujo sobrinho se que atras ficá
disto, e poderia ser que o tio que t'aq predico ' hd.irms
coimas densas • partes tenha della.. mimos peito Sobrinho,
vos encosinendo•c manam oibicaus embarcas perandeste
Reino nas prunetras naos, porque esbo-cy por meu sst,
nino, e me anisareis da pau em fiuni
'XXII. Per bina carta que me , esereueo o Licenciado
Diag, d'Aiblustrerque. 011tliden geral do erime.nessaopar,
lev,ernendi mimo o Gouernador Planeei de Sousa, Murara
amuem com o PaIguo de Vedor•da .fausáada e -0wridór
TASelCe. 3." 297

geral, eque ficana de caminho pera Omitis com o mes-


mo °arguo de Vedor da fazenda ;e porque por muitas
netos tenho mandado se eseU2e Ijmiavenasse Vedores
da moenda áquellue partes do norte e és do sul onde os
VisoReis e Gouernadores desse estado os mandai,'
cum pequenas ocasioõs" tend o se
,,bem entendido as causas
disto que naõ te necesario especeficarensse, vos enco-
mendo e torno a mandar expressamente que de todo
em todo naõ aja per 'lenha caso'rnacs isto lauto contra Meu
Serniço, e ém tanto damno de minha fasenda sendo a
demonstraçaõ em beneficio della, equando fone necesa-
rio inandarsse acudir a algum caso da justiça por algum '
letrado dos que me seroem nessas partes, bastará ir se-
mente ao caso da justiça cora a ordem conueniente pesa
melhor administracaõ della communicada e aseidada
em Rellaçaõ.
XXIII. Posto que creu q. já • nos tereis enformado
das diferenças que ou. antre Lourenço de Britto eDom
Jorge de Meneses Alferes miár quando lhe foi suceder
na fortallesa de Moçambique, e procedido oiro co m o
entendereis que conninha a meu seruiço, me pareceo
todauta (sendo este caso de tanto eseandalo, e a que se
(ieue acudir como o pede a justiça eo bom goueino)
deneruos mandar que uns informeis de tudo muito par-
ficularrneme, e da culpa elle neslas desauenças °nue,
e se foi de ambos, eem que modo, ou de qual delira,
eque frmaes nisso o que per obrignaçaõ de justiça e
guerno enterderdes que centrem asi por naõ ficar este
caso omisso sem se tratar delle, como peru que a exame
pio deliu nef; aconteçaõ outros ao diante (assi cemo já
tinha acontecido ocaso de entre o nmsmo Alferes mós
eNu. Velho Pereira), pello que coimem' que com o
eaStigtio do metal,' cana ( Se O merecer )ao atalhem
todos, edo que nisto passar efizerdes me aubsareis. •
XXIV. Antonio Fernandes de Ilher casado e morador
em Maitaca, que ,naquella Cidade tem a carguo laser
a, pimenta peru a náo que a olin moio, me escreueo
peitas do sano passado corno depois que se destra. Jia
29
298 arcaico sonliseutá•011EXTÁL

acede á mesma fortalleza muita quantidade de pimen.


ta, eque se se tolhesse aos ellincheos que o hal') fossem
basear a Suada, Patane, Paru, lambia, AndrIgir, e a
outras partes, acudiria équella fortalleza grande cosia
della; e pôr ser mateira esta de consideraçaô, e de que
deueis ter tanta expertencia como das ames sonsas da-
quellas partes, me pareceu men seraiço mandaraollo es-
°moer pesa fazerdes nella o que uirdes que cumpre,
de que me auisareis.
XXV. Com a eheguada da, sias deste atino fui is-
formado que indo. nellas deur./ pera • urdia Fernaá
d'Alures do Oriente se descompusera ein dar 110.9
trocadas destes. Reinos ent perjuizo delles e de meu
serviço, e por tal modo, e cum demonstração de tal
humor, que catou muito espantado .eheguando esta soou.
sas ( por serem publicas e notorms ) ao Ououernador
Manoel de Sonsa emtlinho, esendo de taõ máo exem-
plo pera se deuerem castigar, equando menos mandarsse
o dita:, Ferna3 d'A lures kgm, aeste Reino, naô somente
naô" se fazer isto sendo tai3 ordinario em casos de muito
menos momento, mas antes ocupais, em meu seruiço
e em negocio tanto contra elle edefeso por mim, como
mandato aOrmuz por Vidor da fazenda, que naa urso
ilida que mo stfirrnarai7, que se tini fone seria muito pesa
estranhar. ao dito G uouernador (corno o fizera moeu lar-
gamente secam carta fora pera elle, posto tambern colai
elle falo estando elle ainda nesse guouertut) peito que
nos encomendo e mande que na primeira embarcacsõ
que onuer pera este Reino (águes acua ais o diria Fer-
nat.
)d'Alures procedendo nica per tal modo que em lodo
o caso •nerilla nern auce falta nem dillaçaó- algtla, porque
se outra cousa ouuese (que bem creo que per 'renhir
caso será ) seria peca caio o segun do que o prunetro
• -E
sambem aos encomendo e mando que aueudo outro mal
ima espereis iruos recado meu pesa pordes em &leito
o que agora atando que façaes neste presente; sobre que
ate esereuereis oque fizerdes.
XXVI. Damãi de Xeque Jante sitte imã carta•nas naus
VASCICULO 3. 299

de armo passado aque lhe orando responder corno aonde


pele carta que uai nestas vias, e porque .3 pude ter
enfortnaçaõ de sua quallidade m procedimento, me pa•
resco decenais enojar a mesura carta pera conforme á
que titterdes se lhe dar ou deixar ria dar. E. tal aberta
porque na carta que me escreueo na3 diz o eem nome
nem se pode saber neste Reino como ee chama permear
rimo que selim «moer de dar lhe meuderdee Ore«, nume,
Remita em Lisboa a de :Ulmeiro do UI. (a)
REY.
Miguel de Moura.
Pera o VisoRey.
(No Sosbr.
ascripgq)
Por EIRey.
A Mathias de Albuquerque do seu conselho, seu Vi.
sorrey da ludia.
(2. eia. Livro 3. 9. 430-1.' via 9.133)

79.
Vicerrey amigo°. Eu EIRey vos emnin runiio saudar .
fiar custraçoaa que betastes e em hal carta aninha que
ms esereuo nestas via 5 vos trata rimito perticularmente
dar TfitlittIS deserdeoa com que procedem os Capitaiis
dez fortalezas desse estado tante contra o semi. de Deus
emeu eem dano tio bern comum de meus vasales egrande
perynisodesnas conciencias ehorrtrras, sobre que inandey
Pazser alt(nIts pronisoe's em que particularmente dei...do
que os me. VisoRevs eGouernadores lhe .3 conceitua
elitu que eneontrem as <musas aobreditas e rico...lendas
delas, sobre que cera rnilhor ordem e declaraçaõ de tudo
mareley fezer ale;:ts aremta.nentos pera por eles lime serem
tomad as suas re. sidencias, de que 8« pesou outra minita
proniss.31 e porque será do pouno efeito telas passadas

,En ambas es aia que restam dems Carta ssti eia teaneu
300 Anesnvo .poleroorese-.ons

'sob' se dando ásua deuida execueaõ com se proceder


nela tad ynteiramente corno conuem em efeitos taõ
,Vnportantes e necesareos a hila custando taõ grande em
em que consisre tamanha parte da verdadeira comece.
traçar, desse estado posta em bom e prudente deseurso; que
lie meteria que coinserne cru ey muitas consan edepen-
deneias delas que se deixaõ bera entender de animos
desapaixonados que coei zelo ehrièraõ e homrrado lurai
poderaõ deixar de ver quanto ysto cumpre pera nosso
Senhor ajudar e asistir nas eousas dese gouerno vos
torno de nono aememneodar muito emearecidamente e
a mandar expressamente que façaes goardar os ditas
prouisoés pesa que se comprar', yrnfaliuelmente sem dès-
pensassaid algfia, eadoidará: oChanceler edesenbargadores
da. Relaçad de Goa do que d.cm. faces declarandolhes
que assy somo ey de rer por muito particular seruiço
oque neste caso me fizerem pesa lhes fazer meree, me
ey de auer por mui desseruido de qualquer descuido que
ouuer (o que naõ ereo )para mandar tratar lambem de
seu castigo corno o pede esta maioria que he taõ ym—
portante e •de tanta obrigaçaõ minha. E este Capitulo
lereys estamdo em Relaçaõ aos ditos Chanceler e desfia-
bargadnres, nó fareis registar no liuro do Regimento de-
la ao pé do qual registo se fará bom assolo do dia, mas,
eanuo em que. ema elles fiaessed esta diligencia, e ant.
Irareis nelle e comvosqo todos os ditos ministros que forem
presentes.
11. Manoel de Medeiros Veedot da fazenda da cargas
das néon em Coehitn era hda carta que me escreueo
pelas do atino passado me faz muitas lembranças nas
marchas da iiimenta l e porque sobre elas vos mandey
•dar quando deste Reino partistes haa ynairuçaõ rnuyto
largou, me parecer, que de nono nad tinha que vos dizer
nelas, somente emcomendaruolas tamto como a ynpor —
tanma delas o pede, equè ao dito Manoel de Medeiros
mandeis a copia da dita ynstruçaü pesa conforme 'a ela
proeetier nestas rnaterias, e vos lembrar nelas o que for ,
necesareo com ernformaçaõ do qué passar em Cochilo,
1
,18CICOLO 3. 301

eentender do procedimento delRey. E porque elle lam-


bem me esereue que pera beneficio da cargua da pi•
menta ea trazerem os mercadores ao penso he de muita
ynportancie serem fauorecidos e bem tratados d'ElRey
de Cochim; e ordenar ele como se atalhe eyrnpida le•
=liso esta pimenta pela Serra em bois, me pareceu que
alem de muito partieularmenle lhe ter encorrieudado esta
meteria da pimenta em ha carta que lhe Içando coara-
ore nas vias deste rase, vos denia lambem encomendar
que partinularniente lhe estreante sobre tudo yeiosioifiela•
Milhe aobriguaçari que tem para e fazer, eo muito mija-
tentamento que disso receberey, e me auisereys do que
nesta meteria fizer, eestiuer feito de vossa parte edestila.
III. O Arcebispo de Goa Doia Medieiur me esereUeo
nas nãos do anno passado algiles cartas aque lhe mane
do responder, e porque por pessoas que deães partes
vieraiii, eassy per cartas de outras tine einformaçati que
por sua muita idade o yndesposiçoês nal; podia acudir a
algfias desordena que se cornetim-5pelos clerigos e se-
culares de seu arcebispado, e fezemdoseme lembrança
que seria aerifico de Deos protierse em outrem a dita
prelazia, me pareceu eincomendaruos me auiseis muito
particalarmente de seu procedimento, e entendendo nós
que he assy como se me tem certificado, o nades des.
pondo per modo cornueniente e suai. pera que queira
renueiar nas maZis do Santo Padre o dito arcebispddo
e recolhdrse com algfia porçaõ comoda, pois per sua
idade mai padeci uir pera este Reino, e sendo ne—
cessario ter peasoa coinsigo das letras e partes que com-
!~ pera lhe ajudar a gonernar o arcebispado, lhe per-
suadaes lambem eprocureys que anima com ele, .e que
nestas uaos seja contente de emuiar a dita renuciacefi
com cartas nuas pera o Santo Padre e pera mim sos
bre esta meteria.
IV. O dito Arcebispo eo Cabido da See de Goa me
eniuiaraõ huns apontamentos de afguão colmas que reque-
rem, eporque entre elas tratei"' da fabrica das ygreias do dita
areebtapadO em que tenho,prouldo bastantemeute nas vime

0
302 ÁRCHIVO POLTUODUZ•elt1111,61,

do anno de 89 oque pot ela tereis visto,.voe encomende


aexecuçaid disso essy rue pedemilicencs peta pode.
rem laurar na moeda da ribeira de Goa mil quintaes de
cobre, e que lha antecipe huã viagem da China qde
sem que teta pera as obras daqu el a Srie, e cai- omiti por

men seruiço deferirlhe nem a Imã cem a outra, por oc3


poder ser enteei poroso adita viagem em per¡rilaodoé pau.
rides. e ter defendido per fitinha prouisaã que sê na&
leme abam outra cobre sen./ per conta de entuba fai
lenda pelos }inconvenientes que dissb. 'enfitai:, como sa-
beis. E assy me apontai que as !greiae daquele areebis-
pado se deuem corar esi atue per Cio igos e .0 per os-
tros Religiossos, e porque ruo informado que atiçara se
administraraii. as ygreies de toda aIlha de Goa assy peles
Reiigiossoe da Companhia corno pelos mais Religiosos
frades desbas partes que as tern repartidas entre sy pele
Palra que setnpre ha nesse estado de bastante numero de
Clerisos suficientes, ese acharem nesie Reino com muita
pera yrem a ele. vos erneornendo que prati-
quei, esta meteria carona 111.1110 Arcebispo e a compo-
abaclaorn ele, edo que ambos a-estardes me some. a
pero o ver e vos mandar escr. e r o que ouuer por mais
meo seiruiço. E pureue lambe m soe informado que os
Religiosos que residtm nootue ygreius tem nelas rneyri-
niice e troncos ¡untados em que metem os criei/Cãs ria
terra que se comuertem a mie s, santa fee, de que rede !.
lati muitos incomnenientes, o que o Conde d'Atongla
que foi VieoRey desse estado proibia per Meã sua proui-
sua feita ern 16 de Março de 79, encomendouoe que a
reptes e deis ordem conto estes Religiosos .2 usem
1111111a dos ditos troneon e sei castiguem os rdelltos destes
crielaãs da tertn gela via ordioaria a que direitamente
perteuce. E porque em hum dos dit. apontamentos 86
queixar> que par ar Religiosos dessas partes comprarem
muitas fazendas do que resulta yremsé desfrautlando os
disirnos que pertencem no Mestrado da Ordem de Nosso.
Senhor Jesn Christo.ordenereys corn que ec no execil—
.3 imã minha .poutee.61. que ora pasci sobre esta ma-
rssounno 3? 303

teria que tray sentas vias, eque o ProePrador de minha


fazenda assas partes rotineira a justiça que entendei
que ela tern neste psrticular perante a pessoa que o Com•
seroados geral dos Mestrados deste Reino nomea nessas
partes em bus sua comisad que vay nestas vias. E tom-
bem pede o dito Arcebispo- se lhe enoje deste Reino
Iam mestre de obras de pedraria pera se acabar a See
de Goa, oque se pode escusar por ser imfbrinado que
nessas pastes aluda hum mestre de obras que se aba-
na Antonio Argueiros que ha muitos armo, que. reside
nelas, ehum -mestre Sirriaõ lá incido q. foi mestre das
abras da casa nous da CompanIna, pelo que vos erneu•
meado que para se acabar a dita Ser lhe ordeneis hm",
dos sobreditos mesims ou outra pessoa suficiente na ar.
quitetura, que possa correr mu a obra dela e a ponha
aa. perfeiçari que consoem, pois ha tantos anuns que dura.
V.0 dito Arcebispo me escreue sobre seus pagamentos
e dos meoistros ecicsiasricos de seu arcebispado e por-
que o Sen hor Rey Dom Sebastiad 'meu Sobrinho, que
Deus sem, lhos tinha mandado tunisinas nas rendas de
Bardes e nos dirlinos da ylha de Goa por suas prouisolts,
que Co entoe par bern de eonlirmar, vos emeornendo que
lias faeaes goardar inteiramente, eem caso que ndti tas
lesem no Arcebispo Dois Mateus,,». 1 fogem dadas Cele
iirnitaçai3 de aunou que já fossem acabados, vos infor-
Mareia de tudo isto e rn0 auisareys, e eia quanto vos
baú- mandar escreuer o que nesta 'bateria hey por men
seruiçO ee lhe pardas.'" as ditas prouls.'s e averad por
eles ~a pagarrientoe na:, ditas rendas de Bardes. Escrita
eis Lisboa aoito de feuereiro de M. D. nouenta • Mon.
REV.
Miguel de 111,ura.
Pesa e Viso Rey.

(No sobresofipto )
Pot E/Rey.-'-A Mathias de Albuquerque do seu Con-
seu Visorrey da judia.
(2.. ria Livro 2.• 98--4? via fl. 102).
304 acesso pORTtnruee-OKIENTAL

80.
Visorrey arrliguo. Eu EIRey vos anulo muito sendas.
Venda e considerando a grande quantidade de merece
do cunhe roque os VisoReia e Guouernadores desse esta.
tio fazem em meu nome de pomos annos acala parte no
tempo de urus gouernos com desordenada largueza afi-
dalgo, e a outras pessoas que anda0 atuas partes aliem
dos uinte mil cruzados que pefa citas lhe tenho concedido
e limitado cada anca, excedendo niso o modo de tal ma-
neira que passal') todos os limites da rezati e do bom
galerno, de que se seguem grandea danos e inconueni.
entes a meti seruiço e ao bem do mesmo estado, e fi•
ca minha fazenda limai imposaibilitada peta poder a.
curtir á, armadas necesarias pera conseruaçati e deffen-
çati deite .
,e se toma a de mesa uasallos por causa desta
lati perjudicial desordem pera prouirnento da, dittas ar.
martas e marras colfsaa de meu aeruiço, porqne (segundo
tenho sabido )he bastante o rendimento do estado tratan.
doer emn ordefs de se beneficiar, arrecadar, e despen-
der como deue ser, ouse por meta eeruiço por todos es.
les respeitos e pellos maes que deites se podem inferir,
mandar pasmar Mn). prouisati relha geai ey por bera e
mando que da ebegnada destas sim aessas partes em
diante nenhum VisoRey nem Gosernador defiaa possa
de,pender nas dittas tnerçes de dinheiro que fizer em
Men noras per qualquer via e modo que seja mata que
trinta mil cruzados rine lhe hora concedo e limito cada
anno posto que aja poucos anima que lhe ameseent0
oito mil cruzados aliem dos doze que até entati smsea.
te lhe eraticoncedidm, elato pesa os dittos vinte mil cru-
zado, entrarem na contia dos trinta que lhe hora Rotim
(lima os nati exeederem eto cada hum antro per nenhum
cano que seja como ditto bem sob pena de st auer peita
fazenda do tal Visorrey e Gonernador tudo aquillo que
Maca despender nas tara [seroes aliem dos diaas trinta
mil cruzados, como tudo largamente he declarado na
eflua primiesti que uay nestas vias, e uai/ ha mandei
resomemo 3, 305

passar maes cedo esperando que °mim emenda nas


desordens que nisto nutre nos annos atras, mar entendendo
com acheguada das [Mos do asno passado que hya es
cresimento (de que me ouue por tatu dessorando que nu
culpa passada mando prouer per outra via 1me pareceu
que na3 &aninha dillatar maes o remedio de httã ruO gran•
cle desordem e tara prejudicial ameu serniço, e que posto
que deva crer que enr,uoso tempo a uni) aneria ebastaria
para isso' entenderdes que aliem de .3 poderdes pais
sar o limite da concessaõ dos ninte min cruzados cada
sana, uns obrigauaõ nimbem as outras rezo& de gouer-
na ebom exemplo que conuinha que deixassela a asnas
subcessores, que todauya a vós ea elles notruiria tor-
naraon a declarar minha tençari e mandado pella tinta
amainei, eque posto que a desordem passada requeresse
estreitar antes a comissa3 dos uinte mil cruzados (de
cuyo acrescentamento se taõ mul usou ) eine fazer agora
logo outro acrescentamento ouai) deuia suspender peru
narro 'empo pois esta culpa naii era do trono, e .1
Soado nisto tanto respeito a urro fazer merco conto a
outros que me s isso tormerar3, o arme asi por meu
seruiço, euos encomendo e mando que de tal manei ra
&mitrara a dita amaine,- sem outra interpretaça3 alguã
que não somente se faça assi mei inteiramente como o
deueis á particular confiança que de vós tenho, mas que
nado no modo deixeis tal exemplo a consoa sucesores
que inda que na3 ousem esta minha defesa os padece
o mesmo exemplo obrignar á consilieraçaõ de quanto
maes colmem ao bom gouerno desse estado e a suas
consciencias e honra terem dinheiro pera os aceidentes
substanciare que pera o darem pera cousas em que se
elle taei mal despende, &aportando tambein maca (inda
que odinheiro se naõ ouuera mister pera o qite se elle
deue poupar) tirarem enes os homens de gastos infructu-
atos eque os incitaõ amana costumes que socorreiou ein
suas neeesidades, que quando naei forem fingidas nem
superfluas se podem bem suprir com as <limos trinta mil
reatados, easi o poreis em pratica e exemplo pera que
311
306 ARCIliVO YORTUOUS.Q121ENTAG,

o fique de sós nisto como das outras cotia« de que capa.


co que odeixeis. Escrita em Lisboa a 16 de feuereiro de
591.
REV.
Miguel de Moura.
Pesa o Visorrey-4.' via.
(No Sobesseripto)
Por EIRey.
A Mathias de Albuquerque do seu conselho, e seu
Visorrey da India-2.' via (sia)

(Livro 2.* fl. 72)


81.
VieoRey amigo. Eu EIRey voe emulo muito saudar.
Nestas vias vos escreuo sobre todas as meterias de meu
seruiço como por elas vereis, eesta carta será pera vos
dizer que folgey muito de entender pellas vossas da
paragem da Ilha da Madeira e da linha quaa bem
biela nauegado, como tombem depois osoube per hum
nauio do Brasil que partio daqui em mossa companhia,
e vos deixou ao mar daquela costa a tempo ede ma.
seira que se pode crer que com .ajuda de Deos chega.
reis a essas partes quasy ao tempo ordinario das usos
que leuall boa uiagem, easey quererá elle que seja, eque
este anuo me emuiareis tal boas nouas de vós e de tudo
cotno as espero, enestas Moas vaa as muniço3s couaas
de que tendes feito lembrança que uereia por haa folha
delas feita pello Prouedor eolficiaes de meus almaxena.
Escrita. em Lysboa a 16 de feuereiro de 1591.

I'. S.
Inda que arco de vós que sem vos escreuer sobre
esta mataria naa deixareis de comprir nalla com cmsa
obrigam«, em meu SerlliÇO, me pareceu tOdallia 8(11. ,
tiruos della encornendandouos que cosesses com Elle,'
de Ormuz no modo que coimem, esquecendouoa de
couces passada, de guando senuestes por Capica5 ca.
rasercesto 3? 307

quelle Postulara, elembrandouos do que deu eis a meu


VisoRey desse atado, eque com a mudaeça dos carre-
gos se, mudai, sambem ao colmas e a °Migam.") delias,
posto que ern todo tempo e lugar naa deixa cila de ser
em sastancia bisa mesma igoal pesa tudo. E folgarey
de me«esertuerdes oque nisto fizerdes.
REY.
Miguel de Moura.
Pesa o VisoRey Mathias de Albuquerque.
(No Sobreseripto )
Por EIRey.
A Mutilas de Albuquerque do seu eonsefho, e seu
Viaormy da Bulia.
(4? via Livro 2? II. 90-2? via fi. 92 )

82.
Honrado Visorrey arniguo. Ieda que depois que de
cá partisses me desse muito cuidado a coage narrei- jun.-
çaa, mormente sendo arribadas as quatro sãos das cin-
co de uosa armada (como volto escreuy peitos cantos que
foraa no instem° ) todauia entendendo que a causa da
arribada foi mace culpa. dos Capitaas e officiaes das
'leoa (com os quees se procede° como conninha ) que
outra cousa, bem entendi que naa podia auer esta falta
na aos* Irá° indo vós nella, e bem se confirmou isto de-,
pois com as nonas que deu da cosa boa naneguaçaõ hum
nauio do Brasil que foy era cosa companhia até aquella
costa onde vos deixou ao mar delia a temoo e de ma.
mira que prazendo a Deo, fadeis tem .boa Mugem
como nelle espero, e o mesmo me tinha tombem já pa-
reMdo com o que da linha me esereuestes que folguei
muito de nes, eem quanto Ima tenho outras cartas cos-
es , que quererá Pene que sejaa de cosa boa cheguada
st essas partes com tad bom prirncipio nas cousas de
coesa obrigtmeaa como dezeio ) naa se offereee mace
que aignifientuon este men, e temeterme ás vias destas
308 All01111. ••IIIMITÁL

nnos em que ueréis oque rEIRey meta Senhor por cilas


vos manda escrener com tanta confiança em vós como
be acom que •vos enojou a essas partes onde tenho por
certo lhe façaes toes seruiços que com eller respondam
atato tem particular confiança, dos quaes (alem do prin•
eilud que lie o(me conuem o erre estado ) receberei eu
grande contentamento de serem feitos por vos e terdes
com eller atoes merecimento ante Sua 5Iagestade, enesta
anstancia vos ey por ditto tudo o que vos pudera onere-
ner com moeu pallanras. Nau. ro Senhor vos aja em sua
guarda. De Lisboa a 19 de feuereiro de 591.
O CARDEAL.
Pero o Visorrey-2. via.
( No sobrescripto )
Ao honrado Mathyas de Albuquerque tio conselho
delRey meu Senhor, e sen VisoRey do India.-2. • via.
Livro 2.* fl. 94 )

83.
Viso Rey amiguo. Eu EIRey vos enojo muito saudar.
Sou enformado que depois de ter mandado nas aias
do asno de 89 que na Rellaçoel de Gnon se detre•
minasse aduuida que sitia entre o meu procurador e os
foreiros de Boçaim sobre os cinco !afins que lhe man•
iauai pugnar conforme as sentenças que neste caso es-
lana," dadas em fauor de minha fazenda, eque se guar•
dosem as que eraõ posadas em cousa julgando, e que
pedindose jiello dito meu procurador que judicialmente
re resoluese este negocio se concertou com alies o Gouer-
andor Manoel de Sousa peraque pugnarem quatro larins
e oro, o que oditto procurador reLlitmou ( protestando
attlì consentir no ditto conserto ) que me pareceo bem,
pello que voe encomendo ernando que uejoes esta mo-
teria em Relaçaõ ou com alguns desembargadores delta,
e façoes rasto oque vos parecer justiça ouuindo no caso
ditto meu procurador.
...mento 3.' 309

II. Tambem eoube• como depois de ter panado hfia


minha prouisaõ pera es naô paguar dinheiro nenhum
á conta do que EIRey de Ceillad dezia que emprestara
no Visorrey Dom Affonso de Noronha por Sei pago de
minha fazenda grandes comias deite que oditm Rey com
muita largue« , deu a per,oas de muitos annos aesta par.
te sem se fazer deelaraçaô algRa da contia do tal em-
prestimo, edo que era pago á nonta delle de maneira
,que se paguaraô muitas confia, contra forma da ditta pra.
nisaô com ee dizer que a prohibiçaô dos tara pág..
mentos .se entendia do dinheiro que se emprestára ao
Visorrey Dom Afonso, e,naír do que dantes dieo catana
emprestado, pello que fiou encomendo e mando muito
errearecidamente que nenhum dinheiro desta quallidade
em qualquer tempo que fosse emprestado a minha fazenda
se pague a nenhaa pessoa a que o difiro Rey de Ceillaõ o
doer dado eao diante der, efaça« inteiramente com prir a
ditta prouisaõ eoutra que, uai nestas ui« que mandei panar
sobre esta declaraçaR econforme a cila faça« arrecadar
lego com «feito esem dilaçaõ algila todo o dinheiro que
te pagou depoisda dita proulsaô ser cheguada a«as par.
teu das peeeoas que o receberah, e me aui«is da. «mia
que achardes que foi pague depois da ditta prouiseó e
da que se arrecadar.
III. E asi sou enformado que os contratadores do aludi
defraudai,' a minha,fazenda em cada hum anuo perto de
uinte, mil pardaos por naô pagarem nas alfandeguas
desas partes mace de hum demito de entrada deuen.
do doas do ditto annil, eque com disimullaçaõ deste con-
trato trazem outra, muitas fazendas como se forem da
obriguaçaõ dell«, e de que tambem rtaô pagnauaõ da.
reit« da aaida, sendo as mercadorias de pesoas particulla•
1,8 deste Reino de que saô respondentes, o que tudo he
em muito perjuizo de minha fazenda por serem oiiri; e.
dos por bem do mesmo contrato a pugnarem ambos 'es.
tes dereitoe, peno gee vos encomendo naa' consintaes
que daq'tai em diante deixem de paguar o direito da rfli•
da asi do ditta aludi como de ,qualquer outra fazenda
310 1000116 POZTIfiraltV0a1131PUL

que trouxerem, pois pella forma do contrato daõ abri.


guados a pagar estes dons dereitos, e deis tal ordem
asi per prouisoffs uossas como enearreguandoe
lesmem° aos officiaes a que pertencer que se tire par
isto de maneira que aja effeito.
IV. E porque sambem sou enformado que se passef
muitas portarias de mester que os Visorreis eGanes..
dores desse estado fazem per differentes pessoas que nall
sadi os menistros per quem deuem passar, de que rasem
muttao duuidas eenganos que result. em muita perda
de minha fazenda aliem da descencia e desordem da
mesma meteria, vos encomendo e mando que daqui em
diante vós eUOSOS SUCOSOMS as naõ mandeis passar senuo
peitos officiaes aque pertencer, e o recriado deste Capi-
tulo terá oSecretario do estado no hum das lembranças
que nesse diante de vós.
V. E porque he de muito inconueniente darense aosi
capitaõs mimes e capitsõs das !Mos deste Reino á toma-
Magem todos os guazalhados que nellas se podem dar
per conta de minha fazenda, tendo elles os seus ardi-
sarjas nas mesmas na. que °elidem, vos encomendo e
mando que daqui em diante se, na3 dem os taes
lhados, e fiquem pera se repartirem palias pesoas que
nessas partes me remem, e com minha licença se vem
pesa este Reino, porque quasi sempre acontece compra-
rense per conta de minha fazenda pera este effeito; e
inda que asi naõ fora, naõ colmem intemluçoffs nonas em
quaesquer causas que forem que naõ tem depois por sy
maes reurli que ado Custamo, que muito se dono militar.
VI. E porque sambem sou enformado que de se nali
guardarem os contratos que se fazem netas partes com
minha fazenda resulta face trate grandes quitas do que
delles se hade pagar, e cansem atalharte a iso pella
perdo que elle siso resebe, epellos maes incomienientes
da meteria, vos encomendo os façaes guardar inteira-
mente, e que antes que se façaõ precedaõ primeiro todas
as consideraçoffs e preaençofie que forem necesatils.
VII. E posto que por minhas Instrapnee •proaiwee
, U.M 0 3.• 311
rabo dado ordem pera se euitarem os grandes danos e
conluios que atégora onze nos pagamentos da matricula
desse partes em tanto prejuizo de minha fazenda e da
consciencia dos interessados nellee, naõ somente se dá
áexecuçaõ isto, mas entes sou enformado que se bus-
caõ nonos modos de desordens na mesma meteria man-
dando os Visorreis eGouernadores dese estado fazer
nencimentos de soldos a quem OS Mb" tem pera depois
lhe fazerem •delles merece (cousa que mal es pode crer ),
pello que vos encomendo e mando que muito preci-
samente façam s guardar o que sobre esta meteria tenho
mandado, eque daqui em diante se tiú( faça maes Ima
tal cousa que bem se deixa entender o que he eo nome
que tem.
VIII. Soube sambem que nas partes do norte andaõ
muitas terras foreiras a minha fazenda de arrendamen-
to, eoutras dadas emfateosim pera sempre con1 fóros
muito pequenos contra forma de meus regimentos, do
que resulta aueremnas as percute que as trazem por
tanto suas rine nem os fóros delias querem paguar, de
que s• pode seguir soneguarensse e perpetuarense na
posse deltas de maneira que seja depois muito dificul.
toso requererse contra elles justiça; e por isto ser mete-
ria de tanta consideraçaõ corno tereis entendido, vos eu.
comendo e mando que ordeneis como se faça tombo de
'todas as aldeac, terras, e propriedades foreiras a mi-
nha fazenda, e que todas se aforem eredusaõ aos ato.
tomentos que conforme a meus regimentos se podem
fazer, uereficandose todas as aldeas e terras que andarem
soneguadas e sem titulos ordinarids, pera o que orde-
nareis que oLicenciado Simaõ Pereira, Procurador de
minha fazenda cose estado, ou qualquer outro desem-
bargador que nos parecer maca conveniente, vá fazer es-
ta dilligencia aqual faceta acabar de todo mandando ver
os fomes eregimentos que sobre isso saõ passados, ou-
desando hum liuro de tombo em que estas aldeas e
propiedades se lancem com todas as confrontações ne-
cesarias, e pesoas que as trazem, e féros que delias se
312 secarre .porrueozz•oalarrAi.

paguaa, como rases larguamente se contem em hiA mi.


aba pronisaA que uai nestas aias. E porque muitas seres
tenho manidado que se naõ isolem Vedores da fazes.
da ás fortallezas do ton., e a contras desse estado de
que naôresulta a meu oerniço nenhum, senaõ fazerensse
nonas despenas a minha fazenda, e hora sou enformado
que naet somente se mandai,' estes Vedores da fazenda
mas juntamente °nublares geraes com nonas ordenados,
arrendo nas mesmas fortallezas Outtidares letrados, vos
encomendo que de todo euiteis esta tamanha desordem
dando .vós nisto exemplo a nonos subcesores,
IX. E porque ey por de muito inconueniente a meu
«mico efazenda pasarensse mandados peitos Visorreys
e (-tonernadores desse estado per que derroguaa meus
regimentos e prouisoôs, vos encomendo noa daqui em
diante se !mó" passem; sobre o que teabo mandada pra.
uer per huã minKa proulsaa que uay nestas vias que
guardareis inteiramente como asila .se contem.
X. E. porque sou enformado que oGonernador Manoel
de Sonsa tratou .de se paras á casa da Rellaçaõ fóra do
aposento dos Visorreys e Gouernadores desse estado, o
que naôtey por meu serniço pellos inconuenienies que
disn podem minhas, vos encomendo e mando que per
nenhum caso se mude do Jaguar em que sempre este:
ne,e era easo que quando esta uns for dada se tenha
feito nista alguà mudança, a fareis logo mudar ao Itr
gar donde dantes estaua.
XI. E asi vou enformado que o mayor rendimento
que minhas alfandeguas dessas partes tem he das fa-
zendas que sem da China edo Sul, e rine pello ouro asse
estado se regular como fazenda proueo o Conde d'Atou-
guia sendo Visorrey. que do que uiese da China se
paguasem demito, na alfandega de Maluca por estar
em costume antigo pagarense do que a ella uinha de
álnnaitcabo e de outras partes antes que viese da
China. e que nesta posse esteue minha fazenda, eque
hora a requerimento dos officiaes da Camara da Cidade
de Manam se pasára huà prouisaii para se naõ pugnar
Faserctmo•3.' 313

rem estes dereitos, e•.pelin meu Procurador desces pe-


ses acudir siso p ' fionernedor Manoel de Sonsa
outra prouisa0 per que reuogára a que estaca passada
uma se na," pagarem as taes <lereis., eque se os rh!v.
tos officiaes pretendia ter justiça a requererem
nariamente, epor se ter entendido rp, libertando, doe
dittos derffitos o ouro d. China nari traraCi i» mística.
dores outras fazendas de que paguem dereitos, esomes-
te trarad oditto ouro, eque tu aba fazenda recebera no.
tonel perda, vos encomendo que no que toca ao duro da
China e maca partes que stern a Maitaca de nad
noue cousa alguma, e pague os dereitos corno dentes
se fazia e que no que um', de Monaficabotrateie se
com o libertarem dos dereitos tornará a ais á Élira for.
murta como dantes ffinba, e o deigarafi ira Menaaoss.
boa de leuar ao DacheÉn • muno sou enformado que ho•
ra fazem, pera que em hul cousa eoutra deis aordem,
que entenderdes que nues eonuem g men *enliço, edo
que nesta meteria ordenardes me auisareis.
XII. Na quarta Instruça0 que 'miastes vos mandei
declame corno ri Gouernador Manoel de deusa me es.
cremem que tinha asentralo com Sirnad de unto que isya
entrar na fortsdleaa de Ceibffi que desse per contrato e
rainha fazenda a terça parte de toda a concita rine fi•
zeese em cada hum armo que sernise a titia Capitania
core eondiça0 que uiese este terço com a,maes eanella
deite capitai"; a Demitiru pera se entregar a inau feitor
daquella Cidade peru do procedido dela se prover a
fortalleaa de Columbo sern per nenhum elle se deepen•
der em outra cousa por precisa que "fosse, e porque
sou enformado que algul canella que se recolhe° •desse
cootracto se deu g pessoas sem se" uender peru proni-
, me"outte
mento da por
ditamal
fortadleza
seruido,
como
vos encomendo
estaca asentaffi,
e menti,,
de siso
gol,

eumpraes o que vos sobre esta maioria tenho manda.


do peita dita Instruçad, como •reo que tereis feiro, e
,que medrar. 9 eVra0 se fuça orçamento do que pode ira.
portar em cada liem anuo o terco deita carrile pena

40
S14 ARCNITO TOOTV•VansORILS11,1.

minha fazenda, e trateis se será mace coruta niente pera


elle darem eates Capitaês antes Imã cousa acesa cada
anno que este terço, e do que nisto aos parecer rae
sareis com as reza& que pera -iso ouuer.
XIII. E asi sou enformado que os Visorreis eGamem
nadores desse estado perdoaõ com muita facillidade
muitos casos de morte e degredos perpetuos contra for.
ma de minhas ordenaçoõs e do Regimento que mau.
dei dar á Rellaçaõ de Guoa, e porque huã das maes
princIpaes obrigaçoês que tendes sete gouerno he a
guarda e inteireza (a) com que doeria proceder em to.
tias as meterias da justiça, porque destes largues per—
doas procede naõ auer emenda nenhuã em casos mui-
to atrozes que se cometem notar partes, vos encomendo
e encarregue( de acuo muito encarecidamente façaes nis—
to o que de más espero etenho por certo.
XIV. Posto que por minhas carias tenho mandado
que se naõ laure a moeda de Xerafins de que atégora
se usou setas partes com ligue nem sem elle pelico,
grandes danos que diso resultaõ a meias vasallos desse
estado, sou enformado que o Gouernador Manoel de
Sousa sem embargo dessa defeza os mandou lacrar to-
mando por ocasima as necesidades do mesmo estado (naõ
se lembrando delias pera no mesmo tempo deixar de
fazer tom excesivas e desordenadas merece como fez
peito que de nouo vos encomendo emando que per nen
caso que seja se naõ Morem mais os taes Xerafins
com ligue nem sem elle, como o tenho mandado.
Xy. E porque nas cartas que tias pellas náce do as.
no passado me foral,' feitas muitas queixas de os Visor-
reys e.Gouernadores desse estado naõ deixarem fazer as
elleiçoês doe Vereadores da Cidade de Guoa e dos mace
°Meiaea do regimento della pelo pouo senis sempre»
custumou, e se fazerem conforme a uontade dos mes•
mos Visorreys e Goumnadores, de que naus muito escr.-

(a) Assim vate; maa sem dorida dere ler-see= agrau& WS,-

rena=
Tamen.° 2.. 215

daio, vos encomendo que deixeis liuremente fazer as dit-


tas elleiçoès conforme como sempre se fizeraõ.
XVI. Eu mandei nas vias do anno de 89 que o feito
per que Xeque Joette pretendia asucesaiii do Reino de
Ormuz se uise peitos desembargadores dá Reltaçall de
Gana, e me enuiasem as tençoês que nelle dessem por
escrito por vias pera as mandar ver e se pronunciar no
ditto feito corno fase justiça por ser materia de tanta
importancia como, tereis entendido; e porque se rue naõ
buliria o ditto feito com as dunas tençoès penas néon do
anuo posado em que mmera de uir, vos encomendo e
mando que se naõ uier nas deste anuo mo inuieis com
as dirias tençoès nas primeiras néon que pesa este Rei-
no vierem; e asi corno be rezaõ que se castiguem os
menistros da justiça que se descuidarem de suas obrigua-
çoès ..vos deueis tambem lembrar de fauorecer os que
procedem nella com uerdade e inteireza, e aos ey por
encomendado seu'bom tratamento, corno confio que Ia-
reis, eque onçaes o Licenciado Simaõ Pereira nas emi-
tias de que lhe mando vos faça lembrança. Escrita. em
Liaboa a, 22 de feuereiro de 591.
REY.
Miguel de 1VIoura.
Para o Visorrey.
(1
,1:o Sobrescripto )
Por EIRey.
A Mathias d'Albnquerque do seu conselho, eseu Vi-
vorey da India.
(2.• via Livro V fl. 474-4.' via Livro dito fl. 480)

84.
VisoRey amiguo. Eu EIRey vos emulo muito saudar.
Pelas caos que o ano passado Viera?, dessas partes me
escreueo o Gouernador Manoel de Sousa Coutinho como
tios nati soer em minha fazenda doze mil pardáos que
316 naemvO ,01i14.7.•ORIE}ITAL

era& oecestreos pera compra das mercadorias que com.


forme a meus Regimentoa ae auiaô'de nas for-
talezas de 8ofela e ItIoçaéltique Per conra,dela, contra•
tora os reagemes daquelas fortalezas com Jeronimo dei.
Rio por tempo de eirrmo annos com obriguaçair que pe..
guria em cada hum deles a minha fazenda setenta e
alugo cru pardáos como o oy pela copia do contrato
que fez.; eporque naé .tinha licença minha pera o fazer
nem contratar os ditos resgates, esomente rinha man•
dado ao Visorrey Dom Duarte de Meneses, que D.º
perdoe, em corta de 12 de fenereiro de 87 que até eu
net" mandar !ornar resoluçal7 na' cornquista das minas
Manamotapa ou no trato dos reagnates daquelas
formlezas se goardaaem os Regimentos delas, que dl'
Rey Dom ie.- meu aenhor; que Deus teta, mandou dar
aVicente Peguado que foi Capitar- ,delas, pera contforme
a eles ar resguara'aem as mercadorias que per conta de
acanha fazemda se demi.- reaguatar; e vemdo Lambem
que b dito contrato nal/ he proveitossu aminha fazenda
mas antes em grande dano dela pela forma e. condo
çoi.ta com que se fez; hey por bem e vos mando que tanto
que esta vos for dada seri aja efeito o dito contrato, nem
se usse mais dele, edeixeis seruir os capitaês prouidos
daquelas fortalezar .na forma e modo em que megera as
»ruir." seus antecesbrea, nal,- mandando eu antes disso
o contraiu', e vos encomendo que loguo veiaes com per.
11.048 de experieucia destra partos e rnenistros de minha

fazenda delas a que pertencer tódos os ditos Regimentos


dadoe aquelas fortalezas, que deuem estar registados nos
liuros da fazenda e contos de Goza que tratem- desta
meteria, eatrateis com todos mui particularmente, ese
dono mandar acrescentar ou dernenuir algum scousas nor
ditos Regimentos, e dos incomvenientes que sobre eles
PC oferecerem, de que me einuiareys - nestas nelas' hué
releça3 muito particular 'enITI• vosso pareeór e o tresleria
doe mesmos Regimentos pera a (ar e vos mandal escreuer
o que mures por mais meu •aeruiço que se faça em roda
'ate meteria, na qual procedereis como vedem que a
PASCICUI. 3. 317

importanoia dela o pede, eeu de vos confio. Escrita em


Lisboa a 20 de Março de M. D. ',munia ehum.
O CARDEAL.
Pera o VisoRey.
(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Matinas de Albuquerque do seu conselho, e reli Vi-
soRey da Ilidia.
(2.' via Livro 2.* fl. 84-4.' via Livro dito fl. 02)

85.
Visorrey amigo. Eu EIRey vos sacio mapa saudar.
Tine á ¡mucos dias aviso que era Ymglaterra se fazie3
prestes algas nauios com fundamento de yr á. ylba de
Santa Viena esperar as nríos que dessas partes vem pera
este Rei.; eporem materia de tanta consideram() como
vedes, e em que se representai)" muitas ilifieuldade« e
yoconuinientes asy em tomarem as nãos esta ylha pelo
risco que podem correr em caso que achem aqueles m-
aios seita, como peito dano que receheriaõ cru a na0
tomar, lie necessareo resoluça3 no que porosa for de ~-
aos yaconuiniènte que segundo tenho entendido (pela
prariea desta materia, discurso, e comfereincca dos avi.
ees della )será mandar que estas náos naõ tornem Santa
'Hena, e ordenardes como oco tal sai, bem prouidas de
agoa que o possa3 escusar seio a falta que tens na nána
que anair tom.. E por ser cousa.ern que conuern tersa
muito segredo, me pareceo que nari conuinha mandallo
declarar aqui ao Capitai', más e capitula desta armada,
nem famrse ...Aça nas instruçoês particulares que je:
inibi que trai ad do modo era que vir. demandar aquell,a
ylha, eque seria milho.; deolarardeslhe vos o que Mato
agora ordeno, e.dardeslhe est. as cartas que lhe man-
do escreuer q. va3 com cala, pelo que vos enconien•
da que tanto que 1,08 fui dada façais logo coar elles es.
318 ARCHIVO PORROODEZ•ORIENTAL

te officio, elhe deis as ditas cartas, e mandeis ao Verdor


da fazenda da carga das Mios lhe faça meter aagoa e
mantimentos necesairos para toda a viagem com este
intento de naõ averem de fazer aguada em Santa Y.
Dna nem ern outra alguã parte, e que tome para ysso
outros lugares em que venha adita aguoa alem desurdi.
arreios, peraque .as ditas 'Dos venhaõ demandar a, ylha
do Coroo onde mandarey armada que conuem para as yr
esperar 'e lhes dar guarda; e taõbem ordenareD ao dito
Capital mós e capitaès que sendo caso que algas des.
tas aios lhe sobreuenha alguã necesidade tal per que
lhe seya forçado tomar terra, vá "demandar o porto de
Angola que sou cmforniado que he capaz de poderem
ancorar nelle e serem aly prouidas do necesareo. E de
tudo ysto dareis ao dito Capitaõ mór ecUpitaãs'ynstra.
çoãs nsynadas por vós, em que será tudo bem declara.
do, e de como lho eu asy mo.ndo sem embargo do que
se contem sobre este ponto nas outras ynstraçoãir que
de qua leuarã, e me auimareis do que nisto fizerdesen-
uiandome nas vias a copia das ditas Instruçofin. EDrs.
ta em Lisboa a 26 do março de 591.

O CARDEAL.
Peca oVisoRey.
(No Sobreseripto}
Por EIRey.
A Matbias dei Albuquerque do seu,conselho, eseu,Vi-
sorrey da lndia.
(2.• via. Livro 2r: fl. 74-4. • via Livro dito f1. 76
—5.• via Livro dito 100)

86.
Visorreit amiguo. Ra EIRey vos erunio ,muito saudar.
Sou imfo r - mado que os capitaãs da fortaleza de Chaul
com muita deuasidaA mandaõ embarcar pubricammd.
pera a costa de Melirnde muito grande eantidade de
ferro e aço que Asia se atada a mouros e negros irai.
nar.1CUIA 3.' 319

gos desse estado; ecai contentes de terem,este taa 1110h-


ta proueito tanto contra oque conmem á comseruaçaiii
dele, mandai tambern muita grande copia de aço ao es•
treitç de Meca, que se desenbarqua na cidade de Xa•
et, que dizem estar pelos Turcos; e que posto que de
hat ca.oa eoutra se fizesem queixas aos Visorreys
e Gouernadores desse estado atégora naa procurar.; de
de dar nhum rernedio a esta tamanha de ordem tanto
contra o seruiço de Deos e meu, pelo que vos em.
comendo que tomando disto aemformaçabneceserea proi•
bae, de todo este abusso de tal maneira que se mia asse
mais dele mandando fazer nisto todas as diligencias que
ainportanoia desta maresia o pede, edo que nisto fizer.
der me anisareis. Eecrita em Lisboa 'a •27 de Março de
M. D. nouenm- e hum.
O CARDEAL.
Fera o VisoRey.
(No sobrescripto )
Por EIRey
A Metidas de Albuquerque do asa Conselho, eseu Vi-
sorrey da India.
(2.* eia Livro 2.• h. 86-4." via Livro 'eito R. 88).

87.
VisoRey amigue. Es EiRey vos emulo muito saudar
As desordens com que procedeu Manoel de Sousa Con-
tinha oc gotternodesse estado, ea exceciva larguesa com
lue despende° minha fazemda taa necesares pera as
arrnada9 eaMdentes do mesmo estado farsa tamanhas
e de °alidade que comuem a meu seruiço procederse
contra ele precedendo adeuassa que sobre este casso e
outros dele naando tirar, esmo vos emformará o Lima.
ciado Francisco Alares Sanhudo, Chanceler da Relaçaa
de O., entrem subte esta mataria mando oque hei pnr
meu seruiço que faça nela, e pera o milhar poder cum-
prir vos onmornendo lhe deis todo o fattor e ajuda ar-
320 ARCIIIVO PORTIMUE,ORIETTAL

ecoar« asy pera a dita devassa, como pera o 9(IdT.,«0


que lhe mando fazer, eem caso que seis-ausente ou em-
izedblo o dito Chanceler Francisco Alures, mando que
faça estas diligencias° Licenciado Sirna6 Pereira, derem.
barguador da dita Relaeafi, eProcurador dos meus foi-
faz, e ern ena amencia o Licenciado André Fernandes,
desembarguador da. dita Relaçaó-, pera que noa ditos
casos ou liam ou outro as faea6 cornforme a carta que
lhes mando esereuer, eimierrogatorios que vaô" com ele;
eposto que mando ao dito Chanceler me anise dogue nisto
fizer, e a mesma obrigaeaó- fica aos que em sua ausencia
amimem de correr cum estas diligencias, vos emcomendb
muito que de tudo o que se nelas fizer Me caireis tati parti.
oularniente mimo se aos somente o°micteis de fazer. Ets
mita ern Lisboa a 27 de Marco de m. D. murei- ria e hum
O CARDEAL.
Fora o VisoRey-4.' via.
(.Nd Sobrescripio )

Por EIRey
A Mathias de Albuquerque do seu conselho, e seu
Visorrey da India-4. via.
(Livro 2.. fl. 96 )

88.
Viesomy amiguo. Eu EIRey vos enuin muito saudar.
Remas ~ide que my por capita6 rnfir FernaZi de Men-
donça vau per conta de minha fazenda quarenta equatro
mil cruzados eaniso dos contratanores da pimenta pera
sena procuradores que tem 11.8aa parleis entreguarenc os
sobejos dos cabedaes dos amos passados que emprestai7
Ádista rainha fazenda pera com os quorenta •e quatro
mil cruzados se fazer a pimenta de inuerno depois da
parti ias erras mios pera o Reino, porque pera a compM
da que nelim bade uir anO nellas caberiam bastantes,
de que me pareceu auisartros pecamn mandeis logo tios
brar 02 44 mil cruzados, esai os ditos sobedos alua ta.
»emano 821

bedecadós.auRes pisado', sobre e qa. os dittes contra,


„r
r d,« , e$Oe,O.rn ascite psnouradores, e na arreco<1.5eá
delles mandareis fazer as diligencias que cosa parecermo
IIECeMfiM, e côo encomendo :imito encarecidamente coe

todo este dinheiro facaes em (regam eta pimenta ao ira•


aéreo seguinte, eque seja tad limpa eseque que nad
tenha neste Reino quebra eenhéis, corno lenho entendido
que será tendose <liso o cuidado decido, e deis ordem
pira que Manoel de Medeiros Védm da fazenda -da cor-
gua das nãos o posa asi fazer Medalhe peso iso toda a
ajuda efanor como leites que eumpre a men seruico, e
em caso que nado este dinheieo mit seja bastante para se
fazer no lettere° toda a pimenta necessaria, mandareis ao
l'reuerior mór dos defuntos que d• dinheiro que
de inalar ao Reino conforme ao seu regimento entregue
eneemario pera suprimento da compra da dita pireenta,
eacontia que entregue, se °arregalará ele receita sobre
o°Saciai ou peso a que hede correr coro a compra da
dita pilotei. de que se pasmara conhecimentos em for-
ma per uias pera Prouetlor e officiaes do casa da 'radio
entregassem acomia que nelles montar ás pessoas a rim
este dinheiro pertencer, que lhe será paguo do procedclo
da pimenta ederpitos dm fazendas que cierept nas Mos
que este anno 001 pera essas parte., de que me anisa-
rei. pera mandar que -o ditto dinheiro se pague mm fel.
aig4.

II. E porqm sou enformado que os contraiadores .das


nãos ordenai-3 que nada hum de seus ,procuradores tome
a oargo o COUCtft0 de haa dentas nãos, me pareceu meu
suai.° adoirtiructs disto pera que enfoinriendomas se po•
dere ser de inconeeniente fazerse este numero de nem
per cada. Min em. particullar, emi3 de mail cortante corno
atéqui.o duma, lho net-,°Meiguice, e lhes mandeis que
naè faceia muidade no concerto, e apercebirmuto das
Moas Mo, senett can ae mentejarem mo o fazerem
lhati ecom mem cuidado dl/ que atégora nim procede,
soe, aentendendo Mdettia que 'crede elftito-reparczem,
antreey pese com maca tueuidade a melhor aum.
41
323 seemeo P0.9111.12•0•1311,11.

bidas poderei. fazer ma aiagemorlamdeimuramftszer


sandorne do que nista apoonardea e &cultos. Escrita em
Lisboa a28.de Alargo de .591.
O CARDEAL.
Peca o VimRey.
(No SobreJoripto )
Por EIRey.
A Mathins de.Albuquerqua do mu conselho, eanu Vir
soRey da fedia.
(Livro 2.•2 eia fl. 78-4.* via R. 80 )

1501.
SEGLINI,A NERIK
h.1.1».A'S DO "MEM

89.
Metidas d'AIbuquerque &c. Foço saber aos que este
Cinera virem que eu sou ynformado que o, mui& dt
remo que vem do norte e do sal e• tomai eeta barra se
vai) rnetter dentro no rio de Bardes aonde &mem.
regam ecarregam frtzendna defecas eoutra, furtadas me
direitos; e outros pera o mesmo efeito Immo terra nas.
bebias detras de Nome. Senhora do Cabo, e na ponta
da mesma Senhora do Cabo athé a ponta do teimar de
Ignarto Monteiro, o que hei em muito perynizodommiço
de Sua Magestade e perda de sua fazenda e querendo
a imo proner ey por bem é mando que da publicaeaa
deste em diante nenhum &Mo tome tetra nas ditas bebias,
nem entre mr rio de Bardes, nern tome a dita praia, e
dereitamente venhaõ surgir á franquia de Pangirn bonde
poderao entrar se quiserem com seus naaios e Immo
das pera fazerem seus despachos, e querendo Mirrara
Sair despacharaõ os ditos morim pelo capitao ealfandegar
eas fazendm, os quem despachos deitas, e do, muros
apresentaraU no poroso de Pangrm ao. &beim. deite
soutorsne ao Regimento > sob gessa que quem oeyoassrae•
istratenticettrit otrittgarfordtr,mit ditosbnanios Tient a
,jbd,,,¿tàe tinar4lageegsdar e,,ipegsun quinhentos paul.«

anidtatiegtem Caninos-de, erutireo•emet.4e pies , quem. os


griaiggrt itodliapitert..de Bardes: que sura muita
de
▪ligelneie mande, Uiglar-iti Filtraria, e +rotas oa nauta.
que asile enuageet antgei.det •,trem•a,•Csoag dos quites
rustardeol peculiar our rupisade dert ,eaulos, e. os
•ituitaká :aresta cidadetft oMesure Meado fanar.] Tanarlár
diniltatgint .e'read' nos- petlearderpronderideratt os ditos
entes roera aeitee oGmutrier geral do, enlute, promunoier
crímo•CoMustirt.ai Notefioon asey..aes-difite Quoidor geral
sie erfmer eapitalt de. Bardes., Taeradande Fangio], e as
reats.lestioes epessoas ,arque pertencer, edites mando que
agett'o europiadm guardem, e:taeari.dornorir eguardar da
traineira que gemeste montem•qmo•dimida nem embargo'
sigam guta+ yidert] ,corair casta nele embargo dgr- Or.
denagart em contrario. E peru que a todos ceia nauseio
atearia que este •sempregoe taro legaras publica...dast.
• •e• era Ghard, Tisna; Sagaint, Durnai7t, soas
laffil,, SCdtble.tifi. dai sal, êeu fey.tores das ditas for-
salgues] sglodokires apresemado o .farail apregoar; de qtte •
amolda:ui toam termo nas tostas deite o tacada feita
ent Musa (»urdes ço feytor della p
mandard•ria.outra athéi..que do todloaktja apregoado mo
norte,. o de, Dareaã .que adeurtr o derradeira mo tor-
nara a anular. Francisco da Cosia o fez ara Goa ao der.
redeiro da llayo de 691. Arranjo de Moraes o te. as-
ereuer,-0 VisoRry.
(Liste 1., de ..lvagas II.•21. -)

90.
7:4.1
.,,, Y•tip lAdia.k. 4..c1.• rine Ferstairetfmeett*
detfaedqnos .44 ,44e 0..4k.a Of 'tele seri tire t io-
r..te4,.rqus, :444-penca lancus por puiu
ollasiea ugrii nats„aarebt]kles della ilrade 134,,Ighuy tipo
"PuristiFisisaoh peita que todo anuelle que for achado
struaula„Qa,aritgoAàgwjes paupnamiles ers nuta agudo
294 ÁlteNle• 01~11111124el

ptiao ser degradado pera as greallês, ealem disse pagar


fel" selliree vinte parda. metade pera os ealiOON e
sendo forro me preso peva as ditas guallés, e sendo Por.
legues ser preso no tronqo e estar á minha merce E
ceie será apregoado nessa dita cidade,•e noa arrebaldes
dello. e pelos lugares acostumados, de que se fará ter
mo nas omtm deste pera que ninguem alegue inonautia,
e este pregai.;ae entendera doje até adia de Sal Joatií
noite, e as penas se executaral sem rernical. Notefirma
assy ao °unido, Geral do crime, eás mais justiças, pe.
soas aque ',oscilem-, e lhes mando que asy o compra° e
guardem, einteiramente façal comprir e guardar da
maneira que se neste contem tem duitida nem entbarge
algum. Francisco da Coma o fez em Goa a xxij ti• 3m
oito de 591.E este valerá pomo que nal seja registadomem
passado pela Chancelaria. Antonio de Moraes ofez metes
um —O VisoRry.
Mando que oAlvara acima se cumpra e guarde inteis
mamem este anno corno se nelle contem, eque as pele,
ms sejati, dobradas nos que forem achados e lançarem
bombas. foguetes, ou qualquer «ira. cessa de togo, na
rua das guallés ou na ribeira; e esta se cornprirá poste
que nati passo pela chancelaria. Luis da Gama o fez
em Goa a onze de innho de 1592.-0 risoRey.
(Livro 1: de AI é. 36 )

91.
Mathias d'Albuquerque, do Conselho de Soa Mago ,
tecle, VisoRey da Ilidia &c. faço saber aos qne este
meu aluará de defesa virem que por justos respeitos que
rue a isso manem do seruico de Deus e,delRey men Se-
nhor, ebem econceruaceti, deste amado, ey por bunt
me polar, epor este toando em anote do dito Senhor 40
aenhtia. pe.., de qualquer calidade eoondicati que «O
ande efli paiallqUile nem Wiltile ("presa ['Menta e." °
eqUeliee que jia...trem de acetoso ifebOS quer primeira e
instilicaral. penam o Ouoidos geral do crime Ilefee1,101
11 adR111.0 325

3ites setenta anuo pesa cinor nõ pensa que aluem o


contrarie fizer pagar duzentos moendo., ametade pesa
o cantos, eos pelouro), com seu fato seraõ perdidos,
eco boisou maços que lotarem os tapa palknquys nes
má degradados peru as gallés de Sua Pdagestede.
II. E ootrosy mando e defendo que nenhéta pessoa
de qualquer calidade que seis oneigue com goildrape,
miau prellados clerigua sob peno de perdintento da ca-
unlige.lare pesa acasa da pultiora achandose coto adite ,
guaildrapa.
II. E ase), mando por comprir ao sumiço do dito
Senhor que alaguem trague moços theme de sy, tirando
Sehltefie duo fortalezas que o geruieem jS, ku estinerem
prouido d'elias, e estes podereis' trazer doas moio so
mente sob pente de perderkm fazem/o o contrario os
tapa moços ora as gallés. E naõ se entenderá esta de.
feia nos Ouuidoes geraea do crime e ciuel, nem Ou-
eido da Cidade, porque o poderei,' trazer .equello que
lhe forem neeessarios pesa bem de adminietrar ajustiça
coroo minloros que eaõ della jee Vedo da fazenda tra-
rá o que lhe elRey dlell Senhor condado per seu regi-
Mento.

IV. E ontroy defendo e mando em nome rio dito


Senhor por eaey o aver por seu souto° que [tini moço
nade com annes, nem bodoés. nem adegues, eesteira,
e ohandoos com qualquer doa ditas cosas seinõ de-
gredados por doas anos pera as ditas gallée, eos donos
dos tapa moços ~ame; aos Meyriolos que os prende-
rem mil reig. E andando coto séus mos poderaõ trazpr
suas espadas.
V. Notificou esey ao °unido geral do crime, est todas
55 nánysjotiço e penetras a que pertencer, elhes man-
do tine enoy o oo,opror, aguardem e inteiramente faças
OOTaprir eguardo como-se neste cutuco:1,cm dnuida nem
algõu. E pesa que a todos soja notorio men-
4°fine este pisara aeja apregoado nas lugares publIws

t acostumado. desta Cidade pana gut 111ov:tent eln


StIP uterino omerareanzioltstoras.

tempo algum alegue inorraneia. E se liara areento na.


costas deste de nua publicahaft. Franotsco da Cortara
fez em Grua a zaij de lanho de 581. Antonio de BMo
faca o fez asaremr. E a mesma licença doa a Antonio
de Moraes Seciatarto do Estado.-0 Visol2ty.,
(Lavto 1.• de Alrara8 fl. 21 v.)

92. (a)
Mathias d'Albuqueigne dee. Foco saber ao que este
meu aluará uirena que por justos respeitos que meadaes
maneta do sernico do Desta e delReyriteu Sarilhos, ebera
eeonsernaçaddeste estado, hey por bento merpraz, epor
este manda em nome do dito ti-cantor gata nenkoa pessoa
de qualquer calidade e oondiçari que seja ande enapa-
dia./laias coes minha espreita licença salino aquellee que
passarem do garanta nonos gue primeiro o justifioaraar
meseta dos ditos rosaram asnos pesa oima param.. o Ourr
o/dar gozai do crime, sob pena rqm querendo o coa.
brarle fazer pagar triata prosadora, hum terçorpera o toey•
rinha e os dona pera a fábrica de Nossa Senho. de
Coarteirtaõ, e os palanquim com nos fato amai,- perdidos
pela dita maneira, eos bois ou M.or que lesarem..
tais pai:languias serao degradados peta as galês de Sua
Magestade [tos loura sono.
Il. E, outomsy defendo emando que. nenhak pessoa de
qualquer calidade e condissad guie triçJa opsalgeo soes
gualldtapa salino. prelados clerigoa sob palma de
Alimenta da casailsadura peta. casa da palitara aohono
dosa. com adita goalldrapa.
III E assy mande por assy compelir ao searaiSa d°
dito Senhor que nenIttlá das ditas pessoas traga diaer
te de ey nela doma reais pre dosa sloCos da capa

(a) Este M.ata que parece ser da metes data do anlecedeere


asile taful na 'abstemia, =as COnt elgamas raelariter, gine ~ema
sapardel Ittlea9ao.
raiam= 021

espada, os q.el nar, trena; aquellas pessoas que anda-


re m no acentuo de Sua Magestade que net'," forem ca-
t ados ou deerern Seeutete fortalezas, ma estimem«, des-

pachados dom atlas, sob pensa de perderem os moços


que trouxerem para 05 polida,, eeller, serem presos, e
itherem as mais -patinas que me parecortm que,ae noo
entendera rica Onaidoles geraes do mime eciuelt e no
da cidade porque podem« traser os que quiserem pera
bem de administrarem a justiça; e o Vedor da fazenda
poderá trazer os 'migues que tem per regimento.
IV: E ontrossy' defendo e mando em nome do dito
Senhor por assy o atter por seu soá-oiço que nenhum
moço ande cenikrrnas nem bordo2s. nem 'adagas ecrises,
e achandooa com qualquer das ditar causas serei," de.
gredadOs por ifulia anelo' pera as ditas ghilés e os demoi
dos mus moços pagareis aos rnetinhos que os' prender
initteis, e andando tom os seis amou poderei', trazer EllaS
espadas como já fica dito. E estes estilos se nat. ;en-
tendera nus homens casados que formo de noite com suas
Mtolhbres, porque estes poderail lcutte os que quiserem
com soar táticas e altnças. E os mesmos fidalgos dea'.
pachados quando se recolherem onde estimrem peta asas
noras peva mia guarda e defensail.
V. Ne:definem essy m'Oadidõr geral do crie., e aleda«
Is Mais jusiiças, officiaes, e pesoas a C1O0 pertencer, e
the, mando que assy• o entopem, 'e 'guardem, e
rarnarite faÇa3 contprit é. guoárdar da maneie!, que dito
ke' sern baldeia adia embargo algurn.'E pera que atodás
siejanotOtin-"Mandô que este atilará de defesa' seja oure-
'peado
, nos Itigreapubliáos e ancuetumados disto
dr, pera que tlinueiss em te m po sigo m alegue Iguorancta,
e se fará assentu nas costas deste de sua publi“ça{k e
CElE valera como carta passada em numa de Sua Magem
lede sem embargo da Ortiepaçall do 2," Livro em con-
trário. Francisco da Costa "o tez em Goa n azij de IS91.,
ámonaint de Moem% o fez edernStret.'L-d XStritty.

J.T,:xia.:41wM,,41.7
• v.)
2tS atonto 1••••••••ametairreir.

93.
Metidas d'A Ibuque.rque, do Conselho de Sua Magemade,
VisoRey da Judia &c. A quentes eale meu aluará vie
rem faço saber que por justos respeitos que pie aisso
ciciem de seruiço Ole Sua Magestaile e bem geral, ey
pie bem e Inc praz de perdoar lioremente toda a perna
• toda a peseoa que tiuer vendido dividas velhas que lhe
Soa álagostade deuer, com deciaraçaõ que em terjno de
qatnee tuias tiraS ter som ii.Prouedor mó? doe Contos de
obrar as 4n:das que venderaõ, e acontia delias, toque
por isso reeeberaü eas pessoas que lhas compraraô, e
eri3o insioino dito tempo lhe miá', valerá este perdaô, 'e
iam' se entendera nos que furem ',reemites nesta cidade,
',org.or para os inscritos mandará o Prouedor mór- doe
Contos o. treálado deste aluara a todas as fortalezas para
qui. no tneemn tempo taçai3 a ftnesnia declaraça3 diante
dos feitores, os gimes as erniaraô femas á mera dos
Contoa corri breoidade. Notificou ase), ao Ouvidor geral
do crime, e atodas as mais justiças, officiaes, e peeeoas
a que pertencer, e lhes mando que aeey ocumprari e
miardem, einteiramente (aorta comprir eguardar' da ma-
neira que se ne,[e contato sem duuida nem embargo 'A , .
guio. E pe./ que a todos seja Jogado ceie ablua man-
so, que seja apregoado nos lugares pinlicoe e acostu•
soo dos demo colada, e nas mais fortalezas onde b Prime-

ri ri, [ruir dos Contos manda , o treelade deste, de que .se


fará aseenio nes euas arretas, e valerá posta que nar) par.
se pela Clianaelpria sem embargo da Oirdenaçaü em
contrario. Francisco da Corta o fez era Oca a bij de
bilro de 591. Antonio de Moraes o fez eserener.-0 Ptire
key.
(Listo I. de Alvará. fl. 27 )

94.
EIA ii3ori a iij de agarro de 591 se gaseou alvará eer
que mandou ao capitai; de Malaqua mn nome de Sua
Magreerade que aaO nonsiata q... 9 dito porto et era-
ssessouso 3.• 329

hauras em nenhuma embareapaii lojas dna qualquer ' ,a-


lidade que seja3 teia .Santiminé e Negripata3, nein peta
outra parte alguà sena3 pera esta cidade .de liou,. ou
pera a de Cochirn, sob pelara de toda a pessoa ou pes-
soas que o contrario fizer lar contra esta defesa • pez.
derem balas as ditas, lojas -que lhe forem tomadas pesa
a- fazenda de Sua Magestade, e alem disso ser ,coude-
nado na mais pensa que lhe bem parecer. E peraghe
atodos seja notorio e na?, aja poderse alegar ignorai,-
eia, mandou quê seja este apregoado pelos lugares pra.
blicos da dita cidade de Malaqua ,e se registará na fei-
toria della de que se fará de tatá cousa e sulrã assente
nas costas deite, eo dito Capitão guando a, nao, ou ern-
barcaço3s que no dito porto de filalagua estiurrern quise•
rem partir, terá muita lembrança e cuidado de as mas.
dad.ver efazer as mais diligencias pera se saber se cafi
nellas as ditas lojas pera se 'comprir o acima dito como
confia deite que asse o fará pêlo muito asilo que tern
das cousas do serviço de Sua .Magestade, avendo ta(5
bem respeito as moiro engano que nisto aula, e ao no-
meei perlai., que se seguia ao seruiço de Deus e do di•
to Senhor. E esta me apregoará em Santhorné, e ee re•
gretará no .livro a que pertencer peru se eaber o que
flauta tenho mandado, e valerá como carta.
(Livro 1.* de Alvarás fl. 22 v. )

95.
Mathias d'Albuguerque, do Conselho de Sua Magos.
'Ude, rieoRey da Ilidia &c. Face saber aos que este al-
uara virem que o dito Senhor há muitos anime que tem
mandada por seu degirnento e defende que os VisoReys
e Gtmernarlores deste estado nafi dom apessoa nenhuma
de qualquer calidade•e coudiçaii que eeja licenças de
bares de Cr.10 forros por asity ser seu :terraço, e pelo
wandc destrmuiáro que bode sua fazenda, e a mim muy
Pytterdçrmente me encon4enda geie fizesse conaprir
'" ,2 2,finentit, equerendo eu cumprir oque Sua. Muges.
42
330 AneltlY0 PORTHIlltt•IIRIVOIAL

tade assysmanda, e satisfazer sua vontade, eeia nada hir


fora disso edas coaras de seu aeruiço, ey por bem eme'
praia» e por esto mando em gen nome a Pero Lopes de
sSioutta Capitai e Vedor da fazemla da fortaleza de Ma-
leta que ora he, e aos que pele tempo ao diante forem,
mande notificar enotifique aos Capitaês dos galeoas da
carreira de Maluco que ádita fortaleza vierem ther, ejá
trem vindos, e do quaesquer outros nanios eembarca.
çoas. e assy a todos os officiacs delles que alô d'eSertt•
barqueai cravo nenhum eM terra que seja forro per ti-
pengaounag, e auendo algum já desembarcadb o tornem
logo a embarcar nos ditos galesas e sobreditas embarca-
eideS, efeito isto mande fechar as eseutilhas e pregtitilas
de modo que-naa possafi abrisenirro sentia nesta cidade
tle.Goa pellos'ofticiaes epessoas que eu ou oVedor da
fazenda de San klagestade ordenar e mandar. E porque
pode acontecer que na uiagem entes da chegada aesta
dita cidade os ditos goleada e embareaçoas no possaii
abrir as ditas eaeutilhas, fatsseá lernm no tempo que, te
elle, fecharem e pregarem do modo que vem, um que se
usinarei' os 'sobreditos capitaas eoficiara com os dá dita
fortaleza de ilalafia, que mo enviarei; pera <má es pm•
ceder contra quem abrir on, mandar abrir as ditas esco-
»ilhas. E dado caso que algumas pessoas casados era
Maluco ite,hlalaca tenhari desembarcado algum crauo
e pago deita os terços e choqueis aalguis pessoas, que
o trouxeraa em seus gasalhados, as tais pessoas tornaras
os <eitos terços e choqueis ese embarcarei logo nos ditos
galeas eembarceçoès carregado em recepta sobre ri•feb
tor .delle peru que em' Ooa se entregar ao oficial aque
pertencer. E por quanto sou informado que dos ditos gal•
leais tanta que chegai a Maluca os capitais dello* na6
pertendem vireasse logo pema !adia, mas antes fazem
muita detença em earreguarem nelles outras muita, fa-
zendas, que he causa isso de muita» vezea cai virem a
esto cidade de (toa por partirem tarde, e arribarem a
Cochirn corno cada ora se 4, eentre o descurssoda via.
geia' fazem o mogno em Ceyllda e no dito Cachifib
'ameno 3.. 331

~tis portou qoe aoffia3, que Ice grande 'perda edee•


proveito da fazenda da Sim Magestade, ev outro,sy.por
bem que tanto goros ditos galeota chegarem á dita for-
taleza de Malara os fariffi partir no tempo e monça3
deuida obrigando aos capitaé`adelles que assy o façafi
sob penna que na0 ofazendo assy esucedendo por sana
canoas nad nirent a esta cidade de GUa e arribarem' g
Coabita oc a outra parte pagarem á fazenda de Sua
Magestade todas as perdas que ella receber ealem disso
encime, na mais penna que me bem parceeer, ede todas
a, fazendas que carrega'rein nos ditos gualleoè., assa •em
Makea ou offile gner que as tomarem que os .dono; dei.
las ajab- de pagarem fretes, se arteeaderein wira a fazei,
da do dito Senhor. E peraque a todo tempo se saiba o
que •assy mando e se cumpra com efeito, reste será
registado na feitoria da dita fdrtaleza de Malaca e na
alfandega della de que se fará as-sento nas costas deite.
Noteficôo assir ao dito C,apitaõ de Melaca, e aos da
carreira de Maluco, ri meis justiças, officiaes, e pessoas
aque pertencer, e lhes mando que assy o compra0 e
guardem, e inteiramente façaõ comprir e guardar em
lodo epor todo da maneira que dito Ice e tleSte se coo.
tem sem dituida nein embargo algum que a elle seja
pasto, por'quahto assy o ey por hem e aerifico de Sua
Magestade e meu. O qoal valerá como carta passa.
da ria seu nome eselada de •seu Lel lo pendente sem cioba,
go da Ordenaçaõ "dá Livro 2." TO. 20 que o emigraria
dispoè. Antonio Velho o fez em Goa abj de Agosto de
1591. Antonio de Moraes o fez escreuer.-0 Viso Rey.
Livro 1.• de Alvarás á, 23 )

96.
Mande. A'Albuquerque, do Conselho de Sua Mages—
tade, ViaoRey da Judia 3ze. Faço saber aos, gire este
meu aluará virem quota sou informado que na, cidades
e fortalc,i,¥ de Chaul. Bitgaiin, Daneffi, e No, e nas
panem do norte per folgas presunçoils e taful-maça*
332 allentv0 PORTueUtriOaraalial.

leni concebido ride trago ordem delRey meu Senhor pesa


mandar extinguir eabater a-moeda dos Xarafins de prata
,
eencerrando os baaarimos, leria, emala moedas de que re tem
aeguido grandes necessidades eoppressaõ nos ditos pouos,
e,querenclo nisso proue, como cumpre ao aeruieo do dito
Senhor e hem geral, ey por bem e mando que da non ,
ficaçad epublicaçad deste, em diante toçla a pessoa de
qualquer °alidade econdiçad que seja receba os ditos
Xarefins em conta de tudo que re comprar ou trocar, ou
ern pagamento das Miúdas que se deuad sob penna de
quem o contrario fixes se° preso e degrádado por dons
manes, se for pead peca as galéa, e de qualquer outra
°alidade pera Ceilad, ou peru onde me parecer pagando
',As de pena pela .primeira se° cem pardeos arnetade
peva os °anuais r e• outra arnetade pesa quem os
ousasse, e pela segunda pagarad quinhentos par.
ditos aplicados pela dita maneira, e das mais ema-
nas que me parecer, e alem de tudo os deuedores que'
fizerem pagamento dos ditos Xarafins e os @eus sere dores
lhos nad tornarem nad senti, obrigados aem nenhum tem-
po lhe pagar outra moeda. E outroasy mando que os
mercadores e xarrafos equaesquer outras Pessoas que
tioesern baaarucos eos nadi trocarem encorrerali nas di-
ta. gemias. Noteficoo asay aos oapitads, ouuidores, e mais
justiças, ea todos os officiaes -e Desatas das ditas for.
talegas aque pertencer, e lhes mando que asay ocum-
erra e guardem, efaead inteiramente comprir e fluas.
dar, p dar áexecuçati o contendo neste aluará como di-
to he, sem dimida nem contradiçad algda; e pela rneSMa
Maneira ciando aos feiturea e recebedores de Soa Ma.
gestede e aos rendeiros que secebad os ditos xarafins
era. pagamentos do que for deuido á fazenda,do dito
Senhor, e que nas mesmas façad pagamentos aqugrn
denerem, e finalmente tudo corra como sempre 550.
aqui correu Sem niniã alteraçaõ nem demenuiçad. E pera
qee a naloa cela notorio mando ,que este seja apre•
bundo noa lugares publicas das ditas cidades e fortale•
sa.de g,» as fará assento nas cortas deste que se se.
'ismer«. 3: 333

pintará ao Livro da Cantara efeitoria das ditai cidades,


etanto que estas diligencias forem feitas na cidade de
Chau' será entregue este aluará aos officio.. da Ca-
mura pesa que enes o mandem aos de Baçaim, e assy
irá correndo as mais, e deporá de feito as diligencias
em todos as partes os officiaes da derradeira fortaleza
aonde acaba mo tornara5 a enuiar pera eu saber que
em tudo lie comprido o que nele mando. E este valerá
como carta passaria era nome de Sua Magestade sem
embargo da Ordenaçaõ em contrario, esem embargo de
natt seipassatio pela .Chancelaria pelo fazer em Fingia',
e mandar com muita breuidade por comprir assy ao
serviço deilley meu senhor. Francisco da Costa o fez ela
Pangim a xiiij de Agosto de 591. tkntonio de Morara o
fez escreuer-0 Visoltey.

(Livro 1: Alvarás 11. 26)


97.
Mathias d'Albuquerque &c. Faço saber aos que este
aluará virem que auendo eu respeito aos muitos ditenres
que ordinariamente ha nesta cidade no ospiral de Sua
ótagestade, e quanto irnportà serem tai3 bem n curados
cornou dito Senhor encomenda, e os IrmaÔe da,Mise-
ricordia della por serem.ta5 ocupados no comprimento
das outras obras pias de sua obrigaçaõ nari poderem
eomprir com esta como elles discja5, entregney aadmi-
aistraça5 dele aos Padres da Companhia, que eles aceit
Mui/ só por cornprir ao seruiço de Deca e de Sua Ma-
gestade, e porque pera serem bem curados os doentes
Cala liMpeaa e abastança de todo o necessario conuem
ter odito crepitai ordenado bastante, em nome delliRey
Miu Senhor ordeno, e mando, eaplico pera os gastos
edespesas do dito espiral as rendas dos mantint'entuh,
sabatt, eandai,' desta cidade, que andad arrendadas galei
sempre em onze mil seis bentos etrinta pardáss. que he
oque me parecer, que podia bastar pera ao despesas
dito uspital, cotia declaraçad que abatendo as ditas teu-
334 cnenno PORT.11132.011t8NTAL

das ,olgurí cousa .desta, conde ou gastando mais o dito


ospital, mandany perfazer tudo da fazenda de Sua Na—
estado de modo que neta lhe falte nada: peta a cura dos
doentes; pelo que •mando ao Védor da fazenda e mais
officiaes della•nad entendei,- nas ditas rendas -mais que
em as arrendar em troçaS como rendas de Sua Magna.
lado a quem por elite mais derem, e nad, quebrarent por
elite pagamento Pinam, por quanto •as ditas rendas as
applmo pera o dito ocpital conto dito he, as gimes depois
de arremindas se cobrarei- ,e recolherei', no dito °apitai, e-
se despenderaa por i,clem dos ditos Padres pera vara,
ECtUiço, limpeza, sintentaçaa, e mais <musas 'lecionarias
ao dito ospital edoentes sem os officiaes da fazeneln. de
Sua Mageslarle terem nas dites rendas mando, poder ou
jurisrlitad alguma, porqoe por seruiço de Sua Magos ,
fade e beneficio dos ditos doentes lhes tiro e anullo
algum se fletias tinhad, e dou e trespasso nos ditos Par
dera para o exercitarem edelis usarem pera adito deis'
to. E ey outrossy por berde mando pera .milhor anise
mento do .seruiço do dito espiral e.desposas dell, que
as avenças que., fazem corn os aven9a.es elas botiquas
qor daqui em diante se façad pelo esornad das dlns
avenças, camal, e rendeiro, estando sempre presente 5
elias o. recebedor das rendas do dito ospital que os De-
firo. ellegerad, por quanto confio deites que será tal qual:
tonnom pera o siso iço de Doar ode Sua Mag,estaelec ts
seta o dito recebedor estar presente se ned, fana as
ates avenças, e logo se lantana' cru liuro toda aeontip.
da dita ementa, e»ó em caderno momo rungen ee ,tex,
e ti,.eedo se tirarem os ezérilos pata se arrecadarem
dos avençais sejad asinados pelo escritura das ditosa.
feergas e pelo recebedor do dito ospital, e ser» isto ne—
nhum chim nem escrito se tirará tient se panará, oque-
notiticain ao escrinad rias ditas auencas peta que anos
Cerato, aos avrneae,, e fazendo ocontrario q,12e eu naa
espero, ser por nye- , estranhado mimo o caso mereee.
E peta milhar arreenda,aa das ditas rendas, e o dito
osiubal a« bem setuido, e asile nad faltar co.asa alga'
7/StIMPLO 985

TIS, mando em nome de Sua Masestade aris MeyriChOW


e oficiar. da justiça façaõ com [met/idade todas es di-
ligencias que lhes requerer o recebedor ou o procurar
dor do dito ospital, porque sendo negligentes por core as
ey por suspensos de seus cargos, e pagarait .cincoertta. •
pardaou peta as obras do dito, oscitai visto ser coam. de
tanto seminu de Ocos nosso Senhor, que ade preeeder a
rodo. E porque soo informado que a pauta velha das
mevzinhas do dito ospiral está algum tanto confusa, mau.
do ao fieira mói e mais finitos dello que faSaõ hurra
pauta nora de marmita que as purgues, huma por ou.
uns venha5 todas a hum preso, eassy do todas as cad.
ma compostas, e isto peco mais clareza das contas quart.-
do as fazem pelos cadernOs, visto corno pda. maneire qt.t
corte nieguem as pode fazer seita& o bolyeairo ou o
medico. Noteficoo asoyoO Vador da rizenda delRey
meu Senhor, merlicos do dito espktal, eaciivait das ascos
ças, carnal, meirinhos, e mais justices e ofilêlaes, e pec.
soas aque (pertencer, e lhes mando que assy' o cornaih'
eguardetNe façaíj nomprir e guardar da maneira que se
,neste contem sem douida nern'embarg,o algum que adie
seja posto, por que assy o ey por seruiço .de Ocos nosso
Solhes e de Sua Magestatle; e este valerá corno cama
passada em nome do dito Senhor, schada de sou seita
pendente sem embargo da Ortienasa3 do 2.. Livro,.Tit.
20 'que o eoritrario diepo3 i riue dia q.. a. .0 .. 00 .(ki °
effeho mines de durar .mais.de hum anuo passando ¡ror
aluarás mui ventar'. Antonio da Cunha o fee mo Ova
aali de Outubro de 591. Luis da Gama o fez eszeuer.
—O VioRey.
(Livro 1.* de Alvarás ft, 30 v.)

98.
alatlitas d'Albuqnerque Faço saber aos que este
aluará virem que stru informado que os Capita3s da for—
taleza de Bareclior contra forma rio regimento e de
bUti. proulsatt que rr fSovernador que foy Manoel de Soa'
33O AROISSVO PORTUOUSS•OSIENAL

es Cominho passou sobre esta meteria leuaraR elenta


aos mercadores IttOillOS que á dita fortaleza vaR buscar
m'antimentos eirnquo latins por cada corja derreia que.
neila comprar, pondolhes nislo impossiçallt oona, eque.
Seild0 eu proner pera que se cultern sotas desordena taii
perjudiciaes ao seruico delRey meu Senhor, e de trato
,dne ditos moradores, cy por bem e mo praz, e per erre
mando e defendo em nome de Sua Magestade ao Co.
pidaZ1 que urra he da dita fortaleza de Barcellor, e aos
que pelo tempo em diante forem que, per nenhila via
tirem da dita yrilpossiçaR nona, nem por alia leuern aos
dito, momos mercadores os cimquo holm que lhe ter
uanaó- por cada corja darroz, antes cumpra5 duro re-
gimento ea prouisaili que o dito Governador parou; e
sendo oaso que na dita fortaleza aja algum regimento
na custurne antiga° per que soja obrigados os mercado-.
res que a elle vali" pagF alguns direitos, mande que to-
Aba cace quaesquer que.forent se arrecadem per contada
fazenda de Sua Magestarle, e se carreguem obre o seu
.feitor da dita fortaleza pare dar moita e rezaltr nos cot,
tos quando aderem de seu cargo sem- o Cai:rima delta
se entremeter na tal arrecadaçaR sob penara rine 'fazendo
o contrario se nora por sua fazenda asila o que atm..
dia contra a forma-deste meu aluará, o qual,lhe será 11.•
leficado pelo feitor eotficime da ,dita.fortale.„ e regisr
urde no tivro de nua receita ele que se fará assento nas
costas deite pera a todo atempo se mrber.cornoassy a 4...
P'10a ditos respeitos. Notifico° assy ao Vedar
,da fazenda de Sua Ntegestade. e ao Capitar, que hora te
da dita fortaleza, eao feitor della, eatodosos ruaisotheieon
e pessoas a qm peredcesque ora eail e ao diante furem,
lhes mando que assy o comprai:e guardem com° se neste
contem sena douirla nem earl.rgo- algurn,„e este VELiera
mmo carta soa embargo da OrdenaçaR do Liem 2.' Titr 211
em contrario. Amen to,. Cunha e (no eta Goa asib
d'Outubro de 591. Luis da Gama o fez esoremr.- 0

(Lhano 1.' de Alvarás 929 0.)


1,8CICOLO *37

99.
(th thias d•Albuquerque,. do Conselho. de Sua Magas-
tade ,&c. Faço saber aos que este afama virem que por
justos roupeiros que me aisso Munem do seruiço delRey
meu senhor, ey por bem a rue praz que nenhaa pessoa
de qualquer °alidade e condiça5 que -seja Compre Ila for-
taleza de Barcelor senha arroz enfardellado senaõ 08
que tiuerern tantas maás quantas Unhar( no tempo ami-
go; oque se saberá per ,exanie que o Capitai)" dellaánan-
dará fazer per pessoas entendidas esem respeita a que
dará juramento na forma ordinaria sob pensa de todo
o que comprar arroz em fardes que naõ sejall da dita
copia o perder pera a fazenda de Sua Itlagesiade;n
mando ao Capitati ria dita fortaleza eao feitor do dito
Senhor em elle façali apregoar esta minha. defesa nos
setas lugares publicou, e notificar aos chatins de Barcelor
de sima, para que saibail oquê assy mando, e nal- ,aleguern
inorancia; ede h8a cousa eoutra cousa se fará assento
nu costas -deste, e tafibern se registará no Livro dos re•
gistos da dita feitoria. Notificou assy ao Capitall e feitor
da dita fortaleza e a todas as mais justiças, officiaes. e
pessoas a que pertencer, que ora safí e ao diante forem;
elhes mando que assy o~preá e guardem, e fuçar.
comprir e guardar como se neste contem sem &tolda
nem embargo algum, e este valerá como carta sem em-
bargo da Ordenaoali de Livro 2.• em oontrarie. Antro
aio da Cunha o fez em Goa a zbiij de Outubro de SOL
Luis da Gama o fez esereuer-0 VisoRey.
(Livro 1: de Alvarás fl. 28 v.)

100.
Dom Filipe &e. A quantos esta minha carta de ley-
virem eoconhecimento dela nein direito pertencer que
sendo eu 'alarmado dos VisoReys e Gemernaderes que
foral)" no estado da India, e por carta dos offieian. da
Satura da cidade de Goa das graudes enotaucie.perdas
42
338 ÁnCitue psuy nsaa.nrae,ns.

que meus vassalos e minus do dito estado recebia?. se


comércio de suas razendks e mercancias, e na compra
dos masitirneetios cousas necesoariaa peta prouivnento
da suas casas e fasoilias plincipalmente os moradores da
oidade de Goa eda titia cai que está situada por nella os
ziati aves em abastança e a maior parte lhe virem de fóra,
eas rnCernaS perdas receberem as rainhas alfandegas nos
direitos que nellas se me paga& por causa das serrara.
gens que ha nos Realleaque com citas se elteraõ os
preços das causas especialmente nos xasafins de prata
que correm, e que os meus VisoReys e Governadores
passados fizeraõ lascas com ligue excesitm pelos respeitos
que aleivaõ nas prouisdès que sobre yeo passaraõ rum
•dadas todas em comprir assy a 111C, serviço, com oque
por todas as vias os infieis ficauaõ ganhando, ha com•
pra evenda das ditas cousaa em menoscabo de minha
fezenda e da de meus vassales, pelo que mandei pot
algumas vezes escrever ao VisoRey Dom Duarte de Me.
vetes e ao Gouernador Manoel de Sousa Cominho....
que os ditos serafins siai; corresem nem ee lastrarem eom
a dita liga nem sem elle; e vendo eu o grande des-
cuido - Sitie ouue em se naõ dar esta exectiça3, de nouo
encornendei a Metidas d'Albuquerque, do meu Conselhoi
que oanno passado de quinhentos e nounnt. coarei Ss
partes da.India por VisoRey deltas, o fizesse comprir
inteiramente, e neste presente de nonenta hum em hum
capitulo de hume Instruçaõ que lhe mandei o torno a
encomendes muy encereoidamente soma se ve do mesmo
Capitulo de que ho treslede he o seguinte;
=o Per algufts Nomes tvandey escsetrer ao VisolIfY Dom
e Duarte ue que a ultima roy nas ridos do anos de optes-
eta eoyto per algosas rezoõs d consciencia e bom &omitem*
que nas"; avia por bem que se laurassem os zarafins
o de prata com a liga que se lhe botaua nem sern 51 4
sobre.que bem me escveueo a Camara da cidade
de (Soa aliso outras informaçoõs, e porque tenho en-
-
e tendida que :mil; sof; ,OrbelliC resulte de te lautos eS•
n ta moedraisaiiie dam a metas WailiallOn, mas tiú' beal
reactor,. 3.• 339

noa direitos desalfandegas, eficar sendo ocardeR para


1. no, mantimentos e mercancia, ~recreie es pregos tan.
▪to em <latino do estado, recebi muito desprazer de men
▪Gonernador escreuerme que se tornar:C. a" a lamas erui
espantey disso, e posto rine pelas Mio, do anno passado
o de oitenta e none lhe torney a mandar crime., que
▪na3 avia por meu serafins, que se lanmsem os dit. irar
▪rufias me pareceu devermos mandar per esta Instroça8
eque por nenhum casose laure reais adita moeda com
troa nem sem elle nem se use mais della, e
aque comprimis inteiramente seio excayçaõ algoz posto
a que a isso vos obriguem as necessidades do csrado que

▪ conuern que se remedem° por moto tari contrario


•acorno em sy ha (sio) ea tudo o mais que entendereis
edeste capitulo, e milhos pela mesma meteria=
E adoto pelo dito meu VisoRey otal capitulo, eo que por
elle; equando se destes Reinos partiu oatino passado -lhe
eaeomendey sobre este nogoceo, querendo dará ramo'.
cila por assy comprir ameu ,eruiço o corrionicon ema o
Capiteõ e Vreadores da dita cidade, que juntos na Cartial
ra della corri os Religiosos, letrados, oscilou., Juiz dou
feitos de minha fazendo, meu Procurador della, edecora-
bargederes da Relaçaõ das ditas partes, com que -ta3bérn
o comunicou, depois de bem oxmninado, fundandose aos
respeitos adore declarados por serem dos prinnipaec, e
que se contem na defesa que o VisoRey Dorn Lute d'
Alinde frei no antro de quinhentos sesenta noue cobre
ale 11,1ed donro eprata, eeu nrandar que se nn3 louca-
»rn nem corresern mais os ditos serafins por ser a can-
em núncio:kl das Carrefagens que os Realles tinhar, ato
aeutanot halos ema comum conhecimenro e parecer que
@aí; “IlUeseá a, tais serrotagena nos Realles em todo o
esta ,:- da índio, que se entenderia da ponta de fio the
és lusos de Nieobar, que por estes doas annos primeiros
'
,criminar, que se acabarie3 na nioncidir de Setembro, do

anno qus veia da non,t, etr., corresmo os ditOs Real.


que á naná de quinau poro oeste ....cites udd
Talo.= 0mb qüe.qmiuo assina sais e.pardáo mia acene%
340 aricnivo imanraticá•oxitiáliat

eque dentro nos ditos do« asnos se desfizese o porto


dos ditos xarafins que c.ta laurados; e auendo eu atudo
respeito, e ao muito que cumpre a meu serniço ebem
de md.rtha fazenda edos moradores e pouo do estado da
India darsse isto á execuçati pela obrigaçaõ que tenho
de feuorecer ameus vassallos, e de lhes dar moedas cor-
rentes para seu uso, epar se euitarem as alteraçoès que
nellas ouse thé opresente, e por outros justos respeitos
que me a isso mouena, e que se contem no capitulo
acima tresladado, ey por bem e me praz, e por esta man-
do que o dito assento se Cumpra muyto inteiramente, e
que em todo o ¡net, estado da Dulia, que se entenderá
da ponta de Dio the ás Ilhas de Nicobar, nati tenhati os
Realles nenhuè sarratagem, nem pessoa alugme de qual-
quer calidade e condicati que seja os compre nem venda
nem dê em pagamento do que commar e vender mais
que árecaô de quatro centos reis por cada patcleo de
Ilealles e mais naõ, isto passados estes dous asnos pri-
melros seguintes que se ortabareõ na monçaõ de Setem-
bro que vem do anno de nortenta etece, dentro dós ritmes
correrei; os ditos Aceites a razati de cada cem perder.]
de Realles e quinze réis que he a sarrafagem que era '
eonciencia pareceo justo darlhe de ganho delles por
estes dous annos somente, os quaes passados nati'lersif
mais valia que de quatrocentos reis por. cada hum par.
dia de Realles como dito he, sob pensa de que toda
a pessoa que ocontrario fizer e for contra esta minha
defaca eordem della em parte ou et., todo de perder assy,
o comprador como o vendedor avalia dos Realles que
der, vender ou comprar, ç ser deradado por dons annos•
péra Demati, esendo contratadores por tresannos pera.
as armadas, esendo gentios por cimquo asnos pesa as
gallés do estado alem de perderem o dito dinheiro como
dito lie, o que se dará á execnçafi sem remiçaõ alguè. E
assy -mando e defendo pelos ntesmos respeitos que da
pnblicaçati desta kV em diante se naõ lousem em nen-
hutis das cidades efortalezas do dito estado mais nenhuns
iterarias go prata com ligue nem sem cila, nem C01786 nas
PA,CICULO 3. 341

ditas partes por moeda pelo prejuízo e grande dáno que


disso se tem seguida e se pode seguir e'minha faxen.
da e á de meus vassallos, eos que sal) feitos correra3
como correr:ta thegora por tempo dos ditos doou annos
somente que se• acabara3 na, dita monco(/' de Setembro
de nouenta e ires, que he o tempo que limito aos ditos
meus vassallos e pealos para se poderem desfazer delles,
as quaes parados ria3 terra) valia alguma de moeda, nem
eorrerai3 mais em tempo algum por moeda,. por serem
os xarafins cousa de se introduzirem as ditas sarrafagens,
epor esse respeito alterar-3 os preços dos mantimentos e
das mais nossas como dito he, que he conforme ao pa.
moer que tomei de ereligos, e letrados, e mais officiaes
acima declarados. Notificoo assv ao Védor de minha
fazenda, Capitai'', da cidade de -Goa, Vreadores deita,
Ouuidores gentes do crime edoei' do estado da Judia
lua ora saô eao diante forem, elhes mando que assy
o cumpraff esinteiramente facaiô comprir eguardar es•
te minha carta de ley e defesa da maneira. quê se nels
ia coutem sem duuida nem embargo de qualquer ou.
tra ley, regimento, prouisoês, e defesas que sobre lésu
sejaffi passadas, e ao diante se passarem que ey todas
por nenhuês e de nenhum effeito, somente esta quero e
mando que se cumpra eguarde pera sempre com as
clausulas nella declaradas sem exceyçaff de tempo nem
de pessoas algo/a por assy comprir muito a meu ser.
oiço ebem de minha fazenda ede meus vassallos.
esta será apregoada na cidade de Goa pelloe lugares
publieos delia ,e registada nos liuros dos acordos da
Camara delta, e dos registos de minha fazenda dos
Contos, ena Chancelaria. donde se enuiara3 se
dos usinados pelo Chanceler dellas e das feitorias peru
asedas ser notorto, e sb saber como assy o mando e
offieno pellos respeitos anila contheudos. Dada na mi-
nha cidade de Goa sob meu sello das armas reses da
Coma de Portugal a xx de Outubro. EIRey Nosso Se—
rubor omandou pot Mathias d'Albuquevqtte, do seu coa.
342. ARenIVO 1
1011,11~0111111tieL

relho, VisoRey da Judia &e. Antonio de Cunhaioo reg


cano de 591. Lute da Gama o f•• esareuerc 4-$0
Rey.
(Li•ro 1.' d• AleusSa ri. 3

101.
Mathlas d'Albugnergoe. do Conselho de Sua nageste.
de &e. Faço saber aos que este virem que sertilt. Sua
Magestade itiformado que nas fortalezas deste estado
falta muita artilharia groça emeuda por ou eapitaPar.
tomarem e meterem em suas abas onde se perdia, e os
feitores ealmoxarifes aemprestarem e ee ndererni eper.as
respeito naõ temia peca as armadas, efieaumn as ditas for-
talezas arriscadas por falta della, equerendo odito senhor
prouer nesta .13 grande desordem Mandou -per sua ?mui.
saõ que nenhaõ artelharia se tirasse das ...fortalezas e
almaaens, nem se emprestasse, e aquella que se de.
sete opaganoem as parteso vinte mil tela oquintal pesa
da dita valia •se fazer outra tutela cem que se soptise
a falta da perdida, esabendo que contra forma da dita
prouisaõ eseus regimentos . ditos Capitaga eos feitores,
eos chnocarifes a vendia& eempresta.11, o do.gne
a deuer ue lhes fazia quita ou mercê, ou apagauaõ era
diuidas e outros descontos, querendo que se remed.se
taõ grande falta no armo de *ponta oyto as lastra-
çaõ que veia ao Visortey Dom Duarte,. Men.es mandou
hum Capitulb, de que ho treslede, he o seguinte.=
Aqui vai treslede.. Capeulo IV, do h,..4d -deote raseivelej
E corno ointento 'de Sua Magestade he atalhe:1*a des-
ordem que até agora outon me mandou; rine peou.n
de modo que daqui em diante se naa tirasse nenhuil are,
lhana das suas fortalezas ealm.ons em 1~ do dita
senhor, eque nenhum capitai-a' das fortalezas deste es-
tado daquy em diante per nenhuns .so tire deltas nidia
artilharia graça nem meada nem tome emprestada sem
prouisaõ e licença dos VisoReys e Gonerrahhires sob
pena de mil, cruzadoe•pera a, ribeira das genda senho.
micaõ epagarem oque ficarem devendo a. trilha Miimi%
rascréttee

qtrintil, ena mesma pena encerrerati, os reiteres eor.


ficiam que venderem alguã artelbmia ou emprestarem
mm adita licença, e defendo a toda apecam de qualquer
estado eécnadicaã que seja que miá compre nem tome
emprestada nenbaa artelharia de Sua Magestade, even•
dollies achada ém suas casas ou nauios se cobrará pera
odita senhor, e pagaraõ de pena quinhentos cruzados
',metade pera adita ribeira das gallés, enutra ametatle
pera quem a descobrir, etodas artelharia que te deuer do
tempo atras eao diante se emprestar per prouisoès de li.
mamado. VisoReys eGonernadores se arrecadara das
pessoas que ana:ti entregarem e de seus fiadores a re—
Má de vinte mil reis oquintal, como gira Magestade tem
mandado, e per nenhum caso se lhe fará quita nem met.
ee•della, nem se ~macro pagamento de nenhuns des.
contes de diuidas que afazenda de Sua Magestade deun,
inda que seja a propia parte, plo quanto do dinheiro da
tina artelharia se ate fazer outra de nouo pera se sob,
prit afalta dela. ,eos feitores e ahnozarifes sesgo' avi-
sados qoando apresentarem algaas pronitoês de Sua Ma-
gastado ou dos VisoReys e GoueruaJores por que se
mande emprestar algaa artelharia quando entregarem
sem
das primeiro
tornaremtomarem
ou pagarem
abana.
fianças
a dinh
regeras
.eiro pelo
e muç
dito preço

de vinte mil reis o qtrintel, e as fianças fleti acrata.


leuanladas, sem primeiro se arrecadar o dinheiro e es-
tar carregado ern recepta sobre o olticial a- tine parren-
cer, efazendosse algfias quitas. merees, ou descontes se
nah comprirati nem atieraõ efeito por ser contra o ales
dado de Sua Mtgestude, e com tanto perjumzo de seri
fazenda eos contadores Imã' lenaraõ em cnute as tale
pronisoãs dg emita nem sacares, eo fargii logo saber
co Provedor mós dos Contog pera mandar al metidas ae
tenras que nisso montar das pessoas que ao d,niaN e
na6 se podendo arrecadar delias fora carrega, anime o
executor odito dinheiro eo mandara na carta geral-ao
fi 'Ynn pesa-Sua Magemade o mandar lá mrecattempeia

tascada dm VisoReys e Gonernadorm se contra seti


344 aliCTIIV .
O .POR20011..ORIZ,TAL

mandado e regimentos fizera3 a tal quita e Meree. E


este será apregoado nos lugares publicou desta Cidade
de Goa pera se saber geralmente esta defesa, e 'lab.. ale-
garem %maneie, e Se registará no Livro do Regiment o
doa ditos .Çonto, pera o dito. Prouedor mór e Coutado-
res o comprirent sob penna de perdimento de rena em-
gon. Noteficoo aesy ao Vedor da fazenda e mais ofh•
cites a que pertencer, e mando que assy o eumpeaõ e
guardem, eo (açaí) inteiramente comprir e guardar sem
elucida nem embargo algum, e valerá como carta pas-
sada em nome Je Sua álágestade escilada de seu selo
pendente sem embargo da Ordenaçaõ do 2 •Livro, Tio
20 que diz que as cousa, cujo efeito ouuer de durar
mais de hum annó passem per cartas, e pasmado pet
amarás nal) valhaZi. Francisco Pereira o.fes em Coa a
biij de Novembro de 591. Luis da Gama nn fez teme.
uM.-0 Visf,Rey.

(Livro 1.* de Alvarás O. 32 ).

102.
Maihias d'Albquuerque &c. Fano,caber aos que. este
aluará virem que eu sou informado que os pagueis que
vem do Maianas ao porto de Chaul trazem pimenta e le-
mon muita ertelharia quo es faz em Chaul de riba por
terem pera isso os apparefisos necessarios, eemendo res-
peito no muito que importa a este estado ca3 se nauega-
rem coasse tac3 prejudiciaes ao serviço de De08 e Çte Sua
filagestade ebem de seu, sassallos, ey por bem e me pras
que tanto que ao dito porto chegar paguei de qualquer
pe,soa que seja o na3 deixe bis pera Cbaul de riba sem
. alcmde do marco eseriuttel da feitoria irem aelle bu,-
cacem, e na.3 achaado nejile cousa defesa oo das sobre-
ditas o deicara3 ir Liureracate,. e pela mesma maneira
«mó visios antes de unirem para fora, e aelladoos cora
as ditas fazendas oa com outras algaas defesas serafi
PaaCICULO 3. 3411

todas perdidas ametade pera os captives e a outra


ametade pera quem o musar, e peia o> ditos deus
officiaes, tirando a artelharia que he sempre Itera a
fazenda de Sua Magestade, e os donos dos pagueis
semi presos ecatium pera as galés do estado.Noteficoo ase
sy ao Capital de Cima!, ouuidor, e mais ôfficiaes e pes•
soas a que pertencer, elhes mando que stssy e cumpra3 e
guardem, e• laçai', inteiramente comprir e guardar dando
pera isto todo fauor eajuda que lhe fitr pedida sem dunida
nem embargo al gu ro çoeste se registará no livre da feitoria,
evalerá como carta sem embargo da Ordenaça3 do Li s
oro 2."Pit. 20 que diz que as comas que numerem de
durar mais da hum anuo passem per cartas e passando
per aluarás nati valhatt, e posto que nait pass'e pela Chan•
orlaria valerá sem embargo da dita Ordenacafi Auto.
Mo da Cunha o fez em Pangynt a tres de Dezembro de
1591. Luis da Gama o fez escreuer.-0 Viso ney.
(Livro 1.* de Alvarás fl. 34 4

103.
Mathias d'Alhuquerctue &e. Faço saber aos que este
aluará virem que por justos respeitos ey por bem e me
craz de dar liCenÇa a todo o nauio e embarcaça3
Portugueses, °Mista:3s da terra, momos, e gentios que
qui,er hir emregar fazendas a Majmira11 .o posa fazer
mit 'coando nem trazendo cousa algufi defesa, e pagam
do ar direitos na fortaleza de Mangalor de que trara3
certidaft, sob pensa de todo o navio eembarcaçaff que for
unhado com fazendas defesas, e que net; pagou os direi.
tos em Mangalor pena primeira vez perder a embarca-
ça3 com toda a fazenda que celta for acharia, e pele.
segunda alem do sobredito será degradado por eiroquct
annos per,. Ceyllafio dono do imolo, eestará á mais pe-
na que me parecer, e este será apregoado nos luganes
publicos desta cidade, eonde mais comprie peca atodos
rser notorio, de que se fará areento pura se saber rama
oassy ouue por bem Sua Senhoria, e valerá COMO Cera.
44
346 ARMOVO sOgrUoUggv01,1»,..

e valerá outrossy posto que nal5 passe pela chancelaria


por ser por seruiço de Sua Magestade. (a)
(Livro 1.° de Alvarás 6. 34 v.)

1592.
PRIMEIRA SERIE.

1101,,C;x0 110 RUN°.

NB.

As cartas da Mimai° deste anuo naB appareeem. O fragmento


que aqui vai foi enviado por copla em outra munça3 aubacquents.

104.
Capitulo de alma Corto de S-111. ao rigoiley da
Adia de 18 de Jatieiro de 1692.

E ossy uos mandei escreuer nas mesmas vias que eu.


tendia o dilto Manoel de Sousa por cousa muito nece•
saria mandar eu que se flteseern (juros da matrieulla,
e que confoune a prouisael que emulei o asno de 88
tinha ordenado que se procedesse neste negocio, que ECO.
do de tanta importância COMO tereis entendido e visto,
me pareceu tornaruollo a encarregar nesta, posto qaq
volto tenho eScritto nas aias do sano passado, e tett par-
licullarmente encomendado nas Instiucoès que levastes
que sou ei de tomo por repetidas como no principio des-
ta carta volto digo, e espero que nas perneiras netos me
emuyeis a reposta de 'lodos os perficullarea e dependei,
eiab desta materia, pesa com isso atos mandar mais o
que ouuer por meu seruiço.

(Livro 2.' fl. 271 e fl. 286 )

(a)Como o official que registou este alvura o naZ registou indo


em forma, ocapou.Jhe pbr a data, a qual deve ter da anuo ds
1091.
zsamormo 3. 847

1592.
SEIiE%I)t SiEELIE.
Al.at ann'S DO DCX.V.I.

105.
Medeias d'ialbuquerque do conselho de Sua Mages-
Sede, Visorrey da Judia &c. Faço saber .aos que este
meu aluará virem que pela experiencia e informaçai
que tenho das coimas deste estado sey que os mais dos
moradotes das fortaleces delle Corai de parecer e coo.
sentimento que se desse nellas hum por cento pera afa-
brica efortificaçai dellás sem se poder despender cou—
sa alguma do dinheiro que rio dito hum por cento se co•
brasas em outra aipi despesa por necessaria que fosse,
esendo quaijusto [te que se °minorai as condiçoôs de
semelhantes contratos .assy an seraiço de Deus, ede Sua
Magestade, como á defenssai e forteficaçai , e laern co-
mum de seus vassallos. ey por bem emando em nome
do dito Senhor que em Damai se uai faça obra algui
do dito dinheiro em quanto liai forem acabadas as obras
da forteficaçai delia, posto que aja prouisoôs ersa contra-
rio, eque modal achegues de pedra, churnarnbo, eoutras
quaesquer que ouuer que puderem sernir pera a dita
obra que sejai aladas ou vierem á dita fortaleza por
conta da Sé, da Camaro, e do colegio dos Patifes da
Companhia, ou do mosteiro de Sai Donningps, ou do tron•
se, se guaste e despenda assy na forteScaçai do dito
DamaZ, na qual trabalharei todos os pedreiros que aly
forem moradoreo ou residirem, enas aldeas anexas obri•
gaas an dito ' Damaô, sem se ocuparem em outra algas
obra se sai for retelhar casa., porque depois de aoabada
aforteficaçi que tanto cumpre a todos, tempo acera
pera.as obras particulares, pelo que mando que todoo
pedreiro que se ocupar em outra alguô obra depois da
publicacai de,ste seja degradado pera as galés por cita-
m. annos, posto que seja captiuo. Noteficoo .sy ao eu«
jatai da dita fortaleza, aos Padree administradores da
345 A000100 PORTUGUEZ.ORIENTAL

dita obra, ao Ouoidor,,officiaes da Camaro, emais officia«


aque o conhecimento deste pertencer, emando que assy
a curnpraõ e guardem, e inteiramente façoif comprir e
guardar coma se nelle comem, epera que venha ánoticia
de •todos se publique na praça e lugares publicas dessa
fonaleza e terras a ella anexas, e da pablicaçafi re par.
sant «11165, e tudo se registará no livro da Camara do
dito hamar> peru a todo tempo se saber o que nisto tenho
mandado, e se comprir, emando ao escriva5 da Camara
que de tudo passe eertidalli que enuiará COril deligencia
ao Secretario deste votado, eoutrossy manda em nome
de Sua. Magestade que o thesoureiro que té ora seruio do
dito hum por cenm acabe de seruir seus fres sonos sem
embargo de ser no dito cargo prouido hum Gaspar Foi.
auto porque assy o ey por seruiço do dito Senhor ebem
das ditas obras, e este valerá como carta posto que o
efeyto delle aja de durar mais de bom armo sem embar•
go da Ordenaçafiem contrario, e«5" passará pela Char°
cellaria sem embargo da dita Ordenaçafi. Luis Gonçal•
ves o fez em (Zoa a xij de fenereiro de 592. Luis da
Gania ofez escreuer.-0 VisoRey.
(Livro 2.• de Alvarás fl. 35 )

106.
Dom Felipe &e. aquantos esta carta de ley virem faço
caber que «lendo eu respeito ao grande e notauel dom
no e perjuizo que se segoe ás minhas alfandegas e ao
bem comum do estado da.India de se 'mirem Realles
para aterra de infieis por os mercadores que os vero bub•
cor uai, trazerem outras faeendae. mais q. Pagodes com
que ou troquei,- dando por eles excecinos preços, «3
querendo ffs tais mercadores asi naturaes como estran-
geiros pella mós pane mitab noutras mercadorias, eauen•
do eu a is« respeito, e querendo a tudo proner por se
euitarern as ditas desordens ' conformando,. com °pa-
recer dos desembargadores da Relaçaii que pera isso tos
mey, ey por bem eme praz e por esta..mando edefen.
PASCICOLO 3. 249

do por asa, -o aver por meu serniço ebem de minha fa-


zenda, e prol comum dos moradores do dito estado, que
daquy em diante nenhuã pessoa de qualquer ealidade
econdiça2 que seja asey Portugueses, corno christaas da
terra, nem nenhuã outra pessoa tire Reallez desta cida-
de por mar nem por terra pera nenhuã parte sem ...-
gime, perante o-meu Juiz dos feitos desta Corte o qual
lhe dará juramento ao tempo do registo dos santos evan.
gelhos que declare cujos saa os ditos Realree, e pesa onde
os leoa, é-sendo achados quaesquer Realles sem odito
registo fora desta cidade eseus arrebaldes ou embarca-
dos em qualquer ernbareaça2 sentei perdidos ametade
pera afazenda-de Sua Magestade. eaoutra arnetade pera
quem OB tomar, eo mesmo se entenderá prouandose que
08 lenaraõ sem odito registo fora desta cidade, ou de
qualquer outra deste estado, em que taribem se praticará
eguardará reta minha ley com declaraca2 que o registo
nas cidades e fortalezas fóra desta se fará peran•e ou
Ouuidores delias, eonde os nar, ouuer perante os Juizes
ordinarios pera o que todos terei', seus limos. E ou-
trossy ordeno e mando que nenhum ynfiel de qualquer
°alidade econdiçaii que seja possa mandar nem leuar os
ditos Reales pera fora com registo nem sem elle sob
Pensa que sendo achados nos ditos lugares, a saber,
fora desta cidade e seus arrebaldes ou embarcados se-
rem perdidos pelz maneira que dito he, eapessoa que os
leoas ser degradado por obliquo asnos pesa as gallés,
enas ditas pensas de degredo eneorrera3 todas as per
soas que derem ajuda on fauor apassarem os ditos Re•
abe, e os Tanadares dos passos seraõ sospendidos de
seus cargos arhá a minha merce prouandoseihe que per
Oii08 IMBSOMÔ COM seu consentimento. E para Cambaya
o poderaa lesar as pessoas que na2 saí; prohibidas, re-
gmtandoos primeiro pela maneira sobredita, e os con-
traetadores que por bem de sete contrato os podem man-
dar aCarnbay41. E porque para a China e Malaea na
monça2 seria grande °premia paru os que vai; para as
ditas partee es outtesem de regmtar, ordeno emando que
350 ARCHIVOP0101,900.•001ENTAL

neste caso somente, e para a dita China e Malaca naff


.sejsZi a isso obrigados os que para as ditas partes forem
durando a dita monçaft, naõ sendo pessoa de naçaõ, por
que estes os naõ podemit lcuar nern Inundar para as di-
tas partes nela para nenhuma outra vai ao sendo casados,
net, sendo respondestes, e todaula os ditos casados e
solteiros da naçaõ os poderaõ leuar para a China redis.
tandoos primeiro, e os casados para as cidades efortale-
zas aonde totem toucadores para onde taftbem oreegi.
Noteficoo assy atodos os Capitads, Tanadares des-
ta cidade edas mais cidades ' efortalezas deste estado,
Védor da fazenda de Sua iálagestade, e Juiz dos 'seus
feitos, Ounidores geraes do crime e ciuel, eatodos 09
mais Ouuidores, justiças, ofliciaes, epessoas aque o cot
nhecimeoto pertencer, que ora saõ caos que ao diante
formo, elhes mando que assy o cumpraõ eguardem, e
inteiramente fabaõ rompais e guardar da maneira que
PC nesta ley centeal sem dunida nem embargo algum, a
qual se apregoará nesta cidade pelos lugares publicos
a acostumados deito, e se registará nos passos desta
ilha para a todos ser nOtorio e nal) alegassem ygno•
meeis, e as mesma diligencias re faraõ nas outras cidat
dez e fortalezas deste estadb para onde se enviaraõ os
traslados autentiquos tirados da Chancelaria easinados
pelo Chanceler dane. Dada na minha cidade de Gois
eob meu seita das armas troes da Coroa de Portugal á
dez de Março. EIRey nosso Senhor o mandou por Mai
thias d'Albuquerque do seu conselho, sob VitioRey da
India &e. Luis Gonçalves afez anuo do nacimento de
nosso Senhor lesa Cluisto de mil be L R ij (1592 )•
Luis da Gama o fez escreuer.-0 VisoRey.
(Livro 1: de Alvarás fl. 7 e.)

107.
Dom Felipe &c. a quantos esta rainha carta de
virem faço saber que eu sou informado que 01911093 pes-
soas que nas partes da India recebem pesa me sertureP.
IsSátftrL0 3. 251

em minhas' armadas depois de iéeeberem buns se .dei.


xati fiques sem se embarcarem, aaaaa se desembarcai,
delias, e ficai) muitas vezes sem gente ou cern tati pouqua
que nati somente deixati de consegir os efeitos pêra que
as mando fazer, ruas andar, arriscadas a receberem das—
ao dos imigos, eavendo a tudo respeito ey por bem e
mando que da feitura desta em diante roda a pessoa de
qualquer °alidade e condiçati que seja que receber poro
as ditas armadas e se nat. ; embarcar nellas, ou depois
de embarcado se vier sem licença do capitai) mór dei
dita armada, morra morte natural, eacontecendo, que
depois de ter recebido adoeça de tal enfermidade que
uai) possa embarcame se apresentará:ao' Ouuidor era!
do crime do estado,' ejustificará adita doença antes tia
partir a armada, ea dita justificaçaii despachará em Re-
laça6, e neste caso serati escasos .Ja dila pensa se se 'pua-
nonciar em mesa que nati . tem obrigaçati de se embar-
car. Notefieoo assy ao °fluido,' geral de crime do pi.
lado da India, mais Onuidores, juizes, ejustiça-,' offici•se
epessoas aque pertencer que ora vati eao diante forem,
elhes mando que assy o'comprai) e guardem, e inteiria•
mente, lagoa comprir e guardar sem &mija oen, embar-
go algum, e o treslado deste enviará, o Chanceler deste
estado pelas cidades e fortalezas deite peca a todos ser
notorio o que assy mando e ordeno. Dada na minha
cidade de Goa sob meu sello desarmas reaes da Coroa
de Podugual a dez de Março, EIRevd mandou por Ma-
thim'd'Albuquerque, do Conselho do Soa Magestade, seu
VisoRey da incha &c. Luis Gonçalves a fez anuo d•
napimento de nosso Senhor Jesu Cluisto de MDLxxxxij
(a). Laia da Gama o fez escrecter.—E isto se enten-
derá em toda a India.-0 VisoRey

(Livro J.' de Alvarás fl. 6 )

(a)O resisto diz por engano MDLtaxij,


352 ARC111,0 PORT1,61,134..IENTAL

108.
Dom Felipe &c. a quantos esta minha carta de ley
virem faço caber que eu sou informado que no estado
da India se cometem alg5s delitos graues nos quaes
por as pessoas ofendidas nati- querelarem se deixa dS
prticeder pelas minhas justiças -por conforme as minhas
Ordenaçoôs neltes a lustiça ima haver lugar na?, anelo
do querella por outrossy naô serem os ditos casos de
&massa, entre os quaes huin dos principaes eque' mais
comornente acontece he dos que tiraô com pistoletes,
pelo que ey por bem e mando que da feytura desta sei
diante as ditas justiças deuasern tanto que ásna noticia
vier de toda a pessoa ou pessoas que com pistoleie ti•
rar, quer aja ferimento quero na?, aja, epelas ditou de-
nteias procedaô ornes-os culpados gne encorreraô nas
penta3 da extrauagante 4.' Capitulo; Tis. 2, Ley XI,
sem embargo de qualquer ley ais Ordenaçaô em contra-
rio; eassji ey por bem emando que toda a pessoa -que
tirar com espingarda socorra nas penas em tine. escoes
recta os que tirita com bésta contendas na Ordenaçaa
em 5.* Tit. X. §II, assy e da maneira, e com as disiin.
çoh e declaraçoôs cia dita Ordenaçaô, de que outrossI
te deuassará posto que os casos que acontecerem de
deuae,a nati sejati. Noteficoo assy ao meu Onnidor (e.
rei do escudo do india, e mais Onuirfores, Jtri.es,ps .
officiaes, e pessoas arine pertencer que ora saô e
as diante forem, e lhes mando gim ossy a cumpraó
goardr,50, einteirainonte faça?, cumprir e guardar como se
nessa contem serudouida nem embargo algum, earresta-
do dessa exalará o Chanceler deste estado atodas as oi.
<lides e fortalezas delle por elle asinadb- pera atodos Se.r
notorio o. que asna ordeno e mando. Dada na minha ci-
dade de (o,x eui, meu sello das amas reaes da Coroa
de Portnial adez de faiança. E1Rey nosso senhor o man-
rfou teor NTathins d'A Ibuquerque 'conselho de Sua Ma'
gestade. e neta Vieuaey da 'Juba &e.. Laia GonçaNes
TAICICOLO 3.' 353

a fez anotes do nacimento de nosso Senhor Jean Christo


de mil quinhentos noaenta é duas. Luis da Gama a fé.
romanas-0 VisoRey.

(Livre I. de Alvares I/. 6 v.)

109.
Dom Felfppe &c. a quantos esta minha carta de ley
tinem faço saber que acendo em respeito as naos que da
China, e Melena partem pera a Judia uirem emnumente
muito arriscadas por delias se desembarcarem os mero
redores portuguezen e mais gente que nenen vem antes
de chegnanson e surgiam- a na borra da cidade de Co.
viam eda de Goa deicandoas coram; Intuito gente que
058 bastar, pera as defender de qualqueg perigo ecou .
Oraste que lhes possa acontecer. como do tudo foy infor-
mado o meu VisoRay que ora ha da India -e a espero..
carta o tem d'enaostrado, equerendo es raiam premer peia
que se evitem G31,19 desordens taa perludiciaes que te.
foro °une corara o serniço de Deres e meu, edo he na
comum dos meus 'ressaibos, ec pior bem epor esta man-
do e,lefendo que da publica...3 deita em diante nenhué
pessoa de qualquer calidade e condiçasit que seja qne
vier nas ditas naus da China no nalaca se desernbar•
que deitas thé na3 surgirem na borra da dito cidade de
Coa mi na de Cochina quando por algurn caso fortuito.
na° podezeoa. passar a Dos, sob penna de todo oque
ocontrário fizor e fer contra oque mando eordeno nel,
ta defesa set preso the minha merco ou do dito ateu
VitioRey riaIadia, eda prisaiii pagar quatrocentos cru-
zados, ametade para o resgate doe calinos, e esacra a.
metade para ao despesa, da minha ribeira, nos qhatea
sem, etecurados sena remiseaN. e por quanto os ditat
Ia
neos
tomai,
- •Ceila3,
que do Chinaee
daly
Matara
e de vem,
elidam
eoutras
trazem
de Bengala
milhe.
,esaoas sem 'kerma dos Cogotaée daquellas fortalezas,
epor rasa causa ficarem ritos sempre quasi serie gente
'lIteudo de guerra, e tendo deita tanta necessidade per*

46
354. ARCHIVO P.011,001,82.0111ENTAL

a sua defensa5, outrossy mando e defendo por hrey o


uuer por muito meia seruieo•que nenhuã das ditas aios
nern qualquer outra ernburcaçaõ tragua .das dita...forta-
lezas de Ceylail e Malaca .pessoa alguá quer seja fi-
dalgo, soldado, pedreiro, canocueiro, como qualquer
outra que .seja que nellas. estitterem eresidirem sem ex-
pressa licença dos capitaès das taco fortalezas, sob .pena
de paguar o capita& da náo ou' Cauto em que algosa,
das ditas pessoas - acima declaradas vierem trezentcs
cruzados sem remisaá, ametade para as despesas da dita
toinlia ribeira, ea outra anulada pera o.resgate dos,cas ca-
tivos; e .pera que a todos seja notorio, e nari possa aie-
guar ignorancia mando que esta minha carta -de ley
e defina se apregoe na dita cidade de Goa peles Ioga-
res publicou della, e se registe na minha Chaneellaria
donde se enuiaraõ os atrelados asinados pelo meu Cima-
ceies .do estado da Lndia á cidade de Cochim eáde
Maluca pera nelas outrossy ser apregoada e- registada
no liuro dos registos das suas feitorias e cantaras. Note-
ficoo assy ao meu Ouitidor peral' do mime, e ar, dito
Chanceler do estado da India, eatodos os mata °uai.
dores, Juizes ejusiiças, offieiaes e pessoas a que perten-
cer,. que .ora sart eao diante forem, e lhes mando que
assy o cumpraõ eguardem, e inteiramente faCaõ men•
prir e guardar da maneira que se nesta Contem. min
duuida nem embargo alga. E-outro treslado se enojará
lambem á fortaleza de Ceilaõ pera nela se . raZeISM as
mesmas diligencias -acima. Dada na' asinha 'cidade de
Goa sob meu sello das urutau cones da Coroa de PtIl'•
tugal a sete de abril: EIRey o mandou por blathias d'
Albuquerque do seu conselho, Visolley da Ilidia 5te•
Luis Gonçalves a fez asso do nacimeuto de noSso e- rthor
Jesu Gbristo de mil belRij (1592) Luis da Gama o. Ins
CS ViSOiley.

(Livre 1. • de Alvarás II, 12 v.)


4,13CMDIJO 3.* 355

110.
Dom Felipe .- ke. a quantos esta minha cana de ley
perpetua virem faço saber que os Vreadores e offleiaes
da -Camara da minha cidade de Goa rue fizerad a ia.
bem por rua petiçad era nome de todo o poio que os
meados e moradores dela recebied ponde perda e °Orn-
ear, das capiiads fluíres da China e- destras partes quan-
do séeede falecei' algaa pessoa por quem elles, rnabdad
era dinheiro de que os ,ditos capitablslançaia mad corno
Frouedores doi defuntos, noa lhes valendo serem seus
procuradores na terra, e hir o dito dinheiro com seis sl•
nal emarca eletreiro dizendo que had os taes procura.
dores dapreeentar os proprios conhecimentos dos de-
funtos, os quaes nadt se custamo ó- mandar ás ditas partes
-
— por ficarem em poder do nono do tal dinheiro pera sua

guarda e segurança, pedindorne mandasse fazes ley


pera que todo o dinheiro que se achar de partes em 1,04
der de algum defunto que na terra tenhad procuradores
o. Pmcurador constando do dono deite per conheclinen 4
to ou lembrança do dito defunto, ou letreiro nos somas
do tal dinheiro, o deixe cobrar aos ditos procuradores;
rendo o dito -meu - VisoRey a dita petiçad ser justa,
com parecer doe desembargadores de minha Relaçad
assentou que ,o dinheiro que se achar a algaa pessoa'
das que cari pera a China, e falecer, se entregue aos pro•
curadores da pessoa cujo o dito dinheiro com.tar que
he ou per conhecimento, ou hum de lembrança, ou chi•
tas que vad dentro mos Bagos, ou letreiros postos de fera,
eque o capitai. ; nem o prouedor dosaefuntoe se 'nad, ed•
tramare s nisso nem outra pessoa algaa seu', o Ouuldor,
sob pensa de pagarem os intereces eo propio á parte,
epagarem -outro tanto do que tomarem para a,ribeira da
minha • cidade de Gota. E visto por . mym o-dito parecer
easento dos ditos desembargadores eofuedamento delle,
eY pot hem e rne.' pra., e por esta façó . Ey, ordeno, ' e
".de- que -daqui em diante se cumpra o que acima he
256 ARCRIVO PORTUOUEZ-01118NTAL

declarado, e pela mesma ordem emodo se corra com o


dito dinheiro com efeito sob as ditas penas que se exe-
cutara6 nos que nellas encorrerem sem embargo de qual..
quer pronisa6, defesa, ou outra qualquer ley que aja
érn contrario, porque iodas ey por derogadas e de ne•
oltuni valor neto vigor, a qual será apregoada na cidade
de álaoao na China, e regi,tada na entoara delia, e na
da minha cidade de (doa, <leque Re fará assento de iodo
nas costas della pelos officiaes a que pertencer. Notifl•
coo assy aos Capitaès móres das viagens da China, mais
capitado,. prouedores dos defuntos, Outtidor geral com
aboiada das ditas partes, jais justiças, officiaes e pes.
soas aque pertencer, e lhes mando que assy o cumprs6
e,guardent, e inteiramente faça6 cumprir eguardar da
maneira que acima he declarado reis douida nem em-
.ergo algum. Dada na minha cidade de Goa sob meu
s. lo das armas ceara da Coima de Portugal a xx de abril.
..,rtey nosso senhor o mandou por Mathias d'Albuquer.
<pi e ,to seu conselho, ViisoRey da Judia &e. Antonio da
Cunha a fez acuo do nacimento de nosso senhor Jef
CiffiSIO de rui! bcIRij (1592). Luis da Gama ofez eis
creuer.-0 ViseRey.
)Livro 1.• de Alvarás fl. 9)

111.
Dom Felipe Exc. a quantoa esta ley e defesa virem
faço saber que os Vreadores e mais offlciaes da Camara
da cidade de Goa me enviara6 a dizer por sua petiçaii
que muitos momos e gentios da dita cidade e da de
Chau), edoutras das partes da bulia mandauaii muita
copia de dipheiro e fazendas a Malaca e á China per
mita dos Portuguezes, no que a minha fazenda recebia
notauel perda, ese seguia muito prejuizo n meus vav•
sallôs e ao bem comum dos pneus delias, porque alem
de se alterarem os preços das fazendas na China pelo,
sctttyte cabedal •ffie a ella vay, perde minha fazenda ox
direitos das saidas delias que os mouros e.gentios aotua
Teeletelt10 3. 357

ás comprar depois de serem despachadai pelos Porte.


socara, que ora se nau i faziati pelas despacharem pus
semeie Vi:,,s0 por niym seu pedira dizer, einformaço3s que
do dito caso Mathiae d'Albuquerque, do meu consselho, Vi.
soRey da Ilidia, tomou sobre esta mataria, por atalhar a
hiiia desordem ta3 perjudicial ao meu seruiço e ao bem
comum dê meus iassallos, ey por bem' eme oras, e por
esta laialla.ley mando e defendo que daquy ela diante
'lenha Portuges de. qualquer estado, calidade, e condi-
çaô que seja, nem qualquer outra pessoa bar dinheiro
nein fazendas a Malaca ou á China de gentio, ou mouro,
cê judeu, sob pena de perdinento de toda a dita fazen-
da, ede quinhentos 'caulins, ametade para os capti-
uos, eaoutra para quem .os acusar e obras da ribeira
que pagara?, sem remiça3 algas.. E. para que a todos
seja notorie, erui tempo algum ao na3 possa alegar yno—
saneia, mando que ceia apregoada na dita cidade de
Goa pelos lugares publicos e acuemmados, e regietada
-nos liares da Camara della, e asey cera apregoada na
cidade de Malaca, e de Machio, e registada pela dita
maneira. Notei.00 asey a todas as jusliças, olficiaes e
pessoas a que pertencer, e lhes mando que assy ocom•
piai' eguardem, e inteiramente faça3 comprir e guardar
eal todo e por todo da maneira que dito lie cem da.
tida nem embargo algum. Dada na -minha cidade
de fiou sob meu sello das armas reaeá da Cotoa de
Portugal a xxiiij de abril. ElRey nosso Senhor o
mandou por Mathias d'Albuquerque do seu conselho.
VisoRey da India &e. Luis Gonçalves a . fez armo do
naeimento de nosso Senhor Jesu Christo de mil beiRi)
(1592 ). Luis da Gama a fez escreo,.-0 Vis° Reg.
(Livro 1.* do usarão fl. 13 )

112.
Dom Felipe &c. a quantos esta minha carta de Iy
virem faca saber que acendo eu reapeito ao grande
355 ARC11100 PORTUOU62,0121.TAL

signo que °fraca ás minhas armadas do •'Enttidádb


media ceda cano por se deseirMarcarem 'dálias
dados que nelas recebem, ese deixarem ficanerateon era
ferra que se nata ernbareaõ tendo recebido', rabeca qae
mantley fazer ley pesa que os sobredited .eqcotytiftt• em
pena de morte, aqual alguás vezes pe naa
lar por rainhas justiças noa acharem • osi•dinas•soldttiles
pesa os prender, equerendo eu premer, efpetl,bent'que
ais ris da dita penna nenhum capitail -shar• paste icettidaa
a soldado alguns de qualquer entidade e condiçaa que
seja ple o nua acompanhar depois: titia destalliarja -pari
tir até tornar aella, imb tensa de pelas ditas lénYtia05i
se naa fazer obra .algas e m rens avidas por falsas, e o
capite& mós que as passar pagar 'quinliemos- cMiadda
amolado pesa a minha ribeira da- Cidade de Goà, ea
.outra pera os catiuos ;e pera milhos se padre saber se
os dium soldados cumprom• com-•suas obrigaçbas e an—
dita com os capitai:, com :que se embareaa, ordeno einalndo
que es capitaõs mores das• minhas armadas façab" lodos 'se
guia. <lias alarde, o' minem arol o, que achareui
ter, c o, que faltarem, pesa atodo oiespo seeabet os qae
encorreraa na pena :desta leY. El porque, pode a'énat9.:
cet• que alguns solilackos adoeça& de tais • aufePetillades
que pai; possaõ continuar Mim áarmada, ey . outressy põr
bem que essa tenda ao eapilaa mós -de como -ááe 'Saa
doentes lhe possa das licença pesa se mirarem, á ,atur
esta ley naa aja nos saca doentes lugar, nem noa ferido.-
na guerra, e se Ihea.posierá dar cerrida8; agüttl l piálstiára
só o Capitaa mós clamada, ou 'a capitaa• da farta-Iene: a.
onde for de socorro ou Moerem asistindo oseu-cintado
nela. Noteficeo assy aos ditos Capitaõs'mórés eS•ttida
as Minhas justiças, e lhes mando. que assy ocumpra& e
guardem, e façail coMprir e guandar como se sesta asas
teia sem dituida nein éntbargb algum, e esta no aptas
goará nesta cidade pelos lugares .pubilcoa dela, s
minhas cidades efortalezas deste estado pviM o'fieol,
Chan ce l er- .5!..4bfa ois tteelaao, por edle"tesninadot
iga au caber coma a assy suando e ordeno por ley. Da-
vetscrcur.o 3.• 359

dto. -minha cidade de Goa sob meu solIõ-dIWtO


séries da Coroa de Portugal a xij de Tinir,: Pilltéy'o
mandou por Matinas •d'Albuquerque do seu tett...tilo,
VisoRey da Ilidia &ie. Antonio da Cunha t'tos autna

de mil boliiij ( 1092 ). Luis da Gama o íon esareMer


—O ,
VisoBey.
(Livro 1: de Abanas fl. 10 v.)

113.
Dom Felipe &e. a quantos esta carta de ley virem
(ao saber que os Vreadores eolficiaes.da Camára da
cidade de Goa pela erra petioa0 atrás ymuiaró dizer
aMetias d'Albuquerque do meu min:telho, e Visolley que
ora he das partes da índia, que Dm. Pedro Mascaras
Silas sendo outrogiy VisoRey deltas fizera ley de rias
se usara té opresente pela qual taxara. alugueys das
casas que na dita cidade se alugana5 a reanti de ires
tangas por mes daluger por cada cem ',arit.., de ao,
lia, eista em tempo que vali.) todos os meteria., a
aabor, madeira, pedra, chunambo, e•.y os feitios mais
baratos aro,, por meo .do que ao,presente valem,tpelo gula
is na0. podia usar de tal ley e• taxat• pedindo mandac.
faz.. outra nona no que parecesse. justo conforme mo
'tempo. presente e ao . erecimentri da dos materiais, •
eque dglain ad gog asem, mais q ue os so ldados que as.
tottlinepte,pud asgm,em meu shrsflieu,i aqual pede./ cum
oi reqnerimento •tiquy junto:desnato oipoun.'da dita el.
dado foi cisto •pelo ditoi.VilextReyinn ditai cursada Re-
legai"; presente :os :desernbargadorerdella, é mandou que
adita eidade.elegesemduas pessoas de eorifianea esem
sospeita. p.a que nouimente taxasein segundo Deus e
suas coneiencias os ates ,alugueres 'conforme rt. tem-
10 e.valia das- casas, e que depois de feita adita deli-
gencia 101118S. ,á me.sa pesa nola se lhe dar o despaoho
que conveniente fosse, e visto como a-ditaicidade elege0.:
peia odito efeito a Gaspar Barbusan a DiogU•Rodrigues,
Froos °ideal.. emurati.es della, os ganas Q'Maa.Á jus.
360 POitTIMU.Z.01[18112zfl

forni:1906s erre -eua conciencia decrarara3 que lhes per


ressia que.se deuia fazer soai regimento etaxa no qual
se mandesuie que os avaliadores avaliasent as «rasa re•
cai) de quatro- tangas por nada reza pardaoo por meu,
pok quanto as caosao todas estatua alteradas q.uasi em
dobro do que valiaa nu tempo que odito VisoRey Dono
Pedro Mascarenbas fizera a dita taxa, e as casas ser a
raiz que os homons faziaa eeornprauaa pera rendimen-
to de que se valha', e custauala muito dinheiro, eporque
desm liberdade naa usaa mais que os homens que an-
dana& em mea .ruiçsv e que tionati pouco do seu, como.
tudo mais largamente consta do parecer dos diton eley•
tos a requerimento do )..stue e pedala da dita cidade aguy
junto, e avena> reepeito . mapas perdas qae tad re-
cebidas os donoo das casas que anda)," dalager e pede«
receber par se usar da dita taxa e plateia que fez o
dita •Visolicy Dom Ped PO por ao prose rue valerem todas /13
con4as ri tata era dobro do que euta3 valia)), e os alugado-
ros quando despeja, as toes casas as deixarem muito-
daaificadas conto . teta visto e aexperieecia mostrado,.
e etiaformandoute com o parecer doo dirrrt eleylos pela
cidade eama o atrás dos mesmo» desembargadores at
Rtolaçart, ey por bern.e rue paz per rodou os, ditos ser.
pel'I0, e outros j„ustas que rue g. isto Tatuem, epor assy
tecer por uma seruice e bem dos fidalgos, «estaleiros, e
atalaies, eoutras pessoas que me- semeai nas ditar par.
t. da Ilidia, e. ass oteraadoses e poust erraram da dita
cidade de 43«, que a dita ley do VisoRey Dona Pedro
se cai) compus nau se use matadolia, por quantaper
ta, a dertiguo a liey por desagasto- epor de nenhurnefeyto
e rigor nu que ,0111.110 toque á taxa palatal loy
pasta ,.e mando que da. publicitará desta os avaliadores
da dita- cidade rias orá.- ssa. e ao diante forem, ata'
Irem asilavas- q118 se alagarem s, rezar. de gut...Magas
psxmrtrea dainguer por cada em- parda.. valia delias,.
que.h
turno e preço- que ora. ui 1113011, ute. lexr elittriro, e.a.eetli.
reza,";.e. doa. das maca c.at as alugaraa a
da1r.¡Autto.reicus,, criado: aia" soldados. opera., urro
ItagOletelsta 3. *

Ima que &atualmente andarem em meu aeruiço, opor mais


naft, sob aspeunas decraradas da dita ley do Viao,Rey
Dom Pedia que neste particular se cumprira comeste,, as
qtraes se exceutaraft muito inteiramemtsnos que o,con-
trario lacrem, por quanto nafi fie minha tengaBique.usem
deata liberdade mais que os que andarem, autqalmeute
em meu serniço nas ditas partes, visto ,outroasy como
por esse respeito fazem muitas despesas, e sai; terem
para poderem pagar groços alugueres. Noteficoo assy
aos ditos Vreadores eoffeciaea da Camara, ouuidores
gemes do crime eeiuel, aposentados da .dita cidade, e
avaliadores dela, e a todas as mais justiças, otficiaes e
pcssoaa a que pertencer, que ora sal eto diante forem, .e
lhes mando que campraõ e guardem, e..inteiramente
façaft,comprir e guardar esta minha Carta de ley da
maneira que se se fia contem sem duuída nem embargo
algum: a. qual acra -apregoa.aa pelas' ruas publicas da
dita cidade, eregistada nq lura dos registar da Camara,
dela.pera a todos eer notoçio ea todo o letnpo se saber
como assy omando eordeno pelos ditos respeitos anima
sanas.. Dada na minha cidade de .(loa sob naeuseilo das
armas reaes da Coroa de Portugal ay•tijj de Junho. El.
ReY o mandou por Mathias d'Albuqüesque doges coa-
VisuRey da Ilidia &e. Antonio Barbosa, a fava.,
ao da nacimento de Nosso Serthor Jeeu Christo de mil
belRij (1492) Luis da Gama ofez. esereuer.-0 VisoRey.
1.' de Alvarás ft. 14 )

114.
Dom Felipe &o. a <mantos esta minha carta de ley
Itrent.faço saber que os Gancares. daldea de Moromby
o,pequeao ave euviarati a diger por soa petiçaft (atras
",VPic.) que alies na8 tinbaB mino. reinadio para. sutis.
faaerern o foro que rosdeniaft se naft das vavgeae salga-
das estando alias seguras e fortes doe valados, o 9..1
remedio lhes tisauad oa Mundacares e pessoas que si-
u'm nos palmares doa fidalgoa e Portugueses podem--
48
ÁlteSIVO PORPUGIIIWIORIENTAL

soe que tem patinares na dita aldea, cortando se sallaelm


e osalgado que adIo. erieue3; e querendo insto pra.
ver de maneira que 500 se cortem daquy em diante'
me ditos salgados pela perda e opreeaõ que redebeen
os ditos' °alicerce, ey por bem, ordono,.e mando que
da publicaça3 desta, minha ley çm diante neohná
eme de qualquer °alidade e oorpieçal3 que seja corne
remoo nem lenha nos salgados doo vallados das var.
gemer' sob pena. que COrtalld40,8, so for negro Latino ser
degradado quatro annos peta ao gailke do estado, esendo
geme da terra dons armas penas ditas galleSe, eceado
Portuguez-eer condenado em trinta parda. pene es dee.
penas da Relaça3 pagos do tronco sem remiça03. Note.
floco asey ao Ganidor geral do estado dee canele cri.
soes, 'mais justiças eofficiaes, e acetines aque pertencer,
e1hee mando que ase,' o eumpra3 e guardem, e façab
compele eguardar como te meta contem nem duende
nem embargo algum, ecera se apregoará onde campeie,
eSe fará termo nas comas della parta todas ser notorio..
Dada na minha cidade de Goa eob meu -sello das mi.
nhas armas trans ela Coroa de Portugal aata de Julho
EIRey nosso Senhor omandou por Manas d'Albuquer-
qtte do seu conselho, Visolley da India bre. Antonio
da Cunha afez anilo de mil quinhentos asserira edoar
Luis da Gama ofe'z escrener.-0 Visoney.
(Liuro1,' de Alvarás ft 15 v.)

115.
Dom Felipe 4ce. a geamos esta minha carta de ley
virem faço saber que por justos respeitos que me aisto
moam, epor se euitarem muyttie deeordens que' es tem
cometidas e«o diante podem cometer na fortaleza de Cre ,
menor eera porto em prejuízo do BettliÇe de Dern, emeh
eem defraude de minha fazenda, e por esy o parece (
aoe Desembargadores da Relaça3 das partes da judia'
atrás asinadas, ey por bem e mando e defende que da
publicaça3 desta carta de ley em diante que Múl as-
'nomearem ,•3.' SPia

Ilidam), de Portuguezes corno de inflei& que nua forem


vassallos do Rey de Canta« que for ao dito porto
de .Cananor vá aportar nem surgir ao bazar dos montou
sem primeiro ir 8.0 gOrgIdOlird e Jaguar dos,Portitguezes
que está do ribeiro da dernarcaoaõ sé á fortaleza, onde
poderaõ fazer Seus bangaçam, evenderem suas fazendas
emercancias aquem qutzeretn, e dali ir tomar sua car-
gos pesa se partirerri com ofazerem asaber ao capitai'''.da
dita fortaleza primeiro que partaõ delia, o qual man-
dvé, ver os ires nauios edar busca nelles para que Par,
lesem nenhila cousa das defesas por meu regimeato, e
•disso lhe passará suas cartidOés que seraõ feitas pelo
escrinaõ da feytoria da dita .fortaleza que na& leaara
mais de seu salario que dez reis • por cada huâ delias,
sol> pensa de todo o que amy naõ comprir efor ebntra
aque maado •ordena nesta carta. de ley perderem os
taeé nalsios com tudo o que nelles se •achar, as duas
partes peca minha fazenda e aoutra pesa quem os anu-
sal, que se executará aos culpados eecoeis muito inteira-
mente. NoteficOo'amy ao mapitaD da dita fortaleza de
Catamos, Quaidor geral do crime da corte da India, fey-
tõr delta, -mais justiças, officiaes, epessoas aque perten-
cer, que ora sada ao diante forem, elhes mando que amy'
ocalamita eguardem, einteiramente facas, comprir eguar-
dai da maneira que se nesta dita carta contem sem .duuida.
neta embargo algum, aqual será apregoada na dita fortale-
za de Cananor eseus lugares publieos, eregistada na sua
feytoria peca atodos ser notório, ese saber a todo o tempo
corno assy omando eordeno pelos ditou.respeitos. Dada
na minha cidade de GO sob tneu selha das armas restes
da coroa de Portugal a vinte seis de nouembró. EIRey
omandou por Matlaiaa d'Albuquerque do seu conselho,
e VisoRej da India &c.' Antonio Batbosa a fez -armo
de nascimento de nosso Senhor Sem Christo de mil qui-
abemos nouenta e dons. Luta da Gama o fez bsereuer.—
o nioRry.
(Line 1: Alvarás fl. 16 r. )
364 .HCRIVO PORTU«.2.01tIZNTAI

116.
Dotn Felipe &e. a. <mantos esta miaha carta virotes
fiico saber que auendo eu respeito aver multas pessoas
que em nauios ligeiros seus, ede baniaues, mouros, e
gentios navegald .ipélo mar da costa da bulia e peta os
nossos porto , elagares do norte e eu' trazendo os ines
mini. soldados emarinheiros nanarias e tainbonaz de•
sesqüipando as minhas armadas dell., e ateia disso taá
desaforadamente trataa em pimenta contra tom', das
minhas defesas, que resgatai:lie compra?, com outras fasen•
<las em Batequala, Rio da pedra, Çarnate, Ilheos de
Santa álaria, Bacanor, Magicirafi, Curtibio (eis f, Ças
nharoio, Meliahirad, Marabia, Baleapatail, 'Rrlinapatinfii
?dairo, oliio do Sal, Chalé, eTenor, e outros portos e
ingeres do Canazi e Malnuar donde nad lia fortalezas
mins.. Rolando a .elles mantimentos eoutras fazen-
das de . que os seus moradores tem necessidade sela
do humo e outra cousa.- me pagarem direitos nenhuns
pélas usurparem ás midhas, alfand.egas, e. recebendo
nos ditos portos os POrtuguezes e vassallos ateus
pie a elles vai," fazer á tal resgate. 'doe seus mora-
dores muitas afrontas .e avezonoéls qup ileSirtual.Stá
pelos grandes interesse5 .qua .iam em tratar nos dica por'
tos em pimenta e outras "fazendas que leuaii, a Cata'
baya e orais lugares do norte donde as embarcad pema.
estreito de Mequa e portos, dç linigims •do meu - estado.
da India sem pagarem direitos -delias nas minhas al—
fanciegas, sendo muitas vezes tomados dos Mail.lis-fss f
d'outres inaniges emir que enriquecem e. se .filaern mais
poderosos, como de tudo Cop. infOrmarlo a ateu ,V10.01. ieY
que ora he da Iniba, ea experiencm de muitos .asnos °
tem .mostrado, e querendo. nisto prouer.da roanciraiia.a
se editem estas desurdeaa taniperjudinia.çs a. meu perall,
ao diante podiau acontecer, ey por bem eMe
e por esta mando e defendo ride da publiciteuo della
eua dianth acabam .nanio ligeird aey d'esperafi como
WAROICVLO 3. , 365

calamstes. e ;cotaeoulloást•e sanguieeres soneguem nem


po.s4 ..neguar do norte pera e sul, nem do sal para
0.001,t,SCM expreça licenea do recai Visoftey que ora
há tia india e sem primeiro registar cora o guarda-mo
do. cidade de•Cloa,e ser vinte por eik na franquia da
parta dellin„e leuarern sua eertidad que Ine passará nas
tonas da dita licença, datiqnal vertida, nad lesará mais
sallario quo ,o que lhe esta ordenado per regimento, e
azoado de nanegar cena a dita licenca peru o sul o po-
écran' -fazer e ir earsegar aos partos s.ornente onde: ous
ser reinarias minhas, e aiaS a algum dos acima declaras
dor que lhes prohibo e d4entio•ts apresentarad escritos

dos , uqpitaás de coma a.ellas furai", que nad valerad mais


que até na isintregatem em tempo conueniente no- porto
da dita cidade, de Goa ao cibo guarda
. mor dedais,. (c.a ,
na de toda a pessoa que assy o nati cumpris e for em,
os esta defesa perder o tal with', e os que fisrent aeha•

dos nella tuom pimenta morrerem nrorto -aatural, e as na.


ritthe.ir. .rens canos p-ra sempre peru , ninhas
gqilensem sterni•sad, e OS 11A14-0n qi10 forem ll tachados nos
sias te, }nitrias Idosos por, esta. minha, ky, e trouxerem,

saldados ao marinheiros ti£1,4‘nlb¡l538 armadas W171..X.pi.t.•


Ça. 110E11C. do oapitad. mor dell., serer!. pOrdid013;'p 1,0«
111009 paras ss. 1'01,8 npssÁss'jde puesasoonsasitfasendos

que nelles se acharem, anotado pera as despes-ar do


dito eg.iglo da iedis, escoara para atMnia se animo; e

senda pimenta se lhes dara de minha feseadata saliado


parte qajg lhe couber ern, dinheiro de contado, nas quase
penas éy •por encerridos os Adua nauios osu pessoas
que nelles andarem sendo logtin tomados, mas a todo
tempo que constare as lhes , prosou que furai': contra
esta minha defesa, para. cujo alieno mando que se de.
uasse 'sobre isto todon os atinds; e asy serad perdidos os
Assine nue constar serem de !tanoarias, assy d'esporeti,

corno cal.nn ies, coe


ro cot .. des, posto que nelles ?as
derndsu .tiecheuttarksartugueéslinieninds'a pessoa •tfne'os
.usar.oix 4...u,bpi avemqacta,sytuttalmanid deln,erce,e'

a "S!Pettloado dttltesa era que ,eaatrttaaporiti atidtiti'dadr:


SOB &acurve Sacratameuserer.u.

le, dando Melada a terça parte- da valia -do dito nabher


que aplico pera os resgates dos captiuos da dita partes
da India, que será entregue na Misericordia da Cidade
de Goa ou na de Client aos prouedores eirmais da dita
casa para os despender nos ditos resgates ecai em ou.-
tra masa de que apresentará certidaó. Noteficoo as sy
ao men ouuidor geral do erirne do estado da Judia, e
a todos os capitais mórea das minhas armadas, eapi•
tais das fortalezas das dita.partes, ouuldores deitas, e
rnais justiças, offielaes, epessoas a que pertencer, que
ora sai e ao diante forem, elhes mando que •assy e
comprai eguardem, einteiramente faça., eomprir egut.,
dar da maneira que•se contem nesta minha carta de lay
edefesa sern dunida nem embargo algum por quanto
o ey por bem emuito seruiço de Deus emoo, aqual será
apregoada na cidade de Goa eem todas as mais cita- •
clea e fortalezas minhas da costa do norte e do rui, e
registada nos limos dos registos das soas Cariaras e
feytorias para que seja notofio a todos esempre se say-
ba como assy omando e defendo pelos ditos raspe: a.
Dada na minha cidade de Goa sob meu sello das mi-
nha armas rena da Caí. de Portugal ax de Dezern•
bto. EIRey nosso senhor o meados por Mathias d'Albu•
querque do seu conselho, VieoRey da Indik. Soe. Re-
taliai Nunes a fez asso do naeimento de nosso senhor
Jesu Christo de mil quinhentos nouenta edons. Luis da
Gama a fez esereuer-0 VisoRey.
(Livro i. de Alvarás fl. 17 )
1593.
PRIMEIRA SERIE.
11101aC,10 nOPA1RO.

117.
Visorrey amigos. Eu ElRey vos emalo rnnito saudar.
De vosso procedimento no gouerno desse estado espero
tqr sempre tais, aulas atal,' boa eaormagab que raspou--
'ItaelliOtA.0 3.. 361'

doa em todo grandreontiance emir que - *O.' elidimat.


suei: deite, crendo que nossas obras tymenifeetarianzei
clarentente, e que.' de nossos intentos nenen fundados
nesta vossa tamanha obriguazaa ~bera se Soera cases
vossas , pellas aSno do anno peissedo, de que atégora nab
be enegitaila no porto desta cidade maio que a &ia Sita
Christoneb, de que veio por capitaa' Joaa Trigueiros, e
naa hu ainda nonas das néon Bom leen e Seta Bernardo
q. prazerá •e•Deos •atribeilab a Mrszambique, e será
sentido trazellas •a caluamento, é anho Santa Cena foi'
%metida de muitos cosealros na paragem da ilha do
Coroo per tal modo que itendosse que se -aaa ;Metia sali
une deites e capitaa deita Antonio Teixeira de Nfacedp
lhe fez pai...fogem eaqueimou, procedendo nesta ~limita
com acordo e de maneira que me °nue. deite por -benn Ser—
eido, ea aio capitauhrque depois ueio ter á dita Ilha foi
demandada atos mesmos cosei'''ou com que pellti'ou por
.1.0.40 espaço de tempo fazendo rniii to dano noites que pré.
nal.ersa tanto por serem muitos que arenderaa, naa sons
deitada chegoada áquella paragem'bnif grossa armada qne
mandei fazer per conta dá coroa de Castella, podendo já
eetaall'r eer conforme ao tempo em que partir, -cordem que
mandei dar ao capitaa mito. e capita3s deita, deiiando
de. menden' a outros' efeitos mui importantes pera que
em »mito »cecearia, pot' eegarar as néon da índia que
antepus a Ittata, xlemonstraçati peca ea /tabus semens* des.
te Rei. .e desse estada urrem qtiantm folgo de mandar
acodir ao que lhes comum inda em tempos que ha outras
apua» que obriguei; azie Mr itultabonia coita dias como com
rodas as de mor obriguaçaa. E• poro Capitai,- mór se anil
Ir 1. °3o dereito á Ilhaszio Coroo aconteeeraa estes destes.
ser, de que•elle se escusou com que elas outras Ilhae
onde se detene curseis:a Os aliados cOlatzeiros bom Iate nab
pudea.'demandar logo eqaelie paragem. Equento Mais
eiato Procurou preuenir com rertiéclial necessetio é tias.
mm, e tanto á c.ta daninha fazenda, tento main o era.
t, sendo pêra Men huit das peinotpaee caustui -x descoso
.11 .z.b eperda -que recebersa -inen's namittOds, que possam
36$ Micalv0 YORTVallaakelasprial.

que.tamlieni fosse grande para minba,fasendasu


Int acuo Por meta pautai:dias, E ppra marqueis- socerlail
ao diante semelhastes ,desastres .teultwordreado,oneeja
lodosos asnos armada desta coroa de tantos, taii bons
sumi., Otúto lte,r0 .aperoebidos como Mutuem, petisque an:
dom tio «mar«do0de abril hm Outábrot e malas° Mais «for
neoe.astot q pie quando compair se pintem Eleita mais
uattios.da armada da coroa de Qastelia, esejaquapita3
môr, eapitaês efidalgos .criados meus, •e .pldados que nal.
la forem taes•pnruosm que agora nitri na armada qtle, tio
porto desta cidade se uay -acabando de aPeriteber poro
logo gaios, de que Aodow Mega vassalat se daueusconeen•
tar e satisfazer muito sabendo que esta ordenado que aja
todos 05 .00505 «armada portuguesa pesa ae empreguar em
dar guarda e recolher as »aos que 'moa destoa Partes,:e
aos mais °aulas dos seshoriosse.eonquistas deste Reino,
e, assi aos que -tons nomeados nanes. E posto que com
achegpada destsertims se-entendesa mais -largamente te ,
da o que •nesta vos digno asi sabre o que lie passado
conm acerca do que 4e..nouo mandei ordenar, sara hem
que o saibat3 doses nal,- somente os 0da-IgUUa e p.spas
a que-falo. Mais depressa pode «chegaria,. aos, tombemnc
cidades e pouos Cota -que ppr meu seruico se do.r ter
ponta esoreuondolhes sobre isso, e coolunie0'rtiloto as ditas
pessoas, Significando a todos a .huns de pallauta, 0,a os.
tro8 ,1:. cartas que -00 -solo mandei. E parque a ano
8118.,Cltristouaa nad.trouse stiaanenh use eas goetuinb« 5
nas duas que se:aculeam.; sanais' saLuarait, nati que dai com
sas desse, estado a enforto...tique contunha pesa... poder
mandar .çaorester oquesolue as materiasdelle orwerree por
Ma00.0‘liuo sendo todas de tanta importaneia Como tereis
entendidts,4ugaque algtas sobre que vos tentsjittnaudatio
esey.e.iley pearmos,pas,s,ados.de 91...112 de que aai pude

ter..aesfiesta„uessa, sais' 4a quallidade pesa soltas .deuef


tornar, s...queouterulaa,qm quanto n4 sai d, eiNir,delice
e «ha lamltantsoutras «de,qUe mandei, laniar 0.1guits en1-00
maçoes,«sor pAreCe0anaridaru0S nesta o que qy por br °.!
qkleqe -qq 11.» fa9ai Yaa qPqnmq.do e .sanado pie aiaqtP
PAS.CICIILO 3.• 389

em diante na8 venha náo nenhd dessas partes sem


trazer hull via das cartas e napeis que me ellIlidrdet por
rpm naõ posta ficar sem elle, como aconteceo nas raios
deste asno, que foi inda mais pera sentir por lambem o
anca atrás naõ ter vias; e pera qne sempre tenhaes as mi-
nhas tenho mandado que em todas ás dos vào tardem
de cá, somar se começa a fazer este asno, econfio g,so na
comprimento dmtotlas as comas de nossa obriguaçaõ pro•
cedereis sempre taõ inteiramente que naõ faça nenhila
aiiaaaõ voltas mandar escreuer taõ pari icularme ate como
fizera se este and jarra cartas vossas.
II. Per cartas eentras enformaçoõs de algum fidalgos.
a pessoas que Me seroem neste estado edello uieraõ en•
tendi que sentiaõ a perda que deaiaõ receber de eu .ter
mandado que se naõ passasein aos eapilaõs que tia& es.
Irar em suas fortalezas algalie das proniads que os
sorreia e Gouernadores delle lhe costuinadõ passar; e
porque antea de mo resido, mata meteria se aio todo o
que. asila °inflamam intento de mandar fazer nisto juatiça
aos Moradores das fortalezas era cujo perjuizo era ,
"as tece
pronisot,scom dano das condiencias dos que o de uiaõ
'lar, porque inda que lie muita rezai) fanoreceremsse os
capitaõs em suas fortalezas, sempre se isbi deue entender
salua a principal ofirigaçaõ, vos encomendo e mando qae
façais guardar muito particularniente o que nisto tenho
ordenado sem disponsaçaõ 'alguma, dando a entender
aos interesados nisto quanto mór interesse he o da cot,
seiencia propria e justiça decida ás partes qd redun-
da tardena em fazenda, pois a mel aquecida se logra
peor, de que naõ deixa de auer exemplos, efolguaria eia
que com nossa - doutrina nisto os doesse daqui em dian
te ao crintrairo doa pesados pera ar deuerem imita/
seguir.
III. E asai sitie enformaçaõ de como os moradores
dr Chaul recebia,' assentam. alfandega naquella cida-
de, e ia,1a eotrmt,li que faziaõ sobre iato algumas quer,
zoe tornei a mandar uer al g uns paleceres que e...U-
ltimados sofreaste Inalaria de fia resolum Cal 50
ARCAM POIITOGOEa•ORIENTAL

'sentar a dita alfandegua pello que de presente nati ha


que tratar deste negocio até nati uer reposta uosSa ás
cartas que sobre isto vos mandei escreuer nas nes, dos
sonos de 91 e92, pesa com elle vos mandar o que nisto
assoes por "meu neta iço, eespero que mo tenhaes feito
em este negocio estar quietamente acabado.
IV. lambem me pusesse que desdn saber a causa
porque se no3 socorreo a Dom Fellippe princepe de Con-
doa depois de ser aleuanzado por Rey; e porque pellas
enformaçotis que disto mandei tirar se nati pode sities—
der o estado em que ficaua aquelle Reino, ioda que se
deue esperar que com a cheguada das náds deste asso
ave escreuaes que as causas deite esta5 .come se espera,
Inc patrono mandamos eneommendas /rotim encarecida-
mente acudaes a esta materia como aImportancia delia
,o pede conforme ao que vos tenho maddado escreuer lar-
gemente nas vias dos ditos olmos.
V. E porque fui enformado que por causa do milite
dano que a moeda dos Xerafins tinha feito nesse estado
ordenareis que na dos Realles de prata que suta deste
Reino nafi ouuesse mais serrafagem qtfe a reza5 de 15
por cento, vendo o muito dano que esta taxa fará ao di-
filieis,. do contrato da pimenta e ás partes ,que o leuab
á India, vos encomendo e soando que jogou tireis adita
taxa, ese torne a uallia da earrafagem dos Realles e
mais moedas que correm nessas partes ao estado em
que estatui, quando cheguastes a cilas até me enformar-
des mui, particularmente das rezoês que ha pesa auer
esta taxa ou deixar de auer, e vos mandar essreuer •
que ouuer por mais meu serviço que se nisto faça, eno
que Mca a se extinguirem os Xerafins vos tenho Manda-
do por minhas cartas que se naó' latirem de nenliCié ma-
neira com Signa nem sem elle., e'de nono nulo torno a
encomendar por ser meteria de que tenho entendido
que resulta muito dano a. meu seruiço eaos m,dores
desse estado, e espero que me escreuáes que a tendes
remsdeada.
VI. E por ser de tanto enconueniente a meu seruico
ramas. 3.. 371

eí tepatarça3 desse estado, corno tereis entendido, dei-


zarse fazer a Rainha. da Olaia a fortaleza que fez junto
áde Mangalor, vos mau -lei escreuer nas vias dos asnos
de 91 e92 que procurasseis cora elfeito de se derrubar,
eacabas...is de forteficar de todo a de Nlangalor, que
por ser da importancia que tereis entendido me parecer,
deueruolo tornar de nouu a encomendar.
VII. Tambem quis ser enformado se ve fizera9 pazes
com o Sarnorim, ese tinha entregue o dinheiro que'lhe
fora dado pera apimenta, eesmoa derrubada a forta-
leza de Cunhale, sobre oque vos tenho mandado escre-
uer nas duas armadas passadas; e porque de todas es-
tas materias na9 tine bastante enformaçais inda que
creio que sinto rias ellas terna procedido conforme ao
que vos tenho mandado por serem de tanta considera-
çtti3, me pareceo tornaruola Sambem de nono a enco•
meadas maito ,particuls.rmente.
VIII. O Gouerns.dor Manoel de Sousa nhe escreueo
sal reposta do que lhe mandei nas nacrá do armo de 99 ,0.
bre se cercar acidade de Cochim que eu deuia escreuer a
EiRey de Cochilo sobre esta forteficaçaii pera se deuer fazer
Mordem soa mostrando ter delia a confiança que cuida
que suas obras merecem, porque contra sua ountade enten-
dia que nau era posmuel podersse intentar, e posto que
mandei tomar resolnça9 nesta maresia na forma que toruei
aesereuer no mesmo afine ao dito Manoel de Sousa,
ltie parecer, pello que sobre ella me tinha escrito Niuer-
timos nas vias do asno ris 91 que entendendo vós que
ee podia te alguma segurança deste Rey correr bem
com a fortificacati daquella cidade se tratasse com elle
na forma que mo tinhar9 apontado, e que quando vos
parecesse que caí- , consentiria celta, procedessels neste
negocio confórme ao rine tenho mandado; e por ter en-
tendido depois da abegoaria da abo Sal Christouiti, que
ano he feita nenhul diligencia com SIRey de enchia,
obre ema forteficaça9, vos encomendo que cum praes
inteiramente o que sabre esta ~mia mafidei nas visa
doa matos de 89 e 91,
372 ARCNIVO PORTUGUE2•ORIENTÁL

IX. E parque fie de teti grapde importando detfem


deres, por todas as aias naS ages nenhum trato em pi•
menta nas fortalezas desse estado, cousa que se deuera
já anahar de entender de todos por taõ eontraira & tonta
proprin como a meu seruiço, mandei ao Gotternador Ma—
noel de Sousa finese sobre isto tirar denasses e as mais
diligencias rearmarias, e me escreneo que encomendara
particularmente aos capitaès das fortalezas e justiças
dei?s fizessem estas diligencias, e lhe enuiassem pre•
aos os culpados para se proceder acuamaelles. E porque
lambem me esereueo que com iodas estas preuençofis
naO falieua quem trata se era pimenta, que he caua gre-
i. edigno de figuro. castigam, pois nelle se esquecem
tanto os homens do que deuem a meu seruteo easua
honra, vos mandei escreuer nas vias do sano de 91 que
prohurasseis de ter intelligeneias pera saber os que saí/
culpados nisto e os castiguasseis com rigor conforrnd
meus regimentos eao que vos mandei peita Instruçafi
particular que leuastes sobre esta meteria da pimenta,
que de nous, vos torno aencomendar, e'ern esreeial qne
tènhaes particular citidado de mandar deuasar das pra.
soas que se achareis comprehendidas e proceder contra
os culpados nella sem moderaçad nem excepçafi
as quaes devassas me enuiareis per uias, e vos enco-
comendo outra ues que procedaes nisto conforme ao
que pede a guallidade deste caso ecom ares demonstra-
çoiSe gm effeito que se acabe de dar no remedio disto :
X. Delias Mas dos doas ennes passados vos mandei
eserener como entendi por carta de Marioel de Sousa
que rendo o Viaorrey Dom Duarte dado ordem muno se
forteficasse a fortaleza de Manar por ser cousa de trava
inapertencia tara a natteguaçaõ do sul, nafi finem nisto
nade Joai3 de Mello que entafi era eaPited da mesma
fortallcze dando os moradores della dons mil mamados
pera este effeifo, eque tinha mandado a Nano Demandes
de Ataide que Ida entrar »elle que a comese.se logo a
foriefieer, peru aqual allem dos ditos dona mil cruna -
dos aplicara dons mil pardáos ,do rendimento dos ear"
PASCICULO 3. 373

taxes, eneomendandouos que fisesspis proceder nesta


formficaçaõ de tal maneira que se etonbase com a bre-
uidade que eonuinhaí epedissem s conta ao dito Joaõ de
Mello da causa pó,' que na3 fez o que foy mandado, e
entendesseis se fizera o dito Gouernador com elle esta
diligencia' aqual se dtmia sempre fazer cota os capi—
tais e menistros. que 'Mese,a aseu cargo cousas que
na& fizerem, porque este be ootiieM de .quem fonema
pera na,' ficar mon a mesma culpa dos inferiores, e
parque pelas enforrnaeocís que depois tine tenho enteia-
<lide que na3 he feito besta materia cousa alga; vos
mromeurio procureis que se faca esta. fortefieaca3.
XI E rambern me enformei do que estaria feito na
tortehcaca3 que mandei fazer na fortaleza de Ceillatí, e
como se procedera na uiagem da China de que fiz mer-
cê pera este effeito, ese.andana alguã armada em guarda
daquella fortaleza como tinha mandado, e porque sempre
se entendço rpte.a fortallem ,de he de muita im—
portanMa, eque se deve conseruar por todas as vias, vos
encomendo e mando muito encareeidamente que curnpraes
inteiramente o, que sobre esta meteria vos tenho marida—
do escreuer, edeis áexemmad esta forteficaca3 gUastan•
dose seita tudo o que resultar desta Magem da China
sem se alterar nisto cousa alguma do que tenho man-
dado, de que me anisareis particullarmente.
XII. E porque o dito Gouernador me tinha escritó
pellas nãos que dessas partes uiera3 o anno .de 90 que.
procuraria quê se fizessem-muitas fundicoês de artelharia
nesse estado por se artes mister muita pera as armadas
efortalezas 'deite, e.que inda asai nati podia deixar de
auer sempre muita falta della, lhe .maudei escreuer que
trahalhahse de se ter nesse- particular aconta que he re-
n3heque pois vinha tento cobre da China todos os anuas
eauia tanto aparelho .pera se fazerem muitas fundicoãs,
procurasse de as fazer, .pera o que. lhe foi deste Reino
hum fuudidor aliem do outro que saia nessas partes filho
de Francisco Dias; eporque sou enformádo que ha.mnita
1.4 de artelhariauesse estado, sendo mataria taxi impor.
374 A5emVO roxTuatmu-catenTsia

tante pera a conseruaça3 deita, vos encomendo mufto


encarecidamente trabalheis por se fazerem as mais fun-
diçoés que for possiuel ede prohibir que se naõ armem
nenhods sãos dos capitar'', e mercadores com minha ar-
telharia, eneste particular façaes compile inteiramente a
prouisaõ que sobre isso tenho passado com todo o ri-
guor deita, porque se sei se agi- fisese, que na3 creio,
nau vos podereis queixar de falta de artelharia pois em
vossa imo- estava auella ern abastança.
XIII. E porque em todos os annos tenho mandado es.
cresce aos Visorreis desse estado e a vós nas armadas
dos doas asnos passados que em todas as Mos que tile-
rem pesa este Reino se eallie a moas ala/a2enS todo o
salitre que puder ser, e ha alguns asnos que na3 nem
nenhum, nem isinha nas nãos da armada do armo pas-
sado, segundo se tem entendido, sem se saber a causa que
se pode mal dar anaili uir algum em cinco Mios gueto
do na.3 pudesse ser muito, vos encomendo que em todo
caso procureis de mandar °meiamue puder ser pella
ta necessidade que deite ha neste Reino pesa minhas ar-
mudas.
XIV. E por ter entendido quanto importa áconsertai -
una desse estado, cem especial á fortallexa de Matava
pmemarsse por todas as sias, a amizade delRey de Pø•
gú, e tersse com elle toda a boa correspondencia, posto
que nas armadas dos doas annos passados nolo tenho
asi mandado escreuer, por ser ema meteria de mui ,*
eonaideraça3 me parecei, deuerola tornar a eme/meei:kr
de nous, eque particularmente me aniseis de como pm'
cede este Rey com a amizade do estado, eta roam nas
guerras que os anaos passados tese com EIRey de PisE
e posto que no posado ouuesse algum descuido da sul`
parte (de que atégora naõ sei nada) ordenareis a suIl
reduçai) rui meu seruiço per modo que o segureis nelle.
XV. E posto que ,pela armada que pera essas partes
foi o sono passado tenho mandado prouer nau desos
dons que corriaõ no paguamento que geralmente se fasi .
fletias de diuldas uelhas com tanto dano 'de minha P'
',Sele.° P.' 376

renda é das pess 'as a que se denia3 correndo nisso per


modos moiro illicitos esortira o sernieo de Ocos emeu,
e vos mandei escreuer que se nua paguassem sen.-5 a
SèllS proprios donos quando ao rendas desse estado o per-
mitirem, porque auendo nisto igoaldade'nem as partes
itenderia3 seus papeis, nem aueria quem lhos comprasse,
ese conteimtariaõ com oque se lhe delles podese paguar,
e de esperarem tempo eeoniunça3 pera isso, vos enco-
mendo que nisto tenhaes tanta arluertencia como este
caso pede.
XVI. E porque pellas armadas passadas vos tenho man-
dado escreuer que por algu3s rezo3s que me aisso mo—
nera3 seda por bem que as uiagens de Maluco se contra—
rasem com os prouidos delias por se atter este meio por
mais conuenienie aliem de uai° ter ami mandado na quin-
ta Instruçaõ que leuastes, vos torno de nouo a encomen•
dar que nesta forma procedaes com todos os prouidos
destas uiagens, e me auiseis dos que.as fora3 já fazer por
este modo e do que resultou delias a minha fazenda.
XVII. E po's me o dito Gouernador escreuer que tinha
feito concerto com a cidade de Baseia, sobre as serra-
fagsenI bato parecer dos desembarguadores eofficiaes da
fazenda desse estado, de que dezia que me maudaua
treslede que uai'," seio, vos mandei nas vias dos asnos
passados mis enuiasseis pera omand'ar uer eprover nis-
to como ouuesse por bem. E assi she ,escoeueo que os
moradores daquella cidade me fizera3 liurentente seruiço
dos demites da imposiçair pera afasteficaçua da rnesmS
cidade sobre que trazia3 letigio, e que tinhafi ordenado
de fazer poluora asila como o tenho mondado. E ami me
deu minta de outras algu3s meterias da mesada cidade,
a que pellas armadas dos annos •passados vos mandei
escreuer o que auia por meu seruko que se nellas fi-
uesee. E porque conuem mandar ver o concerto que se
fez com a dita ciadde, em caso que mo na3 tenhaes en-
Medo nas nãos que este atino se espera3, voo encomendo
alue por Mas mo enuieis nas primeiras..
XVIII. Tantbem rae °ser«. que fora cousa maios
376 aseetou ORTIIGUE,01111.7flfl

necesaria torlbe mandado goe se fintem limos nonos da,


matricula, eque conforme a.pronisaõ que mandei no an•
no de 89 tinha ordenado que se procedesse neste negocio
que ,pôr ser de tanta importareis como tereis entendido
e nisto, nolo encomendei particularmente nas Instruçeès
que lenastes; e porque sou enformado que naõ he feito
atégstra nesta abateria cousa alguõ sendo . de tanta consi-
deraeaõ darse encardia a ella peitos muitos danos que
minha fasendá recebe de se proceder nos pagamentos des.
ta matriculam/no . atéqui se fez, alem dos ontem smaiores
das consciencias dos quápisto se descuidaõ, vos ey de
n.o por repetidas . ditas Instruçoès, évos encomenda
que nas primeiras náos me anuleis areposta de todos os
particulares e dependencias desta .meteria, que espero
sere de correr eia execuçaõ o que nisto por tantos e bons
respeitos tenho .mandado.
XIX. II. por ter entendido que era falecido Xeque
Jacte depois de os ter ordenado que . nisso o seu no.
goeio em Rellaçaõ como o tinha mandado, e lhe ficára.
bmrn filho tle pouca 'idade aque pertencia a auçaõ de
seu pai, esua mui me escrener lambem sebre esta ma-
taria em que tenho já provido na forma que leuastes por
nossa, Instraçoès, vos mandei escrener telhas nítos pai-
cedias que ocaso dasucessaõ gue sim molhos pede pura
ene &lhn omaaoda000io uer pellos desembarguadorss
ursoas martes, eque sete enulasem rol relaçaõ da justiça
qtro tem no 1%ei a,r de Otraltc com a sentença que tias.
sem 'dado; e tine rue anisasseis co se noteficou a EIRey

de Gruma o seguro que lhe mandei dar dele, e se se


Presumi, que o mandara matar esmo peçonha como sua
nmv dezia cru sal carta, c ordenásseis que o dito Itey
lançase mat..; da fasentla rine deite ficou te assi voa
,mandei que constandonos tínc. a mulher do dito Xeque
Joete ti acne neeesidades scm rernedin pera elas tha
fiaesseis algttõ merco eia meu' nome pera sua suste.
Sapal, o eus tudo de nano Y. torno aencome.lar.
XX. 'lambem me narcose o dito Gouernador que
manIara. aOrnamg ê Mascate JeaU lastima engenheira
frit410114 3s. 377

loorte.doutodoffbludet'larobioto.a,forkrAeoa ,e-traçado .as,


obras ,que ihe parceerad, ,, necessaries pesa eua àefre.-
s.aõ mil.:ira em Mascate pouso se fiasse.bern baluarte
pequents„ein .hum cabeço írouteireria fortaleza-noua
donde se lhe. podia fazer •daai• cota, wartelharia. e posto
99e oAito doai)" flautista me tenha eserito palas náos
dg 8110.0 de 90 hitt carta laegua nobre as fortalezas
desse estado, redoara. por se .saber a uertlade e certeza
do' que .esrouo.,.(oltu e ao.!,> 'em que•nell000e tinha pra •
vadieio era uceesearto. Ler moita. enfornmoods corro todos
.s,P.Ulealb.seu dellaa, PePO que. WS .rnandei ê,,nrenor
pelas armadas dos clous•annos passados. Ocorreis sor-
re,, com se Lorteficaoods das ditas, fortalezas, e ena es-
podei .com. as de,Orious .0,ilaseate, e. nie enuiaseel• as
traça,s de tudo coma .4,1,0; tini...mandado. pela uriertèlen.
Insireçad que:teimam., e..que de nono , vos torno a az.
eomendat, omuque tenho entendido que a-que se fez
na fovtaleza de Niascatateo zeeeesaria •pera.eua delren-
i,,a„s..fareis oca,bar, de to4o cum Meuidade se isto assi
já nal padece feito.
•XXL...0 dito Gonetnatior erre eacreneo tambem
littera. .hua cartada Ra Rey In Persoia tile que me ens-
aiou otresiatio ara quadpeClia embaixador, equeria re:,
aguar aamigue amizmle minam., antepassados, sitiem,
com esse estado, e. que detremina de lho mandar em
moo• nome Mato ',que fumega oca:datei peva isso, e•
iria esereuendo natistrando;he guantes contentamento te-
rei de seus boi. SLICO.503 ,uendo tinam importante ho.son;
amizade peru tudo, e eu vos mandei esoreuter polias.
unem, :pesadon mie pois .pedia em..
cantainir,..que he oque: sempre se doseiam,- q., se deste.
riso u nal;mandasse..achundo. elo .n,ote, estado pes.-
60, d, confiança . euzpoeiencia mdenasseir que Ismasse
eerlea que lhe mandei escreuer faceado .nesta mi.
teria com este Rey todos os boas offelos .que entenderdna
que oonuem. a meu„serniço, e posto que -nr,.õ, fina mais
enformaçad.do ear8.(1.:cm. qns ficamo Ouo guerroo"doorb
Tteso qas.caidejae. CrSkt mim .1g" '13»""ide
4I3
978 atellIVO'IMaaleraZIOA

nouo vos encomendo que ordeneis de lhe enoite eth-


baixador como o tem pedido que tombem lhe lesará ás
cartas que lhe esereuo polias mios deste armo pera me-
lhor se poderem conseguir todos os intentos que desta
amizade e comunieaçad della se podem pretender,
XXII. E por nad eer de menos consideraçaõ antes de
mais obriguaçaõ tereeenformaçad do estude em que está
o Preste Joad nas toucas da christandade e na amizade
desse estado, e ter entendido que o Visorrey. Dom Duas.
te trabalhou muito por abrir caminho pera se comunicar
com elle escreuendolhe muitas nese, eaos principes de
seus reinos pera por esta via tratar de oreduzir áobedien-
cia da Igreja Romana, vos mandei esmoer nas vias dos
rumos passados que por esta obra ser tanto do seruiço de
Deos e meu fosseis continuando nesta mnteria porque
sambem me eeereueo o Gouernador Manoel de Senta que
mandara de Orme. Religiosos da Companhia de lesa
com presente ecartas pera -o mesmo Preste Jorra, e pera
com a presença delire se animarem os catolicos, epor es-
ta meteria ser da importancia que uedes, vos encomendo
muito enearecidamente que procedais nella na forma em
que solo tenho mandado eleiloares por nossas Instruçoder
evos enformeis muito partieuNrmente se por aia da cos.
Ia de Melinde se poderá por ventura com mais facilidade
posar ao Preste e aos Portugueses que residem em suas
terras, o que ordenareis loguo se ponha em ordem se for
posinel, pois os portos do tine do dito Preste estar, ocu-
pados peno Tome, ede tudo oque nisto passar efizer-
des me auisareis.
XXIII. E porque fui informado que estando Dom Jor-
ge de NIeneses Alferes meu. em Moçambiritie fizer,. hora
forte auendo que era obra proueitosa pera adeffensad da-
quella Ilha que depois soube que nad era de ohii efferto
mandei escreuer ao Gouernador Manoel de Sousa nas
irias do anno de 89 que o :rad deixasse fazer, é ma man-
dei nas vias dos ermos passados me aoisasseis deste forte,
e do effeito dell; e que dahy em diabte se guardare nes,
te particular oque leuaiteu uousau Inueravièu'de 984
easetmo 3." S79

espero nossa reposta, e de acuo vos torno a encomendar


(am.a inteiramente guardar a pronisa3 que vos tenho
enojada per que defendo que os eapitaès na& faça3 obras
nenhu3s-ens erras (estancaria sem especial mandado meu
Ou licença dos Visorreis desse estado.
XXIV. Peitas aias dos annos passados vos mandey
eserener que tinha entendido que na segunda ida de gual-
lés de Turcos á costa de Mellinde se forteficára
beque capitai; ritos delias em hum forte que estaua na
entrada da Ilha de Mornbaca, e se metera noite com
sua gente, peito que pareceu que seria muito conneniente
fazem» Imã fortallesa naquella Ilha assi pesa aseguran.
ça da costa de Mellinde como peca se desmaginarem
os Turcos de a poder fezes nella como se infere do que
entat3 intentara:et, eme affirmaraõ que se poderia ordenar
mlla alfandegna de caio rendimento se fizese adespesa
da gente de guarniçaõ que asila estinesse encomenda..
donos que o fisesseis logo effeituar, e que peita lealdade
com que procedera EIRey de Mellinde em meu ser.
alço aula por bem goesa lhe entreguasse a cidade e Ilha
de Mombaça em meu nome em quanto eu o ourtesse por
bens por me ter escrito o Gonernador Manoel de Sousa
que a mandara pedir para se aposentar nelh, eque fos.
sem capiraPs da dita fortalleza os pronidos daquella cos-
ta, eque antes que dessela isto a uerdadeira execuçafi
tratassels esta meteria com os fidalguos e pessoas de ex.
perieneia dessas partes, e na3 achando contradiça3 sei.
ia se fizesse legue esta fortalleza no Inguar onde catana
oferte ou na parte daquella Ilha onde melhor ficasse, e
quando na3 fossem de opinia3 de se fazer eobrestines.
seis oella e me enuiasseis nas primeiras naus as rezoPs
em que se fundassem por escrito assinadas por cites com
Tos00 parecer peco nos mandar oque ouuesse por meu ser-
e porque fui enformado que RIRey Queliffe se
metro naquella cidade de Mombaça enal; quis despeiar
rnandandolho vos requerer quando de Moçambique
Passastes perna India por aquella parte, sobre que deiteis
ler já.felte nesta mmeria o quemonuem, vos encomendo
380 xacctvo"kMTIIOVMZ,OltIENTAL

que deis á«excerto.") oxIcetsobre .,ella «vos tenho manda,


do pera que com effetto se meia de posse •daquella • oidq•
do e Ilha a EIRey de Manjado.
XXV. E assi - uos esererri pellas aias dos anuo, na.a
gados como me auisou o dito. Goodinador que &potu
de ficar arrasada a fortaleza do Jor pela•ármadaréiti que
rira Dom Paulo de Lima e Dom Antonio ,de Noronira
Atando', o Rajalle pedir pazes aDom Dioguo capital)
de Mala°a a que naí.).deferira por se entender que sahia
forteticondo em hum sitio muito •forte pello ricvdcdtro
donde fora aprimeira pouoaçan, eque como estevRey se
baliram com sua geme e .thesouros arreceaua que sempre
'plocesse ousas inquietazoês, e pôr Ceia materia .serda
Importaneia que tereis entendido vos mandei penas mes-
mas amos tiuesseis 'anilo particular cuidado daquella . for•
talleza de Maloca pera que estluese sempre •tem •bem
prouida de armada e•muniço3s come sem • eslio rreeesida•
de e rmasia3 cumpria, •quanto mais •ajunlandose.de anuo
és passadas, eoque sobre -tudo importa Co impedirsSe por
todas, a, aias que se nan torne a forteficazEIRey. de. Jor
peilaetezmmfa .que naquellas cartas se apontaren peito que
atolo ,torno de nono a encomendar; e.‹ que premirei, de
atalhar os desenhos com ,que- este, Rey, intenta fazer a
dita fortaleza .pera que ao diante nall•nel.cocasia0; de
dar nouos trabalhos aesse estado.
E porque ioda he tle .mór importancia a-matazia
do paefiem .que •comuoseo tratei. •antes
paiti.,sei,=, e nos ,,tenho escrito pellae.-ulae. doá•annns
paseadoa e encomendado muito encarecidantente cae
cai deixeis passar as ocasioês • que, o tempo.nua od. e-
reco r, e que se possa3 effeituar .com o que esse -es•
todo puder dar de sy; veado hora penes enrama-
1)01-301. que sobrá isto mandei tomar que este zeizto do Da.
abem está na mesma deuisa,3 que dantes estaua; len"
par 11,11i certo que tereis tad particular cuidado de pêrper
obra mo qualquer ocasiaõ que se offerceer cvqae por, ta. -
cor res.a e fundamentos iinportaates e.olaros eumPre
santo a111.1 esruico, como he a graado cooáánaa.:quo 50
sus-amace 3.* 39.1

alto de acabardes esta empresa que sendo por .este modo


dr sentei p s ocasioéis presentes, oalterei ioda por
tbrr sernioo que se a fisesseis cum go apercebimentos que
oto ostros tempos elle requeria e qoe.foroadarnente-uiruCt
acalmar se o Pachern tornar ao estado primeiro. •
XX VII. Tambein nos afinei .com me tinha escrito o
Gouernador Mitooel de. Sousa que tiocra cartas do ca.
nii4 de Maluco que klub.. de ,Maquiem que he do se-
nhorio ciciRey de Ternate, era grande e. de Muito Mu-
‘%entn eficava alenantasta, eque por este respeito lhe
comemita a tas« guerra EIRey de Tidore. de:miando
de mandar I,na armada aquelhas partes peca eum cota
ocasmi- i•se poder cobrar aIfortallnza de 'tett...1e e posto
que pela primeira TostraçáO que leuastes e pedes aias
dos annos passados vos tenho mandado o que neste par.
tiehlar ey por toco seruioo nue (aniles, vos encomendo tom-
bem agora que nesta !Valeria tallaaaa a anilancia e
cuidado que. vila pede,» .ens que. nouPo que tereis feito
iodo Mitorn otficio. •
XXVIII'. É porque anuns dos Rêls Arenne a que
climpad Gomares pediait coet grn. I de
ro aesee estado contra 0.8 'roscas de .riaçora, que se lira
R.4 concedeu .por se natt auenturar a'"facitar o Turco
contra o mesmoi estado .sem resultar disso nenhum hinit
elhetto peca elle nesta Imateria nau rtenho de notip que
vos Oncomendár senati que p Irocedaes nella como vollo
'subo mandado pellas -vias dds. annoa.oasstildos. •
IXIX De alguns senos a esta parte se escrene poita
ata da'China Igne se leuantara na Ilhast"de Sapa. ° liam
timno que em breues dias se fizeM seohrit de todos as
qnelleti Minos, e a,ntsdnenn,,cefleor 00 ltmiiigioena sie
Companhia que andanam, naquellas partes promulgam
do o Euangelho se sahissem togue Udu delias e o nad
Prégámtein contra a ley de seus antepassados; pelo que
vos encomendei que em tudo o que ...pudesn .ecr foutires
cessais aquella Christandade tad importante, em que
tanto se tinha «trabalhado com tanto (mito nella psra
que 80 tornasse a restaurar ; e porque pôr cartas de
382 altear/O rOaStIalYtta•OltrIner•L

Peno Martins, Prouineial da mesma Companhia nessas


partes, e de Alexandre de Valinhano que foi com os
Japoês que a este Reino uieraõ, entendi que os Relli.
giosos da Companhia floema com esperança de este
tyrano os deixar proseguir na dita nos uerssaa, recebi
dito taõ particular contentamento como mo daõ todas
as comas desta qualidade, evos encome ndo muito de
nono que procedam em tudo isto na forma em que os
asnos passados nulo tenho mandado escreuer.
XXX. Feitas oitis dos asnos passados vos mandei es.
creuer como era enformado peita cidade de Damaõ que
bun das causas porque se tornára fora pera se fazer
MIM alfandega, que se tinha por de mais impartancia
pera meu seruiço que todas as outras porque acodiria
a cila todo o comercio do Malauar eparte,, do sul que
agora Uay a Cambaia, e que poderia importar o rendi-

mento desta alfandegua pera minha fazenda cento e


eincoenta mil pardáou porque muito mais uallía a de
Cambaete, e porque s9bre esta meteria vos tenho man-
dado escrener vos enformaseis muito partimalarrnerite
delia e me auisasseis do que achasseM com nosso pa.
recer, se por as. aios que este anuo se esperati a nua
tiverdes feito, ou ficasse inda elguâ sonso de que mo
auisar, vos encomendo que penas primeiras o façaes
taõ particular e meudamente esmo este eaS0 o pede.
XXXI. O aluitre de Dona Catherine rainha prima suei
por encomendado na forma em que solto mandei escre-
ner as antaos passados pera conforme ás pronisoõs per•
que deite lhe fiz merce se lhe dê todo obom despacho e
arriamento. Escrita em Lisboa a 15 de feuereir de 593.

