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Aprendizagem Industrial

Mecânico de Produção Veicular


Processos de Usinagem 2 – CNC 1 Programação

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PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO
DE CENTRO DE USINAGEM CNC
Comando Siemens 840D

10
Funções
São códigos ou palavras apropriadas compreensíveis pelo comando que
predispõe a máquina, ou o próprio comando a funcionar de determinado modo.
É importante saber que não há diferença entre informar as funções com letras
maiúsculas ou minúsculas, e a localização das mesmas dentro da linha de
programação.

As funções podem ser de efeito modal ou não modal. As funções de efeito


modal são aquelas que quando programadas em uma determinada linha, ficam
ativas nas linhas subsequentes até o fim do programa, ou ficam ativas até que
outra função do mesmo grupo (entende-se como grupo, o conjunto de funções
com características semelhantes) a substitua, cancelando-a. As funções de
efeito não modal são aquelas que são válidas somente na linha em que estão
programadas.

Quando ligamos o comando, existem funções que são ativadas


automaticamente, chamadas de funções default.

Função sequencial

É representada pela letra N e tem a função de numerar os blocos de


programação. Costuma-se fazer a programação com incrementos entre blocos
de 10 em 10, porém é possível ajustar esse incremento. A utilização desta
função é opcional, entretanto esta é aconselhável para facilitar a localização e
correção de erros no programa, e para facilitar a inserção de novas linhas entre
as linhas já programadas.

Exemplo:

N10 G17 G71 ...


N20 G54
N30 _________
N40 _________

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N41 _________
N50 _________

Função de posicionamento

É representada pela letra correspondente ao eixo em que será executado o


posicionamento, mais o valor numérico da posição em questão. Através da
declaração destas funções de posicionamento é que se obtém a geometria da
peça. Não se pode programar duas funções de posicionamento para o mesmo
eixo na mesma linha de programação.

Exemplo:
N10 X50 Y20 Z150
N20 Z-8
N30 Y35.7
N40 X44

Observa-se que na primeira linha de programação (N10) a ferramenta está na


posição X50, Y20 e Z150, e que a cada nova linha assume uma nova posição,
definida pelo programador. É importante observar que para valores não
inteiros, o caractere separador é o ponto.

Função auxiliar ou miscelânea

É representada pela letra M, seguida de um ou dois números. Esta atua como


um botão liga e desliga para a máquina, e deve ser programada apenas uma
por bloco. As principais utilizadas na programação são:

Função Descrição:
M0 Parada do programa.
M1 Parada opcional do programa.
M2 Fim de programa.
M3 Eixo árvore sentido horário.

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M4 Eixo árvore sentido anti-horário.
M5 Parada do eixo árvore.
M6 Troca de ferramenta.
M8 Liga refrigeração da ferramenta.
M9 Desliga refrigeração da ferramenta.
M17 Fim de subprograma.
M30 Fim de programa.

Função complementar:

É utilizada para complementar as informações do bloco de programação.

Função T (Ferramenta - “Tool”)

É utilizada para selecionar a ferramenta a ser utilizada. Para colocá-la no eixo


árvore, é necessário utilizar a função “M6” (troca de ferramenta) após a seleção
da ferramenta. A ferramenta deve ser informada através de um nome qualquer,
escrito entre aspas, sendo obrigatório o uso do sinal de igual após a função T,
conforme exemplo abaixo:

Exemplo: T=”fresad10”

Neste exemplo, foi selecionada a ferramenta “fresad10”, que ficará ativa até
que outra ferramenta seja pré-selecionada e efetuada sua troca. Apesar deste
nome, devem-se verificar as características (tipo, comprimento e raio) desta
ferramenta no gerenciador de ferramentas.

Função S (Rotação - “Speed”)

É utilizada para informar ao comando o número de rotações do eixo árvore.


Para ativar a rotação desejada no eixo árvore, além da função S é necessário
programar-se a função “M3” ou “M4”.
A função S tem efeito modal.

Exemplo: S500 M3

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Neste exemplo, o eixo árvore foi ligado no sentido horário com 500 rpm.

Função F (Avanço de Mesa – “Feed”)

É utilizada para informar ao comando a velocidade de


avanço para o deslocamento dos eixos. A unidade deste
deslocamento depende de outras funções que veremos
mais adiante. É expressa seguida de números que podem
ser inteiros ou não.
A função F tem efeito modal.

