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Construindo uma Sonda Lógica

Layout de Placa de Circuito Impresso


de In str um en tos
Medidor da E.S.R. de Capacitores A Fonte
Osciloscópio LCD e Capacímetro PICLISTBR
Lâmpada de LEDs eito
Automação Industrial Entenda o conc
com pan h e o projeto
Controle de Qualidade na Indústria ea
Tabelas úteis e muito mais... passo a passo
PICLISTBR
Eletrônica ° Eletricidade ° Mecânica  
REVISTA PICLISTBR Microcontroladores  ° Comunicação 
PRIMEIRA EDIÇÃO  Wireless ° Projetos ° Bancada 
Equipamentos ° Ferramentas 
 MAIO 2009 
Hardware ° Software

Artigos e comentários dos membros integrantes do grupo PICLISTBR  http://groups.google.com/group/piclistbr/?hl=pt‐BR
 
 
ESTAMOS  DE  PARABÉNS.  Nessa primeira edição estamos realmente
Finalmente nasceu a esperada inaugurando algo que não sabemos fazer direito,
Revista PICLISTBR, com esforço e mas prometemos melhorar a cada nova
publicação. Tentaremos manter nessa revista um
colaboração de muitos do grupo
resumo do que foi discutido no grupo desde a
PICLISTBR, que existe há diversos
última edição, bem como novos assuntos,
anos como Lista de Distribuição de projetos, circuitos, kits, construções, aulas,
Emails sobre Eletrônica na Internet. dicas, tabelas, etc. Participe !!!
A função dessa revista é promover a
difusão da técnica, conhecimento, A Revista PICLISTBR é editada e produzida por membros do grupo PICLISTBR, 
método e instrução. O surgimento dessa revista não podia deixar de lista  de  distribuição  de  emails  existente  no  googlegroups,  URL: 
ser, visto a concentração de enorme conhecimento e capacidade http://groups.google.com/group/piclistbr/?hl=pt‐BR,  para  entrar  em 
técnica nesse grupo. A participação de todos é voluntária e sem fins contato  conosco  ou  enviar  matéria  a  ser  publicada  na  revista,  envie  email 
lucrativos, assim sendo não é nossa intenção infringir nenhum direito para revistapiclistbr@googlegroups.com.   Ano 1 ‐ Volume 1 – Maio de 2009. 
autoral, caso isso ocorra pedimos sinceras desculpas.
 
 
NOSSAS GAVETAS 
Nesta Edição 
Por Wagner Lipnharski – Orlando Florida. 
 
  Abrindo as gavetas, percebemos a
Nossas Gavetas ....................................................... 1  quantidade de objetos que
guardamos ao longo dos anos. Do
Direto da China ....................................................... 1  fundo da gaveta surgem coisas
Quente Quente Quente ........................................... 2  esquecidas, que foram muito
importantes para não jogarmos fora na última limpeza. Existe um
Construindo uma Sonda Lógica ............................... 3  pouco de tudo e obviamente aquela lente de óculos ali solta junta à
Layout de PCI .......................................................... 4  caixa vazia, o pedaço de cortiça e os 32 parafusos, devem ter tido
Um Medidor de ESR para Capacitores ..................... 4  uma importância muito grande, mas é claro que não mais lembramos
o motivo de estarem ali, nem quando foi isso. Esse emaranhado de
Oportunidades Internacionais ................................. 7  coisas causa certo desconforto ao buscar o lápis, a régua, mas nos
Lâmpada de LEDs .................................................... 9  acostumamos a elas.
Entrevista ‐ Controle de Qualidade na Indústria ..... 13  Da mesma forma também guardamos coisas nesse baú invisível que
Automação Industrial ............................................. 14  arrastamos durante a vida, desde rancores, manias, vícios,
Fonte de Instrumentos PICLISTBR ........................... 15  teimosias, etc., e que não sabemos ao certo o motivo de estarem ali
e por que convivem conosco no dia-a-dia e influenciam tanto a nossa
Tabela PICLISTBR ‐ Fornecedores ............................ 18  vida. Também nos acostumamos a elas.
Tabela PICLISTBR ‐ ASCII .................................... 19‐20 
De vez em quando limpamos as gavetas da mesa. Deveríamos
  aproveitar e também limpar esse baú invisível, jogar fora os
entulhos e transtornos, abrir espaço, ventilar, reciclar.
Capa da Revista: Reginaldo Duarte
Revisão: Carmo Munhoz e Rubio A criação dessa revista é uma forma de reciclar, é uma revolução,
estamos organizando o comportamento técnico-científico do grupo,
dando forma e conteúdo. Apesar da concorrência torcendo contra,
Seja você também um autor de matérias dessa revista e concorra a  crescemos, ganhamos espaço e uma identidade cada vez maior e
prêmios de reconhecimento dos leitores. A cada 6 edições faremos  melhor. Com certeza demos um passo à frente.
uma votação popular das melhores matérias e os autores receberão   
um prêmio surpresa.  Anualmente votaremos a melhor matéria do 
ano, com um prêmio ainda mais especial. 

As  matérias  poderão  ter  de  meia  a  seis  páginas,  abranger  a  área 
DIRETO DA CHINA 
Por Wagner Lipnharski – Orlando Florida. 
técnica  eletrônica  que  poderão  ser:  análise  de  circuitos,  projetos  e 
 
construções eletrônicas, uso de ferramentas, pequenas ferramentas 
Hoje a Internet e o cartão de crédito
produzidas  em  casa,  entrevista  com  profissional  da  área,  dicas  e 
nos permitem comprar de todo canto do
macetes, técnica de medição e produção, novidades em eletrônicas 
mundo, na verdade inclusive do outro
e  tecnologia,  software,  hardware,  experiências,  soluções,  etc.  
lado do planeta, da China. Muitas lojas
Participe Já.  
virtuais vendem de tudo, por preços
imbatíveis. Compram-se de tudo, desde
Envie seu material para revistapiclistbr@googlegroups.com.   
componentes eletrônicos, placas de PC, memórias, equipamentos,
até óculos, relógios, bolsas, vestuário, utensílios, eletrodomésticos.
 QUENTE  QUENTE QUENTE 
Algumas dessas lojas virtuais, também existentes no eBay, são sérias   A ÚLTIMA NOTÍCIA DESTA SEMANA 
e realmente entregam o produto vendido, porém o vendedor não   Por MAK. 
tem bom conhecimento técnico a respeito do produto, e você pode
acabar comprando gato por lebre. Na prática, a maioria dessas lojas
virtuais aceita devolver o seu dinheiro em caso de insatisfação com o Com a tecnologia, teclado pode assumir diferentes layouts
produto, mas elas exigem que você retorne o produto bem embalado dependendo da posição
e o frete correndo por sua conta e custo. Como na maioria das vezes
o frete custa o mesmo ou mais que o preço do produto, você acaba Por Rodrigo Martin de Macedo - www.geek.com.br
ficando com o gato, e passa a chamá-lo de lebre.
A Samsung anunciou Alias 2, um celular que faz uso de uma tela e-
Comprar da China no Brasil é importar, e quando o pacote entra no
ink, semelhante às empregadas em leitores de livros digitais, os
Brasil pode haver taxa de importação. Como regra geral considere
chamados e-books. Segundo o site The Register, e ao contrário do
que irá pagar entre 60 e 80% de impostos sobre o valor do produto que se pensa, a tecnologia não será utilizada na tela do dispositivo,
importado. Normalmente a taxa é calculada sobre o valor da nota mas sim em seu teclado, que permitirá que o
fiscal (invoice) que acompanha a mercadoria. Pode ocorrer que, com Alias 2 assuma diferentes layouts de acordo
um pouco de sorte, a sua compra seja entregue sem esta taxa. com a posição em que estiver sendo
segurado.
Mais à frente nessa edição leia sobre um acordo comercial que eu fiz
com um desses fabricantes e que permitirá trazer para o grupo
Na posição vertical, as teclas mostrarão os
produtos chineses, por preços convidativos. Exemplo: Osciloscópio números para a digitação do telefone. Na
LCD. horizontal, o telefone presumirá que seu
usuário pretende navegar ou digitar um
A seguir uma lista de locais onde nossos colegas do grupo já texto e então mostrará um teclado
compraram via Internet, sem nenhum desabono, preço e entrega alfabético.
razoável.
O Alias 2 terá tela de 2,6 polegadas, virá
equipado com uma câmera digital de 2
megapixels com suporte a zoom digital e
Os seguintes URLs foram enviados pelo Carmo Munhoz captura de vídeo. Compreenderá
arquivos AAC e MP3 gravados em cartões
Lojas que receberam uma estrelinha dos colegas da lista microSD, e terá conectividade Bluetooth 2.0
www.sureelectronics.net e 3G.
www.dealextreme.com
www.chinavasion.com Sua bateria será capaz de render 14 dias em
www.gainexpress.com modo de espera. O aparelho já está sendo
vendido nos Estados Unidos por US$ 80.
Lojas apenas citadas
www.kaidomain.com
Um equipamento similar usando electronic
www.focalprice.com
Ink é o teclado de PC com teclas
www.dhgate.com visualmente programáveis, veja:
www.lightinthebox.com
www.mymemory.co.uk (memory Keys)
www.artlebedev.com/everything/optimus
Lojas que oferecem outros produtos que não sejam eletrônicos
www.play-asia.com (jogos)
www.eastbay.com (tênis e roupas)
www.fragrancex.com (perfumes)
www.finishline.com (tênis)
www.secondspin.com
www.eastbay.com

