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Curso Bombeiro Profissional Civil

Módulo I: Prevenção e Combate a Incêndio

Turma: FOXTROTE

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FIRE CENTER TREINAMENTOS E EMERGÊNCIAS


AVENIDA PORTUGAL, QD 170 LT 08 – MANILHA – ITABORAÍ – RJ
CONTATOS: 21 3704-0746 /21 3638-8716
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APRESENTAÇÃO.

Caro aluno,

Bem-vindo ao curso de formação de bombeiro profissional civil.

Esta é a nossa apostila, material elaborado com o objetivo de contribuir para a realização e o
desenvolvimento de seus estudos, assim como para a ampliação de seus conhecimentos.
Para que você se informe sobre o conteúdo a ser estudado nas próximas aulas, conheça os
objetivos da disciplina, a organização dos temas e o número aproximado de horas de estudo que devem
ser dedicadas a cada módulo.
Nesse módulo estão previstas aulas teóricas e práticas que visam além do preparo técnico, o
preparo psicológico do futuro bombeiro profissional civil.
Desejamos a você um trabalho proveitoso sobre os temas abordados nesta disciplina.
Lembre-se de que é necessário um treinamento rígido para se obter uma vitória fácil.

O Instrutor
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VOLUME 1 - PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO.

Esse volume visa apresentar os principais aspectos relacionados à prevenção e combate a incêndio.

Para isso ele foi dividido em cinco aulas:

 INTRODUÇÃO;
 ASPECTOS LEGAIS;
 TEORIA DO FOGO;
 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO;
 TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO.

AULA 1 – INTRODUÇÃO

Objetivo:

 Conhecer os objetivos e conceitos gerais do curso.

OBJETIVO DO CURSO:

Habilitar pessoal com treinamento em atividades de prevenção e combate a incêndios,


abandono de locais de sinistros, primeiros socorros, atendimento e resgate de emergência em
edificações e eventos.

CONCEITOS GERAIS DO CURSO:

Forma de avaliação:
O curso de formação de Bombeiro Civil, nível básico, terá como avaliação:

I - 01 (uma) prova teórica de prevenção e combate a incêndios;

II - 01 (uma) prova teórica de primeiros socorros;

III - 01 (uma) prova prática de combate a incêndios;

IV - 01 (uma) prova prática de primeiros socorros.


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OBS:

§1º - As provas teóricas deverão permanecer arquivadas por um período de 01 (um) ano na empresa
credenciada para a fiscalização pelo CBMERJ a qualquer tempo.

§2º - As provas teóricas e práticas serão montadas pelos instrutores com a supervisão do responsável
técnico e aplicada pelos instrutores, sendo toda sua montagem e realização de responsabilidade da Fire
Center Treinamentos e Emergências LTDA.

§3º - O instruendo reprovado em qualquer matéria poderá realizar nova avaliação, após a realização de
no mínimo 04 (quatro) horas/aula de reforço e com a observância de um intervalo mínimo de 03 (três)
dias e máximo de 05 (cinco) dias entre a prova que ficou reprovado e a nova prova, de modo que o
instruendo em recuperação seja registrado na mesma ata da sua turma inicial, seja como aprovado ou
reprovado.

Art. 19 - Serão considerados aprovados os candidatos que obtiverem média geral grau 6,00 (seis) no
cômputo das quatro provas (combate a incêndio, primeiros socorros e prática de combate a incêndios e
pratica de primeiros socorros) e não inferior a 5,00 (cinco) em nenhuma das provas individualmente.

Parágrafo único - A Fire Center Treinamentos e Emergências LTDA emitirá certificados individuais
para todos os aprovados, constando o nome do instruendo, a data de realização e, deverá constar
também, a assinatura do responsável técnico da empresa formadora.

Conteúdo programático:

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO – A.1

MÓDULO I – INTRODUÇÃO

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os objetivos e conceitos gerais do curso.

Carga horária: 30 min.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME I.


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MÓDULO II - ASPECTOS LEGAIS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os aspectos legais (normas, regulamentações e legislação em todas as legislação


em todas as esferas governamentais pertinentes) relaciona dos à responsabilidade do bombeiro civil.

Carga horária: 30 min.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME I.

MÓDULO III - TEORIA DO FOGO

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os quatro elementos formadores da combustão, as formas de propagação do calor,


as temperaturas do fogo, os métodos de extinção do fogo, classificação dos incêndios, os principais
agentes extintores, unidade extintora e capacidade extintora, as fases do combate ao fogo, o Flashover,
o Backdraft, o Bleve e o Boil Over.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME I.

MÓDULO IV - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os conceitos gerais de prevenção, educação e proteção contra incêndio; noções de
proteção passiva e proteção ativa: isolamento de risco, compartimentação vertical e horizontal; noções
de resistência das estruturas e dos materiais ao fogo; Conhecer os equipamentos fixos e portáteis de
combate a incêndio, saídas de emergência, escalas de segurança, corredores e rotas de fuga, sistemas
de iluminação de emergência, elevador de segurança, meios de aviso, detecção e alarme de incêndio e
sinalização de emergência.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME I.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Demonstrar os principais procedimentos para o funcionamento do sistema de fuga: saídas de


emergência, escadas de segurança, corredores e rotas de fuga; dos sistemas de iluminação de
emergência; do elevador de segurança; dos meios de aviso detecção e alarme de incêndio; da
sinalização de emergência.

Carga Horária: 04 horas.


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MÓDULO V - TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO


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AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as principais técnicas de busca e exploração da área em sinistro, ventilação natural
ou forçada (pressão negativa, venturi e positiva), entradas forçadas, resgate de vítimas, confinamento,
isolamento, salvatagem, combate com emprego correto dos tipos de jato de água (neblina, cone de
força e sólido), emprego, dimensionamento e técnicas de aplicação de espuma mecânica e rescaldo de
incêndio; Demonstrar a montagem de uma linha direta de combate a incêndio, a partir de um hidrante
e/ou viatura, linha adutora e linha siamesa; Demonstrar o uso da linha de água para ataque direto,
ataque indireto e ataque combinado.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME I.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Demonstrar as principais técnicas de busca e exploração da área em sinistro, ventilação


natural ou forçada (pressão negativa, venturi e positiva), entradas forçadas, resgate de vítimas,
confinamento, isolamento, salvatagem, combate com emprego correto dos tipos de jato de água
(neblina, cone de força e sólido), emprego, dimensionamento e técnicas de aplicação de espuma
mecânica e rescaldo de incêndio; Demonstrar a montagem de uma linha direta de combate a incêndio,
a partir de um hidrante e/ou viatura, linha adutora e linha siamesa; Demonstrar o uso da linha de água
para ataque direto, ataque indireto e ataque combinado.