REY.

Miguel de Moura.
Pára o Visorrey-2. via.
Viseleuio 3.. 385

( No sobrescripto )

Por EIRey.

A Mathiss de Albuquerque do seu conselho, e seu


2itioRel da ludia—segunda via,

(Livro 2.* E. 126-5.• via fi. 195 )

118.
Visorrey amigo. Eu EIRey vos enfio muito saudar.
Peitas vias dos sumos passados vos tenho encomendado
muito particularmente fauoreçaes os menistros do Santo
()Seio nas materias de sua obriguaçaõ pera que possui
proceder imitas ta3 inteiramente como °efluem. E por
ser enformado que os Visórreis e Gouernadores desse
estado costumauaa a lhes faltar e enterceder por algud's
pessoas dos culpados e prezes ( materia muito peri-
gosa, ede que podia3 resultar muitos inconuenientes )
voe mandei esereuer que vãs nem nossos sobcessores
nesse gouerno fallaseis em causa de pessoa algud- de
que ouuesse culpas aos ditos Inquisidcres, evos encomen•
dei que os respeitasseis como lhes , he deuido.por ma.
oleiros de tai menisterio, e que ordenasseis como fos-
sem muito bem pagues de seus ordenados, o que tudo
de nono vos torno aencomendar mui encareeidamente.
E porque possait ficar mais liares na administraçaii de
ma obrigo/total', ey por bem que daqui em diante lhe
inçais assentar e °ensinar os ordenados que por minhas
Prouisods hait de atter de minha fazenda- em 1.4 das
rendas da cidade de Guoa, e'do que em tudo isto fizer.
des me auisareis particularmente. Escrita em Lisboa
a lã de feuereiro de 593.

REY.
Miguel de Moura.

Pura o Vissorey-2. via.


38,1 ARCIIIVO PORTUOURZ•01,161.11,1

( No sobrescripto

Por El Rey.
A MAthias d'Albuquerque do seu Conselho, e seu
Visorrey da India-2. via.
(Livro 2. fl. 217-3. via fl. 123-5.` via fl. 208)

119.
Vieorrey amigo. Eu EIRey'voa enojo muito saudar.
Dispo de Cochim Dona Frei André de *Banta Maria me
ennion ;luva apontamentos de algoôs comas tocantes a'See
disquei]a cidade, e primeiramente se queixa de lhe naiô cor
feito pagamento de teu ordenado, nein dos que de minha
fazenda ha75 de :m.otina ',moleiros daquella Se6; e pom0
que elle pretende lhe seiaô pagnos na renda do Pene
tomo esereite eme ot miam atras se nella paguauct0, es.
tendo que naiô pode ser, porque sou eaformado.que esta
renda está aplicada aos pagamentos da Relaça0.de Gera,
pello que me pareceu encomendamos que ordeneis que
na alfandegoa de Cochim ania6 os ordenadot -do. dito
"Bispo eCabido tal bem mrguos que anal chegue:mais a
mim esta quebca, nem seria hIla causa dé o dito Bispo
mesclar sua procuraçaiô a este Reino pera renonelat o
.

Diapado, sendo remis que onde eile e suas ~lustros re:


tidein te flue paguem seus ordenados..
Também diz que naquella See Ira moita fal ta
ao'grnamentos. -por serem gaseei acabados todos os
nelln mia <lues° dera0 Cru tempo delRey Dom Joaô
men senhor que. Bem tern, pédinciorne que deste RCIII0
mandasse fosse prouiclo dos meesarios que se nuel.P0.
dem estimar peca oculto diuino E' porque mienclosies•
se estado raciais broamios, brocadilhot, ecedas duque 6e
sues podem fases á. enata das rendando mesmo-estado:nu
pera esti.; abar pedirense cio qua estas comas, nein ho
pera admetir dizer.° que pera ellm falta dinheiro,
quanihr ha tantos. alphtes de que cc isto pode fazer em
falta do rendimento de minha. fazenda, uou onnoineaU.ia
. .
raMICULO 3.-1 385

(medo deis ordem como se faça5 os ornamentos ne•


cesarins peta esta Soe precedendo primeiro inteira err-
formaçaõ dos que ha fiella, e dos que ao presente.
tem necesidade, o que asi tareis de qualquer aluirre que
°inter, deixando sun vós a exeouçaõ que entenderdes
que se 'deite dar neste particular, e o mesmo cuidado
vos encomendo que tenhacs das outras .Sees e igrejas
de minha abriguaçaõ.
III. E assi me foraõ .dados outros apontamentos dos
frades da Ordem de Saõ Franceie°, e anue outras emr.
nas que noites me pe-dern lie que aja por bem que na
entrem outros Reliiglosos no reino de Ceillaõ senaIr na
dequella Ordem pela muita confusaf3-que diso recreceria,
que me pareceo deuerlhe conceder peites rezaens que perra
isso ha, e voe etleoMemia que asçi o façaes comprïr.
IV. E porque ha muitos animo que tenho escrito aos
Visorreis desse esrado rine façaõ comprar hu,is casas
que estat..;encostad,b, -ao dormitaria do seu mosteiro doe
(MOR pers. se poderem meter dentro no mesmo mosteiro,
aos enciiinen.lo que logim fuçais comprar estas oasas
por sua justa uallia, porque naõ cariacus em. coesa
desta quallidaile ser neceeario esereuer sobre ella Ira tan-
tos nonos sent se acabar de dar á exeouçaï, o eme nisto
salso mandado.
V. E asst ouso por bem de lha mandar confirmar por
rainha pr atica] os 1.9 .Mil reis que ao lati cada mas sus..
ta de minha (escuda pera paguarem as mesinhae ripe se
goastaii na cura dos doentes daquelle madeira
VI. E parque Lambem ine pedem. lhe mande dar algeW
e011entscat'i peta os ReUigiosos que andai,- na conuersaaa
de Coulaõ e eallecoulavos encomendo que conforme as
necessidades que riuerem lhe mandeis aeodir dá renda
dos paguodes, que sou' enformado que esta apkiearla perra
os ehristatis liouamente conuertidos, coro o.que VO8 pare-
cer neeessaria para sue porçaõ, e na9 auendo naquillaa
partes esta relIMI dos pagoodes de que lhe Posais aplicar
Meessario- pera soa emstentamM, os prenerreis- tie alga
samcdla poro podorem. ir poe diante »ata 001111elsieff.
48
366 ARCIIIVO PORPUOVELeallIENTAL

VII. E porque 'ambem tratalã de pedirem esmolla pesa


se fazerem algulls casas da sua Ordem que estai/ por fa•
ser eoutras cobertas de olla, vos encomendo posa as que
tiuerem necesidade de se lhe acodir com concerto apli-
queis algum aluitre com que se possam reformar e corv
certas do necessario.
VIII. Dom Orei Malhe,. Arcebispo de Guoa rne es•
escuro qne por respeito descuidado eindisposiçoe's lhe
seria necesario mandarlhe deste Reino hum Bispo Coad•
jatos ou outra algfi de anel pesa por elle uisitar as partes
mais remotas do seu arcebispado; e porque em huf, cousa
e outra se offereeem inconuenientes, me pareceu deuer•
lhe significar em huã carta que lhe -mudei esmoeas que se-
ria mais eonueniente fazer elle renunciaeaõ em forma do
dito arcebispado corno se delle tem entendido que he
contente, de que me pareceu auisaruos pesa que nesta
rnateria façaes com elle todo obom officio se aos parecer
necesario pera oconseruardes em seu bom proposito, ede
maneira que receba elle disso consolaça0 pois ha tantos
anuas que procede com virtude e exemplo, e do que com
elle nisto passardes vos encomendo rne auiseis.
IX. Eu sou enformado que o hospital dessa cidade de
Garoa está de todo arruinado e quasi pera uir ao cher'', e
que nelle se coral cada anno de 400 até 500 doentes,
e que aliem de estar oeste estado estaal - as enfermarias e
officinas delle tsoi mal repartidas eapertadas que os doem
sus padecem nelle incomodidades quasi sempre efalta In-
guar pesa se poderem curar os que aelle uem de nouo,
e por esta materia ser tal pia cnecesaria pesa oremedio
dos soldados pobres que me seroem nas armadas desse
estado vos encomendo e mando ordeneis logo corno se
faça de nouo o dito hospital no proprio sitio e chefiou -
de hora esta, que sou enformado que he bastante e muito
a preposito pesa se nelle fazer esta obra, ordenandolhe
a traça que vos parecer conueniente emais comoda pesa
a cura dos doentes. E sendo neceeario COMO Me he dito
hum lanço de casas pequenas que estal3 junto dele
as comprareis pera maio perfeitamente ar poder or.
~IMMO S. 3'87

denar, as quaes sou enformado que podera3 custar até


nouecentos pardaos. E phra esta obra em quanto ella do-
lar se aplicara3 todas as penas da Relltrça3 dessa cidade;
oque sai cumprireis intairamente porque de oasi fazerdes
receberei muito contenta.rnento, e me auisareis nestas abas
do que nisto tiuerdes feito.
X. Pelas aias ia armada do anuo de 91 vos mas.
dei escreoer que aula muita falta em ineusalmazens dei
pedra de ceuar ipera as agulhas de marear que seroem
em minhas assoadas, e porque inda dura a mesma neces-
sidade, vos encomendo qne nesta armada mandeis toda
aque for possiuel repartida peitas unas deita.
XI. Relia boa euformapart que tenho do Licenciado
Sinta° Pereira, Desembargador da Rellaça3 de Guoa e
Procurador dos mens feitos, proceder bem eia sua obri—
guaça3 em meu seraiça, ey por bens de lhe fazer mercê
do cargo de Gualdo, geral do ciuel da dita liellaçailb
eao Licenciado Antonio Fernando, Maciel, Desembar-
gador deita, de que tamisem tenho a mesma enforma-
ça3, ev por bem de o premer do cargo de Juiz dos locas
feitos 3a Coroa, e vos encomendo os metaes em posar dos
ditos officios, e lhos melaria servir em quanto o eu <miare
Por betu, ettaA mandar Ocasimira. EU:fita eM Lisboa a
10 de Março de 593.

REY.

Miguel de Moura

Peri o 1fizorrey.-2. via.

(No Sobreuripto )

Por ElRey.

A Mathiah de Albuquerque do seu conselho, ei seu Vi.


sorrey do ludia —2.. via

(Liero-2,*0.1.40-3.' ria fl. 154


388 AACIIIVO PORTII9USZtORIENTAL

120.
Visorrey. antiga° Eu FIRey aos estalo muito saudar.
O Papa Gregorio XIV de gloriosa mernoria, é depois
delle o nosso mui Santo Padre Clemente VIII hora
Presidente na Igreja de Dons concedco o minha instam
eia a Bailá da Santa Cruzada por tempo de tres anuas
cosa muitas graças a indulgencias aos que derem
suas esmolas pera stmtentaçad edeffensafi dos Jaguares
das partes de Africa, enomeou por Commismario ge-
ral deito a Dom Antonio Matos de Noronha, Bispo de
Eluas, do mm n conselho, eda Inquisiçad geral, o qual
a tem já feito publicar nestes Reinos, e pera que tem-
bem possa correr nessas partes subdelegou no matun4
officio ao Arcebispo de Guoa, e pera este efeito lhe
Ideada as. Bulias que pareeeraff necessarias; peito que
vos encomendo lhe deis sodas fauor eajuda neguei'us
causas q ue vos requerer pera que a dita Salte se dee
-
a soa druida execuçad, e se 1,0E508 pés em boa arre-
«Atiçai, as esmolas delias, e o dinheiro que se cobrar
das ditas Bulias sé nad despenderá em cousa algUft in-
da que seja de muito meu seruiço, por quanto por or-
dem do Arcebispo se bale estalar por letras ao Bispo
Comisario geral, e sendo necesarias alguits prouiso:és
nossas pera efeito desse negocio ter melhor expediens
lie, as tareis logo passar na fortim que o Arcebispo uollas
requerer, e de o'asi fazerdes terei muito contentamento.
Escrita um Lisbtia a 14 de álarço de 593,
O CARDEAL.
Peta e VISOrley--2.. via.

(No Sobrescripte )
Por EIRey.
A Mathias de AIbuquerquado seu conselho, e seu VI.
sorrey da Judia—O.' via
(Livro 2: fl. 230-5: via fl. 212)
PASeleOLO 3.* 399

121.
Capitulo de uma Cnrke de S. M. ao VisoRei da
leria de 14 ris ..1far0
. de 1593.
Tarebem Me cerroua, que fora cousa muito necessaria
snandarlbe que te Bee,e1 lusos nouos da matricolla, e
que eallfOtnle a prouisait go° inundei no anuo de 89 tinha
ordenado que se procedesse neste negocio que por ser
de tiara importancia como tereis entendido e sinto 1301-
lu encomendei partimillarmente nas Instrudoês que !as
liastes, e porque sou informado que na3 fie feito nesta
maIoria conota algua, sendo de tanta consideraea3 darse
remedio a ella pelos muitos danos que minha fazenda
receie de se proceder nos pagamentos desta matriciilla
como atéqui se fez, alem de outros maiores das coo.
delicias dos que nisto ee deecuidaí1, que espero haja do
correr ele eXeetleati o que Hiato por talaas e bons reepei•
te tenho mandado.
(Livro 2. R. 271)

122.
Vissorrey amigo. Eu ElRey vos estilo muito saudar.
Pelas náos dos anos de 91 e 92 vos mandey escreuer
que por ter avisou que em Inglaterra se fazia3 prestes
algás nauios com fundamento de yr á Ilha de Saneia
Ilena esperar as páos que dessas partes vem pera este
Reyna, ordenasseis como nati tomassem a dita Ilha. E
porque sou irnformado que inda tem o mesmo intento
eisto he materia de tanta consideraea3 como vedes, e
em que se representai)" muitas 'dificuldades einconveniens
tes assy em tomarem as aios esta Ilha pelo risco que
podem correr em caso que achem aqueles nauios nela, como
pelo dano que receberiaõ em a na3 tomar, he neces.
surto resoluça3 no que porora for de menos inconues
Mente, que segundo tenho entendido (pela pratica des.
materia, discursso, ecomferencia dos acirro, dela )
390 AREM'. SPRISISIISS.ORIENTAL

será mandar que estas nãos nutei tornem Fane!, Yleria


e ordenardes como venhaõ" ta& bem premidas de egoe
que o possaii escussar seta a falta que tern as ortos que
anaõ tomaa, e por ser COUsa em que emulem tersse muito
segredo, me parecei, que na3 eou,riii,a mandalo decla-
rar aqui ao Capitali mór ecapitaós deita armade, nem
fazerem emudança nas ynetruçoès particulares que leria&
que trataõ do modo era que viraa demandar aquella
ylha, eque seria melhor declarardeslhe vós oque nisto
agora ordeno edardeslhes entait as cartas que lhe man.
do escreucr que vaõ com estaj pelo que rua enemnea-
do que tanto que vos for dada façam slogo COM ele e.Le
officio elhe deis as ditas cartas, e mandeis ao Veedor da
fazenda da cargua das nãos lhe faça meter a agua e
mantimento, n•ceiserios itere toda a Megera <sun sita
intento de nait onerem de fazer agenda em Sanam Viena
nem em ontra algaa parte, e quedonie pera muros
lugares em que venha a dita agoa alem dos urdiu:trios
peru que as ditar dios venhaó- demandar as Yinas dos
Açores onde mandarey afinada que mutuem peta se
ir esperar e lhes dar goarda, etamisem ordenareis ao dito
Capitas mós ecapitaós que sendo caso que ha algilas
destas náos lhe sobrevenha algao necessidade tett pre-
cisa que lhe seja forçado tornar terra, vá demandar
Aguada de Saldanha oinde se prouerá du agoa necess
seria, ede tudo isto dareis ao dito Capitai; mór eca-
piteds ynstraçoós assinadas por vós, em que será tudo
bem declarado ede como lho eu assy mando sem em-
bargo do que se contetn sobre este ponto nas outras
lastruçoós que de que legaS, e ine auisareis do que
nisto fizerdes emuienJonte nas vias a copia das ditas
Instraçoós.• Escrita em Lisboa a lá de Março de 393"

REY.
Miguel de Moura.

Fera a VSSOrrer sobre ar nádt naS tomarem Sal:teta


rasmccro 3. • 391

No sobrescript0)
Por EIRay
Mathlas de klbuquerque dd seu conselho, e teu
Visorrey da India.-2.' via.
(Livro 2.• fl. 223-3.' via 9. 148-5.' via fl. 214 )

123.
Visorrey amigo. Eu EIRey vos enulo muito saudar.
Vendo como nas fortalezas de Çofalla e Moçambique
se naõ guarlaraõ atégora meus regimentos, e que sal
somente cal tinha minha fazenda nesse estado nenhum
rendimenio dos resguates daquelas fortalezas, antes
era nocessurio que ã custa da mesma fazenda se pa•
guassein as despezas que com elas se fazem, si etra-
tei esta meteria muito particularmente com ezi do meu
conselho e outras pessoas de experieneia, e me pareceo
deuer. dar ordem eforma de como se procedesse com
na resguates das ditas fortalezas, e que tiuessem os ca•
pitaés delas e meus uassallos dessas partes comercio
geral nellas de que recebesem utilidade e proueito z
minha fazenda algum rendimento pera as obriguaçoés
edespezas das mesmas fortallezas, eos capitaés delias
ficassem com parte bastante pesa tirerenl e fazerem irei-
Ias seus proneites, pello que asentei de mandar passar
aprouisaõ que uai nestas vias per que ey por bem que
da publieaçaõ della nessas partes em diante se abraõ"
loguo mu resguates do ouro da fortaleza de Çofala, Rios,
e portos donde atéqui se resgatou pera que torlas as
pessoas de qualquer qualidade e coudiçaõ que metal o
possaõ ir resgatar paguando de todo o ouro ou prata
que resguatarem o quinto a minha fazenda, e péla que
505 capital, daquellas fortalezas possa,' ficar alguIs con-
tas de que receba() proueito e utilidade, ey por bem
que chies somente pomaõ resgatar todo o marfim, aMbarr,
breu, e cairo daquellas partes liuremente sem destas
causas paguarem a minha fazenda dereito algum, e que

392 ARCEIVO MIMO. Z•ORIUNTAIL

ajaii a decima parte de todas os quintos do ouro que se


cobrar pesa minha fazenda, e per, este modo de trato
eanmereio geral ey por meti seruiço.que se assente al•
faudegus, na fortalleza de Moçambique, e se paguem'
nella .de todas as fazendas que entrarem naquelle Ror•
to ea, elle uicrern a seis por maio fc entrada; come se
paguaft em todas a, outras alfandezne, desse estado a
minha fazenda quer seja3 de capitai-5 eotficiacs da dita
fortalleza como de quaesquer nutras pessoas que a «Ia
teimem com mercadorias, eque entrern todas na dita al•
fandegua eseja3nella deapachadas selladas, o paga«.
do os ditos direitos entoo dito la as podei« tirar, e
anbandose as tara mercadorias, sem selha do dita alfas.
tagua se toinara3por perdidas, eos ditar quintas do ouro
94 pagues« na dita alfandegua ecarreguera3 em receita
sobre o feitor da fortalleza de Mozarobique que justa.
mente Remirá de Juiz da mesma altandegua, a qual ao-
seita se fará peito escrina3 da dita feitoria que 39.01..
bem ey por hem que sirna de C9Clil.a.da dita eira«,
emno rodo mais largarneutese contem na dita pro•
aisai• E parem entemlendo vôo gim aos Capita« so
dá muito niita que ey por bem que aja3, ou que .he
pouco, e se lhe doar dar mais, mo anisareis com moais
parecer, e entretanto se usara nos resguates da dita for-
talima era brida'« que se comem na mem.: prouiser›
que logo fareis dar á exectmaa sem duuida nees em
borga algum.
it. Vendo Como ioda este anuo- mi) itay quem sirua.
de elimeeller da Rellaçaii desse estado de que tinha par.
tildo o Lieemiado Prancisco Aluem Sanhudo (que te
perdeu ao uiagem 1 e uue o Licenciado - André Ser...
dez Maciel que o teime he ocupado em sarg. ecelesiass
time, ey pur bem que o Licenciado Sin.,- Pereira, de-
stanliarguados dá wesma Rellaça3 (qrie por outrácarta
feita antes desta vos eserauu que encarreguei. de °u -
nidos geral da doei )situa a carga° de Chanceiler da
Rellaça3 em quatit, eu na& prouer outrem delle, ou
«Zé. roander e. contrair°, porque pena ko áenformaçad que.
resmungo 3,* 393

deite e de seu procedimento tenho, confio que oseruirá


boto, e, dirlhoeis de minha parte com pallauras que o
aduirta3 eabriguem ao fazer de maneira que rne aja ad-
ie por bem seruido.
III. Por parte de Dona Catherine de Castro filha de
Doer Guarcia de Castro, que Deos perdoe, me foi apresen-
tada hu3 prouisaili de aforamento ernfatiota peru sempre que
oConde Doai Francisco Nlescarenl.s sendo Vissorrey des-
se estado lhe fez ene meu nome das rendas das arraeas do
cidade de Chaul que até enta3 andanaili arrendadas per
conta de minha fazenda em mais confia que coa dona-
mil duzentos e cincoonta pardan,a de quatro latins o per-
dão per que lhe fora3 aforadas, tomando o dito Vi.
sorrey por fundamento peva fazer este aforamento rine
adita renda hia dernenuindo, pedindome a dita Dona
Catherine lhe fizesse aterre de lho confirntar, e por set
meteria de muita considreareil eforarense as rendas des-
se estado que sala tais' necessarias pera as despegas das
armadas eaccidentes que de continuo nelle ha, me p..
tenro na3 lhe dener di Ferir a este sen reqneriniento pré:
naZiter muito inteira enformagaii desta renda, pelo que vos
encomendo que a tomeis muito particular do estado em
que está, e parecentionos que se deue arrendar como as
mai., rendas desse estado, o (areis, fazer á pessoa que por
elle mais der earri6 se costuma fazer, e entendendo nós
que naõ conuern arrendarensse, eque será de mais pro-
ueito poro- rainha fazenda doesse esta renda das erradas
de aforamento, se naó, dará por mais tempo que de Ires
andas, e á pessoa que por elle mais der, edo que- nes-
te: meteria figerles e vos parecer are anisareis por nos-
sa carta, esambem do que coe parecer que se deue res.•
ponder ádota Dona Catherine, de cuja pessoa e procAli-
mente me anisareis.
IV. As cinca náos da armada deste atina de que uai
por capitar,' mór Dom Luis Continha fidalga dó minha
casa. aprestara& iser canse de minha fazenda, e cousa
te necessario beneficiarensse nesses, partes per conta del-
la„ eemala bzeuidade Que amuem peta fazerem sue ula-
6If
294 .1.111,0 nozereauzz•cuttrtura,

gem rua cedo que se possa esperar .uirem aeste nein.,


ealuarnento, mandei dar ordem sorno depois de mantsa.
gim& oboesse dinheiro. pera ao desperas- quase com et,
las hal,' de fazer, e pela de nom. Xlmerrea rezaspate
°giros ,contratadores da trariaa ela pimenta pera este
Reino e.e ,entreguarali nessa <cidade de Guoue na de Co-
chim tanta ,contie de Realize que faça2 teima mil ent-
rados da, moeda desce estado somo mais larguumeute
acre-s pena ...ta gorai da sara da dndia, epor que pera
o concerto das ditas n-áos se ,entenele que se ha miefer peta
cada imã de dez até onze -mil cruzados., ademasia que
faltar para odito concerto se tomará dos cincoenta mil
cruzados ope no anuo de 91 se mandarei:3 per conta de
minha, .fareada <leste Reino peraee ernpregoarem em pi-
119P alta que por nino& do contrato feito com os ditos coa:
&redores se mandou entreguar aellea toda aque cultura'
se feira do dito dinheiro, o qual elle° ioruaraõ a entre-
gar :pella pimenta •que estaca feita e lhe foi entregue
por meu mandado orem deciaraeati que delles se liar< fa-
ria despera ,nenhoã senaei nas coas» que eu mandasses
cruno roais largamente se verá per huã dana que nobre
esta meteria mandei esmaltar o asno passado, e inda que
se me fez lembrança que do rendimento da alfandeguado
Coehim, e ar,á do anais desse estado podia eu mandar
fazer adespe:a destas na«, todani a por se lho 'net2 tirar
esta contra que será necesaria pera as armadas e teci.
dentes que solarettem ao mesmo estado, oure por meu
-.enliço que ee doente antes por eata ,rnaneira, e vos etre
comendo que elo reananecentedos ditos cincoenta mil cru-
zado, que &ar ae nal; faça despe» algal nem meu espe-
Mal engodado, einda qrte orando ClICfelkeT aManoel de M e-
deiros,fidalgo de Minhasaaa qVédor da fazenda de cargos
dasnáos cci Coebirrhcomo se bade dar cate dinbeno pera a
deppeza desditas leitos, elite enoaraeadoo breueelespacho
e aniamento delias per. este Reino, em enas.chegnando
carga partes dareia ordem como se lhe enoje adito dinheiro
pare o apercebimento delias, e em lado o que a tós to-
car lhe dureis todo ofanar eajuda peru que pesca tom«
resamnb. 325 .

prir inteiraMente COM COM SIM Obrig9O¢0Ó; o que coe CY


por muitoenComendado pois tendes entendido rime o mais
certo penhor das náoe terem boa utagem• he partirem mui -
.
to cedo des. partes, &mata ent Lisboa ao denad oiro ,
de- Março de 592
P.
v. Edo•eargo de Chmidor geral do cyuel que outrora
te seruir o Licenciado. cirnafi Pereira se nafi fora oco..
pado nu de Chanceler corno atras nesta carmim se• conteei
ancactegareis. outro, desembargador até eu ais,os proue r.
0. CARDEAL.
bliguch de filonra.
Pbra.o Visorrey-2'.. eis
(No SobrmeripM.).
Por El Rey.
firathias dg AIbuquer d ue do seu: conselho,. e. seu Vi.
&array da India.-2.'aia
(.Livro 226.-3.. ria II. 122-5.! virê fi. 115')

124.
Eu EIRey face>. saber a: oda meti , Vi ,
-sorrer e GlImer.•

nadrir das partes da 'trila que sendo econeiclershilh comer ,


aro fortalezas de Çdrfiala e Mocanigne. sgnaõ gorda.
rad. areg:ora' meus Regimentos, eque nruisotnente nafiI ti.
Ilha minha fazendo • nesse- eetati oninirendimenm dirs ror—
gate, daquela, fOrmrezr., mar amer em, necesariti quê
acus. dela se pagamein se despe... que com ellae se
fazem rde que se noa podsin escussar de-Culpa os crffiCia?s
da administraçafi doe ditos resgates, e querendo nitmo
prem er de maneira que. retinha fazenda cujos. chie, Iodas
sair' tenha alcem :rendimenro pesa suprimento dár obris
gaerrés despe.s das mesmas fortalezas, e os carpir/rés
delas fiquem com parte bastante pesa :serie primai., e
es reenbair juntamente moas vassallos cy por bem e
rosado que na publicaçai3. dmita. minha prouisaíi. nessas,
206 alterne° cOa .r001,62•Oalereral.

partes em diante se abraõ logo os resgates do onni da


fortaleza de ÇoIllala, rios, e portos donde atequi se res.
gatos peta que todas as pessoas de qualquer calidade e
oondiçaõ que sejaõ o possaõ ir resgatar, e prata se taõ•
beta a onueá., pagando de todo oouro ou prataane asy
resgatarem o quinto a minha fazenda; o taõbern me pra.
qne . eapitads daquellas fortalezas por mito prouidos
delas posoad resgatar todo o marfim, anibar, breu, e
aniro daquelas partet liorernente sem destas cousatt
gorem a tainha fazenda direito algum, e que nhtlia oa•
ira pe.ta as possa resgatar sanai/ alies. E asy êy por •
bem fazerlhes mais merca que aj.>, a decima parte de
todos os quintos do ouro e prata que se cobrar para mi.
oba fazenda. E porque pera este modo de trato e co-
mercio geral contem que aja alfande.ga na fortaleza de
Moçadbigne, a fareis logo asentar nella onde se paga-
raõ de todas as fazendas que entrarem naguelle porto e
a elle vierem (que naili forem deste Reyno )a seys por
acato de entrada Como se pagai. ; em todas as outras
alfandegas desse estado a minha fazenda querUejaõ do
capitsó e orneieeo das ditas fortalezas ou de quaesquer
outMs pessoas, as qOaes entraraa todas ha dita alfand. •
ga esarai"; relia despachadas n sanadas, e pagando os
ditos direitos as poderail tirar, eachandosse as taos mer-
cadoria. .eiti selo da dita alfandeg,a sersõ perdidas as
doas partes teta minha faz.enda e aoutra para piem o
denunciar; e outrosy todo o ouro e prata ou qualquer um
tio metal que se resgatar se drare a dita alfandega
nella se pagaraR os quintos de tudo, ese carregaraõ em
?radia sobre o feitor tia Moçalibique que Antamente
borá Juiz da dita alfandega pelo eserinaõ da dita (ci-
frara que taraben, seruirá de eserivaõ della ;eadita re-
ceita te fará em titulo apartado qae se chamará dos
quintos com deelaraçaõ tias nomes das pessoas, que os
pagara7,, e com todas as mais neeessarias para maia ida-
remi deste negoceo para o qual fareis fazer regimento que
se comprirá em quanto eu eaõ mandar dar outro, e me
apoiarei, nestas na. a• copia della em que se trasladara
PASCICX11.0 3. 297

esta prouisa5 de verbo ad verboso ;etodo o ouro eprata


que fica, ás partes depois de asy terem pago os ditos
(plintos se marcará com as- armas ornes desta Coroa
rias pontas das barras e no meyo delias: e achandosse
alguns sem ger marcado se perderá pesa minha fazenda
as duas partes e a outra peca a -pessoa que o denunciar.'
Pelo que mando que abraes logo os ditos resgates easen ,
teia a dita alfandega na maneirasobredita, een rapta. era.
Ç3e9 inteiramente guardar esta prouisaScomo se asila con•
tem,a qual se registará noslivros de minha fazenda, edos
contos dessas partes, e se publicará nos lugares pubri•
cos de Goa, ese fixará nas portas da cidade pesa a to-
dos ser tiotorio, evallerá como se fosse carta feita em
men ITOIlle por mim asynada e passada nella Chance'«
latia posto que por alia vai passe sem embargo de Or•
denaçaõ do segundo livro, titulo xx que ocontrario dis-
puem. Joaõ de 'Porres o fez em Lisboa ao derradeiro de
b1arço (1593 ). E eu o Secretario Diogn
Velho o fio escreuer. E o que asy ey por bem por 4,9[a.
prIlUi .PaÕ que ajaii os ditos •capitaás do .
Çofalla e Moçam-
bique será em quanto o eu mines por bem e nati mandar
ocontrario.
O CARDEAL.
Miguel de Moura.
Pmuisa5 sobre Be abrirem os resgates do ouro e prata.
ir Çofala, ese pagarem os quintos á fazenda de Vossa
álagestade, ose adentar alfandega em Moçambique, e eu.
bre 0que haZi de ave, .os eapitaès das ditas fortalezas.
Pel'a Vossa filagestade ver toda.-1.' via.
( Livro- 14' fi 32-5.' via fl. 34 )

125.
Humrrado Vissorrey, amigo inda que por uai", virem
vias vossas oanuo sassado asa aja maiorias de reposta,
uai,' faltai cilas nesse estado peta se tratar do comediu
delias, easy vos manda .preuer EIRey meu Senhor so•
399 ÁRC81•0.1WATUGUEZ.ORIENTAL,

bre• alguns de anais importancia em que por seu ser-


viço vos pudera exagerar o q..• culto, que tereis 1a9 bera
considerado ede.mrride que escusearey de rollo enc.,
recer, porque C001 vossa moira expiriencia. particular
;elle., e tal grande cuidado COMS Ir, o que. deneis
vossa tamanha obrigimaii. procedereys em. tudo de ma.
atira que vossas: obra, eejaii aa que fallera mais que
voares cartas ;: pareceoma que bem declaro nisto qual
seja o meu dessejo co quê por seruiço de Sua Muges.
tade deueis lazer, equal o•moito ennteniamento atIC re.
ceberey de viiis terdes cure. merecimento ame elRey ineu
Sermo, por taiLlsem. isso voa poder procurar no meruim que
por iaee seruicos deutie• esperar de Sua Magestadeacujail
carme que cal. nestas, vias rne molesto, e nellae vos mis
comenda ELRey meu Senhor as omissas- do Soar,, 0111..
cio que pella obrigaçai/ que a ellu.e tenho mo) posso
deiaar de culla,' encumetidar mil..; e• talhem que. toe
esercuues muitas noaas de vós que folgarei que sejefl
sempre muito boas; e da nomo Senhor voe dar a seus:
de que podeiadesejar. Escrita. e. Lisboa ao primeiro d.
abril de 593,
O CARDEAL,
Perua Vissortey... Pera V. A ver.-1. via,
(Neeobeeeoeipto )
A Marliias de-Albuquerque do Conselho deiRey meie
Senhor, e seu VisoRey da Ilidia,.
•(- Livro 2.*11 .
..2Mli-3.' via 11..221-4 ' ele fl.191 )

126.
Vi .
eniteje uevigrrv. EU.E1Rey vos envio mu y ttr saudar.
As Mormo uno, de armada de anuo presente que noeao'
Senhor limará aealnarnenm aessas partes, da boba saio
prestai:ah- neste Reino e vair per conta de minha: (nuear
da.; ar gimes lhe he neneveaetoc concerto, auebrili nnrias
menteee lhes coco- ima fás,: e baÈ3 mhter nessas paries
peraitoroa. Muge. acata Keyno,. qpv seggnao
Pasmou, 3.' 399

çtl dpuem bastar pesa isso eincoenta mil cruzados pera


os (jures ha trinta mil cruzados, que sal obrigados dar
lá na India os contrastadoseo da trazida da pimenta do
contrasto que ora corre is conta do frette della, eos vin.
Ir oul cr.a:doe monprimento dos cincoenta daraet os di-
tos contraitadores do que deuerem a minha fazenda pela
pimenta que se lhe deuia carregar o anno passado pau.
urdida dos ciocoeuta mil cruzados que o armo de 91 se
enniasa3 a essas partes- pesa acompra della, ainda que
lembrauu que das alfandegae de Goa eCochim se poderia
fazer esta despeea,todania ey por bem que seja da maneira
que digo evos encomendo que deis ordem peru que com
toda a diligencia e breuidarie as ditou nftos se aprestem
acesas partes de tudo o rreceesanin ,era torna uiagem del-
ias a este Reino abonde as Deot trará aealuarnento epos-
sa della partis cedo, por que bem sabeis o que nisso
uay o-quem -necessario lie, e nelas enniareis emprega-
dos nas drogas e coimas que . Vrouedor e otliciaee da
cassa da -índia sereuem na casta geral que enuia3 aes-
sas partes que sal neeessariae pesa as ordinarias da dita.
casa troa mil cruzados, eso,lo o restante que ficar do em-
prego dos ditos ...usa mil cruzados eprocedido del-
iria em pimenta que ve ditos oontrattadores cal de pa-
gar se cal fará delle onusa alguil sein meu especial man-
dado, estará depositado em mai, de algum meu olficial
que seja pessoa de confiança que pesa isso ordenareie.
&sita em Lisboa a dons de Abril de niSuenta e Ires. E
asai cauiareis mais per lastro da, ditas dios -todo o salitre,
madeira peru oaleeses, oadernaes, saunas de leme, eixos
Jeetrineae, •toire, e fio de amarras 555040 disto poder
VIL Peru de Pai«.o fez escreuer.

O CARDEAL.

O Conde.

Reta o VisoRey da Ilidis


400 ANCII1v0 PORTO00...0O181,11.

(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Mathias d'álbuquerque do seu conselho, eVisoRey
da India.-2. via.
(Livro 2.• fl. 219)

127..c.)
Visorrey amigo, Es EIRey vos cnute muito saudar.
Lois Fernandes Duarte que está na corte delRey Xas
rifle me escremo como em Marrocos catana hum logres
mercador de credito naquellas partes que fallaua nas
contas desse estado corno quem tem alguti experiencia
delle posto quqr lá nal)" tem ido, eisto com intento de
Orn $arnatra eem PegA que saí,- partes remotan desse
estado eem que naô ha fortallesas minhas escutarem fei•
torias e terem comercio com os moradores delias, e pesa
este efeito procura de lesar estromentos autentico0 doi
dito Xariffe de COMO OS Ingreses stffit imiguos capitaes
dos Hespanhoes e grandes anti7,uos dos Momos, eonde
os achar; os tratat) como companheiros, e aos Moutos que
achai-, cariovu os resguataô e lettaft aos portos de
Berberia e lhe dati' liberdade, pesa com estas justift•
caçoès se ir a Inglaterra .pôr em execilçaô esta magros
que detremina de faies do Cabo de Boa Esperança por
Rua e na& por Moçambique, pera o que tem feito roreiro
de que o dito Luis Fernandes me enojou a copia, e
porque esta meteria he da' comideraçaa que tereis
entendido inda que no que este Sagres intenta ha nun•
tas diffiesuldades pesa poder ais a atreito, mas he de crer
que no que for possffiel procuraraõ os Ingreses tudo ode
que lhes resultar algum proveito posto que seia em par.
sus ,remotas peita falta que sestas tem de comercio, me

(a) Nas costas do papel tem em letra contemporama esta de-


claragab:
-..C(121.11 do que se iserenen em cifra por terra=
r.ésenroLo 3. 401

pareceu dener legue auisaruos por terra como tamboril


o mandarei fazer na armada do armo que vent pera que
tenhaes grande vigilaneia neste particular ferendo rolos
az prenençoéls necessarias nas partes que apontalii o noz
moer que vos parecer neeesario, e prouer em tudo de
maneira que por nenhum caso possuí; este, Ingreseo pôr
per em terra, coonseruando ar Rei, daquellas tiariee na
amizade que tern com esse estado. e aos que o lua; d-
oerem ordenareis que faça contei], oste officio o Rei meia
verinho que a doer com o Illf ,r11 ,1estado.
II. Foi bera feito auisardestne tior nossa cana de II de
Abril do atino passado de 92 que una por terra do estado
em que ficattad as cousas de,sas partes &pula de par.
Urina se oitos datinelle anuo, posto ql.'', se vieti iterar; lauto
no caininlio que elleguarad a esta cidade eto 17 de Janto
deste anuo presente, e porque tias unos que ora ee cope.
ma dessas parles lin) de vir as irias rota aulas,r no...
dee C011335 delias vos mandarei respomier peitas mirar rio
andu que vem a esta carta que leio por terra. Eseritu•
era Lisboa a6 de Ago•to de 93.
Tambetn colmem que saibaro como por via tio
merino lugres se entendei, que pode sove pauso [unis
de d.e anuo, que de Inglaterra pardo pura causo panes.
»capitai; Pé de páo de que por terra tialtab auioo de res
lá °Impado, e que tomara dons (piai horta, e bem ardeu
quanto importa acudi..., o aniearmeeta de tudo.

(Livro 2. * li. 282 e. fl. 284

1593.

SEGIJND,k

ALVidliv'S 110 31~.1,

128.
,Dom Felipe &c. A quanto:, esta minha certa rir ev
turma faço saber que por justos respeitos que. me e leio,

01
402 ARellIVO PORIVOU13.-ORIE,NTAL

morrem do seruiço da Deos e meu, e por se coifarem os


inconuenientes que se podem seguir, ey por bem emando
e defendo que tia publicaçaa desta ern diante Ilhoa per.
aua de qualquer qualidade e condiçaR que seja que
nine, e residir nas palma da judia e nas fortalezas e lu.
genros delias, e ás ditas partes for ter, e que naa for na.
lurai deste Reyno de Portugal, edos mais Recuos e se-
nhorios deito Coroa, nmorgue nem possa naueg-ar nele ir
para as partes do sul, nem a terra dos momos, nem os
Armenios que está em costume ir a ella, nem a Dam-
baya sem minha expresa licença ou do roeu VisoRey
que ora lie eao diante for da India, sob pearia de todo
o que o contrario fizer ser preso e degradado para semi-
pie para as gaites do dito estado da India e perderem
todas as suas fazendas e bens que se achar lhes perten—
cer e serem seus, as duas partes para as despems da
minha ribeira de Doa, e a outra para quem os acusar,
que tudo se executará nos culpados e reueis sem remissaa,
eesta ley se entenderá taabem nos l'ortugueses que ha
muytos anuas que aluem ern outros reynos e senhorios.
Noteficoo asy ao Ouuidor geral do crime do meu esta.
do da ladra, e atodos os mais ouuidores, justiças, offie
chies e pessoas à que pertencer, pie ora saa e ao diante
forem, e lhes .mando que assy a comprar-3 e guardem,
einteiramente façaft cumprir e guardar da maneira que
se nesta minha carta de ley contem sem duuida nem
embargo algum, a qual será apregoada na cidade de Goa
enas mais fortalezas das ditas partes da India, e regista-
da nas suas feitorias e camatas para que a todos seja
notorio esempre se saiba como o assy mando e ordeno
poios ditos respeitos, para cujo efeito se enuiaraa ás ditas
fortalezas os traslados desta ley tirados de chancelaria on-
de taabem será registada ,asinados e autorisados pelo
meu chanceler dar ditas partes. Dada na minha cidade de
Goa sob meu salto das minhas armas reuna da coroa de
Portugal aoito de Março. EIRey nosso Senhor omam
dou por Mathias d'Albuquerque do seu conselho, e seu
VisuRey da Ilidia &c. Antonio da Cunha o fez nonada
VaSCrOOLO 3.. 403

mil bolvicxxiij (1093) Luis da Gama o fez escreuer.-0


VisoRey
(Livro 1. de Alvarás O 11 r.)

129.
Dom Felpa &c. A quantos esta minha carta de ley
bisem faço aaber que por justos respeitos que me a isto
mouern do serviço de Ocos e meu ey por bem e me praz
epor esta mando e defendo que de publicaçafi delia em
diante nenhum nauio de qualquer parte que seja de Por-
tuguezes nem de outros vassallos meus vai- ,com (suceda»
emantimentos aCambaya nem a nenhum tios portos da.
quelle Acamo, nerti passem da fertaleza de Diu pera a-
amue sena minha especial licença ou do rara VisoRey
que ora lie da Ilidia, hob pesas de todo oque o con-
trario fizer e for achado em cada buiu dos ditos portas
sem atal licença ou te lhe pensar que sem elle nane-
garai:i e foraZ a eiles ser perdido com as fazendas e
mantimentos que nelle se acharem ou se justificar que
1...1 ou sua iraste valia, e pagar o capital" e dono
do tal nauio quinhentos pardaos ealem disso ser degra-
dado por cimquo asnos per. CeillaG, e os lialinhiros
serem C21i1103 pera as minhas galés doestado da India pera
sempre, ai quaes penas acima conthendas que por esta im-
ponho semi executadas sem remissab-nos culpados erenais,
.luelade pesa ',resgate dos captitios das ditar partes da In•
dIS, eaoutraametade pera quem os acusar. Notei:Moo assy
. Ounidor geral do oriotogio estado da índia, ea todos
08 eapitaés mores, capitaès das fortalezas deile, onuido•
res e justiças, mais olliciaes e pessoas a que pertencer,
que ora sai-)e ao diante forem, e lhes mando em geral
a.nada hütn em especial que cumpraild e guardem, e
imerramente façaõ cumprir e guardar esta minha carta

e dará druida execuçaid as pennas uella coa-


llrellas sena dunidu nem embargo algum que aelle se-
la posto por quanto ho hey asey por muito seruiço de
D s" 5 roeu, e esta dita carta lerá apreguoada e.
404 ARCRIVO PORT....ORIENTAL

minha cidade de Goa e nas mais fortelesas ecidades do


corte e sal, eregistada ato. liuros dos registos de rase
cantaras e feytorias pera atodos ser notorin e sempre se
rases como atsy o mando e ordeno pelos ditos respeiros,
pora nojo efeito se enuisra3 os treslados desta ley tirados
da Chancelaria eatinados pelo meu chocos!, da India
bit dita, fortalezas do norte esol. Dada na rainha cidade
de Goa sob meu sello das OPPRO9 reaes da Coroa de Po.
legal a vinte de Março. EIRey nosso Senhor o mandou
ror Mathias d'Albuqnerque do seu conselho, VisoRey da
'adia &e, gsteuaõ Nunes a fez anno do nacimento de
Nosso Senhor Jato Christo de mil belRlij (1593 ). E a
metade das ditas pennas que assy aplico pera o resgate
liOR CatillOS te entregará na Misericordia da cidade de
(loa ou na de Chau] pera odito efeyto com certida3 a.
tentica da conthia delias. Luis da Gama o fez esereuer.
E /mil valerá licença de capita3s ceia cartazes daquy em
diante.-0 VisoRey.

(Livro 1.* de Alvarás fl. 19 )

130.
Dom Felipe Scc. faço saber aos que esta minha carta de
ley virem que eu soo inforrnadoque algunoeapi a3s que va3
fizer as uiagens de Japari eáquecidos de sua Obri guaça3
e do hem comum por seus intereces particulares depois
de se verem no dito Jap.) se deixa3 lá ficar internam
do, o que he causa de os prouidos das ditas uiagens as
mui poderem ir fazer no tempo que lhes cabe entrar no
que ficati perdendo muito pelos grandes gastos edespesa
que fica3 fazendo na China alem do grane perjuito do
pono que,fica perdendo os intereees de seu dinheiro,
querendo eu nisso prouer, ey par bem e me praa que da
feytura desta minha ley em diante nenhum capital das
ditas viagens ynuerne no dito Japaí3, e que tanto qtte
for reonçar3 peru a China se tornern logo como sempre for
costume, posto que na3 tenlia:d vendido todas suas fasem
rzsmonzo 405

das, e quem o contrario fizer será degradado elimino


nnnos pera Ceylati e perderá os fretes da dita niagem pera
aminha fazenda, e pagará ao prouido toda, as perdas,
que por esse respeito lhe der..Noteficoo assy ao Onni-
dor geral do crime do estado da Ilidia, mais justiça"
offieiaes e pessoas a que pertencer, que ora sati e ao
diante forem, elhes mando que assy o cum prati evoar
dem, e inteirameote façati comprir e guardar da ma-
neira que se nesta contem sem <bulida nem embargo al-
gum, a qual será apregoada na cidade de Goa e na da
China pera que a todos seja notoriorce saber como aosy
omando e ordeno pelos dito, respeitos. Dada na mi-
nha cidade de Goa sob meu ,ello das minhas armas To-
ars da Coroa de Portugal anos de Março. EIRey nosso
Senhor omandou por Nlathias d'Albuquerque do seu coa.
relha, VisoRey da India &e. Luis Gonçalvez a fez anno
do nascimento de nosso Senhor trio Christo de mil qui-
nhentos nouenta e tear. Luis da Gama o fez escreuer.
—O Vi.oRey.

Postilla.

E ah as pennas na ley acima declaradas ey por bem e


mando que ms.dito, capiIatis móres nati possab invernar
na China no tempo que saZi obrigados fazer sua uffigero
vem embargo de qualquer impedimento que para io,o por•
sati aleguar, pelo muito perjuizo que disso se segue ao
bem comum e fazenda de Sua Magestade. E esta pov.
Ida áley acima se publicará pelos lugares publicorr e
acostumados desta cidade de Goa eda de Macáo, eda
Publicaçati se passará cenidati nas costas della. EIRey
nosso Senhor o mandou por Mathiaa d'Allmquerque do
mu conselho, eseu VisoRey da bulia. Esmoei,' Nunez
fez ern Goa a xj de Abril anuo do nacimento de nosso
Senhor Jesu Christo de mil quinhentos nouenta ecirculou.
Luis da Gama o fez escreuer.-0 YisoRey.,

(Livro 1: de Alvarás 11.20)


4OR Alterne° POIITIJOUaa•ORIENTAL

131.
filathias d'Albuquerque do conselho de Sua Magestai
de, VisoRey da ladra &c. Faço saber aos que este ali
verá urrem que áuendo eu respeito áfalta que nesta ci..
dade áde bazarucos, eos officiaes da Camara della me
pedirem prouesse muito como fosse mais proueito dos
moradores e pouo da dita cidade, ey por bem e me praz,
e por este mando e defendo em nome de Sua Muges<
rode que nenhutl pessoa de qualquer eallidade econde
çai3 que seja leite daqui pera fora pela barra nhfis baza.
raros sem licença da cidade sob penna de serem perdidos
ametade para a pessoa que os tomar, eaoutra ametade
para os eaplinos, e ey outrossy por bem sob adita penna
que na?, saytió pelos passos desta Ilha sem os Tenadares
e capitaós delles buscarem eexaminarem com muita
ligoncia as embarcaçon's e pessoas que per elles Onnereal
de passar, deixando leuar eomtudo aos gallinheiros hum
punido em bacarucos somente a cada hum, e aos rega<
toès de fruta ruce pardáo em bazarucos, eachandoos
em quaesquer embarcacoka fora do registo dos ditos eu<
pitaiis eTenadares seraff perdidos pela dita maneira, aos
quaes encomendo tenható muita uigia que nenhuti pessoal
trag a da terra firme bacarucos por euitár que se naó
talssifi quem s.aluo aos moradores de Salssete eBardes,'
eisto eoal ileença e exame das <liton ter.
ras que será ir que pada hum onner a mercadoria
que aella uier buscar, eseraó os que se agora lanraii por
ordem da cidade que saii de ley de vinte e oyto par.
<Ihs xerafins o quintal, sob pena de todos os que forem
achados fora desta ordem serem perdidos, eos que .05
trouxerem presos edegradados por dous annos para as
gallés, e este será apregoado nesta cidade para atodos
ser notorio, e registado nos passos pellos eserituffis deb
ler. Noteficoo assy atodas as justiças de Soa' Magestadei
capitaiis, eTenadares dos passos desta Ilha e cidade,
mais alheieeu epessoas a que pertencer, e lhes mondo
nesemeho 407

que assy o cumpra3 eguardem, e faça3 comprir e suar.


dar como se neste contem sem duuida nem embargo al-
gum, eeste valerá como carta sem embargo da Ordenasa.3
do Livro 2: Tit. 20, que diz que as coums cujo errei.
to <unser de durar mais de Iram anuo passem per cartas,
eper aluarás na3 valha...-.Antonio da Contra orezem Goa
aabtj de Abril de 1593. Luis da Gama o fez esereuer.
—O VisoRey.
(Livro 1.* de Alvarás fl. 37 v. )

13 9
Mathms d'Albuquerque &c. Mando que nen/rul pes-
soa de qualquer °alidade e condivaõ que seja aa3 tire
fogetes de rabo, nem cota bombas, nem tragues, nein
faça outro algum genes,» de fogo com poluora por esta ci-
dade nem pellos arrebaldes delia desde Bangarsy thé
Santa Luzia, sob pena que todo aquelle que for achado
tirando os ditos fogetes, ou com elles na ma3, sendo ca-
lino ser degradado pera as gallés e alem disso pagnar
seu senhor ulule pardáos arnetade pera quem os acusar
e a outra ametade para os captiuos, e sendo forro ser
preso para as ditas gallés, e sendo Portugues ser preso
no ironouo ré aminha merce, eeste será apregoado nesta
dita cidade e nos arrebaldes delia, e pelos lagoas«
publicar eacostumados, de que se fará termo nas costas
delle. Neteficoo assy. ao °traidor geral do crinre, eás
mais justiças e pessoas aque pertencer, eIlms mando que
assy o cumpraõ eguardem, e inteiramente facas compris
eguardar da maneira que se neste coutem sem dauida
nem embargo algum, evalerá posto que na." passe pela
Chancelaria. Luis Gonçalues ofes em Goa 'a xxij, deJn.
nho de 1593. Luis da Gansa o fes escreuer.-0 VisoRey.
Postilla do Senhor Conde Almirante.
A. xj de Junho de 97 ouue campeasse do dito na.
nhor Conde, per que manda que se cumpra esta provieaõ
aqui re¥istada da maneira como se adia coutem.
(Livro 1.' de Alvarás 11. 37 )
499 ARCHIVO PORTUOUEZ-ORIENTAL

133.
Dom Felipe &e. a quantos esta minha carta virem
faço saber que era foy enformado que no porto peque:
no de Bengalla eseus limites andaG moitas omieiarlos
com perigo de suas almas e vidas cometendo muitas
deirordens em perjuieo do seraiço de Deo, e meu
nem se quererem vir pera as minhas fortalezas por se se.
onerem serem presos pelos delytos coe tem cometidos,
vquerendo eu nisto proner; ey por liem e me praz de
dar seguro real catita de fevro por esta dou a todos os
dito, homieiados que naquellas parte, de Frugal:a an-
darem por quaesques ensoe que tiuerern entendido,
.pera que seguramente se possa?, vir deilas pera o Judia
cem serem presar pelas nainbas justiças das minhas fariale•
ene e lugares delias por onde posarem ou vierem ter
era tempo de quatro anu00 que lhes dou
- e limito pera
se poderem liurar, e aves perdnd de seus delytos,
com deciaracaG q. os 01111Z1.10•S que asy vierem se vaG
primeiro Matrienllar perante oOunidor rio .dito porto de
liengalla, que lire passará disso sua eeriidaõ com, otr.-
1;ula deste seguro para que se sayba como vem delia, e
Inc °mie:iodo, e mando a todas as minhas justiças que
apresentandolhes os ditos moieiados a tal certidai, e o
treitiado desta minha carta de segar' naG entendaft com
elle, item nos preudaG pelos ditos • delytos que asy tis
uerein cometidos, antes os deixem bine c seguramente
andar negaceando seus 'juramentos e peritoO'n no dito
tempo de quatro asnos, que lhes pera beato limito corno
dito lie. Noteficeo assy ao (bordos geral do crime, e ao
eapiterG mós e ounislor rio dito porto de Bengalla, ea rodos
os ruam capidtès, °unidos., justiças eofficiaes aque per-
tencer, que ara sai/ e ao diaute forem, e lhes mando que
asy o comprai. ;eguardem, e inteirai:1.de faça?, cornerir
e guardai da maneira que se nesta contem sem dounia
nem embargo algum, a qual sera apregoondo no dito
porto de 13eugalla eseau tintim 1 • registada ao cartono.
reser.. 3.' 409

da Orsoldoria deita .pera que a. todos seja notorio, e se


saiba a todo otempo como asy o ey por bem. Dada na
minha cidade de Goa sob raso sello das armas reaes
da Coroa de Portugal a zzblij de Julho. EIRey o mandou
por Martas d'XIbuquerque do seu conselho, VisoRey da
judia. &e. Este.5 N'11103 a fez eu Goa ano do na.-
mento de nosso Senhor Jesu Christo de 1593. Guia da
Gama o fez e.rCL12C. M ausy será aproguoado »esta ci•
dada antes que vá pera Bengala, de que se fará termo
nas costas.-0 Pisoftcy.

(Livro 1.' de Alvarás ft. 35 r.).

134.
Mathias d'Albuguerque do e.ouselho de Sua Mageotade,.
VlsoRey ria India &e. faço saber aos que sele aluará
for apresentado, eoconlieoirnento delle mon direito per-
tencer, corno por may justos respeitos do eernizo de Doou
ede Sua álagestade o dito Senhor inunda q.. se .fapies3
liaras irouoo dt,rnatricula, pelo que mando que toda pessoa
de qualquer quallidade e coarlica9 que for que arsdar coa
estiam' ocupailo nestas partes era seruiço.. ...... sse re
um a aesta fortaleza amtricalar...... até a ainda das nárrs
que eme anuo esperamos que nosso senhor traga a: salsa.
mento r por que nada dia da somana á tarde das ditas oras
kré anoite ocupara9 os ofseiaesda matricula perante mim
no o Vedor da fazenda neste novo assensarnriato, sendo
certo que a pessoa que se .9 uier assentar no. ditre
ternno ficará sem titulo no Duro da matricula deste esusilo,
epera que venha ánoticia de todos inaado que se a-,
preguoe nesta cidade cterras de sura jurisdiets9 pelas pre-
f. elugares publ.ao cLellas, e da publietwará se passará
aertida0aa., cos tas desta. Luis da Gama o feta ata Goa a

,b,9 <Caveto de 1593.—Lb VisoRky.

(Livao 5 1. do Alvarás fl. 39)


410 seCIIIVO POATUOVEZ-OHIENTÀL

135.
Dom Felipe &c. a quentes esta minha carta de ley
nirem faço saber que acendo eu respeito aos muitos de•
betou que na minha cidade de GOa se cometem contra o
seruiço de Ocos e meu, e querendo eu nisso prouer, ey
por bem e me praz que toda a pessoa de qualquer qua-
lidade e coa/liça/á que seja que for achado de nnute
pellas ruas da dita cidade eseus arrebaldes com molhe/
sol/eira publica pague cimquo pardaon e a dita mulher
outros cimquo todos para o meyrinho que os achar; eou.
trossy ey por bem que toda a pessoa que vender algum
falo ou qualquer outra cousa no pellourinho velho, ou no
bazar, ou na rua dos da dita cidade, ou fizer a•
juntamento nos ditos lugares, ou for achado no taltajon•
aumento perqua tudo o que assy vender ou estiuer
vendendo pera quem o acusar naõ aparecendoto dono do
fato que se vender, e mil reis mais para o mevrinho que
o tomar nos ditos luguares, e sendo captiuo a pessoa que
assy for tomada, e naõ querendo seu senhor paguar adi-
ta penou, lhe seraõ dados ao pé do pellourinho vinte
açoutes, a qual execuçaõ mandaraõ fazer o Ouuidor ge•
rol do crime da Dulia, ou o Ouuidor da dita cidade ver-
balmente sem appellaçail nem aggrauo; e todo o moço
catiuo que for achado jogando qualquer jogo nas ruas
da mesma cidade averá de penna uinte açoutes que lhe
seraõ dados ao pé do pellourinho, enaõ querendo seti
senhor que lhos dem pagará quinhentos reis peru o rney-
rinho que o tomar jugend°, que nimbem lhe seraõ 301.
guados uerbalmente pela maneira acima. E outrossy ey
pot bem que toda a pessoa que tirar com panella 00q051
quer outra vasilha de ouçidade aqualquer pessoa, sendo
que assy tirar captiuo, lhe seja decepada huã maã
açoutado publicamente coro baraço epregaõ, esendo lince
e da terra será degradado por cimquo annos para a, gel ,
lés do estado da India, e sendo Portuguez nos mes-
mos cinquo annoe de degredo para Ceylait,. epag raõ a
PA3.1617. 3.* 411

pena de dinheiro em que forem condenados conforme a


qualidade das taco pessoas, e nas mesmas pennas enc.-
retafi os que mandarem tirar com as ditas panellas ou
vasilhas, epera effeite de se citas darefh â druida escoa-
9s.fi cuandu aos ditos julgadores que tanto que vier á no-
ticia de cada bom delles que re tirou a algud pessoa
com adita panella ou vasilha, tirem logoo deuassa epro-
eedatil contra os culpados, e façafi executar nelles as di-
tas pennas na forma desta minha ley. Noteficoo assy ao
dito Ganido, geral do crime do estado da Judia, ouoidor
da dita cidade de Goa, e atodas as mais justiças olfi-
eiaes e pessoas aque perlencer, que ora safi eao diante
forem, e lhes mando que assy o cumpratd e guardem, e
inteiramente façad consprir eguardar da inaneira que se
nesta contem sem duuida nem embargo algum, aqual se•
lá apregoada na dita cidade e suas ruas publicas, ere•
gistada
. na minha chancellaria deita pera que atodos se-
ja notorio e se saiba como assy o mando, eey por bana
pelos ditos respeitos. Dada na minha cidade de Goa sob
meu relia das armas Leses da Coroa de Portugal a xx
de agosto. ElRey nosso Senhor o mandou por Mathias
d'Albuquerque do seu conselho, seu VisoRey da Ind ia
&e. Antonio da Cunha a fez em Goa anuo de mil •
quinhentos nouenta e tres. Luis da Gatas a fez esses-
ner-0
(Livro b de Alvarás O. 29 v. )

136.
Mathias d'Albuquerque do Conselho de Sua Ma-
gestade, seu Vi•oRey da India &c. faço saber aos que
este aluará virem que por jus tos respeitos que me a Isto

rnmem, ev por bem e me praxe por este mando que da


publicaçati deite em diante nenhuX pessoa de qualquer
ealiclade candiçaft que seja venda arroz nern outro al—
gar') mantimento na fortaleus. ecidade de Baçaina nems
nas terras de sua jurisdiçaõ sem.rninha licença, posto que
sela para afortaleza de ma, sob gentia que apessoa que
412 110.1V0 P01.061...ORIE,TAL

asay vender ser preso, e sendo piati morrer morte nata-


rol, esendo fidalgo ser degradado pera todo sempre pera
Ceylati, e perderem as aldear que tiuerem de sua mor-
es, e em nenhum tempo mais as poderem aver; e a pes-
soa rpm munprar odito mantimento o perder, e a em-
bareacati, epagar toais cem pardtios, ametade de tudo
pera os cetim., e aoutra arnetade pera quem os acusar,
e oe marinheiros serati captitets ocra sempre pera as
galés do estado, e este se apregoará na dita fortaleza e
cidade, e nos lugares e terras de seu limite para a rodos
ser notorio e nati se poder alegar ignorancia, e da pu•
blicaçaõ deite se passará cedidati nas costas deste que
„se issidtará nos Puros da Camara da dita cidade. Note-
firmo asse ao capital da dita fortaleza, Ouuidor, Ver.
dores, Mais justices, olficiaes e pessoas aque este for
apresentado eo conhecimento deite pertencer, e lhes
mando que assy o comprar.;eguardem, e tecer- ,compiir
e guardar corno se neste contem sem duttida nem em-
bargo algum, e valerá como carta tem embargo da Or.
denaçaõ que o contrario disperi, emati passará pela citas.
cearia pela breuidade, e por ser do seleiro de fias
hiagestade. Luis Gontalves o fez em Goa a bj de Outu-
bro de 1593. Luis da Gama o fez escreuer.-0 VisoRey.
(Livro 1.* de Alvarás fi, 41 )

137 .
Dom Felipe &c:A quentes esta minha carta de ley
virem face saber que acudo eu os maytos ineonuenientes
que se causai, das ntolheres publicas solteiras viuerein
entre os catados, equerendoos <mitoe de modo que seja
nosso senhor seruido, eos moradores da minba cidade
de Goa vivati quietos, cy por bem e'me praz que er tais
mulheres de qualquer idade, calidede, e coutliçati one
sejati »ai> sisal era ruas publicas, e os Vreadores eolh-
eines da Camara da publigaçati desta minha ley em di—
ante adez dias primeiros seguintes lhes nomeem ruas,
Intyrros apartados em fine edan cintai; o toda amolhe/
destas solteiras viairad noites enaõ em alguti outra par—
PAselcoLO 3.' «13

te sob pema de dez pardios pagas do tronco todas as


vezes,que forem achada, pousarem fora do lugar donde
asy morarem ametade pesa quem ao, acusar, e a outra
ametade para oa emitiu., eo meyrinho ou executor da
justiça que claramente se lhe prouar que dessimula com
as tais mulheres, será suspenso do cargo para nunca
mais eia tempo algum o sentir. e será degradado para
Caylaa pus °inumo 'anuas, e pagará cineoenta pardáos
ametade para os casinos e amira metade para o acusa-
dor, eey ontrosy por bem que da publicaçaõ desta mi-
nha ley em diante nhaa molhes destas e que vias como
tal ande por esta cidade e ilha de Goa em palanquim
coberto sob pecas de perder o palanquim em que andar
ealucino pardítosrle penna para quem a acusar e catiuo5
eesta se apregoará na minha cidade de Goa nos ioga-
s. publicas delia, ese registará nos limos dos registos
da Carnara,.de que se fará assento nas Costas della paia
a toda tdmpo se saber que o assy rnandey.. NotifiC04
aeey ao Ouuidor geral do crime da India, mala justiças,
alheiaca epessoas aque pertencer, e lhes manda que as-
sy oouospral eguardem, e fuçai, rompeis e guardar em
lodo esta minha carta de ley como se nella contem !erre
&nubla nem embargo algum. Dada na minha cidade de
titia sob meu seio das minhaa armas Reaes da Cor,. de
Portugal a xblij de Outubro. EIRey nosso Penhor o
mandou por Mathiaa d'Albuquerque do seu Comento, e
seu VisoRey da India. &e. Antonio da Cunlm a fez an-
ua de mil equinhentos nouenta etres. Luis da Gama
afez escreuer.-0 VisoRetét
(Livro 1.' de Alvarás fl. 41 v.)

138.
Dom Felipe ére. a quanto', esta minha carta virem
faça saber que Emendo eu respetto á muita opeftwelaG que
as mgoceantes da minha cidade de Goa recebem por
os officiaes viuerem longe e apartados é a terra ser grau.
de, e querendo penam eordenar nisto de maneira que
414 kReFIIVO POR1116.9•0111ENTAL

os moradores e as mais pessoas que vierem negocear


doutras partes na'd troem tanto trabalho, ey por bem a
ordeno por ley e mando que da publicaçaR desta em di-
ante os taballiaRs e todos os outros officiaes do proui—
mento da cidade quaisquer que sejad, eescritmês, eem-
queredores, e os officiaes semelhantes prouidos por mim
resida:ó eestejaii des sete oras de pella grani,/ até 89
tire, eas tardes das duas até as quatro na casa que a Ci-
dade mandou fazer por cima dos açougues para unia.
incuto das partes sob gentis de doar meses de sespemaR
de seus cargos, e estarem á mais pensa que parecer sur
meu VisoRey da India ;e esta minha carta de ley se as
pregoará na minha cidade de Goa, e.5e registará no
Duro da Caneta della. Notei- leoa assy a todas minhas
justiças, que ora sai, e ao diante forem, aque o coube.
cimento desta pertencer, e lhes mando que assy ocum ,
praR e guardem, e façaR inteiramente comprir e guar-
dar como se nesta contem sem duuida nem embarga
algum. Dada na minha cidade de Goa sob meu salto das
armas Reaes da Coroa de Portugal a iij de nonetabro.
EIRey nosso senhor O mandou por Alathias d'Albuqüer.
que do seu couselho, seu VisoRey da índia. Antonio da
Cunha a fea asno de 1593. Luis da Gama a fei escoas
uer.-0 VisoRey.
(Livro 1.• de Alvarás fl. 42 v. )

1594.
PRIMEM.% SERIE.
Ii.0%Cs
/0 1.0

139.
Visolley amigo, Eu EIRey soa amaino MOVI°, rondar.
He de tanto incónueniente págarensse nome et:tatlo tanta
quantidade de diuidas uelhas ás pessoas a que se nart
deueni, havendo tanta falta' de dinheiro para as armadas
eaccideutes que sobreue,a nelle, como uollo pá remede/
escr.« une aias dos tomos pas4ados, que tiue contenta.
1,9ClcaL0 3.* 415

Innto emereperdesme que na camufleis pagarensse ne•


aluais tenros tinirias sena ás proprias pema. aque Be
&Man'', e que até aos capitar?, aque se err ,turrraua pagar.
entre quando inaR entrar era suas forralesas o necaueis;
encomendouoa que assi o façaes por ser materia-.muyto
prejudicial ao que conuem a meu serurqn.
II. E posto que soe dizeis que o mais segara reme•
dia que ha para se atalharem as desordens que correra
aos Ijuros da matricula dessas parle, que he ocano por
onde se consume muyia parte do rendimento desse esta.
do, seria queimarensse todos, e faserensse outros nonos;
por ter nesta meteria prouido bastaniemente corno uollo
mandei escreuer nas vias dos annos de 92 e93 de que
com esta irá copia (a), vos encomendo que façais Luar.
dar oque nisto hey por meu seruiço que se fana.
Ti as contentamento de saber por umas cartas
como enuiastes no Xá Rey da l'ersia as cartas que lhe
tenho mandado • caereuer por Dom Dieronimo Mascare•
nhas quando foi entrar na fortaleIca de Omina, e qne
tinlieis sabido delle que lhas tinha mandado, e por que
me pareeeo que lhe nal/ deuia hora escreuer sé coa ler
reposta sua destes cartas, vos encomendo que tanto
que o dito Xá me escreuer me auiseis logo COM as no•
nas que delle e de suas cousas tinerdma, como em outra
carta uollo tenho mandado escreuer.
IV. Cornas comuta pipas de salitre que vem nas náoe
da armada do anno passado que ainda alai fita chega.
das aeste Rein .'
° e De. trará asaluamento, folguei mays
pella necestIidadc que dello ha pera o prouirnemp de
minhas armadas. Encomendouos que em iodas as odes
enateis omais que prulerser. E assy tine por muyto seer-
lado endardiM nas mesmas riáos as drogas ~asaria,
Pera as esmollas que faço delias ás Roligioès do Rein‘,
emalo deueis fazer ern todos os asnos.
V. E tenho por de muita importancia procurardes de
defendera jurdiçati secular, somo uollo tenho mandado,

I') Sof as dos 1.114 '121 deste Fasciculo,


saC '
ari0 SOATUSOrgasORI.s.s1

r ele haner emenda nesta marcela em que bania alguma


largutbra, no que aos encomendo vades proseguindo como
constem a meu seruiço, bem e quietaçaei desse Estado.
VI, E tiue oontentatnento de soe escreuerdes que fica,
nela aprestando liafi armada peca a cosia de filelinde, e
pera se fortificar a Ilha de Mombaça, por terdes acuas
que em rloquu se fazia& prestas duas galés e Irui fraga.
Ia, e se emtendia que dernandariao aquella costa, e que
ficaneis cana cuidado de amalirdev áq trena parte onde
encencleseeis que cilas tioS, que be conforme a vossa obri•
peai.;cá muita confiança gire de vós tenho, e elo outra
carta minIca gim vai nestas vias voe maneuo o que hey
por hem que se ordene nas cansas e repartiçaill das ter.
.ras daquella ilha.
VII. E no que toque a, fazerdes oir peca o Reccso
as pese°00 da caçaú' que moina acerc, partes, de que
algens nierace .14 nas naos do anuo de 92, me honue par
beco scruido, e vos encomendo que cumpraes inieiramerr
te o que . nesta partienlgr vos tenho mandado.
VIII. Da ordem que destes ao Veador da farrenda da
carga das natis tesa prouer as do anca passado bastar,
lementer <lagoa e toais coaste necessarias pera a viagen1
ase 1:Cy Kr bem serilido, e lerey lembrança do que me
~recicla eobre os eapimós que bom:creia de ir nas néos
rem que procedao na forma que me escreireis que o (es
Brui, Correu capitall do 'rad Natural, e assy se terá par-
"leu!. cuidado de se proderem com atavio exaras os
er~s dos loaarCas do soar corno apontais, por sC ter
entendido tine de se prourrem nanes pessoas de pouca
soctleiciicia nesta arte reli' algafla dava perdidas, ene
cava da Imlia se terá movia adurrtencia no assentar da
Phia era 02.1S parles pura que se enite oengano de se
apieseletwearrt lionurna e se era barcareni 11.11i1108 eco seu
Inwle, sobre que nimbem me fazeis lembrança.
IX. To-rcho por mudo ar cr,ado tal concederdes nen.
hum pérded acra parecer dos desembargadores da Bela-
esacena +rum do Regimento que lhe cenho mandado das.
por Ser de ocupo inconnenIente clareasse eicrn a largai»
que ata hora se ctialumoo,
MASCICtrI.0 3.. 417

X. E porque me dizeis que mandastes ao Secretario


que comvoseo recue que tresladasse o assento da alfas.
dega de Orrnuz e Mnie direitos e tributos que
pagattaõ aminha fazenda. eque por ser escritura muy-
ta ee sal pod ...... nas náos do armo passado, en-
eornendouss que se na 8forem ajudou estes papeis nas que
se esperati este asno, mos encicl.,. nas primeira, que
'lerem dessas partes.
XI. E quanto ao que se Relegiosos da Companhia se quei-
xal de se lhe naã guardar bua prouisall que lhe foi pas-
sada para os gentios dessas partes nal fazerem suas ce—
rimonias de maneira que se lhe possa pomar com testemu-
nhas, eque procurar, que se guarde inteiramente, e assy
o que neste particular (tete assentado peitos Sinteloa que
se celebrarem cesse estado, tenho por certo core° que
arai o fareis, e vos encomendo o cumprimento desta pro-
alseã pelo muito demi que de se Imã cumprir podem re-
ceber os notnunente conueriblos á nossa sancta fé, e foi
bem feito mandardes ter aduertencia que naã tratem sacro
lenhag corsunicacati cora os gentios, e de adues irdes ao
Veedor da fazenda eao Procurador dos meus feitos nes-
e» iuules para que se lbe .8 imumassem mais direytos
que na que dantes. pagante/
•XII. E assy farei, guardar inteiramente a prouisall que
tenho pancada per que derend0 rine nenhuit das pessoas
que me seruetn nessas parte, posse') uir pesa o Reino sem
minha licença, ou do VieoRey eOotiernador deCse estado.
XIII. E quanto ao que me escreueis que posto
que entendiele quem neeetseario era peca o augmento da
obristandade dessas partes derribarensse todos os paga.
deu emesquitas opte ra gentios e mauros luessem nas
fottalezas desse vgINdo. tirando no Reyno és Ormuz,naõ
poderia isto bases etreCIO na fortaleza de Ein porque se
despouoaria de todo e naõ haueria comercio nenhum;
encomendouss que façais tratar esta meteria 'nulo par-
ticularmente com alguns theologos e canonistas dessas
partes, e ver F tratar os inconuenientes que por buã e outra
parte hormer (por que dar, se me deixaõ de carecer alguns
33
419 sttensvO PORTUG116.-OMENTAL

por embai as partes), edo que assentarem fareis fazer lila


»limar; em que cites assinem, ema enatareis por aias com
TOMO parecer, e entretanto Ima se irmanará cousa alga
do estado em que atégora e ao presente esti:terem
em Dia os ditos pagodes até eu ver a dita relaça3 e man-
dar o que hbuner por mais serviço de Deus e meu que
se faça.
XIV. E poeto que nas vias dos asnos passados voe te-
nho mandado escreuer que por ser informado que te to-
mattail alguns gancares e cbrislailis da terra Contra sua
vontade pera remarem nas galés e outras entbarcacoès
de minhas armadas, naí3 consentisseis .que se orasse
desta deSordeal cai vosso tempo, por esta matada ser
de escandalo econtra justiça, vos torno de nono a caco.
mondar que nalí consintaes por mediam caso que se In-
çar, estas -estorsoês maca.
XV. E posto rpm me dizeis que fonendosse muita de.
Dgermia pera soaaer da demanda que os moradores
de alse/o traziaR coei meus offieiaes sobre os foros que
pagrmaR, se o.; achara nenhum rasto deita, todauia vos
encomendo goe se torne a fazer mais deligencia, eachas'
doso este feito lhe 'laçais fazer justiça richt,
XVI. Tenho por bem feito ordenardes que os Chris-
ta% da Costa da Pescaria nomemn as pessoas que lhes
parecer para Ouuidores daquella Costa sem a isso os
persuadirevt os Relegiosos da Companhia nem outras
quaesquer pesmas, que he conforme ao que vos tenho
mandado es.euer nas visa dos sonos passados nobre
esta maresia.
XVII. E no particular de Lourenço de Brita que Teu
nen nãos da armada de 92 sobre que me °sereneis, e
que me enataríeis alguns papeis que nrm3 vieram com
via que tine pellas rabos do anuo passado, vos encomelí•
do que se já na0" forem vindos mos enojeis nas primei-
ras Aios com declamar, da coada de dinheiro que dize.
doe «sane em deposito em Sanei Francisco, e que honra
'Miolo catre alie e oAlferes mór, para nos mandar escre•
vsseicutu 3.* 479

ser o que houuer por bem que se deite' faça. Escrita em


Madrid a 3 de feuereiro do 1594.
REV..
Peraio Visorrey da India.-3.' aba..
(No Sobreseript. )
Por EIRey.
A Kathias trAlbuquerque do. seu Conselho,, e seu
Visorrey da India'.-3.^ via.

(Livro 2. fl. 273 )

140.
Viaorrey amiguo. Eis EIRey vos anulo muito ' Iludir;
,

Peito náo Eia3 loa3 que o asno passado cliegon• neste


Reino dessas partes recebi a terceira uia de nossos cartas
que nello me enojastes, e chegou tombem a selo 8.5
Pantalliad, eas tece, capitania, Santo Alberto, e Nazaré
006 sad unidas nem ha nonas dell.; premitiria nossuSev
shor qoe inuernaria3 eis Moçambique, eque as trará .a
seu tempo a saluamento; ecomo peito nela SatiChtistortaIl•
que chegou somente a este Reino das cinco tia armada
de anuo de 92 noa tiue cartas uossas, folguei de saber por
estas, eassy peita gim me escreuestes por terra em db.
de Abril do dito annoo que•dezieie que tendes (Vitus.
causas de meu seruiço, que he conforme á muita confi-
ança que de uos-tenho; ea uossa obriguaça3 ,. e como; da
sós espero, de que •nue o contentamento que lie resa3; e
por certo .tenho que tereis acrescentado a estes .eruiçoa
outros, e de tal maneira proseguireis nelles que méfeutut
is fazemos por todos !seroe de que terei Sempre muita
lembransa,.e vos encomendo que por todas as naos se es.

einuais pera que miei possa3 faltar sias ti nosso- que sem-
pre deito ter de...estado, corno uollo tenho mandado"-
atesai polias- nãos- do asno passado, e por -que• cuidada,
que já disso estaueis-aduertido me espontedvir
12 antalliarl 9.14 ViaL.
420 ARCIIIVO rOaxeCena•OMENTAI.

11. E quanto ao que me esOrellete que o Arcebispo de


Guoa fez chamamento dos Prellados dessas partes e
começou o Sinodo em doze de Janeiro de 92, e que nati
fora de tanto eifeito como a necessidade delle orequeria,
eque pello Procurador de minha fazenda eJuiz doe me-
ns feitos desse estado mandareis fazer as lembranças que
nos parecera& que conuinhati,zemetend000s ácarta que so-
bre isto me escreuia o dito meu Procurador; por que nua
nnecariasua, nem me enojastes° sumario das cousas qUe
se tratarati no dito Coneillio, nati tenho neste particular que
uos dizer senati que per desencia se me dmiera dar conta
delle arder, de se publicar, epôrmn as cousas delle em citei-
te corno dizeis que se fez; evos encomendo que me enueis
o dito sumario nas p; imeiras ui,,s que dessas partes ui-
rem, se ojá na& tinerdes feito, e um adnirtaes daqui em
diante em aos nati remeterdes no que me escretterdee a
~sag cartas senati quando as mesmas cartas uierem
juntamente com as nossas, e nimbem em todas as aias
das uossas cartas uirati vias dos papeis de que nellas 'ra-
tardes, pois sem tudo junto eu nati posso ser inteiramente
enformado de todas ar morenas das mesmas vias pesa me
insolaer nellas; e vos ir repoeta do que onner por meu ser-
oiço, sendo de tanto prejuizo aelle dillatarenese.
III. E as.si me escreueis sambem que primas nãos do
anuo de 92 e pellas do anuo passado de 93 Mr, enoja-
uns a renunciaçati que Dom Frei tilatheus Arcebispo
de Doou fez daquella prelazia, a qual nua ueio settd0
de tanta importancia; pollo que vos encomendo que ma
enuieis nas primeiras na. (se nati uier nas que scene
anno eeperati) feita na forma que se requere peca se poder
enojar !aguo a Roma e faZer obra por cila; e sobre e,ta
TenuneMeaõ que nati acaba de chegues vos onereau tem.
bern ammra na mirra que vay por terra.
IV. 'Tine mui particullar contentamento de me escre-
...Ides que a cristandade dessas partes vai crescendo cora
tanto aumento que he o que por todas as vias ecom todas
as forças se deue procurar, despendesse todas as coasse
que a isto tocarem de maneira que se poseaõ ter grande.
PArCICULO 3.' 421

esperanças de em breue tempo se reduzirem muitas mais


gentes ao grernio da Santa Madre Igreja, e posto que
tereis muito particullar cuidado (como eu de cós arco )
de fauorecer eajudar tudo isto e ot Relligiosos que anda&
nesta ...seri de que me daes conta por cansa tanto
de minha obrignaçaii C01110 por minha, Introçoas que le—
llaSteS colo tenho tal enearreguado, noto torno de nono
aencomendar, pois esta Ire a principal cousa com que
se deoe dar principio efim atodas as caie de que se
nua pode tratar canal com este primeiro fundamento
delias ede todas.
V. Foi beni feito dardesrne conta do procedimento dos
Bispos de Cochirn, Mallaca ,e Chino, edomo" com que
procedem em suas obrigneçoas, e por que sempre será.
neeessario fazerdeslhes de nessa parte as lembranças que
~nem pera melhor comprirem com as mesmas obrigas
gole, cor encomendo que usai o faiais.
VI, Tenho contentamento de Inc escreuerdes que ten-
des particular cuidado de mandar pugnar aos l'rellados,
Ingnisidores, e Religiosos desse estado suas ordinarias e
tudo omais que teia por minhas pronisoas, e vos enc.
atendo que assi o façais sempre pello muito gne importa
serem bem paguos de seal ordenado, e ordinárias pesa
poderem eomprir melhor com suas obriguaçoáis. E no
que toca á necessidade que afortalleza de Ormuz teta de
ser uiátada pellos menistros rio Santo Officio pellas rezoas
que em nossa carta apentaes, se tem feiro lembrança ao
Cardeal Archeduque meu sobrinho e Irma3 como In•
quisidor geral que he, que mandará nisso primce como lhe
P"ecer seruiço de Deos e meu, de que tareia anisado.
VII. E porque conuem tanto pesa conseruaça3 a nu-
'sent o desse estado ad rni nistra rsse igualmente o iodo!, jOS—
sem respeito nem n exceiçafi de pessoas, tine tambern
contentamento de me escreuerdes como se adrnenistra
,ssi na Re,liaçaa de Gana corno nas fortalleaas das.
.sa partes pellos Outtidores delias, eque de coara parte
faseis nisso todo o bom officio que colmem como uollo
/Cabo encarre guado,
. ede acuo cole torno aencomendar.
422 nACIIIVO POP.T.11..ORIENTAL

VIII. E pello que me dizeis das indesposiçole que


tem o Licenciado Lopo Alurez de Moera, Ouuidor ge-
ral do crime dessas partes, e uos parece que por esse res-
peito lhe deur< <lar licença, qoeesseeir pera este Reino, e
assi por auer dec amuos que seroe nesse estado, misto que
por ser enformado que procede bem em sua obriguaçaZse
lhe pudera dilatar, vendo o que sobre isto me escreuels
epor lhe fazer roerem ey por bem que elle se possa uir
pera este Reino nas nacs da armada <Imite anuo em que
lhe [areis dar a erobarcaçaii e guazalhadc costumado;
eno que toca aos mais letrados sobre que- Sambem me
escreueis e me dais particullar conta vos mandarei es.
Meuer em outra carta minha o que com ellea ouuer Par
meu seruieo que se faca.
IX. O IMro de receita e despeza de todo o. rendimen-
to desse estado do primeiro anuo do uosso gorntrno que
me dizeis que me enuiaueis sal unjo com a aia que troa.
zto a ano Sal Joaô, e somente uieraZ dons limos, hum
das merces de officlos e alaitres que deu o Omiernador
Manoel de Sousa oderradeiro. asno que gOOetn011 edo
estado, eooutro da mesma qualidade do primeiro em
que o começastes agouernar. E porque sempre folgue-
mi de saber, o que rende em nada hum anno o mesmo
estado eas despesas que se fazendo rendimento, dele,
vos enco;nendo que todos os asnos me aniseis deste par-
ticular como solo já tenho mandado pellas vias do an-
uo passado, eaté que naZ veia este hora. vos sol pode•
rei mandar responder aos particulares que sobre esta me-
teria me escreueis.
X. E porque he de tanta consideraçaõ, como se sabe
tratasse com muito cuidado e diligencia da compra da
pimenta. soe agradeco o quê tiuestes de buscar dinheiro
pera a compra da que se carregou nas cinco rsáos do
asno passado antes de chegues o cabedal que bis nas
mesmas !Mos peito muito prooeito que resulta. a minha
fazenda de se comprar esta pimenta no inuerne de que
ar ,tem experimentado sal atter tamanhas quebrtueoceo
na que se faz. depois que as 4áos chega:1:6,a emes pattL.,
vsscimno 3. 48

evos encomendo muito enearedidamente que asil o ta.


çais sempre,e que procureis por todos os modos phssineis
que se faca no Canará toda a pimenta que podar ser nó-
nio me escreueis, ese entende da °argua que uinha este
anuo -e o passado que sati das boao dos tempos antigo.;
e a Manoel de Medeiros Vedor da fazenda rle Cochira
mando escreuer, como me ouue por bem sernido della
no que me °sereneis que fez neste particular, que soube
-somente pellas cevas cartas, porque delle as natf. tine.»
armo passado, e foi bem feito mandard, buscar a pirrien•
ta que estaca feita na fortalleza de Mallaca tanto que
soubestes que uai,- hia deste Reino nao pera a trazer, e
polias remitis que sobre isto me tamboril apontaes, e bem
quisera que este anuo fora dm a Maitaca, mas urdi pe.
de ser, e procurarsee que uá o assoo que alem, Deus -que.
rendo.
XI. E peno bom modo que me °sereneis em que pro—
cede Faneiseo Paes, Pronedor mós dos tontos dessas
partes, nas cousas de meu seruico e experiencia que
tem delias, foi bem feito mautiardes por elle nisitar a.
fertullezas do norte, como me escreueis que ofi',SI., e
trazer delias as cousas neeesarios peta os alma cena de
gana, por qua3 °comado se estarem sempre pmuidos
pera as armadas ordinaries desse estado eaceidenrea que
Ihs sobreuierem.
X. E foi bem feito mandardes is partes da China a
Luis da &doa por Munidos geral pera denamar rins que
achasse eulriados na cidade de Macão na desobedieueia
que fizerati ás justiças eao Capitati da triagem de .7a.
P.Z que reside na dita cidade, e mandasse os culpados
pera a India; porque nad se poderá consertiár eme es:
tado se se nad doer o respeito decido as justiças enekpi•
ta& das cidades e fortalezas rielle.
XIII. Tine descontentamento de saber como fora ler
áIlha de Macáo a náo castelhana de que me does tema,
de que era capitati hum Dom Rodrigo de Cordoun• nom
moita copia de dinheiro de mercadores pera ernpreguav
Mn fazendas ala China; e posto que tenho já prohibilo
424 laCHIVO POJITUGUEi•ORIENTAL

per minhas plouisoes passadas pella Coroa de Castello


O comercio das Ilidias occidentaès pera a China, o torno
de nouo afazer pello muito prejuizo que se entende quê
resulta deste comercio a ambas as boroas naquella.s par-
tes, e vos encomendo que tio que a uiís toca façaio nisto
todas as preuençoes que sou parecereis] necessarias pera
que de todo ee milite odito comercio, eo dinheiro rpm se
lhe embarguou ao dito Dom Rodriguo se lhe este ouuera
de restituir pello ter perdido, eo Capitai" lhe nae poder
nem deuce dar seguro contra minhas prouisoes.
XIV Foi muito acertado nael responderdes ao criado
do Gouernader de Manilha que, foi ter á fortalleza de
Mallaca em buil embercaçaii pequena sem gaitas suar
em que. diz que nos pedia (oleosos ancoras por que (eis)
Srigir que lha, trunara2, e ir, de Maliaca a beillaO edahy
áCosta ;da Pescaria e Cochirn parece qur. faz certo este
tamanho rodes que fez os tentar estes pertos pesa nelles
ter comercio, miolo me eecreueie ;psilo que vor .encomen-
do que por nenhum modo consintaes que o aja das 'mijas
Oceideutaes pesa orne estado.
XV. De de talim importante', procurasses muito cobre
pesa as fundiçoee•da artelhasio halo estado, e peru a
moeda dm, bazarecos com que se faz a despeoa do se,
uiço da ribeira de finos, que sempre serei; de remitir Jeito
todas as delligencias que fizerdes por se atter,
. pello que
tine contentamento de me escreuesdes que tinheis 'ano-
dado empregues ,dez mil pard,os de Reallee asile per
conta de minha fazenda por na(i aehardee quero o min—
tratasee com as condiço(lo que °enrijei. a IT.11 sentiame
e pello muito que importa áconeeruaçae .do mesmo cala•
do naii num a falta de oielliaria (111C me dizeis que sielle
ha,. .8 encoenenr.tnniln P11,feCid,11 .11.1,0 que pOr iodos
os modos que formo posmiseis IMMO,is de ases todo O
cobre neeesario pesa as ditas fundiçoese, ese mauras adi•
ta moeda, edo que nisto fizerdes me auisareis.
XVI. Pise contentamento do cuidado com que pro-
curastes mandar armada ao elas de Mallaca, de q ue
foi por capitaa mós Dom Bernaldo Continbo, por a dita
PASCICULO 3.* 42.'5

Cidade e Fere Lopez de Sousa capitar" delia vos manda«


rem pedirsocorro, e de ir em na, earripantriti agaalloa5
de Menne° iam bem prouido de mercadorias coma se
escremis. de que espera que resulte mais manejai a mi.
aba fazenda rio que até qui teme destas uiaghns.
XVII. Posto que lie do In. ineonneuiente Jim pode
romscrese o segredo das consm que nesse estaria si ira.
tal em conselho, pois as mais delias ou varri todas sal
de moita consideranafi e impartancia, orine dizeis qne mia
pode deixar de ser par se chamarem ao dito conselho moi•
tas pressas, e vas parece que será mais meu ser-oiça corri-
munieardesag matetias de más importarieia com poucos,
como o fizestes quando mandastes que Cosmo de frafetta
que esta. em Manar fosse tirar Sanar. de Brito da lar.
titilem de Ceillad por se ordenarem contra elle alguns
motins, todania ev por mais meu serniço qne nos conse-
lhos que fizerdes. nades segniarla o costume antigo° com
os resgmardas necessarios de maneira mie fazentloise os
brins effeltos que se pretende se nau eecandaliseinms fi-
dalgo. qrte me seroem nesse estado, e eu confio de
vós rine tios auereis nisto de moda que cenonrra ince.
uenientes, e eu fique tara bem sentido como por todas
as Mas se deue procurar.
XVIII. E quanto ao qne dizeis eme indo Matheus
remira pesa entrar na fortalleza de Ceilai): de que lhe
tinha feito mores fenecera antes de cheguar ardia e lhe
ficarei"' sua molhes, filhas, p humo entearia muita pobres
aquem dizeis qoo deito fazer mame de laiN uiagem ria
China que tinha o dito Nimbem Pereira pesa do proce•
dido deita se paguarein as diaidas que delle ficarad, e
oremaneente se partir por seca herdeiros t. aUrndo res-
peito ao que sobre isto me dizeis, e uagar par elle adita
fortalleza de GrumO, ey por bem de fazer neerco a sua
molhei., e filhas deflita Megera na forma que apontaea
na uagante dos prouidos antes de dezoito dias do mia
de dezembro do anno passado de quinhentos nouenta
Ires croque lhe fiz esta meros.
XIX. Foi bem feito liar> procederdes descubertamentis
426 ACOIMO PORT00062•01tICIC}AL

contra os culpados no motim que se fez contra Simab" de


Brito capital,- da fortalleza de CeillaO pellas cansas que
aponta., eencomendardes este negocio a Pedromem que
entali hia entrar na dita fortaleza, e nali concederdes ao
Rajá as pazes que vos pedia, por terdes entendido que
as pretendia pera se refazer, e com mais poder molestar
depois a mesma fortalleza.
XX Das inquietaçoé-scom que corre EIRey de Cochim
nas consa, de meu seruiço tenho desprazer porrine prece.
dendo assi nal,' poderá deixar de aner olg080 dihoulda•
deu de sua parte pesa ee tratar da fortetleaçaii dminella
cidade taõ necesaria pera aconseruaçali della cotoa ten•
nho entendido, e pello que me escreueis, econforme ao
que se deixa entendeu parece que está este Rey em
diferentes termos dos que se denoto procurar pára
o ganhar e elle se naõ perder, e cessarem os MCOM
uenientes que poderei"; resultar de se fazer form.
ficaçali centra sua uontade, e rendo esta meteria de
tanta consideraçati soa mandarei escreuer em outra eartao
modo em que ouner por meu serniço que nisto procedam
XXI. Ile de tanta iraportancia pera a consernaçá-
desse estado fazerensse em todos os ermos nelle as anna•
das necesearias, que sempre auerei este por hum dos mo•
seu eeruiços que nessas partes me podeis fazer, e com a
pertençaii de juntamente se poderem fazer alguns bons
efeitos e com menos despeza e risco como seria tomasses
a fortalleza de Olaia parece que inda as armadas com
estes intentos serer> mais utilles; pello que. vos encornen•
elo muito enearecidamente qos neste modo procedaes nes.
te particular pera que ee uai; perca ooecasiaó` que se offe•
Tecer de se poder tomar esta fortalleza, de que se podem
antenar tantos danos aessecstado somo elle tem recebido
da que tem feito Cunhalle, cqae ás lautos anutis que se
trata de se extinguir, oque lambem de noas vos torno a
encomendar pesa que o nonhass em efeito se já o nalt tiore
auido tanto que 'atempo nos oferecer ocasiali, pois se pas•
sarai. ;atéguora algUs em que ambas estas 0049á9 puderaiii
estar asseadas.
estiem'''. F.' 427

XXII E atei me dizeis que o Samorim trabalhou par


todas as aias pomiueis que se lhe fizemem pazes tom» ,
do porterceiro EIRev de Rangel e a Nino Velho Pe-
reira utie °miaus por capitar> mór da armada do Mal-
limar, fazendo as mesma, instancias comutas00 por meio
dos capitado de Coehini e Cranganor, eVedar da fazen-
da da cargua das rirmo,. enojando eisso seus embaixadores,
eque posto que os leuou a Garoa o dito Vedor da fa-
zenda, por nadi irem na ordem em que tinheis escutado,
epor tombem naF cuidar o Samorirn que a diligencia
que na embaroagaa' dos ditos embaixadores fizera Antonio
de Sousa Guodinho fora por se dezeiarem estas pazes da
parte desse estado, vos parecera, mais meu seruiço nadi
os ouvir e-no tornar a mandar a Cananor, o que ice pare-
ora melro acertado peites rezods que sobre isto aponta.
as pelle muno que importa quando se tratar destas pa.
ser fazerensse em muita eautella e segurança por naF a.
contecer nellas o que se eia nas que se fizeradi os Em-
pes atrás,
XXIII'. E lambem parece0 deueriros apresar remeter-
deu a te-posta das pazes que a Rainha rio Olaia vos
mandou pedir ao Capitar, mór do Mallauar pera acurtir
etratar delito, e em caso que esta pratica uó por diante-
aos encomendo rue mamado dó que reaolrae leilu, euindo
atertubs de se concluirem se uai; fendi-sem se derrubar
primeiro a fortaleza que esta Rainha tem feito.
XXIV. Foi bem 'feito encarreguardes a Doin Alnoro
fi lAbranche's de capitaõ" dá armada que dizeis de
'onze fustao, e a Dum Vasco Más...lhas ea Soai; Co,
yado de Guamboa dee outras de que me duos couta, e
espero que nellas me tentai; sentido de tal maneiraque
por esse.respeito e dos outros seus seruiços folgue de lhes
fazer meros, evos aguardeço muita o cuidado êom que
ordenaes e proueis as °ousas. a que conuent acudir com
as ditas armadas, e confio de uotiuue todas as que forem
necesarias nalFfaltaraF riu voeo tempo.
XXV. E sambem moe pareeeo bem nati dardes licença
a Fradique Carneiro per& tile a este li-nau penas causas
42$ ARCUIVO PORTMIEZ•01116/11,b

que allognses por qtb em tempo que ha lenta feita


nesse estado de pesaoas das anas partes nati connem
amen ,erniço dei xarense rir senan com miai licitas cau-
sa., e lhe direis de minha parte que Inc ey por bem
sentido de se elle deixar ficar nessas partes, e que terei
lembrança cie lhe mandar .responder asua petiçan.
XXVI. E ao que dize. que fizestes Capitan mór da
armada do Mallauer a Dom Jeronirno de Azettedn, posto
que em nloçambique matara sua molhar por adolterio de
que nati emana lime por faltarem alguns solenidades
sentençu que em seu fauor deu oOnuitior da fortalleza de
ntoçambique, ioda que nelle concorran as partes que eu.
crescia pesa o encarregnardes desta armada, lie de tanta
considelaçain nati estar Enreda morte de sue mulher que
me parece deuernos mandar que façaes nisto toda adl-
ligencia neeessa.ria a beis da justiça, e foi acertado Ira-
tardes este negocio na Rellaçan de G uoa, e sernpre alterei
por meu seruiço que em caso. semelhantes se façain todas
as diligencias tino conuem pesa justificaçan eclareza da
justiça e das partes que a tinerern se por acalora faltai
quem por cilas a' requeira pello desemparn que moitas
nezes há nestas tile s couaas, eda resoluçati que se nesta
maioria tornar vos encomendo tire aniseis, e que ejaes
por hum dos principaes pontos de gouerno »si na paz
conto na guerra darsse ájustiça o primeiro lugar que
consiste em se ler mais respeito a elle que aoutras coa
soa qne inda que neeeasarias ficai; accessorias.
XX VII. E arei me parceiro bem ponderado dizerdes
me 115e a -mais segura fortificaçan que pode atter nesse
estalo san ...medas, e vos encomendo muito encarecida-
mente que procureis aempre de as ordenar aseus tempos
pera se conseguirem os etreitoe que connem sendo cata
meteria tal', clara coisa todos o sabem, e vós Muito me•
lhor com uossa experiencia eobriguaçati.
XXVIII. Tine contentamento de tardes em exeettçeb-
fazersse forialleza etn nlorobaça, e por muito boa ded
çan a que fizestes em Metias Itlendes de Vasconcellos
pera esta obra pella experiencia que tem da costa de
Irssmcodo,3.• .120

Moino& onde me tem bem sernido, e no filamento


de fdalguo de que me exorcizeis lhe deur, fazer merco
por seus seruiços me pareceu <Ienes preceder ter enfor•
anacsó nossa do modo em que procedes em .flombaça
onde o tendes mandado, de que me auisareis, e todas
as asais moiras em que pronesies naquellit costa de Mel-
linde as ey por bem ordenadas por nós, e assi meterdes
de posse a EIRey de Molhado da cidade de Montbaça e
das terras que urdia lhe destes, e ser tudo isto foitoeoin
parecer dos fidalguos desse catado de <mem o tomastes,
eposto que dizeis que mos entornes com a nossa carta
me net; forst,' dados,e dettieti de uir nas outras vias, e vos
encomendo que todas as meterias desta qualidade tratei,
sempre com os fidalguos e pessoas de ,experiencia des.
sus partes, e os seus pareceres que sobre cilas vos de.
sem vissó em todas as orios com as mas como solo tenher
Mandado,
XXIX. De o Mognos ir crescendo em terras e poder
corno sinitficaes em nossa carta, e que se uai senhorean•
do do sensória costa daIndia, eultimamente do Reino do
Cinde que tem tomado, tenho por de muito inconuenien.
te pesa esse estado, edesastre mui grande estarem diffee
retires o ¡Raleai.
;e o Izarnaluco pello muito que impor.
sana confederarense contra o dito Moguor; e sendo es.
ta meteria de tanta consideraçaó, e que com rezai. ; se
deste muito arrecear, vos encomendo muito encarecida-
silente procureis de concordar e unir estes dois Reis pesa
se melhor poderem defender do Mognos, eteol., por mui.
to acertado a preuençaó que dizeis que tendes IAM Cola
os Reis vezinhos pesa atO Consentirem antrar o MognOr
par suas terras, pello que soa ey por entregue esta mas
seria pesa fazerdes crua todos os bons officios que soe
parecerem necesarios como tenho por certo que os já
tereis feitos eireis proseguindo, e assi me ey por bem
sentido do cuidado que tendes de sabes dos dose.
nhos e intentos dos .Moguores, porque como estat..;
ali vezinhos da (ordene. da Dio como dizeis, connera
que aja anila mata nigilancia como abnportancia dito
436 ARCAM/ PORTIIMMZ•ORMWMG

o pede, ea Peso d'Anitaia mando agradecer o bom modo


com que me escreuels que procedia na dita fortaleza, e
conforme nisto me ey por bem sentido dos intentos cora
que Dom Joad Pereira eDom Jerouiino Masearenhaa capi•
Inês da fortalleza de Ornam procorarad de dar socorro a
Elide>' do Cinde contra o Moguor, e o mesmo que vos
encomendo sobre Dia auei por dito sobre as mais forte!.
leias especialmente as do Noite pois tem tal vezinho.
XXX. E agradeçouos a diligencia cone que procuras-
tes de nandar tirar o dinheiro da Mo do Izarealtwo que
se perde° defronte de Aguaçaim vindo de Meti. pera
Chaul, etençad com que o fizestes, e foi bem feito man-
dardes Coye Abram ao MeeM0 IMMeMe0 COM O remido
que lhe leuaua Antonio da Rocha, e pella bom eaforma•
aaa que se me tens dado deste Judeu MC parece acerta'
do meterdello nestas cousas eque o será famoreoerdello
uso que moam luguar quando- delias der boa conta,, esaber
elle muno moi volo escreuo.
XXXI. E foi bem feito o concerto que Francisco Paca
por umas ordem fez com os moradores de Tarapor pera
se cercarem de muralha e baluartes pera sua deffensaN
e folguei de saber como ¡encunhe'. os moradores das for-
tallezas de Clamai eDamen-por se acabarem de fortelicare
o que vos encomendo procureis que sela canoa maior bre-
vidade que puder ser pella importando de que isto he.
xxxir. E porque a matei-ia doa resguates de Çofalla
sobre que vos mandei escremr nas vias do MIM pausado
he da consideraçati que vos será presente, eem que atoa-
rei por meu seruiço tomarsse a resolmeãaque 00114.11, e
espero vossa reposta., vos encomendo que se ma nad ti-
meles enojada nas Mos que eu esperaii este aram, ma
meleis neetas ecom -tat3 clara enformaçad de tudo que-
nari seta necesario dura diligencia pera roe eu redil.:
nesta meteria.
XXXIII. E quanto ao que me dizeis que huã aao Ia-
greza foi ter aTitattgone seis legume de ilLocambiqueo
eque Dom Jetonirno de Azeuedo que estam por capI.
4 daquella fortallêra lhe hl- rondara a agaoada ghe•
TASCMILO 3.• 431

catana fazendo, me ey por bem sentido nomodo em


que nisto procede°, e sei na ordem que sós dentes
pera se aquietar ouluoroçoem que inconsideradas
mente se pudera por erre estado urda as nonas
que esta uno deu de ires, narras muitas a rue; e pote
estes oosairos começar-3 air aessas partes, corroer° muito
per tudo que aos será pnesente que façais ter moita ais
gitancia tinto pera que se procure por sodue as vias que
vos forem povsiueie por ve tomarem es qur forem ter aos
portos desse estado, ou se desbaratarem .de tal maneire.
que naZi somente narii poseti ir arraste com sens intentos,
mas que se arrepender, MIAICa de os terem commition, e
sal ousem tornar 011tlave. a elle°, como confio de vás
que ofareis.
XXXIV. E assi me ey por bem sentido do concerto
que ordenastes que se fizesse na náo Sal Jona que o
sono passado •neio a este Reino • pesa poder trazer aGer.
pus da náo de giallo.os em que 'tinha por Capital Dio-
go Nuns. Gramaxo por estar encapar de po.ler fazei
viagem, e bem se ui° o &leito d.eque teto foi <tome náo
Sal S.l. chegues cá a. sairiam-esto, e ais nella Doere
mear) Pereira por capital que adelfendeo muita bem das
cossarius que o cometerei. ;como lá sabereis, e vos agra-
deço a lembrança que fazeis sobre o contr at o das náos

que sal deste Reino pera essas partes oro que mandarei
prouer como cones por mais meu eeruiço e aimportancia
desta meteria o pede.
XXXV. Posto que o intento com que me et...erreis
que será seruiço de Ocos emeu ordenarsse na cidade de
Garoa hum mosteiro de Relligiosas he de Inuuar, toda-
Sia por ser esta meteria rje quallidade que traz comsigo
muitos isconscnientes, e que em are de se ordenar trem
recolhimento das donzeilas desse estado será por tremura
seasial do contrair° pella osallidade da terra e liberda-
de de que usai,-os soldados, ene pareceo que nal corroem
falarme este ~tete/so como sorno já mandei escreuer nas
viascroe asnos 4a/rasada., e«rnaterria fie praticada de mui-.
to tempo e que sempre ee entendeu que na3 conuinbe
432 snerneõ f•ORTUeUeZ•ORILIITAL

XXXVI. T6 aasi entendi por somas cartas como alguns


peasoaa particulares ajudadas dos Redigimos da Com.
panhia de /e» tratar» de instituir na casa dorProfemos
que tern na cidade de Galou »I nona confraria em que
se assentassem todos os soldados que andanan nessas par-
tes em meu seruiçn, e nan outra pessoa, e que sabendo
isto os Irmana da itliaericordia e offreines da Camara da
mesma cidade vos »ditai"; na2eoaainrissoia l'azersse esta
confraria, apontando para isso as real:Ws que na mesma
carta co contem; e anelado respeita ao que nella se alle•
gua, ey por bera que de todo se extiogua esta confraria
peitos inconuenientes que della podem resultar, e nan
co.intaes daqui em diante, que se façan outras seme•
tirantes, e aos ditos Relliginsoa da Companhia podereis
aduertir da minha parte que inda que o seu intento nes.
tas »usas seta tao bom corno eu »lies erro, que nan erre.
nem meterenssc ar lias sem ordem voara, a que usai ou.
ueran de proceder nisto,
XXXVII. De muita enmiderman he a lembrança que
faceia do grande perjuizo que pode ser a meu ae,ziço
en comeruaçaa desse estado a muita cornunieman de
Venezeanoa, Armenioa, eoutra inteira gente estrangeira
que pot ria der•Orrn» van a essas partes, aque pare-
ce que »unem mandar fazer algun prohibiçani pera que
nan passem da dita fortallesa para diante, e mandem
somente suas fazendas corno apontara, c-rua encornam
do que tenhaes nisto tal modo que sç faça e effeitue
assi sem escandallo dos mercatiorra e prejmixo rio trato
desma partes.
XXXVII/. E quanto ao que me di741, qur aatfande-
gua de Gruta nan ...paz peta agumallmr as fazenda, que
vem a ella„ eque he neemario acrescentam ou fanaram
OUtra emanar, pedindo,» algun Moda per. <Impera desta
obra por ser sob »amasia »rua. me esereueir, vos »-
comera» OrAelleiSe013)0 se /aça COM a maio breuidade que
puder ser apiicando pera alia alguns condonacor's e alui.
tres quando naô bastaan o que 'má decimado no gap/.
‘41.0 sewünte.
estreante 2.' 422

XXXIX. E porque tambens me escreueis que lia muita


necesinade de se acrescentar a casa do hospital de Goua
pelica muitos cimentes que ordinariamenth se nella'clmai,
pena oque me pedis mande aplicar o dinheiro per que se
tiendet bati viagem- da China e faça peta isto merco deita,
etendo eu a tudo isto respeito ey por bem de lhe fazer
ritme dá dita triagem pera pie doi prucerfiths deita se
faça etetferfivo de nono edil. hospital coro enfermarias
bastantee per& se nelle poderem curar todos os doentes
dessas. partes, eque una nua naos do Reino quando In
cheguaa ordenandosse as enfermarias do uri maneira
que oe doentes posem.) ,ser bem curados e prouidos atei

no esperitual como no temporal, por ser enformado que as


enfermarias que hora tens aliem de serem pequenae pera cc
poderem curar todosos - doentes que acodem ao dito Irospi.
pai, eati emaii em modo cr,azeeieniet eo dinheiro que
sobejar desta obra ;erá mira aobra &ti fandeguis de Guisa r
aque voe reslmndo na. Caulino atrás. e quando &case al-
gum rensaneeente depois de feitas as ditas obres o tareis
despender em outras setnelha.ntes enroupando peitas da
mais obriguacaa. (a )
XL. Os inetinuenicutes que me dlzeis gole procedem das.
uespasaçeárs queoe fazem, das fortaleza does-espertes que
tauitun uezee- aconteceser mn penam de pouco brado, e de
Renhuã experiencia deliste, me parece mataria de ciai,
deraçaa, e mandarei primer seita como centrem peita
rezoéls que sobre iso..apootaes que me sai, presentes.
LI. E senho por de muito rIem neto iço a lembrança
que me fizestes de mandar embarcar pera essas. partes.

( ). Fo.ba á.rgem,
seSea trçagestade per Aluar:Caiai cci Lieboau a de Félierei-
to de.I597 soes por bem qu.e rata viagem , da. China se. fizeom
Main, de ardor os imundos deliu, sane embareo delem, rimei .
etio tarjais., que podem alegar cpie dies,; r,..ebe.o.; e por 0.
•Ine Aleari regneeer ciii ver'bc a pkre. Ehl asa audérradkiro dee .
Ae.ele d. e 11199. E o Prepriu Aluará ffesu eira puder diz Senhor
tusda Almitaqte ViseRey—Imi. Oarna.=.
434 arcaico PORTIOnfaZ.ORIENTAL

os fidalguos que estai] despachados pera cilas pella uni•


ia falta que ba de gente nesse estado, eem especial de
Sidaignos e pessoas de quallidade, e tenho mandado dar
ordens pera que nestas naos se embarquem todos os que
est a3 depachados,
s eprocurarseá que .3 ou a maior par.
m delles.
XLII .E vendo as lembranças que me fazeis sobre as
fazendas que na.3 de bIalaca pera Sal3 Thinad eirstoni4nlo
dantes irem á alfandegua de G u. onde paguaual3 os de•
reites'a minha fazenda, o que agora se .3 faz, soe pa.
senso mandar passar ;monis.- pera as taco fazendas que
se naueguarem pera Sati Thomé onde na3 ha aliando-
gua minha paguarem na de ItIallaca os dereitos que ou.
neraõ de paguar e dantes paguttuaii na alfandegua de
Guoa. E adista prouísaõ vay nestas ui..
XLIII. Ti. contentamento das nonas que me escre.
uris do Xá Rey da Ferssia pella muita impertancia de
que saõ todos os seus bises SUCO.. Contra o TUICO,
voa encomendo que sempre sue esereuais dos que aquelle
Rey situe contra rue, e Ilm enuieis as cartas que quasí
ern todos os annos vos mandei pera esse effeitO, que por
serem lá tantas sem inda vcr reposta de nenhuã, na3 .3
aguora outras nestas náos; e se todauia lá faltarem as
ditas cartas me assisareis pera irem as que forem seus.
sarias, em que on3 ha que ponderar se responde com bre—
°idade ou dilleçaõ (sendo adistancia do caminho tansa.
aba )q uando ellas fossem de efeito, que he o a que se.
mente se deue atender,
XLIV . Foi bem feito mandardes os quatro intui. e
duas gualleotas nonas pera a (os talleza de Ormtse com
repairos e madeiras pesa ela, e bem creo de vós que em
sodas as coimas desta quallidade procedereis assi como
quem entenne aimportancia destit prellOOÇati.
XLV .Folguei de saber o cuidado que tendes MI
premer os Christa3s Portugneses das terras do Preste Joao
pellas necessidades que elles eos dons Relligiosos.
Companhia que estar, cota elles padecem, e como ordde•
naneis rine lhe furem quinhentos pardáos de esmolla, e
TASCICULO 3.* 435

vos encomendo muito que tenhaeg particular conta orou


reta gente, e auizarineeis se corre inda com esta corres-
pondendo hum Luis de Mendonça de Dio a que fauo-
recereis pena que continue com ella, e por ser informa-
do da muita difficuldade que ha de se lesar este proui-
;sento por mar, enformaruoseis se da costa de Mellinde
poderá atter communicaçad peito certaitdentro com aguei-
le Reino onde estes Christa5s estai'', de que me anisa-
reis, porque de se abrir este caminho me onerei por mui-
to bem sentido como censo de que podem resultar gran•
dee efeitos, e como tal vota turno a encomendar ou-
tra ues.
XLVI. Por nad ser cheguada a náo capitaina em tine
sem Francisco de Mello voa nad pude ir reposta ao que
me escreneis sobre ho engenho que ter hum Francos que
reside na cidade de Guia pera coro cite se poderern le•
nar coto facillidade as uergas das imos que seroem nes-
ta carreira, que por ser cousa que dá tanto trabalho aos
que nad nas mésmas náos, vos encomendo que lá foçaea
experimentar este engenho, e achando que te de tanta
effnito o foçais traìer cru cadu lida das náos qne vierem
desse estado; eao mais das vossas cartas vos respondo
com outras que caõ nestas eia;. Escrita cm Lisboa ao
primeiro de Março de 1.59 . 1.

Miguel de Moura.

Pesa eVisorrey da India.-3. via.

(No' Sobrescripto )

Por EIRey.

.A Metidas d'Albuquerque do seu Conselho, e seu


Visorrey da India-3.*

(Livro 2.* II. 2.45 )


435 ARCIIIVO PORTIIGUE,ORIENI`AL

141.
VisnRey, amiga. Eu Elfley tios enojo muito saudar.
Posto que por outra carta que he a primeira das q.ue vad
nestas Irias (a)vos mando °serenes largo sobre as mate•
rias que tior cilas vereis, ficaram pera esta outras de ama
seruiço de que sambem trie .daes conta per roscas Cartas
que viemos nas náos do sano passado.
II Depois de vos ter mandado escreuer que 'mil era qua
cliegmla renunciaead do Arcebispo de (iva se apresen.
loa som cartas suas, mas foi tad tarde que re nad pode
fazer por ella obra antes da partida destas ridos, e posto
que vos te11110 mandado respooder ao particular do Sinai
do de que me destes conta, me pareces adnertirans no
que toca ás duuidas que ouse entre os Bisims de Mai
laca e Cachim sobre apresedencia naquelle Sitiado que
daqui em diante nestes casos precederá os Bispos que
primeiro forem sagrarias, como he costume.
III. E quanto ao 'que dizeis que o armo atrás ons ti.
»beis remetido as cartas de Peso Lopes de Sousa cupt.
tad de Malaca, e que assi o fazieis nus que um enuimeis
pella armada do armo passada sobre oestado em que os•
tad as cousas daquelia formleza, por que estes castas nad
vierom nestas duas armadas posto que o dito Poro Lopes
me doida dar de tudo muito larga inforinaçad, todaida
sempre nestas materiaa a deueis tomar muitrf partigular
de mais que de liuà pessoa, e inuiardessna caiu cartas
que me eserenerdes.
IV. Tambem me dais costa que pellos inconnenientes
que em vossa carta apontais se nad ordenou afortaleza
mie tenho mandado que se fizesse na ponta de Gaspar
Piar pesa defensad da barra de Gim, erpm assentareis
com parecer de muitas pessoas desse Estado de cercar
oquella cidade, pesa o que se corneçaitad os alicerces, e
tirando pedra para esta obra de que me enniadmis atraça,

(a)IIe a primeira das que tem data de Lisboa, maa aaspa.


da das desta maga&
',meu. 3.* 437

rser!, meras da. fortalezas dessas partes; e por que na3


vierem cum a via que risse. encomeudnuos mcv envieis em
nelas as onr para com isso vos poder nasalar escreuer
nque neste particular hormer por mais alea seruiço.
V. E posto qbe em outra carta minha que vay nestas
mias v,” lenho arrumado darensse a EIRey de Mellinde
metade das terras de Mombaea por ser ',enforme ao que
soe tenho mandado escreuer, me pareces adorutiruos nes.
To que as terras que assv lhe derdes seja3 das de dentro:
de litro ,eque das de ióra delira se ibe nar3 riem nenhus
tiras sem primeiro me enniarJes informaça3 da qualidade
deltas, enobrece dar ao slUo Rey algu3 renda ria alçam'.
ga que se ordena naquella Ilha me parece que somente
se lhe poderá conceder a redizima dos direytos rpm se
asila pagarem, por quanto por este respeito trabalhará poy
uirem incitas fazendas a elle, eser de mais rendimento.
VI. Vy oque me encreuestes sobre vos parecer mais
meu seruiço applicarensse ametade das condenaçóds da
rabiça dessas partes lera co Portugueses que se captiv
uar3 celtas pellos na3 poderem resgatar as hlisericordiuc
desse estado, antes que ermiarensse a este Reino peruo
resgate dos °aluiuos delle, pello que hei por. brinque s
dinheiro se applique para o resgate das pessoas que se
eaphearem nesse Estado; e nestas /urros se vos enniaraa
regirnentos do modo que nisso er deue ter.
VII, E assv me dizeis •que as mais das pessoas que
pagaf dirçito; a rainha faenda os sonegar; fundados ore
dizerem que lhes tenho obrigaça3 pellos seruiços que
nessas partes me tem feitos, e que geralmente os abmi•
riem os Religiosos delias,, em que minha fazenda reee•
be muita perda e dano, eque para se atalhar /esta des•
ordem deura impetrar breue do Sanem Padre pera que
0$ confessores na3 pudessem absoluer as tais pessoas
salso no artigo da morte; e por Ser isto materia em que
pod.e hauer muytos inconuenientes me parecera que se
hau Ueuia tratar deste bre«, eencomendouoa que pr.
.iiers particularmente que- se tenha muyta vigilennia
para se na& sonegarem os tais direytos.
438 slICAIVO PORTIMOEZ•OMENTAL

Na falta que dizeis que lia de desembargadores


da Rellaçaõ de Goa por terdes mandado . alguns pera o
Reyno cujos lugares fiquarom vagos, se nau pode agora
prouer. mas ficasse tratando disso, e nas primeiras Mos
alguns, eentretanto hey por bem mie por esta vez
promjais .os lugares de desembargadores mie esnuerem
vagos soe Ouuidores letrados que me seroem nas forra.
lesa, desse estado que mais partes tio ereta pesa isso, por
que desta maneira se entenderem que had de ser melho•
rados folgarad de me ir seruir,nos ditos cargos de Oultb
dores.
IX. Foi bem feito auisardesme de alguas matarias iro
cantes ao Saneio Officio desse emacio, em que o Cardeal
Arehidnque meu sobrinho e irmad dará a ordem que
conuem, corno entendereis pello que sobre (sio escreue aos
Inquisidores e mais sinistros dessas partes.
X. E assy me dizeis que déstes em dote ao Licencia.
ala PranciSeo de Campos que recaia de (bulidos ele Goa
o cargo de Juiz dalfandega da mesma cidade poremos
com Mui das horfa3s que por meti mandado forem do
Reyno, e tendo a meti respeito, eá boa infMrnaçaid nos
me riais de seu procedimento em meu seruiço, ey,pm
betu de lhe confirmar o dito cargo conforme a pronisad
que lhe delle passastes, posto que seja ele mais qualidm
tjm dos que ordinariamente se costumai; dar ,para casa•
mento das horfa3s. (a
XI. E assy vy o que me escreueis sobra a falta que ha
na casa dos contos de Goa de contadores, dé que tom-
bem me dá conta premis. Paes Prouedor runs dellei,
e como vos parece meu seruiço apmentarensse .alguns,
pello que hey por beta que se aposentem os contadores
Antonio do Prado, Aluam Mendez, Triste& da Naus, c

(a) Tem á margeai esta verba.


= Por eiroide deste Capitulo se passou Carie ao Licenciado
Pranciico de Camri,es Trilares .ens 16 de Agosto de 1,397 doar,
go 4e Jnie elhifeede,ea de fios, que por mus Casta lhe tinha de-
do o VisoRey Matinas d'vkilmquerque—dnaZ d-,Abr.=
cascrovbe 3. 439

Antonio da Costa, eque a todos quatro deis, satisruanii


connenic ato e"tan eonsideraça3 da qualidade de sous se"
ruiçoe emerecimentos,elo que me anisareis, e tenho man.
dado que nestas naus se ennicin does contadores para
alguns !opacos destes que se aposentaG, posto que
lambem que ha falia delles, e penou inconuenientec que
me dizeis que ha•de seenirein neguei la casa alguns ida-
tiços, vos encbinentio que os na3 °ocupeis em cargo algilna
dos ditoo contos senaõ muito raramente, e em pessoas
muito bencineritam confidentes; e no particular de .3
tomar aadminir a cites Diogo Vieira que nas vias do
anno de 90 mandei euspender, vos encomendo vos Infor-
meis da causa que bonde para tornar a sereis eDallki 411
reis procedimento do que lambem me auisareis.
XII. E asey me dizeis que por terdes sabido que o
ilizomaluquo' tinha prometido ao Magos o Royno de
Parar mandareis por esse respeito nisitalo por Laje A—
bsolto,' judeu, e pesa vos trazer nouas do que se lá tra-
tasse sobre este particular, e por ser informado que 4181C
judeu ouropre tratou verdade em meterias semelhante. ul»
que os VizoReyz desse estado oocoparom, ey por bem de
lhe fazer coroe de duzentos parildos de tença em elida
bom anua nai3 tendo elke bauido arnerce que lho o Senhor
Rey Dom Sebes' há- ,meu sobrinho (que Doassem) num-
dou dor na pensid; rine papila Joa.3 da Costa Peleja da Ta.
nadaria de Rangia], ou alguma outra meree depois disso
em equitteleneia della, e me hei, por ben, sentido no.
delltencia que fizestes com o Iii.zmnaluquo peno muito
que importa 000 deixar chegar tanto a esse estado
Negar, e vos cneornendo rimylo eneareeidamente que
por instar as vias estroueis este intento que leio cal Indo
°que puder ser, mono uollo tainbem tenho mandado «se
crene r por cansa minha carta que vay nestas aias.
Xiii• O cargo que dizeis que be "necessario premiras*
de Juiz dos Caloteiros das Ordens Militares que reeidani
nessas parles para determinar suas, causas como se rios.
mulas no Repto, hey por bem que ee prounja ern hum
doa desembargadores da Rellauaõ de Goa que tenha e.
440 ARCHIVO PORTUOVHZ-01MiTTAL

habito de Nosso Senhor Jesc Christo, e as partes neces•


serias, e pesa isso irá a prouiseó feita e assinada por mirra
nestas vias com o nome em branco pesa vós lho pordes
lá, eirá lambem com eila hum regimento feito pella ále.
da Consciencia e Ordens do modo em que se nade pra.
ceder no dito cargo.
XIV. Eassi me obreia que será men seruiço que o ren•
&mento da Ilha de Sainete de Goa cc applique todo para
as despesas da ribeira delia pello muito que importa a
moo seruiço coO haner falta no pagamento dos officiaes
que traballoó nas armadas e n. niaes °ousas ',coem-
Pise. para ellas, evendo orlo° sobre isto me esereueie t
hey por hem que o dito rendimento se applique para as
dilea de.spearis e se nadi despenda em outra cousa.
XV. E' asst me dizei, que quando foste.s, para use
Betado vos rnandey qoe nal.; consentisseis eanallos de
Oram. ao Canora. Coehirn, e»e Mais lugares daquella
cesta, e qtc, todoa se lenassem o Oca dando fiança em
prinnz ed lazareto asfl, nono que isto tinha abatido tas-
so.e .
os direitos dos ...lios que rende esta renda aser-
ra parte menos do que dantes rendia, e tendo respeito
nu .que sobre isto me escreoeis, hey por hem que daqui •
em diante se nuó are mais da prouisaó que sobre cel.
~teria roandey pá..., e vos encomendo muito enea•
renidarneme que dela ordem corno logo se «entretem:os
rlileilUe desse> canal]or para sre miei perder ° rendimento
Weetim em Madrid. • 3 de Março. de 1594.

Para o VlsoRey da ltritlia.-3. via..


(1..ro 2.* O. 243)

142..
VIPPOTei amigo. Eu Ellley vos *mui° enoito sondar.
Licentlado 4Iuore de Mamem I'muêsloy mór dor der-
Ilf•HHe ertarlo ioe eserettert que por oner mrrrrel
tutano que (Luc rente, eerrai' neilve,, é COM 1111H180
poeiçosit; me pedia lhe fizesse mastros de lhe. dar licença
',monto 3: 443

peta se pode vir pera este Reino dar remerlio asuas filhas,
e lhe mandasse fazer pagamento de tres mil pardáos que
lho crer,' deuidos de sens ordenados, evendo 'o que sobre
isto rija e por lhe fazer mercIii Ire}, Por bem de lhe dar
licença pesa que se venha nestas naos onde lhe manda-
reis dar gaZalhado conueniente come se costuma, e fa-
zer pagamento do rine lhe for deuido de sens ordenados.
Il. O Arcebispo de Goa Dons Frei Mateus ine escr.
ueo que os Relligiossos <lese estado continua ual'i ein te-
rem prirmé', particulares e meirinho., e castigarem de
sua autoridade os ohristaBs da terra, e lhe tomarem sm4
innliçali, e muitas urres entrarem !relia minha; e por
que vos tenho mandado crome are polias elas dos almas
passados vos informasseis muito particularmente deste
abuso tanto contra oseruiuo de Deus e inea, e me sei-
»aseis, nollth torno de nono a encomendar pera que se
osai. ;tendes feihi pellas lidos que este anno se «pena
o façais peitas primeiras dando ordena pena que se salte
este tal procedimento.
O Bispo de Coehim Dom Frei André me ennion
dizer por Frei Manoel. Piedade sen procurador que
santa doas etres asnos vai visitar aquelle Bivpado em que
gano mais de veia mezee, e fazendo nisso muita despe-
m, ecom muito risco de sua pessoa por causa dos cos.
saims que andai; no toar, pedindome lhe inundasse dar
liuà fusta com marinheiros esoldadou necesmríos áins-
ta de minha fazenda; encomendonosque nos informeis da
modo em que se precede° nestas utsitaçoe's coai os Bispos
se. antecessores, eeonstandouos que se lhe danai- ,errcletrs
caça& egente pera o acompanhar acosta de minha fazen-
da se proceda asa y com elle pesa que nafi aia falta nas
etsitaeoLts que <moer de fazer, e se nafi pmlierein esensar.
IV. E assy me pede o dito 'liais° mande acudir..
brevidade aquelia B. de Coeltim antes que se oculta, ao
chafi de multo velha; e por ser enformado que- foi hnits"
das primeiras /grelas que se fizerafi nessas partes depois
do descobrimento deltas, eque está tari trolha e daniii-
tecla que se lhe mia- acudirem se uire de todo ao &mil,
be.
412 arcam PORTUGUaa•ORIENTAL

vos encomendo que deis ordem como se reforme esta


ig,reia, edo que nisto ordeeardes me avizar e.is.
V. E sambem tcacto de se prouer a dita igreja de a,
namentos pella falta que delleslia, e serem gastados os
que lhe forai dados quando se ordenou aquella Ser.; e
posto que sobre este particular vos tenho mandado ees
ercuer pellas nica do nano passado, asilo torno de nutro
a encomendar pera que das sedas e brocadillios que das
fortalezas de Ormuz e Dio, e China vem a essas partes
ordeneis que se lhe Caçai os ornamentos necesarios peta
o culto dioino..
VI. Hum Gonsallo Soares Cardim que ha muitos nacos
que está com os Christais que residem na Ethiopia nas
terras do Perde Joai esercueo huã carta larga a Duarte
Delgado, secretario que foi desse estado, em que lhe pe•
de me apresente mande pôr cobro em mais de mil almas
catollieas que estai naquelle Reyno da Ethiopla pades•
sendo muitas necessidades re,ceeeso que como lhe, faltarem
doou Relligiossos que residem cota alies, e dez pessoas
das antigas que inda sai ninas, que de todo se perca as
quella cristandade por se ter entendido do l'reste que
de todo desfauorece aquella gente ea desseja ver aca-
bada, por se temer que se for em ereeimento o obrigarei
a se reduzir á igreia Romana, eque em tanto está des.
niado da amizade que dantes tinha. eorn esse estado
que affirrna este Gonsallo Soares que nai tem o respeis
to deuido ás cartas que -lhe usando escretter, nem se
disparas a me responder a ellas, esomente exata de"'
colher alguns presentes que em meu nome lhe enuiai
ris VisoReis desse estado. E por que COUlleal a0 Ser14 0
de Deus e meu, e reputaeai do mesmo estado nai dei-
xar perder aquella ehristandade que poderá ser caminho
per onde se reforme adaquelle sai grande Reino, e se
naõ perqua de todo o lume que tem da fee; sendo tam•
bem obrigaçai tratar do remedio daquella gente, vos'en•
cri/arado que por todos os modos que nos forem pesú•
unis os prouejaes assy de dinheiro para suas neceesida•
das como de relligioses que os Conceruem em boas
VA,CICU40 3.* 443

chrietaID. E por g« em outra carta minha vos encomen•


do orernedio desta cristandade, e que procuraeeeis por
o intentar se por aia de Mellinde se lhe poderia man—
dar algum socorro, vendo ora por esta carta de Cone.
salto Soares (que se deu depois dc mister eseritto a un-
ira) conto elle offirma que por aquella sia naã podem ser
socorridos por respeito de huã gente que eharnaõ Grilas
que tem senhoreado aterra toda, eestar perdido° comer-
.
cio que aura em Brasa hamultos annos, e se perder tam•
bem aestrada dos mercadores que por ella ninhaã áquel-
ie Reino da Ethiopia, rne pesou disto tanto como he re-
zai-g e porem inda minflo que pois já aquelle cantinho es-
t.« °Meto, abrirá nosso Senhor algum sendo vás disso
oinstrumento pera que se torne a facilitar o que agora
parece difficultose, em que sus encomendo muito prece-
dee. com todo ocuidado e diligencia,
VII. E por que diz que poesia de Lois de Mendo« mo-
rador na cidade de Dio tineraã reposta das aortas que
pecresia3 eassy os socorros que ihe rnaudauaõ desse «-
lado em tempo de treze torsos que com isto corre°, oque
agora lhes falta por se mudar em outra pessoais«
encomendo ordeneis como este seu socorro vá encami-
nhado peito dito Luis de Mendoea, por que aliem desta
informacaii tenho tambern a mesma por outras oiae, o
será rezae, que o dito Luis de Mendoca entenda que por
esse respeito folgarei de lhe fazer merca, e terá certo o
nosso favor eajuda, eno dido Gonssallo Soares manda-
reis recresce animando° eauisandoo de come a sua car-
ta pera Duarte Delgado chegou amim, e folguei de ira-
/ser como elle procedia no que de eua parte podia fazer.
VIII. EiRey de Gandra Me «cremo nas «os do anno
passado huã carta em que me significa que tear reinita
Amizade cem esse estado, e me pede .lhe mande confie-
maçaã deita pera todos cens desendentee; epor que en-
tendi por Nicolláo Potro Cochino, Vedor que foi da fa—
aenda em Cochirn, que a amizade deste 12ey será de
mportancia assy pera ‘ a conceruareZt da fortaleza de
Crullaó, como pela a carga da pimenta, vos encorne..
444 ARCAIVO e000UaUaZOatsrtTat

do que aos aproueiteis della nas contes de meu Meie°


priaciOlmente na carrega da pimenta, moettandollie
como vos he por mim encomenda"( eeu mando respon-
der á sua carta rernetendome a vós )e me aniseis de que
effeito será a amizade deste Rey c conservallo Della,
por que esta he a primeira vez que soube que pode ser
de muito momento pesa estas coasse; eassy me pede
odito Rey merce peca Fernar) Jacorne, e pesa ' ,emiti'

Monteiro que deuern rezidir naquella fortaleza de Coo-


14; informaruoseis da callidade destes homens, e se
me teta seruido nessas partes de maneira que por esse
respeito lhe deua fazer meree.
IX. A molhes do Rui Gomes da Grane, que Deus
perdoe, me escreueo aras náos do anno passado pedin•
dome merco pellos seruiços de seu marido; encomen•
donos que a mandeis visitar de minha parte por este seu
nolo ,evos lembreis de a fauorecer nas cousas que for
mana, e isto conforme ao que permitirem as mesmas coo-
eus e o seu prooedimento della,-significandolhe que terei
lembrança de mandar uer sua petiçaR pesa se recitou.
der si elle corno ouuer lugar.
X. O Licenciado Sintar3 Pereira que ora seroe de Chan•
celler desse estado rue escreueo que na deuassa que lhe
mandey tirar de Manoel de Sousa Continha, Gouernador
que foi desse estado, chamando pera`testemunhar nella
Antonio Giralié. Vedor da fazenda deSoa; ea Jorge de
Lemos eseriuná della, eAlues° de Moraes, o nairi quise•
reit fazer tendo pesa isso mais obrigaçai3 que outras
pessoas por serem rnenisrros de minha fazenda, e de que
se tinha 'entendido que sabiaõ particularmente as ITtlit”
desordens que nella se faziaR, de que rue tenho por des—
.,ernido; e uns encomendo que assy lho signifiqueis eO,
reprendais de narr cumprirem nisto com sua obrigaçaiii em
me nseruiço.
XI. Pelle que me escreuels de Francisco Paes, P!o-
ardor mór dos Centos de Goa, me hei por bem seruldo
delle nas dilligencias que tem feitas nas fortalezas do
norte nas meterias de minha fazenda, de que em aortas
TAMCIOULO 3." 445

Cari» me deis conta, e porque trata de alguRs desordens


que correm tias mesmas fortalezas pellos Relligiosos da
Companhia de Jessus, vos encomendo pronejais nisto
como uirdes que conuent, evades continuando nos tom-
bos que mandais fazer das terras erendas que perten-
cem a minha fazenda, eque particularmente faceie fazer
lombo das de Goa, Saleete,. e Bardes, e das mais rendas
que Seer minha fazenda nas fortalezas desse estado. E
porque o dito Francisco Paes me enorme <Me o Conta-
dor Aires de Mendoça que deste Reino foi pera seruir
de Contador nos contos de Goa procede bem em sua
obrigaçaõ, vos encomendo o fauoreçais no que rumes lu-
gar, eem especial no pagamento de seu ordenado, e lho
frçais consignar em parte ande o aia com Jeito, pesa
cum saro poder milhor comprir com a diva sua obriga-
«43, coma uollo tenho mandado pellas vias do nono de 90.
XII. B assy me diz que os ditos Relligiossos da Com.
panhia se queixar, de lhe naõ renderem os prezentes
rine lhe tenho concedidos doas mil pardáos, mas antes
muito menos; e porque pellas uias do anuo de 89 em
hu5 das cartas delia, capitulo 7.° (a )mandei escreuer
oque na ia por meu seruiço que se fizesse sobre esta
Meteria, de nono naõ ha que tratar della senaõ esperar
reposta nossa do que nisto estiuer feito.
XIII. 8imaõ de Brito capitaõ que foi de Ceillaõ me
emereoco como saira daquella fortaleza pobre ecom di•
nidas pedindmne lhe mandasse fazer pagamento dos or-
denados que nella venssera ; encomendouos que sendo
assy como diz lhe façais fazer pagamento deites.
XIV. EIRey de Ceillaõ me °serene° que se lhe naõ
rima embarcaçaõ pesa uma certa °entidade de canella de
que lhe tenho .feito merco; e porque sempre será rezaõ
95e se tenha conta com elle, e se fattoreça em suas coe-
sas assy por ser christaõ como por suas necessidades,
nos encomendo lhe deis toda ajuda e tenor que onuer
lugar, eque cria respeitado em suas coaras pera que

(a)bis a do a.° 59 deste Famicolo.


446 oittofllVO PORTUGUE,ORIENTAL

assv se aquiete enet', tenha rezaõ de poder fazer queixas,


Tabibem me pede lhe faça merce de confirmar Manoel
Contes Raposso oofficio de Juiz dalfandegua de Dio que
o Conde Dom Francisco Mascarenhas lhe deu itera ca.
sarnento de h06 sua filha, e antes de lhe mandar respon•
der aeste par;icular me pareceu deuer ter informaçaõ
vossa deste Manoel Gomes e de seus serufeos, do que
009 encomendo me aviseis.
XV, EIRey de Orrnuz me escreueo nas nãos do anuo
passado queixandmse de mandardes por Dom Jeronimo
Alascarenhas quando foi entrar naquella fortaleza hum Ro.
girnento pera que se embargassem suas rendas eemb.*.
sem depossitadas em maõ de Rás Xarrafo, Canil daquel•
te Reino, ese recolhessem em hum cofre de tres ohm,
nus de que teria Imã o Capitatt, outra o Vedar da Leen.
da, eaoutra odito Gazil, eque corresse por sua meã o
gasto deste Rey ;e posto que lhe mando esereuer que
ordenarieis isto assy por entenderdes que Ihe .eonuinha
e ao mesmo reino tersse esta ordem cora p rendimento
delle, bom fora que tinem disto enformaçaõ peru 955
cartas, e assy o será que mo esereuais. E tombem
queixa que hum Antonio d'Oliueira dera sentenças coa..
Ira elle de contia de mais de sasenta cruzados; en—
comendouos que uos informeis <leste particular e lhe tas
gois fazer justiça em tudo saque a tiuer, porque assy como
se deue dar remedio ás desordens deste Rey na6 deUfthl
consentir que se lhe faça nenhum aggratto nem enjusfica.
Tambem me pede faça meros por seu respeitto a Gil do
Prado ea Francisco de Aguiar, eantes de lhe mandar
iesponder a isto me pareceu dente ter inforrnaçaõ vossa
da .callidade destas pessoas ede seus serniços, encomen•
donos que ma enojeis.
- XVI. EdRey de Coehtrn ern huã carta que me esereueo
se, aggraua de se criar.de nouo eu alfandegam daquella
cidade o officio 6e corretor nffir de que está prouldo Fer•
,nqa-Rodrigues de Maris, sobre que dn algtOs rezoãs, ea
eamendruln, que nos informeis muito particularmente dis-
to e me aviseis se pesa se aqwetar este Rey cosiam?, a•
Itateserno 3.. 447

men ser:sim, estinhuirse este officio. E lambem se queixa


que o °cuidar daquella cidade lhe tornai' sua jurdicatá
conhecendo das causes, anime seus nassa:10s, e que os
Vereadores ido anno de '92 fizera"; alguás prematigas rens
Ira oe ditos uassallos, e solheraõ irem a seus remos os
sanniimentos ordinarios; eque os rnoradores da mesma
cidade escandallizauait os mercadores Bramenns que hitt&
aseus reinos e lhe pagaima direitos, eque com medo °ab-
ra:aná de ais a elles, e lhe danai.
;muita perda: encomen-
dou°. que vos enformeis de todas catas cousas, e lhe fa-
eáis inteiramente justiça em tudo o que a Suor, eo aub
anis dê como vollu assy encarregue.
XVII. Tarnbent na escreue que os contractadores
da pimenta lhe embargara', os direitos que lhe perten-
cem dos casados peito dinheiro que deus e lhe foi
entregue pesa a compra da pimenta que diz fica ja
aconta de minha fazenda, padindosse que lho gaite,
ou lhe conceda huma viagem da China pesa o poder pa-
gar, matetia que lia aunos que dura; encomendouos que
sus informeis muito particularmente do estado em que
isto está, edo dinheiro que deue, e se Ise a minha fazen-
da, ou aos eontraetadores, pesa com vossa inforniaçaS lhe
mandar responder como <unser por meu seruiço.
XVIII. Tarnbem se queixa na mesma carta de hum
recado que lhe mandastes sobre a «¡ateria de se auer de
carqar aquella ddade, e posto que tenho entendido que
naá vira cismo reli as rezoês que em tiossa casta me a-
pontais, iodassia lhe mando eacreuer alguas das que me
taurino: a desejar que isto se effeeree, e me pareceu di-
zei:aos que aati conuera a Met] seruiço nem á consentis-
eito desse estado chegar a rotura com este Rey, e que seri
de.mas efeito, illo dispondo suauernente, e gire peita a.
"aade que ategoça o estado teue com elle, de cuios
Klaalltios couaem que aja lembrança, se lhe deite ter
texpeito que os Senhores Reis meus predecessores men.
que se tiriesse ente Reis seus antecessores.
XIX. Pera hum gatheus Vez abriste:5 de sda Thomé
da Serra a que diz que tem multas ObrIgaçoéis me pediu
449 05011150 KlItTU191762-01III3NT1fl

o abitto de Christo; e posto que tenho por informaettd'


que se ileuia a alguns Mallavares que no seruico das
armadas se ventajaran tanto que ficaraft merecendo esta
merce e bonrra,todaula me pareceo que antes de lhe con-
ceder esta merco .deuia ter informaçaa das partes eser..
uiços deste Matheus Vau, que me enojareis, e a El Rey
de Cochim ireis entretendo neste requerimento de ma-
neira que receba bem a dillaçard. Escrita em Lisboa a 3
de Março de 94.
XX. E porque o ditto Rey de Cochirn se queixa so-
bre a mlo da China que dia que Diogo Soares de Mello le-
uou peca Goa, vos informareis deste caso, e mo escre.
Itereis.
REY.
Miguel de Mour.
Fera o Visorey-3.• via.
(No sobrescripto )
Por EIRey.
A Mathias de Albuquerque do seu conselho, e set.
Visorrey via.
(Livro 2.* 11. 261 )

143.
VisoRey amigo. Eu EIRey nos envie muito. saudar.
A falta que ha de naos no Reyno pera a carreira da Ju-
dia he muito grande somo deiteis ter sabido por. te-
cem perdido muitas, e irem fartando as madeiras por,
ellas.; e porque sou infotmado que nessas partes se p.
dem fozes muitas unos que sa3 melhores emaes 5050e
cientes peru esta carreira que as que se furem no Reytt 6
encomendouae que procureis (como ja vos tenho erecto
outros vezes ) por hauer alguns nnoe que este>, feiras
de particulares, nonas, e boas, que possa3 serutr sesta
viagem, eordeneis que se•stit'à faaenifo em todas, eaPnr
delias consignareis em alguns rendas minitau dessas po•
yotekewriaa. 449

te. nar, tendo dialteiro prorripto peru. pagarem, ede pra


se vos ajudará cern algum depois que me auisardes das
que fordes comprando eeantractaudo, e do custo delias.
E por EIRey de Cochim leo em seu Reyno muita copia
de madeiras eofficiaes, e se entender que lhe •custara8
menos as ditas naus a fazer que entra nenhuma pessoa,
srmorneadourm que tenteis com elle que LEI {oda ajuda e
frmor peca estas nárm se Laçerern, e se som alie mesea
quiserdes contraotar que as dó feitas, seja daos todas ar
seguranças necessarias, esena lhe entrar <Milheiro na ma3
até elle dar as sãos feitas poç se saltarem alguns locou-
nenientrm, earados pie confprardes eermtraetardes sera8
dos rumos e cholas de que se vds enumró por vias
com esta 111,7 relaça8 dos officiona dos meus almarens,
ena5 passadió" de quinhentas toneladas ate quinhentas e
dormente, omais, que he o porte toais ceaueniente persa
melhor e mais segara nauegetro8dellaé, esendo esta ma-
teria de tanta im,portancire como he, espere tle vós que.
eis sernireis . nella COM muito cuidado ede maneira que
aobra responda áconfiança sura que eu de cru fie- de.
ritie nella rareia por meu seruiço, &deite eal Madrid a3
Murça 1694,

REY

Peru o VisoRey dar Irtdia.-2. siaW

( .115, sobrescriptcr)

Per Elkey

Matiao de Alhaquergde do selo conselho, e rissorrer

('.rdirrço 2: R. 9-76 )

144.
Visorreiasçstgo. Eu EIRey une eludo muito ealolar.
57
00
, 01.171 reit *****

Posto que eln outra carta déstes.varruod escr.*. tolVi


S. meteria bus presentes •concedidos aos ReItigiossos da
Companhia de Jesos desses partes zertimendoma ao que
.em •6 da (euereiro de 89 esereui sobre isto ao Vis.rey
Doai-Da/tete de Menetres, que De. perdoe', me pareceu
(pera utais declaraça9, porque poderia acetosa em achar
aqüelle carta, e ficar eotn iáso esta resullacedi confusa )
enniavuos encorporado nesta. o Capitulo que disto trata
tirado da copia fias aias daqaelleannoquediz o seguinte t
( eget oCapitulo VII do Documento 0.'99 deste N.1.1.
E btl. me em.. .Francisco Paes em. carta de 19
do Octubro de 92 he o seguinte.
..Titinbem vil certida9 de como os presentes naa ren-
dem inalaque quinhentos, seiscentos pardaos cpdano, e
já tine os Padres allegua5 que lhe rendia:a tres mil, deve
V. Magestade mandar que torneai a tomar os. preeentes
e poupará aidano a'sua fazenda mil quinhentos parda.,
e se euitard oesgano que nisto ha contra chia, ervutror
•noritos ineonuenienter contra seu seruieo
naõ sei cornudas no anuo" de 89 tégora,...9 paz
em effeito oque entoa mandei, pello que u,os,enconzende
que aliem de o fazerdes assy logo .rnprir sem dia.ao
algas, vos informeis do que nisto passa, eme aviseis de
tudo.
II. E porque na Carta delRey de Orinuatle qrle Uo ,
trato em outra que aos escreuo diz na queixa das ires
chaues do cofre do dinheiro épie bua •dellas se entregou
ao Vedor da fazenda de arra., e noa sei como any tti
Vedor da fazenda, tendois, eu drfendido nas fortalezas,
ma dereis recair disto, aduertindo uós no quasobrasta mas*
teria tenho matutado pera assy se .erunpeir Vneeiramealt,
III. Sobre oaloure de que lanho feito met. a Dota
Catherine cabrita prima nos ei por dato eencomendado o
que nas Ui» de todos os aguas vos mando nisto eser&
uera que me romeno, pera que conformo . prottisoès do
ditto aluitre lhe foçais dar embarozaçeõ eo (suor aeaeS ,
cario, de que tombem avtzat'eiã de minha pakte-o•-Vedor
semeou. 3.* 451

fmenda de Cochim. Escrita em Lisboa p1 da Mar.


au de 594.
REI?".

Miguel de Moam
Pesa oViaorrey da India.--3.*

(No Sobrescripto )
Por EIRey
A Metidae d'Albuquerque do seu Conselho, e telt
Visarrey .da India-3.• via.

(Livro 2.* fl. 241

145.
ViS0Ify amigo. Eu EIRey VOS emulo muito s au dar .
Perta que t ere i
s emtendialo de quanta impostancia he nas
se despenderem os cahedaes que deste Reyna vati pera
a compra da pimenta em MIM outra cousa por mui im-
portante que seja 'MIS as compra della,d que asa vias
dos turnos pastados solo tenha assy mandado( •por ser
indomado que nesta se procede de maneira que se pai.
55 arrecear que ou despemdt este cabedal em outras cau-
sas, eque os contretadorm da trazida da pimenta ou mus
proenredores nesse estado tratem mais de sem Mu-fiorde.
Pro interesse, que da compre.della; me pareceu denernos
emeentendar muito emearecidameole, como o .feco, que
„llei s Ordem como todo o dinh ei ro 47, cabedal rpm deete

.eyao foz pura a compra da pimenta, e os ditos emir.


laimea mandarem nas Mios deste armo, enas dos nonos
sepinres, se na3 despemda em entra algnA'dousse eena0
aonrpra della pesa que eu emoia comforrne aobrig.a.
artó que tesa, porque do cont rari o se segnern muitos ra-

conveitientes em .perjuiere de minha fazenda, e nait se


P°4* - °mame a dita pimenta 8,SEIIIS tempos, de que te.

*alie
tenhotentadontras
de SM que valado
perdarper
omuito
quebras
que
corno
nitteinzportea
se tem vista,
loca
452 inteiro leTterueozaolimeraf,

sermiço Lhe procureki zerrreidio que eouuerti. Esetita em


em Lisboa a cinqo de Março de 594.

REI",

Miguel de Moura.
Seca o Visorrey-2. via
(No .Sobrescripto

Por EIRey.
A Mathiss de Albuquerque do seu conseLlio, e seu Vis
aorrey da Judia-3. eia (mc).
(Livro 2: fl. 267)

146.
Eu EIRey como gouernador e perpetuo administrador
que sou das Ordens-e cavalaria dos ineetrados c1 ,louso
Senhor Jesu Chrisim Santiago, e Avis, faço saber'aos que
este aluará virem que pela confiança que tenho de
Frei (a)
Caualeiro prof.:toda Ordem de Nosso Sentio, Jesti Chrio
to, do meu desembargo, desembargador da Relaçad da
Cidade de Goa nas pártes da Judia, que no oficio de Solo
das dit. °odean me sentirá com a lumireza, verdade, e
deligeucia que cumpre a meu sermeo ebem da justiça,
ey cor bem e me praz de lhe fazer merca do dito oficio
de Sitia das dims Ordens militares nas ditas partes da
judia pera que conheça dar causas dos Caualeiros delis,
que naquellas partes andarem na forma e maneira ou ,
lhe mandei ordenar por hum Regifnento feito por meu
mandado na Mesa da Conciencia e Ordens Militares que
este -aluará Pie será entregue; n mando ao meu Vi-
Sorrey nas ditas partes que Iás dê aposee do dito Oficio,
elho deizeiseruir, edele Usar, eaver os ordenados, proes.
e percalços que lhe dereitainente pertencerem selo tn,so

loa em branco este logeeno orrÉlnal. (Veja-se e DOC.


LUA. 14.1, Cap. XIII,/
11,,CICVLO 3. 453

lhe soe posto &tolda nem embargo algum, dandolhe pri-


meiro juramento rios santos Evangelbor que cisca bem e
verdadeiramente odito oficio goardande em todo amina
meu mruiço éá, partes seu direito; e da sobredita posse
ejuramento ee fará assento nas costas deste aluará em
que ambos aminara5 (a). O qual quero que ralha, tenha
força evigor como se fosse carta feita em meu nome por
mima assibada epassada por minha chancelaria, posto que
por ela IMO passe sem embargo dos Regimentos d. ditas
Ordens que o contrario aja (eis ). Francisco Mato.° o fez
em Madrid a V de Março de M. D. nouenta e quatro.
Antonio Moniz da Fonsequa o fez esereuer.

REY.
Gene. Epis. P.
Aluará peta Vossa Magestade ver.
( Livro 1: A. 44 )

147.
Eu EIRey faço saber aos que este meu Morra virem
que por muitos respeitos de seruiço de Deos e mon e
bem de meus cassallos de ambas as Coroas de Portugal
eCamelia mandey prohibir a nattegaort5 e comercio da
India oriental e partes delias pertencentes á Coroa de
Portugal Dera as judias occidentaes da ('orou de Cantei-
la emoa- partes a cilas pertencentes, e delias peca as o-
rientaea, corno tudo mais largamente he declarado nas
prouisoás da dita defeza passada, por ambas as ditas
Coroas; evende hora quanto importa ameu seruiço guar-
floreasse as ditas prouisoFs, hey por bem de as confirmar
e corroborar de nono; e mando que inteiramente se cum•
ptazi, eque de todo cesse este comercio, e que o na5
haja de nenhuti. das partes que estai3 sob o gouerno e

tal Falta eme aesento,•que provmelmente se fér em outra ora


do mesma Alvará, na qual se eammesse e some do Desem-
bargador.
454 •aemed roaesseaux•oamem

adtninistraçail duo Castelhano,a peca na doa Poçtugneses,


nem de bula a,ontres. aum. hpesial.lieença minha dada
pos prouisali— por minc- assinada, e. tlaí,-,por meus Viso.
Reta ou Geuernadores, por que elleahey-pos beco que mit;
poseçh..dar ge mes•lizençar, .3 palia morna maneira hey
por bem e me prez que epaancitu.akipma eapitailil, mestre,
epilotos de qualquer embarcaçaa que. reja aeuegar curo
adita licença minha peta aa,.111sas -Ratipinaa, que 94
das ditas ladina oceidentaes, nad pdssalittrazer.
lar Religioso algum Castelheact peru as..Cidades de
Machão e Mallaca,, nem para a Ilidia, se !tad tendo o
tal Religioso ou Religiosos eaprecia dCcarMaculalta pes-
cada primos menistros da dita Coroa de Portugal pese
poderem yr is ditas partes, strb pena de quem ocontrario
fiz...mico...ser Cru perdimenki das ditas ernbareaçodie
das mercadorias u faceadas que Itatiaia treucees, Creu, par-
ias peça minha tascada eaoutra pesa apessoa que os eu.
curar. E mando ao VisoRey epoueraador das ditas partes
da índia, ea todas minhas justiças della:, que campeai% e
guardem este meu aluará, e o faça., cumpris e guardar
inteiramente conto se aceite Sumern,o, quahae publicariam-
lugares publicus de .Gloa. Coibira, Maluca e. Rlicediesh.
se fixará o%sedado deite vias ,peureatelaa dilua *idade.,
peta atodos ser Imbuiu e que nisto mande% e nadem po•
der açu cetim° algum ablegar inorancia; use viamcatsss
Cantaras das ditas Cidades; e hey porcbens que naus
tenha forca evigor cern. se Fosse' desta feita ementa no-
Ité por mita assinada epausada por acaulumehaninalaries
posto que por ella note pense, equem effeem lacjauludarer
mais de hum atino sem embargo da Ordanaçailtulo segando
Livro, titulo sa, que ocoMmeio-dispoetra ..tilhosed da Sane
drada ofez em Madrid a Doe* de Mero. do"

REY.

Alvará. pere V. Megertede yer.--5..

(Livro 1.. fl. 38+)


PIONS611hl. 3.• 455

148.
%corei amigo. Su.F.iltey nos emlio mui» render.
Vendo de qanta impottancia he í eqzaeruts,pad desasev -
tado (peca nolle se poder bem fazer o sertrieo de Ocos
emeu, que recaiu molhem em benefficio geral e parti-
ellar de moas •aesalloe) nal' se uitem logo pera este
Reino os eapimès das folvalems depois de celtas acaba.
esse de servir, pefis entali 604 cem majs experiencia e
fazenda pera acudir aos acidentes que nunqa deixa de
met em pataca tal remotas e tal cerqadas, einuejadas dos
imigee do meemoestado, rne pareceu meteria de muita
coneideracal .prouer nisto por medo que eu fique bem
eeruido eos.fidalgoa com a eatisfacal que he rezal, pois
allem.dee.ene ~Mos já feitos desejai; e procuraô tanto
aemeontat AWIt10#,..q« sempre a isto tem mais Tespeito
que« tudo gemo ao sou maior e mais particullar iate-
reme ;e confiando delies que o que lhes eu nisto man-
dar astral qese.he oque lhes mais coimem para eu folgue
de files fazer 414.19, 1;13,CFCCS, ll0E encomendo que alem
do que esfixorfienado do tempo em que os ditos eapitai:rs
sal obrigados a reaidir na India depois de acabados
oe tret anuo& .de suaa„fortalezas, lhes digais de minha
jratte.qae az nafi venbal sem recado meu, ehos eenes
the esereueteis as.eaussas que cada hum finer pera se
dever,vil rnajecedo,, mas cal despensareie PellaS cem
lefive4a, 440 Visporey oh Gouernadoi que aos
moedeeentreg.areie esta carta que cumprirá como ee pera
elk exa ,partiquilar fora—deregida, e aos ditos fidalgos
encomerndo ..ing4tp que folgem tanto de me setuir nisto
«mo eu delke confio a espero. Escrita em Lisboa a 9
ols Março de 94.

REY-

Peri o Viaeoray-3. eia.


456 áRcIIITO veiviterasoorienvet.

( No sdbveseripto)
Por EIRey.
A Metidas de Albuquerque do seu conselho, eseu \ri-
sorrey da Judia —3.' via •
(Livro 1.' fl. 40 1

149.
Visorey amigo. Eu EIRey vos enuino muito saudai..
Por minhas cartas das aias dos annos passados tereis
entendido a resoluça3 que tomey que as aios gere vime te
deras partes pera este Reino na3 tomarem à ilha de
Ponta Plena como dantes faviaiti, por ter entaõ cairo que
alguns amieiros apertemdia3 demandar pesa nela agoar-
darem as ditas néon aveludo que as tornatia3 de ',unias
edesapercebidas, mas otógora na3 se tem sabido que ele*
pos.sern em efeito este seu intento, e he der crer que sim-
da que o tiuesem e forem alguã vez áquela ilha naõ ror-
meeiro a fazer viagem som trabalhosa, nineerta, e irnfru-
sauna, mormente terndose visto que mandey todos erres
fumos mudar aderrota das nítos e que uiesein da India
iam bem proutdas dagoa ede tudo que esensii,m tomar
porto algum no caminho, e quando lhes fore•foreado, foi
nem a Arogolai e porque nas tostrueoês particulares que
leueti os eapimens destas tires céus lhes mando (corno
par ellás verei, 1 que á torna viajem pera este Reino
aiíred' a ordem que lhe derdes per iristrococris loárárdar
por vós enulas peça3 de minha parte, vos encomendo qua
sei aor capitamna das ditas fteS aios (que sa3 o Capo
taft niór Ayres de Miranda, Sebastiatt eitonealver d'Arvelos,
e Laia do Souto 100010a qualquer outro capitai. ;ou cap1
tufo dar diais náos que ordenardes que venhaO Ppl.eorn -
panhia..dest. nes com carga, deis instrunoens perde0.
lares era segredo atinadas par vós e eseritas da letra do
Secretairo dese vstedo, cerradas, e selados, com ordem
por orcritO nas costas que cada capitai/abra a sua pe.r.a-

te O ”Orárrita da sua mio na paragem. do CÉU» de Boa


waserosuo 3.. 48'7

Esperanca faxemduce. dieta IISEMt0 nas costas' da dna


InstruCa8, pela qaal lInc mandareis de rainha parte o
segrmtet :=Que elà temem a ilha de Sarnta. Elena e
nela esperma buis naus por outras até chute de eetaiõ a
que guando a demandarem vai; em ordem de poder pe.
lejar com imigus se os acharem na Ilha, fammilolhes
poro este amo as mais aduertencias que vos bem pare.
cer.r=E a canoa do segredo com que ey por meu serui•
çu lhe deis estas Instrucuens Inc por que na8 deixem.
de lia Iam beto [notados dagoa e de tudo corno se ardi
coserem de tornar Sanda Elmo; pelo que ordenareis
que tragaR toda aque poder ser; e de Sauna Elena par.
tirai; jamtes,..t se- neb aparlaraa mais por nhfi Geie° nos
seja. O Secretario . Diogti Velho a fez em Lisboa a xj do
marno de 94.
REV.
Miguel de Moura.
Pera o Visorey da initlia.—Pera Vo ta Magestado
veer.-3.• via.
( Na s.brescripto )
Por EIRey.
A Metidas de Albuquerque do seta conselho, e sen.
Visorrey da India.-8., via.
(Livro 2. R. 289 )

150.
ViisOrly amigo. Eu EIRey vos emulo muito satndar.
riaey ris ellà11)10 rue ~ie.,' sobre os Relligi6ssos da
C .'”/Mulda de Jeasutt que residerh em 1101 IgreIb de
Saltem André que está nas terras delRey de Mnrie,ercgis
legoa s aio Coehim se queixarem de bom. soa rege-For 450
spgranara a huns christaRe que no dito rdino_viainai
egne uencre <janto lhe cri tinha encomendado acristas,-
dtMle de seus reinos, poeto que a culpa net) era tab graus
estes Relligiossos afaaiaü, lhe dera toda a Mi!
68
458 acervo l'ORTO4062•MileliTAL

façaõ que nelle fora, eisto perante 11119 pessoa que o Cio
pitai,- aio Coelsim a isso mandou: e prossopondo que assy
seria, pois nio elle appressenta soe seruiço, lhe respondo
com os aggradeciinentos do que nisto fez; encomensfinvoi
que aos informeis do que neste negocio se passem, e me
avizeis.
Il. Nestas náos nalli pode ser irem Vedores da fazeis,
da pesa Cochilo e Goa, posso que peito que me cause.
nestes se procuroti que fosse sucessor ande Um, roas pesa
o anuo, Peou querendo, mandarei dar ordem pesa que e04
estes cargos prouidos.

III. Por terra uos tenho mandado escreuer em sifra


sobre algnãs maserias de importancia o que vereis •pellsa
copia da carta que me pareces> emulamos com cita, pera
que em casso que nal,- chegasse a mesma carta vejaes
o que por elle 1105 tenho escrito (a).
IV. Depois de uos ter mandado escreser nestas cilia go-
mo °dias naõ escrevia a EIRey da Pesaria por serer9
lá limitas cartas minhas pesa elle que parecia bastaya9
pesa os officios que comuinha que com elle se fizessem,
eategora naõ ter reposta sua de nenhu9 recebi tal de
Dom Joronimo filascarenhas capilaõ de Orame do pri-
meiro de nouembro de 92 (com achegada da afio Sal
Pantalliaó neste meu de março ao porto de Lisboa com,
tal.
/ boas nossas de EIRey da Persia (romou disto Pote-
Jeronirno ',unhem delias vos avisaria) que total peia
mias de muito contentamento peito importancia de que
sai3, e me pareCeo deuer todauia escreuer outras cartas
ao disto Rey da Persia COM a ocaniali destas 0008P, ai
quais vai) nestas vias, e as mandareis ao tfitto SUMI.*
iUMMO eMll a copia delias que sambem vai pesa que com
cilas faça todo o officio necessario como lho escreõen' e
uós o faseio lambem ajudando gente em nós for o que

(a) He ado n.. 127« deste Fascículo.


VAMO.. 3: 459

iç nisto deixo pertender e.procurar. Escrita em Lisboa


8.12 de Março de quinhentos 94.
REY,
Miguel de Moura.
Pero oVisorey-3.` via.
(No Sebreseripto )
Por EIRey.
A Mothias de Albuquerquealo seu conselho, e seu Vis-
sorrey da Iodia.-3: via
(Livro 2: 291.)

151.
VisoRey amigo. Eu EIRey rios emirjo muito saudar.
bleuendoeee o Turco contra o Reynã de Ungria e pro•
unidas deite sujemos oo: &operador meti Sobrinho, 80
hounerown contra elle alguls durorias grandes, ede muita
importando, e toes que se doirem rim por cilas a Nd,
muitas graças, e por, ser., estas vos qi.113 enuiar a Re•
tolasdeitas ( que ijd nestas vias j pesa que a vejaes,
eporsaes comunicar ao Arcebispo de Gos, e aos Cupi.
toes e fidalgos que vos bem parecer lacra que o solhar;
todos e se alegrem com istro corno he rezai.; pollo bem
da Cluistandade, e em particular daquellas mudadas.
(a). Escrita em Madrid .15 de Março 1504.
REY.
Peruo VisoRey do India.--5: via.
(No sobreseripto )
Por EIRey
A M0thil8 de Albuquerque do seu conselho, e Visor.
rei da India-3: ria.

(Livro 2: fl. 280 )

I )Ns5 appsreua a Reteçaft.


460 ARCUIVO PORTURIIER.ORIIINTAL

152.
Viso Rey amigo. Eu EIRey vos emulo muito -saudar.
AI Dom Nal:aluares Pereira mandey prender em che-
gando por vós In° esereuerdes que na5 quizera sernir
no que lhes ordenastes, eque se embarcara pera o Reyno
estando preso sobre sua menagem selo licença vossa, e
sendo" cosido se deu no caso a sentença de que se vos
enniara o treslado com esta pera acordes eentenderdes
os fandatnestos com que os Juizes oabsoluerom, e do
que sobre eller< vos parecer me avisareis. E quanjome
esmeuerdes sobre semelhantes comas me enuiareisos
papeis eautos que deitas houser e prousramis que, venlia5
bem autenticados e muito no certo pera que se possa qua
migar por cites, e na5 re achem coatrarios aos papeis que
as partes trazem peru suas descargas. Escrita em Madrid
a11 de março 1594.
REY.
Pera o Virálley da India.-3.' via.
( No sobrescripto )
Por EIRey.
A Nímias de Albuquerque do seu conselho, e Vissorrey
da India-3,' via
(Livro 2:1 fl. 270)

Acordam em Rolaça5 &c, que vistos estes autos, li—


h,'llo <I<, Promettor da justiça, a contrariedade do Eco
Dom Nunaluarez Pereira, culpas, e papeis juntos, epr>
tia. dada, mostrasse o VisoRey da India Mathiasd'Albu -
quorqun escreuer a Sua Magestade que mandara prem
dar o R. em sua casa por 1.5 querer sentir o dito Senhor
no forniu que lhe ordenaua para della se embarcar e oir
def.conta a Sua Magestade jla causa porque deixa» seu
sersmul e que estando anui preso sobre sua °menagem
a gnebrars, ese fora a Cochilo sem sua licença; a 4941
°menagem pella carta do Usuidor geral das ditas partes
wasmatmo 461

justificada que o Reo apresentou consta noa somente


ne3 lhe ter tomada, mas o dito Visoltey lhe dar licença
para se embarcar ;neta o Promotor mostra autos neta ou-
tras culpas por onde o Reo deua ser condenado em pe—
nar o que visto, ecomo se protos o dito R. proceder na
India os annos que nella residi» como conninha ao eet.
oiço de Sua Magestade, eo mesmo VisoRey usei ocoM
lassar em sua carta, e visse della por se partir para este
Reyeo seu irrna6 Dom Joa6 l'ereira que nas dites
panes o sustentaua ficando lá sem elle nal) podia
torcer no sefaleo de Sua Magestade corno doida, cem
o qual seu irma6 se embarcou para pedir satistfRe
00 de seus seruiços, o que licitamente podia fazer, puir)
te cal mostra judicialmente ser preso, nem o dito Viso-
Rey lhe defender a sua vinda tao qué tudo murado
respeito, eao mais que dos autos consta, absoluern
dito R. de todo contra elle pella justiça pedido etn eco
libello, e pagas as custas de seuliuramento mandallaeja.
solto 1a omenacem em que está. Em Lisboa a 17 de
feuereiro de 150}.,—Antonio Cáruálho, Luis Lopes do
Cereal/to. Lopo de Barros.
(Livro 1: fl. 42)

153.
Treslado do Regimento dos Memposteires da Readieaa
dos Captiaos, de que se manda assar no Estado da Judia.
NB.
Paraste desnecessario pár sqtti odito Regimento, por *e recort-
ar na legislaça6 geral do Reino.
Veio, ao qua parece, acompanhado de uma Provista, da Riesz
da Ceemciencia eOrdens, cujo preambulo falta, est) se acha oalises-
'amém° no fim do treslado do Regimento, nestes termos'.