Exemplos: F50.5
F300

Função D (Corretor de Ferramenta)

É utilizada para informar ao comando o corretor da ferramenta que está em


uso. Cada ferramenta pode ter dois corretores D1 e D2, sendo que não é
necessária a programação de D1, porque este já é ativado automaticamente
com a chamada da ferramenta. Somente será necessária a programação se
por algum motivo for programado o cancelamento do corretor (D0).
No corretor da ferramenta, estão inseridas informações como o raio,
comprimento, e tempo de vida útil da mesma.
Função MSG (Mensagem para o Operador)

É utilizada para que, durante a execução do programa, possam ser


programadas mensagens quaisquer, como por exemplo, para informar ao
operador em que fase se encontra a operação que está sendo realizada. A
seguir, tem-se um exemplo de mensagem, tendo esta para sua escrita, o limite
máximo de 124 caracteres.

Exemplo: N10 MSG(“Desbastando perfil externo”)


N20 _____
N30 _____
N40 MSG(“”)

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Neste exemplo, a mensagem “Desbastando perfil externo” fica a mostra na tela
até que esta seja cancelada por MSG(“”).
Função “ ; ” (ponto e vírgula) - Comentário de auxílio

Esta função é utilizada para que se possam inserir comentários nos blocos de
programação. Tudo o que for programado após (à direita) do ponto e vírgula (;),
será ignorado pelo comando, sendo considerado como comentário.

Exemplo: N30 S100 M3 ; liga eixo árvore


N80 M30 ; fim de programa

Funções Preparatórias:

São funções que definem ao comando o que fazer preparando-o para uma
determinada operação (deslocamento linear, por exemplo). As funções
preparatórias estabelecem para o comando os modos de operação previstos
pelo programador.
Todas as funções preparatórias são identificadas pelo caractere “G”, seguido
por até três dígitos numéricos.

Exemplo: G2, G70, G111.

Função G70 (Sistema de Medida Inglês – “Polegadas”)

Esta função é aplicada para definir o sistema de unidades em polegadas. Um


bloco com G70 no início do programa instrui o comando a usar valores em
polegadas para os deslocamentos dos eixos e correções.
A função G70 é modal.
Sintaxe: G70

Função G71 (Sistema de Medida Métrico – “Milímetros”)

Esta função é aplicada para definir o sistema de unidades em milímetros. Um


bloco com G71 no início do programa instrui o comando a usar valores em
milímetros para os deslocamentos dos eixos e correções.
A função G71 é modal e default.

Sintaxe: G71

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Função G90 (Programação em coordenadas absolutas)

Esta função prepara a máquina para executar os deslocamentos em


coordenadas absolutas tendo uma origem pré-fixada para a programação.
A função G90 é modal e default.

Sintaxe: G90 (modal) ou X=AC(...), Y=AC(...), Z=AC(...) (não modal).

Função G91 (Programação em coordenadas incrementais)

Esta função prepara a máquina para executar os deslocamentos em


coordenadas incrementais. Assim, todos os deslocamentos são feitos através
da distância a se deslocar.
A função G91 é modal.

Sintaxe: G91 (modal) ou X=IC(...), Y=IC(...), Z=IC(...) (não modal).

Função G94 (Sistema de Avanço para Fresadoras)

Esta função é aplicada para a programação da velocidade de avanço em


mm/min ou polegadas/min.
A função G94 é modal e default para fresadoras.

Sintaxe: G94
Função G95 (Sistema de Avanço para Tornos)

Esta função é aplicada para a programação da velocidade de avanço em


mm/rotação ou polegadas/rotação.
A função G95 é modal e default para tornos.

Sintaxe: G95

Funções G54 a G57 (Sistema de Coordenadas de Trabalho – “Zero peça”)

Estas funções definem o sistema de coordenadas de trabalho. O sistema de


trabalho pode ser estabelecido por qualquer uma das funções de G54 a G57, e
define como ponto zero peça, um determinado ponto previamente referenciado
na peça.

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As funções de G54 a G57 são modais.

Sintaxe: G54, G55, G56 e G57.


Funções G500 e G53 (Sistema de Coordenadas – “Zero máquina”)

Estas funções têm a finalidade de cancelar o sistema de coordenadas de


trabalho (funções G54 a G57), deixando como referência para trabalho o ponto
zero máquina. A função G500 é modal, enquanto a função G53 não é modal.

