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Tutorial CNC

Utilizando o controle
sinumerik 828D
(programação, simulação e
prática)

Autores: Lucas Baggio


Mauro Villa d’ Alva
Sumário
Capítulo 1: Programação
1 Funções Preparatórias.................................................................................................... 4
2 Compensação Raio de Ferramenta.............................................................................. 4
3 Comandos na Programação… ...................................................................................... 5
4 O sistema de coordenadas ............................................................................................ 5
5 Exercícios ............................................................................................................................ 6
6 Coordenadas Absolutas ................................................................................................. 7
7 Coordenadas Incrementais ............................................................................................7
8 Programando com as Coordenadas ............................................................................8
9 Aprendendo o comando de chanfro ........................................................................... 9
10 Funções G02 e G03: Interpolação Circular ................................................................ 10
11 Programando com as interpolações circulares ....................................................... 11
12 Aprendendo o comando de arredondamento ......................................................... 12
Capítulo 2: Simulador
1 Realizando o download ..................................................................................................14
2 Preparando a máquina ................................................................................................... 14
3 Configurando ferramentas e abrindo o programa .................................................16
4 Adicionando ferramentas .............................................................................................. 16
5 Criando um programa .....................................................................................................18
6 Criando o bloco ................................................................................................................ 18
7 Exemplos (Exs 1 até 7) ................................................................................................... 20
Capítulo 3: Máquina
1. Ligando a máquina………...............................................................................................28
2. Zero máquina ................................................................................................................. .29
3. Trocando de ferramenta............................................................................................ ...32
4. Ligando a árvore .......................................................................................................... …33
5. Zero Peça ....................................................................................................................... …33
6. Offset .............................................................................................................................. ....36
7. Carregando o programa ............................................................................................ .....37
8. Simulando na máquina.............................................................................................. ....38
9. Usinando (Peça Final) ................................................................................................. ...39
10. Referências Bibliográficas.............................................................................41

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CAPÍTULO 1:

PROGRAMAÇÃO

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FUNÇÕES PREPARATÓRIAS
Iniciamos a programação com o G17,71,90 e 94 que são funções preparatórias essenciais para
iniciação do programa

G17 Seleciona o plano de trabalho XY


G71 Ativa o sistema métrico de medidas(milímetros)
G90 Ativa o sistema de coordenadas absolutas
G94 Avanço programado em milímetros/minuto ou polegadas/minuto

No comando G90 as coordenadas absolutas são referentes as posições do eixo que sempre
tem como referência uma mesma origem que é o zero peça.

Os comandos M5 e M6 tem as respectivas funções

M05 Desliga o fuso


M06 Mudança de ferramenta

Em seguida escolhemos a ferramenta que desejamos através do comando T01(o número se


refere a qual ferramenta está no nosso “Tool List”) utilizaremos uma fresa (face mill) com 10
de diâmetro.

T01 Chama a ferramenta Nº1


D01 Ativa o corretor de altura Nº1
Agora configuramos o sentido da rotação do eixo da árvore e sua velocidade com os seguintes
comandos

M3 Giro do eixo árvore no sentido horário na rotação programada


S Programa rotação em rpm

COMPENSAÇÃO DE RAIO DA FERRAMENTA


Para começar o faceamento do material precisamos conhecer os comandos de compensação
de raio de ferramenta e para que servem. Utilizando este recurso, o programador pode
informar diretamente as dimensões da peça de acordo com o desenho, sendo que a trajetória
a ser realizada pelo centro da ferramenta será automaticamente calculada pelo CNC.