E tresladades assi os ditos Regimentos dos Main-


ponteiros múses dos catiuos, e dos mamposteiros peque-
aos, eos ditos aluarás pella maneira que dito lie, eu
mandei dar este ireslado delles nesta carta de Regimento
consertado com os propios a Diogo Velho, fidalgo de
46 ARCHIVO 1.0RIWOUCZ•ORIENTAL

minha casa e meu Semetaiio, pera OS emalar per ditas


via, és partes da Imlia peta dello nelLas se asar confim.
Inc aurdem que ao VisoRey das ditas partes tenho es•
°rito. EIRey Nosso Senhor amandou panos Deputados do
despacho da Mesa da Conciencia e Ordens, que por
seu mandado tem cargo de prooer e deepeulum nau.,
sag da rendiça3 dus canoas esous olficiaeg Fernaiii Ma.
recue Botelho a fez escrener em Lisboa ai 23 de Março
de M.D.Lxxxxiiij.—Bertholanieu do Valia Vieira.—Lopo
Soares d'Albergaria
— (Livro 1.* fl. 103 )
Preço que st dá na Meta da Concieuciapellos calittos
do dinheiro da Pedençaik.
Traslado do Regimento que Sua Nu-gastada coaluna
fazer .desmaias per suas pronison's aos ~tinos.
Capitaès ijs onças
Álfereè ijo onças
Sargento ............ ........ ijo onças
Capelak's de Sua Mageatade...iji xx onças
Moços da Camara t.. cento cincounia onças.
Maçar da. . ...... cento xxx onças
Cauoleiri os dos lugares d'Afirica cento xx onças
Caualeiro fidalgo° ijs xx onças
E.cuileiro fidalgas, ijs xonças
Canaleisa da Cana de Sua Ma-
ge.tade........ ..... ija onças
Soldado areabozeiro..'‘ LR (90 )onças
Saldado piqueis,— Lxxx onças
Ferrei., ao sarralheiro cento onças
Reposteiro.: ..... LR (90) onças
Agemol .. ..... Lxxx onças
Barbi iro . Lana onça.
Homem da guarda de •EIRey. cento °aça.
Espingardeiro de cavalo cento xx onça.
Bombardeiro .. ... (90?) onças
&cota ..... ceai° onças
eube desquadrm esmo Mammatu mutuo
"zseffirLo 3.• 463

Espinal cento cincoenta onças


Monteiro de esifltdo, .. , cento onças
Armeiro - cento onças
Atalaya „ cento Onças
Esendeiro cento Lit (190 )onças
Mestre de seu Intui° ... ... , cento xxli onças
rodo o oflitrial mdeaniquo de
algum officio que urdi' seia ar-
metro, ou ferreiro, ou ser-
ralheiro, se dará oitenta onças.
Cerietficoo assy. Em Lisboa a demitiuue dias do mes de
Março de M. D.Lxxxxiiij annos—Jorge Coelho de An,
drode.
(Livro 1.. fl. 46 )
1594.
SEGUNDA SERIE.
ARVS1M, 911.9,11L1,

154.
bom Phelippe &c. A quanto, ema minha carta virem
faço saber que -por justos --respeitos que rue aisto Mimem ey
por bem erne praz, e por este mando que nenliná pessoa
de qualquer ou lidado e eondiçad que seja, morador
eestante da cidade de Cochilo tracua pedra para as
abras da dita cidade e dos moradores dello, nem a
cumpre se 000 as que forem da marca antigua de
quatorze Mireis de cumprido e .. de larguo
oes de altura, peio dano eperjoizo que disso se segue,
hátena de cem cruzados edons annos de degredo ma
"mil, cos cruzados amolado para quem os acusar
cd
e a outra arnemde para as despesas da ribeira desta
asy a pessoa que a comprar 00010 a que
Itoexer fóra da dita marca anima declarada, e for
basear á pedreird,..sentifi aquelas pessoas que a cidade
'fll eillitt eo oficial pedreiro que trabalhar com pedra
£.cildts-us ditit ítiarea seca preso e degradado por deste aro
461 AlOUres POIT0.16.0111ENTAL

nos para as galés do estado. ;Istetefiquoo asy ao Capital


Ouuídor da dita cidade, mais oãciacs ejustiças aque
pertencer, elhes mando que asy o cuinpraii eguarde.,
efoçai) cumprir e guardar como se nesta comem sena
<bulida nein embargo algum; e esta se apregoará na
dita cidade nos lugares publiques delta para a todos ser
nomeio, e se registara na Camaro della. Dada na minha
cidade de JDoa sob meu salto das ininhas armas Reuie
da coroa de Portugal a ilij de Janeiro. ElLey nosso
Senhor o mandou por Matinas ,PAIbuquerque do aeit
conselho, anu ViseR.ey da bulia/se. Autuai° da Cunha
• fest sono de 31.0. Lsxxxiiij. Luis da Gama o tez as.
me uer.-0. Yisoltey.
(Livro 1.• de Alvarás 11. 43 )

155.
Dom Pheliope &o. acianatos esta minha carta de ley
virem faço sabor mie acendo eu respeito a Metidas el'
isibeiquerqiee do meu conselho. meu Vi.,Rey TIO ara
he da India, pôr aro padecer doa desembargar/orce ela
negaceei deito o pouqo serviço que era de ticos emeti
ir nenhum homem da naçaIr, áChina, NIalagna,
nenunla, e qualquer outra fortaleza do sul, aos ditos de•
itern6argurlores assy eassentarem, ey por beta eme pois.
e•por ente mando eordeno rine da pablicaçait desta mi-
nha ley cio diante neulinin honrem da nanar) vá ás pArle0
acima nomeadas edeclarad is nesta carta pelo grande
pyrjuiso que disso se segue ao eeruiço de Caos e meu,
O por cimos milhos ej1.13Ior respeites rine me a 18t0 mo.
ueni, er,l, pena de perdimento de todos seus bens e eer
degradado para Ccilai3 por seis .11110" eey outrosy pai
bditi sue os capitaiis, ounidores, emais ilIFVilp9 das par•
lel do sul, rine ora saA oao dianie forem, obriguem sob
as mesmas penas aos rine lá estiuerem ase embarcarem
para a minha cidade de C.a, epor esta minha ceda da
iel reuogo e ey por renegada toda e qualquer ou" -
proulea6 que CIO sontrariu estiuer passada, eey por 1i~
".41teteet.o., 3.* 465

luiN ode nenhum 'rigor, esO esta qnero qne -valha ete-
nha força, eoutra alguitionait. R esta se apregoará na
minha cidade de G'ioa para a todos ser notaria, e se re-
gistará na Camara xlello, de que se fará asaeeto canga.
tas desta, oo Chatmalcr do estado mandará passar pena
treslados ás fortalecos do Sal. Noteticitoo asy ao (Miúdor
geral: do crime do estado da Imlia, e'a todas as mais
jusLieas, officiaes, e pessoas a qtle perteucer das pacta.
do Sul, e lhes mando que asy o coniprap.egoardem,
e façaB conaMir e guardar da soneira que se nesta
contem item duaida nem n'embargo algum. Dada no mi.
Mia cidade de Goa sob meti slIu visa rainhas armas Re.
ter da Coroa de Portugat a xbiij de Mamo. hIlBey 1.09.
.9 Senhor o Mandou por álathias d"Albomartme do cota
consalhe, seu ViaolIey da India .áic. Antonio da Cunha
aféte asno de Si D Isziazitii. Loià da Gátiiit %fez ea-
eteuer.-0 VisoRey.
(Livro L' de, Alvarás fl 44 )

156.
Dera Felippe &c. A quanto, esta minha carta de
ley virem eo conhgeirreento delia cosa direito perteneer
limusaber•gue por janota respeitos de roeu seruiço, hena
egotista das fqrtnteors de Chau', Baoayin, DatnaA, e8d11.1
terr.a:, ey por beto e me proa <me tola a pestma que fhe
morador ein Chau!, Stionim, Dartcat"h esuas terra., ou ti.
ner aldeai, .1a pubticaeaõ desta ma diante se vá haver.
tar eresidir nas ditna Cortaleetts, cidades easa. terras,
o na6 em entra parte algug. sob penatde doar aortas de
degredo peca CeilaCh ede ficarem devoluta, para minha
fazenda as aldeaa que ave finarem, 'e
esta ."eidade de CIoa, eo Chanceler do eyt,ido massará
traslados viela autégicus para ser ameguatla nas' dito.
fortalehaic eseita Ite'rras para' a lodos ser noturio; e nal;
te poder alegar igaeraecia,' de' que se faCai assento na,
"4 esto. Noteficho aso' ata, te ao. justiças,
'1.‘.. inana°
1 d rme o munprall o.guardel!1,z!e
,

59
46 .
6 AtCRIVO }OZTVII.L.ORIZRTAL

façaii comprir eguardar como se nella contem gen', clu.


uida nem embargo algum. Dada na minha cidade de
Goa sob o salto das minhas armas Reaes da Coroa de
Purtugal a iiij de Março ( ). EIRey nosso Senhor o
mandou por Mathias de Albuquerque do Conselho de
Sua Magestade, sou VisoRey da Judia doe. Antonio
da Cunha afez asno le M. D. Lxxxxiiij. Luis da Gama
o fez escreuer.-0
(Livro 1 de Alvarás e 45

157.
Dom Felipe &e. A quantos esta minha carta de ley
virem faço saber que por justos respeitos que me a isto
rnnuem ey por bem e mando que da ptildleayab desta
minha ley ria diante nenhuá pessoa de qualquer cali-
Jade e candiçafi que rejo nesta cidade de Goa e seus
arrabaldes miá' jogue os -galos sob pena do que for acha-
do jugaado, ou lhe for prouado que jogou, sendo ca.
tiro ser degradado tres aniles para as galés do estado,
e sendo forro cimqo para Ceilafi, e perderem todo odi-
nheiro ou qualquer outra cousa que juaarem para os mei.
vinhos; eapessoa era anjo ehalle or. -casa se jogarem os
ditos gallos será degradado quatro audos para Danma
e pagará cincoentacruzados, metade para o meirinho e
outra annetade para o °adues sem remissa5 e esta minha
ley se apregoará nesta cidade e seus arrabaldes para a
todos ser Motorio e fingirem poder alegar Morancia, e'se
fará asento nas costas desta de como se apregoou. No.
leficoo assy ao Onuidor geral do crime mais jus-
tiças, offieiaes, apessoas a que pertencer e lhes mandu
que cumpram e guardem, e inteiramente façam nutrir'
e' guardar esta minha carta de lev como ao seita coutem
s'ern duuida nem embarga algum. Dada na minha eido,
de de (loa sob o relho das minhas armas Reaes da •Co -
ma de Portugal a zblij de Mayo. EIRey nosso Senhor o
maadou por Matias d'Albuquerque do seu Conselho, ara
VisoRey da India éte. Antonio da Cunha o fez uns
aasmeut.0 3. 467

do ,mil bcLRiii? (1594) Luis da Gama o 'fez escreuer


YisoRcy.
(Livro 1.` de Arcarás fi. 45 c. )

158.
•Mathias d'Albuquerque &e. Faço saber aos que este
aluará virem que eu sou informado que alguns fidalgos
esoldados que esta9 asentados na matricula gerai destas
partes da Irolia recebem nas arruadas e nas fortalezas
maiores quarteis do que vencem por' seus titules, epor
esta causa deuem dinheiro . áfazenda de Sua Magesta•
de, pelo que na9 tratar; de sua •jtist‘ificaçaõ como tenho
ordenado que (açaí; nos Optes novos da matricula que
ordeney fazer por manaacro de •Sua Magestade que han•
tir correr deste anua dc 94 em Mantes .h.se dar fim
aesta 'desordem ao seruico de Sua Mau,-
tade e:bem .. ... ey por bepa e, mando ao escrivaa
da matricula geral enau contadores elella que.ora sal e
ao diante forem nar4,façai, pagamento apessoa alguma
pe qualquer qualidade que for nos livros velhos nem nos
nonos the razercut coma ao titulo, de cada 'huã pessoa
em particular do .,,ne cem vencido e,recebido conforme
aos .pagamentos, ordinarios e cadernos que vem das for•
tareias eo re g ime.nto .nçona da 'dita matricula, e feita a
dita ',unta na verdade se a tal pessoa ficai devendo algum

Pinheiro farA9 lembrança delle no 'titulo novo, e cari se


lhe fará desconto sem a'faCenda de Sua Magéstarle ser
de todo satisfeita,, e por èsta,manèira se lhe passará ver-
titin9 na Matricula.pern As roitaleias pern onde as partes as
requererem sob pena, que oesçrittari, ;contador, equalquer
Potro official que constar, que descompti .algum dinheiro
contrai uforma desta' Frovisarr Pagar de •sua falc.du
queaoastae paI dcv adescuntr,, eavec a mais pena que
Jná parecer, e este. quere,goe, valha e tenha força ovigor

nI1110 carta per regimentç passado em nome de Sua' Ma-


£44MS ., .
pRs,to.qge o *ito dela aja de ..duraz .rháii . da
469 •ROMVO PORTII.13,01,EPT11.

hum anuo e nal passe pela Chancelaria por -ser de ser.


ViÇO de Sua Magestarle. Noteficoo assy ao Vedor da
fazenda, Provedor mói' dos contos, escrival...
e mais olliciaes e pessoas eque esta for apresentada •
o conbechncnto dela pertence', e lhes mando que o
numpral e guardem, efaçal inteiramente comprir eguar•
dar, eserá registado nos Livros dos contos, eo propilo
se ajuntará ao Regimento novo da matricula pera
• todo o tempo se ver o que nisto tenho mandado
ese cumprir. Estevad Nunes a fez em Goa a xxbij
de agosto de 1594. Luis da Gama o fez escrever.—
O VisoRty.
(Livro 1.. de Alvarás fl. 46 )

159.
Malhas d'Albuquerque &c. faço saber aos que este
meu amará virem que eu sou informado que muitos sol-
dados nestas partes esquecidos de sua obrigaçal se tirai. ;
do serniço delRey meu Senhor por andareni em nanios
de chatins ficandolhes seus tirulos correntes para a todo
tempo poderem requerer satifaçari de sega serniços e sol-
dos, epor enitar esta desordern tal peziodicial a seu sere
uiço e fazenda, ey por bem e maneio que nhuh' flúo r
/maio, nem outra alguá ernbarcaçari de Chatins se deixe
partir do porto e narra desta cidade sem apresentar cer.
tidal ...... matricula de como no dos .....
soldados cmados ou outras estai) assen-
tados nella, persente nas, ditas ernbareae.&..
...... será posta verba em seus titulou pare......
receberem em nhu'à fortaleza neta arrearia de Sua Mar
metade sem lhe ser alenantana, sob pena de quem o
contrario fizer o Capital tia náo pagar pela primeira YeZ
cincoent• pardáos, e pela segunda cato, e pela terceira
quinhentos pardáos,' as duas parte. pera os can., ,ea
outra pera o hospital dos pobres, desta Cidade, e outra
peca °riem o acusar, eo capitar') ou senhorio do rani'', ou
outras guacari°so embattaço6s pagar pela :primeira vez
rsectowto'3.' 469

eineoenta pardáos, e pela segunda-center; eliela terceira


perder os tais nauios, as duas partes pera os dito , cap-
tinos e a outra pera o mesmo hospital, e outra pesa;
quem o acusar, oque tudo se executará nos culpados
sern remiçad; e pera que atodos seja notorio, e naõ se
pouca alegue norancia mando que este seja apregasiin
nesta cidade, eern Pangim e Barde., de eine se piséarit
certidad nas costas deste que outrossy se registará na
Chancelaria. Notefieoo assy ao Vedar da fazenda de Sua
hlagestade, escrivad da matricula, guarda mói., torta-lar
de Sangim, Capitad de Bardez. e atodas mais justiças,
otliciaes e pessoas aque este for apresentado e oconlie•
cimento deite pertencer, e lhes manda que o cumprad
eguardem, efaçam inteiramente cumprir eguardar corno
se nelle comem sern &Inicia nem embargo algum; e va-
lera como carta posto que o effeito dello aja de durar
mais de.... -sem embargo da Ordenaçad do 2.. Livro,
Titulo 20 que o contraria dispõe. Antonio de Cunha o
fez ern Goa a xxix de Agosto cie 1594. Lula da Gama
o fez escreuer. E esta será registada nos contos, e troa.
Inunda no Urro do registo novo ene fiz pet -ordem de
Sua Magestade.-0i VisoRey.

(Livro 1.. de Alvarás II. 47)

160.
Bom Felipe &c. faço sabex• a quantas ema nimbo
carta de ley virem que sendo eu informado do grande
excesso que tégora ouue nas partes da urdia ,medula
liO aluidramento do serviço ;Tos alguns homens (.pagelia,
O fficiers macanicos, e outros nitri maernicos, ,ASiCOS, .. esi.
ridgiods pediad por €1 tu das.(teso'as, a que
edos muitos ineonuenientéé que disso tecteelli l dern
grande perjuizo de meus vassallos, eoutrosi cansideran.
do como a exeriencia na Sadia tem claramente moétrado
..........mente fazem os pagues uaõ' -
3tts possa ser demandado em ... ' ... ....ria componssa-
470 - lnewr. 1.101L1115~,Inge,TILL

de com os alimentos . mento que


de seus amos recebem.. os abomenzqUe saí', familia-
res edo semiço das ditas pessoas echegados a snas casas
....boa, obras ,que nelas recebem. se dali em suas vidas
per satisfeitos e.contentes já que .em. outra cousa com
cites se imã contrataij, e. querendo eis ora ,r,Jer ttette
caso, tendo primeiro tomado parecer ei afermaçaóde pesê •
soas doutas ede çoimiencia com que o mandei comeni •
car, ouue por bem de.fazer.a lev seguinte. Que daqui por
diante nenhuã pe,oadaqualquer callidade,..eondiçaijIda-
de que seja sirva a outra alguma cem primeiro fazer aven-
ça nu partido com ella do gere ode aver pelo serviço oa
cousa que. lhe a- ssy fizer, e nad avendo edito contrato eu
avença entre cites ey por bem e mando que nail
em tempo algum demandar seus, seruiços, e que se gizar-
de. a Ordenaçaó" do Livro 4.". Titulo xix no principio, e
que os que antes desta ley estieerern sentindo se posam";
concertar ern preço certo da pulalicaçaõ desta a doou me-
ses, aquece entenderá nos ditos .pagens, homens farni•
liares, oficiaes macanicos etraí', macanicas, laicos, ecirur-
gioe's, e em toda aoutra pesam, que ulue.per arte, eci-
enchi, ou oficio, sendo certos que uai- ao teimado tua dito
tempo .na'd terad depois &emiti peta as requerer. Note-
ficoo tiSsy o ao meu VisoRey, que ora he das partes
da Judia epelo tempo emdiante for delias de-
sembargadores da RelaçaiI'' Juizes, justiças, mais
officiaes pessoas.das ditas partes que o.cumprail e. guar-
dem, e façaa inteithinertte cernpriv eguardai-esta ley coma
se adia contem serra embargo dê • qualquer outraS leyt
Ordenaçoe's, protri,o"ès, ecostumes em contrario; eda Or-
de naçad ta Livra segunde, Titulo 40; que diz que se.nad
entenda derogai 'nertheã erdeMiçai3 Sa da -suseanciá dela
se mau fizer expressa .menoet egerogacad; e siando ao
Chanceler miar que a pubitquse na cuarmelariti e cau se OS
treslados dela reb tneU— sclio eseu mirai aos Orla ideres
'dai fortalezas •oas--ditas narres da ludta, aos quaes ma0..
do que,.uellas à publiquem tento que lhe for -apreSenil
do pera tiír knadei. de todos, eesta se regfetatà no Lr.
raseICOLO 471

vro da'Relacati. Dada na minha cidade de Goa sob meu


trilo das arrnas reaeg da t,oroa de Portugal aonze de
Outubro. ElRey nosso Senhor o mandou por Mathina
d'Albuquerque seu VisoRey da India &c. Esteuaõ
Nunes a fez armo do nacimento de nosso Senhor Jean
Chrisro de mil bcIRiiij.(1594). Luis da Gama a fez es.
Creneo.-0
(Livro 1.* de Alvarás II. 48 )

161.
Matleirre d'Allingnerque do Conselho de Stra.Magesta.
de, VisoRev da judia &c. faço saber aos que sare meu
aluará uireM que Emendo eu respeito á desordem que ha
naearga das caixas forras, escratios, gingibre, e outras
eurnias que se carregati nas flúor titie vsb- peta o Reyno,
onkney eete regimento em forma de kv no modo se-
guinte.
Mando ao esermaii da fazenda de Cochim, que ora
he eao diante for, net despache para o Reino callidade
alguma de caixao forras, emecsos, gingibre, e outras
musas que se carregati, aesy dos que vati para o Reino
tom licença niittlia como doa que as podem carregar
por regimentos e aluarás cada anno srespassandoas ou
mmlencloas a moma pessoae que nati forem as proprias
que as tem vencido, sern lhe mostrarem escrito da venda
ou proso/açaí) publica ou rasa assinada pelo proprio
suta duas testemunhas.
E. aserivati da fazenda da earganae sãos lançará no
Limo do não em que earmgarcin adita liberdade como
tego ra se foz com toda amataria, deelaraçaet necessa-
ria, edeclarará rnaia O anno em que avenceo, e corno a
sal pessoa a carregou pela comprar ela como seu prima-
ndo, bastante isoinet aio da procuraçati ou venda
rasa feita em tal dia, ene; e asno per (*.ali, tas
"'Ilhó, de que foras teStensillnhaS toai), e isto indo era
'!,til'a no dito limo, e nati per conta nem na margem d.
&ia liberdade, sob pena de naó* ter:vigor, e o ascii...y.5.
472 ARCHIVO P.ORTUQP.F.2•ORIENTAL

ser culpado no. pena da ordenaçafi que,. dá


dou seu regimento ... .....
ni sso ......
Partidas as nítoi odito cserlueti da 'fázelida .tres.Nu él.
O assento das ditas liberdades cada bum per sy em to.
lo separado, e •conceytado com bom aos escrinass da
feitoria de Coebirn, easinado pelo Vedor «ia fazenda
por elite,.e os enviará á caro da matricula bem esconde—
cionados eentregues a pessoa fiei. de que cobrará co•
nhecimento para co entregar ao escrtuaõ da matricula
geral que outrosy passará conhecimento de corno os re-
cebso, que odito e.rivair do fazeoda gdardara, porque
cada ires casos se lhe ade pedir •conta idos • ditos. ceit
nleecirsentos pelo Vedo,- ela fazenda da carga das nálts
aquem eneareego e toando que assy o faça, cOndenando
ao ditei escritudi da fazenda na pena que lhe parecer
se naii tiner os ditos conhecimentos tomo por este ordeno.
O escrinalli da matricula geral aceitará os ditos cader-
nos epassara conhecimentos de estrio os recebe°, eos guar•
dará e mandará ajuntar eencadernashnns cestos outros
assy conto lhe foremdados como •lhe milhor parecer com
seus tientn ele cada anca no rosno delier, coa entrem,
cá quando acabar sen tempo rolo os mais liumsconto lie
costume sob penem da ordenseat7e
Pesos asa permitta que se perca •
remoce qus carregai/ metia sei ditas liberdades fama' rua
petiseri em forma ao •Vedor -da fazenda de Goa ermo
está per COSM..' e tiraroff oe.iiduti do dito caderno, que
ner mnr Hei, lu bule estaiga melem COMO ,e carregou, qse tos-
ea Ire:dm/edema dita potiçaõ per manelado do elite Vedot
da fazenda, emon o 'restado do assento do dito caderno,
e as mais deligencias neeessurias lhe dará O .déspacho
que for i1.1º11,11, s alf." estando feico, odita assento co for-
ma bestee -Reginteato elvolarada•lho asai dará. s a parte
crer?, a' perda que' »isso veceber pelo escrinart da fosca-
<141. s . eompvM " a ordem que per eme .Reglement ,'
!hz dou, que 'nado 'que se campes eguardo como Se
colhe centemi.
TraereaL0 3. 473

Noteficoo assy ao Vedor da fazenda de Goa eCochilo,


eno equina -6 da fazenda, eescriva3 da matricula geral,
Primados, mór dos contos, mais officiaes e pessoas a que
pertencer, que ora sal eao diante forem, elhes mando
que ocampraõ eguardem, e inteiramente faça3 comun.
eguardar da maneira que se neste contem sem dauida
cem embargo algum, eserá registado no Livro do dito
escrina3 da fazenda de Cochim, e na casa da fazenda
dos contos Jeste estado, e nos da matricula, e valerá corno
carta posto que o effeito della aja de durar mais de hum
anno sem embargo da Ordenaos.3 do 2." Livro, Titulo 20..
que o contrario dispoá. Antonio da Cunha o fez em Goa
axij ole nouembro de 1591. Luis' da Garoa o fez escree
uer.-0
(Livro 1.' de Alvarás li .49 o.)

1505.
PRIMEIRA SERIE.
X01W),0

162.
Visorrey ami g uo. Eu EIRey vos cinjo muito saudar.
Pela náo Sal Felipe que o anno passado chegou a
vus Reyno dessas partes receby a primeira via de vos-
sas cartas que nela me esercuestes 'ea náo Sal Pedro
de su a couserua foi dar á costa no Branil janto áeapi•
tanta de Pernambugno, e naársem culpa do capita3epfi•
tiara della..Falta anáo Sa3Christoualli de que se naõ
premitirá Datis que emticroaria em Moottábique. e
atrará a saluamento aseu tempo; eque .será chegunda
aessas partes a náo Sai Bertolatneu, oque virá coleas-
se com a náo Sa3 Francisco que ficou nesse estado
cor eornpanhia das tres da armada ,do cano passado.
Vy o, ,que fizester as fortaleza de ,Mituaálijque
(matado chegastes aela, eassy nas mais fitavas õnstuel-
' .“'"oldusane axe dnes conta, qne 1udo.ruc pareces
enoito acertada C Confortasa nit{ita CogfianÇa que do Vós

60
474 ARCHIVO YORT1700132,111ENTILL

tenho, e no que lona ao forte que Dom Jorge de Me.


nesses Alferes mói. fez .11,1, pomts de- Banto Antonio
.setudo capital daquella fortaleza peles recoêa .que ent
vossa carta apontoes, einrdormagella que sobre iete ,matt•
dey tomar, ey por moo semita" e mais seguramça da
.mesma fortaleza que naLaja 4, dito foste; c que o atuou.
deis logo desfazer e recol/ter os materiaes dele ; para
que ecaou.eoeadooaiem. mattios de enti,gthas flanela parte
mal intentem acanalo. doem. -
.11,1. E Moho por anegatio mandardes. elha ole Moras.
baça a armada de que ante date - conta prra ae ordeaar a
fortaleza .que vos (tinha mandado (fazer mela,. dee por
.511llitO Ima a e:laical mie ,fizestea ole alarem, Mendes •.de
Vasconcelos peta este efeito por ter-de seu sentir,. -e stes
.especial deite que foi fazer a Mombaça muita eatiefaçart,
e pela rque VÓS mostrara do medo ern que -semelhe mau.
do cárnetter acarta .que vai nestas vias, e tenho mandado
opte apresentandoee petical sua se ceda em dmpacho
pera :lhe fazer amerre que ouuer por bem.
. IV. Tenho por obteria ele muita importando. deve.
'rente de examinar receito as pessoas que cumes de peou«
de capitar's das fortalezas desse estado polar causas que
com rezal me .aprettaes, e Soposto .que os despachos se
dal^ por merecimentos de eeruiços, eanal pode ser pre•
sente as partes talento que ha nas tais peseoae per.
.confortne . elas -lhe -darem as ditas fortalezas ou lhas
negoarem, se fató neste particular ioda a diligencia que
puder Ser. -
V. E asay me parecer, devem°0 aprovar o intento -
que fendes de ver se podeis- abrir algum caminho poz are•
ra pele costa de Meliude pera oReitto de Preste Joare
e se -poderem por ele proa.... Os christals que nele em'
tal,que tenho per cria'ssa. d.e muita eatuiço , de4)... P
roeu, e Voll.agrade0 o cuidado que me dizeis que teind,es
deles, ecámomendo incito procuteis com moita
eia'perae 'abrir eme caminho pera se .remedeár .aquela,
chrietandade e hab. 'padecer tantas miarei« cama«, At"
.tende çle suas cartas (In...padece,
Paeocelss 3.* 475

VI. E no que toca a fortaleza de Mascate de que


me dizeis que está por capitai,' Antonio de Sousa FalnaIii
edo forte que junto aella ordenou Dons Jeronimo Mas.
em..., que Deos perdoe, nos encomendo que se dê firn
aele somo mhz tenho mandado, e pelas rezofi's que a.
pontues sobre deuer ficar sogeite esta fortaleza de Mas•
eme áde Ormuz, por alguns incormenientes que nisto se
me ofereceraii me parece que peroram nai. deue intentar
nisto nenbuê nouidarle, mas ordenareis que em todas as
musas de meu seruiço que sobreuierern ou se °troes..
de lazer naquela fortaleza de Mascate as comoniquem
os capitaês dela com os da fortaleza de Ormuz, a que .
lambera encomendareie muito partieulmmente que tenhafi
som eles a centa que he rezaê pera milhos se comsegir
agoarda ecomsesuaçaiL dela. E. foi. bem feito avisardes
logo. aodito Dom Jemnimo da noua que tiuestea de se •
armarem mu Moca as gualês e fraguata de que me daes
conta, evos encomende que destas materias tmhaes sem-
pre muno midado pela iniportancia de que saiL
VIL •D tiue comentamento de sabes adiligencia com
que procurastes que fossem ao Xá as cartas que lhe pau.
iley esereuer pela importarscia de que lie consevuarsse
amizade deste ReY: pera e ir pr.uadIndo eImitando a
ter guevra com oTurco, efio deverti indo por essas partes
pera se uai"; empregar nestas, me pareceo escimerihe• a
l
que uai nestas vias que voa eincorriendo procureis que
he seja dada, ede maneira que respomda a el., porque
linda que lhe tenho escritas munas nos asnos atrás, até-
Pra sufi -tenho. reposta de ',heir delm, e avismmeeis o.
zaluefico', da guerra que tem com o. Usbeges e ese de-
ra. &Onda as tregoas que ten> feitas com o Tureo por'
eSie respeito.

VIII. E ao que me dizeis que gouernaujo o Reyno de


C ambaia hum Ages Coca, capitaõ ecolaço do Equebar,
for tor intento de se passar a Me., pera ar poder entre—
ter até .is mama& peru isso,. fingira rompimento com a
tmtaleza do Dio,,e.suouae,a 'cartas muito arrogantes
era d'Auhaba, capitaa da mesma fortaleza, pedinsder arar
496 acresce PORTVOULL.ORIENTAL

sas muitmextruordinaries, eque tratara cem hum Bases.


nu morador naquela cidade de tomar a fortaleza supi—
lamente, que por se descirbrir se fizera justiça deste Bro-
meto, e que depois mendárá adito Ages roca pedir li—
cença ao dito Pero d'AnImie pera poder na mesma for.
miem carregar hafi náo, e se ir nela com sua molhes e
filhos pera,Mequa, prometemdolhe que largaria os Por-
tugeses grin estaue5 retendos em Cembeye com suas fe-
setrides, como de.feito fez, ese foi na mesma náo pesa
Meg.. E por que em materia desta calidade se deue
proceder sempre com muito tento e conselho porque se
pode cuidar que desta licença que se deu a Ages Coca
se ressinta o Afogos, epossa ser oeasiaiii de quebrar com
esse estado, a que mil.-
,.faltafi sempre acidentes em que
os que ogouernaõ se empregam eeque conuem acodirsse,
<os encomendo que. em meterias semelhantes vades
sempre procedendo com muita ,consideraçaõ dandolbe
todos os resooardos que elas pedem. E foi bem feito
mandardes dferirdes que nhurn naulo de Portogesses
fosse e, Carnbaye neste tempo, porque acontecemdo
rompimento com os Mogores por este respeito lhe na5
fieaseem nas mias; e tambem o foi a preuemçail que
mandastes fazer au fortaleza de Demais-, que como
está • mai ocasionada pesa receber molesties eemcom•'
troa do's Mogores, vos encomendo muito enmarecide-
mente que na forteficaçafi e mais couseas dela tenbais
sempre muita eduertencia como a importancia desta
cidade o pede.
IX. E assy me parece deueroos emcomender a (orá-
ficaça8 da fortaleza de Baçaim que sou iniforinedo'llue
corre vagarosamente peles desordens quer ou0e asegora no
modo em que se deapendia o dinheiro do imiti por cento
que eg.tá aplicado pera da, para que.tráa<is com muita
diligencia desta fortificeçaii, eneste.ternpo em que sam-
bem sou irnformado que amo a o,.assial3 .da •fortaleza
que oAleliqueMz no morro jurntr. Chaul ou seus capita&
comem as terras e eldeas denuda cidade de Baptin,
resorcuxo 3.* 477

que sambem deveis procurar o 'entedio que esta meteria


pede.
X. E no que toca a Dom Manoel Pereira capitai', da-
quela fortaleza .Itaú querer ir corna: gemte de camelo dela
ecom os 150 soldados que lhe daue. Predique Carneiro
de sua armada castigar o Babugi pelos danos que ti-
nha feitos e ',estrie de Diogo Serelio, tine descontenta.
mento, e'quento ao que me dizeis que assy do dito Dom
Manoel
derretem como de Joaô Gomes d'Azeuedo que o foi suce-
pouca satisfaçaii, eque posto que cintem.'
dieis que cumpria a meu serdiço eá comseraaçaô desse
estado acodirdes aisto eatalhardes 08 danos que sempre
causa o soim gouerno dos tais capitais, ficaueis sempre
atado no parecer dos desenbargadores da Relaçael de-
Goa que dizen. que semelhantes meterias se haô- de tra-
lar nas seeiiencias dos tais cepitaôn, epor esta ser de
consideraçait, por outra minha carta vos avisarei do que
outur por meu sesuiçct que se nisto faça, esai, posso dei-
xar de vos dizer que aeaussa dos oapiteôs das fortalezas
procederem taii mal em suas obrigaçoée, he a muita !er-
guesse com que os Vissorreys desse estado lhe • perdoai;
as eomdenaçoôs que lhe dali nas residencias que se lhe
tomei por culpas que nelas se lhe proua, o que tenho
por de muito inconuenienie pese oque emulem a meu
&enliço e bom gouerno desse estado e comseruaçaõ dele.
Xl. A. fortaleza que o Melique tem feito no Morro de
Cland de que me daes conta soa informado que he tanto
inconveniente e daua pesa as fortalezas do norte que
com rezai; se deue procurar de desfazer ou tomar, ecorri-
fio de vós que quamdo estas anos chegassem a essas
partes a tenhaes já tomada e nadi o temdo feito vos em-
comemdo muito encarecicíamente o .Firocureis e façaes,
P«u que disto resulte ficas oeetado com esta fortaleza
epodeis possuis com seguramça de todas as mais vezínhas
ey por bem feitos os oficias que fizestes com o
ldalcaô para atalhardes vir em rompimento som o mesmo
estado par terdes sabido que oMelique opersuadia aisso,
enesta comformidede ireis sempre procedenducorn elc".
473 streEnVO TerrueoZZ.ORIZIerzi.

-XII. E tine coillentantento de me dizerdte que •por


achardes as fortalezas do Casará faltas de municoès e
fracas ao mandareis prouer efortificar, evos erriCornenda
que assy o façaes sempre com elas C COM todas. as.
mais desse estado.
XIII. E ao que me dizeis que- no primeiro- anuo. de-
do vosso gouerno elegestes por eapita,7 miár da armada
do Malauar a Nuno , Velho Pereira por sua prudencia
e partes ebom modo em que procede. no- repairo e. atira.
certo das fortalezas daquela costa, e asey nas- mais.
com... de que. rno does costa, tine.contentainento, easor
de mandardes por capitad mii4r de. outra armado a disto.
silo d'iAzeuedo peca goarda das fortalezas-do- noite, pela
que dele «no dizeio, e de guria bem. cumpria nela som. sua
obriguaçad em meu secuiços
XIV. ifenho por acertado- cornariam-des ao,pagos. coro
EiRey da Serra e- Raiai. de- Olaia, como. alo.. dieels, e
no que toen, ao. Sionortm yrutentar por muitas vias fizer

prazos
erad mostras
coro esse
sosnertro
estado,
perro
ese-poder
que- isto
por enatemderdes
ornear do. nove
mie ario
mandareis tanto que se abricad, as barras algumas. festas-
e outras embureanofie, de que fora por copiei& már Diogis
de Miranda pera. de monte , De ty até- ocosta do. Capará
impedirem nad se- prouer de. ntanti,nténtos, bac. por mui-
to acertado por ser intformado que mdr guerra que
desse. estado ,se lhe-pode fazer, e- por ter entendido. que
Diogo de Miranda tem. indo }muque idade -peru carg. de
tamta impertancia„ >ateres- deitemos adue-tilo-que 04
capitafis merco de minhas. armadas naCi. deitem cor de to0.
pouqua idade- pera poderem dar - delas tad boa- cotim
com COrnuenl.
XV. E no que- umeis que- ElEey de-Citehint teueguers
ra com o Sanarias erra que- ounerompimento-de batalhas ,
tom- morte de moita gente de- parte- e- parta e que- osteS ,.
Reys vos ntandarad. pedir alguas cousa, peta a meansse
guerra que entendeia que ceimesaradde acuo, mo pareceis
deueruos avissar que a EIRey de Coabita. acodeme em
mente- oomfornie ao toe. ene—rodadO• soder dar ilei47
Migerel/LOS: 479

pehs cop. .que sempre se de. ter com ele. E Porque


sobre o. particular do oficio de Corretor mar 'daquela ca-
dado duque se queixa, eo, lenho escrito vos emformeis
. dor,raem estimginsae eu se se deue ussar dele posto
questa ponte aproas. avelo ata alfamdegua .doehim,
'sOrremooeseo&a une emitiste particular ernformaçad deste
4a1H4 peca tourtiforine ateso mandar 'responder ao dito
Rey.
Wqaaaaetoae ecoo- dee:ido nos Reinos de Ceiltd1
e de Cond. .deque particularrneete toe does conta, he
esta meteria de tanta importando quese pudera dese-
jar emprego.ce todo o cuidado e poder 'desse estado
.pelo,cme sosemcomendo 4411.il0 emear.idsmente
que procureis por lodos os modos qao forem pos.
duais por ....hom. aquela Ilha, esspecielmente ata-
Ilhamdo es.desenhos de Dom Soam Modeliar que se tem
alesentado Oati, oReyno de 'Condoa, por. ter catem.
,dids que 4inda que tenha recebido egoa do soneto bati-
da. net; dá mostres de teristatt, e que será mar imigo
desee estado.do que t(ai o littju. E porque esta mam-
ata h540 importando que se deixa ver, e foi sempre
105 destijado aocauriailonr que era está .o Reino de 'Cri-
SetellSso 4S .4A9 encarecimentos que sobre ela vos
pudera...creu..
XVII, Raso que toca ao pouomo segredo que dizeis,
que se rem Alas coussas .que trotais no con.lho dome
cotad o,por selem chamados todos 48 fidalgos que nele
h...odor...Opte neau pec SE 488011,4 4111e por TOS pft-
retOr que seria de mais segeedo trotardes algum s mate-

de armiostoncia 40111 momos, tinireis ,ordenado ole


fizer 4O.S41110 privado de quatro -fidalgos weahos, Ver-
der Sia !nadada, 4 Secretario drene estado.; vem4o o
que eobro.to me eSCrelletS, me pareceu adisertiruos que
m. .0..11. .441. fizerdes atid ouseis de ,Con.lhos pri.-
"doe.'tontee eigaes °costume antigo e que sempre te
4 .au chamada s.:, as .pessoas que deuem achar.
464, 5 cessa as que particelarmante vos parecerem, somo •
Sala 4.abs +amaciado .esoseres nas elas do anuo passad.q.
490 0500100 PORSLIGII62•0111.117,1

E constamdouos que alguãs das taes pessoas rompem o


segredo das coussas que se tratati os reprerndereis e.cas-
ligareis na forma que vos parecer que :mais comuem a
suou seruiço pesa ememda deste abusso tanto contra. ele.
XVIII. E troque me dizeis que por morte de Mateus
Pereira que emana respondido corn acapitania de.Ceilati
que sal atraio, elhe ficaria; muytas"diuldas, e sue mo.
lher e filhas sem remedich eme pedis lhe faça merco, por
me lerdes já feita esta lembramça nas neos do sano de
03 lha 'fiz de haã viagem da China, como ja tereis visto
pelas vias da armada do anuo passado.
XIX. E posto que nesta carta vos tenho emcornendado
Muito particularmente que procureis de cari perder.a
ocassiali que se oferece pesa ar cornquistar de toda a
Ilha de Cr ilati em que com menos custo e trabalho se
pode fazer com a norte do Rajú e devissati que com
ela ficou naqueles Reynos e nos moradores deles, e fie
esta meteria de tanta consideraçait etal importante
e meu eeruiço e ao bom desse estado que ela por sy este
pedimdo vala erncomemde, e emcarregue muitas vezes,
e nó que toca a fortificaçati da fortaleza de Columbo pera
o que tenho leito merco de huã viagem de Japati que
rue escreueis que temdes vemdida e'gastado o dinheiro
dela, vos emeorriemjdo que logo se ponha por obra a dita
tonificação pois pera este efeito comcedi e apliquei a
dita viagem.
XX. E asai me daes conta da armada em que foi Joati
Cavado de Gamboa impedir e estoruar que as tdos de
ála:culapatati reli fossem ao Reyno do Pegú emão sueces•
st mui teve, e mo dizeis que com aquele. Rey anda
hum Perneei Rodrigues Caldeira que impide a libere ,
rio de alguns Portugueses da mesma armada que, lelP
canoas, eincomendouos que trabalheis por t ogas asvias

que puder ser por tiver á mal este Fernali Rodrigo...


XXI. E assy me dizeis quita gernte gize vion na perla'
çail de Sauthome eCosta de Chorarnandeteada nes :lio
mais desobediente aos Capitães e juetiçan.daqueled
tes, e porque isto be meteria aqueira doar acudir not.
,r....teearene. 480

reg-radie, etaa,ainconucollorquedpecrestreierte tsebelüididpor-


lesimo as ifuoqira Istid Cf, ovo pe los.: re dpois. 11'.eigéfile
Au , de.A.lerdeos;CepZtags o,Jr s e tzcar e.'1.

...XXII. TWIbent:• resistireis/a rpm. mnaloisempre deitam.


radmporta . aciarrn reonomolo,• corram; dou Parto pegnenu de
13enuguala, se emr•perdeendo por,. respaimudess •Megeras
leratibeenhoresdlaquelael terars,o ,poriter mutornliKlu que
.raspas: 'gabiru .oístailsruzestsm este•keyrirt • 003 -calheis
Ombra dasequadcent dorquielea.porm,, coe encomendo moiro
'emertracidarneiste que: de is tod aia urdétiA que litr
pespse,inistroperder reste ~meio:
amysoil o ,rque aponraesodasicansees .ipbs
q! 00131150 ale Iboysto egá, 5o3. leoa kzeradas sem
afarnada: vise amatIoSre.como o Ray. •dbquele Ileyire • me
tiqbacrrhatodao.clubairzatiores per pasdros pedia'sdeorso
daihrirl,Praderleipera empedir a barro •ido Ileyne.doSlaa
Corp qbedm,starsople guerra; opor que enumera a mela
rncraistainorbetrcilesse • •estado eonrseruarsse um lado
leria aafrii pory• par se- naõ perdes socorro de' inani.
''rnMildScigare sou stuformaile que -inanida aguioto—aler-
tai". dA,Aialaqua, eMsderreanuentio.• provareis. risse 'se
arnasecus, e. que ernterndassle que zelo tephé .dikm-
dado,
•XXIV. :Ifs 01..18 que peia ireformaça3. qnfr
4dert Thome de:.Soasa de ATrenehee que .fot•dis
a.Cs a afalcoo., o mai cartar .do capiraílide Tidnre riéts
beernes-C4,1110-aquala fortaleza e :a de .Asnlesino ••esstsids,
ela apertoppelo que lhe mandar., hum gnaliaL c.AA
laOlitmeato necassano,-de que mo mure por bem senas
e os. emeircoundm.que •nroeurets de,mendarde>, bulhe
0505550 KuueY. e socorrer aquelas fortalezerroortW A Ali: ,
cessalple,.delas
a perle—
og.notratams elnaresinte, ano 1,1(TM na p000kiees
.. NlitaSto nas pasuesssla,isiarnaaer desobearenteittiormiade

¡arnicas, e como •po, esse respeito .stratodaress elk lett


Ormittor geral o Licenplado :P.lancisco de Campes man
,
Ordem de [standar a Goa os que achasse euloadue,eiese
'
,Su cassa e familia, me pa4Eeo ,aeettede," b me via.
482' Macerem aOUSOCIlif••elENTÁL

comendo muito particularmente a quietaçaIt e bom go-


erno daquela portoaça5, e no que toca em na5 aver mais
nela que duas`Religtoens, os da Companhia eCapachos,
pelas rezo5s que para isso apomtaes de seruiço de Deo3
e meu, por outra minha carta que irá nestas vias vos
mandarey escreuer o que nisto ouuer por meu seruitio.
XXVI. E por que pelas náris do anuo passado oeste-
aia marndado escreuer sobre a defessa que mandei que
ouuesse pesa naft aves comercio das Felipine3 e Nona
Espanha pesa a China por ser mataria tal prejudicial
pera os rendimentos desse estado como me sinificaes, tine
descontentamento de saber corno fora ter hu5 nárt eart-
Ilhana ápouoaça5 de itlactio, cot que tia por capital bata
Doto Rodrigo de Cordona com muita copia de dinheiro
de mercadores peva empregar em fazendas daqueles
partes, pelo que vos emeomemdo muito emcarecidamen ,
te deis á eSeellçai3 esta minha defessa procuramdo com
todos os remedios que forem ,possitteis pera que de todo
se atalhe este comercio, e que sOrnelOe amem dele meus
vassalos Portugueses que me seruem nesse estude.
XXVII. E Que contentamento de me escreuurdes que
o filho de Xeque Joete que pretetnde o Reyno de
Ormuz se fizera christa5, que ora se chama Dom Jerei
nimo, e vos emeornendo deis ordem para se detreminar
a ceasse entre ele e F.IRev de Ormuz sobre a usem:watt
daquele Revoo eorn a comSideraça3 que pede casso seme-
lhante, e at•Marodosse que pertence este Reyno ao dito
Dom JerOrtinao, me emulareis o treslado dos autos eser,
te nça que se neles der por vias, ¡trotes de se escrever CO
processo ese publicar, pera voe mamdar neste eaan0 O
qUe ouuer por mete seruiço, porque a calidade de ma—
teria dele pede que se veja malva bem oque' nela sedei
se fazer, e vos emeomemdo que as dito Dom Jet 9I"'"
fauoreçaes em tudo o que sumer fugaz. Escrita em Lia .
Isca a 18 de feuereiro de 1595.
REY. •
.Peza.o. Visorrey,2.' sua
rmieletr. 3.. 403

(No Sobrescripto )

Por EIRey.
A Mathias de Alboquèrque do seu conselho, e seu Vi•
sorrey da India.-3. via
(Livro 3.fl. 529-4.. eia Lies, 5.•fl. 579-5' via Livro 3.
337 )

163.
Vissorey amigo, Eu EIRey voa entro muito saudar.
Vy o, que me escreuestes em carta de 20 de dezembro de
93 sobre ,seheguada aessas partes das quatro ',aos que
deste Reyno fora& aquele anuo, e ordem que d<rle. Pe'a
O comoerto e carregue delas, de que tire eontertanierto,• <
vos emeomemdo que assy procedaes sempre com todas
pela grande imporiancia de que stril.
II. E granito so que me lembrais que vad nas limos
muitos meninos asemtados em soldo coro que se faz
muita despem enag serrem nesse estado sena0 de pa-
ges de fidalgos que nele arnelaó, que fie mameis a que
com rezall se deus procurar remedio, e posto que tenho
mandado que na Cassa da Iudia sç nati assentem estes
moços, sou indomado gro te asentaí; homes rrt seus
"l9 es, enos atordoo aparecem os mesmos moços, que
lie ensaco00 que se nal', pode acabar de atalhar e reme•
mes procurarssen por todos os modos possireis por
es tirar este abeiro tanto contra o que comisera a meu
...rira e í comservaça3 desse estado.
111. -E assy rrte•dizeis que á instancia da Cidade de

9 05 com parecer de theologos e letrados, e dos oficia.,


de minha fazenda dessas partes se fez ley sobre a mei
'afogem doa Reabre pera se estimgirem de todos os Xe.-,
tafin s de prata, q. »ó oure.efetio por alguns imeern-
"!'i. mle.• vemdo o que mobre esta meteria •me <sem,
eemformaçogs que dela mandey tomar de pessoas
de eeperienci a dessas partes, me parece TM ara Coroem
..,easertupso quer aja esta, satridagem ,nos iLewles psiu
484 • AnCeIVO 1.01171:0113Z.01118paral,

multe dano que disso se comaigi4 a minha fazenda, e


tuay nen Conte-madures da trazida da pimenta, como COM
já tenho mandado escreuer, e voe enscomemdo n Imun-

do que trabalheis por de todo se eschheirem •eennt Xe-


refina corno leuaetes por minhas e.struçoés.
IV. E quamta a Caem deifnmdegua de Gee que rde
eaereueis que lei fluiu, pequena, e que será meu sereiço.n.
creeentarese e aplicar algirii emtesa certa pera a obra de-
la, porque nas vias do anno'iPead ovos lenho rnamdado
eaereper que ordeuaeseis de alargar esta (arco dalfamde.
gua. e, ate se fizesse esta obra de usolaqud'r ahahtres nas
ue,ese eetadd se otereeesseth, ou do rettimmeemte na ala.
gero da China de 'que oureendelshrn fazer :nome peso
a. obra do Oepital •da mesma Cidade, dos torna de nouó
,.ffinnornernclar que nrocureia 'que Data alfindegoa' se
_st:ressente, e se ponha no astac10 TICO CORnuell. %.“.1a
guarda e despacatt das famindas.
•V. l'amberri me, dizeis lhe eçasas,partee .aa4
doe muitos homens lidalgon e de outras Caiida4ka,qq.•
nelas crerá casada. seruiindo rue muitos •asnos,. e .lhe
COIMti filhem aein nenhum remedio..senati o as,opertzelf,
que espernear; de tuim „porneus seruiços, e nos parem*,
que•veria Sels11,1,90 .4e,..krene e rima apodar que .naft ..upat
deste Revno arláris, e que se tenro • da .obrigaçarbbles.
que lha 11,,d catado e. rio rethetiht Icc. , acc-s"'
Waraiiobirneonmeniernies.mue rcsultaii de selltn na& dg. c
pelota rozoè, que aparamos rnantdarey, q.ne nau vai) mais
orfaus deste Recrie. .O vos erneopienulp.rna nvmeem du-
que na ..n0 ,000 porias a gire betono malas pbreguççsd
pocrr esr,eita doeteetuieos de eeus,nniz, e dnealionde aPs•
les,vreeoistrnenm, e v•,, tuCc.• r. c!-- que. OFtreedetn , a••«.•
Inerce•qud.vos parecei .qae deny.;azer.a ,nada ,h na, delas,
pera ,5211 aeine51-io, ri empam, paraiçoni.jseq.the. marndas
responder minta armee, por me u.: spru rlealts."
da...arn,nrna»ram „deeeas parren,Penpar.heub nua. Pll.
e no•Was,e.Reya..que yffle .1...ece4erele.„wweda. •ne. -f•••
ud4 que. »c •Iai&avegin..ekhogak,qzlé .1.414.4e4ge„.Rayper •
.P.131001.0 485

pgraissu Mansdozyu possas hudotnialatyprouigatit r que irá


eóm este por viaa.
VI. E not -que nomeia. que:dizeis- que, ha muitas: mu-
lheres nesse estado que de sua natural imelinagatt nau
colemos, eque folgarfaii- de se recolher: em • Religiad, e
que podiad cessar muitos e gramdes.imeorutenienites
anosa Goa se fizesse bum mosteiro de freirast. posses
maieria..lue se tem tratado muitas vezes, pem •que ro
oferecem rezada pesa se ned deuer ordenar, vus•matudey.
esonmert nas, vias do asno passado como nua peyst, ,por
serutgasde-Deos.nem•meu fazersse este mosteirsit•palo
que de :nottoonetti:ba- nesta materia que vos escreúcs.
Rmarnbem azadizeis que o anuo •ska nre derels•
vima cornctrilguãsspossoOs ,particulares 'sotaina., tle
Mein nacasalsrofasaatdos Religiossos da Companhia .da
JsmolmOontmía gen- tiraria, em gim asserntassem- todos os-
soldados que :ornassem em mm n serniço nessas partes, e
due «MIparecer d.:desembargadores desse estado mam..
daratio que ae.nuSs,prooaklesre nesta com fraria at& me: dar-
dee 'Miriti do. que ,se deuia fazer neste casso, que foi
Innita steertaato. e par algáns imeomvenictutes que po-
demtresultar desternodo• de • co mf seria, e•
pelas rezei-toque
ottimm:tpassatdotzeopomtarad,, eagora me esereudis, vos.
raandeyenfis vias doomesmo asno que de todo se catita..
grata •dsta:consfraria; eassv• nojo torno de nouo a main-
dorrtetqueta grad- agottrnuie.
E soSy: me sobrei:mis ;que temdes dito ao Coo
ata Or.dem.de Saí; . Franoisoo que busque.
olgomulisitre perntajudg.da,ofalorioa.clas -I greias de: sua:
O rdermtooperutromprarom a$ castos, que esíaíì junte, mit

dermitoriudo nonmenttofidotGoa, elhe mamdais.a-i


dtttlimeom memesioirgs neeessariatr:•perata emfermaria
do ,mesmo Comvento, e que aos Religioaaos gastam/tad
ate asitierssad ,•drolesitstarodede
nievEoultado e Galecohled
ifiseistendicadd istortnoságnáotrionielan,Motqua tia coutada'
otilMorMatrassiicadoopera.esto .-eRitouse,dhe
naot kíode dawivaíkki laído,0!que..0.0«; ,gistae. aukiOuseus•
pior -.
dp.113.P4 eezniç.N
488. AlleAlVO }06200...alaNTAL

comerndo que aesy procedaes nestas meteriam, eque se


acabem de comprar as camas que estai. ;jecdo ao dito
dormitado corno o tenha mundado de &Ines .. anuas a
ema parte.
IX. nimbem me dizeis que EIRey de Ceda.. se ve-
lho e pobre, e que lhe dem, comeedes em cada hum
armo alguns bares de canela que ouses por bem seus os
capital"e daquele fortaleza emtemderem .com ele acre
com os seus, posto que fique isto ern algaZ quebra na
contrato que se faz cem os mesmos cepita<is gomada
vali.marrar naquela fortaleza, e que does ordens corno se
lhe reli paquerado os mil perdias de aerlineria que de
minha lacerada tem soda cano, e pelo que lese dizeis
deste Rey be rezail•que se senha coruta cem ele, e no
que toca a enes mil perdias de <driblaria voe enscometa.
do que goardeie o que sabre ¡SSD tenho man-idade,
querem coe bares de canele que pede ceda am.o voa etrn
colnemdo lhe ordeneis os que voa pareces que lhe ní4
necesserias, eme ninareis de tudo o qoe nisto fizerdes.
X. E assy me <laca tonta que per cartas ale Pedro.
mesa Pereira, capitai.
;da fortaleza d. Columbo., souberes
conto o hisidi/in Bique Nareinagna se fase pesa
aquela fortaleza com 500 alm., e dera obedicmcia a
EIRey de Cella& eaa &to Pedromem, e que pur omdeoa
sua estaua som soa geral. e cota mais algar. Porte.

geena de posse da trarnqueire grande, eque esenaterna


na conselho desse estado que se lhe mandarmos doma-
tos homens de socorro, que tenho por de meu seruioci
e porque vos tenho cmcornemdado muito emearecida .
mente as COUaeaa daquele •Rento• de enleia par setor
ocassionado pera ema facilidade se ir ganherndo, e« ser.
esta meteria da calidede• que se deixa, ser, vele torno
de ermo aencomendar.
XI. E ao que ase dizeis que ao 'enodoe <Ia. orrammde
Chaul que foral; aforadas nandaia ro ha& Inme.Caterum
de Castro, e que se • cleueui tornar arrendar per troo.*
ele minha fazenda, eelaimelhe mola por' vinde ta
coada coinforzwa 1,1.41194 que Comida Vin.44.Y Dois
~come 3.* 487

FTaliCrel» Maablareabag tese quantdo lhas aforo'', por.


Ice assy se lhe fará justiça, e esta remda irá em erecimen-
te, e,voo parece que omesmo se faça com todas as outras
pessoas que daforamemto tiuerera semelhamtes coasses,
que rne pareceu lembramça de meu ' cutia', e do que
,
omeleta acomseruaçail das remdas desse estado; pelo
que voa reencomenálo e matado gele preeederodo todas
as emburrnecoirs nece.arias ordeneis nestas meterias o
que vos parecer. orais meu seruiço.
•XII. E array vy o que me dizeis sobre o bom modo
em qus sempre procedeo em meu seruiço Nano Velho
Pereira em todas as coesas que se oferecer."' nessas partes,
de 'lhe sestro ha muitos ancas a mesta. intformaçaa, e
terty lembrarcça de por letra seruiços lhe fazer a merco
que onere lagar, e sob agradeço a que sobre ele rue
fazeis. Escrita em Lisboa a 18 de Feuereito do tnil
quiehentos tu:menta. eirrom.
REV.
Pera o Visoltey da India.-3? si..
(No so6rescripto )

Por EIRey.
o 'Emitias de Albuquerque do seu conselho, e Visor.
rei da Indit--3.• via.
(Livro 5: fl. 545—t-4.' via II. 549-1: via ti. 513 )

164.
Ru. ElRey faço saber aos que este meu aluará rirem
9). eu ma,mdey ver o Regimento que por meu manda-
do: fez na burila o Viserey Alathias d'Aibugnerque DOI
dezoito de dezembro de quinhentos nonemte e tres sobre
vrustrieola Magoei» parles, e por estar comforme 430 gila
~arta a mau aesoiço, ey por bem e 'ossudo que se
".8 Pot e goarde inteiramenie com as deelaraçoe's se.
tclates. Primeiramente se treeladará D43 imtroito.do
t"R '811Msauto .a Proviu:4;i que aobri erra •materia mata.
4E8 arcellIvo sreuTUOUIrireerFuererAL

dey passar. envelmtece.tres-dejanekts de-olféntami trone;


eno terceiro CapitatAdetle, seofentiarará.loght no-acaso.-
eu- que se fama e..-ettkossaïb.Euros um,. ~forme .a
dim•Prunisair lanaamndosse.,aelesitodo o tempoiqueeons•
lar•que os .soldados tem aerztidni nas.ditastepares: tatá O
qüe .se achar pelosliords..auliteatia-matsicak quetua:mal..
mente serairsOmas armadas na fortalUzas daquele estado,
c fazendosseeonta- do gim-aluara:ia reeetbiktbi dodito tem-
po emnforme a dita preMismei, e. que ..pelos mesmos - 14
urna tia .malrieoia vellra se •.foça •aminta-• DO. titolziT das
pemedes. quot forem -rinurtositaté ,o tampou:1km por eles.esoUS-
larq.kie•aulualrneatrite,Serairaô, ajo i-que se .-aehar -que
Ilreo lie -detido em seus titulas ,se.fará , hum :caderno -se-
parado :quem ehame.doside fumos para teus esdel.rua po-
derem requerer, o- pagamento do-- gite. ibes.for acuttleioa
feriam. do dito Rugia- lenta; e.qUe se (faça outro caderno
coa q., se 'amem, todas as . tlioidas -que •
i pelos-, ditou
limos se achar que se depern a minha fazenda, 0117
de ordenados como de soldos que, alquas pessoa.,
milhai: acides com' os termo varnettles; parai aa, art-
recado., das -tas, pessoas «I, de seus erdeiros seras
do já falecidos. E no quarto Capitula ey por bei»
que st actecente que ^osamidáiree possaii tombem vedou
kr" uoldoa nas l'orlaIezue da.:Baaairn Citattl.,,e.tato som
licença do V,Isorrey, oct Gouernadob. 'coam«. ,certi llido"
de,dp.a ma,tricola. E no Capitulo Mote e seis se dedia-
rere.nue na ^desatei-tos de que ele trata se,"fatati3 condor.
rale • incito Regimentos e)tr,41ssoti'is que sobre. istosaa
passadas, e oa,-3por proursueia em marndados dos ditos
Vt.ssurraYaieti(3ouernadures. E corndestascaectaraçOáa 07
pºv bojo o mando que es .eurnpra e gearrieue,~
pimcoto come sitto im •sera sitiai-dto:nem eomtraclititsfi ala•
guinai qter ti uazasay,oay Dor..arcu.'serOjeu, o, oalcinuean
qoecal ha, rept. lorua e WO'ger.....Se,rfeerSSM. ,JA' ,. '''
MU meu .noute,Pter laia azottnada.,o.flasastla pela abam.'
leria noatiaqUe por eiaone4opeISTO ,aeg, agabsego da Ot,fr
denaçaterum- a.! Muro, tiaelot§,Vt que ueeor,terojridioflrS.
ildenuelde Torrea...o Lata aumf,Labou,s 202 de .Leaum.`"''''
PAseleU1.0 45,9

91. D. conecte eenrolo. E ca oSecretario Diogo Velho


o fiz escr..,
REV.
Aluará per que V. NIngeetado h• pot bem que se cum-
pra eguarde inteiromenie o Regimento que o Visorrey
91mias d'Alboquerque feo naledfo sobre a nuclicola ge•
rui daquelas portar com as declaram•1• acima declara.
das.--Pers. Vens» Magesiade oée.
Livro I.' 11. 51 )

165.
Viasurrey amigo. Eu ulite7 rol ',mujo meou sabd•r.
Por vossas variar vy o que nelas ao dizeis sobre me-
terias de iniclia• fazenda dessa• partes, e dpsolinistres
• oficiaes que nela "ao oecupail, modariça que
tez dos cassas dos mintas e mobricola pera ofortulezr
mode rendem os..Vissereys pero.eunr máis diligencie
se correr no despacfio delas, oque fico por acenada, •e
0)0 ey por seru id o da mudan9a que 6aest. destes ¡fi-
lai..., por se ecoccoler .qaO será . isto domei» etill•
dade assy. pira a boa arrecadaça5 dp miou» ramuda
cume peru odespacho das pane..
.• 11..E• asty amo di.elS que .16i., uth geginieet. 10
Visorrey Duro Anta3, e o que .fez e SeeieleTO Diop
Velho scrodb Veedor . da fazenda acere estado por Pro.
uisaaO delRey 'Dum riebuoiiai que Deo': tem, cobro o
recatieob- de minha .fazemda deesas panes, pelos qpnes
ordenastes que se fiZeS,e °UI., de coou, e por cal vi-
que
ram se
cum
já os
a. nee
N7_as
. doerdes
do amor
coou pas.ado,
juro pCiavos
21
. naus gim eme
0,00000)0000

'IMO Se espetar, ' o raptes pelas primeiras pern .us inamdor


-"M.e e~er oque otmer por mais meu Werni1;0 rude
$5 ral es (age.
ID. O Regimealo aoao .que.me,facreuem qpo a. anotes
Pigke'fd!Ul..que se- dose t er nit matricula geral deeuiii
Mula; pariícolume.Pie.:e o.oullo por de .mete
Sri
400 4Rellt00 PORTO.P6,0Allitt,o.

seruiço por ser meteria em que com feZEIÚ se deve 3e


proeitrar que se ordene de maneira com que se atalhem
as muitas desordens.que até qui correra& nela tanto coo
dano de minha rasernda, e me pareceu deuelo aprothar
com as declaraçcês que rnarndey apontar em bua pra.
Mima& minha gire voy nestas vyas,e com as mestrias decláv
raçof,S mamdareyé que se ememde o dito Regimemto no
qual yrá emcorporada esta 'minha prouissa3, pela qual
ey por bem emamilo que daqui em diante se igitarde
enese dele na forma e modo que se nele emalem.
IV. nimbem me dizeis que por AnionioSiralte qoe
me seroe de Veedor da fazemda de Goa neta cm r ta3
deligente como connem a meu seruiço, eque por este
.

aespetto finastes alguns desgostos com de, eque o men-


dastes visitar as fortalezas do norte, o que 'aceitou de
boa , vontade, e posto que peio que dele dizeis ede sua
parte me ser pedida Reemita pera se poder vir pera reto
Reyno mandey que Orar na néon lhe fosse eucessor, se nau
pode ordenar, mas terey lembramça pera que lhe cá Mas
do armo que vem.
V. E oque me ameis «e riancieco Yass, Prouedor
met dos contos desse estado, é bom modo aro que procede
em todas as ermas» de meu seruiço assy no prouimeeto
da ribeira de Goa comuna vissita que por vosso mem.
dado foi fazer ás fortalezas do norte e tombos que or-
denou das eldeae epropiedadcs daquelas partes, posto que
lho mando agradecer por minha carta o que nestas ma.
lérias fez, lhe direi, de minha parte que me ey 1 ,05
bem temido dele, evos emcomendó que ordeneisqas
faça tombo de todas as propiedades- e foros da Ilha de
Goa pula importancia de que he estarem as propiedades
e remdas de minha fazemda lamçadas neles pera oae se
na& poesa& em nhum tempo sonegar.
VI. E no que toca ao que me escreueis corre o Cul,.
lados Diogo Vieira que foi com ó dito Emaciem, Etrea
por eseritn3 de seu cargo e oajudou nas conssae qtte
naquelas ¡Autes fez, posto que trie dizeis que - procedeu
nisto com •zelo de imeu seruiço, pelo que o deuo tatu.'
7.01.1.0 3. 491

admItir ao oficio de contador que seruia, de que omazndey


saapender, todastia me pareceu que por ser meteria de
exemplo o nad devia conceder sem primeiro me em-
ulardes Imã relaça3 das ou! ias per que foi suspeenso peta
a matada,' ver, e ;'03 °lamelar responeder e este parei.
•ular coroo ouuer por meu seruiço
VII. E como importa rapto terse sempre parava se
cuidado de se comtratarem as Alfaendegas e enate ri ri•
das desse estado pois do remdirnemto delas resulta te pro•
temerato de minhaa armadas e fortalesas dele, tine com•
tratamento de terdes contratado aalfaendegua de Maluca
com temo crecimentó como ene esereueis, e no particu-
lar de que trataes que por nai1 terem !agimos os ofi-
ciara de algo5s alfandegas dessas partes be eaussa de eaa5
pra mor parte do remdimento delas á recepta, torcer me-
teria de acre ancorar direitos a tenho emendado ver, eern
outra carta vos mandarey respeender o que ouuer por
meu seraiço que se nisto faça.
VIII E tainbem ene dizeis que vimdo deus gualeotle
de Maluque pesa Goa po; fitem deles faxer muita agoa
se baldeara na feiealeza dr Maluco a cargua que trazia
itt outro e era ho5 nese ete Pero Lope, de Sousoo capi-
tai', da mesma fortaleza, e que usaamdosse muito
"gor nus direitos q ue da fázemela que trazia3 se avia3
sis pagar aio importara indis4eera ela que 50 mil par•
slaos de teme., pelo que vos parece que me3 Ite pos-
siv elcomteatarsm.e estas viagens com os eapitatls delas

zomo valo 'alho natendado, pelos mais deles alo terem


cpbedae a pesa as poderem comtratar, iodaula me parece
7,te deneia de procurar por se comtratareen estas viagens
sem os capita3s, por ser iinforrnado que ficará vempre
tato de mais utilidade pera minha fazenda, como vala
Sambeia rnaendey eacreuer pelas vvas' do anno passado.
IX. E assy tue dizeis que por os tinas náos gele no ia.
eu de 93 vinhais' da China pesa a cidade de Goa Lure po-
derem chegar com a força dos norieestes 4 barra dela
erteleara3 ó. de Cochim, eque' por na3 dardee aso a com•
lulas edesordens que se lá podiad mais facilmente fa.er
492 •arterne(ZROssmOUEZ.ORTUNTAL

em dano de minha facetada mandaste. gare se nafi des.


pschessim as.que.einhai3 nas ditas néon, ate loassem.4
alfsruilegna de Go, cora forme no RAgime um da dita
ielMiliilegua, que me parece° devemos epeeeee, e elfi.
eeMemdar que em semelhantes caso'. se proceda nesta
comfnirmidado.
X. E e,ey me 'parecer, mamdarvos atroar emulardes
dinheiro á China per conta de minha facetada pera nyr
impregnado em cobre pera as futudiçoii's da .artelhane
demd•Astado, que por se perder int abo de Dom Franca'
to d'Fiea dtistes ordem conto se contratasse esto. cobre
em Niacím, eporque como .. tereis enitemilido e aesperiv
etnia o min mostrado comece tamto á eornserUaçá3 do
mesmo estado.aver muito cobre nelt. pera -as futodieoéí
da arietharia peru.rainhac armadas, e.pera. o pagamernto
dottficiaea que nelas trabalha9,. vos mucomemilo. que
proenreis por todos o modos que vos forem pessineis
para que em todo,. os aniso re niarnde «troer. degolo
.partes. por contrato ou por enrola de minha inzerndei
..X1.. Qs Regimentos que Me dizeis que fizestes e op
-

decantes' fiem .os resguales e comercio das mino de


Comua eE;oliala, e osy ii fluo se foz pera a aoaa
t alfars—

mee"erocct' ' rnuEotmdo.nassooaqae eme anno


espevifi mos ernuiareys tias primeiras, e UO pertiMdOr
q:Ue l
'OeS aOS reSgUates doa ditas minas fico vendo, e40
que sobre isto me parecer Co. mamilarey per outra carta
mínhe e que quiser por mais ,meu scruiço que se fate•
XII. E tine comtentarnernto '9e me .escreordes como
nn veraii passado espe.raneis de fehari de todo afor-
tifioiçaCi de Damaó,. e que Minto que se fizesse,' orde-
naries de sn omitas naquela chiada alfarndegua., como
solo tenho mdmilado, obrigais:rujo yyr 'a- ela todas o
(aorta ao ''que °alterem de fr a'Cambaia, e na9 forem
rferiale,a de Dio: 'Com aqaai vos' parecê que se po44 ,6
Omissas a de Chau', o que vos erncomenido que peeh!IPI
por obra, e 'tom a emformataô.. que me mandsr5les
do remditneuto eAfeito desta alfanid.gua de Dernad,;,0,
ASCIC.
11 LO 3.* 49:s

matmlarey respomder ao que me esereueis que sé pode


emassar a de Chani.
. XIII. Tamisem me parasse apoleemos ~dardes
altar devassas, efazer todas az mais diligensias access
varias pera se saber e deseoblirem as pessoas qms tra-
tassem ein pimento, e posto que me dizeis que
achastes miras culparLis nisto, vus emornumndo que m-
ilhes sempre neste [autoria muita vigilancitt pela:
portarneia de que he.
XIV. E ao que direis sobre impetrar Breus do Santo
Padrr. pesa se nait asoluerem as pessoas que tioessem
susegundo os direitos que denerem a rniiiliafezcinda,
°que lambem me escreuesies pelas rios Ae..anno tio •ha,
por ser meteria muito inicommeniente e perigo das et-
nias das pessoas que nisto forem compremdidas, me noís
pareeee que o ddaia de impetrar, corno vote já .inaodel
esereuer.nas vyas do anno passado. E.vas ettteittiteiodt,
que deysinda a ordem que for protaipel. peça co mia
devemearninharem estes direitos,, s se tenha nisto mulla
•igilamele.
XV.. 'Cambem me. dizeis .que amplas dos neenkos que
vem acuse estado abate° muito do que dantes .remdia
por en defeinder que os neili temessem ao ( '
imnarM nein a

Coeblin, e fossem todos a (toa, e por .rna terdes já isio


escrite nas nãos do anuo de 9:3, vos man- 1,1ex respoinder
nas vyas do anue pasaado que avia por, bera que 11.1!?¡
eis rliainte se ,adisses.. mais da prouissad que sobre esta
meteria rnandey pass.., evos erneonnemiley naus uras
careeidamemte que .olesiseis ordem _corno logo se contras
latem os ditos direitos, o que de momo vo9 .tornq a em-
eoinemdar, peta que desta maneira se nai3s.dominua o rens
ailuento.delles. '
XVI. tenho por multo acertado o.,quie me dizeis que
depois que gouernaes esse estado Seri passastes aos ea—
»Lês que 'má . cintray .Mas forialeses de que
9. as prouissofiS que ntaiáley defernder por muitos int-
edliartniantes toai pega isso ee tua gereeSSea,. e oto Pedi'
94, ire proa« as muitas queixas sitie sobje eeta.materie
491- 1.111•0 P011T0611.-01MÉNTAL

fazem os ditos catutefis, sobre o que algés rné escreueraé,


e posto que sobre isto nie apontaes algob rezoi.i, funda—
.das no zelo ecoo que procedeis em todas as cousas de
meu seruiço, verndo como amtes que fizesse a defessa
destas pronissoèa mandey tomar sobre a maresia delas
muitas emforriraçoés, e se tratarei.;todos os indluiduos
delas, -e por co`nstar que eraZi passadas corno, minha
fazemda e remedio do meus sassallos dessas partes main,
dey defemder as ta°, prouisoés, pelo que nsé °enrime
à meu releio° nem á consernaçaé des re estado torna.
remate a passar; e vos emcomendo qoe assy odeis en•
ternder aos ditos capitaiis.
XVII. E quanto ao que dizeis que por vos parecer
rigorosas a prouirsat3 que foi nas natas do anuo de 91
pesa os Vissoreys e Gouernadores desse estado naé da—
rem tennas c tirarem as que tiuessem dadas, emamdas
rem arrecadares que forrem pagas ás pessoas que as tinitsé
de todo o tempo que as receberaei sem serem ~firma-
das por -mim, no.. que sobrestioe.es com parecer dos
Bispos e Prelados dessas partes por a todos parecer que
deuleis sobreestar nesta execuçaii té me dardes coruta.
.o.que tine põe acertado; posto que por ter entendido q ue
es annos atras se foraii datado muitas temcas por coreto de
minha fazernaa a muitas pessoas aque os • Viasorreys e
Gonernadores an quiseraé dar por sens particulares rer.
peitos eamizade com roupa iargue.a cm sumi° dano
das t.ndars desse estado, marndey passar a prouissaI5 de
que •me daes comia, e vos agradesso o que sobre esta
',Inferia m,ie lembraes, por <101 sempre me averey por bein
seruido de se darem ás ventres que precedem otnrrada
e recolhidemente cuias maridos tiuérern gastadas sua, fá-
zenulas cm meu seruiço e defemesé desse estado, eaos
pobres velbes e aleijados que gastaraé a uida no nms•
mo semita, como em vossa carta me lembraes, controla
rnanadome -com as rezuês que sobre isto me datis, ey p‘.
bera que ás taes adeus, e velhos se vate datado slau1s
ternças com que •possaõ remediar suas oecesaidades, qus
matiolarrié' confirmar por • e vos cMooinertodtí' q. 5
taaestribuitius delas se tenha terna:se' eomealle ao rolo.
Ilas.Cterima.3: 495

UM, das taes .pessoass e ao. que se deve dar á: srmadas


e acidentes desse estado pesa o que comuem comem..
nitris. orendimento dele,.e.das que esti ucrom dai!. se
Ima arrebadaiati os rendimentos de que trata a mesma
.Provisstat, com declaraça5 ,que se vira9 comfirmar por
ruim dçntro no tempo que para isso lhe, limitardes e
(areis fav -•hum cad er no em q ue ven haei lançadas rojas
as ,enteas que nesse estado forem dadas, ea que pes-
soas, eos respeitos por que se lhe deraç, peru por ele com
mecua upreça5 das Meertlara pessoas mandar confirmar ar
que mister por bem.
XVIII. E ao que me escreueis dos gnateoés, gaalés,
e mais orados de temo que achastes. nesse ,estado, ea
diligencia- com que pmcurames de aereasem lar, aeles 24
fiaras, +rés gualiotas, huá manches., lida éscussa
e duaS gua li aças, e outros .nau i '
os, me pameco vos deui.a

agradecer, e emcomemdar que assy procedass no cuida.


do que se d.e sempre ror de oca faltarem gualde, gali.-
9e'st e mais laudos de remo nesse estado peto muim
que importa á conseruaça5 dele um/faltarem -peta as ar-
madas que ordinariamente se fazem esaõ necessarias.
XIX. Tambem tiue comtenta mento de ver o muito
cuidado com. que procum, que, aja nesse estado salitre
.erro aba:mama e poluora necessario peru prouimento das
ditas armadas e fortalezas dessas partes, mus he htlã das
'mais principacs moniçoés pesa a defernssaii delas,e por
.se ter por experiencia nestes reynos .que he de muito
,ntals,efeito assara° de poluem despimgarda na arte.
.ilutria de toda a sorte na °entidade comueniente que de
.Pulttora de bombarda como se ti qui urrou, vos emes-
tarado que se usse nas peças de.artelharia da dita pol.
', °,.....despinigar tla, e me avissareys se se vay ussrundo
.9'Its
lera V e se he nessas partes de tanto e f
i8fOr eito com o se gear

XX. E assy rue dana comia da artelbaria que achas.


na casei da furndiça9 eda que amiudastes furndir
°Puis que gOtteroaes esse estado tie, que Inc hey, por
seruido, e-aça, emcolseindo proesigues sesta fliatki.
426 azoam.° rozásuovazaexieteráz

42 pela impot•ttmehi de que he.eimcomueniente que erra


soer falia dela peru a, axmada, -de.,,e estado.
XXI. E na3 posso, deixardu evos agradecer eaplanar
nati se pagar aliam papel de- diuidas velhas no tempo
de tosso gonerno, como solo sambem tenho mondado
nor vyae do anuo- passado, polo muito inicomueniente
que alisto ressultnúa a minha (acenada, e vos erneotnem•
do que daqui em charrue se faça a”y sempre. como me
~rocia que otemdes feito.
XXII. E assy toe parece muitode meu seruiço e.bere
deras 'estado terdes ordenado co1110 as cidadey e fortaleza
dele 'mon-cloro busearnobre á•Gitina pura sua forteficaça3
e defeaussatt, eque as de Goa e Ottani o tem já feito,.
por ser meteria de que resultará sempre muito preceito
.ao mesmo estado, vos erneomentio que ordeneis como
assy !C se, procedendo daqui ,em diante.
XXIII. O. tombos das terras <Ia cidade de Escape
•e aldose foreiros a minha fazem:ta que me esoreueia mte
soe emitiam., por sias oanno de 93, por faltarmo algum
Ilába «loquete anilo mo que detaia3 de.syr ua3. -eite.yna•
re3 aeste Report,. e por que folgarei de os ver, vos nu,
comerndo mos mouiess nas primeira* que d partes
eittrein. Escrita eia linhos- a24 de teuereito de .mil qui-
olhemos outtecta e oimqoo.
REY.
l'era oVisorrey.—s2. via,
(No SabrescriMo)
l'or ElRev. .
A Mathias .d'Albuquerque tio sou Conselho, Visorrey
dai'inalia—d.' via.
(livra' ai. ' li. 1,i,rit 4.. II. 609—outra siar
Liará d.' II. LIA leRiutdo•Rie tk.aesiguaturo Real)
PeeelCULO 3.' 497

166..
Eis Easy Sag.° saber a vós meu VissuRey eGoussna•
dor das partes da limita quo eis sou imformado que
Diogo do Comi, morador na Cidade de Goa everene
/Morda da lindia, eque pesa poder'ir morniunaindo e pro9•
seguindo lhe mó- necessarios alguns papeis que estná
em poder do Secretario dessas pbrtes,.pello que vos mamdo•
que torto que este uird'es, sem dillaça3 algtift lhe fsçarp
entregar todas as cartas e. papeis que pedir, e lhe foro na
necessarios pesa ordenar a dita inona eir com ella avan-
te, eporque enrimem a meu cera co e autrientaça7 deve
estado arar nele Ima cava que sirna de torre do rombo,
vos Mando outrosi tine aordeneis logo .dentro nas casas
de roso. aboessento na parte mais corninoda que voe pa—
recer, na qual se recolliera4 e lanmara4 todos os papeis,
cartas, pioitisoìm, e regimentos das vias doa senhores-
Reis meus predecessores e m i nhss , es entoadas poma«.
das fortalleaaa regimentos dalles, contralbs de 'pausa r
Parias, vasalagons, eettleli'Ieda., e regisiov da °ha nmellas
ria dessas partes, ehalos os meia ilepeie que ,reatem Me
Ines.o estado. emu moi« ey •troe hem que o•di.ve Diog,o d.e
coolo seja goartht desta casa da torre do tmilbo sobre
9,, em se carregama era receita tOdsre ira dilee papeis peito
modo eordene que se min nutorre do malho thmta cinto—
te, op.' cargo seruira em quanto ho en °unes por bem,
eriaff maruim- o contrario, e averá em toda Imin anuo
que O sentir trezentos pardaor do ordenado, que começos&
aamimei da-ri ia que lhe. for dada a posse da dita caso e
ailirega doa 'ditos papeis em. 'flaute; oa qUaes me:muito,
pardios lb° sera3 pagos na feil<reia de <Voa 00.5 quarteje
etnia ceraida3 vossa omd° V0.809 subeessores ole como ser.
ue odito earget, eera tudo-se cominará est° roeu doar&
inteiramente muno,se nele e0114ene,. que quero que valha,.
tenha, força e. nigor nom.., fosse carta feita ern mem
"me, por mim aeinada, ,e passada pela elmineelarbt,
s ealo que por cil a na 3 pisoe som einbaw da- OrUennçaX
"2, Lium, Titulo al,.q.ue ooorárario dispoem, o qual'
til
498 eaentv6 cotifindies.ommerec

Po registará na cara aos cuidou dessas partes pera Pe a


lodo limpo saber que ho <ume atai por beta. Amimado
d'Agaillar u fax eia Lisboa a vime,: nimq no de fenereiro
de 11,11 o qoinhrittoe loucura e elimino. E eu o Secreta.
tio Diogo 1'ellio olis coem»,

REV.

lia VOPPa Ntageotade por bem que PC entreguem


• pio» do Conto morador em Otie que estame a ifiloria
da•inalia todos na liapide cine ama poder ir eneoli•
amando a dita loteria, e que are fuce caaa na lira
Cidade que tinia de turre do tomou era que se recolheu
iodos ue uapeir, cortar, e regime»te que onner naquele
catado, e que seja o dito Diogo do Ciado gnerda della,
e aja tremia. parda,. de ordenado cada anate.—Pera
Versa Magostade ver, (a)
< Livro 1.* li. 52)

ra liame.... per já "q. catre Proni ma, e


• ... • ti tio4 0 s por me iler, lor ene
Feemvoda. Ha •,eutdiela. •
=itt Mary Isp. ealiar a 'és ltira Vismerev e Genernarler dai
p.oloa da Imolo .no tirei ,,no doo. aja. pe. ,0 isi,
plllll ie. ti anuo da 94 por nos nane por hem pelos rscprtaao,1-
la dl•Pharibilow Irke te eidodo ir Gua 1,4 cato. nos aor-
aluo do oorroolo ...aboca ieti. s• soou, utuuutuuu.eia ,ri.. em..
r,imeolos, ria. ,oole , da. pOINIqay.. ruiu" ária ,
iuut
• utur 1,,,de4, porem, emleumm, moh....do, e regi.*
• dr.h., é holm.. mai« expei. que mik =rano rda.10,
e que No, do Caulo »morador ,videde de Gua fome dem.& ,, od •.'"‘
nor moda do boi» inqa oir eundiumode
e que lho Natt•IIE eurn.num toem Im peei* que poro ele;
trita, Ore tomem nee.....d.rt, roem...mio larguem.. =Mien.
doo prouhaU.,me "nue o !fedam. Inc o AegUi1.11r.

Pru•toen trines )

E sonda eu or. ind'unnadd ano •dita ptcmised eroal dee "?.."


em...1 téger• p, u.e. em lado l on le rent. 1.1.11 orrener e
ao que in.sr Pr. or' ene remonto. o ene mondar
rir 'mormo rocoocos pio non r.ouuoaoddla lon ine11.11101.1.1111. Wel.;
roda, toam era 12CCII.ISiV, a querendo idem juetour, ey pur beta
resclem.o 3. 499

167.
Eu F.IRey faço saber aos que este aluará virem que
eis soa ir/domando tine nas partes da Imdia ha muitas
orfa3,filhas de homens nobres que morreraft em meu
seruiço .taa desemparadae epobres que he justo darselhe
remedio pera seu amparo, e querernilo aiess. pauses pel.
los ditos respeitos e par munis que me a issa mosalm, ti
por bem e rue praz que Alarpsy. em diante os VissoReie e
Goueroadares da surssa5 casar e dotar ás ilip;s'z
orfa3s na forma r,sna,seirsem qtle e,sut...3 e dotana3
que Idas:: deste Reino camfonne a lia is meu aluirá que
sobre elle, suainsley passar eus vinte equatro de noveme
bra de 593, mim Sai declaraçaa que as arfa3s que assi ca-
sarem e datarem sere5 fillsas de sX'S.S.1, OrOrrad,” o no-
bres que morrereb em meu serniço na. ditas partes e nab
outras, eque sas uai,' possuí; casar cosa pessoas da .naçuti
por estirpe masculina, ames amos:rangi sie as casar Cela
tetk• que andarem
1, ••- mea se ru iço e benesneri tos nele.
pesa que assi fiquem tilas bein casadas eoz cargos pr.
lados eia pessoas diasoa deles, e nas cartas e prouieseFs
que the oe dna? Viesofieis eGnsmernaslores passarem. das
casgos e °libelos que lhe derem eia done ccasamento,
es tresladará adito alisará e assi esta abris., proa leraS
.qoe ern todo se cumprira ineeinuriente munisse nella
coreletk • qual se regimerú noa liorco da &Sm da

me Lues ese trir.law era. mirins proyla toem. lotrerearre


. Orce aelretar no dite, Dittga et• /Germe e••••
drmen 5519 OoSO, Opiá,e11,1; One fsr 1.¡O nouseeiente e e proporarillar
Prt• S.O.Or Ja, nabo de.. 4.151, e qtte lis a.jab
rta p.yoia e mata era,. itraa tir• tttre trata a dita 11(011., ema
a•r troa.. .a fittrrta rka rryt,t,ra 'Ia alwt.terlaria dali', de
OlOpO 111,O. papes 1,0110OoO O,..O.
,

prO,OOt" loo dO,Ob;O io, lies.. d. .lso.eelarbs


Ittttitt .0.t• , salaar,at seu tauttot tts Viattaayys 10 4';

°udu,. ai uno arrritt.t, tla 'fita. ele...alaria pie •rsa


.za.tr. azare .1;tr p.altrria alegar...ou cor, iveu ho OOOl.
OOOLtYqa. .porsa a rentr setr•f• e a. bate g••••••
500 33C31130 l01[3.3331,3•1313115,41•3n

dia e nos dos contos das ditas partes pera se a todo tem:
po saber que ho Ouse 3231 por bem, e quero que valha,
tenha força e vigor, como se tosse caca feita era meu
nome,. por mim asinada, e pesada pela channeellaria
poeta que por ella na5 passe sem embargo da Ordena.
asii do 2: Livro, titulo xx, qne o contralto dispoon.
Ambrosio d'Aguillar o fez em Lisboa a viste e 3inlyuo
do feuereiro de mil quinhentos noventa e shuquo. E eu
o Secretario Diogo Velho o fia escrutar.

REY.

• eannin miarmo ria dito. lostra, tu dila raso de tom., ein qiie
t sdheen an romilltêmó Iodem ~elaes doa Iddr. 811 da liba ri« (lar
soou.e das eirennoiesitilms, ê das torras de Ralaste e !lordes, 1101i10
333. e,ioj33 mo poder doo Vigarios.de suas frogoesias, por que .3
ey por mea . arfai. uno PRIYiab fora do minha jordiraó, e nab os
qdieroodovr ,l,iva Viguiang morei:ar, mando ao .rrebispo ai. Csi
co abrigne rias,, mim inao e sensuras, 'ienes dims papeis estarem
nada segor.. ilita vaso,, nue em mitra parto, e isblieni pite se
!miarmo inemmenientes de seroiço 'Ir Dem e moo, e se Cor
ocg.rattrttteat er,rsrerr ai, diiii Diogo do Como pelo modo deisra-
do 33 dica prouisaó. E oiiirooy ay por hera quo iodas ao botas doi
elea:mrh.a que os Senhores lieys 11,•113 predóre000res.11ikaa,{ eo-
.so imtado aia:Jiim •ontregnem to, dita Cagar do lombo, e a, que
damni mo dia. formo se regiotarab nolla es, hm. limo Reparado
9. ey . por limo um, aja pesa sO s e,,,,, derlameab AA rertidoN
qer as portei, pedirem delira do se.' deoposima se lhe r,aO p3 30-
ale ornai, por ordem do Serretariu dessas portes nos euotaO da .pe-
liçab que nada Imã doa psomatote flotor poro mondardes pomar
• N1 çertidob, por quanto naó ey por men oeriiiço qas oguarda da
aba ram sliasoe;tomento Arndt, odito rogism per. as dims pessoas
*alterem ól3P moi ali oseu deopacho e VOA requerorem remida', 11,11.
▪ ery ey por bem gim 1,1..14 signa' pemoa for àcliià essa do tom-
bo r000mer o treolado lie sigo. registos dos Mio, linros da Cila.
«asilaria, e los dit. mmhos, ou de mitros papeio imo n.5 formo dor
oiro, o dito guarda lha rire pastara somo eaperial mandmlii
nado por rim como os costuma mime Reitio,o pamendollia jóia des-
ta ordem. Toe non'ersi,, oy por bem une ae .b guardo nen, molho,
• fb areiliio algo., edar amima' Doónie. 40 aias se 5;03 3....
aeriiilab a pe.ma algema ioda que lhe/00911r, por .i.o oor
.8 serrei de .egiedo. e alô saltem arem coutouicadas #####
wascietri.o 3.* 501

.Ra Vossa Magestade por bem pellos respeitos acima


declarados que os VissoReis e Gunernadores da Imdia
possal3 casar e deitar as orfans filhas dé homens nobres
daquellbs partes que morreral7 no seruiço de Vossa Mi.
gostado na forma era que easauaCi as orfans que bia5
deste Reino comforme a burn aluará que Vossa Magas-
'lede sobre ellas mamdou passar.eo anuo de S8, pela
maneira acima declarada—Pera Vossa alegestado v.er.
(Livro 1. fl. 48 )

168.
Visse Rey amigo. Eu EIRey vos'emmo muito saudar.
Vi vossa carta de Goa de 13 dabrib do anuo pa.ssarlo
que me emuiastes por terra, e posto que das rnaes das
couotte : que por nula me tines conta o temeieu feito na
primeira via dás cartas que trouxe o capitaS mór Dota
Luis CoMinho, vos tenho maindado esereuer o que ey
por meu seruiço que se polias faça; vos resporoderei por
esta ao que por ella soe doeu couta.

Srrtrrottoa .1u que eu 110 se Irrrrr lea delia. Pele que ren
do que em tudo cumprem, e guardei,. ente rslr,hu prouisuó e a
que nella vai trealadada, eafaçam cottiOrir e guardar.inteiramen.
le com o se orla coutem, a qUal se regi...4 na dita casa fe
'umbu pura s saber atudo o tempo qoe ouue axi por hes.,
que quero que valha, tenha fure. evigor, couro se foxee certo feita
!In non.e, por Mim *atinada epas•ada pela chancellaria; -peitIO
que por elle een pe. sem embargo dá Ordeuaçaõ do 2.° Livre,
lrrim r na, eia, ocaut.rio diapuro. Joab de Torre, afax cem Lidem a
feuereire de odl beiscent. e doura E eu oSOCtelalti• Diugo
Velho • fii escreuer.
REY.
Premisab sobre acansa do tombo que Voe. Ildagestabe na por nem
nanai, mo Go, e que te recolhaa selha nulo,' era papeie ,liame da
4 .“.11laria, etombe, dai, nideus de que faz teenç:.ü pela ...el.,
!cima declarada. E que valha COMO carta, eata paras péla obtendo
Voata Magegladdlier.-11..
(Livre 80 O. 1341
Z02 .C11,0 PORTIME2.01RIENTAI.

II. A' lembrarsça que me fazeis de se nail deverem


assentar na casa da braba moços de !magna ydatle pal.
las rezmits que já me apontastes; tenho meindado pro-
ses, eline and se 'deixem ir nas tinos que forma pura
essas partes nenhuns de menos idade pie de 1.5 assoa.
II I. Sambem sue parece° lembrarnça de meu seruiço
a que me (aseis sobre os desembargadores e letrados que
me amuem acesas partes, e ho imannveniente gramde
que entersdeis que he casaresisse nellan, e pellas rezoiis
que sobre isto mo apontara e inforrsaçoils que sobre erra
meteria tenho, mandey passar a provissaG de defessa que
se enviou nas vias dos canos passados pesa os ditos
desembargadores e letrados nein podereis assar nesass
partes sem especial licença minha me dos Vissoll.eis
eGuouernadores delas, e vos ernomuendo que a figaes
guardar inteiramente e registar nos bania da RellaçaG
de Goa e Causara delta sere' ent lodo tempo se saber
que ho mate usai por meta seruiço.
IV. E a qttc um faseis sobre se deuerena de examinar
muito aa pessoaa 912., Imile.r de primes de capitulo das
fortallesas• desse estado net'a impormincia de que he
rem toes . de que se possa fiar a defernesaG eguouerno
deitas, terei almnbrarnça gim isto pede, COMO' V010 já mera-
dev esereuér aerom. carta das que mil nestas vias.
V. E' de . tanta considssraçaii ter o Nlelique feito for-
tallesa no morro de Chaul e estar rua furtrficada e com
tanta artiitturia, e por esq respeito aquela fortallesa ser-
cada e ratei °premida gne sou inuforrnado gne, peita bar-
ra gramds della naG pode entrar nanio mintam- , por
geai, que seja nem muito risqo de o meterem no fundo,
he ponto que cobre esta mataria em que me falais tua
socintamente vos tenho tratado em outra carta das tles•
tas vias, he cila de caridade que are parecei, deveruos
emeornemdar cem ho erscarecimento que a Érie,,rna rua
teria 'pede procureis por desfazer ou tornar esta fortalleza
buscarndo pera isso modos os motim q .,, ecoa Ellrm° P"
sitieis, e se quando estas ridos chegarem a erras partes o
naG tinerdes feito como de uós confia que o fareis teia
sisudez.) 5n .

remado Irdes em pessoa aesta impressa com a prevem•


çaft e poder da gente necessaria, ede tal maneira que
naü Pe fique arriscamilo esse estado; e como a to:geria
de grilos ela pessoa com o poder rs força dele sobro esta
fortallev.a do morro he de tanta inportamcia lre comei.
derecad, atratareis em comselho com 'tudo, os finlalgiro
epessoas de esperieincia que se orr.irr maO chamar aos
comselhos desse estado era sernelhamtes accidente, e da
dm nele 'se assentar sobre a mesma meteria (lereis logo
execossaa tornando as parecere, de todos os que •se
acharem ria dito comselho por escrito que me entalareis
por vias .corri particullar irnfortnacai/ do que fezerries,
itite °Itero que veja de -'terdes de todo acabado esta im-
pressa gomo consoem ao remedio da Mrtalleza de Chaul
e das mais adjuntas a elle e repulsem, disse estado, por.'
que de Ito asi fazerdes me averey por moiro Wein seruido
de vds.
VI. E tenho pop acertado terdes feito pazes com El.
Rey da Serra eRainha de Mela depois de se pCir por terra
a forialleee que esta Rainha fez e sustentou tanto tempo
com discredito desse estado.; nms porque sou iniformado
que em effelto naiI.foy esta 'M.11e. de Oliala desfeita
como devia ser, e lhe ficarei-,are alicerces em Pee, e de
Maneira que uni pougmis dias ecom pouca fabrica se po-
de leis no ceredo que dantes estaria, vos einconteuido
que ledice derrubar e desfazer de todo os alliceces desta
formivia pesa que lios. ‹,e2.8ar este iinconveniente.•
VII. Lti ne que dizeis sobre a fortetlicact,Cd da cidade
4e emitira -em que roa parece que rui) comsemire rem
Rey pelas reerie's que apontas.% em outra carta minha
troa mandarey esercuer o que mia« por beta que se faça
nesta meteria.
VIII. II sobre o Rey de Jafanapataa possuir aquela
Rem o par meu nome, e o ter amuem. tuari, de goesa de•
mai:, fiteer com-rasos, vOl...abarcado os manaiehr amen-
ityme per vias a cale Reino ¡rei% e. lançarem na lucre
d.imano Curau oorallen1 que na faça era Ledas ao muda.
ealrdade.
504 11.11 ,..PORTUOI.Z.01116NTAL

IX. E no que toca a Dom Joaõ Moradeliar que tira-


nicamente está de passe do Reino de earudia .eornetec
este Rey de Jalanapata0 que se -junitasse com elle pesa
com mais facilidade se defemderem efazerem senhores
dos Reynns de ('eito Acena e dos .rnais da Ilha de Cell.
la5, e,que por atalhardes a estes desenhos e se poder ia
ganhando aquela titia usem ocassia5 .marndareis Peru
Lopes de Pium capita() que foi de .Malaqa...corn tre-
zentos hoinean. aesta em pressa„ e porque de sem einem,
alimento coaperieneia das coimas desta calidade tenha
a nnuout iinformaça5 que dele Inc d.,' me parece° de-
ve..0 apronar esta5 tai3 boa elleieall, e est,,ero que
desce FC consiga todos lia bens e frutos que se desejárs.
, X. O modo ein que procrslestes com os embaixadora.
dos. Reis de Pecá e de Jár,' e os eatretérdes cota cor-
rauça de socorro que ,os pediaZi, tine por acenado pela
neoeseidede que ese estado teia de os ter pie amigos,
use tprniul tEl Ray de l'egn do gale depende- o proa,•
mear, da fortaleza tle nelaqa, que C11,11(/ aponmes com.
men estar sempre til abastmla e prouida de mantimentos
rine peesaa os oepiled'e delia aendir'á,de nt alago e km-
bebe, coro o Itrouimetito. oeeessario peita commodirlarle
mas que se delia pode acudir a estas fortalezas por «sias
rem tal" dista ates da cidade de (loa, me pareceu deyern.,
enicarregar ntoicrttoaroaidareooii, tentiaus multo , partir
malar 001110 de as proner com tempn tora que qintmd.
41g, sobrevier algum trabalho se- nal/ aelsera eiro faltas
itera saco tofenoenô, como corufio. que o ftlrei.
XI, Id.porque me duna conta gim me tua emviasse. tOÇ
terra as cartas rpm ma esmoia. q rdho de gdoomss Pa•
te; rks alanilbas 1.a), sobro a. dosestrada morto dom.

.(a) Puren.nua.ne ',exalou 111H19C.As Geenas Pana puder q..'


eaeroor,00 ii ale.ranen.um entra. Anue a. 3.' damanuu as.
lá. lime. Ne 4J ria ti ia á.. ri. rua ....ver, Uru«.
ac
II.. á rameal 110.1' acua iti em liara nalueapanura
mola que disnSubre as rUrtão Wuma.Perea siorread.
das .Fdiriois....
esses.. 5.* 505

pai, por nati virem em sura pelõ perigo de se poder Ba•


ber oque nellas.se eserenia, me pareces hacertado, mas
pois visS tinha dado conta deste desastre, mo °onereis de
escreuer nesta vossa carta.
XII. E no que toca anati irem aos Reinos de Japaiti
promulgar ho Evatngellus e cultivar a sementeira de
nossa saneia ler que já está feita naqueles Reinos sena&
os Relligiosos da Companhia de 3esnique ha tantos ais.
nos que trabalha& nesta erisiamdade, o tenho já rnamdas
do por tais desta coroa de Portugal eassi pela de Cas•
sena, eo misolarey proner de nono pellas rerotis que
sobre isto me escreueis; e-asai vos emcoméndo que por
sia dese estado neti conviutae, que sai outros nenhuns
Relegiosses aquelles partes. Escrita em Lisboa .26 da
Seuereire de 595.

REY..

Pera oVissorey-3.•

No sobre.riper
rA
Por EIRey.
A Mathi. de Albuquerque doura oonselho, e reli krik•
sorrey da Iniba —il. via .
(Livro 5. flt 565k--4.• eia fl 560-5.• ria 9, 559 )

169.
Visorrey amigais, Eu EkRey voe ensaio ,muito saudar.
Diogo Lopes, Coutinho Capita& de Ormoz me esc,euem
lite guandu fora entrar naquella fottaleza a achara
falta de soklados, emuitos deites velhos edoentes, e •ifue
por alguns rigores que se ossauaticom eles natittiailientuer•
IIikt aelle, como solda, Eu lhe mando escrener que de
indo isto aos d.e conta, e uos. eueorneudo que pella.iin-
Doriancia de q. esta fortaleza he procureis que lhe ntti
false agente de saa obrigaoati ea que ouves de tezidir
cella seja ta lque a possa defender eatcottir aos accidente.
quelha sobreuierern•

64
506 lacetes POIMOVEZ•061ENTAL

11. Tambem me diz que pellos muitos descuidos com


que procede EIRey de Omita está posto em grandes
dioldaé, equedem dado suas rendas a muitas pessoas
em vida, de que .procede nad poder prouer as fortalezas
daquele Reino, e-lhe parece que será commniente tira.
retos° estas rendas á..3 pessoas a que ele as tem dado ;
emcomendouos que uni informeis muito particullarmen-
te desta mmeria, eacudaes a elle com o remedio que
dia pede.
III. E esy me diz que ha muitas queixas une lucrem.
dores que nem com fazendas á alfandega daquella fortm
lesa peitos Visitadores que estar,' nella lhe tomarem por
força seus criados eescrauos oatiuos pera effeito de lhos
fazerem cbristails, e posto que lhe mandey escrettor, que
aviasse disto ao Arcebispo, me pareceo deuernolo em.
contender pera que trateis esta meteria esmole, e se lhe
dê o remedio neeessario pera que consiguindosse o ett
feito que se pretende do bem damiellas almas, se ordene
isto por modo que na& irepide virem os mercadores com
suas fazen.das áquella alfândega de que pôde resultar
muita perda a minha fazenda.
IV.' EIRey de °rume me eserene que ual3 ermdiroinUie
ead as rendas daquele Reino, e me' pede prouisseó e fee
une de vente eet-telharia pera ir em pessoa tornar a for.
reluza dc, Losted, e outras vizinhas aolha, - sobro o que
lhe mandei esereuer que acudisse a uós. E porque Diogo
Lopes Cominho me escreue deste Rey ter sues rendes
bailas empenhadas, que por pouco dinheiro que lhe ,da0
na medi tia muida °entidade ,dellas• em pagamento, vell
encomendo que assy nas conesuo que requere como nas
deeordens em que uiue, tornada inforrnaçati do dito Diogo
Lopes, lhe deis.o remedio q.te cometem pera de todo
se liar; acabarem de distrair as' rendas daquele Reino.
,V. E porque ha muitos annos que tenha mandadose
comprem ,huâte butim,r que estad jento ao dormilorio de
Ead Francisco de Goa pella dcsinquieteeed que com cilas
recebem oe Religiosos, esendome escritto os ermos:atrás
que o tinhad feito sem -atégora se acabarem de c,00,P,"
PoSCICeto 3. 507

de que me espanto, vos encomendo que deis ordem como


isto naa uenha mais a mim, dando loz,o 6execuçari a
compra delias. E. parque .1u iinformado que o ninho
eascite de que faço esmolla aestee Relligiosos em cada
',uniam. eassy aos mais que rezi leio nesas partes,'sejlie
compra do refogo do que bm..; os eapittios móres e ea-
pitaês das Mios deste Reino, mais com intento de, se dar
primeitv aos mesmos capitado que do beueficio dos di-
tos Relligiosos,.acu-s.taado ochuto ninho eazeite menos
por case respeito aminha fazenda, vos encomendo que
procureis que se .5 use mais deste modo na compra des.
tas ordinarias.
VI. A cidade de Goa Me pede mande eis dessas partes
os homens da nacaa por alguês restids que pesa isso a-
pontaü; e peru lhe nati ....irem ter comercia nellas,
eacudo, anona o do mar he liure a todos, e se premi«,
amoer., gentioée ejudeus, me parece que se .3 pode
tolher aos da naçaa, e que somente aos' devia de man-
dar que quaudo entenelescis que tanja algas perjudiciaes,
precedendo particular enfoctuaça5 das coasses em que c
tio auizeis particullatmente disso peralteie- tnándal
neste meteria oque oca. por !ecoo serniço.
Tarnbern me escreue a ditta cidade- cpm Collrnern
á segurança della fortificarse a ponta do Gaspar Dias, e
Po.o que me escreueie que sena de imuco dento pera
defença5 da barrai. nus emootnendo que tios
ticullarmente desta materia Coal peosoa, de experiencia
dese estado, e vendo palies- pareceres que tomardes ve.
esta obra se deite fazer,. adareis jogo- h exemsçad avi•
Z alldOnle do que nisto fizerdes, emiarvitásno juntamente
Por UI ,. os < IMO. poreceroO.
VIII. R. aosy me pede lhe mande fiam pegumanto
-de. mil pardá-os que os moradorea daquella cidade
vmpremara5 peca oaperCebilitento da arotatla com que.
!km Puullo d.e Lima foi sobre Jor, e porque- confim.
faseree sempre bom pagamento elite uca ensprestimUs;
emeornemlo deis ordem como selai; pagues estes
dus mil pardítfiev
ROS etrusco PORS.11.-0.111,111,1.

IX: Tombem me parecco deueruos encomendar que


mandeis gordas aos moradores e cidadRes da cidade
de Goa opreuillegio . que tem dou infanéoès altas carros
que podem Oscar della.
X. He de tanta importancia serum o cargo de eserivaR
da forrada de Goa pessoa que tenha muita noticia ee,
perieficia dos °mamamos e/1121iS Musas qt. correm par
alia, que me pareceo nen' dosar confirmar alguns manos
que sa deste cargo deraR ern dote a pessoas, peito que
em casso que vos requeiral.) que os metaes de posse deite
o Der; (areis sem verdes confirmsnal) aninhare o deixa-
rei. seruir a.Jorge de Lemos pomo rine tenh,a acabado
o tempo de suas peosiroPe, efil quanto eu nal-
' ,prouev
nele carguo em mamem por prouissalì minha.
XI. E porque sou enformado que atégora se quebrarati
muitos pagamentos de doidos eordinariss, que pot ms
pimento ode pagar o thesoureiro de Goa, nas alfeadegss
de Ormu. e Dia contra forma do• mesma rGgillil'11 0, ,

vos encomendo e mando que daqui mo diante se oca


quebre nenhum pagamento nas taes alfandegas, evenha
o rendimento deitas a Goa.
XII. Tendamo sou Informado como a cidade de Goa
e algutis mais deso estado se queixai- ade naa terem Cars
ias minhas estes annos atrás, tendolhe eu mandado ,es ,
escure em todos eles, e mi', posso deixar de estranhar
muito )oalt lime e.rrem dadas, eme soltareis das mossas
que ostue pera i-sso, evos enedmendo e meado que todas
as cartas. que daqui cru diante forem nas vias façacs
dar és ditas eitiadeo é pe.as aque as mando escreuer,
de maneira que atenha das Mai fique em ume poder,
de que time enoitareis certidoits pera,por citas poder saber
que ve fax o que nisto tenho mandado,
XIII. Moco do ,Coulo morador em Goa mee sereoeo
que e le hia continuando a historia da: Judia do semi.
• as tornei ¡tosse deste Reino (goaternaôdo ese esta.
do Restar, Telles de Meneses )em diante, e dis que 1 ,505
ese efeito , lime era nenessario uer iodas as cartas e papei ,
que estinessm em poder do Secretario dem saindo p.a.
rosecorzo 3: 509

bir com a ditta historia avante, e por me parecer mete•


eia que se dertia fauorecer e ajudar lhe mandec pesar
huã prouisa3 que uai nestas vias por que ey por bem
emando que lhe miati entregues todas as carta, e papeis
que pedir e lhe forem necessarim, como por ella vereis,
eaos encomendo que o liuro que diz que tem feltro do
ditto tempo até o do i Gouernador Manoel de Soneca me
emuleis pera omandar aer e ernprrmir neste Reino, elhe
fazer por imo a merco que parecer. E outrossy lhe encar—
regareis que ordene comesar aistoria das massas dessas
partes do tempo em que adeixam:3 de escreuer Joar3 de
Barros e Flernarr Lopes de Castanhede,' até o em gire ele
acomeçou de escreuer, porque disso torre muito coa—
tratamento pela callidadei de que esta obra be. i E por.
que .11 informado que os contratos de pazes, e outras
doeçors, e regimentos, vasalagens, embaixadas, papeis,
e pronisors de muita importancia ameu seruiço, e bem
desse errada,, se nalt puserati régora em boa aereeada-
qad serem entregues ao Secretario dele, que couro
seri iriannaes, nas entregas de hum aoutro se perdem, e
lie de crer que se deuia5 perder quassy todos, ey por meu
seruiço eum mando que .dentro nas casas de iroso apre-
sento ordeneis Imã que tirou de torre do lombo na par•
.10 mais cornada que aos parecer, na qual fareis recolher
ela2Çàr todos os papeis mima declarados etodos os mais
que tocarem a ese estado, e os liuros dos registos da
Chaneellaria dessas partes, de que o ditto Diogo do
Conto será guarda, ;obre quem se carregarati em receita
pello, modo eordem que se tem na torre do tombo desta
cidade ;oqual cargo seruirá em quanto o eu ortuer por
bem e nati mandar a contrario, eanerá com •le de orde•
nado em cada hum anno trezentos pardáos, corno tudo
mais largamente se contem na ditta prortissaã. Ermo-
mendmos que lhe deis em' tudo o feitor necessario, e
em especial ase logo ordenar esta casa puta torre do
tombo ese recolherem nella os dhtos papei:.
XIV, Francisco Paes, Prouedor mós dos contos, me
cedem. ,que na fortaleza de Damaõ se podia fazer em
510 Ancturo SORTÜGUEZ•01318,41,..

cada .hem anua hull náo pera seruir na carreira


da latira assy pella bomdade da madeira como porque
custara5 muito menos do que custad neste Reino, pera
o eine se podi ab - aplicar ou oitto mil pardaos que se da5

pesa as obras tia (0,1'0.94' daquetle fortaleza por se


entender que 'naquele ',arar>. se acabará de fechas, e que
pera aobrada parapeitto bastará ,odinheiro das impo—
Ote,53 que está aplicado pera cilas, pera &que ta,mbern
lembra alguls cousaa que se podem aplicar, e asy me
dis que se deire de reser contracta com os capitai- . de
Baseia,. Manorá, ou Aserim pera fazerem cada.° hem
gadiad, cc galleeça pera a, armadas desse estado, epor
que ml causa eoutra he meteria da irnportancia que se
deixa ver„ vos encomendo que procureis por se fases
esta aia que poderá vir pera este Reino carregada, de
que resultará a minha fazenda muito proueito,e que deis
por contracto adito geneal. ,
- ou galleaça pera servir nes—

sas partes, eoutrossy nos encomenda que em lodos 01


senos se faça conrracto do. cobre pella importanoii de
que he peca a arrelioat ia dese estado, e pagamento do.
eaciaes da ribeira de Goa corna 'errastes por miuhas
Intruceo5s, e rolo mandei escreuez nas vias dos annos
passados,e sona escreuo em outra certa roiníte que vay
nestas vias.
XV. E pozque penas ITENINIS.•Instrocçoês vos tenho.
.mandado e he defesso. por •ressimento ar na5 riem bares
ferroe de crauo, de nouo rolo orno a erncornenda.r, e qes
se naa dem: mais que os do eepita5 eoffietaes da viagem e
09 de Maluco e Arnteryno conbrrrne ao diste regiment°.
com deelexass"d que serei," comprados por seu dinheiro.
XVI. E assy sou enformado.que he em grande dorso
de minha fazenda aforarense os mandonis dese estado
que propriamente moi alfandegas em que se recolhem os
direitos, reaes., emcorbendouos que deis ordem áureo cei-
fe este abuso, COMO colo je. tenho. eseritto ela Outra C01111
destrs oios.
XVII. E porque na regimento rosco que se ordenou
pera tensa dos contos de Goa Mandei qaro. fii.9¢
rosmern,c, 3.* 511

um de lombo de todas as roucas da Iniba que pertenee•


sem áCoroa, eoutro dus.contractos das pazes eembai:a-
tlas, por ser isto acuses que pettence ao bom gouerno
dee estado, vos erncornendo que se já mai está feito., e.
mandeis ordenar peca se meter na tara que ry por bem
que se jaça pesa recolhimento de todos estes papeis, como
nevia carta volo toando.
XVIII. E porque me dizem que os rendeiros econtras
[adores de minhas rendas dessas partes requerem que se
lhe ahattaál dos pagamentos que had de fazer os di—
eerttos das omissas que se comprar', peca o pronimentu de
tainhas armadas, e de outras que rad propiantente mi-
nhas, por se; inforntado que he estylo eordem mity an-
tigos nad se pagarem os coes dereitos, mondes pastar
huá prouissad que nay nestas vias por que mondo que
toda que se ned declare nos centremos que se liserem de
minhas rendas dese estado que as eoussas que, co com-
pararia peru minha fazenda nad pugnem direitos, se aja
por declarado neles, eencomendouos que a faeaes cota-
mit como se nella contem.
XIX. E porlile nimbem son enformado que os desem-
bargedores da lielaçaid de Goa obriga.") ase pagar ava—
rias do que se molha, furta, ou se lança ao mar nas mi-
nhas nács,como se usa nas dos mercadores, de ime resul-
ta fazerense muitos contlinios contra minha fazenda, mu,
nO etts.turnando nos tempos atrás pagarense as sues asa-
elus mandei pa.r tarnbem sobre ,e..±1a materia a prouiseat3
que vai nestas visa, aqual ey por bem que se entale Intei-
ramente, evo, eencomendo o comprimento delia.
XX. E assy sus encomendo e mando que nad dele sue
prinzento de soldos eoutras despesas que os capitado das
fortalezas dese estado fazem contra inces regimentos
principalmente em se pagar ,rnais gente do que be orde-
nado acada 114 delias por serern os taco pagamento,
Ne:artigos, eordeneis que se nad lettem em conta paga-
Olealos de soldo fora da ordem do dito reghnento.

XXI. E assy ey por bem que e prour s.rad que tenho


Falida peco os Vissormy dem estado poderem dispender
5/2 noturno PORTI1G11.-0131.2At.

corri os fidalgos e pescas outras que me atraem nele era


merceu trinta mil cruzados era cada hum nono se regis-
te nos liuros dos contos, eque o Secretario deres partes
tenha hum liuro separado do registo das taes mese., e
se me enojará otreellado dele em cada hum antro por
vias, enalii entrarair nesta confia os ordenados que, os Vir.
correis derem aos eapita5s quando mei forem recair em
minhas armadas.
XXII. O litro Praneie. Paes me eecreue que no
regimento partieullar da mesa do despacho dos Contos
de Goa se declara que aesielita5 ieuedor daa coa•
tas e hum contador dos mais antigos da cara, eque tendo
o Gonernador Manoel de Sousa prouidoi este lugar ao
Contador Diogno Vieira o requerem Tristed5 da Noua por
mais antigo, e porque- sempre será ...intentei compro
remse meus regimentos em todas ar causas, me parece
que foi hem julgado peitos deseinbargadoree oque detre-
minara°, eaju.ntasse tainbern a. isto temos ata mandado
esercuer cestas vias que Iates de- admitirdes omuro Dior
Vieira a seu officio Inc emuieis as culpas que dele se
dera& por que foi suis:pesem, evos encomendo que aos con-
tadores mandeis fazer pagamento de seus ordenados mui-
to particullarmente assy do deuido como do que forem
vencendo dahy em diante,
XXIII. E assy soa informado. que , cercania- a mei
senis° verense os regimentos de todas as fortalezas dessi
estado eas despesas que se introduzire5 depois, pesa se
declarar neles as que se unir puderem excuear, e. se tira ,
relu outras muitas spes ao tal deuern premitir, eneomea
donos que deis ordem- que se faça - com a. breuidage
tOrtIll CM.
XXIV. E porque sou informado- que o officio de es•
erincil da matricula dose estado tem muito grandes per..
enleue, eque se ocupa5 do. e tres pensadores. cem:
tora dom linces della, de que- lhe reeulta5 os ditos perca'
ene: os genes tem de minha facenchrontro tanto ordenado
tomo os contadores dos contos; eque por ese.reepeito no
regimento que niandey (tuge quando:deste Reino foy•: o
rarciceho 3• 513

Secretario Diogo Velho por Vedor de minha fazenda


deras partes re tirou oordenado ao ditto olfielo de es.
erivati- da madzicola, mandei que nas pronisoPs ilos pra-
eidos dele de Janeiro deste anuo de 95 em diante ima
aja o tal ordenado, de que me pareceu aviesamos para
disto se fazer ileciaraça5 nos jurou do registo doe Con-
tos eda ditia matricolla.
XXV. E por a fortaleza de Diu ser d• importais ia
que tender entendido, eaer informado que tem por ni-
sinhos os Mogoree que he de crer que intentarei; .por
todas as uias que puderem do m. entrar eori10 aezpirien-
cia otem mostrado já quando Agir Coca intentou de o
fazer por engano por ,,ia do 1 .trstnenc que por ese res-
peito foi morto, vos eneomendo ordeneis muno todo!as
soldados da ohrigaçad desta fortaleza dorme,' dentro
noite lhe facall guarda á port 0.110 toniia que tereis
já mandado fazei.imita fil., in.portancia de que Ira.
XXVI. E porque sou informsdo que rerá de proueito
peia ese calado teme EIRey de Porosa por antigo por
que ioda que se na?, esioja nom ele de guerra ae tem
entendido que consente fazeeein agoada ria suas terras
Os casarios MaialiareS, pello que vos encomendo riu e
depois de tratarder cata materia ordeneis nela o que uo s
parca, gim coinnem meie a meu scruiço.
XXVII. O Bispo de Japa.5 que o anno pesado foi pera
OChina como me erezenestea me emniou dizer que li..
,ua man- pagoa seus ordenados e dotte, erneornerndimos
quere inda lhe enS deuidos lhe ordeneis o pagamento
d*le• easy oque for deuido do dotte de seu anieceaeor,
Parque na5 munem que Fe deixem de pagar ao« perlado,
m ordenados que lhe mando dar, e de que se haa de
4 atentar,

XXVIII A Comera da fortaleza de Derna5 me es-


creue o gim tendorre contratado antigamente ElRey la
Semeie de teime dm chouto das terras daquella cidade
adoze e meio por cento se fora introduzindo pagarem•
lhe muito mais delias. eque eserenendo côo ao dito it.sy
* a Emaciam:, Paes sobre esta meteria criando naquela*
55
514 •actuvo searnettaz-mussrst.

partes do norte seruindo de Vedor da fazenda, ele dia.


einrullara com este negoceo por cingiu> mil parti:bis que
dizem que por use respeito lhe &dali dados; e por ser
meteria ia que se deite acedir, vos encomendo que to-
meis della muito particular enformaça3 pera pronetdes
neste causo como a impomancia deite o pede, e procu-
rareis por se confirmar por EIRey de Sarcete ente con-
trasto que está feito cem ele de doze e meio por cento.
XXIX. A .Camars da fortaleza de Cananor me escre•
nen que relia 'neva falta que naquella fortaleza azia
sempre de mantimentos lhes fazia desimullar com os
agraues que recebia3 do Rey vezinho daquella fortaleza
e de seus vaeallos, porque sucedendolhe algum cerque o
na9 poderiaa suster por na3 auer mingua nella manti—
mentos pera hum soer, e porque comuern estar prouida
de maneira que lhe na3 aconteça outro tal desastre no.
mo ode Challé, vos encomende que deis ordem como
na3 faltem mantimentos nesta foftaleza, e se reformem
os mucos della de tal mameira que possa3 rezistir aos
accidentes que lhe aohre•ierem, e asy aos encomendo
façaes pagamento a Dom Fernando de Meneses eapita3
della de seus ordenados e ordinarias de que diz se lhe de•
nem cem mil pardáos. Escritta em Lisboa a27 de Doerem
co de 595.
REY.
Para oVisorrey.-3, via.
(No Sobrescripto)
Por EIRey.
A Mathiaé d'Albuquerque do seu conselho, Visorrey
da via.
(Livro 3, fl. 490-4, via II. 497-5, sia fl. 505 a )

(a) Esta 5. cà nas tem assignatura Real, mas una a declara-


eaL seguinte,'
=Pr neó arar tempo pera Sua Magestade asinar esta carta esa
vsy na quieta via das rira durmais deste sane me mandos Soa
Eme justificada eamineda pot mina-0 Sumario, ',jogo Felinos,-
DÀSOLCVLO 3.* 515

170.
VissoRey amigo. Eu EIRey vos emulo muito saudar.
Sou informado que boa bombardeiros egente domar que
seroe nas armadas dessas partes se tirai; de meu seruioc
eets embarcai"; em nanios de mercadores cootros per
causa de se lhe liai; pagarem mais que dous iinarteis
cada anuo de sena ordenados• e soldos com que se ne5
podem remedear, e porque he rezar> que toda esta gens
te seja betu -paga pera que folguem de me sentir, vos
etneolnefinlo deva ordem como sejaõ pagos per inteiro
de seus soldos e ordenados pesa comisso ruál poder ares
feios nas armadas.
II. ElRey de Cochint me esereuen que avia muitos
tomos que se lhe sai"; pagaste,' as copas que em cada
hem anuo se lhe dauan• de minha fazenda, e porque lie
rese5 que se lhe faça deltas bom pagamento, vos ern•
comemlo que todos os, armou se lhe paguem e asel
que lhe forem denidas; e porque me dia tambeni que
as afitai., da rumara da cidade de Cochirn tolhiaa a
seus vasallos irem busuar em suas embarcaçoés manti-
mentos pesa a lucarna cidade e pesa aquele Reino, por
ser matteria anua rue pareceu tal lhe dever respoinder
esuissarves pesa que soque entemderdes que tem justiça
neste partieullar lha faoms,
DL 'faulhei,' me pedio quissese mandar ao Bispo de
Coehitu Dom Frei Arndré de Sucata Maria dése a Bento
Ferreira que sente de seu secretario algum letratbs ou
Outra pessoa que etn seta lugar seja Juisumo feito que
te trata de divorsio antre ele esua molhes, que por ser
trota de hum frade de Sal Francisco fica sendo raspeis
lPoque erncorneindoms faliria nesta meteria ao dito
emeomemdarridolhe de minha parte lhe faça com-
primento de justiça fieste caso.
tn1,1 .E porqu e me manduri pedir Decima pesa poder
euiar .te Reino o dit o Bento Ferreira, a qual Dm
co ncedo na carta« que ramudo escreuet nestas vias, o dei—

''sais ais quaindo o elle quiser moldar.


516 laC111.• ****** 11.••1

V. E assi se queira que os officiacs dagnella cidade


fazbrn alguãs forças aos Bramenes que uinem em seu
Reino, e que alguns moradores da mesma cidade em
publigo soitaô muitas pala aras contra elle; emeomem-
dou., que eonstandouos que.he isto usai lhe deis o reme•
din que comvem,
VI. A cidade de Baçaim me escrermo que os foreiros
das uldeas recebiaô mnyta vexaça3 em os obrigardes is
a (loa pagar o foro que devia6, pedindome que mandas.
re dar a isto algum remedio, pello que vos encornerndo
tine no que titierem justiça lha façaes guardar, e que
pelo que deuerem scjaô regtMridos na mesma cidade de
Baçaim ronde sai; moradores daindosse hapellaçaô ea•
gravo ás partes pesa que•se naô possal3 queixar de nau
serem 000 ido,

iI, E porque sou informado que ha alguns letrados


e desembargadores dese estado se tem passados aluarás
de lembrança pera se lhe darem alguds das aldeas que
vagarem, por ser rnaiteria de muito immunueniente pro-
messas em letrados que aôde .5 , juizes das duuidas que
,

ouses sobre o pagamento eoutras depemdencias das di•


uldeas, vos eincomendo que daquy crer diante se nau
passem os mes aluarás de lembrança, e que procedaes
nestes aforamentos coinforme ao que vos amoldei escre-
uer nas vias dos annos pesados.
VIII. C/ Provincial da Ordem de &Cacto Agostinho
deste Reino me apresentou Imã certidati- de Jorge de
Lemos escrivaô da fazenda de Goa per que consta ter o
Convento de Nossa Senhora' da Graça dela de minha
fazenda em cada hum atino oito pipas de vinho ,rn . que
entra Imã de moscatel, e buli pipa d'aceite de Portugal,
e riais eanolis do triguo, 25 fardos ri arme giraçal• 1E-
evite carodis esimqo maôs darroz preto, 50 peixes cer-
car, hum canidil de manteiga, meio C31.111 de cera, bom
entndil d'azeite de corio, seis corjas de comnies, doar (ar-
rica de asucar, eder caixas de marmellada, pedinidome
qoe por misto° esta esmoia era muito menos que aclu!
se Suo nessas partestis Relegioens de Sa'd Fsancisco,Sao
1,33131,10 3.• 517

Domingos, eda Companhia de Secou, fizese metee áquella


Provincia de a querer igoalar com estas Religiotis tiramilo
o Mosteiro de Santo Agostinho de Orinne, e porque sou
imformauo que estes Relegiosos de Santo Agostinho
saí; em numero muito menos que 03 dutros, e que tem
poucas casas nessas partes, ealgutisfazemdas que erdarati
com alguns Relligiosos que receberati nellas, vos em-
comeindo vos informeis se com esta esmola que tem de
minha fazenda se podem remedear, pesa com vossa
imformaeati man- idas respqinder a este requerimento corno
ouuer por bem.
IX. O Bispo de Rfalaqa me escreue que as Ilhas de
Çolor estati muito desinquietas pellos Chirncheos que a
ruas vati buscar samdallo pesa o levarem áChina, de que
lambem minha fazenda nessas partes recebe dano, e me
diz que pesa se evitarem ir aguei'. Ilhas he necessario
emaiarensse a vilas duas furtas de 60 soldados, e porque
esereaerndonie já sobre esta meteria os annos passados
lhe mandei que acudissem na vós peru piouerdes nisto,
posto que os accidentes desse estado solo naS delzariati
fazer até agora,'vos eincomenido que deis ordem peia que
et evitem os danos que recebem aquellas Ilhas destes
Chitnchens pelo muito que no moem comseruarse acristan-
dade della., que sou informado que vai em ereaimento.
Escrita em Lisboa a 29 de Fevereiro de 1590.

REY.

Pera oVisoRey —3.* via.

(No sobrescripto)

Por EIRey.

A Mathias de Albuquerque do seu conselho, Visorrey


da ladia.-3.• •ia

(Livro 5/ 5.589-4.' via fl. 591-5.' via II. 593 )


518 sacniva spiqUeuee.oaress,,,r,

171.
Eu Meg faço saber aos rine este aluará virem que
eu sou enformado que he ordem e estillo mui antigo
.5 se pagarertidireittoe aiguns das omissas que se com-
prai,'" pera meu sertliço.e apercebimento de minhas armadas,
eelite os rendeiras econtractadores de minhas rendas das
partes da Ilidia requerem se lhe abata do preço por
que lhe fora& arrendadas ecoatratadas o que se monta
nos soes demittos contra a ditta .ordein e estilo eque—
rendo nisso prouer, ey por bem e me praz que de todas
gs cutiasas que se CUrnprarern nas /fluas •partes pera meu
',enliço e apercebimento de minhas armadas se nalli pa—
nem direitos alguns, nem os distas rendeiros econtracta•
•ares as.passaii requerer, nem sejaõ nisso auuidas, pos•
tu que nos ba. •arrendamentos e contraem. se mia faça
«ta deelaraçaii, por quanta dagara peca sempre oey por
expree0 edeclarado neles, e mando ao Vissoni e Gatier•
nadar da India, que ora he e ao diante for, e no Vedor
de minha fazenda esi elle que cumpeaR e guardem es.
te meu aluará, eo (açulei comprir o guardar inteiramente
corno se nele contem sem duuida nein cantradicali algtn
porque assy o ey por meu seruiço, o qual quero que ua•
lha, tenha Coroa e vigar,`como se fosse carta feita era meu
nome, por mim nminmla, pssada pella ehancellariai
poeto que por ella na.5 passe sem embargo da Ordenaca 5
dó 2. borro, titulo ao, que o'contrario dispueni, ese re-
gistara nu filtro dos iegistos das contos de Goa pema Se
saber a todo o tempo que a ouas assy por bem, e ao5
Duros da fazenda della. André Pereira o fez em Lisboa
a vyntoito de feuereira -de quinhenta*r nouenta esing..
E eu oSecretario Diogo Velho o fie esmeuer.
REYs
Ha vossa Magestade por hem que de todas as cons!int
que se comprarem nas partes da judia pera a seruiço
de Vossa Magestade eapercebimento.de suas armadas
se .5 paguem direitos alguns, acua os rendeiros econ.
rissem,. 3.• 519

tractadores os requeirafi, pela maneira asim adeclarada.


—Pesa Vossa Magestade ver.

( Livro 1.. fl. 59 j

172.
Eu EIRey faço saber aos que este aliara virem que eu soa
imformado que as minhas justiças da Iludia obrignso a se
pagar avarias das faxerodas que se carregão nas ditas partes
em galeoès enaus minhas, 'como se ussa ecostuma pagar asa
sãos enauios de mercadores, que he contra a ordem e noa.
lume amtigo que nisso avya, e quereuido nisso prouer ey
por bem eme praz que daqui em diante se natt paguem as
tatu avarias das fazemdas que se earreguarem em ria.
idos enáos minhas, è marndo ás ditas minhas justiças
que miei conheçaê deste casso, nem se processem autos,
nem se dê sentença nele, porque assy o ey por meu ser.
alço, ecumpraõ e goardeni este aluará imieirainente conto
se nele comiam seda douida nem embargo algum, o
qual se trasladará na Relaçai1 de Goa e na cassa dos
centos, dela pera se saber a todo o tempo que o «me
por bem, e quero que valha, tenha força e vigor,
como se fosse carta feita em meu nome por mini assinada
e passada pela Chancelaria, posto que por alia naê pul-
se sem embargo da Ordenaeaa do 2: Liuro, [isolo tu,
que o contrario dispoem. Manuel de Torres o fez em
Lisboa ao derradeiro de feuereiro de 595.E suo Secretario
Diogo Velho o fiz escreuer.

EEY.

Ha Vossa Magestade por bem que daqui em diante se


',ui-
.paguem ararias das fazemdas que se carreguarem
te India em gualeoês e náos de Vossa Magestade. pela
Maneira assinta declarada.
Pesa Vossa Magestade ver.

(Livro 1. II. 48)


P29 ÁlterlIVO POIrreOVEZ•ORIMMTAL

1í3.
Viseorrey amigo. Eu EIRey vos emulo muito saudar.
Por ler alguds emformaçoès de pessoas de experiencia
dessas partes dos imcomuenientes que resultaid ao bem
dos resgates de Çofala e Rios de estame, e á comser—
Uaçaid dos mesmos resgates, mcreinse abertos eserem e0r1113
•todos, por ser meteria de muita consideraçaid me pa..
rasca dever acudir aela com e remedio que pede, e vendo
examinando as causas que me moireraó- pesa mandar
abrir estes resgates, eas que de nono me fome', apresem',
latias pesa se mandar cerrar e correrem como dantes,
mandey passar a prouissad que vay nestas vias, pela qual
ey por bem e mando que se cerrem, ese contratem os
ditos resgates com os capitai...Is prouidos das fortalezas
de Çofala e MoçaMbique pagando eles á sua custa as
ordinarias daquelas fortalezas, e dando mais a minha
faxenda Ilud contia certa tle dinheiro que parecer justo;
de que me ',assaco darvos na mesma prouissad cornissad
pera o poderdes assy fazer e contratar com os capitada
que forem entrar nestas fortalezas pelo preço que nos
parecer justo, couto mais largamente vereis pela dita
protrissaG, pela qual ouve por -beta de renegar a que se
passou em oderradeiro de março de 93 sobre se abrirem
osditosresguates, pelo que vos orncomendo e mando qua
façaos guardar imteiramente à dita prodisaõ na forma
que se asila colmem. Escrita em Lisboa a 7de Março
de 595.
REY.
'era o Vissorey.
(No sobrescripro)

Por EIRey.

A Alatbias de Albuquerque do seu conselho, e se. Viv


sorrey da índia via
(Livro 2. fl. 299-5. via 9. 303 )
somemos. 3.' 521

174.
Eu fano saber a vá, meu Vissorroy e (Innen.
lindos dos partes da fedia, tion ore soes- é ans -mie ao
dionie ferom gon ea lu utility pisoar lila ',ninho moi..
sor. folia nesta ei Itlo ion o derradeiro de marno do
nmenm ires. por .ino aia por bufo 1%100 •la”uilaS e
eluAls nela 11.telast 1:e une se abri...algozo o. resgani...
do ouro .1 lortii-oodn (,f.ifala e poross dom lo Rol adt
se resmunna, e foemin corMIS á iodo .
, e 'moine sim orz
imfarmado que rala ordem 'era em grande dano domi:
faxontla e ,rinha, is ditos resgates, e querendo.
Moo primes minto etionein ao bem de tudo, ey por !Min
e ale praz que da pubrieenail desta pr•uissaff nessas
partos em filante ee tomem cerrar eonl efeito o
logo a
sens dilaena algua os ditos 'esgoeles omura 0 trato
comercio deles nn forma e lindo elo que dantes sorria,
eno comratorn com os capital& prunidus das forlalenas
de .çufal,s e ,11.oça3bique pagando. tilas í sue mista as
ordiaarias das ditas furtalenas, e Mundo mais a minha
toxemia Imã gemia certa de dinheiro que parecer jos.,
e gne ee na') roce mais da dia pronissaff, e a ey por
seringaria e de nlium siem"; pelo que ens. mando quer
fllrede logo cessar os ditos resgnaies, e que naii
meio comi'Lo a aalea, e OS contratou • qua0 os dito. Capi-
Ioda dito. hé, o ournprae, e façam inneiramenie
C01110
g011aar esta prouissa3 coleo se nela somem, aqual se
registará. nos Muros de minha fazetnda e anum: dessas
Ponce, e co pubReará nos iugures ¡miolo], de (toa, e te

fixara e treslade della nas portas da dita cidade pesa a


llniut ser noloria.. ese tresladare mia contratos que se
fi,,CTC111 Com ou dia:r eapilaG,, e valerá conto se fosse
carta feita em meu norne por mim assinada e pasmada
pela elianeellario poste que por ,e la Una passe ruiu. ein•
harpa da Ordeueíai,' do 2.' LiCeu, titulo no, que ocorro .
'xdo diepoedi. Manual de Turres o fez em..Lisbom 7

66
122 ARCIIIVO PORTUOUEZ•ORIENTAL

de Março de 595. E eu o Secretario Diogo Velho o lis


escreuer.
REY.
lia Vossa Magestade por bem que se cerrem logo os
resgates do ouro de Çofala ecorra o trato deles na for.
ma e modo em que dantes corria, e se contratem com
os capita5s daquela fortaleza e de Moçaõbique paguan•
do eles as ordinarin delas, e dando á fazenda de Vossa
Magestade hu5 coada certa de dinheiro que parecerjusto,
e que 'a pronissad que se passou np anuo de 93 sobre
te abrirem os ditos resgates na5 aja efecto, pela maneira
anima declarada.
Para Vossa .Magestade ver.
(Livro I. O. 30 )

175. (a)
Vissorey amigo. Eu EIRey vos emalo muito saudar.
Vi oque me escrevestes sobre a cristandade dessas par-
tes, que como he meteria tanto de minha obrigaça5
foi e lie a primeira que mais encarecidamente vos tenho
encomendado, e tiue contentamentii de me dizerdee troe
Doara carta que uay em muito crecirnenio; eque se pe.
de dizer que está esta sementeira madura, e que se pode
esperar que em pouco tempo se naja recolhida nos ce—
leiros da Saneia Madre Igreia, e me dizeis que nesta
obra temo primeiro lugar os Relleglosos da Companhia,
e or. mais lugares os de Saõ Francisco, e outras Ordens,
aos quaes deueis agradecer de minha parte ocuidado com
que procedem nisto, e animallos pera que ua5 coniinua6.
do nesta obra tanto do seruipo de Deus e de minha obri.

(a) O Jogar deste Doeuriento era verdadeiramente sob on.•169,


mas escapou enta5, e rui ago es aqui; do gut se mai acarte il....
niente.
VASCICVLO 3.* 523

H. E asas me dizeis que em Japaõ pudesseM os Rel.


ligiosoe da 'Companhia de sete asnos aesta parte gr..
de perseguicaõ por defenderem e em:Tentarem o Emange•
lho que tem . promulgadote os christatts que já leal feitos
naquele Reino, eque Re saõ destruidas nitro casas peia-
cipaes edesaseis residencias com cento equarenta egeie
igreias que tinhaõ feitas, eque com tudo naõ deisafi de ir
cultioando aquela cristandade, esusteataõ ainda seis an-
sas principaes e desoitto. residencias com duzentas e
sete igenro; eassy me dizeis que pesa rejedu da sustem
taça& destes Relligiosos lhe mando desde tainha fazen-
da em illalaca mil cruzados cadanu, e que outros mil
se lhe der. no rendimento das terras de Saleete por tem-
po de sinqo annos que se acabaraõ em agosto de 93, mos
que lhos es dando sé uerdes o que sobre isto tios man-
d000t e assy me dizeis que pelo , que tendes entendido
da eóristandade daquellas partes dó China e Jap., vos
parecia que rena seroiço de Deus e meu mandar orde•
nar hum Collejo na cidade de Macáo pesa se poderem
nele recolher estes Rellielosos em perseguia...s. semelhan-
tes a esta que ora paire-sem,e ficarem mais a preposito
para a concerusicaa dageles. Reinos; e,vendo o gue- sobre
isto me escreueis ey por bem de fazer morem aos dit.
Relligiosos da, Companhia que. aia& os ditos dons mil
cruzados qufi atégora miner.. em filalacn e em. Sabote
por tempo de mais cingem annos que se corneemaõ do
dia em gneseacabaraõ os »aos pou que os, tinhai3; e nó
partieullar de se fazer Cell*, em Mac. ,como aponmes,
por outra minha carta nes mandarey. escreuer o. que er
Por rrteu seroiço que se nesta maisena faça.
nr. Eatei, me dizeis que ao temptii de nossa chegada
afte estado achares os Relligiosoa dele ,desinquietas, e
que os de Saõ Domingos, e de Santo Agostino h core a
ida de se us l' nou l
ne i
ses que. deste Reiau toma, se agnie-
ter.", eque por Os de. Sante Agostinho, vos apresentarem
os primeiro ano de uoso gimes. , h.. cartre, minha lhe
aereeentareisas ordinarias atétenareinconfinnaçaõ minha,

Pontue atégora me naõ. foi requerida de. sua. parte coussa


A24 ARCIIIVO PORTUGUEE ORIENTAL

Dilue cobraste meteria, quando me for apresentada vos


mandarei escreuer oque ey por meu eeruiço que se nella
faça.
IV. Tamboril modere conta da morte do Arcebispo Dom
Frei Mateus. e do bom procedimento de Dom Frei an•
dre Bii,po de Cocbim que fitou gonernandu mie Arecrio.
recto, que tire mando agrmlecer, eaptuno no que me tii.
seis que o Arcebispo e Cabido da Sé de Goa tem paga-
mento de ecos ordenados no rendimento das terras do
Bardes por tempo do der ;mos que se acabarat.; daqui a
pouco teinpo, eque pretende que the faça a ntemna merca
por outro, des anos, e que o portado ponha os oiliniam
peru a recailaçaIi deste rendimento; e rendo o que sabre
jato me dizeis mandey parar prouissati peca que o Ar-
cebiepo, Cabido, e suas ipraias crerem seus ordenados
meia renda de Bardes, mas os ofEciaes desta arrecada-
çaii ',arai).postos por ordem dos ministros de minha fa-
zenda, e se recollierzõ pera ella os crecimemos demorem.
da depois de pagoa seus ordenados.
V. E assy me dizeis que quirbrareis o pagamento que
BC fazia ao Bispo eCabido de enchi«, na alcandega de
Coa na renda da moeda de mata edouro da mesma ci-
dade por uolo pedir O clima Bispo emais eelesiestigos da-
quele bispmlo, de que tine coneenuarnemo, e VOS enco-
mendo que mandeis sempre ter muita conte com npaga .
mento do dito Bispo 2 Cabido.
VI. E quanto ao rine wne esmalteis sobre o Biepo de
Maluca e ,eu procedimento, eque particularmente pedt
nereeentemento itera ema Cabido polia terra ser omitia
cara, palio que sobristo me dizeis e por fazer MCI,. ae
diun Cabido ey por bem de acreeentar ás dignidadee e
eenegos daquella Sé viole rnil rei, maio a cada Itnin em
seus ordenados do que etégora tinernó., ettin deelmaazo
que o mantimento e crdenmlo da dignidade e coae.ao
qui feitor se reparta em distribeioés cotidianas que amo
eacreçaí; es dignidades e coneges presentes cInterecen -
les age Meei« diaba,* somente, pesa que adita Sé seta
PARCICVLO 3. 1525

bem comida, que he conforme ao aoreeentamento que


inundei reser ao Cabido da Cidade de Cochim,
VII. E 110 que toca ao Bispo da China que se perder/
. náo em que Dum Francisco d'Eça bis pesa aquelas
partes, eestar neles tio na ilha de Samarra tine desertas
zer, e vos encomendo que procureis de epór em sua
liberdade; equanto ao que me dizeis que se deue de
estinguir .aquelle bispado pellas rezado que apontaes, e
auer nele administrador sugeitto ao Bispo de Matoso,
por elguna rezoiIs que lia em Contrair° erorma da butle da
cree0a1T deste bispado me ,pareee que se naí3 dose el.
tiagnir sendo sua crea9a3 ted moderna e durando ainda
cie as caussas dele, e pois o ditto Bispo nn3 tern obriga.
ça3 ...forme ao Concilio Tridemino de uir do len ruiu.
prido cantinho como ha tia China ácidade de Coa, po•
darseaí3 escusar os gastos que faz com suas abadas eidas.
VIII. E assy me dizeis que o Bispo de Japa5 co
partira na mounaõ de abril de 93 peru aquelas partes.
som prouissoCs eordern do Arcebispo Dom Mateus, que
Deus perdoe, perh. rezidir cal Macáo em quanto o pro—
piciais° má) ,fosse Fure, e es guerras de Japaa lhe coa
descia lugar pesa passe, e lenho por acertado u que sobre
esta materia se fez.
IX. E usai me does conta do Sinodo que °mesmo Ar.
cebispo celebrou em Goa, e pellas detrimivaçoírs dele
111113 virem nas náos dos anos pesados de 93 e91 como
me escreuels, vos encomendo mas emuleis nas priroeirau
aaorpera mandar responder aellas corno vir que Ice omiti
eerniço de Deos e meu, eno que toca ás differencas que
eu. antro os Bispos de Malaca eCochim sobre as pre•
eedencias e assento no ditto Sinodo, de que me daes coe.
59 por beta que nestes actor preceda o Bispo que
ler luzis antigo na dignidade, esmo rolo já maudei m—
etestes nas vias do anon posado.
X. Tiue contentamento de me escreuerdes que tendes
Mandai., fazer pagamento 4408 menbstros da Inquisiçca
de edos ordenados, e noa ey por meu mei e° que elos
mandem prender os °Ilidem per que cerre aremia.
526 zacervo TORTU006.0MENTAL

ça5 e pagamento dos dittos ordenados por cari ser de


sua jurdiçaõ ;e ao que me esereneis cobre os inquisidores
Rui Sodriúlio e Frei Tomas Pinto, e asses numero certo
de familiares na Inquisiçaii dessas partes se dará .ordem
atudo isto pello Cardeal Archiduque meu sobrinho e
irma5; e peno que me esereueis sobre as diuidas que
ficaraft de Frei Tomas Pinto, que Tiros perdoe, MI dos
inquisidores, e vos parece que lhas devo mandar pagar
per conta de minha fazenda peitas rezoé's que sobristo
me apontaes, ey por bem que lhe apliqueis peso ellas ai.
grim aluitre, ou mura consna de que urina pago..
XI. E foi bem feito ordenardes como aCasa da Misericor-
dia da cidade de Goa fosse paga dasotdinarias que lhe man-
do dar, e assy de terdes entregue a administraca5 do
hospital della aos Relligiosos da Companhia, eno que toca
A uiagern da China que nie pedis pesa se alargar efabricar
oditto hospital, pel las alas do anuo passado vos tenho man-
dado esc.uer como aula por brinde fazer meree della pesa
este efeito, e vos encomendo que o dinheiro que se della
fizer se recolha em hum cofre 0 ese despenda por ordem
dos &titia Rellagiosos que acuem de ter asuperentenden•
eia 'lesta obra, e vos agtadeno o cuidada que me dizeis
que tendes dos hospitaes dese estado..
XII. E assi me dizeis que sobre os pagamentos queima
mandei se fizesem, aos hospitaes e Misericordias dose
atilado de Mutilas uelhas esoldos nencidos que lhe der.
ataca algfis defuntos me Unheis escritto que na5 era
ponsiuel poderemoa fazer, por mis; parecer Maia meu
seruiço acudirdes antes ás faltas u necesidades que os
Yb:ta .
. .. e. ribeira de Goa tinha5, o q. tenho por 0-
certado, mas todaula nos encomendo que se. procure. al-
guns remediei peca se irem pagarulo estas diuidas..
XIII. E quanto ao Licenciado Lopo. Alurez de honra
que ha anos que seroe de Ganidos geral do crime nessas
partes, e licença que pede. pera se- sim pera este Reino
com sua molhes e filhos, pellas rezoé's que sobre isto ma
daes cp . por bem de lhe conceder a duna licença COM.
.08 parece..
IrsserelfV0 527

XIV. E assy me -does conta do bom modo em que n


Licenciado Aboco de Moraes, Prouedor mem dos de-
funtos, procede na obrigaçaff de seu officio, e que re-
cebe grande quebra nele com a prouisad que mond,ei
posar pera odinheiro dos defunatos correr pellos limada
da álMericordia, peito que oosencourendo Atte nos infor-
meis da perda c rezad que ha pera por ese.respeito lhe
fazer merco, e me auizeis do que vos-parecer que se dello
fazer com el..
XV. E atei apontoes as incomulnientes que ee nos
offerecem em irem deste Reino letrados mancebos pera
mroirem de Oonidores das fortalezas dese estado, e aos
parece peitas enrede que apontoes que rleuent sentir
catre cargos flaute,ue cazados'e grelheis couto se dantes fa-
zia, porque se:5d de mais utilidade e menos escandolo
que letrados mancebos, eporque rehho mandado reatar
esta mormia com a coneideraçad que ella pede, em ou,
ara carta minha roa mandarei escreuer a reerIllUçar5 que
trila Somar.
XVI. Tombem me direis que nos coutos desas partes
se parda aordem .que nos tenho dada, que foi grande
temedio para os Cbristaits culpados que eom temor
da justiça se paeauad ás remas dos infleis, e que tendes
otandodo panas seguro em mau norrre gera que os 'mi-
rto-Mis que toldarem em Bengala se poss."; uir pera as
fonalezae deus' estado e negacearem nelas rena linea-
mentos e perdods, de que me tenho por bem seruido, e
oad terdes parado em uoso tempo prouisoè's com
elaumlla que «tad panem peita Chancelaria, como me
esereueis.
XVII. E asi me does conta que algils desembarga-
asa da &Recaí', de Goa tem liberdade de caixas, o
'Perros pasesse que se &Ma conceder a 10(109 08 que
hena eeruern, e pello que sobre isto me dizeis, ey por
qate assem desta nterce todos os desembargadora.
t
523
. "pave PoRTUCouz•Oetraf-rua

que Rk ditta Rellaçaü sentirem. Emitia em Lisboa a


20 de fencreiro de 593.
RRY.

Pero, o Viteorey.-3.' viu.

( /V° Svbreseripto )
Por El Rey.

A nubla,' d'Albuquerque do ata conselho, Vieurrey


da Ititha—).1. via.

(biurat 3." fl. 515-4: via fl. ria fl..52B ( e )

76.
Viso Rey amigo. Eu EiRey voe °moio muito adar.
Doni Aultniío ae Matos, Bispo d'Olatte, Conunieeario ge.
eu- riu Buiu da Santa Unte:ida.. Ine amolou dizer que
querendo Frei Francisco de Faria,. Vigario geral da Or-
ou etat3 Domingos dessas partes, e rornissaria das
Bolse nel., arrecadar ão pena, ec1,1,iie, do ar.
evbispado line, que pela ineznie Bola estai-3 a).'ea .
ene pera. a ansIentaoné e ilefensidi dos lugares d'Africa,
Bispo de Cochilo Doto Frei André de Saneia. Metia que
administre o- dito arcebispado. lho (ora á mai) e lhaenna
spliseera ileiaar cobrar e potque isto he etn prejalaa da
duo halo a contra o que enfeitam a meu sereia°, o" ,
uneareender favoreçaer ao dito Frei Frear:dite° na .1111.-

311111101rN.Zi cicie, e que- atay o eincomendeia de retalha


Mirre orr diin Dispa rio Cociihn.
II. Yurnitein dia o dito Frei Frreatifeer que os Reli .
giostort de Maluca e aryeeara3 que o Blopo deqUele
de
aidadc deuia douo mil cruvolos á. Bala turvada
que re eelretrUnt referia C ,,,,, iscaria naquelas parle*, °

Is ) Ema a. ° ria ele ioser. da ataigmaura. Ural Iras. • ãe0.'


te rierlare..aa.
r= Por .11 arca reineis peta R« Bneastadé atinar cila Curti q°'
00010 p[h. raia. Uso aluo darrearla dente anuo mando/ que Fusa
juaiticada c •ainade por reire-0 Secretario, Diogo
PASCI«. 3.' 529

que ele Frei Francisco tinha conhecimento deita dioida,


eincomendouos que constand000s ser asey, façaes pôr
em arreoadaçaiii estes doas mil cruzados,. e que se em-
ulem a este Reyno por letras se.gatras, e me avisseis a
que pessoa vem dirigidas pera se cobrar este dinheiro.
III. Por parte de Frei Aleizo, eleito Arcebispo de (toa,
me foi pedido ouuesse por bem que mandatido ele
tad.o, ás partes desse arcebispado a que naiii pudes-
se ir pessoalmente lhe fizesse mcrce peca soa embarca-
çai) com fornis aos lugares aque fossem pera poder com leso
achar quem com boa vorntade fosse fazer esta obra, que
por ter 559 .necessaria pera o bem das almas que tem á
lua conta, vos erncomemdo que deis aos taes Viseira-
dores iodo o favor eajuda que poder ser pera efeito de
se fazerem sei meie vissitaçoPs. Escrita em Lisboa a ade
Março de M. 1). souenta ecinco.

RU.
Pesa oVisorrey.
(No Sobreseripto )

Por EIRey.
A Mathias d'Albuquerque do seu conselho, Visorrey
da India-3.• ria.
(Livro 2. ff. 321.—.4.' ria fl. 323 )

177.
Eu EIRey Pago saber aos que este meu atuará virem
que por justos respeitos de meu seruiço que me a i2150
MOUerll e proueito dos moradores da cidade de Goa, hey
Por betu e mando que as eleiçoe's dos officios e cargos
que a eamara da dita cidade pode prouer fIe qualquer
qualidade que•forern se façai) daqui eiT diante' por todos'
officiaes da dita Gamara e pessoas tille nas tzle ehli•
Coès se costumai', achar, e que se prouejaii nus pessoas
que mais votos leuarem, eque em caso que au trate de
se tornar aeleger outra vez as ditas pessoas pera coa.

lis
530 ARCIIIVO PORTUGUEZ•ORIENTAL

tinuarem o seruiço dos ditos cargos em que primeiramente


forem ciemos, estas mes reeleiço5s se naii possai) fazer
sanai) sendo todos os votos conformes, porque hauendo
aigurn cm contrario ainda que seja singular nua se po.
dera3 fazer; o que assi hey por bem por se euitarern
os sobornos e outros MOoa inlicitos com que se procurari
estas reeleiçoe's, enai) andem os cargos sempre em huits
pessoas, e possaii vir atodos igualmente. Peno que man-
do aos Vreadores e proeuradres, e maes officiaes da
dita Camara que cumpraii e guardem este aluará intel-
ramrsneeon,aeesrlis contem sem duuida nem contra-
diça3 alguit porque assi o hey por meu seruiço, o qual
quero que valha, tenha força evigor, como se fosse car-
ta feita em meu nome, por ruim assinada ; e passada por
minha chancelaria, posto que por elle na3 pasce, sem
embargo da Ordenaça3 do segundo liuro, titulo xx,
que o contrario dispoem. Thome, d'Andrada o fez em
hladrid axiij de março d,e mil quinhentos nouenta e
cinquor
REY..
Aluará sobre as eleiço5s dos oficiou e cargos que a
Camara da cidade de Goa pode prouer.

Pera Vossa 5lagestade ver.


(4. via, Livro 1.'11.50,-5." via 0. 56 )

178.
Vissorrey antigo. Eu EIRey vos emalo muito saudar.
Por parte de Diogo de Pá capitai) da fortaleza de Chau!,
ore lei apresentada buil petiça3 em gris me pede lhe faça
merce de outros tres asnos daquella fortaleza aveindo
respeito ás perdas que tem por respeito da fortaleza do
hlorro e cerqo que o Meliqe tem .posto áde Chau!,
antes de lhe mandar responder me parecer> que desta
ter ernformaçai) vossa do dano que por este respeito re'
ceberi; pelo que vos erncomemdo que sobre esta meteria
a tomeis muito particularmeute, ema emuieys pera com
VASCICULO 53t

ela tomar nisso a ressolugall que onuer por meu seruiço.


O. Por parte d'Ellley dé Guindra me foi dito que ele
fizera assento de paz e yrmandade com o Gouernador
Manoel de Sousa, pedimdome que ~esse por bem de
lha mandar comfirmar, e lhe fizesse messe de hul barn•
deira das minhas armas pera com ela custear nas guerras
a que fosse em pessoa; e vemdo oque sobre ysto me pe-
rle, eaemfcrmaçati que tenho de ser necessario peta a
Pimenta que se tira de suas terras comseruarsse com ele
esta amizade, ey por meu sumiço que lhe coinfirmeis es—
ta yrmandade, éque lhe emuiels a dita baindeira, sinifi.
comdolhe de minha parte que ein tudo o que ouuer lugar
folgarey de o comprazer.
111. Os Religiossos da Ordem de Satã Domingos des.
sas partes me emulara& pedir cornfirmaçail das ordinarias
eoutras merces iitte os Vissorreys e Gouernadoaes desse
estado lhe furar) acressentamdo, nue por ser maioria de
consideraçait a fico vertido, e' aro casso que na armada
deste anuo nati leuern prouissaS minha do que ouuer por
meu sbruto que se cais. eles faça sobre as ditas ordina-
0 a., se correrá com eles no pagamento delas na forma
que megera se fez. Escrita ern Lisboa a lã de março de
695.
REY.
Para oViaaorrey.
.( Sobrescripto)

Por EIRey.
A Matias d'Albuquerque do seu conselho, Vissorrey
da Imdia--6.'

(Livro 4. li. 597-4.. via fl. 599-5.• via fl. 601 )

119.
Vissorrey amigo. Eu ElRey vos emulo muito saudar.
Por.rosaas cartas emtemdy como ocupasies no cargo de
'Mflla6 mór do Malauar a Doas Jeronimo d'Azeuedoi
532 ARCRIVO P0.1/0176.-ORIENTAL

que he de tanta yrnpartancia muno tereis emtcmdido,


estamdo ele culpado em duas mortos de que naõ estaua
lince nen, posto em liuramento, temdose escrutado na Re•
laçaô dessas partes por duas vezes que lhas natt perdoas.
raie; oque naõ posso deixar de vos estranhar, pois em
rnateria de justiça e em que ha partes, tenho tanta abri.
gema& de a mandar fazer; e por tanto vos mando que o Ca—
çais logo limar das ditas nortes, eque mei," ocupeis mais
em meu ' ,enriço culpados em delitos desta calidade antas
de se jurarem deles por ser muito contra o que comem
á boa administraçaõ da justiça. Escrita em Lisboa a 15
de Março de 595.
REY.
Para o Vissorrey.
(No Sobrescripto)
Por RIRey.
A hfathias d'Albuquerque do seu conselho, eVissorrey
da judia —3. via.
(Livro 2? fi. via fl. 301-5.' via fl. 319)

180.
VisoRey amigo. Eu EIRey vos emulo muyto saudar.
A Manoel de Medeiros que sentia de Veedor de minha
fazenda de Cochirn, tendo respeito aseus seruiços eaos
anuoi que ha que nessas partes está, mando licença pera
se vir para o Reyno nestas náos que 'era vaõ, e ncllas
emuio ao Licenciado Francisco de Frias, do meu de•
sembargo da Casa da Supplicaçaõ, para me .seruir !no dito
cargo em quanto o eu houver por bem e' net, mandar o
contrario, conforme a prouisaõ minha que para isso leoa.
E resoluirue em fazer esta eleiçaõ pena muita experien•
eia e conhecimento que o dito Francisco de Frias tem
«dee ;casear dessas partes e dos negocio. de minha fa—
zenda, e pella muita amizade que tem coro ElRey dá
Cochim que poderá ser uno pera o fazer correr nas cousa 5
de meu seruiço no modo que colmem; econfio deite que
PASCICULO 3.* 533

procederá nisto, enas mais obrigatufès do dito cargo con-


forme aesta confiança que delle faço. Pelo que aos enco-
mendo que lhe façais logo dar a posse do dito cargo e
toda a ajuda e teime que neceasario for peru o poder bem
sernir, e a Manoel de Medeiros vos encomendo que fa-
çaes dar os gasalhados que sempre se derma aos outros
Verdores da fazenda na náo em que vier, esendo caso
que está vaga algua capitania de não das que um:1 deste
Reyno, ore de alguma noua que dessas partes uenha,
lha clareia a eito, e na3 aoutrein, porque assy o ey por
meu seruico,
11. A Antonio Giralte na3 emub sucessor nestas nãos,
mas yrá o acuo que vem, e entretanto seruirá o seu
caro de Veedor da fazenda de Goa, e lhe dareis toda
a atada e fauor que necessario lhe for para me poder
melhor seruir. Escrita em Madrid a 21 de março 1595.
REY.
Peca o VisoRey da Imdia-3.. via.

(No sobrescrip(o)
Por EIRey.
A Mathias de Albuquerque do seu conselho, Visorrey
da India.-3.^ via

¡Livro 2..11.313-9.° via fl. 315-5.. via fl. 317)

181.
VisoR ey amigo. Eu EIRey tios enuio muito saudar.
A Cidade de Cochim enuiou a mim a Manoel de Faria
Por seu procurador com hnã carta ecom o tentado dos
autos esentença que contra cila se deu em fauor da
cidad e de Goa sobre o direito do hum por cento, o qual
me deu esta carta e papeis n tempo que o naf.i houue
Pare Se poderem me com o exame e ponderaçad que a
qualidade do caso pede, e mandey dizer ao dito Ida-
anel de Faria que o asno que vem mandaria responder
neste particular, e glie entretanto. ournpra a dna Cidade
534 APC11140 PORTOGUEZ•0111ENTAL

e faça oque uós sobre esta meteria lhe ordenardes; e o


mesmo escr.° á dita Cidade como vereis pella copia
da carta que yrá com este, e Sambem yraiit as mesmas
cartae .pera ordenardes que se lhe dom, eeut conformi-
dade do que nella lhe esereuo vos emeomendo que estra-
nheie á dita cidade de minha parte nal) se ter dado á
execnçaõ inteiramente a seutença da minha Retaça0
como era justo edeui4o que se fizesse, elhe direis que eu
lrev por bem que a dita sentença 4e guarde em quanto
ataS houuer reposta minha ao que sobre esta marmita me
tem escrito, aqual yrá na armada do anno que vem, e
que podem ter por certo que na determinaçait que 86
tomar sobre 'a dita sentencie terey todos os bons respei-
toe que com justiça erazaõ se poderem ter pera sua se:
titfaçari, pois cada hu1 das ditas cidades saõ de meus
+ressalto., e todos esiimo e6666 10dt/tente, e Irritareis
tudo isto com a dita cidade. peito bom modo que virdes
que comuem pera elle,se entender ena sua obrigana.ilhe ar
quietar. Escrita em Madrid a21 de Meço 1595.
REY.
Pera o Vissorey.
i( No sobreseripto)
Por EIRey.
A Metidas de Albuquerque do seu conselho, e seu Vis
sorrey da InNe —3.* via
(Livro 2.* fl. 297-4. eia fl. 311-5. via fl. 305)

1.82.
Senhor.—Em hu1 das cartas que V. S. escreueo aSua
Magesmde o atino passado diz que por aleuõs desordens
com que corriaõ os desembarguedures da Relecaa de
Goa ordenara V. S. de tirar hu4- devassa deites que
traria qqi.qiqq nriaffido sicose Net, este Reyuo, q que
coro esta ocassyeil fizera V. Ei • embarcar pera ele oLi-
cenciado Simaõ Pereira que Sua Magestade tinha pra*
nide de 'Chanceler de dita Relaçalit, E porque tentdo
PASC,CIR.0 3.. 533

V. S. 'sabido que Sua Magestade se net, ouuera por


eeruido da que tirou Dom Duarte de Menezes semdo
Viesorey desse estado dos mesmos desenbarguadoree,
nem mandára reualidar a dita deuasea por muitos is-
...enjaules que pera isso se lhe ofereeeraõ, estranhou
muito de V: S. tirar a dita deuasea sem preceder pri-
meiro Prouisslo sua, ou especial mandado eeu, por nide'
conuir aseu seruiço amdarem os ditos desenbarguado•
me eoficiaas da justiça taõ 'temidos dos Vissoreys e Go-
uernachores dessas partes que naõ assoem de a fazer nos
castos que correm por elles senaõ comfortne a vorntade
dos mesmos Vissoreys; e que tombem ¡ora decente
quamdo V. S. embarcou a Symaõ Percha pera este
Reyno emalar as culpas que V. S. diz que achara dele
pera ver areasses que mouera a V. S. a isso, pera com.
forme aelas mamdar proceder com ela, eespera Sua
Mageetade que nestas nãos lhe CffIllie V. S. muito par—
ticular emformaçaõ deste casso, e que em outros reme.
'liames net.; proceda nesta forma sem especial ordem
aua E porque he informado que V S.' tira outras de.
missas sem ela, quer Sua Magestade saber o como V. S..
procede nistosem seu mandado, eme mandou que por esta
minha carta 'Unificasse tudo yssto a V. S.' cuia tida e
meado nosso Senhor acrecente por muitos annos. De Lis-
boa a27 .de Março cie 595.—Bejo as maõs de V. S.—.Dio•
go Velho.
(Livro I. II. 60 )

1$3.(.)
VisoRey amigo, Eu ElRey aos canis muito saudar.
A. Cidade de Cochim enojou a mim a Manoel de Faria
por seu procurador com Ima carta ecom o treelado dos
autos eeentença que contra ella se deu em fauor do ci-
d.ic de Doa sobre o direito do hum por conto, o qual

me deu esta carta e papeis atempo que o naõ houve para

Is) Esta earta he em parte ides tina cum ado o.' 151.
536 ARCHIVO- P011rlreelre•ORIEXTÀ1.

se poderem uer com o exame eponderaça6 qne a gnalf.


dade do caso pede, e mandey dizer ao dito Manoel de
Faria que oensaque trem mandaria responder aeste par.
tieulor e que eniretanto cumpra a dita cidade efaça o
que ufis sobre esta meteria lhe ordenardes, eo mesmo
escreuo ádita cidade como vereis peito copia da carta
que irá com esta, e tombem iraít as mesmas cartas para
ordenardes que se lhe dem; encomendou0o que por bom
modo estranheis á dita cidade da minha parte uai; se ter
dado áexecum6 inteiramente gsentença da minha Relasati
Conto era jueio e deuido que se fixesse, e direislhe que
ey por bem ,pue até ir reporta minha e ordem do.que as
neste negocio ouuer de fazer se mbrestfi na exesteçafi
da dita sentença, e que se torne tudo ao estado magoe
estaua antes de se esta .dar, e _isto tiesy .110 qUe !Oca
ao direito do hum por cento que pretende a cidade de
Goa, como nas laginies dos &finfa. da alfandeéa
de CoAitn, e para assy se fazer passareis a proutsaa
que neeesearia for, equietareis as diferenças destas duas
cidades de Goa eCochim, e dos oficia s der alfandegea
delias poliu bom modo que uirdee que conuem, o se uus
parecer- que será milhos nar3 alterar pada do estado em
que ',elas musas estiuerem ao tempo em que esta seco.

beide,,, e que »6 correndo nesta forma até ir a minha


arpoara, fareis o que Ouerdes por mais e0nuenielite, poe:
que eu Odeixo a uossa prudencia, ele que confio que da.
reis /lima tal 'rolem e por ta3 bom modo que eu fique hem
sentido. Escrita em Madrid a28 de Março de 95.
REC.

Peta o Viso Rey da India-4. via.


No sobrescripto )
Por EIRey
A Mathias d'Albuqueroue do seu conselho, Vierem!
da India-4.' via.
(Livro 2.. fl. 309-5. • via fi. 301 )
TASCICULO 3.' 531

1505.
SEGUNDA SERIE.

il.NAllk'SliSlite.M.1.

184.
Dom Felippe &e. A quantos esta carta de ley virem
faço saber que soendo eu respeito sei., Chins na tornes
e maradeses nos recuou e portos da China se queixarem
muito dos Portugueses vassalo, meus que residem em n ála•
cao enas fortalezas e cidadeside estada da India compra•
min e furtarem es rays Chins, e os eativarem e traze-
rem para suas casas, ese seruirem delles, e venderemnos
para outras partes, ecom isso se arriscar o comercio que
es ditos meus vassallos tem de monos antros a esta parte
1109 ditos reynos eportos da Cid,ro coro tanta quietaçaá
efamiliaridade, de que min resultado grandes prouei.
tos assy ás minhas alfarrdegas como aos dito, meus vas•
selos, corno se tem visto por experieneia, e foy yrnfor.
medo allathias d'Alboquerque do men consselbo e Viso-
Re), que hora he da índia, e querendo eu nisto prouer
pelo que cumpre ao serniço de Deos e meu, e para que
odito comercio permaneça O vá avante com a mesma
rioietaçail e reta escandalo dos ditos Chies, e por assy
o assentarem os desembargadores da Relaçaa da fedia:
em mesa perante a dito meu VisoRey, ey por bem e
me pra, e por esta mando e defendo que da publica•
eaá dela erre diante nItuã pessoa de qualquer entidade
ecoodiçaiit que seja traga da China nem compre nein
por ouila algtel via aja a seu poder Chiai alc,urn assy
homem como Inollse!., nem o COAUCIII nem tragaR em suas
en lharouVoès sob pena de tudo o que o contrario fizer
perde r mil mimados, hum terço para quem a acusar, e
as dom terços para as depenas da dita Relaçael da índia,
ealem disso seradi presou e degradados por doas annas
pera ofortaleza de DamaR, as q.naes penas se executa-
aos culpados muito inteiramente. Nmeficoo assy ao
538 ARCUIVO PORTUOU..ORIENTAL

Ouuider geral do crime do dito estado da India, e ao


Capita5 ntór do pbrto da China, Ouuidor dele, e a todos
os mais capitai:is, justiças, eolliciaes e pessoas aque per.
teneer, que ora saft'e ao diante forem, e lhes mando que
aiy o comprai; eguardem, e itdeiramente façaft cumprir
eguardar da maneira que renerva contem sem dunitla
nem embargo algum, a qual será apregoada nos lugares
publicus da °idade de (loa, e registada nos Borns dos
registos da Chancelaria dela e asy em Malaqua e na
China, e resgistada lambem nas suas °amaras e feyto
das para a todos ser notorio, ea todo tempos° saber como
any o mando, eey por bem pelos ditos respeitos. Dada
na dita cidade de Coa sob o men asilo das urinas teayS
da Coroa de Portugal aonze de março. EtRely o mane
dou por Mathias d'Albuquerque do seu conselho, e 'Viso.
Rey do bulia &e. António Barbosa a fez anno do nat
cimento de nosso senhor Jf.1 Christo de mil quinhentos
nenen, e cintel°o. Luis da Gama a fez esereuer.-0
Viso Rey.
(Livro 1: de Alvarás ft 51)

185.
Dom Felipe &c. aguantes esta carta de ley virem faço
saber que imana° eu respeito 005 grandes gastos que os
meus vassallos que residem nas partes da India assy fi•
dalgos caualei)os. criados meus, soldados, casados e
daele5s fazem com os pagens portugueses que traaem
mais para aparato e faust o goe por terem delias neeessit
dado para seu seruiço,de maneira eme por osisusfentardm
aexemplo ecompeteneia doutros se endiuidaõ e na5 po—
dem comprir muitas veres com outras oltrigaçoês de rnais
aerniço de Deos e meu,. como se tent visto por esparto ti
cia dalguns atinoa aesta, parte, e querendo eu nisto pr.'
uer itera que os ditos metia vassalles com 'menos custo
se aubstentent eombreei' eomodidadh pera outras obras
mui* pias, O por outros platau respeitos, e por o assy
assentarem na mana da &laçai, das ditas pano
asscicuho 3. 639

os desembargadores della perante fllatbias d'Albo•


qnerque do men conselho e meu VisolIsy da folia,
ey por bens e me praz, e pdr esta mando e de-
fendo que da publicaçai, della em diante nenhum solda—
do nem homem solteiro de qualquer caliktile que seja
trague pagens portugueses excepto os fidalgos escuteiros
(ameleque naii forem casados, e ris capita& das torta.
lezas eviagens posto que fidalgos naü selais', porque cada
Irem destes poderá trazer thé dous pageas portugueses
emais uai, eisto taübern se entenderá mis capitaês dos
anuiou de minhas' armadas em quanto act, sa l meis te sq.

darem nellas nos teci, serisiço por capita3s, e o cidcdaa


de qualquer das cidades das ditas partes 1/3 lerá trazer
hum . pagem portugez, eos fidalgos despach /Aos coai a
capiainia de lata ; e de Orrnuz, (.."efala, álalaca, Dia,
Chaul, e Da naal poderá trazer quatro pagens portugne•
ias cada hmin dell«, eos Veedores de tainha fincada,
Secretario do estado na Ilidia, e desembargai.. loas
mais nai, sob pena de tOdo o que o contrario fizer, e
for contra esta minha ley e defesa pagar peia primeira«.
eineoenta pardáos, e pela segunda couto, amolada
para quem o acusar, e a outra ainetade pera as de.
pesas da Rei:içai, e alem disso ser degradado por
does annoa pera Chisnar> rior cada buli das ditas vezes
Qifl que for comprehendido, e os pagens ser«, pre-
aos e auerafi a mais pena que em Relaçaõ pare•
cer que merece, as quaes peaas se effeRfilamlI inteiras
mente nos culpados. Noteficoo assy ao Ouublor geral
çia crime do dito estado da fedia, eatol. os Outsiado•
res das fortalezas ecidades deite, tnnis jnstiças, otficlaes,
zpessoas a qne pertencer. que ora saü e ao diante fo-
rem, elhes mando que assy o cumpriu, e gaardern, e
inteiramente façaü cumprir e guardar da maneira que
se nesta coarem nem dunida nem embarco algum, a
sinal será apregoada pelos lugares publicus da cidade
de tina, eregistada na chancelaria /donde se caules«, os
areslados »senti°oa is ditas fortalezas ecidade. do dito
estada pera o mesmo efeito, é pera ne registarem tias
540 nnellIVO POnneanan.ORIErrnr.

suas sanares e feytorias pera a nódoa ser notorio eeem-


pre se saber como azsy o mando e defendo pelos ditos
respeitos, edas ditas deligeneias se passará certid ai" nas cos.
tas pelos otficiaes que as fizer. Dada na minha cidade de Goa
sob o asilo das minhas armas Reays da Coroa de Por•
lugar a une de março. EiRey nosso senhor o mandou
por filathius d'Albuquerque do era concelho, seu Viro.
Rey da India &e. Antonio-da Cunha a fez armo de mil
quinhentos noireuta e cingno. Luis da (doma a fiz es.
ereuer.-0 Visoi(ey. (a ).
(Livro 1.. de Arcarás 52 v. )

Is6.
Dom.Relipe &e. a quantos esta minha carta de ley
virem faço saber que auendo eu respeito ao grande per.
(sito e danno que se tem seguido aos moradores das
cidades e fortalezas das partes da Intlia e seus tratos por
as mais das fazendas para silos necessarlas correrem por
maris de Baneanes e infieis, e tratarem nelas para outros.
rejinos especialmente para Portugal, Moçadobique, conta
de Melinde, e para o Sul, pelos muitos interesses que
lhes disso resulte5, e por essa cauta os ditos morador
res as na3 poderem aver para seu uso e trato em preços
acomodados, e receberem nisso nolauel perda como de
tudo foy imformado Mathias d'Albuquerque do meu

e) Verba, ímugem
=Acordith em Relaça3 que esta ley ne8 aja efeito, mais Mel
nos euldados que nas poderan trazer papes portugueses sob ad
penas relia declaradas. Frn fielaçai) Gr de março de 95—de Alou-
- Paes— (11whada—Mora
'Outra sesta :
..Ev por eeruiço de Sus Megestade que sem embargo do der-
trecho 'de Iteleçáo acima se cumpre esta certa de ley inueirednente
em tudo oque celta se contem, e que o Chanraler usem peia
cliançalatia. Eia Goa •ali de 1/terço de 98-0 nsoltry=
= e tatu mando ias, per Sua Mageetade mo inundar ecarcomem .
-
Au por suar Inetruçoas eregimento—O Pim
FAselcouo 3.' MI

conselho emeu VisoRey que ora he. da India, e se Iam


visto por experiencia, equerendo eu nisto'prouer de modo
que se euite esta desordem ta& periudieial a meu aer-
niço eao bem commum, e por assy o assentarem ma
mesa os desembargadores da Relação da Judia perante»
dito meu VisoRey pelos ditos respeitos e por outros jus-
tos que me a isto mouern, ey por bem e me praz, e-por
esta mando edefendo que da publicaça& delia em diante
nhum Baneane nem outro algum infiel de qualquer ca.
lidada e condiçarr que seja, posto que vassalo meu, que
resida cru minhas fortalezas e cidades das ditas partes
per sy nem mir intreposm pessoa tenha trato nem man-
de fazendaq algu3s para Portugal, Moçambique ' costa.
de Nlelinde ' nem para as fortalezas e lugares do Sul, sob
penna de todo o que o contrario fiter, efor contra .esta
minha ley e defesa perder todas as fazendas que aswy
mandar e em que tratar, os dons terços pera minha fa-
zenda, eooutro para'quem o acusar, e ser degradado para
as minhas gallés da Judia por quatro asnos; e apessoa
que mandar as tays fazendas ou tratar nellas sendo dos
ditos Baneanes einfieis pagará mil cruzados, os duos
terços pera minha fazenda, e o outro pera quem o acusar;
alem disso será degradado peru Dama& por outros qua-
tro annos,e ar ditas penas todas se executara& nos cul-
pados e reunis tanto que se lhes prouar que Toma con-
tra esta minha ley edefesa. E por que os ditos Bancasses e
infieis naõ fiquem de todo sem terem trato para substen-
taça& sua, ey por bem que possa& mandar suas fazendas
pera Ormnz. Siade, Malauar, eCambaya, etratara& pera
as ditas partes que lhes assy limito e concedo somente
em todas as fazendas que na& forem prohibidas e defe-
sas pelos sagrados conciliou, leys, °g regimentos meus
sem encorreretn nas ditas penas acima declaradas, por
quanto por lhes fazer graça e marre o ey asy por
hem. Noteficoo assy ao Munidos geral do erime e cinel
deste estado da India eao Juiz dos feitos de minha fa-
zenda em elle, e a todos os capitalls móres, mais capita&s,
pessoas aque pertencer, que ora saõ eao diante forem,
512 ARCHIVO PORTIME2•ORTENTAL

e lhes mando rine assy o curnprad eguardem, einteira.


mente fanai" nornprir eguardar da rnaneira que se nesta
contem sem dunitla nein embargo algum que a elo cuja
posto, acinal será apreg tida pelos lugares publioos da
cidade de Cone registada na minha chancelaria donde 30
enviarad os tresladoe autorisadoe pelo Chanceler do dito
evadir ás fortalezas do Sul, e áde álogambique e Mon,
baça; bonde outroey será apregoada e legistmla no Li.
viro -das registos de suas calcaras efeytorim pera a todos
Per sonido e sempre se saber como aesy o ey por bem
pelos ditos respeitos, e das ditas deliv
' encias se paseará
certidad lias costas desta, e dos treslados que della se
passarem. Dada na rainha cidade de Goa sob ineu relia
das minhas armas reaee da Coroa de Portugal a onze de
março. Ellley nosso senhor o mandou por Metias d' ál•
buquerque do seu conselho, seu VisoRey da Incha &c.
Joad de Freitas a fez atino de mil quinhoaios nimenta
e crimino. Luis da Gama a fez escreuer.-0 VisoRey.
(Livro 1.° de Alvarás fl. 54 )

187.
Malhias d'Alb.oquerque &e. foço saber aos que este meu
ninará virem que Pondes Chatim, rendeiro da moeda do
ouro .desta cidade de Coa me enuiou dizer por sua pe.
tiçad atras eseri,m que a elle fora arrematada adita ren•
da porpreço e comia de sete rnil partlaus aflua quirMen•
ltls que ...MG os ordenados dos officiam, aqual elle a-
coplara com.as condiçode de seu contrato, e porqtte ela
ora mandara passar prouisad elançar pregai) que os Sm
Thornés douro /rad corremern por baia de oito tamplé
e meia vob groses ,perias, o que hera eia grande perda e
perjuizo delle rendeiro, o sor eanea ba.tatue do se 01°
perder cora adita renda por as pemons que teto adro °
noS nuer.reut honrar na moeda em Sai> Thmnés P OIS 0
nad podiad vender como sempre vonderali a 911 a avenço
e de quem lhos cumpri...AR pelo que me pedia mandara
no pasme prouisad per que todas as pessoas que tineeeem
pagem/n.0 3.• 543

Sa0 Thomés douro os possair vender pelo que quizerem,


ou que os pay,odes nouosque se a esta cidade tracem nab-
al:grafi^ por mais preço daquillo que elics valerem, guie
seria oque se deireminasse por pessoas que o entendaõ,
e receberia mercê: da qual petiça0 mándey dar vir ta
aos Vereadores e officiaes da Cem ara desta cidade, e per
seu usinado respoodera0 que naõ tulhaS duuida ao que
odita rendeiro pedia em sua petiçail no pie loca aos
Santhornés pela informaçaõ que se por elles tomo% e
que podia mandar que corrair pela ordem que correm ais
outras moedas em sua sarrafagein, o que tudo vivi° e
oparecer do Vedor da fazenda de Sua hlagestede ey por
brin cais praz, e por este mando mie os Santhornés qoe
re batem na casa da moeda desta cidade de (loa corra
pelo que valere. Ua terra sem limitasaõ do preço coe»
correm as mais mondas do nitro que se trazem de fora
aesta .dita cidade visto como ella na0 terne ulduida aisso
corno minara da sua certidair e repaala atrás na outra
nina folha de papel, e ser um prol da fazenda de Sua
Magestade. Noieficoo ato aos ditos Vereadores e otfiel•
aes da Camara, mais justiças do dito Senhor a que per.
teimei., elhes rnamio que ocumprail eguardem, e faça0
eomprir eguardar como se neste contem sem decida
.to embargo aluam e valera oomo carta ema einbargb
da Ordenana0 2.• Liar°, titulo 20 em contrario. Aii-
t!rnio da Cunha o fez ent (loa a xis de março Je 1505.
apregoe
E pura que
pelos
venlia
lugares
é noticia
publioos
de e
rodos
acostumados
mando que
desia
estas.:
eis
dei eque a prouisa0 que oanuo passado nuindey p.a•
a.requeriment0 dos oficiara da (atuara sobre os Seu-
1, ume na8 valer.] Mais que oyM tangas e tnea se noa
guarde dariny um di an t e porque por esta arima,
is e-ey
1_:0t,:.bstrh ql. 124 tenha força nem vi
gor em juixo nem fina

ns. Luis da -Gama o fr. escreue.r.-0 VisoReg.