 

 
  com um osciloscópio). Sempre que um pulso espúrio ocorrer, a
contagem vai avançar mais do que o que era esperado.
SONDA LÓGICA  Indicação de nível 1
Daniel José Viana
e-mail: danjovic@vespanet.com.br Se a ponta de prova estiver em nível zero ou flutuando, o transistor
Q1 estará cortado, e o nível lógico nas entradas de IC1A será zero,
Introdução devido ao resistor R6. Quando a tensão na ponta de prova ultrapassa
2,1 Volts, o nível na entrada de IC1 passa a ser alto fazendo com que
a saída caia a nível zero, acendendo então o LED verde.
No desenvolvimento de circuitos digitais, sejam eles discretos,
baseados em 'chips' lógicos, ou programáveis, baseados em Indicação de nível 0
microcontroladores, é necessário verificar o nível lógico dos pinos.
Para isso existe a Sonda Lógica. As tradicionais possuem LEDs para Se a ponta de prova estiver em nível alto ou flutuando, o diodo D1
indicar sinais de níveis alto e baixo. É comum haver um terceiro LED estará cortado, e o nível lógico nas entradas de IC1C é alto, devido à
para indicar a presença de sinais pulsantes. estrutura interna dos chips TTL. Quando tensão na ponta de prova
cai abaixo de 0,2 Volts, o diodo conduz e o nível na entrada de IC1C
passa a ser zero, fazendo com que a saída de IC1D caia a nível zero,
acendendo o LED vermelho.

Funcionamento
Montagem
Indicação de pulso
O circuito foi montado numa caixa de balas 'tic tac'. A altura desta
As sondas lógicas tradicionais utilizam um monoestável para 'alongar' caixa é suficiente para montar os CIs com soquetes, o que facilita
o tempo do pulso que recebem na entrada, de forma a tornar visíveis manutenção e substituição dos chips em caso de queima.
pulsos de curta duração. Isso só funciona bem se os pulsos forem
repetitivos, e se o intervalo entre dois pulsos for relativamente A ponta de prova foi feita com um fio rígido
curto, pois, de outra forma, a variação de brilho do LED de indicação limado na ponta, para ficar pontiaguda.
de pulso será imperceptível.

A sonda aqui apresentada utiliza um contador binário em vez do


monoestável. Assim, a cada transição positiva na ponta de prova, o
contador IC2 recebe um pulso negativo, fazendo a contagem
avançar. Apesar da simplicidade, este recurso possui grande
utilidade, pois permite observar a presença de pulsos de qualquer
duração ou periodicidade (frequência). A maior vantagem de utilizar
um contador é a possibilidade de detectar 'glitches' pela simples
observação do avanço da contagem binária (um 'glitch' é um pulso
indesejável de curta duração, que ocorre, por exemplo, em circuitos
decodificadores e normalmente é difícil de ser observado, mesmo

 

 
Uma PCI é uma versão manufaturada de seu esquema elétrico, logo,
se o seu esquema elétrico for claro, com uma disposição lógica e
LAYOUT DE P.C.I.  ‐  PARTE 1  bem detalhada, a tarefa de se desenhar a placa se torna mais clara,
rápida e muito menos dolorosa.
  Não economize nas anotações sobre desacoplamentos, roteamento
 
de sinais críticos e corrente que irá circular em determinado ponto.
Felipe Leone da Costa Mattos 
10 anos de experiência como Projetista de Hardware  Desenhe seu esquema já com a PCI em mente! Inclua na sua
e Técnico em Eletrônica.  Especialização em projeto  documentação uma lista de materiais completa, de forma a
e desenho de Circuitos Impressos.  encontrar os encapsulamentos corretos para todos os componentes
  antes de começar o lay-out.
Não é o objetivo desse artigo aprofundar muito nas técnicas de
desenho de esquemas elétricos, devendo este tema ser tratado numa
futura série de artigos.

Em inúmeras oportunidades podemos pensar que a simples ligação Sistemas de medidas: Milímetros X Polegadas
de todos os componentes conforme um determinado esquema
elétrico é o suficiente para funcionar um circuito, o que nem sempre
Apesar de o sistema métrico ser adotado como um padrão para
é verdade. Com a aplicação de circuitos cada vez mais velozes,
desenhos e projetos na maioria dos países, quando falamos de
montagens cada vez mais compactas e com a alimentação crítica, a
circuitos impressos nos deparamos sempre com medidas em
placa de circuito impresso deixou de ser apenas um suporte para os
polegadas, dado o fato que, ainda hoje, a grande maioria dos
componentes, assumindo um papel vital no bom desempenho dos
componentes eletrônicos é construída com base nesse sistema de
equipamentos eletrônicos. Essa série de pequenos artigos visa
medidas; portanto, desenhar uma placa recusando-se a adotar o
orientar os técnicos, hobbistas, amadores ou profissionais menos
sistema imperial pode ser tornar uma tarefa dura de ser cumprida.
experientes no projeto e desenho de placas de circuito impresso.
Isso não significa que, por outro lado, tenhamos que utilizar somente
o sistema imperial para fazer um lay-out. O mais eficiente é, sem
dúvida, fazer o uso dos dois sistemas num mesmo trabalho. Eu por
exemplo, adoto o sistema imperial para rotear as trilhas da placa e
determinar a largura das mesmas, além de desenhar a maioria dos
componentes e posicioná-los, enquanto uso o sistema métrico para
detalhes de fabricação, como medidas externas, rasgos e furos. Os
fabricantes de placas mantêm em sua linha de produção medidas de
brocas e fresas em milímetros. Por outro lado, existem cada vez
mais componentes SMD que são construídos em milímetros, como
resistores, capacitors e circuitos integrados. Isso nos obriga, em
Introdução alguns casos, a utilizar os dois sistemas de medidas até mesmo para
rotear a placa, como no caso de circuitos que usam BGA´s na sua
No início da produção em massa de equipamentos eletrônicos, no montagem.
período pré segunda guerra, a simplicidade dos circuitos, aliados à
necessidade de custos baixos de fabricação, exigia projetar uma
Um termo que usaremos daqui para frente será a palavra “mil”, que
placa instalando todos os componentes de um só lado da placa, e
significa milésimo de polegada. Por exemplo, você verá muitas vezes
usar um traçado que permitisse ligar todo o circuito corretamente
medidas estranhas em um datasheet, como, por exemplo, uma
usando uma única camada de cobre. Com o passar dos anos, a
distância entre pinos de 1.27 mm, ou 50 mils. Portanto, atenção
evolução dos circuitos em velocidade, manipulação de sinais de
para não confundir mils com milímetros. Outro termo utilizado entre
baixa intensidade, alta frequência, rápidos períodos de transição de
designers de placas para milésimos de polegadas é “thou”.
estado lógico ou ainda, o controle de cargas de alta potência, fez
Um thou equivale a um mil, que equivale a um milésimo de
com que as placas passassem a ser consideradas um componente
polegada. Com o passar do tempo essas conversões se tornam muito
importante do circuito, influenciando com suas características de
mais simples do que à primeira vista.
indutância, capacitância e resistência. A PCI pode fazer parte do
sucesso ou do fracasso de um projeto, dependendo da maneira como
Fórmula para conversão de mils em milímetros
foi concebida.
X mm = Y mils * 0,0254
A importância do diagrama esquemático
Ex:
200 mils * 0,0254 = 5,08 mm
Antes de começarmos a projetar a placa de nosso novo projeto,
10,16 mm / 0,0254 = 400 mils
devemos ter em mãos um diagrama ou esquema elétrico mais
detalhado possível, bem documentado, de forma clara e objetiva.
Por essa edição, ficamos por aqui. No próximo artigo da série,
Isso parece óbvio, mas muitas pessoas iniciam um projeto com o
iremos tratar sobre diferentes tecnologias de PCI´S, posicionamento
esquema elétrico desenhado só na cabeça, ou em blocos desenhados
de componentes e sua influência no desempenho da PCI.
em papéis dispersos, sem as informações centralizadas e
formatadas. Isso é o começo ideal para termos uma placa que pode
nunca funcionar direito, ou que exigirá revisões e adaptações para

ser corretamente montada.
 