Funções G17, G18 e G19 (Plano de Trabalho)

Estas funções têm por finalidade a seleção do plano de trabalho. No plano de


trabalho são executadas as interpolações circulares e/ou a compensação de
raio da ferramenta.

A função G17 define o plano de trabalho como sendo o


plano formado pelos eixos X e Y, e o 3° eixo (profundidade)
sendo o eixo Z. A função G17 é modal e default para
fresadoras.
A função G18 define o plano de trabalho como sendo o plano formado pelos
eixos Z e X, e o 3° eixo (profundidade) sendo o eixo Y. A função G18 é modal e
default para tornos.
A função G19 define o plano de trabalho como sendo o plano formado pelos
eixos Y e Z, e o 3° eixo (profundidade) sendo o eixo X. A função G19 é modal.

Sintaxe: G17, G18 e G19.

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Função G0 (Interpolação Linear em Avanço Rápido)

Esta função executa uma interpolação linear em avanço rápido, ou seja, realiza
um deslocamento linear entre dois pontos com o máximo avanço atingido pelos
eixos da máquina. Esta função é aplicada para efetuar aproximações e
afastamentos da ferramenta em relação à peça, não sendo apropriada para
usinagem.
Pode ser programado com essa função, deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G0 é modal.

Sintaxe: G0 X_ Y_ Z_.
Função G1 (Interpolação Linear com Avanço Programado)

Esta função executa uma interpolação linear com avanço programado, ou seja,
realiza um deslocamento linear entre dois pontos com o avanço determinado
pelo programador pela função F. A função G1 é aplicada para efetuar
usinagem de peças, que por consequência do seu movimento irá gerar
superfícies “retas”.
Pode ser programado com essa função deslocamento apenas para um eixo,
para dois ou ainda para três eixos simultaneamente.
A função G1 é modal e default.

Sintaxe: G1 X_ Y_ Z_ F_
Exemplo de programação utilizando G0 e G1 para a peça abaixo, já podendo
ser observada a estrutura de programação, porém com algumas funções
faltantes para a perfeita execução da peça, as quais serão abordadas mais
adiante.

Y
26

P5 P4

P3
30

18

P6 PI
esp. 5mm P2

PA
44 X

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PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 ; funções preparatórias para execução desta peça
N20 T=”FRESA” ; seleção da ferramenta
N30 M6 ; troca da ferramenta
N40 M3 S1500 ; liga eixo árvore sentido horário com 1500rpm
N50 G54 ; define sistema de coordenadas de trabalho
N60 G0 X-5 Y-5 Z10 ; deslocamento rápido para PA (ponto de aproximação)
N80 G1 Z-5 F200 ; deslocamento para a posição Z-5, com avanço 200mm/min
N90 G1 X0 Y0 ; deslocamento para PI (ponto inicial da usinagem)
N100 G1 X44 Y0 ; deslocamento para P2
N110 G1 X44 Y18 ; deslocamento para P3
N120 G1 X26 Y30 ; deslocamento para P4
N130 G1 X0 Y30 ; deslocamento para P5
N140 G1 X0 Y0 ; deslocamento para P6
N150 G1 X-5 Y-5 ; deslocamento para PA
N160 G0 Z150 M30; afastamento da ferramenta e fim de programa;

Este programa também pode ser expresso como se vê a seguir, desprezando-


se os comentários, e não se repetindo as funções modais e coordenadas já
ativas.

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PROGRAMA1.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-5 F200
N90 X0 Y0
N100 X44
N110 Y18
N120 X26 Y30
N130 X0
N140 Y0
N150 X-5 Y-5
N160 G0 Z150 M30

Funções G2 e G3 (Interpolação Circular com Avanço Programado)

Estas funções executam uma interpolação circular com avanço programado, ou


seja, realizam um deslocamento circular entre dois pontos com o avanço
determinado pelo programador pela função F. São funções utilizadas para
usinagem de perfis circulares em peças, produzindo círculos inteiros ou arcos
de círculo.
Estas funções só executam interpolação para dois eixos do plano de trabalho
simultaneamente.
As funções G2 e G3 são modais.
Sintaxes: G2 ou G3 X_ Y_ CR=_
G2 ou G3 X_ Z_ CR=_
G2 ou G3 Y_ Z_ CR=_
G2 ou G3 X_ Y_ I_ J_
G2 ou G3 X_ Z_ I_ K_
G2 ou G3 Y_ Z_ J_ K_

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Onde:

G2: interpolação circular no sentido horário.