No nosso programa utilizamos a G42 que tem como função descrita na figura abaixo

G40 Desativa a compensação de raio da ferramenta


G41 Ativa a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a esquerda do perfil
G42 Ativa a compensação de raio da ferramenta, quando a mesma trabalha a direita do perfil

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COMANDOS NA PROGRAMAÇÃO
Agora mostraremos como esses comandos iniciais ficam no programa na figura abaixo:

Figura 1: Comandos preparatórios na programação – Fonte: Autor

Todos comandos foram explicados anteriormente, só iremos fazer duas observações,


iniciamos com T=”1” para já especificar para a máquina qual ferramenta iremos
utilizar inicialmente e “WORKPIECE” se refere a peça e suas dimensões que iremos
explicar posteriormente seu funcionamento.

O SISTEMA DE COORDENADAS
Primeiramente vamos entender o sistemas de coordenadas existente na máquina, ela é
dividida em três maneiras, coordenadas polares, absolutas e incrementais, mas
comentaremos sobre apenas absolutas e incrementais inicialmente, a figura abaixo ilustra
todas coordenadas existentes.

Figura 2: Eixos da máquina – Fonte: ROMI LINHA D - CNC SIEMENS 828D

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EXERCÍCIOS
Esse será o bloco que usaremos na nossa apostila para ensinar como funciona as
coordenadas absolutas e incrementais e posteriormente inserirmos para o CNC

Figura 3: Peça do projeto - Fonte: Autor

Na figura abaixo temos os pontos que usaremos como referência para aplicar nas
coordenadas absolutas e incrementais.

Figura 4: Pontos da figura - Fonte: Autor

O objetivo do exercício será remover 1 mm de material conforme indica a figura acima,


através das coordenadas teremos a figura desejada.

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Coordenadas Absolutas

Nesse tipo de coordenada, as posições dos eixos são medidas a partir do zero-peça pré-
definido, sendo que, para se programar nesse sistema, deve-se sempre informar a posição
para a qual a ferramenta deve ir. Na figura abaixo ilustramos como funciona o sistema de
coordenas onde os números são os pontos.

A tabela abaixo ilustra as coordenadas que usamos para a movimentação na peça.

PONTO EIXO X EIXO Y


0 0 0
1 10 13
2 50 13
3 90 45
4 60 80
5 40 80
6 10 53

É sempre importante salientar qual será nosso ponto de referência, para as coordenadas se
basearem nele para serem programadas. O ponto zero da peça é onde nossa coordenada
usará como referência no caso das coordenadas absolutas e em seguida vamos prosseguindo
para os próximos pontos em sequência.

Coordenadas Incrementais

No sistema de coordenadas incrementais, as posições dos eixos são medidas a partir da


posição anteriormente estabelecida, sendo que, para se programar nesse sistema, deve-se
sempre informar qual a distância a ser percorrida pela ferramenta a partir da posição atual.

PONTO EIXO X EIXO Y


1 10 13
2 40 0
3 40 32
4 -20 35
5 -20 0
6 -30 -27

Na tabela acima observamos como funciona o sistema de coordenadas incrementais, onde


para ir ao próximo ponto é necessário uma soma ou subtração das coordenadas, os
números são negativos porque usamos como referência o último ponto dado.

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Programando com as coordenadas
Abaixo ilustramos como fica as coordenadas na programação

G1 Esta função é utilizada para movimentar os eixos retilineamente e com a velocidade de


Avanço especificada pelo código F, o qual é dado em milímetro/minuto ou milímetro/rotação,
Dependendo se é a função G94 ou a G95 que está ativa, respectivamente.

F Avanço programado para as coordenadas, o número representa a velocidade com que a


ferramenta se desloca

C. Absolutas OU C. Incrementais Usamos o F700 apenas como exemplo


: : para ilustrar melhor como se aplica as
G1 X10 Y13 G1 X10 Y13 coordenadas na programação. Aqui
F700 F700 mostramos dois exemplos de como o G1
G1 X50 Y13 X40 pode ser usado, não é necessário colocá-lo
G1 X90 Y45 X40 Y32 em todas as linhas, basta indicar uma vez
G1 X60 Y80 X-20 Y35 que o programar irá reconhecer até que
G1 X40 Y80 X-20 outro comando G seja inserido, como
G1 X10 Y53 X-30 Y-27 vemos nas C. Incrementais.
: :

Aprendendo o comando de chanfro

Agora que já sabemos o funcionamento dos comandos das coordenadas iremos


ensinar a fazer um chanfro com o comando G1. A figura abaixo representa o chanfro
que iremos reproduzir na peça.

