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ESCOLA GLOBAL
DATA___/_____/____
SÉRIE: 8º Ano TURNO: ____________
PROFESSORA: Patrícia Araújo Nota: _____________________
EDUCANDO (a)__________________________________________
INSTRUÇÕES:
a. Leia toda a prova com atenção antes de respondê-la.
b. Verifique se o instrumento de avaliação possui 26 questões.
c. Preencha o cabeçalho de caneta preta ou azul. Escreva seu nome
completo.
d. Será anulada a questão de respostas duplas ou rasurada.
e. A prova sem identificação será anulada.
f. Não é permitido usar corretivo.
g. Uso de dicionários, calculadoras e similares, só com a permissão
do professor.
h. O aluno só poderá entregar a prova após 40 minutos do início.
i. Conversas paralelas e consultas a materiais e/ou colegas sem a
permissão do professor, implicará na anulação da prova.
Sucesso!
A criatura
A tempestade tornava a noite ainda mais escura e assustadora. Raios riscavam o céu de
chumbo e a luz azulada dos relâmpagos iluminava o vale solitário, penetrando entre as árvores da
floresta espessa. Os trovões retumbavam como súbitos tiros de canhão, interrompendo o silêncio do
cenário [...].
Alimentadas pela chuva insistente, as águas do rio começavam
a subir e a invadir as margens, carregando tudo o que encontravam no
caminho. Barrancos despencavam e árvores eram arrancadas pela
força da correnteza, enquanto o rio se misturava ao resto como se tudo
fosse uma coisa só. Mas algo... ou alguém... ainda resistia.
Agarrado desesperadamente a um tronco grosso que as águas
levavam rio abaixo, um garoto exausto e ferido lutava para se manter
consciente e ter alguma chance de sobreviver. Volta e meia seus braços
escorregavam e ele quase afundava, mas logo ganhava novas forças,
erguia a cabeça e tentava inutilmente dirigir o tronco para uma das
margens.
De repente, no período de silêncio que se seguia a cada trovão, ele começou a ouvir um
barulho inquietante1, que ficava mais e mais próximo. Uma fumaça esquisita se erguia à frente, e ele
então compreendeu: era uma cachoeira! [...]
REDAÇÃO 8º ano
Num pulo desesperado, agarrou o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto da
margem e soltou o tronco flutuante, que seguiu seu caminho até a beira do precipício e nele mergulhou
descontrolado.
A tempestade prosseguia e cegava o garoto, o rio continuava seu curso feroz e a cachoeira
rosnava2 bem perto de onde ele estava. De repente, percebeu que a distância entre uma das margens
e o galho em que se pendurava talvez pudesse ser vencida com um pulo. Deu um jeito de se livrar da
camisa molhada, que colava em seu corpo e tolhia3 seus movimentos. Respirou fundo para tomar
coragem.
Se errasse o pulo, seria engolido pela queda-d’água... mas, se acertasse, estaria a salvo. Viu
que não tinha outra saída e resolveu tentar. Tomou impulso e [...] conseguiu alcançar a margem. [...]
Ficou de pé meio vacilante4 e examinou o lugar em torno, tentando decidir para que lado ir.
Foi quando ouviu um rugido horrível, que parecia vir de bem perto. Correu para o lado oposto, mas
não foi longe. Logo se viu encurralado5 em frente a um penhasco gigantesco, que barrava sua
passagem. O rugido se aproximava cada vez mais.
Estava sem saída. De um lado, o penhasco intransponível; de outro, uma fera esfomeada que
o cercava pronta para atacar. Então, viu um buraco no paredão de pedra e se meteu dentro dele com
rapidez. A fera o seguiu até a entrada da caverna, mas foi surpreendida. Com uma pedra grande que
achou na porta da gruta, o garoto golpeou a cabeça do animal com toda a força que pôde e a fera
cambaleou até cair, desacordada.
Já fora da caverna, ele examinou o penhasco que teria que atravessar antes que o bicho
voltasse a si. [...]