 

 
de 1R ficam muito comprimidos no começo da escala. Então uma
escala ampliada facilita bem a leitura abaixo destes valores.
MEDIDOR   E.S.R.  DE  CAPACITORES 
Por Luciano Sturaro – PY2BBS  Outra modificação foi substituir o TL062, o qual não encontrei no
comercio local por um TLC272, que também funcionou
Só quem já apanhou de fonte chaveada, sabe o quanto é importante perfeitamente.
o valor baixo da ESR dos capacitores eletrolíticos, principalmente os
de filtragem na retificação em alta-frequência. Não só as fontes Depois de acertados os valores do resistor de ganho do amplificador
chaveadas sofrem do problema com capacitores com ESR elevada. para o VU, já que usei um instrumento menos sensível (200uA), e por
Basta olhar a quantidade de placas-mãe de PC que aparecem com os fim acrescentei um sistema de proteção a entrada, para descarregar
capacitores estufados ou mesmo estourados, devido ao aumento da algum capacitor que por ventura esteja com carga. Os dois diodos
ESR dos capacitores. 1N4007 servem para curto-circuitar o capacitor, independente de
sua polaridade, e resíduo de 0,7V que restará devido à queda de
Mas afinal o que vem a ser essa tal de ESR? tensão nas junções dos diodos serão absorvidos pelo resistor R6 e o
ESR quer dizer: “Equivalent Serie Resistance” secundário do transformador. O resultado obtido esta no esquema na
próxima página.
Todos os capacitores têm certa resistência à passagem da corrente
alternada. ESR é a soma de todas as resistências internas de um Aproveitando o pequeno tamanho do
capacitor medido em Ohms. Um capacitor ideal teria ZERO ohms circuito, resolvi montá-lo em um
ESR. A partir da figura abaixo você pode ver um resistor em série multímetro de baixo custo (R$12,00 no
com o "CAPACITOR IDEAL". O valor dessa resistência é chamado ESR. camelô). Toda a parte interna do
multímetro foi removida, de modo a
sobrar espaço para acomodar a pequena
placa de circuito impresso e a bateria de
9V.

O pequeno transformador, foi enrolado


Os capacitores eletrolíticos têm uma tendência de aumentar sua ESR em um núcleo aproveitado de um
devido à secagem de seu eletrólito ou corrosão. A alta ESR é um transformador driver de saída horizontal
problema freqüente em circuitos eletrônicos. Um aumento de 1 ou 2 de um velho monitor de vídeo CGA.
ohms da ESR pode causar vários problemas. Foram 400 espiras no primário e 20 no
secundário de fio 32AWG. Esta placa
Em condições normais a ESR tem um valor muito baixo, que se ainda não estava com a chave de
mantêm durante muitos anos, quando o capacitor é de boa expansão, e o trimpot foi trocado
qualidade e não apresenta vazamentos em seu selo de borracha, o posteriormente por um multi-
que causa entrada de ar e secamento do eletrólito, aumentando voltas, para maior facilidade no
rapidamente a ESR. Mais sobre a ESR: ajuste.

http://wiki.xtronics.com/index.php/Capacitors_and_ESR Vista da plaquinha lado dos


componentes.

Há muito que procuro um circuito simples para medir a ESR. Já me


utilizei da técnica de medição com o osciloscópio e gerador de Abaixo a plaquinha já
funções, mas é muito trabalhosa. O ideal é que o equipamento fosse devidamente acomodada em
portátil e possa ser transportado para qualquer canto da bancada. seu lugar. A placa original do
Soluções simples e práticas existem, como a da AnaTek corp. Porem multímetro foi serrada de
seu preço é bem proibitivo. forma a aproveitar o encaixe
das ponteiras de prova.
Capacitor Wizard Analog ESR meter - Analógico. Mede de 0 a 30 Ohms,
frequencia de teste 100kHz. Preço: $189,00 Abaixo a caixinha fechada. A
chave rotativa teve que cair
Blue ESR Meter - Digital. Mede de 0.01a 99 ohms, frequencia de teste não
informada. Preço $119,00
fora, pois não caberia a
bateria. Para tapar o buraco da
Atlas ESR60 - Digital, mede de 0.01 a 20 ohms, frequencia de teste não chave rotativa, recortei um
informada. Preço $129,00 pedaço do plástico da capa de
um disquete de 3 1/2. Ficou
EVB ESR Meter - Digital, mede de 0.01 a 99 ohms, frequencia de teste não
informada. Preço53€ (somente em Portugal) perfeito! O medidor já
totalmente acabado, e com a
ESR-micro v3.1 - Digital, mede de 0.01 a 100 ohms, frequencia de teste não escala do VU feita no Corel
informada. Preço 1350 rub (Rússia) Draw. A chave da esquerda (na
lateral) é a liga/desliga e a da
Depois de procurar por algum tempo topei com este circuito bem direita a seleção da escala
simples (http://ludens.cl/Electron/esr/esr.html) e funcional de utilizada.
autoria do Manfred Mornhinweg, XQ2FOD. Depois de montar uma
prova no protoboard e certificar o excelente funcionamento, e Por fim um close-up da escala, impressa em papel fotográfico em
montar meu medidor, resolvi aplicar uma pequena melhoria. Uma uma impressora jato de tinta. Qualquer semelhança com o VU do
chave para ampliar a sensibilidade da escala já que valores abaixo medidor da AnaTek é mera inspiração.

 

 
Maiores informações sobre esse medidor, incluindo layout do display
no meu website:

http://www.py2bbs.qsl.br/esr_meter.php

Especial para a Revista PICLISTBR: Um BMP em 800DPI da minha


escala poderá ser baixado no seguinte link:

http://groups.google.com/group/revistapiclistbr/web/esr.zip

Esta escala é adequada ao VU que utilizei. Se o seu VU for muito


diferente esta escala pode não coincidir os valores, mas ela servirá
como referencia para você desenhar a sua própria escala.

Abaixo, o circuito esquemático, a escala e o instrumento terminado.

COMÉDIA ‐ FÍSICA – “Boiling Point” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Quem nunca cuspiu um papelzinho?

 

 
OPORTUNIDADES  INTERNACIONAIS 
Por Wagner Lipnharski – Orlando Florida 

Devido a minha empresa Americana estar estabelecida no Mercado


desde 1998, fica bem mais fácil fechar acordos de representação de
produtos com empresas internacionais, principalmente em caso de
pequenas empresas em crescimento. Como tal, a UST Research Inc.,
está agora também representando produtos eletrônicos da área de
ferramentas, testadores e equipamentos de medição, monitoração,
aferição, etc. Um novo website da USTR estará disponível em breve.

Durante os últimos meses, fechei acordos internacionais de


representação de fornecedores Chineses, Russos e Indianos, para os
Estados Unidos e também para o Brasil. Ainda este mês estou
viajando para o Brasil para, se possível, organizar um centro de
distribuição física de tais produtos diretamente dentro do Brasil.