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Figura 5: Peça do Chanfro - Fonte: Autor

Como nosso foco agora é apenas ensinar o comando de chanfro na programação,


utilizaremos a partir do círculo indicado com o número 1 na figura acima a referência
para as coordenadas.

A programação do comando pode ser escrita de duas formas diferentes, na tabela


abaixo mostraremos como funciona:

; Primeiro escolhemos os pontos iniciais onde irá


G01 X20 Y13 CHR=2 acontecer o chanfro da peça, em seguida na primeira
OU linha de programação utilizamos o valor do chanfro que
G01 X20 Y13 CHF=7 queremos através do comando CHR, já na segunda linha
; os pontos iniciais são os mesmos mas escolhemos
a distância de um ponto a outro que na figura vimos que é o valor 7 pelo comando
CHF. São duas formas distintas de fazermos a mesma coisa.

Agora que já sabemos como utilizar o G1 corretamente iremos prosseguir com os


comandos de interpolação circular.

FUNÇÕES: G02 E G03 - INTERPOLAÇÃO CIRCULAR


Estas funções são utilizadas para movimentar os eixos circularmente, podendo
assim gerar seguimentos de arco ou círculos inteiros. A função G02 é responsável
pela geração de arcos no sentido horário e a função G03 no sentido anti-horário.

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Nosso objetivo aqui é criar a figura abaixo, através desses dois comandos citados
acima.

Figura 6: Peça Circular - Fonte: Autor

Na figura abaixo mostramos os pontos referentes aos sentidos horários (G02) ou


anti-horários(G03), seu funcionamento e sua respectiva programação:

Figura 7: Pontos da interpolação circular - Fonte: Autor

Observação: Utilizaremos as coordenadas X0 Y0(ponto 0) como referência para os


pontos a seguir e em coordenadas absolutas.

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PONTO EIXO X EIXO Y Com os respectivos pontos na tabela ao lado agora
0 0 0 vamos iniciar nossa programação, esse exemplo
1 10 13.50
Utilizaremos G02 e G03 na mesma peça além das
2 80 13.50 funções já utilizadas anteriormente mas dando
3 85 18.50 maior ênfase para os movimentos circulares.
4 85 74
5 80 79
6 25 79
7 10 64

Programando com as interpolações circulares


1º Maneira

Podemos fazer a programação de 3 maneiras distintas, nesse primeiro exemplo


utilizaremos o exemplo com o raio que é representado como CR= (Valor do raio do arco
(positivo se o ângulo for inferior ou igual a 180° e negativo se o ângulo for superior a
180°).

; Onde X representa a coordenada do ponto final do


G01 X80 Y13.50 movimento para o eixo X, e Y a coordenada do ponto
G03 X85 Y15 CR=5 final do movimento para o eixo Y.
G01 X85 Y74
G03 X80 Y79 CR=5
G01 X25 Y79
G02 X10 Y64 CR=15
G01 X10 Y0

2º Maneira

Agora utilizaremos a programação com I e J que são referências para as distâncias


incrementais.

; I - Distância incremental do ponto inicial do arco até


G01 X80 Y13.50 o centro do mesmo no eixo X.
G03 X85 Y15 I0 J5
J - Distância incremental do ponto inicial do arco até o
G01 X85 Y74
centro do mesmo no eixo Y.
G03 X80 Y79 I-5 J0
G01 X25 Y79 Importante salientar o sinal de negativo quando
G02 X10 Y64 I-15 J0 colocamos as coordenadas do arco, já que se trata
G01 X10 Y0 de coordenadas incrementais.