Foi quando uma águia enorme passou voando bem baixo e o garoto a agarrou pelos pés,
alçando vôo com ela. Vendo-se no ar, olhou para baixo, horrorizado. Se caísse, não ia sobrar pedaço.
Segurou com firmeza as compridas garras do pássaro e atravessou para o outro lado do penhasco.
O outro lado tinha um cenário muito diferente. Para começar, era dia, e o sol brilhava num céu
sem nuvens sobre uma pista de corrida cheia de obstáculos, onde se posicionavam motocicletas
devidamente montadas por pilotos de macacão e capacete, em posição de largada. Apenas em uma
das motos não havia ninguém.
A águia deu um voo rasante sobre a pista, e o garoto se soltou quando ela passava bem em cima da
moto desocupada. Assim que ele caiu montado, foi dado o sinal de largada.
As motos aceleraram ruidosamente e partiram em disparada, enfrentando obstáculos como
rampas, buracos e lamaçais. O páreo era duro, mas a motocicleta do garoto era uma das mais velozes.
Logo tomou a dianteira, seguida de perto por uma moto preta reluzente, conduzida por um piloto de
aparência soturna. [...]
Inclinando o corpo um pouco mais, o garoto conseguiu acelerar sua moto e aumentou a distância entre
ele e o segundo colocado. Mas o piloto misterioso tinha uma carta na manga: num golpe rápido, fez
sua moto chegar por trás e, com um movimento preciso, deu uma espécie de rasteira na moto do
garoto.
A motocicleta derrapou e caiu, rolando estrondosamente pelo chão da pista e levantando uma
nuvem de poeira. O garoto rolou com ela e ambos se chocaram com violência contra uma montanha
de terra, um dos últimos obstáculos antes da chegada.
A moto negra ganhou a corrida, sob os aplausos da multidão excitada7, e o garoto ficou desmaiado
no chão.
Com um sorriso vitorioso, Eugênio viu aparecer na tela as palavras FIM DE JOGO. Soltou o
joystick e limpou na bermuda o suor da mão. [...]
Estudo do Vocabulário
1. Relacione cada palavra da coluna da esquerda com seu significado, na coluna da direita. Consulte
o dicionário.
A – intransponível ( ) voo muito próximo ao solo
B – páreo ( ) que não pode atravessar, não pode
ultrapassar
C – rasante ( ) fazer eco
D – retumbar ( ) assustador
E – ruidosamente ( ) competição, disputa
F – soturno ( ) barulhento
2.Os textos de aventura costumam ter protagonistas. Personagem principal da história, quem
vivencia muitas aventuras e precisa enfrentar conflitos. Em sua opinião, quem é o protagonista do
texto? Argumente.
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“ Num pulo desesperado, agarrou o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto da
margem e soltou o tronco flutuante” ( 3ª pessoa)
“Num pulo desesperado, agarrei o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto da
margem e soltei o tronco flutuante” (1ª pessoa)
“ Ficou de pé meio vacilante e examinou o lugar. Foi quando ouviu um rugido horrível.”
A frase acima está escrita em narrador:
( ) personagem
( ) observador
REDAÇÃO 8º ano
5.O menino vivencia dois cenários diferentes ao longo de seu jogo. Coloque:
2 – para descrições do cenário que chega após voar com uma águia.
" Alimentadas pela chuva insistente, as águas do rio começavam a subir e a invadir as margens
carregando tudo o que encontravam no caminho.. Barrancos despencavdm e árvores eram
arrancadas pela força da correnteza, enquanto o rio se misturava ao resto como se tudo fosse uma
coisa só."
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7. Releia.
“De repente, no período de silêncio que se seguia a cada trovão, ele começou a ouvir um barulho
inquietante, que ficava mais e mais próximo. Uma fumaça esquisita se erguia à frente, e ele então
compreendeu: era uma cachoeira! [...]”
Quais informações descritas no texto acima antecipam ao leitor que algo ameaçador se aproxima?
( ) O barulho inquietante.
( ) O animal horrível.
( ) A fumaça esquisita.