Livro 1.• de Alvarás 11.56 v.)


544 ARCITIVO POISSUGOSZ•OMENT.S.

188.
Dom Felipe &c. a quantas esta mirtha carta de lry
virem faço saber que amado eur respeito aos Reynm de
Pear estarem de guerra eaver .11. grandes deuisobs,
e por essa causa estar anue% rrauegiaçair impedida, e as
Mos que della alerta este sano presente SiTPla sem car•
gua como de tudo foy informadaMathias d'Albuquerque
do meu corselfro e meu VisoRey que ora he da Ilidia, e
a experiencia o tern mostrado, e cumpre ao Serilia0 de
Duos e meu, e bens de mem vassallos estinguirse por ora
a tal moega-cair, por todos os ditos respeitos eoutros justos
que nte a isto- morrem e par assy parecer sus descaiba ,
dores da mesa da Refaça& das ditas prures da bali,'
Vy por bem e use praz, e por esta manda e defendo q.e
ria publicaçabt drila em cliente renhiu pessoa dequalquer
nulidade e condiçai que seja vá a nenhum dos portos de
Pega nem nacregue para Mies em endro:maçai, suas on
alhear sob pena de todo a que o contrario fizer perder
as tais ernbarcaçor's e fazenda, que relias forem, eOS

1?etca ume pmuirem a todo o tempo que se lhe progeb


ametade para quem os acusar, ea outra ametade pato
se despmas riu minha ribeira de Goa, e esta defesa se
cumprirá eacera efeito perla dita maneira em quanta o
dia, meu VisoRey que ora he da indie rumes por bem e
rabi mandar o contrario, a qual será apregoada ra cidarfn
de Goa e na de enchia], eem bbirgaratabi e Santherne
para a todas ser notaria ese saber corno amy o mando e
ey por bem pelos ditos respeitos. Notefierm amy a mim
ao rapinams mirres, mais capitais, Onuidores, justteiN
dilema, e pessoas a que pertencer que ora sair eao diante
•foreni, e lhes mando que assy o curnprafi e g.. 1.1e. '
einteiramente façai emnprir e guardar da maneira a..
»e nesta contem sem <buliria nem embargo. Dada el!.
rpinha cidade de Goa sob meu solto das murar.
armas Reaes da Coroa de Portugal a treze de Abel.
Enuy cos ,„ sem,„,, 0 ,m,„,10a m ,
p„, thi .„1,Alhoque!'•

que cio xeu assoalha, seu Vtsolley da •ledia ao. Lute


3-.• 545

Gonçalves a fez armo do nascimento de nossoGenhor Jesu


Ghristo de mil quinhentos noueota e chego°. Luis da
Gama afez esoreuer.-0 VisoRey.

(Livro 1.* de Alvarás fl. 57 e.)

189.
Dom Felipe &e, aos que esta minha carta de ley
virem faço saber que auendo eu respeito ao asento que
perante o meu VisoRey da Iodia se tomou pelica de-
sembargadores da mesa da Rela9a5 e por justos respei-
tos do bem comum dos moradores da cidade do Nome
de Deoç Aas partes da China, por esta minha ler man-
do edefendo que da publicaçaii deita em diante nhu5
pessoa de qualquer sorte e eondiçaii que eeja na5 leue
nem mande aJappai5 ceda alguitfóta do- contrátoque se
fizer na dita cidade, pelo grande perjuiz o que os mora-
dores deita disso recebem, eob penna de ser perdida toda
a ceda que for achada fóra do ditis. contrato, e mudo
outrosy ao Ouuidor de Macháo que todos os ermos tire
Particular deuassa das pessoas culpadas nesta minha de-
fesa, eproceda contra rifas até final sentença, dando a-
pellacazi aagmuo em toda aconfia que passar de vieste.
cruzados que 86 neste caso mime lhe dou alçada, eaceda
que constar pela deu-acta ser perdida aplicará toda para
a minha ribeira da cidade de Goa, e cemstarafolbe per
d enunciaçaif fóra da dita demissa aplicará o temo para
fia cariam, e o terço para adita minha ribeira, eo outro-
R
terco para adita cidade de filacháo e para o acusador.
esta minha carta de ley se apregoará nos lugares pus
hlicos <1.8. dita cidade Madio pema todo. se'rautoria,
da une se lará as.uo, ese registará nos limos da Ca.
mura, Noteficooessy ao dito Guisidor, mais justices, offici-
aes, e pessoas. a rine pertencer, e lhes mando que o.
romprael eguardem, e Caçaú- ilateiramerire cumprir edar
ruida .ecuyaa como nela Ire contenda sem diluiria
semerobargo algum. Onda na minha Mude de Goa

69
546 ARCAIVO PORTIMEZ.ORIENTA4

sob o sello das minhas asmas Reaes da Coroa de Poeta.


gal a xiiij de Abril. ElRey nosso Senhor o mandon por
Metidas d'Albuquerque do seri conselho, se. VisoRey•tla
Sadia &o. Antonio da Cunha afrz anno de mil belltb
(1595;. Luis da Game a fez escreues.-0 Vi.1(fy.
(Livro 1: de Alvará. 6.58 tt'.)

190.
Dom Felipe &e, a quantas esta minha carta de ley
virem faço saber que por justos respeitos que soe . ysto
munem de meu soro iço e bem comum da fostalem de
Maluquo, g por assy o assentarem os desembgrgadores
de minha Relacaci perante omeu VisoRey que ora he da
Sadia, ey por beto eme prae que todos os nonos se ele-
na dita fortaleza de NIaluquo pelo pouu deita Minguo
homens casados em piesença do (Moldar êo Padre Rec•
ror da Companhia de Jesus pera os ditos eleytoe bisem
fases crauo e mantimentos nas ilhas que náô estinerem
de gnerra per conta de iodo o povo, e por elle se repas.
tis a respeito •do familia e ealidade de cada hum per
ordem ao diio Gualdo,. e Rectos, e os ditos eleitos se
renexasaõ em .cada hum atino para que »aí,- sejart sempre
eleytus as mesmas pessoas, eedito eram, e maittimen•
sus podereis' hir buscar como dito he os dites eleynts
todas as Ilhas posto que estejair de treggás excepto a.
Manilha onde [MCI poderá hir ninguein por altura casei
eo capittuô da dita fortaleza de Maluca, que ora he
pelle tétano em cliente for, naô poderá intgedit aos ditos
eleitos co, cada hum nono hirem fazer o dito amua o
mantimentos, sob pena de pagar mil cruzados para as des.
pecas da Relaçai3, eatter o dito porto por elle as perdoo
edanos que receber, e se lhe dar em culpa em sua se•
sidencia; e para que atodo tempo se saiba o que P" r
esta minha ley mando eordeno será apregoada em Me,
loco, e registada na feytoria da dita tortaJesa, eno car•
mio do juism da Onuidoria derla, de tine os oificiset
/ACOIMA 3.. 547

passara5 sua certidar3. Noteficoo aosy ao dito Capita5,


Ouuidor, mais justiças, officiaes e pessoas a que per-
tencer, que ora soa e ao dianta forem, elhes mando que
asev o comprar) eguardem, einteiramente faya5 eornptir
e guardar da maneira que dirá he sem &tolda nem eras'
bargo algum. Dada na minha cidade de Goa sob meu
seno das areias Reais da Coroa de Portugal a de
Abril. EIRey cesso Senhor o mandoit por Mathias d'
Albuquerque do seu conselho, e VisoRey da India•&e.
Juari de Freitas a fez anno de mil belRb (1595). Luis
da Gama a fez eacteuer.-0 VisoRey.

(Livro de Alvarás 41. 59 )

191.
Prouisar> em forma de Regimento
para oHospital de Goa.
Mathias d'Albuquerque, do conselho de Sua Magesta.
de, Visortey da lndia &c. aos pie esta minha pronisa5
em forma do Regimento Virem faço saber que eu fuy
informad o do rrptvtos inconnenientes e perjuicrm que
se seguia5 ao sert;iço de Deos e de Sua Magestade das
tisitaeolIs que se tazia5 aos doentes do hospital per pra.
.I:ts que com cilas ti nhab" razari de parentesco ou de C.
',linde CM dano dos mesmos doentes por lhes !murem e
mandarem colmas que lhe elles pédia5 de seu apetite
ed'esejo contrA ordem do fini000uoircargir5 edo mor;
dorna, com inquietaça5 dos mais officisea por sobirern
114 9 edecerein outras todos os dias pella menháa ea
t!rriár, e entre ribas as cerra alguris pessoas Com perpo-
,Ilo de vinganea como já aconteces leuando armas 3,
.j. .S, e querendo
e em tudo prouer com bastante reme-
'O, .me pareceo deuer ordenar este Regimento para as
guardar sem dooi,la .nará contradiçaõ algul juntamente
° soe se guarda no dito hospital ore tienetiluio
.03mesmos doentes.
Neehul pessoa de .qualquer quallidade e ~1;9.5
MS ARCIIIVO rOIRTC•11.••RI6NTAL

que seja hirfi ao hospital . visitar emfermo algum neta


se pura ás razoe-scom o porteiro para lhe abrir a porta,
e querendo entrar por força, e dizendolhe sobre isso po-
leara ou pelouros escandalosas, mandará o enfermeiro
mós a tal pessoa á cadea, fazendo o estriaste'. do dito
hospital hum auto primeiro da causa 4 sua priamS, o
qual remeterá ao Ouuidor geral do crime para proce•
der contra adita pessoa, eacondenará em doae anuo,
de. degredo para Darna.S.
2. Se todavia o homem que for uisitar ao dito boa.
pitai algum °informo constar que he seu pay ou irjnaa,
poderá fazer adita vesilaçaõ tendo licença do enfermeiro
mór, esendo primeiro bem visto peito porteiro do dito
hospital que nafi lrue espada nem adaga, nem outra arma
ofenciva nhaft; ese contra este exame quiser entrar, í
porta da escada felá da mesma maneira preso, econdena-
do no dito degredo. E se depois de feito o dito exame
for achado com algué arma efficorrerá lambem na dita
penna, e aduiriirsseá o dito porteiro que quando abrir
a dita porta pera alguem sobir tendo licença, esendolhe
o dito exame feito, que lhe feche logo aporta com adita
oba.; e ao deeer o deterá hum lfreue espaço primeiro
que lha abra olhamdo para cima se vem aja. ell e broa-
datado algum ofticial, porque soneto asy, lhe tenha fechta
da a porta thé que seja preso e castigado comforme a
nulidade do delito que liuer cometida.
3. E na ditas pessoas que assy fixem visitar por rama
d<> parentes " que d« ]areY , c da licença que titterel_o
dito einfermeiro inór, naõ poder.- rabie indo que Wela 0
vistos, nem o porteiro lhes poderá abrir aporta senaõ de-
pois que o fisico e cirurgias forem idos pera fóra, assy .a,
menhaSs como ás tardes, p rque na& colmem que no no
do cites fazendo sua obrigaeaõ com os enfermos tenh"
perturbaçaii com visitaço., e no tempo do sillencio por
Alta caso abrirá a porta a ningem, saluo a pessoa do p,s,
prio emfermeiro mór, se lá for.
4. NaS deixará também o dito porteiro leuar anha a
destas pessoas mimos algfis aos emfermos que yes,,..w'
TASCICULO 3.' 549

nem comida se lha quiserem mandar, porque as mais


das vezes he diferente da que lhe ofieizo ou citurgiaõ
manda dar, inda que os ditos mimos roje." bons em sy, e
acomida milhar guisada quando naõ for nociva como
pode ser, senaõ se o enfermeiro mór dei licença do Sais
co ou cirurgiaõ pera se lhe darem, pera oque se lhe as •
presentaraõ primeiro que se aceytem 011 se engeytem,
esem embargo disto as ditas pesoas aprofiarem em querer
mandar os ditos mimos e comida por seus r1100. para
por via doutros do -dito hospital se darem aos ditos doen-
tes, eeraõ os ditos moços assoutados dentro no dito hos-
pital naõ pa4sando de quinze atinou, ese passarem em-
rorreraõ em pena de degredo por hum anuo pera as
nenés, e a mesma pena terra, os moços é seruidores do
dito hospital que ecciterem os ditm mimos e comida
sem alicença da dito emfermeiro raro., ou se comprarem
bulia per mandado dos ditos emfermos elha lesarem.
5, Nem menos deixará o porteiro lesar escrito nini
de Mugem adoente algum, esis,o moço que oleuar de-
pois de ger pela primeira avisado que se vá e naõ
trague mais cartas nem escritos tornar tom eles, será
arooutaik, no dito luspital, e se tiuer idade encerrará'
riu pena de degredo por hum asso peru as gallês, por
comprir. multo ao seruiço de 'Deus ede Sua Magestade
eá quietaroil dos ditos doentes naõ terem nein recebe-
rem cartas nem escritos de fóra, saltio rom libença do
emfermeiro mór vendoos primeiro pera os mandar dar
ou romper se4he perene ,.
6. Sendo caso que algum escrito destes seja de mo—
lhe , que nar, for sua, molher ou may do enfermo Para
que hia, ou de sua irmak eneorrerá a dita molber em
broa de deis pardáos pera as despesas doi dito boroital
le.bronie e porteiro que mai ey por bem que se dê
,c9nta ala.;a'Mi] mofemo, inda que seja de AM pra.

mferrneiro
'ria
e nlOihCr mór,
os de
efilie
sua dar
may,
licença
sem para
primeiro
os poder
o lesar
entregar
ata
coifem., porque vai,- nelle escritas algillas coesas que
perlar:. meienconicar einquietar, eas lhe acrescentar
5,50 A.FITVO YORTUOUEE-061.TAL

COM 1980 ainfermidade, ese os seruidorcs do dito hos-


pital leuarem ou trouxerem secretamente recados, car-
tas, ou emito, encorreraõ em degredo pera as gallés por
hum armo tendo idade para servir peitas, e se a naó
tiuerem senta assoutados no dito hospital. E terá odito
porteiro cuidado de saber quando o phisico, eirurgiaJ,
e outros offieMes entrarem se os moços que leuitá ano
seus, porque nitri o sendo nua subaG com elles, ese oforem,
que net; leuem cartas nem escritos aos doentes ,nem a'
tragar>, ¡sorgos sendo achados coas elles encorreraA na pe•
na sobredita.
7. E se o dito porteiro deixar entrar e mbir algfia pese
soa, eleuar Minlos e comida aos ditos doentes, recados,
cartas, eescritos sem lioença,do dito enfermeiro mór, e[ma
guardar em tudo aordem deste Regimento, de qne estairli•
bertos os Relegiosos, será por qualquer culpa destas em
que for comprehendido, privado do dito cargo, e encor-
rerá em penna de degredo de deus atm,. para Darnaii.
Noteficoo assy ao einfermeiro mór, que ora Ire 000
que pelo tempo una diante o forem, eao ernfermeiro,es -
árintd3,porteiro, e, mais ministros de dito hospital, elhes
mando que esta prouisaõ em forms de Regimento cum-
prad eguardem, ea (açaí,' inteiramente :rompei,. e gn.•
dar sem duuida nem embargo algum, a Inal valerá enmo
carta começada em nome de Sua Magestade e aselada de
seu selo pendente sem embargo da despossiçaõ em u0a.
trario do 2.• Liarei da Ordenaçaô titulo 20. E ee. pu -
blicará no dito hospital para que a todos seja norore?,
se na.0 possa alegar iguorancia, ese registará no Ltutro
das lembranças que acne 'moer para que a rodo tem
se saiba que c ordeuey e mandey asy por seruiço dá
Deos e de Sua Magestade, e bem dos doentes, nome
dito he. Antonio da Cunha a fez em Goa a xxm
Maio. de mil quinhentos nonenta e einiquo. Eu Jorge ds
Lemas a fia escreuer.-0 VisoRty.
( Liam I. de Alvarás A. 60
FASCICIILO 5.. 551

19'2.
Metidas d'Alboquerque &c. aos que este meu aluará
virem faço saber que eu fuy innformado per alguns Ir.
maZis desta Casa da Santa Misericordia zelosos do bem
della que molda nas eleições passadas destes esmos
atrás desordens perjudidaes ao seruiço de Duos e de
Soa Magestade e ao creditou reputaçaõ da irman-
dado. della acerqua dos vetos que se dausiô para os
eleitores que auia5 de eleger os oficiaes e innaôs da
mesa da dita Casa, que sa5 doze em numero para ser.
uirem nella hum anno, como be costume, cada hum
no oficio para que foy eleito, e querendo :atalhar as
ditas demsdens de que anue escandalo no pano com nes
Ç6SSElit0 TeffiediO para as na5 soer mais dtmey em diante
sabre os ditos votos que os loussõs em geral da nobre e
somenos condiça5 da5 para na conformidade delles se
eleger os OfiCia.81, e mais tonai', da dita mesa, peneis
geei minas cem pessoas amues, ecom seu 'parecer as.
matei passar este aluorá coma proteitor da dita irman-
dade nestas partes em nome de Sua Magestade, pelo
qual andesse e asando que no dia que ora vem da Vis
"44 da Virgem Nossa Senhora a Samsa Isabel, eem
'tido.. Saio -dias coe pelo tempo em diante se seguirem
em que. onnerens de fazer as ditas eleiçoõs, se naõ deus
`diios acalmas para deitares aos off:miam e mais irmaas
da dita atices que mutualmente seruiraõ este »110 ré
dita dia da Visitaçaõ sem nos que serairaõ anilo o aos
50 prexinto passado, porque votemdosse para eleitores
uns muros Infletis fique ma eleiçaõ, e aque elles flue.
ceia depois de eleitas para oficiaes e irma5s da dita mesa
do anuo seguinte, semdo mais canoniquas e puras sem
se .emsensder nem ver nellas afeiçaõ nem odio a despei•

to ou comprazinlento daqueles que por respehos .boas


ets mana presemdem ou deseiaa ser oficiaes e irmaZis da
mêse odito enno, visto como he esta atenteais' do
Compromieso e do juramento que para mita Utreito se lhes
552 ARCAIVO POYMIGUEZ-ORIENTAL

<liisque emtaa se fique jaula fmteiramente guardando


quando se nata daí/ os votos pura eleitores nos que de
pmeemte eeruem ou seruiraa oonno,atrás senta naquel•
ler Irmaá'a que podem sentir por se rafar Ilaremento
nelles sem pejo de uns presumça ore turre-mia deporattio
tempo. Notefiquob asy atodos os Irrnaas, da ditairman-
trade para que votem lioremente emvfortnandosse mui
suas consiencias aesta minha ordenança 11,ila em trame
de Sua Magestaddpelas sobreditas causas que me morre-
rei/ faze% oiro. teu VieoRey e proteitor deito pela
mesma razaa nestes estados, e Irmafida dita irmandade,
aqual ordenança os ditos offleiaes e mais Domas da
dita mero, que ora sufi epele tempo em diante eforem,
'guardai-Mi infuliuelmente sem duuida nem tontradiçaõ
alges pOr muito it1.0. correPpondente is da Compro.
calmo dá dita Casa, eemeomendo ao Padre Dayaa da
Sé desta cidade, irmaõ da <lira irmandade, da parte de
Sua alagertade, eCM ser nott,e lhe mando aelle, ou a
quem assistir na aceita çali dos autue que re derem para
eleitoree nea aceite nenhum que for primos presentes da
dita mesa nem para os dm nano passado, ée Prouedor
ao alimpar da pacta das eleitores mia mandará tirar da
mesa oa mais Irmaas corno se jO boa rem !mormo e",
candallo (sie), por quanto 40 castrada, que eu Ima es•
pero pelo deepraoer que Sua Magestade pode ter de e*
nua guardar esta dita ordenança ane em seu nome &a, se
se guita moldar eu que se naa guardem ar daas ele°.
opas, nem *e faça obra porellaf, eque se procedam.
toa ou culpados COMO Ille parecer, ase *alertem .1111.5
Ia forma que einteruder que cumpre ao fremi., de OCO,
ede Sua Magertade e á estore da ditei irmandade ;
este dito aluará valerá nomes carta <orneava., em nome
ale Sua Magestade eselada de seu -sele perodeem eerrt
embargo da disposicall em contrário d. Oedenaçaa do 2 .
.

Duro, nauta sa, epomo que ma pe., pela ehameelayla


sem embargo da dita Ordena.$ por o Chanceler em
fora de cidade,. eainateria nua requerer eeperarese por
elle pra° are em maior beneficio da dita irmandade e se
Ireee/eULO S.' 553

aver de croitoar logo,. ao apregoará í porta da dita Mi•


saricordia asty ás "esporas da Visitana6 como ao dia MI.
ias rir cornesarem os ofieios para a todos ser notara
orlar ase ordeno no dito aluirá de que se fará assento
nal oost;s, e se registará depois no Limo dos regialoti
das prouiseía. que há na dita Casa tizaindosse printeigo
na dita porta acabados os ditos dous pregoPs aque as-
sisiirs hum meirialto cora seu cambiaô para fazer a, di-
tas diligencias enaõ consemtil que se tire da dita por.
Ia, efeitas o emtregará ao escrivait da dita mesa colan-
do presentles os ofi.aes deita eirrnaõ$ com o dito Dayaò'
para que o ira e o guarde para o registar, e ar pôr cana
oe outros aluarás eu proniSoís que, ertari- na dita Cara.
Potéasó' alarma o fez. em Goa a nal:6j Janho do 31.
D. IA.1, 1595). Eu Jorge de Lemos a fia escreuer.—
O ViseRey.
(Livro 1' de Arearás 563 v.)

193.
.11Iathias d'Alboquerque &e. faço saber aos que e.10
aluara. de ley rirem que por justos respeitos que ma ah*,
mauenx.ruiço de Eua. A1ageztade, bem de mias ar-
'nadas que neste estado traz para guarda e dofernçaõ
OIlO,ey tear bem e me praz, e por este marido odefein•
do ma aen .nome que da publimmert delia em diante
»Min to navio de qualquer serie que saia e de qualquer
Paasea, ealidmle, eenedieaõ »ar, navegae nesta costa da
lenha 01,01 marinheiros Canarins e Tambonas, sob pena
de amotinar em ...Umente do dito naei'ti t amolado pára
quem
eaptiops
oacusar,
para ar e
galés
a intra
do estada,
arnetade
eopara
donosedocomprarem
dito -tareio

ser degradado cirnquo annos para Cailaa ~1 "calista':


rem os ditos
outr.y
merirrlo4rAa
respeito ás
a muna
armadas
grartnle
de ,kieo.Magestarlo
falta rine trila
rlaaudo,ôs ditos nata. isa trazem; e eSte,,CfC0*.p,replathr
aerla ei,Jruke a nas terras de f-toloare e Bardes, eornde
"Winfit Pata a' ,miga ser not.- kl, e do publieaaa&
as
554 nOtaVa PORMi1,62•ORIENTAL

se rant assento nas costas delle. Norefirimo asy ao Ou.


'lidar geral do crime, e ás mais justiças, oficiam, e pus.
soas aqoe comprir, e lhes mando que o comprar; ogim,
dom, e façaõ inteiramente comunr e guardar como os
nelle mantem sem dimida nem embargo sigam, e vale-
rá como carta conmsada em nome de Sua Magestado sem
embargo da desposiçaõ da Ordenaçaõ do Liam 2•titulo
xx em contrario. Antonio da Cunha o fez em Goa ao
primeiro de Julho de 1505, Eu Jorge de Lemos o fiz
escretter.—.0 VisoRry.
(Livro 1.• de Almrás fi. 65 e.)
Segue.se este armam:
=No Limo 7. 11.80 está registada. aLey sobre muitas falei-
dades eeomItdos que os criataós da trem e gentio, moradores
nesta cidade e MS terras de &lacte e Bardes tem mmetido e
Cometem ordinariamente nas demandas crimes e ciseis.=

94.
Mathias d'Alboquerque &e. faço saber aos que este
meu aluará virem que avelado eu respeita aos (armes
que semeia de alimpar e pernmar os eaualios dos fidal-
gos, oficiaes delRey meu senhor, e dos eidadõis desta
cidade, edoutras pessoas que aelle vem dê fóra e acraY
residem, naõ quererem seruir nem primeiro lhe pagarem
dantemaõ tres pardáos que de rillattO antros a er,13 parte
onsturnauaõ letras de rua bata e murara. naõ sendo este
o milito e premo amtigo, mas conforme aelle anotem os
bazaruquos de sua bata cada dia para comerem, e aca•
bade o meu buiu pardáo douro, o que he causa de gas•
tarem a tal manara amtes de a verneerem em mus vi-
elas e custaram desordenados, e de naõ sentirem berno
muitos (agirem com elle, como de lado fuy imformado,
e a experiencia o teta mostrado ;e querendo eu nisto pro..
cr er pelo que cumpre tfirseruiço de Sua Mageitade eao
b eto comum de seus, vassallos, e dos moradores desta dita

dade, e por asy parecer aos desembargadores de Tesa


° Rd.çgíi, ey por bem e me pese, e pot este Maude'.
PinetCUIM 555

daferndo em nome de Sua Magestade rine dermy em di—


Unte nenhoit pessoa de qualquer caudais econdienü que
heja que alterem ferazes ou os quiverem ter para se ser-
virem delles em seus caoallos lhes mó* paguem munira
alguif adiantada, somente lhe dé a sua bata de cada
dia para seu mantimento, e ao cabo do me* depois de
aterem vemcida hum pardáo douro da maneira que se
fazia amtigamente, e isto se mi] ernienderá nos falazes
que nesta cidade tiuerem suas molheres efilhos, porque
a estes como a mais seguros lhes poderaé dar adiantado
burn parido para dez dias para se sustentarem, e mais
naé, sob pensa de todo o que o contrario doer e for con-
tra oque mando perderem a nmaarAque derem ou floe-
ma] dado adiantada aos ditos ferem. cem mais 'Meta
direito contra chicanem os poderem obrigue a lha tornar
cera a&medrem otempo que lhe folar fogimolhe com cila,
epara que a toda. sela notorio mando que cita seis apre-
goada pelos lugares judaicos desta dita cidade, de cite
se passar' certidaé naaoostas della. Notefiquoo asy ao •
Omidor geral do crime desta corte, e a todas as mais
ofieMes, e pessoas a que pertencer, que ora sa3 e
ao diante forem, e lhes mando que asy o comprai: e
guardem, e imteiramente fomMt comprir e guardar da
maneira que se neste contem sem douida nern embai,
go algum, o qual será outrosy 'registado no camara des•
si dita cidade para sempre se saber como assy a mas.
As eordeno pelos dards respeitos, evalerá como carta
passada em nome de Sua Magestade sellada sera
selha peaulente sem enibargo tia Ordenaçari do 2.* Li•
orh, titulo 20 que dispoè o contrario. Autuai() Barbo«
oI , em Goa a viij de Outubro de 1;395 Luis da (lmna
.
o fez esereuer.-0 VisoRey
(Livro 1.* de Alvarás fl. OS )

195.
Mathios.d'Alborgmrque &c. face ?ober aos que este
meu abam. virem.como San Oingestn4e moi P"Heglar'
556 aacuivOlatOrerOGUEZ•Onimerat.

mente me emaomenda quertlé ordem como na fortaleza


de DM por ser fronteira aja vigia de soldados na porta
Jena c quartos como se fazem em °imo., e que dentro
noite vitral; os que pá -lerem para millior segurança e
guarda da dita fortaleza, pelo que ey por beta e me pra:
que o C:tantas-3 da dita fortaleza de Diu faça viver na dita
forinh,, os casados e soldados que llie beta parecer1 a
de haus eoutros faça alardo e repartirá todos os que a.
eller pelo dito alardo por quartos para vigiarem a porta tia
dita fortaleza, liana pela menhaa té o meo dia, n outros
desde Imã rira até o sol posto com suas armas que para
este efeito mandará que !ruem e tenha?, comsigo ast
mesma poria, eera quanto nall Metem estas vigias naõ es-
tará a porta de lodo aberta inala que o postigo peqUe00,
os porteiros ordenados ádita porta temi tal aviso pio por
nha caro deixem entrar pessoa alguit que por corioeidade
nquiser ver sem deixar as armas, equerendo° dito Capi.
isO sair fora da fortaleza na3 ficará a porta aberta sem
menos o acompardiaraít os que nuerem obrigaçaõ de a
vigiar aquelle dia; eordenará o dito Capitaii quatro cor-
porais (sie )soldados de confiança, ea que os outros te-
',baú' respeito, e repartirá toda, os casados e soldados por
elles 'atito a hum como a outro, entrando neste numero
sena proprios criados que tiuerern idade para serUir, e
ssy ordenará hum apontador que faça rol e ponto de to.
dito para que min' possa faltar algum na dita vigia rent sa-
ber. E hum dos corporais (rio) vigiará pela- manha com
agente que lhe for ordenada, eoutro átarde, e outrodia
logo seguinte os outros dous, de modo que cada dia aja
duns begias corno dilua dito. E faltando algum casadtto.
soldado na dita vigia na3 estando doente, o dito aponta-
dnr lhe porá ponto para se lite descontar aquela lia que
falta quando se lhe pagar o qual-tal. E aOs ditos cor-
porais (ria) se lhes &tratei mais hum quartel pelo traba-
lho que ande ter mu geus oargos, aos quaes o dito r'apt•
tiO pa,ará suas pr., i,oè3 .por virtude .deala COMO se ara.
em Orli, oz, e os obrigará que vali é ditit vigioe cumpra°
com suas obrigisttias liteiroutente, eesta utesrUa pede
PASCICULO 3.. 557

tera6 ecumprireê os Capitaês que pelo tempo em diante


forem, por Sua hfaeestarle oaser assy por muito se:leen:
alço. E para uir ánoiicia de todos inundo que esta se
apregoe na dita fortaleza de Diu epelos lugares publicos
delia, eserá registada no bilro da feitoria de Sua Ma.
geatade para que fique por ordinaria a(meado quartel que
o. ade dm mais aos dims corporais (am), e para se leoas
em corola ao feitor que ora he ria dita fortaleza e aos que
pelo tempo cal diante seruirmn o rido cargo. Notefiquoo
asy ao dito Capitari, Ouuidor, e OfiC2C,. C peSCOCS a que
este for apiesentado e o conheci men:o delle pertencer
eaos que ao diante ferem, e lims mando que asy o cum.
praZI eguardem, einteiramente tarjai; comprir e guardar
em todo e por todo da maneira que dito he sem dunida
nem embargo algam, posto que o efeito della aja de da.
TCc mais de hum anuo. C nau peara pela Chancelaria sem
embargo dar Ordenaçoes em contrario por ser do seruiço
de Sua álagestade. Joaii de Freiras a fez era Goa axiiij
de Outubro de Al. D. LRI, (1595 ). Luis da Gama o rex
eacreuer.-0 risteRey.
(Livro 1.• de Alvarás fl 66 e.)

196.
%UM« d'Alboquerque &e. aos que este meu aluará
virem laço saber que auentdo eu respeito aser da obri•
gagaZi dos feitores das fortalezaa deste estado marrale•
rem á casa da fazernda dos Contos cadernne ,dos paga.
mentos dos soldados para se lhes dar despacho ede:mon-
tarem na matricula, o que alguns nart fazem, nem cum-
prem neste parte particular o Regimento de Sua Ma.
«estado, de que resulta nral se poder com tempo atalhar
muitas desordens que lia efazem nos tais pagamentos,
117 cru se pagar mais gemte da que he ordenada acada
fortaleza como em matriculas de pessoas que neta resi•
riem nelas, o que he em muito prejuizo da fazenda de
Sua Mageatade e perda della ' pelo que em seu nome
'9 undo a todos os feito res de dito aehtror era geral ea
558 flOetltVO PORTIAIIEZ•ORIENT/L

cada hum em particular que cumprad o diM Regimento


inteiramente facetada eS pagamentos pela ordem nelle
declarado, e tanto que forem feitos os mande logo ao
Vedor da fazenda ficamdolhes o traolado aütorisado, sob
peus que nal; os mandando tudo o que re nelles depoilt
achar que foy pago (fira da ordem do dito Regimento e
das proulsoës que aclare isto oad passadas aoy em se oagar
mais gemte da que heordenada á tal fortaleza coa- mem
d.j.!un que aja na matricula aos descontos por qualquer
via que seja, otal feitor pagar em dobro á fazemda
Sua Magesiade tudo o que nisso momtar nem lhe ter rec.,
bido escusa alguft pot' que deixad de cornprir o dito
Regimento e inanida, os ditas cadernos, e tudo afina
de pedirem depois ouprimentos e retardarem ao coaras
logramdosse do dinheiro, ornando ao Vedor da fazennla
que tanto que vierem os ditos cadernos e constar por
por eiles que se pagou mais gemte da mie be ordenada
á tal fortaleza, ou que na matricula se deixar. de (alce
al g uns clescontoo,'faça logo carregar em receita •obre
o executor geral dobro do que nisso monifm
ter Cuidado Immo que o xiito. 'feitor vier dar sua
conta ser logo executado em sua pessoa e fazeinda
pela dita comtia, e a metnna diligenteia e arrecadaçad
fará o Prouedor rufar dos contos ao tempo que os
feitores vierem dar suas corola. sem lhes esperar
o fim deltas, eano:semeando elles certidad que fama
constrangidos pelos capiialls a pagar mais gemia
da TM Inc ordenada fará logo carregar em receita por
lembrança sobre o dito executor o dobro do que nisoo
montar para o arrecadar dos 'ditos Capita d -o c por siaa

fazemda. E por quanito Soa álagestado lhes tem man,


dado e defeso em seu Regimento que per nenhul via se
entrornetad em rua fazenda, nem mandem fazer despe..
za alguà posto que tealmá poderes de Vedor da f.en -
'ela, ea mesma ordem tonados feitores no pagamento doa
nademaa da parerntes eeriad. dos Capitai- is nad pagë. -
do a cada hum mais que aconfia que lhe conotar pm 8"f;
tidad do escrinad da matricula que vemce de quartel
Motertarto3.' 569'

reentlando os nademos pela maneira acima a caiu tecen-


do de lios, ou certida6 do eserim6 da feitoria de como
lhe lembrara6 que os inundasse descontar por FPI' Obrjay.
ça0 ene, ecomtando ao ' ,moedor mós da casa da faze n da

doe Cheios que te pagou por cites mais confia rin que
Mima de quartel. ou que alguern sal hiba vemeimento
para se descomter flIrá logo carregar em receite sobre
oexecutor o dobro do que receberei"; para o arrecadar
pela fazernda dos ditos mpiteáe. Notefiquoo my ao dito
Vedor da fazemde, Promdor miar doe contos, leitores,
mais olliciees e pessoas a que pertencer e lhes mamilo
que ocumpra"; e guardem, einteiramente feçaõ cumprir
e guardar como se neste contem sem dunida nem em-
belgo elgurn, e se registará na cena da fazenda dos
motor para ,quando vierem os cadernos a elle dos d9os
leitores se fazer o nelle declarado; e valerá poeto mie na6
passe pela Olianceleda por ser do seruiço de Sita Nleges.
tado, e o eleito deite aja de durar mais de hum sono
~embargo das Ordenaçofis em contrario Esmoa'", Nu-
nes ofez em Coa .xxb de Outubro de 1595. Luis da
Otime afez escreuer.-0 VisoRey.
(Livro 1.' de Alvarás O. 69 >

197.
hlaihies d'Alboquerque &c, faço saber am ue este
Meu aluará Mr.a que amoldo eu respeito aos morado-
res da cidade de Chau' na6coneentitem na alfamdega que
está eolenememte amormado por mandado de Sua Ma.
gestede, armes permuerarem em motins, leoantamentos,
edeemdena de gramde,scamelello e desseruiço do dito
Senhor, e aamornes que sobre este particular te tomou
pelos desembargadores da mesa da Relaça6, ey Por bem
eme praz por virtude dodimessemto que todas as fazem.
das que mirem de Chau' para qualquer fortaleza deste es-
tado ou pare qualmmroutra. parte que nua 'coarcto nor.
" 4 feita pelo eserium3 dalfandega ou feitoria treinada
P.. sue. a podo. ferrar da Chard para eer valioea de
560 ARCIIIVO POtrliffMn.PIENTAL

COITO. IN•640116 que asmandaõ par sua comia pagartid


direitos .dellas• por manada, esairado par coime doutras
pessoas do corno pagarad.por saida na dita alfaia dega de
Chaul, tenni todos perdidas. para a (azeitada de-Sua Ma-
go:uai/c sem rem . te/h.
/ idint, o que se einternderá nas
fazerndas que deitem direitos por }/effl do Regimento da
dira alfandega, os quaes serer, carregados em receita roo
bre os feitores das ditas fortalezas, e as ernbareenoês em
que as taos fezemdas se carregarem serad tadbern perdi.
das net/ mostrando o capitaõ da entbareaçad certfriftri. do
feitor de Chael de corno pagared as partes dos direitos
deuidos na dita alfandega, e se algud armada do estado
achar alguiis embareaceds depois de sairem da dito
Chaul eneltaa achar fazendas sem certidad de como pa-
garei/ direitos pela maneira que dito he, o aapitad mós
da dita armada as totnará• e fará logo imverotatio aa
tempo que se tomarem, e as met:alará a esta cidade onda
se carregarei,- aro receita sobre o feitor de.Sua ti:iates--
rade, e tornan tose as ditas fazendas. em alguit das for-
talezas, aquitute. parle se repartirá pelos oficiaes deitam-
dega dell, pelo nado que se declara por outra pro-
aisati, e tomando,oa no mar por algum anilo dartnada
a dita qiiiinta paire se repartirá pelo capited esaldados
pelo modo que se declara nu mesrma prouisad, e esta
defesa se nad eutenderá nas fazendas do Melique ede
eeas vassalos ao quaes liuremente porferad nauegar como
eemare fizerad sem pagar direitos na dita alfarndega
tom embargo de se ter malndado ocomtrario no Rego
matula da dita altamdcga que foi feito em tempo que
eile estaca de guerra com este estado, porque Sua Ma-
gettede ha por bern que o dito Nielique e se. vassalo ,
9Ciur; desobrigados dos taes direitos, ene pessoas ore

comprarent fazerndas em Chaul as nad comprarei/ cera


os veintledores lhe darem certidad de escura pagarad
por emtrada, porque /tad trazendo a dite.certided serzE
obrigados os ditos nompradores a pagarem,as datas aliS
renas denteado IMISIO qttoos tenhoki pagos pua 54.1..
Notefiquoó asy ao Vedor da fezeeda de Sqa Magotede,
',somou> 3.• 561

atodas suas justiças, oficiara, e pessoas aque pertencer,


que ora sar, o ao diante forem, e lhes mando que o
cumpraõ eguardem, einteiramente façaa comprir egane-
,
lar conto se nesta contem sem duulda nem embargo
algum. E para a redor ser notorio, e cheguem poder
alegarignoraucia este será apregoado nesta cidade e na de
Chaul, eregistado na Canada (azotada doe contos, e na
feitoria de Chaul, e nalfamdega dela, e valerá como
carta sem embargo da Ordenaçaõ do Liuro 2.* titulo xx,
que diz que as causas cujo efeito ouuer de durar mais
de hum anuo passem per eartae, e per aluarás nati voe
baía Antonio da Cunha o fez em Saoa axxlsj de Outue
bro de 1595. Luis 'da Gama o fez esereuer --O Viso Reli.
(Livro I.° de Alvarás fi. 71 )

198.
11,1rildas d'Alboquerque , do conselho de Sua Mag..
trete, Visorrey de Ilidia &c. aos que esta certidaõ virem
faço saber que em Imã carta •que EIRey men Senhor
me recresce este ano presente de tumente e einquo feita
em Madrid a treze de março (?) do dito ano está hum
°estiolo que trata das filhas de Franeisquo Velho que
foi capital) de Mascate, de que o treslede he o seguinte:
asy relo dizeis que estando Francisquo Velho por
capitaõ da fortaleza de Mascate falecera mui pobre
tel.]a muitos seruiços, e lhe ficara hum filho e duas
£lhas taa desernparadas que rnouido de piedade hum
rezado de Ormuz lhe recolhera as filhas em sua ca., e
que por eu ter feito merco a seu pay. do oficio de corre.
rue mós daquela fortaleza que ....devia fazer mero°
delle ahua de suas filhas para seu cazamento, eáoutra de
outro oficb; equittalente para seu casamento, e senado o
que sobre isto me escreueis, ey por bem de lhes fazer
as duas 'seroes, enomeareis ásegunda o cargo de que
lhe deu., fazer merco, de que a ambas passareis certidaõ
Para ...... aeste Reyno requerer suas prouisões, eestas
mtrces que lhe asy faço averare efeito casando com pec..
1.14 suptas.--.
71
303 sacmso noterbounziumag,r,

E. por tine ser pedido esia por paria das Mimo de


Fratteisgtho Velho Iba Mandei passar com átreslado
cantil-
ido iadoro. Abtonio Barbosa a fez ém Gioa ablij
de notternbro de thil beRb (1595 ). Luis da Gama o fet
eiereber-0 VisoRegi—Luib da Gama.
Carthlall dai filhas de Francisco Velho jfi defuneto
da merca igue Ihea Sua Magnitade fez pelo Capitel°
«Mira trasladado.
Para V.S. ter
Vetbu ã Margens.
Por anta anda cc uaõ fará obra em limpo algum, por
quanto a Francisco Nunes tpor traces gidi curado ca.
Cadfarina Reirnoa filha de 'Francisco Velho encarado
Della )se lbe passou carta patente da Capitania da for«
taleza de Mascate em vedada de hum aluará de Sua
Mago:dada feito.em Lisboa am.o primeiro de Dezembro
de 604 pai% qual fazia merca á dita Catharina Reguloa
para seu cammemto da dita Capitania, e pra odita al-
uará requerer esta verba se. pás aqui para-acarta Caiba.
riva Reinicia naô bauer effeito do cargo de Corretor mor
dos caualos de Omiti com que estaua despachado seu pa7
o dito defunto Francisco, Vglbo, de que se faz meneai/ no
mesmo aluara. Goa • 24 de Janeiro de 1639.— Mu."
Rodrigmes,
(Licro 5 •fi, 578 .bis )

199.
Mathias d'Alboquerque &e façoSabet noâ'que Oto srtau
aluará vitera qpi acendo eu respgito• itr millo que mt.:
porta á defienasia&da cidade de Chaul ea sua forlitioaça °
%irarem afastadas do mujo della as cacos que se fisere'.
Wire da dita cidade, eg parirem e tilando EM nome d .o
Sua iblag,estade que 1111,11 casa se Sãos Tóra da dita el.
dade Mbradada, eas 'termas que se fizerem sejari 55 p
, ...•
redes•fracas afaStadas Setenta até oitenta
1.5, ao <111Ufldb menos as que a 'lzes1tey Doai Duarte
.

de Meneses mandou per ene prouisaa astibessern


mentem° •3? 563

tadm do mero da dita cidade ee fazendo., .dontra ma.


mira, ey por benv e mando que aejaa derribada.,e pos-
tes provem. Noteficoo assy Ao Capitai; que ora he da
dita cidade eao diante ,for, Juizes, e Vereadores, Ou.
nidor, efeitor della, mais. orneiam, epessoas aque me
for apresentado, eo conhecimento delle pertencer, elhes
mando que assy oeurnprafi e guardem, e facfio comprit
e guardar inteiramente sem duuida nem embargo ai.
gana, sob sena rir se lhes dar em culpa em suas residem
teim eelhe ser Illoilaegtranhada.• E para que venha 4no•
dela de todos e se naii possa alegar ignorancia, mundo
goe se,ia apeegpado pa dita cidade de Chanl pella praça
elugares publicas della, de que ao passará certidafi nas
costas di e será regi,tvolo no ljuro da Gamara da dita
cidade e valerá como carta passada em norne de Sua
Alages.d e eselada de seu •sello pendente sem enatais-
gn da Ordenaeari do -Limo 2: titulo 20 em contrario.
Antonio da Cunha o fez ein Goa a x de tu:membro 1595.
Luis da Garoa o fez merecer. &esteado algude- feitas as.
frui logo:dertibar.-0. nsoRey:
(Livro La de Arvarás• 11- 73 )

200.
Mathier d'Alboquerque &c. faço saber aos que esto
meu aluará virem rine cru soo Informado que o mar que
bale na praya da cidade de Coehim a vay compor% de
maneira ~chegam • áforialea e•á- casa da alfandeo
"liar polo que es por bem • mundo eAs•- Veremlores• a•
procurador do.conselim da ditacidado qne- do dinheiro
do hum por cento concertem ocaso eenullie-o. e fertefie
'Poio aludia banda da praya, efacail nella leda a obra
<rociar necessaria paroque a dita'fortaleaa, alfamlega, e
simarone fiquem seguros, e 04 se alarei,' e arranhem
,

por da moinhaoça domar, e mando ao thesaAreiro•


do s dito dinheiro do hum por cento dei para adita obra
todo odinheiro que.os• dites Vereadores. per aeordo e
mento determinatenv IICCALI•44 pua. sua, o- per
564 acervo P0.17808Z•01IIIVITAL

mandados seus e conhecimentos das pessoas que o re-


ceberem feitos era forma mando aos contadores que lho
Icoem em conta. Noreficoo assy aos ditos Vereadores,
thesolueiro do hum por cento, e lhes mando que o cum-
prael eguardem, e foçai,' cumprir e guardar como se
neste contem sem duuida nem embargo algum. Antonio
da Corehai o fez oro Goa a xiij de nouembro de 1595.
Luis 'da Gama o fez escreuer. E isto mesmo (arai, e
guardaraõ os Juizes e Vereadores, e procuradores do
Conselho que eulegerem em Janeiro do anuo de 95
(sie )-0 VisoRey.

(Livro 1.* de Alvarás 9.75 e. )

201.
Mathias d'Alboquerque do Conselho de San Mages-
tade, Visorey da Ilidia &c. faço saber ao Juiz eofficiaes
dalfandega da fortaleza de DM e atodos os mais officiaes
e pessoas aque este for apresentado e o conhecimento
delle com direito pertencer que sendo eu informado que
na dita alfandega se faziaô despachos dos direitos das
fazendas. ouro, e prata que a alia uinhaei contra ordem do
Regimento da dita alfandega que os officiaes della noa
queriaô comprir nem guardar, e corriaõ com os ditos des-
pachos a seu aluedrio fundados em seus proprios Mures.
ses. de que se segoiaô grandes inconueniéntes contra o
seruico de Dects ede Sua Magestade e perda de sua fro
ceada, eos moradores eraii anexados pelas ditas deter'
deus em que consentia," os contratadores por nesse mo-
do receberem proueito deixando de vir á receita toda
a renda que a dita alfandega rendia, pelo que mande)'
em nouembro de 92 ás fortalezas do Norte Francisco
Paes, Pronedor ui& doe contos com poderes ele Vedo ,
da fazenda, dandolhe por instruça8 que fosse ádita for -
taleza de Diu, eachando que se naô guardaua ho Regi«
mento da alfandega, e se cometlaS excessos nos despa-
chos que se nela dana,' se fizesse o despacho de modo
que em toda se com p -lisse o seruiço de Sua MageoladO
"armou 3' 665

vindo á recadaça3 sua fazenda, e gnardandose .idáliça ás


partes. em cujo comprimento o dito Francisco Paes fez o
dito Regimento declarando nelle tudo oque compele ao
serviço de Sua Magestade para a boa ordem do despacho
ese fazer justiça inteiramente ás partes, e feito o deixou
na dita alfandega entregue ao juiz e oficiara della para
ocomprirem sob as penas nelle contendas. E porque ora
sou informado que alguns' oficiara da dita alfandega eos
contratadores delia e outras pessoas contra o .seruiço do.
Sua Magestade nad querem guardar nem compus o
dito Regimento, econtra forma delis fazem os despachos
eometendo desordens em euidente perda da fazenda de
Sua Magestade, e dano eengano das partes, e querendo
eu nisso prouer para que daqui em diante nad aja se—
melhantes enleos, eocgearde o dito Regimento como com-
pre,ey por bem de confirmar eparente confirmo tudo oque
se contem no dito Regimento, emando ao Juiz da dita
alfandega eatodos os oficiara della, e aos mais aque o
conhecimento deste pertencer que cumprad eguardem.°
dito Regimento inteiramente è conforme aordem delle,
e façad os despachos sem exceder.; o modo em cousa
algum a nem lhe darem outro entendimento, sob pena
de o oficial ou contratador que o contrario fizer ou coa.
sentir ser prezo, privado do cargo que tiuer, e ser cas-
tigado com as penas crimes echieis conforme ao dito Re-
gimento, ealem disso pagar mil cruzados para os catiuos
acatador. Notefieoo asy ao Capitai) da dita fortaleza de
p la ,Ouffidor, Juiz, e Officiaes, e Contratadores, eao feitor
de Sua Magestade, mais pessoas a qu& pertencer, e lhes
mand o que asy o cumprad e guardem sem duvida nem
embargo algum, eeste valerá como carta posto que oefeiv
to <lede aja de durar mais de hum armo sem embargo
da Ordenaçad em contrario; e para que venha ánoticia

,d:pe,egtoodz, peelfiadpt'andçii: <.17o.mg,,,,.rs'psuablaileeogsadrçgnni7d'enia'' ar


&dd aI-
ega della, ese registará no Liuro em que está odito
rt egtmento, e de tudo ao passará certidad nas çostas des.

,que odito Juiz dalfandega me tornará aemular sob


566 A12011100 PORTUP~AIMPTAL

pena de suspensaS de sed offiCio. ioaSde Fteltas o fez em


Goa a xl, de nouernbro de 1595. Luis da Gania o for
escreuer.-0 VisoRty.
(Livro 1: de Alvarás d. 75)

202.
Mathias d'Alboritierque &o taça saber 8PS que este
meu aluará rirem que eu fuy imformado que na, rifais&
Reyno que desta cidade partem para na costa do Caneta.
Gochirn, e Goulart tomarem acarga que amde leuar de
pimenta para o Reyno leualt nos payoes e gasalhadá
delias drogas e outras fazendas de pessoas particulares
em. tanta eautidade que cem trabalho podem tomai. rua
carga de pimenta. ealem diste muita da dita fazenda
zraS he nista. em Cochirn para se. poder saber se trarya•
goe os dbreitos que deue nas alfândegas de Sua Mages-
%de, pelo que ey por bem e mando que daqui em dian-
te nas odor do Reino que ferem deste cidade fazer car-
ga á costa do Genere, Gochim, Goulart equalquer <>atm
parte nall belress fareibla afeud na corpo das ditas na.
ou em °art.° algum lugar mais que nos gasalhadôs dos
it'lliciaes e marinlMiros deTias Mit, _pena de todo
a fazenda de q;uatquer eaUdade- esorte titte for que se o.
oh -
ar nas ditas náô$ Sim dos. ditos gasálhados.ser
da ametade para a faierala de Sua Magestade e aoutro
metade para oacusado. e afarenda que per esta rn.•
Deixa for mos Nara trahalltarlos
,
s será tirada em terra ent
Cottliirn paras., ulsta se saber se tem pagos os direA,
tos sob as ditas pena. NOtefiCOp ry ar, Vedo, da
renda da mima das aárs. ápitap mós, e capitalts. dz!
ditos naos;. eaos das forMtezas de Sua Magestade, .trtalo
dem«ss epessoas qtte perte neer. eInes mando Rue em.'
pratia guardem, e InteiMmente !acari coroprin e „guardar
somo se Costa contem sem datlida nem embarga algo5°
será apregoado nesta gidade, e nas Más fortalezn,s dr:0'VA,
cara e eldáde de Gochlot, enas mata aonde eumnril, °
&atem eednet earea seta emaer&o daOrtfenaoari do ido°
t
,,,,so4oLo 4.• 567

S.. titulo 20 que o contrario dispo5. Esteual) Munes afez


em Goa, a til. de novembro de 9595. Luis da Gama o
fez escreuer.-0 VotiRey.
Po stiça de Senllee VishRey.
E as fazendas que forem nos gasalhados dos capita&
e manrofficiaes das Mos semi) mas proprias, e senda
afheas e,doutras pessoas terei,' as penas deeldratfas nes:
ta prouisarl, e com esta deelaracao batido que se cum-
pra. Luis da Garoá o fez em Goa 14 de nouembro de
1599.-0 VisoRes.
Livro 1.* de Alvarás 11.76 )

203.
Metidas d'Alboquerque do conselho de lha IN-agastado,
Visolley da Indis &c, faço saber aos que este men aluará
virem que mando eu respeito aSua Mágestadezer reler.
nado para sua fazendo o trato da pimenta dessas par—
tes e defendido Mb graues penas que. mit possa comss
orar sena6 os contratadores delia para por este respeito
se-poder auer mais barata, e ora o Vedou da fazendi
»sueis. de Frias me informar dos grandes ineoniraidetis
teu que auya de hirem Portugueses pela serra destro da
costa do Canalé fazer adita pimenta per conta dos ditos
contratadmes sem nesta sua ida fe intereçar cousa algat
para afazenda de Sua Magestade, antes com ella se dar
oeasiaô aos moradores daquellas parteu se atreverem afazer
afrontas aos Purra„a,nnes cipe commumente andana5 aorta
negoeiacaõ emeneo, pelo que se concertara com Saritopli o
'grande morador nesta eller'. e Mango Svnay que se o.
brigara6 dar cada anuo ao peso me fortalezas ".
Magestade que estai, na costa do Canal'. Ires mil canais
de prazeria; pedindonte mandasse passar proeiºuõ para
serem conhecidos perceves, eelles eruas feymres ajuda—
dos' efanorecidos dos cepite5s das ditas fortalems emais
d1,
4ciaes de Sua Magestade ,e visto per myrn meu pedir c
dizer are justo, pez este ey por bem e mando que als4
909 AReaTVO PORSUOUZZ•OlibeleTeb

pessoa de qualquer qualidade e condiçáo que seja es-


tonue nem impida aos ditos Santopá e Mango Synay, nem
as pessoas que mostrarem poder e procuraçaa nas, Iras
tarem ern pirnmita nas ditas fortalezas pelo ternpo.que o
dito Vedor da fazenda declarar per seu asinado, e nhuê
outra pessoa nellas compre pimenta SOb na penas. decla-
radas no regimento e prouisoês que sobre esta Meza
safi passadas saluo os ditos contratadores e seus prosa.
',dores eagentes que atraracl ao peso como dito te para
aedo lhe ser paga per conta da fazenda de Sua Magesm
tade ,sem a poderem embarcar nem leuar para outra ais
guê. parte. Noteficoo assy aos capitaês das ditas fortale-
zas, Onnidores, feitores, juizes, justiças, officiaes epe..
soas a q te este for apresentado e oconhecimento della
jaertececr, e lhes mando que assy ocumprar, e guardem,
e &caí,' comprir eguardar inteiramente como Be acate
tonteio sob pena de pagarem á fazenda de Sua Magesta.
de e aos ditos contratadores todos os interesses danos e
sardas que por isso receberem. E para que venha áno-
ticia. de todos, enafi aja pessoa que possa alegar içam
saneia, mando que esie seja apregoado polias praças e
lugares publicus das ditas fortalezas do Casará e onde
maiscomprir. Antonio da Cunha o fez em Goa a sb de
notiembro de 1895. Luis da Gama o fez eserener.-0
VisoRey.
(Livro 1: de Alvarás fl 77)
1596
PRIWEIR A SERIE.
Idl)1,C,k0 -
Do nuto

204.
Eu EIRey ra o
ç saber amós Conde da Vidigeira,
mirante da lndia. do leell eOnseibo, que ora °moio é.
nuelas partes por meu Visorrey delas, que por esta In,
trieçaff (que he huê das que bines )vos maudarey decla•
rar o que ey por meu mruiço nas materlas de que o
Visurey Mathias d'Albuquerque lar deu conta por muna
eseountisa.2.. 569'

tartam qng vieraa nas 'vos da nano passado de nouenta


enine°.
L. Pelas quaes entendy corno o Bispo de Cochim que
figina gouernundo o ateeinspado de Goa procedia bem
nisso, e tinis-vipitada as igrejas daquele -arcebispado,
e. zere ntfteirar Ft. See com o dinheiro dos penas ecern-,
denagoas e a prouera.• de algas osearnentos, e tinha a-
plicaria fis oondenaçoas o penas do mesmo arcebispado
aobras piasse posto que lhe mando agradecer tudo isto-
por.rainhe carta vos encomendo que taabers lho digaes
de minha parte emformandougs primeiro d. Arcebispo
de Coa Dorn Frey Alei., de Meneses do que-achou fei•
to nestas Consoe;, ea estes doas Preladoir eaos- mais da
}radia fanorecereis em indo, o que for rezai tenni° par-
tiqqhq'meatenoota com ..Argehispo de Goa pela °elida-
de desta prelazia e de sua pessoa -e boa... partes.
IL. E asay me diz que creceo muita afabricada Seu
ncom gne cata Goa se faseio que.. de. muita. presa com
odinheiro per que se vende° a ulagens da China eou-
tur qu e se descobrir, ,te descaminhados, que tudo.»
desPenale nela, de•cdte ao toma moo metida eestreita
enata, o ipu dântes naa fazia; o silabem o ruindo a-
gra4cer natnesma carta ao dito Bispo de- Cochina; e
'qm o Aroebisp. de Goa tralareys esta meteria, eeoet
se° parecer dareys ordem como se perde esta que safo
dada que parece boa, os,. que ambos .entenderdes que
seri roais conveniente curte todo..
Tanibern me esereueno-diSo alagaao d'Albuquer•
q". 'tine 0 Bispo de britara Dom iterb.a2iariins junpeaa
com diferente modo do que•se esperaua ris Religma.em
qtre se erten: encomende°. .nné torneie ihrtemâetta
;1
.!,10 .perene já poderia ser qbe .a naa. teria [ah cena
!minas d'Sillinquerqne, o acham% 'nonm. rsite• reqeiri
si tu ertbeeia•a`rdébereys coro .1nivebdt dl, t,ebin,o lis
.

00 geie st; tte figa ladlaqtannte for nebesaría flor via


de Frota-adiai da OtenpuirRibi; Fui corno ao eutentke que
será mais eonveniente•
tV. E asy me dets 'eunlà que os Frades <IS Ordbm,
72
570 *Remoo 70"001,11~ENT1L

dO Sad FratiMSco ue ocupta• com grande cuidado nas


ter rua de Bardes e outras partes que lhe cabem naco.
vereda do gentio, e fazem nela muito imito, e seruiço
O neer, Senhor, e que ov do Saí,- Domingos fazem o moa-
mo em Solor e Timor eoutras partes vetinhas a Ma-
laca, eque os Religiosos da Companhia nas terras de Sal.
erre, Serra, e na Costa da Pescaria fazem o mie d.cm
e teta muito cuidado desta obra q. trazem 'entre moa*
da conversai," dos imfieis, e que por todas as outras par.
teu imole residem fazem »isto vantagem nel., e o
procuraa, e que asy o seu Prouincial que está na Chi.
como o VIssitador procedem .m grande sarisfayita; e
tudo isto folgei mito de caber porque estas sita. no
uno que mais desejo daquelas partes eo que principal
mente delas pretemilo, e doste mayor interese podem
resultar todos os outros que per grandes que tiejna naa
tem comparayaa com ele, e eoutforme a ente incareci•
mento rue ey por erocomendada esta rnateria eo (anos que
deucis dar h todos estes Religiosos.
V. E porque me diz que os de Santo Agostinho sad
mais ne.ssitados que iodos, e que por sua pobreza
lhe &aia em fazer alguK merco no acresentamento de
suas ordinarlas Mórinente ao convento que tem em Coa,
done por bem de lhe fazer esmola alem das °ralearias que
tem dê minha fazenda de mais bali pipa de vinbri do
Reyno: ede hem candil e quiriRa maas dartoz preto, e
de d.jáp fardos de arroz gitaeal, e de tres candis de
trigo, edb hum candil dazelte ile coco, e de meu candil
de cera, dê nue lhe mandey pesar prouisett.
VI. Emeomendouos ripe. a todos os prelados, cabidos,
ministroa do Santo Officio, g Rgligiossos dsquellas par-
ter mandeys pagar cens ordenados e, ordlearias ov for.
ma em que o tenho mandado, e mie entendaa eles de
Mos corno ye disto emcarregado, eque naa sem neeesario
enmiarernme dum, etti diante queixas disto como o
zelo todos Os 8111108.
VII, Tamisem me escmue o dito Macias d'Albuqncr4"
ItAIKNIA14 as 511
que os Religiossos da Companhia tom em GO. cuidado
do Ospital, e que por ser cassa pequena e coa que os
ernfermos padecem trabalho, lhe fiz merco do procedido
de bua viagem da China para ee fazer outra castra mais
espaçosa, pelo que vos erocomendo que se achardes que
adita viagem linda nni he feita, ordeneis como se faca
conforme a prouienõ dela rem embargo dor prouidos, que
te a ordem que se tem quando eetas tais viagens se con•
cedem peta obras e coaras publicas, eesta he tal util e
nece”aria em beneficio do bem comum de todos como por
ela 2C 26'.
VIII. E porque sou ynformado que o Licenciado Peru
Barreto que serve de Onuidor em Damsfiô anda em di•
forenças com o capitaô da dita fortaleza, emcornendouos
quese quando chegardes oS achardes na mesma diferença r
saibam acansa dela e procedaes nisso segundo O casco,
e vos tafoemeis PC ha outros semelhantea para lambem
pronerdee neles, porque estas °ousas comum que se atu-
lhem no principio, ou urrropondose ou caefigandose se•
Surdo os coesos e as pessoas.
IX. E porque os ministros da justiça e todos os mais
‘Plc coMprirem bem corno CII2Is obrigaçoôs deuem de ser
fauorecidos e animados, vos encomendo que os que a•
citardes que mexecem por isto agradecimentos lhos deys de
minha parte, e que na precisar, que com o Arcebispo e
Chanceler da Relacaô de Goa fizerdes das seruenrias
dos cargos vagos tenhaes lembrança do Licenciada Ma.
anel d'Abreu, sacerdote quç o armo de 93 foi deste Rey•
no, achando que per suas partes e merecimento o mere•
te, e digaes ao Arcebispo que ec imforme de como pro•
cedeu o Licenciado Antonio .81rnoôs no cargo de Vigerio
Geral do arcebispado , de Goa, pera conforme ao que a•
cher re ter tombem conta com ele na dita pronislí3,
muito vôo eincomendo que com o Licenciado Peco da
!Ive que ensaio nesta urinada prouido do dito cargo de
Chanceler tenhaes a conta que te reza3 dandollie• todo
O fatio,' eajuda pesa elle poder bem comprir com aebtir•
gaçaiI do dito cargo.
572 AltenIVO 9011111GUEZ ,
.SWIEN1,1

X COMO is meteria da pimenta erija dá Irimórtaucia qua


geralmente se tem entendido, e que vós mais particular-
mente seheis, qtmnto menos palauras dela voa ene°, por
mais emcorneridada rola ey, ea..y tenho per certo de
vos que nela e ern todas as entras jantareis a obrigaçad
de meu se/atiço o deeeM natural de presegsirdes que
o Conde Almirante vosso vissem), qse Deoa perdoe, de..-
.brio, e comforrne e esta confiança que de nds faço, es-
pera que procureis por todos os meios neceesarios que
ee aja pera a carga das snos ioda a pimenta que nelas 86
puder carregar defendendo o comercio dela por mar e
por terra ( como em costa -minha Instrnçad vote mando)
castigando cem muito rigor os culpados em tal) gralne
en/pe, e tanto contra meu 'enliço e contra a honra dos
que ruela se esquecem da sna, que só por elle, quando
nafi comera outra cousa, se osuerad de evo.' por afron-
tados de incorrerem neste genero de culpa, e será, bem
que de vós o entendei) aey.
XI. Mathias de Albuquerque me recresce que o ca-
bedel da pimenta que foi o anuo de 94 nas tree náns de
que foi por capitai"' mór Ayres de Miranda se metera
lege no mosteiro de Sita Frende. de Coa, come se cos-
tuma fazer todos os asnos, e que desole de feitas as
contas do que deulad os comiratadores do dinheiro rine
tinhaid tomado a pessoas particolarea para 9 COMI»,
da 'pimenta se entregatia aos agentes do contrato
o dinheiro que alijai/ mister pera prouer as frito-
- rias, e porque parece esta ordem conueniente pera .
55
enyregar rnçln edito cabedal em pimenta, e nall'usarenz
dele peia estrae eousas de seus prouehes,'vee enleemo 5.
do que . nesta ferina façaes proceder nesta matertu pela
impere...iode que he.
XII. .0 dito Meditas de Albuquerque ene eScieUeo que
na receita a despesa do ren limento daquele estade que
vem ao tesouro taip continsadó aula muita ordem cem•
ajudo a este I
rieyno todos og anhos por vias ao rimes de
tudo cama lhe inandey que o fine .
s.e, pelo grae s,rs era -
comendo qar nesta foram proceda« dilate, é Me 81116.1.1*
TraCICUTO 2.' 573

se4nprie astros tatu iiuror em que distintamente venha


declarado todo o rendimeto edespesa doentia hum an-
no tem Mbar cousa alguma.
XIII. E asy tne diá que as fomes daquele errada
mais importan.s sa8 as armadas de csdano, eque caris
dia se oferecem flzerse outras de nem, eas. einten-
dido.he -isto até dos que o podem n discorrer de longe a
nUlito cantam que se considere que o alai:M.11W das
untadas a tempo be tio tagta ingtortancia cento elas
merinas, e que nat. ;cumpre menos ereurarenre as deoe-
atroadas, epara que elas seg.; de efeito,ey por meu ser.
Oiço que o rendimento das tentes de Salgeteese apliqae
pera adespesa da ribeira de Goa (como outaisibi ora-Por
PUS prouieaR tnittitu rine vos será dada.) e. que se net
de,penda o dito rendimento dair terras de Sainete ern au-
tua cousa alguma por, muito precisnu e necessaria que
Seja porque nhug o pode ser mais que estas despesa.
da ribeira, com declaraçaR que se nag tirem destas rem-
da, o8 parpnlenUra que nelas eigitterem escutados da -dias
Moia ministros da justiça, fazenda, econtos, que tambena
ate emisas de muita obrigaoad. loas dano. se naa as.
sentar., outras irada que seiall semelhantes a estes..
Euk das consas• mais imporientee, a meu «q-
uico e couserUaea9 daquele estado se entende que ha
parda,m bem o nouo Regimento que raaadey ordeaar
sobre mm modo em «que se• deuem fases as .despossas
pele que sor emeonlendO o façaea /goro...lar .irtl~rnente
"..re nele eunieln, e late eacreimea. /odectu os asnas
90.1_o asy se cumpre.
XVs Inds de algas canos aesta parte uni muita.dis
minutoaál avetada dos d;reytos. dos eatialoa que vem de
Omina mandey dar licença para gila...usem. LO,aer
. Canará, Coehim. eoutras pastes, e que . amUndarr
soto .9 direitos deles,; sabeiets o que• niaio lie Leito,
daseys ordem corno sem pTC vi arresbelem
''fies moo tenho mandado, de quente uai...
XVI. Pelas vias do hatia passado de 95' ruandey pq
Mouisad minha .que com ciastes/ que se e•rx~erA a.e,rar
594 AllenIVO fOASUOV63-0.161.TAL

do resgates que linha mandado largar nas mina, de


ümma sia fottaleza de çorfula, e que ne tontratmem
co,,, os capitado prouidos por mim daquela tonteiem; em-
comemlnuos que deys ordem para que se guarde a dita
pinuisad corno se nela contem avisandome do que achar.'
der que será mais cunueniente a meu seruiço e ao res.
peito que tenho de fazer meros aos ditos capitado, ees•
tp enoformaçad podereis tomar rin>indo limardes par Mo•
çadhique de quem Virdes que com menos. coseria vala
poderá dar.
XVII. E porque por meu mandado se atentou Rifam-
degua na fortaleza de MoçaIibique, e tom informado que
rendeo o armo de 94 cinco mil cruzados dos direitos dao
fazendas que (orar, da índia alem do hum por mino, ey
por meu seruiço que se roa continuando cora esta trilam
diga e ptindo em arrecadaçad os direitos dela aqueda.
reys ordem, e me eoereuereys o que Mem .fizerdes.
XVIII. E ouirmy ey por meu seruiço.que a alfande.
flua que se Emendou na nuca fortaleza de Alonbaça se
cal extinga per alta casso, e vos ...emendo que em.
carregeis non capilads da dita fortaleza que COrneenlern
os rendimentosda mesma alfaadegua pela as despessas
eordinarias da dita fortaleza, sobre o que mandey.p&s.
sai a prouisaft que vos tem entregue num esta inatraçad ,
XIX. E ootqúe agn imformado quem canos passados
ouue ponco.rendimento na 01faa1egna4r °MAU sendo
hInn doa.mayores daquele estado, e me esereue Metias
d'Albuquet.que que o asno de 9.1.vierais emagosto
teu pardáos somente, virado sempre daquela fortaleza
muito grandes emitias com quese amdia ás arruadas e
acidentes que .soloreuiahad ao estado, de que deuet see
cama quebraremse pagaram:dm um reuJimealo Jeque'*
elfandega, vos emomendu que daqui era diante, se D ai/
faça nhu9 despesa deste rendioaente na dita fortaleza se
nad as antigas ordioariaaque net. ¡iodem deito, ola.sen
e que todo a mais venha a 'adia corno sempre se
tdoti, e vus informeya da amo,. que Oniue .p asft cata (11,13i,
nuieaï, ao dita mulimen5e.
TAScrelrea 575

XX Tambem entende ;pelas eia. do anca passado


Conto por nica tnu,tiia°dt a, fizereti na tombos de.3 serras
d,Da.a6 e Baçaint, e ,a, emnfortne aos ditos tombos
fiettraí/ omitas devolutas pera minha fazenda, e outras
em que ela iene, direito, pelo que vos errommendo que
solhes se está olado á eseouça pitOto o que pelos ditos
tombos estima nerifieado, e modules em efeito oque iro-
da nisto usai foefeito pois he aS nocessarionaõ se deigar
perder uhum rendimento elein fazenda daquele estado.
E Madlias d'AllMquereme toe esereueo> que per auee soei,.
Ia diversidade de aforamentos naquelas terras pedira nas
reeareseletrailos poro quaos eu mandar ver, e mon iso
Se detreminar como se denein entender ea ordem que :e
doce guardar neles; e porque nafi vieraii com as •ovas dei
apfl o pastado (que denia ser Ifor efTleeírtientO, ela per
depois tenras a duolda )vos encomendo que se inda
oaner tine enaiees os ditos pareceres nas primeiras Mios
com ovosso, ee.in quanto me"; doerdes miai.0 reposta se
faça oque. na Relaçaõ de (loa (balde proporeis o casto)
se vinender que he mais eoinfOrrne ájustiça.
XXI. RIR, ele (Motim se aqueixou ole en mandar
moem o- Oficio -de eorree,tor mós da alfandegua ole Coehiertj
50 que ie entende que naS7 tern•reZM .1aórsl"e li°
trato que se fez com ele quando se ela ase mu se de-
claro u que eti use o meu Visorrev esia‘Sia no lodos ne
olmos que lia alar outras alfardegas '7'ests,ere eStaorth
por este ser muito neeesario para se na?, cometerem com-
1.1^, e emganos rta, avaliaçaa das fazendas, e ter eu já
amoldo odito taeg/1 em Perimi Rodrignes de Maris
Neve» seruiçoa,,rrfandee pastor a premiste) que vuy 'ma-
las-elas, que vos emeornendo façaes eomprir, eque aEl-
.y de Cochina emeaminlieys nisto no Milhos mudam..
puder ser para que se quiete com arasai; de ele a neó-ter,
mmtrandolhe quanto> eu folgo de lhe fazerem ando meato.
Matei. de Albuquerque me e:mreueo que ela
que ',reli, pera Malaea em Setembro de 04 mau:ta-
ra prouisafi eregimento pera que as !mondas que nagoos
a fortaleza se embarcas., para Sanetbomé, Negapata4,
576 sacasse 1.0111..Z.RIENTAI,

e todos ou meie portes daseela custa; Bengala, e Pegú,


peguem.. seis por cento de sairia conforme a lua prm
eieeí; que naquele...o mande.y, a geai vos emcomenda
(anates goardar inteiramente como se nela cornem.
XXIII. E .usy me esereueo que por uai, achar quem
quivese contratar o cobre que vem da Chinesa eornnerta.
ra com os capital& de duas naus que aquele rumo para
In Fora?, que dos direito, que á vinsda aviair de pegar ne
Olfandegua de Malaqua das fazendas que iP011.401 ti-
rasse cada hum deles em Maca° seis 1.11 cruzados cern.
pregasern todos os á'ose mil mu cobre juntamente com na
seis mil serafins que Dom Francisco d'Eva. ficara devendo
e minha fazenda ala tato guete lhe vendeu em Goa par.
ir lazer a viagem da China, e que pasara prouiso& peru
se tomarem elo pagamento oa ditos doze mil cruzados
aos contratadoree da alfandegua de Maloca, e posto que
o que nisto fez. Mathias de Albuquerque fosse farpe por
«dna pode ser, o que ey por reais meu-seruiço ha coa-
tratarscaempre o dito cobre note os capita& da dita itia:
gere, e vos emoomendo que asy o façais, e no que toca o
•liandegua da hlalaoa tanto que embora chegar' ,
ludin sabercis.eohno ae gasta o rendimento dela,e.porque
mó veria o remaneeenm a Goa, em que prouereis.de ma-
neira qlne tenha inteiro efeito o que einrtr ourmpoe a Mea
▪ d.que rue asvisareisso sambem do que residi.tt
rio emprega dou doze mil cruzados o.ssix.mil xarafioa 0°'
se spia.'s da fazer em nobre.
XXIV. E asy me•dia Matarias de ,Allammorque reue
cera com a cidade de troa que 'do dinheiro: da hoM.Pi.
cento que lhe pertence- maudase iceis mil sarrifilue per a
se empregarem em nobre peca com.esiee. cc fundir...or.'
lharia nerlesarin para foraificaeaõ &marola, ilha rose, ror
parecera MIS aeermdocemoo mendocserener a data oda'
fl.. que teltbein disraysi ou agardcninsantoq disto de OU'
Aia parte, e voe .rflOOmervIO geceruss este bom exemplo
de; Gira meléneis que por conta iles Vitima ...idades eforrai
leasis co fana outro ulmo do bom por cento que nelas h.
seelficaadolbes por quab' sersido me averey aleto, e
vasmcmso 3. 577

este preposito vos emcomenoo lambem muito gae4enbees


muita vigilancia em se nais• trazer em nãos de mereanct,i
trtelharia alguii de meus almazens e fortalezas, è que
se cumpraél inteiramente minhas defessas neste casso, e
especialmente ada ultima prouisa3 que sobre ela ma idey
passar.
XXV. lambem me escreueo que em todos ou annos-de
seis gouerno tese cuidado de mandar a meus Riu- tamis
deste Reyno o mais salitre que pode, e posto que he de
crer que lhe naii.seria posinel nisto tileis do que Ler, asy
ey esta meteria por importante a rneu seca iço que ma lias.
receo necesario dizeruos neste capitulo que espero d
vá que vos ventageis nela com muita diferença tio que
se atégora nisso fez, e vos enteou-sendo muitos encarecida-
mente que todos os esmos mantleys todo o salitre que
puder vir nas nãos repartido por elas.
XXVI. E asy me escr..° que mundana na nau Oh.-
g. hum engenho que naquelas partes se ordenara para
cum facilidade se poder cone a verga grande anima, e
qual [mi" chegou a este Reyno; erucumendonus que nas
primeiras náos o ernuieys em ma. que .ein hua só para
se ver oefeito dele.
XXVII. Eu mandey a Mathias de Albuquerque que
mandasse fazer tombos das terras e propriedades da 11111
de San, Seleete, eBardeé, eoutros Sustares daquele tliss
'rito, ao que rne responde° nas vias iro anno pa,ado cple
se no5 podia isto fazer, senaii depois da entrada do layer-
samomendquos que tanto que embora chegardes sal.
que nisto está feito, e ordeneis corno se acabem
tombos se indaouuer que fará neles, e rue deis
senta.
1\19.1111as d'Albuquerque me escreueo que tini-
ra de teu cargo Antonio Giralte, Veedor de minha («eu-
Goa, e proára dele a Vicencio de Brune, que
mi °outra o que ihe eu nona mandado por rninhas ear•
tSr e Mises. e culpa grande de que tine 1.1.K.•
Pelo ealidade dela eeireunstaneiaa que tcoe; !selo que
vea enscomendo que tanto que chegardes á índia u tomeis
73
570 ARCTURO POETO«. ORIENTAL

logo sem dilaoroi alguri arestetuir ao dito cargo .que ser


Rirá até se encharcar nas náos em que his, em que 1h.
mando licença pera seuir embora como ma tern. pedido '
por argolo vezes, e nelas lhe fareja dar os guasalhades
euejuihados a semelhanies ministros, e. de minha parte
estranlmreis ab dito Metias de Albuquerque o gim nisto
fez use em tirar de seu cargo o dito Antonio Giralte mimo
em prouer dele Vivendo de Brune, cujo talento enaeirnen-
tormé" era conveniente para tal cargo; eeu mando escreuer
ai idade de Goa o muito desprazer que tiue destas des-
ordens, eque mandarey prouer eom justiça -para que se sa.
tiefaça o escandolo que delas ouve; e lambem ordenareis
logo em eliegamdo como ôlatias d'Albuquerque pague a
minha fumada rodes os ordenados que nuce heuado o
dito" Vincado do Brune des o dia que o pôs no dito ear-
go ard oern que for tirado dele; eque sambem pague e
Antonio Giralte áisua custa todos os ordenados e pereal.
soa dos tempos que nafi Certrior e estas doas coussas or.
deitareis que se façafi logo e com efeito antes que se coo
barriluo para este Reyno, e-lhe diteis que lhe ficará seu dr.
TE II° resgoardado pema poder que requerer sua justiça se
entender que a tem, eme enviareis eertidoès por vias de
como se fez o que por este Capitulo manda.
XXIX. E asy m0000eeana que a causa porque dec
xou seruir o contador Diogo Vieira CEM cargo, posto que
Ilie Ca .fluece mandado que o tirase ,d,k, por ter .de
FranCisco Paes, Prouedormer doa contos,-diferente Info ,
maçaiir de qoe dele. toe tinha ernurador esem e mbare
do que nisto me esoreue, vos.encemendoofepaes •comprcr
oque neete cesso,tenho nrauclad.o,.e enniele•as.curpas goa
serrardes do dito Drogo Vieira, e sendo elas tare que 50
nafi dona, dilatar oOastigoordeles, procéderéis inseri como
aCentardes em ROleça, que he.jartiça.• . -
XXX. É asy me dia que indo -a náo Sah Ghnsioneo
de MoçaIibique peru Goa se perdera ,~ toilwa [escorie
earterfiaria que trazia podondoeeicrobarcaa tudo isto nas
abas de viagem' que o dito atino foridhxer aquela fonas
lesar elute por tcnitIcre •da meus oficiaos;,.pelo.que VOS CIR.,
1,SCIMO 3.* 579

comendo que tanto que embora chegardes aMoçadhique


tireis ninire particular imformaçad dos (minados neste
casse contra os quaes fureis proceder rolo todo e rigor
que ele merece, de que particularmente ice dareis conta
per versas cartas; e nad tomando vós a dita forraleza ta-
reie fazer esta diligencia tanto que chegardes a Goa.
XXXI. E asv me deu conta que tratara coro os oficia.»
da ribeira de -Goa e corra outras pessoas praticas onde
se podied milhor e mais comodamente fazer alguds néon
para acarreyra da fedia pela forma e medida que te-
nho mandado, erpm parecera a todos que eadano'sa po.
deriad fazer duas ridos, hul em Ihrnad, e outra confio.
chim pela comodidade rpm ha ne-tas duas partes de mas
Jeiras eoficiaes, e porque as deste Rezou vad já faltan-
do, eas afies que se 'della, fazem sad de pouca dura
sendo tad-heeesarias, vos emeornendo que ordenei:. usino
se façad estas duas todos cadmia nas ditas fortalezas, por
que de qua mandarey que se vos ernuiem anctirai,
entenas, cordoalha, estufada, e alguA ajuda de dinheiro,
que fie o que se diz que contem n que vá dome Reyna, e
nua deixareis deo lembrar de lá em vossas cartas, edeixar
pra era lembrança peia que ma tapei; disso onda anno, e
agora leuareis o que disto puder ser que Sambem lera.
la,arevs.
X...){11. Tombem me esoreve dito Matai« de alba.
quep me que tendo oCoita Maluco catita» tece. soldados
Pertngueses que ficarei) da arruada eme que aquelas per.
ter foy Joad Caiado se resgatarad por meio de Ântonlode
Solite Cedinho sem se descobrir gim vinha por ela,
lix deu aentender quanto lhe eouinha ter paz com a-
quele estado para o trato e comercio do seu Revoa, em

que nad comente largou os ditos soldados eoin suas fas


ai'Orlue •mar amolda ofereceo pagar as parias que doida
de* anos atrás, eordenarua de lhe inandlir embaisa..lor, o
que ted u foi bem feiro eordenado. evos erneomendo que
procureis por conseruar o dum Corta Maluco narnizade
da estado, oa Antonio de SOII,u. dareis de minha parte
ai antadecimentos do que nisto fez.
580 arrolou PORTUOVEZMIIIESSAL

XXXIII. E asy meeuerene que ocomercio do porto


grande de Bengala está prospero, e que o Rey da terra
largauit aos Portugueses dos direitos que pagaud troe
por cento para com mais vontade aeodirem a ele, oque
sambem vos emeomendo procureis que se conserue.pela
utilidade que deite poderá resultar a meu seruiço e vasal•
os, eisto mesmo voa eincornendo no que tocar a todos
os tratos ecomercios do estado.
XXXIV: E asy roe diz que chegára ácidade de' Goa
hum gateai,' de Maluco, e por cartas que nele vierad sou-
bera que ficaua a fortaleza de Tidore quietta, epelo con-
trario a de Amboino de guerra com os vesinhos, eque re.
°cana que crecesem os trabalhos dela, eque tinha da-
do ordem a Francisco da Situa que hia entrar na (ortale•
za de Maluca a aocorresse com gente e mantimentos, H.
poeto que creio que com este socorro estaraõ eetas coes.
see com diferente estado, e que ai fortalezas que mais
lomge estiuerem de vós tereis, mais presentes para I(es
acodirdes, vos emcomendo estas do Sul, ejustaMente
COM elas todas as mama como se 'de cada Imã delas voa
tratasse cot particular.
XXXV. Tombem me diz que depois que os moradores
de Macáo einteuderaõ que ele mundana empraza , Por °
a bulia algds inquietos e cabeças do bando &meei°.
Ilha cesarad (posto que nad de todo )nu disençoda p0-
blioas que entre .eles avya, e que arreceaua que se re•
rnedeem dificultosamente, pelo que será muito meu 5e5
oiço emfortnardesuos do estado destas coesas, e aplicar -
desihes o remedio que for'mais conueniente eapressado
de que' me avissareis.
)XX VI. Tadbem soe diz que por via de Manilha
soube que o tirano de Japaõ estaua algum tanto maie
brando, etinha dado licença aos Religiosos da tompa•
nide pesa tornar o Relentar aigreia de Nadgasaqui e abi•
tarem livremente naquele porto, eque se espera. que
com a cheguada do Visitados da Companhia a sua cor- 1
te com o presente que .por ele lhe mundana restetui0!
de todo estes Religiosos á liberdade quu . dente. tiubau
If1SCICULO 531

na oorpvertaa da gentilidade daquelas partes,"que seria


de muito efeito pera este tas, grande negocio, e asy será
bem que por esta mesma via e por todas as outras prosa.
reis aredima.) deste tirano, eponhaes nisto todo ocuidado,
endustria, ebom moio, avisando,nte sempre de como nes.
ta cristandade de Japati se procede.
XXVII. E asy me diz que hum SebastiaR d'Aguier
que naquele estado me tinha seruido dez canoa de solda-
do e depois de capitai,' fora a Ceilaii com Peso Lopes de
Sousa por capitai, de hum :moio, eque na tomada das
tranqueiras do Reyno de Candea pelejando som muito
esforço acabou, e ficára sua may com duas filhas, e que
lhe parecia que ela merecia por sua vertude epelos ser.
uiços deste filho morto ede outro que audaua seruindo,
duas viagens de Gos. pera MoçaRbique pesa eassamento
das ditas suas filhas, Imã viagem a cada huâ, eque a ela
deuia eu fazer merce de cem partidos de tença cada
sano eis sua vida, eavoado eu respeito ao que me o dito
Metia, de Albuquerque asy esereue sobre isto,ey por beta
de fazer estas merceá á may eirmaa's do dito Bastiaéi d'
Aguiar, e que as tenhaes em segredo até que com o
Arcebispo Dom Frei Aleixo aoa informeis destes seruiços,
parecendo a ambos que o despacho se lhe deue
dar, •=e lhe dará, e de outra maneira nati; avittarmeeys
do que n i izerdes com as rezoRs em que vos fun-
sto f

dardes pera a publicaçaR do despacho, ou pera a suspen-


sai,
' dele, e avemdo de aver logo efeito lhe panareis
pintaria com deciaraçaii que lhe fiz estas merece em
'lote eires de Outubro do anua passado de tumente e
CIOCO.

Esta Instruçaii vay escrita em dez moas folhas com


esM asinadas, por meu mandado em cada Imã delas por
Miguel de Moura, do meu concelho do estado, meu es•
numa da puridade, hum dos Gouernadores destes Rey.
"os. Escrite em Lisboa a doas de Janeiro de M. El. no-
uenta eaCid.iS co oSecretario Diogo Velho afie aturasse.

REY.
Miguel de Maura.
562 Anum» rionl,tretmz.Oársrer.rd.

14uà ,das Trieltàmrits -que V. M. 'nada dar ao'Condé da


Vidigunira,-4'era V.' Magestade ver -toda.-2.• via.

Live° 4, 6..717-5.' via A..671)

205.
Eu Eiltéy. faço saber aos que esta provisma •virmn
4u,'eu marroley ,fazer na Ilha de Mornbaça da costa de
bIelinde híra foriaNia -,por asei coniprir a meu seruiço
peru Seg.:Mau:9a' .daquela vossa, q dos •nariicre de meus
vosalos que poéela nauegaiii, e eVernder eu'respeito ás
Muitas de - goeses que tiara felbas e eomuern que sempre se
façari na dita fortaleza peia-co-rnserurreed dela, e ás muy
grandes econtinuas do eStarlo ,da 1mdia pera que naa
basta o reindirriento dele, onue por más rieruiço que se
áseentas1e logo alfarrolega na dila 'fortaleza de IVIontbar
rça como -a na em -outras (Odeie m : e ela Intdra,..pera do

temdirriento dele -se poder suprir algirã parte .'das dee ,


poetas ordinariás da dita fortaleza; pelo pie ey por bem
e énamdo que a dita alfamdega ajà efeito e se cal ex.-
*irriga per neahdln nano, e se paguem nela os dereitos
da todas a3 fazendas . que a'cila vierem a reZari de seis
pae devia arisi &Mio Sé per,gar1 em to- dae as mais alfas.
dag,as da irnora sem stsov miér diáida nem -alteraçaa
álguh, eque'o remillinento -da dita alfandéga se curte.
ifge em reveria ao téitor rio dita fortaleza peia ajuda e
àuprimento das thlee'deapeaas corno-dita he.,E matado
110 hiell Viaso Re), 6'0Mb- 3e -
rue-dor rias parias da minta,
nue osabe e ao diante for, que cumpra e guarde esta
ivisba Prouissa4, eà-1açà Mim-1316re guardar lateiraniedde
como se melte eoritérn, O valera comute -rosee carta feita
erri saconééme .e passada peta chrimee-liarla,..postb gire nor
ela imar uaio .Séni . áib'aeregrá 4v Cirdénaeao ao a.• -
*. Liuro,
rim» xà, ,011 . coujçairo -dispoerm., qual se registara
i" .1iti.roS ira amima Idààifela 6dda 'Giráreis, 'de C4ria, e
asai aos liuros da dita alfàiddeiga. Ambroalo d'A.110
Teufel,. 3! 583

a fez em Liafiog g ,zg de feriereiro de M. P. noventa e


'seis. E eu o Recretarifi'Dingd 'Velho a fiz escreued
REY.
Miguel de Moura.
Alvará per que Vossa Mageatade á por bem que ha
alfamlega da fortaleza de Mombaça aja efeito e se naõ
exriniga ,pera de reindinxento dela se suprir alguã parte
das deepezas °refinarias da...dita'fortalezd, pela maneira
acima declarada—Peru V. Magestade ver.-2; via.
(Livro 1.! fl. 70-5; via fl. 74 )

206.
Conde Almirante, VissoRey,. amigo. Mathias d'Albut
quere). me eacretteo que per cartas de Dom Pedro de
Bousa.capitati das fortalezas de Mala e Moçalibique sou .
bera como ele estaua no rio de Cuama cora perto cie 80
soldados tios que levara comsigei pera larnçar por força
dequeleaterras hum negro eine perturbana o comercio
delas, pelo que vos emcomendo que <trincado passardes
por aquela formatura de Mogarrhique caibam s ho estaells
em <poesia esta viveres edeiséis nisto a ordem do que
sei deue fazer, enati tornando Vós Meça-Abique ordeneis
uisto tento que chegardes á Imdia'n que girded que mais

E asst me diz' que marndou á fortaleza .de


Mourgaça Iritá gáleota gramde com Socorro de <Unhei-
misssy.'pera as déepiesatis da fdhrica, dele como pera
preultriefifo dos soltfados eoficigée eastuflos darmada que
nela, estiai' e também. gedreirds e °giros Officiaes que
della lhe pediraS" que tddC chegára a saluarnento sou-
bera .que a fctalosa dá todd' ficava anabada de que miar
"t.i ,thcao pela brguadade coifi que se fez era que dlique
me tem t heffi reruldo Mateus Mentiár. dá Varconcellos, e
voe ser estaloatarezh div unporiáncia gge se tem engem.
vOs'eméorneriadd . vos infartitéíà' do 'esfadd enx que
lata% pese niasólazeides a qlle'Niir4eá que ,deis eomuem
584 ARCCIVOCORTUGUEZ.ORIENT11.

a meu sersiço, edo dito Nlathias Mendes tereis lembra.


na pera ho ocupar e favorecer, porque sou informado
que tom taRnto e partes pera se fazer dele conta,
III. Tambem me escreue que EIRey de blelimde nos
dias que lhe 'Rabi.; da colosso vinha com sua gente fa.
zoe certos caminhos de pedra pera a fortaleza de Morn•
baga, e que cume elle e Alathe. Merodez ousera sem•
pre amizade por cuja causa se acabara esta fortaleza
eta tab— breue tempo, e que ho hia mimeder nela An•
mulo de Sousa Godinbo de que se tinha satisfacad, pelo
que vos emcomenado vos imforrneis tombem de como rola
pcozida a costa de Nleliinde, eque naõ norremde bem
nis.to Antonio de Suara ou qualquer outra pessoa que
nela achardes tenhaes omito respeito ao que CoinUCIO
áquella corra fleti- negamdo asatisfaça5 deuida aos pr.
uidos, eeste intento tereis sempre nos eapiras gim
enivia'rdes á dita fortaleza atei pela importaneia dela
como por ser plantada novainénre.
IV. IS assi me diz que as cartas que mamdey Caere.
ver ho num, de 84 ao 1?•mperador da Eririopia lhe em•
Cinta, e com cilas outras suas que ele mondara logo
Iresledar em suo limpos, eque como vira que na5 dai)
013 Ofthla, .one pediu pera lhe fazerem espinigardaffi r e
dorissolores sa5 quizers morrias as cartas na inar3 roas.
Isamtlosse disso muito sentido, eque os annos atrases.
ria com estas cousa:. hum Luis de Nlemdonça, ernee•
Inemdorros que vos innforrneis dos Religiosos da Coe,
panhia se corria bem com aCristamd.le daquela, parle!
o dito Luis de álemdomça de que ba boa imforrnsçao
pelo emmle de Santa Cruz e por outras vias, ou•se 001fC
melhor cosi cila Amador da Costa de que Iram Me.
d'Albuquerque pera cornfrome CO riso CChartie, Of.
11CUOIOCO fliCtO a que vos'pareVer olaia uri] e cornveniess
se.irrcv rcroieue benellinio daqueles desterrados, e
RFOUCIld0 .V6..± COM esta informaça5 antes a .1..nie de
Idemd,,raga o fauorecereis COnifOrrtle aseu serviço e
wereehaeuzo, e lhe fareia dar a',arra minha que irá ne.
Ia* sita, o IlOrfitIC por coa via tine 110 armo peeeado CO,
”scrmszo 3.* 595

.te. dos ditos Cristaids.pes.que -enterridí ho• estado era


-que estad de .que se queixai"; corno vereis pelas mesmas
cartas que peru isso vos entregará o Secretario Diogo
Velho, elhe escr.:itereis, em reposta delire e das mais
que vos forem dadas no soda que vos betu parecer c r'nso-
lamdoos eanimarndoos, e iinformaruoseis se lhe foi dada
huh carta minha que lhe escreui os asnos passados, o
com o Preste correreis per modo que ele se ~emita e
sespomda á cartas que lhe Corai. ; dadas, porquê ante.,
disso nah -será reza?, que lhe vad outras minhas.
V,. E assi me escreao que tratou corri os Religiosos
da -Companhia que mernda.em does deles lucra
curarem as alisas dos que estad naquelas partes do
Preste, que com Muito gosto elegeraã logo pera se
item embarcas a Dia na unomeari de Marno que tolguey
-de saber por ser esta meteria da °alidade que he, e vos
ernconnemdo que prucureis de se abrir o caminho Oe
Melimde pesa o Preste oomo já h.. eincomendey a Ma-
thias d'Albuquerque pesa esta. Cristain,lade ser milhos
prouida e -se seguirem disso outros móres bertetficios,
eque de minha parte deis aganleeinnentos ao Proulumial
da Companhia do que nisto faz,' e que <impado ameace
'necessidade de. ociosa Religiosos tuna o que eu deite
rombo.
•VI—Tembem me ale que ..nau MM de Alega cusga-
rad a Coa algas Portugueses que oe Turcos captie
aunei tia costa de .elhe derad por nonas que
.flaquelee pactue nad haaia mais que duas galés actua-
das velhas que ordiaariarnente rendiaS era Adem, e
que entre co Turqos e Arabios avia determinem.. esm-
eril muito atribulados com. as pesdas que tiuerafi ern
Dingria, eporque.sernpve será de muito efeito cilicia-
rêniserne sodas..as,110»9,1W, acuar daqaelas partes,
vos rancommutlin psocureie ,de as ter •e ruas esereuer
todoe sus .annos, e de dardes na Imdie, as que -de cá
leitass conta o'Purgo em Europa, e porque de hish.snir-
na' que odito Luis de Meuilonica escr... a Miguel
de 'Moura, que %analises .BA,VM duí asma M entoas duo
5S6 ARCRIVO PORTVC151..•ORIENTAh

CrisItaa do Preste entemdereisoomo ele tem intellgeus


era pura saber estas metas, bem será que alem das ou-
tras vias que ordenareis pera as terdes certas einnar•
rosneis tombem de minha - parte disto ao dito Luis de
Meritdornça cuja petiça5 marodarey ver e respornder a
elle antes da vossa partida como tio ouucr por bem.
VII. E posto que Metidas d'Albuquerque me diz
que a fortaleza de Mascate está quieta, vela emenmems
do pela importamcia dela, e que numca vos quieteis em
corasses que a mudarnça delas pode imquietar.
VIII. E arei me.escreue que na fortaleza de 01111sa
escoem cada dia mais queixas contra aquele Rey por
respeito de seus descomcertos, eque se faltara a ordem
que deu a Dom Jeronimo Mascarenhaa planado foy ein•
trar nela de todo estittera perdido aquelle Reyno; e
porque lambem e mesmo Rey ee tem queixado de
Metidas d'Albuquerque, vos erecomemdo.vos iinforrneis
de tudo o que toca o estas materias, e que ordeneis' que
na5 soja o dito Rey oprimido sem causa, e tambern vos
Deformareis dos termoa em que está a demainda que
Coje Zoete trazia com ele, e procedereis nisto na forma
em que o tenho mamdado nas vias do anno passado de
95 que pera prouerdes no que tenho mamdado nelas e
nas dos annos atrás, tenho mamdado que vejaes as ditas
vias na Iludia e leueis de cá bile copia delas como
entenadereis por outra Instruçaõ minha.
IX. Tambem me esereue que EIRey de Lera mem.
dara hum seu embaixador a Diogo Lopez Coutinho,
Capitai, de Orme, pera comfirmar as pazes que tinha
feitas com Dom Jeronime, e que foraõ por ele cot0.
firmada, e apregoadas como he costume; emformao -
voseia destas pazes, eseindo necessariás as acaba...
eaio euviares a forma delas, remato advertemcia 9° e
quarndo neve ratado se fezerem pazes com os Reis vo•
zinhos dele me emaleis sempre a copia dos. cepttolos
delas.
X. E usei me cacreue que ho saro de 94 ebegay.
á Cidade de Goa hum embaixador delRey da
~Cabo 3 587

erlhe matadora por ele huã carta sua de que me em


niaua o traslado nas vias, ,pelo qual se entendia que
dusejaua ter amizade com aquele estado e emularme
hum embaixador, e que o que fora a ele recebera com
muita fasta eo tratara com as °rumas deoidas, e disse
a. algZ. Sdalguos que o fossem •aceitar como fizera3,
eque teuaua outra embaixada ao Idalca5 e ao -Melique,
e depois de fazer naquela corte 'mais detença do
que ele quisera esperamdo licemça peru passar a
elle lhe foi comeedida pesadamente ese aproueitou dos
avissos do embaixador que tinha lá marndado e fora mi•
lbor recebido do que se cnidaua, e no cabo de ires meses
fora resporudido pottoo °contente segu indo inostraua, e
que Lm- abaixada que dera ao dito Mathias d'A lbstquer•
que hera da substancia da mesma carta fagerndo
graus+. emcareeimentos damizade que o Xá tinha
comiguo edesejos de a pbr por obra cio constem do meu
seruiço, e que aos Reis vezinhos na5 marndara outra
embaixada assar," visitalos persuadirndo ao Ideiem"; que
056 largasse a ley que seus antepassados guardarei), e
Perto que !macias do sano passado na5 viere5 as ditas
cartas delRey da Pemia beto se entemde pelas de Ma•
finas, cPAlbuquerque e por outras do Capitais- de Or-
me que viera5 por terra ho estado das eoussas da-
quele Rey em que cumpre tomame oassento que cota-
riem que será antes de VOOS& partida, e o que nisso
..eur porteou seruiço leuareis ele outra Instruçatt.
XI. 'Painbem me eseremo Muthias de Albuquerque
‘Ise asua embai:ceda ars Idalead ,,fora que se ajuntasse
ein amizade com ho Melique peca se defernderem do
hlego n e pera que melhor uieseln, nisso lhe acressenta•
ra manas renoès mostramdolbe o evidente perigo em qué
,
:t 8usil de se perderem de todo se se-na5 ligassem e
e

resnnrn poderosos °mura o Magos, o que de 'O:13SO pam


te deveis inpersuadinvIO ahum Re), ea outro, gagora se
poderá faxer isso milhos. com o tMetique pois saii sases•
lte panes com elle comforme ao evitou-de Mathias
tãslIbIltplertme que veyap.
598 ARCIIIVO PORTUOURZ•ORIENTAI,

XII. E tombem me diz que a fortaleza de DM estimem..


ho anno atrás quieta, o que se devia arrebeir maisí pru—
denrie de Pero de Anilava, capital:o-daquela fortaleza, que
ha natureza dos adagm'es que fie imquiela e arrogante,
eque a tem sempre bem prouida de mantimentos, e mo-
nimQs, que lie otine toais importa á comseruaçaR da—
quela fortaleza, que aos emeõmeindo muy emeareeida-
mente pela importaneia de que lie, como o foy sempre
em todos os tempos, quanto mais nestes mais perigosos -
que os passados terndo por vezinhoimigo (ad poderoso, e
parque tombem me diz tine no que bacana ao comercio de
Cantbaya lhe pareceu mais moo seruiço correr em em-
barcaeoRs de Baneanes que nas dos Portugueses pelo
fisgo em que se posseraõ muitas vezes de serem sete-.
tidos naquele Reino etomado mias fazemdas, vos °mem
meado que procedaes tombem assi nesta meteria naii
acharndo outra cosera taZi clara pesque se deua fazer o
contrario, de que me auissareis.
XIII. E assi me diz que hum capitai,' de Cambaya lhe
escreuera que ilo Equebar lite entregara liam Arrnenio
por nome Antonio porque querendo° elle casar com b ua
Armenia cristal/ ho [lati quizera fazer, ese casara eom
Mia moura filha de hum Moam., e que por aquello veria
a vontade que lio Equebar tinha aos Portugueses, pele'
que vós emcomendo qrte larnceis maR desta occaiiaa •
doutras semelhantes que se offerecerem pesa as agradm
cerdes ao Mocor e com isso ho obrigardes a proseguir
neste modo procederado com ele com as mestrias nem...
traceês, guiamdoas todas ao fim tio que com elas de-
•vels preteintier.
XIV. 'lambem me «arcue odito Nlathias d'Albuquer -
qce que tette avisso por via do Gani de Ormuz que
instancia de Agis Coca matndára o Bazá de Judô pedir
ao 'Purgo lhe deixasse fazer. cem galés peta passar a
Iludia e a sobjectar toda ofereeemdo a maior parte da.
despesa, e que por estarem as coasses do Torgo mo
abatidas lhe mal deferia a nada, pelo que vos enccrnen-
do tenhaes vigilancia com este Agis Coca visto o que se
ra,smooto 3. 589

dia dele, efalda que nab aja de fazer tanto como apre•
Zoa, muito menos disto poderá dar granida trabalho á

XV. E usai me diíque ho EqUebar lhe escreueo


gois «mas eentre elas nub que remendou por liam Arl•
mento cristab, o qual lhe deu relegai; do poder deste(
Rep.. edo estado 4e todas suas coesas descoerendo que
ho prospero em qne de presente estauteni duraria mais'
pie em quanto ele viuese, e que entre •outras coussas
que d dito Equebor pede . he que lhe xnamde algas
homens letrados, e que se queixa de virem tab cedo de
lá os aeligimos da Companhia que Nlanoel de Sonsei
Dentinho serodo.Gouernador lhe tinha matridado, e'que
por, esta meteria ser de. comsideraçaõ atratara com ai.
zuns Prelados e Religiosos que floreei de parecer lhe mam.
dasse.dous Religiosas letrados, e que o Provimcial da
Companhia de festa hofereeera logo os seus corno mes-
mo zelado seruiço de Deos e meu com que deu os ~Tos
deue ehum leigo, que folgey moita-de-sabre, e vos ént.
gemendo que de atinha parte ha agardeçaei ao dito Rute
asai como atrás vos <ligo que o façaes pelos que
deu pera ha Ethiopia, e que 4auoreçaes estas coussas, e-
me anis em sempre de efeito delas pela calidade de quet
faí3.

XVI. Tambem me diz que mamdou á fortaleza de Dar


inab dous rapinada com sokiados pera imvernareen nela
eestar mais pronida peta qualquer caso que sobreviese,
eque as obras daquela forteficaçaõ forait aqaelle atm,
muito pouqo avamte. E em outra Instruçaii a que-me
remeto vos emeomendo esta forteficaçaii.
xylt. Tambem me deu. largamente conta do proCodi•
', solo que se teme nos asaltos que se derab ao «emito
do Melique q.ue tinha em guarda dá fortaleza' do moera
de Chaul,' e de. como se.ella entrou poe força de areias,
alcamoamdosee Imã vitoria desacostumada, per emetley
ambos :graça•a.a.,noso..Sonhor, receberndo catai Merca-riu
Poderossa mari, eaoaue easR istortre-poídioa doce
imprim ir por ser materia de tanta subetanoia croorl'orlOpor.
590 Artell100 POIertreVeZ•OrtIENTAL

tante pera a cornseruaçaii daquele estada da Itindia, evos


emeomendo que a Cosmo de Laffeita que Mathias d'
Albuquerque [nanado° por capitar,- mor daquela empresa,
ea Diogo de Saa capitaõ da fortaleza de Chaul, e a Fer•
nat./ Ródrigues de Soa seu primo, e a Dom Alvaro d'
Abramehes, e aos mais fidalgos eca pilais que aly se ii,
°banir agradeçaes o que nesta guerra tem feitoie eu lhes
ramudo iescreuer.
XVIII. Tombem me diz que virado ter huã nua do
filelique muito riga á boca do rio Baty defronte déCaran•
ferras de Bacairn, que vinha de Meca, fora a ela Dom
Alváro d'Abrarnehes que naquelas partes amamua por
capitali mór de buil armada, e nal; deixara desembarcar
00 moirros dela e lhe. pusera gardas, mas que os soldados
da mesma armada eJoaõ Gomez d'Azeuedo, capital- ,de
Paçaim, a sequearaél, sobre que dia que rem marndado
tirar devassa, erneontendouos que tanto que chegardes a
vejaes, e vos imformeia muito particularmente desta des.
ordem pera se castigarem os culpados corno merecerem
naft somente pela perda de tanta fazenda mas princ. iral•
mente por se nal; guardar o seguro dado por Dom Al.
varo ha mesma na°, e ey esta maresia por de muita corn.-
sequencia itera exemplo de outras semelhantes.
XIX. E asai me comeria que parecendolhe antes que
se tomasse o morro o tempo disposto pera assentar ha al•
famdega cor Chaul na forma em que lho eu tinha marta
dado, nomeara pera este mregooioo Licenciado Alvaro de
Moraes, Prouerlor mór dos defuntos, que entat3 sereia de
Chanceler, que assentou a dita alfandega, em que P.i .'
dera aver alguã nouidade se naõ acudira aisso Caiar-
taõ Diogo de Soa a que tio agradecereis de minha pár•
te, e que folguey de saber e de mntender que emanto as
pazes feita, com ho Melique depois naja- teraã os mort.
dores de Chaul já que dizer com as suas reariõs apare° .
teu eem 'aliciai., da dita alfamdega cujo foral que n.
emulou MatItias d'Albuquerque lenho 1116111418d0 Ver
10Vartiee a• resulhçaã do que atue, por meu ',enliço go
es nele faça.
lszsetterzb 3.• 541

XX, Taenbetb nte'dh getéln~deni bit IdalcaSalgtins ca.


pitada sins sobre os Reys e Senhores do •Caberá a inst-
~eia da'Reinhe de Seth:ala, e que Yoineuaô duas forta-
leceras Gati se' tO alecantamento do irmaé do dito 11.
daleag b !rad obrigéra ates mandar chamar, no que o dito
ViseoRerfez o que the pareces que cumpria a meu ser-
eigo,•é vótl ~comendo que com e imfOrmanaõ deste ca.
ao procedaes iam bem nele como eonmern, easai no que
toca .morre delRey da. Serra aque diz que subeedeo hum
~MI; crne evissareis.
XXI. E assi me esereae que ho • Samorim obrigado
pela guerra que lhe fazie'Dom Jeronirno d'Azeuedo ao,
damdo entaõ por capita° mór do Malauar tolherndolhe
os mantimentos e comercio da pimenta trabalhara por
fazer pazes com ho estado sobre as gimes mandara seus
Regedores militas vezes ao dito eapitaõ rnór pedimelo
tempo pesa emtregar ha artelharia de Chalé e deribar a
fortaleza de Conhale, e lhe parecera mamdar ordem ao
dito Dom Jeronimo pera que uai. "' comsentiese falarem"
lhe em nenhum comcerto com O Çarnorim se net', prome•
tese po'r logo por ~atado aquilo. que se obrigaria fazer
datado os refeés eseguramça necesseria, ema que o dito
Sarnorina suspendera as deligeocias que dantes fazia, pelo
que vos etneOmendo que comforrne aos ternms em que
achardes esta pratica ecom bus comsideraooés rine sem-
pre se tiller.d por importantes na paz ou guerra do Ma.
Cair procedam, nela, e nisto ey que vos digo Melo em Me-
teria em que ha muito que dizer.

XXII. E particularmente vos imformaréis se o dito


Dom Jeroninm está livre da morte de sua molher em
que ho culparei"-,sobre' que ho sono parado esereui ao

ee
d d
lh iniVet dita Dno
e ju tm Jn
'me et
rOnvint
osoiem meu Sed r
oziP
Z:
por. ser imformado que tem continuado 'sele com muita
'''!' .ft'Sad, e de tudo me avisgireis e ireis procedes".
flut ele comforme ao que achardes, sepáramdo mote•
ris da justiça da chuta do meremmento'proprio; dando
•592 Bxcnive gonvesunesomxtersb

a cada amassa olugar que eu. lhe deste -sem hei per;.
dicar ha outra.
XXIII. Tombem me estirene que tem.emearnemtiado
ao capital de Ornmiz que sern escatudalo defecada que
nal passem áInadia Venmearms, Arnienios, eoutra gen—
te estrangeira, corno lho tinha mar-orlado, de que me
otme por bem seruido, evoe. emcomemdo que nesta for-
ma prmedaes nesta materia.
XXIV. E assi me rito que eu lhe mamdey qeo semdo
costume: derme ao Bispo de Cochim hei fuma armada
á custa de minha -fazenda pera nella mais seguramente
poder ir fazer as vieitaçois de seu bispado se cal dera
ao Bispo Dom Frey André porque lá entali nad fora
costume, nias mmente o mompanhaual alguns moias
da armada 'grumado us arria pera outro efeito, e posto
que rua que uai deno•imnouar nisto -mossa algui do
costumado, toe pareceo devemos mandar-que todas as
vexei que os.Bistrus dese estado. ..rem de ir viátar
aras bispadas lhe deis segura ernbarcaçad pera ese efeito.
XXV. Trombem me escreue que trairia com theologos
eoutras F..oas Jactas cobre •tiver ou cair misq.uitaa As
mouras eritos gentiliquos na fortaleza de Dio totbre o
que lhe pedir seus pareceres, eque-gemo aele lhe pà•
creia que Be naõ dettia imo.. cesta meteria coem
nigul arca aquela gente por &anãs revoe', que cobre teSo
aponta, eque utt partioulat .rir cotarem- na meerna eido,
tle roisq,uttus eigreja., nat'i imbui nium eulpa Og•
e gentios pelas rezais que tombem •mbre:ism dai •
por cada ser de rouba e,omsrleraçail, vos emearrenge
trairia todas estas meterias mui partieubarmente corri.
Arcebispo Doar FreIo Moino de Aleneses tontarodo•aarbos
as inlormarais necessariaásobre o que nelas mais cone
virá á quietaçad das terras, conmerumed do eramorcim'e
prinicipalinente ao seruigo de-Berre e meu, e do que •
ambas parecer façam hei rel..- por arabor mercada
mie rue enviareis por vias pera lia cv maradar
inundar cause ser o que ottuer par ,1Bear que sobrenin. se
ItaSCICatto 3.* 393

faça. (a) E até terdes reposta minha na3 inovareis nem


ennsintireis inouar cousa alguã no estado ern que atégora
estlueraõ as ditas mesquitas.
XXVI. 'Bambem diz que ea lhe mamdey escreuer que
bastaria darse a EIRey de Melinade a redizirna dos direi.
tos que se pagarem na Ilha de Mornbaça a minha faz.-
da, o que lhe parecia 'muito pouco pera se poder suster,.
tar como ele o merece por alguàs rezoès que me apoo•
toa, eque assy pede carta de irmanalade que me pareceu
deverlhe cornceder se for já passada aos Reis antes dele,
de que me imformareis e t'ambem do que será bem que
se lhe dê alem da redizima, e de tudo me aviitare14,
porque tambenr me pede lhe mande dar terras da outra
banda da ilha me pareceu deverlho sambem conceder, e
lhe dareis •em meu nome aquelas que vos parecer pre-
cedendo todas as itaformaçoids necessarias.
XXVII. Eu tenho informaça3 particular que moiro.
Religiosos da Companhia se internetem na Imdia na3
somente o guarda° e meneo de teclas as acusas, mescla
serem juizes interior e exteriormente entre as bot."
eque alg5s deles cortara ordem do seu Provimetal (que
se tem por Relegioso de verta. epruderacia) dera5 pa.
'macere secretamente a algils moradores de Chaul que rato
bu corneierneta pedi., resistir ao hasentar da alfara ,
desa esonegar os direitos que a ela deves.] em qualato
atatu nidi derem seu cornsentimento chamamilollre tribu-
to nouo (e que já poderia ser que disso nacese a perti-
nácia dos ditos aturadores )e se dizia que omesma foce.
rarvent Beoaira e Tensa com os que saquearuo a náo da
Meliquedaardo reetti;5 peru o'dinheiro emercadorias dela
nad perterneer a rainha (azeitada, eque se p.lia5 entre-•
ela nisto da perda que todos tivessem recebidp na suei.
ra sem imeorrer nas excomunhof(s que o Bispo de Ca-
chim passou a requerimento do Procurador da Coroa,

Ia) As palavras SCRIIiIIICS Aleate Capitulo sa3 pastar por outra


letra. e depois de concitada acarta, em ambas as mar que telha
reatam.
75
594 AlleInVO PORTPUltEZ•ORIENTAL

eque foy isto rausta de minha 4ssomdt receber fstI5


grande perda. siorrine nala apareceu casei nada da Tique..
.a daquela não que se afirma ter muita; e sambem em
tendy pela dita imformaçaõ particular èlue• algas dos
ditos Religiosos sustentauah` que a artilheria e moniçoas
que se tomaraa na fortaleza do morro de Chaul riais per.
temciad a minha fazemda, neto a excorbunlma compre.
'tendia aos que Unhar> estas cousas em si, por onde as
ue se eobraraõ por meus officiaes foraa com forçoe rigor
detjustiça, equede tudo isto.saa sorneute resultaua a per-
da presente mas aque sempre poderia aver no futuro, e
aoutra maior de andarem os homens errados á sombra
_desta opiniaa eo escarmlalo que se daua aoutras Sele.
gioens e a homens letrados que as entemdiaõ; maresia
foi- esta de que me espantey e a naa crera se a via per
que line esta imformacaili nua fora tal que parece que se
Dna pode •duuidar dela,- e posto que me foy apontado
mgrmdar avissar disso ao Geral da Companhia que rosi•
de em Roma pera elle prouer no casso com o rigor que
ele pede, me pareceo ter OiRSO porosa outro modo por se
comem. a boa reputaçaa diis ditos Religiosos, easi
soa emcomemdo muito que tanto que embora ehegardee
Imdia vos imformeis particularmente desta susteria com

lento
niontudoa
eresguardo
com hosem
Arcebispo
se entemder
de Goa,
que ha
e depois
irnquiris,
de coma
ambos
aInstardes, com ter uolicia do <11.1e nela passa. em que 014
tombem por sua pane fará deligencia, chamareis o Pro-
vincial da Companhia seindo ha Arcebispo sambem par.
sente, e lhe referireis mque neste Capitolo vos digo, ou lho
lereis, eque eu comfio dele que ele dará tal ordem -4
qme mda ecassiguo deste taa descuidadO éimprudente ca-
so, que naal aja mais esta culpa se nele a assue, e seus
subditos tratem soomense do minisserio que essá á sua
conta, e naa te intermesati em outros diferentes em que
aaái comumn que eles entemdaó', nem como Rolegiosos
nem corno prudentes; e na carta que mando escreuer 80
dito Provincial lhe toque algua coussa disto remetem.
dome a vós; e bom será que ho advirmes na ~Ne ..10
TASefeWL0 a.. 595

fane áCoanpanhia em escusar por ora que oseu Geral


soubsse destas cousa, quererndo eu antes o remedio
castigo delas por aio deite Provincial. Escrita em Lisboa
a29 de Janeiro de 1599
E esta Instruçad vay escrita em critri meus folhas com
asinadas em onda bua por Miguel de Moura, meu es-
tries:ó da puridade, do meu eomselho do estado, hum dos
Guouernadures destes Reynos. E eu o Secretario Diogo
Velhos fiz °sem.,.
REY.
Migue/ de Moura.

114 das Instruoribb que Vossa .4agestade manda dar


-
ao Conde Almirante que ora emula por VissuRey da
Imdia.-sPera Vos.0 3/agastada ver.-2f via.
(1,1 so 4.. (1. 8O7-5., via fl. 627)

207.
Conde Almirante, Viasorrey, antigo. Pensa aia. que
vimad da •judia o anuo !multi, cie 95 ersierdi por o:v.i.-
,. do Viirorrey Manos d'Allanquerquer e por (mirras "
algarts pessoas particollares. o estado da -conquista ths
estilai; que untes da MOTle de Peso Lopes. de Sonda
2tie aela emulou odito heissorrev eu lido em eguido
de que se e,peratta que se acabasse com isso os gran-
des trabalhos e naft 'menores despesas que ha tantos
anaos que esta hapset. tora • dado ao estadó dd [ilidia,
ePosto que com a morre do dito Pero -Lopez e doe
•, ,sigus e soldados que elle foral mortos e cavos,"
. "lour adita haures. StE(.1.5, -se que com •o sés
eerio que lhe tinha mandado. o Visorrey com Dom Je-
me 9llno •d'Azene,b, se'melhorasse -como se pretendi.,
enrolem termas ficau,fi partida das náos, e deprria•tittO
tartss do dito Visoreey felina em fsoeseiro -que uleraõ
Por terra bom muito milhares nuetas daq.ullima,,, cola
'ei beresças'beni fundadas 4e no somente se rest.itair o
596 Ãiit15tV0 aORSUOVEa•ORIENT...

perdido, mas de se ganhar o desejado, de que recebi


tanto contentamento como foi o desprazer do aconteci-
mento contrair,
Il. He taõ grande esta materia de Ceillaõ peba cal.
lidade e• susiancia delia, e pella importancia das rir•
cunstancias que teto, que me parecei, tratamos delias'',
mente nesta Instruçaõ particullar, e peta uolla encarecer
lia muitas reacês, e basta aquella geral eantiga, entes-
dida e praticada sempre dos exrerimentados na Ilidia que
chegaraõ a dizer que se efia em algum tempo se per•
dese„que de Ceillaõ se podia tropar acobrar, pello lugar
em que está, e abundancia, e fertilidade de tudo o nes
cessado, eriqueaas da polida terra. Tombem lia serre
esta e outras real:les de presente aquella que muito o-
briga do direito que. ininha Coroa tem naquelle Reino
peita renuneiaçaõ e doacaõ feita a ella por Dom Joaõ
Rey de Ceilaõ com tanta solemnidade que a mandey Jas.
par na minha torre do tombo onde está; e sopostas to•
dam estas coh,ideraçoí,,se rezdès de muito mais força que
quiesquer outras cpie Possa ares em contraim de que
net"; sei °Imã senail as que me apresentastes que vy ercni
do gila .15- do zello devido a mel] aellliÇO da maneira
que cada hum he obrigado a me lembrar o que entende
quando lho pregnnto, e afazer depois inteiramente oque
por mita jlie for mandado )oca encomendo e mando q.r
prucigaes a dita empraza e conquista, se já net; for' a-
cabada, fazendo niso tanto de vosa parte que veja eu
e seja noiorio a todos que quito menos tostes desta op ,.
niaii; tanto mais nos ernpregaes nesta mataria sem num
Qa a interpretardes cm cousa alguã diferentemente do
que par a,la Instroçati vollo mando expresamente como
Sambem particularmente volto mandey dizer ian fria'
drid de paktum nesta mesma conformidade, e com o
obra ser esta naili vos desobrigo de me escreuerties
que na uos oferecer inda que naõ seja nesta conformi -
dade, eespero que me mandeis tail boas nouas do q.. ,
acheniee feito e fordes fazendo que naÕ seja necesario
tratar» de mais que da eoncernaça," do ganhado edar-
VA8C10.0 3.. 59.
7

uosey os agradecimentos disto. Escritta em Lisboa •ao


primeiro de Março de 596. E eu o Secretario Diogo
Valuo a fiz escreuer.
REY.
Miguel de finfara.
Instroçai) particular eexpreça que leira o Conde Al-
mirante sobre a conquista e empresa de Ceilla3.—Pera.
Vossa Magestade ver.-5. via.
(Livro 4: fl. 637)

208.
Conde Almirante, Vyssorey, amigo. A empreendo
Dachem se Imã das mais importantes eoussas do es-
tado da latina, eque mós cuidado; tem dado melte de.
polo que aquele imigo começou a crecer em poder tias
partes do sul, e sempre se trato), de como esta conquista
se poderia fazer, e com este intento ordenou oSenhor
Rey Dom Sebastian', meu sobrinho, que Deos tem, de
separar ogouerno da bilha com doas Gonernadores,
hum em Goa e outro em Maloca; coasse que se - princi-
piou enal; ouee efeito, nem vollo digo senalã pera en-
careciment o do casso prese te, cujo efeito parece que
depende mai, de boas occassioès, que na3 (aludi- quando
se na;; &dz., passar, que de apercebimentos grandes
que se acabadl de fazer tarde, e[toa são nunca com tanto
.segredo que se nal) aperceba primeiro oirnigo que ,delles
o pode temer. lato que nos tempos passados nal) pode
lut parece que nos ,presentes sé vay facilitando segun do
as 'm oas que per cartas do Vissorey Matiaede Alba-
asy as que vierat3 nas néon do anuo passado
remo depois por terda, nue do DaChem por rpm se eus
1,,e_lltiv•stuam disposta está aquella terra pere -
ee ., empina-
oqUe tanto ha que' se deseja e priucurti, eque tinha
O pazes com Melada, e-se mostrautt amifto do este-
ãa, aque deu bom principio a intellgenme saa coes
keue Pero Lopez de Sousa acudi, capiteo de Mal.
208 ARCIIIVO'PORTOPIREE•ORIENTAL

lana;' elnaá: dessem de encontrar as pe.s a conquiste,


asy como 6. mouros saí; poses firmes relias
benaf."? somente em quanto lhe vem bem comprillas,.asy
nafi .contfern que da parte de meus ministros se lhe dê
nelbs mais segurança que a necessaria peta sem es.
crupullo de imjustioa se proceder cora cites no modo
que beis cumprir u meu serviço, e fazendosse isto asy
lutá serafi as paecá de impedimento para a proprera,
antes proueitosas pera efitt, e 150 tentpo que durarem
se poderafi .'por meio delias saber muitas Coto.as de
importancia peca o mesmo effeito. Entendido cuido
que tereis deste breue discurso minha tença,' e yontade
que be pianos coa obrigaçail de que os trabalhos eebi-
dadps da norte vos nad denitted :para deixardes de os
•Iepartir com as couseas do sul, trazendo sempre os
olho.. no Daebent, aproueitandouos das ocassiofis pre•
sentea que ainda se "iodem despia milhar para o bm.
co', como espero em nosso Senhor que seja ' cosem a.
gora mostrado em Cella& e Chaul; e n.o, ha mais q.
Oro dizer nisto senafi lembramos o pera que voe mando
India, e o que denteis a esta minha cornfiança q ue
dd vós faço para responderdes Off) tudo a elle como de
p" . rO.
" Il.esErn outrU Instruoa von trato da meteria da tos'
tifficaçad de Cochim que na tantos rumos que se de.eja
C6rear, que jio a intentou o GptlerOarlOr Dor, AfrIrriga6
de Itienesses que sucedei, na goucinança da India ao
Conde Almirante vosso vissauá, que Ocas pecd.cL"'
uai. ;derafi oo tempos poderse depois pior isto em etteiro,
com este intento mandey o armo pa.sado. por Ve.t ° '
"da (acenda de Cooldin o Licenciádo Francisco d.e Fetos,
gim: por ser aceito a EIRey de Cochino me: parecea mie
o padecia encaminhar. e se acabar de persuadir a 00 '
sentir nesa fortelficaoaa, como creo que ti terá feito, I"'
que pelas suas carta. (que vierail o asno pas.ádo aC"'
agora lhe mando rr.porider ) se mostra (Fiei:osso e
-

de,,cdrdfiado desta preposta que já lhe era feita, us e., P.e


'ëíma de tudo •ie-te,pareee que az vay chegando , e 1.'1'
assoou!. RJ bfiG

devam èffeito eeURea que tanto se tem promana°, por•


que por huô carta de Dom Antonio de Noronha,
laô de Coehim, que trazia no mbreacrito que me fosse
dada em minha maó, soube que elle entendera do
Princepe de Coohirn que nisao lhe falou ent aegredo
perante Jorge de Crasto da Companhia, Reitor da Casa
de Vaypimootta, quanto desselava que esta fortefficaçaa
se fizesse, eque de sua parte a procvraria todo opossittel,
asegurandolhe que quando ,descubertamente ó pudesse
pôr em effoito nael faltaria, o que logo uai; fazia por
naã parecer a EIRey seu irmaZ5 que elle o contra.
sima eta. sua opinia3, com que se noa . alcançaria
tal facilmente o que se pretendia, apontando mais
Dom Antonio que eu deula de mandar agradecimentos
disto ao Príncipe por minha carta e que elle edrresse
com elle neste negocio, e sendo falecido se cometesse
ao-dito Religiosa° Jorge de Cromo; e de tudo imo Ze no•
lhe nue nona ern prooederse neste partictillar da pratica
glIsm Principe de Cochim tem com Dora Antonio de
Noronha com o mgredo Rue omesmo Principe quer sive
lhe tmliaõ do que promette fazer; e porque aproeo o
gás Dom Antonio nisto aponta, escreuo ao Prineipe e
aos ditos Dom Antonio eJorge de Craato as -cartas que
pesa ellm vos serail emtregues com -esta Instrucali que
saô brema, remendas ambos asós ,e vos -enco meo rio que
tonto que embora chegardes á judia mandeis chamar a
Goa adito Dotn Antonio (se ma .parecer pellosiermós ecu
guc achardes ema materia que aay conumn,e qne este naG-
-fará falta de consideraçaõ com sua absencia, eou de
pateara "OU por emrito sabereis dele tudo o de que'for
neeessario que vos inteireis, ecom rua emformaçaõ e iam
?,teet lhe slare aordem 'do que cumpre que faça, dan—
aminha Sacra para oPrincipe -e as outras duas -pera
cla eJorge de Cresto, com o qual trotareis -a materia
. hdo Dam Antonio falecido, ou sendo maio contlinien-
t _:"Ir anMs a vós o dito Sege de emalo pelo gualdas,-

il,7,e,drepiserdeonuninz
a e iwoque for necessario, sabersis ‘del—
eo p.d er milhosconaegváhaótv sue-
600 ARCAlv0PORTUOUZZ•ORIENTAL

cessado ou na0 comunicarse com Francisco de Frias o


que se sem passado cum o Principe, e se folgará elle codi
isso; e aocedereis neste ponto conformandouos com •ara•
bas estasan,ideraçoár de re fazer bom negocio ese guar—
dar o segredo alheou, eem casso que se elle na6 possa nem
dana comunicar a Francisco de Frias, ordenareis que
elle por sua via corra com ElRey de Cochim conforme
á ordem que de só lama e lhe derdes como mais virdes
que conuein a meu setuiço; ehe esta 'meteria tal', gran—
de que asi como alia vos pudera dizer muito, basta tab.
bem oque nella vos pode ser presente pera averdes p'or
quem encomendada he rezai. que à tenhaes; e asi huá
cá coussa vos direy que ffinto que se tirar oimpidimen•
to de EIRey de Cochila paia can sua vontade •se fazer
cota obra, net"; será rezai que daquelle dia em diante ella
se dillate hum só mais por abane casso que seja, porque
o seu maior variauel lhe poderia faier depois mudar a
vontade se ouuesse vagar 'nesta obra, para a qual miá
deue faltar dinheiro, nem em tal casso como esie Ni; lin.
portante e prepis•o se pode dar nem aceitar ata desculpa,
e me avismirem nabo particularmente do que em -tudo is.
to fizerdes. etalhem escreun a Francisco de Fria, reme.
tendoine em tudo avós.
111. E posto que em outra Instruça,r3. Vos digo como
entre por bem que o officio .de Corrector mós da alfandega
de Cochirn arasse afeito em Perna() Rodrigues de
Mario que nele está protiirlo; por cima de EIRey de Co.
chim me pedir com muita instancia o contrario, ate
torna a parecer que lhe. deito fazer a roera qtie pisai me
pede se entenderdes que asi conuem para se elle quietar
e que seria isto parte para num as asais que de mite
recebo se persuadir milhos da fatifficaça0; e inda que
da carta que lhe escreUo possa .entender que .o emacio
desta preiençaá do officio, nali deixa por isso de ficar .,y
mais acemodada aresposta ou para se lhe negar o re•
querirneuto fundado eia justiça sem ter queixa 3Ie vos;
ou para lho concederdes da minha parle quando ani'vou
parecisr como aéima volto digo, rnowandollte como de.
wmwcuus 2:

¡>4.4, eart,x.para elle o°une Elsy por Cern,


gne,he o,4pe ,niato ,paiina„n em cassm„40. ,FetpacIl Ro-
Poirnej,pe 1oojoifijá águe mom ri olIierp;le,Cotintorrrifir
Otto lhe itletioltor ioigo jimisfacekt delle Co iiareie.rr,nrria.
modo qup voaJuilhor parneer,eie rime m.

'kV. ako.•Principe-de ,Cochint mandareis pelo:Mit° Item


Antonio on Jnree doGramo OnM'irernolo nwitn'forroalaa
entrance, da rolo hOmar,. • para elle .ctiniforlfilindolldo tom
at e ar nitro,.

V. A Lacem Aproai, notado • respeito o,seas seruiçoe.e


taabolo ao loe tom leiloo,/ 1, ,(NTI> geod.« yen.
,

to.mattria•mrate por.heno•do aCo Xoto', ri rneree•xnft ie


voá' .cerotedieará com° roe romInetki4lAtantes dia coisa
partiint para 4.11° vascriartree eetre desnata,.
VI: Em Sol dartnetrunofte,rjuolentaes onde vo4gram
de-DIRey da •Persiaraea digo.oine 015405 rnPi nesta roa.
.

teria . ericiesse• por belo Inlomend•aria, deelairar eia mura


1^tlfneall , comn azo/onera nesta. Eu qui..Qra enolor bom
eirtbaixador -annelle Rey eine fosso ,doete Reino. colo
abe climas emendo.; oomo,já foi outro em .tempo' do
Senhor Any Dom Seimetiofi — ine. ooboipho, que: Deos
tem, denoloda batalho nanai oi enraia .noe no nono de
71 ,@e entoe cortixoo Tula. corra tire e5Ort.11: entoa pfilo
dito einlmixadOr quole LIOU. tarnaern 'breneo do Earn,Plit
tiniam°, parai° meerfikr. Rey da Peksto, e.com 00 bons
ceaste: que :olor' ema •narte de Europa, ee onuetan' contr.
O 'Ditreitairtm era Asia m teraCt-sabidos :os:alijar; lie troado

para SB N.ererll fi0/0.39' 0fflei. cotei eteo-Rey exortando°


.

eanimando° are elle esforçar malas aportar rs,rtered poe


aquela parle - 'Cm - ao co afina cola -,seinX- estailoman.a.p.-
reCeorne •milltor dei icor- ene voesandeloafr adome embai,
,0%kor iforn , qne detroirs escolher peco,a lo ettEl.daele e pno
ler vende o praticahdo ..,e!deror ser., edolko,cumo• ja • nen
alando. OSergio, Ra Meti sobrialio jogi outro • !acama
de.elento ecanoa ' yra yre premmar bonSiesle ofSeib 6.
initièi
ri
taner (difluir, eirpoi elle lho .monJereis, os minha4

0
75
VOt saem., rorrústres•Mosterat

cartas eoutras vossas que responda lta rine eemeueo


Metias de Albuquerque Cuias copias soube que •ieraV
depois de feita aoutra Imtrzmaa em que vos digo qué
asõ sabia que fossem vindas, eao dito embaixador da.
reis Instruçarl do que hade fazer que será todo micami•
nhado ao intento que entendereis deste Capitollo e de
tudo o mais que nesta meteria vos mandar dar em qoal•
quer outra Inetru(ad antes de vossa partida.
VIL Sobre a morena da pimenta( que coneerne em
sy muitas constas, compra, guarda, e cabedal dela para
se aver da bondade que conuem e estar prestes ao tempo
necessario para se carregar sem esporarem as rtítoe pot
ella ) mandey dar hal InstrucaS particular ao Vissorrey
Dora Duarte de Menesses vosso sogro, que Duos perdoe,
e depois outra ao Viesorrey Modas de Albuquerque,.
vemdo eu agora ao copias delas para o que cobre isso
vos matem de mandar, entendy que muitas das comede
apontadas na dita Instraço3 (qUE taóbem se 'depenem me'
as Gotternadores destes Rein. 'sendo vós presente )se
tinhaA alterado em outro modo, e esq me parece° que
deuia de reduzir esta materia á ~tenda dela que te
encomendamolla ter,- particalarffleftte soma elle per st
mesma o mostra e confere» ao que sobro iate vos digo
em outra Instroçad taft breuemente mano nesta o faço,
e-para vos tornardee ainteirar do que já vistes na dita
berramo) que lenon Metias de Albuquerque, soe .4
coei esta dada a copra dela pello Searetario Diogo Velho.
VIII. Nos Regimentos particulares que vós eos capi•
taé's deinao unos em que bis leuaes pera a Viagern alem
dos Regimentos ordinarios -dela se contem que no q.*
toca atomarem Santa Helena, ou oad, seguireZt. e ced em
que lhe derdes da minha parte per Instroçorès asynadas
por ode efeitas peno Secretario do, estado, ~endoudam
isto tat5bem com o Vissorrey Metia. de Albuquerque ..
oom'a peoli que vier por capitaó utór das dittasfanose
e-Indit que as ditas lastram& sejed particullares mine P.e'
mais mea sesnioa deinaristo, parte as voemo, .0,
.hee logo aqui oque nisto ordeno pelo que vos encorno>.
141101017LO 3. 651

do que acalmes cuidado de data dita inatruoçna a todos


os capitaôs das ditas !Mos entrando talhem nisso o. dito
Metias de Albuquerque ou quem vier por capitai." noir
deitar, como dito he, na qual lhe direis da minha parte
que eu ey por meu semieo e mando que elle. tomem
Santa Helena demandando esta Ilha coza oapercebimeam
com que palias ditaellmtrtiçoille lhes mando que ventral",
depois de passarem o Cabo de Boa Esperança, o que
na dita Ilha esperem halo unos por outras até todo o
sane de Mayo, eque dais em diante faça& sua viagem
conforme adita minha Instruçaõ vindo todas as que se
aly acharem junta!, eos ditos capitaôsdararf seus non-
hecimentos ao pé das copias das ditas vossa« Instrumed"e
de corno lhe foraô ~regues, os minei, conhecimentos
me emulareis ema as vias em todas asna., emenda huii
o conhecimento do capital delia.
IX. Da fortaleza do morro da Chaul 000tlet” trataras
se ve dane coraseruar, ou um,, epasta que Manas de AI,
buqnerque me sal asmaoa cobre este ponto nada, que
creio seria polloaver por materia clara, bem quisera que
ais da por isso ofizera, e mil sendo ella pura ficar ern
danidas me pareceu mandamos oque nisso ey por meu
muda°, que he fortifficarse aquela fortaleza que se tomou
aos longos, earar nella sempre capital, soldados, ebom-
bardeiros, sobreoetlenado o dito eapitaõ ao de Chauka
soja conta &ama ua mcnagens riambas tte fortalezas dan-
dolha aelle eeapiraZi de Morro coado.me á clausula doe
pleitos ...nage.. que me fazem a mim, acreio qee uoy
achareis feito isto gastado chegardes; mas em casso que
aay 11843 Mit. O m.lenareia nesta forma emodo (»amimes
muito fundamento da fortifficaçafi do dito. morro, pois
dello se pode defender abarra eoffender acidade aque
fiea por padrasto, que he rezai. ;concludente para o quq
atara naando que fte faça;ç sal% falta quem diga com expie
'elicia de enoito. sanou da Ilidia encarecendo isto que
avoado» devierrabar qdita fortaleza do moiro ou • da
üdeete i que ado morro he aque precede.
X:A este prepoesito de foetifficaçoèx vendo- quem et
604 erreurvo -êtrereauscriserearet,

cersoarro ho -forerornee orier eislei eesorleidlexeesee - ,es.dereas


doira 1nd retroflito !ror frornesiors raiarias tail.pôdaro.ºº0 eu0
pariri:cegue selr,jrr.r .ecuuuruIiOr.r*ep.aequl4p).oatr eaãtl r
dlarerurnrrerrngeirreertorro Já tretireador , urro ara.aino-e rta:
rerintentado neetarrhrofieseet, e enanrrarlio asara rase° buas
ow,reolkal iaroirraondor o irerser rale .. ,ostioneraleeno.•00.10 05
fará-para .se rara :pode muiar ;ua b!sue, qu,laeru,,e „op,
quanto ,der«qoa ironrrnir ~pendereie or,irolte, do noirpa
nheiro J4ItIÚ BerreisturCarratro poeirada flua, Innoria,pessaa
quo o anissa ajmear nisto gora ,oari _aporte sorri 14grr a que
se poromende;' e oareqare'o.u}iuoa3rruC 1/aorta:ia trananflos
que eerno trere'rrensh -querou,r1Ito dqs uerrqo edul roa
ligue testado fures ele lho ir eueorreor,o , ele ottOrret, 9g.
lies por bem letruais recado. nora tire aleerdr,ê•,reihroia
eIltre treze/odes &arminha rparte .rquoorneralterOYrrhertrfretrride
de orle contrnuar• corno trete /Venere nora rerirepon, pouco
terapes
Xl.te têoho tonsurada por- alares rersperros olhamento
Creu retalhe°, 'inrootreflree, e-Ireorgrsarirro ár , ciaroierioreirê
abaram, ecometem' ira' froSta erre henollesiordos .fireari >yes.
sell,frMtturaes deres:Cá:roa que se erthee ê"ai ngerrie todo
o Ior iiire -eonicênir over trItirt•Fillhr ,daaratord oatroar ts4-
tinire da Inadit. culpar is . e.
>4+1Wn
- aef 2e, .antros .narreadoorirer
nroorseoes'ffiges•oêl'arre,hrbe tê° ,r&êsteltaêeér,erg,ra
*de -teruo irrantto 'gsarrrat 101,4 ,,n0See.jeMs.•199re. ,se
eriftrierrrenr:e tu O:T4ree ; ecs11.asine,ee
quee'Sliàü '''' ' ater er
' d
crítrbirkrit etstanTnafhlearauterrooenendorsoir
moiro enuereerdn'rnerilV": TI e' ;ah»t rir afernhi-êroiOlasrria
parn -que -de'parte"18i'l.dritigherêaarbtrèluniiner.erita de-
fecco Intel,rarrnerrirq;te ,,nre--arrqêretérê urre lamxivieit3 faiara
Ca.etetkanospeee'en1 Unis se ' ,Moedor. suo., rournirre

a z'ne MtlIkçq.
vu,..eacntsi em emeo mewrfothas
apy[è 4o. "pe de ceda leoa roa Miguel
de Moura, me4, 1 eseauaõ" çfa ppr.mâUê;, aó''Men. :tt?e,-
3e4.'"•44.e44k‘k.,19.4P4,',19s.G914.:natforee d4o0fl Renlow.
easeiengoRe 605

"%Vita' enlgrisbes ta•nete de-março de 596..E.uu o Se.


eretrego 'Nego Velho nte e.retrer.
XII.' R .dan- vieterhs• -que se .il01111070V11` •contra vg-Tur•
°dein' Chefie' se Ven Será' .hri6•Relaçaria ,qaal na
dia •farejo
1',.4reiS frhiluir eug•tingria ihr• Partiu, reei onivegareis
ao •Eniliainedor que hoirtrevdes de »alar áquelte Reino
Paree ilgdritalá inontrar. (-a )
REY,.
'Migtiel -de Moura.
leslrogati partieollarivne Vessa;Maggestade manda dgr
ao-Conde,Atneireale Wissorrey. da índia...dee. ;Aguas
mateiras iseportangee:desia.*Pgra V.sa Margeindpdget
toda.-9. , via..
(.Livro 731-5A. via 6.617)

209.
Conde Adedgantee.Visoltesy amigo. Por ser huf.orraa.
do , trrede tinira niorado muita dneolla, de Xarafins na
Cidade:de ((oh. comeng0 ta. liga, nurndey nas - vias -dos
ermos passarlos vpred,nnadi.iartrasse mais, se:ultimamente
ao -Vio3tt6 Marido, ,ate, 'Ailsnergne que ordenasse o
filem een nenièree-tneepTio pudesse bane,- pexit da todo
se êtrineuirenges,es ,Naraii»,• a hora inc °serene avieles
de•-•dis (doe qtre ,per se entender que se cient.:Zincarei,as
tering poreeonta ,Se-seginha (arrede e feltrar, caos alia. a
perdnvenevnelles -1,0tinesse •re aa5 aeabara•dle.temiir.as.
sento nesta maieries • e urre- pio conaern .feedrese., com a
greisideetkete5 rine elie?fiede, vos enoornendefqurer velado
ile'ther0i qige Ine.pera na5.fiquar sina,Péigirisiverrielnis
nhalhehtida, e-assionouidas as da Cidathirdoureisereeo•
lunar; hegfge neggobio, e- per •nenharir oas- d eanknoraerdque-
gelatige'inaes estaugoedapeero quo de todo ne...Segniega,
edirteifilit ,righisinde,,e geraIrriegite toda apensos O-que »ire
to atrivi de' 'nono- aos , ['Pando- pene eNandelb e perda
conerng"hile tnea a godos:

(•) Esta Rela9a3 sal apparene.


tretcrIVOROATUOUS.Zotstlescrst

II. anui me dia amesmo Cidade que por respeito


da, muita copia de homens da naçailt .que ha naquelle
estado noCi podem usar de seus comerciou ter, liureruente
como dantes fasiaõ, pediudome que os mandasse embarcar
para este Reyno conforme aprouisid. que sobre ires Man-
dey pasear.nos manos passados, e porque por retraí; .dos
contratos que se .fazem neste Reyno para casas partes e
por outras cessas de meu seruiço suO conotou maudallos
vir pera este Rcyno taZi geralmente, senalleomente aquelles
que.. entender que sad prejudiciata aMeu seruiço, mico.
mendoime que os naõ Caçoes embarcar a todos geral.
Mente, mas quando enteaderdes que ha alguns prejudi.
cises, eque contiem aserulau de Deus e meu
los peta o Iley no, otrotareis ecos o Arcebispo -de Goa
.e ao.» es Inquisidores, ese parecer atodos que deuem
eer embarcados os que asai forem prejudiciaes, os o,
brigareis aisto, edoutra maneira »Mi.
E.assi me ,dizem que o &abo, Doou Se'
bastia& meu sobejei!» >que Deus tero )matutara tomar
determinaçar, na Cortou claque denia& cerres os arreada-
mmtes de minhas rendas acme estado,e que esta ofeito
disto concluso em sna<1. do Licenciado Antonio Feri. odes
Juiz dos leitoa, pe/lo que voo cpcoolectdo ars
infosnsete destra autos, e faraes EM.« Sen.. detecta"
»aça&eta Reiaçad.', et/sentença que neste asso se d. ,
nutro de se pó. rd processo nem das, publicar ume.,
ria
miareis em coma assinada pelloa Jaime todos pera
aver emeada/ nisso o que for sentando,.
IV. Tambern discai que os cargos da escriuoils dee
hortaíln [laqueara cidade formo sempre prouidos pena
Camara della, e que de alguns artnoa a reis paste..
provêm pelloe Viso. Reis daquelle miado ;. mi& ,,Mte
vos encornendo que muito particularmente voe iteformois.
das rezo& que a cidade. tinha peva pavor [mica pargo"
e[lasque boa« per, o.nart fazerem de Matei tilllitos
reata parte,..pern que com a infornutoad que rliaMl,brg .
sentA
M.a ma elso ssdsa mandar re.speadet azidido
,

Lar meu nerldf o•


Imergente I!611

'nimbem me escrenem que por a prisea •rla for-


'eleva ser apertada edoentia entendem que será bem
comum daquela cidade fazersse hum troam. nela
como o ta eu cidade de Lisboa pera co presos da o.
brigeçal da mesma cidade, a que me ima pareceo de.
uerlhe deferir 18111 primeiro ter informamel vossa, eco.
municardes Dto on Relaçaa dessa cidade, de que me
.artisareír, e athamdo que nisto sal pode hauer doai-
da. e mie em nulo caso se deus fuer, se porá em effeito.
VI. E porque sambem me escrenem que EIRey Dern
Manoel 'meu sentar eaukt( que Deus min ,)IIm concedera
que rodos os casados da 11188818 cidade 88118801881
80180810 frouteiros, e por bat., 111811.03 8111109 que ao
quebrou e extinguio este prestilegio, lhe paseauaa oe
VisoReis daquele estado provim:M-6 pera as que senti.
ocra 118 Cantara da assume cidade vencessem soldo uo
tempo em que sereissem, o que hora encontrai. o 11080
regimento da matricula.; vendo o que solam isso me
dizem, liel• por bem que estas pessoas no tempo muque
somente sernirem bojal este salda em quanto o eu
tbmeer por bem, erma mandar ocontrario.
VII. E assi me diaem que o VisoRey Mathias
Albuquerque C8111 o parecer de algas Malgas e pessoas
desse estado intentara cercaram 8 mesma cidade sem se
acabar afortifice.ça.3. que vay fazendo na 111m, epor ser
de muita impotrantia escoiliersse o melhor disto, se naa
fará nesta "Deteria sumidade alguã cem primeiro vos
informardes muito 11.811101118118811le 88 seabandome de for.
tifimr ecercar aIlha de Goa eaS que já está tanto feito
mmo me esmoem, dono mandar cercar amesma eido..
torcer deste escusar, de que me anisareis muito par-
ticularmente com as remias que houuer !ter bule outra

Parte, eom bom debuxo de tudo pera vos mandar sobre


meteria e que botmer por bem' que se faça, een-
tusiasmo se na8 leu...terá mal da fortifieaçali que se vay
fIrerndo tendo' nela respeito a que se nal, faça cansa
Itls depois se haja de deetaaer.
Vii Tombem cepo esorcumn que a zueSIlla 'cidade
monme,Porrmaimmarnam

fez rema • .035t grandes por cirna dos apottgnea.com


demente de poder seriais de Voreaçari,.e -me .pederri. CIMO.
dê aosidemmhargedoreodessa Relaceb (banir nollaas
dienMaa às-snaobr'maend litaaiêgorrt fizeram em sushs•ca,
soa, •e'por seesrm teria nona, am encomendo ar praaibitelO
COM .F;e5.80am.. que. o-ententlarr; •p dne.trodbeis se. • confiam
-comede ribo imo ao pedenseperaPqm vossa babo-mos."
liso o-amplos raspimaler, e pareeendattos 'isl. neresiaorio,
«ale. aaíi'vhe mate. de </cuida alguma a 4 .
.Imia peir
earbtesfiritoi •
blassidme acalma rega insereetas hasta Peco fio
Olaceira-eidoilsiada ,nseama cidade que diaern..que teia
beba seroido, e qr.o por sovai ter possibiliskide .posi" pode
arégmo »apresara», mi porteis sim mim sendem a • que yes
encomendem'. ',jarra inp forma, e-modo qqa Vos Acarto
articulado que tomeis mallecimantes, de semelhantes
timasrmen-bis pesarem com rpm- na lhaueM do praPaPer
aranmacimitiodo.qm.vms 'parecer,
X.' EIRoy. de Goehern- me acudoo, cobre. sane porosas
CoPs e-réquerimentrra• -quojá •rehoelitio. ao VisoiP...
MatIC as d' AIbminerrrsei 'e a as jd :lhe cem dado .alab ,
rnaa repostas .porque Pe • rimaCa que me repeles
nau cessas daquelle éstado.sem prirodirpse tratambl•
as VisoRtis delia, lhe nramloe,hola que acrola..a sós„ e
aosterhoomebdo nas deformeis sa tent.- raMetars
-
soa quer hora odite- etey -.requere, easem • reee apab ti'
ter sem PonuotsprrleM - nas vias :doe. atueis passado
peta-se ahelvtar', aa asjaes"c.me informcia epm vosso fio'
Tecer rieto 1110 nmadar•Msporider odre,' homem por Mel'
'"a".idd'i . d aadsh'ecbmacdc com beco, medo pesa que
elM eu qPiête, e para'vds ped•errics Ma hordas como ql•le
lhe moreno abrireis - Mal' rem piem sias das minhaa.r"
tas -perit alle, e deltrue,toltasidhe digo sobre a•firril. 6 .̀.-
geri de Cm hi vosiratmel em. outra',instruem-S.
XI. Fillaorque iene 'pene mando despachar a. hate
FíaiieiSed- da Costa: ,e NI adie.. Voa .-miraram do
Thomé, vereis mias petieoU péld ;modo •acimai 4t1o, é
me aalsoreia do- queVarecerrnab trataudoido ,habitril-que
Faseiem. A! 609

•pede ,pera o dito Nistbens Vas, par naR ser emuressiente


cencederselhe, de que efareis capas. (a),
XII. E porque. dis'ipte EIRey Dom reeba.tíuf libe«
sobrinho t( que. Detis. terá )alumiou que se pagassem
aSantopá eoutros bramenes.fiuns troce mil e tresentio
Xarafins que lhe mai.; deurid4 de roupas que lhe furai,-
iumadas .epor atégora lhes ntult ser feito pagamento, ice
pedia lua quisesse Mandar -- fazer; encninendouos que
consiandouru que te ésia. <tienta liquida, lhe luética fut
ser pvgantente deita no triétlior latida que puder ore,
eaeste preposito Inc irarecécr til'aerurts que em meteria
dé pagamentos, quartdti se nad poderem fases todos, deis
preeedeacia nos de rosé, obrigaiart,
.Xiii. Por ser informado que to moradores da cidade
de D Ima() peganaft tini certa pensafit das termo rlaquella
fortalesaa Remede Rena, Rey tio Sareeta. lit.oraattdei est ra•
Shar,e por lut ,icarta que tine-sua rtas yias tio anuo passado,
.
me crescer no as causas porque lhe pagai/ a dita pensai),
de que lhe mando hora esereder voa dem miam, peia
néste caso verdes age& se tleue faser nesta Inateria, eassi
lhe rrtaudey que volta tle . ssein da queixa que trio faseio
de Re nat7 eco aeatvady rte -pagar o dinheiro por que *e
se lei huil viagem da chias de que lhe fio aterei, pau
forfificaçad daquella furtaleza de Damaii, e assi dee.
tas ennsas muno de outras de que vos darei; conta, sus
eneonendo lhe façacs fascr justiaa e rezai; no que, a ti.
aerom. E será reztio Eme' acidade d.eGoa, e Itillitty Is
'chim, e a de Danen:;, de gere vO, iram cesta Instreear4
,

saibed particularmente de oito cemn .voe eaconumtho cofre


seguei°, sobre que me ésereocronti; e o mesmo modo
ureia em semerimotes roeras ainda que volto nail diga
tar kn.tracrikl: oc cartas cm doia vim falar nellas.. Es.
erha era Aranjurs • 6de. marco 1096.

FSEY

(a) Anta as lé em ambas as vias, que reaam, deita botrucça5,.


77
CIO ARCIIIVO rokstrewszmmzersa

Pera o Conde VisoRey sobre requerimentos da °ide.


de de Goa, e d'ElRey de Cochim, e da cidade de Da.
nta6.—Pera Vossa Magestade ver via.
( Livro 3.! II. 709.-5.. via L 663 ).

210.
Conde Almirante, VissoRey, amigo., Por ter alguês
informaçoês de pemas de experiemcia dá Imdia dos i,tn-
comuertientes que resultaua5 ao bem dos resgates de
Çofela e Rios de Cuama, eá comseruaça& dos mesmos
resgates de se terem abertos e serem comuns cesso. o
eu tinha mamdado no anuo de 93, eser meteria de mei.
Ia comsideraça3, me pareceo ho amo passado de 05
mamdar acudir a elle com o comedi', que pedia, evorá*
dome emaminamdosse as C81.188. que 1119 mmere6 peta
marnder abrir estes resgates, e as que de nono me fo•
raS apresentadas pera. os tornar a mamdar cerrar, ecor.
serem como dantes, mamdey passar boa provisse& feita
a 7 de março do dito anuo per que derroguey outra feda
ao ultirm de março de 93, ernamdey que se cerrasse.),
e contratassem os ditos resgates com os capitaês proa,-
dos das fortalezas de Çofala e Maçaithique pagamdo eles
á sua custa as ordinarias daqueles fortalezas, e dama.
mais aminha fazenda buã comia certa de dinheiro que
parecese justo ao meu'VissoRey, pera oque rne pareces
darlhe na mesma proniSatil comissad que o pudese ass.1
fazer e ntratar com os capita& que fossem entrar ass•
tas fortalezas peito preço que lhe parecesse justo, como
mais largamente vereis peita dita provissari, ecomo por
elle ouse per bem remgar a que tinha passado P"'
se abrirem os ditos resgates; pelo que vos entcornerndo
e marodo que façam, inteiramente comprir adeque nes.
te Capitulo vos trato feita a 7 de Março do anuo p.S:
sarle.de 95, e me moremez o que boa ditos capitaês deo
cada asno pera minha fazenda, ese vos parem quê -
ti este negocio bem ressoluto nesta forma, com P "",
..joe meta remetia se voe oferecer.
treeeletfLO 3. 6.11.

II. O VissoRey Matbias «Albuquerque me esere•


Imo bo asno passado sobre alguffs meterias tocantes aos
menistros da Imquisissaõ que mamdey que se visem
neste Reino »o Comselho geral dela, omde se casem.
doo que o mesmo tinha ele escrito ho anelo atrás de 94
ao Cardeal Archeduque, .men sobrinho e innaõ, como
'inquisidor geral, e que ele provera logo no que aio que
corovinha, de que foy a reposta nas nitris do asno pas•
sedo de 95, e assi nisto naõ ha mais que dizer que apro-
oar oque Mathias d'Albuquerqoe fez na coroposissaõ
dos ditos ministros, eerneomemdarims a vós que pra-
sigaes no que nisto virdes que comvern dandome disso
nossa quamdo ouner casos que o requeiraõ e comuni-
damdoo particularmente ao 'inquisidor geral destes
Reynos (cujo cargo hagora sente o Bispo d'Elvas )que
vim avistará tambem de minha parte do que for 'teces.
eerio.
III. Por a proviseaõ de lugares de desembargadores
da Relaçaõ de Goa ser »leiteria de muita importam•
çia eem que cotim.° acertarse nela, vos emcomemdo
que vós com ho Arcebispo. de Goa e Chamçarel dá dim
Relaçaõ, eem sua absemcia com o desembargador mais
antigo della tenteis da Prouissaõ dos officios e lugares
extrauagantes que ousei. e çstilierern vagos na dita
Relaçaõ pera se proverem lego, a saber, o« officios nos
desembargadores da Casa eos lugares de estrauagantes
zoe Ouuidore s das fortalezas mais benemeritos e de
iltie roais experiemcia se tenha, os quaès asai Prouereis
cornforme a0 que parecer flOS maio votes, e este mesma
ordem Se guardará ao diante mu todas as provissoõs de
cargos de justiça da dita Relaçaõ, que se ouuerem de
prouve em letrados, e no que toca aos Onuidorias das
fortalezas parece que oomvirá ficarem alguAs em letra-
dos como saia- Ormus, Malaoa, Diz, eChaul, ou outras
quaes milhur parecer avês eaos ditos Areebispo eCbam•
pera se irem tiramdo os O uuidores delas •pers.
4 sembargadores da dita Relaeaõ, por naiP•eruirem nela
'afiados sem experiencia visto amuita deAculdade com
ARCAM PORTVOUEZ 0121E11,0.1r

que se aeomodab os que nestes Reynos e.ab ocupados


chi -cargos de letras.
IV. Per cartas do Prouirneial da Goriepanhia Cm que
erá i conta dos ReIegic,su que ntatudou a ditiersas. partes
setudo Imã delias ao Preste. roube tonto fome; capelões
outios dons Padres que lambem marndou no Preste eirf
tempo do Goliermailor Manoel -de Soara il'ontinho•, eis-
cornemdouoa que nal, semeio já resgatados Irsáeis diáso
ceitil° lie rezati 'que seja .
V(i E tainhem vos ellICOMOITI. muito 1que o que oa
Releg,iiisos da Companhia hab danei- de camisa fazentda
pera lio Ospital de (loa (de que por serviço de Doas
e me., tem tomado a adminieiraçaõ por eu assi lho- Main;
dar eincomemdar) lho foques sempre papar ema efeito
abs•tertipos devidos, eotdeneis de se lhes aplicar algriá
fetiida separada pera isso, ediques ao 'seu Provitiveiát
como 'ouses esia ordem e pera os fauorecerdes no .que
locar - ao dile Ospital de maneira que eles foicem de .ter
cuidado dele esal ajab por miá pescada esta carga conie
mostrai,.
VI. EIRey de Bainge rue escreueo buá carta nas naus do
aniui passado 'na qual mb dá conta de alguil9 omissas
edespéssa's que i tem leiras em roeu seruiçes, ede algáá
agrilbos que diz que lhe sal.;feitos pelos VissoReis desce
estado e capitaens ruímos da, armadas dele, a <pie lhe
maindey respotniler remeterodothe a v'fis pera nas ern que
tines renal sé• lhe fazer; eincornemdouos que preeeden,
do ainforinaçab com que em todas as couSsae descia pio-
ceder ihe respoindaes como vos parecer mais 'meu ser.
riespelio'de lhe dar satisfaçab no que puder ser.
VII: Prensei:cri Paca, Prouedór moor dos contos
de Goa, mo dá conta era lula carta que soe escreueo
hei anuo passado de algufis coussas de meu serniee, 'e
porque de aba proeeditnento tenho boa infértnacab,
ele tem múlta esperiencia delas...siem-corne:12d. que
chameis e as trateis solo ele pera com sua imforluaéab
dardes - Mordem nelas que, 'mutuem a meu seraleoI e
POkbe diz que o ViOoõRey Mattdoe d'AlbocOoerq".
sisideding'2.'•

mudos • a Casa -dte'desfiteho-- 'doa dóitfriS - dortide dantes


se farda pesa lio aposento dos Visselteis, e que áss
geladas furna era • ptévertre'Stli'despéchtis'ern que segi•
pre aniS dtre tater, e-Xpe veiado ele'rib& les 'partes Sas
pe mo de direiro'è eriihnigeS co-
rri'qUe veio á
ias persendiad leoas Oa flatoS só SujO dos feitos °indo cor&•
%rine as•itegimedio• doi.; se sniad de -rdeneler, e corno
egati [Moina Unhai'," fini neMse atiecadaiia o qbe deviad, por
atalhar estas drfoocfi marna- atm tains-todas as deligern••
eités gneunillpriaii a enets serniside a'bem de "juatiSa, e,
gie qtranuto •core o grisaoleey enni lio Veador da fa-
zenda e-Suei doo Ditou e Procurador da Coma se des.
ppeha em fina), equê por esté °todo Se atalhai, dila•
gots -edesordeuà goilelatteS euiti; ég- sie evms detiiMi•
mideds se orarodeuati lamsae étrYti um lining pera addiante
em- inidtaicoosaas nutras semelhaning régolandosse pelas
placadas, &MO' ouse virdes •que mais cdtnuein
ameu seruiço e á justiça das partes
•É aiddiS que Im - arranideta dê' Dio eas mais
tundas daquela Ilha .estati taZi acineeniailás corria boi
ordem que deu uo Rêgimenuidlue tua Idaindo lá toy
qkle •tinstitid.i por asno •eentr, e -ditehts mil' xarafros, os
nluoee se -paeati seno as dernamdas' que havia nos errem-
darnerims•pel'avades por se meterem nelü'eeindiçOrrs per•
judiehats á minha' fazenda, -ê gni nas despesas e ex.
seve. psSadosuortmi e tireis tiinhan ileeneessarias tine'
seis de maneira gois (Mate'oa que agora está mais pros-
pera de rendimento eque meia ajtufa do catado Diz,
eestribara ine,dis rpm tem bem necessidade Ormon'e
Mala.qais:des se fases nelas outro tánto, e em 'que lambeni
provere
IX., Também tine escréue que ha - alfartirrega que . o
Vissolity agOra asentaa sei Chassi seva -11nd "das 111fti
renologuais deves •Sstado" no seu 'dia rine rnogtroo apisii—
ga- que minha faxv-Mda rialiti nos dieeltdit ilas -- faxdoulas
yes vinliad do Cambaya-• que -se desemeimi haoaL da
alfayntlega de - Dlo bindd peeterricern, -U'fei o Rekimens
ti° "'Pesiikida•Chatil *é ida& o VissoRey inanido. n três.
414 PORTVG96.-aRILMv

lado que tenho mandado ver pera leuardes a'. rasolluçaõ


disto, e no que achard. que Francisco Paes fez bem nes-
ta meteria lhe direis que me ey por bem seruido dele...,
X.. E assi me escreue o dito Francisco Paes que dera
traça pera se naõ fartarem em Malaca os dereitos das
caos da China semdo ho meyo disto naõ se descarrega.
vem as fazendas em terra e se fazer o despacho pelo liprer
da Mio, em que lambem avia gramde desordem, e que
lambem dera entro rneyo pera em Malaqa se naõ tomar
o eram, que pértemce a minha fazenda.nena ho das par-
tes como muitos capitaens tasinô fintgimdo necessidades,
e que comforme a ordem que pera isso dera passam o
VissoRey Mathias d'Albuquerque provissaõ per que de,.
femdeo em meu nome que se naõ tomasse nenhum matao
Feias rezoês que mace largamente aponta que dele sa-
bereis, e pellaimportamcia destas materiasas comunica-
reis com cite, e provereis nelaa com o remedio necesaa-

Xl. E asei me escr.ne como dera traça ao ViseoRey


pera poder ter ocobre necessario peva ha moeda da pi—
beira, em que alem de minha fazenda interessar muito
he hum gramde meyo pera as armadas se aprestarem
com ha .bretridade neeessaria; emcomendouos qUe esc
teiP esta mataria 1195.130,nellte Cork elle mao nora todoe que

nela vos poderem dar boa imformaçaõ eparecer, e e Po'


nhaes em ordem. E lambem me diz que e primeipal
destruiçaõ dartilheria, poluora, e muniçoõs das festa .
lesas daquele estado nacia dos almoxarifes, que como
tinhatt pouquo ordenado a emprestauaõ por dinheiro e
'emdi 4 a paloma e muniçoês, alem , do estrago que fer
ziait os capitaene que pelo que lhe sambem disto pe-
diaõ lhe assinauaõ desáczas de roubos , manifestos; epor
que ha muitos anuoe que se naõ dá rernedio a isto porto
que tenho passado alguês provissoõs sobre isso, soe e r1.!-
arre,go muito (alleni de o ter feito em outras lastraçoe 5.
que teimes )que tomeis esta meteria muito á. roma uo.-
ta, e façaes hoorra dela, porque já agora este he o vet..
dadeim emleadimeato dela; eei pcq' bem e umbli9 q‘e
rasurem. 43k . 615

daquitemdiante naõ aja nasfortalezas de Maltes, Ore


muz, eCochirn almoxarifes separados dartilheria e uso.
ITTOéT COTO 08 Tad Ta pasmou fOitaleaa9 da Imita, e
que os-feitores das Ices fortalezas sisuaõ lambem de ais
mo:ardes, porque como sal pessoas de mais °alidade e
vem dar conta de suas feitoriaa e juntamemte a daraõ
do cargo, de almozarite, poderseá avéel por eles a arti-
lhesia osounimiés quando lhe faltarem, e poderselheaõ
em-assestar em -seus ordenados os quimze mil reis que os
almemavifes aviltõ. de ordenado, K sobre- isto mandey
passar a precisas que oray eomtosta Instruçaõ.
XII:Tarbbém te èecreue que 'lio hum por cento de
Ornrim, e meu por cento de Dio deirialt tundas anexos ao
recebimento do feitor, e que o VissoRey Metidas d'Als
boridesque anexara agora põe este modo o hum por
tear.O. de Oriuàz, eque no de Diz se podia logo fazer,
Ptfirse harrectadauatia alfamdegua juntamente com os mais

direitos,
sultana outro
porqueptoueito
de auersenaõ
flertareisos
ha perda
particullares
de !miaremnaõurde-
Siadas 'gboYcleg; pelo que ey por meu seruiço que os fel.
terü'elfika juntamente de Xizoureiros deste meyo e hora
ljér estiare em casso que estes officies ajaõ de ser pro-
eidos' pelas Cidadets, tareis advertir aos da guouernamça
deltté ,pera que hes officiaes em que os prouerem sejaõ
seer quaes colmem, e o milhar seria persuadirdes os
das Cismaras aque -veubaõ nisto pelas rezado que peca
isso ha

XIII. nimbem me diz o ditto Francisco Paes que


Pelo Regimento nouo que mamdei fazer pera os Contos
da Cidade de. Goa defetady aos meus ViseoReis que
na3 fizessem quitas nem detem esperas do que se deuese
ha minha facetada, o qual Regimento se naõ guardaria
nesta parte, pelo que vos matado que se escoriem as
tara quitas e esper., e 89 sal (açame renal com 1aa.
argelTe9 ea.19989 reZ0d5 que por nenhum caso se pos-

Mx eactissfir, avissamdome dás que pesa isso tioestes, e


fazerndo primeiro ver as pra que valas pedirem nos usos.
6/6 aaCIIIVO tált.100...allICNT•L

mos Contos pera voare...Int-eles cora ha ireformaço6se


parecer dos menietroa deles.
XIX'. 0 por que sou informade .que..he devemiao im-
consteniente faz-ersse pagamento, das reercea'que os Vis-
solteis a fazem Aguas p.goa$ acanta ibusitrintatnil «a—
zedas que lhe lenho coineetiblo pera cilas oro .0a.Uce em-
olias officiaes, semi no tisoureira da alfendega de Goa
coes ter Scoremrin do estado litro separnSlevem.que
se registem as proultsoêaelestas merece, e declarar me
costas delas corno cabe.. tal coada na espia- doa trinta
mil cruamloe daquele asno, egare sem esta deligeencia et
nai3 passe pela ehameelaria neuileu.e.ena coma; voa cria-
m/recuado que fagaee guanlar esta ozelene, ,'toryte hauy
por de miem meu merniço, e esta regra gasalear., tolhera
a dispe amuai/ de alguns C...pela mula,
: ipie naa,poSea énea
rer pela dita regra, [nas estes taes deitem ter usuy pen-
es., e tatehein nele, se podara, dar tal ordena que esta dee
ligenela que mamilo que ptéceda ao pagamento se-faça
Dielavia
XV. R' pcieme etc Regimeata que per matmelado lo
Senhor Rey Dona Sehasdaa meu sobrinho, que Deoa eemi
fez m Secretario Diogo Velho zia Dulia, senda .Veedu ,
da fazereda, eters antrna molestem que eme ele se peite
lama cate ordensolo qne as ore/Maria. de Csaa se paguem
no tisaureyro do estado, e lie defesso pelo otesetu. Regi -
mento que se nua quxbretso pagamentos perta as. Costela-
aita, e venha o sobejo do rendimento delas depois de ps•
gks as ordinarias das fortalezae ao ditialiaoureyra
do'estadve ern farino, porque Deporta ria ganho enviei./
fakenal muita orntidnae cle dirclreirro. aliem de ser Isto
boa °teme dela, viu emeomendo que por toeioe'eues res-
peiem.- fitem, guardar a dito Regimento, e rpm venha
todau dinheiro- que sobejar ao dite tisolbre,r0 fio e,,latin.
.xvr. Q Bispo dle Cacei-na esc costeou- pelas eia.= da
sone pas,mite hisie contas e papeis ilo escada. ens q..° fir'
cani a obr, cia Sé- nono de O. u, e- de inui,to dínheiro
que oclia se rem gastado, eMe oiz quer fumares; reta
igreja Ir maneira que Pkrece que em. rilunos • anuns 5«
;saciei» 3. 1 '617

alaa acabará por serem as paredes muito rossas e Mem


de pedras lamechas de ambas as partes de fora edentro e
pesque ha muito que dura esta obra, e so tens feiro
atuitas despem» e 03,-; se ato Lbar he anda de moto int-
cureveniente que naê se fazer onda perfeita, vos ermo.
manduque vos informeis muito particularrnertte dela e
doestada em que está. e que trabalheis ao que a vás
ima.porse acabar de todo com a breitydade que Oallee
lugae danidolhe nisso todo o faiam eajuda necessaria, e
contuninaindu o que vos aqui digo cora Im Arcebispo de
Go..
XVII, Pero Homem Pereira capitai^ de Columbo me
meraueo lisa carta pm rpm me ilá conta dos bons subres•
sosque teus naquela Ilha e me diz que lias cem mil
parda» que se tornaraA aos irnigm e pertemeem ha mi.
aba fazenala os depoeeitou ao mosteiro de Suá Framisen,
aeu lhe cacem» mie. vos dê conta disso, e asai compre
que lha tomeis de iodo oqUe será bem que saibam dele,
cotas que procedereis cmnforme ao- qm achardes, de que
itiz aviasareis, porque Mathias erAllmquerque me esmoi
muo p.a sendo este estouro tque trazia a Rainha eo Priem.
cede de Certa Vaqa 1 tar/ nomeado mi, aparecera mais
que estira nessa mil parisse que o. to Pero Hoinern fizera
depossitar no dito tommiro sé Se detriminar se perime.
eia auoieita fammia ou a elle eaos soldados que all-i e.
apilarais". oram. .bre a materia deste timuro tinha .igas
astuto, em que milpauafi as cabeças daquele R. , -yee é
priumilialimnte aRiga Narsinga que depois fez grandes
deepessio com sua gente e eleffantes e graê copia de
hora de aeruiço e deli largm daditias com que trouxe a
iodos os Chingallás, mas que por curtia lhe ttai1 pare•
teu. »lir COM mea marcela até sé segurar inibi milho:,
eque se mil (14.06311S de mandas furor a sou tempo
iodas as diligencias que este caso requeria, pelo que réu
encomendo vos iinformeia de todas as que eatinerem fel.
ias etioiestado em que está este negocio e acabareis de
"-Met- a verdade como ha importaueia dele o pede; de-
que me avisereii.
78.
ARCEIVOWIITIré.2•CYRIENTA}..

XVIII. O Biapo de Japadvne eaereueo per cartada ,eit


de janeiro de 94 catando • ele ,ao guoverno do bispado da
China pela abeensia do -mu proprio perlado •upontando
alguàs cerodo pera bo olhrib deAuiz dos orfads de Ma-
cio aol amdar junto ao de Ouuidor daquela pouriaçad
serial em hum dos moradores dela, o quê rnarndei ver
prannit, na morado Desembargo do Paço, e• comfor.
matndome goro e que nela parecoo,• YO9 tuncomemdo
que ordeneis esmo mano, em diante em quanto ho ea
-rumor por bem e nul'a soamdar o contrario, o dito officio
de juiz dos orfatis amde em morador da dita potmaçad
:casado e de partes que osaiba e possa bem senli, e nad
janto ao cargo de Ouuidor corno até agora -se fez eisto pof
antros, mintamo vos milbor parecer, massa', Mn noir, clama.
.ia que se poma Mare dar aoutrem-quando nuem oti uer nad
compiircorn o que nele <Iene.
- E esta Instruçad vay eaMi ta pm aeis umas folhas comeste
asinadaa ao pee de muda hida por Miguel de MOura, meu
cscrivati da puridade, do meu comselho de catado, bom
dos ~ornadores destes. Reinou. Escrita em List" a9
do Março de 196. E eu o Secretario Diogo Velho a fi
C9Cfeger.
XIX. E porque em outra Instruçai5 particular vos trato
do que toca ás diferenças que na India -Imune entre os
inquisidores Roy Sodrinho e Antonio de Barros,' nad
fareis obra almia pelo que em Ime, Capitulo desta Ins ,
fluçaiims digo sobre isto.

REV.

Miguel
- de Moura.
Ilud das Inatroçods mie Vosaa Magetrradè inanida
dar ao Cornde da Vidigueira VissoRey da.
Yossa M agastado ver,-2.•

(Livro 4. É. 681-1.• via fl.,


,641
tra sline nhai'a..

211.
EIRey laço saber aos "que esta proaissai3 virem
que por algas MSpeitao de meu 'saraivo ei por trifin e Ille
15(a7,qüé ilaintry em diante nalli aja nas fortalezas de Or.
rire., enchia', e NI alaga, nem eia algléo outra do estaria
da baba alMozari res. 'separados da artilharia e mohipola
das trios fortalezas como ate agolora odor, . eque e tu
toreS das 'feitorias delas siruaa juntamente estes cassn.let.e.
almexailfes: eque niata. com eles cada anno OS c inanira
-

nal reiie eme lhe- saaordeoados. além do ordenadoolas di-


lOs Gritónah j'e 'mirando. ao Meu Vissolleo e Cannernastor
das ditas pastes, gOe hora he éao ri,' aate. lio; eao. Veerl%,.
enede mualial tézétada elo. eido., e ar todas meri,..hrifielOes
azjite perremaer nae comprar'e gnardom esta minha -véus.
nissaic eu fanai, compile e .guarriár insefrarnenie «amo, SO
0611tOrn,' a..o.r se. argifoará nos liaras do. Ciimreibo-
de nohnha.:f.a..enda, e noriala Casa, da. Inolia, e assii noa.
liirrua loa cOhtbs Cibk e nos das. feitoria.: dasallta.
felalezne para se-sobes a oslooh te sapo. que ho Morei asai
anero.que valha, tenha formo e. vigiai ermor aa
fosse carta feita em- neu nome e panada nela chioneella:
nlatonue por elfa naa: nassa seta embargo das eérfe-
handl, do 2éUSO'. rindo az, 'pie o contrario. di,p0e3n,
limbrosio dr, Agoder a fet.en1.1.ielioa ei- nove. dei. Sla,éç'o.
nti‘erai 'veia, 9eereterio: ..5i4 Velho.
afiz. esereoe.
ItEt.

Xeiguel ,- de MOura,

_ 'reniseogi; per ,que- Yome,hregexauelanaula no ne os lel.


lures dai, fortalezas de _Iludia judái4111e tile de ai.
mosulfes da ariilheria e gjaa' Im orrleaadrr lira ihitst ai.
moxteifei.Pere. Varra ril4eStatie ;fig.