Carga horária: 04 horas.

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO E AUXILIARES – A.2

MÓDULO I - EQUIPAMENTO DE OPERAÇÃO MANUAL

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os tipos e a operação de: extintores (portáteis e extintores sobre rodas, com carga
de água, pó BC, CO2, etc.), hidrantes (predial, de coluna e subterrâneo), mangotinho, mangueiras de
incêndio, chaves de mangueira (simples e mista), redutores, tampões e adaptadores para mangueiras e
hidrantes, derivantes, válvula de recalque, passagem de nível, esguichos e proporcionadores de espuma
(de linha e de sistema).

Carga horária: 02 horas.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME II.


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AULA PRÁTICA:

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Objetivo: Demonstrar na prática os tipos e a operação de: extintores (portáteis e extintores sobre rodas,
com carga de água, pó BC, CO2, etc.), hidrantes (predial, de coluna e subterrâneo), mangotinho,
mangueiras de incêndio, chaves de mangueira (simples e mista), redutores, tampões e adaptadores para
mangueiras e hidrantes, derivantes, válvula de recalque, passagem de nível, esguichos e
proporcionadores de espuma (de linha e de sistema).

Carga horária: 02 horas.

MÓDULO II - EQUIPAMENTO DE SISTEMA FIXO E OPERAÇÃO AUTOMÁTICA

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os equipamentos e os principais procedimentos de emergência para o correto


funcionamento de bombas (elétricas e a combustão), chuveiros automáticos (sprinklers) e sistemas
fixos de combate a incêndio (com espuma mecânica, gases etc.).

Carga horária: 01 hora.

Material didático:

 Apostila Fire Center – VOLUME I (AULA IV).

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Demonstrar na prática os equipamentos e os principais procedimentos de emergência para o


correto funcionamento de bombas (elétricas e a combustão), chuveiros automáticos (sprinklers) e
sistemas fixos de combate a incêndio (com espuma mecânica, gases etc.).

Carga horária: 04 horas.

MÓDULO III - EQUIPAMENTOS AUXILIARES

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer como transportar e armar uma escada prolongável; Conhecer como operar no
mínimo as seguintes ferramentas de corte, arrombamento e remoção (machado, machado-picareta,
corta-a-frio, croque, alavanca simples, alavanca pé-de-cabra e ferramentas hidráulicas de corte e
tração); Conhecer e operar lanternas e refletores portáteis para iluminação; Conhecer e utilizar na
prática uma lona para salvatagem.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME II.

AULA PRÁTICA:
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Objetivo: Demonstrar na prática como transportar e armar uma escada prolongável; como operar
ferramentas de corte, arrombamento e remoção (machado, machado - picareta, corta-a-frio, croque,
alavanca simples, alavanca pé-de-cabra e ferramentas hidráulicas de corte e tração); como operar
lanternas e refletores portáteis para iluminação; como usar uma lona para salvatagem.

Carga horária: 02 horas.

EPI e EPR – A.3.

MÓDULO I – EPI

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os equipamentos de proteção individual para a proteção da cabeça, olhos e face,
proteção auditiva, proteção respiratória, tronco, membros superiores, membros inferiores e corpo
inteiro, em conformidade com as Normas Brasileiras específicas para combate a incêndio, nacionais e,
na falta de Normas Brasileiras, adotar Normas Internacionais.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME II.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Vestir os EPIs.

Carga horária: 01 hora.

MÓDULO II – EPR

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer e saber a origem e os riscos de exposição a no mínimo os seguintes tipos de gases:
Asfixiantes – gás liquefeito de petróleo (GLP), gás metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e
acetileno; gases tóxicos – monóxido de carbono (CO), sulfídrico (H2S) e cianídrico (HCN) e gases
irritantes ou corrosivos – amônia (NH2) e cloro; Conhecer as características de atmosfera insalubre por
concentração de O2; Conhecer a utilização e a higienização e limpeza dos seguintes equipamentos de
proteção respiratória: máscaras filtrantes e conjunto de máscara autônoma de ar respirável e máscara
dedicada para a vítima (carona); Saber calcular a autonomia do conjunto de máscara autônoma.
Conhecer e saber identificar a finalidade dos impressos nos cilindros de ar respirável.

Carga horária: 01 hora.


Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME II.

AULA PRÁTICA:
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Objetivo: Demonstrar a utilização (montar o equipamento, equipar-se e deslocar-se com e sem vítima);
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Exercitar o cálculo de autonomia do conjunto autônomo de respiração.
Carga horária: 01 hora.

SALVAMENTO TERRESTRE – A.4

MÓDULO I - EMERGÊNCIA EM ELEVADORES

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os procedimentos básicos a serem adotados em emergências com elevadores.

Carga horária: 02 horas.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME III.

MÓDULO II - PREVENÇÃO EM ÁREA DE POUSO DE HELICÓPTEROS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os principais riscos no pouso de helicóptero e conhecer e demonstrar os principais


procedimentos de segurança para balizamento, embarque e desembarque de passageiros e
procedimentos de controle em caso de emergência, envolvendo incêndio e resgate de vítimas.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME III.

MÓDULO III - PLANO DE EMERGÊNCIA

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as principais recomendações de um plano de emergência, relativas a uma


emergência contra incêndio, hostilidades em caso de ameaças de bombas e terrorismo, uma
emergência de abando de área em uma planta.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME III.

MÓDULO IV - RESGATE DE VÍTIMAS EM ESPAÇOS CONFINADOS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as normas, procedimentos e técnicas para resgate de vítimas em espaços


confinados.
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Carga horária: 06 horas.


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Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME III.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Utilizar os equipamentos para resgate de vítimas em espaços confinados.