( ) A cachoeira.
8. No trecho “limpou na bermuda o suor da mão”, o autor quis passar ao leitor a impressão que o
jogador estava:
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de
sangue real meeeeesmo. Viajou pelo mundo inteiro, à
procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as
que encontrava tinham algum defeito. Não é que
faltassem princesas, não: havia de sobra, mas a
dificuldade era saber se realmente eram de sangue
real. E o príncipe retornou ao seu castelo muito triste e
desiludido, pois queria muito casar com uma princesa
de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia desabaladamente, com trovoadas, raios,
relâmpagos. Um espetáculo tremendo!
De repente bateram à porta do castelo e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam
ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade.
Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos
escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era difícil
acreditar que fosse realmente uma princesa real. A moça tanto afirmou que era uma princesa que a
rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade.
Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou
sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama da “princesa”. A moça estranhou a altura da cama, mas
conseguiu, com a ajuda de uma escada, se deitar.
No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido. Oh! Não consegui dormir - respondeu
a moça - havia algo duro na minha cama, e me deixou até manchas roxas no corpo!
O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era realmente uma princesa! Só
mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte
colchões!!! O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi enviada para um museu, e
ainda deve estar por lá...
11. Na frase: "A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de
provar se o que ela dizia era verdade", a palavra grifada refere-se a:
12. A rainha soube que a moça era uma princesa de verdade porque ela:
14. No texto, o uso do sinal de exclamação (!) ocorre todas as vezes que o autor quer:
16) Assinale os sinônimos do verbo dissolver no verso: “flor que se dissolve na boca”:
( ) se desmancha
( ) se esparrama
( ) se acaba
( ) se dilui
17) Marque a alternativa em que a palavra amarga possui o mesmo significado do texto:
( ) Aquela sobremesa estava amarga.
( ) Vivia de mau humor; era uma pessoa muito amarga.
( ) Passamos por uma fase muito amarga, mas agora estamos bem.
18) Marque a alternativa em que a palavra dura possui o mesmo significado do texto:
( ) Realizamos uma dura tarefa.
( ) O móvel era feito de madeira muito dura.
( ) O seu jeito duro afasta as pessoas.
19) Reescreva a frase “homens de vida amarga e dura produziram este açúcar”, substituindo as
palavras destacadas por um sinônimo.
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REDAÇÃO 8º ano
A GALINHA REIVINDICATIVA
"Em certo dia de data incerta um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo de um
quintal, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo estava mudado. O galo,
porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera muitas galinhas em sua vida sentimental
e agora, velho e cansado, esperava calmamente o fim de seus dias.
Ainda bem que você está satisfeito - disse a galinha. - E tem razão de estar, pois é galo. Mas eu,
galinha, fêmea da espécie, posso estar satisfeita? Não posso. Todo o dia pôr ovos, todo semestre
chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar. Pode estar certo de que vou levar
uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que não choco e há uma semana que não ponho um
ovo. A patroa, se quiser, que arranje outra para esses ofícios. Comigo, não, violão!
O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada ser tem
sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a mão no pescoço da
doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: 'A patroa tem razão: galinha que não choca
nem põe ovo só serve mesmo é pra panela’.
23.O narrador diz que o galo é velho e a galinha é nova. Que importância tem isso para o desenrolar
da história?
(A) É que o galo tem idade para ser pai da galinha.
(B) É que a galinha era reivindicativa e conseguia tudo o que queria através de seus manifestos
(C) É que o galo não serve mais para ser comido e a galinha sim.
(D) É que o fato do galo ser mais velho lhe dá maior experiência de vida, e a galinha ser nova faz
com que seja mais imatura.
24. A galinha dessa história, que na verdade representa uma mulher, pode ser considerada uma
feminista?
(A) Não, pois não reclama de nada e gosta da vida que leva.
(B) Não, pois aceita sua condição social.
(C) Sim, pois acha que os homens poderiam também chocar e servir para a panela, como elas.
(D) Sim, pois considera os homens uns privilegiados.