(Livra 1.* ti. 72)


620 ARCAI 50 401MOUEZ-ORIE NI' AL

2120
Conde Almirante, Vissorrey, antigo. fluA das impor.
tantes consoas da nauegaçai3 da 'adia para as náos d•
carreira que nela arndaft poderem com ajuda de Deca
chegar a saluantrnto a este Repto fie aordem mie se de-
ue dar para ner3 virem sobrecarregadaá, caso taft perju-
dica' ede teri manifesto perigo corno no tem experimens
lado nas muitas afio, que soo perdidas por se naó- gomo
darem on regimentos e com.eês que sobre a carga del-
tas safi feitas com aconcideracaü e pratica que esta ma•
teria pede, aq. neti ha que acrecentar de nono senaê
regurossa execuçaa, que quamdo se nat./fizer por meus
menistros a deuo eu mandar fazer neles, a qual naãí ao.
mente será jostiça bem merecida dos culpados, masi
piedade deuida a quantos inocentes da mesma colpa pe.
recern nas mios perdidas, qae fie o que mais se deue
sentir, semdo lambem muito grande a perda de tanta,/
fazendas; pelo que vos encomendo e mando que tamto
que chegardes á Imdia façaes vir ante vós todos estes
regimenlos e prouisoé"s, e ordeneis como se notefiquem
a todos meau oficiaes a que pertencer o comprimento
deles como se agora de nouo se fizeraê ,no foraõ imeor•
posados nesta Iestrucati, eao pé do registo deles em to-
dos os liuros aomde estinerem. registados se fará asco.
ta de como se fez esta diligencia nouamente por tuna
mal- Alado, de que me emuyareis certidoês por. vias, por.
que tenho asentado de com todo o rigor mandar daqui
em diante executar as penas dos ditos regimentos, e com
isto se,evitará tombem parte do inconueniente de qao
me fizestes lembrança sobre as diferenças que ha na
carona das náos entre meus ministros eos contratadores
delas.
Il. Ey por bem avemdo respeito ao que sobre isto me
lembrastes que quando alguâs pessoas vos avissarerr de
aluitres de que minha fazenda receba proueito sem lhe
poder vir por outra via peruana dar á pessoa que der o
rasarem»

tal aluitre o que vos bein.-perecer do que se arrecadar


oom efeito para minha fazenda do mesmo aluitre até a
quinta parte dele somente, adnertindonos que o dito alui.
tro sad será de dinheiro oa causas que esteja em metia
juras ou cai contas particulares, posto que naõ estam de
presente era noticio de meus oficia. calou se com o dito
aluitre ter algul destas ciscam:daneis° a meteria de que
ele txátar for Lati antigos ou remota que se possa aves
por de todo esquecida, porque entoa se poderia chamar
abuse o avisto que disto se der vinido a cousa a efeito
do boa arrecadaçaii.
Tratasse de esto asno irem áJudia dons letrados
paia os gingais de: Otioldoi geral do crime e Proitedot
mós dos deftintos, e pisque poderá ser que se naii coa—
eltlise Isto a tem po'que se podesém embarcar nestas néon,
vos emeomen4o que neste caso naõ achanado nós nestes
cargos os preprielarios deles por mim mantidos, vos iro-
formeis de esmo procedem os que liberem as ressentias
deles, eo comuniqueis soeis Arcebispo de Goa e Com
ti Chanceler da Roteçaá, e parecendo que se sisa deviera
remotier ea deixarei'a serbirl os ditos cargos até de rpm
irriat os que por mim forem prouidoa deles; equando ema
°Paseo.; do dito Arcebispo eChanceler virdes que °omitem
auma seruiço eáboa administraçaõ da justiça outra ~ma
eincerregareie as ditas seruentias aos letrados que a todos
Uma.. bem parecer.
IV. Aos Vissorreys vossos antecessores emcomendey
nas Ihstruçoõs que leuaraõ que anmestassem os fidalgos
que na Iludia se quiserem casar o naõ fiseesem cora mo.
limes mal incidas como algills o tinhaii feito, de que
seceby muito desprazer; eo mesmo vos eincomendo pera
fazerdes nisso todos os °Meios manes e regurosos que
virdes que comutem, até chegardes ( quando rolo asy
pareces seguindo for o caso )apaõ ocupardes em meu
serviço quem se empregar tal3 mal contra vosso parecer
esua amora, edos que se descuidarem dela me anisareis
com lambem 4as escreuerdes o que anafa Put.ig
022 arteurvo eerreettutrevêoêlealêtr

êtrullêrorrhadretererbos -enntnnes'e avrendamens


tos dê inialms rrelfflas'dd 4.41Mhs da Iturlia ou de outras
causar querida oe'fiadern"nielus oficiaer se poem .alutters
cotidirmfis que degola reespetiencia- mosera que -.nafi cle•
neta usei"' neleêVe'qtreqoatedd aj turresit' a fator Corras
coersarees eu' geria -se rapte" daquelals nresnrus •eondiçoíls
nem asoêleritua lembrariça de .rtérafi'perprdioiaee erra, pelo
que vris'erneornoirde qtle'brdeuertc arre Vedorei de .minha
fatlernda this•ditrifi partes e a quesquer. oficiaes -deles a
que IstiS perterneerdertm•Uald -acelitem lanou algum era
minhas remdas que ee remeta ao cadidleolde do. arre..
,
rdarpontoe cedesse posadc peru elas se verem vennelro
lado .poqIrdaeso vos dardepois,coma- delas, oee tirarem
par ,vossa ordem o;mondado aquelas e~inoé:a nne se
rePP..TeW,pra aproaaarera: de maneira que menspre. no
.pralica destos,ountrutou precedo a éalidutle das condir
çods 5eoaãdade do. di rdxeiro porque suarias vertes moa.
tarall elas mais que acresiMeoto do arre.ndanneuto,
este , (;apitolo farejo trealadm ore l•doeb das lembranças
da fazenda e.na aneConloS, eomde soe parecer que mais
eornumn isor aduertermia. e.comprimento do que p. , elo
monda. que na faça,.
VI Sou: imformado. que quando. o, Visvuerey Manhies d'
Afiburresoque detretarnanal it'ao, norte tinha ditri que.ania
deixar ordenado en, Gen" arra-• era erla ' anseneia se uai;
lizosêe negocio na. Relaçaft, e poetnnoe'hati.erelesque• isto
&sei fosse peie- nas,' etre eirdirt que deixaese de correr o •ne•
goeila'orrdinalrio dir .joeriCa riedso desselo Clcr&pe<
.4;.uas ape-
Taçorrer que vem- clr-pilrtes .- remoías dornde se aavege ern
moucods, e• seria neerels. reis eaesos.ma perj ntr, ciak dila.
eadqUe•ém °ritme ellt que tombem "feria danir, rios cm-
carne rrufa 'quê' qudirirlie 'acoirtver eorl noceesario• irdes
fere de : Pido1 ndidih rto deiat cola nese,. •actído• 'presente,
nesueindeille Wlirog,teiih enerenle da .dita Rélactvfil em
que sê rpteeedeltfil'eetrifólluie alo Acelere ato que lhe me..
dos'
VlI o.qorat;ohltis•te aObie o Rdglictento da erra-
Tsseicur0 3.* 623

tricola feito pelo Vissorey >latias d'Albuquerque (de que


tenho mandado que se asse por as, o .er por meu se,
oiço )eporque rir se fez ha tail pouco com pratica de
menistros de esperiencia, e depois omandey moer neste
Reyno por outros que tombem a tem das cansas da Ilidia,
e particularmente da matricola de que ha tantos amuos
que se trata sem se lhe acabar de dar o rernedio que
pede, ey por meu seruiço que sem embargo do que asy
apontaes em alguns capitolos do dito Regimento ele
te goarde ecumpra inteiramente, e asy velo emcomeu•
do muito, e depois de embora serdes na Dulia e lerdes
nitris particular emformaçaõ destas causas, e as virdes
de mais perto, me podereis escreuer oque sobre cada IluX
delas vos parecer praticandoas primeiro com os oficiar,
sem que odito Vimormy >latias de Albuquerque trai«
esta maleria c:Mn Os mais que emtenalerdes que para
ela deueis chamar, mas nal- ,sospemdereis por isso o eoili•
primento do dato Regimento, e para mais vossa adue,
macia e satisfaça:c.;vos comonicará de minha parte .
Secretario Diog,o Velho (que he hum dos ditos menis•
tros que cá Iiraft o dito Regimento ) as repostas que
temo que assy nele apontastes, e como está prouido .
que toca ao Capitulo 45.
VIII. E quanto ao que dizeis que se mais deue pro-
a.. no dito Regimento sobre se .5 receber rias Reli.
giods soldado algum sem presentarem aos prelados de-
las eertida5 da matricola de 'como fica postá verba em
seu Mulo da sua emtrada em Religia-5, parece que bem
será que •asy te faça, eque a dita eertidail se apresente
ao tempo da profisa5.
IX. E a prouisa5 que dizeis que he necemaria peru
os eapitabs de alguãs panes afastadas da Judia toma-
m., a rol todos os homens que nelas forem moradores
emuiarem os erres róeá niatricola para se pórern ver-
h...* em- seus tholos, parece que será bem que se fava
(posto que ao dito Regimento se manda que se n.aõ des.
conte soldo a pesca signo sem primeiro se verificar onde
sarna come) pesque com isto se aiimará MaiS avet.
1324cacei se 1.0,21.1.1L.OXILMTAL

dade nesta meteria, ese eornhegira o efeito dá g0 sabei'


em que lugares residem os Pormgesses eo numero de-
les, e vás prouereis nisto por voaras cartas e prostimé-St
eu mandarey pesar prouistaii minha do «tesoae com o
mais que ouuer por bem que se faca sobre o dito Re.
giinsuto depois que da Incha me escreuerdes sobre ele
cor-olor«te ao que atrás vos digo.
X. Tambern vy o que apontastes sobre a meteria dos
perdo é-s <pie em sustancia he leuardes a litnitaçaít deles
em segredo sem se erotruder que eu vota ponho rel.8g
reeciés que se vos oferecem. E porque as que os Senhores
Reys [meus antecessores. que Doou tern, ordenarei; oque
'se %gora visto fax, que 'cubo ato...do is:ai mais obriga-
torias, ey por seruiço de Deog e soeu, e bem da justiça
que neat na cousa nem no modo aja por ora nisto rnu•
dança algaa, antes tenho por milhos sabersse o que «is.)
nos tenho mandado. main que gereis menos instado por
Osmoses que nal": deur-is cmneeder.
XI. Parecemos bem a lembrança que 'fazeis sobre .os
Portugnesses mnieiados que amolar/ lansçados PRI diuer-
sas partes antro infieis, arism ge pode dar seri-teatro cota
perdei/ geral para da publimteml dele a seis roesses se
virem apresentar aminhas justiças, e fletirem mon isso
perdoados nail sentdo usa perjniaude.parie neto assuas
culpas de casos (belos:troeoo e atrozes, pelo que vog ene
«cinerado rpm se depois de chegardes á India evos im
feirardes [uai nesta meteria, vos pareeer o nie,aua que
agora, passeis o dito perdei', cota akimitaçail do tempo°
casos em que ele hade ave, lugar comforme ao
dito, o qual perda," será geral no que toca ás pessoas que
nado se tal de eomprender, e particular nos lugares para
aonde se comer de passar, porque a distancia deles e a
calidade da tersa eoutrasoircungtaacias que averá pode
rol mudar nisto alguà °Ousa da zegra geral, e por iglo
rue pareceu milhos oometeruos este penlat7 nua ir logo
de cá leito.
XII. Sobre os intertimentos dos fidalgos pesa ajuda
de sua despensa se entende que ha mais ineomueuieutes
esscicuro 3. 625

que re.0é., pele emformaça6 que tenho das jrafrmoos•


eas despesas que eles fazem e que algas se empenhar.-
para elas egastam:: nisso os dotes de seus desacertados
casamentos, e parece que mais cornueniente seria duros
aisto remedio que ocasisé de se continuarem estas tara
despessas, e para os que merecerem assasse com eles de
deferente procedimento em seu fenos terndes licenoa
minha para em meu nome lhe poderdes fazer °terce ca-
da amo até comia de trinta mil cruzados, sendo a limi•
taça3 dos tempos pesados até doze mil cruzados somen-
te, que depois se estemdeo a vinte mil, e agora [rede trim
ta, que sall xviij unI cruzados mais, e segurado as ne-
cessidades da Incha anil muitas demis ordenar a reparti-
çall por modo que todos os que as merecerem 'entoai ne•
lar oquinhall que lhes couber. e gamado tumor fidal-
gos de tal procedimento •ein cear despessas que seia se-
.4' serem ajudados com illleltiftleDIOS, mo esereuereis
cern vosso parecer para entoa eu vos mandar o que
ouuer por bem.
XIII. O que apontaes sobre os lugares que rias naus
eu tomai", para a Mamute que naõ cabe nos payfies, dll
que os contratei/ores delas pretendem que se fite pague o
frete, edizei que teta nisto justiça contra os Vit,,oreys
,

que lhe manda3 tosam ou .ditos lugares, foi bem feito Si.
reales esta lembrança para se tirarem dauidas, e ata
deus aver nitu2 em sempre vir toda a pimenta que sou;
ber nas nnos segurado acarga dela que em tadas vi er,
de que sa dene 'fazer conta pelo numero das afias e 111.
neladas de que forem, easy vos emcornentdo que orle.
nels nisto oqpe virdes que te mais meu serniço, e coe
tomeis do que 6zerdes, para com isso manadar pagar
aos ditoscontratadores o que se lhes deuer mimado na6" fo-
rem aisso obrigados por seu contrato, e ao que toca á
°argua das /Mos e modo cor qae se nela lese proceder
P.a na3 virem sobreearreguadas vos trata ena esta
bossucaé.
XIV, Posto que lambem em outra Instruça6 vos digo
2" ey par moo seruiço sobre as anás nouas que se
72
f)26 ARMEI" POILTUGUIU ORIENTAL

bari de faect na India, folgey com a lembrança que ste


bre esta maioria me fazeis, e aFy deseje leuar nestas
1,410, tudo oque puder ser ao qbe para este efeito for
11/ROettario, ehoà" vilela em debuxo, e outra em modelo
;Ihs forma em que neste Reyno se fazem as náos que se
hal) por milliores para evta carreira, e sou informado este
tia índia ha mestres que as fazem ta& suficientes que te
podem ercusar irem de rá, e o dinheiro que tatibrm
pedis para elas naõ podeis testar logo, mas procurarsvéá
que ror vá algum o anuo que vem. Deos querendo, ern•
ate toam a bueeareis clorada milhar se possa tirar para
13011bt de tanto meu veroiço como esta lie.
XV. Sobre a artelharia e rnuniçfês e coussas sem,
bentos que pedis para a índia que saõ necessarias nela,
tenho mandado fazer a diligencia que sabeis para que
passaõ ir nertas ardor as mais que forem posiueis, mas
como tainbem sabeis naí3 poderá ser tudo, e nesta falta
espero que supra o vosso bom cuidado, e que -semdo a
mayor a da ementaria poderá ter mais funil remedlo os
deitando (corno em outra Instruçaf) volo erneornendo )
que se cobre a espalhada ecastigern os culpados na per.
ilida, e venha cobre da China com que se funda ots
tra de nouo, e de poluora de cá naõ ha que tratar, nem
se tratou de se mandar nurnqua á India, antes dela se
procurou sempre que viesse salitre que vos tanto tenho
emcornendado, e torno a emcomendar COMO o farey cem•
pre em todas as ocasiaè's ela que se oferecer falaruos
nesta meteria,
XVI. Do-que dizeis sobre a rnateria das merces que
os Vimoreys fazem em meu nome. e que MI& comuao
que elas seja3 aprourdas pelo Chanceler, eque gr...*
doas ele na3 tenhaõ efeito, emtendo que doar ser i ata
por eu ter mandado que todas as prouiroés que pas'sar•
der passem pela chancelaria, que nad pode deixar de ser,
porque asy se faz neste Reino nas minhas prouiso(ls, o
soe ey por sentido das lembranças que de minha obra.
velaria me fazem sabre alar; costume muy antigo eordem
',SOM. 3.* 027

bem neeeasaria que meus Visorroys deserd procurar de


comsetuar, pois todo isto se facada em moa semita, a que
só deuern ter re+peito como creyo que +ires o farelo. .R
quanto ao outro ponto da declaracad que pedis que na3
entrem no conde que Vos tenho limitada para as Uler.
ueJ as ordiearias que se disB aos cepitads das embarcas
vede de minhas armador, eeste foy o resp eito ',or g .e
mandey emcseater adita ceada mu lauto. condo de doce
mil °rimados a trinta corno rolo digo no Capitel". IS
deita lastimosa, e soposto que ned se hnii. de fazer es•
tas rnerces serrai:" aos que andarem no seruiço e as naa
poderem escimar por ou, pobreza, bem deitem bastar
trinta mit cruzados mobilo bern remdritios pena entra-
rmo neles a, roeres, reclinarias dos ditos capita& ;e es-
pero do vós geie any a taçaes, e que de tal maneira
ordeneis a a•reeminesd de minhas rendas e militemo
delas ganem vesses tempo. vos datis inundar °meneai«
adita emitia de que inc podereis fazer lembrança quem.
mia lambera me derdes, minta de ser Maiaa a readimen•
tn clo estado.
XVII. Rie lath das Instrnçoiis que relutes sobre &gaga
matarias de importanein desse estado vos trato lio empre-
sa do 'frechem, e depois limo e, and corta mie Tholna/
Pinto que por Dom Dionie Lobo eapitaf.i. de Malacia foi
etnuiado aquele Rey feita era M -111lea ao ultimo, da.1
to de 94 em rine dá conta de milites enagns que via na.
quer. terra que- podem ser de ...int efeito para a mes-
ma conquista, eeu lhe mamilo respooder que- voe ilad. de.
la , conta, ea+y er,mtaetn que iba peeueU, e ‘,0e, informeis
de tudo, e taurbem do que lia que eou, EIRey do
Dache m sobre- ater de vender para ',tinha fasende leda
'a pimenta que dalv se Élaue,ut pare diferentes partes
qua diz que serei'," qtrinree ali burra cadanuo cada bar de
fres mrintács e mei>, que lie gremdecantidade, e cru.
bime direi , tratarei+ no. modo que'lviriles que- Montero, em
See-retario Diogo Vento vos rione .a canado. dite. Thome.
l' ata
a copia da minha reposta para elle para irdea
roubar ¡.nteirado do que nela cearem..

ARCSIVO POMMOUS2•OraliNTAL

E esta Inettuçad vay escrita em cinco mesa folhas oom


cOta .inad. ao pé de cada Imã por 5ligel de Moura, meu
excrivaí; da puridade, do meu conselho do estado hum dos
meu. gouernadores destes Reynos. Escrita em Lisboa a16
de Março de mil quinhentos nouenta eseis. E eu o Secre—
tario Diogo Velho afiz escreuer.
REV.
Miguel de Moura.
DIA das Instruço5s que Vossa Magesiade manda dar
ao Conde Almirante que ora ema ia por Vissorrey da 1m
dia.—Para Vossa Magestade ver.-2.` via.
(Livro 4: O. 739 —5: via O. 651 )

213.
Conde Almirante, VisoRey, amigo. Eu EIRey aos 05
uio muito saudar, como aquelle que amo. •O VisoRet
5lathias d'Albuquerque me escreueo o anno passado
sobre alguãs materias tocantes aos menistros da Inqui•
oiça() eem particular sobre as diferenças que Imune
entre os Inquisidores Ruy Sodrinho e Antonio de Bar.
ros, e que por se nad poderem cotim& para seruirem
ambos juntamente, elle mandou a Antonio de Barres
que escusame ir á mesa até a chegada das naos, ou
Cardeal Archiduque, meu sobrinho e irmad, ordenar ou-
tra cousa, e que . vencesse ordenado posto que uai
soruisse, e que fizera isto com parecer do Bispo de Co.
chim e maca deputados daquella Inquisina6, no mesmo
linha escrito no anuo atrás de 94 ao Cardeal Archidu•
que oqual prouco logo nisso como lhe pareceo que con•
ninho, e fo'y a reposta nas náos do anno aparado de 95;
e porque Metidas dIAlbuquerque se imã podia intrometer
nas cousas do Soneto Oficio, nem mandar que o dito
inquisidor nad fosse á mesa, estranhey muito o que elle
mirro fez, posto que deueo ser com bom zelo, eencorndo•
doava
teaneinque
em aos
outras
nadsemelhou
que
intrometaes
toquem á vás
Inquisiçaô,
em cearase as deixeis
PASCICOLO 3.• 629

correr por seu curso eordem ordinaria, e• eomente lhes


darei, o fauor e ajuda que vos pedirem os officiaes
eque necessario for para melhor fazerem seu oficio fauo•
reeendoos e Inumandoos em tudo conforme ao que vos
mando em outras Instrucoês que teimes, itarque disso me,
bauerey por muy seruido. Escrita em Aranjuez a 18 de
março 1586.
REV.
Para o Conde da Vidigueira VisoRey da India-2: via
(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde de Vidigueira, do
seu Conselho, Almirante eVissorrey da Ilidia— Segunda
via.
(Livro 2:11. 351 )

214.
Conde Almirante, Vissorrey, amigo. Eu mandey ser
no conselho de tomba •fazenda hás autos esentenças
dadas na Relaçaõ de Goa per que julgou pertencer á di—
ta cidade ohum por cento das mercadorias e faxemdas
que vem das partes do sul e se despachaii na alfande-
gua de Cochirn, easy as lagimas das ditas facetadas per.
temeerern aos oficiaes da alfandegua de Goa, com outras
Petiqofis e papeis que por parte da cidade de Cochim se
apresentara5, perque se queixa do agrauo que diz que
se lhe fez em se lhe tirar ohum por cento das ditas niers
nadarias que ;na alfandegua da mesma cidade se despa-
cha5, etambem se tornarafi no dito eomselho emforma-
q3es de pessoas praticas nestas meterias de que me foi
dado conta; e visto tudo por mim, vos emcomendo que
façais campais inteiramente o que por meu Regimento
*eche mandado que todas as fazendas que vem do sul
em eitos e nauios que dobrai.;o Cabo do Comorim vafi á
.tfemdegua de Goa sem descarregarem ai ditas faceta-
das em' Cochirn, e que sucedendo por ocassiofis força-
630 Aliellivb ".1.0a/001...arENTAL

das que as ditas nãos nau passem a GOL, e desearreguent


em Cochim naõ despachem sem licença e ordem vossa,
e que quando o mi despacho se asy fizer seja pelos ofi•
ciaes da alfaradegua de Cochiin, e o rendimento do heis
por cento das ditas fazendas se reparta igualmente entre
Goa e Cochim em quanto en neste casso net, mandar
tomar outra resoluçaõ em contrario e desta maneira pa
rece que estas duas cidades ficarei- , compostas e sem
ocassiait de queixas, !emundo r oa ametade do burn,por
cento por cemcn das ditas 'Mos terem obrigaçaili do
irem lá despachar ',eficando aCochim a outra arrimado
por odespacho se fazer na sua alfandegua, e cada huti
dem,. eidadec alegar rezoils para lhe over de pertencer
este direito do Inim por cento, e no gire toca ás lagirnas
'dos ofieiaes que se pagadi das ditas mercadorias que- vem
do sul, ey por bem que lambem se repartaõ igoeltnente
entre os de babe outra alfandeguit, em quanto seroirem
na do Goa os que costumais' lanar estas legitime, eque
&lacrado do seroir nela ou morrendo- pertença& aos ofi-
ciare da de Cocliirm E porque poderá ser eme- radieis neá ,
ta omitiria algum inconueniente porque dettaes suspender
esta resoluçaR q.ue. nela tomo, em. caso. que asy seja (ou
por parte da Cidade de (ima; ou- pela de. Coabito, em por
respeito delRey. de Cochila, ou de- mura alguR cansa)
entretereis o. negocio até. dissa inc avissardes comi parti•
calar emforrnaçaa de. tudo, ounidas as partes, e portal.
re ern efeito oque vos mini. digo( eni que- parece- que-naõ
,arerá dituida por ser meio acomodadoparo ambas as par-
tes) se ussará da dita repartiçaiii. antro Goa.e.Cochirn- por
tempo de tres aliam da chegam/a, destas nám em-dian-
te, e dentro no dito. tempo.. poderá milhos ver Se se
deue tomar nesta mataria outra resoluçaii, e poderá ea,re
tanto quem. se sentir arreliado apontar o que lhe parecer
que lha a betu cie sua justiçai
E esta Instruçaõi vay somente escrita Nesta men folha
anatada ao pé dela porãlig.el de- Moura, meu esmiolais' da
puridade, do meu conselho dii estado, bula dos meus go-
nernadores destes Reynos. Escrita -em Lisboa a xxj de
acsaçotro 5 .. 621

Março de 596. R eu o Secretario Diogo• Velho aás


escreuer.
REY.
Miguel de Moura.
•Iestruçaõ particular sobre se repartir antro as «idades
de Goa e Cochilo orendimento do hum por cento das
facemdas que. vent do eul, e se despacharem na alfas'
(lega de Cocha), eque se repartali as !agia.m catre os
oficiaes de imã eoutra altandegua pela maneira asima
declarada.—Pata Vossa Magestade ver-2.. via.
<Lia,5 4: d. 691-5: fl. 659)

215.
Conde almirante, Vissorrey, 'amigo. Pediatria hum
criado' meu, atualeiro fidalgo de minha casa, que anda
na Ioda, soldo e moradia, lhe foi respondido que se avô
dana sendo- afidalgas por merca particular quando eu
avia por bem de lha fazer, aa .que reclinou com cern-
alô do registo chts mercas de hu9 proutsaõ parada a 14
de março de .568 Thotné da Sossegas, eaualeiro fida'.
fade minha casa filho de Antonio da Ponsequa que o
dito anno foi pata as dias partira, para nelas vencer s.oldo
e moradia; caso nono de .que mel lia lembrança senaô
de narroa se conceder isto acriados cocos que nal) fos-
sem fidalgoa1 pelo ,que vos ancornendo sitie saibais se o
dito Thom èda Poterequa vence soldo e moradia, e a.
chantria ,qoapacsaarey façais logo pôr verba era seu li-
ndo no litro da matricula para naô vencer sena, o
via, cantorina ao Regimento dela he concedido'ás pea-
,da. de sua calidade e foro, eo mesmo se fará com io-

dara. mayn cessara .que naii forem fidalgos de minha ca-


sa irada eme < mostra° aluaras de soldo e moradia, os
tataca neste.easo, se podem avos por subrreticios, e as
PlillPríO la1}0 ,, tos Duros da matrieola tareis registar
c iate por esta Instruenti,rnando; c taludo o dito Thonié
da E01150qU8 em SUB sisal o aluará de soldo e moradia
rao.camiamis. Escrita cm.Lieboa aszu de março dá ilil
632 ArtellIVO PORSOGOEL-ORIENTAL

qutviieolee lielleMle e reto. E eu o Secretarie Diogo


lho afia ...eller,
REY.
Miguel de Moura.
Para o Conde almirante e Vissorrey da 'rufia sobre a
diligencia anima declarada acerca de naln vencerem role
do e moradia lus.aa rine nali forem fidalgos, iluda que
para isso [morem prouisciis.-3. via.
(Livro 2° fl. 337-5° via fl. 345)

216.
Conde Almirante. VisoRey, amigo. No que em outra
Instraça.ei das que lenaes re con ordena sobre a ordem
qne deneis dar ás naos que Ivan de fr cor vossa com.-
nide vera a tornavitmern da /adia para o Reino,,na5 se
rema da derrota que lmin de trocei em raso que alguns
delias innertiem, e porque se o fizerem (o que prazerá
o Deus tine nain seja, mas que todania uira5 a sabia-
mento l podem vir mais cedo, ese demandarem as libra
dos ri eere,, e kimmerein vista delias correra5 risco de
eerem cometidas de cossairos, ea minha armada .5 po-
derá ser lá la5 cedo conto cilas uira5, e lambem .
por se
feriar a despesa de as mandar buscar com armada mo-
do incerto uimin cilas. tenis, por maes conoeniente a
moa scruiço e ásegurança das ditas náos que em caso
que inuernem lhes ordeneis que uenha5 por trinta esete
gráao sent deinandar as ditas Ilhas haver nista dell.,
e eu mandarey alguns nauios de armada no mos 'de
março do anuo em que no esperarem gee as caí- ,aguar—
dar na paragem do Cabo de Sanei Vicente, e esta or.
dein dareis ao VisoRey Mathias d'Albuquercine e aos
capitans das outras vãos cerrada e sellada, e no sobre--
scrito declarará que a na5i abrira& senali em caso 4.n
inuer.rn, e que naõ c fazendo a entregara.; assreerrada
e saltada ao Secretario Diogo Velho, eSerá o sobrescrito
assinado por vós.
?Asc.-vim 3.' 633

TI. georssidarandt, eu quanto -tIeeellettj0- he que os


minlerree da justiça, principalmente ur meur desembar-
gadores tenha5 autoridade, e se escusem ns comas que
lhe podem tirar e impedir a liberdade eizença6 com que
deuern administrar justiço a tedorigualmente, eque he
muito contra isto uisitarem elle.na índia os -capita é-s que
va6 entrar em suas fortalezas eos que vem delias, eoutros
Actues e pessoas particulares, e durma cartas de - fa-
nar, houue- per meu seruiço ámndarlhes que na.6 trisitas-
tem 11P”09. »IlgtUi que com eles na6 timsse parentesco
dentro do quarto gráo, e que na& dessem as ditas aor-
tas de fauor, esobre isso mandey passar a prouisa6 que
irá nestas trios; - aqual vos emcomendo que- façais pu,
blicar, eencarregueis aos desembargadores que a cem.
prol-. E porque os trajes que,elles onmrem de trazer
he decente que seja6 conformes a sua profissa6, ermo'.
mendouos que lhes dignes que - traga6 lobas pretas com.
pridas até o pé, e .que na6 uistaa cores, e aos que o con•
traria fizerem lho estranhareis muito, elho nua consen-
tireis. Escrita na Esperança a 25 de Março de 1596.
REY.
Pero. , o Conde Almirante VisoRey da India.-2.' via.
(Livro 2.. fl. 343—outra via fl. 347 )

217.
Eu EIRey faço saber aos que este meu Alvará virem
que por assi entender que cumpre a meu seruiço, e para
melhor emais liure administraça6 da justiça, hey por
bem emando ao meu chauceler,.e Ouuidores geraes, e
rimes desembargadores da Relaça6 da India que naõ cal
visitar pessoa algufi de qualquer qualidade, officio, c
condicar, que seja a sua casa nem fará delia por nenha
respeito nem cansa que para isso allegmm, e somente
le,poderaõ visitar os mesmos desembargadores inkooa
outros entre sy, e aos seus parentes dentro do quarto
'tti., e; e114 aoutras peesoas, eoutrosy lhes maaiirt que
90
634 &Reine° PORTUOU6L•ORTEXTAL

na3 ~casa aua eapita3s e ofileiaes das minhas forta-


lezas, nem agimes/111er outros officiaes da justiça e de
minha fazenda das partes da Iniba ern fauce de alguá
pessoa pollos ineonuenieutes que resultai,. de alies darem
estas cartas, oque todo alies assi cumpriraii inteiramen-
te, e dos que o contrario fizerem me hauerey por muy
desseruido, e mandarey proçader contra alies na forma
que hoeuer por umes meu seruiço, e mando ao meu
VisoRey ou Gouernador das chias partes, que hora ha
aao diante for, que mandem publicar esta minha pro-
oleai, nas casas da dita Relacult, e da chancelaria, e
registar nos liuroe delias de verbo ad verimm para que
a todos seja notorio, a qual hey por bem que valha
como se fosse carta feita em meu nome, por mim as.
sinada e passada por minha chancelaria sem embargo
daeOrdenaçaõ da segundo Duro, titulo ao, que diz que
as coueas cujo atreito houuer de durar mais de um
anon passem por cartas, e passando por aluarás naiR na.
limei, e valerá outro•y posto que una seja passada pela
dita chancelaria mm embargo da OrdenaçaR ore contra..
Themé d'Andrada o fez na Eaceraeua axzb de março
ale mil equinhentos nouenta e sem.
REY.
Aluará para Vossa Magestade ver-2. via.
Compram eeste Aluará deIRCy meu Senhor como se
tielle contem. Em Goa a 22 de nouembro de
—O VisoRey.
No verso dia
Aos alote e tres dias do meu de nonembro de nouenra
e seis anos nesta sidade de Goa e por uertude d&
uisari
, atrás de Sua Magestade, a qual' foi entrege
Relassaõ ao meirioho Antonio Duarte, o qual logo oo
dite dia com o porteiro Pero Prego com elles eu CPCII .
uai, fomos á Rua Direita desta Mdatle, ao terreiro do
Paço lenido eu eseritia3 a dita prouisaid de verbo ad ver-
bum, e apregoando edito porteiro em altas evoca r ede
como foi apregoado, -C&RO dito he,.fizeu -Joon' !ed'i'
VASCICVLO 3.• 685

gires escrivaô, escritraô da dita vara eate•termo em que se


assinou o dito meirinho e o porteiro. Eu escriaall que
oemereui.—Aoronio Duarte—Pero Prego,
Foi publicado este alluará na chancelaria per miei
Bras Martins escriutn) dela diante dos oresiaes ala mes•
ma eoutra muita gente. Oje ajeite eires de nouembro
de 1596 sanou—Boas Nareius.
Registaria esta ley lia chancelaria no Livro dos Re•
gistos deita ás li.. 91 por mim—Pero Eâtrocio.
(Livro 1: fl. 68-5: via 6. 64),

218.
Boi Elfley faço saber a vós Dom Francisco da Gama,
Conde da Vidigneira, Almirante da Indis, que ora ernvio
a alia por meu ViaoRçy, que por alguns jeistos respeitos
que me a irai, mouco] ey por bem que vós eo .Arcebies
po da Cidade de Goa Dom Aleixii, ou a pessoa que gouer•
nae o dito arcebiaparlo juntamente com o Doutor Poro
da Situa fidalgo. de minha cara, desernharáador dos as
grauos na Casa da Suplicaçai), e cbunceler da 'taipa
da dita cidade, tireis devassa de toiloa desembargadores
da dita casa ,e dos leais oficiara da justiça letrados que
tiuerem seruido nas ditas partes da Doba cargos. da jus.
Oiça ou da fazemla assy na dita Relaça3 minto nas Ou-
uldorias das fortalezas de que forma prouidos desde o
anuo em mie o Clonde de. Soma Cruz Dom Francisco
Iflascarenims tomou posse do gonerno do dito eaixtdo atd
Odiarei que comesardes atirar a dita dituassa, elato da
pessoas que forem aluas ainda que já nab- sirnalli nas ditas
Partes, cacetern aposentados, ou providos de outros
OffiCiOS no Reino, e ao dito Chanceler mando que
eserena por si ein toda a dita devaasa, e cila acabada a
trasladará per vias cada lin4 assinada por todos trem e
mas enviareis em cada náo buô via, e aoriginal ficará
em-poder do dito Chanceler taôbem assinada por todos,
eestará em segredo até els mandar oque onuer por bera
ias se delia faça; eparecendo a vós e ao dito Arcebispo
636 enema° ItOnsolaunsmatensum

e Chanceler que pers.- mais deelataead e averigoaead de


alguns casos da dita devassa será necesvarlo verdes ah
gane autos ou feitos que estiverem sentenceados ou por
eentencear,.os ruandareis,pera isso trazer ante vós, edepois
de vistos e tirados deites os troa lados autenticos que no-
ees.ssrios forem, que me mandareis com as vias com o
que parecer a todos, e os proejo, se tornar.' aos escri-
veda ou juizes em cujo poder est.., eao dito Arcebis-
pb emconieudo se queira ajuntar comyosco pesa efeito
dê se tirar esta deyassa, pois se pretende della o sentis
O0 de Deus e o bem do gouerno da justiça daguelle
estado, o que lhe direis de minha parte. E mando ,a to—
dos os dezembargadores da dita Relanaó, eaquaesquer
outros officiaes de jostica vos oberleçaó ern tudo o que
lhes mandardes pesa oeffeito de se tirar esta devaeaa
como mando sem embargo de quaesquer preuilegios que
tiverem, regimentos, ou proulsoós minhas que oene«.
trem porque por esta vez as ey todas por derrogadas, in-
da que aqui se na?, faça expressa deblaraçaó dell., eSe.
embargo de qualquer Ordenaça3 que aja em contrarie
e da Ord.:aça:, do segundo liem, titulo corenta e Do-
u; que diz que se na& entenda ser por mim derogada or.
denaçaZi algos se della ou da. sustenda della naõ nSet
expressa e declarada mençaa. E este aluará se cumprirá
tlOnto se ache contem posto que nen. " sela passado pela
Chancelaria eo effeito delle aja de durar mais de hum,
aeo seta embargo da Ordenaçai, em contrario. Francisco
Matozoo fez em Madrid a xxxj de Março de M.,D, ao:
atenta e seis. Antonio Munir da Fonsequa o fez esere•
per.
REX.
Aluará pesa Vossa Magestade ver (a )
Livro 1.0 fl. 66 )

(a) Ao pé da primeira pagina tem estas assignattaxa:


Feto Barlo.“--Jurje de Cubedo.
vwsmcoLo 3. 637

219.
Conde Almirante, ViseRey amigo. Eu EIRcy nos en•
aio muito saudar, como aquelle que amo. Por ter algu ,
infermaçolts de conuir muito a meu semice tirarse de-
vassa dos desembargadores eoutros letrados que ine ser-
seio nas partes da India, mandey passar lutá prouisa'd
minha para vóuaaArcebiape de Goa, e o bacharel
Puro da Silua, que ora enuio por meu Chançaler da
Relaçari -da dita cidade, a tirardes- na forma declarada
na dita prouisall que na uos entregará•com esta; pelo que
vos.encroncodo que tanto que chegardes é Judia deis or-
dem para se começar atirar, e que se proceda asila cem
leda o cuidado e diligencia necessaria para se saber a
verdade inteiramente como o eu confio de nós. Escrita
nua Acequa ao primeiro de Abril de 99.
REY.
Para o Conde Almirante, Vissorrey da Judia-5. aia.
(Livro 9." -fl. 331 )

290.
Conde Almirante, VisoRey amigo. Eu ElRey uos en.
tio muito saudar, como aquelle que amo. Eu fuy infor•
muda que pendendo demanda entre Nuno Velho Pereira
v o Procurador de minha fazenda nas partes da India
que muriti* era Simeó Pereira, a qual importaria uinte
mil pardáos pouco mais ou menos, e tendesse posta sen.
tença em Timor de Nuno Velha hum dos juizes allegon
'má Ordenaçaõ perla qual ficaua sendo claro que nal3 ti-
nha alie justiça, e que querendo os juizes romper asen•
tença e pôr outra em fauor de minha fazenda por assy
ser justiça, o dito Simaó Pereira disse como meu Procu•
radar que o neó fizessem, eque elle uiria com embar-
gou ásentença, e que se reuogaria, "e que parecendo is.
to bem o fizerem assy, e que depois nal5 ueo com, os
embargos por ser amigo de Nono Velho lembrandosellie
1135 ARCHIVO PORTlIGUEZ•ORIENTAL

que uiesse coro elles, eque por isso passou a sentença


em cousa julgada: e.porque conuem a meu seruiço que
se saiba neCtlade disto, uos encomendo que tanto que
chegardes á India uos informeis do que neste negocio
passou, fazendo uir perante nós o feito e chamando os
juizes que forem na dita sentença eotmindoos, soque
disserem lhes tareis assinar, e tomareis as mais informa.
ç.a., e preguntartis as testeinunh. rine necessarias forem
para se saber auerdade, e se foy assy o que se me diz
de Sim.; Pereira, e depois tratareis na mesa da Reis.
çaI5 estando presente o chanceler Peso da Situa tudo
o que achardes, e se for aesy como .se me tem dito, e
que por culpa ou descuido de Sim.; Pereira passou a
sentença em cousa julgada contra justiça, ordenareis que
se reueja e para isso soa dou o poder nééeseario sem
embargo de ser passado otempo, e da, lei nono das re•
mistas, e de quaesquer oUtra9 que ajaern contrario, porque
ases o hey por bem sem embargo da Ordenaçall do Lib: 2,
tittdo 20, que diz que te na.6 entenda ser derrogada Ord.
naça6 algas se della e da susta.ia deita se p.a& fizer ex.
pressa mença6 eespecial derrogaça9; eordenareis qttr se
passe requisitoria por ui. para Nono Velho ser citado
para adita omissa, eenuiarmeeis o treslaslo dos autos e
diligencias que fizerdes para eu saber o que neste nego.
cio passou, ea colpe ou descarga que delias resulta contra
o [lir, &mai, Pereira. Escrita em Acequa ao primeiro
de Abril de 1596..
DEY.
Para o Conde Almirante VisoRey .da India-2,' via.
(Livro 2.. fl. 333-5. via fl. 349)

221.
Conde Almirante, Vissortey amigo. Eu tenho assen-
tado, como sabeis, que em nada liud das néon que daqui
eia diante forem para a bailia vad edrenta mosquetei-
ros óbrigados á me.a não para a ida e tornada, e got
comesse ater efeito esta ordem nesta armada em que
PASCIOISLO 3. * 639

bis; e porque me apontastes que seria milhar ordenar-


des que os ditos mosqueteiros venhaõ nas ditas néon
da lndia pera cá que lie o tempo em que mais nue«.
sujos sair para defenmS delas, porque á ida se podem
esmerar soposta a muita gente que vay nas mios conde
os capitn6s delas podem imita fazer mais mosqueteiros
que o, ditos corenta ele cada buil punido toda a gente
em ordem de guerra como o lenart por regimento, voe
emcomendo gire aso o façam, cumprir inteiramente, e
que naS venha ano Olgona dessas partes para cote Reys
no sem trazer os ditos corriam mosqueteiros que orde-
nareis que se façam"; dos mIdados que de qua forem a-
quelle mesmo anno conhecidos por mais suficiente, doe
capitaSs das ditas nãos, mie quem tomareis emformaça3
disso, aos quais dareis ruiria soldo do ordinario, aquele
que vos parecer que Inc justo e comveniente, de que me
avisareis, e no dito numero dos corenta mosqueteiros
de cada nao podernõ entrar oe soldados que eorn rosca
licença vierem da India para o Reuno, ecores taes ve-
reis se .deasan aver soldos on nal3, e se Será o ordinae
rio, ou com aaventagem que fizerdes ao, outros orle re-
cebem o prejuino de naf3 ficarem na bulia irado de cá
determinados para isso. Escrita em Lisboa a2 de Abril
de 596.—E eu o Secretario .Diogo Velho o fiz cecreuer.
II. (a). Eu sou finformatio q ue nas suor da carreira
da [radia quando chegas ae l a solsejatit Intuitos mariti•

mentos que os capitaens delas tomai; tora si, ou dell


a outras pessoas, o que malhem se faz em Sloçambique.
Pelo que aos encomendo que ordeneis mano isto se na3
faça Mala e as guardem os ditos mantimenbee pesa a
tornaviagem das náos, e do que nisto fizerdes me aras
&areis.

REY.
Miguel de Moura.

J
at.Esbc Caeituto em frma de Po isripl mh d l
la o o l t u a a etra do Se.
640 »Cales PORT.UÉZ ,ORIENTAL

Sobre aordem dos carente mosqueteiros que .haa de


ir da índia para este Reino em cada hu5 das nade
desta urinada—Para Vossa Ma.gestade ver-3: via,
(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gamo, Conde da Vidigueira,
Almirante e N,issorrey Ia India .
--Tereeira via.
(Livro 2: fl. 335)

22'2.
Conde Almirante, Vissorrey amigo.I Por entender por
cartas do Vissorrey Metias de dlbuquerque que•viera5
nas rijos do anno de 594 que os Religiosos da Com'
punida de Jesus que arada& na conuerm6 do Japtai do
alguns animo a esta parte padesia& grei- odes persegui«
çoés por defemderem ecomseruarern o Evamgellio• que
tem promulgado naquele Reyno, e os cristaõs que jn
tem feito nele, na6 dei:tatuei° por isso de hl. culticamde
aquella cristandade, lhe inamdey escreuer pelas unos
do nono passado que os dous mil cruzados que avia6de
minha fazenda para sustentaça5 dos Religiosos que
amda6 nesta comuerssa6 que se lhe pagatia5, mil em
Maloca, e mil no remdimento das terras de Salseteg de
que lhe tinha feito esmola por tempo de cinco annos
que se acabara& em Agosto de 93, e lhe odito Manas
d'Alloupterque lua dama° até sobre isso ter recado meu,
aula por bem de Lazer messe aos ditos Religiosos que
ouuesem os ditos doas mil cruzados por tempo de ou.
aros cinco anuas que se aulaR de comesse., no dia em
que se acabara8 os primeiros cinco por que estaua3pre•
uidos; pelo que vos ememnemdo que lhe façaes fazer
bom pagamento da dita comia emnforine a prouisao ou
carta minha desta esmola e pelo tempo nela declara
II. Os ditos Religiosos me pedem (como pediraela
os annos passados) que ouuesse por meu seruiço. man.
dar Oe se otdenasse em Macau Ima casa sua para ar.
'
,meiem. 3.* 641

recolherem em semelhantes peneguiçons como esta que


padecia& e que de esmola tinhan já feito bom recolhi.
mento na dita panoarart de Marno; e posto que oVit..
te! Nlaties rir, Albuquerque1 unhem me escreneo o ca-
n; de 94 que lhe parecia remato de Deus, emeu comee-
der aestes Reltgioses o que petlia3, lhe mandry que to.
mano particular informaea3 da necessidade que aula
desata casa penar feim da comsernaça3 daquela crismas
deite e quorum- R.•ligiossoa deniaõ de resedit nela !IR
Caro que me parecesse que convinha avela, e o querer lhe
daria cada anue de minha fasemda para sua sustenta-
Sua, vos ememnenda que tanta que chegardes á Toalha
vos emfornicis muita particularmente desta meteria e me
atiloee ts do que sobre isto achardes cum vosso parecer, e
Sul manuley lince a Nieolárt Pimenta que ora ma por
Viailador ia CoMpanbia daquelas partes que na- Z3
com uohra deste Calegio por diante até terdes reposta
minha do rine 'moer pua. bem, aqual se 11in dará depoie
mie lince vla,s, OlalarMaatla. Escrita ela 1.40a0a a 2 do
abril de 111.. D. acometa e sela. E eu oSecretario Diog o
Velho a Se e.laGer.
REY.
Miguel de Moera.

Sobre o pagamento dos dons mil eroaailos de que Vos.


ri Menestede mm feito eimola por [empoais cinco sa-
nas eec Religiams da Companhia qué amda6 na ouro.
versam) do.lapad, ecobre aCelegio de NI acao.—Para Vos-
sa Masestade rei.-2.'

(No Sobrescriplo )

Por EIRey.

A Dom Fr moino da Canta, Conde da Vidigueira, AI-


mirsurre e Visione; da lmdia, do seu coneelho.—Se—
toada
(Livro 2.'11.341)
6k
049 ARCHIVO CORTIJOUEZ•ORIENTAL

993.
Conde Almirante, VisoRcy amigo. Eu EIRey uns eu-
uio muito saudar, corno aquelle que amo. Por este asno
uni,' poder ir pessoa prouida do cargo de Veador da fa.
fienda de Goa, posto que se procurou, como sabeis, hey
por bem que Antonio G iralle ce detenha na Ilidia nutro
cano seruindo este cargo, até que eu comer pessoa que
fique ern seu lugar, eusei vos encomendo que lhe orde-
nei!, <pie o faça, e que se for falecido ou ausente motim
jar3 ouerueuiio delle em algum fidalgo velho ou outra
palmoa tio qualidade competente, e da experieneia e moer
partes necessarias, tendo nesta eleiga5 tanta conta tom
• cintilo:idade equalidade de pessoa como com asuffic ien•
ei• e confiança mia o cargo re.qUete, corno O eu de vós
confio, eno anuo que vem irá pessoa prouida po r mim
delle. Escrita na Acequa a7 de Abril de 1596.
REY.
Pera o Conde da Vidigueira VisoRey da India-4,
via (sio)
ATá Sobrescripto )
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigueira,
mirante e VimRey da Sadia, do seu concelho.—Segunda

(Livro 2. 11 39)

1596.
IsECUNDA
LIN ADAS DO

224.
Matbias d'Alboquerque doo, laço saber aos que este
meu aluará virem que intendo eu respeito (IS rfiniti,.
muy ordinarias e extraordinarias &suesua que rem e...
danno este estado assy com o prouimento das furtai,
?amam.° 3.* 643

sor delle como com a compra das comes aeoessaid'ar


para aribeira de Sua 31agestade, almasens, e armarias
que desta cidade trem eadanno que tmlas se ordenai. ;
efazem com o dinheiro na rna3 sem do Reyno vir el.
guris soprimento para ellas, e soendo outr.y respeito
ao remedio de tudo estar a meu cargo e depender de
mim, e ás muitas e grandes perdas que tem reze.
bido os vassalor delRey roeu senhor e mercadores que
residem nesta, partes, e querendo', eu dar sem elles
Cuca , r'Pre-uaf, alguma, corrida rendo que Ima das milho•
res rendas que o dito Senhor tem na Ilidia he aalfande—
ga de Dia que erre anno se arrendou perante mim e
os ntficiaes da fazenda a Garpar da Silos morador na-
goela fortaleza por tempo de ares annua por preço e
eontia de cento e noue ciii partiaur de farias cada armo,
edesejando eu que a dita renda reja certa em 1031. OS
ditoe Cera asnos, enaõ se derninua, nem se faear,de 1.
la empvertimos e despemsa fantasticas, ey por bem e
rnand0 que tia feitura • derte em diante se ordene e faça
na cara da alfandega de Diu 6u3 arca forre -com trer te.
ehaduras _de fechos diferentes com tres ellen., que Be
porá na mais regara casa que otmer na dita alfandega,
eImã das chanca da dita arca terá o feymr de Sua Ma.
testada, outra o Juiz dalfandega, -e a outra o mais antir
go eserium3 da feitoria, e na dita arca se meterá cada
dia odinheiro que render a dita alfandega, elambem
se meterá o que render a alfandegu de (jogata, e todas
as outras rendar que ha em .Din, que pertencen3 á fa-
zenda de Sua Magertade, sem criarem em poder doutra
alguã pesso'a; e cada troa meses quando se tomer de
fuer pagamento do quartel das ordinarias da dita for-
talesa se tirará da dita arca o dinheiro que citar MOO.
tarem somente conforme ao Regimento, e mais na3, nem
anier de se acabarem os troa [nes., ró ,cana de tudo
odinheiro que se mais tirar o pagarem por suas ta.
zendar se ditor troa olfielaer que haa de. *GT e, lana
e•mais quinhentos cruzados Ciada hora para ea.
Pu«. e.aeeasader, e,wereal seapeaaBus de acua apr00%
644 ARcluvoperietelautse•ontererÁt.

e a demasia que ficar depois de serem tiradas as ditas


°Minarias estará na dita arca sem delia se fazer despe-
sa algu inda que os ofereçaê casos naê esperados, se.
/seis' quando o VisoRoy ou Gouernador que for da India
o mandar per sua prorsisuê ;eo Juiz da alfandega
deixará tirar despacho algum do ouro, prata, on outra
qualquer sorte de fazenda que a ella for a pessoa al•
guina de qualquer eallidarle condiçaê que seja sem pri•
ardeu pagar os direitos na dita alfandega que dela do-
ires, c tanto sme os pagar se meteras-3 na dita arca, e e
Contralador naê fará pagamento alguns por escritos de
fora ao feitor nem a outra alguê pessoa áconta da rens
dimento da dita alfandega sob preza de perder acantil
doe ditos escritos para calinos e azarados. E o ssne a
dita alfandega grande de Diu render mais que os ditas
cento e nome mil parda» de Insista cad.no os ditos
nflielaes que Iras"; de ter as tres charles O entregara3 no
filrl do anno ao dito contratados conforme á condiçais de
seu arrendamento, eatinará corno °recebe, ena dita arca
avera hum Duro bem encadernado cujas folhas serra;
arrestadas enumeradas palio dito Juiz dalfandega, ea.
fim fará seu encerramento delas per elle assinado, no
qual finto o dito eserivaê.da feitoria escreuerá todo O
dinl.eiro que entrar na slita arca per adiçoês e assentOS
apartados pelos quaes a iodo tempo claramente se pus.
sa ver quanto rende° nadarmo a alfandega grande de
Dia, equanto rendersê a deGogalá, e as onti'as rende,
de Sua Magestade, e ao pé das ditas adismès se assina.
reá-, todos os ditos ofificiaes, e pella nresma maneira se
farat3 adiçoês do dinheiro que Se tirar da dita arca pena
ordem e forma desta prouisair. Noteficoo asy•ao capitas
que ora be e ao diante for da dita fortaleza de Dia,
Veador da fazenda de Sua Magestasle, -feitor, juiz da
alfandega, contratador, mais otliolaes e pessoas a que este
for apresentado, eis conhecimento dello core direito per:
termos, e Ildes mando que ocumpraG e guardem, e fasto
cumprir e guardar sem dussida nem embargo algum
como ,se nade comem, que valerá como carta parto
PASCICIMO 3.' 645

que oeleito dele aja de durar mais de hum atino sem


embargo da Ordentreati do 2.' Liuro, titulo 20, que o
contrario dispoem. E será registado ao Limo da feito
traia, eeste proprio estará na dita arca som o luro que
nela mando que aja. Joafi de Freitas o fez em Goa a
xiij de Janeiro de 1596. Luis da Gama o fez escreuer
—O Visoliey.
Confirmaçaa desta Prouisdii que vai registada no
Lince dos (sie )11. 74.
( Atmargern )
Dom Francisco da Gama &c. Faço saber aos que es.
te meu aluará virem que por justas respeitos que me
aicru Inutrem do seruiço delRey meu Senhor e bem
de sua fazenda, ey por bem e me praz de confirmar e
por este confirmo o aluará escrito na outra rara folha
desta folha que o VisoRey que foi filathias d'Albormer.
que mandou passar sobre a arrecatlaçaõ do rendimento
dalfandega da fortaleza de Din e mais rendas que nela
tem Sua filagestade. Noteficon assy ao Veedor da fa—
zenda do dito Senhor, Capital de Diu, feitor, Juiz dal.
fandega da dita fortaleza, contratador, mais orliciaes e
pessoas aqueeste for apresentado eo conhecimento dele
portencer, e lhes mando que assy ocampria; e guardem,
efoçar,' comprir eguardar sem dunida alguá. E este va-
ler(' com o carta posto que o efeito dele aja de durar
mais de hum anuo seta embargo da Ordenaçali do 2..
louro, titulo ao, que o contrario despoem, e cal
sara pela chançalaria por ser do retifico de Sua Alages.
'a.. Aligel de Sá o fez em Goa a do. <Pagosto de mil
e$eimealos. Luis da Gama O foz esereuer.-0 Carde
VitoRey.
(Livro 1.'de Alvarás fi 78)

225.
Mathias d'Alboqueeque &c. faço saber aor que este
Meu aluará virem que em hum capitulo do Regimento
646 artentvo.POIITUMM,OMENTAI.

nono da matricula geral destas partes da Ilidia, que or.


deney, e Sua álagestade confirmou -por sua prouisa&. he
declarado que sena& pague mais gente que aordenada
para o prendia de cada Int& das fortalezas &este estado
apresemtando cada soldado certid a& do escriuMi da matri•
votado que vence, ecomo tem seu titulo corrente, a gllat•
damdosse esta minha ordem na fortaleza de Ormuz os
soldados ordenados a alia por sua peliça& me emviarab
dizer que mamdamdo cites requerer a esta corte ao as•
crina& da matricula geral suas certidoôs para bem de
aras pagamentos por ontras do Outfidor de Orrnnz de
como ficanaõ actualmente seruimdo por naõ poderem
sair da dita fortaleza, lhao naZi passou dando por rezai
deuerem em seus titules dinheiro áfazenda de Sua Ma.
gestade té fim do armo de nouenta etres, e sem as di•
tas certidoôs o feitor d'Ornius lhe cai queria fazer paga-
mento, pedindome os mandasse prover com justiça, pelo
que mandei tomar informaçaõ dos nficiaes da matricula
do que nisto passaua, efuy ireformado ser costume atn-
sigo pagarsse aos soldados da dita fortaleza de Ormuz o
mantimento arazaõ de seiscentos reis por meu, na3 se
pagando nas outra,s mais que duzentos sesemta eseis
reis e dons terços, epor esta maneira era& maiores ta
quarteis do que tinhaô de vencimento, ecom a dita ba-
fam-liaça& mandey que na mesa da fazemda e da Sela.
pai com os desembargadores e officiaes della se assen-
tasse o que fosse mais serviço de Sua Magestade ese
fizesse justiça aos soldados daquele presidio; o que tudo
visto se assentou por elles que se fizesse conta uo. titu
los dos soldados que residira& na dita fortaleza ré fim do
asno de noventa e tres arasa& de seiscentos reside man.
timentos por mes, posto que o ordinario fosse menos, e
dahi 'em diante vencessem o mantimento ordinario; pelo
q ue roendo ao esorinab' da matricula geral c.a.os oficiaes

della façaô conta aos soldados que residira& na dita for.


tales. de Ormuz do que se verificar por seus titulas
a mais prosa ordiáaria que tem vemoido até fim do dite
exemcerto d.' b47"

sano de noventa e tres.a rezai-,de seiscentos reis por


enes, ese lhes passem certIdods tendo dinheiro em ecos
lindos, eestando correntes, posto que aja outra ordem e
regimento cai contrario por o mesmo se conceder aos ho-
mens da guarda do capital de Dam., enoutras pessoas
por prouisotis dos VisoReis e Gouernadores passados con•
forme a irnformaçad que me disso foi dada, e do dito
anno de assenta e nes em diante aja5 o vencimento
ordioario. Notefiquoo asy a. Vedor da fazenda de Sua
Alagestade, e ao dito escrinad da matricala geral, mais
officiaes e pescas a que pertencer, e lhes mando que o
cumpra.' e guardem, e inteiramente façad cumprir e
guardar como se neste contem sem duuida nem em-
burgo algum. Esteuati Nunes o fez em Goa a xbij de
janeiro de 1596. Luis da Gama o fez escrener.-0 Vti-
rdieg.
(Livro 1.. de Alvarás fl. 80 )

226.
hfathias d'Alboquerque &c. faço saber aos que este
meu aluará virem que auendo eu respeito ás Omitas ernuy
ordinarias despesas que tem este estado asy com o pro-
ti -
intento das fortalezas deite como com e compra das
coesas necessarias para a ribeira de Sua Itlagestade. aI
mancos, e armadas que desta ddade saem cada
que todas se ordenar, e fazem com dinheiro na mal sem
do Reyno vir algum suprimento para dias, eanedio on-
trosy respeito ao rernedio 'depender de mim, e por outros
jeclor rerpeito9 que sura isto mouern daseruiço do dito
Senhor, hcy por bem 'e me praz, e pot este mando ern
seu nome «o eapitad da fortaleza de Ormee e aSimaa
da. Costa superintendente da (acenda de Sua Muges.
lede na dita fortaleza, ea' Jorid Rodrigues do Souto
feitor ou quem seis cargo seruir, e ao almoxarife della,
que este nono preeento de nonenta e seis nad mande
comprar nem compre arroz algum de fardo, nem se venda
afiou está no deposito nem menos compre cayro, cor.
549 raeli110 1.012'relatre.•01116rerrfl

doalha feita, ferro, °amaras, artelharia, fateixas, breu,


taboado, nem outra algu9 cousa desta sorte, e todo o
rendimento da alfandega da dita fortaleza me envie,.
nesta primeira monen6 que vem. auendo outros3 respeito
ão muitas necessidades que no presente este errado tem
e anda dia sobrevem outras de nono para o que se lia
mister todo o dito rendimento, a que buns e onlroi
comprima sem 'banida nen' embargo algum que a isto
seja posio por asy confluir ao seruiço de Sua Magesta•
de. Esteua6 Nunca o fez em Goa nauiij de janeiro de
1596. E este se passou por duas vias, comprido hum
outro naõ averá efeito. Luis da Gama o fez escreuer.—
Nem se faça pagainçato nenhum do dinheiro que se ils•
ua de fazendas acima nomeadas rabo as estimarias for.
çad.. nem menos despesas fantastigas como Sua lia-,
gostaste lhe chama, nem se compre salitre sei as mesuras
penas aeitne.-0 ViboRey
(Livro I,' de Alvarás fl. 81 v)

997.
álathias d'Alboquerque &c. faço; saber afie que este
meu aluarei virem tple avenuln respeito aSua Megeste
de remedar em seu Regimento aos Corniadores da seva
d• fazenda dos contos itestas partes com pena de per.
direento de seus cargos que na6 leuern em conta aos
feitores eulicines do recebimento nenhuil despesa nêgi
pagamento que for feito por elles contra o dito Regi-
ramdo, e qUe arerndo excessos nos preços das canses
q,re eeorrssrprareat para o prouirnento das fortalezas e
armadas se nard berre em conta sem primeiro,' Pdmetlor
mór dos contos verificar os lues preços; e porque o dilb
Regimento se naid cumpre, eos feitores contra forma
dello fazem muitas despesas e compras pnr mandados
das capitafis das fortalezas deste estado serndo elles eseus
fillores os que velndem as mesmas cou.s as), 1.ra pre•
sentes eembaixadas que Érrandari corne para pronirere .
sus gire podem hem escusar eontaudees por preços run5
alterados:de modu quq ve8 cima desordens em tal ere•
1
,APOICYLO 3.‘ 649

cimento que PC 30090939111 e se gasta mais dinheiro essa


despesas extraorilinarias e farm.:nig-tia, que nas ordina-
fias das ditas fortalezas, e queremdo nisso prouer ey
por bem e mamilo aos dito, Contadores que nas con—
tas que da feitura dente em diante tomarem naff !caem
em conta nettimga despesas que forem feita, contra for-
ma do Regimento sem primeiro fazerem huã lista de to-
dos os.rnamilados, aomntos, e papeis por omde se fizeraã
aqual darei; ao dito Pmmeilor rnór, que com os oficia«
da mesa de-mil/finará oque for seruiço. de Sua Magesta-
de, ajointandose para este efeito o Jul. dos feitos ao
Procurador da Coroa( sendo necessario), e'Inanido as
hma despesas forem de °alidade que se me deua dar re-
zai, delias o fará, esem despacho da mesa se nati leuaraõ
em conta, calas cousas que se comprarem para prouimento
das ditas fortalezas e armadas, ou para dar ou mandar
de pre,entes, fará odito contador outra lista separada ern
que declare a°alidade epreços de cada buli, a qual dará
ao dito Prouedor mór, a que mando em nome de Sua
Illagesmde que 1031t0 particularmente se imforme dos
preço, que valiaõ na terra ao tempo que se comprarei',
e da necessidade que avia para se comprarem, eachan-
do que alguás delias se podereis-.escusar, ou que eu,: o
Visoarey e Gouernador que t„rouernar.este estado, ou
Vedor da fazenda 39 poderaó: mandar desta cidade ou
doutra parte ronde custarei; menos, e que sem lho fa-
zerem asaber as eompraraó, se na& leuará eia conta o
dinheiro que se nisto despemder, uconstamdo ao dito
Pr'›acdor mor pelas diligencias que fizer que os taco
pronimenios eraii necessatios, eque nafá caia tempo para
atinaram disso cites dito VisoRev e Gouernador que
for da India, virifieará pelar musa aos despachos da al-
fandeg u ou por testimunlms ou preço, que ealial) na ter-
ra, etudo o mais que se achar que leuou á fazenda de
Sua Magemade fará logo pagar em dobro ao sal oficial
seio esperar o fim da emita, e alegando elle rine o fez
por man dado do cap i ta ó da fortaleza domde for feitor,
au conetamdo que as taea causas forah" compradan ao seu
82
650 ÁRCRIVO FOATSMIMS-ISILIESTAL

feitor, fará logo carregar em receita sobre o mentor e


dobro do que mais custar para o arrecadar pela fazen-
da do dito eapita.5, pur quanto Sua Magestade man-
da no Regimento aos capitaês das ditas fortalezas qne
por nenhuit via se emtrometa5 nem mandem em sua fa-
zenda poeto que tenhatt poderes de Vedores deita, eima
se cumprirá sem embargo do quaesquer ausentar que
cos ditos Capitaès fiseraõ ainda que,. Vedores °super,-
imtendentes da fazenda uenhaõ nelles asinadus, por
quanto as prouisoõs epoderes que se lhe concedem num-
qua se deueni entender para estraga della; eesta se no-
Mficará aos contadores ese registará no limo doe Re-
gimentos dos ditos contos sob pena de o contador que
o naõ comprir perder o cargo para o mais naõ errais.
Notefiquoo aey ao Vedo, da fazenda de Sua Magesta•
de, Pruuedor• mem dos contos, e a todos os mais oh.
cases e pessoas a que pertencer para que o cumpratt e
guardem, e Caçai"; inteiramente comprir e guardar na
maneira que se neste contem sem dituide netn .embargo
algum, e valerá como carta sem embargo da Ordens-
çaõ do 2.* Livro, titulo as, que o contrario dispoél. Joaõ
de Freitas o fez era Gira a xxx de janeiro de 1596.
E isto se emtemderá tatibem nas contas que já estai. ;nos
contos de que as partes [estilará tirado quitaçaõ, e maa.
do ao Prouedor mór, e aos contadores emoedor das
contas que era todas cilas cumpra,/ esta prouisa5.- 0
YisoRey.
(Livro 5.. de Alvarás 11.83 )

228.
Dom Phelipe &c. faço saber aos qne esta minha carta
de ley virem que avemdo es respeito a ter reservado
para minha fazernJa o trato da pimenta das partes da
Sadia eprohibido sob graves penas de perdimento
fazenda, embarcaçoõs, eda mesma pirnenta que for a-
chada na5 vir paras carga das naca que vem das ditas
partes para este Reino com elle., e as me nato por e'l•
resormuto

perienele que muita, nane carregai; pimenta contra mi.


abas defesas nem serem confiecadas e julgadas por per,
lidas por os senhorios delias serem sbeenites doe pors
tn, omito as ditas nnos carrega& pimenta, cern oque tom
mais liberdade em perjuiso de minha fazenda no lesta a
dita pimenta para Ormus, Mascate, eoutras partes,, que.
rendo nisto premer como cumpre a meu seruiço, por esta
inanido edefemdo que nenhuã emb.-caça& de qualquer
porto que for carregue pimenta se nati for para minhas fel.
torias omde se toma apese° para ecarga das náos que vem
pura este Reino, sob pena de ser perdida' a não ou em.
barcaça& em que se achar pimenta contra minhas de-
frm., linda que oeenhorio delia na& venha na dita não
reis estivesse presente ácarga della, nem fosse sabe-
dor que se metia nella pimenta, nem disso tiuesse noticia
ocapita& ou oficiacs a cujo cargo estiner - a dita não, e
posto que a pimenta se carregue escomdida a modo de
fardos danos, ou de copra, ou diarafraZi, ou de qual-
quer mercadoria ou fazenda, eimda que vá misturada
Com mantimentos ou com qualquer outro penem o de
legumee, porque por qualquer via, modo, e inivemra3
que se carregue mais da que ordSnariarnente possa ser
neceearia para comida dos que vaô, na dita não, tanto
eme se aehar pimenta em qualquer embarcara& que
sat.; for paru sonega das nãos deste Reina, como dito
lie, será perdida adita náo, anretade para quem des-
cobrir adita pimenta ea outra ametade para minha fad
senda, sem o senhorio da tal ernbarcacati poder alegar
abeencia au ignorancia sua ou do capita& ou oficiaes
acujo cargo elle estiner, eiluda que dle nem o capi-
tsfi nem os oficiare seja& disso sabedores,. e posto que
C.O.te que fisemri e mandara& farer todas as diligencies
e exames necessarios para neô ir na dita embarcara&
comtudo se 'perdera& as ditas ernbareseçoês em
quefor achada pimenta, coma tido Ise, e as pessoas que
cedes tratarem ou os Senhorios das nãos em que se
carregar, sabemdoo elles e corneerntirndoo, et:acorrera&
em pena de morte natural eem pmdimento de. rodos Seus
652 ARCRIVO PORTUOUEL ORIENTAL

bens sem remisaõ alguá na forma do Regimento que


he passado para o trato da pimenta. Notefignott asy ao
men VisoRey eGonernador das partes da India, e ao
Vedor de minha fazenda em cilas. Onoldor geral do
crime, mais oficiaes e pessoas a que esta for apresenta-
dano
conhecimento deita com direi'', pertencer elhes
mando que o comprai. / e guardem, e inteirainente ta-
çaó' comprir e guardar da maneira que se nella contem
sem &tolda nem embargo algum; eesta será apregoada
na cidade de Goa pela praça e lugares poblieos della
para a todos ser notaria o que por elle mando enaõ po-
derem em ,algum tempo aleguár ignoraneia, e da pus
blieacaõ se passará cedida', nas cosias desta. .Dada na
minha cidade de Goa sob o sello das minhas armas
reais da Coroa de Portugal ao derradeiro de .Janeiro.
IiIIRey nosso Senhor o mandou por Mothias d'Alboquert
que, do seu conselho, eseu VisoRey delindo, &c cora
parecer dos desembargadores das ditas partes. Auto-
Mo da Cunha a reg asno do nascimento de nosso Senhor
Jesu Christo de mil equinhentos noventa e rei, Luis
J. Gama o fexascreuer.--0 VisaRey.
(Livro 1: de Alvarás R.85 )

229.
111athias d'Alboquerque &c. faço saber aos que este
meu aluará virem que eu vou irnformado quo por se em-
barcarem nas mios que vaõ destas partes para o Reino
maiores caixolis e fardos do que he ordenado per Re-
gimento ORE. podem tis ditas naos ir bem arrumadas,
por cuja causa tem grandes estornes eis sua nanega-
çaõ, ea fazenda delRey meu senhor recebç notauel per-
da ea de seus vassalos, e qnerendo nisto prazer ey par
bem e mando que toda a pessoa de qualquer calidade e
condiçaõ que for que embarcar ou mandar embarcar far-
dos para o Reino em caixas ou caixoás seiaõ oa ditos
milsoás de seis palmos de comprido e ires de alto e tece
gamam. 3.. 652

de largo, e os fardes cercã de choque palmos e meio


de comprido, tens de largo, e hum e meio de alto, sob
pena que lecke os cairia:is e fardos que se acharem ma-
iores serem perdidos conforme ao Regimento. Notei).
quoo asy ao Vedor da fazenda de Sua Alagestade da
carga das nãos, contratadores delias, mais °tinia°s e
peesoas a que este for apresentado eo conhecimento
deite pertencer, elhes mando que o contorne/ e guar-
dem, einteiramente final') comprir e guardar corno se
neste contem sem dormida nem embargo algum, e para
que venha á noticia de todos tnando que este seis a..
Pregoado pelas praças e lugares publignos desta cidade,
e.em Cochint; e registado nos Li,,ros da fazenda e
feitoria do dito Cecilia] de que se fará aseinto nas coes
tas deite. Antonio da 5unha o fez em Coa a x de te.
Careiro 1.596.—Luis da Gama ofiz esorencr.-0 Vizoluy.
(Livro 1'o de Alvarás 11. 57

230.
Dom Felippe &c. aos que ..esta minha carta carta de
ley sirena faço sabei que eu sou informado que na ci•
deite de Cochim andat3 ninhos homens por ella com eu.
pingardas e arcabuzes cesarinso musiorls acesos, e coill
panelas de ,editora sein temor das minhas justiças co-
metendo com as semelhantes °ousas muitos insulton
grau, einquietando a dita cidade eos moradores della,
(rasem conssigo seus escramos com muitas armas efem.
sinas edefenssioas, eos ditos escrauos andando sem
tens senhor, trazem sambem adagas, facas, e borelnès
e outros pior com que podem fazer muito dano, egim.
rendo eu atalhar inconuenienies titã perjudiciaes ao ser.
./9. de Deos e meu, polo quietacaõ dainella cidade e
?."u deita, por isto mesmo se usar na minha cidade de
s

50 ,ey por bem e me praz, e presta mando e delen.

..title da publicaçati desta minha /ey em diante se gual5de


aurdem seguinte, a saber, que nhuã pessoa de qual-
quer nalidade ecoudiçaZ que .seja ande na dita cidade
654 ARCHIVO PORTOCTILZ•0121131,1L

e seus termos, de dia nem de noite, coes espingarda


nem arcabuz ceuado e m urrai!"' aceso, nem com panella
de poluora, porque sendo achado será preso e perderá
a dita espimgarda ou arcabuz para o meyrinho que o
prender, eserá degradado por chnquo annor para Ma-
luco, e sendolhe prouado que com adita espingarda, ar-
cabuz, ou panella de poluora atirou a algti3 pessoa ou
pessoas, posto que naõ ferisse nem queimasse, será
degradado por dez annos para Maiorian sem remissa3,
adem do perder as ditas armas; e!mando ferimento ou
queimadura de pessoa algu3, ou resistindo a qualquer
official de justiça com disparar a espingarda ou arcabuz,
ou deitar panella de poluem, posto que uai; aja feri.
mento nem queimadura, morrerá- por isso morte natu-
ral, e perderá todos seus bens para minha Coroa, e nas
mesmas penas encorreraõ os que para isso lhe deremfauor
e ajuda, e nestes dons casos derradeiros que trato de
pena de morte e degredo para Maluco se tirará- deitar-
r.a pelos julgadores tanto que vier á sua noticia que os
ditos casos se cometeraii, ese procederá na forma at:ina
dita contra os que nela se acharem culpados. E que
nha cafre, nem ostra pessoa algu3 cativa traga arma
de qualquer sorte que seja, aacabar, faca, adaga, borda&
nem bambú. nein ripa, e poderá trazer espada somente
em companhia de seu senhor,- eoque for achado com
as ditas consas acima as perdera epagará da cadea dose
mil raia, amarada para o meirinho ou o ministro da jus.
tina que lhas tomar e coutar, e outra arnetade para hu ,
obra pia. E que ululá' pessoa de qualquer qualidade e
corndiçad que seja casado na dita cidade, de dia nem
noite, nem solteiro, - traga lança ou alabarda. ou -outra
orma comprida, nem ar-rodellar, salso hindo em com:
panhia de sua molhar e filhas, porque entali as poderao
leuar eos da sua COIllpanhin, sob pena de perdimento
das ditas armas ede7:01117.10,, amarada para o meirinho
ou ministro de justiça que lhas contar, ea outra ame.
tade para Ima obra pia, e uinte dias de prisaõ!
qualquer' homem captitto que der, ou alenantat moe pare
luselmmo 3. 650

Forrugueá.lhe seja decepada a ma3, ede-gradado doas


asnos para as gallés. Que qualquer escrauo ou pessoa
outra que nos «bazares eboticas tomar per forca alguA
cousa ás pessoas que venderem seja preso, e da Cadat
pague mil reis, ametade para o official de justiça que o
prender, eannetade para hei obra pia, Que a pessoa
que um) tiuer fazenda nem for casado naõ leue nem
traga pelos arrabaldes e lermos da dita cidade armas.
tirando espada e adagb, sob pena de as perder, e dez
cruzados pagos da cacica, eructado para o ministro de
jasiigo que lhas coutar, e a outra arnotade para bui
obra pia; as gimes ,penas todas poderá julgar o Ouuidor
tia dita cidade, eoutros julgadores nafi. E para que a
lodos seja notorio tesa esta minha ley apregoada na dita
mdade pelas ruas e lugares publicas delia, e registada
na CaÉnara de que se fará escuto. Notoficoo asy ao est.
pitai) e Ouoidor da dita cidade, mais justiças, olficiaes,
epessoas aque pertencer, e lhes mando que o comprai)
eguardem, e inteiramente faça3 cumprir eguardar co-
me se nesta contem sem douida nem embargo algum.
Pada na minha cidade de Goa sob o relia das minhas
armas reaes da Coroa de Portugal axiij de feuereiro.
EIRey nosso senhor o mandou por ãláthias d'Albuquerfi
que, do seu conselho, seu VisoRey da judia &e. An-
tonio da Cunha a fez anno de 1596.—Luis da Gama
fez escreuer.— VisoRey.
(Livro 1.• de Alvarás fi. 87 r. )

231.
,DeM Felipe &e, aos que esta minha carta de ley
sire eo conhecimento della com direito pertencer faço
saber que eu ey por bem e me praz com parecer do Li.
cenciodo Lapa Mures, Ouuidot geral do crime, e Chen -
°'iler de estado da India. que todo o quebramento que
,e fizer em quáesquer aldear das terras de Dern.;
P' 10 Rama de Raro ou por seus procuradores sendo
da ar rendamentos de aldeas precedei, a todos QP 91.11105
656 ARCIIIVO PORT.U.P•ORIENTAL

quebramentos pagandosse sempre os primeiros em tem.


po, e tanto que forem quebrados e notpii,,ados os senho-
rios daS ditos aldear de remo mulas sal feitos os ditos

quebramentos os paguem e nad ano capital, nem a os-


ira nhull pessoa sob pena de os pagarem per suas ta-
sendas, e alem disso os capitula que se entrometerem e
areeeadarem cousa algas antes de errem ele todo pagos
os ditos quebramentos pagarem por seus bens o dobro
de•que asy arrecadarem em suas residencias para as
pessoas que tioerem quebrados os pagamentos dos ar.
Yearlarnentoe de suas aldeas nos foreiros de que es ca-
pita& arretedarcre. E esta minha carta de ley se re -
gisturá teu Carnera desta Cidade e na Ouuiduria dei-
la, soe noteficará ao Rama de Rasa ou a seus 'procura-
dares, e da dita notcheacal ao fora assento nas emtas
deste. Noteticoo assy ao Capital de Damal, que ora
he e ao diante for, e Ides mando que o onmprad e gear—
atem, ,Inteirarnente facad eomprir e guardar eomo ss
nessa contem sem douida nem embargo algum, Dada.
na minha cidade de Dantad sob o sello das minhas á,
mas reaes da Coroa ele Portugal a xxj de Março. EIRsY
misse, Senhor o mandou por Matinas d'Alboquerque, do
eco conselho, VisoRey da lIndia &e. Antonio dá Cunha
a &a armo do nmennento de 00350 Senhor Jesu Christo
de mite quinhentos rionema eseis. Luis da Gama afez
escreuer.-0 riboReg.

( Litro 1: de Abaras fl 89 v. )

232.
Dom "nebline &e. aias que cota aninha carta de se'
gare geral for apresentado e u conhecimento deite mus
%feito pertencer faço saber que par justos respeitos q.'
sue a isto Monern do sernieo• de 'Yens e toca, bem s
emietacaiii de meus vasitaliti, emacemenos e insfieis das

fOrtalezas do norte que te absentaral por respeite da


cristandade, ey por hem e me praz que todos floreámo' ,
pascal vir viver aoande antes viniaô, ou aonde lhes t,

TASCICULO 657

manter em minhas terras sega-rol de se lhes fazer força


on agrano algum nem poderem Ser presos no os ave..
dos nem eonstrartaides ase fazerem- cristal:is c alun por
-
soas Ir ares vontades, e mando a toda, as minha, justi-
ças os defenda:7 e tenha5 debaixo de seu emparo pare
ore nenhum tempo. lhes ser feiro força, anteo o, fiou.
reça.6 e lheo faca." guardar ci Concilio Pronineial qne
na cidade de Goa se celebrou, e minhas prouisorts;.e
ey outrosy por bom que contra a dito Concilio eas di•
tal. Minhas prouimüs. pessoa nIgma grande nem pequena
lhes rojo tomado, nem casados, nem ,olte/ro,, nem *cal,
filhos maiores nem menores, eos crista5, e «et:tont.—
.. que andarem. absente, por este respeito, os poderaü
vir seguramente apresentar ao. Padre- GS leanes Pereirah
Vigario. da Vara e- da Igreja Marejo- da cidade- de Bis
pára-com-elle, f.or os exame, IISCOSSSii., esaber
5, querena voluntariamente ser ehristaüs, e .5 querea•

do os irôn ern sua liberdade, a que- Ih.- asy conteria •


por o
pedir a»atidas d'Albuquarque, d. meu. «ousei. rnea
VisoRey da Fedia o• dito, Padre Vigarim com o• parecer
do Licenciatio• Lapa &Ivrea de Moura, Ouuidor gemi
do crime e. chanceler do estado, a- quem a note tiquo asy,
éa todas a, minha, ja.tiças, olliciaes, é pessoa, a que
pertencer, e• lhes amado que o comprai:: e guardem, e
inteiramente façaS comprir « guardar como• se' nesta
contem sena dauhla nertreinbargo algum, e«era- apregoa-
da na cidade de Etuutim e nt pouoaçaü de- Pauá, enus
lugares da juri,diçaü da- dita. cidade para- a todas
éét',morim e. poderem girar tia inerce•que lhe, faço par
ela minha carta. Datis na minha cidade de Baçaina sois
. .. 110 das minha, armas reaes da COrOa de P,trlusal a
troa de abril, 1.31Rey nu,. Senhor o min.lon por Mr«a
thias de Album-tem. do seu c.v..: cem Visoltey tia
India &e. Anu... Cunha a fez seno do M. D. Ia.
Rbi (1596). Luis ,da Gama a fere: etterenet—a Viso.
-key,
0..irto 1• de' A.Ivaiíe 11, 901
83
659 alteou° PORTITGVEZ•ORIENT.•

233.
Dom Phelipe &o. aos que esta minha carta de se•
goro geral for apresentado eo conhecimento dello com
direito pertencer faço saber que por justos respeitos
que me aisto movem de scruiço de Deos e toca hey
por bem e me praz que todas as pessoas que se (or.";
para os inirnicos na guerra passada que mouco o 3Ieli-
que ao corado da Imdia de lhes perdoar a pena que por
iria° aterei:lati excepto os abaixo nomeados, a saber, 'Alaga
flauto, morador da Rena de Agaçaytn; Zelar Naique,
morador da Panaria Vatará ;Posso Nailne, de Rayoly;
hum filho de Drama INSique, de Poil ;'fel Naique, de
Coutarasn; Drama Naique Raybata; hlal Matara, de
Ga5; Arnayque, de Poli; Renda Naique ;Datubá, moa-
m, meloci,o; Pandimo, Torndel de Agaçayrn,• Crista
Matará, irma5 de Naos Ganira, dv Ga5,• Atobá, de Aga•
çnym ;e Pamdinto 'fundei ;o qual acatará asy concedo
por folgar de fazer mercê aos culpados, e bem e quie•
taçaS das minhas terras e de meus sasallos pela iinfor-
mnçaõ que do caso teue álathias d'Alboquerque, do meu
conselho. e meu VisoRey da Iludia, e com parecer do
Licenciado Lapa Ature. de Moura, Ouvidor geral do
crime echanceler do estado, a quem o notefiquo asy, e
a todas as minhas •justiças, officiaes, e pessoas a que
pertencer, e1Ites mando que ocumpraõ e guardem, efil -
teiramente faça5 cumprir c guardar como se nesta cofl.
tem sem douids nem embargo algum. Dada na minha
cidade de Baçaim sob o sello das minhas armas reacs
da Coroa de Portugal atres de abril. Eilley nosso se-
nhor o mandou por hlailtias d'Alboquerque, do reit einv
selha, seu VisoRry da Imdia Oac. Antonio da Cunha a
fez anno de álDLRbj (1596). E esta Será apregoada
pela praça e lugares publicas da cidade de Baçaim a
terras de sua jurisdiçaft para a todos ser notoaio, e da
publicaçaõ se passará certida5 nas coem. della. Laia
da Gama a for escretter,-0 VisoRey.
(Livro 1.• de Alvarás fl. 12 )
',semin.° 3.* 659

234.
Dom Felipe dos, faço saber aos que esta minha Carla
de ley virem e o conhecimento dela com direito per-
morrer corno a mvm me enviara6 dizer per soa petiça8 .

os Vereadores. Procuradores, e mais officiáesda Camara


da cidade de Goa que ris cristaris da terra costumar; fazer
granrigs gastos e excessos em seus casamentos era que
ainda parece que in,itaõ as cirimonias gentilieas, porque
asteZ7 dez equinze dias em banquetes que se da6 de parte
a parte, no que erres alem de receberem muita perda
lambem atem os moradores desta cidade, porque como
a maior parte destes homens sai5 ofliciaeo macanicos,
carpinteiros, pedreiros, cauouqueiros, ejornaleiros, e os
seue banquetes durem tantos dias perdem seu jornal,
e az obras que esta6 a seu cargo se acabar,' com muito
vagar, pelo que inda que seja6 pequenas as na6 :que-
rem tomar sena6 de empreitada para terem liberdade
de poderem hir ás suas festas, e por este respeito as fa•
zeni real feitas, ou fogem pelas nar3 poderem fazer no
tempo de seus contratos, e que como esta gente he muy
envejosa, por imitarern os mais riquos venderes ás sares o
seu pedaço de elra6 egalrearias, ou se empenha6: por eus.
tentar esta vaidade eruim costume, epelas druida, que
fazem sa6 presos no ttomgo ou fogem para aterra firme, e
taribern como os mais delira saõ dernando6s, para sustenta-
rem suas injustas demandas çla6 a estes pobres dinheiro
para suas festas, pelo qual os obrigaõ ajurar falsso, corno
se tem vimo e sabido per experiencia, e pedem muitas.ve-
zes joyas emprestadas para estas festas que ne:las lhe for-
1.6, pelo que tombem fogem; pedindome mandasse defen-
der sob 'rasco penas que nhuâ pessoa em seus casamentos
fizesse festa que durasse mais que só odia do casamento,
efora do dito dia uai" fizessem festa nem ajuntamento
de banqueres corno ré ora se costuma, para se euitarem
..ineonuenientes apontados eoutros muitos que todos
de pouqo acudo de <<<<< so senhor e de muito per-
Pl.° para o poluo; riste per ovar seu pedir e dizer,
660 aacmva PORTUGUEZ•hat.I'ln

ey por bem e me praz com parecer dos desembargado.


Ter da Relaça& e mando, que daqui em diante os crie.
iaáls da leira desta Ilha de Goa, Barrica, e Saleete. e
todas as mais a ella adjacentes na3 pessaõ fazer lesta
em seu, easamentoe que dure mais que hum s.5 dia, que
será o dia em que se receberem, e passado. dito rije do
casamento irai/ poderart fazer festa algo& peai ajnnta—
menu, de banquetes sob pena que quem o contrario fi•
zer, sendo ~ar, ser preço no trunqo da dita cidade
tesa MeSeS, acudo outra pessoa estar preso no tromqo reis
masco, o que asy ey por bem para se evitarem os gastos e
despesas cri Deur Doarias einconmenientes que se seguem
de durarem os ditos ajuntamentoe tantos dias como légo.
m se usou. NOttfiC00 asy ao Ormidor geral do crime do
estado da India. mais justiças, officiaes e' pessoas aque
pertencer, que ora saí,- e ao diante forem, e lhes mando
que asy o comprai, eguardem da maneira que se nesta
contem sem duuida nem embargo algum, a qual será
apregoada na minha cidade de Doa, e nas ditas terras
de Salssete e Barrica para a todos ser notaria e saberem
o que asy mando; e se registará no Puro dos registos
da Camara delia, e na minha chaneellaria. Dada na mi.
nha cidade de Doa eub meu sello das armas reaes da
Coroa de Portugal axx d'agocto. ,E1Rey nosso senhor o
mandou por Metidas d'Alboquerque, do era conselho,
.seu VisuRey da judia &e. Ecteurd3 Nunca a fez anno
do nacinuento de nosso senhor Jesu Christo de mil qui•
nhentos nouenta e seys. Luis da Dama a foz esereuer.
—O rtsuRey.
(Livro 1. de Alvarás fl. 9:3)

235.
Mathias'd'Alboquerque &c. faço saber aos que este
meu aluará virem que auendo eu respeito 80 moiro qoe
importa RO serviço de Sua Nlagestade e bem comum
de ecus eassaloe que os nanios de chatins destas ',ar-
tes naõ naueguem pela costa do Malauar nem pal. da
psSeleeLO 3.* 061

Norte sem cafilla pera poderem hir e vir mais seguros e


nad poderem ser tomados dos Malmares e doutros estaca-
dos que de conciso nauegad pelo mar daquelas costas,
equerendo nisto prouer, ey por, bem pelos ditos respei-
tes eoutros justos que me aisto munem,. e mando edan
fendo ern nome de Sim Magestade que da publicaçad des•
le em diante nhutl pessoa de qualquer ealidade ecos.
diçad que for nauegue desta cidade pesa as fortalezas
que Sua Magestade tem na costa do Malauar até a ci-
dade de ochim, e para as do Norte até Carnbaya, e
delias para esta cidade, e dos portos daquelas costas era
etc natdos seus ou allmos sem cafilla, sob pena de to•
do aquelle que ocontrario fizer perder os tais nauios, as
duas partes deliro pata a ribeira de Sua Magetuade, e a
terça parte para quem os acusar, e os marinheiros dos
ditos sauins serem calinos para as gallés do estado pesa
Iodo Sertipte, exeepo, aqueles que timerem licença por

mim
rinheiros
atanada
que pesa
andarem
poderem
nos abnegar
ditos nattios
sem de
cafilla;
chatins
e an ota.
nada
serad Canados nem Tainbonas pela necessidade que Sua
Magestade tem deites para suas armadas das quaes
fogem os ditos marinheiros por os avantajados partidos
que lhe fazem os chatins contra s, seruiço de Sito Mages-
tade; aguo assy se compriré sobas ditas penas. E para que
atodos seja Botado e nad se possa alegar ignorancia
'saloio role este seja apregoado pelos lugares publicos

desta cidade edn de Coehim, edas mais cidades e for-


talezas da costa do Matou-ao edo Norte, e seja registado
bus limos dos registos das Camas» delias, eda publi•
eaçad se faça assento [relias. Noteficuo assy ao Liceu-
Ciado Lopo Aluno s de doara. Chanceler, e Ouuidor ge-
ral do mime destas partes ria Urdia, para que mande ás
ditos cidades efortal ezas o tréslado dest e em forma que
faça fee e a todos os mais officiaes e pessoas a que for
"
ass aa ada.do eo conh ec imento dell e cum 'direito portes.

e lhes mando que ocumprad eguardem, einteira-


mente faça d comprir eguardar da maneira como se cel-
la '
c-antera sem dauida nem embargo algum. E valerá
662 11.11,”,ORTUGUEZ.ORIENTAL

como carta passada era nome de Sua Magestade sela-


da de seu sello pendente posto que e efeito delle aja de
durar mais de hum anuo sena embargo da Ordenaca& do
2.• Livro, titulo 20, que o contrario dispo. Eotellati Nu-
noz o fez cru Goa aia de Outubro de 1596 . -Laia da
Gama o fez escreuer-0 ris.Rry.

Ey por bem que o Ormidor geral do crime tire sus


medo de testimuuhas quando lhe for denonciado•por
parte do Procurador de Sua Magestade, ou de qualquer
meirinho que algum nauio nauega e trás marinheiros
contia forma desta provisati. e pelo que lhe codstar do
dito sumario proceda contra os culpados a requerimen-
to dos sobreditos; o que assy comprida posto •que esta
na& passe pela chancelaria por ser do seruir,o de Sua
Magestade, eaja de durar 'mais de hum armo. Estettafr
Nunez a fez em Goa a biij de Janeiro de 97. Luis d.
Gama a fez escreuer —O VisoRey.
(Livro 1.* de Alvarás 0.95 )

236.
Mathias d'Alboquerque faço eaher soa que este men
aluará virem que arrendo eu re,Teito eu que EIRey meu
Senhor marndou em Imã sua Instruçan asinada por rufe
receita n'Acequa ao primeiro dia d'abril deste armo pre•
sente de mil e quinhentos ,noventa e seis, derigida
Comde Almirante que no mesmo anuo Sua Magestado
mandou por VisoRey destas partes da Judia, em cuja
absemcia o mesmo Senhor manda, como be publico o
',morno, que eu dê áexecuça& a dita 1nstruçaü ear mair
como se para mim fora& dirigidas e passadas, e avemdz
eutrosy respeito ao que o Procurador da Coroa dia 00
petiçar3 atrás escrita, eao parecer doe desembargado res
da Relaçai›, es' por bem e me praz que se reueja o feio ,
de .que na dita petiço& ee faz meneei" sem enlbargu de
ser panado o tempnein que se °altera de pedir ete
rammer.° 3. 653

trará eda.ley nona que EIRey meu Senhor mandou


passar sobre se muletas, e de quaesgrier outras leis ora
oas .gile em contrario aja especialmente da Or.
denacaír do 2.* Livro, tirai° xx, que dia que se naSam.
tenda rem:nada Culenaçad alguma sem della se fazer
expream menicab-,porque neste o:rsr mia terá força al-
guma; cmamilo ao Juiz doe feito.. •to Sua álagestade
nestas partes da Irndia passe suas Catas eitaterias em for-
ma para Nano Velho Pereira em qualquer parte ornde as.
nue, ser citado para no termo que lhe asinar por sy on
per seus procuradores parecer perante elle para estar a
direito sobre a dita causa e reuistas uniu o Procurador
de Sua 51agestade até nella se dar final detriminaçad sob
muninaçad que nud parecendo no dito termo se proceder
relia á sua receba, o que asy comprirá o dito Juiz dos
leitoa csi, diligencia sem duuida alguma. Estsuad Nunca
efez em Goa aOS de Nouembro de 596. E este valerh
como carta feita em nome de Sua Magestade e pastas
da por sua chancelaria posto que ti.etfcito delir aja de
durar mais de hum armo SBM embargo da Ordena:Mi; que
ocontrario dispod. Luis da Gama o (na earceuer.— O
Viso key.

Pia o Procurador da Coroa que por buli Instruçaid


'Pie V. S. tem manda favor certa diligencia em Ima
demanda que o seu Procurador movei, contra Nono
VelhO Pereira sobre Ipt% certa eantidadc de contas que
pertencem a sua fazenda, e por que a dita diligencia
he feita. Pede a V. S. mande passar proulmS de reais—
ta na forma que Soa Magestade manda para elle soppli.
can:e req uerer
1. sua justiça por parte de Sua Magestade.
E. 5
Despacho.
Fy por hen, se passe aluará de reedita na fornia da
tosimçad de Sua Magestade para ee rever o feito de
Xono Velho Pereira com a fazéqda'do dito Senhor, e
que ao alga a ordem de Sua álagestada contendann
664 anuamo roammUsa-oausaial.

ta Instruçati. Em Eelaça6 a29 de Nouembro 96.-0


se Ney—Abreu—Silua—Caryro— Pais—do Canto—Ma-
chado— a
(Livro 1: de Alvarás ft. 96),

237.
DorrtFeftppe &e, a- <pautes esta cavta• de ley virem
faço saber que eu mandey passar hl aluará por mim
trinado feito na Esperança a xxb de março deste anuo
presente de 96: que enviei , ás partes da judia per que
ouve por moa sevuiço e para mihor e mais liam adules
nistraçail. da jostiça que o meu -Chanceler, Ounidores
raes, e maie desembargadores da Retaça6 delas naff foz.
sem visitar pesou aigii6 a stia• eara nein fora della por
uharespeito nem causa que para iso ouvese, somente te
podesent viSiiar os mesmos desmnbergailores lias a outros
e a seu, parentes dentro do <Inerte grau, e som une.
elauealas e declaracoes conteildas no dito - aluará: gut,
foy publioado na eaesa Chareeellaria - da liana e ou•
troa lugares- publirmos da cidade- de , ioa, e cornsid , •
ramdo Mathias d'Alboquerque, do ateu conselho, meu
Visolley que ora lie das•ditas partes, que o dito aluará
na6 ealisfenia em todo o meu internar, e emnpria a ruela
sendo que )(Leme as- ditos desembargadores na6 aviaft
de visitar 0 que ta6botn congloba ,nai7t focaria visitados de
pessoas alguás asy por lhes uai) ocuparem o imole, de
seus despachos e impedirlhes a licite administraça6 de
justiça danes,. corno. por outros respeito, que eamnal•
quu ens. Dom, A leg.,. de Meneses, Arcebispo de <loa
Primas- e com. nutraa petmear, e confurmaadome coal e
parecer das sobredimá, ey por bem e me praz, e por
te mando gire o dito meu ninava gim asy inanidey par -
sar e que foy apregoado ,e comum IlrilliTO inteiramen te
com rodas a, eléusulas e deelarami& nellé contendaNe
eenfortne a elle e CA, minha cariado ley mmhtM pe..
sua de qualquer nulidade e eundiperS que ,eju nédia tete
ditos desembargadurea.eM imas rasas neta eller os 'mi"
assolo.° 665

aletria nellas por nhu3 via salm somente iene parentes


dentrri do quarto . gráo, e bane desembargadores a ora.
t coo, e elle, linutaraA as partes tempo ealui iencia coa.
ueniente para poderem tratar de suas camas s.nente, e
fazendo o contrario. que nal. /espero, de lho estranhar e
de mandar proceder sorrira os culpados c0000r parecer
mais roeu seruiço. Notcfignoo asy o dito Chance-
ler, Gunidores gerais. mais desembargadores das ditas
partes da índia, eatodas as justiças, olliciaes, e péssoas
outras a que pertemer, que ora sai. ; eao diante forem,.
lhes mando que asy ocomprar: 3e gnardern, e inteiramen-
te fagail comprir e guardar o dito meu alvará, e esta
carta de ley com todas as clausulas edeclaraçoéts neste
eno dito aluará contendas sem duoida nem embarga al-
gum que aelle seja posto por quanto oey asy por men:
struiço, epara que atodos seja uotorio e sem,pro
baá corno asy o ey por bem, mando que cola se pubri.
qurna casa da Relaca5 eda Chancelaria da Inch& e
nos lugares publico!, da dita cidade de Goa. ese regis-
te de verbo ad rerbum no limo dos registos das rij os ,
casas omde o dito alnará,está registado. Dada na retinha
cidade de Goa sob meu selo das armas rems da Coras
de portugal a seis de Dezembro. EIRest o mandou por
1"lhias tVAlboquerque, do, seu mnseilro, VisoRey da
ladra &c. Esteuaõ Nunes a fez amo do nascimento de
nosso Senhor -lesa Chrisro de mil quinhentos acorrenta e,
reis. Luis da Gama a. fez esoreacr.-0
(Livro de Alvarás fl. 97 v.)
1597.
PR 131E1F1.} %EME..

ILOtir,k0 Pr9

238.
Conde Almirante, Visorrey, amigo. EU EIRey vos em.
tia muito saudar, como aquele que amo. Bera quisera
04
653 anemias portlefeeer•oefesveL

como o tinha atentado antes depois de êeasa partídi


para eles apartes*, mainderuos este anuo aelaa leais avia;
anais gente, e mais dinheiro, e mais armas e moniçoAs
das que ordinariamente costurnaõ yr cadaste', para me.
lho, poderdes acudir as neeesidades desse citado, eem•
premder o que o pode tirar delas; mas as que mi presen-
te ha nestes Reynosnall/ dar porosa lugar ao que eu Mas
ris desejo, e espero prescindo a Ocos que .sê faca o ama,
que sem, ese comesse antes disso irndo no inverno al•
gilas enrauelas, como já se fez em outros, com o que abrO
puderem lesar, esegurndo as rumas que este antro
ser pelas náos em que fosses que quererá dõ~ Senhor que
seraA mes que tudo o que de cá for seja rnaes para no•
naa empresas que para outros efeitos, e que a- comquis•
ta de Seila,3 que he a cousa que mais cuidado duas pelo,
diferentes termos em que se tinha posto se acabaria pros.
peramente tornando. , a recuperar m perdido .e
ranidosse com vossa chegada a melhor estado do Ixdn cid
que aprincipio esmoa, eque nisto faseia opus:demi e
siuellembrandouoa do que precisamente nesta Matéria sus
emeoinendey eroandey,quasi tomabdouoaa menage de sol
-selardes do vosso parecer eopeniaõ nela, psiu ett o miá-
apmuaum e só avia nism por meu seminu° que Fetiasies
por luslruça ,), que vos ey por repetida nesta moata jparii•
eirias.
II Alem das neceashiades do Beato e ocassioAs quê
nele rume eha de estraordinariaa despessae para ple 1111
teu o remlimenio das mios de que nutI uiermi o anuo
passado mais que !net, tambein faltaratt tri caseoa delas
para poderem ir este anilo seis pele menos, e de (1011 10
que com muito trabalho se apercebert,I3 fasendose nátri
de galesíts que tanto se liaS mister )acontece° a imã nno
nona dentro no rio o desastre que' sabereis, por mode
uer, vcy, roque arribou das em que findes tine foi -ter
ao Brasil, com que se fazia conta que fosserii cinco má
deste anuo, na& lie atAgora ellegnada, por mude uriA pndme
Ir inSIS sue troe, que sinto muito polas resoAs que as sina
vim digo, nias reparo •que dessas partes torneio com
ranenato J. 607

carga mais nãos, e que tipeto que na3 possui-


,ser das que
levastes acargo que pe fizessem, será alguã boa e nom
que lá ajaçe ou alguem queira armar para o floyno que
soja capaz de anular nesta carreira, e para este efecm
mandarey que nestas tem rráos vá algutl jente de sobre—
seboso da nauegaN3, posto que sambem disto cá ha
falta.
XII. linda que ao mais das coussas sobre que agora
vos pudera mandar cearem:rico:iates por Instrmods lar-
gas e particulares, vos tratarey nestas vias por outraa
coram de algults cobre que me escremo o anno• passa«
doo Visserrcv Mhtias d'Albuquerque, que sai; respostas
que aele °Mera de mandar se ele abada neseas partes
estiuera, e sobre as que boiastes- ms ilhas Inotruçoés vos
n aa .digp.porora. mais até ter sobre as meterias delas
cortar v<iSSils senali que solas tonto de atuo a.entemnen—
dar reduaimdouolas todas ao ponto de que tudo deperm
de que te resporoderden inteiramente era me« eeruiço
com todos os requeettos- de mossa obrigaçail á gramde
ramfiença me de vós tenho que comprireio sempre coro
ria nontsetilantdo e attmentand0 eSse estado que tese
puiu:tolo no descobrimento que oConde Almirante vos-
50 vissmétodele fez, de maneira que nisso optreçais ter
eu de sucede vossos serniços a lembrança deuida min-
(mine a vim. Escrita. em Lisboa a 30 de Janeiro de
597;•
EEY.

Miguel de. Moura.

Para o Vissorrey da India.—Para Vossa Magenta,


ic ver —2 .' via,
(No Sobrrscriplo )

thlfil Praneineo da Gania, Conde ela Vidigeira, al-


MiTZIre e VisettEey da Judia, do seu concellto.—Segunda
tia.

(Livro 2: 0.357.)
668 ARCIIIVOIMILSUOURZ.ORIENTAL

-239.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu EIRey ar/gene-
ia

muito saudar, como aquele que amo. Sobre a meteria da


nonquista de Ceilad me escreueo e Vissorrey Abulas d'
Albuquerrive nmitoparticularrnente tudo o que nela ti-
nha socedido que correu prosperamente até o lcuanta-

mento do dlodeliar de que ern ruas cartas me dá conta,


cujo acidente a pusera em outros termos diferentes até
a partida das mios do anno passado, e porque com a vos ,
na ellegoada sabereis tudo o que pudera ir em narra-
tine nesta carta, e lenda e mais que depois até emiad
rimasse socedido, ey, •por escusado referimolo pois nal/
Se de efeito para o que aveis de fazer para que basta
o que lenastes por miabas Instrueo2s, e sobeja o que

sobre isso sorno a escrener em MIA carta particular que


vay nestas vias.
II lambeu; me *germee o dito VissoRey como nos
portos de Bengala corria o cemereio ordinario para esse

estado, e que entre os Portugueses que nelea abitad, por


serem muiriados e viuerern á sua vontade, avia as me ,
loas reuoltas que clames unhai:, e que deseiamdo multei

de 09 reduzir á obediencia dos capitads e de mi•


abas justices e nad pudera fazer; emeorommlouos que

traballicie por estes homens se redimirem a meu SeruiçO,


e tratei, do modo em que isto millior se poderá efectuar.
111. E aSy Me esmoca ..plc os gratlides do reyno de
Pegú oe lenentared contra seu Rey, e que nad era já

obedecido lia coaria "farte do Seu rcyclo, e qUe cora erra


00.4Ssiai., se Scalioreara EIRey de :Sist. da cidade d.

Tapeçaria, e de outras muitas e portos, e que por esta


respeito nad sai.; aiitiu címs do Portusezev ele, e
pire Oslo samtinums sempre 0001 an.i.de desse Sas

tosto, c muitos anuas acodio com mantimentos á fortale •


de Afala. estaindo necessitada deles, pelo que vos
etucomemdo que 110 que puder ser ajudeis a este RáY
ua coruservaçad do seu reyno em seu fatfor precedemd o

ele com casa estado como atégora o fez.


1,901.1.0 3.* 669

IV. E asy me diz que os Turcos naã pretenderail le-


oa? mais madeiras daquele reuno oaloo, alpina yera o
concedo de .as aios. mas que saõ muito fanorecidoe
nele por ser o principal Regedor mouro que trabalha
poe empeoer em todas as comas desse estado; eme°,
memdouos tenhaes muita vigilencia em Imã 'coarem os
Tqrcos madeira uhuR asy do reyno de Pegú como do
Daeltem, marte deueio dar ordens como se trate isto
particularmente com Elltey dc Dachem, pois mostra tanto
deseio da amizade desse eotado e trata dela.
V. Tombem me diz o dito filathids d'Albuquerque
que monido o [bebem com emtancies que tine ele tinha
feitas com olmo cartas se reooMera em largar o Bispo
da China com todott os mais Portugneoes que Iá tinha,
tirando hum irmahl de Doei Francisco d'Eça tple muda
ficaua em seu poder; smcornenadonos que tratei, de nua
liberdade, se já a naã liam, e da comocrueom, da alui.
zade do dito 1)3011,11 nele muitos ',abares nula da vos.
eu parte, que parece será facil tio fazer, pois ele eetá
taill disposto para isso qne dia o dito Batias d'Albuquer.
que gole o Dachem lhe mandara buá embaixada tratam.
do nela cora muito ertmarecintento tio desci,' que tem
de aves paz jurada entre ele e esse estatie, eque re3 Os
Portugueses com suas caos carregar pimenta e outraa
drogar aseu reino, eque tenixat3 ode trato o comeroio,
a.nisto nati tenho mais ue voa escreuer que acima
Sito, reineletedome tanib qein fia instroçoaa que Ungiste*
oobre esta meteria.
VI Tarnbent me merece que ao preme% se aa6 po-
dia tater daquela empresa lio Decimal, e que a MilhOt
Md° qlue podia aver para se entreter no emado unI <las
Se erm ,av dele catai; he ir oantinmondo em forma de
amizade C0111 aquele Bey .)1/1 me fazer comerei. do iDa-
lina para eras partos cola toda aorgia ecautela, emma
erne=rno reegoardo comeantir que t ue 1).00 1.et. 'Ira 6.-
'

geriu foriakza sem se colocluirem esmo ,pazes neta o-


brigar oestado adai pelo que voe C111.1110.10 que nica.
la forma rudes eonlineamdo corri a amizade do Daeliella
P70 artcatvo egurstuouu,onduutrett

adiuertindo que naG vat3 or Daehens á fortaleza de-Ma.


laca em tanto numero que porraGr'intentar alpti treieaô
nem vejaél colsva que os eomuide a ela, e entemilendo
vós que se- deue nesta meteria proceder era outro modo
me avirsareis dirimo, e por me parecer porosa bom o quo
aponte Glatias de Albuquerque vos digo no capitulo atras
que tios oiti,-.penhoreis touiio com o Dachemi
VII.Tambem me- dá contaique tanto que chegou a
Goa o capital da naueta do Dachem que re perrleo eia
Surrate clhe ernuion os •papcis do sucedido e carta do
Bispo da China propôs o caso em conselho e re,asemou
que re entrepare toda a fazenda do Dachem a rens.,
baixadores que- emtair ertartall naquela cidade munido a
fossem pedir, daindolhe aentender que por respeito das
obras, que o cotado tinha reeebido do seu Repro e per--
ralhado que memdou fazer ao Bispo eaos- mais Poria-
gnesses que e:impará& em- atue terras no nímfragio que
nelas tiueraii, lhe dava liuremente a, fazendas- eine de-
raô á costa nas decai- estados oighe tino por-acertado, e
vos ememnemdo que- aary procedaes em remelhantes mas
terias coara, a consideraça0 que nelas deve aveeseguindo
ou tempo, e•acontecimentos.
VIII Bery me ererene qne ore moradores dá Macau
vittem agora com mais quietauffit que dente, porto q ue
entre sv tem ordinariamente brigas e deferenear que se
Staõ prtdens acabar, e riitena monçail; de- abril m andara
hal prouissati minha per que defendo o comercio dal
ocidentacs e Felipinas com erras orienmes por es-
sas aquele comercio perdido, pele que vos emeornendo
teutules muita vigilancia em se fazer goardarra provisraG
que sobre istutenho parruda, earrias vias- ima outras
pronisreGs minhas passadas pela coroa de Casrelu sobre
ituesmo, comforme ás que ounereir de lcuarquarndn fos-
se., conto vereis per outra •carta minha ou Ifasteireait..
IX. 'l'ambem diz quere arentara Relegar.; que deus
mandar vir para essa colado o dial,eiro. t,neretirttm em
Maeáo da Mio que foi do l'erú. de rine era capital Do.
Rodrigo de Cordoua que mormo citado para este lleyno
ivarmenco S.' 671

%tf lit1.5Chegas, para se ver se era paliado cederane es


prodissoiv do defessa daquele •comercia, e que ...O
sobre igks ditigeodkor e muitas íostancias nada aproniii-
tura; ertervansteelonbs que procuteic com muito cuidado
que ser tebre este dieheiro que em illacáo e arraso—
traI pidaMs eatiber r, e.orenitliels a;erre Reino por lei,.
Mito iSegttrah e abou..ãe para quase ennegor ao Pro-
tred. e oficiaéa dá Cara da'Inilia,•e serem ouvidas aO
Nines e theonruidar fazer justiça no One a doerem; epu-
ra os Religiessos da Companhia de 71acno e imaisq.1
mi.a pessoas que flectem este dinheirli -eira seri p.ler
folgatem de oentregar lha senificareis como as partes a
qas pertsince aeay o pedem e requerem, é.as ditas parisr.õ
eta nedirdi cortas pariimilarce para vós pare ror nua via
Solecitávern acobrai- noa e virtilla deste dinheiro param,.
te iReynk-r poisie que 'unhas *0 apresentem, per este ca-
pim. vos torne a -encomendar procodaes nesta material
tomo se nele contem, eas pessoas «que se der r,te.di•
abeiro daral; flamas abonadas ao entregarem neste. Reg,
no ao dito Prouedor e oficiare da Cassa da Ilidia,
asy- me herrae que fora•emformado que em Mo-
çaibiquq. estam a gente daquela forma te multe
quita com brigas e diferences que moia antes os easj
radar emoradores da terra, eque punirei rulpaia Dom
Pedro de Soura. capitai dela por seidescuidar•da par e
maga daqueles moradmes selado tanto de sua obriga-
premeie, pelo que vos eincommilo que qMetela
eempenhes esteai:111. mm. pelo •modo que vos heril
pérecorre mandeis deuassat dos culpados nelas narro
eqsor n rine já tereis leito se .passasteir por aqueladona-
rira Frossy •csereue que-o forte de Sena ficaria acabaa
rlo, k folgarey de particularmente -saber sie que deite -ha
adito forte; •e se está ...goro dos nono..
XI Tombem media que se nas corremilo•.mimuita
invatirlade na cana dá iodai,. de ifilembaca, ecine ae
»loira no meio lela hem poço em que se achara mita
76elli e qt. DIResideiNlelinde tine aagaata , Nraal.",
aajuda de dm parié eis tudo é qiie pode moidrando
672 AROOIVO ISSHISISOST,ORISSTAL

afeiçaõ que tern ameu serniço. puiu que 143. concedera


alguã parte do remdimonto da alfamtlegá da mesma
fortaleza, de que me tinha dado conta; emcomendouos
que vos emformeis deste poço que está feito na muni,
e em caso que se possa intupir em algum cerco ou outra
ocassia6 ordenareis como ee faça logo ISISa cisterna no
lugar mais comodo para isso, e que se vá cmitinuando
com a parte do rendimento daquela alfaindega que se
dá ao dito Rey de Melinde, a quem fareis a saber come
eu o ey asy por bem.
XII. Tambem me escrette Otle 1.1a fortaleza de Mas-
cate naS ouuera aquele anuo sobresalto nhum de guri.
as, e estaua quieta, e se hia6.continuamilo com as obras
do baluarte que Dom Jeronimo Masearenbas deixara
comessador emcomemiloues que as façaes acabar, soja
naõ forem, e tenhais muita conta com agoarda
gia desta fortaleza pela importancia dela.
XIII. E asy me diz que os Mogores possuem pacifi.
comente o Reyno do Cinde, eque sa6berrt tratados se-
te os Portuguessee que va6 fazer suas veniagas, e que
soubera que se fazia huã ajo muito grarnde nssuele
Reyno com tengaa de se niamdar dahi para o estrei-
to, que seria total destrolça6 das alfamdegas desse es.
tudo; emeotnerndomis que procureis de atalhar os de.
senhos desta uno como creio que o tereis feito ou co•
messado a faze- per tal modo ecom tal tente ep.•
deseja que uai, resulte dahy rompersse gessa com os
Mogores, pois elles agora correm bem com esse estado,
porque seria de muito trabalho tomar esta conternde
da nouo, principalinente estarado por dauante a°mimeir .
ta de Ceilaõ e as esperamçae que se teso da conmers .
»3 do Moços, que inicia que ao presemre se aja,/ par,
fimgidas ou itncertas, poderoeso he'Deos pára tudo quan-
do disso for seruido; e0555 comsideraça6 deueis de ter
no que fintardes COM OS Reys do DECfla sobre iazerene
ligue contra o dito Mogor.
XIV. Tambem me diz que a fortaleza de Diz OSSIVIS
esmerem.° 3.. fin

de paz com os sozinhos e prospera na comercio, e que


SebastiaS de Sonsa procede nas obrigaçoSs dela com
muito tento; e porque sou informado que nesta fortaleza
ha alguãs desordens, de que nestas vias vos emuio
apontamentos, vos emcomemilo lhe deis o remediei que
a importanbia da mesma. fortaleza pede para o que boto.
nem á boa vigilancia e goarda dela cem que em todos
os tempos passados se teue sempre particular conta. e
nos presentes pede Bit° muito mais•, e posto que se faça
aarmada ordineria oom agente da obrigacuíl da fortaleza
detem sempre ficar nela pelo recues dozentos e ein•
coenta soldados de efeito, e dateis ordem como os ca-
pitaç's da mesma fortaleza nas consintaõ entrar mui—
tos estrangeiros na cidade e alfamdegua dela pelo muito
perjuizo que pode resultar disso, e parecendouos que
Se necessaria a armada das quatro fumas que se cesto•
mana fazer Regela fortaleza para fazerem ir a ela as
náris pagar os direitos aa dita alfamilega, a tareis fazer
todos os annos.
XV. E amy me eserene como o trato de Cambaya
Pura Goa se continua em tamis de Baneanes, e que se
tem nisto aqui° anno eos passados os gramdes proueitos
que result.' aeme estado desta ordem que esta. dada,
comvenientes;
sobre que aponta
pelo alguãs
que vos
rezeês
emeonterndo
que'me que
parecer..bern
nesta for-

ma preceitos nesta meteria, e quamdo achasseis ou-


tra coussa me podereis avissar disso ima eospendendo
oacima dito,

XVI. Tambern me escreue que oPrincepe filho do Mo.


gorqoe poema ageic Rey no de Cambaia lançara fama que
tuia de Oometer os do Dec., e que por vezes ajuntta-
ra para este efeito exercito, e tendo° junto lhe fora ne•
ressurjo aemlir aos Roubaras que .rreraij as terra. do
Guzarate por aquela parte que einnfina com ele., e
.y me dá conta dos sucessos que o Mesmo Princepe
leite naqueles Rey nos coinarcaSst• emembandouos que
buba/bele pai unir e comcordar todos os Reys vesei.
674 •nentvd PORT080.2.06161iTAL

nhos do Magoe contra -elle cem -o resguardo que dirás


vos tenho eocrito,
XVII, E -as), me diz que -teu° carta de Jeronimo
Xamiel.( a) Religiesso da Companhia, receita na corte
do Equebar, em que lhe dana conta que depois de pus-
sar muitos trabalhos ao caminho que lhe durou por
terra espaço de cinco messes, chegara eom os doas Re•
ligiosos que (orai; com ele á corte do Mogor que os
recebera com muita fecta7 eque assy elle eoll, Peia-
cepo eseus capitaõs mostrara; gramde adi-atracai, da
tomada do Morro, e lhes mandara que aprendesem a
ling,oa perste com breuidade porque queria transe com
eles sem interpete as caussac( eis) que o moueraõ aos
mamdar chamar; emeomentdouos que animeis eajudeio
estes Relitt' iossos para prossegirem nesta miosaii aque fo•
rad' mandados até se comseguir o bom efeito que se
della preternde, e por ludi carta sua que estireueraõ ao
seu Prouinciat da Dulia, de que veio a copia na aio
Sob Pantalcaõ aos Religiossos da Compartida deste Rey•
no, ernterndy rata sua jornada muito particularmente
XVIII. Tambem zne eocreue que a fortaleza de Da-
rnaõ tutora aquele anno alguns trabalhos por causa da
alguns MOgOreS COTICreill as terras do Vergi e de Outros
Reis vessinhos, eque posto que passarei,' pela; de Da.
maõ nas fizeraõ dano algum, mas que por se prateais
de acidentes de gente de guerra mandara inuernar áque•
Ia - fortaleza Dom Pedro Manoel com cem soldados, eme
diz que uai", conuem posse nela alfandegua até de iodo
estar fechada, por alou. inconvenientes que aponta,
pOsto que nos arame atMs me unha escrito se assentas-
se alfamdegua naquela fortaleza, pelo que me parece°
datemos mandar que cobreado no asentsir desta adia-
dega, etemeomendamos que com breuidade -façaes aca-
bar a fortificaçaõ da dita fortaleza.

(a) A.91111 esti; mas os historiadores chamam • este Ptttlre


denudam Xavier, e o d., por parente de S: Francisco idaviert
re.aeteato 3.• 675

XIX. E asy rne escreue que tanto que se acabou a quer.


Ta de Chau' puJera estar prospera a cidade de Baçaim
esuas terras te Joad Gomez d'Azeuedo capitai,' dela
tinem cuidado de fazer como os foreiros das aldeas eom•
prissem com as obrigaçoès que tem •de escales e de a•
ver nos presidas das manqueiras a gernte que lhe he
ordeuada, aproueitarndo pouco alguds cartas que sobre
isso lhe escreuera e prouissods que passou, pelo que me
pareceu dizeruds nesta que sempre será mais seguro
preguntarenasse pelas culpas dos descuidos dos capita68
das fortalezas nas residernciaS que derem, eque quando
tiuerdes deles alguns queixumesos façaes tomar era lems•
brança para se juntarem aos Capitulas das ditas seriai-
doseias, mas semdo as culpas taes que mereçad sospems.
derdelos de suas fortalezas o façais com as comsidera-
çr6s que se requerem, e mandareis is pessoas que tem
aldear nas terras de Baçaim que cumprad com aobrIga-
çad de terem camelos com declaracad que todo o tem-
po que os- nad tinerem naí7possa0 -aver o remdimentd
das tais aideas, e se arrecadand pesa minha fazenda, e
assy o faieis comprir em todo inteiramente.
XX. nimbem me diz que •Peru d'Anhaia a quem
tinha, mandado ao norte com comissad :mi, para poder
respronder ao negocio das .pazes quando os Mouras qui•
eesero de prepossito tratar del.as se fora para Goa na•
goela eamjunead e tempo, eque ge asemtára em conselho
que oBispo de Caohim que arnelaua no norte vissitanis
da as 'grelas daquelas fortalezas- tratasse•esie negocio
somo ofez., e se viera- a Chaul, e correra com- ele nu
modo eforma que lhe fora•emcomendado até. o°emaciai r,
eporque nad veio st .este Revoo o papel do que sobre
atlas 1,02eS se fez, vos enaco'ineado que se riadsad (ai.
tas se acabem de concluir pela iroportancia delas.' li.por
que sou informado poro VissoReT hlathias d'Albuquer-
que que os moradores da fortaleza de Chaul nad cessuO
de hapunimr aalfarntlegua que mamdei asseridas nela
tomando agora oeaesiaí3 da carta que mandey eeereare
aquela Cidade., aque dezeZ1. d&rente sentido do que ela
616 ...11 , 0,ORT1101:16.•011

tom, emcomendouos que per nhum casso se faça mu-


dança naquela nlfandega, e que depois de jurarias as
pazes mandeis proceder contra os culpados nos motins
que se fizera& sobre esta meteria, eeu mando estranhar
á reinara da dita cidade as desordens que nisso come—
ter:IR
XXI. E asy me diz que amdara no norte o vera& fias.
sedo Dom Aluara d'Abrancltes por capim& mós; eque
por os eossarios navegarem em colaconlotis, e :tangei.
rés ligeiros aque as nossas fustes naii: podem chegar
querido os segem, posto que Dom Aluam fez para isso
toda a diligencia possiuel, tomarati os filalnanrea alguns
'maios desmandados que quisera& navegar sem goarda
da armada: erocornendouos que ordeneis que daqui em
diante na& nauegem ribas nauios de mercadores seira&
era cafilas com a guarda das armadas desse estado, e
que veiaes e trateis se deuern andar nas ditas armadas
os mesmas ernbarcaçotis mu que anda& os cossairos pera
lhe ernpedirem seus desenhos,
XXII. Tambem Inc dia tine oanno de 95 me Caere.
nora como u Idaleati corria em grande amizade com esse
estado, e numqua quisera responder a propossito ás mui-
tas intancias que lhe forma feiras por parte ao alongue
edo Mogor, eque por muitas vezes o.persuadira per cal,
tas e por via do seu embaixador que estaua nessa cidade .
tomasse trabalho de tratar por sy ar negociar do seu
Reyno, como fez, de que se achou bem; cmcomendonos
que com o dito Idaleaõ procedaes nesta comforrnidade
seneficarndolhe o contentamento que eu recebo de seu
bota procedimento peia imformaçai3 que disso tine P. ,
Metias d'Albuquerque, eque espero que vós ma emuleis
dele se melhorar tanto nisto que fulge eu muito mais de
4) comprazer em tudo.
XXIII. E assy me escreue que o Idalcaa despedira
Antonio d'Azeuedo que estatia em sua corte por
baixador e lhe mandara dar guarda no caminho efazer
bom tratamento, luas que na& aprt.:citara& as muitas
deligencias que com ele fez para fazer /igua com os Reis
pasmem.° 3. 677

sena vezinbres contra o Mogor; e posto que nesta mate•


ria vos tenho escrito oque ey por meu seruiço que façays,
sola torno de nono a emcomendar vintdo agora a pre-
poésito deludo fazer por cima de ter por certo que as
eciessas de tanta importanda naõ somente bastara em.
comendarvolas huá só vez, mas que sem isto vos a.
erreis por taõ em:adegado delas como o pede a vossa
obrigacaõ.
XXIV. 'Bambem escreue como o Rev da Serra e
Rainha de Olaia até entaõ tinbaõ comseruedo apaz cota
esse -estado, -mas que entresy tinho3 mui cruel guer-
rade algum tempo aquela parte, e que !Mita escrito
ao Rey do Bamgel que compussesse estas diferemças,
eque por nhurn casso ajudase ao Rey da Serra contra
aRainha; emerimendouos que nesta meteria procedaes
na mesma forma on na que achardes por mais como.,
niente para se consegir este efeeto
XXV. E asy me diz que eu lhe mamdara escreuer
ice era ernformado que a fortaleza de Olaia tuia se derru-
bara, eme afirma que fora arrasada por Dom Jeronimo d'
Arenedo, sobre estios seruiços e merecimentos me escreue
larguamente, eeu tenho emformacaõ que me tem sentido
en t condias de muita sustando e com muita satisfaçaõ
e ultimamente na comquista de Delirai; ememnendouos
que procedaes com ele como leuastes por minha lastro.
Cd,- em que ;os tratei de seus seruiços, e sambem da
obrigaçaõ que se teta ájustiça.
XXVI. 'Bambem me escreue que o Samodm tomara
o seraõ passado por seus Regedores á pratica das pazes
co m os mesmos arteficios e emganos de que assou toda.
otempo atrás sem chegar á comclussaái, e sonsa que em-
'rara ó 'inverno nascera silencio a elas espernado nono
Vdeorrey ;emetimendouos que nesta meteria sigaes a
Ordem que vos tenho dada nas Instruçoõs que Irisastes,
selado huó das condiçoés das pazes ,quanitio se elas ou-
vierem de fazer e concluir derrubaras; fortadeDunhale
oscabarsse a.colheita que o Samodm lhe dá, nquatudo
5, Passo se Dia lisessem ou dilatassem lembramos es.
578 AlieRIVO PeRVIGUEZ•ORIENTAL

tlingirdes aquela ladroeira de Cunhete de .tanto perjuizo


e tanto contra aautoridade desse estadia durar tanto sem
alegara se lhe dar 'entedio..
XXVII. Eassy me dia que eu lhe mandara•escreuer
que a Camara. de Cananor se queixaua que por a milita
falta que ordinariamente avia. naquela fórtaleza de mar•
tárientos dissimulauad com os agre., que reoebbái
da Ray vessinho e de seus vassalos; emeomendouos
tine tenbaes cuidado de prouer esta fortaleza- e todas
as mais da costa do Curará.
XXVIII. l'ambem me da que tiuera nonas que.o.
Reyno de Ormuz ficaita quieto eque EIRey de Lara
lançara mad de alguáá ocasioris para mouer guerra, e
que huir delas fora que o Prior de anto- Agostinho da.
goela fortaleza fizera por força cristarì a hum moço filho
de hum mouro Seu vassalo, eque o capitai, Diogo Lo•
per Continuo se comera neste casso eem outros ele sim
ol,rigaçaii prudentemente, e porque sempre me averey
por hera sentido de aquele Ray» estar- quietaa vos
emeolnendo façaes comseruar os Reys vessiriboa em
amizade coro esse estado.
XXIX. E assy me diz eserenera• °dito. Ca.
Piliu.
.
, e ASPazil o Simod da Coma que EIRey de ()MUS
era cada vez pior e mala tirano, e que venideria balá
o Reine-per qualquer dinheiro rine lhe dessem para o
emterrar, eque nad emale senad por força e num muito
trabalho ás fortalezas da terra. firme que- por este res-
peito estad arriscadas, e que seria meu service, moldar
apossentar aquele Rey e emearregar do gemera.> dele
ao 0.11 em <piarmo se 000 detre-mina acama de Dom
Jemnirue filho de Xeq. Jaete.;,erncomendouva que
eir ordetar ,corno se comelna esta demanda de Dom Je-
voninio na forma em quad tenho mandado.pos minhas
cartas,
XXX. Temi:ice, -ma.'escreue que a.eapitad--.& Dr."
mandar— as cortas que•esercuy- ao Xá Rei, da Porem
por hum mouro tle credito aquabo imitara. .em bati ci-
dade junto do mar Caspio, e que festeiara muito aMi.
rasercute 3." fi79

aba carta como eu entendmia da reposta dela que me


emulana •na primeira vya, e que pela que lhe este Rey
esoreuera eroxergara deseio de comseruar a amizade
,com esse estado, e lhe dizia que tiuesse prestes gama.
Hindus paran.zieu •erribeixador que me queria'enraiar;
pelo que, vos.emeomendo que se já nat3 ,for embarca.
do .para eete, Reina que nestas néon ou ,nas primeiras
que .vierem depois de ele chegar lhe deis todo o fauor
e bom gassalhado para poder tiir a mim, porque disso
terey muito contentamento.
XXXI. .A prouissaõ que á vossa partida me deixastes
pedido comforme 2 ,outra que tese o Gomde d'Atougia,
que Deos perdoe, a segurada vez .que foi por Visem-
rey sesse estado, para se naZt tomar Tesoluçai7 era coasse
gim nele «fizesse e lhe tocasse sem -primeiro Ser
ouoido, me .parece que te pode meuss.ar por 110..i.;
ser necessarea, nem ser coneedi'da antes nem de-
-pois aoutro Vissorrey, e seria exemplo .para ao diante
se dar atodos; mas sem a dita prouisan eu tercy
Atrzenza..do que misto me pedis para em proceder nos
Casos ;JIM se oferecerem nesta mexeria conto ouuer por
meu seteira. Escrita em Lisboa a cinco de feueteiro
de 597.

REY.

Partt'o emule Almirante, Visiorrey da Sadia—O,' via.

(No .Solwetcripto )

Por EIRey.

A.LintZ PranciSCo da Gama, brinde da Vidigeira,


Mirante è Yissorrey .da Sadia, do seu toneetho.—Se—
Coada via.

(Livro 4.* Il. 780)


680 ARCHIVO PORTVOUE2451lIENTAL

Apontamentos que se deraS a Sua Alagestade


sobre constas tocantes 60 bem econmeruaçad
da fortalena de DM. (et )
Ho que sei daquela fortaleza he pelo net he errar
nn [nado em que está, he naõ estar proaida como rum•
pre pera soe seguramça, mas ames está mal -perigossa
pelas rezoiis que ee seguem,
A esta fortaleza dá oRegimento 350 homens damas
acra a segurança emtrando os moradores, nos Trace em.
trai 14 que se dá per contrato aos comtratedoree
fetrodeaue; e outros tantos ao feittor delRei, e rious aos
escrinab's da feitoria, e quattro ao Ourridor, Peia
ao Cepittaõ do balnartte do mar pera defemçaõ dele,
qne todos fazem 40, os quais ar Vissos Reis por ater que
poupai,- estes 40 homens á fozenda de Sua Megestarle
os aplicarei./ aos 350 ordenador á fortaleza, e aey mais
auerá na ditta fortaleza alga. 10 ou 12 que recebem
seus soldsta e mantimentos por premiste& de fóra que
VisoeReis lhes pastarei, por serem aleijados na gera
eein °urres parte., e mirras par nelhos e liobree•a
que os capitaõs- naõ querieõ paguar, por °nade estes tem
os 40. tirados dos 350 ficaõ 300, destes tirar> 220 dar.
moda que se dá ao coara-ato pera guarda e acampa-
&lamento ilelfamdega; por-ornde naõ ficaõ jamais q ue
ad, e deuses os mees deles por serem pobres, casados,
elhes naõ bastar eeu vencimento uaõ buscar sua nislo
em náos e abalos pelo que os donos. deles daó, ou com
suas pobres veniaguae, ficando a fortalcke taõ soo que
por corlosidade epelo -que me releua com segredo maro
dei fazer alardo, e naõ achei mais °ariano naquele teto•
po que de hu5 ves 52 homens e doirara corenta e ares
tinido rocas criadoe e paremtes que comigo andaõ ener
se tempo ee acheraõ, aqual mostrei ao Verdor da -fa•
zoada da bailia Antonio Gireite na dieta forsleza e
tempo, ea Frarnciiqo Paes oura° sono que lá foi por
Veador da fazenda.
— 1-aí-Sá° os infetados uo (ap. XIV A t.te sutesedeure.
ecselmno 3.' 681.

No tempo que he a 'nomear,' que he por todo nouem.


bro, e na outra monmaa e,ramdc que Inc feuereiro e mar-
ço, he a força delas naquela alfamdeguo elí1 que mago
jemte estransgeiro se nela ajmuto, esun, deuida quando
oarmo non' he roym neujununueaó notes de mil homens
estratugeiros, Serem., Nlogeres.,Lauri", e d'outtras ouço-
ès do estreito, mui granules lasearins capittafs, e a.
terra moradores auerá mais de doas ndl mouros, troe
untes deles marinheiros e graindes espimgardeiros, e
boa genne de gessa e exsercittado em nossa prattico, a
que lá chamamos Reineis como os de Serrote, e todos
muito grandes inimigos nosáos, e os maca destes tem.
muita cumunicaço3 com os Mugem*, e. uai:, ao estreito
•por mercadores e marinheiro», por mode n'unta parte e
'doutra naohdeve faltar prattica de nome pouco iegimen•
tom
Quem tolhe aestes mognos precentes neste tempo a-
rima ditto pronocadne de. bui pente nu da tonna eira.
.5n5 corntro nós com Ite traisaft causioda de mero
no.ro pouco -resguardo, o ger Dente 000• permita possa
açornitecel., tomarem-cá. [igualema .e quando nos bem'
meeder que fe fechem as pomas a tempo, forçado lhe
urra. e eles uendo 'sua tumçaft deseuherta• darem hera
menualfnmdegn a e• cidade que será hmer doo gr:intime
rio minad o ,esem°. que pelo estado em Ire isto ny. eem'
ti tenho •por graude• milagre naiS' no terem emtiondido:
mór mal que deste descobrimento nos pode sábre-
ate he. ficar desernimssado peru connosco a ',uns' gew
O N.o... que deflem ser os Moemos na quais bela
que
ttom estopes
he amaloá cone como
110.,Sus este rebrtsso-e
ma" no mace'tad 'nous,'
lhe dar dg
oonniod

ocra85
Umes particelares
lho time, pois
Mou enos.
ores mune'.
que SCIII ela
tantos.
.erar oiTondeada
pene
ot erendi mento , de terias ao •alfaintle'gnoe nlO 1
,1,1,11.'-
hal%
1,0in do •
slo da ()andada- de que 'mó': senhores depemdein
us gratos C rflerCallicies de que cessas partes go.
oe nendimentoo das alfaredegnea de Sea Magestade..

88.
692 AtCRIVO POirelleUeZ•ORIENTAL

e anis eroupas pie Oein a este Reino, eaasaii.a todas


as mercancias das pa•tes do sol.
Por tinido rile parece que Sua Magestade deus pra.
Der nisto como com.e] gera euittar 09 mele. e perigos
que pelo assinta ditto podem ...feder, eescurando si
areje despesas possiueis, que deus mandar pagam a
'dos os °azados que ha na terra fitle tãO duzentos et.•
tos por hum alardo que fiz na ditra formleza; e que
cotes estejaõ corstinoe na ferra e na5 Ibra delia sem
licemssa do capittab da fortialeza sob pena de serem
ejetados de seca soldos sem podereis. ver moer admiti•
doe a ele,, o que senoir. muito por serem mui pobres
e na?, terem de seu outra cousa, e alguns a que zele•
uns ir fóra da teria a negocies que ás vezes se nati es.
casem rasgam sabedor ao Capitta5 pesa saber a copia
a que ha.de dar licença, fazendo suas escoadras e quar-
tos ás part.., da ferttaleza de dia da maneira que se
faz em Urrei., e isto he dar somente maes .pera a g uar;_
da daquella fortaleza 120 homens que maca se pagaria°
antiguarmmte amues que as Vizo,reis fossem dental.
dando 'dos regimentos e metendo o, °LIMOS *nomeados
Ui copia dos 3,50 como os dos corntratadores e feittor e
maca ofiaiaes, ealejados e uelhos, por p.uizoês de fora,
e tanto ...na nesta despesa que autiguamente
dauaõ só pera adeferias.- da forttaleza corntinos 350 he.
metia fazendosve armada de fora em outra despesa.
Tombem me parece° reza5 lembrar a VV. SS. qu e
antigamente se fazia flua amaça.) eis Setembro de trçs,
quatro nauios que eusturnauaõ hir esperar as noseas_naoo
de Meca á pelota de Curinale domde elas custurnao ete
ver a terra, esta arre.aó que oje he tirada auendo nae
ser necesaria por moem as abes com tempo felina, e sd
odizerse na5 ver de ifeitto a tal armaça5, e a mi me po -
mos pela prattica eexpirierneia que da terra e daquela
jemte tenha que nenh ,tb outra armaçaõ he roais ecoe-
sada, porque he esta gamas Baniane taõ medrossa, et .
qu
cabos primcipaes mercadores, que sabendo somente
ha aqueles nabios armados os obrigará a ba8 te eve‘.1
raecremo 3. 683

tarar a perder as fiamças que tem dado de 'rirem ao disso


porto pagues os direitos, e eaberndo que na3 ha arreios
armados pode morntecer sern nenhuã durtida quebra.
reinas fiárnças, e para esse efeitto carreguarern de nanei—
re que imponte muitto sanes o que podem forrar nos di—
reitos indo a outros portos dnmde lhes fazem muito maca
omras e quitas, que o que perdem nas fiamças que tem
dedo eenteresses que lá arnde pagará, pmque como he
curteza que se lhes ode fazer por cornsento um outros
portos, por pouco que intereeem os chamarei', a ey com
entras equitas peso lhe ficar ernnobreeerndo eapromitit—
remme dos retornos que tornarei/ nas tios de carnaz
queb(arrida esta nobreza e proueitos de nossa alfamdegua.
Quanto dos capittaès edo que se lhes tirou, sendo en o
primeiro em que se cumprirei/ os regimentos que Sua
Mageetade mandou, nal/ lenho que dizer, pois em minhas
augo,":,
. o alego, corno VV. SS. veraii, mas digo eornenttb
que se dos lues regimentos resultara escoes era al•
gni parte a fazenda 'de Sua Magestatle para o temuro
do stado, ou fazeremse mies armadas ou despessas era
seu seruiçó, me parecerei/ muito bern os tries regimentos,
mos ermo nenhuà cousea destas manha, me pareee que
Se melhor deimlas correr corno damtm e naft. deixar cri•
ar aos dirás capitaès ems auç.oãs ta3 ricims peca seus re •
queri mentos, • qual tern todos aqueles a que se (leu a dit—
ta forualesa amuo dos taco regimento.
(Livro. 1. lL 17.1

240.
Conde Almirante, VimoRey amigo. Be Elli.ey nos em
0(0 moiro sondar. como aquele que amo. 0.Viesorey lIa-
((te de Allmquergne me escreneo nas vias do amo pu-
lado qúe o rermlimento deese eirado na3 bastam para as.
&soesses °Minarias dele, e que para quaiquer estraordiv
narre Me se oferecesse neei mia outro remedio arauto.
que deste Reyno lhe fosse, e que posto que me sonso
PSssodos ooue eressimento de pimenta uai, se pudera
094 ancrovo emertiemes•oaranea,

carregar toda por falta de náo,, e porque em Carta par.


tleular vos escr.° sobre esta, duas meterias, ea canses
porque neste aura' se noa pode proner nelas, aminella
carta me remeto esperaimlo que com vossa, prollencia e
botn cuidado dareis o rentedio necessario Imã cousa.
e a outra, e enstemdido tenho que o tem porodessi, mi•
uh. rerndas em boa arrecadaeaa e naa se fazemdo de-
las muitas despessas que se podem escusar, e com as
primeiras cartas vossas poderey melhor raesolnee o que
nisto cumprir que se faça.
II. E assy me escreue que seria meu semipa mandar
tlispenssar com os capitaas das fotulezas desse estado
peca que possua pagar a fidalgos seus parentes que um—
dareis no ,eruiço seus soldos, eporque otenho rnamda-
do proibir por rapas resoits e emformaçoas que tine, naa
hey por meu sentiço de comeeder esta licença, antes vos
emcomendo -que falcais goardar inteiramente a, 'ironia-
sufis e regimentos que sobre isto tenho mandado a es-
sas partes, e alem dos perinixoe eimeornvenientes desta
materia ten.., esta ke bua das causem: .junta com ou-
tras por ronde falta o rendimento desse «lado para omais
neeessario, que he ponto de grande consideraçad eabri-
gaça3 para quem o porre.,
III. E assy me diz que .3.onne atp enrsfi qn.cei qui•
serve contratar a viagem de Mala., porque coroo .3
duuidossas 'e as mais vezes por carisru da poeira e nu-
tros impidirnentos que uaa faltaa naquela fortalrza e
se derem hum ano, fogem ar mercadores crestes ira sane-
»Sentes, e que os eapiraês premidos das triagens que alt•
ueraõ de entender neste negocio cormin.ente rua iera
cabetlarque baste, e vemdo isto ev por bem que se fagek
estas viagens pelos eapitaa, probidos delas-em. dedo-
raça& que aliam capitai"; tomará nboas fane hula - nem
eratio de parles por toais precissa nee,sidade gire aja
no dito gualeaõ. nem poderaZi descarregar .10.0 am.•
na fortaleza de Malaca tiniu sisa-ideio paro ‘ruirriturnInjrle
nhu3s necessidades que aja cmi dito quereria, pelos gran-
alte perdas que disso re.ltad a minha Jantando; e para
FASCICOLO 3. 695

que se jato -nossa guardar inteiramente, vos emcomendo


eInatudo que lapee dar aos ditos galeo3s todo o profa.
mento',cessara> para sua viagem, ç assy para a fortale-
za de Tidore de tal maneira que na3 aja falta rama era
boa.cou,sa eoutra, e proibireis de todo os bales que se
dauu3 por aloure por ser rnateria muito danosa ao rem.
dimento e primeito que minha fazemda deue ter da dita
viagem. E este Capholo registará o Secretario desse eri•
fado ao boro das lembranças da Secretaria como se fura
som todos os outros em que vos eis mandar coasses que
deusa, ficar era tneutoria para comforme a eles es com•
prirein sempre.
IV. E porque me escrene que arfá' tinha emformaça3
do temditnento daquele ano da alfamilegua da fortaleza
de IflonliZça, .neru.sabia se hia eta crecimenlo, e sempre
será meu scruiço procurarsse qúe do remaimento dbla se
sepra3 as Ordinarias da ,lesma fortaleza como solo em-
emitendey nas Instrtm3e• que 'citastes, voto torno aem-
comandar de naus, eestas sai.; as coasses que convem
que se facs3 para se na3 aeresentarem despeáas matas
cr.o tatabein solo digo,eni outro Capitulo desta carta.
V. E assy me sairias será ama serniço'arreindarsse a
alfamdegua da fortaleza de I ;io som cornditia3 que na3
-
Pugnem os remdeiros mais que o que se montarams or-
situarias dela, eo que mais ficar da dita errada se entre•
gue nessa cidadv tio Coa, e por ser coussa de que até•
pra se liais ne.on, eque pode ler ince...lactar, ou ser
missa de se dar menos pela dita remida, vos erncomen•
do sine prativis esta meteria coai pessoas de esperieneia
ale sair,0,5 sitia somo parecer do que será mais nica

serias° mandar ordenar cela.


VI E porque nas náos do ano de 95 mamdey esere•
aez ao dito Vissorrey que era imformado que ris reindei•
ros e contratados. dás regidas desse estado requeria3
que se 11, abate ,sern os direitos das omissas que se cons.
laz3 para o puna:nenr,r de minhas armadas, e lhe man-
dey que se naõ ilseerem os ditos contratos daqui em di-
ante 86111 dl:01.a neles que das, tese èoussas se lhe
686 exemvo surrususa•osissvst.

naõ abateriaõ os direitos, e ele me diz nas cartas do ano


passado que numqua delas se pagaraõ nem descontaraõ
direitos, vos emcomendo que marndeis fazer esta decla-
raçaõ nos contratos que se fizerem, e que se naõ pagem
avalias em nhuõs néon das fazerndas que vierem pesa
meus alniazens eribeira desse estado.
VII. E assy me diz que tem ordenado huá cassa den-
tro na fortaleza de Goa acomodada para torre do tom•
bo -junto da cassa da rnatricola, eque tanto que fosse
acabada se entreOriair a Diogo do Couto os liuros, cartas,
e papeis como lhe tinha mandado para yr eomlinuams
do aystoria viesse estado; emcionemdouos que se miá
está isto acabado o façaes fazer, evos imformeis se este
Diogo do Couto tora as partes que se requerem para es-
te negocie, ou se ha outra pessoa de mais talento esu-
Sciemcia, de que me avistareis. E porque o Vissorrey me
diz que ele marnda a primeira parte do que o dito Diogo
do Conto tinha escrito, que naõ veyo na cá o Saís> Pau-
taliaõ, se nas que se esperão cote asno naô- vier, orde•
floreio que nas primeiras venha, e vós ooereit primei—
ro e me emulareis vosco peteeer que será muito bom por
a coriossidade que me dizem que temdea na pioria da
Imdia.
VIII. Tambem me diz que ima tem dado suprimen•
to abluo de soldos nem de outras ileso que os ort-
pitaõs da: fertaiezas fazem e pagai) fóra do regimento,
de que me ouue por seruido, voa ernoomeindu que asas,
o façaes.
IX. E naít estamdo feita a diligemeia que o dito
Vissorrey erneomemdou a Laia Mure: Camelo que mau.
alua por Prouedor do., fortalezas do norte obre os mitra-
donins ql., lia nela, e foraõ aforados pelos Vissorreys
eDouernádores passados para se saber a que pessoas
se aforaraõ e por que respeitos, ea satisfaçaõ que se pode
der aquem os teto, para se tornarem arrendar pc•.conta
de minha fazenda, vos eincomendo que ordeneis como
se faça, e me emuleis o que sobre esta meteria se fez
zoá mo tarado já escrito nas nãos que este anuo se esperas.
imeeteuto 3.• 687

X. Eu mandey »empes ao dito Metias d'Albuquer_


que que to registasse no Liam dos contos a prouissa5
que tinha passado para os Vissorreys e Gonernadores
desse estado poderem despionder corra os fidalgos eou-
tras pessoas que rue sesemn nelas até trinta mil ema.
dos em reerces em cada linm ermo que °une per bem
de lhe coe- medes, pomo que dantes fosse esta cosi ia tanto
menos que mal) doze mil crunadim somente, e que, Ii
Secretario lese estado ti nesse hum Idoso separado para
oregato das tara merces, e que se me rutilasse o
tseslado dele em cada hum armo por ries ern todas ia
'Mos; pelo que vos emcomendo que a”y o famies sou.
tinuar semprestas emuieis juntamente «tildai', auten-
tica do que esse estado semeie, cada armo, per que oéy
ami por meu seruieri.
XI. E por q ue lambem lhe mandey morenas que na
aplicassem os oito mil pardáiis que. ae da8 na fortalesa
de Damad em cada hum anuo para afortificaçaiii dela para
se com eles fazerem naus para esta carreira, e sare escreue
que está aimda a fortalena em estado que sai) acesa-
saria para sua fortilicaçaa, ey por bem que até se ela
nau acabar se liai; despemdad em outra coussa, luas
'ar,P,, que for acabada se aplicaras') pesa se com eles
fazerem suas de que ha °mita necessidade por irem
faltando muito as madeiras neste Reyno, e entretanto
buscarei s dinheiro de o utra pa rte pa ra se naii «trinarem

de fases as ditas nãos; e quando naZi puderem ser todas


as necessarlas, seiad pelo menos as mais que for possiuel.
XII. Eu dito Metidas de Albuquerque me tespomdeo
que Ilm rnandey escrener que tratasse se se deuia
essas de poluora de espingarda na artelharia dessas par-
tss corno se qua comun., que aula nisso ineonmenieu-
tes, de que ve.0 einformarei.,, eem quanto os trastes na ue-
aSMDa artelharia da poluura que de, antes se useatua.
,qtaér podes ser o qu e se que costuma que se emtemde
he °melhor.
XIII. 'Embutir diz que está seruimdo o cargo de es-
683 *Rem ,. FoRT11011EZ•0111ENTAL

urinar> da fazenda de Goa Manoel Nogeira a quem dele


fez meree por algona aunos, e que pOr erre respeito nah•
fora conlinuanido nele Jorge de Lemos no tempo que
°une por bem que olaia sernisae; a quem lhe pararia
que'eu deuia fazer meteu do dito cargo em nide; mia
burlará por ora que quatmlo o dim Manoel Neeteirikass
caber de sentir o tempo 410e lentm por sna recente sim.
ir dito Jorge de Lemos ode que lhe tenho feito. rneree
pola que para isso tem que . apressentará, e segurnelo
ri emforroacati que dele -ti une antes de acabar o dito tem.
po lhe farey a meree go° ouner por bem:
XIV. E assy me eserene que Dom Frei André de
%aula Maria Bispo de Cochitu ffitha procedido eram moita
autisfacaté no gooerno do arcebispado de Goa, e a,sy ad
uermeo elas pazes elo NIelique, ele que resultou ...pelei.
remeate como consulnha a irmo seruiço e bem desee estado,
e .peeto pie na. carta que•lbe mando eaerener Ihe•agredeeo
o que Me-lotem feito, aos erocometnelolhe dignes tambem
de minha parle rine ar honl modo em que- teto procedido
eretas congro.a me tenho por bem seruisht. dele.
XV. Tainbern trata de algués desordens do Bispo de
Mala/pla sobre que tenho marndado pholler não lastre-,
eede eine leoassea, e asse naZ ha de nouo que cria lem-
brar neste particular eenkp que mandeis pôr em .atreeas .
daçaõ dono uni cruzados que sou ern formado que O dito
Mem. 1,11 co, eco poder do tempo que sernio de Ceaela—.
rade da Bula da Cruzada nessas partes, nad temia jáo
~deito a isto mimo he deoteeqoeterá.
XVI. lé assy rue diu o dito Viseorrey que gulr
Dom Leis Centena, coadjutor e faloho sneefrl,on do Dir.'
pe der ',rad, partira tia monçaIi de abril daquele anue
pera a China teta passar cot abito ele Reirgioon0 par-
ticular e poder aeodir a cristandade daquelas paneis em*
reclame et, pont ilicaes et. goanui durai. O +4.11pedi ffiC6.,
ia de poder ir Ia no 0.10,10 sue- eoet,oraa médinidaderi
rine me .parrere muito leC ,18110, e imrque cometem med.
Debatem os ordenado , destes Biopo. aasy 'perp.irim;
regei.. 3.. 689

dade rumo por amuarem neste meniaterin da comverss


sun", vias eincomendo lhe mandeis acudir bem mira eles
para melhor po.lereen rontina ir cola sues obrigeçoês.
XVII. Tarnbern tsr escreae que enoitas vezes se ofe-
terem meterias pessades Ide descomposissaõ .Ire peai,
Sou' preneligiailas enclesie•tices que saem ao publico com
muito descrediro por .2 aver Juiz competente que as
pós,ta oninpAr, e lhe parecia que para estas meterias seria
sernionde Deos irem ao Arcebispo de Goa poderes.'
Legado apostolica, e por mo aey parecer o muraria su•
plicar ao Santo Padre, mas já naõ poderá vir areposta
atempo para ir nestas naja, eentretanto .0,1 informado
que o Arcebispo por sua dinidarle pontifical e superior
nesse estado pode determinar e acomodar as coasses que
se oponiaa. eele saberá o que nisto deue e pode fazer
ama escrupulo.
XVIII E porque sambem me esereue q. de Ormua
lhe vieritõ grandes queixas de hem Religiosso da Ordena
de•Sento Agostinho que foi uissitar aquele terra rondai
eauseara remiras aberaçoês eine oArcebispo de Gira meta-
dena rerneilear. vos ...mudo vos einformeis se está
iero feito,e .2 o eetando diga. ao Arcebispo de minha.
parte Lhe dê todo o reinedio que puder ser, e ruo avisem
do q. achar.
XIX E .sy me diz que he neeessario marnelrr pra-
aissed pera se logo fazer a viegeen ria China de que fiz
merce perra as obras do °apita! de Goa. que po r ser corre.
tauaroeeuurk perá a cara dos .1ilados qae rirr ore-
nem serras partes come por bem de a mandar int...,"
vay aecra viac as fia,. (pie por ela vereis que he bridai
paro [xixis efeito.' e porque lambem ene ceceemo, que par
nu ielrgirrrr ac ti-e. Companhia largarem a edininietrarea
que tinha2 do dita °sob. ordenara que corresse por
mordomos nomeando cada meu para erro efeito hum
fidalg o e hum cassado da cidade de O., mandey,
Itainr.r emformaça2 ria ceasse por que os ditos Reli-.
• largara6 a dita ai na nietraçaõ que. dizem mia,
▪ p« lhe tirarem a arrecada.2 das cond., apli-
62
890 sarar. rerratIenn•uaranrat.

radas pare e dito (Aspirai. « lhe na5 aeodirern rum


o ...mio para a leso.na dna doem., pelo que
voá eineartiondo voe roliformers mnitu particularmente
dares meteria. e receaste mann te_ d.e a passar a
uelnunttornuett alo (1,..piud a mies 'Religiosos da maneira
de itim a 113500 corh re tires dar o neres>ario para ele,
pompa, aj., an beneficio Temporal da cura dos corpos
lambem iira5 enramo° as almas tine importa mais.
XX. H porque me mem,,e que tem dado em meu no.
Tise ao Comiseario da Ordem de Ser, Francisco alguns
*Nitres eons..que se comprarati parte das casas que ese
5.0 pegmultur ao seu °nauseara de Coa, sobre que ha
multou unos que niamdo eacteu'er aos Vissorrçys desse
estado, vos ...meado que eaibaes o que nisto be feito
a retendo itrela por faser aigna coasse eumpraes oquiv
tenho mandado por tainhas cartas.
XXI. Tatobern me dis r1e0e5 Religiessos de Sad De
minguo de (toa Tinem descomsoludos par o seu corn-
anulo esmr ern átio doentio, e naõ se poderem criar o•
nouieos no rigor e perfeiçati de sua Religiaa par esse
respeito, euas tendo feito outro mosteiro da mesma Or-
dem em Parngim para o q. o Vissorrey Dom Duarte de
Menemea lhes dera alguns aluierm, tehauaõ agora q..
se .5 poitioi3 aproueitar do que tinba5 em l'amgial
por as oficinas dele estarem no alto de hum monte, cu-
nha?, arseniado eornprar hum sitio, junto a Sai', Pedro
que lhe sirua de cria.5 de nouiços•e de estudo, aguar
chamar; Sanas Thornas, e pedira5 ap dito Vimorrey a•
plicasse a este mosteiro as ordinarias que era& comem
«lidas ao de Pe.giro;
- e porque coraleira. soberana se com.
nem esta mudança, vos encomendo vos enformeis das
ca'tesas dela, e do que vos parecer que se nisso deus
fazer, e noa nas °rd Ma ri. que pede, e me aaiseis de tudo.
XXII. È por que na> vias do asna de 95 matadey ao
dito Vissorrey se emformasse das ordinarias çnese dos
tria5 dar aos Religiovsos de Soneto Agostinho, eme em
creue que oe lha dai:, ao que le.9 as ontras Religuteai
s eu lhes mamolei acrescentar ao que tinhaõ pelas nus
IMMac/Mer ri

de Éliftele.yMelledOe pereceu Milidellee• aeisalte


me
nua njaii iii ds entres ordinaria. que ar gpic dp.
aercoeniar, perlo que Il.a tenda dadas e mesmo Vis—
sorrey.
XX.M. Tembem me reference IMMO e cidade de Da—
'mia lhe etennielen dizer me pedia lhe fileMoe mote% sem.
der .beincindrar doze uni mirradas do rendi ruem° das ad-
deaa de cria jiird içai; ode dna vionem da China pare nata
esta eielu utacibar de tudo a fliriiiiraçat Ifin ulela cida-
de, e Metias d'Allanquerque lie de parecer que eu ide
fora mores de ohm. ali esralia• para eata obra no
dito: reindiincnto, emeornendeues qui- tomeis moiro par.
Acidar einfiensanue, tia renda que Má aidiceudit Vera
ele, de iluc ao euissareis rema como pereeer paru 1MM-
dm neto e que nano? per mais meu teellig0.
XXIV. E wiry ine diz que Amare da fardo que meia—
data ao àleligne Fiar embaisuilur o estuda eia <ideal lhe
»maura coem aquele Iludiu do Meiiipic. criam, MIM/
Malebo e lerem/Mo, e etile Intuem'i enUlleeel tio melro,
1
,4Meeeme dl .
., do fee. aderia3 ipie unia it-ic troa lb.iya
que Guatea•111.3. neetle. preiteai:4nd, c porque rola mela ie
eusidee pelaria n Nitifpir procurar de se apoderar de•
geri. %riem 60111e, ie. de . unires.. O , imarelia que Adi
bacela, ous emacio:onde une !rui:cilheis de ...iniciar, colgo
creio o tereiu feito tdipeio elu voa. Metegliada, porque
será da Ia. ". ineualleMellIe paru cose eUtall.0 Uelleelais•
'elo o dite Moiro,
XXV. Item lembrado da noir ser de iludi: eilleareei•
dtltlrihgy,,r emeezeugei que innidnisreis enda anuo nes-
lieie/, a Boisedatidade ii, nallIre que vem 1:mwe
t011 (1(10 lr55&s MIlèael., dcsic eionsiceinicute que rue
acue ,r sempre iiresconic, e.recy ve.lee eenumuel ,, I,,
parneubleienne, e ilVey repeeiehe liste capludo ria

seda l,ad deu gane» de,daA rias e nas Mais MeMee. IS


lajes,, •. Menus. EiCTIM em leIelNea a oleou de (carreiro
fis .4d7,
ZEY.
Miguel de Moera,
t92 ARCIIIVO sorermuez•earanvab

Para o Conde Almirante VisoRey da IndiaP-2. via:

(No Sobrescripto )

Por EIRey.

A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeint,


mirante e VisoRey da Ilidia, do seu conselho—Segunda
Ira.

(Livro 4.. fl. 758 )

241.
Eu EIRey faço sabor a vós Conde da Vidigeire, do
Meu conselho, almirante da lindia e vissorrey daquelas
portes, que serndo eu indomado per cartas do Vissorrey
Manas d'Albminerque que aula muita necessidade de
se aeresentar acassa do Ospital de O. e as eraferrnu
rias dele par% se poderem nelas recolher os monos ttio•
entes eceife nets t ine ordinariamente ,e C1111.0 no dito
assy dos que adoecem 'nessas partes corno dm
que mó' nm afias do Rrytto, e policromo ser bem pro-
vidos assy no espiritual 1,111,0 rat temporal. nom por
beto no primeiro de março de 94 fizer Inerte ao dito
Ospital para a di.ta alma de huit viagem da China, e
assy o montley escreuer o mesmo ahno ao dito Vis,
'eorrey"quitas de AIbuquerone eido declaram& que o
remanecente do procedido da dita viagem depois dm ditas
'obras acabada", se desperodeSse na alota ria alfaratlegna de
Goa que lambem tinha necemblade de se acresenter;
sendo irra outromy imformado «rir adita viagem da( bisa,
se naíitinha irada feito, eque era necêssario declarai-me o
morno em qtte se aula de fazer, evemdo co a grande ne•
cemidede que ha de se correr eorn as ditas obras ese aca•
barata coro toda a brecidade prs.lflel r ey par bem è me
praz que adita viagern da China se faça de til .
dos os prouidos delas sem embargo de SIIBP prooisitès
edo pediria° que podem alegar que diSso mechem que
114 he ealasideraUel a respeita do beneficio sua geral
.
/AnnIcuLo .3. • soa

erannm como he o que reriolta a todos do dito Ospital,


eassy por esta vez oey assi ;ide boto, e do procedido
da dita viagem se irá continuando com aobra do dito
Ospital, e naõ se fera dele mitra notua despessa pot
mais obrig nona e pn•ei,a que seja porque esta he re•
on3 que porosa proc,tiv a Iodas, e se carregará cor recei•
ta carn cvi, rLelarreurfi sobre oliciul a que pertemeet
eno filtro dela se regisrará esia prouissa5, e o que co.
Ir•jur lep..i, la hp, obra de todo acebada se despern•
dera na c ,aberto da dita alfrin•legna copo dito he, nos
limos da riosl se registará lambem; pelo que vos ronca-
do que na brins que se nela çonnern a•cumoraes e
gn.dei+ iunclemeenle de que se puni verba pelo Seere•
torro rt,..s•••, e•rafa narina 00,11 de orrn a«,iina se faz
010000. rpm foi f•ila ao primeiro de marcar do dito ano
de 54; ee•r4 valerá cotim carta começaria em men no•
me epa•smla par minha chancelaria p000 gere por ela
n Optou sem ernb rrga du Ordeneça5 do 2.' Livro, tbolo
tS r qoe o contrario de ,poern. - hannel de Torres o fez
em Loa>, a^cinco de feuere iro de 597. E• eu o atenre.
teria Drogo Velho a fiz esereuer.
REV.
Miguel de Monta.
que a viagem da China de que Vossa Alagestade
(cá merca na anuo de 94 ¡vero as obras •do Osprtal da
°linde de 410a, e do rernanecente para a alfarmlegua
dela, se fana diante de tolos os prouidos delao.—Pera
Vossa Magestade ver.-2.' via.

(Livro I.' Il. 76)

242.
•Conde Almirante, Vissmrey amigo. Da EfRey vos
muin muito saudar, corno aquele qne amo. O Visvor-
rey rumine d'.41bnquenpre me esereoe que na3 tem des.
coberto pela partes de Afelirrole caminho alnom pura
‹, Preste Joái9 terndosse feito nisso todas ae diligencia*
GO! ÀKCirItO POWPOOt101,01,1.T&I.

,que sé ptursaa'driursjar, e que o do mar Remo are Nes


banias,o pelos moi ordinarius perigos que corre quer,

por cio ussegus, de que na estopim, Mim Religioso go°


os da Companhia aquele anuo Inalifi'lraZ3. e porque mano
por de nattito soro co de tinos e nom entliarse iodos os

tintins socorro ou. cristas que esta no l'reste Joe& e


'irem sempre emula terra mais Religiossos, aos ellOCo•
mondo nmito fon:oo2eidno.e1118 que assy o f3greu
Almas •lorn'oranua do que lenartes sobre Laia tfc
dopa do Dio per cuja via se tem nona dos ditos cris-
tas; mas pelas deficit Idades e perigos que lia nestes se.
corno, e desesperaba5 suam aqueles cristas podem vir,
me 4eITI dito que em quanto se uat't toroarenralguiss
tos dos que os TOTOOS Ora tem na mista tio Abeuini.oeir. et
poderá ter comercio nem correspondencia com as terras
do 1>leFte, e agora que OF dito, portos esta faltos da
gente pala maior parto <leia ser passada e guerra de Um.

gila. como ia-, 'emitem gemem, o dim Mutio, de Alba .


qumuae, será. faeil esta aí-oures:1 fammolose ar•
azeda mira dá. pois os aiinta portos mús.pulem oluf iiir
Correios pela falia «que as Terem ttis sim 001E. udoqiie
~met que sejamo e eoutsitlerei, te Pelá possioels!

eninsonienks Cozesse agora esta urinada, e se remliors


dela froiln de e0.11,1 ,11.roonõ, e do que soe petecer Ore
'tloolaa'or,io; •
a
. . bg r,Oxta'rete , CoO,,01112, .O,10 1,4
pa.-rnmnmiascn no doa., 100, ri.. CIO efeito, e• q. O
COludk. 0±O'l pOrO IO,O4 e YO'fil &com nécegRi,19Oe SiOieb-
IFIlkerbO4O que mqemla sit esM, ,pratlereis laxes o flOo

elmo]. que •mais concelho .14sUTitO aIS lableate


nateiro, de-007.
REX.
Miguel de Moam.

«, ~de Álindradáte Vdsertley

fito Sobsraeripts )-

.—Pot

»gas. rtanoinco. da Gama. Coado da' Vialigelm.


iABOLGOLO 295
DVen Num
.••••-.• •
.• •
•• ••
. 129
...... • • •
.•
10 Novembro

••. • •
.• •..
13 Novembro
15 Novembro ... .... . 201
......
201

ilf0d.,,áo do Relu.

2. Janeiro 1596 204


20 Fevereiro 205
28 Fevereiro — 200
1. Março — .... .... ,, ..... .... .,.... 257
7 Nlarço 208
8 Morço --- •• •••••••••••••• 209
9 M orço — .... ...... •• .. .. • ..... 210.
— . -- 211
16 Março -- . '
... ... 212
38 Março ..... .. .... 213
21 Março = ••.......... •... •.••••• 214
22 Março —... ......... .......... 212
25 Março -- 212
..._ 217
31 Março 218
1...! Abril 219
220
—2;Abril — 221
— 222'
7 Abril 223'

AI do Virettei

13 Janeiro 1591 •• 2111.


17 Janei ro 222
211 Janei ro 2211
30 Janeir o — • 227
11k Janeiro 228
10 Fevereiro 221
13 Fevereiro — .930
PORTIMItE.OfIERTAT.

Itan fazer da .(Md!! de IlIelitnale que vagou per faleci-


monto de eco irninG para caoamenta ale buá alta filha, e
que pad.se renuciar em outras duas filhas que inala tem
doas viagens ale Chamam:tale; pera allalaca de que lhe
tinha feita more cxsoarn lo tod to cana pesones antas
(a O na Minha carta para o dito Primeepe por cujo
rePpeito faço estas merc. ao Jecob e a Balteosar de
Socas lhas alertara para ele lhas poder diste: de que me
pa ,deeo vou desta avioart e porque ele trata mame me—
terias ern segredo com os ditos Dona Antonio ale Na.
rata. e Jorge de Caotro, e ',meara que nait" <toes nela
correr per mitra via, será bem que por esta mesma e.
mi oba carta e se lhe guarde todo o segredo, e isty
o ordenareis.
II O Arcebispo de Oca me dá conta em ano, asarias
de alnatás canto. ale itoportancia bacante, aesse estado,
e lite Inamalo escreuer que nula dê evos faça au lembran•
eao dag maio ame se lhe oferecerem. E porque ido teu
sela e mudem:ia' tenho muita satisfaçeít, vos ernmatnerndo
O Mesmo 0110 ale q. Ie..oa entendido, que ano avarey
por ...ida; rine dide e &Ias fia iara acanta qna he re-
za?, e corra. ambos na cornnaieacaõ e arnissale que
teolko coom lida que tende, para melhor pmlerdeo andaaas

controlo com vieisas obrigaçoèo, cada halo som atua.


III. lá porque me escr.. moa achou muitas qnekee
e dauidas no In0d0 ala cristandade .par respeito das dr.
ordeno que nios avia, ale (Me se segiatif amoldes curam-.
dolos e'elterec.oe",, e par para as atalharem Ordenara lona
me,saIii gnose jnotas,ent muito, thrologos para rose
remolner calca, eSorala. emcorneablotios que o favo..
Te.ra e ajodol, as, y nesta 'obteria corara nas Mais de
sua obrigae.a; peta ee eon,egie o efeito delas.

tal Varfi,ad imagmar


Amimo nora Frenci•ca de Ravsa alba da dila ni. ar.r da
Sews e.”, mem, e lhe Pai p, Mia celiidaá lace quatro tia. ,
bj Joutobra Imbua paroa Rayas—oolodusio de Morara.
gemeu,. 697

IV, A Cidade de ('coa me emulou Imas apontamentos


de que nestas vias voe emulo a copia, eus que se queixa -A
dos menistros de rainha fazenda lhe- perturbarem as li-
berdades e franquia que tern aquela cidade ede que ha
muita tempo- que useati, oq.ue sambem rue crescerem por
boa carta •tra. remetemdosse ase ditoo apontamentos e
por respeito de al-guilo obsigaó.oês que o VissoRey
tias de Albuquerque pes na.at.mdeguis que se acentua
na fortaleza de Cbaul tambem,•recebem ~anel- agrauo
no particular desta franquia; ea, isto lhe murado res-
purnder que aetulai7 a veie, e. vos apresentem as entresco
d• seu agrauo para sobre isto outárdes os merdstros de
'Malta fazenda, easey o fareis emformamdouos muito
particularmente do que dizem sobre a- dita ft-enquiste a
ai-fendeste. de °boiai, edo que achardes me- anissareis
com vossa- pareces. E- assy usa eecreue que lhe imó- saã
goardadas suas- liberdades e preutiegios ao Reluçad so-
bre o. que- 08 sumireis, e lhes faseie fazer ene tudo com-
primento de justiça entendemde a cidade de nós couto
nisto e em- tudo veda emeomerndo,
V. A mesma cidade me fez- lembrança da forni,ficaçao-
de tina que pela importancie dela tenho mandado que-
q.. se Wi.00ntintiaalo, posto que vaus alguns pareceres-
de se cercar primeiro acidade que ailha, que nag apros
ne•; erncomendoucui que faóaes ia por diante esta for-
tificaótói, eada formleza de Bardes, egee obrigueis ao-
capitag dela que asista sempre nela imã fahamdo numes
capitati. e pessoas que estaii.ordenadas a ela e a que
se paga6 ordenados e mautintentes- da miuha fazenda ;.
eporque lambem seu imformado que será ele muito
efeito. para aguardada barra da dita cidade e primei-
Pahnente pesa os nanios ele reme. que leve ela intetaass
tem entras (aterras outra fortaleza na ponta ele Gasper
Dia s que está fronteira lia ele Bardes, ceia emeornemdcr,
que outrimdo sobre isto o engenheiro qtm ficou em logre
duque para qua se embarcou nas mios -cio anuo. passa.
.3 eas mais . pessoas que nestas ~ria. .poseaó, ter
699 nall11,0 PORTI,BIIEZ-ORTENTAL

voto, deis ottlem como se faça, para a qual sou infUr.


moda que se avia de dar em cada hum anue quinhentos
cruzados do remdirnento de Tanadaria de Pangim que
ora seroe AnteMo de -MoraiS, e que com essa condiçaõ
fez dela merce o Senhor 11- ey Dom Sebastiaõ meu sobrit
alio, que Déos tem, aJusto' da Cosia l'eleja, primeiro, ma.
rido de Maria Dias sua molhes, sobre que por militas vezes
tenho escrito nas vias de todos os anos sem atégora ter
patticular acirro einformaçaõ do que nisto se faz.
VI. A dita cidade me escreue que temilõ o Licencia.
do Antonio Fernandez õlaciel, Juiz dos meus feitos,
hum feito que se processou sobre as comdiçoõs ede.
claraçotis com que aviai> _de correr os arrendamentos
daquela cidade comforme a hum Regimento que toso
Vissorrey Dom ~ali por mandado do Senhor Rey Dom
Sdbastiaõ meu sobrinho, que Deus tem, naõ consentira
o Vissorrey Metias d'Albuquerque que se desse senten.
ça nele, emandara que viesse aeste Reyna o dito feito,
e porque nati veio, 003 emcomemdo vos informeis desta
materia eda caussa porque se naõ sentenceou, eme anis.
seis corn vosso parecer, esemdo necessario vir o dito
feito a este Reyno comforme ao parecer de õlatias
Albuquerque, dareis ordem como assy se faça mostram—
da á cidade que naõ pode receber agrauo no siriri.e
se enternder que se faz justiça.
VII. l'or minhas Instruçoés vos mamdey declarara
que ania por bem que se fizesse com os da naçaõ que
ressidem nessas partes, e depois fui informado que
.Comde Dom Francisco õlascarenhas sendo ViSSOtfey
delas com parecer dos desembargadores da Relaçaõ de
Coa fizera ley em que lhe-limitara os lugares para d.e
somente podial3 nauegar, ieló que vos emeomendo que
vos emformeis disto eda caussa porque ie nal/ . go." ,
e se coimem a meu eeruiço e ao bem desse estado go—
ardesse, de que me avissareis, e emtretanto [areis oque
sobre esta meteria vos tenho mandado.
VIII. E assy vos emformareis se estiecom o Melique
hum Joa6 d'Aguiar, e huna Caldeira nas partes de Sia•
PAECICVLO 3.* 699

-salapalaa, que sou informado que nada lrum deles 'pro•


cura eng.:Ger a esse estado por todas as vias que pode,.
se poderá ser av er emáro á m:aá" para que se atalhem seus
IllítE9 lutemos, o que deueis procurar pelo modo que
nestas coussas se deite ter para virem aefeito.
IX. E voa emcomendo que vejaes trans apantamentoa
que acidade de Goa dia lhe deu o Vis.rrey [Batias d'
Albuquerque sobre o comtrato do hum por cento, e vos
imformeis se conmem assasse deles, de que me aula-
sereia.
X. E tambem,tne pedem lhe faça meras que ás pes•
aças que (ovem ocupadas na nacssa da Camara se lhe
pagem seus coarteis e moradias segurndo as vencerem
em Meus !litros, e verndo oque sobre isto me dizem me
pareceo deverlhe fazer esta merce com declaraçaõ que
vencera3 seus soldos e moradias o tempo que nisto es
borrem ocupados avey _corno se andassem nas armadas
innernassem nas fortalezas per vosso mandado. Eassy
me pedem mamilo passar pronissa3 para que nhul pes•
lana da riaça3 veja (ci.e de nhum dos capitags das forra.
lesas; eniformaruoseys dos emconvenientes que ha nea-
te particular, dê que me auissareis, e entre tanto proue-
reis nisso como vos bem parecer.
Xi. A cidade de Cochim me escretmo que recebia
muitos age cace de Elltey de, CoChim. a aSSy as ertatnale
que residem em suas terras como os que nouamenta se
counerte.n esa3 dele maltratados, eeu esereno á ci ,latie
Ene vos dá disso conta; emformaruoseis.da calidadis
deles, ese tem ela reia3 no que escrene, e procnraceis de
lhe dar nisto oretocai° que mais conuern fazendo lem-
brança a EIRev de Cochim da °alidade desta inateria e.
de quantas veies lha tenho erncomendada per minhas
cartas corno agora o faço.
XII. O Bispo de Cochirn me pede em huã carta que
tne escreueo pelas tilos do ano passado lhe onetta Corn-
ceder vem mil reis em cada hum anno para seis canto—
,es que seroem na Soe daquela cidade os qrraea sue diz
que pagua de seu ordenado, eque sfectuamdose aCOna•
100 ARCRIVO .PORTUOU.L.ORIENTAL

•quieta-de Cellaiállte faça merce da cotada que °inter por


item na remda dos pagodes, eu lhe matado escreuer que
destas ,eoussas vos dê conta para com vossa emformaçaê
e parecer, que vos emcomendo me emuleis, lhe mandar
responder como, ouner por meu seruiço.
X111. Tombem me dá alguês rezoês para se ordena-
rem morteiros de freiras nesse estado, e posto que por
outras reacês eincomvenientes que se me ofereceraõ vos
disse nas Insituçoès que levastes que o nitri auia por
seruiço de Deus e meu, como já por muitas vezes o
inamdey arei esureuer nas vias dos asnos passados, me
parece° por isto que o Bispo diz, epolo que lambem me
escreue a cidade de Doa que trateis esta materia com
,o Arcebispo de Cloa emais Prelados das Religioens mui-
to particularmente e assy com o dito Bispo, e o propo•
phaes em conselho, edogue nisto parecer me auissa•
reis com as rezoês que se detem para oavec de conceder
ou escumar.
XIV. E porque lambem me escreve o dito Bispe, que
he de muito inconveniente virem esmaltas nas náos para
este Reyno por rirem os homens embaraçados com elas,
de que se pode crer que será ocassiall de se perderem tan-
Ias acata viagem, vos emhomendo procureis dar a isto
o retardio que colmem tratamdoo outrossy em coa•
sento sendo o ',chispo pressente, esou informado que
os Senhores Reys meus antecessores, que santa- gloria
',jaú', o mandarei; defemder por prouissok suas que furou
a essas partes, as quais fareis buscar e. me enmiareis a
copia, delas.
XV. cidade de Chaul me dia em suas cartas que
por buil que tinha delRey Dom Jes8 meu Senhor, que
Doas tem, pr.]eo muitos annos o cargo de alcaide domar
daqINela fortaleza 1109 moradores cassados dela de tios em
ires anuns, eque agora prouem o, meus Vissorreys
Dor se ter perdida adita carta; eassy me pede que lhe
monde comfirmar os aluarás de eaualeiros que Cusrito
de Lafetá deu aos cassados e moradoms daquela eida•
de que ee acharaél na tomada de Morro, ,e que lambem
PlIWICULO 3.• 701

Ore mande confirmar humo carta qfie Dom Diego .de


Metesses serndo Gouernador desse estado lhe passara
para que os moradores esena filhos pudessem gozar 41a
rodos ré, preuilegios, liberdades, e franquezas de que go.
zat'os cassados' e moradores de Goa, e eu lhe murado
esereuer que aendaff a vós evos dem conta destas....
ssa que requerem para cora vossa emforrnacall lhe man-
dar respomder como aimer por meu seruiço, e vos ern—
comendo nas emforrneis delas e rue avisseis, e assy das
pessoas que requerem comfirmaçaõ dos aluarás de cana:
leira que lhes passou Cosrrio de Lafetá na tomada do
Morro, que dizem que cada hum por sy nal,' pode vir
requerer a este Reyno, pera que em vossas cartas me
sivisseis dos que sai/,- écom vosso parecer lhos martidar
comhrmar. E porque em- turra carta minha das que vaõ
cestas vias vos estreito o-que ey por bem que loques no.
bre aalfamdegua que mandey escutar na mesma cidade
e desordens que sobre isso cometeraô . moradores,
dela, sabereis particularmente se os culpados nisto sai::
alguns dos que pedem esta comfirmaçaili, e vos emco-
mando proeedaes na materia da dita alfamdegua como
cela mando pela carta aque nesta me remeto gim -vos
por repetida OS, tf a Ve2; e-nestas vias irá a copia 'da
caria que escreuo á dita cidade.
,KVI. Nas lnstruçoiás que lesastes e por antes -carta
minha destas aias eniemdereis o que m/ por bem mie
façaes sobre as emformaérês que tiue de Dom Joaô Eis
beiro, Bispo de Mala., e que procurasheis de se sobra-
reis dele doas mil cruzados que dizem .que tem em sua
mal; da Bula da -Cruzada de que.foi Cornissario, e por
que pela armada da sano arras tme Imã -carta sua na
qual me pede licença parit se vir para este Reyno, e que
possa fazer este caminho per aia das Felipinas, e eu
lhe inanid o escreuer que depois de matmlar renuciaç ail
dá seu bispado paro lhe 'poder ir sucessor lhe rriarnda-
r
eei respoinder aesie nouo caminho que intenta, vós em.
°meado que depois de tomada cmfórmaçaõ de seu pra.
ce dimento, como matada que o façacs, me avisseis como.
DOS Ancelvd t'OILTITOVEZ•101118111,L

IliC*11&00
, priMeins partienlarrnemte com o Arcebispo da
Gore se lhe deu° dar licença para se vir para este Rey•
no e emuiarlhe sucessor, e para poder vit por via das
Feliptnas como pretende, para com ela lhe mandar
seepomder em huã consta e outra gomo ouiter por MaiS
aeruiço de Deos emeu.
XVII. Frei Jeronimo, Commissario geral da Ordem de
iiiaã Francisco, rne escreneo corto o Vissolley Metias ti'
Albuquerque o obrigara • ir ressedir da Ilha de Ceilati
por os Religiossos de sua Ordem terem a seu cargo a
promulgaçaõ do Evangelho nela, e que leuantara na mes•
lua Ilha doge Igrejas e Siminarios para que me pede
ordinarias esustentacaã como as que se daõ aoutras des.
se estado, e porque estas como plantas tomas titulem
coe fauoreeidas tanto como todas, vos emeomendo que
pelo melhor modo que puder Secas fauoreçaes e ajudeis,
pois lie obra tanto de minha obrigaçafi, até se lhe orde•
fiar algtiã coussa certa na renda da mesma Ilha, que
espero que muito cedo esiè de todo comquistada e quis
ta, e para leso o melhor oneyo he terese conta com Ltd
o que toca ao culto deuino. Escrita em Lisboa a 12 de
(carreiro de 597.
XVIII. Ainda que diga acima que eu mando escreuer
ao Bispo de Maluca que depois que mandar renunci 5.
çaiI de seu bispado pera lhe poder ir successor 'lhe res•
ponderey.ao que toca ase v_ir por via das Felipinas, me
pareceo depois que em nenhum modo conuinha dareme
lhe esta licença nem abrirse cate caminho que está ser.
rude pela defessa que eu delle tenho feito, e usei uro
mando esereuer que sal trate disso porque o natiliel
por meu Seruico.
REV.
Miguel de Moura.
Faca O Conde Almirante, Vissorrey da India- 2 .' vir
~olmo 3.* (DA

(No Sobreuripto).
Por EIRey.
A Dom. Francisco da Gania, Conde da Vidigeira,
Almirante e issorrey da, ludia, do seu conseiho..--.Se•
gunda via.
(Livro 4.* 11, 7W )

244.
Conde Almirante, M.or.), amigo. Eu ElRey vos
emoio muito s'andar, como aquele que amo. Franeisco
,Prinidor mós doa contou dese criado, me errnsiou
hum apontamento Aè muitas acareou que aêh01.1 per hum
tombo que fez pèr meu manalado em Goa que anulauaó-
èmegadaS, e gne de outras oé na& possua', os fóros da
obriguacalì deras, e que o que nisto minha fazernda ser.
dia importa» mais de buiu conto de ouro, ese queixa
que o mór valhacouto que ás pessoas lá tens peru naA
serem executados pelo que deuein he a Rèlaçaii dessas
panes aque acodem com petiçoãs quarndo sob-executa.
dos pelos menistros de Minha fazenda, em que por
seus despachos mamilo:A que seis& tornados a sua pos-
se, e que se minha fazenda doer direito contra eles os
venha obriguando. que era caminho para numqua se pôr
em arrecadaçaõ•coussa alguã que se deua aminha (surti-
da pelas dilacoès e Valias que se buscaualã pema se en-
treterem os negociou desta calidade. selo que vos man,
dogue logo Icaseis está meteria com o Arcebispo de Goa e
ouçaes sobre ela odito Francisco Paes, e vejaes os dis
tos seus apontamentos, dê que nestas vias irá a eopiè
e se comuem para milhos arrecadaçaii destas diuidas,
e fazenadaS sonegadas tratarsse a detrirninaçaZi e arre•
cadaçaA delas perante vós eo dito Arcebispo chamarndo
para isso o Juiz dos meus feitos, e o Procurador da
coroa,e, dito Francisco Para que correu com este tombo
ecoto todas as dependenciao dele, porque em tempo
gse os Vissorreys desua estado me man/fali pedir se lhe
dinheiro deste Reyno para as despessas das ar-
704 ARCAM pORTUOVEL•OISIEaTat.

medas e outras continuas ordinaries e extraordinarias,


fica gerado mór aculpa de se perder o que lento se deus
a minha fazenda por cima de nati deiaar de ser gramde
a culpa de na0 se arrecadar alia bem irada que sobejas.,
e parecemdo que será meti serviço procedersse no arre«.
daeafridestas diuidas breue e sumariamente o rareia eme
auicsareis para vos marndar eserener oque nisto °inter
por bem que temais faça, e vos emcornendo que das
lembranças que Francisco Paes vos fizer nas corteses de
roeu serniço tratèia e o fauoreçaes eanimeis para que cus•
tini. com -elas.
Il. Ha muitas anuo. que tenho mandado por minhas
cartas que na0 se maradena Veedorea da fazenda para
as partes do norte nem do sul, e primcipalmente par.
Orrnuz, pela muitó perjurar, que disso recebe minha fa—
zenda e despessa emfrutuossa que se faz nos ordenados
que Irualì .estaa pessoas, o que ,tombem já Jefemdeo o
senhor Rey Dom- Sebactiafi meu sobrinho, que Deos tem,
eporque sou imforrnado que nal/ se deixe3 de mamdar
ás ddas partes, e que vali' com ndme de superenrendentes
que em elejo> he o mesmo que Verdoreu. da, fazenda,
e jalde fica secado erre segumdo casso Menos desculpa•
uel pois se pode notar nele arteficio contra a- defessa,
vos mamilo que per nhum casso se faça mais nom po ,
bela via, nem por outra, e ordeneis como o Veedor da
fasemda de Goa vá vissitar as fortalezas do norte que
sa0 dé sua obrigaça0 e lazer neiag • os arrendo."'"
das alfaindeges e outras rendat nieudas, e tambeR po•
dará fazer lá os contratos dos gualeoáa e nauioa ligeiros
para as armadas, e na ausennia que por esta.caussa fim
xer de Goa erncarregareis do dito cargo pessoa de com..
fiança e parra que ele requere, e serro'. esta serrienua
por pouco tempo e di .nte de vos será de raeOa.
Usniente que ir outra pessoa a esra %aceita.
111. E porque em Oram. sou informadoque ba cimcç
atinou que rara hum supérentendente coatra
'ruo mandado, eo tempo teor OLcatrad0 -quaál recusado,
lia alam duo uullas iezr0e, pois ,00 eiFfelle o VisSOnrey
rascunho 3. 705

Metias rilitllacquerque que na0 tiuma aquele all110 -abam


rendimento daquela fortaleza, vos emeourendo que alem
dome vos mando pelo capitulo atrás sejaer com o Arne•
bis,. ecorà o- Chanceler da Retesai; se será trato que se
restitua0 a, minha fazenda os ordenados <teares super.
entendenres dela mal letrados pois se enaniara5 contra
minha defessa, e quem he obriguadea essa restetuiça5
de que-me 111}i9(41.18-.
IV. 1-mforrnamossys como Dom Alarmo rVAbranches,
proceda° coro a Mo do Melique que me diZ,ID que lhe
foi entregue com toda. o recheio, ese mbrou o Vissor—
my 5latias d'Albuquerque os quintos dela e meia joie,
eporque sou emformado que se fia esta náo por imjia-
tmnente tornada, ese pede o pagamento dela a minha
fazemda, vos emonmerntio que mui parricularmente vos
imformeia deste particular, e me mimeis de tudo o que
.". ,des, parque em °asso que por bera das pazes aja
obrigmenti de se restituir esta náo com seu recheio
ne dem fazer pela fazernda de quere a lotou eoa <rirmos
dela sobre que se fatal; as diligencias neeesearias com•
forme ajustiço.
V. Fremimo. rie tirito, capital do Corra, me- esaremo
que som o dito cargo rinha anates -declamam e lho
faltaria o pagarnenro de sem ordenados para ,as- poder.
mera eeomprir milhos CU.rno. sabrignamits• em meia
sernien pelo que vos emeonlemdo orou bom pagamento,
VI.. Pedrnmem Pereira, rine foi moino-á/da forraleza da
de. Columbo, rue escreneo que ele emprestara vinte e.
qh.ro mil serafins para prouirnenm das despema
mela fortaleza. e porque ..» inaformado . qussme tORI,
belo morrido na minquista-de Cellai'l o tempo que
tem mla, poso qee Matias de ASISnquerqtre tinha
dele orara hnforreamit, voe carcomendo que a tomeis,
r na5sos enlatando mossa que rtpconae•terMe com
ele muaa procerlaes- coro eia lu/Informe , ao- que a.
Mantes, e verificanplesse a dita druida e aprerrentan-
donos papeis antenas., dela lha femes pagar.
VII. Dom Drogo Lobo, capital que íi,. de 5talaca,
706 gnCrstyO rOtt,Osrlt.Oattani

me escrenseo qree militas vezes siconteela aos gsirOP fa


carreira de Maluca nai tornarem no tempo dê rue
viagem por lhe falecerem os pilotos.que ieust3 ou serem
sai modernos que cai sabem •a dim carreira, de altre
suba perderemsse moitas vezes os dirdsogrialeods eleso
seria de muna utilidade mira aquelas viagens irem ee
leu sota pilotos para quaindo Seellteeeeee marremos
pilotos, e que Sambem seruiria isto de se acharem. mais
pilotos pina elas, pelo tine vos temsornendu•que nitt4 fa•
çaes oque adiardes_ que mais comuetut '
VIU. Os desembarguadoree da Rol.. dg Gobastne
geizarall por bui carta ma que o Viemrs. Matiae SAI
buquerque lbe tinha feitas muitas afrontassemilo acatl,•
na prinicipal disso por lhe deuideresc algaiu pros..ir
que passou em perjuim de minha Dizenda. temdu eu
mondado por boi provissadi minha que •nak: assistissem
na Releu.; os Visem.. eGouernadores no tempo eis
que se trata,ne das cosidas das ditas prouiesoigri pena
de pagarem por suas lb...rolas o dano que -minha fs.
zeinda por isso recebeste -ou as partis, e per esta mete-
ria ser de muita consideraegi, porque Muda comoorre
nela mais que inijusciça.« perda de fazernda (que sai
sai pequenas coime. )para littni Vissorrey se wver por
anui culpado quando se lhe proas.° tal. desseluerible
procedimento que imola nai. acabo de crer, vos ensco•
memdo e-matado que tal seio o nosso que nem com em ,
forrnaçai liai verdadeira se possa dizer iete, de
que alas ditos desembargadoreo respeités e feitore..
Como a pessoas por quem corre aadministrautti da.jos-
tiva desse estado, e lhes istamIgis pagar seus Ordenados
em parte omde sem trabalho edilae.) aj.? deles PP'
mento pelo irocomUeMente de que te correi isto ao etin ,
teatro, e por este respeito se desculparem de buscar o
remedio -som pouca autoridade emulto risco do justiça;
cdeo asei fazerdes me overey por bem seruiio de !"&,.
IX. O Licendiado Lopo Alures de Moura. Onuidor
geral nessas partes, me esereueo corno Dom DimM L"
capitai que foi de Mala., * Dom Maued Ye'pora, ca.
74tOC301/1.0 701

$fite3 que foi de Brigai., e Rui Diaa.da Coam«, que foi


capitsd 515 Mele., e Nuno Fernanclet de reide, capi-
loã que foi de Marcar, nefi tialearit dado- suas residencias,
o se tinha assado nelas de alguãs eautelas contra o bem
da jwsliga e.vectecle dela.; ouccoromodocos que vos Mi-
t ..ris dele desta e de anime coussaa que -poderá a—
.
poucas para lho-dardes o romeno que comum..
X. Tombem eis-rir que o aiey das Ilhas e seu irmaã
Brim Pedro poVarr que araderafic [poiso tempo impunham •
do ruo Boamente &lacrado Trens Reys e pessoas de sua
solidado se Mi." bicha...cã richaiiseusiettos ero terra... para
se senreneeurem, e por ser informado quer nato" procedem
bem, ema para assome -tomarei:c- paraCochl nrud e- sa•li
Inuchoes •uros cheomentlo es façaes entreter era Goro ora-
risesurraãonaie quiecoss paliareis 1.8413.faoi lme ni e ordenar
que.proveriMbern sua aidae costumes corno he
porque cambam na 'sarara gorada Dera Pedro
Us fissura, oapitaCC -de Çofitla e Nicota~se, se quersa3
conciliadores dhutrelas fortalezas, o nucso nadas mortes
comadas por Dom Francisco seis fslhe, que hee ouso a
que. saderre -dar o °amigo que marrem, vos mucorrando
rine naus !aches ac/mudeis derramar dele, uca na° ser
unireaciado pay e bilro lha nafir datais ficenca para - se
Ouoln para erve•linvao.
XII. Po ri hMi carta do Bispo. de 'arpar> c guie por-
trague oVisasses- Madi las•rPAil buguargne trabalhasse por
ominar o.comerMor doo Costelhanoemae pomes da China
P. , »hdo. possuis.> ofirunkosoês, se »Na goaciaraii pelos o-
ficiam de justiga.seeem nisto remissas, pelo que réos se-
sePermio que iscarus inteiramente- goacias as que sobre
esto meteria tenho passadios para gee tio nold se sebe
see.comercio •que sambem rondo. umadado defender une
Pah-birras conc,pos [um- reg-or.-Cs,- cartas nsinhas o tereis
Ilido,e •farei...cedia a main. desordens que ira na-

Pirem, nos moradora, da Machie capim& dasc


rirge 2s ris que [nandu eserenog ao Bispo. vos ad imfor—
P.span ela prepenies sei todas nata• corasses
tatittade deles opede.
7090000tvo i
,earrootmr•crensnr..