Carga horária: 06 horas.

PRODUTOS PERIGOSOS – A.5

MÓDULO I – LEGISLAÇÃO

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer a legislação que regulamenta a identificação, transporte, armazenagem,


manipulação e as emergências envolvendo produtos perigosos.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME IV.

MÓDULO II – CONCEITOS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as classes de riscos, os sistemas de identificação, painel de segurança, rótulo de


risco, ficha de emergência e FISPQ.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME IV.

MÓDULO III - GUIA DE PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer e saber consultar o manual de emergências com produtos perigosos da


ABIQUIM/PRÓ-QUÍMICA.
Carga horária: 02 horas.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME IV.

MÓDULO IV - EPI e EPR


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AULA TEÓRICA:

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Objetivo: Conhecer e demonstrar na prática o conhecimento dos equipamentos de proteção individual
e respiratória nível A, B e C específicos para atendimento a produtos perigosos.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME IV.

MÓDULO V - AÇÕES OPERACIONAIS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer o sistema de organização da área do sinistro em zonas de segurança, apoio de


acesso limitado (quente morna e fria); Conhecer os equipamentos e métodos de contenção e
confinamento de derramamento de produtos perigosos.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME IV.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Demonstrar na prática a aplicação e utilização de barreiras de contenção, absorção, mantas


absorventes, matérias adsorventes e absorventes orgânicos; Demonstrar na prática as técnicas de
resgate de vítimas contaminadas e descontaminação de vítimas e ambientes.

Carga horária: 02 horas.

PRIMEIROS SOCORROS – A.6

MÓDULO I - LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer a legislação que regulamenta os procedimentos de primeiros-socorros para o nível


equivalente a Bombeiro civil.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.


MÓDULO II - PROCEDIMENTOS INICIAIS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os procedimentos para avaliação da segurança do local, números de vítimas e os


procedimentos de biossegurança; Conhecer os procedimentos para acionamento e comunicação
protocolar com os serviços públicos e privados de socorro de vítimas e ações para localização dos
hospitais de referência nas proximidades do local de trabalho; Conhecer os procedimentos para o
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planejamento das ações conforme definido previamente no plano de emergência da planta.

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Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

MÓDULO III - AVALIAÇÃO INICIAL

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer, avaliar e identificar os riscos iminentes, os mecanismos de lesão, número de


vítimas e o exame físico sumário destas.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.


AULA PRÁTICA:

Objetivo: Avaliar e reconhecer os riscos iminentes, os mecanismos de lesão número de vítimas e o


exame físico destas.

Carga horária: 30 minutos.

MÓDULO IV - VIAS AÉREAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os sinais e sintomas de obstruções de vias aéreas superiores em adultos, crianças e
bebês conscientes e inconscientes, e promover a desobstrução quando indicado.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Promover a desobstrução utilizando a técnica adequada.

Carga horária: 01 hora.

MÓDULO V - SBV (SUPORTE BÁSICO DE VIDA)

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Apresentar as técnicas do SBV para adultos, crianças e bebês;


Conhecer os equipamentos de reanimação cardiorrespiratória (DEA, pocket mask).

Carga horária: 02 horas.


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Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

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AULA PRÁTICA:

Objetivo: Praticar o protocolo do SBV (Suporte Básico de Vida).

Carga horária: 02 horas.

MÓDULO VI - ESTADO DE CHOQUE

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os sinais e sintomas do estado de choque e aplicar as técnicas básicas de


tratamento.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Aplicar as técnicas de cuidados básicos do estado de choque.

Carga horária: 30 minutos.

MÓDULO VII – HEMORRAGIAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as técnicas de hemostasia.

Carga horária: 30 minutos.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Aplicar as técnicas de compressão direta e utilização de torniquete.

Carga horária: 01 hora.


Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.
MÓDULO VIII – FRATURAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Reconhecer as fraturas abertas e fechadas e aplicar as técnicas de imobilização.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.


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Objetivo: Aplicar técnica de imobilização.

Carga horária: 30 minutos.

MÓDULO IX – FERIMENTOS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Identificar os tipos de ferimentos e aplicar os cuidados iniciais.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Aplicar as técnicas de limpeza e bandagens.

Carga horária: 30 minutos.

MÓDULO X – QUEIMADURAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer os tipos (térmicas, químicas e elétricas) e os graus (primeiro, segundo e terceiro)
das queimaduras e aplicar as técnicas e procedimentos básicos de socorro de queimaduras.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

MÓDULO XI - EMERGÊNCIAS CLINICAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Reconhecer AVC (Acidente Vascular Cerebral), convulsões, dispneias, IAM (Infarto Agudo
do Miocárdio).

Carga horária: 02 horas.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.


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Objetivo: Aplicar as técnicas de atendimento básico.

Carga horária: 01 hora.

MÓDULO XII - TRANSPORTE DE VITIMAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as técnicas de transporte de vítimas clínicas e traumáticas com suspeita de lesão na
coluna vertebral e aplicar as técnicas de transporte de vítimas.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

AULA PRÁTICA:

Objetivo: Aplicar as técnicas de transporte de vítimas.

Carga horária: 01 hora.

MÓDULO XIII - PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as técnicas de abordagem, cuidados e condução de acordo com o plano de


emergência da planta.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.

MÓDULO XIV - PROTOCOLO COM INCIDENTE COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Conhecer as ações de avaliação, zoneamento, balizamento, triagem e método start para
acidentes e incidentes que envolvam múltiplas vítimas.

Carga horária: 01 hora.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME V.


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AULA PRÁTICA:

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Objetivo: Aplicar na prática as técnicas que envolvam múltiplas vítimas.

Carga horária: 01 hora.

MÓDULO XV - PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS

AULA TEÓRICA:

Objetivo: Reconhecer o agravo emocional das pessoas em situações de emergências e a administração


do estresse após incidentes críticos para os profissionais de emergência.

Carga horária: 30 minutos.

Material didático: Apostila Fire Center – VOLUME III (AULA I).

AULA II – ASPECTOS LEGAIS

Objetivo: Conhecer os aspectos legais (normas, regulamentações e legislação em todas as esferas


governamentais pertinentes) relaciona dos à responsabilidade do bombeiro civil.