Fig. 2 - Kit de Componentes do Osciloscópio


Tais representações trazem bons produtos e preços. Como
representante, eu tenho bons descontos quando comprando em
quantidade de 30 ou mais unidades. Estes descontos poderão ser
repassados ao grupo PICLISTBR quando comprando em quantidade e Características técnicas do osciloscópio:
na forma de “mutirões”. Entretanto se a intenção é comprar em
quantidade para revender, entre em contato para negociar. • Processador AtMega448
• Máxima Velocidade de Amostragem - 2M/s,8 bits
OSCILOSCÓPIO LCD • Memória Armazenamento - 256 bytes
• Banda passante Analógica - 1MHz
• Sensibilidade Vertical - 100mV/Div - 5V/Div
Um desses acordos disponibilizou o Osciloscópio LCD tanto discutido
• Posição Vertical Ajustável, com indicação
nos emails do grupo. O fabricante oferece o osciloscópio em duas
• Impedância de Entrada - 1MΩ
versões: montado US$49 ou em Kit US$33. O frete para o Brasil é de
• Máxima tensão de entrada - 50Vpp
US$30 para os primeiros 500g e US$10 para cada 500g adicional. O
frete da China para os Estados Unidos é mais em conta e consigo tais • Acoplamento DC / AC
aparelhos por um desconto considerável, quando re-despacharei • Horizontal - 5μs/Div - 10m(minutos)/Div
para o Brasil. O preço final desse caminho acaba sendo vantajoso. • Modo de Disparo, Automático, Normal e Único
• Disparo por borda de subida / descida
• Nível de Disparo ajustável, com indicador
Numa votação de interesse de compra via “mutirão”, o nosso grupo
• Dispositivo Hold/run
mostrou resultado acima de 50 unidades, o que me permite obter
descontos no fabricante. Assim sendo, nos próximos dias • Sinal de Teste 500Hz/5Vpp embutido
disponibilizarei uma webpage para cadastro de compra, pagamento • Frequencímetro informa Frequencia e Tempo p/sinais TTL
via Paypal ou depósito em conta na Caixa Economica Federal • Fonte de alimentação 9Vdc 500mA (fornecida no modelo Montado)
• Ponta de Prova Simples (fornecida no modelo Montado)
• Dimensões: 110mm X 65mm X 25mm (sem caixa)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 - O osciloscópio Montado
 
 
O osciloscópio na forma de KIT possui todo o material necessário  
para montá-lo, exceto o cabo de medição e a fonte de alimentação.  
O microcontrolador AtMega48 (SMD) já vem soldado na placa, porém
 
os outros componentes SMD deverão ser soldados pelo comprador. A
 
diferença de preço US($10) entre “KIT” e o “Montado” sugere que
vale a pena comprar o Montado, pois também inclui ponta de prova  
simples e fonte de alimentação chaveada, 9 Vdc 500 mA. Fig. 3 - O osciloscópio monitorando sinais da interface USB.

 

 
KIT MEDIDOR DE CAPACITORES  (Capacímetro) 
  Pela facilidade do circuito impresso ser thru-hole e usando
O Kit Medidor de Capacitores é fornecido totalmente desmontado, componentes discretos e pinos SPI disponíveis, esse kit também
porém os componentes são thru-hole, facilmente soldáveis. A placa torna-se uma plataforma de testes e desenvolvimento simples, com
de circuito impresso é dupla face com máscara de solda e de um AtMega48V, display multiplexado.
componentes. O que não acompanha o KIT e seria aconselhável é o
soquete DIP-28 para o AtMega48V e a fonte de alimentação 9Vdc CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO CAPACÍMETRO
500mA, que estará disponível para compra na webpage.
• Precisão em torno de 1%
• Faixa de Medição: 1pF - 500uF
• Chaveamento Automático de Escala
• Botão para Zero das capacitâncias intrínsecas
• Valores lidos são disponíveis de forma serial, em tempo real,
com informação de tempo (time stamp).

Fig. 4 - Kit de Componentes do Capacímetro

No kit existe um display de 4 dígitos de 7 segmentos em LED, com


conexão de 12 e o processador AtMega48V, de baixíssima corrente,
rodando a 10MHz. Abaixo, a placa montada. Existe um botão de
“zero” a fim de zerar as capacitâncias intrínsecas da placa, fiação e
pontas de prova. Tal valor de correção é armazenado na memória
e2prom do AtMega. O instrumento que possui chave liga/desliga
pode ser alimentado com uma simples bateria de 9 V, fonte de
alimentação externa ou diretamente com +5V a soldar na placa após
Fig. 6 – Forma de Onda da Multiplexação do Display
o regulador. Um soquete multipinos (veja + CX - abaixo) para
conectar os capacitores a testar. Os dois conectores brancos ao lado
Acima o Osciloscópio LCD mostrando a forma de onda da
direito da placa abaixo, acompanham as fêmeas com fios vermelho e
multiplexação do Display de 7 Segmentos do Medidor de Capacitores.
preto inseridos (veja foto do Kit acima), para alimentação e para as
É comum o Medidor de Capacitores indicar em torno de 40pF quando
pontas de provas externas.  
ligado pela primeira vez, necessitando pressionar o botão zero com
as pontas de prova em aberto.

Na webpage HTTP://www.ustr.net/oferta2009maio.htm (a ser


disponibilizada nos próximos dias) você poderá fazer o cadastro para
compras de:

• Osciloscópio LCD
• Medidor de Capacitores
• Fonte de Alimentação chaveada 9Vdc 500Ma

Naquela página também haverá informações sobre pagamento, prazo


de entrega e distribuição no Brasil. Entre no Mutirão, ajude a reduzir
os custos do produto e frete, economize e todos sairão ganhando.

Esse não será o único mutirão para compra desses aparelhos, ele
Fig. 5 – Capacímetro Montado
deverá se repetir assim que houver novo volume suficiente para tal.

O tempo de conversão de leitura é rápido para capacitores de baixo


valor, tornando-se mais lento para capacitores de alto valor.
Observei que é recomendável usar um filtro vermelho sobre o
display, para melhorar a leitura em ambiente mais iluminado.

Eu montei um desses kits, gostei e recomendo. O baixo custo


compensa sempre, e mostrou ser uma ferramenta útil para
identificar capacitores em geral.

 

 
  Então surge o LED, que é uma junção semicondutora que emite luz
visível quando recebendo corrente elétrica. Estima-se que de 100W
LÂMPADA DE LEDS  consumidos, um LED emite em torno de 80 a 90% de radiação na
frequência para a qual foi fabricado. Esta frequência é muito mais
Por Wagner Lipnharski – Orlando Florida  estreita que qualquer outra lâmpada, um LED vermelho irá gerar
  radiação estritamente na frequência da cor vermelha. No início os
ATENÇÃO: ESSE PROJETO TRABALHA COM TENSÕES DE LEDs custavam mais, e a potência de radiação era sempre pequena.
ATÉ 120 VAC OU 165 VDC EXPOSTAS E QUE PODEM SER Era usado em painéis, identificadores, etc. Atualmente existem
FATAIS. SE VOCÊ NÃO TIVER EXPERIÊNCIA E CONHECER diversos tipos de LEDs de alta potência, incluindo os popularmente
OS CUIDADOS NECESSÁRIOS, EVITE MONTA-LO. conhecidos como LUXEON, que permitem até 1, 3, 5 e 10W de
  dissipação, permitindo correntes em excesso de 2A, porém ainda
Existem inúmeros tipos de lâmpadas, com diferentes cores, com custo elevado.
potências e usos. Da pequena lâmpada da lanterninha de uma pilha,
até a gigante que faz parte dos holofotes que iluminam o estádio de
futebol. O consumo elétrico de cada uma depende da construção,
tecnologia e é basicamente proporcional à radiação gerada.

As lâmpadas residenciais mais conhecidas são;

• Incandescente
• Fluorescente

LEDs brancos adquiridos na China custam centavos de dólar para


quantidade acima de 1000 unidades. Entre os LEDs brancos, de 3 ou
5mm eu recomendo o uso dos 5mm pela maior área de lente e
facilidade de manuseio. Esses LEDs emitem luz branca quando sob
uma corrente elétrica de 5 a 30mA, sendo a mais produtiva em torno
de 18 a 20mA. Sob essa corrente o LED durará milhares de horas de
operação, abaixo disso a intensidade de luz emitida é reduzida,
acima disso a vida útil do LED é reduzida. Sob 20mA um LED branco
normal desenvolve uma queda de tensão entre 3 e 3,4 Vdc, depende
do fabricante, modelo, etc. Ligando dois LEDs em série, seguindo a
A incandescente é a mais popular, de tecnologia mais antiga,
seqüência de polaridade, os dois LEDs desenvolverão uma queda de
encontra-se a venda em bares, mercearias ou supermercados. Ao
passar corrente elétrica pelo filamento, esse é aquecido e emite tensão entre 6 e 6,8 V quando sob os mesmos 20mA. Três LEDs em
radiações em diversas frequências, porém só uma pequena parte série promoverão de 9 a 10.4 Vdc Isso significa que 3 LEDs ligados
corresponde à luz visivel. Como o que buscamos é exatamente a luz em série poderiam ser ligados diretamente a uma bateria de 9 V.
visível para iluminação, significa que o rendimento (potência luz
visível / potência consumida) é muito baixo; um grande desperdício
de energia. Estima-se que de 100W consumidos menos de 10W é
efetivamente convertido em radiação visível, rendimento de 10%.