G3: interpolação circular no sentido anti-horário.

X, Y, Z: coordenadas do ponto final do arco.

CR=: valor do raio do arco, sendo valor positivo atribuído para arco menor que
180°, e negativo para arco com ângulo maior que 180 e diferente de 360°. Há
obrigatoriedade de sinal de igual após o indicador CR.

I, J, K: Eixos auxiliares utilizados para localização do centro


do arco, sendo que o eixo I é paralelo ao eixo X, o eixo J é
paralelo ao eixo Y e o eixo K é paralelo ao eixo Z. Estes
eixos podem ser utilizados para qualquer arco, havendo
obrigatoriedade apenas para executarmos arcos de 180 e
360°. Existem duas maneiras de indicarmos os valores para
os eixos auxiliares. A primeira visa determinar a distância do
ponto inicial do arco até o centro do mesmo, sendo essa
distância expressa após a letra que indica o eixo. A segunda
maneira expressa o valor absoluto do ponto que representa
o centro do arco. No exemplo a seguir, é possível observar
as diferentes possibilidades de programação.

21
Exemplo:

Y
24

Ø2
4
R1
8

2
R1

57
R1

R1
0

5
31

27
esp. 7mm

X
80

Programa com utilização da função “CR=”, onde é possível:


PROGRAMA2.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 N190 Y41
N20 T=”FRESA” N200 G2 Y21 X0 I0 J-10
N30 M6 N210 G1 X0 Y0
N40 M3 S1500 N220 X-5 Y-5
N50 G54 N230 G0 Z150
N60 G0 X-5 Y-5 Z10 N240 M30
N80 G1 Z-7 F200
N90 X0 Y0
N100 X65
N110 G3 X80 Y15 CR=15
N120 G1 Y27
N130 G2 X68 Y39 CR=12
N140 G1 Y45
N150 G3 X56 Y57 CR=-12
N160 G1 X42
N170 G3 X6 I-18 J0
N180 G1 X0

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Programa com utilização de eixos auxiliares:

PROGRAMA2.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESA”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-5 Y-5 Z10
N80 G1 Z-7 F200
N90 X0 Y0
N100 X65
N110 G3 X80 Y15 I0 J15 ou G3 X80 Y15 I=AC(65) J=AC(15)
N120 G1 Y27
N130 G2 X68 Y39 I0 J12 ou G2 X68 Y39 I=AC(80) J=AC(39)
N140 G1 Y45
N150 G3 X56 Y57 I0 J12 ou G3 X56 Y57 I=AC(68) J=AC(57)
N160 G1 X42
N170 G3 X6 I-18 J0 ou G3 X6 I=AC(24) J=AC(57)
N180 G1 X0
N190 Y41
N200 G2 Y21 I0 J-10 ou G2 Y21 I=AC(0) J=AC(31)
N210 G1 X0 Y0
N220 X-5 Y-5
N230 G0 Z150
N240 M30
Função G4 (Tempo de Permanência)

É aplicada para gerar um tempo de permanência entre blocos de programa,


que pode ser em segundos ou em rotações.

Sintaxes: G4 F_ valores expressos em segundos pela


letra F.
G4 S_ valores expressos em rotações pela letra S.

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Funções G40, G41 e G42 (Compensação do Raio da Ferramenta)

Estas funções são utilizadas para efetuar a compensação do raio da


ferramenta, que tem por finalidade corrigir a diferença entre o raio da
ferramenta programado e o atual, através de um valor inserido na página de
corretor de ferramenta.

Explicação das funções:


G40: desativa a compensação do raio da ferramenta (cancela G41 e G42).
G41: ativa compensação do raio da ferramenta à esquerda do perfil a ser
usinado.
G42: ativa compensação do raio da ferramenta à direita do perfil a ser usinado.

Com a compensação ativa, o comando calcula automaticamente os respectivos


percursos equidistantes da ferramenta. Para o cálculo dos percursos ele
necessita das seguintes informações: T (ferramenta) e D (n° do corretor).