INTRODUÇÃO:

O bombeiro profissional civil ou bombeiro civil é uma profissão que na prática já vinha sendo
exercida nas indústrias brasileiras, no serviço de proteção contra incêndio e prestação de socorros de
urgência, mas somente no ano de 2009 que foi regulamentada e reconhecida como profissão.
Concomitantes ao reconhecimento da profissão vieram direitos e deveres que norteiam o
exercício da atividade do bombeiro profissional civil e somente a partir do conhecimento da legislação
específica referente à sua profissão, o bombeiro profissional civil saberá os limites e as implicações
das suas ações para desempenhar sua atividade profissional.
Mesmo com a normalização federal sobre a profissão de bombeiro profissional civil, algumas
lacunas existem, pois não houve ainda a regulamentação dessa lei, ficando os profissionais sujeitos a
normas estaduais, que se diferenciam de acordo com o poder de polícia dos respectivos Corpos de
Bombeiros dos Estados onde é exercida essa profissão ou até mesmo convenções coletivas em âmbito
estadual.
Em nosso caso (RJ) O SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA CIVIL, no uso de suas
atribuições legais, tendo em vista o que consta do processo n° E 27/022/11006/2012, e CONSIDERANDO:

 O disposto na Lei Federal n° 11.901, de 12 de dezembro de 2009, que dispõe sobre a


profissão de Bombeiro Civil;
 As atribuições do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), previstas
no Decreto n° 35.671, de 09 de junho de 2004, em seu Art. 4º - para controle, fiscalização e a
exigência de brigadas de incêndio em edificações anteriores ao Decreto Estadual n° 897, de 21 de
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setembro de l976;
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 As competências atribuídas ao CBMERJ pelo Decreto-Lei n° 247, de 21 de julho de 1975, que
versa sobre a competência do Corpo de Bombeiros para regulamentar a Segurança Contra Incêndio
no Estado do Rio de Janeiro, reafirmadas pelo Decreto n° 897, de 21 de setembro de l976, que
estabelece o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico – COSCIP;
 A Lei Estadual n° 250, de 02 de julho de 1979 - Lei de Organização Básica do CBMERJ;
 A Norma Regulamentadora 23 - Proteção Contra Incêndios, do Ministério do Trabalho e Emprego,
com redação dada pela Portaria SIT nº 221, de 06 de maio de 2011;
 E ser imprescindível, para a efetiva operacionalização do CBMERJ, que sejam identificados os
principais riscos, de acordo com o uso e classificação da edificação, feitos planejamentos,
exercitados através de operações simuladas e aprimorados procedimentos, específicos para
situações de emergência e fatos adversos a normalidade com o auxílio das Brigadas de Incêndio.

RESOLVE através da RESOLUÇÃO SEDEC Nº31, DE 10 DE JANEIRO DE 2013.

Regulamentar, na forma do referido Anexo, o credenciamento de empresas especializadas para


realizar curso de formação, curso de atualização e habilitação de Bombeiro Civil (BC), de empresas
especializadas para realizar curso de formação e atualização de Brigadistas Voluntários de Incêndio
(BVI), o serviço de brigadas de incêndio e do credenciamento de empresas especializadas para
prestação de serviço de Bombeiro Civil (BC) nas edificações, eventos e áreas de risco no Estado do
Rio de Janeiro.

BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL OU BOMBEIRO CIVIL (DEFINIÇÃO):

Pessoa pertencente a uma empresa prestadora de serviço, ou da própria administração do


estabelecimento, com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção e combate a incêndio,
abandono de área, primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos e que
tenha sido aprovada no Curso de Formação de Bombeiros Profissionais Civis e se encontre habilitado
junto ao CBMERJ, ou ainda segundo a Resolução Sedec Nº 31 de 10 de janeiro de 2013, Bombeiro
Civil é aquele que, habilitado nos termos da Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, exerça, em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, com vínculo
empregatício estabelecido com pessoa jurídica de direito privado, credenciada junto ao CBMERJ e
especializada na prestação de serviços de prevenção e combate a incêndios.

OBS: Os BC que exercem funções classificadas como de Bombeiro Civil, nível básico, combatente ou
não, do fogo, deverão possuir homologação e habilitação registradas no Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), na forma prevista nesta Resolução.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:

• Lei Federal nº 11.901;


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• NR 23;

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• NBRs (14608);

• COSCIP;

• Resolução Sedec Nº 31 de 10 de janeiro de 2013.

LEI FEDERAL:
A Lei Federal nº 11.901 foi publicada em de 12 de Janeiro de 2009 e regulamenta a Profissão
de Bombeiro Civil.
A lei define que Bombeiro Civil é o profissional que exerce, em caráter habitual, a função
remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente
por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em
prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Observa-se que a lei desconsidera outras atividades que o BPC desenvolve nas empresas
como o socorro de urgência, o salvamento em alturas e em ambiente confinado, emergências químicas,
abandono de área etc.
Além disso, as funções de Bombeiro Civil foram classificadas em:

 Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;

 Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de
ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;

 Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a


incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate.

Ainda segundo a Lei, o Bombeiro Civil terá uma jornada de 12 (doze) horas de trabalho por 36
(trinta e seis) horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais, como também, terá
direito a uniforme especial a expensas do empregador, seguro de vida em grupo, estipulado pelo
empregador, adicional de periculosidade de 30% do salário mensal sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa e o direito à reciclagem periódica.
As penalidades das empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem
como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio, que não cumprirem esta
Lei são:

 Advertência;
 Proibição temporária de funcionamento;
 Cancelamento da autorização;
 Registro para funcionar.

Além disso, as empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil
poderão firmar convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do
Distrito Federal, para assistência técnica a seus profissionais.
Por fim, a Lei diz que no atendimento aos sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros
Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com
exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação militar.
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NR 23
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As Normas Regulamentadoras (NRs) são de observância obrigatória pelas empresas privadas e
públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
A NR 23 estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir, sobre proteção
contra incêndio e pânico.
Segundo a NR 23 da Lei Nº 6.514, de 22.12.1977 do Ministério do Trabalho todas as
empresas devem possuir:

a) Proteção contra incêndio;


b) Saídas suficientes para rápida retirada de pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) Equipamentos suficientes para combater o fogo em seu início;
d) Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

OBS: A NR 23 determina de forma geral como deverá ser o Sistema de Prevenção e Proteção
contra incêndio de uma edificação:

 Saídas / Portas / Escadas./ Ascensores.