A lâmpada fluorescente promove bombardeamento de elétrons


acelerados em átomos de mercúrio na forma de gás, tais átomos
bombardeados emitem radiação numa faixa mais estreita de
frequência, porém acima da luz visível, conhecida como luz
ultravioleta. Essa radiação atinge partículas de fósforo, um pó
branco depositado na parte interior do bulbo de vidro dessas
lâmpadas. O fósforo trabalha como um conversor de frequências,
quando bombardeado com radiação ultravioleta, emite radiações
numa faixa mais larga de frequências, uma boa parte cobrindo a luz Assim, a potência consumida por um LED branco será de 3 x 0,02 =
visível, iluminando o ambiente. Com uma maior conversão de 60 mW. Como a produtividade dos LEDs é na ordem de 80 a 90%, a
energia consumida em luz visível, e com aquecimento reduzido, esta radiação visível equivalente seriam então de 50 mW. Para gerar a
lâmpada que é também conhecida como "luz fria", possui um fator mesma quantidade de luz de uma lâmpada incandescente de 100 W,
de rendimento maior que a lâmpada incandescente, porém ainda que é em torno de 10 W de radiação visível, precisaríamos de (10 W
existem perdas nos componentes associados, como o reator e / 50 mW) = 200 LEDs, com um consumo elétrico aproximado de (60
pequenos filamentos térmicos necessários à ionização do gás de mW x 200) = 12W. Teríamos uma economia de aproximadamente 88
mercúrio. Estima-se que de 100W consumidos, menos de 40W é Watts, com a mesma luminosidade. Outra vantagem é que como os
convertido em radiação visível, rendimento de 40%. LEDs aquecem bem menos e não são construídos com materiais que
"gastam" com o tempo, estima-se uma vida útil em torno de 100.000
horas, ou 11 anos de uso contínuo. A prática mostra que esse tempo
não é real, pois LEDs tem a vida reduzida por descargas elétricas,
picos altos de corrente, temperatura, etc. Talvez a maior vantagem
além da economia de energia é a resistência a choques mecânicos,
fatal para lâmpadas incandescentes e fluorescentes.

Poderíamos montar seqüências série de LEDs e alimentá-los com


qualquer tensão necessária à série, usando pequenos
transformadores de 110 x 12 Volts, por exemplo. Mas buscando
redução de custo, tamanho e praticidade de construção, podemos
optar por uma solução sem transformador, ligados diretamente à
rede elétrica. Também devemos considerar que se a idéia é

 

 
substituir uma lâmpada incandescente normal por uma de LEDs, com
tamanho, formato e rosca de contatos similar, um transformador não
caberia dentro do corpo pequeno dessa.

A princípio, pode-se pensar que o máximo de brilho seria obtido ao


usar o máximo possível de LEDs, para utilizar os 165V. Mas lembre-
se que estamos usando uma semi-senóide para alimentar os LEDs e
essa terá os 165V por um período muito curto. Se os LEDS terão
máximo brilho com 165V e que a maior parte do tempo a tensão
estará entre zero e 165V, o brilho médio será muito baixo.

Ao contrário, com poucos LEDs teríamos um período maior de


condução nos LEDS, resultando numa maior potência de irradiação,
porém com menos LEDs a somatória de potência é menor.

Acima: Forma de onda AC Senoidal, como obtida da rede elétrica. Para buscar a melhor quantidade de LEDs nessa lâmpada, desenvolvi
tabelas e fórmulas no Excel, a fim de satisfazer as seguintes
exigências:

a) Que se use tão somente uma ponte de diodos e um resistor


limitador de corrente, por economia, espaço e simplicidade.

b) Maior brilho médio da lâmpada (LampWt) ao longo dos 8.33ms da


meia senóide retificada.

c) Que os LEDs brilhem forte durante a maior parte do tempo


(ArcoLEDsOn) do ítem (b), área em verde na figura acima.

d) Que se use a maior quantidade possível de LEDs, para se obter


Acima: Forma de onda Senoidal Retificada na forma Onda Completa. uma somatória maior de lux.
Cada uma das 3 semi-senóides acima tem 8.333ms (milisegundos).

e) Que a corrente elétrica nos LEDs não seja acima de suas


A opção #1 visa o menor numero possível de componentes, menor
capacidades. Devido ao uso de um resistor limitador de corrente,
custo e construção. A opção #2 usa um regulador de corrente
esta será relativamente baixa até que a tensão da semi-senóide
constante, a fim de fixar a corrente dos LEDs em 20mA. Essa opção
ultrapasse a soma das tensões mínimas necessárias a cada LED, dai
custa mais, requer maior espaço físico, conhecimento técnico e
para cima a corrente elétrica (em milliamperes) acompanhará a
seleção de componentes.
curvatura da tensão da senóide aplicada. No topo da senóide a
#1 - Corrente Elétrica AC Retificada corrente é máxima e não pode ultrapassar o aceitável pelos LEDs.

f) Como um LED é um diodo, a queda de tensão num LED branco


Para esse “laboratório” usarei a referência de 117Vac como sendo a
sobe rapidamente até 3 ou 3.2V. Após esse ponto, a corrente sobe
tensão elétrica RMS residencial. Esse valor é dito tensão RMS da
rapidamente porém a tensão sobe lentamente. Isso pode ser
senóide, cujo topo tem um valor de 1.41 maior que o RMS, portanto
prejudicial ao LED, pois a dissipação térmica na junção é acentuada
117 x 1.41 = 165V. Quando retificada na forma Onda Completa como
sem ganho de brilho. Isso significa que haverá um ponto na subida
na figura anterior, a semi-senóide roda de zero a 165 V @ 120 Hz.
senoidal da tensão onde todos os LEDs estão com brilho próximo ao
maximo, e a senóide ainda terá muitos volts a subir. Aqui é que se
Qual seria então a quantidade de LEDs a ligar em série para melhor
ganha brilho por tempo, exigência do item (b) acima, pois os LEDs
aproveitar a senóide retificada? Essa questão me levou a diversas
estarão brilhando com o máximo de intensidade desde esse angulo
pesquisas, descobertas e testes, considerando períodos de corrente,
até os 90 graus da senóide, e então até o ângulo equivalente da
potência proporcional, dissipação de energia desperdiçada no
descida da senóide. Quanto maior o ângulo de "ArcoLEDsOn" (área
elemento regulador de corrente, etc, sempre buscando o maior
em verde na figura acima), maior o brilho médio obtido na
brilho nos LEDs com a menor energia consumida, ou seja, o maior
lâmpada. Porém durante o “ArcoLEDsOn” o excesso de tensão não
rendimento da lâmpada.
deverá ir para os LEDs, e sim ser dissipado no resistor limitador,
como perda de energia.

 
10 
 
Deve-se sempre manter em mente que estamos lidando com tensões
“X” LEDS produzem X vezes PotenciaLEDS, que é menor. letais que ultrapassam 155 Volts. Todo o cuidado é pouco.

Ao usar osciloscópio para monitorar as tensões e correntes nessa


lâmpada, tive o cuidado de isolar a lâmpada da rede elétrica, pois o
terra do scope é ligado ao terra e neutro da rede, e tudo dentro
dessa lâmpada está flutuando devido à ponte retificadora de onda
completa. Qualquer conexão entre o terra do scope pode causar
danos ao scope, a lâmpada e risco de choques elétricos ao operador.

Usei um simples transformador que tivesse 117Vac no primário e


117Vac no secundário, para 500mA. Esse tipo de transformador é
conhecido como “transformador isolador”. Nesses testes um
transformador pequeno resolveria, pois a lâmpada consome menos
de 30mA de pico.

As próximas figuras foram obtidas fotografando a tela do osciloscópio


e depois a imagem teve as cores invertidas. A primeira foto foi da
lâmpada de 42 LEDs. Note o angulo de condução de 97.5° dos 180
X / 2 LEDS produzem X/2 vezes PotenciaLEDS, que é individualmente da semi-senóide, ou seja, só 54% do tempo os LEDs estão acesos.
maior, porém com maior perda térmica no resistor (RWt). Pico de corrente de 15mA (forma de onda menor).

g) Que o valor do resistor seja o mais baixo possível, a fim de


dissipar o mínimo possível de energia. Quanto menor "R", maior será
a corrente nos LEDs, e não queremos corrente excessiva. Então
aumentamos a quantidade de LEDs para reduzir tal corrente
máxima. Isso reduz o ângulo de condução "ArcoLEDsOn", lâmpada
não tão brilhante.

h) Os números mágicos são; baixo R, maior número de LEDs, maior


"ArcoLEDsOn", maior "PotenciaLEDs", menor corrente.

Como podemos ver nos itens (A) a (H) acima, é fundamental buscar a
melhor relação "Quantidade de LEDs e Valor do Resistor" para se
obter um maior brilho com menos perdas térmicas.