3º Maneira

Essa maneira é semelhante ao exemplo que foi mostrado acima mas usaremos AC(...)
para se referir a coordenadas absolutas.

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; I=AC(...) - Coordenada absoluta do centro
G01 X80 Y13.50 do arco no eixo X
G03 X85 Y15 I=AC(80) J=AC(18.5)
J=AC(...) - Coordenada absoluta do centro
G01 X85 Y74
do arco no eixo Y
G03 X80 Y79 I=AC(80) J=AC(74)
G01 X25 Y79
G02 X10 Y64 I=AC(10) J=AC(79)
G01 X10 Y0

Aprendendo o comando de arredondamento

No exemplo abaixo mostraremos o comando de arredondamento da peça, para


arredondar cantos, insere-se entre os movimentos lineares e/ou movimentos
circulares a função RND, acompanhado do valor do raio a ser gerado tangente aos
segmentos.

Figura 8: Peça Arredondada - Fonte: Autor

Agora vamos focar no arredondamento da peça indicada pela seta vermelha da figura
acima. O círculo com o número 1 será onde vamos nos basear para nossa programação
que é o ponto central do arredondamento.

A linha de programação fica da seguinte maneira, onde


G01 X10 Y13.50 RND=10
usamos G01 para o avanço rápido, X10 é o eixo que não se
G01 X20 Y13.50 movimenta e Y13.50 porque descemos até o centro do
raio a partir do nosso ponto de referência.

12
CAPÍTULO 2:
SIMULADOR

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Realizando o Download

Para começarmos a programação é necessário realizar o download do programa que simula


um CNC, para isso usaremos o SinuTrain um programa gratuito que pode ser baixado no
site da Siemens depois de realizar um cadastro rápido, como indicado na figura abaixo.

O site tem o seguinte endereço:


https://www.industry.siemens.com/topics/global/en/cnc4you/cnc_downloads/sinutrain_dow
nloads/pages/sinutrain_downloads.aspx

Figura 9: Programa da simulação - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Preparando a Máquina

Depois de realizado o download e instalado o programa, vamos configurar a máquina que


iremos usar nessa apostila. Clique em “from a template...” como indicado na seta 1, e escolha
“Demo-Milling Machine” igual a seta 2 e por último crie a máquina clicando em “create” igual
a seta 3.

Figura 10: Template utilizado - Fonte: Siemens - SINUMERIK

Depois clique em Start como indicado na seta 1. A máquina será simulada e irá aparecer uma
tela como a dá figura abaixo.

Figura 11: Menu simulador – Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Configurando Ferramentas e abrindo o programa

Primeiramente vamos configurar as ferramentas que usaremos nessa apostila, clicando em


offset como indicado na seta 1 irá aparecer a tela de todas ferramentas que o programa trouxe
consigo. Depois clicamos em “Magazine” no canto inferior central da tela onde podemos
guardar as ferramentas clicando em “Unload All” em seguida, assim deixando nosso campo de
ferramentas vazio. (As ferramentas estão agora no final do magazine, mas não foram
deletadas).

Figura 12: Configurando ferramentas - Fonte: Siemens - SINUMERIK

Adicionando Ferramentas

Agora clique em “Tool List” e em seguida “New Tool” e irá abrir uma tela para adicionar as
ferramentas.

Em seguida na seta 1 em “Type” como indica a figura abaixo escolhemos o tipo de


ferramenta, no “Tool Name” mudamos o nome da ferramenta que pretendemos chamar
quando formos fazer o programa. Escolha “End Mill” que é a ferramenta de faceamento e em
seguida clique em OK para salvar a sua escolha.