 Portas corta-fogo / Exercício de alerta / Sistemas de alarme.
 Classes de fogo / Combate ao fogo.
 Extintores (tipos, inspeção, quantidade, localização, sinalização, utilização).

NBR 14.608: 2007 – Bombeiro Profissional Civil


Estabelece os requisitos para determinar o número mínimo de bombeiros profissionais civis
em uma planta, bem como sua formação, qualificação, reciclagem e atuação.

Segundo a NBR 14.608, o Bombeiro Profissional Civil é responsável por:

Ações de Prevenção:

 Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta;


 Identificar os perigos e avaliar os riscos existentes;
 Inspecionar periodicamente os equipamentos de combate a incêndio;
 Inspecionar periodicamente as rotas de fuga, incluindo a sua liberação e sinalização;
 Participar de exercícios simulados;
 Registrar suas atividades diárias e relatar formalmente as irregularidades encontradas, com
propostas e medidas corretivas adequadas e posterior verificação de execução;
 Apresentar, quando aplicável, sugestões para melhorias das condições de segurança contra
incêndio e acidentes;
 Participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco
compatíveis com a sua formação.

Ações de Emergência:
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 Alertar os ocupantes da emergência;


 Análise da situação;
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 Solicitar apoio externo quando necessário;
 Realizar a primeiros socorros nas vítimas;
 Eliminar ou minimizar os riscos;
 Abando no de área;
 Isolamento de área;
 Combate ao incêndio;
 Investigação das causas do incêndio.

OBSERVAÇÃO: Todas as atividades operacionais de emergência deverão ser registradas.

AULA III – TEORIA DO FOGO

Objetivo:

 Conhecer os conceitos de fogo e incêndio e a definição de combustão;

 Conhecer os efeitos do calor, a velocidade da combustão, os produtos da combustão, o


desenvolvimento do incêndio em compartimentos, as proporções e causas de um incêndio;

 Conhecer os quatro elementos formadores da combustão, as formas de propagação do calor, as


temperaturas do fogo, os métodos de extinção do fogo, classificação dos incêndios, os
principais agentes extintores, unidade extintora e capacidade extintora, as fases do combate ao
fogo, o Flashover, o Backdraft, o Bleve e o Boil Over.

ESTUDO DA COMBUSTÃO

CONCEITOS DE FOGO E INCÊNDIO:

Para se compreender como um incêndio se processa, é necessário entender, em primeiro lugar,


como o fogo ocorre, uma vez que todo incêndio está relacionado à presença de fogo.
Muitas vezes, na linguagem típica de bombeiros, há referências a incêndio, sinistro, fogo,
combustão, queima e chamas de uma forma generalizada, como se todos esses elementos tivessem
uma conceituação parecida ou igual. É verdade que todos eles fazem parte da rotina da missão dos
corpos de bombeiros e alguns deles são até sinônimos, mas não é a mesma coisa e isso precisa estar
claro. Primeiramente, há que se lembrar de que incêndio e fogo são conceitos bem distintos. O fogo é
utilizado pelo ser humano há milhares de anos que, ao longo do tempo, o incorporou à sua vida como
algo necessário para o dia-a-dia, em ações como aquecimento de alimentos e do ambiente,
industrialização de equipamentos, objetos e metais e outras utilizações não menos importantes, não
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sendo possível à humanidade disponibilizar todas as facilidades atualmente existentes se o fogo


deixasse de existir.
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FIGURA 1A – FOGO.

Já incêndio é o fogo que foge ao controle do homem, queimando tudo aquilo que a ele não é
destinado queimar; capaz de produzir danos ao patrimônio e à vida por ação das chamas, do calor e da
fumaça.

FIGURA 1B - INCÊNDIO EM UMA CAPOTARIA EM TAGUATINGA-DF, EM 2005.

FOGO (DEFINIÇÃO): É uma reação em cadeia de três elementos que produz luz, calor
e resíduos, onde esses três elementos são: combustível, comburente e calor.
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FENÔMENOS DA COMBUSTÃO:
Combustão é uma reação química de oxidação entre um agente combustível e um comburente,
provocada pela energia de ativação, com liberação de luz, calor, fumaça e gases.

TRIÂNGULO DO FOGO:
Para que haja fogo, são necessários três elementos, representados pelos lados do triângulo do
fogo (fig. 3): o combustível, o comburente e a energia de ativação (calor).

FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO TRIÂNGILO DO FOGO.

TETRAEDRO DO FOGO:

FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO TETRAEDRO DO FOGO.

O Tetraedro foi escolhido ao invés de um quadrilátero pelo fato de que no tetraedro, cada um
dos lados (faces) está ligado a todos os outros, assim como os elementos da combustão.
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Embora na maioria dos manuais em que o tetraedro apareça o triângulo do fogo tenha
desaparecido, entendemos que ele ainda é útil. A teoria do tetraedro não suplanta a triângulo. Enquanto
que o Tetraedro representa os elementos da combustão, o Triângulo representa seus requisitos.
Resumindo: para que a combustão inicie-se (requisitos) são necessários 3 componentes: calor,
comburente e combustível (triângulo do fogo). Quando ela surge, podemos constatar a presença de 4
componentes (elementos): os três anteriores acrescidos da reação em cadeia.
Interessante também é diferenciar combustão, ou fogo, de chama. A combustão libera energia
na forma de calor, que retroalimenta a reação, e na forma de luz, que pode ser incandescência do
material (brasas) ou na formação da chama, que nada mais é do que a ionização dos gazes em
combustão pelo calor produzido, liberando parte da energia na forma de luz.
Passemos agora ao estudo de cada um dos elementos da combustão.

 Combustível:
É tudo aquilo capaz de entrar em combustão, ou seja, é tudo que pode pegar fogo. Para efeito
prático, as substâncias foram divididas em substâncias combustíveis e substâncias incombustíveis,
sendo a temperatura de 1000ºC para essa divisão. As substâncias combustíveis queimam abaixo de
1000ºC, e as substâncias incombustíveis, acima de 1000ºC. Sendo assim, teoricamente, todas as
substâncias podem entrar em combustão.