Após diversos cálculos obtive o resultado abaixo, que responde


satisfatoriamente aos requisitos dos itens acima.

Usando LEDs brancos em estoque, a solução que apresentou o maior


consumo elétrico nos LEDs com o menor consumo térmico no
resistor, para uma alimentação de 117Vac retificada em onda
completa, foi de 35 LEDs com um resistor série de 820 Ohms 2W.
Na foto abaixo, usando lâmpada de 34 LEDs, o ângulo de condução é
de 121.3° em 180 (67.3%), o resultado é maior brilho que a de 42,
No circuito utilizado abaixo, instalei os 35 LEDs numa espiral no principalmente devido ao aumento de corrente para picos de 25mA.
circuito impresso protótipo, o fusível e a ponte retificadora foram
acomodados na base do soquete E-27 da lâmpada e o resistor de 820
ohms 2W ficou em pé só conectando o pino (+) do retificador ao
anodo do primeiro LED da espiral.

Deve-se promover pequenos furos de ventilação no corpo do


soquete, a fim de evitar o acúmulo de calor gerado pelo resistor.

 
11 
 
Na foto abaixo, usando lâmpada de 42 LEDs, a tensão máxima Posteriormente montei uma segunda planilha no Excel para rodar
LEDsON (do início de condução até o pico da semi-senóide) e que
com valores reais obtidos pelas formas de onda no osciloscópio e
recai sobre o resistor limitador de corrente é de 34 V. Já na forma
de onda menor, a corrente nos LEDs cujo pico é ao redor de 15 mA. testes com as lâmpadas de 34 e 42 LEDs. Essa planilha resultou em
valores um pouco diferentes, sugerindo resistor de 960 Ohms, o qual
eu não tinha para 2W. Fiz uma montagem associativa de resistores, o
que resultou em 1013 Ohms. Então a corrente (RMS) obtida foi de
34.9mA, potência nos LEDs: 2.687W, e o brilho obtido foi 50% maior
que a primeira lâmpada que eu montei com 46 LEDs, capacitor após
o retificador e regular transistorizado de corrente (18mA).

#2 – Opção Corrente Elétrica AC Retificada e filtrada com


Regulador de Corrente Constante.

Uma boa parte desses cálculos seria evitada se ao invés de um


resistor fixo limitador de corrente, fosse usado um gerador de
corrente constante, ou um limitador de corrente constante. O uso
de um capacitor adicional após a ponte retificadora e um regulador
de corrente via transistor de potência ou um regulador de corrente
tipo LM317T resolveria o problema, porém existem problemas
Abaixo, a tensão de “ignição” dos 42 LEDs, que é em torno de 113 V, associados. O primeiro é o uso do capacitor, que com tempo e
quando a corrente (forma de onda menor) inicia e sobe até 15 mA. aquecimento virá a falhar, causando uma pequena explosão ou
mesmo incêndio. Isso pode ser um problema grave, visto que às
vezes lâmpadas são instaladas em áreas fechadas, buracos ou local
de fácil propagação de combustão. O segundo problema é que, se o
regulador LM317 falhar, ou entrar em curto por um surto elétrico
qualquer, haverá um excesso de tensão sobre os LEDs e sem
nenhuma limitação de corrente tais LEDs serão danificados.

Apesar de ter montado ambas as soluções e estarem em


funcionamento, eu não me sinto completamente seguro em instalar
uma lâmpada de corrente constante num encaixe dentro do forro, ou
num armário de madeira, etc.

É muito difícil um resistor entrar em curto, explodir ou incendiar


em operação normal. Então a solução do limitador aparenta ser a
mais indicada com base em a) segurança, b) custo, c) espaço.

Abaixo com 34 LEDs, a tensão de pico sobre o resistor limitador é de


55.5V, e a corrente de pico nos LEDs (e no resistor) é em torno de
LED com Cabeça Lixada
25mA. Maior ângulo de condução e corrente, menos LEDs, mais luz.
Notei que os LEDs brancos comuns têm um angulo de projeção de luz
muito fechado, em torno de 12 graus, tornando a lâmpada uma spot
light, projetando um circulo de luz ao invés de dispersar no
ambiente. Resolvi esse problema cortando a cabeça arredondada
dos LEDs, usando um disco de corte na Dremel e removendo as
rebarbas com o mesmo disco de corte, sem dar polimento. Isso foi
suficiente para os LEDs ficarem com a cabeça plana e projetarem luz
num angulo mais aberto, com luz mais difusa, mais macia, porém
muita luz é refletida por dentro do LED para trás, o que requer que o
circuito impresso seja pintado de branco, para que tal luz retorne à
frente. Usei um papel bem branco entre o circuito impresso e os
LEDs. Resista à tentação de usar papel alumínio, pois curto-
circuitaria os LEDs, e ali está presente 150Vpp, lembre-se disso.

Wagner Lipnharski, Maio de 2009


 
12 
 
IPC-7711/7721 - Rework of Electronic Assemblies & Repair and
Modification of Printed Boards and Electronic Assemblies
ENTREVISTA  
Controle de Qualidade na Indústria  2. Auditorias periódicas de qualidade
Reporter Izabella Luiza  entrevista  Aline Lipnharski da Landis+Gyr. 
  Auditorias são realizadas para garantir que o processo do fornecedor
está controlado e dentro das expectativas do cliente. São realizadas
Aline Lipnharski
Analista de Qualidade auditorias no âmbito de conferência de componentes adquiridos para
Landis+Gyr - South America - Curitiba Paraná. a montagem das placas. Os componentes devem ser comprados
www.landisgyr.com.br conforme BOM (Bill of Materials) especificado pelo cliente. A
auditoria de componentes basicamente abrange a verificação dos
Técnica Eletrônica (UTFPR-CEFET), Graduada em
Tecnologia em Mecânica (UTFPR-CEFET), partnumbers e fabricantes dos componentes separados para o lote
especialização Engenharia da Produção (PUC PR). que está sendo auditado.

Responsável pelo controle de qualidade de PCIs e


outros produtos dos fornecedores da Landis+Gyr. A auditoria do lote é estendida aos itens de consumo utilizados para
a montagem das placas, como a pasta de solda utilizada na Printer 1;
liga de solda utilizada na Wave 2; fluxo de solda, composto que
remove os óxidos presentes na superfície a ser soldada; e fio de
solda utilizado na montagem manual.

Após as aprovações anteriores é realizada a auditoria do processo


SMT (Surface-Mount Technology). Existe um padrão para prazo de
Pergunta: Aline, o que a Landis+Gyr fabrica?
validade e temperatura de armazenagem da pasta de solda, bem
como a espessura de aplicação da mesma. Vale informar que 80% dos
Resposta: A empresa Suiça Landis+Gyr fabrica medidores eletrônicos problemas de solda em placas SMT são decorrentes de falhas com a
para consumo elétrico, residencial, comercial e industrial. Eu pasta de solda, portanto esse item deve ser bem controlado para
trabalho como Analista de Qualidade na fábrica de Curitiba e garantir a qualidade de solda.
atendemos toda a América Latina.
Outra questão importante para auditar é o tempo de vida do
Pergunta: Como é feito o controle de qualidade dos produtos estêncil, tela metálica vazada que permite a passagem da pasta de
fornecidos à Landis+Gyr, por fornecedores externos? solda somente sobre as ilhas da placa. Dependendo da matéria-prima
de fabricação do estêncil (latão, aço inox) e espessura da chapa,
Resposta: As indústrias eletrônicas preocupadas com o existe uma quantidade de ciclos especificada pelo fabricante.
desenvolvimento tecnológico de seus produtos e a necessidade real
do mercado de produzir com maior qualidade e custo reduzido, É importante certificar também que os rolos de componentes SMT
procuram focar suas atividades fabris somente na montagem do inseridos na Pick & Place 3 estão nas posições corretas, pois os
produto final. A montagem do circuito eletrônico fica a cargo dos cabeçotes apanham os componentes no alimentador da máquina e os
CMs (Contract Manufacturer), indústria de montagem de placas inserem na posição X e Y da PCB.
eletrônicas com experiência na área de aquisição de componentes,
montagem e testes.
O próximo item a ser auditado no processo SMT é a temperatura ou
perfil térmico do forno de refusão. O forno possui zonas com
A qualidade do produto final está totalmente ligada com os sub-itens temperaturas diferenciadas ao longo do caminho a ser percorrido
que são incorporados durante a montagem dos mesmos. Essa pela placa. Esse perfil térmico varia com a população de
qualidade depende de vários fatores internos e externos a indústria componentes, área e espessura da PCB, tipo de solda, etc.
que desenvolve e monta o produto. Existem maneiras de controlar e
garantir a qualidade dos itens, principalmente quanto se trata de
A última etapa de auditoria do processo SMT é a inspeção visual de
itens manufaturados por empresas da cadeia de fornecimento.
solda e posicionamento dos componentes distribuídos na PCB. Essa
inspeção pode ser realizada com lupa de aumento ou com um
Pergunta: Quais são os fatores que tem por finalidade mitigar equipamento de inspeção óptica.
problemas que futuramente poderão aparecer no usuário final, e
como evitá-los já na fabricação?
O processo THT (Through Hole Technology) é o processo mais
convencional, mas ainda é bastante utilizado. A auditoria na
Resposta: inserção de componentes basicamente é verificar se as operadoras
encaixam os terminais dos componentes nas posições e polaridades
1. Atendimento a normas específicas: corretas. Logo após a placa é submetida à solda onda através de
esteira, que também tem um perfil de temperatura traçado, o qual
Os CMs homologados devem ter os requisitos básicos das normas de deve ser verificado. A solda deve ser auditada após a liga fundida
montagem, retrabalhos e ESD implantados para garantir o mínimo de aderir os terminais dos componentes e aos furos metalizados da PCB.
qualidade no processo das placas eletrônicas. As normas que
1
geralmente são exigidas pelos clientes são as seguintes: equipamento de aplicação serigrafia da pasta de solda sobre a PCB
(Printed Circuit Board) para tecnologia SMT (Surface-Mount
NBR 14544:2000 - Requisitos básicos para proteção de componentes Technology)
sensíveis às descargas eletrostáticas
2
máquina de solda por onda, para tecnologia THT (Through Hole
IPC-A-610 - Acceptability of Electronics Assemblies Training and Technology)
Certification Program
3
máquina de inserção de componentes SMT