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Figura 13: Adicionando Ferramentas – Fonte: Siemens - SINUMERIK

Agora que já sabemos como mudar as ferramentas adicione mais quatro diferentes
ferramentas de acordo com a figura abaixo, mude seus nomes e diâmetros

Figura 14: Ferramentas prontas - Fonte: Siemens – SINUMERIK

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Criando um programa

Agora que as ferramentas já estão prontas para uso, vamos criar o nosso programa, para isso
clique em “Program Manager” indicado pela seta dá figura abaixo (nessa tela irá aparecer
todos os programas que já estão na máquina), lá clique em “New” para criar um novo
programa, e em “Type” clique em “Main Program MPF” e nomeie como desejar, na foto está
EX1 por se tratar do nosso primeiro exemplo.

Figura 15: Criando o bloco de notas para programação - Fonte: Siemens - SINUMERIK

Criando o bloco

Com o programa já aberto no comando machine, clique em “Various” e depois em


“Blank” para a tela de configuração do bloco aparecer.

Figura 16: Bloco de notas - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Agora iremos colocar as medidas desejadas, X0 e Y0 são os pontos referentes a “zero
peça”. Clicando em X1 escolhemos a largura do nosso bloco, onde vamos por 100 mm
como indica a figura abaixo, e Y1 escolhemos a altura que é 90 mm. Em Zl escolhemos
sua profundidade, o número que escolhemos foi -50 mm, o sinal de negativo ou
positivo representa o sentido do crescimento da profundidade da peça.

Figura 17: Dimensões da peça - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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EXEMPLOS
Ex1(Coordenadas Absolutas)

Usaremos como base nossos exemplos usados no capítulo de programação,


para simularmos no SinuTrain.

Na figura abaixo que é referente a programação, o número N significa o número da


linha que usamos, pulamos de dez em dez caso alguma modificação precise ser feita
posteriormente no programa e os números nos ajudam a achar possíveis erros.

Todos comandos usados já foram explicados anteriormente, com exceção do G53, ele
define 0 máquina como referência para movimentação ou seja partimos do ponto
X0,Y0 para usarmos como ponto inicial para os outros comandos.

Figura 18: Programação C.Absolutas – Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Depois de escrita a programação, clicamos em “Simulation” e teremos a seguinte
imagem:

Figura 19: Simulação C.Absolutas - Fonte: Siemens - SINUMERIK

A 1º imagem representa a vista de cima da nossa simulação e a 2º imagem a


perspectiva 3D. Como usamos como base nosso Exemplo1 da programação, peça
precisa ficar com o seguinte formato.

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Ex2(Coordenadas Incrementais)

Agora iremos fazer a mesma peça, mas usando as coordenadas incrementais, é


importante observar que para definirmos o ponto inicial usamos G90 que é
referente as coordenadas absolutas e depois quando vamos cortar a peça trocamos
para G91 como indica a figura abaixo.

Figura 20: Programação C.Incrementais - Fonte: Siemens - SINUMERIK

As vistas serão exatamente iguais da programação com coordenadas absolutas

Figura 21: Simulação C.Incrementais - Fonte: Siemens - SINUMERIK

22
Ex3(Chanfro)

No chanfro temos o comando G01 sendo utilizando com CHR para termos a criação de
um pequeno chanfro em nossa peça.

Figura 22: Programação Chanfro - Fonte: Siemens - SINUMERIK

Fica dessa forma

Figura 23: Simulação Chanfro - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Ex4(Interpolações Circulares CR)

Usaremos coordenadas absolutas com as funções G02(interpolação circular sentido


horário) e G03(interpolação circular sentido anti-horário) nesse exercício. Nas
interpolações circulares usamos uma ferramenta de faceamento com diâmetro de 30
mm.

Figura 24: Programação I.C (CR) - Fonte: Siemens - SINUMERIK

Com a programação feita, teremos a seguinte forma para a peça

Figura 25: Simulação I.C (CR) - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Ex5(Interpolações circulares com I e J)

O I e J significam a distância incremental do ponto inicial do arco até o centro do


mesmo, I para o eixo X e J para o eixo Y.