Os combustíveis podem ser classificados quanto:

 Ao seu estado físico;


 À volatilidade.

Quanto a seu estado físico podem se classificar em sólidos, líquidos e gasosos (fluidos).

SÓLIDOS: Queimam em superfície e profundidade.

A maioria dos combustíveis não queima no estado sólido, sendo necessária a transformação em
vapores, para então reagir com o comburente, ou ainda tornar – se líquido para, posteriormente, gases,
e então queimar. Como exceção, podemos citar: o enxofre e os metais alcalinos (potássio, magnésio,
cálcio, etc...), que queimam diretamente no seu estado sólido e merecem atenção especial como
veremos a seguir.
Essa conversão do combustível para o estado gasoso é chamado de pirólise, que é a decomposição
química de uma substância através do calor.

Exemplo de combustíveis sólidos: madeira, papel e plástico.


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FIGURA 4 – RESMAS DE PAPEL.

LÍQUIDOS: Queimam somente em superfície.

Os combustíveis líquidos, chamados de líquidos inflamáveis têm características particulares, como:

 Não têm forma própria, assumindo a forma do recipiente que os contém;


 Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes baixas;
 A maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que a água, sendo assim, flutua sobre ela;
 Os líquidos derivados do petróleo tem pouca solubilidade em água;
 Na sua grande maioria, são voláteis (liberam vapores a temperaturas menores que 20ºC).
 Exemplo de combustíveis líquidos: Gasolina, álcool, óleo, diesel, etc

FIGURA 5 – RECIPIENTE CONTENDO ÁLCOOL

GASOSOS (FLUIDOS): Tendem a ocupar todo o volume do meio que os contêm.

Exemplo de combustíveis gasosos: Gás de cozinha (GLP), gás utilizado nos automóveis (GNV), etc.

FIGURA 6 - CILINDRO DE GLP

GLP: O GLP ou gás de cozinha é um combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos


com três ou quatro átomos de carbono (propano e butano) extraídos do petróleo podendo apresentar
traços de outros hidrocarbonetos.
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Possui a característica de se apresentar no estado líquido quando submetido a uma determinada
pressão, daí o nome GLP.
De fácil combustão o GLP é inodoro, mas por motivo de segurança, uma substância do grupo
mercaptan é adicionada ao mesmo, produzindo em tal gás odor característico.
O GLP não é corrosivo, poluente, nem tóxico, porém se inalado em grande quantidade produz
efeito anestésico.
Ao contrário do gás natural o GLP não é solúvel em água e é mais pesado que o ar.

GÁS NATURAL: Composto principalmente de metano com uma quantidade menor de etano,
propano e butano.
Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar e possui os mesmos usos que o GLP. Possui
risco de explosão por combustão e incêndio quando escapa para o ambiente.

Estudaremos mais adiante os procedimentos com esses tipos de gases.

Para que haja combustão, a mistura com o comburente deve ser ideal, não podendo conter
combustível em demasia (mistura rica) e nem em quantidade insuficiente do mesmo (mistura pobre).
Logo para cada combustível é definido os limites da sua mistura ideal, chamados de limites de
inflamabilidade, a saber:

Limite inferior de inflamabilidade (LII) – é a concentração mínima de combustível em uma


mistura, na qual pode ocorrer a combustão.

Limite superior de inflamabilidade (LSI) – é a concentração máxima de combustível em


uma mistura, na qual pode haver a combustão.

Tais limites variam de acordo com a substância, como podemos observar na tabela a seguir:

TABELA 1 – REPRESENTAÇÃO DOS LIMITES DE INFLAMABILIDADE

Quanto à volatilidade os combustíveis se classificam em voláteis e não voláteis.

A saber:
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VOLÁTEIS: Não necessitam de aquecimento para desprenderem vapores inflamáveis

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Exemplo: gasolina, éter, etc.

FIGURA 7 – RECIPIENTE CONTENDO GASOLINA.

NÃO VOLÁTEIS - Precisam de aquecimento para desprender vapores inflamáveis.

Exemplo: madeira, tecido, etc.

FIGURA 8 – PEDAÇOS DE MADEIRA.

 Comburente:

O comburente mais conhecido é o oxigênio que existe no ar atmosférico; o percentual de


oxigênio no ar atmosférico é de 21%. Além de oxigênio o ar contém 78% de nitrogênio e 1% de outros
gases.

Na maioria dos combustíveis, não haverá combustão se o percentual na mistura gasosa


contiver menos que 13% de oxigênio (valor mínimo). O carvão é uma das exceções, queima com 9%
de oxigênio.

Por definição comburente é o elemento que reage com o combustível, participando da reação
química da combustão, proporcionando assim vida as chama e intensidade à combustão. Outros
exemplos de comburentes são o gás cloro e o gás flúor.

 Energia de ativação (calor):


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A temperatura de ignição é a quantidade de calor necessária para que os vapores do


combustível entrem em combustão, servindo de condição favorável para que ocorra tal reação, uma
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vez que eleva a temperatura ambiente tornando possível a reação exotérmica entre o combustível e o
comburente.
Um combustível entra em combustão espontaneamente quando seus vapores atingem a
temperatura de ignição.
A energia de ativação pode provir de várias origens, como por exemplo:

 Origem nuclear. Ex.: Fissão nuclear;


 Origem química. EX.: Reação química (limalha de ferro + óleo);
 Origem elétrica. EX.: Resistência (aquecedor elétrico);
 Origem mecânica. EX.: Atrito.

Podemos concluir que para haver combustão precisamos dos três componentes: combustível,
comburente e temperatura de ignição.
Os três lados do triângulo reunidos produzem o fogo.
Para extinguirmos um incêndio, precisamos atacar pelo menos um dos lados do triângulo. Ao
retirarmos um dos três elementos do triângulo do fogo, automaticamente estaremos extinguindo a
combustão, ou seja, o incêndio.