 
13 
 
3. Análise dos KPIs (Key performance indicator) AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
Os testes, incluindo gravações de firmware, ICTs (In-Circuit Testing) Por RODRIGO REIS DO NASCIMENTO 
e FCTs (Functional Test) devem ser monitorados. O KPI (nº peças (rodrigo@digoreis.net) 
conforme/nº peças testadas) deve ser controlado e caso o mesmo
esteja abaixo da meta estipulada, ações de correção e melhoria Técnico em Eletrônica com ênfase em 
devem ser tomadas. Essas ações, eficácia das mesmas e KPIs devem Automação da Manufatura trabalha a 
10 anos na área de Automação como 
ser auditadas. Projetista e Programador.

Pergunta: Isso tudo é feito naturalmente nos fornecedores ou os


clientes devem exigir tal controles de qualidade?
É comum ao fazermos um curso técnico ou graduação, ficarmos
divididos em relação a que segmento se dedicar, acreditando que a
Resposta: Com todas essas ações o processo fica controlado e é
escolha do curso já tenha sido complicada, ainda ter que decidir a
possível garantir maior qualidade nas placas eletrônicas montadas uma especialização é uma tortura. O texto a seguir pretende
por terceiros. As montadoras de placas eletrônicas geralmente têm explanar sobre a automação, especificamente a automação
seu próprio sistema de garantia de qualidade, como manutenção de industrial para dar uma noção ao leitor sobre as alegrias e tristezas
equipamentos (programa de manutenção corretiva, preventiva e da área.
preditiva), rastreabilidade (produto e coleta de dados), diário de
bordo, plano de controle, CEP (controle estatístico de processo), A definição de automação é "qualquer sistema de controle de
inspeções (visual, óptica, raio-x) e testes intermediários. maquina ou processo reduzindo a interação humana". Na pratica,
significa que aquele sistema de interfone com câmera e a abertura
Pergunta: A sua função de Analista de Qualidade na Landis+Gyr é de portão é um sistema de automação. Porem vamos falar neste
exigência atual no mercado de produção? texto sobre a automação industrial.

A automação industrial tem como principio aumentar a


Resposta: A qualidade do produto final depende muito de seus sub- produtividade, eficiência, qualidade e diminuir o risco em tarefas
conjuntos, e as placas eletrônicas são o cérebro dos equipamentos. repetitivas na indústria.
Por esse motivo é importante ter um responsável dentro da indústria
eletrônica (cliente) que tenha condições de acompanhar o processo Na industrialização a automação é um passo a frente da
de montagem das placas e realizar as auditorias, para ter garantia mecanização, aonde mecanização é a assistência mecânica para
de um produto final de qualidade. facilitar um trabalho, a automação tem como função de
sensoriamento e processamento para que o processo se efetue sem a
■ interação humana, ou com o mínimo de interação.

O amplo impacto da automação industrial levanta questões sociais,


entre eles, o seu impacto no emprego. Histórico de preocupações
sobre os efeitos da automação remontam ao início da revolução
industrial, quando um movimento social Inglês de operadores de
máquina têxteis nos inícios dos anos 1800 conhecida como "a
COMÉDIA ‐ ELETRÔNICA – Time Delay Luddites" protestaram contra "Vainqueur" empresa que automatizou
os teares da tecelagem, muitas vezes destruindo essas máquinas
têxteis, por sentir ameaçando os seus empregos. Um autor fez o
seguinte caso. Quando a automação foi introduzida pela primeira
vez, causou medo generalizado. O que fez se acreditar que o
deslocamento de recursos humanos por sistemas computadorizados
levaria à grave desemprego.

Mas a realidade não é essa, a automação exige contratação de


profissionais especializados para operação, manutenção e
conservação dos equipamentos.

O mercado de trabalho é bem amplo aonde temos desde vendedores


de componentes dos mais variados tipos, passando por montadores
de painéis, projetistas CAD, programadores, engenheiros e etc...

Pretendo abordar nas próximas colunas e/o edições dessa revista a


robotização, automação de chão de fabrica, sistemas de gestão de
dados, robótica industrial, programação de PLCs, etc.

 
14 
 
FONTE DE INSTRUMENTOS PICLISTBR 
Parte 1 – O projeto 
Por Wagner Lipnharski – Orlando Florida 

Há tempos que o nosso grupo PICLISTBR vem planejando construir


algo eletrônico, que coloque em prova a nossa capacidade, que exija
o máximo da nossa criatividade e que seja útil a todos. O mais
importante é que durante o desenvolvimento a técnica e o
conhecimento seja distribuído a todos. Em alguns casos, um projeto
desse nível nem precisa sair do papel, desde que tenha atingido o
objetivo principal que é o de distribuir conhecimento.

Mas esse projeto será de tanta utilidade que seria um desperdício só


deixá-lo no papel. A idéia aqui é produzir uma boa fonte de
alimentação que possa suprir energia em tensão e corrente acima
das expectativas de bancada para a maioria dos integrantes do
grupo, normalmente alimentando pequenos circuitos. +5Vdc @ 1A
estaria de bom tamanho, mas também existem aqueles que
demandam maior corrente, ou maior tensão, ou ambos. Então
exige-se uma fonte com características mais arrojadas.

Pensamos então numa fonte básica que possa suprir tensão ajustável
de zero até 28Vdc, e que seja capaz de fornecer até 3 ou 4 Ampères
de corrente. Isso exige um transformador com capacidade acima de
110 Watts. Essa fonte também deverá suprir +5Vdc @ 1A para
circuitos digitais menores, deverá ter indicadores no painel, etc. O painel frontal desse equipamento pode ser fornecido com
características equivalentes aos módulos opcionais instalados, o que
Mas pensando que tal fonte possa atender inclusive aqueles que permite ao usuário substituir tal painel sem ter que furar, limar, etc,
gostariam de possuir uma fonte de alimentação que forneça +35V @ mantendo sempre esse equipamento com o melhor aspecto
3, 5 ou 10 Amperes de corrente, pensamos que tal equipamento profissional e funcional.
deveria ser construído de forma modular, onde o usuário possa
instalar ou construir a fonte mais adequada à sua necessidade. A fonte de alimentação básica possui uma placa eletrônica principal,
que podemos chamar de “placa-mãe”, possui conectores de encaixe
Pensando em modularidade abrem-se outras possibilidades, a de ter para os módulos opcionais, toda a regulação de tensão e corrente,
diferentes opções de painel, desde um simples potenciômetro de espaço para transistores reguladores ou a fiação para transistores de
ajuste, simples indicadores, até mesmo um display LCD gráfico de maior potência, quando requerendo maior tensão e corrente de
128x64 pixels para podermos mostrar diversos resultados numéricos saída. Um conector especialmente colocado permite a inserção do
de tal fonte, assim como tensão, corrente, potência consumida pela modulo MPC que ficará rente ao painel frontal.
carga, no tempo, acumulado, picos, etc.
No modelo BASICO-1, o MPC não é instalado, e sim um modulo mais
Como agora as idéias fluem mais facilmente, por que então não econômico com apenas dois potenciômetros de controle.
aproveitar a modularidade desse equipamento e inserir dentro da
caixa da fonte outras funções também modulares? Tais como:
gerador de funções, frequencímetro, gerador de clock, analisador
lógico, etc. Tudo isso poderia ser totalmente modular, a ser
instalado mais tarde pelo usuário, que de início poderia obter tão
somente uma fonte mais simples e econômica.