Para ativar ou desativar a compensação de raio da ferramenta G40, G41 e


G42, é necessário programar um bloco com deslocamento linear (G0 ou G1),
em pelo menos um dos eixos do plano de trabalho, sendo este deslocamento
maior ou igual ao raio da ferramenta.

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Exemplo:

0
R1

30
esp. 5mm

X
40

PROG3.MPF
N10 G17 G71 G90 G94 N100 Y30
N20 T=”FRESAD10” N110 X30
N30 M6 N120 G2 X40 Y20 CR=10
N40 M3 S1500 N130 G1 Y0
N50 G54 N140 X-2
N60 G0 X-10 Y-10 Z10 N150 X-10 Y-10 G40
N80 G1 Z-5 F200 N160 G0 Z150
N90 X0 Y-2 G41 N170 M30

Para determinar se a compensação de raio é direita ou esquerda, deve-se


imaginar um traçado referente ao perfil da peça na vertical, com o sentido de
usinagem da ferramenta para cima, e verificar se a mesma está à direita ou à
esquerda do perfil. A grosso modo, para usinagens externas, quando o sentido
de usinagem é horário, a compensação do raio é esquerda, e quando o sentido
de usinagem é anti-horário, a compensação do raio é direita. Para usinagens
internas há a inversão entre as aplicações das funções em função do sentido
de usinagem.

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Funções especiais:

São funções que são de “propriedade” dos fabricantes de comandos CNC, e


tem por objetivo facilitar a programação.

Função RND (Arredondamento de Cantos)

É aplicada para gerar arredondamentos em cantos formados por movimentos


lineares, circulares ou lineares e circulares. Para a aplicação desta função é
necessário conhecer o ponto de intersecção entre os movimentos onde se
encontra o arredondamento.

Sintaxe: RND=__ (Valor do raio do arredondamento).

Exemplo de aplicação da função RND:

Y
35
R25
30

20
R2

esp. 8mm
R1
2 X
50

26
PROG.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y30
N110 X35 RND=25
N120 X50 Y20
N130 Y12
N140 G3 X38 Y0 CR=12 RND=2
N150 G1 X0
N160 X-10 Y-10 G40
N170 G0 Z150
N180 M30

Funções CHR e CHF (Chanframentos de cantos)

São aplicadas para gerar chanframentos em cantos formados por movimentos


lineares. Para a aplicação desta função é necessário conhecer o ponto de
intersecção entre os movimentos onde se encontra o chanframento.

Sintaxe: CHR=__ (Valor do cateto do chanfro).


CHF=__ (Valor da hipotenusa do chanfro).

4x45°
7
20

esp. 8mm
27

60 X
PROGRAMA.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N80 G1 Z-8 F200
N90 X0 Y0 G41
N100 Y20 CHR=4
N110 X60 CHF=7
N120 Y0
N130 X0
N140 X-10 Y-10 G40
N150 G0 Z150
N160 M30

Funções REPEAT e REPEATB (Repetição de parte do programa)

São funções utilizadas para repetição de uma parte do programa ou apenas um


bloco do mesmo.
Para que se possam repetir linhas é necessário identificá-las com uma marca.
Esta marca deve ser uma palavra qualquer, seguida de dois pontos, sendo
colocada no início da linha de programação.
O número de repetições é determinado pela letra P.

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Exemplo de programa utilizando a função REPEAT:

PROGRAMA_X.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z0 F200
N80 INICIO: G1 Z=IC(-1)
N90 X0 Y-2 G41
N100 Y20
N110 X20 CHR=5
N120 Y0
N130 X-2
N140 FIM: X-10 Y-10 G40
N150 REPEAT INICIO FIM P4
N160 G0 Z150
N170 M30

REPEAT INICIO FIM P4 (repete os blocos desde a marca INICIO até a marca
FIM por quatro vezes consecutivas).

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Exemplo de programa utilizando a função REPEATB:

PROGRAMA_Y.MPF
N10 G17 G71 G90 G94
N20 T=”FRESAD10”
N30 M6
N40 M3 S1500
N50 G54
N60 RETORNO: G0 X-10 Y-10 Z10
N70 G1 Z-5 F200
N80 X0 Y-2 G41
N90 Y20
N100 X20 CHR=5
N110 Y0
N120 X-2
N130 REPEATB RETORNO
N140 G0 Z150
N150 M30

REPEATB RETORNO (repete o bloco com a marca RETORNO por uma vez).

30

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