EFEITOS DO CALOR: O calor é uma forma de energia que altera a temperatura, ou seja, a
energia de ativação, qualquer que seja, será transformada em energia calorífica, que por estar ligada à
temperatura, irá produzir a variação da mesma.
O calor gerado irá produzir efeitos físicos e químicos nos corpos e efeitos fisiológicos nos
seres vivos, como os exemplos a seguir.
Aumento/diminuição da temperatura - O aumento ou diminuição da temperatura acontece
em função calor que é uma forma de energia que é transferida de um corpo de maior temperatura para
o de menor temperatura. Este fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados
bons condutores de calor e mais lentamente nos corpos considerados maus condutores.
Dilatação/Contração térmica - É o fenômeno pelo qual os corpos aumentam ou diminuem
suas dimensões conforme o aumento ou diminuição de temperatura. A dilatação/contração pode ser
linear, quando apenas uma dimensão tem aumentos consideráveis, superficial, quando duas dimensões
têm aumentos consideráveis, e volumétrica, quando as três dimensões têm aumentos consideráveis.

FIGURA 9 – DILATAÇÃO DOS CORPOS


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Cada substância tem seu coeficiente de dilatação térmica, ou seja, dilatam mais ou menos
dependendo da substância. Este fator pode acarretar alguns problemas, como por exemplo, uma viga
de 10m exposta a um aumento de temperatura na ordem 700º C. Com esse aumento de temperatura, o
ferro, dentro da viga, aumentará seu comprimento em 84 mm aproximadamente, o concreto, apenas 42
mm.
Sendo assim, o ferro, tende a deslocar-se no concreto, perdendo a sua capacidade de
sustentabilidade, para a qual foi projetada.
Mudança de Estado - Para que uma substância passe de um estado físico para outro, é necessário que
ela ganhe ou perca calor. Ao aquecermos um corpo sólido, ele passará a líquido e continuando passará
ao estado gasoso. O inverso acontecerá se resfriarmos o gás ou vapor.

FIGURA 10 – DILATAÇÃO DOS CORPOS

Efeitos fisiológicos do calor - O calor pode causar vários danos aos seres humanos, como
exemplo podemos citar a desidratação, a insolação, fadiga, queimaduras e inúmeros problemas no
aparelho respiratório. A exposição de uma pessoa, ao calor, por tempo prolongado, poderá acarretar na
morte da mesma.

REAÇÃO EM CADEIA:

A reação em cadeia como elemento da combustão foi descoberta quando se estudava a alta
capacidade de extinção do PQS em altíssimas temperaturas.
Anteriormente acreditava-se que o PQS era bom agente extintor pela presença de CO2 em sua
fórmula (bicarbonato), entretanto, verificou-se que em temperaturas acima de 1000o C o PQS era mais
efetivo que o seu peso em CO2.
Analisando o fenômeno percebeu-se que o PQS interferia quimicamente na reação de
combustão, então foi necessário rever a teoria dos elementos da combustão uma vez que era possível
atuar em mais um deles, a teoria precisava ser expandida. Assim a reação em cadeia nasce como
elemento da combustão e o tetraedro do fogo é concebido.
A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o
combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o oxigênio e queimam,
irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.
O fenômeno químico do fogo é uma reação que se processa em cadeia. Após seu início, a
combustão é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação. A reação produz calor e
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é exatamente o que ela precisa para ocorrer.


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A cadeia de reação formada durante o fogo propicia a formação de produtos intermediários
instáveis, principalmente radicais livres, prontos para combinarem com outros elementos, dando
origem a novos radicais, ou finalmente a corpos estáveis.
A estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir a energia necessária à
transformação da energia química em calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e, desta vez,
provocando a propagação do fogo numa verdadeira cadeia de reação.
Para exemplificar este processo, vamos analisar o processo de combustão do Hidrogênio no ar:

1ª fase: Duas moléculas de hidrogênio reagem com uma molécula de oxigênio, ativadas por uma fonte
de energia térmica, produzindo 4 radicais ativos de hidrogênio e 2 radicais ativos de oxigênio;

2H2 + O2 + Energia Térmica de Ativação _ 4H (Radical) + 2O (Radical)

2ª fase: Cada radical de hidrogênio se combina com uma molécula de oxigênio, produzindo um radical
ativo de hidroxila mais um radical ativo de oxigênio;

H (Radical) + O2 _ OH (Radical) + O (Radical)

3ª fase: Cada radical ativo de oxigênio reage com uma molécula de hidrogênio, produzindo outro
radical ativo de oxidrila mais outro radical ativo de hidrogênio;

O (Radical) + H2 _ OH (Radical) + H (Radical)

4ª fase: Cada radical ativo de oxidrila reage com uma molécula de hidrogênio, produzindo o produto
final estável – água e mais um radical ativo de hidrogênio.

OH (Radical) + H2 _ H2O + H (Radical)

E assim sucessivamente, se forma a cadeia de combustão, produzindo a sua própria energia de ativação
(calor), enquanto houver suprimento de combustível (hidrogênio).

Pontos notáveis da combustão (Temperaturas do fogo):

 Ponto de Fulgor (Flash Point):

É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa a desprender vapores, que se


incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente ígneo), entretanto a chama não se mantém
devido à insuficiência da quantidade de vapores.
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FIGURA 11 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
DO PONTO DE FULGOR.

 Ponto de Combustão ou Inflamação (Fire Point):

É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível começa a desprender vapores, que se


incendeiam em contato com uma chama ou centelha (agente ígneo), e mantém-se queimando, mesmo
com a retirada do agente ígneo.

FIGURA 12 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA


DO PONTO DE COMBUSTÃO.

 Ponto de Ignição:

É a temperatura, na qual os gases desprendidos do combustível entram em combustão apenas


pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra chama ou centelha (agente ígneo).
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FIGURA 13 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA
DO PONTO DE IGNIÇÃO.

Velocidade da combustão:

Uma vez que a combustão é uma reação química, sua velocidade irá depender de uma série de
fatores, sendo a mesma tanto mais rápida quanto:

 Maior o grau de divisão do combustível;


 Maior o grau de inflamabilidade do combustível;
 Maior a renovação de comburente;
 Maior a quantidade de combustível exposta ao comburente;
 Presença de agente catalisador.