Figura 26: Programação I.C (I e J) – Fonte: Siemens - SINUMERIK

Ex6(Interpolações circulares com I=AC e J=AC)

I=AC e J=AC significa a coordenada absoluta do centro do arco, I=AC no eixo X e J=AC
no eixo Y.

Figura 27: Programação I.C (I=AC e J=AC) - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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Ex7(Arredondamento)

Nesse exercício faremos o comando de arredondamento com G01 e RND, usamos


como base a programação da interpolação circular.

Figura 28: Programação Arredondamento - Fonte: Siemens - SINUMERIK

O arredondamento está no canto inferior esquerdo como podemos ver na


figura abaixo.

Figura 29: Simulação Arredondamento - Fonte: Siemens - SINUMERIK

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CAPÍTULO 3:
MÁQUINA

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Nesse capítulo levaremos todos conhecimentos adquiridos para a parte prática,
aprenderemos como mexer na máquina com comando SINUMERIK 828D.
Ligando a máquina

Atrás da máquina acharemos um botão da forma como indica a figura abaixo, para
liga-la rodamos o dispositivo para ON essa é nossa chave geral.

Figura 30: Botão OFF/ON - Fonte: Autor

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Zero Máquina

Quando o CNC está apagado os eixos se podem deslocar manualmente ou


acidentalmente. Nestas condições o CNC perde a posição real dos eixos, por isso na
ligação é recomendável realizar a operação de zerar a máquina. O equipamento ao
iniciar obriga o operador a “Buscar marca de Referência de máquina". Com esta
operação, a ferramenta se move a um ponto definido pelo fabricante e o CNC
sincroniza a sua posição, assumindo as cotas definidas pelo fabricante para esse
ponto, referidas no zero máquina.

Note que os 3 eixos estão no zero máquina. A figura abaixo nos mostra o eixo e sua
posição atual.

Figura 31: Tela Inicial - Fonte: Autor

29
Na parte de baixo temos as seguintes funções:

Figura 32: Painel inferior - Fonte: Autor

1- Botão de emergência onde deve ser acionado caso algo dê errado com o CNC.
2- Seleciona o modo de operação “JOG” (Que é o controle manual da mesa)
3- Aproximação do ponto de referência
4- Onde reiniciamos todas as funções da máquina
5- A execução de um programa ou comando é executada
JOG - Controle manual dos eixos da mesa(X,Y) e altura da árvore de ferramentas(Z).
Serve para posicionamento de eixos.

Figura 33: JOG - Fonte: Autor

30
Inicialmente quando ligamos a máquina clicamos em “Ref point” e depois em
“Cycle Start” para irmos para o Zero Máquina.

Figura 34: Ajuste das velocidades - Fonte: Autor

1- O fuso é liberado em Splindle Start atráves do botão verde e o vermelho faz ele
parar e em cima ajustamos sua velocidade.

2- Controle do avanço através do Feed Start liberação para execução do programa


no atual bloco e o vermelho paramos ele e em cima também ajustamos sua
velocidade.
Com zero máquina definido, vamos para a troca de ferramentas.

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Trocando de Ferramenta

Aqui podemos ver o comando selecionado na máquina chamado T,S,M (no canto
inferior esquerdo) selecionamos através das “softkeys”(que são os botões touch
que devem serem pressionados para interagimos com a tela do sistema) ele serve
para podermos trocar a ferramenta sem necessitar de uma programação prévia.

Figura 35: Trocando ferramentas - Fonte: Autor

Com ele selecionado agora escolhemos como queremos suas especificações:

Figura 36: Opções da troca de ferramenta - Fonte: Autor

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1 - Em T escolhemos o número da ferramentas que queremos.
2 - No fuso escolhemos a velocidade de rotação.
3 - Na função M do fuso escolhemos o sentido da rotação que para nossa
programação sempre será no sentido horário.