XIII. E tombem vos etncomendo ordeneis gire se ne3


consinta entrarem por via das mesmas Felipinas nhür
Religiossoe Castelhaaos, nem Poriugesses, neto de outra
qualger naça3, para se ocuparem na conuersaa da China
Japaa, porque naii cansem que se perturbe a que vaa
fazenido os Religiomou da Companhia, e neste tempo
em que o tirano Ceitiiettedono tesa ar coasses da crista.«
diele',premidas, e quarndo pelo tempo ern diante for
neceemrio entrarem naquelas partes tie Jape3 alguns lie•
ligiossoe para se ajudarem .hae are outros, se dará ordem
como ra3 aisto os Religicsuou Fraociscatios da Custo.
dia de Malaca.
XIV, Mateus Mendes de Ymounoelos, eapita3 da for.
taleza de. Moutbaça e costa de Melitude, «te emaiou a
traça da mesma fortaleza ooni bui carta sua, e por ela
ey como estaria acabada da obra de pedreiros eem ira
bom miado como tereis eabido, e ene Linha a alfamdegua
que se pôs naquela fortaleza remdido eine,-mi parda.
até aquele -tempo; eassy are escreue geie EIRey de Me•
linde ajudou com todos mos ramudo. na dita obra eom
moita COIlliteU8Ç4 e cuidado, eque ase', nisto CORIOCIII
todas as mais couseas de meu seruiço procedia 00/11
la satisfaça3, que the mamilo agradecer pelo mesmo ala.
tens Mendez, ea ele que voe dê muito larguei eraar.
maçaa de todar estas coueeas, ede corno os Rege
sinhos eos daquela couta ema& todos quietos como me
50
lambem escreue pera de todo a lerdes e .proaerdes
que vos parecer gire he necemarie; e a Elltey de Mello—
de mandareie agradecer em meu *orne seu bom proce•
diruento nau coem« de me« eerniço, e COMO soe eme0
mendo que m tenha sempre som ele a CO-Dla que mem.
ee, e atemia taZiaem,,om Mateus Mendez por me ter bera
eeruillo assy eeela fortaleza corno nas cotim., daquzi:
costa de que foi ernearregado. Escrita cru Lisboa aI 3 d

Feuereiro de 197.
REV.
Miguel de Moura,
onsetect e E,' 3219

nrImete eViesorrey da 'radia, do teu eoneelhes—Seo


gurrda via.
(Livro 2.' fl. 381)

243.
Conde Almirante, Vissorrey emigo. Eu EIRey y013
'lb ,
ado muito grudar, como aquele que nino. O Prim.
raspe da CO0114(11 tIle saciou COM Corta sua buris' apon•
lamentou de algufis acossas que se oferece fazer depois
en suceder naquelle Rosno, que todas sa3 de muitu
egeoçtto4e Duo. e »leo. de que vos terá dado conte Dum
Arstauutot de Noronha, tapitati de Coebinu, Ctro quem
vos rounidev que tratasseis a fortifieaça3 da mesma »i-
dade, enja' pratica sorria amtre odito Printeepe eele e
Jorge de Castro, Reator do Colegio daquela cidade, e
adito Duos Antonio me escrene que EIRey de Coohine
Crani stguie sospcitat de gele titiae este Prinacepe mostra
era meu selado° oeospendeo do eoue'rno daquele Rtyno
eln que o Ruim posto, de que me pesou por tudo, e
1.j.dpolarieote porque earia de gramde lmemnneniente
esfriarem apraticada fortificaen3 que be .de tamanha
importar/eia oremo tendes entendido para me eu avos
por muito aeguielo de se ir continuando até se acabar
nse) tarei bom sucesso como espero, mormente interulm-
do vós em venosa ta3 necessaria e de tanto meu cor,
tentamento para folgardes e proeunordes que em to.°
Impo 'aja ejecte, ou qual daneis todo o (suor e ajuda
aft dit. Dom Antonio e_ jorgo de Castro com quem a
com - imitareis, e eu marndo reoptunder nestas vias ao
P' imeePe, e por seu respeito oune por bem de fazer
eme de nem !asininos de tença cada armo a hum Jaeob
IlPotui de Santhomé em quanto o seruisse e ac-ornita.
atre eom intento tombem -de o dito •Jecub o ir ala.
,'.a. eedo nas omissas de nossa santa fee, eassy nas que
' are m de ruma seruiço e beneficio desse estado me por-
qu e 0 dito Princepe me pede faça algidt meree a lial.
tet.ar de &tussa, capitai, de Cranganor, 011« por h.*
Atm.» akelereartira•OoteNTal.

nos ad paaticulartemformaçaõ que será do que for. ne-


ceRsario daqui em diante, porque o passado tereis bera
sabido e• posto -Istmo, -a remedio neceseario ouuirrelo
tombem Dom Antonio de Noronha que seria bom que
corresse ern boa comformularle coro Francisco de Frios,
radumilndones qbetineti3 acontece avec `triabern Mure eles
alifersnom, ibera par-parte cliElRey.deoel4im, b odini
polo do.Princepe, que seesy fosse serie. fumeetarsse mai§
o descontentamento dos deus irmatu r Rey. e Plareeper
pela que vos euleOrrierulo que procureis tudo. Ito no
melhor modo que puder sm. eque.tarribern. por bom. nodo
deis a entender a EIRey de l'iochim por qual. descer.
nidaure-catteMit- delaPtertes Inch ..,.....scosrmecallos que
ar convertem 'amasso, santa fér nonos _aro, itsfosmadó
que o toa, salteando ele- mat. a',erruavermeAø aarneeto.dela
he a com.. 'da reais ob.:togaras4 - rnirtbs, . .erace uns
lodos os ermos rike.moloonreadoc ...d.-g...J. 0~m -0
lupa, eque se leroberrque,une:e9afelleoreOUitaf oeL*8 -que
tem coidadopla fttoorecerec• ajudar »s. mesnmaeristeris,
e ma meio SonoS liasanlisil,, qsçr sétsinimmt.e~. R•Yil° °
sono passado, naiii.tine.sarts.prareollere liau.alago ted. geie lhe
ora eaeretra,. de- que erra ooly a404u1a letritowNiaº,.-c do que
sobre eataa consoas .6aerdea.m.ariffiaarelae
111.'Tenthent me -.Ra que serdde mau sertticomendar
que •na tempo -em, que.. nItle ueirolaata este Reyna e
esffirereru n'berkuarear berra de -
Cite-Ff/rir aiS erorre ululá
dos ermailaaidesee estar% no dito, porto pelei
nientes que apontoa qse já. lereis sabido por quart -no•
todos sad, 'de • q
-ue, :Lambem lhe insontley vos desse
conta para erd eneTO proalbeleS CIMO iludes que corte
Uem a Meu aeruiço.

IV. Por, outra carro minha- vos trata .da ystoris date
do
sal pgrtea-.4e• ,que está enicarre,guedo bata imago
Couto,.,t1A Goa, de. Cuia talento para isto ao. ÉlUOI.d°
qup torneia ruma ernforemcad e me avissels„a teu',
111.
&gora html .certa a apantarnentus. Seus sobre o /11e
por meu amaino emularuolos para verdes
1
,160101FLO 3. •

rude epvenerdes no que corem* (a), e me avisserdes


do que for aecessario que eu de eu mande que se faça
eem casso que acheis o dito Diogo de Couto Capaz disto
de •que ests emcarregado lho dateis pesa isso todo o fa-
nor-e ajuda; eMe direis como vy asua carta elembranças
eoreflecti a vós para nisso prouerdes, e que para o.asy
fazerdes voe SI .conta do mais que for hecessario, e que
lambera mé podem fazeres lembrarnças que vir que coa.

V G Puiu - melai da Companhia deres, portes me em-


ulou diace que aos Religlossos que residem na casa que
tem em DarnaA sedeue cada dia ácosia de minha fazen•
da seis tangas farine, e que estiueraA nesta posse até o
asno de Odeia que o VissoRey Metias de Albuquerque
menidón que eStas tangas fossem da moeda da cidade
de Oca, eque com ema mudança ifieauali com Mei,s,
tonelada ala sua ordinaria, pediesdome lhe mem:lese
fazer e dite pagamento na moedaem que sempre se lhe
fez( retoque vos esicomemdo vos erntormeis particular-
meate desta meteria °unindo nela os ditos fteligiossos, e
constandouos que tem justiça no que pedem .ordeneis
como se lhe faça.
VI. Sou informado que a reluzia doa ossudos que vem
da fortaleza de Ormuz aGoa está em tamanha diminui•
rei,- que .sab- importa a4 parte do que os asnos passa.
dos rerndia pelas grandes sem veriies queu corrector
'nós dos camelos de Cismas fas aos mercadores mouros
que .os trazem da Persia assy nos interesses que
forcoesammile lhe leoa como em outras extroçoès que lhe
faz, tomandolhe os senhores caualos que quer para sy
e para outras pessoas, obriguamelo que os embarquem°
Para Coa em nossos pequenos de amigos, deixando ou-
sios Linhos em que podem vir repartidos, e mie por virem
muito apestados e nal) poderem trazer o roantinhento
a go.aumCeSsaria para alies morrem na viagem, de que

tines apostamentos ala chegaram até nós.


ARCH/VO.PORTMEZ•PRIENTÁL

salta na6 virem jal de Omino a eantislaile de catraios que


dantes vinha a Goa, e leuareomos os ditos mercador°,
par terra aos Raynoe e lugares ilsuudeos vinhal buscar
a ela. couto inale largamente vereis pelm apontamentos
que ;sobre leso me fona dados,• e pinique a principal.
cardal disto his dar NRRey i9Ortnoz este siRcio amoa-
tos seus criador, oproui ern Prancieco Vellma ima fale•
eco seruimilo de Capital da fortaleza de Plamete, e por
ren falecimento mim por bem de fazer merce dele a
hnA sua filha para em caesninenso; einnomendones mie
vejaes os ditos aponatarnenios, e vos °informeis gartieu•
humente disto, eminetamlonas que te aesy o que se
nele, apatia, deis o restiedio nenessarin a estas errara!,
e nad comsirtuac, que daqui, ser diante risca. mouro
nfitun este cargo sein3 Portuges, efaltai:ido os pronidos
por mira pronereie nele pessoas de partes e talento de
que se espere o comprimen. de meu serniço f. que faça
juslica a estes mercadores e bom tratamento. e de tudo
que nieto fizerdes me avissareis. Emílio- em Lisboa aí5
de fenemitir de 697.
aET.
Miguel de Monra.

Passo Conde AI-


turram, VieoRey da Indie.-.-2? VIA.

Sabrereripto )

Por Ellley

A Dom Flancimorle Gania, COIld-el tia VidTgeies,


miránte e Vissorrey da Irndia, do seu cormellio—Segum
da, via.
(Livro 2? 6. 367)

Copia de fritar arara...W.0r sopre os earralos


ql., Pear. de Oenum.
Como Sotias nenda eminora de varar irer eirr Ir rmn
e freiamento deles para a índia corre somente gelo 005-
subscrco. 3i .

nas+ mar dos mordrre libe grande prejnizo dos merca-


dores eda fazenda de S. Magehtida pron. EIRey
Ermos este carpia polar tiranias que lá fazem aos merca•
dores, de que riem noó quererem já trazer os caualos
qita por nossa via, e os trocam por outra,
De todos ar conoto, que eu, Urro. se <rondem ecom-
1.4' alem daquilo que a carretar mor dissozi letra de
ordenança aos mercadores. lhes leiter; multou- 051505 une.
rezar forçosamente, no que orvagrauie; muito.
De todas os que se uendem e comproii asse corretores
pequeaos b ou na partee eitoo sy de frita es consertai",
quando diro kaaa dar conta mecorrecter moi' e ercreoer
os ouualos ata floro como he cortante, <orna. a remouce
os pra.as e acresentando aos rine comprai-5.o dtrofnuindo
<bosque tte.dent, e tornastdo.pera sy tudo oqtto maca a-
nteserue a rir e deenentrr arte outrora qna Pie fica na
ao fazer dos pagnament.,.porque tambem correra-
Pio ele.
lIodosas canal. .que a<entrator• ntór compra pera sy
0m, peca quem ele quer, qoe bonitos os torna aoe . merca-
dores forrousaresente.pelos preço, que quer, e5, pagamento
lhe faz em roupas eoutras fazemilas etc multo ames dir
que ualenz, no•que. ',rodeai mu,.
re.0 keine os canalnrt nem d'Urninz. tremules pala
corretor mór nos riaoios a quem eie <na quer der 'men.
domesreli...lir par todos os <pbe estadIato poros, e pol..
melhores oolno me necessario por or canalos poderem
1or largos e bem tratados 1)r nua morrerem no mar, O
fretados a de, pardá., os dá Sorne,une a algune
ralares fretados a tilinta. onde por ninem <puiumie elo
nanios moi to apertados c. Illes falta rlambera por
isa agita 00 muniu. as uiagern <norteio muitos no mar
eantror vem pra morrer a ierra, e MU.o eve. sena
lee. Peie, Tece natalo, virem asy peeadesa mal neguaind.

Iretderein,0. IS na C.la e tirara nesta Os Una.. Mi—


lauace, Onalo tinirmos numa naniue aaaies o ne nexos
ea.melbures.
sento que por estes eoutros avimos etirania, que

ou
714 Ane111•0 PORTUIVZ2•011ZZINTAL

oe corretores no tempo dente Rey fazem, os mercadores


nad querem já trazer os canalos por no,. eia por
mude sempre uierad eos trazem agora d. Persiz por ter-
ra muitos meses de caminho muito arriscado etrabalhos.
Fo por onde nulnqua viera3 casulos, e asy os querem
antes per lá trazer, e nem atodos estes ;ohms do Balo ,
guete nonos vesinItos que nurnquatsueraõ casulos ara.
bios senad por esta sola d'Urtnuz e deste estado, denote
Fe os Vieo,Reys naZi queriad que lhes tossem lhes nad
hiad. eem sua mad emana achame deles.
Vialiad nadarmo &Urutus derredor de doas mil e qui.
nhentoe crnalus, eremdiad os direitos deles nesta cidade
pecamo, tle cernto vinne mil ...ed., (a) o melhor
dinheiro que este estado tinha, eo.' chegua aguo. o
rerntlimento destee a des mil serafins fb), nem os ca.
calos que mem elieguam atrezentos. Cada vez sem me.
nos e perde a fazemda de Sua Magestade neses quebra
que moemos pasarnte de cem mil pardáos por sono •afora
Q que lambem perneta as alfandegas, prineipalmente a
de firmeo e deste estado no retorno do dinheiro dos
canal°, que hera muito empreguado em roupa e outras
fazendas que pera, lá tornauad.
Pelo gramde prejuizo que hera á fazenda de Sua
filag,estade reentrem momos em Urmuz estes cargos
que toca& a ela OS primeo já quaei todos Sua Magestede,
e de pouco peso qua se prouro o de corretor mór das
fancaria' em SirniM3 "ume' da Costa, e a guarda do
Randel da outra, banda em Joad de Coadros sem embair.
go da data deles Ser do Rey d'Urmuz, emuito mais em-
imita á fazenda de Sua Magestade e credito dente esta.
do este sõ cargo dos crnalos prometo Sua Magrstade •
o nati cernirem momos, do que empenai) todoe os outro ,
juntos que lhe já som tirados,
(Livro 1... fl. 165 )

) Assim ais, maa parece que dere ser pudins.


(h) Pasmam serafins, porque tom eridente erro caia na «Ti.
Tateiem,. 21? 21à

2-16.
Conde Almirante, Vissolley amigo. Eu Eine), vos em•
tio muito istadar, como.aqtfele queiram. Era hun das ear•
tas que aos °sereno nestas vias de 12 do presente voá
manado que Irareis corn o Arcebispo de Coa ePrelados
das Religioës e ~berra como Bispo de Cochim se com-
um), ou nu laves mosteiro de freiras nessas partes eque
depoi s o propoabaes em comelho, edo que laareeer me
arrimeis com as reatrês quere derme, paras aver de curn•
Cedes ou se gue; e agora vos ernçorne•ndo que- nimbem tra•
feis com nadar, .8 ait . peMroas se,cera melhor ordena=
reanae eassas de recolhimento para rimmelas eta qmntfa
hal cassarmn (esmo tilaa • em Lisboa )e para mrilbérea
bassadas eia acerada cio setas rneridm ,dê que outrossír
ene auissareiv, sem era tonS em.va e outra. 9e dar nadá
éke~ratê• terdes minha reposta do q. 'Muer por
béria que faça.
Ti. Sobre irem °dana deste Reyno• para essas partes,
tomo serneme se, cosiam.u, on deixarem do ir par
lá error outras- de pessms de seruiço que Beata, &Mulata,
radas, ha diferentes pareceres, edo. que. Mose ouram pik
Sitraiço de Deva e. rnem quase faça aos anamdarey avisam
per entro cada, e por esta me pareces deolammo, logá
que nem, por itera de e6 orfairr se. deite Impedir aos Vis',
9
.0trey. e99areín 99 Ilael,19. ue980 99ladu 8e91,1k9pes8ollá
do ealidade etal, desetnparadm que sal teu/mit, 'ti nteiro
',Milênio, o ~Multo, ern. ensamento. os. despachos que
etarnfoltne 'a roscas Regimento, e Mané...1s lhes poderia
das; pWi9 rine vos einettmendo que assy. o façaee

otiov armila> nesta hivni'toçot.d u men. Rogirneutos e pro-


eissoès, carrear. imformaaluq,uê ás vetes se excedem, que
he a catasse de eu nal, rnararlar cornfirrhar as alitas roer.
coe ao todoccano se prometem, e Sambem vós coustará
iterem as ditas 9,1.9.8 nadares e desemparadaa, como dir..
be,o 'filhas de criados metes; e de outros homens. que
av tenhal bem seraido neste estado, e a, me9nias aclare.
1

trancas teteia nas °dans que de cá foram arreando eu


716 encale° reendlireesOltrEleran

por meu seruiço que cal e leuando cartas minhas por


que vos conste que ey por bem que entrem nestas mer-
ece aze asse podereie dar pelo modo acima dito.
III. A cidade de Goase me queixa deás vezes lhe cal
serem dadas minhas cartas, militas vesesoal receberem
mais que.liun aia dela, inamdandolhe eu sempre escre-
uer por tos vias; emeninendourie que façaes ter com
iriso a coara que he rezai; aduerlinedo dieso o Secreta-
rio desse estado, e.que o Mesmo se faça ceia todas as
nutras cidadese pessoas a.qUe eu esoreuer, e quando
voe parecer meu seruiço etntemderdes o que eu eecreuo
ern alguã carta de que esquesesse leitos a copia, a no-
deseje mandar pedir a cuja for ou abrirdes ihuà via e
emutardela assy aberta disendo aicausa cor que afizeste,,
mas sal se deixem de darosicartas _neta via 4101 dela,
a quem vali.
IV O iOurtider de itialaca Pedraluree de Abrantee
me esereueo por carta de 20 de feuereiro de 02 o que e
Licenciado.Dietto Caiado pais-ou iem Maluca sobre a ma-
leria dos direitos das saldas para acesta de Choram».
del i e eu la mandoiescreuesque para saber o que nisto
,conuem a rneu seruiço será neoessarie que mu esc',
uaes vne, a quem deue ter dada esta conta, cem saro
que a cal tenha falua vos isvisse de -tudo muito particu-
larmente; deseissaber de ambos estes letrados e por
trato eroformaeoèls o.q.le passa, e .proUerdesOorno ver pa-
recer que emulem, eanissardeeme de tudo.
V Sou iiinforniado ique os Vissoreis manrlaõ alga&
em sempre CP:rimar folia meus almaseine ais
para ostras obrigaço0s de minha fazenda vinhas azei.
ser aos eapitatts tudree iseapitaiIs que do qua sal, q ace

vos It
ho 0 q
rls euezn
a ea
ltõ
artnam
i'deisne
'n bons os ernitrSespelo-que
mpr"a uese
laça isto assy. Escrita em Lisbim' a 22 de feuerciro
de 92.
REV.
Migue: de Moura.
ssactenl.,3: 712

Para o Conde AlfIli1.10/e, Vissorrey da IRdia--2.• ria


(No Sobrescripto
Por EIRey.

A Dom FranciSco da Cama, Conde da Vidigeira;


Almirante eVissorrey da India, do seu conselho—Se.
gunda via.
(Livro 4: fl. 754)

247.
Conde VisoRey amigo. Eu EIRey uos envio multa
saudar, como aquelle . 9tte amo. Pera alguês coesas de
meu serniço saê necessaries alguns diamantes da quan-
tidade esorte que vereis por huã relaçaii que irá com es-
ta assinada por Peru Aluares Pereira, do meu conselho
rneu secretario; encomendou,on muito que ordeneis que
se comprem á custa de minha fazenda do rendimento
desse estado, eque venhatT nestas nãos a bom recado,
porque disso nie hauerey por muy sentido. Escrita riu
Madrid a24 de fenereiro 1597.
REY.
viaP.era oConde da Vidigueira, VisoRey da India-1.,

(Na Sobroscripto)
Por EIRey.
A Dom Francisco da Oatna, Conde da Vidigeire Al.
mirante da 'adia, seu VisoRey della, do seu conselho.

(Livro 2: fl. 395 )

Relof ai5.
Os diamantes que he necessario que se tragali da Iadid
pera obras do seruiço de Sua Magestade saô os seguia.
tes.
**(1$ alma° IMIrrqSMIVOItlartaL

DilbentoirdieWientes que lauradow gtintti de vebb de


quilate até Ires gibas.
Mace setenta diamantes eme !atirados fiquem de peso
de quilate e meo.
Maca doze diamantes que latitude. 6qtrem de peso
ide doou quilates e saco, e de tres quilates.
E bade eer ema pedraria grosett peru diamantes de
fundo, e pode vir toda por laurar, porque quase laurara,
e em caro que na& se achasse de por ey toda de fundo,
ando de mistura com deada ou de outra sorte, pmlerns•
se tomar partidas deita •da, eme se posea8 tirar este grita.
ári, ainda que haja nellas delgado e de Oblea sorte, por.
c!ne o outro se poderá tender gaia, porem bole ser lado
linapo e de boa cor, sem pontos nem raias. Flan Madrid
a 17 de março de •1587.—Pcdraluares Pereiro.

(Livro 2.. fl. 386 ),

248.
ronde Almirante. VissoRey amigo. Eu EiRey yes
elnolo muito saudar, como aquele 4.0 amo. O Arcebis-
po Dom Frei ?deixo de MenereS me eaeretle0 que por
Os Mama mil parda., cpue todos os eunoe se' costuma&
5fio dg wri.Aa fazmida para os veeibbas orne ee dna flor
gentios que recebem nossa santa fee gliamdo se beatice&
se darem quamdro se Marra boutimitoe gerara acarou-cie
por estu tliinti tornarem eirás muitos doe que arrallef,
desportos para o recebererti, e uemdo centeal. , ineónvenis
ente Ire sa se boauti.rem tanto que esta& despoitos pam
leso. vos ourcomendo e mande opte sleie Vide«, 001110 es •
teu done mil parçáoe Sr eorregem ao Arcebispo, e por
rua ordem se det.peintia6 nos vestidos dos que se baniu—
sarem item esperarem pelo, banlisoloa gerava, e gim isto
!I` goarde emmentes ele residir naquela prelazia corno
Iliu rimado gemeu°, de quem tembein o sabereis
ti. Tambor° me dia que por via d'Alexantdria se porMna
mandar eoe cristalts que ema& no Preste algum rocorM
por nessas parles ealatem 51 caminios serrados para er
bleemarzo 3.' 719

te sdeiba, a par ter entendido que per ardere de Santo


Padre se poderá isto milhos e-mais fitei/mente fazer,
lo esereuerey, e voa marndarey avissar do que nesta
meteria se fizer, o que lambem escreuti ao Arcebispo.
III. Em cariar minium. que vos epresentarag alga.s
pessoas em seu fases segireis a ordem de que ja derreia
estar aduertido, que narg Ice minha mamai,. por elas ez•
ceda odito (suar ao mesecimento de cada hum, mas que
nisso malta. Contt amy com oameigo como com tu merece
recebidas, elambera vos aduertireis que os oficios que com.
forme ominhas provisso6, podereis dar ás orfans que deste
ii"taa (Orem pa±r umu.mandado demissa das orfans de Lis.
boa pesa cemaumn nessas partes, se net, pratique com
muras orfans que de qua reit iluda que leuern carta,
minhas, saluo se nelas se especificar que seiag regula-
das pelas que ...serem sido recolhidas ua dita cassa
das °dans.

IV. Nestas vias vay bug puni- tema que por algugs em.
formaçogs que sitie me pareceo amada, passar para o.
mens. Vissorreys eGurternadores desse estado na6 pode•
tom perdoa r nern despensas, e%OettlOO, nem interpretar
nada sobre a ley dos desafies, na qual vereis os respeitos
a" aistu mu Mtmera6, pelos quais vos tomo a mandar
por esta oeste go, a cuutpraes inteiramente eme c.ta-
1.14OO tudo, Oe 111112011 Oque nisto fazeis em ,0980 tempo;
e posto qtle a dita I CV COOliOU ceras partes logo
como fio, e f,5ern 'Iodas as trios bom 'volume gram•
de da imprepa6 que se dela 'fez, vay agora outro.
V. Por oarmo passado de 96 nag vyr dessas partes
mais que a náo Sa6 Poutalia6 nag vai', deste Reino
erre surto presente mais que Ires oáos. peloque vos mura.
upsr'Mss. ~ta que se arruela outra aio pesa a qual
El de cá se ofioiaes emarinheiros que nela hag d•
corno vereis por hum rol feito por Vasco Fernandes
t'sotred oe dv meus almazeus e armadas, oqual se
ctimprirá Inteiramente para que venhag na dite náo as
001 contendas nele mu embargo de quaisquer regi.
'120 •ocervo serraummaqintsneet.

mentos econtratos que aja era contzatio. Escrita em Lis.


boa ao primeiro de Março de 397.
VI. Nalli vai.; orfãe neetas mies por serem poucos e
pequenos e faltarem gasallaados, mas tenho mandado
que ma de cía conforme 40 mrn sempre eu miarmo..
VII. E vise ditou dons mil porde°a que se lutá de Inc
pera veatidoe dos que re 9a1,tiainl se fará recepta edes-
pesa em titulo separado no luro do thesourciro de Uva,
ese deopenderail eleuttrará era conta per mandados do
Arcebispo.
ERY.
Miguel de Moura.
Peca o Conde Vissorrey.-2.'via. (rir)
(P70 Sobreseeiplo
Por ElItey.
A Dorn Francisco da (uma, Conde da Vidigeird,
Almirante e Tissocrey da Imdia, tia sen ronsellio.—rd"
meira
(Livro 2. fl. 359 )

249.
Eu Eilley faço saber aos que este virem que sendo
en informado que nas partes da India se naõ acidas, de
emendes vem aobrigaça5 que mens ea,mllos que
rue ,eruem tem a finuivillauelmenre gnorriorern 'ninhos
leis e ordenaçoIrs- sobre os dessailios, sendo caie morio
da imporrancia que tenho momlailn declarar pelo neva
lei feitos em sete dias d.o rose de ocrobro de mil e II"'
,itelltk e 111.e que mondev que se publicasse
asai neste bebe mono nas ririas partes. e em rodar te
outras do senhorio econquista dellea, e lembramlossem e
quanto coirmiolm pronerse nism com revisto mais riguorr
me pareceu torleirie rine comua tudo bostaniernenie
eido na ditrn entra liv. e que somente se denia
o comprimento rieho iu ceieair ,eare. palio que mondo ev -
preçainente ao meu Vissurrey ou Gouernador, qua.,bora
"amimam, 3.. -721

bea ao diante foi.; do dito criado que elle mar perdoa aos
culpados nos dietas demallicia por eldl same que- gela,
nein dispense colo cilas em modo algum pera poderein
entrar em cargos em que relaCi prouirFris, porque a minha
'caem"; evontade te que a dita ley se cumpra áletra> seta
perdaR disperoarrA eccinaó. nem inierpoOraçai'i algrok o
em todo a pamea callydaole e cornolicaii que
leia, e- que odittornen Yismorrey nu Cloilernador nal) pos-
ta nestes caesos Ser poder algurn, poro que pera Indo
lho eu tenho concedido taR 'arguo CuMO 110 ira, par mi.
aba patente; e esta prouiexaõ .se publicará na Rellaçaa e
Raaneeilatia das dittaa partes, ese regiriare nos liares
dar ditosos caras, ecoo ioda, as eidaden e çoroalleans do
e,tado, e a propriá e,[ará no Secretaria dello>, e vallerí
como carta coniersada [roeu nome e paMila per ml.
Mal chancelaria posto que por cila naili seta em—
bargo das ilrolenaçoais>rio E Livro, litolu xx, rine o• Coa •
trario di.spo>cm. André Pereba oCoa a.. 1, i ,hez Inhhel•
TO de março de mal e qainhentori amimara e~e. R aa o.

Seermirio Diogo Velho a fiz «meu..


REY-
Miguel de Mouro.
Prouirsa5 sobre se naR poder na India perdoar, ~—
(ensar, eceituar,..euxinterpetrai nmla sobre a ley doe dem.
safflos.
Pesa Vossa. Magestade ria.

.( Livro r: fi 80)

25(1
.Carid e Almirante, Viesoraea amiga, E. ditei vos cit-
am moita mudar, mirro aquele que amo- Boa Ima mirra
minha mon vaio 'reatas aias muno daria olas prirneiras) ror,
!meu aas caureas eImpediorteiritos por imole naiPi pudera ;
10

teto anno meia arme nela meia gente e Cama,. uutraa.


0".szza selado como quimera e tinha mandado nue os ,

111
722 ARCIIITO PORTUOUEL•ORIENTÁL

enojassem, e tanem seyratrma de irem alg,ils fidalgos.«


pessoas de callidade que inda seriai) mais necesarias nes;
sas partes que gente comam, que na3 ,faltára se estas tres
iMos,fora,3 capazes de alruas, tuas nern isto pode por ora
ser; e fica cor lembrança pesa .desagora se tentrar, ecom
eme principio dado logo estar mais certo oefibito pesa seu
tempo que teria o anno que veia, prazendo a Deos, tta
antes disso auendo de ir carauelas no itmerno, em qae
se procederá monfornie ao avisso que tines antes disso nas
uáris ern que fustes, de que me pareceo 'avissaruos pesa
entenderdes o que lie passado neste ponto, e oque asile
ey por meu seruiço que se faça. Escrita em Lisboa abj
de março de 597.
REY.
Miguel de Moam.

Para o Conde VisoRey da India-2: via.

(No Sobrescripto )

Por EIRey.

A Dbm Francisco da Gama, Conde da Vidigeira, ál


mirante e Vissorrey da Imdia, do seu conselho—Segum
.da via.
(Livro 2: 1i. 369 )

251.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu EIRey vos em
aio muito saudar, como aquele que amo. Tenho bem em
tendido per imformaçofis certas e experiencia de muitos
annos que he materia fora de toda duurda que por.lrbm
caussas principalmente (.5 tratando da permissafi dl'
da
nina, e ocultos juizos de Ocos) se iferdem as naos
carreira da Ilidia acontecendo isto mais á virnda que
ida, na3 ser a gente da nattegaca3 qual conuem,
sobejamente carregadas de fazendas de partes, e partire
ra
tarde; e tudo isto procede de se na guardarem inteiis,
3
Vattemuto 3.' 123

mento meus Regimentos antigos e modernos, que posto


que inda trilhai) neeesidade de se reformar (como se
fará )muito mais necessaria he a reforineeat3 na pouca
'ou casy nhug execucaõ que nos quo ,a3 já feitos fazem
meus ministros, que se ilidi podem escassa, de ' ,Isto .4
cota prir cotai sua ebrigaçaõ; na primeira parte da gente
tenho mandado fazer particulares diligencias neete Reino,
eavendosse de nomear nessas patine alguns marinheiros
pera as nãos que pera ca visrern por lhe faltarem, orde-
nareis que seja3 os mais suficiente, goe se aclmrem, e
que na carga epartida delas se guardem mafaiioelmen-
te meus Regimentos, eistottuda yes mando ta3 expres
samente como es esta clausula fora posta na vossa the•
flagela ejuramento, eassy avey que disto volt* ev por to-
mada, eao Veedor da fazenda de COOliira asissareie do
que nisto bade fazer enviandollie a ofiiia desta carta
cern avossa porque en lhe esc:remi remeteindome anal,
eentenda quê acampa que nisto tine, (que eu natli creio)
na3 ha de ter desculpa cura os ministros seus inferior"
peie tudo está áR. canta, eque coo-dorme áboa ou má
que der eyde mandai proceder coto rife, e oua folga—
my que seja com ine avec deite per ária sertiblo eima
cem o rigor, que nat3 poderá deixar de se encarnar sem
rernosa3 alg,U1 em quem o MAMO., Escrita EM Lisboa
abj de março de 097.
REX.
Miguel de Mamara.

Pera oConde Almirante, VisoRey da India.-2.' via.

(No Sobrtcripto )

Por El Rey.
A Dern Psancieco da Gama. Conde da Vidigeira, Al-
mirante a VieoRey da ladia, do seu conselho.—Segunda

(Livro 2.. fl. 377 )


724 AlICHIVO POILTUMMZ•ORIMOMI.

252.
Eu EIRey faço caber aos que este aluará virem que
por algeme respeitou que me a isco MOUeln epor folgar
de fazer merce aos thrisish's °cruamente ocumenidos. dar
-terras de Salcete do Goa,- e por mo ellen malhem pe•
dizem, ey por beta e nie pra?. de lha fazer que traí) pa•
puem dizimos por tempo de quinze annos mais alem
do tempo per que lhe já concedy esta met.., os guaes
quinze anuo, comecem-5 de correr do dia em que se
acabarem os derradeiros destla; pello que atando ao meu
VisoRev ou Gooernarlor das partes da Indie, que ora
lie ruo:diante for, e ao Vedor de minha fazenda, e a
quaesquer outros officiaes asy de justiça corno da fa•
renda em dias, aque este aluará; for mostrado-eu coa
nhecimento deite pertencer que o cumpra.), guardem, e
faça& inteiramente comprir e guargar como sê adie cor).
sem; o qual ey por bem que valha corno carta, e que
sua pasee peita chancelaria ,em embargo das Ordena ,
çnêS 'em contrarià, e este se lhes passou por ires vias
de que esta he a• segunda, comprido hum o outro naõ
areei effeito. 13eleltior Pinto o fez era Lisboa asete de
março de quinhentos oriuenta e sete. Janaluarez Soares
o fez escreoer
REY
Peru Guedes,
Alvará per que Vossa Magestade Ira por bem pallos
respeitos acima declarados de fazer merco aos Christar5s
armamento conuertidos das terra. de Saleete de Goa
que liai.
; paguem dizimas ,por tempo de quinze untos
mais alem do tempo per que lhe já concede° esta merco,
os quaee quinze ouros CoMeçaraõ de correr do dia cal
«que se acabarem os derradeiros delia, como acima he
declarado, e que ente valha eruao carta, e que nal: raire
se pela Gliancelaria, e vay per Ires Vias de gim estila,
a segunda.
(Livro I.) fl. :8 )
...EU IA, 725

253.
Conde Almirante, Vicorey abrigo. E•u•EilLey vos en•
cio mnito saudar, como aquelle que-amo. •He deitanta
importanola vir dessas partes a mais pimenta que pu—
der ser, e que nunca seja mono, de binte até meiam mil
quiniaec, mormente quando ha tantos anuon sioe a• ceie
Reino chega vai; pouca sendo ta3 neeeccaria seres-carga
para as necessidades de Ia e dequa, que 'me pareceu
alem do que vos carreou per outras carme nesta., nana
(cobre auerdes algués epollo menos aigo1 qüe venha
com carga em companhia desies Ires que agora cari)
que disso une deuia auisar por'erra •(como já 9 ccillio
mandado fazer) para.que quando'estas »ao, embora lá
chegarem poccais já ter o auiso e buccadq cate remediei,
epor certo tenho de vá, que infla que o•elilo •nutro aos
olá .ja chegado vonceréis a dilliculdade do [empo corri
o vosso particular cuidado e extraordinaria diligencia
que conuem que ponhais em materia taõ imporiante e
nece.aria como vedes, e posto que bactauft•a• mesma
importancia ea propria rieceseidade para conforme a
ella procederdes. nisto, velo quis dizer. tanms veces.por
demonstra,çaõ de por quam bem ermida me auerey de
vós neste particular em que. tenho multa•eonfian9a que
faieis mieis que o possiuel. Receita em Lisboa, a8 de
março de 1597.
REY.
Miguel de Moura.
Pera o VicoRey-2,' via.

(..No Sobresecripto)

Por EIRey.
A Dom Frendeu/ da Gama, Conde da Vidigeira,
Aliniran,e e Vicsorrey da Ilidia, do seu nortenho—Se.
gunda via.
(Livre 2.. 5. 353 )
ancnrsh PURTOMMZ.ORIONTAI,

.254
Conde Alutirante, Viseorrey alnige En EIReSi ios
ernuid muito saudar, com aquele que asno, Nae cartas
que saí.; neetas vias voe digo que posto que os anuc,a
passados asse resoluy ern naõ soer álosteiro" de freira,
nessas partes, o tornaseeis apraticar pela muita inelan•
eia que de nono se me delas agora Nela sobre este
pargeulas, e que tembem pratieaseeie cora e Arcebiepo
de Goa ' fiapo de Coebitn, e Prelad. dás Religioè, se
seria milhor ordenasese escoa de Recolhimento pe .
re
zelas em quanto naS cassarem, corno. ha Mn Lisboa,
para mulheres cassadas nas anseneia, de eSbe maridos,
de que me avirsarieys, sem e. Imã einvesti e outra se dá(
nada a execuçqa até lerdes [ pinha reposta do que ar(
-

Ouaerse por bem que se fizesse; e partiste reto Medo dê


Récolliimento parece mais conveniente que Mosteiro dê
freiras, me pareceu tomamoo a declarar fleme carta que
em casso que com pereces dos ditos Prelados e Pr.
oinciaes revoluaes bruno Mn Inaterra (ara de Cosida que
te slene tratar .slo dito Recolhimento para domzelas e
mulheres casMulas com maricfur ...obter, o OOlnocelu a
pôr lago em efeito esereuerndume perticalarrneide
que amilou nisto pareceu. Escrita em Liai>. a 15 de
Marco de 97.
REY.

Miguel de Moura
Para o Ceaste Vissorrey-2.'

(No SolaaseKpto)

Por EIRey.

A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeirai


Almirante c Vissorrey da judia, do seu conserbo.--Sce
gunda via.
(Livro 2.• .(1. 365 )
Tftl5CIC111,0 3: 727

255.
CrSfide Almirante, Vimorrey amigo. Eu ElRey vos
emiti,' muito saudar, como aquele que amo. Este Mino
»ali' num despacho de Petiçoá da Ilidia ennemdende
que asy containhe e meu seruiço e abem dasanesmaa
partes por nen"; serem prouidos de constas que lhe eu.
maiii sal tarde cento elle, <Wien', etodauia qnimera mau.
dar responder a alguns pessMts que nessas partes me
Andai'," seruintdo, e por as suas petIçoè's requererem mais
alifigenciás que RS ,que nelas estat.& feitas, e o tempo
ser tal. ;breue, me pareceu que se faria isto melhor o
mano que vem em que terey lembrança de lhes mandar
aespnintier enmiandouos os ecos despachos ou repostas
et/rufiem ao merecimento de cada hum em carta minha
para lá lhas dardes, easy odireis atodos os que pretem
derem mercea por seus seruiços sendo eles do calidade
e anuns que,requerem para serem admitida, mas petiçod-á,
comessando principalmente este .oficio pelos fidalgos e
.poeseas de merecimento aque direis de minha parte
que o terei/ aula mim verntejado quaindo eu souber
por vossas cartas que deixai', de vir requerer por ficarem
.eoutinuamdo os mesmon seruiços, e em particular b di.
Mis .as pe,soas de que vos avissará o Secretario Diogo
Velho que já cá tem suas petiçobis; e.e.mcornenfdoulis
muito que de todos me fanaes sempre lembrança e veja.
es as petiçoe's daqueles que colas lá apresentarem na
forma .em que de 'que o lesastes .pela Instruçail que so-
bre isto vos mamaley ,dar. Escrita ein Lisboa á 15 de
Março de 597.

REY.

Miguel de Moura.

Para o Conde Viesorrey —2.* eia.


723 loCUIVO PORTVOUW.ORIENTÁG

(No $abreseriplo)
Por RIRey.
A Doai Francisco da Gama, Conde da Vidigeirs, Ali
mirante e VisoRey da bulia, do sem cooiellio.—Stigundu
via.
(Livro 2.* d. 775 )

256:
Conde Alndrenie, Vissorrey amigo. Eu EIRey vos en•
vaio omito sambar, causo sequela que amo. Os eapitaès des-
tas tolos lettatii Instroçob's minhas .partiouPates afora o
Regime elo geral da viagem, mimo taiIibein as lenatan iee
capita& doo naus em que bestes, e vollo niantleyidar per«
Má e pera assar delleá vinda o Vissovrey Metias de
Alboquerque ou quem viesse por ieapitad mórideO dbas
náns; e porque nau ditas •Instromige me .semettoaM ponto
d? Ilha de Sarda llena á ordem que aneis de dar nos dii
tua pit32,, rue pareeeo ciem -fiemos posemo oue•ey 7°C
min teunico que seja a mesma que nelas Inetrueoês
ene leuustes •1 que (orai,' por aias 4' OU todas as naus) .vos
mundey que deseeie DO, eapitsé's dellmq que em •sostans
eia he 1011.1,111 adita Ilha ale Sonsa il eea e ,, ee , e,,re
nelle licite por ontrae fun de mayo. Receita riu, Lis.
boa • 22 de inareo de 597
REI".

Miguel de Moura.

Pesa o Conde Vissorrey—V via.

(Aro Seberseriffle)

PorEIRey.

A Dern Franeismi da Gama. Conde da Vidigeira, Ar.


mirante e Visvorrey da Ilidia, do seu conselho—Siegunde
via.
(Livro 2.. fl, 373)
'sanear" 3.' 729

257
CoUtte Airtiitantè, Visorsy amigo. Eta Elltey nos em-
Mo multo saudar, &Orno squelleMneanto.'NeStas Sias*Vos
marldo'sscrencr e (sabem _por terra à tenho Mitt.quanto
eannem a trieushruico aumales nessas partes arguas naos,
epeito menos )roa que em companhia da4 tres que hora
vad venha aeste Reino corri carga da pimenta, e-tenho
por unforrnaçad que nád -faharad, e Dom Antonio de
Noronlm napiw de Cochini nmescreneo que Offereeera ao
Visorey alatiamd'Albuquermis hvthurk muito connenien-
te para isto e saberei; deite se a tern ajuda, e YOs• enco-
mendo muito rine por' rodaa as' viris • procuSeis como res.
nhad mais naos otie sun«, rres, pois - shReis - quanto isto
inmMut nad somente a'este Reino, tias taMbena a esse
emado, edas"capitanfas'tina diras uno, ou • hao encarre-
gareis pessoas de suRdade, experiencia, e setuihos dás,
mra neeessariansente nouneMns do rrir para o-Reino, á
leo dUre) regirnersto suo confbrurldad, dó geral e' parti-
cotar que' de en least os capitaas ltas'n - aoh. -deste aniso
acrecentandoihe o maio sme nos esoCetto por ouira carta no
que toca'á Ilha de Santa Elena. Eseripta • etn,•tsihboa
22 de tuarcó ate 1597.

Miguel de Mania.

Pará o VisaRey da India.-7. * suas

(No SobCcscripto)

For DIRoy.
A Dom Frauciscd da Gateia. donde da Vidigeirs., A/-
Mirante eVisoRey da India,.d'o seu conselho —Segun-
da Via.
(Urso 2.* A. 3139.)
92
130 aum.* ????? trIn•Mlf

258.
Conde Almirante, Vieeorrey amigo. Eu EIRey Toe
enleio muito saudar, como aquele que amo. Do aturo de
fiS a esta parte saí', emniadae per ordem de Dom Au.
tonio de Matos de Noronha, Bispo d'Eluas, Comisearie
geral da Bula da Saneia Cruzada neste Reino, muita.
Bulas a esse estado damdo pera escoiceai:5 da dita Cruza-
da os poderes apostolicos eua tinha ao Arcebispo de Goa,
eem sua ausencia ao Vigario geral da Ordem de Sai
Domingos, e por o Arcebispo de Goa que cetra era ser
falecido ficou esta comieati ao dito Vigario geral, como
mais particularmente vereis pela copia de he3 intformae
cai; que nobre isto me foi dada que sorá.com-eeta ,epela
que na arrecadayall do dinheiro destas Bulas se vay ~-
unido cont algum descuido, e atégora naí3 tem vimdo
citem acate Remo do que Se nelaS fez, que hada rir
per letras comforme ao Regimento que nisto está dado,
vos emcornemdo que vos emformeis do Vigarie geral •
4 11e isso ruiu cometido do que nesta meteria esta fedes,
,
e, deis ordem como odinheiro que estiuer cobrado ec em-
suje a este Reino per letra?, o aey oque se arrecadar de
Bispo de Itfalaca, sobre que lambem vos cecreeo ent,ous
tra carta que vay nestas vias. (a)E se odito dinheiro
for necessario pera a carga alteras nelas, o empregarei',
nella.
II
O Goardia3 de S.'Brancisco desta, cidade copio
procurador da Cusiodía dessas . paires Me apreestielli
leis aponta:e-Meios asy sobre coasses tocantee ádite 1:ec-
lodia como de outras gim requere EIRey de.Ceilail, aque
me parecei, naS deuer deferir sem primeiro ter muito
particular emforruaça3 coma daquelas que entenderdes
qqe deuo ter, por te ter entendido que na mais das Co1.1.e
ergo ditos aponiamentos se me& doar d-ár reposm pelfa
calidade dás meterias de que tramil; pelo que vcs em.'"

(a LM resto das palanca deste capitulo iaS meriotas dcycia


sle fiada acarta.
145,1411LO .711

',modo ...rateia com pesem, d'esperie teia, e me aviada


do que achardeo coro soalho parecer para lhes mandar reli-
pomder COMO ouuer por sararia, de Doas e meu. Escrita
are Lisboa • 22 de Março de 597. (a)E doa mataria.
desta carta tentareis ao que nos parecer ou todas como
Ateelatqw Dona Frey Aleito.
REY.
Miguel de Moura.
Fora o Conde ViesoRey.-2. • eia.
(No Sobrescrilao )
For EIRey.
A.DOM Fraudetere da liame, Conde da Vidigelreb
Almirante. ViaoRoy da bailia, do neo con.el ho.—Se gnu.
da ria.
(Liara 2..11. 37))

firprzrara.3 sobre a Baila da Santa. Cruzada.


S.gunda, 'da--No armo de 93 eaareuao Sua Magas.
lide 114 carta a Matias d'Albuquerque VisaRry ria
Ir.dia *DA que eu...metal.aa muito o fattér e ajuda
eme aula de dar perra a capedila5 da. Efulla . da Sanear.
Crurada que o Bispo d'Eluas Camiseiro geral emaiou
*aquele anuo aquellas partes, o qaal deu pura a ene,
eticur7 dela o. poderes apostolizos que linha ff°, Ar.
erbispa de Goa ,e erro sua aborcada ao,Ylgairo geral da
ardem de Sant, I90~, que Çoi . q.. simadao ao
corgo, por reipeito do falecimento do Areebiopo. e ',A-
í' %ai3O gemi be o que hoj,z coroe com a Baila.
E além da ordens, regirgentoe, einstrucoé.aque udito
Riso.> d'Eltra .dell ou Comi...rio da Partia rarra o ra,
P, Iiça?.; .
4a Mola e ,arrcead.r....
- d. ...P.I., pfleetllida
deliu, érnmunendmi Sua Megeatade mune api Yis74,11
ama oeorlo lã aeceoarias proaiooto rena para ceia afiei«.

fo I da. palavra. inste Capitula aot tactiptas aaptor


4o fado asana.
732 aacurviS soasuouns.entanzab

as flanela •loguo dar com muita breuidade, mandandolhe


expressamente que deste dinheiro se na& fiasese na.
a]selao•partes nenhuà despesa -nem se emprestasse
delle pesa coasse signa inda que fosse de muito seu
aeruiço.
O luxento espremo, nimbem Sua -Mageslade ao •Cc.
Misairo somornendolhe quissese aseitar a aubdelegua-
eati feita nele pera, sate afeio° pelo Bispo d'Eluas e
Com prime seu, regimento:, einstruo3a literalmente que
todos fora3 ordenados pera á Soa eipediea5 da - Bbla,
e cobramea do earnola,della.
Emularam., á Ilidia as Bulias seguintes
Quarenta mil •e uinta sineó de bua tangna por bfila
...... ..... ..• . .. ... . 40,3025
Cento e, oitenta e huã mil quinhentas e
qoatorze bolais ole.ditas langues por bula 1914914
De pardas, d'ouro por Bula 5,3261

226,3800
No fetOrnn destas níms que leuaraill estas bolas ma0.
dou o touttsaiio da lndia quatro centos "e 'ainederita
•mil reis somente, que foi a eamola que naquele poupo
terrina se pode • colher •em rophim.
Se sano logo seguinte de 95 atesai,- da India dons
contoa á quatro centos mil reis com etnias° que se ua6
titila ainda colhido tédo o dinheiro das 'bulas que se
ttpartistia; pelas 1 ...falavas daquelas partes por .fee pá?,
hir n'elas•sena6 com nrioupd6s de teinpo, 'o qut se faria
com entalado.
O anno-paaado de 96 avisam, o f'omissario coisa .en,
aliena letraa de tilais dinheiro nas na., capitania e Vilm
ria. eine Mia cheguaraii ao Reino como se sabe.
E psé esta -manoiia cal ia dinheiro •que se leni c.'
tíládo' ao Reino até o , presente doas Contos. oito .5e1,10 8
éaénedéala ............. 96601
Este aniso preasente de 97 tem o Bispo d'Elluar C,Cr1-
16:‘'ititlift• Rife or•todII5 as •11âos mandem lepas do di.
abeiro que lá as cobrar, por aer se, conforme ao reg,
P.solenho .3e

manto que the foi ..dador ripee de ogra8.1aaen asy


sou: arIiriseadá• cobrar:O qoe. doo que mandaualsor atro -

ais listrar» Dais Sal 8,111.114.


Mrtis lhe -lautas. que mas-partes denode a
Men...compor/o faça logo-tomar emita aos rbesouseores
acciona. assou ,retnantos ibpdeeent.erecedima8.o.lae
por. eliseconatar que deus" aey rovietatmlesidas caixas
dos, jobileo., dornmutaobea .rie• assoe, oorsoptompirrai-
aárl, que remem •faitas •eametae, parreaertea ISe diabra,»
destinto do partioulastrica Sola, e ifiseroô bago queimar
Bolso qffit • ficafi.n1 por.daspeindeeoe que demamoda•
tas se .façaill-autos de que ensaiara copias ao Reino ,por
eakeou ca~ ,
Que ein cassaltam modo tomem. ,o :di nbeiro.de,Ctusar
da ,arik mereariesias emuiadas.aor Reino.0e5o8 paroleiras,
pesque se teue•proannipat qdo.fiseraaaqoelais partmelmen
emprego de perdias,. pague, que a Cruzada do i nata
pnr. ,,seato.
isto teima balsas te o que passa atégora.n. -Onitada,
tlitlero •1. ft, 182

Apontamentos sobre toucas tocantes á Costodifda /Perta


ltda de CetIal.
Segui:ida via--l-lPreittatitspar da Naftuildada, ilaoriibtil
lis 8.6 .blatrietilco de liWboa, coinit Srocuradot -gerai da
Custodie. da tingia, apresenta o tresler:to autentico de boI
pectilialperqueSuallIagestade ouue por baiu PO anua de
balepté fibra= Réligl6aos de qualquer outra eird'eYn 'MG em-
treeern -nce. Remos de Cellad a promfilguar o etúltb r—
varngellm serial os Religiosos da Ordem de 8213 lb-relida-
eo da .dtitft exystoalA dal/rufia, por así naseopol servisse
de Noise !CM.
Dizem em sua petfça5 (pie ha queYertita é'quoatro anos
que easteitt.t a Mistaindade darptálla Ilha. e Pornô: maltes
nella pelos intagds da nossa mima for, e
raiaras ditos Rbligidsoi qllérern trnpetYar de Saia Saa•
Idade lhe cornfirme a dita prouisad—pedernaSO.
'734 Mala". Pallai~•••111•11Taa

&relede Hem •fama merca de boa mrta de fartar ptra


eco Rumam em Rema pedir e ditta comfirrnaçall, e mi
taRbem pera que Suta Santidade lhes eommeda todos e«
.prinilegina, indente% diapernsasoés, ebaleada suemegaé
gedo mie tem os baba* da Companhia aellea oernsedi-
dm em partiouler troo geral, corno he para poderem come
os noms em:mondou claustro ata3.• minto bom o4.. emir
tudo oe.eo que teus os ditos Padres da Comparrhia de
asulaisades, disperasaçoés para agerme branca, pura rpm
de tudo poesall gorar es ditos Religioso., por lattimpor-
bar moita ao atruissode ocaso Sanam eamianto demolia

Aprese tota mais arrestada de boi creamatr que- EIRey


de CeilaR Ibm foz por qne lhes nomaade, a rerntlados
'aguadas Otudo emais que pasabiaR as ditou po,euedea
averadorespaim a notem pobres a JUS terem peludas, Ir
que- emeo atried para sostermarrurnro doa Colejos que os
ditos Religiosos ordenarem naqmla Ilha, a qual donsa3
dbi feita no sano ale 63. e -no annO de Ok reun.:mim da
no.. Palio dito Rey aos dites Ralegiesos, peio que pe-
dem aSua M agastada lhe faça merco de lhe comfirmar
adjtarloasaafk
Dizem os ditos Rekgtosos mie S.a Magemade man-
dara un Oqueruades Mapool da 800.9. Cotuinbo eao
Verarey. Mareia» d'Alnuquarqua que feitio cama arou
esteR eounitmadtta COM o eomuent. do 8 framisco do
Gmt ee dennbassem oque se alto foz até agnor., pedem
a .Sara Magastade lhe mande passar rooni•a7, pe.,. •
0•••t• WoQIEZ•1 ao marrado. derrubar epagem por c usta
da AUVW% rio Sito Mamstade
Pher° Prékir Mia Sua Pdagent ade mareio...e. Oiro Ma.
tirita d'Alballf•tone one aese as ordinariap, ao wspo rio
(14R.ÇWPdi4 qroç de rto.o . -ftrorall par se- naZ pode-
rera,,.rnrrezrlinr baia etlaa e qu• o akok yi•oSey lheS
ágC›" aPra, perita. aSoa Magesiade macule paaar
pesa çks.3e lr vieira fl4qur eurt djnate mibe pagas - arica
uioo doe adeera aura.,
1.10216111:0 3.• •715

1S g« outros, mandara Sua Magestade -goe o dito


Visares mandas« Imanter as casas da ditta Coetodit
que es;fiteesem «Ilidas e outras redefieame de todo o
aecesmrio, eque e nal tinha feito teguores pedem pret.
M.el paro que o Comde VisoRey o farda.
Apresenta mais o dito Frey Gaspar, temo procurador
derIllsyt de . Ceilsô, os aporntamentoe aqui jomtoe, os
opmee se hal de ver ( sie )- aos Senhores Goneroadoses, em
atte odito Rey pede algals.coome.
Eu Dom Joad Peraapandar,• Rey de Crilad, e Empe.
redor de toda a Ilha, que ha lootemta c sim« as«
que mu cristão, eprofessor da ler de Chvieto, prometo da
morrer eTinte asila áobediemtia e sojeifir á-santa Madre
Igreja da Roma.
Penso ao Santissimo Padre tom toda a ornildad - e
reuerenefit devida a tal «grada pers. me reencha no
numero dos filhos eatholiclos• via santo Igreja•Romana,
e«mo a tal rue lamme a ene eantiesima bemsalì, ecorri
todos os rega,os supplioo coe fauoresre tom suas graças,
innielgeontim, e prenfiegioa pera que ajudandonos stom
tre ritos - tezoaros dos ceos o senhor que nos crisu possa-
mos com amima gramde fraqueza eerni na terra como esta
sara rol loskje eapartada donde tom famelidade. por-
gpl vimos remedios de que a fettgelidade humana tem
lacta nesancidade a cada momento, em particular alem
de todas-as parte, desta latia orlemted noto& Ilha de
Ceilaa, molde ha platnte da cristandade sobre ser noua
Ite de tantos e tal emfenitoe comtrastes combatida vpsan-
tos tal oa ritos e supreetinola, costumes, e seremonias
germilicas de que ha ionsgu. «ma que rata-o fica, lhe
pedimos que proweja• aoe Prellados, Guardieén, •e Rei-
tores, em especial aos Commiesarios que nesta •Ilha re•
aidem e ao .diante resodirem da Ordem do gloriasse
Padre Sal- Fraudem, de quem temos a doutrina da
Santo Evamgelho, de poderes baatmotee com que «-
Mel quanto se oferecer apremer,. da Sé Apostoles la
Idasiael nas necessidades doutro modo erretnedeaneis.
Pesei., mato que os fanor.sederes desta cristamdade
73lt mtcHIVO pORTV....0aliNTAL

da Ilha de reilatl, seculares ou eclesiasticoa de qual.


quer qualidade que sejaé o comsignaZ5 imdelgemcias e
graças particulares, e pelo comtrario os rnolestadores
aleija, eos que em _qualquer mudo que for forem mso
lestos á crisumulade e aus que no tal ministeriwanciali,
rojais punid. e ...matizado.
E pesse mais que aquelles que nas liniguons deste
Reino se exercitarem a administraçaIl da cristamda-
de. eos Relegiosos que se ncilas ocuparem assy para.
bem, .de •sets offissio como para melhor poderemrejudár
na comsemaçati da paz ebem destes estados;:SurslSântis
dade -thes•comseda gracas eimdulgeracias particulares e.
tais fanarte spiritnaes que a cobissa olelles obrigue-. to•
dos cura gosto aceitarem este trabalho e desterro de
mesma naturesa.
Muito peara, a•Sua Santidade que -avemdo respeito' a
Bares Rey r cristal- ge ttié fiel como•sosabe emtre Mins
tas avexassnés, mande oemcoreende. que se . me nal/ ne•
gim aeeoeremoiae acatamento qUe ias o cilha estado
se deue elao, da minha una, nem aja quem iro-nide o«
bedeceremme meus vasaboa, epagaremme os trebutoa
rernd... ,mitn• sleuidas.
Peso mais a• -Sua- Santidade e com moita instancia , .
guo e requeiro que osedula .de testamento que tenho fel. -
to em que <Ieda«, au dioidas -que .slesto e.as esmolas
que fosso ás kgrejas, .es officio, e missa, que traem de
dignaS.por•minha • alma; e as obriguaçoés .gno tenho a-
quelleoque me servira& e seroem sem até ao preaemle
serem gualardoados, e tudo o mais que por des.
cargos, de minha comsierneia se achar que mando, sob
grau05 penims e semsuras marndeque se me •compre sen
faltar cada, e nas mesmas emcormé todos aquelles acta,
lrrinmepes, e Senhores que -o comprimento alo tal les1º -
mento impedirem ou mandarem e aconselharem •que es
impida por qualquer via e ITIOdo que seja, -e nas •ditas
peuas cai.; rodos o, Oi.e, o oficiaes dejustica, -•e toios
aquelles•que para o comprimento da minha manda p° .
derem edoassem fauurecer,.e a mie meseta,
lesmem,' 3.' 737

!is causas que aSua Magestade pesso e requeiro, e ao


Visorey da India, saõ as seguintes
.Primeiramente pesco que se me dem comselheires
para com élles detreminar as cousas pretemeemtes ao
bom guouerno destes Reinos, eo que por cites detre
minar ninguein possa desfazer, nem as cousa, que ti'
oje adiamte der e fizer meros delias naõ semdo •por
ePtC9 asinadas e primeipalmente pelo que me for dado
por mestre, nal,' tenhaõ nhü viguor, e os cornselheiros
quero epesso que d'oje por diamte pelo muito que.. (a)
comfio seja o primeiro hum frade da Ordem do l'adre
Sai/ Francisco, aquem muito devemos etodos os des-
ta Ilha, o Segundo hum fidalguo de muita comfianea'e
prudemeia que o VisoRey encolher ou Sua Magostarre
mandar, o terceiro hum homem escolhido dos naturaes
de meu Reino que o tal carguo lhe couber e de quem,
nós comfiemos; eisto pelo wnuito que asy releua per
amor dos naturaes, que numqua doutro rnodo seraõ bem
regidos, nem se célherá delles o fruto que pretemdemos.
•l'essa aos Capitalls desta fortaleza se determine a jur.
diçaõ que tem, eo que deuem fazer, e no que Irnõ de
mandar, se corno capitaõs vassalas, ou Reis desta Ilha ah.
solutos.
Pesso as remdas desta Ilha, a saber, dos Reinos de que
direitamente sou senhor, nimguern possa mandar nellas
repartir, que todas se deposSitem, equero que seja ent.
Saõ Francisco, eque tenha teus cheires o cofre em que
cstiuer, bua delias esteja em poder do Padre Guardiaõ,
a outra em rainha casa, e a terceira em poder do de.
possitario e veador de minha fazenda, o qual pesso a
Sua Magestade e ao VisoReY da India que mo eleja,, e
seja pessou digna do tal °arguo, para que este como
escrivaõ de seu oficio por ordem do meu conselho ria
minha pecas mesa guestem edestrebuail o que comvier
efór uessessario para a substemacaõ desta fortaleza e

(a) . Pela corrupnab do papel falta unia palavra que parece ser

93
739 socnivo PORICIOUE,ORIENTAL

estados sem os capiteõs e feitoins de Soa Magestade


imteruirem nisso, o que muito mamem para sé euitarern
os gramdes detrimentos gire p.i . & aves arando pelo sem.
treno.
Pesas que as rerodas eme méuX vassalas troaxerem ás
adias e pimgas (sia )liuremente mas deixem aprezemtar,
e da tainha prezernéa e os do meu mmselho sè rem.
lha edepoente corno silos ordenarem, e que todas as
mais pagues de soldados e lascarias gim da minha fa-
zenda se fizer . pelos do meu conselho se face há rainha
presença, e IML em entra parte algisõ.
Respeitaindosse as neseeidades minhas e os gastos de
minha pessoa è ema, eo que° meu estado Real, se pot
Rey sou conhecido, se deue, pelou rine cornforme a iSSO
se me alvidrern os gasosos, e podemclo fazer receosa ou-
tros liai, se me negue mbsiemtarme se quer sem afroona
e rnenoseabo de minha. pessoa.
Penso é requeiro ao VlsoRey da judia que peita sua
ordem me mande ..pdzemtar desta fortaleza nas canas
que foraõ de Domingos de Stlua, e que sem embarga;
nhíl mas dem eatisfazemlo a vima do custo delias comd
de Vasos Mageetade .até que possa ter com que as pa-
gue, e me proteja de pessoas que me acompanhem e guar-
da fiel que comiguo asista .ma toda a pane omde retines.
E assj, nesso me premeie de Secretario, e seja pe.,M
graue e idonea, e naõ da familia dos Capitaõs nem do
calidade que lhe possa perder orespeito, nem taõ pod•
co cazado nesta fortaleza, e amy muito perto me dem
per guarda mór pessoa que me guarde e de girem me
eomfie em cma eno campo e possa amuaras° com elle
minha casa.
Como os negar:mios drene Reines vaõ semdo graio.
dose pesados convem que os Juizes que forem de minha
jurdiçaõ sejaõ dermos e mui prailermes, capazes de mx
dembriguarem da joniça que dedo substentar a lados.
Como esta filia tenha pomas riquexas, cas rerodas
prinacipaes sejaa das portos, proueja oVisoRer somo alias
direitor retas ee aiicricm da toma i cque» merece feita.
9ASCI.1.0 3." 739

declare serem alcaidarias (rio) em nus ordenados detrimi—


nados 'que acada hum se doca dar, etudo omais se arre-
cade para asubstemtaçal destes estados, pois doutro na.
do se nat3 podera3 substçnatar.
Posto gut- tenha eu feitas algulis merces de porto de
mer, nal foi para alienar o senhorio delles da minha.
coma, nem dealbes ajurdiça/ da minha jUstiça, neta as
recs,lrtre direitos ornes a mini pertenmerntes, n'o que peço
ou VisoRey da India e a Sua filagestade como for justo
procria dcelaramdo as frasemdaa de que se deite direi•
tos á coroa, a saber, arena, sapal (rio ), copra, canela,
ealefootes.
Mande o VisoRey que nesta fortaleza nem em parte
alguti desta Ilha capital ou pessoa alguã farsa não nem
embarquaçal de qualquer forma que seja, por se evita-
rem os gramtlissimos escamdallos que ja por essa causa
outre eos pode arar maiores ' e assy (pie nhã homem
morador ou forasteiro corte eluore alguã sob graues pe-
nas sem muita satisfacal de sena donos.
O atrenimento, e otmadia dou christels que com os
Portuguezes se cria& Ire tal grande que se com regulasse
castigo° na 3 forem punidos em seus delitos, seré
maior a perturbacaCt qtie eles dara3, a esta Ilha com os
furtos, forças, amotinaço3s de que temos largue exp.
rieneia, que ade todos os inimigosn que ha nem pode
aver nella, pelo que pensa ao VisoRey sobre isto prova-
ja emande cornfirmar o sobre calda (I) que tenho or-
denado para correr as minhas terras epremder ou que
em toes einsultos forem, achados semdo Portugueses, e
serrado Lescarins eastigualau pela minha ordem e dos
Mis Regedores, epara isto aja sempre nesta fortalezu
hum corregedor com ideada para em casos atrozes que
s.ed., poder executar o castiguo deuido, e g.de rte
Ora n esquamdalo se veja ajustiça..Assy per. ao • Viuo
Rey mandé que as terras que se& dadas á Rainha eque
se chez-nat.; da Goabara que sal da minha despem e.rer -
tlica ordinario dos que me seroem e acompanhal rtip-
Rolem emtemda untas nem com as de que tenho feito
740 AllêRl'601,ORTVOUEL•OXIErrrnc

merca a Dom Joe5 eDom Costamtino filhos do Primcipe


Dom Paschoal meu muito querido e leal vassalo, tal
pouquo com as de Dom Aatatl de quem muito me comfio•
E do que mais virem ser necessario para a comserua•
çaõ de meus estados e seruisso -de Sua Magestade me-
deamte n de Doou como abastarotes procuradores os que
tenho nomeado pessatI e requeira5 e procurem assy na
India diante do VizoRey dela e sua Rolaça5, como em
Purtugual, eern'todas as mais partes que lhe parecer ser
necessario, eemcomendo em particular que do Surnmo
Pontifice santissimo Padre me alcarnssem o que assima
pesco ede Sua hlagestade, o que espero, e tenho muita
comfiança o VizoRey antes que delá seja prouido alie rne
proucja como tegoora tem feito. Dada em Columbo a IS
de Dezembro de 1554.
(Livro 1.• fl. 175)

959.
Conde VisoRov, amigo. Eu EIRey vos enuio muita
saudar, cOnto aq'uelle (tire amo. Por estar acabado o coq.
tramo da trazida da pimenta se procurou contractar de
nouo, e por elguus respeitos na5 conueo acabarsse antes
da partida deátas náos, mas prucurarseá para as do anhO
que vem, eassi lia necêssario que se compre por conta
dê minha fazenda a 'pimenta que houuer de vir nestas
tree néon enas umes que espero que lá façaes aprestar
conforme ao que vos auisey por terra, e polia falta qt?.e
houue de rendimento o anuo passado na casa da Indm
na& vindo dessas partes mires que hu5 só não, e essa com
muito pouca pimenta, e por ohtras necessidades e °btl.
gamiès de minha fazérida na5 foy possiuel enularsse de
qua o dinheiro necessario para à compra desta pimenta
e fica â vossa conta suprir esta fala como confio de
vos qtle o sabereis fazer, e que vos empregareis nisso com
tanto cuidado eindustrie como o requere meteria detan•
ta importancia a meu seruiço e a minha fazenda, paia a
sustanma dessas partes e do rendimento que deltas vem
á minha fazenda está na pimenta¡ Pelo - que vos eneo•
PASCICULO 2.* 741

Meneio que procureis hauer todo o dinheiro neeessario


laca acompra dela, eque uenhad as nnos tal beto carre-
gadas como se fora de que nmyor cabedal para isso do
que costumava ir, e para isso vos ajudareis dos trinta e
quatro mil cruzados que para este cabedal forom nas
raios em que tostes (porque ainda que erad carecia mil
cruzados arribou ao Brazil tal das 'Mos que leuaua seis
liii deites )e procurareis alguns emprestimos de pesme
particulares, etomareis o dinheiro que houuer dos deferi-
mos elegados para se trazer ao Relho, eempregaloeis em
pimenta, e do procedido della se pagará qua ás partes
que o hbutterem de hauer, ás quaes passareis pronisch
em meu nome assinadas por vos dirigidas ao Proue-
dor eofficiaes da casa da Ilidia, em que se declarem as
confias que se tomarem e a que pessoas na ha qua de
pagar; e eu as mandarey inteiramemte cumprir e pagar,
eem particular tomareis sessenta eoito mil xerafins que
hum procurador da cidade (sio) do Porto que anda céu
Lisboa mosirno por cartas das Misericordias de Goa e
COehirrl que ellas tem cobrados e depositados para os
enuiar á dita Misericordia dc Porto de hum legado que
hum defuncto lhe deixou, o qual sou informado que he
de muito nmyor confia, mas que est' a fazenda espa- ,
lhada por muitas partes, e que somente cstauad cobrados
épromtos os ditos sessenta é oito rol xerafins, e estes
Tomareis logo, e asai turiri o maré .que deste legado Co
tiuer cobrado, eoqtte delle ainda estiuer põe arrecadar
erdenareis,qué se arrecade cervo empregando em ,p1-
menta no inuerno, e qua es mandará pague •á dita Mi-
sericordia do Porto inteiramente, e por estes meos e ou-
tros que vossa boa industric e desejo que tendes de
meta seruino vos descubriraó, espero e confio que haue•
reis odinheiro necessario para enia compra da pimenta,
eque viraZi as náos tara bem carregadas deita que àle
deca eu hauer de vós por tam bem seruido como confio
que o serey, ese nestas 'Mos poder ir algum ,dinheiro,
que os contractadores que tinerom o contracto do partido
ito meu que embati ito anno de oitenta e custou estaei abri.
742 ARCHIVO YORTI16115.•ORIENTAL

gados a ennier dos sobejos doe caberiaet do tempo do


Slim contraem, falloeis empregar em pimenta na forma
que Pedro Guedes, do, meu conselho do estado, eVoe.
dor de minha fazenda, vos somará maesem particular,
quaudo por todos estes Ine08 faltasse ainda dinheiro
para toda apitnenia que botinas (o que nat espero, antes
4e11110 por certo que abhareis o neeeesario) enrcomendo•
mos que dos rendimentos de minha fazenda desse estado
tomeis o que se houner mister, ainda que se falte aou-
tras obrigarons que na5sejan tan precisas, e de mia or•
denarey que se voa torne aenniar para as despesas desse
estado o mesto° emais que do rendimento delia tirardes
para esta compra, eo que principalmente deueis moem
em lie que as néon portai cedo em sua uerdadeira monoal1
.pelloa danos que resulta5 de partirem tarde, eque na5 ve•
nha5sobre carregadas, oque se guarde na carga delias e
nor lugares em que denern vir ao fazendas os regimentos
inteiramente, porque amayor e maco verdadeira causa
da perda de tantas anos he asobrecarga delias, e procu-
rareis que se armem lá alguns »aos anuas mais das que
boucer feitas nessas partes, e em particular hun que f,,y
informado que Dom Antonio de Noronha, Çapita5 da' Co-
chim, tinha feito rapaat de sentir nesta çarreira, eMuda
que em outraa cartas das que va5 nestas vier vos trato
disto, eque por terra o tenho feito, quis tornallo arepetii
nesta para que emendara oque tenho por certo que .0-
te»dereis do cuidado com que deueis acudir aemas (si-
sas de ,nios ede cabedal para a pimenta, e da...coiro
que eu espero que nisto me famma. Escrita em Madrid e
96 de marro de 1597.
REX'.
Para o Conde da Vidigueira, VisóRey da Indial- 9'

(Na Sobrescripto)

Por EIRey.

A Dom Francisco da Gama, COnde da Vidigeira, Al.


raameet.o 3.' /13

mirastes Viseorrey da 'ódio, do seu conselho—Segunda

(Livro 2• fl. 363 j

260,
L'IRey faço saber aos que eate Aluara virem que
por algaa respeitos cp,te me.a isso mimem hey por bem é
me praz que bom Frey Aleixo de Meneses, Arcebispo
de Goa, tenha e haja ern ceda hum anuo °mu aquella
prelazia dez mil cruzados de seu dote e ordenado, com
declaraça3 que nesta condo entrara° tudo o dote e cede-
..ido, emerece que por prouiso6a de fora elle de mim tem,
.
e”sios Mil cruzados que lhe tenho concedido para os
poder épartir pelou sacerdotes ernenistros dá Sé de Goa
como lhe parecer, em que ao todo sou informado que se
montar; oito mil .cruzados, os quaez. todos entmra3 na
consta dos ditos dez mil cruzados, e fiquera com a meu.
ma obriaaça3 de repa rtir pellos ditos sacerd otes e mcn is•

troe eu ditos mil qruzadria; e hey por beni que este. dez
c'rtizados sejaft daqui otra diante orderfadO e dote
peréetuo do Arcebispado de Goa, etrocos tenhatI elia.
Ira tit4 Arcebispos ,que ao diante sucedererri ao dito Ar.
cebisei Dom Frey Aleixo de Meneses com amesma obri..
gaçaõ de partir os ditos mil cruiados pelladitta manei-
.; eheyi por beto que comeeda vencei' os ditos dez mil
escoados des ó primeiro dia de janeiro deste anuo de mil
equinhentos e nouema esete em diante, e oque tiher re-
cebido quando este aluará chegar nJudia do ordenado e
Merc. gire Menou tinha se deacontará dos ditos dez mil
cruzador; pello que mando ao meu VioRey ou Geo«.
nadem das partes da India, que hora he e ao diante ib.'',
eao Verdor de minha fazenda em cilas que lhe togai,'
assentar os ditos dez tail cruzados em paste aonde haja
deller bbm pagamento etri onda hum armo, e peito trea—
.do deste alluará que seri registado no liuro da deapeta
do thetiourciro, feitor, recebedor, ou qualquer officio' que
lhe fizer o dito pagamento, pello escriva3 de seu ougai
714 ARCIIIVd PORTUG172•0121.TAL

ecoultecimentos do dito Arcebispo lhe será leuado em


conta o que lhe peita dita maneira asai pagar cadanno,
e elle será obrigado à presentar as proulmás do orde•
nado e merees que dantes tinha, e a outra dos
ditos mil cruzados para repartir pellos sacerdotes e me.
uistros da Sé de Goa para se romperem ese porem ver-
bas nós registros delias de coajo ria6 ha6 de honor mais
effectO por lhe eti dar hora os oitos dez mil éuzados cie
seu dolo e ordenado, de que omen Secretario da India
pa ssará sua certida6 nas costas deste aluará, que quero
qu e valha como carta eque na6 passe pena chancellaria
sem embargo das Ordenaço6s em contrario, e se lhe par-
,. por ires vias, de que esta he a segunda, cumprida
hu qas outras na& haiteraei effecto. Thomé de Andrada
foz e m Madrid a xxbj de marco de M. D. Lxxxx e sete.
RDY.
Aluará para Vossa Magestade var.-2. via.

Livro 1:li. 82 )

261.
Senhor.—ElRey nassa Senhor Manada escreuer aV. EL
per boa carta sua feita em Madrid a 26 de março deste
nono de 97 sobre o forma e mode, que ha por seu sei-.
Oiço que V. S. tenha na compra da pimenta que hada
rir nestas náos e das mais que eM courpanhia delas dela
vierem o anuo que vem, por este surto na6 aver contrato
da arando da pimenta, e posto que Sua hlagestade terá,
por certo que cota o bom cuidado de V. S. se suprirá a
a falta do dinheiro necesario para O Cabedal do
dita pimenta, para o que na dita carta dá Sua Magesta•
de ar aponta," os meios que se cá oferecera9, mandou q!.,
eu de sua parte avissase .tambeni a V. S. do que ago ra
direy (como o faço por ordem dos senhores Gonerna•
dores por anã aver tempo para isto ir em cartas ~i0á.
das por Sua Magestade•) e ha que se pelos meios apon-
tados na dita carta de Sua Magestade, epoluta mais dtv,
1,31014.0 745

oferecerem a V. S. se .3 puder alICT 10do o dinheiro


para acompra da pimenta to-cessaria para a carga de
todas as nana que com ela baú' de vir a este reino o seno
rine vem, que V. S. dê ordem pára que as pessas que
qtaserem mandar pimenta ao partido do- incito o possa3
fazer na forma ardi-nada. mas que deste ultima reinadio
30 na3 asse sento"; planais, de todo cio rodo a neeesidada
o pedir por naf3 aver em ostro modo pimenta em abas.
taoca para ae.g. das naos, ou por se entender clara.
mehte que naii se comprando- aque moer para se tra.r
para 9 Rayn,i tomará ela'oulro cantinho por que tenha
salda em prejuizo da serviço. e fazendo de Sua Mages•
tade, edizem 033 Senhores Giouernarlores que esta coma.
503(peeromida neste casso de nad aver outro comedia)
(iene V. S. ter emi segredo- ate o tempo lhe mostraraue
comuem tisnar dela naii moldo- até ersai7 algum avisso em
contrairo por cartas de Sua Nlagestade que lhe vait por
terra; eesta une por tree uias nestas tres naos junta á
carta de Sua hiagestade de que meia traia. Nosso Senhor
vida e estado de V. S. acresente por muitos antms. De
Lisboa a 2 da Abril de 1597.—Bojo as mafis a V. S.—
Diegio Velho.

(.No Sobrescripte)
Ao Conde Almirante, Visoffey da Ilidia, meu Senhor—.
Segunda via.
(Livro 2.* ff. 391 4

262.
Senhor—Os ...catadores do ~trata da trazida da
pimenta que agora acabou era& obrigados pelo dito con-
tratis a emprestar aos coo-amadores das naos desuse:ar-
reias para o concerto que moo andai,. dellka se faz aa
Imiia antes desornarem Pera a it.'. quatro " I e."
centose3urqdps, e por os ditos contrata deres da trazida
terem acabada.» tempo do seu Contratos hca aobrigaçaõ
94
716 POires~«.....NT.L

deste ...estimo com atascaria de Sua Magesiade paria


deita o mandar fazer aos contratadores das anos pela este
effeitu do-concerto della., e nas tres deste anarr se MON-
lad quatorze mil equetorocenves cruzados: e'encomenda
bua irlsgestade a V. S. que trabalhe que cc fritorea dos
.ntramdoreu destas unos tomem sobre cy o.correecto deis
Las sem e.S.te anno pedirern este caimv.iiiia. iiandaike
V. 8. as rearee's que ha peru sa. persuadirem aissu, ena,a
que ritmado ima smeitarern fazerem Cata deap.ss sedt
forçado V. S. acuda com este emprestimo pela milhee
vi a quevuder ner cem se tocar no sabedal de piraeSnin
sie maneira que naa deixem de vir as aios cum ome;-
cesso necesario perra fazerem soe viagem; eaa8 vay•iito
em sarna de Sua ri.lagerdade por noa ares tempo pe;a
irou Non. Senhor &c. De Lisboa aiitj de abril de 597•
Rojo as surdis a V. S.—Dingn

(No &btescrfpto )
sko Ceada VisoRgy tia india, meu Senhor
ssoltrieneita aia.

1597.

WEAGENDA )3E111E.
1.1Y !DAS 1)0 ‘1CrikEl.

263.
Dom Phelippe •&c. armara, sesta minha carta de ley
idosas e o menhecireento deita som direito pertencer fa•
gn.sabur que juue juntas respeitas geie 11,e -a Une ene-
Nen, e per se escretar 4,e.rante Nlarthiaa,SPAlkoquerrarrer
do men ,crinselho, e meu Viso'Rey ao Iludia, iudee dem
..ernheigadores da mesada Relaçaa das altas pari"
benta stte pr,aii, e {nu esta mando qan da parbiesaOra
alelio -4.1iXrdjalite cpar rtodo a opto 'Mn pó "ido porres em
/AM«. 3. 7,47

Isfestunblryne Doe pagamentos deuidos ao. Moradores da


minha cidade de Oca corno• aos da dita fortaleza ea to..
dos os mais seja tal que responda a oitenta equatro teta-
fins por marco, e pronandoase que alguii pe,..18 pagou
em ouro que responda menos da dita 'Coaria emoorrerá eta
pena de perdimento da valM do dito ouro que asy pagou
para colune eacusador repartido. igoalmente, e ern Ires
abem de degredo para Ceilad, equando algoii penses ne
queixar que lhe foi feito pagamento com ouro mie res.
¡remida menos confia que a desta ley, requererá arme o
Ouuidor o qual mandará fazer exame della por pessoas
lite mais razad Multai: de o matender, e achando que
teta menos comia que adoa ditos oitenta equatro xerafins
par marco, fará• satisfazer a parte o que G lt ar,- econde-
nará ao que pagou na pena desta ley, a qual sera pu-
blicada nos lugares publicos da dita fortaleza de Me-
'ambigua de que se fará asetnto na e mota:, deita, e se
registara no cantoria da Outddocia da dita fortaleza para
¡todos ser notorio e se saber humo o asy mando com a-
sMito e pareeer dos ditos desembargadores_ Nmefiquoo
asy atsCapitad e Goultior de bloçamifique, e lhes M.a°
rpm . numprad e goarderme inteiramente ficai; comprir
e~dto como nu nesta contem sem dauhla nena roLl•
bargo algum. Dada na rainha cidade de Gim solo meu
safio dos minhas arIAAS Teses da Coroa de Porm pai
xle Janeiro. Ellbey nroeo &aluir ttsnatol,,o porida,
titias d'Albormerque, de deu conselho, se.. Visorcey da
latira &e. Antonio da . Cunha a fez mino do »saimento
de nosso Senhor .desu Ck,ioto ale mil quinneur,m.noream
enate.. lenis da. Gania ,a. fez escreuer.-0 .
Livro 1.* de Alvarás 0.. 11:1(ly

264.
Dom Oftelipdoe doe. soe que eatn minha carta de ley
,',Mcnán o conbanimento nom demito roem»,,fismt na.
.er que a-remato eu respeita a facilidade nom tine ate
° .tddnues idas fortaleza, da ladia soltad cem fiança os
»cairo érncruouszrnainimr.

presos- por r. iro. afimes contra forma da Ordenaçarl do


hiato quinto: titulo 91, que o amurado man do,ep toe
bem e Tfie praz, epor esta aninha aorta lv ey n;ando
1.1" parecer dos desembargadores da incea <ia Re/sçad da

Irradia que os Ounidores de todas a, fortalezas das ditas


rti, da loalia niail dem sobre louca preso algum per
feiro crime sob pena do Ouvidor que oiler pagar du-
zentos xerahos-aluir preso par culpa que nod mereça
pena de sangue, e serrado por tal malefício que senado
verdade mereça pema de comece <na d'açontes 00 de-
gredo para migram lugar cerro, pagará quinhentos fie.
@afins, e se curo' for que serndo asy decesso aves pepa
earritál pagará mil serafins, amarada para queira o ase
casar, ea onara ametude para a minha- ribeira da el.-,
dride de Goa. e para as dospesas das obra, da jusliça,
nas qtraes penal emeorrerad os ditos (banido,es alem
de rodas as mala 'declaradas na Ordena-ardi; acima
apvrmlada, e quê ery comprirad todos ditos 00-
ni'dõres e emb. huna deites iralda que 11M; seifa -

letrados, e esta mesma ley e a dita Ordenagar: a-


vèrá lugar no@ cápitails das fortalezas ornde naa
entres Ouuidorea. eserá apregoada na•minha cidade de
irra é nas mais fortalezas das <liras partes tia landia de
que o-Chanceler do estado mandará passar tresladou em
turma que façaii fé para oellas se apregoar. e se fazer
aeento, e se •registara nós cantarias tios escrinails dos di.
los Ouuidorea. Notefiquoo aey ao Ouvidor geral do cr1..
me da Irradia. mais juSticas, oilleines .e peias.« a q ue
p.tencer, e illeg mando qrre o cumpr4 e guardem el'a -
%mi" cumprir e guardar corno se neste comem, sern da .
Ilida nem embargo algum. Dada ou minha cidade de
noa sob meu sello das armas seara da Coroa de Portu-
gal a xiiij *de Janeiro. Elltev nosso senhor o mandou
por ?datadas trAlboquerque, d. o seu conselho, e VisoReY
da landia áce. Jour; de Freiras a fez alma do nascimento
de no@so" senhor Jesn Clarista de mil quinhentos noventa
esete. Luis da Gama <a fez escrener—O VisoReY.
(Livro 1.* de Alvar. ri. 99-)
Paecreulo 3. 749

265.
'Matidas d'Alboquerque &e. faço sabei, soe que este
meu aluará virem que por Muitos (sio ),respettos que
me alam mouern de aeruiço delRey moi SenhoF. ebem
de sua l'azedda, ey por bem e me praz e por este man-
de que nhuA cousa de qualquer sorte e'qualidade que
for .passe desta Ilha de Goa pelo pago de'Daugtm nem
de lá para' ca sere Fel' vista d'buscada mendamente no
dito paço por onde a quiserem passer•pelo Capita0 dane
na por seis ofilciaes por seu ttraucladó; sob pena ,qtrê
tudo o que ae achar que oitis". for buscado ser toifiadb
por perdido ametade para quem o aemar e a outra
ametade para os •catinos'; e para que venha á noticia
de todos mando que cote reja apregoado no dito paço
de Daugim de que se pássara certidad nas costas deite.
isimeficoo •assy a Mamei de' Gomea Coutinhe,Capi-
aO do dito paço, para que o. cumpra e guarde, e inteira-

mente faça cumpéire. guardar coloo ar neste contem seus


duuida nem embargo algum sob pena de tios ser dado
ent culpa era cita reSidencia, e mis" passara peia ehanv
releria "por.ser do seruiço" de Sua Mageatade. Antonio
da Gernha• o fez elo Goa "a xxj de feuereiro de ,9'7,
Luiéda Gama o fr,escreuer.-0 VisoRey..
trea autuo cata se passou -pára Benastatym no dito

(Livro I.' de Alvares Il. 101 )

266.
. Alathias d'Alboquerque, do consselho de Sua Ilfages.
lede, Visorey da Incha &c. faço saber aos que este meu
aluara virem que.por asy o auer por serumo de S..
Alk;dstade, ey por bem e me praz, e por este mando
aos Onuidores das ..fortalezas deste estado mandem em
cada hum amo aeata cidade ao Omitior geral doeria.
SAI das fianças que tomer perdidas em cada hal das
750 umes StSirtnévkz•enstenssi.

ditas fortalezas, sob pena <lie fazendo o contrario se lhes


dar em culpa em suas residencias, e se arrecadarem as
~les das ditas fianças por soas fazendas, as guano
se tornarati em tal forma que por falta della sal perca
a fazenda de Sua Itlagestade a sua aunais', e para que se
saiba como are omando se registará vote amuara no cart.:
tio dos escrivads dos ditos Ounirlorés, a quero o note.
fica aey. eu todos os mais olho aos e pessoas a que
teneer, elhes mando que o cumpral e guardem, e fav
ealimeitamente cumprir e goardar da maneira que ir
peste contem sem dunida nem embargo algum. doar"; de
Freitas o fes erra Goa a22 de feuereiro de 597.-.Lnie
. dlt
Gama o fez e creuer.-só VisoRfy.
(Livro I. de Alvarás fl. 101 e.)

267.
Muthiss d'Aproquerquedtre. faço saber aos que este met
niteatá ViT0111 que aunado eu respeito a alguns nimbado ,
tSlk desbmbarearem nà cidade de Cochim cobre este rasa
til> ermita llárma das defecas 'gots sal passarias, ey pot
bom emancho ene Dom Antonio de Noronha, oauitaõ e
Vedbr da fachada de Seri Magestade au ssidatic da
Ctichitts, com oJuit da alfandega e maii offleiaes deite
faeal carregar sido o cobre que este amm ven da China
r.se desembarcou na dita cidade de Cochirn em R eal-
quer nao gare lá ettiuer para vir para esta cidade de 00as
enen' arena., em Coehim oiro, se embarcará o dito co-
bre ria gale e [ternos da armada de Ray Dias de Sem -
payo, capital roer do Cabo de Cornetim, e em falta da
dita armada se embarcara eco quaesque trunfos qur
partirem de Coèhlin depois da chegada deste mau. ni-
nara, e adita cobre vira aCirco de sena 'monte. tintos
arrendo respeito .1 desembarcarem era Cbchírn tewdd
obrigaçai1 de o trazerem a esta cidade dê Gera e de 11a -
gerem na elfandeo, della os diSéltos dênklos a (assada
'de Sua Magestade, e pare se [enlear para a Yrritiaiorrii •
que fosse necessarso pegandosethe na forma da prortioetqs
pata este. e*ifnm«nftyleassargs ,ertrixotaaStedb, • OU earse-
v.selmo 3, 751

o dito cobre as partes aquem foe entregue com fi-


ança, se arrecadara dos firoldres acontiá• ‘iaç fiançar,ererud
plenos sin entregaram odito cobro a tempo que possa vir ri
esta cidade anis do inuerno, o nue.assy ey por fiem coni
parecer Pos desembargadores da Relannfi.'Notenctio ass . 9
ao dito Capitai"; e Vedor •da fazenda, Juiz dallfandega,
mais o.IRo4aos e pessoas a que este for apresentado e
cnaltedmento flelle com direito periencer, e l'bes mun.
do que e monpraZi e guardem, ejateirarnent9 laçai"; cora•
pir eguRrdar como neste he declarado setu dituida nem
tonhargo algum. FistenaZi Nunes o fez em Gim a sbj
de marco 4e 1h02,—buis da Garoa o fez escreuer.—
.0 Vists,Rny.
(Livro l. de Alvar., fl. 102 )

268.
Manias d'Aibnauceflue zieg taco saber aos .gize cisto meu
NiMla virem que adoudo mi rpeito á io,r0-0.,9.‹, que
fog 'iluda que .eiudo )uou junco tielRey de Camboja
de hum flos portos de J.pai; por achar que hiikey rio
flizii tinha tomado o dito eniribojar ,epor uni; ter oitito
13.ey de Camboja guerra com este esrado se fora reco-
junco e. aeiiatar li fortaleza de M alo ca ,e tittc
Soopiolona da Silaa do Menesez Capital della lhe tomara
edile. touco enn, )4 ,01,.R Orala vinha ee.m
flashas MiOlo fazerblas,.ariel,harta, inimoz emonas one trO-
a)0, N 1°,2. 0 .402- Nu «bem 9 1:134ruh, moo parecer dos dez.
StituniflP,admeo do ,k1,51ap que veado evrll ,1,,e paire de
se tomar resblencia ao 1..lito Capitol .Vraneisea do ,flitna
EIRoy de Camboja noinde áalta cidade de Maloca etn-
haixad orou procurador seu pata requerer pagemento.e
Fas;;ifiiçoii Oro' (0 *0,-a e•fazetidno olniiei oldn" Man#iri
Mfiteetbde que,orsi,v, 000 Çt wiklõ
Mita fortsleea, intim luziu dos Veneadores ato dira .nblatig
elestelsresonee zong.roie neta ieleitoicza Ciairoova par9 heti.
lerioveloç 41fioinno drmHa, lhe fix9sõ remi iiqiiingge
.çÉt!a •cord¡a ahulita.putIR e rtniip hlo l.iisodoaqoo, krifit4f1.
752 Alterne° poirezeUZZ.ORteireal.

ria, fazendas, moços emocas que o dito junco trazia, e


que constam pelo inventario gire se avia de fazer da farr
acuda do dite junco, e peto sumario de testeintirthas 'que
mais -raza5 [aterem para saber deste easo que pele dito
Mattitn Afonso eVereador sera5 °ro,e u.talarnas, sendo pias
mei', citado o dito Fran-cisco da Silua rara ar ver ïtr•
+ar peio AVIO, que noto esta lhes será ttolesehtado, dna°
conformando o Vereador eleito pela Cai ara cuins di•
to álartim Anitis<r, os ditos officiaes della nomearei; ma
tro Vereador i.ra ser terceiro nas duttelas qrre ambos
tiliereni, e o dita ;tintim Afonso' e Vereador inattel2raa
fazer execuriar3 nas ribas equaesquer blittoS acotul't dite
Francisco da Silua ale realmente pagar a valsa xter dite
junce, prata, fazendas, moços, emaças que nelle
o que assy se emnprirá roni embargo de dim Francisco
da Situa ser ao tal reingo Capitair, e da Ordenaçail em
contrario, e na5 vindo a Malaca embaixada 011 prec0.
redor delRev do Camboja o dito Martire ACorreu de 'Me.
lo nem o Vereador seu adjnnto net', tomara., eonhesp
•iiiento deste ouse porque na reSidencia se procedera
contra olhe coroe perecer 'justiça asy gelas' enIKrs que
nisto comete° corno pela satisfaçail do dito jrnteo, praia,
fazendas, moços e moças gire nele vinha5. Nolefrcoo
assy ao dite Mastim Arrimo de Melo, Vereadores, mais of•
freires e pessoas a que esta for apresentada e o&estile,
cimento dela pertencer, elhe mande que 5 comprai,- e
guardem, e façad comprh‘ eguardar com se nela con•
tem sem 'lenida nem embargo algum. António da Cu-
nha a fez em Goa a 29 de marco de r597. Luis da
Gama o fez eSceruer.-0 ViSokey.

Ey por bem que a prouisaõ atrás e acima escrita


se dd a sua deuida execueMs" sem embargo de qUa.qdZ ,
embargos com que 0 dito 'Francisco da Situa vier,
que seja5 de éricompete.cia eiseoça5 que prateava
por ',cai', de ser fresca e cavaleiro da Ordena
areado respeito (odita pronims5, e cata poatilla aet Por
esmoerei '7013

liada com parecer dos desembargadores da Relaçaõ, e-dis


Doutor Poro da Situa, .Juiz das Ordens Militares destes
parar! da 1ndia, e Chanceller do estado. Noteficoo assy át,
dito Marfim Afonso de Mele, e Vereador adjunto. para quis
cuinpraõ e guardem, e façaõ inteiramente cumprir is
guardar sem douida alguil.. Antonio de Cunha a fez ent
Gort a uij de Abril de 1597...0 Viro Rey.
(Livro 1.* de Alvarás fl. 103 )

269.
:Dom Felipe 5ze. a quantas esta minha carta de ley
;irem faço saber que atendo eu respeito aoe Vercado.
ea eofficiaès da Comam a da minha cidade de boa era
nome dox mbradores dei-ia edas mais cidades do es•
tad° da índia per sua . iseticaõ se queixarem a Mathias
diAlb.cumerque, do meu .conselho, meu Visorrey que
ara fie das ditas partes, dos respondentes que asilas re•
sidero tratarem com o dinheiro .. de seus mayores ecota
autro inuito que tornauaõ a partida com que °colmeal,'
a mayor palie do comercio 00 Camhaya, Finde, Falis,.
ima, China, Ormus, Moçambique, etoclos,os mais portos
fie comercio e trato das ditae.partes da lndiai Com quê
equifiaõ a sy.. todas as fazendas, para com os di re yt os
'das entradas lhe ficarem li urre as saidas, e poderem fa.
Zer etri sy. mesmos todos os empregoa das contissoís que
he eusturpaõ hir deste Rei., por cuja conta e risco
!miramar,- as ditas fazendas, o que tudo resulta.a em
nroueito dos ditos t'espondentes ede seus maiores, eem
tiotauel perda de rninha fazenda e perjuizo di, beirt
comuna por respeito dos casados emoradores da dita ei•
illvde de boa e. das mais da ludia que viumn doa
empregos que saí e Unandaõ fazer aos portos ,della para
lerem que condor na timeçaí, doermos do- Reyno, cal
acharem naquele imitio quem lhas quisesse czonprar
bise os ditos respondentes terem em sy as mesmas fir.
ienles,.e se as comprauaõ rios »atura. e moradores das
ltti aidados era relu preço .ple qoctial, e m uiioo teses

90
754, amaino PORTUOVEZ•0111ENTÁL

adas, pediddo os prouesse Sisto corá justiça, • emita!,


desando odito meu Vissorrey o grande perpizo que as
tinha seguido ese podia seguir ao diante de os ditos
respondestes terem o tal trato, e aperda que a minha
fazenda tem recebido, eos moradores das ditas cidades
perecerem em seus tratos, comonicou este negocio em
conselho presente Dom Frey Aleixo de Meneses, Ar.
cebispo de Goa Primas, o Chanceller daquele estado,
edesembargadores da Retaçaõ delle, é Outro4 letrados
theologos e juristas, asy Religiosos como secullares,
onde por todos foy vista a petlçaii da dita -cidade, O
Outra que os ditos respondenteS sobre esta mesma mo.
leria fizeraõ ao dito meu VisorreY, ecomformandomá
-com o assento que tomou o dito Vissorrey como ditO
Arcebispo, Chaticeller, e des,mbargadores, e mais letra.
dos acima apontados sobre este dito negocio, depols*dr
bem vistas eexaminadas as raZofis *pontadas pela dita
cidade e respondestes- por roías peliçoõs e as mais que
foraõ necessariss, ey por bem e me pra; e.por eáta
mando por vertude do dito assento, e por assy o auer
por muito seruiço de Usos e 'Seu, e bem do minha
fazenda e dos moradores das ditas cidades, que da pe.
blicaçaõ delia em diante os ditos respondestes do Reyna
que'residem e residirem nas ditas partes »3 temerá
nem possaõ tratar mato que nos portos da China,
leque, Cembéya, eRindo, enoutros alguns natY, e isto
com cabedal de quatro mil xerafins cada bani -que
lhes assy limito pela maneira seguinte, a saber, mil
para Malaqua, edoas mil para Carabaya e Sina°, re•
partidos como mlizerern, ou todos os ditos dons mil
em Cambaya ou no Sinde, sob pena que tratando para
outros portos alem dos qUe lheá limito, ou pellos !bai-
lados com mayor cabedal do que lhes assy concedo,
perderem o mais dinheiro com que tratarem e as (ti'
asadas que lhes vierem em retorno delle, arnetadc pa.
Ta as despesas de minha ribeira de Goa, e outra ame.
bidé para quem os acusar e para o resgate dos captit
nos, oque tudo se excetuara nos culpados atoda teMpll
',sermo 3. 755

que se lhes .prouar que foral contra esta minha carta


de ley sem remissa5. Noteficoo asy aos Ouuidores ge-
rara do "crime echiei das ditas partes da Judia eato.
das as mais justiças e officiaes epessoas das fortale,
zas e cidades delias aque pertencer, elhes mando que
assy ocomprai:o- e guardem, e inteiramente façati com-
pele eguardar esta minha carta de ley da maneira que
pe nela contem sem duuida nem embargo algum, aqual
será registada do Livro dos registos da Camara da dita
Cidade de Goa edas mais da India, e apregoada pela.
luas publicas delias para a todos ser notorio e sempre
se saber como assy o ey por bem pelos-ditos respeitos,
•outrosy se registará na Chancelaria ikinde o Chancel.
ler do estado ataviará os traslados asynados por elle
as ostras fortalezas e cidades. Dada na minha cidade
de Goa sob meu sello das armqs reaes da Coroa. de
Portugal a xiiij.' de abril. EIRey omandou por Mathias
d'Alboquerque, do seu cons elho ' seu Visorrey da Sadia
d‘c. &teima Nunes a foz anuo da nacimento de nosso
Senhor Jesu Christo de 1597. Luis da Gama a fez es.
creuer.-0 VisoRey.
Verba a margem.
NitiChe de nenhum effeito já esta ley, e ficou esta
gente liberta por se passar huâ prouisaili para este effei•
toppello VisoRey Ayres de Saldanha, que fiqua regia-
leda ás fi. 163 do Livro 4.'— Velho.

(Livro I.' de Alvarás II, 105 p

270.
Dom Phelippe &c. aquantos esta minha carta de ley
'Irem faço saber que considerando Matias d'Alboquee.
que, do meu conselho, eVisoRey que ora he das partes
da Judia, afacilidade com que os tapita3P doe galeo3o
da" viagem da carreira de Maluquo deyxa3 fugir os pre•
sus degradados para aquela fortaleza qse lhe sal emtrep
gess na cidade de Goa por ordem do Quitidor geral
7b6 9011111 01/139.01dItIML

d0 9901d0 obrigados lesarem 09 tara presos ir


lama recado nos ditos galeoás que Sad meus, por nau
roer outra embarcaçait em que possaít ir, e o perjniso,
q.o tem resultado contra o" bem comum do estado
ata India da fugida dos ditos degradados por naa
:4á somente uai; hirem.satisfüzer com a pena em nas
; condenaios
‘190i. prr suas culpas, mas imda por,
ocasiall de seus 0111i9103 encorrerem em outras de
acuo, e virem a ser alenantadOs, coinunicou este nego..
cio; na mesa da Relaçaa da India com os desembars
gadores della, econformattdome com o assento que sobre
elle tomara& perante odito meu VisoRey, ey por bem
e me praz, e por esta quero e mando que os Capita é -s

da viagem da carreira do Maluquo seiaél obrigados a to.


mar etomem enstre.gua dos presos ode piar ordem do
dito Outlidor geral lhe forem entregues, eos lesem abom
recado sé Maioria., ontrlé .o's endregaraft ao Capitar, e
Otmillor daquela fortaleza 'presente o feitor della, ecobra•
rati certidaõ autentiqua asinada .por todos eles que da
torna viagem npresehtaraõ'no dito Oüuidor gerai para,
a aprouar por tal, e se saber como asy o comprio, stlb
pena que qualquer dos ditos capitaés da carreira que
nua tomar erntrega dos ditos degradados, ou urdi' trouxer
dita eertidaft pelo maneira qtte dito lie, perder todas as
/iberdades de bares forros que por bem do regimento
ribas' nos ditos galeorès, ese arrecadaraIl para a minha
fazenda os terços e choqueis de Rido o seu eram, que
aellrp e.blarcareM como'cle qualquer outra pessoa par•
ticular, ealem da dita nona que sempre será irteMi•
sivel emcorrevall nas mais que parecer justiça comforrhe
acalidadc do caso. Noteficoo asy ao dito Ouuidor ge-
ial do crime das ditas partes da India, eaos CapitaNs
dos galeoés da carreira de Maluquo,ü ao Capitad da-
'titula fortaleza,. Ouniefor, e feitor della, ea todas as mais
justiças, odiciaes e pessoas' aque pertencer, é lhes man•
tlo que curnpraó- o guardem esta minha carta de Ie . )
,
da maneira que se nella cobrem sem &salda nem ern ,
45 .'gtl
, „,um,'a go al sapregoará
e nos logases publicos dtt
aatalcula 3.' V51

pita cidade de Goa, ese registará na chancellaria dello


no certorio do juizo do dito Ouuidor geral para a toda*
ser ~orlo e sempre se eaber como asy o ey por bem •
mando paios ditos respeitos. Dada na minha eidede'de
Gee sob men selha das areias resee da Coroa de Par,:
legal a ali dabril. ElRey coso Senhor o mandou por
Madre, d'Alboquerque, do mu conselho, e VisoRey d•
Índia &e. Joaa de Freitas a fez anno do nascimento_ d•
mamo Senhor Jesu Christo de mil e quinhentos nouenr
to • sete, Luis da Gama a fez eeereuer.--0 VisoReq.
( Livro 1: de Alvarás 8. 101 bis )'

271,
aratliias d'41boquerque &e, faço saber aos que eef•
pica aluara virem que arrendo eis respeito a elRey meu
Senhor nitri' ser bem seriiido no cargo de almoxarife dos
almazens da fortaleza de Matagais, e soa fazenda roce-
•ber hotauel perda asy nas despesas <pie o dito almesxx-
rife faz corno no ordenado que Ipua, e ser rbaia a#44,
veniente que o feitor da dita fortaleza sinta de tudo.
pois por sua maõ corre, a arrecadaçáõ de todo o.dinbel•
despesa da fazenda de Sya .hlegesiade, por lodos
os ditos respeitos e por outros justos que mo a isto rangem
aa'teruiço do dim Senhor e boa ordem de rua fazenda,
,9 Por bem e me praz em nome de Sua lalagestade grie
daqui em diante naõ aja mais o ditp cargo de almoxa•
sifc, enenhua peseoa ti sirtur, nem Seja rnetido.eln pporz
delis, por quanto por este o extimgo eey por extimgido p
mango todas as prouisoO" que sobre elle eaõ _passadas, á
Ilitero que nen- valhaõ nein tenhap forca nem -vigor af-
gurdi eque os feitores da dita fortaleza com oordenarro
atte teal eintaa juntamente da almoxarife e 0,, n. 3
lhe e com suas receitas e despesas para darem coda
.
;_le M4 0 aa cata dos Contos, para cujo effelto e de se 7
aagLO aay ey por, bem mando que ests'inen 'alua á
se registe no hum dos reglatos da dita casa doe ConmS,
tA.L.dita feitoria jio Plalaqua, e bar receitkie' 'de par%
AXORIVO .PORTUOVEZ,ORIgN7,4

hum dos feitores da dita fortaleza. Noteficuo asy ao


'Vedar da fazenda de Sua Magestade, Prouedor már dos
Contos, eao Capitai', efeitor da dita fortaleza de Mala.
erva, Ouuidor deita, ea todos os mais officiaes epessoas
á que pertencer, elhes mando que ocuropraõ eguardem.
"e:inteiramente façaô comprir eguardar da maneira que
te neste contem sem duuida nem embargo algalie,
qual -valerá como carta passada em nome de Sua Mages.
lede, Ceifada de ara seno pendente, sem embargo da Order
nevai,' do 2.' Livro, titulo xx, que o contrario dispaa.
Jorra de Freitas o fez em Goa a20 dabrrl de 1597. E
os feitores ioda que siruaõ o cargo de almoxarife naõ
venceraô mais rple o ordenado que tem com o cargo de
feitor. Luis da Gama ofez escreuer.-0 VssoRey.
(Livro 1." de Alvarás fl. 102 e. bis)

272.
Dez! Phelippe &c. a quantos esta minha carta de ley
virem faço saber que avemdo. eu respeito a ter prohi•
bido por meus regimer.tos que nenhua pessoa tire nern
embarque trace algum nas fortalezas de Maluque, e
AMboino, nem trate com elle fora da carreira da 'adia,
donde todos os ermos vay hum galiaõ armado ácusta de
tainha fazenda buscar otal crauo, por todo elle esuas mi'
nas (sie) me pertencer, que sempre falta para bem de sus
grega ordinaria com que minha fazenda tem recebido
notauel perjuizo por no mesmo anno bisem das ditas for-
talezas de Maluque e Amboino embamaçoôs carregadas
de amuo para as Manilhas donde passa a Mexioo e 4
outros pertos das judias occidentaes contra forma dos
ditos regimentos, como a expiriencia o tem mostrado, e
de tudo foy imforrnado Mathias d'Alboquerque, do meu
eortselho, e VisoRey que hora he das ditas partes da
judia, oqual considerando a tal desordem e a notanel
perda que delta tem resultado a minha fazenda come'
picou na mesa da Relaçaõ da Judia com rdesembar-
gadpses della para se dar alguma ordem oomninieMe
',MIMO a'

triPI que se prohibisse de todo naõ se leuar para as Ma.


nilhes'nhurn crauo, e conforrnandomé coin oasientoqua
perante elle tomarei, os ditos desembargadores sobre está
Meteria, depois de bem eaaminado todas as eirconstanoias.
della e o que cómpria mais a Meu »ruiu° ebem de mi.
Ilha fazenda, ey pot bem e me pena e por esta minha
Carta de ley mando por todos os ditos respeitos que da
pabliéeçati delia em diante nhum capitaõ" das ditas for.
taletés".de Maluque e Amboino, nem outro official nent
Prnlja de qualqaer calidade eCondiceõ que seja, mais.
de Ilettt possa mandar delias nem doutro qualquer pe.,.
to às sita jurisdiçaõ einbarcahaõ alguma para as. Mani.
lhas, ou para qualquer outra parte que aaõ for para a
Índia com era« pouco nem muito. de qualquer sorte,
poeto qup seja Com Ululo de Mandar Com elle buscar
mantimentes para as ditas fortaleces, eque aleguem ou.
Iras causas para isso, sob pena de todo o capitaõ, fey•
oficial, ou outra pesada barticullar gire contra afor-
ma desta minha defesa Msnrlar ou embarcar crauo al-
gum fora da -carreira da Judia, ou derma aisso ajuda
eu coriseatimento per qualquer via que seja, enlcorraõ
tia pena de morte nattirell e era perditriento„ de. todos
Os leoa berra para a Pildha, fazenda e corda, que se
executaUi ires Ctilpedoe muito inmiramertte da publiceçaõ
desta ley em diante, qual mando se publique pos lugares,
f ublicos da cidade de (doa, ese registe na Chancelaria .dei.
Opara a toddsaer riemrio esem pie se saber eortin asey o
pqr beta pelos ditos respeitos, e pela tal publicaçaõ or
brigará esta ley,as penas rufia contendao nas ditas for,
saletas de . Maluto e Amboind•depois do chegar a ellen
gallaa &dl doais mis que vay por duas vias, 114 para
ficar eis( Amboitio eOutra p.a passar a Maluquo, ern cuja,
fe itMine tanlbern se jegistaeá, e asj,ey por bom e"mando
O atter por aleito risco seruiço, que contra os -que
"use deita, ley tluerhrn mandado eram, ás Manilhas 9.3
qualquer ponta Pira da Índia se proceda com toda. os PS ,
use Opte per .direito merecerem, pois o fizeraõ contra for.
'U i aos regimentos que sobre isso saõ .passados. Note:
/60 flteittsz MICranakt•PalENTAL

fie& assy aos Oeuidoret gera& do &line •eiuel daiÀd


tas partes da mim, eaos Capitada das ditas fortalyrd4
de Maluquo e AmbOino, feitores, e Outfidores dellais,f e
a todos os mais &pinte"; justiças, officiaes, e pessoas a
gile Pertencer, emando a todos em geral e aidade hen,
ern éxpicial &mural; e guardem, e inteiramente façad
emnprir ç guardar esta minha carta de Jay da maneira
que se deita chutem sem duuida nem eurbargio algum,
Dada na Minha cidade de Goa sob meu seno das afinas
/enes da Coroa de Portugal a quinze de .Abril. EIRey
nosso senhor o mandou por Mathias d'Alboquerque, do
seu Conselho, e seu VisoRey. da 'adia &e. Joad de Frei'
tias o fez afina do nacimento de nosso senhor Jesu Chrisiff
d'e mil quinhentos 'torrente esete. Luis da Gama a,fen
•sereuer.-0 VisoRry.
Livro 1. de Alvdrás fi. 1b3 r. bis)

273:
Mathins d'Alb&pleriple lge. faço saber sies Ore esta Med
pinara vitela que avendo eu respeito a-elRey Meu ser
riliot em suas Instrueods me ennon'tender fiaesseefuntra‘
tal per conta de sua fazenda cobre da China para que aif
esse a, ceei cidade Cede dono tanta °entidade deite -que
testasse para de fanar édi erteltraxin ése bater em tiro'
eda meada de baXarucos que ',Odeie& resultar do ditO
&Meato hem deito e honedto rerndirrieuletpara 'ajude dal
erdinarles e despesas deste estado por -ter reseruado o
contrato (rd coldre para ona fazenda somente, e.. u-slY let
.
Concedido fé &tad' quê outra pessoa atufa nelle tratasse
sem soa licença ou de seu VDoRey., peli4que lnandern ,
atm& passados e este prègehte aprégoat pena praça
gases pubileiri desta &crede se alua que& qtrisease con .
trend odito cobre, eecodired algüàs pessohs que &lie
quiseratt entender e aponterad alguas eondieóe's tentn
em seu proneito eera perjnixo da fazenda de Sua llfd-
gestade que me pareceo cai ser justo coireederlha, e roo'
do eu que a faxen-da-do dito senhor esiada impossibilitdx
da para per coutai dela se mondar trazoi o cobre qtre tta
,zssehtut.o 2.' yg 1

rfecesserio'pttra'oe killbs ,efebos, comuttiquet. este tichmulq


,,là,
tte se efficlaes do fatfenda thtilitt,:Smittef; c'entnibtin'ans
darrt''o' a.
éseuté qoé elier perapta"'iniM e•Télriati3
fUltíte eStannatéria,• -e t•onsideran3'tõ anaki- tt's > .azotés quê
sittoW"elle:fóte2 titt2ne ehuas •M`teuestanei'as, - _nor este
ody Estme'rna'praz ala tuim e tiellt,ey- ateis S_etáml.
It.Itz'á^la ,lortoheSetetheréaãorese ra gettil-e-.a-eada lfldtT
r. ..ep.P..á.i,..-A..<4U1 1rior Ontra,.4tqu'eee
., , , flue guie° , re -.
ie.r ou mandar da China en.ht.e.e tratar adie, o possa
urémente fazer com dee.J.sx4•9 que o Iterar) on manéla,r,
daraó- todo a esta cidade de Goa, e onati.dese,mbatcaMfi
.-,,tr .11,5",/ra' pâtis sè fiertat12 ."kritso.tr_etenf
ètt'S 4,étè'fhtentó'iht dito cobre é de -ShSS fe'Z'Sada:sre,ha'i
mals -titaaa .•Ossttaei qné the .pgrécefltáte", -"Utinittits-'44
tiahido'h`tlin'bobée!tittqata2 jia álrandégá qlesta
1M- eotfre.os dSfeites que deverem do'dito Colme; é. tts ,das'
rétraa itierentiotiar e fatenda , sque despacharem uni Mas
hicjite'on:.-
ifeSta hitiátié,'•e derkont guta linèrem pague do dito
direiteeittlei'hénk,ShaSitt tants algum eti4te puiu o'efrult.cf
'èë'Stla,'NftlAtslatIt",,"01 attéfá ulereadhhts 6• pes,ba`6-8,yfi-a6(
6i'd616W -15Éld'Offli'lju6 àá'Ye'efd -ttaihfe&irhesè fit'é e.'pWg52
kURtIttiedeli‘ 'da'faZett'dá' tia Sitia h'IdgS"Sthetfe . ,4
Ittdo ,oeífIttIS :chlitre -'tyOe'"Illd ,sôbéjas'iletthiS•di "2,Peme''Uqt
nailórhttleds/Sté aity
Mééeddehe'S q'ithstsnite' lear • litttéittente
e'è"th
titri Ytét trh`tnifesShelhe
tomkdulttlfarÉe'n Sei 'ill'htféhétffté
pliaritl'ici'agiVa.k.laagah a va711 ..,ffilla,"èard6 .-
ilehf lhe'Snr feita hirta tigikifo;'
h!=tatt'"éotiStioèá •déela.M'ehès: SittéNnleftUnfenth'èel.113
flhadlaIjs ala Yobrèeitus que tiatatetYS em' notthr,
•a ulite licer.'.14.ftefl'e&t'eareq
•N'Sttot''q'à fr•SZétida• -de •SIM -hltegesItt36,.. da 5iittG ,rtwr• 61p.
u lnda;"61tPt -do-fih'ial6r/à.tte161, [fRI. ,Je'rt:
tlega, Wettifist4eltit;••Mais' itisties,•oltfelttes e' re'sse,as
elegleerteuttet? e•tties lundu que-o-c,t1teprát 'é ,e..'llat4énT,
U'n até irena te'll éha'kUln -"tutek

htthtette tens'ttuttfefte''herr, ,erlibalga trg orá' ,.a.


ti 0tiuddIutiilfls tutfs'Itithlizedstie"tukt' ditturieè MI&
762 anCtttVO PORTUOVEZ•ORIENTAia

lagoa e China, eregistada nos liuros de suas Camara, '


faitorias, e alfandegas para alados ser notaria ese saber
corno asy o hey por bem pelos 'cílios *aspeitos, e valer*
como carta passada em nome de Suà Magestade Bem
embargo da Ordenacaá do Livro 2•titulo 20, que o_con-
trario despôe. Antonio da Cunha o fez em Goa a ab de
ábril de 1597. Lois da Gama ofez eserener.-0 VisoRey.
(Livro 1.• de Alvaras fl. 108 v.)

274.
Dono Felipe &e aquanto* esta minha carta de ley
Tem faço saber queauendo eu respeito ter mandado per
minhas prouisoès edefesas sob graues penas que ne•
alma pessoa trate ern pimenta nem alrue péra outros por:
tos mais que para as alinhas forialezas da india para
no peco delias se vender para a carga da* °aos, e al-
gizas pessoas contra forma das ditas defesas esem temor
das penas nanas contendas mahdall elenaá da fortaleza
ecidade de Malaqua eseus portos para a Chia muita
cantidade de pimento; cormo foY bnformado átathias d'
Alboquerque, dó meu conselho, eVisoRey que orá he da
Sadia, que para ir dar algum rneo conueniente Com qué
sa probibisse de rocio traia laS perjudicial ominha tanta!,-
da o- COMOIliCOU na mesa da Relaçaà das ditas parte
cornos desembargadores della, e lande eu oiatrosy
peito ao assento que -elies tomara - á' perante adito meu
VisoRey sobre esta mataria, ey •por bani e Me 002,è
por esta mando e defendo que dá puialicaçaa deita ein
diante que nliná pessoa de qualquer callidade e com•
diesel' que seja lese nem Mande da dita fortaleza de'
Malaqua eseus portos pesa a-China pimenta alglia, eto-,
da aque ouuer embarride para airidia ou Coeldwaüde
a poderaá•vender Ruminante na ferina • da prouisaá qaO
O Oito meu Visei:Lay tear passada eobre rua, sob .pena
ele perder apimenta que aey 'mandar ou leoas para 4
China eaeinbarcaçaá em que for achada; eemcorrer nas
mais penas que oca direito merecer e se contem 1139 di•
'Asarem.° 3. 763

tes [...dee defesas, e huds eoutras se ...ama nos


culpados inteiramente, pera cujo effeito mando outrosy ao
:
Ouuidor da dita fortaleza de Melaqua eao de Machão
que todos os asnos tire devassa dos que contra esta ley
lesaõ ou masdad pimenta para a China, ena forma dal.
Ia edas ditas defesas proceda contra os culpados, e a
pimenta eembarcaça5 que perderem sere ametade peta
as deepesas da mielta ribeira de Goete a outra perk quem
seeser. e pere o resgate dos catiuoa. Noteficoo asy ao
OIrmider geral do crime e cinel do estado da India, e
au Capitaft da dita fortaleza dé Malaqua, eapited mor
da China, Ousidores daquelas cidades, e a todas as
mais justiças., of..ea e pessoas a que pertencer, elhea
mando, que o compraa. e guiirdem, èinteiramente fauna
goardar da maneira que se nela contem eem
duoida nem embargo algum, qae a elle seja posto por
tinamo o ey assy por, muito meu ¡test.°, a qual cera
pregoada pelas roas mitificas da dita cidade de Mala ,
qua ede de Machso, eregistada nos liuros dos regist.
dessas Camarae, feytorias, e Outticiqrtas para a teci.
Ser notorio e sempre se saber.comq amuo pleode eord.
no pelos ditos respeitos. Dada na tumba cidade de Gort
sob men selle das armas rezes tia Coroa de Portugal a
.bi de Abril. EIRey o mesclou par Metidas d'Alboquer.
mie, do seu conselho, e yisoRey da latia &c. Joad de
Presas a foz asno do nacirsento de acosse Senhor
Jesu Christo de 1597. Laia da Gasta a fez êserelter.--i
O VisaRey.

(Livro 1.. de Alvarás fl. 105 v. bis )

275.
Dom Felipe &e. a quantos esta Casta de ley virem fa-
ço saber que por justos reepettoe que me a isto munem
do seruiço de Deo, e meti, e quietaçad doe moradores
de cidade de Marital na China, e ee eviieveM Moãtãã
deserdens e inenitos que nela se cometem, e per asy
764 ARCMVO e00000050-ORTENTAL

p Voniasenr.ns..desarnbaspflase? da Relaçaa da Indim


tnem ',marno .51 atl. ias. d'A Ihoq uerque, .
do meu min;
Viert0ey ri1Mpra •he deila, py por beta e me
10, "..4 .9" g '))) 0 .t"t4..defentlo que da .publieaça5 dela
-
Ofln t1iante oba e tapa.a, de. qualquer çalidado ,e condiçaa
ar cfentatta ehlade 4e Maohno resedir ou:atila
f9; Imita optro- algum .pacratto da, qualquer nutru
jjaça5,,forro..qu gatium traga. iam poisa trazer catana
grattrle*.pena' paquena,,inda que rija em emppanhia de
neu.taenitur, sol? pen.;,,,do Iodo oqao oow.ela for achado
~ohm Imota denta• [Rinha lay detido malha ser,eatiost
para,pa.niiphas grnjabs da.Ia4jn para sertapre, e. sendo lis
pypiser,,dçgradado,por, doe atinoa para as meeiro gaites,
g,,pmeier, e, oatatte. ,qua: lha for anilada para o meirinho
girg p!tomar.pom alta, q boa roupa eMitra Se executarb
pnç qpipedos,, muito joteirameme e Seth rernissaa, , e para
to4O. qeS Rotttrio eeenitflro ar solam como asy o ~do
e,defendq anta ama apregoada potes riaas públicas:da ai,
qa,oidade tIa a/acarto, erregkstatla na iorti dos reietop
dp Quotdmia d.ella. Notefipoo assy ce Omiirlor geral, db
gritos dalptlia, e ao Capino-Ámór, eOlouitloradalalaoloío,
,a.,. tojlas as ,ohits justiças , olliciaes e peasoas otqua
pettortoer, ;e lhes Mando 'que assy oan raiiraís" e guardem,
MitMsame.ote loçoõ domprir e,guardio. da Maneira qUe
se nan{Il COnSein Sen., nl otaelo item embarro. algum,. Dada

ffit,009h. sitiado da Qtta aub meu selodas,armats réaei


da,Petrue., de Portqqa1 o deepss_nis -de Abril, DIRey:n
mandou por Mathias d'A lboquerque, do seu nounellso,
e VisoRey da ludia a rq. Autpu i
o 11m1ioSa a fez ano do
Dacino6114,, ,de.no.o '9éiah'oi';Ie=i1 • Cliri.lo de 1597. Luiq
da Gania a fez esereuer,,-...0 rioRey.

(Livro 1.' -
de Alvarap Il. 110 Y. )

276,
.Mathinq.d/Alboquerquet dro. ,fnço pahqp . aos que estn
meo aluará, sirena CSno saindo s* trppCatíba Se0,1 4"
”AaeleeL03, 5 <78

Amboyno nad ter rendimento, nem. nella se fazerem:1-bn],


tant despesas •que tenha necessidade de correr pot—feit,
toras, e senb'd deites legara ter dello conte desde otem.
po que se fundréu; e-sse6.,an,er deli-a mseseptouello,.:o ene
mente ps rkitos feitores ~roerem de,leuerem ordenadoe
escusados e fazerem despesas extraordinarias em dago dg
fazenda , de Sua IllagestarN-o por se asy atentar perco.
te mim pelos officiaes deus, ny por bem e.me praz que
51k-feirpra destu emrflmntg rpp. forWee. qle Atnboyno
peq. ajo mais feitor de:Sua Megestede coroo attlyet,preeen,
te otos!, e que os pepita,s della eesy. o que ore,struji
e'terno ...Atm péla tempo qm alente forem Sirtrajl tombe
du felmr. ee gomo se faz em entres fortaleza, da. m

gsobre alies se earrnguern em recepta o proutrogalb, q- uo


for dedo cidade de Goa ou da de Meleque e tudo oOsato
qUe fazenda ele Sna,Magestetie, eo dag re o,t
puae tare as ,despesas com g escrutai, da feitoria c055-
forme
pendo ao
dos regitnento,
contos, pgre
e, es,,quaee
seta obrigado
despesas
e'dar
terit
conta
lrnsssJiat
na
que lepará de lodia numerado per hinn contador quanto
du
for nua
e,ntrar
y'enr4
na spa
, recria.
e
fortaleza,
dito eqpítaa
sob pena
ordepado
que nafialgurn,,
o gero

lerá botes f,r .rroe r. Pingara a fazenda. dq Sua 1* . egéstg—


de •toda qpetdo que. por sue' ceuse •rdegber. iklef4CoO
assy ,ao Vedoe da facetado de Sua Illagestajle„ ProueL
}kg roópdqa ecol., e a ineti Cayado de qaMbriee 'citlik-
lap de . 4,mboytiO,,é a Ledon ee meie Officiaes e pessoas a
p5. e,ste fíir eprèSentedo e oconhecimento pleile pese».
ser, e.files mando ripe o eumpre . a e gliartiefa, o faeaõ
fOr,n ,ppr n guardal corpo esneste.uónteip'eerri duu*da
pem....rnhargh algum, é velerg corpo ntirta paio'que
féitó deite aja de .durar Mara de hum armo sem ernhar r ,
go dá',Cirdena o dtalo xx em enhrratiò
p, se ,regiStarg nos Castos para obrigarem aos [lit.' ta.
plteZ, s e'darm 'a dist con`tg, e este próprio se carregara
psn _recepta Sobre ,CliristOtta8 Sé, Mello que ora vay por
do viegeni Mariq'uo -pera` o ebiregaf ao' dita
.

l'ayetiloinpltká -rfe Aktnreino-nom e tiutd receiriq


41.111Y0 PORTUOTHWORIENTAL

árdespena qtie tambpor leoa para elle, eficará obrigado


a. traem certidaa de eortio lhe entregou tudo. Antonio
4e Cunha ofez em fiou axbij de Abril de 1597, Luis
f)a Gama o fez esereuer.-,0, ViaoRey.
Litro l. de Alvarás 11. 112 )

277.
'Matfilas d'Albuquerque, do coneelho. de Sua blr ,) ,
gearei:lê, Vieorey da India &c. faço saber 'aos que esig
ui« aluará virem que turendo eu respeito ás dilligeti
piar eme fez Francisco Paro, Prouedor mAr doo contos,
ec:elide:á e aeste 'oures per que ermata que nu ferede -
-
álte de "Maleço carregaraa de mano hum Junco e dtrat
rragatas per ordem do capiiaa. Tristaa de Sousa, e pot
'pausa tia erguea de buh deltas faltar erauo para aeabat
de carregar ogaleadl de Sua Magestade, de que era Cs.
,pitaõ José eas dites cargas se fazerem som pio
‹Mettal 'de Sua Magestade nem minha, e arrendo ootrosy
respeito sais embarcar os terços que pertençiaa u dit.
:Senhor doe ditas ernbareaçoée, emandar ficassem na dite
"fortaleza para se despeederem per sua ord,ern, tudo con•
,gra forma do regimento de Sua Magestede, eia que deu
7,1,0tattlirperda asua fazenda, p avendo OttÉros7 respeite.
como o dito regimento defende expressamente que o na'
prtaa 'de Maluco riaõ rome terços pera la, os despender
por. maior ueeessfdade que aja sob pena de os pagar em
d'oltro pela varia da Inala, ey por bem, esoe lime .1" " e'
einreguo .etrrreeepta sobre 9exeéptor geral rt crauo se•
gumte, foaber, rente corenta e cinco bares certo edo«
eates' eMetro de bastahl dos terçOa de junco. Nossa Se'
mora 13oa Viagem, dou . quaessaa earregedos eralreceita
eg.pre ofeitor ['et!, Lourenço oitenta e MIM bares eeal «.
vinte eJoie eares, e os sesenta equatro bares qge odito.
capitaa :tem em 8),, qtle 09 tÓrnoll corno por ernirreslom,
como a dita receita declara, aasy mais embuta esete bar
Tez certa:, e teto calca e moo de cruzo de cabeça dos tem
«mano 3.' 767

bado era» que« carregou na fragata Sa3 Boaventura


que sai1carregados sobre oditii feitor, eassi mais cinco-,
gota ê nous bares de crauo de babeça ecinnoeota ecin.
que cates dos setenta e no« bares Cineoenta e cismei
cates dos terços da fragata Bom 2esu, por sitianto os vinte
bares traste para a'adia Jorge Corei de Lacerda no gaitar,
da ostreira como declara areceita do dito feitor, para iss
dito executor ler cuidado de arretiadar pela fazenda-do
dita Tristalli de Sou« todó ódito anuo em dokro pela
vailia desta cidade ainforriSe no dito regimento, e asai ri
imo ao liquidar que afazenda de Sua Isilágestade rocas
luso de, perda -nos terços echoqueis que ouueradauer-aa
galha -em que foi José Pinta Carregara, que por causa
de se «freges- afragata derradeira faltou «ano para o
dito galia3, etoda a fazenda què ara nesta cidade- for
achada soei eiecutada ,conforme «regimento,- oque asy
se soropeiei .serii dasida algul Antonio da 'Clinha.o feti
'em Go, aabiij de Abril de 1397.-0 VisoRey.
(Livro 1.* de Alvarás 12. 123 )

278.
Dom Felipe &e. faço saber aos que esta minha., ley vi:
rem qu,e sendo informado Dom Francisco da Ganta,•Cont
de da Vidigoeira, Almirante eVisoRey da Judia, da tad
eillidUde a. atreniniento com que alguns hanens saro,
alt temor de Deos, •eesquecidds da propria honirra
vetem outros feeenàê assuadas sem respeito algum dd
minhas justiças, de que se seguem casos «habitantes(
rosa grande descredito do nane portugues, é perturbai.
ars de meus vassallos, e perjuizo de todo o estado do
'Ilidia. Corai atodos he notado, equerendo prouer de re•
mrd toconuenleme a saís-evidentes meles, consultou este
vara com o Chanceler e mais desembargadores da Re:
laçsó do dito estado, ao qual tendose toda a &ilida
cons.ideraçai( pareceo que se devia fazer é pratiolgar
àpresente ley, pela qual mando que toda apessoa què
bost mais de hum companheiro cometer qualquer outro
76$ lisoarld PORTU5I162- ORIENTAL

(posta qué a. lied• fira nem afronte) na3, resido fidokge


Seja nem/ baraço e pregad publicerrienteniattotpelástra.
deata cidade de Goa ou do lugar onde -cometer= ot.tutl
dentas e degradado por quatro narrar peta as .galtásnat10
mulita no remo, e sendo fidalgo nds meus lirerdu èssja
degradado com ¡trepa éro eatitáncla pera a Ilhas -dai
Ceiliefi por eitnque »noa, o qadl degredo. lhe .aad tseetta
pér aba chsd perdbado nein •corhutado para outra-parta
nata .earlodo o tempo que datar podesfi Efflí19it aia &O/,
paçhotse fortalevas,. nem em .quaeageer tnhtassfottieoatfra
lince té'que aciltalmente nad, teltha comprida adaP
geado, é no tempo dello tuia vencerá soldo nemsmotadiad
aelnapotlerá • requerer .eatis façad dá tasiruiçost alivittdime
cá um ao anhoa, paro efeito do • qual se iteraó asnal bastreelt
ebasárids em aras that,,n na liormda .matricolat :tanto 01)
forem ,Fentenceado edato lhe tpoderafi vppteaa panes
Infientrada• de -sees despachos e alem., e nestas mesa,m0
penas segundo adiferença da éalidtirle das, peaaoad tom ,
çorre,raíst aguei?, que atol-irem ás laes brigoo em caso
que l./é -Poét.° da parte do actunetétlor e. nal; façad
mostraçaõ verdadeira de aplanar, easy ar que forem átá'
beças, dáranehos, eda mesma maneira todos .os q ., per
quélnaért Ida dèrete opida è faubr aos
niandateni.'fazer otal dillitm e imititlit, MSOduitler grtt?',
dl, crime, eá tbdos fia Mait do Iiidisde, ejua'11°da dl/ d././á
é'étadcf -t.ltem déseSaa• do dito ntao tanto que acontecer
cada bafa etn sua tdriadiçad, Pelem das - deVasSma
balares tirartW outrosy dévaasa geral eni inda firirráaqtdo;
Préléederad cotara ed milpátlus comfurrité ali 'nue thart
de -e •ordeilo por ásta ley,' ebatendo asilada tia [orátt .dá
dideitaça6 a/7..3 os Inne «citarem enlpadoa nélla todas
aa: pendas 'denteadas alcei dats'éblifedhea, e manca
ha dita' Oeuldot gefal, desenabargadoret tiO Rélnçá‘l/
a:tedok oa duais Outiidorea. inises,, eIdat iças, Officia.
fies/atuis do dito estado da Incha eCuttintrhiíe'gd'éllte 0f.
façad inteiramente compritr égelardes, aag.. e da
enella "ee centeal stern cmimr,go.da qbaéatitiát ''ottttál
leis,nrdenaçaiis, pronícoN.o castdiuts cld obldrdn4
'Ascles. 3 '769

Ordenaçad do Liuro 2. titulo 49 que:diz. se nad.entenda


ser derogada Ordenaçad algu4 se da sustancia deita nad
for feita expressa mençaõ ou dcrogaçad, eassy mando
ao Chanceller do dito estado a faça publicar na Chancel.
leria eernvie com <Diligencia cartas como Grelado dei-
ta em forma autentica sob meu sello eseu sinal pesa todos
os Ouuidores e justieas das fortalezas deste estado aos
qbard mando afaçad poblicar logo nos lugares de sua ju-
risdiçaõ pera que a todox seja_ notorio, eque em registe
na Secretaria do estado, e no listo da Relaça9 em que se
estruma registar semelhantes leis. Dada na minha ci.
dada de Goa sob ateu, relia das armas reaqs da Coroa de
Portugal axiiij de Junho, ÉlRey nosso Sènbor o man-
dou por Dom, Francisco da Gama, Conde da Yidigueira,
Almirante e VisoRey da Ilidia &e. dotei de Freitas a
fez asno do nascimento de nosso Senhor Jesn Christo dei
mil e ouinhentos nouenta e sete. doar> de Abreu a foz 55-
ereuer.-0 Conde AInti.rortio,
(Livro 1.• de Alvarás fi. 115)
279.
Dom Felipe &c. a quantos esta Carta virem faço saber
que anendo eu respeito aos grandes guastos que os meus
vasalos que rezidem nas partes da India, assi fidalgos.
Caualeiros criadqs meus, soldados, casados, ciedadods, ia.
Oral com es pageneporngueses que trazem mais par a•
pacato de fausto que por terem secos idade deles para seu
aeruiço, de ,inaneira que pelos sustentarem a exemplo e
competencia de outrçs se ingiuidad enad podem comprir
muitas <tezes com outras obriguacoe's <te mam'serniço de
Deos emeu, como se tem visto poç experiencia de alguns
alume aesta parte, equerendo eu nisto prouer para que os
ditos meus uasalos <mus menos custo se sustemtern ê te•
Vhao eornodidade para outras obras mais pias, e por on•
tros justos respeitos, epor assí asetritarem na mesa da Re,
1.94 das ditas partes os desembargadores dela ,perainte
hialluas d'Albuquerque, do meu° 'aselha, emeti Viso ttcy
770 ARCNIVO PORTUGUE,ORIENTAL

da Judia, ey por bem e me praz, e por esta mando


e defendo que da publicaçaõ dela em diante nenhum
soldado, nem homem solteiro de qualquer entida-
de que seja, traga pagens portugueses excepto os fidal-
gos eos capitaês das fortaiesaa e viagens posto que fi-
dalgosnaã sejaã, porque cada hum destes poderá trazer
hum pagem portugues emala naã, eisto tambern se enten-
derá nos capita'ès dos naulos de minhas armadas em
quoanto autuaíMente andarem nelas em meu seruiço por
capitaês, eos fidalgos despachados com a capitania de
Goa, de Gruma, Sofala, Malaqua, Dio, Chaul poderaõ
trazer quatro pagens portugueses cada hum dellès, e os
Vedores de minha fazenda, SeeretariSs doestado da In-
dia, e desembargadores doou e mais Imã, sob pena de
todo o que o contrario fizer efor contra esta minhaley e
defesa pagar pela priniáira vez cirriquoenta pardáos, e
por asegunda eemto, ametade para quem os aMosar e •
outra ametade para as despesas da RelasaJ, ealem dis-
so ser degradado dons annos para Permiti' por cada huã
das ditas vezes ém que for cornprendido, eos pagens se-
mi' presos eaveraã aMais pena que em Relaçaõ parecer
que meretern, as quais penaa se executarei,- inteiramen -
te nos milpados, eey ou,rosy por bem que pessoa algul
que na," trouxer espada imã possa trazer adaga nem eris,
nem qualquer outra mina secreta por qualqu'er espaço'de
tempo qtle seja, nem os ditos pagens sob pena das armas
perdidas, e eimcoenta °tateados, e Mins anuas para Cm.
laô, e pelos pagens ou mossos captittos pagaraa seus
amos. Notefiquoo assy ao Ouuidor geral do crime do
dito estado da India, ea todos os Onuidores das fortm
leoas e cidades deite, mais justiças, offieiaes e pessoas
aque pertencer, que ora saZ e ao diante formo, e
Marido que asy o em- aproe" e guardem, e Inteiramente
fitara', cumprir o gitardar da maneira que se cesta coa-
tem sem dunida nom embarga algum, a qual corá ar.'
geada pelos lugares publicus da cidade de liou, e se.
gistada na chancelaria domde se eaviaraII es treslados
antentiquos ás ditas fortalezas ecidades do dito estedd
VASOICIILO 3 771

para omesmo efeito, e para se registarem nas suas ca-


meras e feitorias, e para a todos ser notorio esempre se
saber como asy o mando e defemdo pelos ditos respeitos,
e das ditas diligencias se passará certidaõ nas costas
pelo oficial que n fizer. Dada na minha cidade de Goa
sob oscilo das minhas armas renas da Coroa de Porttt-
gal avinte de Junho. EIRey nosso Senhor o mandou por
Dom Francisco da Gama, Conde da -Vidigeira, Almirante
eVisoRey da Imdia &c. Esteuaõ Nunez a fez anno do
nascimento de nosso Senhor Jesu Christo de mil quinhen-
tos noventa. e sete. Joari de Abreu a fez escreuer.-0
Conde Almirante, VisoRey.

( Livro i. de Alvarás fl. 120 )

280.
Dom Felipe &c. A quantos esta carta de ley edefesa
virem faço saber que por justos respeites que me a isso
monem do seruiço, de Deos e meu, e comseruaçaõ deste
estado, ey por bem eme praz, e por este mando que »Miá
pesoa de qualquer calidade e comdiçaõ que seja amde
em palatuquim sem expressa licença do Comde da VI-
digueira, Almirante e meu VisoRey que ora ha das partes
da India, sulco aqueles que passarem de sesemta anos,
que primeiro os justificarem perante o Ouuidor geral do
crime serem dos ditos sesemta anos pera sima,"sob pena
que quem o «murado fizer pugnar cem cruzados, a soe.
poisa parte para quem o acusar e as outras .duas partes
para os cadime, eos palamquius com ofato perdidos, eos
bois ou os moços que lenarem os taco palamquins nem.
do catiuos seraõ degradados para sempre para as gualés,
semdo forros seis rumos; eoutrosy mando e deferude
que nhuã pesou de qualquer calidade que seja caualgue
com gualdrapa subo perlados, clerigos, edesembargue—
dores, excepto Ouuidores geraes, sob pena de perdimen—
tu da caualguadura achamdoos cem a dita gual.
772 ARCIIIVO POIMIGUEZ•OHIENTAL

drapa posto que naõ vá nimguem nela, etodos os desem•


batgaadores amdaraõ sempre á bastarda; e asy marndo

ês
quedas
ninguern
fortalezas
trague
quê
capita
moços
as seruiSern
diamte jádeousy,
estiuerern
tiramdo proul•
dos delias, echies podetaõ trates does moços somente sob
pena de os perd'erem para as polés fezemdo otomtrariol
nua se emterriderá esta defesa nos Vedores da fazenda,
e Sderetado do estado, nem Charnçarel, nem nos Ottuf•
dotes gemes do crime e eine', desembargadores, nem
Otmidot da cidade, que poderaõ trazer aqueles que lhes
forem necessaries pesa bem de administrarem justiça
como menistros que saõ delir, e outrosy délemde
marrido por asy oauer por meu seruiço que nenhum moço
amde com armas nem bordoés nem adegues ecrises, e
eachamdoos com qualquer das ditas comute seraõ degra-
dados por does anos par& as ditas gualés, e os donoe
dos pies moços paguaraõ aos meirinhos que os premde-
peru dez estuados, eamdamdo com seus amos" poderei"
trazer suas espadas. Noteficoo assy ao °unidos geral do
crime, ea todas as mais justiça's e pessoas a que per,
ihmcer, elhes matado que o cumpraõ e guardem, e in•
teiramente façaõ comprir eguardai como se acata com-
tem sem douida nem embargo algum e para qup atodos
seja notorio moldo que esta carta seja apregoado peos
lugares publico., e acustumados da cidade de Goa para

que nimguem em tempo algum alegue inorancia ' e se
fará asarem nes costas desta de sua publicaçaõ. Dada na
minha cidade de Goa Sob meu seita das armas reaeade
Coroa de Portugal avinte ehum de Junho. DIRey nos.
@o Senhor o mandou por Dom Francisco da Gama, COU.
(b da Vidigueira, almirante e VisoRey da India ko.
Jeaõ de Freitas a fez anuo do necimento de nosso Se-
nhor Jesu Christo de mil e quinhentos nouenta e sete•
Joaõ de Abreu afez escreuer—O Conde Alrnii•ante, Vis°
Rey

(Livro 1.. dal


Alvarás fl. 121 v. )
11,90.0111.0 3.* 772

281.
Dom Francisco da Gama, Conde da VIdigetra, almi-
rante e VisoRey da India &e. faço saber aos qtte este
meu' aluará virem que por justos respeitos que me nisto
inomm do seruiço de Deos edelRey meu Senhor ey por
bem eme praz, epor este mando que se notefique aos
capitais esenhorios das itáoe que cita momeoa prosem-
te partirem para Bengala desta cidade e da de Cochino
rine sal lesem nenhum soldado nem outra algua pessoa
Fustigues sem minha especial licença por escrito, e
os que conceder a tal licença daran os tais capitais e
nenhorios das ditas aios fiarnça no joizo do Quaidor ge-
ral. do crime aos tornar atrazer, epor cada hem dos que
lesar sem a tal licença e fiança pagará por cada hum
cimmmenta pardas., eserá degradado hum anon para
Ceilan; e outro ey por bem que se notefique asa dl-
jos capitais esenhorios com pena de quinhentos cruza-
dos, bem terço pera catiuos eoutro paca a ribeira de SUES
Magestade, e outro para o acusador, se nen desamar.,
rem desta barra sem por meu mandado se dar busqua
ás ditás páos, esem embargo da dita aio ou imolo nes
betumado acharndosse que leuou Furtugnee sem-adita ti-
oença efiameo emcorreran nas sobreditas pegas sem re-
missa& Plotefiquoo asey ao OtInidOr geral do crime que,
cumpra eguarde, einteiramente faça dar áexecuçan ca..
te meu aluará como se noite contem sem &ruiria nem
embargo algum. Antonio da Cunha ofez em Goa a 9
dagosto de 1597. Soa de Abreu o fez escreuer.—C4
Coado VisoRey.
Outro como este se passou para Cochim aá de Agoster
de 97.
Postilia.
Ey por bem que a minha prouisan atrás se cumpra •
perde como se nelia matem em quanto eu ouuer por
bera e naõ mandar Outra 0009e, e se registe ao li-
gas da Ormidoria geral do crime, eádita prouísaõ oes.
q14 ‘ ARCHIVO PORTTIOUSO•ORIOTAL

ia piistilla valhail como carta sem embarga da Chile,


naçaá do 2.* Iluso, titulo os, em contrario. Oje 12 da.
gosto ou. 1.597. Joáo dn Abreu o fez esereuer.-0 Conde
Viso Rey
(Livro 1.• de Alvarás fl. 123 )

282.
Dom fhianciseo da Gama ' Conde da. yidi geira,
tatue e VisoRey da 4ndia. &e. faço saber aos que esto
meu aluará virem que por eu ver qoná necesario he aver
pás fortalezas deste estado (que todas estaõ rodeadas de
imigos pfesidios de soldados que as vigiam e guardem
de grdinarm como está asemtado por regimento, pare gila
quanulo se oferecer ser necessario acudir adefemdellas
p gpardallas o iaeaõ, e por sei imformado que o presidiq
e guarniçaá de soldados que nellas residem sita os mais
delles ,mesiiçoe filhos de Puriugueees e de moihetes da
terra, casado. moradores Dna ditas fortalezas, e outros
que VOÓ residir nelms por terem Seao qt/Orte13 e ~ui.
mentos certos no comto dos ordenados is ditas .fortalezas,
p outros homens da terra que nellas sal casados e mora-
dores, os quaes ar' mandaá assemtar para sentirem sus
armadas', eesta ser a tenead do. VisoReis e 'Governa.
dome, e na l,- para se irem aposemtar nos tortalezas para
receberem 'seus quaetrio, domde mies aos soldados que
do Reino vem a «este estado sentir Sua Magestade fica .
Tem Mtli{119 arpoo, prinoipatmente nos invernos que 00
tOCOlbers das armadas, sem paga por se emeher .o mime—
m dos -ditos presidios pagarndo aos mestiços e homens
da terra, e querendo nisto prouer por ordem que se eles.
tende que mais convem ao seruiçp de Sua Mag'estade,
eguarda das surts fortalezas, ordeno e mando que da no-
teficacatá desta em diante .se naa passe acalma cortidaá
matricola para as fortalezas do estado para »enes se
pagarem sou soldados que assistirem nellas semdá mes tiç o s
filfio. de negras ou de homens da terra, nem lhe sei/4Q
pagos nas ditas fertalezas soldo, neta mantimento algum
PASCICULO 3 275

`irada que sejaõ" da obrigaçaõ dos capítaês eoficiaes


por quanto ey por bem que os ditos mestiços só possaõ
vencer o tempo que amdarern nas armadas ou esisrireni.
nau fdrtalezas que actualmente estiuerem de glleTta e
cerque, sob pena de 'lati serem descontados erri setis titu-
las na matricula geral, nem serem 'miados èm conta
ao feitor que lhes liagaf, ese arrecadarem delle sem mirro
algum despacho mais que pela certidaõ qtie da matricu-
la eu passar da contia que se mostrar nos descontos que
se fizer pelos cadernos em que vierem lançados, e si Pros
nados mór dos contos termo que for aconta do feitor que
os pagar logo fará carregar rei receita por hein da dita
krtiriao ao execthor das diuidas o que celta sekomtai
passandolhe mandado para faZer a dita execuçaR semi
maios.' °unido o dito feitor, eriaõ se enitenderã isto noti
filhos dos Purtugeses de pay e Indy, eos oficiaes da ma,
tripula sob perdimento de seus cargos naõ Miasaraii
ditas certidoês aos sobreditos para receberem nas foztti,
lezafi emn apresentarem estromentos publicos justifica-
dos .por testimunitas juradas corno saí; filhos de pay e
may Portugmks que naceraõ em Portugal, ea estes á
passaraõ nas costas do dito estromento pela ordem que
se costumai/ passar facetado nellas e seus Maios deela-
fkáõ de mimo povoarei, pelo dito estromento serem os
que dito be, sob acua que o que o contrario filei será
eastigado•eomo parecer; justiça alem daS penas da Orde-
razoá, eeste valerá como Regimento posto qpe, unS pas-
se.-pela chaneelaria sem embargo da Ordertaçaõ do Livro
.2.. titulo nu, e será•registado fiu matricula geral e na
casa da fazenda dos couios, e o Pronedor meie délles
mandará passar os treslados por elle aterrados para as
fortalezas do estado damdooS a pessoas cartas ede se-
cedo para que se, obriguem a erntregallos nas fettorik
cobrando"krtidaõ. de corno' fiquaõ registados asilas que
entregará ao dito Prouedor mós dos contos soe pena que
lhe efie pazes; o que tudo se comprirá sem embargo ai.
Juaii de FreitaS o fez em Goa s xbiij de Setent.
ARCHIVO CORTUGUEZ.ORIENTAL

Éro de 597. Joe& de Abreu ofez escreuer.-0 Conde VigO


Roy.
(Livre 1.* dè Alvares fl, 123 bit)

283:
Dom.Francisco da Gama &c, faço saber aos que este
meu aluará virem coe por justos respeitos que me aiqlo
rnouem do seruiço delRey meu Senhor ebem de sua fa•
senda,. ey por bem e me praz, e por este mando e dê,
fendo que da putllicaçaó dello em diante °Ima canella de
pessoa do qualquer quallidade e comdina8 que seja saya
de Ceyheó serial; para a India e pelo porto da fortaleza
de Colunrbo, esal por outro algum poreo•da Ilha de Cey.:
5,12, sob penna de perdimeuto de toda a dita canella,
terça parte para quem o acusar, é as duas para a faseia,
da de Sua Magestade, ea embarcaçaó que a trouxer per
perdida, e o dono della degradado para as gallés do cel.
lado por ires annos, e estar á mais pontue que me par
moer. eeste .será apregoado. na fortaleza de Columbo e
nos lugares de sua jurisdiçaõ para a todos ser, notorio ' e,
flagelem pretender ignorancia, e ee reg i star á no Ibero da

feitoria para o feitor de Sua Magéstade ter euidado de


mandar dar áexecuçaó ou se arrecadar por soa fazenda
o que naó arrecadar dos comprehendidos. Notehcoo assy
adcapitaõ geral .da conquista da Ilha de Ceylaó, e ao,
da fortaleza.de Columbo, feitor, nueis officiaes epessoa.
que pertencer, elhes mando que o cumprafd e guardem, e •
façaS Compri-eeguardar como se neste coutem sem durei«
nem embargo algum, evalerá como Carta sem embargo
OrderiaçaIl do Livro 2. • titulo 20, em contrario. Autor
ato da Cunlid ofez em Goa a Zxx de Septembro da
1597. E esta 6,6 passará pela chancelaria por ,ser do ser-,
niço de Sua alagestade. Joa1 dê A0red afez esernuer.-~
O Conde FisoRey.

(Livro 1.* de AlvaYás /1. 124' v.)


tamtcut. 3 772

284.
Dom Francisco da Gama éze. faço saber aos que este
meu aluará virem que por justos respeitos que me aisto
foquem do seruiço delRev -lmeu senhor, ey pdr bem ó
me praz, e por este marido ern seu usine a Jorge
tYm d'Alnieida gtie seroe de Veedor da fazenda da Ilha'
alt Ceylaá eá periSoa.qüe odito cargo scriiir psiu tempo
em diante, e htodas, justiças e offielaes de Sua Ma.
gestiole á pie o conhecimento deste pertencer que faeaff
dar á execoçaõ aordena que -o dite Jorge Florim teuf
dado per regimentb açerqua dó modo em que 'bade correr
odespacho. dállfandega da dita Dila de Ceyla5; ey euiresy
por bem que timão na dita allfandejja as officia, queisf
dito Jorge Florim.tem prouido, eisto urdo ern quanto
-rsa8 mandar outra. edusa, e pela rnesiria Maneira se
goardaraill", regimentos rpm der e tem dado pura afol:.‘
tale., de Columbo que somente aos moradores christa8a
eratados. que vitierri na dite fortaleza te guardein no que
tora a nalì pagar direitos comforrne a prouisa8 que terá
delltey de Ceylati 1). Joaa sumido respeito ámuyta po-
brezu dos ditos cristafin emoradoras, econtinuaça5 no eer;
oiço de Sua hlagestade, e por elles merecerem ser aju-
dados e fauorecidos, oque tudo se soardará conto ditei
he em quanto na8 der outta ordem tl'e mais Seruiço do
dito Senhor. Ferenc/to assy ao Capital geral ala cem-
quieta da Illia de Ceylarll, eao da fortalezw de
Os, Verdes da fazenda, mais justiças, officiaes e pes-
soas a que pertencer, elhes mando que ocurripra8 e go.
ardem eCaçar, eomprir eperdei' corno se neste contem
sem dituida nem embargo tlgo,n,e valerá corno carta
sem einbard ' o da Ordenaeal3 do Livro 21' titulo 20 em
contrario. Antonio da Cunhe 1, fez em Coa a Zoo .de
Setembro de 1597. E este se registará no liara da fel&
fia...de Columbo para se ver e saber mamo assy omando;
eey por bem par seruiço de Sua Alegestadc. E esta na8
&seara pala chancelaria por eer de seruiço da Soa M&
se
778 ÁRCHIVO PORTUGUSZ.OR}ENTAL

gestade. Joaa d'Abreu o tez escreuer.-0 CondeVisoRey.


(Livro 1. de Alvarás fl. 125 )

285
Dom Francisco da Garna.5ac. faço saber aos que es•
.0 meu aluará virem que estende eu respeito á facilidh•
de com que os Capita é-s prouidoS da uiagem de Ceylatt
soltaõ edeixai') fogir os presos elegia:dados que lhe sai)"
emtregues pelo Oimidor . geral do crime das pasma da
India arado as náOS' em que se embareaõ de Sue, Ma.
gestade rey por bens e me praz visto o assisto que sobre
este case; se tomou pelos desembargadores da toesa da
Relaçaõ que O Capital que ora vay para Ceylaõ fazer a
dita viagem, e os que ao diante forem tomem entrega
de todos os presos degradadõs que forem para o dito
Çeylaõ para lá os enztregar ao Ouuldor de Columbo,•de
•que traraõ certidaõ do dito Ouuidor de como lhos em-
teegou pesa lá cbrisprirem seus degredos na forma de
suas oestes de guia, 'e nal') récebendo os ditos capliafis
os ditos degradados quando lhos lcoarem ás aios, ou net)
assinando o termo da entrega, ou naõ trazendo certidaõ
ao Ouuidor geral do crime de como os erntregou em
Columbo ao .0uuidor da dita fortallesa, em pena de
qualquer destas culpas se arrecádaratt rara a fazemdtt da
Sua Magestade os fretes dar fazendas que nas ditas dom
trouxerem de Ceilaõ e Cochim,• e eracors'eraõ mais em
pena de eimquo asnos de degredo para Datnafil, e para
que este meu aluará se cumpru.esc dê á deuida ázecu•
çaõ como per elle mando se noieficará aos ditos capitatts
antes que partaõ desta cidade de que se fará termo da
dita noteficaçaõ nas costas deste dito aluará. .a quem o
notefico assy, eao Ouuidor geral do crime das ditas par-
tes da India, mais justiças, otficiaes e pessoas a que per.
teimei-, elhes merino que o cumpraõ egoardem, e façaõ
inteiramente em:Ipsis e goardar da maneira que-se beste
constem sem dimida nem embargo algum; e•valerá com, ,.
carta som embargo da Ordenaçait em contrario do 2
VASCACAILO 979

pivro, titulo no, e porto gne na3 passe pela Channelaria


por ser do seruiço. Esmocai Nunez io fez em Goa a iij
dontubro de bolRbij (15971.Joa.3 d'Abreu o-fez °serenes.
—O Coado VisoRey.
(Livro 1.*.de Alvaráa fl. 126 )

286.
Dom Folippe Pen, a, quant. esto 'nimba carta de ley
virem faço saber q.ue anenule eu respeito aos males ela..
convenientes, que se seguem dos escritos e recados de
desafio que os homens lenaõ aos desafiados contra as leis
de Deos nosso Senhor eminhas eem taô grande perjoloo
do bem coma, epor ass'y se asseintar pelos desembargado-
res da Relnçaõ pernoite Dom Francisco da Garoa, Comde
da Vidigeira, almirante e meu VisoRey da Imdia, ey
por bem e me pene, epor esta mando edeferndo que da
publicaça3 desta minha ley ern diante que toda a pessoa
de qualquer colida. e tiondiçaii rine seja que leuar es-
crito ou recado de desafio aqualquer outra pessoa, pos-
to que alegue que .3 sabia o que disin o dito escrito,,
eposto outrosy que odito desafio nafr aja efeito, encosta
nas mesmas penas que a Ordenaça3 no Liuro 5•titulo
9n dá aos que actualmente va3 adesafio esal padrinhos
nelle, como tarnbem emcorrera3 nas mais penas que
Inandey acreseintar nas leis e proulso3s que sobre os
tas desafios sal passadas, e mando ás minhas justiças
que faça3 tirar disto deuassa, e dos que Durai os es-
critos e...d., e esta Minha ley será apregoada nesta
mande nos lugares publicas delta, eo chançaler do es.
do mandará passar trestation autorisados pesa as fortale-
nas dulie. Notefi q not, osry no Onuidor geral do amime
inala justiças, officiaes e pessoas a que pertencer, e lhes
mande que aeunapeaõ e guardem, e inteiramente faça3
°991pric e. guardar como se nesta contem sem dunida nem
embargo algum: Dada na minha cidade de Goa Sob, o
seio dar minhas armas reaes da Coroa deirortugal aom-
as de outubro, EIRey nosso S.en.hor o,mandou por Dona
iá0 soemos FORTS001sZrotatstiltsr.

Francisco da Gama. Conde da Vidigueira, almirante e


VisoRey da Imdfa &e. Antonio da Cunha a fez sono de
mil equinhentos noventa esete, O Conde Almirante, Viso
itty.
(Livro 1.. de Alvarás R. 127 )

2t77.

pon, Fellipe áne, a quantos esta minha carta de ley


virem' faço saber que por me esereuer oBispo de CO.
011im que era de mdito ineonneniente virem escrauss
nas náos para. estes Rhyrios da ludia por virem os ho.
saem emboscados com éllas, de que se podia crer que
smia ocasiait de se perderem Muitas nesta viagem,
por ser informado que os Senhores Reis mens amtepas.
Sedes, rpm santa góloria sidõ, o mandara& defender
por prodisoffS suas que fora& e• essas partes. encorneadry
a Dom •Francisco da Gama, .Cende da •Vidigueyra;•1 ,
mirante eVisoRef do ladia, procurasse dar a imo o re.
medio que cernirem tratandoo hm corisellici rendo oAr.
cebispo do Coa Primas presente, oque edito VisoRe)l
fez chamando para' este efeito ao dito conselho ao 111:0
Arcebispo e muitos perladdd de•Religitalls, Clianeeller, e
desembargadores
tras pessoas granes
da eRelahaft
letrados,das
aospuras
qáaes"
datodos
India,
propon
cem,

dolhe dee.so parece°, por se evitarem ocasicás -de peca.


doe que rfaeià de virem -escrauss nas ditas náos parra
este Reyno, que se denia fazer está ley pela qual .or-
deno e mando que nhuã.peesoa• de qualquer oallidade
e comdiçaar <Me seja erirrnargoa riem treina de India
nas 'ditas náob escreuas que passarem de °irrigue nonos
de idade excepto os homens casados que ooMsigo trouxe•
rem suM• molhe-mien] gesalhados onde onesta e comada-
inente possalt outrosy vir as ditas esCrams, poremos sobre.
ditos homem -casados somente as poderaA trezes corá
cenetcdos emas VisoReis ousGouernádores dm ditas poe -
ma da' India quecomiderando a callidade c posses dellese
os gosalhadoe que trouxerem Ihs oittrO "dita lieonoa aaxoa
WA.010111.0 3.. 981

dolhe o numero das ditas «cremas tendo nisso atonsiek,


taçaõ devida como espero, etoda& outra pessoa que a tron- •
xer paseando da dita idadi 'de einaquounnos, ou forem
achadas embarcadas nau ditas aios para este efeitb,
pelo mesmo caso fiquem liares, e as pesasse que
as embarcarem paguena por cada huõ cem cruzados,
ena rnesma pena encerrará& aqueles que em seus ga—
Calhados as consentirem, e mando ao Ouvidor geral da
India que partiado algda 'não ou náos para este Reyno,
e ao Oulfidor de tonhim, dem e mandem dar varejos
nas ditas naos para verem se aehaõ nellas embarcadas
as ditas 'mutues, e alem disso cada hum em sua jur.
diçaõ tire devassa do caseie procedaõ contra os culpa-
dds á ooredenaçaõ da dita pena pecuniaria declarando
Outrosy por suas sentenças as tais usuras na par bares,
amando ao dito Chaneeller e desemoargadoree daa di-
tas partes, ea todos os Ouuidores, Juizes, ejustiças que
cumpria, e guardem, e façaõ inteiramente cumprir e
goardar esta ley eoino nella se Contem, emando outro.
sy ao Chanceler do estado da Judia que na Chancelaria
della a faça publicar, e emvib logo carias com o tese.
lado dela vob meu selo e seu sinal, e faça registar no
Liuro da dita Relaa.S. Dada na min-ha Cidadede Goa
sob meu sello das armas reaes da Coroa de Portugual
avinne e eimquo de Outubro. EIRey nosso sènhor o
mandou por Dom Francisco da Gama, Condo da Vidi-
guelra, almirante e VisoRey da India &e..Gomez Rodri-
gues de Santa Cruz a fez ano do nacimento de nosso
Sezahor Jesu Christo de mil e quinhentos nonenta e sete.
Jouó d'Abreu a fez escreuer.-0 Conde Almirante, liso-

(Livro I.• de Alvarás II. 128 )

288.
Dam Felipe &c. a quantos esta minha carta de ley
virem faço sanar que por assy o aaer por meu seruiço,
ese assentaypellos desembargadores da mesa da Relaçaá
1312 APCIII•Vdi PORTUOVPgZ ,ORTENTAL

dletc partes da índia, remate o meu Visolley dela,


•ffl(91, matada' ê ordeno- que os .panodes que Vem de fora
Inficorratárse nal:e:tosem de•ccrenta etres ponta, (sio) coro,
ffirrobe rena primeira insiimicatI que se•ehamaõ de Agre,
• hmamssoma min que teta os Samirmiés quu
entintem foraft-iostitoirles. aueedo respeito á•informaçaSi
que te tece, mos que eerriaõ ora eerem de menos .porstae
(on), que,, vada nen se demenoiaft maio por çu mercaeleree
gemina, moamos, e outras pessoas estrangeiras os. faze-
rema cola «ceceie o por sua propria aulliceldede da
blenda (balem meando ouro boro elecitina, da minha °i-
dade de (S''oia para o dito efeito, que he edo grande per.
janto dou yes:mios meus e perda de minha (atenua e
quebra da atou da moeda da dita cidade, poupo cora
a dita °end."; se hora muito ouro boro, e logo da dita
haerie delem, erelbild em e focem de má cv, e concer•
bem ou ditos pagodes da menos ponta, tsiebla sua primeira
inetituiçal3, eos lomat"; temer para com elles pagante
es moro/olarias que comprai,- dandoos em mós vallie do
que selem por racall da lecueneican" das ditas pontae(sis;e
bandade.do dita ouro; peito gire 9 por ~rompi:dos respei,
tos mantidosoo pr;dneiro este negocio no çonselho ria fa.
acuda e ,na dita Relaçaá eoificiaes da Casa da moeda',
e com onmas pessoas <Mimas e de eOperioncia e milons
detbeni comum, se ordenou que se defendesse que men"
crotnssem os ditos pagodes se naá fossem das ditas cor-
nnn eIres poeta s ,(ti') como dite he, e mando que acudo
aciono de menos miai. ;perdidos para a minha fazenda as
41149 partes escara oara o tomados e acusado°, e »}5
ero•cujos msf,"s on cosas se acharem encerrei/TM
penas em qrer tirootoeretaau qne sai/ achados passodd 0
ouro para fé'eu conforme a ley do catado sobre, isto .felta
segundo •a diferença dos doas cneo's dela declarados,
para que tt: todos seja notado e'nad aja poder alegue ig.
norancia será ,Msta minha carta de Jey apregoada_ na
eldedertde:Groapieloslingaree costummlbs; ene' regi-Clara
»ibLiony.da Carnarm delia, de que sedará denoto nas °nem
4ps.dê1la NotUficoo asey mo ClutucelesAb estado da-buil.,
raaerente 3 793

Ci. todas, as mais justiças, officieria e pessoa,. a9110-ppr,


taaaea e lhe& meado que O COM paa$ ogoardemt e façadr -
inteinamente comprir e guardar da maneira, que, dito lis
rani donida nem embargo algum. Dadu na. minha eie/ada
de Goa sob meu oelo das armas bana •da Coroa de Fetss
tagata sixix de outubro. DIRuy nosso Senhor- amondo
por Dorn Faanniseo da Gama, Conde da Vidigueíra, Al-
mirante e Vieolleu da Imita &a doai). de Fréttas a Gee
anuo ido nasciptenM de nosso Senhor Jesus Cltriato de
»33. doa)) trAbreu aIça escreuer.-,-0 Coada Alrairanit,

(Livro 1. Is Alsartm fl. I35 )

289.
Dom Felipe &e. a quantos esta minha carta de per-
dal geral for apresentada eO conhecimento dela Com
Teia, pertencer .faço saber que em bua Irtstruçaô que
mandey emrener ao tom VisoRey das partes da India
o antro de goinbentos atinente eseys, eserIta cor Li-boa
anino00 de março da dito armo, mo que vaõ declara-
das alguis Calt~ de rmm sarado« ene nagneise partos
Mando se faça, esta o Capitolo XI, a letra do qual Se
oseguinte
(Aqui oCapitulo XI do Documento ala deste ['agriculte, ad-
!Inindu-ne que adela que otel puunineirtu lesa das dam sias se.
que delle reslain, he a de le, enet, 15 fie imiro
Sia'ea,

E querendo Dom Francisco da Gama, Conde da Vidr


ganira, almirante, trina VisoRey que ina he das ditas paz'
ter da India, tanto que aella,chegou pôr logo em efeito
mie pelo dito Capitolo De mando por ter ira forimmaD que
do Cabo de Contoryin té á ponta de Dio handa3 müllaa
Portugueaes orniziados ene terras de monros e nas for-
ralei, e cjdaileu o, estedlg da Iniba; escounlidos das mi-
nheeMstieas por' Crilpas qoç ootneter4 rd o fim do anon
fieloi ,iiheatros 11011411.á e «lá cura temor de serem pre₹0,
Pot elite eM tanto dessennço de .DaY3 e men. pella pert
.g4 encurvo eactueuzadrattsrát,

go em que estaa- de perderem as vidas e as almas, trai


toa em meu nome dt lhes dar pelaria geral na fot.
Ma abaixo • declarada com, o- parecer do Licenciado Al-
uara Monteiro do Carrilo, Onaidor geral do crime da es-
tado da India, e,auendo eu a tudo respeito e a tintins
justos que me a19[13'mM:tem ao setnino de nosso. Senhot
e meu, ey por bem e me praz por virtude do dito Ca.
vitelo de perdoar a todos Os Portugueses que do dim
Cabo de Ccmorini sé a ponte de Dto amdarein °Mesta-
dias em terras de Momos, fortalezas e cidades do dito
estado da India, toda a pena da justiça ordinarla que
cot-dorme adireito merecem pelos casos e delitos que
êometeraõ tê o dito tempo em que naõ aja mais partes
que ajustiça exceto os seguintes, lesa magestade deui-
eta on humana, sodomia, aleinosia, morte atreiçoada 055
por dinheiro, ou de oficial da justiça sobre seu ofidio,
moeda falça, e falnidade, eem todos os 'mais casos aue:
rã lugar este perdaár naa sendo .todauia em perjuizo das
partes, eos escuso do Duramente CCM declaraçaõ que
vistas as, suas culpas se lhe dará hua pena arbitraria e
muito modeficada com tanto etze os.. que estiuerem da
bamda do norte se venhab' catiesentar ante o dito Ou.
radar geral do crime,detutro em troa meses depois' da
publicaçaa deste perdalt, eOugue estiuerem da boiada,
do sul aos limites SMITS declarados se sprcsemars$ sai
guoatro meses, eos que .estiuerern na ilha de Goa eem
suas adjacemtes, e nas terras do Idalxá se apresem-,
taraõ lambem em doas meses, e para em quanto ia
Mia vierem apresentar, e Imã poderem ser presos nas
fortalezas do dito estado da Incita poderseaõ ame-.
ho nrar logo on termo que a elas recolherem ante os
Ounidores das ditas fortalezas se os ',amer.°, e
nua 'os alteado aos Capitaé-S delas demtro no dito
termo que asi lemas aos ditos omiziados, e posto que te.
ilha:6 partes podem& aparecer permute odito Oultidor ge-
ral depois de se lhe apreseetarem e arme as mais jus-
tiças minhas sem receo de serem presos pera no . dito
tempo procurarem de atter rerdaó- dai ditae partes, e
assencube 3:' 785

anemdoo. se cumprirá este perda5 do modo anima de.


riscado, eficarais perdoados,- como dito he, enaii suando
a dito pardais' .das partes. podera5 ir para orado quis
zerein em leTIOO de dous more, .na5.estando as barras
fechadas, apara que a'rodos seja,notado mando que. esta
carta syjá apregoada nós legares pnbliaor da • minha ai.
dado de Goa, • de.que refará termo diso,• e outrosv nas
ditas fortalezas,: para oqual efeito o Chamçarel do es.
lado da Ilidia Muniare a- elas de treeladoe com os ralos
das minha. armas Roa., atinados. por. elle. Nuteficoo
em, a« dito Ouuidor errai. do °fin.,- e.a todos os mais
Otmidoíss, juizes., .justiçae,. officia. e•peesoas aque per-
teméer, e lhes . miado que- asy. o cumpra5, .guardemi
e inteiramente (auaís- cumprir e guardar em todo e
por todo asy. -e.da maneira que se • nela,contem sem du•
uida nem embargo algum que a elo ponlm5,por quanto
oey asy por bem pelos respeitos anima declarados, - e
outros justos que rue a isto mouca. Dada na minha ci-
dade de Goa sob uma selo das armas Reaes da Coroa
de Portugal -atriesta.doutubro. ElRey nutro Senhor o
Méthdou Dom Francieço da 'Gama, Conde da Vi.
digticira, Almirante e VisoRey ..da Irodia dsc Gomes
Rodrigo. de Sarara Cruz •afez .. ano do nauiMento de
no:se aenhor .Jesu Christo de mil equinhentos noklen•
Ia e sete. Juídi d'Abreu ofez.e.creuer.1-0 .Corrido 41.