Todos esses módulos opcionais deveriam ser facilmente instaláveis


usando conectores multipinos e travas mecânicas, usam alimentação
elétrica interna da própria fonte, e se colocam sob controle de um
módulo básico processado que aqui dou o nome de MPC (Micro O modelo BASICO-2 já incorpora display digital de tensão e corrente,
Processor Control). A idéia do MPC é que ele funciona como o composto por display LED de 7 segmentos, com 3 ou 4 dígitos.
coração desse equipamento. Ele controla a fonte de energia, Abaixo vemos o modelo com saídas de tensões adicionais e seus
obedece a comandos de painel, controla os módulos opcionais controles.
existentes, informa resultados e estado atual no display LCD.

O diagrama em blocos desse equipamento mostra que existe até uma


possível interação entre módulos, por exemplo: o gerador de funções
pode gerar uma forma de onda dente de serra e essa controlar a
tensão de saída da fonte de alimentação, que agora pode alimentar
uma carga com diversos Ampères no formato de dente de serra, ou
senoidal, quadrada, pwm, etc.

 
15 
 
O modelo Intermediário já usa teclado e um display LCD 128x64 tampas, painel, etc, no processo de produção em volume, conhecida
pixels, onde todo controle de tensão e corrente é por teclado no no nosso grupo como “mutirão”.
painel e informações são mostradas no display LCD.
A venda de tais KITS para o nosso grupo deverá ser feita a preço de
custo e com um mínimo de lucro a reverter como investimento ou
caixa para novos projetos, compra antecipada de componentes,
fabricação de caixas, painéis, etc.

A próxima etapa será determinar a construção da estrutura no


formato frame, tampas e locais apropriados para transformador ou
fonte chaveada, retificador e filtros e local para a placa-mãe.
Também a estrutura de suporte para os módulos opcionais já poderá
ser dimensionada.

Na seqüência de projeto e construção, primeiro será produzida uma


fonte comum sem módulos opcionais, mas já com os opcionais de
Essa possível versão de painel incorpora display LCD gráfico e
controle e display.
displays LED de 7 segmentos para visão constante de tensões e
correntes. Uma vez estabilizado e funcionando, o projeto servirá de plataforma
para desenvolver os módulos opcionais.
O modelo Avançado incorpora módulos opcionais, com controle e
informações também via teclado e display LCD. O MPC (Micro Processor Control) poderá ser feito usando hardware
de diversos fabricantes: MicroChip, Atmel, Renesas, etc. Isso
permitirá desenvolvimento de software em paralelo no grupo, com
multiplicidade de conhecimento transmitido aos integrantes do
grupo.

Os módulos opcionais farão parte de uma interface de comunicação


com o MPC, ainda a ser definida, porém serão totalmente
controladas pelo MPC e informação mostrada no LCD gráfico.

A combinação Teclado – LCD Gráfico, permitirá inúmeras aplicações


nesse equipamento, incluindo testador de transistores, traçadores de
curva, medidor LRC, medidor de banda passante, etc, tudo
dependendo dos módulos opcionais desenvolvidos para tal. O
usuário poderá adquirir e instalar os módulos de maior uso e
interesse.
Acima uma possível versão mais curta da caixa e painel da fonte de
equipamentos com diversos módulos opcionais, incluindo o joggler à Uma projeção do que seria uma fonte de alimentação popular:
direita do teclado, para variar tensão, corrente, frequência, etc,
manualmente. +5Vdc @ 3 a 4A
+12Vdc, -12Vdc @ 1A
O conector DB-9 possui todos os pinos necessários para plugar um 0 – 28Vdc @ 5A, ajustável, resolução de 10mV.
cabo com 8 garrinhas + terra, para o analisador lógico.
Todas as saídas possuem monitoração de corrente.
Cada modulo opcional possui uma chave de on/off à esquerda do
painel. A frente do painel pode ser feita em alumínio revestida com Dos módulos opcionais podemos prever os seguintes:
filme de policarbonato, e substituível de acordo com os módulos
instalados na unidade, para um acabamento profissional. Frequencímetro:
0 – 50MHz em 2 escalas, trigger automático ou manual via teclado.
O display LCD gráfico informa uma série de dados ao usuário,
incluindo estatísticas e acúmulo de consumo, corrente, tensão, Gerador de Funções:
frequência, estado lógico dos pinos do analisador lógico, etc. 0 – 2MHz, ondas triangular, dente de serra, quadrada (seleção de
dutty cycle) e senoidal, tensão de saída ajustável 0-10V, sweep.
A produção dessa fonte de instrumentos consiste numa estrutura
metálica anodizada, tampa de alumínio anodizada traseira com Analisador Lógico:
conectores de entrada de energia, ventilação e conector DB-9 para 8 canais com memória de 256 bytes (ou mais), trigger ajustável,
comunicação serial RS-232C externa. As tampas laterais, superior e sample rate máximo possível dependendo do clock do Processador
inferior também em alumínio anodizado, com parafusos de cabeça (5MHz?), dados coletados mostrados no LCD.
cônica chata e o painel frontal em alumínio com filme em
policarbonato impresso com silk-screen. Cada uma das 3 ou 4 seções Gerador de Clock:
do painel frontal (chaves on/off, bornes de saída, teclado, LCD e Gerador de onda quadrada com frequência selecionada no teclado,
indicadores 7 segmentos) possuem chapas de alumínio próprias que valores estanques 1Hz, 100Hz, 1kHz, 10kHz, 48Khz, 100kHz, 200kHz,
permitem fixação interna por trás do painel frontal. 500kHz, 1MHz, 2MHz, 5MHz, 10MHz, ou o que for possível produzir.

O teclado e botões de controle podem ser fabricados especialmente Medidor LRC:


ou usar solução existente no mercado. Instrumento de medição de Impedância Indutiva, Capacitiva e
Resistiva.
A produção desse equipamento tende a ser de baixo custo, visto a
quantidade razoável de produção de placas de circuito impresso,

 
16 
 
Se conseguirmos tal preço, esse equipamento substituirá muitos
outros em diversas bancadas, pois concentrará diversos
equipamentos extremamente úteis num único, de boa qualidade,
acabamento e durabilidade.
 
  Abaixo uma possível visão superior do interior da fonte, mostrando a
  conversão de AC em DC, transformador, retificador e filtros do lado
  esquerdo, placa-mãe do lado direito com soquetes para receber os
  módulos opcionais, e reguladores na parte traseira presos ao
  dissipador com possível ventilador para refrigeração. Na frente à
  direita, a placa MPC com o processador principal, teclado e display
  LCD.
 
  Numa previsão bastante razoável, acreditamos que a largura da
  caixa dessa fonte não passe de 25 cm por 20 cm de profundidade e
  12 cm de altura.
 
 
 
 
 
Acima, o diagrama em blocos do modelo Basico-2, onde o controle
de tensão e corrente é feito via potenciômetros que controlam
tensão de 1 a 4V para a placa de controle básica.

Essa tensão é convertida para o controle analógico de tensão e


corrente do regulador. Um simples microcontrolador a bordo analisa
a informação analógica recebida dos circuitos de “sense” na saída de
cada tensão e informa tal valor nos displays LED de 7 segmentos.

A diferença de custo dessa versão para a versão usando teclado e


display LCD gráfico 128x64 será pouca, o que provavelmente fará a
maioria dos compradores a decidir pelo modelo mais avançado.

Numa previsão de custo, acreditamos que, em quantidade esse


equipamento não custe mais que R$100, não incluindo os módulos
opcionais. Uma fonte completa com 4 ou 5 módulos opcionais não
deve custar mais que R$ 200.

 
 
 
 
COMÉDIA ‐ ELETRÔNICA  
 

 
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TABELAS PICLISTBR 
 
FORNECEDORES 
 
Colaboração de diversos participantes. 
Lista retrabalhada e confirmada  
em detalhes por Carmo Munhoz.

 
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