Com tudo definido só acionarmos o botão “Cycle Start” que a troca de ferramenta
será feita automaticamente.
Ligando a árvore

Na figura 36 mostramos o FUSO que é o comando M3(liga a rotação da árvore no


sentido horário), e na tela escolhemos sua velocidade, onde foi colocado 1500 RPM. O
Comando M5 desliga o eixo árvore.

Zero Peça
Eixo X

Para definirmos o zero peça selecionamos “Medir peça” (como selecionado em azul na
figura abaixo). Escolhemos o eixo X do canto superior direito e através do JOG
definimos nosso zero peça.

Figura 37: Zero Peça Eixo X - Fonte: Autor

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Na figura abaixo ilustramos como ficou o zero peça definido no eixo X:

Figura 38: Zero Peça Eixo X(prática) - Fonte: Autor

Eixo Y

Com o eixo Y o processo é o mesmo que o do X, basta posicionarmos a peça no


local indicado na tela.

Figura 39: Zero Peça Eixo Y - Fonte: Autor

34
Na figura abaixo ilustramos a peça fica dessa forma:

Figura 40: Zero Peça Eixo Y(prática) - Fonte: Autor

Eixo Z
No eixo Z posicionamos a máquina em cima da peça.

Figura 41: Zero Peça Eixo Z - Fonte: Autor

35
Fica da seguinte forma:

Figura 42: Zero Peça Eixo Z(prática) - Fonte: Autor

Offset

No lado direito do painel podemos clicar na softkey chamada “Offset” e nela


observamos todas ferramentas que estão cadastradas na máquina e suas respectivas
especificações. Com base nela que chamamos a ferramenta que desejamos usar.

Figura 43: Tela Offset - Fonte: Autor

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Carregando o programa

Nesse exemplo da máquina estamos utilizando o primeiro exemplo que criamos no


início dessa apostila, com a programação já grava em um pendrive basta plugar no
lado esquerdo do painel e ele vai abrir o programa na aba USB como selecionada
em azul na figura abaixo.

Figura 44: Iniciando o programa - Fonte: Autor

Com o programa desejado selecionado basta abrirmos e teremos a seguinte tela


ilustrada abaixo, podemos modificar nossa programação, como por exemplo trocar
o número de alguma ferramenta que desejamos modificar.

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Figura 45: Tela programação - Fonte: Autor

Simulando na Máquina

Abrindo parte de “Simulação” temos como a máquina vai executar o processo, é


importante para observar se não há nenhum erro na programação e ver que ele está
pronta para ser executada.

Figura 46: Tela Simulação - Fonte: Autor

Com a simulação feita, clicamos em “Executar” e o painel mostra linha por linha o
que está ocorrendo na execução do nosso programa.

38
Figura 47: Executando o programa - Fonte: Autor

Usinando(Peça Final)
É preciso ligar o comando “Cicle Start” (Figura 32) para começar a usinagem da peça.

ATENÇÃO

É importante revisar as posições em Z e trabalhar com a velocidade da mesa


reduzida, para reduzir o risco de erros e colisões, que podem quebrar a máquina.

39
Com todos passos seguidos da nossa apostila, nosso objetivo final está
ilustrado abaixo.

Figura 48: Peça feita - Fonte: Auto

Figura 49: Peça feita(zoom) - Fonte: Autor

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Referências Bibliográficas

INDÚSTRIAS ROMI S/A - MANUAL DE PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO ROMI


LINHA D - CNC SIEMENS 828D - São Paulo - SP – Brasil

SIEMENS - SINUMERIK 840D sl / 828D Fresamento ISO - São Paulo - SP – Brasil

Erlangen/Wuppertal – SinuTrain Manual de fresamento e torneamento para


iniciantes SINUMERIK 810D / 840D / 840Di - 2º Edição - 2001, Março.

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