(Islyra.l. de Abaras 41. 41. )

290. •
.Dom Franoisco da,Oama, Conde d..Vidigneira,. AI.
mirante, Visual.- da ludia &o. faço saber aos que es.
te aluara virem que, por asey aver por naoacçcc de- Flua
Mageetade e-bem de Ma Mamada, éy por bem o .me
praa q•ue .efficiaé algum da alço-m.1,ga desta cidade d.o
pache neuhu5 fanenda aindaque.seja5..prouvradores bus-
tant.'das. partes a a sua propria te .despachara sial os-
taudo-estes presentes, eeoado. roupas—se abriraii 0. fas•
95
786. ARCEIVO'FNBRTUOV.C.RIEXTAL

dos e se contanaõ as pessoa delks, esendo eme vele


ineemo modo, sob pena de perdimento,de seus cargos
poeto que os tenhail em vida, e de quatro anos
para Ceylaó, epara que »4.3 como asy o mando ser-
bicha este noteficado, e ficará registado no livro do
registo da dita alfendega. Noteficoo aey ao Vedor da
fazenda de S.a Magestade, Juiz da dita alfandega, mais
odiciaes e pessoas a que pertencer para que o com-
prai), e facaõ inteiramente comprir e guardar da ma-
neira que dito he sem duvida nem embargo algom. Ber-
tolartieu Velho o fez em Goa a bj de notzembro de
150. Joad de Abreu efez escreuer..E os meemos
exames se farrió nas mais fazeradas.-0 Conde Vise.
R, y.
(Livro 1." de Alvarás li. 134 )

291.
Dom Framcisquo &c. aos que este meu aluará si.
rem que auemdo eu respeito aos oficiaeoda fazenda de
Sua Magestade e aoutros alguns ,que atraem na for-
taleza de ermos, que se moem ordenado da fazenda do
dito senhor, pogarselhes quoarteis e mantimentos de
fóra per titulas albeos o matricolas .nue apresemtaó
eomtra forma do ',Regimento de Sua áfagestade somemte
por estar em uso e custuine oque lhe .paga3, e por os
capita& da dita fortaleza o mandarem por particulares
respeitoe atiernde elles pela obriguaç-ai) que tem de o-
lharem pela•fazenda de Sita Magestade para ,que se naó
cleependa mal de evitar e atalhar esta desordem tarnts
ern perjuizo edeseruiço do ditteSenhore de sita fazenda,
e queremdo eu pós nisto cobro de modo .que naó vá a.
vamte hum uso taZI más, ey por becos me praz, orde-
no é mando emoorne de Sua MagestacLe que daqui em
diante se mia pague aos ditos oficiaes os ditoe.quarteis
posto que o mamdem os capitaós, e mando tie'feitsr de
Soa Magestade .da dita fortaleza, que orkhe eao dias?.
forem, !mó fugaS os taes pagamentos, sob gana, que
esmouco 3.' 727

sortido o .tntrario lhe .3 .,er letrado em comia o


que asi pagar, e para que se saiba o que asy mamdo
e ordeno se registará esto . Liuro da fazenda
do dito feitor Noteficoo asy ao Vedor da fazenda de -Sua
hlagestade, superemtemdemte dela dá dita fortaleza,
e a todos os mais oficiara e recuara que pertencer, e
lhes mando que asy a cumpra& e guardem, e irnteira-
mente ritual cumprir e guardar da maneira que se
acate comtem sem duuida nem embargo algum, e va-
lerá corno carta em nome de Sita Magestade sem em-
bargo da Orderraçaõ do 2. Liam, titulo 20 em contrario.
Comes Rodrigo. da Santa Cruz o fio ens Goa abj de
nouembro 507, Joa0 d'albreu ó fez escruuer.-0 Contlè
WsoRey.
( Livro I.' de Alvarás fl. 134 e)

292:
Dom Franci.0 &c, faço saber aos que este meu ai.
uma virem que por asi 'o auer por'seruiço de Sua Ma-
gestade ,e,herm, de sua fazenda par AE euitterma pedehent
desemoaminhar c furtarem ea direitos daa faseadas que
da lenha cal para afortaleza d'Ormuz e sejaõ todas
despachadas conto coma., pela imporummia que dos
toca direitos resulte á (armada , de Sua Magestade que
he muita parte, para se fazerem as despesas ~leriaa
deste estado, ey por -bem e me praz, dele rude, e umado
era nume de Sua hlegestade que de noite net:W.10cm
no mar daquele porto jauso das ralos , nem, delas peva
a terra acalma emborcaçaõ de, qualquer ,catidade que
seja salito ha da atoayde do-mor via-qual amdoza elFe
cm pesou, ema homens peru ia eegia,. que serafj , pesoaia
de comflearrçor e,da dárt.• vegia se na3 recolherá4.3'
24 foist dte ser -o xlia todo, claro , sola-penedeiloda a'.ott-

tra errib«.39.(3 que for ackada, pauto q.uo ne4a,aindern


nasces soeeaquer °florear as, , da ,jemtlça , COR10 da. (a.
~e, .er . 1,51,~ por, partido paro, Sua. nageseade

O uaatwiwoalqua neilmoz ao,14r, e ,aa, cace patroa. ql.


788 ARCHIVO 1.0.U.E..0213N4ÁL

nela vierem serem prezas ese proceder contra elas cama


for justiça, e para que atodos seja autoria será este, a,
pregoado na Xabamdaria -da dita fortaleza que está
jurem da dite Ifarralega, ese registará no Liuro do, re-
gisto dela, de que ae fará termo de bui eoutra cousa.
Notehcoo asy ao .Vedor da fazenda ,le Sua Magestade,
superenteinderõte dela, e reais olhe.. e pessoas aque
pertemcer, e lhes entrado que o eumpraõ e guardem, e
façaõ imteiramente compair eguardar da maneira que
se neste contem sem duoida nem embargo algum, e
valerá como caem parada em nome de Sua Magestade
sem embargo da Ordeuaçaõ do 2.. faturo, titulo 20 em
contrario. Esteurtõ Nunes o fez eco Goa a bj de nouein-
bro 597. E este naõ parará pela charocelaria por ser
de seruiço de Sua Magestade. Joaõ d'Abreu o fez e..
cretter.-0 Conde VisoRry.
( Livro 1.. de Alvarás fl. 135 )

293.
Dom Frisnersco &c. faço saber aos que este aluam
virem que por asi o sues por seruiç,o de S. Magemaile
ebem de sua fazenda, e por euitar alguns iincomvenima
seu que em pedaluo do dito sernico e fazenda do dito Se.
nhor pode auer, ev por bem e-me pr., mando e. ordeno
em nomede Szta • Mageetade que daqui em diante toda a
fazenda que for ter álfandega da fortaleza de Oraltzu de
qualquer parte que seja para despacho seju chapada por
esta maneira cornos° faz na alfamdega desta tildado, as
roupas som timm, e as sedas coar lacre, e-sem ira na& tis
rema se. donos fora dadita alfandega sob pena que to—
das as fazendas que se acharem -Pele as taes chapas serem
perdidas, as duas partes para afazenda-de Sua Maga'
twde, ea outra parte para quem o .ussir 'e-o meirinho
que•-fizer asal eseeuçaõ, e' o dorso da -casa em ique' as ta.'
c4reiti emeorrer rra pena que lhe for posta. pelo Veal‹e
da fazenda de Sua Magestade, ou Supresmudemte. Sela(
qtle siVi" gra0e para que naõ ,eja ardem aguanalim, e 50
"amar.. 3.' 189

possa ralar das fazendas que se Urgi da dita alfamdegrr


sem ss taeS chapas, e 82 tomarem por perdida como dito
be, 'e alem diso seu dono ecujas forem eram hula .c"'
offiarnddalegando (?) cousa algurt do Regimento da dita
alfandcga, epara que a rodos seja notaria enaõ aja poder
alegar ignorancia este será apregoado áporta da dita ai-
famdega e Xabanffiaria. e se registara no liuro dos re•
gistos dela de que se fará termo nas costa delle de /má
eoutra 2.52. Notefieoo assy 20 capita,' da dita forta•
lesa d'Ormuz, Vedor da fazenda, sopertemdemte, ()trai-
dor, juiz da alfamdega, frisos, mais officiaes e F.s.a. a
que peru-11.er que ocumpra/5 eguardem, e faça3 inteira.
mente compute guardar em todo epor iodada maneira que
dito he sem duuida nem embargo algum que a elo seja
posto por quoamto oey asy por bem por seruiço de Sua
Magestide, evalerá como carta pesada em nome do dito
Senhor sem embargo do Ordenaça3 em contrario. Rerto-
/meu Velho fez em Goa a hj de nouembro 597. Joa3
d'Abren o fez escreuer.-0 Conde .VisoRey.
4Livro 1 de Alvarás fl. 136 )

294,
Dom Francisco &c. faço saber aos que este aluará
virem que atando respeito ao máo inso e foro em que
os capita5s dos zunias que na fortaleza d'Ormuz se fa-
zem e-.rd...5 para andarem d'armada estais de muitos
annos aesta parte de pai" quererem erotregar murando
se desarma8 as moniço5s que lhe trobeja3, -afazem delas
oque querem, que importa horn pedaço, e, baperda para
a faSeada de Rua Magestade, efalta que podequey dai
ditas moniço5s,naquela fortaleza, e querendo uti,StrOUss
ais» da modq que ned aja.4estrggue,ret tatuto,a meada
as ditas moniço5s a se gastem elas po eemiço. elee, Soe
Magestadu, ey por-bem e me praz, por este manda
au affiffizazifábda ditq senhos em adita fortaleça. dk Oe•
vezu, <me. era he -e acr Abrote, foi,que teneto qpe os Uras
eaesIoSadeçm pfuuidaa eigi:h4-turnwid.imemdove de
790 ARCNIVO PORTUGITC.1-01LIZNTAL

armar outra vez para irem d'armada merecer trie) os nal


proneja de reoniçods coutras coesas sem primeiro empe-
gam ao dito almoxarife,. sobejos da primeira arma-
Oal, esatisfazerem .no a/mazem oque asi. ficarem deiteisr
do, posto que o capital o metade, eaja cousa em con-
trarie do que asi momdq eordeno por seruiço de Soa Ma-
gestade, sob perra que fazerndo o dito, almoxarife outra
cousa eir fora deste eomprernieso lhe na/ ser ,lesado
nada,em conta, e-para se saber disto será ,este registado
no Limo da receita do dito almoxarife. Noteficoo asy ao
Vedor da fazenda.de Sua Majestade, sápretemdernte
da dita fortaleza, mais offreiaes épessoas aqde porteei-
ser para quer, cumpra/7e guardem, eillteiranlerge faça/.
COMpr,ir egoardar'da maneira que dito ha sem deuida

rreM embargo algum, enatará como carta sem embargo da


orderiaçalern CORlfaTiO. Be/dolente. Velho o rezem Coa
a Ncle, lu:membro-597r E este.al pesará pela chancela-
ria pOr aér do sernico de Seu Magesiade. Joaõ, d'Abrett
o fez escreuer.-0 Condo riseEry.
(Liem 1.° de Alvarás 1.136 v.)

295.
Dom nano/soo &c. ao, que este mett aluará virem ,fa-
go enlice que eu sou imforMado como os .capitala da
fortaleza de Orranz todos os•aenos metem nos almazens
dé filia hfagestade por todos os modos vimte,mil cruza-
doé ent arroz, sita, fatexas, cordoalha, madeira, salitre,
eoutras muitas coesas que sabem que Sua Magestade rent
neeesídade para o proulmeato de suas armadas, só afira
de o et/aderem to dito Senhor pelo preço que cites ',cern
e quéreitipele gramde proueito e innterece que disto1heS
resulta, à tjererndo eu atalhar uousa (7) em mato perje•
fico lis seruiço do dito-Senhor e,defrande de sua fazenda.
y: póelfern e me praz, e mando ao feitor de Sua Mró
ecatade da dita fortaleza, que ora Ire e ao diamterfor,nad
goinprp- as sobreditas coukte ao, dit.»
cto bi-rtecdit atttNosidade, a qa*Itacto a. iàaó-int4cf Ira tel.
Pagaram* 3.• 791

is eae pesa& comprar por pteços licitou, sob pena que,


fazendo o dito feitor o comtrario lhe na-5 ser lcoado em
comia adespeza que fizer na tal compra, e para este efei-
to se registará este no luro de aua receita. Nmeficoo
aay ao Vedor da fazenda de Bua Magestade, suportem.
demte da dita-fortaleza, feitor dela, ea todos os -mais
officiaeá e pessoas a que perierocer, e lhes mando que
aay o-cumpraill e guardem . einteiramenterfaçad cornprir
egeardar da maneira que se neste contem sem dimidia
nem- embargo algum, evalerá- esmo carta paaada
me de Sua Alegestade, selada de leu selo pemdemté
aerniembarge d.Ordenaçaõ do 2. Liuro, titulo 20, que
ocontrario deapoem. Gomes .Rodrigues de Santa Cruz o
fez em Goa abu de nonembro de 597. Amai d'Abreu o
fez•eaçreuer. estemair pesará pela charncelaria por ser
do rieruiço de' Sua `filagereade, E isto ar »ali entenderá
no arroz, darndo.o pelo preço que valer na terra ordina—
riamente.—.0 G.de YitoRey.

( Litro 1.• ole Alearáa fl. 135 v. )

296.
Dom FttociFeo &c. faço ariber ao Vedok da fazenda
<1O Sua Magestade nestas .partes da Ilidia edesta cida-
de de Goa que odito -Sealtor no Regimento que -a esta.
rOrtes Mandou em que trate males montas de seu ser—
niço ás folhas 13 delle•está o Capitulo 36,a tela do qual
he ebeguimfe.
--á-Ey por bem eimando.por alguns respeitos que me
a iam/ mouem que nenhum feitor meu compre arroz, a.
auquere, salitre, orraqua, azeite,- nem entra coem algas
de mantimentos anenhum Pot-togues que as ditas contas
tenha para render, porque -nal3 -ey pot meu aeruieo que
ofaça sob pena de quem oasy fizer .perqua o cargo pelo
Icosmo clao,ie seja pernría poste-outra pensa em aéu Is-
111'15'e s ptorrer, e para que atodoe seja notorM çsta
defeea o ,monElareie polgicor e epre-goai; us MMD mui
792 ameno toh•rosokztent

ta lembrança de o Vedor de minha fazenda fazer man-


dar em seus tempos comprar as iam cons., e fazer os
prouimentos dellaa nos lugares donde se trazem; aftsy
o que for necessario para pronimeato das fortalezas é
de minhas aintadas.--
E for quanto Cumpre que de todo se cumpre ,e• gato'.
de com efeito oque Sua Magestade pelo dito Capiteis,
manda e ha por seu ser oiço se faça asy nesta cidade•
como nas mais e fortalezas deste estado como coma tad
importante. e perjudicial anua fazenda de os ditos off-
cites comprarem as ditas comas prohibidas no dito •ca•
ey por bem e-me praz que ele se cumpra maus
inteiramente, eo dito Vedor da fazenda, que ora he e
pelo tempo em diante for, o faça compete asi nesta ei•
dade como nas mais e fortalezas acima declaradas pera
se encestar nos culpados a mesma pena que Sua Muge!.
sede lhes dá de emp.- mon-3de sem cargos, epara este
efeito e de eu os asy prouer como ho dito senhor mam.
da mando aos Ouuidores della tio (açaí', asaber ao di-
to Vedor da fazenda pera elle me dar reza& delo, sob
pena de o naA cumprindo assy se lhes dar em culpa nas
suas residencias, e pera que seja isto notorio a todos geris
este apregoado nesta dita cidade eas mais acima de.
aluadas pelos lugares publiquos delas pera as quuaes
odito Vedor da fazenda panará os treslados autoriza-
dos asinadós por elle por ser cousa de sua jurdiçati, e
se registará nos limos dos regista, das Centena delia,, de
que de huti e outra coma se fará asemtos pelos oficiaes
a que peitemeer',. Note6coo asy ao dito Vedor da fs•
senda, eOuuidores aque pertenmer, e!hes mando que asy
o cumpraft"e guardem, e inteirarnernte façatt comprir e
guardar em todo e por todo da maneira que • dito he sem
duuida nem embargo algum que selo seja posto. Gomes
Rodrigues de Santa Cruz a 'fez era Goa a 12 de no.
uernbro 297.4 este Atai pesará pela charuceleria por ser
do ',enliço de Sua Magestacts...load d'Abreu ofez escse•
ser.-0 Conde YisoRky..
• Livro I, de AlSaras fl. 137 )
lume.° 3.• 793

297.
Dom Francisco &c. faço saber aos queeste aluará via
rem que no Regimento que Sua Magestade, mundo« a.
entoa parles em muitas °Mises que matada se faça9 de
seu seruiço ás folhar 12 está o Capitulo 33 para eu como
os VisoReys e Gonernadores deste estado. comprirem e
fazerem comprir; p, letra he oseguinte:
•=incomendouos que façaes inteiramente comprir e
guardar o que tenho mandado, acerqua de nbü capitai;
de ním, nutriu galé, ou outras.ernbareaço9a se pagarem de
fazenda algo maminha .que.aa tal embarcaça9 trouxer, uni
d.e presas que se faça& como de qualquer outra cousa de
dioida, que aele capita., reja deoida.de soldo ou de
nutra algud cousa que lhe dona.. som asi mesmo a pesoa
que com elle for, porque nati ey..por meu eernien que por
este modo se faça, p toda a f'azenda minha .que rec eber
erntregará,eos feitoras e ofiçifies a„que por .vóS Ou pelo
Vedor da fazenda lhe for manda., para cl.nu.,) doe caee
oficiaes sé despernder naquelas cansas ,que Per vossos
Mamdados ou do Vedei da fazenda . for ordenado, e
por .algum putm modo. neõ" fera& a dita, despesa, e.ftt•
condoa lhe mai será levada eco comta,.e ey „por bem que
pelo rnesma.caso..perça a capitania da nau ata nauta em
que amdale paraque atodos seja notaria ma ...do q.e
asy ofaçais publicar; e porque, isto loy •pon.iniiitne
vezes mmndado pelos senhores Reis meus 'antecessores
epor taittt, noS emcomenda emando aos imformeis disto
muito particularmente, efaçais proceder comua as pes-
soas que sal compriraõ çom hu rigor ecastigo que o caso
requere para ser exemplo aos mais, e,Se comprir sempre
inneiramente.see
Porque neje. erice> qeu ré. pres.»so na&mme reme tear
branma ,de se sornprie. lio »ima commudo, e Sua Mages•
tode tanto ...orne... e.ha por seu, serr4,90 se faça, •rt
querendo eu com doiro faseio,, itera que se saiba pelo
tempo em diarrue como per comisait e mandado de Soa
91agestade ofiz, epafa,..q.uo. os.dií. Vi:alley. e Gotterna•
toa
794 ARCIIIVO PORT,GUE,,S
AIT.NTAL

dores façai.7 o menino, ey por bém e me pra2 em- nome


do dito Senhor gem em todo se cumpra 2, guarde rnny
inteiramente ocorntendo no Capitai° acima péla Mesma
ordens e talada que par Sua álágestaile está mandado
sob as penas nelle declaradas, e pára este efeito se re.
giotará este aluará nos Liara, das lembranças" que será
na gaza d« coma« ena do regiáto da fazenda para se
ter lembrança de se proceder camtra os que entcorrerern
neste entcomiso, e para que venha á sua noticia, e noa
puem, alegar ignorancia, se apregoará tarribent nesta cida-
de pelos lugares publicas della, de rine se fará tern« de
todo nas costas deite. e mando ao Vedar da forrada de
Sua hfagestade, que ara he e pelo tempo em diainteÇor,
que deste caso 'anilará' muito particular lembrança para
que «A aja desnudo de se faser ogila Sua ôlarrestarle
manda, e o, ta« ceniraehr que asy o «A comprirern se.
!CM apenados pelas <lhas penas, 2 parada tudo me dar
iinformaçaA para en prouer niso como ene parecer e for
suais «ruim, de Pia Magestade, aquem int r,oief,rn asy,
ea todas as mais jostiças, ',tilda«, epessoas a tine per-
ime«, elhes mando que ásy e onmpraG e guardem
em Iodo e por torlo,o iroteiramente façaô" eomprir e . par-
dal. da maneira <me ',oeste comtem sem <bulida nein em.
Largo algan que o dto seja pasto Gomes Rodrigo«
de Santa Cr« o fé: ein ç;aa a 12 de nauembro de 6l7.
Joaii de Abeea o fea eeereaes.-0 Conde Visolky.
(Livro 1.• de Alvarás 11. 136 o.)

298.
Dom Plielippe por graça de De« Rey de Portugal
e dos Algaroes daquela e.dalein mar em Africa, Senhor
de Guitd, e da coloquista, urtuegaçai1, comercio A
Ethiopia, Argbia, Pariria, o da Iniba, e dos Reinou de
Malutino &c. aguanos err o minha carta de 1ey Atirem
faço caber era eunso o COR& da Vidigneim, Almirante
VieoRey da* partos da Judia, em seis -de nonembro des.
Faselecho .3. 1 4'95

te presente zinco de quinhenion nnuenta e sete .na Mera


da Remoei, delias premente us deeernbergadures propôs
ema alguãn g7.0èS se podia ner mandar geralmenre que
tr;das as fazenda, de Cambaia ponto que enrejr,Z3 cor fruiu.
que denpachem gelfandega raio'ta cidade de Gee,
anata panem a -Coehin, nein odito <leni>. lio, perra oque
sa rio o Regimento da dita alfauriega eo contrato feltp
com o Ray' do dito Cochirn nobre aalfandega daquella
Cidade, e pelos ditos desembargadores coto o dito Viv—
noRty ne eSSellIOU, que, as fazendas das pensoas que
pelo dito contrato denem direito ao dito Rey de COChilth
nalfandega do dito cidade se deixa:regi hir linrernenie
pera elle entoado dentro nos limite: da franquia ela
quanto en nath mandar o contrario, e.que, tanthern as
pema:00 que coar (armo ao dito contrato dcoern direitas
a minha (acenda na. dita alfandege dít Cochirn nes-
ta rnonsati do anno. precenie ne Inen »nó-podia obrigar a
denpacharem. nalfandega da dita minha cidade de Goa
par quanto a frarnquia he boro pelo Regimento della,
e por tal nesta boa fee mandaraít 'rir de . Cainbaya na

ditar fazendas, -mas que -auerndo respeito a ser autoria,


que no dito Cochirn se denernearninhaZi e rottbar, OP lii•
reiete <lenidoa. á dita min-ba (acenda nem ne arrecadarem
na. forma que se devem,ve passase esta dita cana de ley
peta qu e se defenda oabaiao declararia, e . o. (sairia 911 .
,
se repii e Irina', pon mim o asneou, do: tilar= desernhargan

dores que perante o .dito Conde aseentinriís- na lira Ra-


laçat por ser arei -men nernio, erenad usurparem as
ineum direitos maca : ey por bem e nte .pene edeferiria ene
ar pensoan que pra %cio <1,, dito contrato feito corri k.R.
Rey de Cnchim nobre aalfandega da dita cidade riennit
Delta direitt. a minha- facenda das noas naií possa?, par.
Ser tie,torima cidade de Cogrem.primeiro-nalfandega dei.
la pagarem on direitoo dar faaendas gne trotaxerem 0111
mandarem vir de Canaboya r sob pena go< achandone as
•teea'facendan. daqpir pata Cochirir sem certt<laZt do dita
despacho serenr perdidan, ametade peta o aconador, a a
outra emalado péra a rainha fazenda, eo nauie, ou .eni-
796 sacares PORTOGUNZ•ÓRIZRTAL

bareaçai7 em que forem carregadas será perdido pera


minha ribeira de Goa, e pello mesmo mpilo será perdi•
do todo onauio de Portngues em que andar earrane(ric)
gentio ou mouro, e as fazendas das pessoas que relia
ordem asilas declarada me deuem em Coehim os direi•
tos vira& em ernbareaeoils em que na l; venhail das pcsoas
que deuaa direitos a EIR'ey de Cochim, sob as pennas ••
aima declaradas por se evitarem os roubo, eelinini.iS (Int
ha em baldear as tara fazendas, e nal; descarregarem
tudd no mesmo porto, e esta defesa se entenderá do dia
da publicaçaõ delia em diante, e com rirá como nella
ise contem, e Imre que as ditas pernas 'má posaõ ale•
gar ignoranda lhes dm,u hum mes de tempo pera dentro
nelle oomprirem o asilou dito, o qual passado, e nali o
comprindo, emcorreraili nas ditas penas, epera que venha.,
á noticia de todos será esta apregoada nesta cidade de
Goa pelos lugares publieos della, e se registará tua..
dega delia, de que se fará r.sento nas costas della de
hul eoutra coasse. Noteficoo assi ao Vedor de minha
fazenda, e lhes mando que assi o cumpraa e guar-
dem, einteiramente faça& comprir eguardar da maneira
que se nessa contem sem &miniu nem embargo algum.
Dada na minha cidade de Goa 80b meu (mulo das ar—
mas Reaes daCoroa de Portugal adetrasete de nonembro.
EIRey o mando« por Dom Francisco da Gama, Conde
da Vidigueira, Almirante, e VisoRey da'ladia 9r. Go-
mes Rodrigues de Santa Crua afez annodo nasinnento
de nosso Senhor dera Christo de mil quinhentos nouen-
ta e reto. Joa6 d'Abreu a fez eserener,--0 'Conde Al.
mirante, Y'iseRest.

( Livro 1.* de Alvarás B.140 )

299.
Dom Francisco da"Gama, Conde da Vidigtteira, Al—
mirante e ViseoRey da Judia &C. faço saber aos que
este meti aluará virem que por arei cumprir ao serniço
PASCICULO 3. 797

delrey meu .senhor bisem as »aos que ora 'ml pera


Reino acomodadas de gente .de modo que re possa3
defender dos caseiras em casco que os achem, eo dito
Penhor mandar expressamente por mias cartas. ey por
bem e me praz, e por este mande ao Capitai/ Vedar
da fazenda.de cidade de Gerchim, e ao Onuidor deita
costranja3 as pessoas a quem dey licença pera hirem
pera o Reino hirern nas propina aios que lhes nomeei
como verei; polias licenças que pera isso lhes concedi,
porque o imenso que tine em ihas dar foy per« ar
defenderem dos ditos ...eiras achandoos, e por, este
respeito as eu despemssar nas taes licenças defem-
demdome Sua Magestade nui1 desse este anuo a
pessoa alguã, e cumprir assy a seu aalali,ÇO,'0 Conforme
50 que me elle manda por outra mia carta que vai'.
ditas aios acomodadas de gemte que as defemda. No-
assy ao dito -Capital Vedor da fazenda de C.-
chim, e 01111idat, Inala oifieiaes e pessoas a que per•
tencer, e lhes mando que faça3,inteiramente comprir e
guardar este meu aluará sem duuida nem embargo al-
gum, eeste trak3 passará peita Chancellaria por ser do
seruiço de Sua Magestade sem embargo da Ordena-
çaii em contrario. Esteae3 Nunes ofez em Goa a zij
de nouembro de 1597. Joa3 d'Abreo o fez •escr...
Reate será publicado em Coçhim pene vir 4 noticia de
tody, e da publicaça3 se fará termo para irem .par
vim., Sua Mages.U-0 Conde VisoRey.
(Livro 1.. de Alvarás fl. 142)

300.
'Dom Francisco da 'Garça, ronde .da Vidigueira,
mirante e Vissorey da IndiaWe. inço saber avós Drim
Antonio de Noronha, "Capitaii da Cidade de Cochilo,
e Vedar da fazenda da carga des.:tios, que Sua 'Unges ,
.
Onde em 1.7 Instruçati que movi.. o 1Mno passado de
knouente e deis, no Capitulo 13, que trate sobre unia.
'gana qae nas aios do. Reino se toma', .pera a pimenta
7.9.5 M5E11150 .501,11.150.•01Z1/1/15,L

que nars cabe nos pay... e outras Sonsas que se tra•


ta& de seu semiço e me enicomenda, he buS delias
que .6 aja alma: dauida o hir pesa 6 Reino sempre toda .
ré pimenta- que cduber nes náoe regendo a carga leiloe
que em todas vier„ de que se dene fazer conta pelo nu.
mero das ditas unoo etoneladas. do • fo.. rn, einco
mendandome• que ordenase nisto o que fosse -mais seta
aeruiço ; de que o avisaria do que tine. feiro itera com.
issa mandar pague aos contratadores oque lhes deuer
dos ditos lugares quando, nai1 forem obrigadoe por sen.
contrato (a) ;e visto por mim o que Sua.Megeatede- de•
clara pelo dito. Capitulo, e ser sua tengails que.. mies
do Reino leitero cada, hurTdellas sua eac va por um. g heio
da- pimenta que está, contratada, pois ' 1
w tanto de 5.o
'

resumo hir toda a. copia dell sena falta, ey por bem e


vos mandos que tomeis. ¡ie., este effeito nas ditaa aios
todos os lugarea necessariom edisso mandeis fanes ai.
$C1110 da salta. delles »toados pus v6s eos mais .ofielnea;
qbe emendai- ,deste mister, que me entiriercia lieroscons
forme e. issts eurdar a Sua Magestadm. com. pelos ito
Cvpitulo,manda Noteficouele assy lera que o cumpraia
inreiramente semi dunida nem efirbargoi algures posto
que naii. passe polo Chancelaria , por ser da sernica de
Sua. Magestadé. Gomes Risdrigne. de Senta. Ci.. a
fev em Gda. a24 de nooembro• de 597,—Jnaiii d'Abreu•
o fez escreuer.-0 Conde Visolicy,
(Livro 1: de Aluar .
. ff. 142 v.

3ot •
Em Goa a 9 de dezembro de 597 passou aluará com
parecer dos desembargadoreu .da mesa da lrelaçaii,
per que ouue por. bem, e por este mandowenvmente de
Sua Magestade que os prouidos dasseapitaniaa equites-
quer °Mr. ;cargos. da. Sadia se lhes na7 ponha o..ceurn-
, pra-se=etn,suas pateates• set. primeiro. annfstratern

(a) flua Documento a.* 212 de. Leieirek.


rasolcur.o.:.* "70ff

Tolha corrida por todos - co esMinaé'k desta Cidade, por,


que conste que nafi tem culpa: obrigatoria ájustiça, e
rini sentiu, o premido ,ineraddr nesta Cislade, lambem a.
iiresentarfil'ulha corrida dol.inguar' ,eontle. doer residido.
Mais ..des seis mbar.. (a),
(Livro I. de Alvarás 'fl. 143 u.)

302.
Dom Francisco da Gama &e. aos que este aluará vi-
sem que aueutle'ettrespéite aos gasto...rine quazi ordina-
riamente se fazem na fortaleza de Diu do dinheiro do
imo por coreto que -está aplicado para a fabrica della, que
Ir diferemté -do dinheiro. rpm -se -carrega sobre o feitor

sie Sua Magestade, -ey por bem e mando que ho -theme-


1,ito «mamdelogo fazer htrre areatforte e de bói ferrugem
Com nUOatr0 ChRtIP. 9, buS dasquoaes será o Pmactior da.
illiscricordia, -e outra o JOizsPallandegua, eoutra o dito
thesoureiré -de dito. olmo por cento, e outra Francisco
d'Abren, enela .auerá .hudi limo de receita • despesa ,
em s ine -te carregará o dinheiro que remder ,cada -sun,
t
mana; -a guarema esteia' na casa .da Sarda Misericordia
da -dita cidade, -e as despesas que ee , fizerem do dito
dinheiro serad peru pagamento das Lerias o obras da
dita fortificaçad somente e naõ pera outra alguA des.
pesa, e as .obras que por esta -maneira se Pune-
rem de Lazer se ferais- por ordem do capitaô da dita for-
taleza, -e poderá ser vedar delias -o Leitor de .Sua Ma-
gestade que estiuer per carta, e apomvador das abram
será o dito Francisco d'Abreu posto , que dito allesou..
miro senha outro escriumi, porque pela'boa imformaça5
ime tenho delle .ey nem e me praz que-ele somente
tenha trino oficio de aponstador nal; outro algum, e
das despesas que se fizerem se Lerá sitolo apartado no
dito liuro que nni seira da dita arqva senati para se fa-
zerem os asemtos neeesarios nele, eene se registará

(a) Só este extracto-está 00 Livro.


AI> aaCHITO POICTCUCETnialiFiara

no linro da receita do dito feitor, e este proprio se teso


em botuguarda na :dita argua com hn dito lliuro para a
todo tempo se sa>er como se fez por meu mandado,
que hans'e outros sei comprireis sbb pene de eirmoenta
partiam pera CatillOS e acusador, e valerá COM. Carta
...... ,.(
Livro l. da Alvarás fi, 144 )

1598'.

PRIMEIRA, SERI E.
YON,k0 DO Pffill0..
303.
Conde Almirante, Vissorrey, amigo. Es EIRey voe
enleio muito saudar, como aquele que arar. Por estar
O Prinmepe, meu sobre todos emito amado o muito pra-.
sedo filho, muy, homem, Immores a Ocos, e ser já tem-
po que noa ajudemos, pois ele o fez ,qual se podia de-
mitir, e para sua mayor ernformaseCt e melhor eepedi-
eme dos negmeos, e poder com mais pressa correr o
despaoho deles sem que aja dilaça&l, peto impedimento
da minha mal direita que tem caussado agota, -detré•
miney m dias passados ,que daly em dianto .ele assina-
se por mim todas as cartas„proolsob's, p deipachee de es-
tado que se fizessem poros meus SaCreraria seus mu-
dança da estilo que. se. costuma. ter neles em coussV
alga& outra• que ser o seu sinal em Lugar do meti, que
he o mesmo, e por lhe escusar otrabalho de mais
sara nal'," asinará por ora as prouiscás e despachos <ite
se fiZellelll poios escrieaé's e.menistow dos trihunam põe.
onde correm, qmsleuerad,o, meu rLn1 dobai/teto de
me parece& avissaruos para.asy,« terdes entendido, éque
as vossas cartas edespenho, bati de vir. Com os sobre -
• . .
a) Assim este imompleto este &Irará, mie he de De:Sobre
de 1197, ou Janeiro de 159§„,
rufie.. Z. 501

arilos pera mim tomo atégni se fapie, tem por caneta do


sinal do Princepe men filho os fazer nisso mudança ah.
guá do que sempre nisto se costumou, ede tudo isto avis•
sareis o Arcebispo de Gon e unis prelidlos desse esiado,
chanceler, e deseinbargadqrs. da Relegad, tapitdes
hirialexcs, ecornaras das lugares delat, oinde as lis, s
rodos os rneuistres ecleslasticua e seculares dessas porte,,
4 fidalgos que nelas me seroem, que tem obrigaexa de
me esdreuer. Escrita sin,l.isbon a Ode Janeiro de 1500,
PRINCII E.
Miguel de dl o
-ura.

Para o,Cond• Almirante, VissoRey


(No Sobrfveripto)
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde. d• Vidigeira, das
seu conselho, Almirante e Vi.orrey da India.
(.1.irro 2.'sfl. 448)

304.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu EIRey tos
emulo milho saudar, como aquele que amo. Com a vin-
da das naut do anuo pastado e pelas vias que nelas vicrafi
do Vissorrey 'alarias d'Albuquerque- entenuly como nan-
areis lindachéguado aGua nein a Coshim, eque se enien—
dia que emuernarisis ein Motafibique, e muito rue pecou
do os,' terdes milhos viagem, e espero tur. Deas que anua,
desias aios partirem ter?) recado V.,0 1)04 terra de lerdes
passado á Indin, e procedido no que aela vos - manidry,
comforme .a granule cornfianies, que de vás faço.
11. O dito Viesorrey me esereue ~O de muitos an•
no, u álogor trás pensamento de se lhoee senhor
retrai depena partes da Judia esperrundo orressied para
mais a seu estuo pós em efeito seus desejo., como o
feak1101.0 que aoube das guerras crueis que avia no Rey•
ao do Melique, dorulgandwee por todas aquelas par-
181
áaenzvo rorervet.: ,eetliXTAI,

les hem exeieito que .trazie cano .gue sospendeo


s,triiere
1.5 animar dê iodai, cio ger diz •ra Visoniery - que az
preuebio no toi chile agido pro.rairrlo fazer ligue ca.
ire a'Illeligne, Plainá, CoItainalnee, e eu marra Réys de-
mude desfeito.' mandam' sitie para esse -efeito emb..,
dere., e que finalmente fora ao norte para
- cern sua 4,1a
numpeinder a virrida dos (Ingeres até serre •Reys tereis

letnp" para ajnrtitar sua gente. e de o assy fazer C001


.510 -intento soposta a Report:meia do caso me oune.:por
muito bem SerVido, n roi érnewnernio muito . .111,
eareeidemente que eera m • cuidado procureis
de nele Cilas Reys < para ele hum corpo eroperli•
..111 OS desen1,05 da dite (iogas 00556 coara rolo
que tento vay á rprietaemi e comseruaeaG desse estado,
minertindeuirs que nesta ligue proeedaeo com o lento e
eonsiderneaa que erninern. 11,,y para se ela perpeluar
mono jorra searea'efennrer o eocandeligure gogo'', acra
se lhe dar ocassiâa para ele imitar as'armas centra rtIs'
tortalezne desre rolado, e ',montra-corra destas silo vos
refletiu tatiiirem sobre as couosao dnalegor, porque taa•
teria lie para se falar seinpre nela.
III. ,E [key ,ue e5Creue cobre ai-lauryk modo em rine o
Arcebispo' J0 <doa boiai Frey aleimi de' illeneores..pru;
rede em sua obrigacaa pastoral, e em •aodas ai 'urus
eous,as de rneweeruiçd, como tainbem eacalio entendi ,1 0
de uniras moitas cartas..de pe.°ai de5Ce estad,;, de ,T ,.,
Filie muito contentamento, asy pelo que isto: importa ao
5.1111ie0 de Does e Meu, couto por cie , corresponder beta

em •lado isto comfiança -da ona - eleiena, e porque o diur


(se lembra teta "que ce rA seruiço 'de' Déoe e
'Viesorrey . coe
merrque Arcebispo e dniopes •ilessay partes, reita 'rls
galres pussaa constranger aos rIatialCiree das Ordens mi•
lilases rine•ctimpraa cern as obrim.oés tia igreia, ou 'ligo-.
trem reino 'tem -Courprido ma •elas, sem' embargo dos
previlégios das dirá', Ordeno, <crido M caridade deste cUmi,
o ey asi pai mernied de ,•Deos• cair a, e direls ao
Aecebiepo; e ~rolai. prelada...hW/lados decore estecrp,
para cp. elee'decful ern ¡Monte ary oTeça:I -pois); "pet
igeeteshe' 3.• KO:2

gene Vigairo., en que - sobre-114d -oca" eSerelln


reis aos fidalgos epen.oas de °alidade para qne .eolar
bala e....mplo o dern•rr entron que dele. o denom tomar,
IV: E •F , osko que mando responoler ás cana. queline
dr Doer Frey • Anu de Santa Marta, Biol. de Cochile.
olhe agradeço o boro loodo,n -qne proceder, tempo era
que gonernou •o-areelviepado do lhe,, e lhe rnaltdey- e..
erra,. o In.aroo pelo armada do Bano de 9fi,
romerndo que de minha parte lheeFillifitillera. o -conte«.
lamento que disto tine, e de saber com rpruair.• zelo pr0.
cede nau eoussas de soa obriguaça3. e nas de tara cera
oiço, e lhas emeornenoleis de minha parte.
V. 'lambem n ore esereue o dito Viroorrey que -Doia
doai; Ribeiro, Bispo de Malaea, tem .COMMido grandes
dr.orclena naquele biopado,,e que • eirlude mandou
queixar a ele delas, eao Areçblepo -de <doa, e que bua ,
rena algum romedio para o Nue,- vir-aquela eirl.le de
(doa, e que tem por muito neeesarlo ao serniyo de -Oco.
roeu mandarsse outro Prelado •Ilopiele bispsdo; Opacto
que «abre esta mate-ria. lenho .ba.-ltantelnente re.poodild
prlhe armadas dos antrod de .96, e9'7; por Outra earla
ilha voe avissarey des....reis nisto °rume, eo urandurey
ta rebela .sereuer Inais•paerimilarenetue. ao •Aretlaiopo rie
(lpa, por que por, Ser Snalerix ecokskrellers e. de "hum
'Asno, a ele me, isto maie-arreitaurente.
V.I. Dia o dito Nlatias 'bar! aorque.qa• tem perdia'',
lar eaidado de man,lar continua, cons••oe• perorarmos
doe Calsi:los dessa citado de. Goa,..•eoeldrn, e Melaria,
sonsa Ilta trieede•y -esereuer, e- arte , mesrrog cuidado- :vos
eineomendo tenhaes dosealese serem- bem •pagos, e que
nesta, fauna -proeednes no, pugarnentos doe Bi3pos. Is
China, e Japaít lr oriu Biapo ver, ooud',iar o tenhaes era .
seP p.atarneolo coro ales a.tonta <Iria herezad, somo es
(l ese a prelados.q1.10•Mpree,M,M' o estado dos. ape.P.Joare
rplgey, de, saber• como.. (leque/ao parles emana
Err,ads dom...rico, e.rpre e erintehrlaJe
cc PIO .11- ior oreuirnenro,o que oarmentstros qoosett ,Skrts
pua e;:ia cumprem ema eug obrigueyaí4 que por ser ma
8154 una.,,. r011'UllIM-1,11161eral.

ti da minha rola encomendo da maneira que de mim


por minhas Instruçofis o mndet entendido.
VII. Taurbmn. trata das desordenrcom que diz Tm
torre Antonio de Barros, Irnquissidor desse estado, as-
ey em sua obrigemeati ritmo nas conss'as de minha jur.
digaõ metendesse ar lo com muito morou/01o, e me botei.
ro lembrança que ocra scruiço de Deo, tet o Arcebispo
de Goa a mperentendeneia da Casa do Bairro oficio des.
pas partes; e por ser meteria de moita cornsideraçaii ate•
abo mandado ver-sem -outra carta vos mandarcy mem.
ator -o que se tirito fazer. asy com Jeronimoiledrosso,
Promotor da iniquisimaii, que soo iinformado rpm. ha
muitos autuai, que seroe este Cargo tom muita sallsfaçafi.
VIII. E are me diz que o Comismiro geral da Or.
.dern de Sart Francisco dá de cada troe moras mostres de
sua retintle, religiaii, e letras, e que tern montado muito
no terniço de Beira -com seu exemplo e vida, e que sepa•
rou nas terras -de Bestice o colegio dos catecumenos e
dos or falis do eoleuio elos frades, em que fizera grande o•
Pra, e me lembra que vim. mandar que mn Solerte de
Beeafin eCranganot, onde lia renda pesa colegios, se fa•
ça o mesmo, mandamtio erfajudar a obra deles com de ,
clarnça•Ilt irise em ubera tempo os ditos Religiossos nefi a•
VC1ISÚ us tais colegios rara sua altitaçaó, e ao Arcebispo
de Goa escreuo se itnforme se im eornuiniente fazem., a
tal eepartrçaii, eachando que ,fie netetatia te ponha logo
•ein ordem repararemme os ditos colegios riamo o Visor.
rev aponta
IX E asy trata na dita carta que por os Religiosa. do
-

Sai"; Domingos ninerem main:, desconsolados no contlen•


to de (loa omde resedietri, por lhe adoecerem e!nomes.,
muitos, fizeraili outro motteiro aare posseraii nome Sal,
to Thonlas, a que <lebre mandar ajudar coto algum •ini•
are ou meter, e vermio o que nisto me diz, emnformaçaS
que tenho deur< mosteiro ter muito doentio, vos troco—
trend° os ajudeis com alguni ',lebre, ou <uma cousei
que acta seja tirada de Minha fazenda, "cora derleraçaS
°lactente 3.90é

que os ditos -Eeliginsmos re parem logo todo, do mosteiro


de SaS' Domingo. para /turma cases de .Sa nto 'ritmo:ir, e-
deixem a outra em que até ora viners6, pois los ts6 doem.
lia, e morrem tantos nella, corno ré diz, de maneira que
asS tenhaõ duas' camas em (Mia.
X. Tombem me diz que os Religiossor da Companhia
cumprem com sua ebrigaça6 no que ertn 5 rem cargo;
e que fora de muito Muito a.viMitacari que o Areei/nino
de Coa fez nas erras de Solerte em <lhe reridem es
meamos Religiosos, porte que'tem prelados prudentes e
domo, a que dera de minha parir tr0 sgardecimennia
do seu bom procedimento ore cousses de sua ebrigacaS, e
por ter erniendiJo que Pit, Religtiorro. Mui Som °ui:
dado da cure dos doentes «lo Orpital ole Gos, vos entoo -.
tumido que de minha parte Rte digites que ev por muito
reruiço de Deos e meu 'terem eles e adminirimês6 dele;
para oqosountlO -neeerario re °Mulata licença do seu
nas que em qUatito nri .3 for, nalì deixem de con.
tinuar cote rota mit pia e'nem-marta obra, e que de vos ,
ra parte procureis de m prover o dito °opilai de tudo o
neeemario de Maneira que mai tenha6 ocurisO de por mal
'intuído o tornarei.° a larga ,
Xl. E 'por a lembrança que me fs'. q.. RAIO...
.09 de Sanem Agortinlot.ran 'polir,' e 'que /he deu«
mandar acrerentar norér ordinariar e ma' leu ,taabent
o anuo de 96 ) oume nirto por bem o que ,tereis vcou
nas vMs do anuo mirrado.
XII. E are me diz qUe seca remi«, dê Deos
ntendar aos prelados de Sai/ 'Francisco, Sob
e.Santo Agostinho destes Reinos que .Manatem
giossos de virtude a errar partes, por os qtlein tornar; O
abito net, Zerem a crinçaii epo rtes que se.requeerm para
com sep. exemplo _melhorarem as vidas e Ottslume.,
m empreguarem na contuersaõ, e ia Muno Ynaddado
eserê., aos prelatkor destas Ordens dm keyurr que
ordenem que os iteliglomos que Páreas a essas panes da
ladra oaí,' roaaoto .delar, e que arry lho deeloidr logo
pelos incomuen.ieoleS qae &sio reiállad, de que anais
806 ',acerva erucnortrEfteMESTst..

sareitt lambem aos prelada que - lá residem, eaoenvlo


nisto algud mudança daqui até - á partida deitas asioc
voa avissafei' disso.
XIII. Tombem se escreue que o Areehjepo de 04
passada a festa do Natal daquele. anus de 96 bis" visoil
lar as fortalezas do norte, e que para fazer reta siai.
taçad lhe mandou. fazer prestes huti essussa gUaló. por
ser embarcaçaõ •regara. de que me tome por sentido',
e vos emepmendo quedesta mesma ptaneiraproeedaes nas
embarcaçoês.du Arcebispo eavezes que tornar a VisSilar.
XIV. E asy .medir que tens feitas muitas lembranças
com suas cartas sobre a maIeria de minha faSentla des•
se estado,. e.-que a sustancia dela -nad lie tad corta acto
segura como a 4leste Reyno por eigults rezods que a-
ponta, eque se, nad faz palco em .se comais cato as
despesas .ordinartas, quanto mais em se fazerem coro—
quistas e forta1 ,4ks 'umas em. seu tempo, te ern se azo-
IltreM a nasces .aCidEateS desse estado -sem lhe hen1 a..
judas deste- Royno,-:e vesod,ue,r hud lista do que rem-
de rase ralado da .1ndia (. feita por hum IlletliSlro meu .
de entendimento e experienan) me constou em seta.
fatuidade .de .outrus tunformaçods rine tatuam, tesItó,
que importa em ,.eada um annu.o reindinnenM desse és.
lado hum conto trezentos seteUta e cisa, Uni "pardins
de trezentos seis -o {sauiás',,que Ake'bastante rènditnen."
to, ainda que foro manar, para se -acodir á, desligai.*
e acidentes- dele,. .-pelo eine vos emeortamilb tratas de
viro boa arrecadacaõ .iodo este remtlimento, « tire som
isso se seresentatá, e tenhais intata .conta core á dee- .
pehsa dele, eque dele façais fUndamento que aveia de'
premer todas ao consoas «lesse atado; usa alterando di-
nheiro nhum deste Reino, que pelas oecesidadeS •pre•
sentes 'tad se pude nem dente apitar délé, nem seria
eomuiniente que prometendo a Irndia tanto de sy, bar,'
somente paia .se sustentar, mas paça'acodil OQ - Reloo;
ela o consumisse.
XV. E posto que o .dito Vissortey mé -eeereue que
FASeeelli.0 3." P(A7

aná 1 1a .quem Jineira arrendar o Oleai° doa ereal..oa, su,


.

bre"o qtter"que fez -muitas delSgenciar, vos emanmari•


do que Premireis- rjoe se arrendem, °moça colo tenho
Mandado pelar i nsirnçofir que Irastes, pois com Isso
-

ac'enternIc -ocre°11nenfo que pode aver nesta, renda,.


XVI E eissi.. • -me diZque per naf3 avergoem quisseac
entender ho nobre da . Cbina•por -
contrato, sen°1; ecoa meie
ta •qeeb're de minha fazernda,. fazerndosse sinen, tortas
a, diligencia,' rine Ifie toma pariu - eis, dera Ueene, que
tronxerisere cobre - da Chiou, e,que nele' paPagern o,
reitor das•faie - adaS rei Malaqiire e• em Goa, -o que, por
agrida via amém mais nobre do -que -lhe pronneliaZi por
contrato, á por evia bateria ser' de tanta, utilidades ter/
emeolandá'da per mimr aprour, este modo em que e; Via-
soRq procedeo para aYee este- obre, porque alem de
parecer O mais caro, se mgna't..ber.P.',Vminha íoneftda
•diveilea• dév, éOrmi ernoornendo -muito e.mearecidamente
pue-liroelireis :'que ereiredes , os annoS se' trague a006
per este ,friddo nu•prie.ouiso,mais proueitorso, se ooutter,
•venha aGee- o que- se pagar em Melaria.
XV/1.. E -tamisem diz que alégora isen" ouuera quem
emirseSé °ovar- atar as viagens de Afelueo rema/ cem no.'
tsuei perda de minha fazenda,. e porquê tenho infIorfiffi".
qaa' pire •se- contratarem pode re -
suliar muito a miulia
fazenda, cor eriscomendo que procureisique se contratem,
dom« já por mifila, Vetes o tenho mandado.
XVIII. Tombem me avissa •corno, no anuo passado
fizera Contrato ..com Nono 'da Coara, que hia entrar na
femalesa de firoçafihique, e que por condicaõ d.o mm'
tiro contrPro'ire avia de éntingir- a affandega daquela
fortaleta,• eque sonsenfe - sé raiá de pagar nela hum
prre 'crèlllri Para' as obsarida fortificaea3, como Junte, re
PrIgamus, e porque' nas nfio, da armada do anno de 06
por algu3e iniforrnaçofia que tiue de começar erra alfan-
ilegafijá ïteepd'ey' para as despensas da marna fortaleza,
a.ae*ey' qtre•ve •folias continuando com ela, Vria.,,eieÇO,
mei...44411SL leal' O Pagues, e vades .prosegimdo ceve a obra
fl aisnate da ,fMati,ak et/Monbaça; plijá alfamdegna.
909 acervo TORTOOVE2•011ISYTÁL

Irem rum informada qüe comeces já de ir remdendo


guá coussa pare pagamento Ilas ordinarin. dela.
XIX. E asy me esererie que na alfandegun de Or. -
mus na0 venera naquele anuo rendimento algum por na0
lerem virndo a ela as cardas da Persia eBaçorá, epor.
que esta alfandegna lie a maio inip.tanté desse testado
de mós rendimento, ses'emeemendo me aclarei, danarmos.
porque naii viem0 estas cafilao, e procureis, por todop -os
modos persiana, para que acuda°. aela corno danten.
XX. Tambern ate diz que conotem muito a mete Me.
alço a fortaleza de Itlaoeste ser sogeika á de Oram., e
guri os prouidos dela dom menagem. aos Capitaóo de
Ormoz, porque como batia ser socorrida nos acidentes
que kiuer pelos mesmos Capikaós de Ormuz, lhe accidit
/. 1t7i coem mais cuidado e diligencia, e veado 0,1/le soo
tire iria me caneca°, é tomou principal fundamento disso
lie na0 se poderem defender .os Capitaos de Mascam por
sy só nos acidentes que tiverem, me pareceu que isto se
rernedearin bastantemente com estar algo:1 gente da
goarniçari naquela fortaleza, pugna dos rendimentos da
foetaleza de Orruir parasse anos: eesta troai iode e sa.
eisfoça0 que •he folgado que se dé aosprouidos de Mas-
cate, pelo que vos emeornendo emando que (raleio est°
mataria em conoellio e me avisseis do que sele se arca.
tár que mais coimem ameu seruiço que nela faça, eem.
«ardo na0 kirierdes outra ',porta minha per:roereis nisto
de maneira que fique aquela fortaleza de Mamam se.
gora, ea.entandosse no dito conselho que se sageite ao
espita0 de Ormitz. tratereis cato,/ da satisfnça0 que nes,
mar partes se deite dar aos proriidos dele, aelokkeekdome
de tudo muito particularmente, eemuiamdorne hum rol
tino pesaiias que nesse cotado estiuerem prouidos daria
Cutiirania de Mascare.
XXI. E asy ate ediz p.a cidade de Baçaim em no-
rne dos foreiros dela pretende° que se lhe fizer°, grita
eabatimento no foro dos urinea da guerra que deuiaa, e
lhes tinha reopundido que mandassem regime« sua ¡es-
tie, na mesa da frzernda de Goa, onde se lhe faria ia-
reiramente, e me patecto mandar apeou« o modo ea,
que nisAo procede°.
ramos. 3: 809

XXII. Tombem me diz que acassa que tinha come-


çada na fortaleza de Goa para cera ir de torre do tombo •
estaua acabada, e mandara entregar as chalres dela a
hum Díogo do Couto, e que o secretario desse estatlq
lhe emtregara os liuros das menagens e acordos que
tinha em seu poder, e que os .mais papeis, instruçoõè,
cartas que costurnauaõ estar era poder dos Vissorreye
se ordenara por escuto dos desembargadores feito da
Relaçaõ de Goa que se sobreastinesee neeta entregue
pelas rezdás que sobre isto ationtaraõ, e por outra carta
minha aos mantfarey espreuer aordem que ouuer por'bem
que se tenha em se cobrarem e goardarem_os tu. papeis,
XXIII. O dito Metias d'Albuquerque me avizou que
mondara registos, nos Birros da matricola e rios dos cos. •
Los a prouisatt por que mandey que daly em diante se
uai.; cumprisse nItuá per que se corneedesse sql.do e111°,
radia aalgum criado meu que naõ fosse fidalgo em
meus liuros, e encorneridouos que façais goardar
rameate oque por ela mando.
_XXIV. R asy me diz que Frai,oiueu clo S01110, 111Cifile
dessa ribeira de Goa, curau o dito cargo dom diligenCia,
èespera lhe mundo acresentar oordenado de assenta mil
reis que tem .m ele, eque por naõ se poder susteetar os
Vissorreys desse estado lhe deraõ mais corenta mil reis
cada nono, e uerndo eu a boa irnforniaçati que- dele rua
daráô, ey por bom que aja os ditos carente mil reis por
prouissaõ de fora, de ajuda de custo, que se thè passará
cada anuo sem se tratar nela que he de ordenada, por naa
ficar istb rei etiemplo á seus sucessorês que averaõ au-
mentes primeiro ordenado que o dito oficio teor.
XXV. 'Bambem me esereue que a alfandegna de Co.
Chim net; rende o que fiaste nem para pagamento dor or-
dinaries que nela est.- asentadas, e que por isso man,-
ela pagar o mantimento -do - Bispo daquela cidade em
outras partes, que tenho por bem feito, e avissannoeis
da caussa deste pouco vendimento; easy diz que aale. --
eleg. de Malaca. fora armeis armo arrendada em
102' •
810 ARCNIVO roavusCEZ•ORIENTAL

tenta e seis mil pardáos amdantdo os a11110, passados


em setenta equatro; eque °aviera aquele crecimento por
naquelas partes na3 aver gnerra, mas que por muito que
renda nhum dinheiro se emnimm da dita allandeeua a
Goa, e todo se consumia per ordem do capitai) eoficiaes
daquela fortaleza, e por ser meteria aque conuem darse
iemedio, aos emcomendo e mando ordeneis corno em
todo ocaso o rendimento daquela alfamdegua vá a Goza
ficando somente nelia o que montar nas ordinarias da
mesi2m fortaleza, ese naa despenda outro dittheiro algum
sem urdem vossa e dos Vissorreys desse estado, e focais
logo tomar conta muito estreita e particular das cones.
em que se despemdeo o dito rendimente, é se cobre o
mal gastado, ou oque se deuer per quem for obriguado
ao pagar, ede tudõ isto me dareis particularmente conta.
Escrita em Lisboa aoito de Janeiró dê 1598.

PRINCIPE.

Miguel de Moura.

Para o Conde Almirante, Vissorrey da India.-2,' via.

(No Sobrescripto)
Por EiRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira, do
seSt Conselho, Ahnirante eVisoRey da India.

Livro 2.* O. 430 )

305.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu EIRey ros
emulo muito saudar, como aquele que amo. Em Imã
das cartas destas vias vos digo no Canhoto 12 dela
que mandey escreuer aos Proninciaes das Ordens de
Sea Francisco, Sai) Domingos, eSanto Agostinho deste
Reino Ique ordenasem que os seus Religiosos que fossem
a essas partes da Judia nas, tornarem delas, eque asy
',serem.° 3.• 911

lho declarassem logo quarndo de quá partirem pelos


incornvenientes que disto resultauaIi, de que avisarieis-
sambem os prelados que lá residem, e que avemdo nisto
algué mudança até á partida destas Mios, vos aviam.
tia disso, corno o faço por esta carta, e he que depois
da outra feita me parece° que naô comvinha deula—
russo por ora aos frades que de que. forem que na&
haõ de tornar, serrar, deixar aos prelados de quis e de lá
que nisto procerlaõ com eles no modo que lhes melhor
parecer. terndo torlania este intento; e isto tentareis
com os prelados das ditas Ordens dessas partes esmo-
ni'quanadrio primeiro com o Arcebispo de Goa. Esori,
ta em Lisboa a 8 de Janeiro de 1598.

PRINCIPE.

Migue4de Moura.
Para o Conde Almirante, Vissorrey da India-2.. via.
( No Sobrescripto )

Por EIRcy.
A Dom Francisco da Guama, Conde da Vidigeira
do seu conselho, Almirante e VisoRey da India.

(Livro 2: fl. 446 )

306.
Eu EIRey faço caber aos que este virem que por o
lSy soez por meu sernico, melhor goitierno,,e mais com-
veniente despacho para os fidalgos eoutros criados meus
e pessoas de seruiçoa ta India puderem i.entear nas
Merces que por elea sues fizer aclamem espar-arein. muito
a vagante dos muitos prouidos primoiro,-ey pot: bem que
daqui erin dianie naõ aja despacho de partes para: a
India senaõ de cinco em cinco asnos, salso se asteedo
dito tempo acabado eu mandar Vissorrey ás ditas partes,
porque o anno em que ele for naõ deizará dé,aver
BIS ARCIIIVO PORTUGUEZ•ORIENTAL

ra0110, irada que cota," !mó' seja chegando o termo doa


-ditos cinco armes, e quando se tratar do dito despacho
em qualquer dos tempos assima declarados se-comes•
sara primeiro pelos' que ficaram seruindrì nas ditas Par—
tes, que pelos gim delas vlerep requerer a este Reyno,
porque asy lis rezar; que-seja, e que aja mais lembram•
ça dos que por serem ausentes e estaretn seruindo a•
crecentar3 coro isso mais o seu merecimento l e este se
publicará noite Reytio ém fitinha cbarncelaria e ua Re-
laça.) de Groa, e se registará nos liaras de minha fazen•
da eda Casa da Judia, e nOs da'dita Relevai, de 'Doa,
e'se lancará na cassa do tombo dela, e valerá como se
fosse carta comésada em meu nome e passada pela
chancelaria sem embargo da Ordenaçaír" do 2. isco, ti•
talo na, que o contrayro ,dispoeM. Manuel de Teres o
fez Crà Lisboa a 9 de Janeiro de 1598. E eu o Seere ,
sarro Diogo Valho a fiz encreuer.

PRINCIPE.

Miguel de Mouro.
obre fluO aver despacho da India de partes renal-,
da -cihro em cinco antros, ou armo em que for Vissor•
yCy a elas.--Para Vossa Magestadever.-2. via.

(Livro 1.* fl. 91 )

307.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu EIRey vos em°
pio muito saudar, como aquele que amo. Por !orá carta d.
Vissorrey Metias de Albuquerque das vias do anno pas-
sado emtemdy como EIRey de Melinde viue na Ilha de
Monbaca, e que posto que cumpre inteiramente com sua
obrigaçaõ em meu seruiço se mostra descontente por estar
fora da terra omde naceo, e preternde o Reyho de Peértba
por ser falecido o Rey dele, e diz Matias d'Albuquerque
que proouraua pio desnudo até vossa chegada para estaz
',sele.° 3.* 813

mais certo deaua amizade que cuida numqua faltara nele


em quanto dikter, pelo que yes emeomendo que vos leu.
formeis disto muito particularmente. eque nua avemdo
do Reyno que pretende sucessor direito; ordeneis como
ele aja a posse dele, se assy he que lhe perteuce, porque
pela boa eniformaçaõ que dele tenho e do seu bom pro-
cedimento me averey por seruido do que nisto fizerdes, de
qile me avissareis.
II. Tambern diz que o Preste Joaõ e a Emperstriz sua
molher lhe escreueraõ duas cartas, mas que naõ ha quem
as saiba ler, eque achaindo quern ofizesse me emtliaria o
treslado delas, e que se naõ descuidaue de mandar to.
dosas lumes quinhentos pardáos aos Poriuguesses que
estaõ naquele Reyno, mas que naõ seria possiuel correr
neste prouirnento por Luis de Mendonça, a quem tinha
detreminado ocupar neste negoceo, porque hia emtrar
na capitania de Bareelor de que lhe eu tinha feito mer—
ce; e porque a meteria fie tati pia como tereis entendi-
do, e de que terey muito contentamento, vos emcomen-
do muito emcerecidamente que nau podendo correr isto
por Luis de Mendonça, deis toda aoutra boa ordem quê
-

for possinel em cousa Ma importante e necessaria ajn•


dando...e para isso da emformaçaõ e emdustria do dito
Luís de Mendonça, que ithda que seja ausente bem será
qUe o com.e no que fez tantos anuas, e o que mais ed
<Muer por bem que façais nesta meteria velo mandareyes•
creuer por outra carta nesias vias.
III. E asy me diz qué por Cartas que teue do capitaõ
e Guazil de Cfrmuz tinha sabido que o Xá Rey da Per•
sia estam, prospero e quieto em seus Reynos ecom sau•
de, com tambem mo seneficatia por linõ sita carta que
me emuiou por vias para a atender ver, e que o presen—
te que o armo atrás lhe mandona com a carta que lhe es.
creuy arribara a Cochim, e lho tornaua a mandar cota
a mesma carta aquele sono, e que o Mogor mandara
a este Rey seu embaixador e fora dele mui recebido,
que seei tudo coussas que folgei muito de saber, de que
ar ergue gente comum comzeruarze a amizade
514 ..11(11,0 1
,, RTUGY.•ORICNTAL

do Xá Rey da Persia copo tereis entendido, pelo que


-vos egicomendo vades continuando com ela como cou.
pa que manto importa, e me aviseis sempre de suas cous•
sas esucessos, e lhe mudeis a miulta carta que lhe agora
escreuo em -reposta da sua de que vos irá acopla para
com ela aos comformardes no que tambein lhe ouuerdes
de escreuer
IV. Tambem dia que EIRey de Ormun e seu pro•
sedimento he cada vez pior, eque o G uasil serioe bem,
r. gun diz que nad pode mostrar quaa afeiçoado he a meu
persigo. por respeito do mesmo Rey e pelo parentesco que
tem com ele, e porque sobre estas coasses vos tenho,
mamdado escreuer pela arruada do anuo passado oque te•
reis nisto,, vos erncomendo que comformc aminhas cartas
procedaes, eme avisseis. esenefiqueis ao Guazil que me ey
por bera seruidode seu procedimento, se achardes que he
ele imola agora tal que mereça este meu recado.
V. E, assy escreue que Cicie Bem Barrou. arabio, ca•
bege da cabilda. dos Giáares, amda em diferença com os
Turcos, ese aproueita de toda a ocasriaii que tem pera
lhe dar multo que entender, e se isto imita agora asy for,
rezad será que deis ofauor .que puder ser a este mou-
ro contra os Turcos de. nianeira que sem de vossa par.
se aver cabedal que se arrisque se possa consegir oque
disto desejo pretender para meu, seruiço.
VI. yne dá conta que o Mogor esteue mui
maltratado de hua ferida que lhe deu 1min 'veado por bua
de, suas coussao su presente mui tinha O.
piniaa de,nouo contra o ate me tinha escrito, e.que nelas
arlir de estar até reeroutras que linesern mais força que
eIs em qtie se ele. fundai.. Oque.os Religiossos da Com'
Kaultia. que esmoi.' em sua corre o a.isavaa de tudo, e
que eoMprern.inteiromente orou sua.obrigaçaa no seruiço
de. Deo..3 e meu, pelo que dera as graças ao Prouineial
da ,Çpyripanhia'comfornie ao que vos tinha, emeomenda .•
do figesaeis nás vias das caos em.. que. foste:q. ; que ao
MogIor todo o mundo lhe parecia pouco, e'que tudo o q.
rêtemut.ó 3.. 815

nele tia cuida que he seu eque se lhe deue, e que dera
agora era mandar fazer quinhentos .naizios de reino em
que pretendia mamdar ver o mar de Ormni•e aquela ter-
ra, de que tinha noivado Antonio d'Azeuedo, que .foi en-
trar naquela fortaleza, para procurar saber acerteza dizia
jidr via de lium feitor seu que tem no Reyno do Cinde e
tios mais Portugueies que andel/ nele, e truta forme as no•
tias que tiriesse oavissar; eque ',filho segundo do álogon
que estaus sobre a ler tolera de riarnanager que he ti
principal do Reino dei illèlique, a que acodira referi,-
aamente Chatudebeby, se retirou erecolhe° para o Reino
de Barara, onde nada esta°a tem poder aver alta á latia.
lera do Melique, edo que nisto feno Vissorrey me ey
por bem sentido, e vos emeornendo que procureis por
todas as vias ter avisso .certo dos desenhon d,t Ilhogor
prit' ser caso da imporinneie que vedes, e que comece-
'leis •amizade de Charadebeby edos aturadores do Reli
no do Yzantaluco, ordenando, preueniindd, e faaemdo
nesta matéria tudo o neeessario comfurrne ao cuidlidd
que eia sempre deur ..dar em quanto nal,' torrar ouird
termo, como seria separandosse o poder do Nlogar, ou
it que Deos for eeruido em benefieto desse errado.
VII. I?, asY me diz que o Ydalea5 vay datado de rede
itez mais mostras de sua verdadeira amizade corri case
estado, e que dando rol nád de meus vasSalon á cosia
tias suas terras maddara 'pie se entregna•se toda afazer..
lia dela com mulita fidelidade ediligencia, e que aqueles
Reys se uai, acabattaii de emnfederar hri•eom outros mun-
ira o MOgor como-ele o procura,» por errar OpenineS e
pontos, inas que ele nal: perde ocassiab' sobre a ligua que
mandou tratar emn eles por embaixadores e por 'uai
Cartas, e que os ReSa da edita do Cariará e Baleias Da
acedem num as parcas e mais obrigandês que teto eom•
forrde áelas, mas que marnda nisso fazer ai lembram»e
éof.eios neeeesarios, e tudo o que sobre cotas coimas .
use escr.r tenho por de meu serdien, e lios ameomPndo"
ttue ceder par diante denta vreueeçaR da uuit rie Rege
814 ARCIIIVO soitzuevsz.oatanval.

daquelas partes contra o Mogor comforrne ao que voz


tenho mandado por Minhas cartas..
VIII. Tombem me escreue o Vissorrey que o Voamo.
Tia, naquele anno mais apertadamente que em nhum
outro proSuraua pazes com esse estado, eque em demos.
treettã de seu bom anima dera liberdade a hum Religios•
to, da Companhia que foi estimo na gualé de Dom FM..
asado Lobo, e que promete de a dar a todos os Portuges•
•es ecristais que estiuerem erri seus Reynos e senhorios,
e de dar neles lugar pera se fazerem igrejas, e para em
Calecii ou Panane se fazes huã fortaleza no lugar e sitio
que milhar parecesse, efaria derrubar afortaleza de Cun,
bale, eentregaria alguis peças de artelharia,.e daria ar.
iefens a comprir tudo isto e por o dito Religiosso da
Companhia certificar que. Samoriin deseiama estas pazes
ordenara que para a pratica delas fosse aquele Rey outro
-Religiásso da Companhia que entende efala muito bem

a limgoa, com o qual o Samorim falasse só e sem outra


pessoa estar presente, e que tem entendido pelo prooei:
to que lhe pode vir da amizade desse estado des eja que
se comeluait as pazes naõ admitiando em nhum dos par—
ticulares delas nham dos. seus regedores, que COMO Sia,
momos que ele tem por imigos desse Estado arrecea que
se naó- passai concluir tratamdosse com eles, eque sobre
esta mat'eria praticara larguamente com Dom Álamo de
Abranches quamdo o mandara Por capital mór do .Ma
lauar, e que alem do que lhe dera por regimento mands.
ia sambem outro Religiosso da Companhia de credito
e, autoridade entre os Maltruares para tentar a verdade
deste negocie, de que esperaua por oras a'resaluçaã, que
se viesse a tetnpo emuiaria com as vias, e senaã mo e5.
creuería por teria econsiderando eu a importancia oeste
materia, vos emeomendo que trabalheis posse cOmuluire'T‘
estas pazes se ja cai forem feitas, ,melhoramdoas -na mi.
Ihor forma que puder ser esegurarndouos moiro nelas, e
tratando inda mais do desfazimento de Cunhale que
do fazimento de anuas fortalezas, posto que bano erro
éoncesnis de tudo.
PASCICOLO 3.• 817.

IX. E aSy diz que EIRey de Cochim cada uca re mos•


tia menos africoado ás eauseas de nl,ssa canta fé cetro—,
amainas com tanta cautela e- disiumlaçaa que nall se.
parais claramente entender. que lie ele nistaparie, e que •
lambem faucieçe pouca as.cousaas de meu sernieo com.
a mrama cautela, mar que nas neassia0S que ar oferecem
lha eacreue com todoe respeito deuida, epalerma teia.
asena requerimentos e carme, e lhe eumiara a que Um.
tvianiby esercuer na via que se abriu, e mandara lambem
ao Prinicipe acu sucesativ a que Iria para ele,com oqual
corria mais familiarmenie e se flana dele ein tudo, aque
OPrincipe respondia corri a mesma comilança eamor, e
posto que deste Rev ha muito tempo qum me fazem quei-
xar, vos emeomentio trabalheis de irdes temporiaamdo
com'ele e comsertmmdo ima amizade. e cio expecial a
da l'rincipe de maneira que de lhe net"; rIA ocaaviail
queixa (com que por ventura ele folgaria para descul-
pa de nutras emassas )e se faç,aa as de ineuacruiço em
que ele intéroier.
X. Tamisem, diz. que • o Cotubuxa, Réy dó Macula.
matadara avia doas anuas seu embaixador para
se jurarem pazes, de que se fez-acento, e que para ele
as jurar em eco Reyna pedira a Matiaa de Alboquerque
lhe rnandase huã pesaria, e lhe mnuiara hum Francisco
Ferreira d'Aluveida, que. imitido as dilaçoils, entendamdo
que sua estada naquela corte avia. de. aer vagaras. pelo
menos elo quanto fossem e vissaent as odor que tinha
mandada a Nega, se tornara com assa: perigo, e que.
despoja motimo que. aquele Rey.tinba.detremi.nado, do
mandar. outro mulaaltadar para dar eatiaratinfi. do, Ps-
eudo, e que usemua destoa manhas priva de onia.sti nua
quebrar...mi ele. K.que EiRey he
bom cristaf5, inas .dernasiadatnente pradigui & ...03 1.00
eniendimento para golternar a ri nem. aséas vasalos, tuas
que tiolta mandado que ac llie fizevae, ioda a cortexia
,lenida ao nome de Rey crisma-,•c.qije sua mulher - gra ti•
cana epouca fiei jeque tiakliFtii sobriblios do que armara.
103

818 Artefilve PORTUOV£VOIUUNTel,

que spelo tempo erre diante dera trIghm trabalho a essè


estado, o que iria atalhando quabto lhe fosse possiuel;
e do modo em que procedeu com estes Reys me ey por
bem seruido, e vos eumomendo que semdo os' sobrinhos
desta Rainha imquietos, e de que'se possa ter alguásus•
peita os façaes ir para a cidade' de Goa, ou deis nisto a
ordem que virdes que mais cornuem. Escritaern Lisboa
a 15 de Janeiro de 1598.

PRINCII'E.
Miguel de Moura.

Para o Conde Almirante, VissoRey_da India.-2 via.

(No Sobr,scripfo)

Por EIRey.

A Dom Franciseo rha Galera, Conde da Vidigeira, do


Seu Conselho, Almirante e VisoRey da Judiar

(Livro 2.' fl. 488)

308.
Eu EIRey faço saber aos .que reta minha pronissad
virem que por alguns respeitos de.seruiço de .Ocos en'is
e bem da justiça, ey por bom .que daqui em diante to•
das as ressidencias que se tomarem aos eflUita-és dee
fortalezas da Indie, se emaiern deputado tdsras ederiva-
r;hada, na Reiaead de .Gara.ir niessa .do' dese.mbargo do
paço deste Reyno por trés si as narimeiras
óp oot, perá
nele se verem condor,. ao que aistd , tentai .ordenado
pelos ditos respeitos; e,rnando ao .
meu Viessorrey eGo•
vereador das partes da Judia, qtie,ora he eao diante for,
eao Chanceles, esuais desembarguadores da dita Relaçair
de Goa que curnprad egoardem inteiramente eita ároui.
saü, que se registará nos liuros da dita massa do derem.
bargo do paço, e nos da dita Relaçad de Coa, evalerá
nome.. ti.' '319

corno carta .comessixcla em meu .119,Me e passada por


minha chancelaria posto que por ela na5 messe -sem em.
bargo das Ordenaço5o do 2.' Limo, titulo etc, que o con-
trario dispoem. Manuel de Torres a fez eis Lisboa a xv
de Janeiro de rnil equinhentos norietita ooito. E eu o
Secretario Diogo Velho afiz escreuer.

PRINCIPE.

Miguel de Moura.

Sobre as residencias que se tomarem aos Capita5o das


fortalezas da Ilidia se ernuiarem.depois de vistas edes.
pachadas na Relaça5 de Goa a este Reino ao desembargo
do paço„—Para Vossa Magestade ver-2.' via.

(Licro I.° fl. 85)

309.
Reverendo Bispo, amigo. Eu EIRév vos emulo moita
saudar. Receby duas cartas vossas, de dons, e eéi. de
Janeiro do anno passado de 97, e vyro de que por elas
ate daes conta, elérnbrança que tendes de me avies«
das corresos de meu seruico,-e- ride contentamento de flue
dizerdes que as de- Ceilaít ficauart no mellior cotado tine
murmure tiuera5, por seu morra-o. aleuantado Domingos
Correa,• com' que.se goietara5 os Rayrros de coita e Uni.
gaa aa h
-n ma ior parte daquela liba, e tamberfi

me escremeli que, como aqueles Reynos,,estitteesern pa•


cificoriéeria.neceseario neleemais Religioso., porque nab'-
baslauat'i -os da Omitem de Sairl- Rranclaco •
desse estado,
ee de.te Reyno na5 fossem muitos, para ppininlgarem oE.
vangelho naqueles Ileynos,n agradeçopos -a lembrança
qar sobre isto me fazeis, eeu-renho,ordnado, aos miam.
teor désta Ordem slue procurem de mandar imo náos da
arruada, Reste rine° os criais Religioso., que ,puder ser
para cate raRneceseario edeuirld-e feito, é, na armada do
asno,pamado- mandgy cear.« ao Ylosalley e, aos Sapo.
920 ARCHÉVO PORTUERI.Z.012115NTAL

riores dm Ordens desse estado que ordenasem como os


Reltgiossos tiuessem aseu cargo promulgar o Evan-
gelho edoutrinar os já convertidos ánossa santa fé sou•
bessern alimgoa das terras omde amdassent octipados
nesta obra, e lho korno a mandar escréaer na armada dm-
te anuo.
Il. E quanto a Dom Joatt Rey de Ceilatt der aos Re •
li„iossos de Saí,' Francisco aremda dos pagodes daquela
ilha ha muitos asnos por iltlã proiiisaõ sua que eles pre-
tendem que lhe eu comfirme, e dizeis que uai> será ser-
aipo de Deus e meu comfirmarsse, meai', mandar fazer
esmola aos obreiros desta cristamdade do que lhe for os.
cerrado para seu mantimento pela raiada dos mesmos
pagodes, pareceome milito bem esta vossa lembrança, e
comforme aela mando ao Conde VissoRey que proceda
nisto, e que me avise da despesa que fizestes na vis.
sitaçati do arcebispado de Goa no tempo que o gouert
nestes, de que lhe daMiS conta para por esse respeito VOS
fazer a merce que ouuer por beta.
III. E sambem aprouo a lembrança que tne fazem nem
o Santo Padre deuus de comeeder que aja Leguado seu
nesse estado, pera o que com multa remi, apontaes a
Dom Frei Aleiro de Meneses, Arcebispo de Goa, pelas
omitas partes que nele comcorrem; a por ser meteria
já ninfa por mim, a mandei apresentar ao Santo Padre,
e vimdo' a sua reposta a tempo irá nas aios desta ar—
'
toada.
•IV. Os liceus que pedis para o coro da vossa Sé e
assy os misses ebreuarios tenho mandado se vos emulem,
eo Secretario Diogo Velho vos avissará.slos que saR, e por
que pessoa enáo va0, e para mandar comfirmar a prouisa9
que passou o Vissorrey Metias de Albuguerque pesa na
feitoria dessa cidade de Cochim se pagarem aos Elerigos
decorro bispado sem ordenados, será necemario que a
emuleis ao dito Secretario pera se ver, e vos mandar ren•
pont der como parecer que mais couem,
V. Agradeçouos ozelo ecuidado cora que-procurastes de
vs.nerctmo 3.• 821

se averem os quinhentos eristafis de Santhomé para me


irem seruir na eomquista de Cella& para cujo soldo me
escreuels que vos mandou o Vimorrey Metias dç AI:
buquerque. oito mil pardáos, e que net, ouuera isto e•
feito por faltar a ajuda que EIRey de Cochim aisto na0
deu, e folgei de saber quad diferentemente o Prineipe
de Cochila précede nas emes» da cristandade e nas de
meu recalco, e en lho agradeço na carta que lhe mando
eserener por esta armada.
VI. Com o vosso avisou de are falecido o Arcebispo
da Serra Mar Abram tenho dado ordem na prouissad
desta prelazia que he de minha apresentaça3 como to—
das as desses partes, nobre que lenho escrito ao Santo
Padre, eoque nisto se ordenar (que imda agora quando
ee esta carta faz se nad sabe que efeito tern ) entende.
reis do Arcebispo de Goa, a quem o mandarey escrener
antes da partida destas nãos.
VII. E sobre ainquietaça5 que dizeis que vos dá a Mi.
sericordia dessa cidade de Cochina por os Irmaés dela
terem nela aos Domingos edias de Nossa Senhora mis.
sas cantarias, a que acede a gente que he obriguada a
ir á Sé, mando eserener ao Arcebispo de Coa que teme
informaça0 deste caso eocomponha ao milhar modo que
atice avós parecer. Escrita em Lisboa a 15 de Janeiro
de 1598.
PRINCI PE.

Miguel de Moura.
Rara o Bispo de Cochim-2.•
(No Sobrescripto

Por EIRey.

Ao Fenecendo Dom Frei André de Sanem Maria, Bis.


po de Cochila, do seu conselho--Segunda via.

(Livro 1.* fl. 102 )


S22 AROMI VO PORT. ffEZ .0R1 EKTAL

310.
Eu EIRey laço saber aos que este datei virem eine
por etre.' informado que os capitaN das fortalezas da
Ilidia ocunaill geratmente nas feitortas de suas fazendas
pessoas da naçad idos cristads nouos e gentios, per sujos
meios a.< fazem; de que resultad muitos inconuenientesem
per,Mizo•de meu seruiço e do bem das partes, ey por bera
e -mando que da publicaçaddeste na judia em diante
Altura dos ditos capitads de qualquer fortaleza que seja
por !Atum caso tenha feitores da naçad nem gentios, e
Mando 'que nas residencias que se haõ de tomar aos ditos
capitse's se perguntem nelas por este caso, e que contra
os que avie forem comprendidos se proceda logo com as
penas doe que nas, mim-tirem minhas defesas emandados,
que_ se executarad neles senwa - pelaçad neta agram>, nem
p odefai
i d-perdbar adita pena nem parar dela, ocos dispen•
sar em comem al - guã desta prouissedos meus Vissorreys
o Gnoeenbdores da /rufia por altura caso que seIassos
quaes manido que na forma que se .neste contem o eurn•
prad e •geardem, etaçad cumprir e guardar inteiramente,
porque - assy a ey poç meu eque tenha& ouida•
do de tanto que:tas-ditas résideneias forem tomadas,me
avissarem do que por elas se anime nestes carros .para eu
siem das ditastpenas mandar/preceder com às mais que
ouuer por bem nonteo os ditou sopitado, e este se regrs•
tará ridéliuros dieldlehçad. de Goa, e se ajuntará aos ca.
pitolos dos cascos de que se .hude tomar residencia aos
ditos capitads conte'udos na•prouismd que tenho mas.
dado ás •ditas medes, ese•regestark -tambem aos l iurO5
de minha fazenda dente Reino, e da cana da Ilidia, e das
fritarias dela, e huã.dast idas .dele se lançará na tutor do
tombo de Goa, e valerá como casta começada ein meu
notne é-passada' kir -Minha iiMancelarimposto gere .per ela
nad pamisemUmn.bargoulas OrelenaçaiudQ.2.ItLit?mi
talou., que usontrario dispomn. Manuelzie Portes .o fez
vescusuzav3.• 92*

em Lishila4.16 de Janeiro de 1598. E eu o Secretario


Diogo Velho o fez esoreuer
PRINCIPE.
éllguel de goma,
Sobre osCapiree's das fortalezae da ladro naR terem por
seue feitores pearmos dá naçaõ nem gøntioat-.-PeraVosa
Illageetadever-2. via.
(Livro 1:11: 69)

311.
Conde Almirante, VissorMy antigo. Eu EIRey, ,,Os ellt•
1110 muito saudar, como aquele que amo: Eu sou imfor-
nado que os Viesorreys e capilé, das fortalezas deres
estado cobrei,' álgdés verted ou ' rendirttentos'dele, éPIO;
naa - por sua eia as -ddapessasl <Meou mens tisoureírcie e
feitores haél de,fdaer por obrigu4sh de seus ear- gu.sí; ul-
verrldielhe's pare jato )e Carregar em receita os tacs ren-
di-Matitim de que'eleil couta, de que résultaR
multas inéeriumillivites,' feltarem os llos• rendimentos
pare na obriáuriçoée de Minliks armadas efortaleZes, pelo
cite vós eduorirnenuló e.Mandó que daqui em diante:. coa-
te cata deórdUM lento contivi meu sereiço e boa arre.,
daye3 •tfe minha fézenida, elite deixeis Ituremenie rece-
ber' aos'tiseoul'efeoe e feitores os rendi:M ..11de que •cobre
eles earregrA .equando neles fizerem o que ríité deuem
préuerele nisto coreu castigo que mereceremano soepen-
dorelé quando -com -Latir, prouebdo os ditei •cargos em
pessoas de .corifianoe, eeste h& o Caminho ordinario com
que se deue dar rernedIU -a 'estas coassee, emaR nona se
inouarem outras extraordinarias: e eseandalosas.
Multo vos emcorrietido que prééureis que se acabe
afortificeçaõ de Goa, e que nisto eó se deepemlá o di-
nheiro do hum por cento que estMer arrecadado ou se for
arrecadando, por ser meteria de tamta conmideraeaR e
impdrtancia que ataR he necessario emearecela, e pres.-
tu von dene ser que nverndosse tato sempre por ta,"5
824 .C111,0 FOlarlOOVEZ-01.11BNI,i

sano nos tempos passados se deoem ponderar os futuros.


III. E porque sou informado que os embaixadores do
Daehem se partirei dessa cidade de Goa mal contentes
assy de naileuarem reposta do que p'retendiai das pa.
ses, como por se sai darem por bastantemente prouidos
no-tempo que hay estirteraa, tiue•disso desoontentamento,
evertido como tens, dado mostras de desejar aamizade
desse estado, vos emcomendo que tenliaes multa couta
com estaRey erespeiteis todas suas cousas, porque nai
conuem teto por imigo descoberto, mormente em tempo
que as náos de Oleada vai ter áquelas partes, corno vos
já tenho mandado. esoretter por outras .cartas antes da
data desta.
IV. 'Punho entendido. que por respeitos particulares
semda,algils delçs de pouco momento, os Vissorreys dei;
xsti de Gollpar nau armadas eoutras. °mossas que se de.
lacem nO. fidalgos ripe.tern partes eesfaimo para me bem.
sernirern.neles, entearregando destas constas a. reestims
eapessoas.nacidss .nessas partes, de que resultaimni•
tos inconuenientes, pelo que vos ccomendo muito em,
eUreeidarounte (VIU estanejp ina.das coam de que mayor
cuidado ,tenlitses, entendendo que disimulando.ns per gila
se pode passar, acastiguando,as que o me.recerenx. ha goo
treme de menos esernpulo, e que ocupeis efauraeçaça os
homens. de merecimento. %Penes comforme ea talento
de cada kum, mudandoos de buis consoas para.autras
quanda.asy, for neceserio,nure se. eecusareni,ocaísiies,
e atalhare,m inconnenientes que poderiai as eeeee se-
soltar mais disto que elas faltas CipS mesmos homens, rine
inda quando loa moitus, be prudeticia sentir do todos;
quanto mais IIVEINIO nessas postes sai. poqci,s que se
deuem nelas comentar, &ecnia em Lisboa,a..2G de ie s
neiro de 1599.
P.11151d1PE.
Miguel de M(1011.

Para o Condo Almirante, Vissnrrey da


easeictmo n3:

(No Solurreripro)
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, conde da Vidigeira, do
orou contraltos, Almirante'. VmoRey da índia.
(Livro 2: II, 428 )

312.
Conde Almirante, Vissorreyt amigo. Eu EIRey vos
enteio muito saudar, corno aquele rine amo. O Amer.
binpo da titia etc enereneo que algitá -Reliziossns de Sua
Fran - ciem, entramtel dos Felipinas no Japefi. e porto que
os antro. atrás drilla mandado que o-nao fizessem, ven-
do agora que. juntamente um encreu,e o dito Arcebispó
que foraõ lá beta recebidos tio tirano, e tramitei) com os
Ideligitinsos rio Compahia de Jeen <lá repartirem entre sy
a. terreá em que aviai, de promulgar o Sanem Evangelho,
Inc parede que tis que sad entrnilos no Jap.-3 deuern ficar
lá debaixo dá obedieneiádo Cuntotlitr de Malaca, e que
dastri'écri diante roia 'itaft outros rnaes 4à, Felipinaá, eque
da dita Custodie de filabica se ernniem•on que °onerem
de ir, e tumido pedir ao Santo Padre o mande esy, por
sétártrevii, porque inda que isto se pudera ordenar por
via Itt Geral de Saó•Francisco, como Fretado supremo
de tOdan as Pronincies da sua Ordem, ficará any mais fir-
rne por Rrene epontrilien. •
Tainbern tia ercreue o dito Arcebispo que lhe pe.
reee•seruiço de Deite ebem da cristandade daquelas ,par-
-are naG te entregarem ao eniprezan dela a lota ré Religi-
aft de tal maneire que rirá sendo ela capa. de aeodir a
tudo, neL eadrent velou ar Outra', pomo., net; será junto
que se pereafi as almas ese nefidlilem 0Evangelho por
lellaile.4 partes, pelo que hey por bem que daqui em dia«.
760 mon o dil0 -Anicht:iro-e eme cie Inquisidores-dessa.
partem facetes reparticaõ diva protritician nutre os Rebato.-
.. para teme efeito, e cleo ritmado pareetir que em algas.
delas deuem• entrar mais Ordens qúe buksc ordene aesyj
$04
seemeo PORTUSPLZ•ORI

repartimdoa por disitritos entre os neligiosses que <moe-


rem de entrar, para que cada huã Ordem acuda ao seu,
edesta maneira -se acudirá á neceseidade que cada pro•
enteia tiuer, eencumendoues que façais esta repartiçaiã
na forma que neste capitolo vos digo, eordeneis que se
<liga aós duos Religiossos que apremdeo- as lingoas das
terras ou Igreias que tioerem aseu cargo, como já o te-
nho mandado nas vias do atino passado, com cornivaçmfi
que se onaã fizerem se lhes tirarafi as ordinarias que tem
de minha, fazenda, por se ter entendido que sem isto
se nua aplicarei'," aeprendelas, serndo omissa a- que já da- ,
ueraii ter satisfeito sem esperar serern advertidos de ma,
teria clara ede tardo sua obrigueça$ que auai, podem ig•
norar.
III. O VissoRey Metias d'Albuquerque meeeereeed
que ele tiuera cartas do Preste Joe - ó-que me mia enuirtua

por naíd achar quem as traduzisse em Portagem; e porque


isto mesmo poderá acontecer outras vezes asy nas cartas
do Preste como em alguas, de outros Princepes daqueles
partes, -me pareceu mandaruos aduertir que as cartas que
tiuerdes para me emular (mi para,mim, cio para nós, ou para
dutrem) nad deixem de vir por nari aver quem as treslede
em portuguez, porque naa faitaã cá pessoas que o maibaii
bem fazer, e poderia ser de muito inconaeoieate adilaçaii
de por esta causa me nua sMrern enojadas as ditas cartas,
de que lá pode ficar Imã copia até que se ache quem as
traduza, e virem nas vias as propias cartas.
'IV. E vendo oque o dito Arcebispo me escreee se,
bre a 'falta que min os Christaiis Portuguesses que envia
tias terras do Preste dosta de sacerdote-para lhes, adrot.
nistrar os sacramentos, que diz que lhe amda ,procuran•
do, vos erneomendo ordeneis como soim, omitidos com
este Religiosa," vista a necesidade que deleitem; e porque
tambem meeecreae que padecem moitas -necessidader.
ey por bem que daqui em diante se lhe orneiem-mil-par -
deos demola para ajuda de sua ...tença, poste- que ate•
qui ouries.sem quinhentos pardáos semente, ,porque CO'
FLECIÇVLO 5?

neles este ecrecenternento'por ta êbem empregando como


averey todos os mais feuorei quq lhes fizerdes pela
conta. que he rezai que se tenha com ,o, seu desculpem
sendo christeês e l'ortuguessec, e velais sempre as suas
cartas (de que ca me saí" emuladas alguês por via 4
Luis de Mendoça de Dio )e lhes farejo respornder aelea
onimandoos e consolandoos com a lembrança que deles
Acabo.
V. O dito Arcebispo me escreue que os VizoReys
desse ratado tem passadas alguês prouissoês em fauor
dos infieis no que toça a seus pagodes e sirinionias,
por serem em perjuizo da cristandade dessas partes, ey
por beiq que se reciejefi pelo dito Arcebispo° pelos In-
quisidores etheologos que residem nessas partes, para
as que forem escrupulossas se derrogarem, e vos emco•
mondo façaés gnardar a prouissaa que sobre esta mete-
ria _ruandey passar.
VI. E porque diz que por ser gastado o dinheiro que
se deu pela viagem da China de que oSenhor Rey,Dom
wriqpe meu tio, que Deos' tem ' fez merco para aobra
da Sé noua, eo ViSorrey Metias de Albnquerque lhe ti-
rar os sonegados e descaminhados que tinhált para q.
dita obra, se 008 trabalhei. nela agora, ey por bem que
daqui em diante.os tornem a aner para o mesmo efeito,
e vos emcomendo ordeneis como se, nalt -faça dele" Mura
',bua despes... Escrita em Lieboe a,28 de Janeiro de
1298.
PRINCIPE.
Migrei de Moura.
Para o Conde Almirante, Vissorrey da India.-2.' via
(No Solii.escripto)
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigueire ,do
set. c"eselho, Almirante e Viosorrey da India.—Segunda

(Livro 2.' li. 470)


£28 sacam, snarnosszmatarerob

313.
Conde Almirante, Visorey amigo. Eu EIRey coa
enfeio nmito sandar, como aquede que amo. A cidade
de Maluca me esereueo que o ViRovey Mathias (Pai—
buquergoe os obrigara pagar direitos por sayda das fa-
zenniaz 'que daquella .cidade byaZi para E. Thome,
Pegu, Bengalla ; e outras partes, pedindorne fossem
emaces dos taes direitos, e porque sem coram Mios-
maçaõ se lhes nad pode responder a isto, tios enco-
mendo saibaes por que prouissó ou mandado se pune.
raa esteS direitos, e as causas ,que ouse para:isso, eo
que poderaa importar a minha fazenda, eo dano que
recebem •os moradores daquella cidade em Ille serem
postos, e de turfe me aulsareis muito particularmente
com .0b860 patecér.
E-assy me escreue a Camaro da ditta cidade co-
bre. 'mandai leuatitar a defeso_ do comercio desse estado
para as Felipinas„ que te estranho na reposta disto,
'porque nail ha que trattar de deixar de Imites elTeito a
ditta defesa, eu, que se -proeef eo com fundamentos
claros da importancia -de <Me lio paia o seruiço de Ocos
e meu, e bem desse estado; peito que de.nour, uosen•
comendo e Mandu.que façam e conferir a ditta defesa in•
miramente; • e porque a Morram Cercara me escrene que
os Capitaês-de Malacia Rem embargo da defeea correm
COM O dito comercio, mandey passar a prouisaA que vay
nestas aias para cada ermo se tirar devassa deste case
conforme aeito, .de gue seveis partiCular cuidado, eme
escreuereis cada anuo o que nisto sc.fizer.
XII. 'lambem diiem que os feitores dos Capitséls da
mesma fortaleza tiritA em tres MMOS cincoenm, CCMCnta
mil -eruzlades das licenças,das drogas e fazendas tine
se.pesuA na alfantlega -deita, em. que' o tendin,ento dt
recebe otny notam.' danno, e que os
otheiavs de'llg'coO,oppritnides eMandados penes dumos
feitores, e. porque he merecia esta a que -eonuem classe
vssetenho 3. 229

logo remedio, coa encomendo que precedendo a infor—


maçad necessaria lho deis pello modo, ecom 5_1..1-
dado que requere.
IV. E ussv Inc escreue ,que sem roeu seruiAo mandar
deste Reyna imã náo em direitura aMaluca a carregar
de pimenta, corno os sonos atrás se faria, e por uer in-
formado que as elfandegas de Oca e Cochirn ficaõ per-
dendo os direitos das drogas que nellas deiszuzisr3 ala
entrar, se de álalaca vierem; direito ao Reino, èque. indo
aCoehirn ea Goa sé carregai, nas znaos deste Reyna
com já terem pago seus direitea nas ditas elfandegas,
e vem as náos Juntar, e ema menos riseo quase que
parte só de Maluca com viagem incerM de quando
pode chegar a Sarda Helena e, ás Ilhas dos•Asu
sores, vos encomendo que troteia este negocio mui
particularmente com pessoas de experiencia, e me aniseis,
COIR VOSSO parecer. Eseritta eco Lisboa a 10 de feno-
reiro de 592.
PRINCIPE.
Itligurel.de Moera.
Peca o Conde Almirante, Vissorrcy da farlia-.2.• via.
( No Sobresci.ipto
Por Elftcy.
A Dom Francisco da Gania; 'O- titule da Ifid)geira,
do aeu conselho, Almirante eVisoRey'db
(Livro 2: 9. 400 )

314.
Condb.•Almirente, Vissorrejit Ey ,Eljtoy .vos
oio thuitA ..sandar, corno aquele .,que am.o Est/iludo
com .11i19 deSejo de ter' norma, v,ogázis espelando
que querendó De'ns chegarIa0 ifor tterra,,zquartdo orces
rardieseta, por todo janeiro, foi ele serhVo qae aásy
fosse com na zioséas cartas de álikribábaz'dii oito, de Abril
do atino .pOssidd,
. .. ,.401Ã41.
. . se COntLFSOlp ..a
ARCHIVO. rOILT44116ZO*1151rTAL

ara •que avialletrues dias que'vieru ,por•Frarades nom&


foi de Veneza; ereeeby tafi grande •riontentamento corno
era reza:fique o eu tines.se de terdes passado a viagem .a
-santamente imda que cornos trabalhos eperda de gente,
de que me daes c.ta ) que me pareceu sinificaruolo
-por esta carta Testicular, sem dela vos trates de mato
.eo.eas, e por outra voe mandarey responder á dita
-.sia.. carta de•Monbaça, que irá nestas vias, das quaas
estava já feita muita parte quando me foi dada, ees-
pero.Igue com a vossa boa chegue:da . Goa tereis pro•
uido. nas,couseas de meu seruiço de tal maneira que
no tempo que tivestes( de arifds, era que—serieis na Ia•
dia, at& dezembro,. em 'que deuiefe procurar que partis•
sem ars mios que este asno se esperarit.)arena tanto me-
Iherramerato em inslei, que dieeo me poseaes mandar nas
mesmas máoe sana anona que as deua eu ter por mono
boas. Escrita cru Lisboa a 10 de feuereiro de- 1598.
PRI NCI F.E..
Miguel de Moura.
Fora o Conde Almirante, Viso Rey da India.-2. sia
(No Sobrescriplo )
Por EIRey
A Dom Francisco na Goarna, Con-le tia Virligeira; do
'fica'conselho, Almirante e Viso Rey da. India—,sçg.u .
da viá.
2.' fl. 458 )

315.
Conde•'Almirante, VisoRev amigo. Eu EIRey vu ,
CMMO Malta saudar, COMO aquele rille ama. POr outra
carta vos macre., mbre aley e prematica, que mande?
fazer do modo de falar, e eecreuer, pesa da publicaçao
dela em diante se assar em nseus Reynoe e senhorios,
de que nas vias testar náos imo8 treelados autonticos a•
selados dameu-celor e-asinados -velo Chanceler mdr,
Pasma.° 3.* 1:

grumo forma da dita ley, deregitlos ao Ounidor geral dese


estado, e aos Onuidores das fortalezas dele, e lambem
vay o treslado de buil minha premi:isl."; passado na -mes-
ma forma sobre se naõ mirem aos-cortou e quaisquer
aluarás eprouissoês, que forem .asinadas por mim, ou
fenas em meu nome, na -lauda -em que ertiner
omeu sinal arautos alguns, certidoês, registos, jura—
mentos, posses, -nem mandados, eque tudo se faça nos
costas das toes narras, prouissdès,-ou aluarás, como mais
largamente isto com outrao coesas na dita prouiasão he
declarado, aqual ,fareis outro,sy eomprir juntamente com
adita ley e prematica dos estilos de falar e escrener ;de
que me pareceo mandamos avisar por esta carta ;ealem
tios ditos treslados autenticos irati também nestas vise
mais copias impressas de ambas as ditas prouissoilis,
para com mais facilidade ediligencia ser notorio atodoe
o que por elas4enho ordenado. .Escrita em Lisboa ax
ele feuereiro de 1598.
PRINCIPE.
'Miguel de Moura.
Para o Conde Almirante, VisoRey da Intlia-2.' via,
(No Sobreseripto )
Por EIRey
A Dom Francisco da Gosma, Conde da Vi.diReira,
do seu conselho, Almirante e"VisoRey da ladra.
( Livro 2.' II. 412)

Ley rios estilos de esereuer, efalar.


Dom Philippe per graça de Deos Rey de POrtugal,
e dos Algemes, daquom e ‹dalern mar em Africa,
Senhor de Guiné, eda conquista, nauegaçaã, e comercio
da Fthiepia, Arabia, Persia, e India, &c. Faço saber
aos que cata minha Ley oirenr, mie sendo eu informado
das grandes desordês, e abusos que'se tem introduzido nu
832 alartfive Tentrailnlair•fial

modo de falar, eesereuer, e que vali continuamente .em


crescimento < e tem chegadoa rnitylit excesso. ,fie- que tem
resultado •mnytos ineonuenicoles,.e que COOneria.nanp.o
a meu edifico. e ao beto. .e sosaego de arreao tvassolos,
reformar os estilos 'de falar, e esereuer,'e .rednailos a
ordefil, e termo certo, e prancandoo, e tratando. tona
Pearoas fio Men Conrelfio, e cornar fir -lekra4;. e ,de ex•
perlando, ortieney de prouer. Moto na fofina,,c .manetão
'ao diante declarada.
il. Primeiramente, posto que se podia escusar: nesta
Ley tratarse de mim, nem-iletoutras pessoas: Reaes,.
<titula; -para que milho, se.guarile, e.mmapra o que toca
a todos : Ordeno, emondo que no. alto .das cortas, ou
papeis , que ar aio erOreueremnre ponha, Senhor, sem
outra coara, e no fim deltas, Dens guarde a Cathelita
inssoa rir Voss a hdagestade: r no fim da lauda em que
se rematar a carro. se nora o sinal de . quém a esamaer,
smn outra cousa alguma ;e no sobreseripto, se .pora, A
ElRey a sso Seol,'.r E oe pugnes e Marqueses, eset.
filhos primogenitos 'alimente poderait .por no sobrestai' to,
A EIRry meu Senha, te odorem(' sobreserifito poderão
p6r todos os mais filhos dos Duques alem do mima.
ganho qne lindem parentesco coei . a Coroa Real den-
tro 'do quatro grao, contando conforme a dereito Pana
nitro, E qnandr,. não doerem o dito parentesco, ou ano
cennerern dentro do dito' grou, nohl podem& Pin' o dita
•sobreseripto, nem o poderá piãr• mitra algum pessoa do
qualquer qualidade, dignidade econdição que seja.
qne aos Prínaipes herdeiros, e simaessores d
Revnos, se escoam palio Tile:man modo, matando,' dia
seilade em •Alie.« te no re .make, q fim ,tta estia se dirá,
imos guarde V ol lleaa.
gor - com as Itnynints destes ncynos se: .ánnutin
nimiimo estilo, eordem•gue atiro' uá 0.,.qoip•as
Princesas deliro o mesmir eink entfi inne ré (laJe
ter com os Príncipes.
Qtie nosil Sante, einiffanies celialinit_tni.nte por Atictido
ese [kin& escreva é ao, fim. della
r...solcvLo Z. 833

Deos guarde Vossa Allem,: e no sobreseripto, Ao Se-


nhor &ante N. ou á Senhora Iffonte N. Porem quan-
do se eácreuer, ou disser absolutamente, Sua Alteoo, se
bade tribáir sómente ao Principe herdeiro, e succesor
destes Reynos.
Que aos genros, e cunhados dos Reys destes 1/cenas,
e asuas Ousas, e cunhadas, se faça o mesmo tratamento
que aos Iffantes: eque a nenhal outra pessoa se pousa
fanar, nem escreuer por Aircco.
Que aos Olhos, e filhas legitimes dos ditos Mantes
se ponha no alto da carta. Senhor , e no sobreseripto,
rio Senhor Dom N. ou á Senhora :Dona A'. ese lhe es-
creua, e fale por Excelendo.
Que anenhiia outra pessoa por grande estado, officiNou
dignidade que tenha, se fale por Ezeeleneia, de palaura,
nem por escripto, senad uquellas pessoas aquem os Senho.
res Reys meus antecessores. e eu ,tinermos feito ',terce
que se chamem, e falem por Ezeelencia. como elles, e eu
a temor feito ao Duque de Bragança,'nem se falará as.
st mesmo, nem escreuera a nenhua pessoa por Senhoria
nirrr Reuerendissima, e ao Arcebispo de
Braga, corno a Primás, se poderá falar, ees.creuer por Sr.
nhoria Reuerendissirna.
Que ans Arcebispos, eBispos, e80N Duques, eu. ,Ct1N
filhos que eu mandar cobrir, eaos Marquezes, e. tini,
der, e ao Prior do Cento, sejad obrigados torlaS as pes-
soas de meus Reynos a esereueribes, e falarlhes por
Senhoria, e nad, aoutra pessoa algud.
Que aos Visoreys, ou Gouernadores, que ora sad, e
pello tempo forem destes Deynos (que uai) Liderem comi-
go o parentesco contheado nas promessas feitas nos
lima Reptos) sejád todas as pessoas deites obrigados.
aesereuer,e tal/ar por Senhoria em quantoáeruirern os
ditos cargos.
Que ao Regedor da Justiça da Casa da Suplicaçad, e
Gouernsdor da Relaçad do Porto, Vedores da Fazenda,
ePresidentes do Desentbtergo da l'aço, e Mesa da Cons•
eieneia eOrdens, no- tempo em que estUserem em seus.
1115
sacam, cosuceoca ORIENTAL

tribunaes, falem por Sr4oriu Ioda, as pessoas que nenen


entrarem, e omesmo faxtiti nas .peliçoe's, epapeis qué se
lhes escrenerem. e 'moerem :de. presente, estando soei
mesmo nos seus Tribuu ser, equando eetipereut fora deites
se lhes net> poderá failar, nem eserener por ,Senhoriss.
Que aos Embaixadores quesinerem assenin na aninha
Capella, c aqualquer outra pesem, que por algum tes-
peito eu mandar cobrir, se possa ~atter, e falar
por Senhoria, o que se uai," poderá /azer com outra pes-
soa alguã.
Que nas partes da índia escrenail, e falem, por 'Se.
ettoria ao Visorey, ou Gouernador,:della8,.:10'dan •a._ ,Pes•
soas que lá andarem.
Que no estilo de escreuer hünc pessoas aqutras. se guar-
de geralineote sem exeersçaõ alga. a orlem seguinte. Co.
amuará acarta, ou papel peita rstam7,,sau , pello negobi0
cobre que ee escreueesem pó,. debaixo. sa C?. no altti
nora ao principio da regra nenhuns titulo, nern letra, nem
cifra que o signifiquei e acabará a caras dizendo, Deus
Guarde Vossa Senhoria, ou vossa sneree, ou Dros vos
guarde, e logo a data do lugar, e do tempo, eapós elle
oflnal sem outra cortesia no rimo.
E toda apeseia que tines titulo de Duque, Marques,
na Con ie, Visconde, ott„Earail, quando fizer o seu sinal
nas cartas, cem quae,,quer outros papeis, eescripturas,
declarará o titulo que sinal, e onome do lugar dando
OtQ ine,
ue nos sobrescriptos sp ponha ao Prelailo adignidsticle
Ecleskstica que titias, eus., In4que, Mameis, ou Coode,
Visconde, ou Basais' ade seu titulo, e gás 44/go., e
outras pessoas seus moines, e, e.a cada S.M .
dosinomeados neste capitulo a dign . idade,.ria gráo t;le
letras, que lucrem, e,xis que, „forniu -
erinaunniens, 'tora
qu, era minha casa tiuerem.
Que deita ordem se pasi.;possa esoeproar. DOEI eseep•
tue o vim:saio escreuendo ao .senhor, nem o criado a• seu
amo, porem os otficiaes xlas Camara. dar Cidades.
e.Legarre, qiar esereuesemstosieuleoresaeles que doerem
rdecacace 835

vloaça3 minha, para sse poderem chamar *enflores dos tacS


lugareé, doma nosseibrescritos das cartas: si. N.—Da ca•
mora da sua vila do N.
-E os pais aos -filhos, eos filhos aos pais, eas irtnafis aos
irmaõe poderaôalem do nome proprioacrecensar onatural,
etombem entre o marido, eamolher declarar oestado do
matrimonio, se•quiserem.
:Que as-melhores se lata o mesmo tratamento por es-
crito. ede pantufa, que confornné ao que está dito se ha
de fazer aseus: mavidos.
Que aos Geraes, e Rrouinciaes das Ordens se posse,
falar, eescreuer por Pâtervidade, e aos mais Religiosos
por Reverencia, e no sUbreseriptc se lhes poderá pôr
alem do norne, ,o officio, ou gráreile letras que sambem
Mimem, mas em presença dos Geraes naô se chamará Pa,
lernidade a ninguerw cenarY a elle,.
:Ousrosi por atalhar os excevsoe que se vaéé•introdasin•
da, pondo corOncis nos escudos de Armas, e sinetes,
e reposteiros •ar pessoas que os nad podem pôr, ordeno,
e mando que- nenlmã pessoa passa pôr cortineis nos
sues sellos, as repesteiros t -nen, em outra parte algué
em que acuse Armas, excepto os Pisques, eseus filhos,
Marqueses, e Condes, ponstoos• porem regulados onn•
forme ácalidatle do titulo de cada hum, que mandarei
óeslaras por Rey de Asmas Portugal. armem, para isco
se dará cedem, tofitámlose •delle, e•dontras pessoas pra.
tina na nobre'Sa as inorrnagt3es necessarips,
E'ds que né3 euMprirein, eguárdadem inteiramente em
todo, On em ti'arte,o consheudn nesta minha Rey, escorre.
saís': peita primeira vez ern dea mil. reis, arnétade pesa o a,
cgsador, e aoistra para captino,s, e.psIta segunda em vinte
mil reis repartido :relia dista maneira, e isso as ,pessoas
que tinerern calidado de fidalgos até caualeiros, eas ou•
tens pessoas de menor' calidarle encorrerars ,em pena de,
enfiados peita primeira yes, e bom anao de degredo
fora, dó lugar esermo, e peita segunda era vinte cruza.
dos, e tount,anno ,cladegrec(0•pera Africa: e sendo com-
prehendidos mais vezos, eeraii condenados em móres pet
St30 ÁRCKIVO PORTINVICZ-OEINTÁL

nas, segundo o arbitrio do julgador, tendo respeito ás


.calidades das pessoas culpadas, eá continuaçaõ nt rata
culpa, alem do desprover que eu por isso receberes. cora
que mandarey prouer no que for necessario, que sérldo
mnr pena de rodas, Se de crer que ima soerá quem dê
ocasiaa aisso; e mando a todas as justices destes meus
iteynos, e Senhorios, que tenlma particular cuidado de
executar na ditas penas naquelles que nora cumprirem
inteiramente esta Ley. E para que a rodos seja nomeia,
mando ao (.'hanceller Mós que a publique em minha
Chancellaria, e caule logo o Ireslado della, sob meu
sello, e seu sinal, a todos os Corregedor., e °nubleis.
das Comunas dos ditos meus Reynos, eSenhorios, nos
quaes mando que iarnbent apubliquem nos Meares onde
esuirterera, ea façaa publicar era todos os mais de suas
Correicaes, eOituidorias; e enuiern disso saras certideas ao
Chanceller Már, eregistarscha liou, da Mesa do De-
sernbaro do Paço, e nos listros das Relaçoas dai Ca.
nas da Sant:inserira, edo Porto. E esta propria se lançará
na torre do tombo. Jorra Paloma a fev. em Lisboa a,16 de
Septembro de mil equinhentos nouenta e sete. E -eu o
Secretario Lopo Soarez a fie. escreuer. ja)

Previu-1o.

Eu EIRey faço saber aos que esta minha Prouisaa


virem, que porco ser inforinado dos desconsertos, e iode-
°canjas, com iriM nas Cortas, eProuisoas minhas se lan-
çara algas assentos, e certidoas de verbas, posses, jura-
mentos, e registos, e outras deligenciass e querendo-
nisso prouer, ey por bem, emando, quê em todas as
Cartas, e mmesquer outros Aluarás, uo Prouisnas, que
forem assinadas por mita, ou feitas em meu conte, se
naa possua pôr na mesma lauda, em que estirier o men
sinal, assentos alg'ás, ora certidoas de verbas, regisjos,
jorainentos, posses, nem mandados que se campeaâ,

(•) Elemplar imp'relio, no Livro 1.• fl. 149.


VASCICUle0 3.. 937,

nem de quaesquer outras deligencias: eque todos estes se


façalf nas costas das lues Cartas, Er...0EN ou AluaMs:
rrpm nas ditas certidoé's, e assentos , net pos . sa.7 no.
Mear por "'Senhores quaesquer Ministros, que derern as
tas posscs, e juramentos, ou fizerem as ditas deligencias,
nem as ressoas- com que se fizerem, e que ootrosi em
quaesquer autos, ou escriptnras publicas se na ° . nomeem
pessoas algoas por Senhores, nem os ofticiaes ante quem
os taes autos ou escripturas se fizerem, o que todos atei
CUm priraó, eguardarei/inteiramente, sob pena 11e ...ca-

sai.' de seus officios sté minha messe, e de vinte cru.


andor, ametade •pera oacusador e a ontra ardei.< pesa
05 .eaptiuos, pela primeira vez, e quando algds encerres
rem nesta pena outras vezes, alem rieia procedera3
os julgadores contra elles, com as penas que mais lhe pa-
recer, segundo seu arbitrio, tendo respeito Ár.ontionaçai;
dos culpados. E tesa que ningocin possa allegat
ignorancia do confim.° nesta Prouiso'vf, mando ao Chen-
cetim' Mór que a faça publicar na Chancellaria, e que
enuie os treslados della sob meu sello, e sen sinal, a
todos os julgadores de meus Reynos, e Senhorios, aos
qtraes mando que tenhaó muito cuidado de a fazer
cumprir, e guardar como nelle se conrhem, eregistar.
acha nos liuros do Desembargo do Paço, e das casas
da Suplicaçaa e do Porto, e valerá como carta feita
em meu noinv, per Min, assinada. e passaria por mini.
Cbaneellaria, posto que .'o efeito della, aja de durar mais'
de hum asso sem embargo da Oideutiçaõ do segundo
Liuro, titula vinte, que o contraiu» dispo.). Francisco
Matoso a fez em Madrid a lij de A.g,osto 11e mil
quinhentos C 11011.18 e sete. Antonio Monja Dafouseoa
o fez escreuer. (a)

316.
Conde Almirante, Vissorrey, amigo. Eu ElRe y vos em•
aio muito saudar, como aquele que amo. Por até o pre-

(a) Esemplar impresso, no Livro l.• 11. 151.


S35 securvo'sortetranl,intinnTet.

Write se ursa psider otsimMr pessoa árists parira, e talento


Mie se destja cata rue sMurt mo caras, de • Veêdor dt
ftleCnffe -ern. CoMiim, risc parec'eo maj..' agora escreuer
a Dom Ahtonio 'de Noronba., -capitai; daquela • cidade (a.
riflo oV.isoRe'y. Maties de Albuquerque pratico do titio
diiSko, -de' qdê me chuê ,pôr temido) fosse continuando
atá de cá pessoa que o sirico pela importar»,
ma de que ho'prouctse entrare cargo em pessoa dednuits.
eornfiença, nem quê emncorrad,aspanes soeeseariat, eera
rentpo que a eabeda' para a compra da, pimenta Say por
démtakié Minha fasemda; pelo que voe'erriosrmendo muita
ettrareeidefirente que em tudo o Trepara. este efeito for
naeesSatig.Ahé deis toda ajade• e fenos, com que ro pero
gué 4,ecrramiUue o :intento de pastirem•as aios com boa
stfitgtterMs pinicara', eupd sobrecerreguadas deoutres. fa-
asdidest; é''trid:•cedo geie Pont •
ajudo de Deoaueohtô asai.
uernkti(to aeste Regrag ESerke em Lisboa a. 19 de fsuerei:.
ro de (Mi tInalféntos Mure nta e oito!
PRINCIPE.
rtliguel da Miro 'o,
'Pára% Cbade, Attnirnote,'VisoRey
(Na .SoUrexcl'tipto)
Por EIRey,
bom' ,Ftenciseo sia,Gama, Conde :da Vidigeire,. do
sca ennselho,. Almiratite, e VisoRey dadntlia,—.Segunda

(Livro fir

317.
Conde Almirante, Vissorrey. amigo. EU ''El'Rey vos
emulo muito saudar, como martele que-amo. Nas vias
do anuo passado me deu o VisoRey Metias de Adm-
trocar. , eoffi'á.' dás letradon . que ocupou em, QAuldírres
das !forteleatM desse estado, e por elas emtendy que•al-
gAms deles nars" (orna cá sproundes -para- meu -.EP-
nnsoinszo '3.' P33

oiço, e que outros ,na3 lesai', nu Desembargo do Paço,


e que um deles .era Cristanl.nouo.; e ¡autuados« a isto
oque es.euestes a Miguel de Moura (para tiles(' imo
Ar-coara ) que riár, comoinha paesaretri e áttatt parias
letrados Crietad' (11.1é "énriemt16 du'e
. direfe (Cio) por
nar; serem á'falta de.oittroe arhnetillos acargo, de teime
voe earteolnando ,e ntaudo..que por nhárn easo que sela
emearregueis das Ouuidorias das fortalezas a homens
da naça3, por mais suficientes que selar, rias letras,
nélln aontrOS letrados (posto que Cristaels velhos )que
nail mostrarem conto 'forailaprouados peio Desembargo
eln Paço para moa arruino, porque de menos emeonveoi-
ente sern semirem estes cargos homens nal) l'ettérlds (corno
se fez. em outros tempos )temilo outras parira boas, mos
que'. nitri -tem; e eraformaruosek( se oja net
tiserdes' feito ) do que nisto ha, aque acodimis com o co-.
medio trecesario em falta dos letrados que de vá nad fo-
rem, ou n.o Chegarem aessas partes doa que este zuna ée
embarcarem por meu mandado, que entetaleretS por outra
cana minha depois que se loisas detrerninçcald -epm eles,
ede tudo oque nisto passar e fizerdes me dareis couta.
11, A Cai aura da cidade de Conliim me no oreuea
sobre oque ela fizera nos muitos dá armada sio .qué'Dom
Ansoniolde Noronha .foi buscar , os paios quê pelejarei. ;
raras guani de Dato PernandOLobo; eaeste preposito da
despessa quis a cidade - fez nó apercebimento dos ditos
anuion me fala no dinheiro do hum litor enato, pedimdos
me que se lhe natit timi .e porque mau acabo' de entender
oque propiamente isto fie, vos einforrilareis disso, de que
me avissareis,.0 nas «missas em .que tines rezai; lhe da-
reis Duos eUltida nntendeudo ris só, coisa aos rolo es—
erepy. Escrita: ern 'Lisboa a 19' de . feuereiro lie 1598.

PRINCIPE.

Miguel de Moura.

Para oConde Almirante, VissoRey da India.-2.'. via.


MC, /ALGUM) 66666 es.•anitrYets

No Sobrescripto )
Por Elites.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira, do
!Jen Conselho, Almirante e VisoRey da India.
(Livro 2. il. 406 )

318.
Eu EIRey faço saber aos que este virem que eu sou ims
formado que fazendo os Vissorreys e Gouernadores ria
India merco a seus parentes e criados de algilas fazen-
das de partes, a que chamai/ aluitres, sobre o que ha
ordinaridinente demamdas, mandai; se imã, dè sentença
no caso sem eles estarem presentes, de que se seguem
os inconvenientes que se sabem a meu seruieo eá boa
administraçaei da justiça que conuem se faça limem.,
te, pelo que ey por bem e mando que daqui em dian-
te quando se sentencearem omissas desta
calidade, ou qualquer outra na Relaçait de Goa, ,em
que sejaã partes parentes dos VisoReys e Gouernado•
res em terceiro grão de comsanginidade ou afeoidade
imelusiue, ou de criados seus, que autualmente os semi-
rem ou tenhalt 'sentido, nat.', sejaã eles presentes ao des•
pacho dos taes feitos ;easybei per bem que gualdido na
dita Relaça8 se asentar que alguls cartas e prouisoès asi•
nadas pelos ditos VisoReys e Gouernadores Ima podem.
parar pela chancelaria por caussa das grossas os duiti•
das postas peto Chanceler da dita Adriçai:: que selais
detreminem por justas,,nall passeai pela dita chancela-
eia, posto que os ditos Vissorreys e Gouertiadores o
mandem depois expresaniente sem embargo da dumida
ou grossa do dito Chanceler, e em caso que odito Chan•
ceies as passe, que naó" he de erer.que faça contra esta
elefesa esua obriguaçail, mando que sai calhai) nem
tenhaã forca, nem se faca por elas obra sigeã; d outrosy
nua valerei-,as Laca cartaz eprouisoe's se depois da dita g.r.se-
sa ou nuaida se passar nelas que se eumpraZI sem passarem
acalmem. 3.* 941

pela altameelaria: e esta se registara nos linces de minha


fazenda, e nos da dita Relaçati de Goa, echancelaria, e
consoa dela, e valerá como carta comecada em meu no•
me c passada pela chancelaria, poeto que por ela nati
passe, sem embargo das Ordcnaçoês do 2. Lins°, titolo
as, que o contrario diapoeun. Manuel de 'Porres o fez em
Lisboa a20 de teuereiris de 1593. E eu o Secretario
Diogo Velho a fiz escreuer.
PRINCIPE.
Miguel de Moura.

Provisati sobre o que nela he declarado.—Para Voas%


Magestadc ver toda-2.'via
(Livro 2.' fl. 476)

319.
Eu EIRey faço saber aos que este aluará virem que
semdo eu insformado como na Judia se recorto sempre
demandas entre os prouidos por minhas cartas e pro•
uisoês e dos senhores Reys meux anteceseores, que
estai; em gloria, sobSe duuidas, faltas, e defeitos qua
erguem huns a outros qae tem as taes cartas e
prouissotis, de que se seguem muitox incunitenien-
tes a meu aeruiço, e notauel dano e despena
das partes, em que constem prouerse, ey por bem
emando que toda apatente ou prouisaô eia que se dia-
ser que nati paaae pela chancelaria, mas sem tlerogar a
Ordenaçati do 2.' Liuro, Custo se, que o contrair° 01*.
poeta, e asy em que na sobescriçati debaixo se 008 fi—
zer expressa mençati da sustancia dela, o VisoRev
Gouernador das ditas partes, que orá he e ao dia-nte
for, possa dispensar nas tais duuidas, faltas, e defeitoe,
cal,, parecer do chanceler da Relacati de Goa, eso prilue
por prooisati por ele urinada sem ser necessario vissan
odito suprimento requerer a este Reyno, e asy ei por
bem que eus caso que os prouidos de viagens das ditas
100
842 ARCRIVO PhRTVOU.-ORIEMTAL

partes, que coita elas forem deste Reyno, as achem fazem•


do acre que depois deles fora3 prouidos delas, etiverem
mais que hoihontrem nelasos pronidos primeiro em tempo
sem esperar que oque tines feito a viagemern pie oachar
acabe de fazer as nutras que mais tiuer; eque a pro•
uisaft que mandey passar em dezanoue de março de
quinhentos e nouénta sobre a preferencia de quem de•
uia entrar primeiro ous cargos e°nojos das ditas par.
ter se cumpra e goarde inteiramente opino se nela emi-
tem ;e esta e a outra se registara3 ambas nos dores
da Relaçaii, Contos, e matricida das ditas partes; e
mando ,ao dito Vissorey e Gonernador delas que as
cumpra, as faca goardar intéirainente, e esta se regis-
tará•tailbem nos limos de minha fazemda e cassa da
India,e valerá como carta zomeçadaern meu nome, epe-
sada por minha chancelaria, posto que por ela nait passe
sem embargo das Ordenaçoès do 2: Lioro, findo na,
que o contrairo dispoern. Manuel de Torres o fez .era
Lisboa a vinte de fcarreira de 1598. E eu o Secreta.
aia Diogo Velho a fiz escreuer.

PRINCIPE.
Aliguel de Moura.

Prouisa5 sobre-as coussas nela declaradas—Para Voar


sa ,filagestade ver toda-2: via.

Livro 1." fi,

320.
Conde Almirante, VisoRey amigo. Eu EIRey voa
emuio milito saudar, como aquele que amo. Diodo do
Couto, que teve a cargo a eaf,98. do tombo de dba, e
,

a ystoria dessas partes, me escreneo, nas natas de elmo


passado que imda que o Vissorrey Matias de Albugodtr.
que lhe naii tinha dado os papeis ecartas ne'éesareets
pesa a pioria da Imdia comforme a Minha provisaar
1,9MM.° 3. 843

me etnima o primeiro ljuro do tempo do Gosieroador


Fernati Teles edo' em que foi Vissorrey dessas partes
o Conde de Santa Cruz ' e que Iria prosegirndo a ysto•
era do Joa6 de Barros [acendo a4." Pecada, do tempo
dos Gouernadores Lopo.Vaz Se:O-paio, e Nono da Cu.
cita, erinha começado aquinta, que continha os tempos,
do VisoRey Dora Garcia de Noronha, e do. Gouernador
Dom Esteue6 da Comma, e que este sano emviaria duas
Deeadas, edali}, por diante cada anue, hum volume, e rue
ementea huas apontamentos tocantes ádita cassa do-tom•
bo em que trataua das musas de que vos deite ter dado.
conta, ese indo o .6 tiuer feito„I lie. direio que volos
apresente; eo VisoRey. nanas de Àlbnqaerqoe me esore•
seu ma carta de 23 de dezembro de 96 que -acasa para o
dito tombo esmoa acabada, e- as chaues dela entreges ao
dito Pinga do Conto ;e que lambem lhe erati-entreges. pelo.
Secretario do, Estaria os liceus das menagens, e dos mor-
dos, que. tinha elo seu poder acabados, o que sobre a en-
tregue. dos mais papeis, instrueoês, cartas, e prouisoas,
que cesto inaua6" estar em poder do Vissorrey, se ordenou
per asento feito no Belaçaiã. de Goa. q.- se- sobressiuesse,
porque ma alguàs delas poderia. eu, tratae de meterias que.
imda que estiuesem dadas á execuça6. seria em, segredo,
ou se, deixaria de pós por obra por alguãs pessoas- serem
ausentes, ou por outros respeitos de meoaerUiço, as quase.
parecia que naa. conminhas serem: pubrica. nem., irem, á
ma9-: de Diogo do Couto, e que deulaã estas em, poder do
VisoRey, ou do Secretario, andando por entregue-de hum
encenar a outrot, e que lambem maminha mandar, eu: dar
mgimento a cote guarda. da tombo para ,ele. saber: cOmo
avie de preceder coza os liuros e papei. que. lhe fos-
rent -eoureges, eem cujo nome avia, de passar as Caril—
doas: e que parecia gramde inconveniente serem em meu:
nome, corno %fazia ogoarda mós da torre do tombo desta
Revno- evemdo eu tudo isto, por hud eoutra, parte, me
pareos que esta meteria sede» regular pelo intento que
nela se tem, som de hum estremo se vir a outro, como
seria de imã avendo atéaora guarda de papeie nesse eu.
844 »CRIVO PORT1/61.1.•0111£1,11

tado vime a formar hu3 torre do tombo como a de Lis,


.boa, e meterernsse nela os papeis que aly na3 tem lugar,
que satit os quere entendeu na Relsçaii que nat.,' conninha
que aly estlueser,comforme ao que me esereueo Aladas
d'Albuquerque que fica nesta carta aderido. Pelo que
vos emcomendo que ouçaes o dito Diogo do Couto aquém
mando escreuer que vos lhe dareis aordem de como bade
proceder, evejaes os seus apumtameotos que já vos deue
ter dado cornforrne sos que me ef114101.1, e pratiqeis os
indiuiduos desta maseria com o Ascebispo de Oca, e
com quem mais vos parecer, vendo sambem a Pronisati
que mamdey passar ao dito Diogo do Couto, e lhe fa•
unes emtregar todos aquelas escreturas que na3 forem
cartas das vyas, nem Instruçoês, senati outras causas per-
petuas, que conuem estarem bem goardadasassy- pelo que
tocaia mala seruiço, .como ao bem das partes das quaes
quando , ouuereni de dar algils treslados ou certidoês
,rá por vosso expie, mandado, e vereis se as deue pas•
sar o dito Diogo do Couto. ou os oficiaes que, na3 soen-
do cassa 110 1001b0, outtera3•de ter as ditas esereturas em
,a 11.15, eordenareis regiménto ao dito Diogo do Couto
de que nsará em quanto lhe .3 for outro -atinado por
mim. e para isso sue emulareis nas primeiras náos a co•
pia dogue lhe asy derdes, escrevendoine sobre tudo isto
;atrito particularmente. para com is, vos ir resposta do
que (unser por meu veruiço,.
II. E as estrnçotis ecartas que vos escreuo e duas em-
'siado aos Vissorreiá eGonernadoreh antes de vás estar.,
a bota recado efechadas em mati-do Secretario de,,e Ess
tudo, e t1,tal as entreguará por inmemtario ao Secretario

que .111e suceder de maneira que amdarati sempre atodo


bom recado na Secretaria, lugar -proprio e deeente para
semelhantes matarias, equando para a escritura da ysto-
ria que está mncarreguada ao dito pingo do• Couto, ele
Mi, necessidade tle algtis capitolos das ditas eartns, ou
das que vos escreherem meus capitatis, volus pedirá, e
veleis se se lhe danem e podem dar, e se fura nisso
fASCIEULO 3.* 845

que.asentardes com o refigoardo e.rnsideraçaa que ess


tas meterias ped4n; porque couses aterá que irnda ,. que
RO ajar, de escr.., nal. ;veria boda cheguado o tempo
de se a"rem de reuelar em ystoria; e em tudo dareis
toda ajuda: e fartar ao dito Diogo do Couto para bem pat.
der, proaegir esta ystoría da Iludia, e tereis cuidado de
ofazer aplicar aela de modo que sempre todos os anuav
se me emule o maca que nisto ,pudér fazer, sendo pri.
rastro visto por yes, cuja coriosidade, que sou vmforma-
do que tendes da ystoria da India, será sambem de e-
feito para procederdes como dito Diogo do Couto ne
modo que conuem .(a) E o liuro que me escreueo que
mandava, net, véo nas náos do anuo passado.
III. A Cidade de Dernal3 me pede pela carta que ate
escreueo nas aios do nono passado lhe dê licença para
mantrlar,a este Reyna une pessoa a.requerer suas cavaras,
por nesse cotada se lhe net, deferir aelas, o que.ey por
bem que possa fazer, e asy lho mando eacreuer, e vos
emeomendo lhe deis licença para a dita pessoa se entbar•
car nas primeiras nãos.
IV. Tarnbem me escrene a mesma cidade que o que
se direra contra Francisco Pae3, Prouedor mie dos con.
tos de Goa, que por disaim ular coro o que avia de pagar
EIRey de Cerceta em bom contrato que se fez com ele
lhe dera Imas cinoa mil pardeos, e que na6 fora asy, e
os recebera Pero da Silueira, capitai) que ente," era da
mesma cidade, que feire o que correra com este einga-
no e dissimulaçaõ; pele que vos emcomendo vos em for-
meie deste negocio mui particulerrbente, e façaso prose•
der contra os culpados como for justiça, e me adisseis -de
tudo.
V. E porque sou imformede que.o dito Diogo do Coa.
te liai im tafi suficiente como o cnienily pela primei-
ra emformaçaõ que dele me foi dada, e que tern falta era
seu naeimento, o que tudo deueis já ter sabido. depois

1a1 As patu,rn, qar se szgaem resto Capitule, "° "°°"'


815 AliCRIVO f'06TUOVEZ•dRIENTAL

de chegerdes á India, 'polo que sobr.e esta meteria vos


-escreny nas vias do anno passado, aduirtiruoseis nestes
particulares que praticareis com oArcebispo de Goa, e
achamdo ambos que naa comumm entregarsse nem aca•
ia do tombo, nem a escretura da ystoria, ou pelo rnenos
algo& destas coussas ao dito Dioeo do Couto, ireis disi.
matando com ele no. milhar morre que vos parecer até
me avissardes, evos mandar o que ouuer por, meu ser-
uiço, e&vendo ele de ter o'cargo de goarda da. casa do
tombo, vereis se as prouisa5 que lhe foi deste Reyno para
isso falta ojuramento, que fui. ',obsedo que naõ tinha, e
lho fareis der em forma comforme aobrignacaõ do cargo..
Escrita em Lisboa a3 de Março de 1498..
PRINCIPE.
Miguel de Moura..
Peru. o Conde. Almirante, Vissorrey da India-2,a
(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Dona 'Francisco. da Gama, Conde d. Vidigeira,
do. seu conselho,, Almirante. e..VisoRey da. India—Se-
gunda, aia.
(Livro 2: O. 464 )

321..
Conde AItnirante,VisoRey amigo. Eu EIRey vos em..
ulo muito. saudar, como aquele que amo, Porque mn. '
bua vossa carta que. me eu-miastes por terra, e feita ein
Monbaça aSdahril do anuo. passado, a:que vos sondo
responder por outra,, rue pedis que mande se vos emule
de Veneza hum, mestre de fazer galés, e hum remolar,
sobre que tiubeis escrito ao meu. Embaixador que aly
resside. se fica dando ardem para que ele os eMcaráinhe,
'e vos avisse;.e o. engenhoiro que sambe. pedia Pa naco-
ma carta tenho mandado que vá nas nãog deste nano,
posto rine ha tatita falta de homem, desta. profissa5 que
PASeleULO 241

inrl naP está certo poder ir este antro, mas etter yndo
¡aso se terá disso. lembrança para ir depois.

II. O Arcebispo de Goa me escreneo buft riria par-


ticular sobre as causas do Bispo de álalaqua em reposta
de outra minha sobre esta matéria, eporque o mais can—
ueniente remedio que se pode dar a elas he uirsve ele
para este Reyno, lhe mando escrever nestas aias que
ofaça nas primeiras Mios, e a minha carta vay ao dit . °
Arcebispo para lha emeaminhur fazer com ele o oficio
de que -vos dará conta; pelo que vos emcomendo prosa-
reta que o dito Bispo se embarque para este Reyno, o
para este efeito lhe dareis lodo ofauor eajuda »coesa.
rea eeinbarcaçaõ conueniente as náo em que vier.
III. Hora Frei Bertolameu, Religiosso Dornenico, me
deu bons apontamentos sobretee devidirem.e separarem
as Religioé"s, imdia das Prbuincias deste Reyno, que
por ser meteria de muita consideraçaii mando escrener
ao dito Arcebispo que vos dê conta dela para que a
trateis ambos e me avisseis do que parecer -como von
emcomendo que faoaes, esobre os particulares disto' me
remem. ao dito Arcebispo.
1V. A materia da Alfandoga ele Vimul lie de tanta
considercçafir e importancia, e ha tantas recoés por lieZ
e outra pane que faáeni mais dificulmssa a resoloçait
dela, e posto que ern outras cartas minhas vos Mando
escreuer o que sobre esta alfandega ey por bem que se
faca, me pareceo diremos nesta que se ri vossa chegada
aquele 'estado .aehastes posta a dita alfandega em parte
ou em lodo, ou se pê's depois, a conserueis no estado eirt
que aachastes ou estiner á chegnada destas náos sem
acresemar nem diminuir cousa alguê, ese umit estiuer
posto a.soepenclereis por modo que Se Tieti entenda que
eu solo mande- y, se naê que ou loi deseuido, ao tarnaffilee
sobre vós adilaça3 disto, e avissarmeeiá do que solire
esta meteria edepedencias dela vos parecer cornfoiinu
ao, que Imitistes por minhas Instrnçoês, edepois vos rein•
ileyeacrener o anuo pasarlo,'e para adita Cidade de 'aia-
al,a8 acatas vias duas cartas minhas Ima em reposta dag
SIS ARCIftVO PORTOMISS•ORIWNTAL

suas, eoutra sobre esta.materia com alguff reprensad do


roym modo em que nela procederad, eque para se poder
entender o que apontai, mc poderad enraiar seu procu-
rador, e que entre tanto se com formem como que estiuer
feito eordenado por vós na meteria da dita alfandega,
das quaes curtas vos vai) as copias peta lhe serem dada,
ambas, ou lume primeiro que aoutra, como vos parecer,
ena', somente empedireis (sio )a vimda do dito seu pra.
curador que me emularem, mas antes procurareis que
venha, por lhes naõ parecer que se procede com eles sem
betem onuidos.
V. E porque sou informado que os Embaixadores do
Daehetn que andeued em Goa esperando reposta das pa-
zes que pretende ter com oestado, se tornarad descora-
tentes no tempo que o VisoRey Matias de Albuquerque
foi ao norte, me parece que será meu seruiço emuiardes-
he Imã embaixada comforme ao estado em que estiuer, e
áemformaçad que tiuerdes da armada do9 .0Iandesses
que vay para esse, partes, de que vos mando avi..ar
per outras cartas minhas, e se pretendem fazer algum
comercio naqueia ilha de Somaste, ria3 vos parecendo
que cansem mais outra coutou, de que me avissareis, e
catre tanto procedereis corno em conselho asentardes que
mais importa a meu seruiço. Escrita em Lisboa acinco
de Março de 1599.
VI. (a) Sobre o Bispo,de Malaca de que vos trato
no segundo capitulo desta carta, se offerece dizemos
metru que elle me esereueo huff muito larga, como o ja
feo . outros asnos, sobre differentes causas desse'estado,
butuas que toada ao ecclesiastico, outras ájustiça, eou.
iras á fazenda, e sobre alglas deltas vos escreuy o anuo
passado; peito que hey por escusado repetirernse outra
vez, e que lambem ned será necessario referiremse as
que agora me torna a esereuer, porque delle voe pode-
reis informar de tudo antes de sua embarcaçai3 para este
reyno, ou o tereis já feito sendo elle chegado a Goa,

(a) Este capitulo he atormentado de outra letra.


trasciccoo,3.' 849

onde pode ser que já estará, e na dita sua carta me, pe•
de licença.para se rir para o Feyno COM a mesma ias.
tancia coro que ma pedia os asnos passados, de que me
pareceu auisatuo, para que say,baes qual', disposto está
para isso, eo penhoreys, se asy for necessario, coro o que
me tern escrito ;de maneira que em todo caso elle venha
sela enternder que me mono a isso'pello que se contem
no dito segundo capitulo desta carta,
PRINCI PE.

Miguel de Moura.

Para o Conde Almirante, VisoRey da India.-2.` via,

(No Sobrescrip(o)

Por EIRey.

A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira, do


seu Conselho, Almirante, eVisoRev da India.—Segunda

(Livro 2.' 468.1

322.
Conde Almirante, VisoRey amigo. Eu EIRey vos em.
Oto muito saudar, como aquele que amo. ElRey de
Melinde me escreueo nas náns do anno passado sobre
requerimentos seus antigos mostramdo queixa de nati ter
cartas minhas .escreuemdome todos os ermos, as Tines
me miá tomei dadas, e asy lhe mando responder, e coa.
uern que disso se tenha cnidado se ele solas emula pneu
virem nas vias, ediz mais que antes edepois de feita
a fortaleza ira Ilha de Monbaça lhe pareceu sempre que

se podia escussar por na13 ser de nhurn efeito, e ser de


enoita despessa, e qoe os capita& dela tolhem anavega-
'76 aos Portngesees e Mouros, que he causei, de se Ie.
nantsrem algugs cidades daquela costa; e que da merce
qtte lhe fio da seroa parte dos rendimentos da alfandegua
187
350 oerarYO PÓRiC6V. ,ORIENTAL

se pagaõ as despessas ;que fez na comquista dos reze


rebeldes, e me pede lhe renove a patente da irmandade
que seu antecesor tetra, eque possa conhecer de todos os
cassos cineis ecrimes antre os momos. e gira as soas uri.
os possaô ir liuremente arointear fortalezas eseiail Sures
de direitos, e possa marndar buil a Meca, asy como he
perorando aos Reys momos da Ifilio, e que or capitar
3s da co,ta anO filmai cem ele uhlln negoceos tocantes
ela, e que parecerneloom que todaura deue aves a dl.
ta fortaleza lhe comfirtne per minha pronissa3 auteree
que lhe tenho feita da terça parte do rendimento da di-
ta alfandegna, eque, lhe faça grasne ela Ilha de Pentba
que lhe pertence por direito, e 11,1(71 aquém agora a tem,
que faz tiranias aos pianos e naô tem estieis° forçado, e
lhe confirme todas as merees que circos Reys ateria
antecessores fizera,' achem a seus antecessores, e que
aja por bem de tirar aos Reys daquela costa os tributos
que lhe pôs Thniné •de Sousa Coutinho quando nela
foy, poresrarem tuô pobiras que ona3 podeis pagar,,e que
a prouissait desta meros se derija a ele para ele o decla-
rar aos imteresados, elhe faça orares, de linil viagem da
China para com o procedido dela ele e seus filhos me
poderem melhor seruir; e o VisoRey hlatias d' Albu-
querque ote escreue nas suas cartas de 23 de Dezembro
de 96 que aquela fortaleza de Monbaça esmoi gole.;
mas descontentes Portogesaes e Mourott do sebo procedi.
mento de Antonio Godinho de Andrade, Capita," dela,
e"que porto que na Rolaça3 parece° .que estas culpas
se deuitrill guardar para a resieleneia, a ele lhe parecla
que ell deuia mandar que quamdo nOhauelmenfe os cant.
ta3s forem escandalossos ou fizerem afrontas a meus
oficiaes fossem logo suspensos para Beirem liaras a Doa,
e se aduertiaem os capitaês metros da crista que naz
reseruase para sy o cometei° e truta dela como se fos-
se is solidum concedido para o capitall da fortaleza, a
qual tinha por acabar a cana por se fazer em , rocha é
pedra vira, eque EIRey de Melinde areia na mesma
Ilha, mas que se entemdia dele que sentia .estar frisada.
...ermo.. 3. ,

terra donde •aeco e se criou, e que pretendia, o Rer


no de Peroba, e que o hia entretendo neste requeri-
mento até vossa cheouada.
II. Pareceome rerataruos nesta carta o que entendy
asy pelas d'ElRey de àleliende, com poluo ele álatiasd'
Al.ba,quarque, posto que lambem se pudera escusar nojo
fortes -ter a filonbaca depois das ditas cartas feitas, e
esta he huõ das °ousas dese estado de que agora•deueis
ter mais pratica, pois vistes com ou olhos a Todas estas, de
que espere que- este anue me mouleys lad partleular e
certa ettifientscaõ que,ine possa eu resoluer nelas; mas
em caso que o naa milham, feito sobe, tudo me eVeve.
usreys nestas nãos, ea-Ritter de Ntelitede eu- miareis a-
minha carta de que vay a copia de fora para vossa em-
formaçati; e lhe escreueriles tambern na comformidade
dela anlinandoo no seu bom.procedimente, eemcomen-
dandolho. de note°, edandolhe esperanças de comforme
a ele eu mandar ter conta com, soas coimas, é do que
em tudo isto fizerdes me avistareis.
III. O. que atrás soe (ligo que- me esmouco, Nímias de
Albuquerque acerque do modo era que se deu, proceder
com os capitsõs de Mornbaça que notoreamente fizerem
o que naõ, deuem.sem se esperar que acabemo tempo•
de suas capitanias. deixo avós para nisso proocrdes corno
virdes que °maneei', a meu cera iço. e poderia. aver,' hum
termo nisso, o qual seria mimes-tardei., por vosmacar-
tas com coeninaçhó de naõ averndo logo ememda acodir-
des .com .o remediei que comprir, que será susefendeloa
emtenderdes .que as culpas passadas com a oirre de
nouo de se nu!. emendarem delas com a soma amoeata•
Çarì requererem este rigor, porque esperar pelo tempo
da residencia naõ deus ser sena& para causas- dutridm
aos eque se na! possa! prouarsenaõ nela.
IV. Pelo que ene escreuestes sobre esta capitania a.
vos-loa por de mais sustancia degele por ventura cá ee
Me -podia ter dito, tenho orientado de a nua premer aná
erver O Wie subm ¡aso soe ascreuei,s mais ...particular .84
859 nscurvo PORT1181,11kL• ORIENTAL

naos que se este armo esperas, a que vos retneteis e


sambem mandey que, as portarias que fada uai)" fosserd
dadas a algriAa pessoas que com a dita capitania e<taii
despachadas se sospemticsern por ora. e asy foi bem fei-
to avissarilesme <leste particular, corno o será fazerdes
o mesmo de todos os outro< que se vos oferecerem. Es-
crita em Lisboa a 7 de março (de 1598.
PRINCI PE.

Miguel de Moura.

Para o Conde Almirante, VissoRey da India.-2.• via.

(No Sobreseripto )

Por EIRey.

A Dota Francisco' da Gama, Conde da Vidigeira, do


seu Coneelho, Almirante e VisoRey da India. Segunda

(Livro 2.* fl. 454 )

323.
Conde Almirante, Vi<oRey amigo. Eu EIRey vos
emiti° muito saudar, ramo aquele que amo. Planei.°
Paes. 'moedor mós dos contos dessas 'partes, por obri-
gaça3 desencargo, è daque eu nele lhe pus com lhe
mandar ine avisasse das coesas tocantes a minha fa-
zenda em que lhe parecesse que deuia mandar prooes,
o fez particularmente nas náos do anno passado de 97,
as quaes ern sumancia sai- ,as seguintes.
Il. Que pelas alfandegae de Cochim e de Chau! (entoo
por dous canos )cc diminuem os rendimentos dalfamde•
ga de Goa. mude colmem que os aja como em cabeça
desse estado para as necessidades dele.
III. Que deuo maudur aos prelados dos Religioós des.
se estado aduirtaü a IICas subditos que se na$ entrerne.
',meou, C. 853

tar; em aconselhar sobre os. direitos restes, porque. som


entenderem oâ fundamentos dizem e aconselhar; q,ue de
buil fazenda se deitem bons direitos somente, posto que
se tecem adinersas alfandegas, o que he contra a verda-
de, rezai, e justiça, e men serniço.
IV.Que o comtrato feito com Nono da Cunha sobre as
minas do Çofala te deue harnendar, porque pelas di•
ligeneias que fez consta que minha (acenda está engh•
nada em docentos e eincoenta mil pardo,oa afora os
vinte ecinco mil que importa 'o troto dó marfim que
loa só capitar; e seus ordenados, mormentuque do pro•
uisaí; porque' se contratara3 ns minas se entende°
que uai, avia de aver alfamdega em Moça3hique, o que
he contra rezar/ ejustiça, e.lortna da dita prouisaõ, eque
deu° mandar que os comuta mil pardítos que Nuno da
Cunha dá pelo contrato vS.3 para este estado, porque se
gasta3 em Moçâobique ern ordinarias que se podeis pa-
gar eorudec ou doer mil de emprego ria bulia.
V. que o Bispo de Maluca eseomunga os oficiaes da-
quela fortaleza e os moradores sobre o pagamento de
seus ordenados, ese entremete no jordiçar; e gouerpoi
secular, e que se deue ordenar que os Bispos deore ra-
lado na3 possar; eseomungar por mais que por derro-
tes mil mi, do sen prleneito dote, ° net, nele maio a-
cresentamento de que lhe faço torrar e remela.
VI. Que em Baçaim, Orniu,, e M'aleca drooin acro
eis os feitores de airnoxarifees Como em D..•. porque ria
almoxarife, sa3 os que destruem a arrolharia e• MÓI] iffl"
e na3 dal; eolv,.
VII. E que pela mesma rezai.; .3 deixe de avet
em Ormuo e Pio tisonreiro do hum por cento. opte 03
VisoReys naõ deu.; ter o dinheiro que vem da, forra,
lezas, e rendimentos dalfandeg loa de C303, direito, de
canalos e terras de Salsme, e se meta no tisontrode•
baixo de chaues por se eViturem innitrt. ineonuententes•
VIII. Que acornquista de Ceder; consume e impussi•
!filóu esse estado paro qualquer guerra que uniier, e
que he causoa dos eossarios serem senhores ale iam
ramoso POIMIBUZII•ORIHNTÁL

eeeatreaereot a cometer a armada do Cabo do Co.

IX. Que aquele anuo vieraõ de Maluco dons gualeriea


carregados de eram, de cabeça que lamuriarei.; a minha
fazenda mais de cem mil pardáo,, eque isto se denia
á,ordem que ele deu cora a qual se gnardou o regimen-
to que sobre imo .manrley dar, nue mima esquecido.
X Que de no mondar se sai aforem aleiras nem a-
crecentern vidas, retina a, que se acabarem e vagarem
no [empo da gouerno de cada Via[Rey, e que,assy a•
verá vagantes que se dem am que sentem, e °moerá o
furo a quarta parte na, Aldeas, que xemienx
XI E que rui canuem 1lue se façail merees de di•
mitos de carmim, e que as merece rine cabem nos trinta
mil latahlos que os VismReys podetts nlar se registem
em limo separado.
XII E que a ida do Vimorrey Motim de Albu-
querque ao norte foi de muito gasto e pouco credi-
to, e que na5 munirem que os VisoReys miai de Goa
senará o descercar huã fortaleza que [Mó tenha outro te-

XIII. Que as fortalezas do Canar& acodem com mui-


ta pimento e bis, eque entaricm aquele anua par na5
darem.a, mercudores dinheiro para ela coma ma obriga-
dos. e que conotem a meu seruiço e bem comum na5
deixar de aver sempre o. contrato, ,que qua no Reyno
se rosem, em especial o dn pi tento e tios, porque _r, ca-
berlal que de pia vay abotoa as daogas de todas ai
partes.
XIV. Que no regimento que nas.nday dar aos contos
de Goa se extengio o cargo de Reeelmdur dos Restes, e
se criou em seio lugar ode executor das druidas que se
liai de cobrar pura minha rimada, e que se deuia pra-
um em Mortim Rmlrigues Panelas de poluora, homem
abonado e de confiança, a quem Manoel de Soneeu ou-
ninho e Metias de Albuquerque otirarn5, t4udo nisso* ,
gari, pois servia de Recebedor das Rusteo
FASOTCULO 3.• 855

XV. E ma emulou huã lista do que remde o estado da


Iludia pela qual monta 4/ que vay em receita aos meus
'

oficiaes desse estado hum conto d'ouro trezentos seteota


ccinco -mil parda., eque tendo a receita tanto'nós que
adeèpessa .9 besta para suprir Oh gastos pelar dee.-
dens do gotterno eoubiça dos cauintãa pelas cauasas que
aponta, é que conneto naõ meterem os capitefis meã em
minha fazenda.
XVI. E que o ViaoRey Metias <Pálbuquergne na8
aprouera o coltaelho que lhe ele d.e de se pôr certa
clausula, no arrendamento de [delegue, som que se ata-
lhauati amuitos inconuenientea, e que era etricergo a mi.
aba fazenda em perto de trinta mil pardáos de...afa-
ga. das moedas sle Ortonz e Pio, de pie este anno
mandaria papeis para se arrecadarem na cates da Indist
da fazenda do dito VtsoRey ,e que no asna de 95 fi-
zera tornar amiuha sfaze.la trinta mil pardítos dè pre-
zas ent que o VissiRey nal; tinha joatica.
XVII. E ondas mais .0002811, aponta o dito Francisco
Paes, ehul delaa he temes mal guardado o que mandei
sobre Moi av. Vedores da fazenda nem Soperenten-
dentes dela nas fortalezaa, eque Sionít sia Coma fora
outra vez enscarreguado deste cargo contra minha par-
ticular detesta alem da geral, eque camufla a men ser'.
Atiço mandar pasaar algufis prouissoès que em numero
trai/ doze, de que vos mai trato neata c.ta, porque dele
osabereis, e lambem aponta rezoê's para eu naki deuer
comfirmar o contrato da ttlfamdcga de Cochim, pelar
quaes lhe perguntareis.
,XVIII. De toáo oque atrás fica dito tirado das cat.
taee papeis .do dito Francisco Paes, pasto que somares
ebreuemente, entendereis que fala em muitas meterias
e alguãs delas de mais .importancia que outras para ae
desse tratar delas muito de prepodto, e por serem taes
tolde que se pudera «sondar ao que ele aponta emfor."
zsaçoiSa tomadas neete Reyno, ouse por roam. tnets ser-
oiço tratas da .sonsa primeiro que de todas, econieteruos
estas coirsas pira que chameis Francisco PaeNt, que he
856 «calvo POISSIMUlla,ORIENiat

de crer vos terá jo dado conta delas, e o ouçaes parti-


cularmente corno vos emoornerido que o façais, epor nhum
caso erntenda de vós por palauras nem por modo algum
que deizaes de receber muito bem as Suas lembranças
assy estas como as mais que fizer, por que judo que nem
todas as de meus .menistros fossem acertadas, seria a-
certado serem eles aeceitos aos meus Vissorreys a Go•
uernadores, que he ponto de consideraçaõ econsequen-
ciai ede bom exemplo para os superiores animarem os
inferiores, corno Esu espero de vós que o dareis qual de•
lieis a meg seruiço, e assy afilo emcomendo muito par.
ticularmente.
XIX. Antre estas carismas apontadas por Francisco Pa-
es vos aditiertireis que aquelas que tem. regras cernis
por prouiásniis e maendados meus de ordens e defESssas
na0 temdes para que rue comsultar Eo que se nelas fará,
senaõ darlbe oefeito e -exeessçaiì tine lhe falta, em que

comsiste o remedio das desordens sobre que °adentai se


espreitem. tantas cartas de que as vias ver,' cheas, e tudo
falo se resolue em lati breues patamais como haS deste
capitulo.
XX. Os dinheiros mal leuados arrecadernse, eLaçasse
zestetuiçaõ a minha fazenda, e as vossas cartas decto
sejad com ela ficar satisfeita.
XXI. O que ee nate/ fez est...Elido matas vezes manda-
do tomay per honre (como a defensaõ de que tendes
dado menagem )comprirse era vosso tempo, e naõ poder
nimguem dizer que oimã, fazeis. Nisto arca eespero de
i
sós ss efecto do preposito com que de cá partiátes, e por
isso volo esereuo por este modo, eeste remate avey por
posso nad eomente nesta carta, mas em todas as minhas
para sós. Escrita em Lisboa a 10 de Março de 1592.
PRINCIPE.
Miguel de Moura.
Para oConde Almirante, Vissorrev da Judia —2.•
(Livro 4: il. 592 )
uescrect.o. £<iq

324,
Condi Almirante, Vissorree amigo. Eu EITI:ey vos em ,
trio muito saudar, como aquele que amo. Frei Gris.,
timo da M"adie" de Doou ; guardiaff do Conuentn de Sal
Francisco de Ceile3, me escreueo hu3carta lergua e par-
ticular que veio nas naos dia anuo pesado de 97; feita ern
'Columbo a 27 de Nouerribro de 99, em que me cla•con
ta de muitas contens daquela Ilha, e posto que n,m'esma
carta me diz que delas vos faria lembrança como
gassea. e aay o deve ter feito, e•vos prouido em todas
como conuem a acentuo de Deos e meu: e a vossa obrigue.-
ÇalÌ nele, me pareceu torinuia mandaruolas relatar bre
nemente nesta carta; "e sai"; aasegnintes.
II. Que teue a seu cargo em quantia foi gourdiaô de
Dem.,Teaii; Rhy daquela Ilha, eque como teste—
munha de vista me aviasaua dos deseruitos de Déos e
meus quealy se foeia6 edo, agrauos que recebia agite , .
le Rey, e que Dom. Jeroninto d Azeuede e Thome" de
Sonsa, Cápitar3"de Colmilho°, deitaunr3 perecer arnelicia,
ea na3exercitaua3 sena3" quatudó meia na3" podiari; e
.aqueriai7pera.sy.o que podia3 ajuntar, e uai; peru o bem
da guerra, tomando ao dito Rey suas terras, e os bens
ascos vassales e que ce.o•tomaraft para a guerra o- ou-
uera EIRey por bem empregando, ruas que tudo toma,
na odite Dotar Jeronirno, e o comsurnta seu, aves receita;
g- que os fe,toreteennr,oaêi era& seus criadas; que na.3
finalreceltas senati do que elle queria, eque tina, de.
Ice estava prezo por cercear moeda, e que semdo o
soRey Metias •dIA.Ibuqerque avistado dês ice excessos,
lati acedia -a des eou disimulaux.
III. E que aviásara arrdito Diam Jeronimn da teci'
çaõ que •o Modeliar ordenaua ao dito Ray; e lhe fizera
certo ara aleuentamento etracas apresentandolhe teste-
munhas, e que aobornado com dadivas do ieuantadena3
aomente disimulou a treiçaii, mas lhe descobria quanto
ae dezia riele,.e quem lho dizia, e.as coasses que tinha
Ice
854aarmvn
' pOIrtUOUE2 ,ftlENTAL

entendidas que pertemcia5 ao gouerno daquela Ilha; e


que estrouma com rogoa .6 dito Rey que nate; matute o
dito leuantado antes do aleuantarnento) e que podendo ter
os presidios:proni dos de mantimentos matava de mercado-
rias ocupando com elas as erabarcacoós que os aviaZi de
lesar, e que por falta dos ditos mantimentos se perdera
tudo, 'e sucederei.
;tantas mortes, afrontm, cruezas, edes—
truiçoós de igrejas, eque com tudo isto o dito Vi.Rey .-o
tornara a admitir na mesma ca oitenta esquecido do exem-
plo que se fiiera. em Dora jorje de Castro por largar
Chalé, sendo diferente fidalgo e velho,
IV. E que remdendo os serrano aldeas daquela Ilha
comforme ao que diz o dito Rev) nouecentos mil
cruzados emamdo para a parte debaixo tudo quieto eem
paz, e os portos do mar trinta mil cruzados averndo
framquia, e outros tantos o trato d'arequa, em que o dito
Doar Jeronimo eThomé de Sousa tratauati defeadendo
noa outros o trato dela, perjudicando ao key nos direitos
qUe se lhe pagauali em Columbo, por nos mais portos os
arrecadar Dom Jeronirno, e que toda) estas remdm sê
'comum - mó', e nada vinha a lume delas, Mn que eu deuis
prouer mandarndo que se depositase •paraas necessida-
des da guerra, liranu. lo a administraeati delas aos rapi-
nado, eque corresern por outrem, e que o Mesmo me pe.
dia e mesmo Rey, a quem eu tinha rezai; de fazer esta
merce, por ser seu erdeiro.
V. E que comuinha muito mamdar tet gtamde con-
ta com a pescaria das pedras preciosas, que se costuma
fazer naquela Ilha só por mandado delltey, e que adia
oito somos que se mó fasta, e quê deuia man-
dar asistir Imit pessoa de muita coMiencia, e quê ntió fos-
staxturnqua o capitaó, eque Dom JefonirtiO adidaua para
a: fazer, o que te a fizesse se soubesse•dela.
VI. E que as mais das amima do estado Real era??
furtadas evemdidas, e qUe hilnl dos doas rabis, que era
tamanho como loira ovo de galinha pequeno, qde valia
tanto como o mesmo Reino, se dizia gue o deta o primei-
leaantado aliam Português, egtte o menor se <luzia
shiseteuxo 3: €45g

sambem que o tinha a molhar deste segundo leuantado,


ou ficará em Cancleg.e que era.necessario lançarsse esta
molher fóra daquele Reyna que fora já mulher do pri-
meiro leuantado, e que ÉlRey . mia pudera fazer por
Dom Jeronirno, Thorné de Sousa,. eoutro:ha fanotecerern
por peitas que recebia?'" dela; e qué odito Dom siem/timo
na?: obedecia ás pronimês que o Vissorrey !mondava para
8,è fome certa cousa, que naa declara na dita carta, que
era bem daquela comquista, e que aquire muito pela
sy, etornaria as terras deiRey, eanulatia para vemder os
elefantes per que lhe daliall 14 mil cruzados, eai.; o po-
demdo fazer, por serem do estado daquela coroa, e me
pertencerem a mim.
VII..gue odito Dora Jeronirna, e Thome" de Sonsa
ma...deixar; dar trata. d'ágoa e de almoa pelos narims a
muitos inocentes, a Rrn de tirarem deles dinheiro e lhe
mostrareis tissoures, de que marreraarnuytos crismas, e
hal; molher preahe, a, que Timm. de Sousa tomara tre-
zentos portugeses. d'ouro ,oque impedia muita acristam-
dado daquelas parteo por os gentios duuislarero da verda-
de que se Ulas Pregaa vetado quanto una conumiro obraa
os oapitafis, eque aquele Reyno e o Rey se- queixai"; de,-
les desordeuse tiranias, eou çapitaas zombai; disso e
injuriai; ao mesma Rey semdo crisma" ima se tratamda
eryodq Coabita, tanto imferior coa lado, ' eque vay disi-
mulamdo com estes agrauos por lhe pad ei arem peçonha,
corno já se lhe deu em tempo. de Pingo de nolo Coa.
tinha, e que vay muito em ceie Rey viuer alguns asnos
mais.
VIII. R que..mandand. adilo Rey matar ergubs Ire.
dose , 'Doso Jerouimo Oe &fende. por. -dinheiro .que lhe
dall, e que o dito Ntatiaad'Albuquerque ima acudia a isso
por mostrar que fora..uccrtad a.. aeleiç-gi que fizera dele,
eque se eu Rei:: Mandasse aeadir aggIe naS ~mie aver
efeito o que ta ,, !0 hc4gc"mags, eclusa . era. ser eu senho; do
dito Se> ruo Core.° qual se ;mamava esse estado, por Per
re q uasi mo dor aljofar, ca nela. •ferro, aVg, eriggal,:pedraria,
e,de pairas laU1LSO eolgegag 00{40.her notaria.
860000ittVO PORTUOUSZ•ORTENTAL

IX. E que me -fazia estas lembranças•como goardiaõ


de Ceilart. Ire olheiro e procurador daquele Rey eda cri. ,
unidade rio mesmo Reyno, erpor lho mandar odito Rey,
ar, que •nmdit pedia voais errara; que lhe mamdase fazer
jo;mtlça doe surtimos agrauom que Iliectinhari feito Dm» Je-
!MR.. e Timm. de Sousa,-e das•tiranioe que-era:ri fei-
tas ase. vassalo,.
X. -Crilpas•saii Vet. que ¡meadas merecem Werflell".1a
e e.actigo que rios pedem, -e ssy tenho por -certo (como
no principio desta carta vos digo.) que tereis procedido
nesta meteria e depedeneiae dela comforme a coesa abri-
guaçaM, e qtre 'bastaria aerraorrnscaM de hum Religiosso
Prelado, que se nari persuadiria a me escreuerest. cou-
IMO sem Moiro fundamento, para tivsnies por elas ate o
cabo, e asy -orno que nau mios que se esperailoste asno
lerey .cartas vossas cobre tudo, mas por -cima limo
colo omeornesido por ceia quart emeareeidamente po-
de ser,o•que ochameis e ouça. -com resgoardo de mar
Beira que se saM saiba que este Religioeso internem aca-
tas emformaçoéis, porque naM seria reza° se lhe pagas-
sem-tarei -mal que ficase ele-com denionsolacit e outros
com -escandolo, e-tratareie rouyto de prepossito da saile-
façotise-quietacaM delRey Dom doais de Ceilaõ (como por
outrau cartas volo esscomesndo )edo castigo dos culpa.
ilude sambem dor do. -robis de que trata o dito goar-
diaR o ou pertençait a-min. fazenda, un a outrem. os
acereis pneu mirs, equando se detreminar por justiça que
eraS3 alheos se pagaritit a seus dorsos e mos emuiareis,
aduertindouos aeste prepossito que as consas desta calir
dade qtramdo os -ume. Vissorreys -e capitaês souberem
delas, para -meu seruiço se deuess procurar, edistá tereis
taa particular cuiricslo como tenho por certo, eo mesmo
entenderoys por quseequer(imdaque
seja,' Re menos preço e momento )vos parocer pela ou.
lidado amt nouidade delas que se deu., Comprar cara
mim, e emularclosmas, -e antro se --ditas coutas poderá
vyr alguM boa castidade de ambas e almisear escolhido,
alcatifas, eporcolasas muito finas, edo que nisto fizer.
lAreteOLO 3.' 861

der e emulardes aviassareis em perticular a Migel de


Moura para me disso .dareoMa, e ele voe esereuerá tarn•
hem de minha parte. Escrita em Lisboa a 10 de março
de 1598.
FRINCIPE.
Miguel de Moura.

Pera oConde Almirante, Vissorrey deludia-2.* via)


(No Sobrescripto )

Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vicligeirs,
do seu conselho, Almirante eVisciRey da India.—Se-
gunda via.
(Livro fl. 402 )

Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu GIRey voe


emulo muito saudar, corno aquele que amo. O Bispo de
Japa3, Dom Pedro Martins, me escreueo nas vias do ati-
no passado por cortas feitas em Macho de 4de Janeiro de
96 que em todas aquelas parles tiramdo Nacmgasaque os
Religiossos da Companhia que lá amda3 prega9, e se
diz missa publicamente, e que se erntemde que otira.
no dissimula, e que aquele anuo se fizera° de nono cin-
co ou seis mil erista3s, eque muitos dos prineipaes da.
quotas partes se emtendia que o serial por morte deste
tirano polo serem já em oculto, e que tinha dado licença
que se fizessem cristal"a os do pouo, mas uai.
/os nobres,
eque lenantara3 muitas igrejas derrubadas, edesestia da
guerra de Choray por se temes de todos.
II. E asy me diz rine posto que na Inedia rodos eraiii
de pareoer que ele na° entrose em Japs3 renal depois
de tudo quieto, todauia eataua de caminho para aeodir
fiquelas ovelhas, eque iria aforrado sem hom., nem pons,
86'S ARCIIIVO PORTO° 062 ,0RICRTAL

pa episcopal, eque oarmo seguinte iria oBispo seu coad-


jutor por se nati arriscarem ambos em Imã não.
Tambem diz que em dopai.' mudai; oito frades
capuchos contra os Breues do Sano-to Padre e minhas
prouisoês, per que se defemde a entrada de hum Reli-
giossos na terra mude aludam Zn OS da outra Ordem, e que
pedireti dez mil cruzados de esmola a huma Senhora
da terra ameassantioa com grandes pesas na outra vida
se os nati desse, edisserafti mais alguãs cotimou de que
se caussaraii muitas perturbaçoês, eque a Itlaefiu le dali-os
capitatis prouidos na viagem da China prouissoõs para
deitarem fora daquela pouoaçaft os cristaitis novos eou•
traz pessoas que lhe parecerem perjudiciaes, e que tudo
isto comuertiati em peitas que recebem.
IV. E. que se os capitaõu fazem moi seus oficion era.
porque os que lhe toma& residemia sati homens de pou-
ca comilança e pobres, e que por qualquer douras que'
recebem, as nati bretã corno deite ser.
V. G Licenciado Jussé, Paes, Bile dos feitos, me.-
muco pelas nãos do- anuo mimado- ase fora a Maltas
como Osmidor geral a de-yes:ter tios que vat- I e macJati:
á Manilha, e asey dou que erupediart nal se- pagasZem
os direitos dos que v.l daquela ilirtaJe,a pata Santho-
mé e Negapatatii e que o. Bispo eClerezia e cidadoBs
dela perteaderaii estrouar esta derrama com reei neri men—
to e mimasses, e que sem embargo- disso a rifou, e a
deu ao Vimorrey Matias d'Albuquerque para ma em-
ular e prouer nesta znateria para que as taes faseadas
pagassem direitos, e porque. o. Bispo e eidadoõs• desis•
tirai: dos protestos que faziaõ, cuida que tudo isto ficou
quieto-
VL. Die que ao cargo- de Subo dos feitos de que o Vis.
sorrev o proveo viindo de Migaca pertence conhecer dos
tal-podas no ISCCR da afio- do. SI abique que deu na «Stade
Bacairrt, e que .hum SanaS lilubail corndenado em huã
«Pia de dinheiro para minha fazerucla fogira da•cadila
para este Picyno, sobre o qual.' faz cá diligencia peca
se prender, e fui emformado que naa se embarcara, e
TABC1.1.0 3.• 863

que ficara em Cochim, pelo que se deur fazer com ele


diligeucia, se já na6 fot. Mia.
VII. Ternbem diz que corre nos feitos dos culpados
no saco de Jefenapate3 entre os quaes he Amdré Fur-
tado de Mendoça, e que a massa de na6 ser já sentes-
ceado na6 he culpa sua nem do Viasorrey que onan em.
pedio.
VIII. `Cambem diz que hum Manoel de Sousa deixou
nossa caneta fé, ese foi para os mouros, mija fazemda
arrecadou o Inquissidor Antonio de Barros, que correo
tom este negoceo perteucentio esta arrecadaço3 ao tis.
soureiro do fisco com se fazer primeiro inventario, e por-
que atodas emas cousaia Coassem ecodir, vos emeo-
meado que vos emformais muito particularmente delas,
e lhes deis o remedio que for necessario, de que me a-
vissereis. (a 5E sobre a primeira parte do terceiro capi-
tulo desta casta vos murem, por outra nestas vias.
IX. Laia da Gama, que ^foi Secretario desse estado no
"tempo do Visoltey Manas de Albuquerque, me esereueo
nas sãos do asno passado sobre alguns lembtamças de
meu zetuiço, de que lhe maniato vos dê conta como o de,
ue ter já feito, e emcomendouou que na6 semdo editado
para o Reyno ochaineis e ouçam nelas para prouerdes
nas que vos parecer que o podeis fazer, e me avisaardes
das outras de que ennemderdes que deiteis esperar minha
mposta,e o fatioreçaes e oeupeis no que se +Merecei', e
quaindo se vier para este Reyno lhe tareis dar embarca.
çai3 eguagelhatio.
X. A cidade de Baçaim soe escreueo que por aguer-
ra que o ?dengue fez tiuera3 muitas perdas e danos em
usas fazendas, eque a avesall pelos foros que paga8, e
porque por entra carta minha vos mando escreuer que
por ter enterndido que o Visolley Matias de Albuquer-
que lhe tinha escrito que fossem a Goa requerer sua
justiça, os maudameis emitir na dita cidade, e fazer

( IOresto deste Capitulo he acereseenu,de depois de coueluida


acan.
964 ARCIIIVO PORTU00..ORIENTAL

comprimento dela no que a tiuesse, nal; se oferece ais.


lo mais que reme terno neste ponto a dita minha carta,
XI. E asy me diz mie os goardas daquelas terras de
Baçaina tratar> somente de seu proueito, eque per este
respeito os moradores delas ao comcertati coN os ladrotis
e lhe pagalti tributo pelos nal; roubarem., e que a guarda
da Saibana se nati deue proses por satisfaçaõ de ser,
'riços sena9 por merecimentos e talento dar pessoas, e
que por terem pouco ordenado comem os capitaès os or.
denados dos soldados e piab's easy nati tem gente com que
se defendaõ, e em tudo isto prouereis como virdes que
mais conuem.
XII. E porque lambem trata sobre lhe deu.. fazer
merca no redimento da imposiçati daquela cidade para
a fortaleza dela, vos emcomendo que no que comprir a
esta fortificaçaa lhe deis todo ofavas eajuda. sabemdo
primeiro que coussaa sati aplicadas para ela e se bastati,
edas em que doerdes dutlida me acirrareis nal:, deixando
de se proseguir adita fortificaçaõ ou por Imã via ou por
outra pelo perjuizo que poderia resultar da dilaça9
prim em Lisboa a 10 ,de Março de 1599.

.PRINCIPE.

Miguel de Moura,

Para o Conde Almirante, VisoRey da India-2.' via.

(Na Sebreseripto )

EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira,
az seu conselho, Almirante e VisoRey da India.

(Livro 2.' fl. 406

326.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu ElRey vos em.
4.110muito saudar, como aquele que asno. O Capitel; mór
?emento 3. 865

e etipita5s das cinco aios desta armada leua5 alem doa


regimeotos ordinarios da elegem Instrueoés minhas par.
tieulares pesa a ida e virnda na forma em que as leoa.
mó' os capitaés das náos do armo passado (como por elas
tereis viam, e lambem tornareys a ver as que agora
leoa odito capita5 mór e capitaers deste anno )-nas quaes
lie declarado que na viagem á tornada, acerque detem*.
rem Santa Viena ou usai, seguirad a ordem que, lhes der.
der per instrupoés assinadaa por vós que vos pediraò -de
minha, parte, eque eu vos mando escreuer que lhas deis,
do que ey por meu sere ieu que façam so-mesmo que vos-
escreuy que ordenasipis ás oitos rio anuo passado. que
lis esperam,» em, Santa Ilena Imas por outras até ri is
do rnes de maio, e assy volo escreuy nas vias da armo
passado em carta do 22 de marco, e posto que antiga,
mente se costumaae esperarem as nãos menos tempo em
Santa Viena boda por outras que na5 passada de 20 de
rival'', beta se vyo o anuo, passado de quanto efeito foi
largarsse mais, este termo até firll de maio, pois foi is.
ao causa de. a náo Vencimento, que tardou mais que as
outras, vir em compatdda das que primeiro chegaret- eá
dita ilha, e porque nela se ameontrou a dita não com as
de cossairos Olarndesses que vinlia5 das partes via eu],
e he de crer que ori que tornarem a cometer aquela via-
gem vira5 sempre demandar .Santa Viena, assy.pela
cessidade de. aly tornarem agira, como por verem ao os
podem eneontrar com al.gué ano da Imdia, condem a-
gora orais que nurnqua troe elas venbad com ,todo O.a.
percebimento e resguardo mini° quem-. porre aohar aly
inimigos os virem eles depois; esobre isto tereis pratica
com o,oapliati mós e capita5s destas °Cios juntando°n
todos e. clinmande com eles opin., pesebás, do pralica e
esperiencia da carreyra da Judia, onduertirris o dito ea-
pitaõ mós ecapitriée que tambern em outras partes da
viagem amen edepois de chegarem aSanta (leoa se pp-
meiber
rierisi3 emcontrar com os mesmos gos e teiern a
delps, com muito boro 'sucesso temdo a conta
160
$66 laCNIVO PnaTUGUga-nalENTAL

que confio com o seu apercebimento. no qual protede•


erys eoln este intsnm M .11YiM que viuma em cada
não a gente neuessari .14 ilefenva3 etoda armada
eem ordem de poder heui pelejar mu d,p,er parte tons
de for necessario. eo, q., nisb, iizsuleo ate evcro uereys
muito particularmente. Eserita em IO de Mar.
'pode 1h98.
11. (a tE ateia das instrocils• cov

tos capimès conforme a est, Ihs larei.o ,Irao ssgonilas


separadas das priinsiras com, a sque o Visoiey Manam
de Albuquerque per roei, mandado 'Ivo aos c das
quatro unos que ineraõ o armo imsva 'pie lhe di.
gaev que era caso opte iovvrnern á vinilif para cste Rey•
no vem dobrar o Cob., Boa Esperança elss façaõ sen
caminho para o Reyno no tempo ein que para elle se
aortuona oa,,eqar por »hora de trinta sele grãos nen',

per nenhu$ via demandarem as Ilhas dos Açores nem


haltere'', vista porque poderia ser chegarem a cl'
lar tanto moio cedo que naõ (osee posvinel ser aclive a
minha armada, e nt parrieem do lobo de 9 Vie e nt ó ba.
veta alguns naulos que lhe dem guarda quando dem..
darem aquella costa, eesta, segundas instruccoês viraó
avelladas e traraii nas cobertas deelaraçoês assinada,
por vós que se naõ abraó senaõ em caso qive imreruem,
etine naõ se bancado de abrir por naõ i0115raare te, ar
entreguem cerradas ao Seeretario Diogo Velho, COMO O
fizeraõ ou capitsõs das lidos do armo passado, e de
tudo o que nisto fizerdes me anisareis nas vias,
PRINC1P E.
hliguel de Moura.
Para o Cell,/ eAlmirante, VissoRey da India.-2 •via.
(No Sobreserlpto )
Por EIRey.
A Dom Francisco da Gania, Conde da Vidigeirs, da

Ia) Este Capitula fui ¢.(110 deptnS Cota sotra lens.


1,5çietr. 3.• gGY

sart Conselho, Almirante e VisoRey da India.—Segunda

Nestas vias vai outra carta sobre esta meteria, que se


!rade ver juntamente som esta.
( Livro 2. fl. 473 )

:327.
Conde Almirsoue, Visorey amigo. Eu EIRey tios era•
tal, milito saudar, como aquelle que amo. Por outra
verta rios esareuo sobre a sande do Bispo de NI:deca i e
rre o«inertes era algumas sonsas de que penas suas me
oca cansa, e porre que debayxo «lesta clausula as
hey por inchadas iodes, tire pdevei que se nos deuia
,

✓épeeificnr Imã queixa sua de que el1111011 autos em gize


drr eontetn a resisterieia que Frrineisco Ferreira. pro-
curador do nurnero naquella cidade, fez ás justiças ise•
4lesiasticas que olueriadi prender •per culpas 'any gra-
nes em gire dizem foy comprendido nas nisiraço3n, e
que o 0ouidor'da cidade Pedralurez d'Alsrantes sendo
requerido peito Bispo naõ dell a ajudo do braço seerrir
que era obrigado, e que a derma os orriiiines da Camara
para o tal delinquenre escapar outra uez «ias moas
das jusOcas eeciesiastleaa, e que se presumia que coou
drenar de FrebeiSeo da SvIna. Capitaa IIa fortaleza. foy
h dito Francisco Forreita"d'asnaila cola mabi armada a
édésb cl., Bispo para «, prender eembatem., elhe disseráa
é azem") todos moitas injurio. •dcsoresantin as excámu-
ithoÈs e mandados do dito Bispo, e pó/kV.' se Oito aaoy
rOSee. seria justo que se easiigasse corri ó rigor oue mero•

ee i aos eneommendo que sabida a uerdaile taçaes ore-


atoes contra os culpados corno, for - IattIe*. e savba
Bispo de tida COMO nono assy Manda, e do oue se tia
Rei me aidisareys, e ao
. «rcebispo de (doa conluillearelb
t•, ,o, e que pastando cat.00 eóbtaa aSsy regtlardo se po•

die dai Air informáçuèis de Malace coaria o 13ispo; mas


Pad pata cila daixar de .uk, demo solta esersou Ita outra
868 ARCIOTO a0a2UOVEa•00.1

carta,por assy compus para tudo, eser conforme a0 que


me elle tem pedido. Escrita em Lisboa a 11 de Março
de 1598.
PRINCIPE.
Miguel de Moura.
Para o Conde Almirante, Visolley da India.-2.' via.

(No Sobreseriato)
Por EIRcy.
A Does Franciaeo da Gama, Conde da Vidigeira, do
e« Conselho, Almirante, eVisoRey da India—Segunda

(Livro 2: fl. 456. )

Copia para o Conde, que ha* yr nas roias (a)


Per Carta de Domingos Toscani, pera Sua Magestade
de 24 de feuereiro de 97.
O Bispo de Malaca tem dado muitas opreeoôs por
querer ser absoluto em tudo, eter usurpado ajurdiçaó
de Vossa Magestade. Da inquisiçaõ me foi mandado do
Arcebispo que prendesse a Isabel Ferreira que ele ti-
nha em sua casa, ea mandasse presa á cidade de Goa.
,eo Ocehispo e VisoRey o tinhait mandado chamar por
suas cartas, oque elle naó quis comprlr, eveado eu que
passaria a monçaô me foi forçado, sendo elle dia 4.
Santo Eiteaaa na freignezia. illa prender com todo o
resguardo, o que fiz como Vossa Magestade será infor-
mado, com toda aquietaçail eourra, mas nall foi basta"
te que dandolhe rebate, riais^ deixasse a missa estando ao
evangelho, vindo pelas ruas com muitas armas, negros,

(a) Poma aqui este papel, por t ratar de meteria caneca& tolo
•da Carta antecedente,. nab achacosos agrida em que elle reis
que tale« fosse da mongad seguinte.
necrose,. 3? ffi39

elerigos, e eu que me recolhia á fortaleza com eia, era


elle já comigo, de que poderei conceder trabalhos PE me
naii recolhera iam depressa, e tendes metida na mimara
do capitai a quisera elle tirar, eo pedia afincadamente
que lha dessem, e porque he muito apaixonado nai tem
respeito a oboé pessoa, dizendo que uai conhecia nhi
senhorio tenai o do Papa, peito que logo se detriminon
e embarcou para a cidade de Cum trabalhando que sai
mandaste babel Ferreira cate anuo, peno que ella fiqeu
até vinda desta náo da China em que agora a embarquei
como era mandado, elle vai danado contra este pouo, a-
vendo de tornar creio seiá necessarie fireiremlhe, porque
lati viue de rezai nem de juatiça .senai de querer e po-
der e força. Agora está esta cidade quieta, e em tudo se
faz o seruiço de Dees ede vossa Magestade: a alfandega
rendeu megera seMnta equatro mil cruzados á fazenda
de Vos. Magestade, e renderá muito mais sem °premia
'Miei de vasalos de Vossa Magestade amoldo quem o-
lhe por cita, e como sai partes longineas. os feitores sai
supremos e fazem sear preueitos, e a fazenda de Voo.
. Magestade peresse, e nunqua ha dinheiro pera se
pagarem as ordinarias uai avendo armadas no mar; das
ames .UPP.3 dará o capitai conta a Vossa Magestade;
eu faço todas as lembranças ao VisoRey do sentisse da
Vossa Magestade.
(Livro 2. fi. 444 5

328.
Ru ElRey faço saber aos que este aluará virem que
eu sou imfermado que depus de ter mandado defender
per muitos respeitos de seruiço de Dees e roeu, e bem
do estado da lIndia, o comercio dele para as Pelipinns
edas ditas Felipinas para muros lugares do mesmo es-
tado, se sai guarda esta minha defessa taó' inteiramente
somo nela he declarado, de que me ateria por mui des-
temido se asi fosse, goe uai acabo de crer, pelo que
matado ao meu Vissorrey e Gouernador da Imdla, que
870 álICRIVO PORIII6IMIL ORIENTAL

ara he e ao dianta fnr que faça tirar devassa cailannad.us


pessoas culpadas no slito comercio, e proceder contra eles
breu° e sumariamente, como for justiça, farenalosee cora
efeito esecimafi nos 0111par/tis podas pelais de sua condena.
çaii eem especial se purgo atará na dita devassa se eins
carretai; na dita culpa os cspitiiç's de Mala.' depois da
dita defes., ora tenha6 acabado seu utntui, 00 estema.
aimla autaalmente na dita capitánia, ou a sirnari depois
pelo tempo em diante, e nos captados de soa ,esidencias
cc acrecentará este para nelas se perguntar por eu), ca.
so em particular alem das delias", que etunforme areta
pronisati mondo que se tirem cada asno. E esta se re•
gistará nos tintos da Rolaçaõ econtos de Goa, e nos de
minha fazenda, e cassa da bulia, e valerá mano se fosse
carta começada era me, nome e passada por minha
ehannelaria, posto une por ela naõ passe sem embargo
das Ordenacoêa do 2." Li una titoln na, que ocontrario dis-
pneia. filahnel da Torres u fea era Lisboa a12 de Março
de 15. E suo Secretario Dlogo Velho o fl. esereuet.
" PRINGIPB.
Aligtiè1 de Moera.
Sobra adeitasse que V09,1 itiagyetade manda que se
tire eadu astao na Imita do caso acima declarado. Per.
Vossa Magestisde ver.-2 via
(Livro 4.* fl. 592 )

envida kimiçante, Viasorrey antigo. EnuElaey ,vota eer'


iii. bambu vamlar t cismo aspielle què arim.. Por puta
dos cristaiis naaameate, coitos sidos me foi pedido .1bes ft•
sauim, merca de ou escuso...do pagarem tii.11110P, uporqbe
por...tinhas prottisoZs mana por bem rpie por tempo de
quitnae -anatar os mai pagassem, que deitais lhe mau,
riso ',formar, ey por bera que ria ditas cristut:s já•corn-
iterados eas, que nouamente se conuerterem nua paguem
divituna rim nua vida, para coas .esta acasalai) se possua-
.
3 .. 977

dite«, melhor os gentios a se, coetruertgrene a nossa eta—


ela o.YF ..4,rent aagua •dei soneto bauslismo.
Il. Feio°, apresentado que doais 'mandar Obrigar ase
niouros e gemere, que pagaseen, diohoos. tela que Yes'
°encomendo que cornsuheiee cri datariria com oAreebispo
de Gee.° clero nlgonstheologos ernfiermalmlonos muito
parlicularmenre ae os foros e tributos que eles pausa
das torne erete• trazem geia de tal cielielit.le que Sofreei ira.
garem alma deles sie elizernos, ese he asey corno 9011
formado que lhe fiiritó- antigamente elrielas erras terras pe.
lar Reiye ela [urdia coro ou foros e tributos que ora pa•
gail, separar erre delas outras terras rara a sostentacuR
dos psgeoles de seus ydolos e ite. seus sacerdotes e
achamelosse ser isto assy, se es podem cobrar estes eli•
olmos dos momos e gentios que iiuieeem as ditas terral,.
emformandemoe lambem seita ioda as que se separarad'
para os pagodes, e o que rendem, equem as tens, ecom
que bacilo; ede tudo o que se achar e \PP! parecer me
emulareis itaà relaçafi por vias por todos resinaria MII3ell
ver etomar final asem° e resoluçall no que neste ma,
leria se °urres de fazer dalli por diante.
II i. E porque por cartas do VisoRey Marras de Ateu.
querque edo Arcebispo ele Ciem curcrody que eis Im•
quisidores delesas partes se entrerneliaõ nas r011f&Of de
tainha jureitçail, «mande", avessa, disto as Bispe dlElo.u ,',
ImquiAdor mór destes Reynos, pesa ibes. esereuer o.9
9.0”em peles fincomuenie.ntes qué disso godiaR reeullat,
oqual escr.. aos ditos Ionquisfilores sobre ceia mato.
eia, e que tratem some nte do (III, conuem a seus oficio%
iris enm,.mendo que aFt.y como he reoail que eles a.
esti entremeta?, pentes maio tias. cote liar leio orem de
sua obriguaçpõ os ajudeis e fanomacs para melhor po.
derem °empeie com ela, eordeneis que..asy eles como
os meio nieuiseros do sanceoufieio sejafi. «bela pagos de
cens ordenados, e se tenha com eles a. conta que he re •
Zaii ede uida aos carregou late eertiem.k.',Crim em Lkhou
a 16. aé Mangado 1598.
1172 sacam roamietri•barsavat

E aobre a ultima parte deste Capitulo acima tenho


mandado escreuer já algumai vetes naa sina dos asnos
passadas.

PRINCIPE.
Miguel de Motim.
Para oConde Almirante, Vissorrey da India.-2.• via.
(No.Soluiewiplu)
Por EIRey.
A Dom Franclaco da Guama. Conde da Vidigneira,
do seu conselho, Alndrame e Fisoltey da lindia.—Se•
gunda via.
(Livro 2.'11. 484)
330.
Conde Almirante, Fiassorey amigo. Eu EIRey vos m-
ujo muito saudar, como aquele que amo. Eu huá das
cartas que vaá nestas vias soa mando esereuer cobre as
Instrucçoe's que avais de dar ao capitaft mór ecapitaáa
das nãos desta armada para atorna viagem comforme as
•los annos passados, eno fim da dita carta depois da
datta dela vos trato de outra Instruça8 que tombem lhes
aveia de dar para em caso que emuernern sem passar O
Gado de Boa Esperança, cuja soatancia Inc que da para.
gem das Ilhas doa Açores para este Reyno' naueguern
sem as tomar por altura de trinta esete graus, e porque
depois de adita carta feita torney amandar praticar esta
derradeira parte dela, etomey nela outra resoluçao, volt
declaro por reta carta,.e vos emcomendo que na dita vos•
aa segunda Instruccaõ (item será feita na fórum emodo
que na dita carta se contrai )dignaes de minha parte ao
dito Capitaa mói e capitaêo destas mios, que em caso
que int.:mem (com que naS possua passar e asno que
vem ao Reyno) naneguera para ele peai tomar as ilhas
dos Açores por altura de aureola e hum para eOrenta
dons grima, que beso -cootrario do que na dita carta vos
• tAMCOLO 3.. PP3

dizia que viessem por 27 grãos, eem tudo o mais se-


guireis a ordem da dita carta, solar neste só ponto,
coroo dito lie. Escrita em Lisb aa 17 de Março de 1591.
PRINCIPE.
Miguel de Moura.
Para o Conde Almirante, VisoRey da India.-2.' via.
(Livro 2: fl. 472 )

331.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. o,u ElRey vos
efflaio moiro saudar, como agnele que amo. Depois de
vos ter escrito nestas vias o rine vereis sobre a meteria
do os °landes,eo sonegarem para as partes do snl desse
estado, doirado vicred o asno passado, me parece° que
posto que creio que com consoa que vos viria de dIalaca
desta viagem dos ditos Ofendesses tereis prouido com
emular logo àquelas »artes armada bifa:tante para os
comstunir se tratarem de Inloroão. como sou irdfOrtuudo
que o procura., proseguit, serie muito me,useruiçe sisa-
dar este armo bud náo a Maloca, e que fora melhor se-
rem 'doas se as °soera (porque tirar duas das eimeo que
sad as que este asno vad, uai', me pareceo que comuishe )
eque Cosmo de Lafetá (que este ermo torna a essas
partes, como colo escreao .lior outra carta em resposta da
lembrança que POI,Te ele me fazeis na vossa de Monboça)
densa ir na dita não da Maluca emcarreguado de acodIr
aesta necessinade tal presente, e de tanta inaportancia
como be o castigo dos ditos Olandesses, que vos deue
dar o cuidado que deueis a me,r soeltiço, com que are.
reis que nad vos falta buil não de cinco que pudered cite.
gar todas á barra de Goa, senad. que avende vós de
reforçar as partes do sul neste tal importante necessida-
de; tdmdes já nelas o socorro da dita aio, e com hum
bom aapiied e gente que leu, com mie brenidade
sme Inadie aaer ~anulo e dita sáo primeiro Doa que
Melena, c para terdes inteira imlarmaçail do que ilie
tnt
974 ARCAM PORTUOVEZ•ORIERTÁL

mando que faça remetido tudo á vossa ordem irá com


'esta carta a copia (atinada pelo Secretario Diogo Velho)
da Inetruçaè que lhe inentley dar(a); pelo que vos or.
comendo que na comformidade dela edo mais que voa
parecer que comuem a meu seruiço sem terdes nisto ou-
seu algum respeito sent.) comprirse inteiramente eme
o mesmo meu seruiço, ajudeis, fauoreçaes, e animeis
Como de Laretá imuialudolhe tanto que estas mios elle-
guarem . inonçati de Setembro tudo aquilo que virdes
que lhe será necessario de nauios, gente, e moniçoès,
ordens, e recado', alem do que tiuerdes prooido, temdo
por certo, que este será bato dos mais particulares semi-
ços que me podeis fazer em vosso tempo, para que de
todo se estingua e a.be a nouidade desta nauegaçaè
de tanto perjnizo a meu seruiço ea esse estado, mo que
.0 lie neeessario dizuruos anais que oque esta materia
per sv icon-111.. fala. Escrita em Lisboa a 17 de Março
de 1698.
PRINCIPE.
Miguel de Moura.

Fera o Conde Almirante, Vissorrey da India-2,. via.

( No Sobrescripto )
Por EIRey
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira,
'do seu conselho, Almirante e VisoRey da India._Sec
guada via.
jLivro 2: R. 462 )

33')
Conde Almirante, VisoRey amigo. Eu EIRèy vos em-
nio muito' saudar, como aquele que amo. Antes deter ar
vossas cartas de Monbaça mande}, fazer h. para 3 Vi•

(•)Sal apparece este papel,


rssmcnbo V .(75

seRey Metias de Albuquerque posto que esperaria quo


Deos vos triles° Isolado a saluamento a essas partes, e
porias° todas as cartas e despachos destas vias av6s fos.
sem derigidos, para em caso (o que Ocos naõ permirise)
que naõ fosses cheguado á Iniba, ele ficase no gonerno
dela até eu nisso prouer, a qual carta naõ deixa de ir
nestas vias, porque estando feita nua se perde nisso nada;
e quererá Deus, como nele espero, que naõ eja casso pe•
que ela seja necessaria, e que todas as quarto vias dela
me tomareis a emular cerradas, corno vos emcornendo
que o façaes; e pareceorne dizemos .0 que nisto passa
para oentemderdes quamdo virdes as ditas cartas, pera
que acontecendo caso lo que Ocos nal,' mande )que aja
de abrir estaç vias Nímias de Albuquerque se tire ele da
duuida que teso nassautras vias das néris em que fosses
<inanido lhe foraõ dadas. Escrita em Lisboa a 30 de
Março de 598
Asino esta carta per ordem dos senhores Governado.
res, por naõ a.er tempo pera se hir asioar nor Sua Ma,
gestade.—Diogv Velho.
Para oConde Almirante, VisoRey da India.-2: via..

(No Sobre*eriplo)

Por EIRey.

A Dom Erancisco• da Gama, Conde da Vidigeira, do


seri conselho, Almirante e VisoPvey da Imdia—Segunda
via,
(Livro 2: fl. 478 )

333.
Canil, Almirante, Vissorrej, amigo. Eu EIRey vos em-
ulo muito saudar, como aquele que amo. Sobre a carga
das mios quando vem da India para este Reino vos te-
nho- o.crito particularmente em outras cartaa que vali-nes.
tas vias, e iluda que o naõ barra, a mesma mamem a falia
por sy, mas enterodendo agora depois de as ditas cartas
S6 flcatvo .1.01,17.1,5ZoORI.11/111.

'feitos o qne constou de bui devassa que tirou e Liceu:


cicio Gilianes da Silueira, Juiz das causas da índia e
Guiné, me pareceo meu serniço avissarnes da relaçaa
que disto me foi feita, que he que na carga das quatro
trios que viera?, o anuo passado omm moita culpa da
parte do Vedor da fazenda nnfi somente em vir pouqo,
pimenta podendo as naus trazer mais aos lugares depu-
tados para ela, mas em ele sai acodir aos roubos que os
goardne fatiai ás partes eque queizamdosse o adi roároM
da afio SIE Felipe ao dito Vedor da fazenda de alguás
destas conssas lhe respondeu que contentasse os pardas,
eque o dito Vedar da fazenda dana nas aios' a fidalgos
e apessoas que vinha," para o Reyno para despensas cer-
tos guasalbados na ponte que era," reseruados para sol•
vindos pobres, a que se tiraria para os que tenhati mais
fauor na reparti.;afi dos ditos goasalhados, eque nesta
desordem se nofi compria a defesa que nobre este par-
similar emana feita pelo Senhor Rey Dom Futrique,
meu tio, que peco, tem; e poeto que eu sai acabo de
crer que Dom Antonio de Noronha tiuese as& pouqua
aduertencia em °mimas de tanta importando, bem será
que lha façaes, se depois de vos emformardes particu-
larmente do que nisto pa ,sou achardes que ele tem es-
ta culpa, eem quanto nal" tenho esta emformaead por
vós, ioda que conste da denta., lhe escreuo sobre esta
vaaterio por termos geraes remetendome ao que vás nal&
lhe direis de minha parte, que será precedendo a di-
ligencia acima declararia.
II. A cidade de Dama," mo pede eornfirmaçaõ dos
preuilegios que diz lhe concedera,' os Vissorevs pe.-
nados para se poder chamar °idade, e urnas dos que sena
a cidade d'Evora, e antes de lha mandar responder soe
pareceu ter enformaçaõ e parecer vosso sobre isto, Dele
que soa emcomendo mo emvicys.
Antonio d'Azenedo, que Deus perdoe, me encre-
nco daOrmus (qUarndo aly .1.91.18 por eapitaZ, por CST.
ta de tete de feuereIra do aaac panado de 97, que reto
rlteteVLO3.' 877

por terra) ar »it., que doera de corte do Mogor, que


tereis bem sabido, eimda que se nati deue suor por perto
que eleve resoluta era empreza por mar, denese crer
que adesejará e procurará quanto iInc for possiuel; e asy
o mais scguro•lie ',remain pera tudo, como o esereuo ao
capim:3de Ormuz ( sem o nomear na carta pelo seu
nome, porque naii sei agora quem estará naquela fortale-
za) e sobre isto vos uai; digo mais porque vére sabeis
coso nino deiteis proceder por meu serniço
IV.Tairibem rue escreueo o dito Antonio d'Azenedo sos
lute o mão tratamento rine achou no Reyna do 1irado
(quando por aly passou (quere fazia aos Portugeses, e
que tinha anisado o Visorey Metias de Albuquerque do
que ordenou para remedio desteaveracaa de que espe-
rma sua reposta; emeomendouos que saibais oque nis-
to parra e te fez, para prouerdes em todo conto virdes
que mais comem,
V. Por outra cama vos escretto como mando nua não a
%leque enela CotITO de Lafetá para os efeitos que pela
dita carta vereis; e nesta me pareceo dizemos mais como
mando que pela via das Felipinas se tem rendo neces-
sario toda ajuda que puder ser para se bem emnseguirern
os ditos efeitos. Escrita em Lisboa a 30 de Março de
1598.
/trino cata carta por ordem dos Senhores Gouernae
abres, por ne0 atter tempo pera se hir atinar por Sua
Magestade.—Diogro Velho.

Para o Conde Almirante, VisoRey da Iadia-2.' via:

(Na Sobretvipto )

Por EIRey.

A Dom Francisco da Gnoma, Conde d• VIdigeiraj


elo seu conselho, Almirante e VisoRey da Sadia.

(Livre 2.' d. 024)


@73 ARCAI» ronvuotranmataninat,

, 334:
•Mandou Sua Magesrade tomar alguits ernformaço38 soe
bre a fortificaóa0 da Ilha de .Sancts. urna, por ser de-
inantláda de alguns' aunou aesta parte de cossarios, ese.
denerr,,triatar da segurança dos seus portos para as oitos
da lmdia, cporque nesta mataria lavará alguI comua-
riedade ,de parecere., os manada Sua Magestade comu-
nicar aVossa S. evai- ,para isto som esta carta (a) que par
seu mandado faço, por nal( aver já tempo para ir em car-
ta asinada por,Svas. Magestade, que esereueo aos Sonho.
ves Clouernadores que disto avissasern a Vossa S. pera
'Me veja e'comunique isto coro pessoas praticas daque-
la Ilha, que nesse estado inoi faltaraõ, e que ordene
Vossa S.' ao Capita3 mó, ecapitails destas miou nas ins-
trimidi. (que comforme a outra carta de Sua Magestade
lhe Ilude dar pera a torna viagem ) que quamdo che-
garem a Santa liana vejaõ toda,aquela Ilha, eos por-
.. e aguadas que tem em que se possa surgir, etragaiI
Imã relaçõ deles e Imã pranta da. Ilha para Sua Magas-
tade ver tudo com oque Vossa S. lhe escreuer sobre
esta mataria. Dons guarde a V. S. de Lisboa a 30 de
Março de 1595.—Diogo Velho.

(No Sobrescriplo )
Ao Conde Almirante, Visolley da Iudia—Segunds.

ILivro 2.. 0.490 )

335.
EIRey nosso Senhor be imformado que de poucos anos
a esta parte (como de 'lesam MoVe para cá ) mudarias
nitris da Carreira da índia quando partem de Cochina a
derrota que antiguamente sempre trouxera3 pelo canais
das Ilhas de Malditta, e nauegail agora em partindo

l•) NaS appareevra.


tlomtoa 87b

controo sul demandando It .1;nnta de Guide na Ilha de


Ceilab, e que seria melhor tornarem derrota antipa
dês -canais daé Ilbah de Maldimi,' e que 8ini MagesSade
manduri ver-O 'prrisitai.' com pinai. e (nitras' pesada&
que nesta materie .. mm diferentes' pare - Cerra, é os •qUis
sab de olieniab' que hé milhar a drrota moderna, unem
que eia sé tomou por se litirarern do, b'Axiaià dantes XIX
Ilhas, a que se rehpomde polo outra parte <Pie 'isto leio
remedio com aver boa orgia, e que I» .câniinho per y'lrisi
he mais mirto e tear as iroinenteé rue lia -nos Matei
cruzados da nona derrota em' que -ae'achab0b 'Mos nitris
rât pratadas com a°argua de que irada miei teia aliuladO
natla, e que algulis delas nomearia') por cata oairsaa 'lio
principio dê sua nauekeçab abrir, por geando Ae.
gaí; ao Cabo de Boa Eaperanea boaS ehémis capazes de
resistir ao mbé trabalho e'perigo de taifa a viagem que
eassi aernpre abr. .ha, que lie eausse de imvernarern
an se perderem, podernriume preaumir que elgubs que
lera desaparecidó se perderiab ante, de chegar ar, Cabo,
eque quando isto acontece ás que nauegab ',doê canais
.das Ilhas de .Haldirm ae sabia Muitas véus a genCe, e
finalniente se sabem numas do seri acnnteciiminto, e
neata dueide de recordo por ambas as epenerba ora que
te aponiabi s urras mais que V. S. ladear entemder, quer
Sua Magestade que V. S. as pratique iodas com pes-
asse de expqriencia desta carreira aav fidalgos errara
homens do orar, amado lambem preseinea o capilar; inór
e eapitabs, Meeiros,' e piloroa destas naus, roque se
resuluer ac ponha bui efeito vimdo erras naos ou pelos
casaca de entre a. Ilhas rie Il1atrliao coinforine ader.
rota airtigna, ou indo' demandar a ponta de ellIale.C111
corno agora fazem, eque V. S. o declare pos
troçaõ aos capitar', das ditas naus na que lhe bade dar
peru a 1:1 (110. viagem' conforme ao que Sua blagesmde cáa
-

breus a V. S. que fera.

II._ Também enmomenda Sua Nlagestade a V. S. que,


.quaudo as náuà estio...ri no porto de COCIli111. o Gora
880 ARCIIIVP,I.OrrpOPT2,01lIZYTAL

depois de la cheguarero até a.particla.dal. para ó Rey•


no tenlia3 pessoas obriguadas A guarda delas afora os
cc oriciaPs das nacos, porque he informado que ha nisto
muitos descuidos de grande ,perjuizo, de que podem re•
saltar outros maiores.
III. E qoe faltando letrados para as ounidorias das
fortalezas da Inilia doo que de qui*, forem prouidos
nelas, ou de outros aprouados pelo desenbargo do Paço
e adinetidos nele . para o seruiço de Sua Magestade, se
proneja8 as ditas ounidorias em quanto na3ouuer ou.
Iro remedio eia lmm,roeao na3 letrados de talento e partes
edficienies para estes cargos, como antignamente se fa-
zia, por que he Sua Magestatle informado que ha na
India letras!or cristaGs nonos e outros reprouailos que
ac admitem por falta dos aprobados a cargos em que
nuS deuera3 entrar se ouncra3 letrados que os pr..
desetn.
IV. He Sua Magestade informado que aCompanhia
impetrou liam Brear para na3 irem a Japa3 Religiosos
de outras Ordens mulo que da sua, e porque Sua Ala•
gesiatie escrene nestas vi. a V. 8. e ao Arcebispo de
Una a que aisio ha por sendo,' de De0, e seu ?teu.-
tindo,sse que os Religiosos Francisoos possa3 aly hir na
forma das cartas de Sua Magestade., lhe parece que so
na3 dene assar dó dito Brote, em que manda fazer
diligencia para saber se quando se inpetrou se deu die•
eocoass Sua Magestade, como deuera ser, que Ao
outro ponto de comsideraçaé, e me Inamlou que por
.3 aver tempo de isto ir em carta sua avisease V. 8.
do que nisto ba de fazer condoo.° ao que assima fira
dito. 15,3,, guarde a V. S. de .Lisboa a30 de Março de
1,598.-1/ioga relho.

(Xla Sobresenpta )

Ao Conde Almiraute, VisoRey da India.sgeguistla


ela. •
(Livro 5.* O. 417 )
V.M.. 3: 881

33'6.
EIRey nosso Senlfor escreue aV. S nestas vias como
o cabedal pesa a compra da pimenta da carga destas
aios vay este asno prouido par coma da mia fazenda,
mas na& se declara na carta isto mais •em particular,
por inda se .3 -ter entendido em que mode se faria
a repartioaG do dito cabedal; evetando agora as nitro
para partir naG ha tempo pesa esta dealaraçai,, ir ent
carta de Soa Magestade que venha a tempo assinada
de Madrid, aassi por seu mandado e com ordem dos
Senhores Gotternodores anisea dieta a-V. S. como faca
de algoás sonsas que lhe escreue per ontens cartas,
11. Entemlesse peita conta que se fez na Casa da In—
dia que os uin-te mil quintaes de pimenta( que geando
menos pociem uir nestas cinco mios) podem •custar are-
zar, de doze serafins emeo por quintal, hum por outro,
em que se montaZi nos uinte mil quintaes doseaiar e
cincoenta mil serafins, pera os quais uaG•nestas naos
por donta da fazenda de Sua Magestad esento e Mote
eseis mil cruzados de dez Reales o cruzado, avszati da
eincoenta por cento,
III. E assy -vaG mais uinte mil arruados de dez.Realles
ocruzado, pesa coro alies se perfazerem os trinta mil cru-
zados que se ;Hifi. de emprestar aos contratadores das
náps pesa concerto delias, ao mesmo respeito de sincoene
ta par cento.
IV. Que soma todo -cento eemanta e-seis mil cruza.
dos de dez Reales o cruzado, os quais nai3 repartidos
nas ditas sinquo [Mos palia maneira segnintet
Na eia Capitaina trinta eseis mil équinhentos estuados,
asaber, trinta hum ali e quinhentos cruzados pesa ocabe-
dal da pimenta de cinquo mil quiri -
mas que nella se podem
carregar, esineo mil cruzados pesa o ,emprestimo das
11809.
Na náo Conceiçaõ outros -trinta seis mil equinhentos
cruzados repartidos palia maneira teima.
til
882 ARCRIVO PORTUOU62.0MIZIMIL

E na Dá° Nossa Senhora da Paz corenta tms mil e


o2tocantos cruzados, asaber, trinta sete mil eouttocen—
tos cruzados pera cabedal de seis cal quintaes de pi•
menta que nella se podem earregar, e seis mil cruzados
pera o emprestimo do concerto tias aios.
Na não Saí Sinta& desoito mil duzentos e sincoents
cruzados, a saber, quirnze mil setecentos e cineoenta
°rodados pesa ocabedal de dons mil equinhentos quin•
taes de pimenta que adia se podeis carregar, e doas mil
equinhentos cruzados pera concerto das nina.
Na aio Sare Matmus dez mil noueeentos ecincoenta
cruzados, asaber, noite mil quatrocentos e sincoenta cro•
cada pera o cabedal de mil e quinhentos quintaes de
pimenta que celta se podem carregar, e mil equinhentos
cruzados para uemprestinto do concerto das náos.
As quais Magoo adiço&s fazem sorna dos dito, cento
comam seis mil cruzados de dl. Reabra ocruzado, como
atrás fica ditto.
V. E ainda que polia carta geral da casa da ladra
se entendera& emas somas e repartienês, he materia de
ealidade pesa V. S. ser auisado deita por carta de Sua
Magestade, e por isori em falta de na& poder ser como no
principio desta digo, se lho faz esta de sua parte, os quais
cabedaes urtõ entregoes aos mestres das caos sobre quem
ha de uir tombem S. carga da pimenta. conforme ao que
se costuma quando estas cargas se fazem per couta da
fazenda de Sua Magestade. em que os mestres fica& sendo
feitores da embarca9a& da pimenta, pera qual negocio
ofereço(sie) aSua Magestade mandar nestas náos ima pese
soa de confiança epartes a cuja conta fosse este cabocla],
eviesse adita pimenta comprada carregada, e beneficiada
per elle, oque deixou de ser por traí se afigurar algo&
desconfiança aos menistros per que isto corresse ne.e eu.
Sado, e que indo isto particularmente emcomendado a
V. S. seria de mais efejto que ordenandosse por qualouer
outra eia, eque V. S. auisasse 'ao Vedor da razenda
de Cochim de corno nisto coimem que píoceda como
PA9C1COLO 3. 883

Sua Magestade delle confia, ao qual se hade entregar o


dito cabedal segundo ordenança, e metesse neste cargo
logo debaixo das chaues para asso ordenadas, sem por
nhá caso se bolir em bua só moeda delle inda que seja
por emprestimo, ecom presupomo de se tornar logo antes
de ser neceesario, e que indo alguá néo ou caos a Goa, e
esti estando naquella cidade ho Vedais da fazenda de
Cochila, se entregue o cabedal da sal náo ou nãos ao
Vedor da fazenda de Goa pera elle fazer outra tal entre-
ga ao do Cochim a que pertence.
VI, Sobre o cabedal da ano Som Simaü, que uai em
direitura a álallaca, se procederá conforme a ordem que
pera isso se clara a Cosmo de Letresa, que uai por Ca-
pítaô nella, de que por outra carta ou no fim desta a-
viiarey V. S. e alie sambem o fará depois que chegar
a Malacia conforme a relaça3 (sie ) que se tomar com
adita afio de uir pera o Reino com carga, am ficar em
Mallaca, oe se enuiar ai lndia. Deos guarde V. S. de
Lisboa 30 de março de 595.—Drogo Velho.
(No Sobrascriplo)
Ao Conde Almirante. VisoRey da Imdia.—Segunda

(Livro 2. O 450)

337.
Por estarem as vias cerradas, e eu naá ser lembrado
se as emassas que nesta direi vaia nellas. parece° 203
Senhores Governadores que era milhor duplisaremse que
deixar V. S. ale ser avissado ala resoluça3 que Sua Ma-
gemade nelas tem manado, sobre que lhe escreueo era suas
cartas peva se fazerem outras pesa V. S.
Il, Foi Sua Magemade enformado dos inconnenientes
que aula sobre a morena da pimenta que cai ó. Ior,ak-
288 de °ritme e Ma5C91t0, e atoe requerem remediai cora
que se atallmsé esta desordem,, e tomada., as enforma-
çoês oecessarias se tecolueo Sara Magestade em deo.
384 ARCIIIVO POIITC7611.-ORIENTAL

mandar executar as penas que.sobrelisto cstaiii poetas, e


somente releuarernse os culpados de aigná pena de mar.
te PC por issp sedhés dá, e que oprincipal remerleo que
isto terá he inundar Sua Magestade que aja armada no
estrema peru visitar as na. e naubis que unO pera a-
quelas fortalezas, easai pera o estreitode Merca. é que
na forialena de Ma maste deue ares pessoa particular que
busque os vol..» ler a alia pera se até po•
der leuar por terra.
III. E que sobre os cartazes quere daI3 na fortaleza
de Ortnun poro \lambi e outros lugares da Sereia, posto
que se entende que vaia- a Baçorá, e se diésiroullaid pelo
muito proueito•que disso resulta fancaria de Sua Jla-
gesterle, parece a Sua Magestade que se uai,- deuem proi•
bir porosa por álgulis rema:isque pera isso se aponta5,mas
que V. S. o veja.e pratique, e avisee Sua AIagestade da
enformagaZi que Aioer com seu parecer.
IV. Agora Á partida destas náris veyo das Ilha da
Madeira, aonde foi ter, o roteiro da viagem que os Glane
des. fizerari ág partes do sul, do qual se tiraraii os pon.
toe mais importantes de que Imre.° nus •Senhores Go.
armador. que V. S. deuia ser avissado, evai', com esta
carta em 'sodas co quatro vias destas náos; e no printéiá•
capitulo que trata da•bahia de Antaii Gil ...Ilha de Siai
Lourenço lhes parece queV.S. se deue aduertir de quan-
do ouucr ocasiai5 pera isso mandar ali fazer algos dilli•
genciÁ eqse do que se traia no ultimo capitulo de sul.
pus comettidas pelos Portogenes ao Jaoa 'maior dene
V, S. 'ser já enformai:aí.- e mandado acodir a isso, e pro-
ceder contra os culpados, e cru especial com onomeado
no ultimocapitulo, mas queledauitt olembrai, eaduirtem
disso aV. S. da parte ris Sim Magestade a quem escr.
nem sobre isso, ede como me faz este officio .com V. S.
eoutra copia muno a que aqui vay que se tirou do dito
roteiro se deu a Cosmo de Lafetá pera por sua parte fa-
zer nesta morena o que lhe foi ordenado, eavisar a V. S.
V. Taidbern avisas da parte de Sua Magestade que he
mmteuto 3. 1385

necessário que mande nas primeiras náos ou o mais bre.


Demente que puder ser atraça de todas as fortalezas dese
estado pesa Sua. Magestade as ver, eaves quá noticia <lb
sitio e forma delas quando se offerecer tratasse de alguS,
como agora quando se tratou com , ourno de Lafetá do
forte que <lixem a Sua Magestade que he necemario fa.
cesse em Mallaqa pesa defensar; do porto, de que ele dará
conta a V S. e quamlons iramn se na3 puderem fazer
logo todas juntas pela distancia das fortalezas, eas nai;
ouuer feitas em G., as irá V. S. mandando Imas agora
e outraodepoio, asi como se forem acabando.
VI. E porque S. Magextade he imforrnado que por
o cargo de elscrivar; da matricula desse estado ser de
tanta emportancia como se tem entendido, eque como
por elle se fax a prinetral despem do rendimento delle,
seria seu ter alço prosterne em vida e nato cada Ires •12-
009, posto que na dita matricula aja quatro contadores
de expiriencia pesa (acerem os descontos e contas dos
soldos e ordenados que se pegar', por dila: e antes de Sua
Magestade tomai nesta meteria resoluçail, quer que VO.-
sa S. atratte e pratique com pessoas que a brin entendi.),
etorne dela as informaçoès necemarias, e aviem a Sua
Magestade com seu parecer pesa nisto mandar o que
mines por roais seu semims. Nosso Senhor guarde a V. S.
De Lisboa acinco dabril de 95.—Drogo Velho.

(No Sobreseripto )
Ao Conde Almirante, Visoltey da India.—Seganda
via.
(Livro 2. il. 455 )

Eztracto do Roteiro da viagem do* Hulandeus (a)


Neste Roteiro da viage-rn que acerai; ou Holandeses.
á Jaoa. h« de cousideraça3.

(•) He o papel de que falia o Cap. IV desta Carta.


600 AlICHIY0 PORTU00.-OXIIINTAL

A Bahva de Anta6 Gil da Ilha de S. Lourenço a.qual


está em altura de 16 grãos na costa de leste da dbui 6.
lha, e he mitv grande e capaz, tendo de largo 10 lagoas
e dentro algu- lis Ilhas pequenas, e entre alias huã maior
muito alta detrás da qual ha bom fundo pera surgir ;he
esta ilha pouoada, tem muitas fruitas, laranjas, linnoils, e
cidras, egalinhas, vacas, carneiros, ecabritos, do alto
da serra dose hu6 ribevra de agoa e por ella acima hum
quarto de lagoa está htt.6. pouoaoali de duzentos casas, e
01.111,19' menores.
Fóra desta Bahya está a ilha de Santa Maria, na qual
achara6 08 Holandeses as mesmas &abas e mantimens
tos, e multo peixe.
No estreito tine fica entre aSaca menor ea ilha de Bas
le encontraraii 50<, grande corrente de agoa ao norte, que
com grande trabalho desembarcaraii.
Da ilha de Balo fizeraa sempre o caminho a oessa•
doeste seta encontrarem terra, peito que neri pode ser a
Jacta grande ta6 larga como afazem as ordinarias des.
cripsoês dagnellas partes, na6 sendo até agora descaber-
ta acosta tio sul desta ilha da Sana mayor.
Chegados ácidade de Bantaii sua Sana mayor (na qual
carregarar5 o que trouxerait acharari nella muitos Pot-
tggneses gim os agasalharali ebanqueteararh ederaõ in•
formaça3 da pimenta que bania na teria, eda anuidade
que se esperaua peta carregarem suas Liam", eentre estes
Portugueses 0110e hum por nome Pedro de Attaide, de
Malaca, oqual os auisou de tudo o que se trataust na
diria cidade contra elles, e aconselhou que com breuidas
de tomassem carga antes que os Jata etreituassem sena
mãos intentos, os guaes pode ser que puzera6 em rascas
cari, e que anã lornara6 este., Olandeses á sua terra se
este Portugues anã fora, eoutras que no Roteiro se na6
nomea0.

(Livro 2.' R. 426.)


3.• 885

1598,
SEGE:Vitt SERIE.
line,k0 55 IMISO.

33.
Dom Framcisquo da Gama, Conde da Vidigaeira,
Almirante e VisoRey da Ilidia &c. Faço saber aos
que este aluará virem que alteado respeito atter oje em
dia nas partes do norte muitas fianças perdidas que e.—
taí3 ora mortorio de muitos annos aesta partésem se pór
cobro oiro nem fazereinse diligencia pera Se troe cada.
rem pera afazenda de Sua Magestaile. e querendo biso
imanar pelo que compre ao seruiço do dito Senhor e
bem da dita sua fazenda, ey por bem e me praz que
o Licenciada Raz Machado Barbossa, que naquellas
partes do norte anda por Ouuidor gerai com alçada, con•
chega das causas das ditas fianças sumariamente abre.
tilando OS termos delias, e as que julgar que pertencem
á fazenda de Sua Magestade mandeas pôr logo elo ar•
tecadaçaft, e avissaindome da comia delias para nisso
mandar o que coser que he mais secui90 do dito Se—
nhor. Noteficoo usei ao dito Ounidor geral para que o
compra, e faça comprir iruciramenie sem iluuida oll
embargo algum, posto que uai,' passe pela chancelaria
por ser do seruiço de SlId. \lagestade.Bertulalrl.1 Ve-
lho o fez em Goa a 1S de Janeiro de 598,-0 .Coado
ViaoRcy.
(Luro i. de Alvarás 145 )

339.
Dom Francisquo da Gama, Conde da Vidigneira, Al-
mirante e VissoRey da India &c Mando a vós Antonio
Rires d'Aguiar, Onuidor de S. Thorné, rpm tanto que
este virdes que logo tireis aileuasa qne se mandou tirar
dos Rapossos, e das insolencias e emassas mal feitas que
889 adentro ÈDRIttN0J6Z.0111EXTAL

fazem na terra, e se sai"; perjudielaes nella, e dos mais


-lixe o sa3, e dos que fazem cassem rprivado em suas
casas, e se Associe de Sousa prendera o adligar (5) da
terra, e se os ditos Rapossos e suas cunhadas leriraft aos
piaris do capitaiJ etirada a dita desasa com todo osegre.
do possincl emaiiidaeys a esta corte cerrada e mutrada
per .pesoa segura, e rem respeita pera na lielaçaõ ser
vista pelos desembargadores delia; e assi preguntareis
esabereis do Ounidur passado que foi da desasa que
tirou doe ditos Raposos por mandado do VissoRey Ma•
thists d'Albonnerque, e ferais muito por abreuiardes a
vós (a) e envialaeis sambem com aoutra frisando siso
todas as deligencias necessarias para que apareça: e se
saber a culpa que niso ouse. Cumpris atei sem duul•
da algua, posto que saís" seja passaria pela chancela-
ria sem embargo da Ordenaçaii em contrario. Bersolarnen
Velho o fez em Goa alô de Janeiro de 598. O Coado
VfaoRay.
(Livro I.' do Alvuras fl. 145 v.)

340.
Dom Frameisqvo da Gansa, Conde da Vidigueira,
Almirante eVissoRey da India &o, mando a vós o Li-
cenciado Franeisqno de Campos Tauares. Ouvidor da
cidade de Coehim, que tanta que este virdes com soda
breuidade poshinel varies tirar denasa do capisaii de
Coulaõ penes capitules que vos sena dados com cate,
e sobre todos preguntareis por rodas as cessas que fez
e faz cosera sernice de Sua Magessade ; e seu regi.
mento, e em perjuioo de pouo, esua avezaçaõ. e esta
deuasa ursa escusará que se lhe tome,yesideneia a seu
tempo, a qual tirada emvialaeis serrada e ~soda a
esta corte á Relaçaõ pera nella peitos desembargado—
res se detreminar o que for justiça. Compri° esc), sem

(a) assim está no registo; mas parece que a erdadeira licçab


deve ser=por aaaverdes avós=
veemente 3.. 889

donida alga& posto que na5 vá passado pola chance.


latia, esem embargo da Ordenaçaa em contrario. fler-
solamas Velho a fez em Goa a 18 de Janeiro de 598.
,-0 Conde VisoRey.
(Livro I. de Alvarás 6.146 )

341.
Dom Francisco da. Gama &c, faço saber ana que
erre 8111firel virem que eu 808 informado- que na arma.
44 Ao Malauar andara alguás pessoas quo foral degra-
dados para Ceylair por eas. e...loas que cometera&
sem quererem ir comprir seus degredos, eporque cum-
pre 80 80111iÇO de Sota Magestade e bem da justiça que
o façaa, ey por bem e me praz que Dom Luis da
Gama, capitar, rude da dita armada, mande apregoar por-
cita est. aluará, para que todos os sobreditco degradados
cal cumprir anua degredos ao dito Ceylaa, e se embar-
quem em companhia de Dom Fra116880 da Gama,.
Capital de Gruir, sob pena que na5 o fazendo terem o
dito degredo em dobro, eseraa !coados em ferros para lá,
eda dita publicanea se fará termo nas costas deste que
o dito Capital mór enviará ao juizo do Ouuidor geral
do crime do estado para se proceder ese executar a pena
acima contra 08 que naa comprirem 0 que aroy mando.
Notefie. assy ao dito Capital mor, jirstiças.
ciaes e pessoas a que pertencer para que oeumpraa, e
fanara inteiramenre emnprir e goardar da matreira que
dito ir amo dutrida nem embargo algum. Bertolameu
Velho ofez era Goa a 26 de Janeiro de 598.—E 00-
tr.y perderaa se fianças que tiuerem darias.-0 Conde.
riseRey.
(Livro 1.* do Alvarás ft. 146 v.)

342.
Dom Franni.squo da Gama, Conde da Vidigueira, Al.
IdUaate e ViebRcy da ilidia &c, faço saber aos que
112
fl9C1 ÁRCI11.0 NIRTOBOK2.011-12R/AL

erre meu aluará virem que por justos respeitos qee me


à isto mouco, doneraiço de Denae de S. Magesrade
ey por bem e mando que chora Christaõ de qualquer
calidade econdiçaõ que seja vá, por tetra. Codbins pora
Santomé ou Negapatelli. nem venha das ditas partes
pera o dito Coehim por terra sem licença minha por ear.
Clit0, ou de Dom Antonio de Noronha, capitai,- que ora
he da dita cidade equem fizer o contrario emcorreraõ
em pena de cem ernzedos para aeosador e °annum, e
hum nono de degredo pena a ...lista de Ceylaõ'; e
este será publicado na dita cidade de Cochini e -porias.
çaõ de Sam Thome eNegapataa para a todo, -emboto.
Noteficoo anui ao dito Dom Antonio de Noronha,
Onuidores, emais juiz, oque este for apresentado. se
conhecimento delle com di reito pertencer, peru que ocum.
praõ eguardem, e faeaõ inteirameme compvir e goardar
da maneira que se neste contem sem duendu nem embar-
go. Joaõ de Freitas o-fez em Goa a 18 de feuereire de
598. Aluam Monteiro do Canto a fez escreuer.-0 Conde
Vitoltey.
(Livro 1: de Alvarás fl. 148 )

343.
Dom Trancisqno da Gama Conde da Vidigneira,
mirante e VisoRey da India &c. faço saber aos quem.
metaálnare virem que em poder de Jadu Malemo, fia.
acene, se deprisitaraõ por notariado de Matinas de Al-
buquerque, VisoRey que foy. deste estado, setecentos •
corenta eduas xerafins e InG tanga e mirram e dose
reis procedidos de hum caisaõ de coral de liam mouro
por nome Pusay, que faleceu nestas partes em tersa do
Sua Megestade, oqual deposito o Lieenciado Ruy Ma
°bodo Barbossa, Ouuidor geral do citei. passoa por mi -
»ha ordem a poder de Perra Rodrigo, de Liéboa. como"
parece dos autos que estaô em poder de Franuiseo Lo-
pes, e'CTil.ld tio Joh dos feitos de 5ua Magestadm eora
auendo respeito ao dito Senhor ter aplicada o dinheiro
'esmoia 3.• 81

de abintestados peca ar obras de Sé nona doera cidade,


e soer mais de seis anuo, que te falecido o dito mouro
sem censtar de erdeiros seus na forma de direito, ey par
bem eme praz que es ditos setecentos corema e dons
zerafins huã tanga cereais edons rei= sejitõ entregares a
Dom Frey Aleis° de Meneses, Arcebispo Primaz, admis
aterrador da dim Sé nona, com declaraçaó. que pesa se-
parança dos erdeirps, se em algum tempo crerem, da.
ra primeira fiança alises entregar o,ditrt dinheiro éenv
dolhs, julgado per sentença, odopois de o ter recebido
o. far& carregar em receita COM 89 JeÇlar1,1474$ acerem.
rias sobre apessoa que corri...com a desposa das dites
obras,. ecom este, econ. a obrigatmõ de fiança e mas
alteeime.nto..do dito Arcebispo 'rima' que tudo se av
juntara,atis autos.. da dito deuesitn,. ey por dasebrigado
deite aPero Rodrignee. de• Livhort,, depositario dadit •
Nçiteficoo a=sy ao Sole dos feires de Sua Ma-
gestatie, MaiS. officiaes e pessoas a que, este for apre•
sentado, eo,conheeirnento. delle com direito pertencer,
olhes mando,que o cumpraõ e geartlem. e•inteiramente
fatiai.
/ coropriv e guardar da maneire, que se nana can-
tam sem eltmida nem embargo algum. Joaaide Freitas
a fez em Goa a 18 de fenereiro a õ98.-Aluaria.Monteirn
sio Cantou fez ercreuce.-0 Conde V4oney
(Livro 1 de Alvarás fl. 147)

344,
Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigueira, AI-
Lacaste eVisoRey da.India &c faço saber soe rp.au
este aluara virem que eu sou informado, que 'soterrei*
prosado por regimento que todaá as fazendas do Cabo
sie Comede, venhaõ a esta cidade da Gua pera naifa,
ioga deita pagarem os direitos .denidos a Soa Magos-
rade, os mercadores descarregaõ em Cochim muitas fa-
zendas tias nem, de Malaca.e da China a fim de pagar
menss direitos ao dito Senhor, ear despachais naifa.,
B92 Ala!~ TORTIMOIWORtillIaa

diga dagnella cidade sem o Juiz eofficiaes della Ib.%


impedirem, como mó- obrigados; equerendo atalhar a
perda ,que afazenda de Sua Magestade recebe nos fa.
cores dos despachos da dita alfandega, epor outros jus.
tos respeitos que de amo acreeerad aos que odito Re-
gimento considerou, ey por bem e por este mando ede-
fendo que Miuá pessoa de qualqwer °alidade econdi•
çad que seja descarreguem no dito Cochim fazenda das
náos goe de Maloca eda China aly chegarem em tem-
po que ajad de partir para passar a cata cidade, sob
pena -das ditas fazendas pagarem os direitos em dobro
per entrada nalfandega desta cidade, alem dos qae deve-
rem por eaida, ea seus danos nad ficará direito algum
pera repeeireru d• .faretula de Sua Magestade os rine
já lhe teriam paga no dito Cochim, eos oficiam que
na dita altaadega derem despacho das sues fazendas
emoorree4 em pena de perditnento de S.a cargos, t
pagaruZI cada hum cem cruzados pera o crepitai desta
cidade, corne o Regimento declara; e isto se na3 enten.
derá nas fazendas que verdadeiramente constar que das
ditas partes vierait per couta e citou de casados de Co.
chim, porque as tam se poderaõ descarregar e despe-
abar na. dita alfandega na forma ordenada, ramo cobre e
mano que vierern.no galena de Maluquo, aque os ditou
oficiam mó' durar., despacho algum posto que sejaõ de
casados só as ditas penas, por quanto odito crauo hade
passar todo aesta cidade pera segurança dos terços o
chommis que doce, eocobre pers.' se comprar ás partes
pera fimdir em ...telharia, ebater em moeda, esendo caso
que algull dm ditas náos da China. e Melam nad possad
passar a Goa perde todo ser acabada a monçad, se pode-
rei., descarregar em Cooldm e nalfandega se recolherei:
as faseadas que trouxer, mas nad m despacharad outras
sena.; as rine forem de camdm da dita cidade comedira
he, e atodas as mais pesmas que deixem direitos aSua
Magestade ao naS dó despacho sem especial mandado
men, o que assi se cumprirá sob as penas atrás declarada,
adSi a respeito dos mercadores como dos oficiara deitai],
asam.» /t,'

dega, e do dito Men maadado, (per virtnde geai se


fizer otal despacho )se fará menca3 nas certidota que
se passarem ás partes, potare naõ trazendo esta declara-
ea,3 mando aos ofieines dalfandega desta cidade as nalì
guardem, esem embargo delias arrecadem os direitos
em dobradas ditas fazendas pelle modo que atrás de-
claro; eesta se publicara nqs legares pubrioes na cidade
de Coehim, ese regietara nalfandega della, e ma desta
cidade pera se saber o que asai mentio e ordeno.
Noteficoo assy ao Vedor de fazenda geral da India,
Juiz dos feitos de Sua Magestade, Juizes.o mais offl-
ciaes das ditas alfandegas poro que, o cumpraõ eguar-
dem, e limai-,comprir e ;guardar. muito inteiramente o
que dito he sem &solda neta embargo algum. Berto.
temeu Velho o fez em Goa a 23 de feuereiro de 598.
Aivaro Monteiro do Canto a fez escrener.-0 COnaC
VisoRey.
(Livro I.* de Alvarás fl. 148 e.)
345.
Dom Francis. da Gama, Conde ela Vidigueira, Al-
mirante e Visoltey da India &c faço saber aos esto
alam,/ virem que por j.ustos respeitos do seruico de
Sua Magestade que toe aisto motim ey por bem que
o. liam da receita edespesa dos tisoureiros do dinheiro
do hum por cento da dita cidade de dez ermos aeste.
parte (a )pera por ella se saber oque rende° no dita
tempo eo que está despendido, e em que- se despende°,
os q.00 entregará ao capitai( da primeira ode que vier
para esta cidade,. e em falta os enaviaza na gafe yle
Dom Dlogo Continha dentro em hum caiza3 fechado
com declaraça3 de quantos limos saii_pera (piá se en•
*regarem á mesma pesoa que eu peca. ato ordenar, e
estando os ditos liuros, on alguns drrlies dentro na

I.) A.,110 eqfi no regista, nas elsmnentese. st que faltan.P.darrkr.


5aer, •sentido incompleto.
ett AICRIVO^MIXINIVISMIGISIITAL

Camara da dite cidade, mando .aos Vereadores dellh


0$ entreguem ao dito °traidor peru este efeito, e tenda
elle alguã duuida amandar., alegar a esta corte e
sem embargo delia se Compus oque assi matado. No-
refle. atei aos ditos Vereadores, Froco redores, e mais
oficiaes da, dita cidade, eao tisoureirnido dito hum por
cento pera que ocomprai:, façan comprir e guardar da
maneira que dito he sem duaida umn.emhargoalgum,
Bertolameu Velho a fez em Goa a:Mi( de fouereiro
de 598. Aluaro Monteiro do Canto a fez escreuer..---
O Cond, Visokag.
(Livro 1.• de Alvarás II.. .145 v. )

346.
Dom Francisco da Gama aia. Faço saber aos que este
meu aluará virem. que avemdo eu respeito aos VisoReys e
Gouernadores doge estado por suou prouisons terem apli-
cado odinheiro dos abimtestados.para as obras da Sé noua
desta cidade de Goa, eSua Magestade por seu aluará feito
eraLisboa a doze de marco do anuo de oitenta e tres
mandar que se cumpran todas as ditas prouteons pelo
moda nellas declarado, ey por bem eme praz que o
Pronedor mor dos defuntos faua entregar ao feitor que
ora he de Sua Magestade nesta dita cidade de Gere, e
acampe pelo tempo em diante forem todo o dinheiro de
abimtestados que por qualquer via na forma de direito
pertencerem ít. fazenda do dito Senhor, oqual dinhetrõ
o dito feitor fará carregar sobre sy em receita pelo
eserivan de seu catgo no limo que para esse efeito
mandei fazer, de que passara conhecimentos em for—
ma para a«ate d,os, Ptonedores eofi,eirres a que per-
tencer, e tanto que assy lhe for carregada qualquer
adiçai) do dito dinheiro de abirntentados sem mais cora
elle entender odito feitor o entregará logo á pessoa
que o Arcebispo Primaz tines ordenado peta cauer com
aa despesas das abraeda dite. Sé que primeiro apresen—
tar carta ou prouisan do cela prOlFillICIIttY,. a qual sem
PAStIEVIA 3.* '895

registada no mesmo liuro, e nelle ao pé de estia ama


receita adita pessoa usinará conhecirnento feito pelo
escrittaa da feitoria de como recebeu odinheiro da dita
receita, para por este modo atodo tempo constar quanto
tem recebido e que ç podia receber, etudo o que odito
feitor lha emtregar na forma que requere este meu aluará,
que laShem PeTá registado no dito listro, lhe será lenado em
couta pelos seus conlieciertentos feitos ao pé das receitas
como-dito he..Noteficoo sesy ao Fedor -da fazenda ge ral,
Proundor noór dos defuntos, feitor, e mais Mficiaes a•pes.
soas aque pertencer para que oguardem ecornproll, eia-
çaSeomprire guardartaff inteiramente como se neste con-
tem •sem dunida nem embargo algum, o qual valerá
como carta paesada.em nome de Sua Magestade, sei-
leda de seu sello pendente, posto que o éffeito deite aja
de. durar mais de hum anuo sem embargo da Orde•
nacaff do Liam 2., titulo az, que o contrario
Geom.°. Rodrigues de Senta Cruzo fez em Oca a 28
de feuereiro de 98, Aluam Monteiro do Canto o fez
escretter.-0 Õepdg Vi&o:12,ey.
Livro 1? de Alçaras fl. 153 )

347.
'Dom Francisco da Gama &c. faço saber aos que este
meu aluará virem que eu sou imformado que em Din
costurnoS os senhorios das 'Mos arrecadar logo os fre-
tes das fazendas que carregas para Ormuz, oqual além de
ser apresas para oe mercadores que por esse respeito
naregaS menos fazendas, he raelbem ocasiaS dos
donos das ditas néds as sobrecarregarem, e naS, traze.
rem teta aparelhadas do necessario como convem para
seguraste da viagens; e querendo atalhar o perlaizu
que deste mtio enstusse reeulta centra o serniço de Sua
Magestude ebem de seus vassalos, ey por bem e por
este mando edefendo que dar fazendas que em Dia se
carregarem para Ormuz em qualquer náo que seja et,
2i.aarreunde.1118is. que melada dos fretes em Diu (sendo
AlCRIVO POL11,0111S1.011ENSAL

disso os mercadores contentes ) e a outra ametade se


naõ poderá arrecadar sena8 depois da não em que fo.
rem carregarias as fazendas ser chegada asaloamento
á dita fortaleza de Omina, posto que os mercadores
digaõ que de sua liam V0111.10 querem pagar logo todo
o frete en, Oitt, sob pena de quem o contrario fizer
por cada vez cem partidos de elmquo farias, arnetade
para oacusador, e a outra ametade pare a ribeira de
Sua Magestade desta cidade de Goa, ese sem embargo
da dita pena contra forma desta defesa neeber mais era
Diu que a metade do dito frete pelo modo declarado,
o dono das diaao fazendas lhe naõ será obrigado a pa.
gar .fiete algum delias, e lhe poderá repetir em juizo
demtro de do« annos tudo oque lhe tiuer pago; e
este será apregoado nos lugares pablicos de Din, e se
registará nos lituma dalfandega e feitoria da fortaleza.
Notefiquoo asy ao capitaA da dita fortaleza, ouvidor,
juiz dalfandega feitor, e mais officiaes epessoas a que
assy o eumpraõ egnardem, e imteirâmente feça8 cum-
prir e guardar da maneira que se neste contem
duuida nem embargo algum, o qual valerá como carta
sem embargo da Ordenaça8 do 2.' Liuro, titulo az, que
e contrario dispo'è. Luis Gonçalo. ofez em Goa ab
de março de MDLRbiij.' (1598 ). Aluaro Monteiro
do Canto o fez escrener-0 Conde Visoltey,
(Livro 1.* de Alvarás fi..151 )

348.
Dom Francisca da Gama &e, faço saber aos que este
men aluará virem que eu sou informado que tente q.n
enegaõ áfortaleza de Diu as fazendas que haA de ir
para Orme., Merina, eoutras partes oe naeodá. Irir )
esenhorios das sãos costumaA por—lhe logo asoa ma,
qua para se correta de carregar na soa náo, e que der
pois de posta em nenhuma outra se recebem as tace fa.
zendas assy marcadas, nem salta algum naeodá as
eascreno 897

circos a entender com ellas; e para atalhar a VaXaÇaa


que recebem os mercadores neste custume, pelo qual lhe
he forçado pagarem de frete quanto , lhe pedirem quem
marcou a sua fazenda, ou uai'. a navegar, ey por bem e
por este mando e defendo que nenhuma pessoa, chrie-
ta6 nem gentio, de qualquer naça6, entidade, econdiça6
que seja, pottlut marca alguma em fazenda alheamem con-
sentimento de me dono, e sem primeiro estar concertado
com elle no preço do frete, sob pena de quem contrario
fizer emcorrerá por cada vez em pena de cem parda.os
de cintou° lurine pagos do tronquo, amem& para oacu-
sador eenlatada para a ribeira de Sua Magestade desta
cfdode de Goa, e se sem embargo-da dita pena carregar
na sua náo fazendas marcadas contra a forme desta de-
fesa, o dono deltas lhe na d-- será obrigado a pagar freta
algo" etendolho pagodho poderkrepetir em juizo dem—
tro de- duos ermos; e este se publicará nos lugar. PC.
Micos da dita fortaleza de Diu, e se registará nos liuroa
dalfandega efeitoria deita. Notefiquoo assy ao capita& da
dita fortaleza, Juiz da dita alfaudega, feitor,. e.0nuidor
deita, mais justiças, olfielaes e pessoas a que pertencer,
e lhes mando que assy ocumpra6 a guardem, &inteira-
mente faça6 comprir eguardar da maneira que se neste
contem sem &micta nem embargo algum. e&qual relerá
como carta passada em nome de 'Sua Magestade, sella.
da de seu sello pendente sem embargo da Ordenaçaft ,
do 2.. Liuro, titulo 20, que o contrario dispo6 Gomes
Rodrigues de Santa CF.z o-fez em Goa a 6 de março
de 1506. Aluam Monteiro do Canto o fez escreuer-0-,
Condo VisoRoy.
(Livro 1: de Alvarás fl. 152)

349.
Dom Francisco da Gama &e. faço saber que-avemdti,
respeito a na brida que os Mogos (sie ) fizera3 ao Reino
do Pegú aoceder aos Portugeses que lá estanafi o ruym
OaCt290 que tinera5 de perdas de suas fazendas e vidas,

111
222 ARCHIVO P0111,10116..0.8,IEHT14

em tanto descredito deste estado, como te notorio, por


atalhar ao mais que lhes pode suceder, e ao perigo certo a
sue se arri,quall por sua muita cobiça ,ey por seruiço
de Sua Magestade sem seu nome defentdo e mando que
nenhum Portugus nem ehrismil de qualquer calidade e
condiçart que seja vá ao dito l'eg,ú em não nem cabia,
nem outra alguã einbareaead sua nem atura da cidade
de Cochilo, Saõ Illmoné,Negapata3, nein das mais funde.
iras elugares oeste estado. nem de Benigala, nem de se.
iilmfit outra' parte ein quanto eu [imã mandar o contrario por
antro aluará que muoge este, que será depois de odito
Reino de Pe.gú estar de todo quieto. e se acabar a gema
tios Mogost sie ). sob pena que quem o Contrario fizer, e

for em alg,urria cousa contra esta defesa, perderá ern do.
Iara avalia da embarcacaõ e fazemda que lhe for achada,
ou se prouar que [enodou mandou ao dito Pegú, a terça
parte para o acusador. e as duas para a fazenda de Bua
Magesrade, e alem disso enseorrerá nas penas de caso
maior, as quaes se executarat:i nos culpados sem remiçaõ
algures, e para que aiodos seja nororio, ena° possaã ale-
gar ignorando setá este apregoado nesta cidade de Goa,
na de Cochim. eno dito Sua 'fianné, e Negapatad, o
Benigala, e na fortaleza de Manar, q «Modas as mais,
para o qual efeito cruciará o Chanceler do estado os tres•
lados desta defeza saltados com o calho das armas reaes
assinados por elle aos ditos !numes, emando aos capita.
Ets eouuidores dm sobredita.. cidades, fortalezas, e pouoa-
qaõe mandem fazer em cada humo delias a dita
#pswie, e disso passem certidoõs aotentiquas na forma
ordinaria, que emviaraili aesta corte ao juizo do Ouvidor
geral do «Une para a todo tempo se proceder contra ds
ditos culpado..., couto dito he. Notefiquáo asse ao dito Ou.
oidor geral, capitaõs e mitlidores acima declarados, e
meie justiças, officiaes, ePessoas a que pertencer, para
«ao numpral3s, guardem, efaçall inteiramente -compelr
e guardar cena duuida nem embargo algum; e valerá
mono , cada posto que o efeito deite aja de durar mais de
liam arme sem nnibstgo da Ordena9aõ do 2.. Livro, titulo
"eterna. B.* 899

etz, em contrario. Esteua5 Nunes o fez em Goa eS da-


bril de 1593. Moam itleoutelro do Canto o fez escreuen.
—O Conde Visulley,

(Livra 1: de Alvarás fl. 154 )

350.
Dane Francle. da Gama, Comde da Vidigeira, AItni.
Cante eVieoRey da India &c. faço eaher a. qar este
aluará virem como o Doutor Peso da Sibm, Chanceler
deste estada, e o Licenciado Ruy Machette Barbosa,
Ortoidor geral do crime, eo Licenciada doei loas, juiz
dos feitos, era Relente-
3 assentarei:peca ate mi/urine rotina
os degradados de Ceilaõ se embarquem nesta rnançore
presente deste abril na nen que pera lá say, sob pena
que na5 imrlo, perderem suas fiarneas, e lhe serem do-
brados . degredos, e °incorrerem nas mais penas que
per direito merecerem, eoutroesy as povr000 que &rem
perdoadas pello dita perdei)" geral com condieno de i ,re
t

a Ceilait, se embarquem nesta dita mormail, sob penaie.


de lhe nar5 valer o dito perriaõ, e isto ee nal entenederá
nas pessoas qie fletirem espaça ou saprirnemo 'nen,
pelo que mando que se cumpra e guarde inteiramente.
o dito assento; epara que a todos seja notaria será er,e a-
pregoado nesta cidade Fieloo lugares publicas e acasturna.
dos de que se fará termo nos costas deite. Nerefirjuns
assy ao dita Oinuidor geral do crime, nraisjustin., 018-
ciaes, epessoas e que pertencer, e lhes mando que aos;
o curnpra5 e guardem, e inteiramente fanal comadre
guardar da maneira pie- ee neste coutem :que, <lenida
seis embargo sigma. Goures Rodrigne e de Seara Eras
o fee eia uva a19 de ebril de 1$08.. Leda do. Gama
ter esereuer.-0 Conde VisoReo.

( Livro 1, de Alvarás it 155 )


DOO aaeurro 70117,11.1111Z•01171111/61.

351.
Dom Frendi.° da Gama &c. faço saber aos que este
M EU aluará virem que por jantou respeitos que me ajato
mouenodo semi. de Sua Magestade, bem e proueito de
sua fazenda, ey por bem e me praz, defemdo e mando
em nome de Sua Magestade que nenhug embai...ti vá
de Negapatat) a Perá sem primeiro ir despachar nalfan-
dega. de Malaqua, ,epagar á fazenda de Sua Magestade
adia os direitos das fazendas que leuar, edespachar nel-
la per saida as que ouer de tirar, como he costume, sob
pena de toda a pessoa que o contrario fizer perder a
embarcaçagi e'ia-ceadas que.nella se acharem para cali-
nos e acusador, e de se proceder comva elle os que
aaôsaC obedientes.> a.) aos mandados de seus principaes;
e para que a todos eeja notorio e na5 possa) alegar
ignorancia será este apregoado •em Malaqua e na dita
pouoacad de gdegapataZ), e se registará na dita alfande-
ga, de que se -fará termo 'nas acatas deile. Noteficoo
assy a todas as justiças de Sua Magestade, e lhes man-
do que o comprai). eguardem efaça& inteiramente com•
prir e guardar dagnaneira.que se neste contem, -sem dm
uida neta embargo algum, o qual valerá como carta pas-
sada em nome de Sua Magestade sem embargo da Or.
denacad do Limo 9.• titulo na, que.° contrario dispo - d.
Juan- de Freitas o fez em•Goa a no dabril de 598. Luiz
da Gama id fez esereuer.-0 Conde VisoRey.
,( Livrol.'ole Alvarás 41. 155 v,)

352.
A. xx dabril de 98 passou alvará avendo 'esperto aal-
éuns ornisiados que andai.) por terrae dos infieis, e ou-
mos nas armadas nad se poderem Vir apresentar no jui.
da Ouuidoria geral do-crime para se ljurarem das cuipas

(a') Assim está no registo; roas deve ler•ee — e de es prscedee,


4entra elle meu contra os que nadss5 obedientes--
n0010010 2. ' 001

que tem na 4Orma do perdab geral no tempo que lhes


foi asinalado, e por assy o aver por serviço de »aos e
de Sua Magestade, tune por bem que os ditos omisiados
Be possab vir apresentar no dito jaiuo por todo este meu
de abril thé quinze de maio que vem, e vindo no dito
termo gosaraô do dito partiria; e para a todos ser noto.
tio será este apregoado nesta cidade pelos lugares pay
Micos (a ).
(Livro 1! de Alvarás fl. 156 )

353.
Dom Francisco &e. faço saber aos que este aluará Vló
tem que porjustos respeitos que me aisto metiam do ser.
uiço de Sua Ma,stade, ey por bem e mando que do
porto da °idade 'de Cochim nab parta para Bengala em.
barcaçaii alguá se nab for néo d'alto bordo, na qual fluo
e em cada lutá das que daly partir se poderab embarcar
dez Bortugeses casados e moradores na dita cidade, e
estes .n1 licença por escrito do capitar, da dita cidade,
ed'outra maneira mia, e o capitab ou senhorio da dita
mio dará fiança de mil pardáos perante o Ouuidor da dita
cidade áleuar etornar atrazer na propia nálo os ditos dez
casados, ou certidab de como algum delias he falecido,
para sua descarga, ese obrigará a nab troar outra algas
pessoa, de que se fará termo por elle asinado, e amtes
que as ditas limos portal; o Ouuidor as irá busquar, e nab
consentirá ir em nada bui" mais que os ditos dez homens,
como dito he, e partidas, ou quando as ditas- náos torna—
rem á dita cidade tirará o dito ouuidor deuassa para sa.
ber se emcorrerafi nesta defesa, e procederá contra os
culpados como for justiça damdo em todo asua deuida
ezecnçab este meu aluará. Noteficoo assy ao dito Ou.
fiador, mais illSticaS, OffiCieeS, e pessoas a que pertencer,
e lhes mando que o curnprab eguardem como se neste,
contem sem dutlida nem embargo algum. Antonio da Cu-,

)Só este extraCtO esti no Livro.

e
902 ARCHIVO POIVMOVE2-00.1ENTAL

nha o fez em Goa a22 dabril de 1598. F para vir áofi.•


tinia de -todos, e rua aves quem alegue ignoraneia este
será apregoado pelos lugares publieos eacostumados da
dita cidade de Cochina, de. que se fará termo nas costas.
Laia da Gama o fez as...tes.—O Conde VisoRty.

(Livro 1: de Alvaras 11.152 j

354.
Dom Francisco &c. aos que, este aluará virem faço
aaber que por asno soer por seruiço de Sua Magestade,
bem epretinho de sua fazenda, ey por hem e me prae que
dariii iam diante as embareanofis que vai", com fazendas ao
porte de Nega inbo da eosta de Sair PhernM, Choramandel,
Nég-apatan-,ede quiraesqaer outras partes, sal primeiro&
'Columbo Pagar os direitos áfazenda de Sua Magestade das
tara fazendas, de que apresentarail certidafi dos ofieiaes
da feitoria, e apresenrandoas naõ sanei obrigados aos
pagar em Negurnbo Por entrada sanai", por saida; e fa•
sendo o contrario serati" as ditas embareaçofis e fazendas
perdidas, amarada gera a fazenda de Sua Magestade, e
a outra peta ho aou'sador, epera'que a todos seja notaria
mando que se apregoe este aluará nas ditas pouoaçoés
para mude se emalara o traslado delle justificado pelo
°traidor de Columbo, esse registará na dita feitorya de
que se fará térmo. Notefiquoo asy a todos os eapitaés, e
ao dito Oustidor, tnais justiças, afiCitte?, e pessoas a que
pertencer, e lhes mando que oconnprafi e guardem, e•fa-
Çai1 cornprir e guardar da maneira que se neste contem
bem dnuiila nem embargo algum, e valerá como casta
sem embargo da Ordenanaa do 2." Livro, titulo as, que
ri contrario despoem Luis Gonçalvez o fez em Goa a
stzlij de abril de 295. Lnis da Gama o fez escrpuet.
Conde Viso R.,y.

(Liwo 1.. de Alvar. fl. 157 )


TI401e111,0 903

355.
.Don's Francisco ria Gomo &e. faço siker aos que es—
te aluará virem que eu•ey por bera. e me, peno por jus-
tos respeitos do seruico de Sua illagestade coto parecer
dos desembargadores da mesa da Relaçad que os Por-
tegneses•quetostafi• comdenaelos per seintemêa pare sem•
me para as galés, eta que erntrará Francisco da Moura
Lobo, vait degradados pera sempre pêra Mal itql10., tirado
Jorge Doai., que por reast3 particular que para iso ha
vá degradado- peru sempre perça °dm - guisa. de Ceylaa,
eos degradados por deo acuou pera as gallés vaõ pnea
sempre pera adita comquista, eos que forem degradado*
por menos tempo vad campais na dita comquista o sets
degredo em dobro, e isto sem embargo de suas semten•
çae os comdeuarern pera as galés por qnuaesquer pala-
uras que nelas aja, sob, pena que todo o degradado que
for achado ffira da dita cornquista morra morte natural
remesinel(sic ), epera efeito de se com prir todo o so-
laredito•.te tresladará este aluará nos feitos. de se« lis
°reinemos pera oOnuider geral do, crime comforme a
ele Maer declarahaõ do degredo que arnde ir eornpri;ed
pera orarre reá; .e'outrosy manulará•o dito Onuittor ge-
ral noteficár aos ditos degradados do que asy ey por bem
pera que .9 posai.; alegar ig ilorancia, e da dita notefiens
ÇaZi se fará termo, a quem o notetieo.y, e,tt lodeejltt
.

mais jostiçaê, ofidat, e pessoas a que pettéiteer, élboa.


Marido (fita asy o cumpra0 e guavrienS, é inteiramonto
façaõ comprir' eguardas da inaneirss que sê neele , nome.
tern eeln &tida nem embettgo algtêm.-Oomes'94edrighee
de Santa Crua -o fez eec G'ote a astfij de abfil de 1398.
Lula da Dardo o. fez eeere,ler.-0 tettie

(Livro i. de Alveit46. Ifi7v.)

356.
Dom Ftarnmequo de Gama, Coada da Vidigueira;
amclmiraaao e VieoRray da. )adia.. duct faço sab. &Q , miou
904 *acervo perrsessadflunserst.

este aluará virem que armado eu respeito aOS detem.


bargadores destas partes da India em Relapsa asses.
tarem perante mim que Manoel Barrete- ,da. ,Silua, Ca.
pitaa de Manar, mande palie, Juiz ordinario daquella
fortaleza notehear ao Padre Gregorio dos Reis, Vigario
da Vara, senha a esta corte por todo o mez de «ta.
bro deste asno presente peta seita me dar nana das
causas que tece para proceder comtra Francisco Ram-
gel Castelobramquo, Ouvidor da dita fortaleza de Ma.
nar, epor lhe impedir sentir seu cargo, e perturbar a
jaridiçaõ de Sua Magestade, e da dita notificaçaa e
reposta que o Vigeria aella der marndaril oJuiz fazer
termo pelo escrito«, do judicial de que imniarí otres•
lado em modo que faça fé ao Juiz doe feitosi.de Sua
Magestade, pelo que mando ao dito capitai o faça
cumprir e guardar da maneira que neste se contem
sem duaida nem embargo algum. Jetta de Freitas o fez
em Goa a 23 de abril de 1598, Luis da Gama o fez
escreuer. E semdo presente oOnuidor da dita fortaleza
elle fará esta diligencia, eem sua ausencia o mais or.
Conde VisoRcy..
(Livro 1 de Alvaras 0. 160)

357.
Doei Francisco da Gama &c. faço saber aos este
'meu aluará virem que asando eu respeito so muito que
importa ao seruiço de Sua Magemade estarem os alma-
zens que tem nesta cidade protlidos de artilharia para
o prouirnento das ordinarias armadas que neste estado
traz contra imigos de soes santa fee, e para fortificaçaa
he defemsaa das fortalezas que Sua Magestade teia
nestas partes da Iludia, ea muita necesidade que ha
de cobre, eas mais tesas em que ée fundou o . *iso
,
Rey que foy Matias d'Albuquerque para dar licença em
abril do anuo passado de nortemta esete para todos os
Mercadores epessoas outras poderem tratar um cobro
~Immo a: 905

de China.pera colas partes. na forma que declara a dita


prooisafi, ey por bem .de o corntirrear, e.por .esta com•
firmo, ezlon. licença a qualançç,utaroa.quel cpalzer .pose
trazer ou maquiar trazer da China cobre, e tratar nane
buremectecoM dealaráenfi g.de o traiafi ou mandaraõ todo
a esta cidade de Goa, eo naddesembarcarad nem lana-
r.") a outra parte alguõ sob péna d'emcorrer no perdi-
meato do cobre a da sua fazenda, e nas mais penas
pessortéz que paredes jastiça, e-depois 'rito troai -riu - o
dito' cobre é catana mercadorias pagaraõ na á/Pandega
desta cidade cru -cobro os direitos que deuertun do dito
cobre e das outras mercadorias e fazendas -que 'dia.'
pachareM ein Malagrart ou nesta cidade, e depoiti que
Urrarem pagos os direitos na forma rine dito Ire, criado•
neeessarin mais algum cobre para, osern-iço de Sua Ma.
gastada, os ditos • Inetcadores e pescas outras o dama»
pelo preço que nesta terra valer corá se lhe pagar pri-
meiro dá. 'fazenda de Sua Magestade a valia do dito
cobre, e todo o mais nobre que lhe sobejar depois da.
pagarém os direitos o poderosa; os ditos merca-
dores e• peééras amena lanar lineamento pera suas ca.
sas sem per 111111.11 caso lhe ser tornado por Sua Ma.
gastada sem primeiro se lhe pagar a valia della, como.,
dito lie, hem lhe ser feito fororçau agram, algum «mies
muitos fanai., e com estas condicas e declaraçoõs
ey mar éotnfirrnada a dita pronisaõ e licença. Notiti-
gorro ésy ao Vedar da fazenda de Sua Magestade,
capeia- mor da China, capitaõ da fortaleza de Malaqua,
feitor dela; jaites das alfandegas, Mais justiças, ofi-
ciaes e pessoas a -que pertencer, e lima .mando que
ocumprida- e guardem, eimmirainente feeái) comptrit•e..
gintrdar cOrndae neste convem sem ~tida nem em.
barkér altlm. ôqual sem apregoado pelas rena gcbri•
crie desça.' cidade, e em Malaqua, e na China para a
ténias ser notorio, ese registara nos liame das cantaras,
fehdriat; e alfamdegas pêra, se saber como asy a ey
portem pelou ditos respeitas, e este ralara como cai-
ta rasada eá'aimia - de•Sua ridageatada adia, embarga.
114
900 ÁRCPIVII P0~191(112, 0'0,,,,,

da Ordenauati do 2.' Limo, tnalo 20, era aont•fflo. Aso


tonio da Cunha o ret em Cloa. a 24 de abril de 099.
Luis da Carta 'o ie. esorenea.-5, Conde ViaoReal:

(Livro 1: de Alvarás II. 159)

358.
Dom Francisco da Gama &e. Paço saber aos que
este aluará virem que por justos respeitos que me a isto
mouem do seruiço de Sua Alagesiade ey por bem •
me praz que nenhuã pessoa de qualquer calidade e
comdlçaõ que seja possa por sy nem interpostas pesoas
fazer na Ilha de CeylaÕ canela aignõ sem especial li-
cença de Soa Magestade e minha, sob pena de quem
o contendo fizer perder toda a canela que lhe for acha.
da, eoutrosy ey por bem que depois que a náo da coe:
reira partir do poeto de Ceylaiii para esta cidade com
a sna carga neninG outra ernbarcaçaõ de qualquer sorte
que seja carrego canela no dito Ceylaõ nem a Iene lacra
figa, esaindo caso que a canela da•pesoas que fiadora'
licença de Sua Magedade ou minha nal; caiba naná,'
da tanoeiro por naõ sor capaz, aque sobejar se meterá
ein nutra não ou qoalquer owtra embarcaoaõ para Co.
chim,e depois de partidas as ditas duas embareaeolls
lenida (aio) da dita Ilha de Ceylaii ilheta eanela .pera
fora, pqrque Ifani imformado que se lesa asa prestes dos
Meigos.oride Sua Alagedade naõ tem Minn ,gas, sob
pena da embareaudt -que for achada com canela ,ser .
perdida, e. a canela que nela se achar, ametade peta n
fazenda de Sua ,A1agedade, e a onda pesa o »adutor,
1.49 04te a tOdos seja notorio seria este empado na
cidade de Conbirn e -em Columbo e nos mais Ingeres
omito for necedade, e se registará nos linros das f.,eflos
rias dela,,derpre se:fará terme nas cedas deste. Note-
ficso ,asy ao Vedo, da fazenda de. Sua Magestai e, Ca-
pitaõ de Cottleim e Columbo, e atodos os maes camtaile
ounidetree,jnatiças, oficia», e pensoas a 'que pertence-
Irsentatrida 3." 907

1,hea pw.,d,o gae .qqy gagnspraf5 q gnardertb. e,intei•


',mente fot. :Mi com prii e guordsr diamaneiro, <Lua qp oes•
te colmem neto <bunda nem embargo algum, o qual va•
lerá como 'carta pesada mo nome de Sua 61agestade
selada do seu selo, mund.-ate nem. embargo da Orde-
nar:net do Loiro 2. titula 29. gne o contrario despoem.
Joad de Fre,rtas o fqg eia Goa, a 24 de abril. de 598.
da' bitna'o fez. essrever.-0 Coxide VisoRey.
(Uvr,41.,' da Advaras II< 160 v. )

359.
N UL Ifrancisco. da. Goma &c, taco saber aos que.cste
Ninará,uivem, gise.dgendo,.en,respeito ao muito que im•
geria aeselubm. de Deos ede.. Sua Magestade que os
t7,10.0.h.pitilL.da fortaleza de.Golumbo se saõ
ourar sq.ó..bera.ourados_ e-lhes nal3 falte o,,necesèrio. pata
•ua ea,s11e,.a par% orlim,osp4eLda tudo.« aleuantar para
bom recolhimento dos 'ditos doentes, e,. por bem e•tne
proa que todo o rendi toegto dalfandega da, dita fortaleza
se despenda na cura dos ditos dismites, e. o,que• sobe•
jor sugaste na obra do. dlto omita!, e. permeado •«feita
mando . ao feitor daq imlatortalesa, que ora, hec.pe lo sanona
m
ediante que termo que aslita,alfandcagsti' foro rone•
ler, q
desde ás. somenoa por eertidaiLasinada pelos. offiaines
delta emtrege a confia que for aos mordomos. do, dito
rnpital,.ou pessoa gne.d.Prouedor du.Miseneordia tluer
ordenado para correr com .esta obra, de -que.cobrare.qes
nbecy:inento em forms para-ma conta patos .guses.e.esis
aluará .que sergregtstedo saeiuro <Ita recai tad.° .dito,faitor
se lhe leuMaa'.ekt.eonta na que •der de.oea cargo,. rige.
Notefie1100 atino Veoor..da, faseada, de
8‘ie .?dee.,tede, est dite.. fanais, e mais .offiaiaes. e.. peto,
soas, a, qua perioncer, e. lhes. mando .que . o.eerripmir. è
gnarderd, e inteiramente faça3-coroptir.a-gnordsad'a mas
»oiro noa se nesta coMerc sem, distinta nem. embargo
/Agl., o valera. CO3,111.» gana serthembargo • da.Ordenneno
IrsOt' 4525t0 r ,eonktatio.. eistenaZi-..N.unee_o
902 ~EIVO ISMTUOUZZeORIENTAY,

fez eM 009, a 25 dalsrirde 15 .


62. Luis da Gema o fez
esereuer.-0 Conde Piso Rey.
(Livro 1..de Alvatire(t.162 )

360.
Dom Francisco .43. Gama &e. Faro saber aos que
este meu aluará vireis que auemde eu respeito ao muito
gim importa ai> sesuicePd e Deos e•de. Sdla./Magestade que
oospital da fortaleza de Columbo de todo se Conserte e
se aleuante
'flt)
gue valerá °Orne carta nem embargo da rOrdenaça3 do
Lioro 2 titulo za, que o oontrario dispoill. Gomes 11os
drigues deSanta Cruz ofez em Goa a.25 dabril 1592.
Luis da Guina o fez esereuer.—.0 Conde FirdRey
(Livro 1.. de Alvares II. 162 v.1

361.
Dom Franeiseoda Garna &e...Faço saber aos :gueesto
atuará rirem que por justos .respeitos que, me ,a istmmo-
riem do serviço de Sita Mageslad,a ey Po , bem o ma
praz que o Lieenmadu Ru), fdaellado flasbonu, Gunidor
geral do crime,. vã peseoalmenle on mande pessoa de
connaroça ia nagS e ambarezçod -s .que neet a .gpca g
presente partem da barra para Dengaja e mei e i nsa ,
e,

do Cabo de Conuorimrpera fora mude saí) ~ter fonas


laias de Sua Alagestade notefiear asy aos capitais e
senhorios daá ditas náos.e ernbareaeo(s que me O., lesem
portugueses rilgbas de .qualquer oalielade.que seja,dalua
os que [lucrem liesroça minha por . escrita. 0.0,-caphaé-11
,das ,ditas mios eensbareaçOis .dara5 6amçade, r,g il par-
ditos a ,
grg;, lesarem outrae presas serrai) aS4ple tiuereal
a dita' lié .
emça e ese abrkgara3 aos tornar.a,traze,serndo

(a ) &falta de saralfulhano buo dViaM1 o Wiste des. Por


ta2S-Irtnicados.
raso:norma 3.' 909

sinos, ou cettidaS de como, falecend, e ,da dita natefiett•


çad( sio), este aluarb eodito ternas. registamnO,Liam
das tlaças
rn para se proceder comua os culpados. Note&
quoo asy ao dito Ounidor geral pera que ocumpra eguar-
de, elaçarei:um-ir eguardar como se neste etePteat Seta
&atida nem embargo algum: e>para vir é noticia de to-
de este nlaata.rccu OPrega". Peio. lagares P.bridoe
desta cidade, de que sp fera terroo neo ee&t.L, e
Isam que se pze desta pronisad todo o tempo do mera
gouerno, 'mie da GalUe p fez esereaeiru—.0 COpfle Voo
JZfY‘ a)
(Livro I.* de Alaarís fl. 158)

362.
Dom "Felipe &c. aos que,e,sta minha carta virem faço
saber que anca do eu respélle fios Vereadores, Procura.
dor, e mais oficinas da minha cidade de Goa me em—
vierem dizer por sua peticak,que eu mandara passar
bui ley em vinte e norte "d'siembro do anno passado
de cascata e sete, per que defendem q., cai emtrassera
nela Pagodes pelos respeitos que ema& parecemo jus.,
tos e neeessarios; eque a experiencia tinha mostrado
ser a dita defesa em muito prejulgo do poso como Be
via das rezofis que apresentauad, me pediaa mandasse
nad se fizesse Obra pela dita ,defeza, e que os ditos
Pagodes corressem como dantes, o visto por ,mina seu
pedir edizer mandey que os desembargadores dam..
Relaçaõ vissem a dita petiça5, e eonfermandome
cem seu parecer, ey por bem que de hoje per diaate paid
6e ...e nem, pratique adita ley, e a derogo, e-Par méta
a oy por nulla ederagada, eImundo qae os ditos Po,—
gudes curral aasy eda maneira que damtee oenia5 na
elite cidade, avemdo respeito ao tempo teg nmetradd
pgZe" ter perjuízu:Ao_ bem eorardurn, neru dg minher
correreni ... Os ditos, Pagodes por mereds pell4

registo °amure adata, mas fie de Abril ri. 1598.


asoulro, PORTVIIIIPZ•01InsliTAL

prosso evaRa .que damtee tinha3. ,Notebquoo assy no


'Cbtiii '
enle 1'db`dattd6 ;11t1bM1oUgái'at dó bíd
- ienes sus-
tibabl,'6111dliieee Mssoas a que perteriber, e lhes man,
do ritze z ettYlil.a5 .e". guardem, e loteliamentè faca3
mimpric e gnardrit" como és nista...alem sem ,temida
mem ./embargo algum, eesta se apregoara na oramo e
lugarek pulfilcos da cidade de Goa ps3a a todos ter
notont. Dada' satrlpbé cidadb- de Gr'oe, SOR. selo dab
rainhas arliums R. ..Vá lhe Chioa de Rcirlugnal a quatro
de inayo, ,111Wy, nosso Senhor ornando° por flora k.rari•
~o da Ghma,'Contle ira. Ni3d1gelta, Almirante e Viso.
Rey da India &c. Antonio da gonha a fez. anno' de
IhIDLuii?13'8 ). 1./us'da" Clama a fez escreuer.—.0
Conde Almirante VisoRey,
(Livro 1i de Alvarás fl, 163 bis)

tkoz.kgio ,Do4.1.1110-.
U3,
Zu -RITIty, faca saber aos que este aloará.v1rem.atle
por ¡banis tespeffos due me 'Osso. mouro, Condados :eoa
entocomoogs de muito' men socalco, ey por bem emando
que da, putdRusemtl.. desta minha •prouisan.na Ilidia em
dlarite ~ha algarn.3Us iertaleaas neca.ontro meniatro
meu duque-ima parté.i'du obblees das Cama/as dos lugares.
e ponoaebN Mar rine por lanas regimentos poderenl
prover Sefutallas do cargos' 4 Jusdoa ou de aludia for
arada ou da reptiatia5o., aab postal ,par uhum easo;dar
ae !hes 4MMettlika >CO malta nerni.pnae0, tempo sapos.
soas' an neadn. dos Criatactr, antros, e qun as capitaes e
ofit1aeM que o contsatro fiaeretn ( oque coo oteio.delet ),
,,,,,i gs"ient g mas pensa gaa ernootaern aqueles que. anj
CaraprOnt rhtithas rIkférline a MnadaP0s, qaa ao eXeaU-
aftraa neles Sern,apafooati nem agrann, nem. paterno
ia. Incita Vitsdreeys xe'Paeutruadoree da índia por
ntirmi cesso que reja perdoar e di.ra.pena, nem ..par•
romeno 3... 911

te •dois, nem dlapenear eIra conasa atOtG deita


roi), e mando que nas ressManainn v dtse eu tomarem aos
doas eapitaé's se pergunte nelas por este parneolar eme
se ajuntem vara isetil deu eapitolos delas, e que dos ou.
tos menistroe e oficiaes se tire desossa se ton.;culpados
neste ouso, e mando aos autos Vissorreys e Gouernado.
dores Itre oral tudoeurepraZ e _goardem esta
e a ittça8.comprire guardar inteiramente como su.
nelaiedntstot, e lenhaõ'cuidado do na avias., doa oe
tnat, nienialme, e tMetae9 que se aellareth enniprenelielOn
nesteenan tiara eu Meei elas ditas penas mondar proceder
contra ,eles com ,ao snáis ‘,que 0000; vos Isem4 e, eeta ee
regi... .0. Umes de .tpinha fazenda deste Reyna e
cassa da india,.e noa da .1itelaça.8. de Goa, e feitorias das
ditas partçst,c maio das eras dela se .lançará ria torre e.to
lombo de Goa, e vtOlerít como carta começada em men
nome, e passada pela esitaneelaria,posto.oue por ela ità8
passe sem erabargq das OrdenaçoGt do 2...Lioro-,lioslo xx,
<toe o contrai. dispoom..Mafrattal To„,„ o ira ora
Lisboa a xx da nougtobro. de..3588 a.). E.eu o Soas,
titio ,Difrgo.Velho o fia esorener.

Ittn.

Miguel de Menu.

%tire" tis capiteês das friettdeee di bodE , miatiOtros,


ofitloeto &Ioda§ parte" nitel prOnereM hd seroe-Mia

(.t.) Está diocetnerno, ,


o as enguintaa,aás o864 ç:108.fitratti
primeiranunte escriptos deisando.se.em lirericun dia.e ate., ependo-
rs oasna de 1599, mas depois por leas diversa da, do teato.Ao.Duce.
eterno se emaces 111.1,4 do dia e do meit e emendou o seno de
in99 cri l598. Ite algeon ozares do texto se conhece que verde.
.deentnente torne emnutor a derretei, de enttado ennno (te 1390.
811SP e feral saber flete 1gal fs.re a eram deitar laeunas e
emendas, que todavia naZ infittein eobre avalidade ereraddide
dniuDatUrWrmoi:
912 AmaSSO reareauzz•eatenraz

dos cargos da justiça, fazemda, e republica .n.httRpess


sou da ',açaí'', sob as penas acima declaradas.
l'ara Vossa Magestade ver.-2.' via.
(Livro fl. 87 )

364.
Conde Almirante, VisoRey amigo. Eu EIRey vos em-
alo muito saudar ' corno aquele que amo. Pelas Ires ritos
que o asno passada de 98 vieraõ dessas partes da Imdia,
em que de cá foi por capitai) mór Dom Afonso de No.
ronha, eveio o Vissorrey Matias de Albuquerque, reco.
by as vias de vossas cartas, e por elas vy o que tínheis
feito depois de vossa chegando, e que proeuratteis de
proceder em tudo comforme a vossa obrigaçaS eá milha
e particular confiança que de vós tenho, que muito vos
agradeço esperando de vós que asy o façaes sempre.
II. Tine contentamento do que me dizeis sobre o bom
procedimento de Aréebispo de Goa Dern Frei /freixo
de Meneses, como já o tinha entendido de todos tu ,tt•
nos passados depois opte de quit foi, e asy o receby de
saber como tinha vissitado todo seu arcebispado, erine á
partida destas aios ficaua pesa ir vissitar acristandade
da Serra de Amgamale; éporque tenho emtemdido que
nestas vissitaçoês tem despendido muito, e que tombem
avia de faZer despessa na visitaçad que hia fazer, ey
por bem por todos estes respeitos de lhe fazer Jneree de
cinco mil pardáos por hud vez, evos emcomendo lhos
fsçaes logo pagar com efeito.
III., dvos agradeço o cuidado que me dizeis que ten.
des de -se faker pagamento aos InIquisidores desse esta.
do de seus ordenados, e vos emcomendo pie assy vades
procedendo -com eleS, e foi besta feita a adnertencia que
fizestes a Antonio de Barros, hum dos IinqUisidores; ao.
bre os seiscentos . paidaos que mandou gastar do dinbef
co do fisco no coe:merco das obras da cassa do Sairmo
Oficio,
IV. E quanto ao que me dizeis que araria quatro ao-.
TAsmenco 913

fios qua ElRey de Melimde reside na cidade de Moa.


baça, e se enterride dele que procede em meu seruieo
com cuidado e fidelidade, e que achastes que tinha a
a.tema parte do rendimento dalfandegua daquela ci—
dade, e que atem disso lhe comsedereis algalie liber s
dades justas, erneomendouos que me emuleis a copia das
ditas liberdades, eque sempre assy ofaçaes, de quaisquer
coussas que comeederdeá que forem desta eulidade,uçm
esperardes que eu voto mande, como agora faço; e eu lha
mando escreuer por huã carta minha que vey nestas cias
rine quarndo me forem apresentados. papeis:de suas pre-
teneo9s lhe farey com vossa em formaça& e parecer ameree
que ouuer lugar, e poeta que em outra carta vossa me di•
zela que estA alfandegua de aronbaça vay em creeimento,
e poro tempo adiante pode remder muito mais, e.g.
seria Meu seruiço ficaremlhe somente nela os mil e
quinhentos ,cruzados cadano que lhe ora remde esta ter-
ça parte, e vejo o respeito que nesta vossa lembrança
tersoleu a meu seruiço, todauia vertido que teta lient.e
lealmente servido, net- ,será justo .darsellie oeassia& de
queixa, e assy hey por bem que aja em sua uida aterça
parte do rendimento da dita alfandegua de 3lornbaça
posto que renda matis que as mil e quinhentos cruza.
dos, edarlheeys aentender a vontade que lhe tenho como
nisto lha mostro.
V. E asy me daea conta que por faltarem Reys na
Ilha da Pernba da linha dos que a possulaZi ern tem.
po que Francisco Barreto gouernon aquela costa, ele to.
mára posse desta Ilha, epusera nella lrvm Rey coro nome
de vassala eobrigaça& de pagar cettas parcas, eque hum
filho seu dera gramde ajuda piando se fez a fortaleza de
Monbaça,e que arreceandosse no anno de 93 que pode.
riali t'ir Turcos a ela, se viera meter na dita Ilha cem a
melhor gentegue tinha ecom muitos maniimentos, eque
temdo escrito ao Arcebispo de Goa lhe mandasse quem
os &mirasse o matar., os e etz.4 com peçonha, e que por
-

lhe uai; ficarem filltOs, recolherçls hum Irma& teu que


leuareis com ,;osco 'á Ilidia, e ordenareis o goueroo da.
115
t14 aucultr0 rextvernsz•mcIpNTÁL

(mela Ilha pire 'regedores que a tinhaii quieta, e*tt.e pbi


Cote mono sob bom sorito e dat mostres de se conuerleta
tussa *anela fé. que faxendoo, detreminaueis casulo, é
fazei° Rey da dita liba de remira, eque n.,'3 se cola-
uertendo vos parece que dello fazer merce daquela Ilha
*R1Rey de Melitode, e vemdo conto o Rey irmaõ dete
Moço 6i Incito com peçonha por se <meu, fizer chris•
tad, ey por bem tine ele seja ReY desta Ilha, poda que
se nad faça cristad, tratandosse com ele que o seja pe.
leu modos que nestas com.e. Èe deitem ter, porque sen•
do seu, irmad benemerito pelos setuIços que linha Peitos,
é por morrer por aquele modo, nad Co justo que este Rey•
fio passe aoutro estranho.
VI. E sobre o que dizeis quê EIRey da Perna ho
troço e posto afeiçoado a guerra, eque depois quê o
Tomo fura tolo polo Emperador meu tio Iargára duas
Cidades aeste Rey de que a principal ma a de l'abriz,
é lhe mandara hum embaixador com hum graftde pre•
bule que fora dele bem recebido, ê partira da corte
Ao mesmo R, muito satisfeito, eque por terdes este
tvisso emcornendareis muito emearreguadamente á bom
Antonio de Lima, que erttad partira para Ortuoz, procd.
'asse quanto lhe fosse possiuel pot empedir esta rumo.
tlicaçaiL e aqUe 'lambem preiendia ver com o Mesmo
Rey o Moços, que lhe mandara outro ernitabladrer cOta
pausas ricas, eque até naõ saberdeê et!) certo pos coitas
do dito D.. Antonio corno achetn as comsas da Pernis
detrerninureis sobreeelar com a embaixada que vos man•
ele lhe emniaseis. o que lambem deixastes de fazer por
tino achardes elo Goa o seu mnbaixador nein muro nhurn
meado, corno se esperai... Parecemo que tendes procedi-
do eira tudo isto como connem a meu sentiu°, eCreio que
comforine ao que moco ounesse nesta inatcria terei. fei-
to o<pie ela requeresse. de que espero avisso cornas pri•
Melte* cartas que me escreuettlee.
VII. Folgei de saber por vossas cartas que tiriteis en•
tendido que EiRey de Orrono computa com sua obriga-
ftil et:11 nato setuico, e recelay desprazer da ioda dritaTefel
1.4SlICUL. Z.* 815

tu. dlimeneas entre ele eo Guazil, ao que dizeis que mau.


dsstes áquela fortaleza oLeceneeaçlo Fraticisco Monteio,
desembergador da Relaca3 de Goa. emearregmundolhe
que procurasse de os compôs paro aterra ficar mais quis-
ta eeu melhor emitido,. o que me pareceu aprouaruoa,
e tudo u mais que nisto fizestes, e erneomendaruos que
tenhata cuidado de tudo omie nisto comprir,e.de moem-
Mar aeniforomeael que achar eme desenbargador, eavia.
Setrelesine do que com aia mais fizerdes.
VIII. Nas constas do filou.. nael pode deixar de aves
muitas variedades comforme aos intentos que tem nelas,
eados multo, meios que os ermos passados se eintendeo
que mandatta fazer, posto que parecia de pouco fumda.
mento, folgai de saber por voasse cartas que já o ns,t;
protegia, e assy oque mais se deus arrecear saí,- as suas
empresas de tersa, ena3 dessistir, corno dizeis, dos Rey.
llus de Decai/ . por a gente de seu filho Xarnorado ir as
oa.ate do Reyao de Varara, eque vos dissera o embalsa.
dor do Ydalxá, que ha muitos- annos que reside em G"
que o MugoStInha mandado embaixador ao seu Rey. e
que vOS avissaris do que soubesse de suas pretencois"s
e como estas omissas sus de tanta importancia trair será
Deeeeigi0 eincomendarmilas para que 'carmes muita vi•
gliancia nelas, e procureis que o Mogov 1.3 leue .049
iutettios uyante, porque por mu), certo multo que vos
será tai3 presente, como cedes, a comsideraçail da vi.3i-
llikaroçu de boin buiu° tati" poderosso, e que tanto pesco..
Ia de oser de cada vez umes.
IX. Tambem me dizeis que o Reyao de NIelirpte es-
te muito einfraquecido por causa das guerras que iene
o incoostancias que se conhecem elo Chaindeheby e no
atas do Rey menino que gouerna aquele Revim, pelo
que se cuida que ano uodsrá ..essistir ao 1 <ior muito
,
tempo, edriendersse do Idales3, que dá a einteoder que
intenta meter de posse daquele Itcyno lttrrrt dos pretenso•
sus dei', e cima esta disimularafi 1,oettrar de oasevpara
sy, e11.10 o Meliqop.VOS ~dal, 114 pana, e que posto
que teta eturte“io, o está eig paz. 00131 0141.1 ertbAlo,uª",
16 aRelliv0POIMOUE,OMENTAL

SM, juradas as pazes que se quebrarati com a guerra


PPsada, pelo que vos einsomcndo trabalheis por as
coniclub de todo, eque se jurern, e que nas coussas do
hlogor proeedaes na forma que vos mandey escreuer
nas vias dos canos de 97 e 93, eemtendereis destas.
X. Bem Ire que façaes conta de o Ydalxii correr bem
com esse estado, posto que na3 vos mandasse até entaõ
ViSSiter, como he costunie, e que corram s com ele nas
lembram,ua necesaarias do muito que importa ligarsse
com os Reys vezinhos e defemderemse todos do Magoo,
e de efeito será que o Rey de Musalapatai3 vou MandeS-
me visitar par seu embaixador com inóstras de desejar de
cornse.ar a amizade que tem com esse estado, efio bem
feito ernuiardeslhe o capitar> para o seu porto que vos
ele pedi,
XI. O que dizeis que a Rainha de Baticalá ha mui-
tou annos que natir,paga as parcas que lie obrignada. por
a ter posto em grande aperto hum Naique aleuamtado,
vasalo que foi delRey de Narsimgua,,que da mostras de
senhorear todos aqueles Reya vezinhos, eque por sér me-
teria de rilltit0 periaimi para a fortaleza de Onor proeu•
raueis de ter muito ameadc avisa° do todas suas emissas
contraininando seus desenhos, vos enicomendo que assy
o(apare. pelo que importa ásegurança daquela fortaleza
eás mais coussas que desta comeria podem depemder.
XII Tamisem Me does conta que o Samorirn vos si-
nifieara o contentamento das pazes que erati feitas com
.elo, o qUauto deseimia que fossa creeendo asua amizade
eme esse estado com promessas de entregar Cunhete, e
que linhais enterndido que fauorece os Religiossos e lie,.
soaa que vár7 a Calecú, o que lhe mandareis agradecer
pelo capitail niór da armada do Malauar, e fazer lem-
brança da obriguaçaõ em que está pelo conirato das pa-
zes, o que tudo tenho por acertado, emito o será aver
tal firmeza e continuaçaiti nestas pazes, que nal/ aja se.
las a sospeita dos tempos passados, em que aeinpre
tleseieraii ^eom a MakiMir para se ',odes milhor acodir
ás outras necessidades dessc estado maca afastadas.
TABOICULO 3.. 9127

XIII. Dizeis que nad estime satisfeito do procedimens


to delRey de Cchim nas meterias .da cristandade aque
mostra gramde aborrecimento eaos menistros que correm-
com ela, e que procura com todas suas forças deenier o
Arcediagn da Serra de Augarnale da cornonieaçaii rios
Religiosos da Companhia peta se nal; rednzir á Igreja
Romana, temendo que se anuo' esta reduçad fiquem os
Crietads de Senthomn, que sad muito. em numero, mais
emeaminhados em meu seruiço, e que posto que lhe ess
creuestes cubro esta meteria, duuidaes que aja nela me•
lhana, mac que naõ deixareis de lhe fazer sempre as ad-
uertencias neeeseariae; e tainbam me dizeis que a Veia.
cepo em tudo se mostra muito ao contrario da natureta
de seu tio pelo gosto com que publicamente farrorece e,
agasalha aos cristalls, posto que nad manifestaisto tanto
como deseja pelas espias que trás janto delt, EIRey de
Cochien r e lhe mandareis a carta que lhe eecreuy, e da
vossa parte hum preeente, a o persuadieis a re melhorar.
em seus bone intentas, eesperaneis que eocedendo nas
goela Reyno avia a cristandade de receber dele muito
feitor, eeu militem seruiços; e receby muito contentamento
de oErincepe de Coehirn ir continuaindo no eett bom
procedimento dos anhos passados, e de o essy entems
derdes quê he demostraçaõ do seu animo, e de que se
pode esperar muito melhoramento_ nas eoussas daquele
Reyno depois que suceder notic. rsasy tenho por mude
acertado os bons voeioa que com ele fizestee, com oqual
procedereis na IneSina forma dadui em diante, e com
EIRey de Coehim como colo tenho mandado esorauer
nas vias do atino passado, dissimulando huês omissas, e
vintilaindu °unau, e faxenidu em todas o que virdes
que mei ednvein com forme aos suenavos dOlao,.doers tio
e eobrinlio, tervido muita conisideraçail ase eles mu, de,
imitirem nem descoruentarem hum do outro, que ver. de
grande nerjuizo para tudo.
XIV. Tombem me dizeis que a Rainha de Coulad,pro-
cede bem nesse estado, evoa fizera queiras por sou carta
do capital', daquela fortaleza, o que iiuheie remedeado, e
9„lfl A5CtttV PDXII«IIZZ ,ORILNTAL

persuadieis a,carnvinuar coroo que fazia em tneo ser:


uiço, e que fazemdo EIRey de Trauaneor bom pagode
perto daquela fortaleza, entendendo sót que lhe podia.
perjudicar, lhe tuandareis fazer sobre isso as lenbrancaa
n^eessarias, com que.disiiatira da obra.. Easy, me
que he morto Dern Jona, Roy do Cella& que residia na
eidade de Columbo, e que por seu faJecimenio tomara
Dona Jorortimo d'Azenedo posse daquele Reyno em meu
nome, e em urdo o que acesas meterias se fez rne ey por
bem senda°, aduertindenes, cotam ¡O o deucis saber, que,
o dito Rey Dom °Toai; lanhos aosoo antes de seu. falcei•
mento me fez Iloacari do dito seu Reyoo, que eu «ed.-
tey, ea mandey lancur na torve do. lombo, de que sanas
bem deue aver escreturas autenticas ocasno parter; pela
que etonfornle a ist preee.iereiO em, tudo o que 'pear, ao
mesmo Reyno arando° per tais meu luso/A/me, no que
pertencia ao dito Rey Dern JoaR corno sai, todos os
outros de minha coroa, e quando se dele tcatar eia
quaisquer escreturas e papeis assy ordenareis que se
Laca continuandosse cem a posto que dele lie já tomas
da, de que farelo fazer autos com toda. a solenidade, se
isí [tara forem feitos, que rue emuiareis por vias em to.
das ao naOS, e outros taes se lancarniti no torre do tombo
de Ciou, e ordenareis como no legar mude oslito Rey
falecei> se facari hoRa ezequias com, a solenidade que
pUtier set.
XV.. 2 ary me dizeis que procurastes de vos bufos.
mar em Aloçafibique da guerra que Dom Pedro de Sou.
ea. Capiteis' de Sada, foi fazer ao Toado, para o deitar
fúra dos Rios de Cear., e que achareis 5 1o0n0re000.

tro qUe littera com este negro se retirou com perda de


eaddados e arte borla, e com pouco credito ,11, e qua
querendo vías proner nesta deserilan o achareis liore e
p,nteuce3do ela Stla residencia; e porque tendo 21Re>
moo Saltar. que está eles gloris, rtiOntlatio per liai pra.
sua que todas as resitiencies que se lonts,ern,aos
eapiee7., desse Medo se enodassem • este Reyeti depois
de deedkehadoà se Relaçui3 d.e (»A, e.119.1 44 ,4) que 'de'
mofem, 3.• 911)

jun o mulo 'passado naG teto cata de DORA Pedro 41,


t,Mom. nem 'MIA outra, vos enmermendo que goardMs
inteiramente a dita prouisaa, e me emulei, todos os ah.
hh. A, ditas ressidencias depois de sentenceados na Re—
hem/ e tire escremes acama que orno para assy es naG
fazer Ceie atino, e em especial no que imana ao dito
bem Peito. pois o mu cem sobre que me esereeesteS a.
jnilana a lembrar
XVI. 'Cambem me dam conta mimo na corte do Me.
por eroriO dom Reit:rimos da Companhia, e que poma
que ate agora nye/ fizessem trair° vos parecia tleCe.,00.4ta
sito ithi,thhhla nela para agissem rn dw tudo ilaqueie Itény
cama ferem o que aproo° por estas rezoila que dam,
de que lenho outras emformaçoills na mesma comforml•
deite. elambem se deite principalmente coneiderar qtre
°trilho me atégova es anO MORW01.1 poderá aver quando
Deos ditem for sentido., rine será quando <moer para imo
trenas eaperaimaa mamem, eassy Peei acertado °atardes
toro e Prhtilheial da CoMpanhia que falecendo estes fre•
ou pendo neeematio insudalos vir, mmie e.—
uns do que manpre aly os aja como agora ha.
XVII. Poi bem Pelou hMehardeg. a DOrn AnIo1110 4e
Lima Trend° foi entrar na fortaleza de Ormuz que .naG
kthsa,,e hhesht a lese miado Venemanos, Armenioe,
teto outra gente estrangelra, por eito ter as-ey Inandadr,
ebeta serir que vades continuando com sempre lembrar-
des ao atilo Don; Antonio as constas ele Ormm, e esta
eerreclal as que mearem d goarda e defenmaG daquela
formicza.
XVIII. Tahlhen1 me dizeis que tioestes avisso pot
dom PeDognmews conm o Preste JoaG, chamado Illume•
redor da Erfilonia, cru falecido de diminua. e vos pedia')
'que anoilises vi lvnil almas desembraies dos Partir serrei
/lime todo eme ~lio estineraí; a cargo -de hum Religiosa°
*a COM:rediria. que tombem era morto, por cujo faleci-
~c farta do Preste se temia que os nammes exe-
cutassem neles oantigo odlia que fins tinhaG, eque Unheis
anatada com o Arcebiapo de Goa mandar lá hum ele.
1120 Alterne° PORTIMUEZ-ORIBRVI,

rifo nathral da terra em quanto naõ forrem os da Com,


oanItia para lhe administrar os sacramentos, elhe emalar-
des por via de Luis de Mendoca is 500 arruados que lhe
mando dar cada ano. E porque he rena que se acuda
a estes eristarm que eetaii no Preste, vos erncomendo que
mnito particularmente 'colmes conto cota el., e os ta•
ttoreçaes e animeis em tudo o que ouuer lugar, e saibaõ
eles gente solo tenho emcomèndado, porque com isso
se comeolaraõ tanto coam com lisa acodirdes. E porque
doas Abexins que•vieraõ por terra daquelas partes em.
Medos pelo Preste, epor os Portogessesque lá residem,
me apresentaraõ tuas apontamentos e petiçaõ que vaõ
nestas vias, em que dizem que dos desendentes dos Por.
tugesses averá tres mil almas crinstane l ), valos torno
de nono a emcomendar, e assy os ditos Abexins que
iraõ nestas nãos, e por constar por eles que os Turcos
tem nos portos da Ilha de Maeuá e de Arquicó mudo
'pouca gente, parece que se aesy for será fuzil deitalos
delas com qualquer armada que aly se. emular, pois nad'
tem gualés nem nauios com que se defender, oque cam-
bem será de muito efeito para se quebrantar o credito
do !Parco por atletas partes, eee poder acodir aquela cris•
rendado com menos tiaballm, edar animo ao Preste corno
sempre se procurou em todos os tempos pausados, damdo
principio aesta obra oSenhor Rey Dom Meneei, meu vis.
saufii econtinuandoa El Rey Dom Iciaõ, meu tio, que serr—
ota gloria ajaõ, de que ficou memoria nos antecessores dos
ditos Portugeeses que agora lá estaõ, que fora& em.corn•
panhia tio'Dota Christouaõ da Gama, vosao tio; pelo
que vos emcommidn que com a breuidade que puderdes
sem fazer falta aoutras obrigacoe's mais precisas emaceis
Ima armada pata este feito do numero de nanios que
vos parecer, ecom tal capitaõ mór como colmem, apres-
tandoa com segredo para tomar os Tomos deeapercebas
dos. eentre tanto que a nad mandardes podereis soccorrer

(a) NáZt appereeeM estes apontenleutte.


I
,ASCICVLO 2.* 921

mudes crista& e enuiardes Religieesos pela via de


13 na eMagadaxu, como se traça nos di toe aponiamentos
lhe 'retarden Ilda da armada, cujo segredo deite
de durar ale eia fazer vela, polo que acalma voe digo.
Escrita em Lieis°, a :G de nouernbro de 1598. (a)
REY..
Miguel de Moura.
Para o Conde. Almirante, Vissorrey da India.-2. via
(No Sobrescripto )
Per EIRey.
A Dote Francisco da Gama. Conde da Vidigueiza,
Almirante e Vissortey da Judia, do SCA consellro.-2.*

(Livro 2.' fl. 419 )

365.
Conde Almirante, Vissorrey amigo. Eu ElRey vos em.
aio muito saudar, cama aquele que amo. Em tal de
vossas carta, das vias que vierafi o atuo passado me da.
es conta como minha fazenda desce estado está. impossi•
bilitada pera á custa dela se poderem casar as orfàs que
vai). deste Reyno, e por ectarem troloe.oe cargos prouidos
por muitos anime, que he anuas de- se na& acomodarem os
homens acocarem com elas, de que reeultaa ás mesmas
orfans os danos que apontae.% eque fica sendo tansisrm
impedimento para re no& poderem cossacas tnuime que
ha na Judia, filhas de homens bonenieritier em meu ser.
Moo, que como naturace será mace Led acomodalas, e
seus parentes folgara& de lhe buscar pcesoas que se a—
comodem melhor, e me,pediseejaeeruido de inambu que
naõ var.3 deste Reyno orfa&ei e por]or nas vias do anca
de 97 vos tenho mamdado ercseuer .a que ey por ateu
épl0190 Inc f190.e± sobre o caseamento e emparo das Or•

(a) Na-ge /Voiok psa, 911.


AllenIVO YORTIr0082•OXIENTAL

fiais naturaea desse cotado, me remeto Aquelas cartas, é


*oposto o que dizeis, de que já tinha algats imforma.
çoBe, mandarey que dease Reyno naõ vaa abais pelas Ie-
ZIA.3que sobre iam apontoes.
II. E o que dizeis que tanto que as aios ebegarwri
barra de (3.sa aduertimis os «lenisteoo a cuja conta es.
lá pro iterara os iteligiossos dessas partes das ordinarias
de vinho e azeite, cie que ilse faço Imane em cada liamTI
asso, para o sad comprarem ao eapitaii mor ecapisaCe
delae, e que linda que os premirdesec amue modo cite, o
fizeraCi por serem melhore., e que por malhardes esta
oessaiaa- de mormuraçaii fieaueis em comcerto com cates
Religioesos para lhe dardes a dinheiro caras Ordineries,
amos. retoque ',Areaste..
III. Ao Arcebispo de aos, e ao Bispo de Coehim
quando forem viseitar cear bispadoe faneis dar embarca.
çoês para isso, e aesy os doas anil pardaro de que te.
nitri feito meree ao eido Areebiepo para se despende.
rens em vertidos dos que se basniza5, e vos erneornen.
do que em Ilusa casaca e outra nad aja falta.
IV. Tine comentassema de me esereuerdee que gess.
dser itaseiramente a Pres ieaõ que be passada, per que vate
defemdo que naa perdoeis sem despertares com os que
emoorrerers nas penar poetas na ley dos desafios que
logo mandareis publicar, e tenho por acertado a decla.
raça& que decotes na memua ley com parecer da Relaçaõ
que eineorreriaA nas meetna penas os que lesarem eseric
tos ou reca.doe, posso que aafi fosse tatu baldaste clareza,
de que dizeia que !casitas paesarese o inserioo com guie.
taçaA, o que voe apeou°, emandey que nesta declaraçaii
se fizesse proulesaõ para todos meus Boroas e ecnbarios
que se voa emulará sestas ci., eque o contendo nela eu
laneasae na eopilauaõ (uauá das Ordenanaèá.
V. E no que toca a se vos soá ter mandado de mem,
aliciareea os oficiaea e gente do mar para aabe que se
avia de armar nessa, partes, nem as vinda,. das 01.09 que
selar usando len:brameis Ira disao, e pára eme efei-
td ao <74 4 ordenando para item nas primeiras nãos, e cosi
rAsetcote 8.• 948

1 Mate gente do metida sobresalento que se puder achar,


da qual ha moita falta principalmente agora que haii de ir
mais utlos que em abam dos canoa paandos.
VI. E assy me doer conta que o Vigario geral de Eaót
Domingos que ser. de Comissario da Bula tia Cruzada,
vm disera que rinha entufado& are Reyno olgaú can-
ais de dinheiro nas atos dos com. passadios que cá na::
ehegaraia equede presente miá tiuha amos para poder
mandar, eque espera. ir 00 norte tomar couta itoti tis.
salseiros, eque todo sqne recolhesse custregarits equem
vós ordenasseis, eque empregareis a coo-tia que dós.ur
em pimenta, s que ey por acertado, e vos ema-emendo
que assy vades procedendo nesta meteria, e ine nascia
em que mudo se anular o dito dinheiro que cá nad
chegou, fie por letras, ou empregado em fazenda, ea nojo
visco veyo.
VII. E no que dizeis que antes da eheguada das
mies a essas parta enn que vos esercuy que 'má conce•
dessele bares de cavan a ululá pessoa contra forma do
Regimento, estaleis lei-adues:ido nisso que naáquisereis
comórmar alguns rpm estalai/ dados antes de vossa che-
cada, nae ey por muito bem sentido dei vós, e velo torno
de 110.0 a encomendar, e porque no dito Regimento
em que se defende que se [Jaó' deus, se declara que em
caso •pio se concedaa alguás licenças de bares se avaliem
a.dinheire ese descontem da contia que está concedida
aos Vissoreys para reparinan em merca, o que nat
basta para se evitar esta desordem, ey por beta que em
lugar desta defessea se declare que os Vissorreys e Go•
uernadorea que derem os taes bares os pagem de isna
fazenda, eque nas cartas gemeu que se ornejarem aos
contes deste Reyno e casa da India se avisse diste de.
claramdosse se conder dos bares que assy derem, eassy
o farei, pós no dito Regimento conde se tresladará este
capitula, ese registará nos contos dessas partes, de que
nas pilineiras rins me emulareis cettiddea de como asay
fica leito.
924 AltCHIVO -PhA11/81116,ORIENTAL

VIII. *E quanto ao que diseis que achastes arrént.lav


da aadfarmlogna de DM, e que aueis p, meu seruiço
continuarsse com estes arrendamentos por ente ndeiros
panados satisfazerem por erncheo o que eriô obrigou.
dos, vos emcomendo que minhas remelas desse em, ló
se deus a rendeiros abonados ecom boas fianças ese de,
claro em todos que as °missas que se comprarem para
meus almazens e ribeira naõ pagem direitos alguns, nem
se desconte aos rendeiros a valia deles.
IX. E tenho por de muito meu. seruiço dizerdenne
que estaee atlyertido em naõ dardes suprimento de soldos
e outras despessas, como tenho defesso, mas que depois
de vossa chegada. rimeis algues de pouca inmortancia a
ires pessoas que me nomeaes por serem feitas ao.
teu do nouo Regimento per que odefendo, que vos em-
comendo goardeis inteiramente sem exceiçaõ alguã, efoi
bem feito terdes mandado registar a prouisaõ dos trinta
mil, cruzados que ey por bem que se possaô despender
em mercos no limo dos contos, e vos emcomendo me
emuleis em todos os annos eeitidalã do que esse estado
rende em cada hum deles, que me escreneis que rinheis
mandado ordenar pelo Proueder mór dos contos, o que
virá em distinçoõs bem declaradas com declaraçaõ do
mnimento que ouuer em cada renda no anuo arrenda-
mento que dela se fizer, e averndo abatimento, que Dali'
creio, das catnns rine para isso outro,
X. E no que toca aos dons mil pardíos que o Bispo
de Malaca deue do tempo .que foi Comminario da Bula
da Cruzada, e -rpm pede se lhe descontem do que lhe
for <lenido de seus ordenados, ey por bem que se faça
a dito desconto com declaraçaõ que estes dons mil pan
ditos nela fiquem lá ,eos emuleis por letra a este Reyno
para se emtregarem ao Cominario gemi a quem toca a
recadsçaô deles.
XI. E assy me dizeis que Matareis de se vender a via-
gem da China de que tenho feito merco para »obras
da cidade de Goa, e que tanto que ouuesse dinheiro da
procedido dela mondaríeis continuar com elas, e que
P.e/CF/40 8.• 925

quamdo @Meg • a rase estado estaca paga a terça


vorre das carne que mandey que se comprasem para
os Ileligioosoo de SaIt Francisco, eque as mais manda-
reis ,avali ar e satisfazer, o que vos erncomendo façaes
o@ov. eera °seco.' procureis que se faça aobra do 0v.
pira] de tina 'som toda a breuidade que for poosinel, e
ilto auhseis se está acabado, ou quando o poderá ser de
todo.
XII. Tombem me does conta que quando chegarei@ a
esse estado achareis desfeito de toda o Oolegio que os
Religioso ,. de Seri, Domingos tinhaft em Pamgfin, eo
de Sanei Thornas, -que avia doas anuas que começaratt,
em grande crecimento, eque vos parecera esta obra muy
necessaria por ser Go doentio o contr.'," de Goa que se
naér tiuerem 0.111 que posam, convalecer botes Religiossos
o mais do tempo estarofi doentes, ey por bem que aja
ente Colegio as ordinarias que se derreti ao de Parngim.
XIII. E aosy vy eque me dizeis sobre o oficio de
Corretor dos correios de Oremo deoer ser prouido por
aquele Rey em vassalo Seu, e nefi em Portnges, epelas
rezoès que sobre isto apontoes, ey por meu seruiço que
ee rima este cargo por mouro caseio do mesmo Rey, e
natt ar proueja em Portuges, eem caso que esteja pra-
uide dele alguã pessoa lhe dareis satiofoçaõ dele iqui-
valente antes de se lhe tirar.
XIV. Tombem me diceis que emuiareis pelas afies que
na monça$ dagosto de 97 foroè h Demguala copias au-
tenticas do perdah geral que concedy ás pessoas que
andaõ naquelas partes, e esperaueis que com isso se re-
duzissem ao eeruiço de Dec. e moa, o que vos muco.
meado procureis por todas as vias que voe parecerem
neeessarias, temdo a mesma lenbramga dos maus Porto-
gesses que estinerem em quaisquer outros partes fora de
men seruiço, porque sou imformado que avendé, bom
cuidado desta reduçaft naZ faltará gente nessas partes,
ossy 'uma rambem naIi faltará nelas dinheiro pomdosse
'ninhos rendas em boa arrecadaçaft
XV. E posto que sue dizeis que naõ tendes inda noils
alternai, lonCitindWOrttanTan

eia das colmas de PegU, que tanto g« sorthetifes


caindo delas, e o em que lhe podeis valer, tareia nisto
o que vos tenho mandado, e que estimeis aduertido pera
troe os Turcos na& lesem madeira «Micte Recuo nem
do linchem, eque intda que maltesia:it em tanta reputei—
çaii naquelas partes vos nafi descuidareis de atalhar sena
reyna intentos, vos torno de no« a enveordendar emas
constas, e que particutarmanie teatrais muito cuidado
das do Réyno de 1'00, que pola inimitancia de que mai
folgrmy de saber que estimeis ta& praato pana lhe dar
remedio.
XV/. F. no que toca liado Reyna do Elacnem de que
las daes conta que as dereis por regimento. a Lourenço
de Brito por quota esereuereis aquele Rèy persuadindoo
a continuar nota a amimando que deseja ter com esse es—
tado, por terdes entendido que se foraZi. sens ernbaixadm
rei de. Goa pouco tauorecidoe e mal agessalhadm, e ro•
ceetwis que se *Messe esfriado na emixade que pretendia,
mas que esperaueie de enaraminher este partimila - de
maneira que se tornasse a reduzir aos primeiros min-
cintos; materia te esta de marta ama seruiço e das im•
¡tonantes que pode tiver nesse estado, e como tal vela
cmconrando multe erricerecidamente, eque varres comi.
miando. Mulo- na forma que me mime.'" de utte me a—
'rasarei. lembrando«a da diligencia que soera de fazer
ao Et-achem no teago em Troo comercio acirre .citado
com, aquele Reyna. cocrçr. liarem.« para ao comeas que
ao diame se podem oferecer que desagors se deumn an•
tever..
XVII. k assy me dixeis que das omissa. da China so•
mente tenides sabido que o Otruidor que esta naquelas
partes sah procede bem, e que detrenainatteis mandai°
vir pera ailndia, eque as primai:Méto que eu avia de ,em..
Mar piara de todo se proibir o comercio das Indias oci •
dentaes com esse estado sua uai, imiti'', mas go:, moi fora
iiso parte para deixardes de comprir o que vos liihn
maudado, porque cada ves PC hia mmendendo maus
quanto fiariam sacudo ente Gemerei° CM perpaino de mi'
alárlointrte

»ha tuteaste do bem de meus saem!as dessas partes, e


por entender que imanai; a, que jo forari passadas sobre
gata meteria, asty por essa coroa de Portugal como pela
de Castela, vos entcomendo que as faca, rommir ilitei•
lamente, e aoeodo nisto alguil falta por parle das menis•
troa castelhanos, gire cai; he de crer, me avistareis parti.
eularmeare
XVIII Tombem rne 'dizeis que os fortes de Cena e
tese sad ele hapaliefiaia, e ICC Vai; attail fortificados, mas
que logo emuiareis a Nu» da Cunha as constas nevas-
terias para os Isroacr mono coimem, e-que ele vos pedia
licença cern muita instancia para poder ir dar hum cas-
tigo ao Toado, porque depois que desbaratou a Doca
Pedro de ,Soara ficara demasiadamente itaaleme, e
que se unida que depois de destroido poderail dera o
aPPe Estado as minas de prata, e com pensa despes≤a;
mas que arreceatois que por falte de gente se nad
desse poir line em efeito, e porque esta meteria assy corno
tem n rezdé's por hu parle toro ieconnenientes por outra,
vou roreaffielido a pombass em conselho, e faça, n que
nele te atontar que será roais meu eeroico vornformando•
uns com o estado em que as noussas dessas partes esti.
turrar+, porque quando se na; pude ecodir asodaeae deue
dar prercedeadia de bato aoutras acodindo logra ís mais
orce...seriais, e deixando as que boda teci tempo para
ttantrlo ele as depusser melhor.
XIX. E asy rne tines conta que "a fortaleza de Mascate
tem defronte de sy bom padrasto muito nitrr,s que os
'ramos poderaõ sobir sem os da fortaleza lho poderem
impedir, e baleia daiy mim facelidade, pelo que ',nulo
/Men Jettaiiian Mascarramos capitai; de Orla.. OrtIsil-
szt bons forte nele por o na; ocuparem or lmigos. e que
Mn bei% sabido que na meneai; em nue se esperanaii gualda
de termo se bia meter nele o fedor daquela forte leoas-em
alvas ateigee, o-que voe efiliataleaalle fse peia parte enl
lee podem desellmarear os Taram ...cortar ao pignad
o togar por orado se sola ao incitaste, posto querele rio
~de avtAelea, as ,aseallleruirt »aquele- farte bons pior
999 AltenIVO PORTVOUnttOnIENTAL

zidio ordinario, e ficaria aquele- fortaleza maca regam;


mas que sobre esta meteria ~meie au emforrnaçoás
necessarias c me aulsaaricis do que se tinesse pormais
conueuiente, e ordenareis rosto este forte. eS.ntese .bas•
tantemente prouido,de gente; e tudo isto me parece mul-
to bem, aso, o que Unheis (eito como o que espera-
uris fazer, e para me resoluer no que comer por maca
roeu seruiço, espero pelas primeims cart. vossas em
que me desejo dar mace larga conta desta meteria
depois de feita,a diligencia em que financia derreminado,
XX. E no que toca á. fortaleza de fio em que me dr,
seis que estaa gente que tem por ordenança, eque es-
peraucis por hum Luis Mures. Camelo, que sereia de,
Supereatendente de minha fazenda no norte, para antes
da cheguada das néon a mandardes ar:mela rortalcza,
terdes emforrnaçaá-de todas as mameoa tocantes a ela, e
que o capitar', da mesma fortaleza, vos aviss.a de nVnr
alguns parós de áfaleuares naquela cost& qne deeemca,
minhaaarl as embarcaçoas que bina para a alfandegtra
dela, pais que mandareis doou armioadarmadra que tini-
do com alguns namos emeontraraõ com duas gnaliotas
dê tarquete o hum par6, que tomaraá ambos os nanico
mataraa neles perto de aincoénta Portugesses, rine
desprazes deste desastre ,'mormente per me parecer que
as ditos datla nattior naá detriair.ir bem prodidos, poça
duas guallotas e hum paró os tomarad era que se ar-,
cima illait,qtlo a perda nos mesmos aatçibo, quetam•
Ittral nua he pequena; pelo que voe ...comendo
nhaes aduestencia gen, este raso pede pera que nad
acnnteçaa mais semelhantes desastres, e quanto .é. fo•-
talesa de Dia bem sabeis quanta conta se dona thr com
ela, e nen trateis de superemmudenres de minha fazenda.
nas fortalezas terndo era 'defessa que. as naõ aja que o
mesmo he que VeettOres da fazenda.
XX. Tombem me dizeis que pele ordem que lesaste.
para nar:t nauegarem os aatiloe de Uhathilt senadurmades
a em eafila tinheis passado sobre iSso !má prpeisateir.Algo
«Sana apregoada, eqtte por os nados que deordinerics
rimem.» 3: 929

amdimati sias armadas d.ce estado serem menos ligeiros


que os dias migou, descia a Loja da iS,ilua capitati mós <les-
mada do norte alguns »agireis que erro do mesmo porte,
feeçaii, e ligeireza, ede que se tiriba já amado oanno a.
Une, eee adiou sereia de -muito efeito, o que tudo fol.
gei de saber, e nati ha diluiria senati que muitas encetar
deisati /mamilo porque se lhe imiti procura de
prepoailo.
XXII. E asy me dizeis que depois que chegas,eo a
esse estado continuareis em persuadir ao Ydaleati qbanto
lhe cornainha deixar os regados e paassIem rum a que
era afeiçoado, e tratar do sonoras do seu Reyno mos—
traindolho por rezotis catis certa emana ima ruins se »Mi
fauoreeeese as coMas do Moleque, ao que voe respon-
dera com agardeci meato., e mandara logo minar mestras
da gente de seu Reyno, e posto que achara moita, até
cume- ima tinha saido Vi,sapo., e que os rena vos.
enjoa vesiolim donos Elisa tio Goa eorriati hem comei»,
e qUe luas esti descuidarieis de procurar a uniati destes
fleys, r muito vos agradeço acorro bom cuideiu em tis.
das estas eaumas em que ele Ire bei...preguei:lo s por
que muitas se gauerhati e diepoem melhor por esmo mo-
dos prudentes e saqueis que poz outras de quere colhe
me aos frulto.
XXIII. E foi bern feito ornenardea como tu eficia-es
da Camara.da. cidade de Goa vencessem, soldo o tem po
que nela .rnissein, na forma, em que rolo tenho inamlas
do, e folgei de eles eitternsirrein a metou que cimo lhes
faço, éde me dizerdes ceies prontos estati os móradores
da inesmacidiele para aseis eerisiçoi.e que,ficaireis adues-
tido pera oa aspirada das (atrele:ais nati lerem -feiture3
dos da naçaíS',. tia que avia maios mais ineonueuleu-
tes dos qui, se podiati apularas, e aoa parcela que se -pu.-
dia diéso- passar prouisaia acreecenainido nela riu. os
°apitada US uai. ;poseati ocupar nos .1kCia, do. ¡mitiga e
fazenda e da republica, mque ey por bem que ai.y
Caga comassandusso na 4i40 praMissad por esta derratiei•
ta pacto rine ke a. jirimeira, porque se era date-indo natti
112
690 arcaico POILT~If OlifErasn

saremoa ,....111 feitores tios- Caplióérs, intuito Mairl ert


lbee desse date/m.1er nal/ verem Ofleiaes.men. e assy
dita ,prot.. ,Irá-nessas vias. ea Tareie ...supri; e foS
erneomendosne ramploys por eserii0 reles alicoestlaPiefitas
de que tratass A prot..," que aeyma digo que tird
neelas:viaeihe.para-cerio..5 padecem dar sementem de rara
cio.algime apessoas da remeta einailt vay nalla o ou-
tro .caso <Perles ...6 serem feitores dos earittada, poro-.
disso 11a:ia-passada prooised feita. 16 de.janeiro
XXIV. II asa) ma,diseis que ...oradores de CoalliM
har3 proeedenismereoussas que toe.) á alfarndegun da..
Trela cidade etc..° para se lhe deter deferir ás qeis
asas quest. de --R111,ey • de • Cecilia', a quem eles serucre
e respeita) deimarreica que parecem mais vassaleu semi
que me.,,eque.pr000rairéis mmedear sena agr.., eos
que este-Rey.-fas -aos rnouamente eotmertidos,•por.ue aaá
eessuade -impedir por lodosos meies a eOnniersa8, 00610
.0 tinheis -entendido por cartactle Doto Antonio de Nora.
taraie deChristo.a de Castro, eJorge de dastro,.Religir
assoo .da tCompanhia, a quem tinireis...Po-largo sobre
sortiforme lio que ees.mandey .esereuer, que
poraer,ele.soitallsportaaeia:vos emeomeodo.procureis de
ISa daf.semedio-scoessorie, eipor modo q.oe nas) e.
ea dar ise.este -Rey..mas que com satisfaças) era staandosa
lhe noaue fosuesaásesomsigua late que .deie se pre[oade.
TartSbern , ,me dizeis que ,propussereis CylS cola-
selha .o siitui soo Inataley esoreOer sobre se fazer sial Gost
mosteiro de freiras, -ou Reeolhimento de donizelas, e
folgai da, ver o•asento .spre te -nisto tomou, e que o Ár-
eellispolDom-Xrei Alrelxo -sem tornado este obra áeria
eentais vosemeomend. que de vossa parta tombais os
meios .possineie como atessereueis •ime o anis do «fizer.
:XXVI. asy -roesdaes conte como .Jeroair1snds
Rsprao Sanem -.abrasoe ires amues de - Cusiedro d4
~ele. de itilati-Franeiseo, e que .ornesana asaruil'Re'

.Aaralarres.que te eegueiu esses -capitule Pka penas depara


feweluideaueua,
Poeoieút.Ó 30941

Gordlitistditiét ,getat .dd IfteSrrill Ordem cett* ezemnitt


vertude, e tinha risotas no 005rmal 'dela em muito re
ole.di: e que -Teta...Ge- Mb? eem/q.:rira bem noto aobri.
g.çe 'de seu .basgo,. e-qua'Ma continuando ,erri mandas
Rd ligio,So5 50dd0 as.eSeS-que :se oferecia:necessidade
<Wien e qkte -ao capitafi geral e-Veed- or'da fazenda na.
q.do comquisto clnheis Omeatreguado o empato e fauot
desces Rétitt.t.iossos,• ovide lhe doiscassen :possuir -cervas
atdeas ordetbiattdoattag'odes dogue lhe passara -parenta
Dom deronimo dr.:Vendi. ':e tenho:por ,estertatio • vosso
procedimento -em eassy -tostas estas coumas de que me
dois conta, uses -vendo :o 'que me escreueis sobre o
dito DOM . .Jérontrim ter dado a rezada dos :pagades•-e es.
Ido .1e1:igitissos, nen- hey •por betii átMshaiV.fterwe'll.
tear •coumas que em ttfoito seja4 moidas,'pos ser contra
sua regra, mas aserait as ordinesias esmo/as que costeio
mai/ e&toam aver,-e em raso que ja estem :ern.posse das-
dtaalddas as larr.,arafi logo, net; .0/mentireis qae te.
«bati' rernda. %/gume, e"ejecte doudo consolar mirim entra'
esta re«01".9ao' .,:-, értda•ittfi tprepia de soa profiçafi. •
XXVII. E ao que -dizeis que comunicaotes :com o
Arcebispo de •Goa e coro Nratteisco Pees.-Pronedor mós
dos costbSt ozepostamentos que coo em eley ti-aki -do
'dtkeib•pat.sado,,e gnose ficaueô forcado as deligenoias'
necosearieS•nant se tomar 'mento na arresedneaZi sle mi.:
ab a faven,da, e atro Fraocisco -Paes eorria•:bem com as
obrigacon-s: de seu ,torgo, e lhe ngradecieis as (cubram ••
pau que vos fazia, nado que -esperando -alam' dele: fol.
gei descaber—o estado em que ieto Pensou,' e vos eme» ,
stiendo• :que tirem polca silo:idas -de . iand trotai; '
os entoe'
,

aq1adltÉt-rtle.., •de•queeepero me tenhaes'avissedd quino -


d.o esta receberdes,e que dois ao dito Pr surdos môrdos -
contos O (oitos ...soado Doro diern -comprir rn' sua
obtidielojt:
Taiaberh folgei de: saber que aadnertencla; .
be Preto. Dom Diogo Lobo sobre irem rios gitaleo2a
1/4.1.u.osovattitotot vos porcento zniatte aincesattris; -e-que—
niterndeoa o Caricia flasy.
932. Alterna° p,ORTUOI/AZ-ORIENTAL

XXIX. E ou que tona akn Key das Ilhas esen iema


ficarem em Goa, e que inda na5 estauaõ limes, eque
proeurarndo vis poraaber do Otmidor geral do crime o
estude de atras omissas, vos dissera que eraõ ta5. exora
bitentes e escandalossaa as que tinlisa feito em Cochirrr
qu e seria melhor naR.se tratar delas, e que nume odiei.
gim se noderiaõ remedear cru parte com os terdes em
Gee, como,.volo tinha mandado, e farei, nistb oque vir.
das-que.maes °amuem. Escrita em Lisboa a sai de nos
nerabto ele.1528. (a)
REF.
Miguel de Moura.
Pata o Conde , Almirante, Vissoney da India-2.* via.
(No Sobrescripto)
Por EIRey.
A Dom Francisco da (dama. Conde da Vidigueira,
Almirante e VisoRey da Int ia, doseu conselho.— 2. via.
(Livro 2.* fl. 438 )

366.
Conde Almirante, Vissorrev antigo. Eu EIRcy yes
em.uio muito saudar, conto aquele que urna. Em Imã
de vrobas aortas para -mim -de 15 de Dezembro •de -97
ria qtle trataed da cornquista de Cell/rir me dizeis que
eurfornrandouos do particular desta empresa de que vos
'senho emcarregado com imito -emearecimento assy nas
Instrunon's que leuastes- como no que vos mandey dizer
por Miguel de .51oura e depois vos escreuy, procurauels
emearninbar bota inareria de •modo que fosse eu' bem
seruido nela, etroe vos ficaua isto mais aeargo que to•
'das es enes. 4 ease estado, e que detremina uers meter
nela todo o cabedal posto que con1 a guerra rpm o•:Mos
gor vinha continuando nos reinos do Decaí," Mn. que .es.
laus Iut,tute. avauto.pela pouca idefensaa tro Recuo

a) eejs.re a Neta de 'pg. 511.


usarem» .X.! 333

Ifetique odesertmoès dele, e.naa quererem os lieys ve•


vinhos uniras< pormgis que o tinheis.procurado, neá
teria conveniente tirar, desse estado grande poder,
ante que por cima de tudo isto tinJreis escutado de coa-
gis°. ,de. preposeitu esta corriquiihri,e .mandar por ge•
sal dela André Furtado de Mendoça por suas parres e
experiencia, epor os noturnos daquelas parte, oteme-
rem pelo bom sucesso que tem em dafapapstali, e por
ser bertmoisto dos soldados, e para Dom Jeronirno d'Aács
sedo que lá estaria se poder rir descansar por o pedir
.com muita instancia, eser algum tanto aspero aos sol-
dados, e que detreminaneis inanidas com o mesmo An-
dré Furtado quinhentos soldados Poriugesses afára os
que lá estauaii, e da gente dos Topazes cristails da Ser-
ra amais que se pudesse taxei., eo dinheiro que fosse
possinel, hada que tudo era menos do que Aredre Fur•
nado pedia, mas muito mais do que Dom Jeronimo aport.
iene para continuar a cornquista, eque todas as por.
rota de impostancia eesperiencia daquela Ilha vos tical,
aá que naZicornuinho, dar asaluis gramiles e cora muita
gente por terra por ser moamos. e incapaz de exercito
formado, antes era melhor conselho prosegir a comi- ir/is—
to...ia continua goessae lenta•lainçandonuásidasi
alonoz comforrne ou que <lesem de sy, e com jato -ir
cansando equebrando os arrimos aos Chingalás, e que
por este modo cora -pouco risco ecom facilidade se po-
deria ,sogeitar aquela Ilha; „e'sysuito vos agradeço oque
tendes feito nesta matesi, e as cornsideraeo3s e (lesou,
too - 3 evie veteo PoPacilimento nela Ana de. nono -voe tom.
DO. muito a eomunicader rerneteodome e tudo- o que nis-
(a vos tenho expreses,mcnte mandado «Mu otrtio•voia re-
firo, e por os bons sucessos que DonsJeroninto d'Azeneda.
tem anido ttptto poinquista, espeviencia que tida len, e
boun modo ,com que nisto tom «unido,. e.8.•171llii, miasses
de .gim egicarreguedq, .ey por :mem, sétuiço- quf vá
continuando ria mesma emprease ti.queme •Itaie for ido
oelo Aodfd ÁfiktiOda deixeis .ficar-Dase-Jeconiano ,nela,
e lhe empine agente euri/aia:leni« rueneasarios.tonefor.
mccamo iáriCatt~Mtax.m.

mdtt UccriM 01cultan, mahdoMpetliP,• sem/13 , 011M% '•Andtd,


1441,adv4, farels , eurdéle o m0mo 0`eam Duni J8roninto
,

tareias ounta que por ,8061£1 Sértri-1,:1* Mareou ,


: ••• u
1r, E uorquè .1e.n1081,Cm( .ffifdrinaettl gim o htddeliar•
Dom Nert~10,, q.. curte a.ftuera dei que trátaih vi
dita' tido mve esereuestes;'tem ,hum sernidb. pat
bafa' de lhe'• Mzer'cnacoM dtr, cd3uo d. 'Ordem 81r4 lcoseó
Sewhor Se 0‘...,10iat, e uum"hal aldett-em Ceiral qia /8e
remda• mula,noa. ' quinhoamr pardEeM, e que. ld 'te"
,

lance! n•ahltu Nmpata W.917 ir& peoltiunir »étthY via.; eda


elidem lhe •ffiatudartlierpumar a 11,,ees.,114E, afinada:1dd vba•
eoto qoeleá.aracurpotade• arte •Capholá, Escult. ertriclic.
bua '- o lido,•Deae1.11rdde •1308.

1411,lmercTe 1k:farra.

Para o Conde.41,mirante,.V.isaRey. da, india.--, 2,‘ aia.


(ffir So/rmerium)
Põ.r
.A Dom ,F(O.noi,e0o,do,.Com., Coodp da VidigueiRuy.
010.hch.-.2c
a,,flasorrey da .Lmdia, do •sew• °ousei

fLyro 2.* tr,' 422 )

367.
Comia utImirmdr, ,VioRey amigo. ETt EIRey 'ror 'aut.',
mu muito•eaud.r, como.eOaelle que•mr,..-Por alguks•Ual ,
ter dama catado ee me dá' cunta gtle cite e,,tà' Mai&
falto •de 'fidalgos ,de'expdfieneia por• serem mono, hum,'
anerern Mudo outros rara eeté Reino, que he causa d%
em ,VisoReisooetrparean ruo meterias de impert~1. ,0-;
rnanceboscemm pouca ou hirdà erpeilerCefit, 6,010
do outras pesem, que a iam da eallidade e part.. , que'
sernme local admittidas6 esta eotnIno;*path quê. Vo,, etil
sommuláqua traiamlmta snmetla tolo ø troobtip90- da
....ir.,
Goa e/aguas pessoas que a F6., e a elle parecer, e en—
tendendo que me dano amare destas pessoas nas omis-
sas que cotabejeut na sua callidade e.experleacia, eque
dtssoae how9guirá obom Cieiro dafi memaal conUte, hs
occupms nelas, porque sou informado que assi cc far.
ma mos tempos atras coln multa tratisfaca2 do que emelt
pia ae.. .estatio;
A Carnais tle Gob me ,pede que lhe mande confira
arar bom ass.ento que se fez nela em tempo do Goner,
nado, Antonio Monis Barreto sobre pennas dadas aos
mortuláres dela que -O.) aceilassetil sernir .os cargos dn
mesma 'daMara, que crizisib que O. dito Gommarlor lhe
oonhfirniour e antes de lhe cbric'edbresta mafirresçaõ me
parece° que deada de preceder nona itiformaçaili, que vos
encormindo.que aduela, pare Com ..11a enosso parecer
lhe mandar 'responder aeste paerionllor,e ey por bera que
em quanto ma enuiaes, e{i'Vd8 ama mandar omnntrarin
se use .do dito assento.
III, A mesma cidade me cremar que lhe foi couces
priuilegio pata que Cedes' sues causas que
nela se moberern venhad'a Mita .pot agirmo, eque de ai.
gana anime a esti parte sUentrodusirati na casa da moe.
da della hum nonos dituàosve porque em heAcouse
contra me paYeceo lhe nad'eleuer mandar responder sem
vosso parecer, vos enctimendoique voiinformeis do que
sobre estás ctiusaa.revm re, me Msitteilc. Éserite em
Lisboa de'Dètem aie 128
14EY.
"Miguel .de Moura.
rara, Galando Álmirente,Vissorrey da India.-2. ria,
(Nd Sobreacripto)
Por EIRey,
.Dietu Francisco riu Gerrie, Carde da Vidlgeira, Ais
mireatnts,V,ismirrey.da ipelin, do seu consélao.—Segun ,
ela
(4..i4tb 2.* 482)
930 *acalco ro:Áluccust*tnumom

368.
Conde Almirante, Viasorrey amigo. Eu Elltey seu
cio muito saudar, como aquele que amo. A cidade de
Demais- me apresentou por sua carta as sem rezoits e
injustiças que ditem que lhe eraõ feitas por Christouaõ
de 'rasura, eapitaa daquela fortaleza, de que vos tinhaS
dado conta, eporque de muitos asnos aesta parte, eem
especial do .tempo em que nela esteue por capitai,' Dont
Idris de Meneses sou informado que na a coatinuando
estes desordens tanto contra oseruiço de Deos e mear,
vos emeorneralo deis nisto o remedio que conuern, e
taes podem elas ser que seja rezai' rua se goardar osus
sigo delas pers, o tempo era que os capitaês derem arrue
residencias, por que a.y como be de muito ineonneaien;
te verem os que sacodem nesta fortaleza que ...-
pende ocastigo de taro delitos, será de exemplo care

PIE sambem me dai; conta rosno a fortificaçaerds


fortaleza está em muito boas terrooa, eque esperaõ aja.
deis a despessa da obra dela com oresto do dinheiro
que se fez ela viagem da Chi., de que Lhe foi ruce.
ee para adita fortificaçaõ que dizem está riepossitado
no mosteiro de Bali, Francisco, o que voa eracorneado
ninho parlieularmenre, eque lhe deis pdea.ietó trato o
Jarros eajuda que como., CoM a lernbr.ça de" ser frou.
ieira de hem tad poderosso imigo como fie o Mogor.
III. O Licenciado Pesc. da Sina, Chanceler da Relu.
çait de Goa, me escieueo que os oficiaes da Camara
dela prosem ulgarrs'offeies em meu- nome em, pesa.s
que os serueco nem irem somar juramento na chance—
laria, eentende que amescle, cidude ou cai; pode prouer,
Ihe,mando reSROltrter qUe sOY1 dê disso cesta como o
deor ter feito, paca qur. vistas ai pronfisriFs'e.pritrilegios
da dita cidade, que seMP're'eletabem giterse•lburgairrdsm
00 que for iwriça. yezo&') tratei, disto em liclacca
semdo dita CliaidéteC provento, e com vossa emtov.,
fartem-GT

tgatpla e parecer que me emulareis mandarey meto o que


ouuer por meu ~mico.
•IV. Thamé de Soltate d'Arronches, que está...mirado
de capita$ da fortaleza de •Columbo, me escreneo que
por se darem muitas licenças para se tirar canela da-
quela Ilha recebia tanta perda nos proueitos pertencen•
teu aquela capitania, que uai; poderia cumprir com a o-
briguaçaó• dos mil e quinhentos quintard de canela que
estaca obriguado a dar por o contrato que tinha feita
com minha fazenda, enrcomendouos que o oaçaes sobre
isto, e are-que ituer rekraTie justiça lha façaes goardar,
e me aviseis se se detreminou q ue atinha ou Ima.
V. O Prouedor eIrtnaiia da Miam-Mordia de Goa me
pedem •lhe mando .fazer•pagatnento de algniis dicislas
que minha fazenda dene nesse estado a pessoas que
por sua morte as deizaó.águela cassa para as deapem•
derem por selas almas, e em especial mande que se lhe
pagem quatrocentos mil reis que em cada hum anuo'
dizem que. aviaó.ern soldos, e•porque pelo Regir~to
nono da matricula o defemdo, lhe matado reaporuder que
vos dom conta disto pura me informardes do modo ern
que dizem que podem, aver os ditas quatrocentos mil
mis sem se quebrar o dito Regimento, e tombem me
pedem que odinheiro das condenaçaóa dessas partes que
se mandar aplicar para o Tragaste dós catMos deste
Reyno se dê para o reaguate dos que se catittait ém mi-
nhas rtánadas desse estado, peio qud vos efficouleudo
que de buir coasse e outra•vosmnformels e m• animeis
cern vOSSu pareeer.
VI. André Furtado vos deue ter dado conta do que
me escreueo sobre a meteria duo taurins de Canbaia, que
parece de importaucia, eaasy vos emcomendo que trateiu
do remedio dela, e me aviseis do que nisto Sucedes.
VII. Defemdereis em .Relacaõ aos Desembargadores
que naS Caçar, certidoês de abonaoari a pessoa alguó se-
cular nenl eeleuiautiea, e e. Inesrilau peuSeas direis tua..
'nem .que aa na -
6 dem, poNgemal.he esta o modu porque
118
938 ARCAIVO PORTIMMIR.ORIENTAL

coe deitem ser apresentados seus seruiçoe, sentia o que


vós .obre ele. me escreuerdes
VIII. A Cantara da Cidade de Columbo da Ilha de
Ceila5 me escreueo sobre Dana Isabel, molher d'ElRey
Dom Jota; de Ceilaó, de que tombem tiue huZ. carta, ç
p ,rque °aí", aey o estado em que ela esuas coaras es,
tal, lhe nat..; mando respomder com outra minha, nisto
fareis o que bem vos parecer. ese enteroderdes que de.
ue ter te pronto, lha mandareya de minha parte escre.
verndolhe vós com pessoa que faça:esta uissitaça3 dizem.
dolhe o oficio que mando fazer pela alma do Rey de.
fumo, sobre que vos e,C Te no em outra carta, e com as
cous.as de sua mulher tereis a conta que vos parecer
que conuenn. Escrita em Ltaboa a 27 de Dczembrode
1598.
REY:
Miguel de Moura.

Tara o Conde Almirante, Viesorrey da India.-4'. via


(No Sobrescripto

Por EIRey.
A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigueira,
Almirante e Vissorrey da judia, do seu conselho.-2.'

Livro 2.' fl. 4)4 )

369.
Eu EIRey faço saber aos que .este virem que eu ey por
seruiço de Deo., e meu que todo o dinheiro que mine,
nas cassas da, Misericordias das partes da índia ou
Prouedorias dos defuntos delas de abintestados a que
em dez anuns na5 Beirem ereleíros, as)' do dinbeire que
já doerem em poder como do que cobrarem daqui em
diante, se entregue ao lliesoureiro ou recebedor das obres
da Sé de Goa em xgranto cilas durarem p.a ajuda de
Premuno 3.' 939

poderem correr as ditas obras, de que se lhe fará tecei-


ta com declaraçad que a todo o tempo que parecer pes-
soa a que pertença a crença do dito dinheiro se lhe en-
tregará de qualquer outro que ouuer da fabrioa das ditas
obras; erata prouissad se encorporará nas ditas receitas
de que se passarad conhecimentos em forma aos offielaes
aquem pertencer, e mando ao meu Vissorrey e (toner-
nador da judia, que ora he eao diante for, que faça coro-
nais e guardar inteiramente esta prouisaõ como se nella
contem, evalerá como se fosse carta começado em meu 0o
soe, e pasaada por minha chancelaria, posto que por
cila nad passe sem embargo da Ordenaçad do 2.' Liuro,
Tit. ao, que ocontrario dispoem. Joad de Torres a fex:ein
Lisboa a xabij de dezembro de mil quinhentos oorienta
eoito.
REV.
Miguel de Moura.
Prouisaõ sobre se entregar adinheiro dos abintestados
da Ilidia peru ajuda das obras da Sé de Goa com a de-
claraçaZi que se nelta contem.—Pera Vossa Magestade
ver.
(Livro 93)

370.
Conde Almirante, VisoRev amigo. Eu EIRey vos em-
ulo muilo saudar, coma aqaele que atuo. Nas vias do
armo pa,,ado riu 95 (que ida& nas uhoo que na& pes-
tira& o dito ouso, e vai)* nestas, esmo já voto tenho es-
crito nestas segunda, vias em que me remeto ás ontr as)
ao, !rala. des Instraçoõs que avieis de dar ao capi sa&
már e capitaii, das ditas náris para a torna viagem, por
que nas que leuanaõ particulares lhe mundana que na
dita viagem á tornada acerque de tomarem Senta Si te-
na ou ortii, segissent a ordem- que lhe deseja, e noa que
esta mesma Instruza& lhes masalo dar agora .para a via-
gem deste anuo de Wif, are remeta ao-que voe aeey te.-
910 alleMe0 yORTUOute•Ortlereral.

nho esetilo Ice dilernias de 99 como se agora colo torna.


Md referir 'meta «magoe he torceste para sou •dlletill•
dor .0to neste ponto me remeto, corno dito lu, ia ditas
to inhas..earme, &write. eia Litboa a 12 &Janeiro de
1599.
REV.
'Miguel de Moura.

Para oConde AI
mirante,'Viseorrey Iudia-2.' via.

(No Sobreseripta)

Por Eilley.

A Dom Francisco da Gama, Conde da Vidigeira, da


seu conselho, Almirante e Vissorrey da India.—Segun—
da via.
(Livro 2.' fl. 495)

371.
Eu E1Rey faço saber aos que este virem que sendo eu
imformado'de olgaão consoas que emnuinha a meu ser.
disso prouerernse nos Contos da India pera boa asteca-
daçaõ de minha fazenda adies, as mandey ver e prattied
.neste Reino por alguns menistros deita, e semdorne de
ledo feltro rellaçaG, ey por meu seruiço o seguinte.
1. Que sobre maresia doa ditos Contos se sal possa
intentar suspeissat5 alguiti ao Prouedor méis nem-a ',hum
sitlicial .delles, por que asi cortinem a meu seruiço, e ste
soa e. prattica 'retro Reino por meus regimentos e pro-
uissoGs.
2. Que alem do Comtador que. regimento dos Con-
tos ordena pera reta, as contas e prouer as enteastes
della, aja outro dos mais amigues e de mais ealfieies—
tia que ambos reuejaG as ditas contas, e ,ssemejal"5
as ementas.
3. Que o Contador que por bem do Rsgina oro dos
ditos Uontoi ouuer do asimir na napta do os• ,l•ebst deh
FASOI.L0 3• 941

te rjrceempre o mais antigos nemdoa snfieiencia que


empem, os escuse em seu luguar o enlutado, que mais
suficiencia lince indo que naõ seja taõ atntiguo,
4. Que o Prouedor mór ffos ditos Contos reparos as
contar deites como se custutna fazer nas contas :das
Contes do Reino; eque as contas que forem dadas coa.
tia forma do Regimento se tornem de nono a tornar c
reler, ese ponha em arrecadaeaõ todo °que se hehar que
FC binou em conta contra forma do dito regimento, posto

que tenhaõ suprimentos edespachos em contrario.


5. Que as contas de Belchior de Lemos eJorge da
Costa, tine foraõ feitores de Basaim, e as de Simaõ Caõ,
ene foi feitor de Darnaft, se estioerem indo por acabar
e reuer. como sou imformado, se acabem e reuejaõ logo
com effeito. ese ponha em arrecadacaõ tudo o que se
achar que fletias se <iene a minha fazenda, eescolha
para isto o Prouedor mór os Conta lures que melhor o
saibàô fazer, e o mesmo se fará em quoaesquer outras
contas que aperra ou ao diante estiuerem no mesmo es•
lado, ou se entender que ha tinias alguà coussa que re-
queira reuista.
•6. E mando ao meu Vissorrey eao Vedor da fazen-
da que reside em Goa, e Prouedor mór dos Contos, que
asi o cum pena efasgaõ itnteiramete gnoardar, eesta pro-
nissaõ se registará nos floras da dita fazenda, e Coaras,
e valerá como cartta, ese cumprirá posto que naõ se-
ja passada pela Chancelaria sem embargo das Ordena-
çoôs do segundo Litiro que o conttario dirpoem. Anta-
nio da Rocha a fez em Lisboa a omze de Janeiro de 99.
Vay concertada esta proviras da seista via que ElRey
noto Senhor mandou escreuer ao Senhor Conde ViF01.-•
ey com as que vaõ asinadas por elle nas primeiras náog
per mim o Secretario Diogo Velho por mandado dg
Sua Magestade.—Diogo Velho. (a)
Sobre as coasses acima declaradas tocantes ao, Cem-i
tos da Ilidia, e boa arrecadaeaõ da fazenda de Sua

k liste encerramento he todo da letra de Diego Velho.


942 encalmo rott'rtiobtZ•butorcrou

Illagestade Vossa Mugestade ver toda:


(Livro 1: li. 21)

372.
Eu EIRey faço saber aos que este Aluara virem que
eu sou informado que na cidade de Goa e nas outras
cidades e fortalezas elugares das partes da India os es-
crauos captitios saa castigados por seus senhores com
muita rigor, dandolhe graues e penasses tromentos por
modos crueis e exquesitos, de que muitos morem no
mesmo tormento, ou depois deites min amorrer, e que
por emcobrirem o mal que fazem, os enterrar. ; em casas
equintaes, de que ha grande escandalo, equerendo. pro-
uer de rentedio competente peru tantos homisidios'e de-
sumanidade se evitarem, ese castigarem os delinquentes
como por detrito merecem, ey por bem e maudó ao
men Vissorrey do estado da India, que era Ite eao di•
ante for, que em cada hum anuo façaii tirar devassa
geral de todas .» pessoas que com os ditos castigos e
trementes, ou por qualquer outro modo matarem seroa
escramos, quer tieja& crismas, quer mauros ou gentios, as
quaes devassas tirarei; na cidade de Goa o Chançarei da
kelaçab" que na dita cidade reside, enas outras cidades,
lugares, e fortalezas as tirMaa os Emuidores delias, ea-
chando culpados procederá contra cites conforme as Or-
denaéo6i , e leis do 'Reino, dandolhe as penas que conl'or•
me aellas tem os que mataii ,pessoas liares, e isto con-
tra todas as pessoas culpadas de qualquer estado ecan-
diçaõ que forem, assi homens como molheres; eos ditos
Vissorreis terei), cuidado de saber se o ehanoarel eOu-
eidores lir.afi as taea devassas, e nas residencias que se
lhes tornarem Se saberá se as tiraraii, eachando que ais.
Se farali negligentes ou remissoa procederá contra os cul-
pados, e os castigará como Lar demito; eoutrosy mando
a todas as justiças do dito estado que ceado informadas
,sue alguás pessoas tratall as ditos escrauos com cruel-
dade regurosa intolerauel, ou os Insule,' de fome, ou lhe
RASCIOOLO 3. • 945

Taxam injurias insufrineis evergonhorsast eqnniassedusee


os ditos eecra,nos disso, e achando ser aaay,,constranjc3
aos senhores detive aos vendes a pesevaa que os: fiarem
bem coma detrem, cora contliev9 que oat3 tornem Punes
mais ao poder dos ditos senhosen, e9,00ohe ei ts)eu‘e que

tornarem as ditas justiças nest,e caso sena romano ebre•


ae, eentretanto, que a verdade judicialmerne se julgar
os ditos eecrauos seres ttrados‘do poder de seus senhores,
ha custa dos quaes se lhe dará alimeptos até se detrinsinar
finalmente se dettem ser constrangidos a aend4lk s ou ue õ.
E este meu Aluará quero que solha, e tenha forca e vigor
como se (asse carta (cintem meu nome ' per mym ass i na da,
e passada pela Chancelaria sem: embargo da Ordenaçaü
do segundos Listro, titolo vipte, que.dic que as censos °ui°
efeito °querem (sie) de durar mais de hora armo, p.era
per cartas, e passando por aluarás ima valha3; equal se se.
gistará no Iluso da Relacaa da Casa tia dita cidade de
Goa, puhlicandosse loas leg4rel) pmb4i.s deito pesa que
venha á noticia de todqj. Crer- misc.> Maleza o fsa. em
Madrid a cinte seis de Janeiro de M. ensag,
Antonio Monta dafonsequa a fez escreuer.
REY,
Aluará peta Vossa Magpatade ser.-3.• via (a)
(Livro 1:11.95)
fi00.
xoxçko ao amo.

373.
VisoRey amigo. Eu Elite, vos emulo muito saudar.
Pelas informaço4s que flue de ser morto o Arcebispo da
da Serra de Angnamale, crer mono pecemarin ornuerse
naquela Igreja de Prelado enilOilee, nqrerque Use

(a)Fm haice rIs primefra pagina tesa estas enigmara-as—Pero


Iferácsa—Frexcisco A'ruelefre,
9-14 ARCM,0 P.6TUOUS,...ATAL

nessa ir outro protrido pelo Patriarca d'Arnienia, man•


dey pedir ao Sonoro Padre que extingisse naquela 'gre•
ja a dinidadc e titolo de Arcebispo, ea rednzisse aBis-
pado sufreganeo ao Arcebispo de Goa, e prouesse neste
Bispado a rainha apresentaçaii a Francisco RmIriguez,
Religiosso da Companhia, que fui ernformado que tinha
as partes necessarias por estar entre os cristafis da dita
Ferra de .A ngainale, e saber a sua lirngoa e escreturas,
e lhas ser comendadas, e se entender que será bem se.
cabido deles, e que pudesse ser cornsagrado na bulia-por
hum Bispo somente, eonao vereis pelas Letras, que va3
nestas vias, deregidas a Dum Frei Aleixo de NIoneses,
Arcebispo de Gots, erume por bem que edito Bispo aio.
duzentos mil reis de dote pesa a dita Igreja á custa de
rainha fazenda, de que lhe mandey passar a prouissaB
que vay nestas vias, e por ser esta meteria de tanto
seruiço de Deos - e roeu, e em prol daquela cristandade,'
vos emcomendo que a fauoreçaes e ajudeis em tudo o
que a vós tocar como comfio que fareis. Escrita em Lis•
boa a 1.8 de Marco de 1600.
REY.
Para o VissoRey da fildia.
(No Sobrescripto )
Por EIRey.
A Aires de Saldanha, do seu conselho, Visorrey da In.
''ffia.-1.° via.
(Livro 1.° O. 97-3. ° via Livro 7. fl..2)
1600.

374.
Dcaçaí5 do Princepe de CochOn ao ViceRey Aproe de
Saldanha peso cercar a cidade de Cochim.
Eu o Principe Odorno (sie) ,do Reyno de Cocisito ese•
as limites, que ora em auzencia de meu Thict•Tharoorroo
gouerno este Reyno Como herdeiro dello efuturo atices.
coaemcoacire; 945

sor, does e.cotacodo licença ao milito alto e muito pode.


reeee Rey. faorto,Phelipe, Iltea IrmuO, ena, mate do seu ',a-
scite,. Agres de Saldanha gale ele possa cercar astidatle
de COohini toda em .tida pasmar e por terra, e-por sego-
ranee .la mesonascidade ede. meus Reynoso a-qual licen-
ça concedo licrèMente e sem constrangimento alçara,
mais que pela boa ainisade e firme entre mim e EIRey
mon IrmaG, e dou minha fee e pelouro Real de ritmou
em nenhum tempo dor nora nem por dito mm o Thiii,
otem meus bevdeirns hir contra esta. &açaí,- que faço,
bacelado ontrosy .respeiso a hume. certa Instrueçaõ que
mostrou o dito Vissolley da India de EIRéyaneu Innaft
pela qual dia que cumpre a seu seruiço eao bem do meu
11.evw cemarsse para impedimento do acento que os In.
1
pazes .querem taaer neete Estado, e impedir com isso
enas tol her ocomercio da pimenta opte tente fie em de-
fraude de nossos estados. Daffir nesta Cidade de Cochina
de esmaaos treze dias do me. de Dezembro do armei de
inilseiseentos,
E assim lhe concedo licença ao dito VisoRèy para que
.possa faaer hum. Igreja na barra de Paliporto de pedra
e cel, e despejar della os romanos, para que.aesun fsquem
os 4r-isto:Ga mais fauorecidos e ajudados de mim..
Ao pe estacai, does einaes da letra 11kalavar ,hum do
Iorinolpe, e outro do seu Regedor mói., como se vê desta
justificaçaiG,
O Licenciado Francisco de' CamposTávares, detem.
barglader da dosa da Saplicaeart, e Ouvidor Geral do
crime e chiei cêtn alçada por §tia Magestade nesta Ci-
dade de Santa Crua de Cochim, a todos osCorregeolores,
Ouuidores, juiies, justiças, offièlees, epessoas do dito Se-
irbor de todos os seus R.iorris eSenhorios -que esta minha
certidaas:de justificavaG otirem c faço rabos que o shel
pê da Dcaçadotraz eteima escripta fie de Codormof sie.)
Rey qoe ora be de Cocbim, o qual sinal be o
ceresdo,.e outro de letra ¡Slides,,r em comprido, do seu
Regedor mor do dito topa(' Pandará-l'arumo;o que wicu
119
848 alteei» 1.01111,40,12.6rdaaTaa

ortlfiert pot me'oodentr da feir do eser4.8 dile esta fez,


pelo tine hey•os ditos tonai. ,pot jostifioadost e por certeza
deito triandey passar a presente steUsia ao sello das ae•
rant Reries da Cdreta de Portogal, e asintida por miei
ern stninise de Dist:seroar° de mil serenemos aniso, Bras
Luis, escrísod id. Ouvidoria a fez —Francisco de Caere
pos. a)

375.
Akao de posse -que o Vise ftey Ayres de SaidanOre lootort
da ljoo<ad Que Ie. oReg de Cutlass parar aobra doa 'nom
efart0eapati da rosSoni cidade
,Anno do nascimento de Nosso Senhor Jus Christo de
mit seiscentos nonos aos quinze do roce ele Dezembro do
dito antra nesta cidade de Santa Crus de emitirei o Se-
nhor Atores ae,Saidanha, do Conselho lie Sua Magestade,
eVisoBey elo1 udia,, eos Vereadores emais ofSeiaes da
Cercara da &unidade, e bem assim (rareia de Mello
Cznitell della, e o Reverendo Frei Nicolnonla Cruz Pia-
sid >
eate.e tiouernador rio Bispado, eos mais testador e
fidelgus qne prese.es se enharalì, e o Regerint mor ti'
El Key de Comum Pendera Paramo, foral juntamente ao
sitio aunado para efeito de se fezes baluarte, e es pYipol•
,piarem por eile os muros peia banda do ;nas da dita ci-
dade, logo aly o dito iZegetlot mor nos ooroe d'ElRey
de Conhim por viriurioula doanaõ rine fez aSua alai
(escada ,ptira o,tal dono, mandou se abrisse odito ali-
cerce lao.Ç (as,. aorta sua propia maS deitou apta•
liteira pedra para o alicerse ao dito baluarte juntamente
a0111 o Senhor Visolley, tuteando posse ena nume de Suta

(a) Etta documente osb peroen.1 serie dos oshros heis amuais
em coe Fswitufo; nas.pee nrataoalsnesaeefl. que soslaiO esaa, sei-
listem Fina Irat# d opor., agni.,,, kebíznolisvn' cAdeMy
ürados ao Roem .4k,Tomba da lodis, .ut1.0.0 0ade4dOnt.'
O. naír della, Salvador Loto das Santos Pagaphaa aia 8de 7atteire
•de 1718.
1.C1C111.0 3.• 947

Magestade da entrega que o dito Regedor lhe fazia em


nome de EIRey de Cochim, conforme a doaçaii qx.e C.
zero ao dito Senhor, e por elle ao Capilar''. Prelados, e
fidalgos, e ofnciaes da Camara abaixo. assinados, c sane.
feiro se começou a obra; eo dito Senhor VisoRey man-
dou a mim Amaro da Rocha, Secretario do Estudo, que
fizesse este assento por me achar presente. ao pé do qual
o VisoRey, Cidade, Capitar), Prelados, e fidalgos se asi-
narrai. Amero da Rocha. Secretario do Estado, ( toe o oe-
crery.—Pisolley—Fr. blícolbo—Fr, lgoacio de Pastel,
branco, Custodio, Comissario Hierainto de Sai'
Domingos, Vigario geral--Fr. Pedro da Pra, Provin•
cial—Gdreia de Mello—Nicoláo da Cunha—Dom Jorge
de ceshabeenco—Dose Diogo de Vasmacellos de Nene.
as—Francisco de Campos Tavares—Antonio Ichipan ($ic)
Reitor da Companhia de J... —Pedro de elloteido—Tbomé
de Sousa d'Arronelres—Francisco de Miranda Henrique,
—Dom Nosso Alara Pereiro—Puy de Mello—Dons Diodo
Pontinho—Dominga Mai, Bor,eo__Aed e, peet„d„ de
Mendonha—Belchior Motheiro—Rodrigo de Abreu—Fran-
cisco /3artersa—Pantaliair Alvares—Franris,
A qual Provisor, sie) vay conforme a ',moia. e con e,.
tada comigo Amaro Fernimdes. escrivaii da Torre do Tom-
bo, e asinada pelo Guarda mó, della, Diogo do Conto.
Antonio Gomes a fez armo do nascimento de Nosso Se.
nhor John Christo de mil seiscentos e reis, em Goa aos
vinte e sete de Janeiro do dito asno. Eu Amaro Fernan•
des afiz escrever e sobrescrevi.—Diogo do Douto. (a)
!FM

1E) TEM.E19.9 FltbenbbLO.

(e) Vepese aNeto de pag. 948,


INDICE DOS DOCUMENTOS
BASCICE41.0.

Data %In
27 Fevereiro 1568 .• 1
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'26 Fevereiro _ 39
1." Março _ .. 40
22 Março __,..,. • I. II, 4.3. • 41
14 Março 42
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16) Março 47
00 Março 4.8
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8 Meroo ...,-,-,—. V•li, •••••• 4»
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29 Marco 51
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1 Fevereiro 65
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14 Da IMO , IQ 65
21/ Março • 4... 06
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24 Março — 69
666 Março 20
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Data
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26 Março — ....... .
... . 29
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1.* Abril 74
19 Março 1590 75
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12 Janeiro 1591 76'

(1)Jaueire• , 7a
8 Fareiro 79
lá Fevereiro — 80
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19 Fevemiro
22 Fevereiro
20 Março
16 Março
27 Março — ...... 86
. 87
20 /largo ..... ..... . •••»
Xlvaokg. do Vic011Ord
91 Maio 1591 .
11 Junho
20 „Imã.

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3 Agosto
6 Ago,to
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19 Outubro
13 Outubro 98
18 Outubro 99
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9 Novembro 101
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TrInar 0.1,MOGI.XliTOS
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Montou do Re& n•

1S- Jamiro 15-92 • .... 104

AllworAt. do ViroSoS-

12 Fevereiro
10 Março 100
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106
7 Abril
20. Abril 110
24 Abril .• .... 111
12. Máío
213 Julho — ........ •••,•• •••••• .. 111
30 Julho — ........ • 114
26 Novembro ...... •• •• •••........ ..•.. 115
10 Dezembro -• ...... •••• •i
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Mont:ILor do Soldo.

15 Fevereiro
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15 Março .....
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31 Março

1 • Abril
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Abril
6 Agosto

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Lata Nam
28 Julho — 133
17 Ag.to — ..... •.... 134
20 Aguam — 135
6 Outubro — 136
18 Oulubro —_ 137
3 Novembro --- . • 132

mon0o do Rolo.

3 Fevereiro 1594 139


1: Março — 140
3 Março • 141
— — •••••• • 142
— 143
— ' 1,4
5 Março — ........ ....... 145
— . 149
9 Março 147
— — 148
11 Março .. • 149
12 Março 150
14 Março 151
-- •,., 152
26 Mar,. 153
Atoarda do ViOcitei
4 Janeiro 1594 154
18 Março .155
4 Março (5) ' 156
18 Maio . 157
27 Ago.co — ...... .. ...... .. •• •• .. •• 152
29 Aeo.to 159
11 Outubro 160
12 Novembro 161
~avio do deis*
18 Fevereiro 1595 162
— — .. - 162
120
954 D..0166 DOS 'DOCUMENTO°

Data '1%urn
22 Fevereiro 164
24 Fe‘ereire165
25 Fevereiro166
167
26 Fevereio168
27 Fevereiro169
28 Fevereiro — ........ ,..., .. ..... 170
— 171
— --,. 172
7 Março173
—,- 174
26 Fevereiro , 175
8 Março . • 176
13 Março177
15 Março178
179
21 Alarço 180
— 181
27 MeFçO182 '
28 . Murço •• • 183

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11 Março 1595184
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— — — .• •... ...... ... ...... 186
16 -Morno — .... ..... ...,....... 187
13 Abril — 188
14 Abril180
IP Abril190
29 Maio191
23 Junho — 192
1.. Jiriba — 193
13 Ourubrc — ' 1:•4
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14 Outubro —
25 Outubro196 .
29 'Outubro ' .. .. 1 67
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Data Nom
10 Novembro
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15 Novembro — ...... ........ ........ 201
2031
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2. Janeiro 204
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2$ Fevereiro — 206
l: Março 207
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34 Março 2;01
9 Março. --- .... .. 210

16 Março• — ...... .... 211


1$ Março
!.:1 Março — ...... ...... .. ...... 214
22 Março
25 Março -- .• .. .......... 5111
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I.' Abril
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1. Abril 2
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....... •.. •• ••.. • '

7 Abril 222
atwaraa de Tire».)

13 Janeiro 1595 . ......


17 Janeiro
:22 Janeiro
30 Janeiro
31 Janeiro
10 Feramiro
11 FeTeTCLIO 930
956 INDICO DOM DOCUMENTOS

Data Nor.,
21 Março .......... . 231
3 A1/ril 232
283
20
- Agosto
••• 224
oaniebro —
- ..... ••••• 205
29 Novembro — • ..... 236
6 Dezembro ..... .... .. ... ........• 287
Hooç,ão denela*

110 Janeiro
5 Fevereiro

241
242
`.-1 Fevereiro
13 Fevereiro
30' Fevereiro
25 Fevereiro
24 Fevereiro
2. Março
— .• 249
-6 Março — . ...• •250

7 Março
8 Março ........ ............ 23
lã Mareo — ..........•. 254

2
- 2 Março 256

253
-
26 Março
260
2 Abril
4 Abril 262
Alvardo do 011oonell

13 Janeiro 1597 962


14 Janeiro
Do 3: .1,ecteuto 05

Data Nem

21 Fevereiro 265
92 Fe,.ereiro 266
26 Nlareo
23 Mamo • ,,.. 269,
14 Abril. — * , & 2k£ 9
15 Abril 210
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1.6 Abril — .....
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17 Abril 276
14 Abril. — .......... • •....i , 't;,
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14 Jutitho — .. " .. ..... • ... ....... • ......-..... ,

29 Junitó. ... '. 219


21 /unhei. 230
9 Agosto 231
18 Seternbso — .. . •. ..{11,
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18 Janeiro 1596
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26 Janei ro 341
18 Fevereir 342
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23 Fevereiro 344
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23 Fevereiro 346
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18 Abril 350
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