Quanto à velocidade, a combustão ira se classificar em:

 Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma substância não emite luz. Ex. ferrugem e respiração.
 Viva: Ocorre quando a oxidação libera luz e calor. Ex. Queima de folha de papel.
 Deflagração: É uma combustão rápida de velocidade inferior à velocidade do som (343 m/s).
Ex. Queima da pólvora.
 Explosão: É um processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande liberação de
energia, geralmente acompanhado por altas temperas e produção de gases. Ocorre quando a
oxidação libera energia e calor numa velocidade maior que a velocidade do som, com aumento
de pressão no ambiente (onda de choque).
Ex. Detonação de uma dinamite.

Produtos da combustão:
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Vimos que a combustão é uma reação química na qual um combustível reage com um
comburente, liberando energia (luz e calor) e resíduos, onde os principais são: fumaça, vapor de água e
gases.
No entanto devido aos grandes riscos oferecido por esses resíduos, os mesmos serão abordados
de forma separada.

FUMAÇA: É Resultado de uma combustão incompleta, na qual pequenas partículas sólidas se


tornam visíveis, podendo variar de cor de acordo com o material que queima.

 Fumaça negra: Ocorre quando a combustão se desenvolve em altas temperaturas e com


deficiência de comburente. Seu principal risco é a asfixia, sendo a principal causa de morte em
incêndios.

GRÁFICO REPRESENTATIVO DA CAUSA MORTI EM INCÊNDIOS


SEGUNDO PESQUISA NFPA 1981.

 Fumaça branca: Ocorre devido a grande presença de vapor de água, geralmente em incêndios é
presenciada quando o mesmo se encontra na fase de rescaldo. Dependendo do volume e
temperatura da mesma podem causar queimaduras nas vias aéreas superiores.

 Fumaça de outras colorações (amarela, roxa, violeta, etc.): Podem ocorrer devido à presença de
gases altamente tóxicos, ou seja, podem estar associadas a um produto químico perigoso.
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VAPOR DE ÁGUA: É produzido pela água aquecida (acima de 100ºC), sendo seu principal risco
as queimaduras, devido às mesmas poderem se associar a temperaturas elevadas.

GASES: São os resultados da modificação química do combustível, associada com o comburente. A


combustão produz entre outros, monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e o ácido
cianídrico (HCN).

ESTUDO DO INCÊNDIO:

Classes de incêndio:
Há variadas classificações dos incêndios, todas elas de acordo com os materiais neles
envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar tanto
o método de extinção quanto o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico.
A classificação aqui apresentada foi elaborada pela NFPA (National Fire Protection
Association – Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA), adotada pela IFSTA (International
Fire Service Training Association – Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA)
e também adotada no Brasil.

 INCÊNDIO CLASSE “A”:


Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano, borracha e
plásticos.
É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar em razão do
seu volume, isto é, a queima se dá na superfície e em profundidade. Como os sólidos queimam em
superfície e profundidade, é necessário um método que possa atingir a combustão no interior do
combustível. Isso nos remete ao resfriamento para a sua extinção o que, no mais das vezes, é feito com
o uso de água ou soluções que a contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do
material em combustão, abaixo do seu ponto de ignição.
Apesar de tecnicamente borracha e plástico serem líquidos de altíssima viscosidade, pela
característica do fogo e do combate, são inseridos na classe A.
O emprego de agentes que agem por abafamento irá apenas retardar a combustão, pois
extinguirá as chamas apenas na superfície, não agindo na queima em profundidade e ocasionando uma
posterior reignição do material.

 INCÊNDIO CLASSE “B”:


Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e óleos. É caracterizado por não deixar
resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em profundidade. Necessita para a sua extinção
do abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia.
No caso de líquidos muito aquecidos (ponto da ignição), é necessário Resfriamento.
O abafamento é mais eficientemente feito com uso de espuma, mas também pode ser feito com
pós ou água finamente pulverizada.
A quebra da reação é feita com uso de pós-extintores.
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 INCÊNDIO CLASSE “C”:
Incêndio envolvendo equipamentos energizados. Como são sólidos, o melhor seria resfriá-los,
mas o risco de haver condução da corrente elétrica caso se use água deve ser observado.
Caso o fornecimento de energia elétrica seja desligado, o incêndio assumirá as características
de um incêndio classe A e assim deverá ser combatido.
Apesar da possibilidade dessa classe de incêndio pode ser mudada para ―A‖, se for
interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exemplo) que
acumulam energia elétrica, pois estes continuam energizados mesmo após a interrupção da corrente
elétrica.
Caso permaneça energizado, para a sua extinção necessita-se de agente extintor que não
conduza a corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em
cadeia. Os agentes mais comumente utilizados são o PQS e o CO2.
O uso do PQS tem o inconveniente de danificar equipamentos pela sua ação corrosiva, o que
pode ocorrer também com o CO2 se for usado em equipamentos eletrônicos delicados pelo excesso de
resfriamento que causa.
Em CPDs ou locais onde haja equipamentos sensíveis, pode-se encontrar sistemas de proteção
que inundem o ambiente com outros gases inertes que extinguirão por abafamento sem danificar o
maquinário.

 INCÊNDIO CLASSE “D”:


Incêndio envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). É caracterizado pela queima em
altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contenham
água).
A reação com água é violenta, pois, ocorre a quebra das moléculas de água (hidrólise)
liberando O2, que é comburente e alimenta as chamas e H2, que é um gás explosivo. Como é difícil o
resfriamento sem utilização de água, surge à extinção química como método mais eficiente de
extinção.
Para a extinção química, necessita-se de agentes extintores especiais (normalmente pós) que
se fundam em contato com o metal combustível, formando uma espécie de capa que o isola do ar
atmosférico, interrompendo a combustão. Muitos entendem isso como abafamento, pela separação
entre combustível e comburente, entretanto, a separação dá se pelo fato de que o agente extintor funde-
se com o metal pirofórico, há ligação química entre eles. Assim, o ―abafamento‖ nada mais é do que
consequência da interferência química do agente extintor no combustível.
O abafamento também pode ser feito por meio de gases ou pós-inertes que substituam o O2 nas
proximidades do combustível, mas não é tão eficiente, pois, devido às altíssimas temperaturas que esse
tipo de queima atinge, a menor baforada de ar é capaz de propiciar a reignição.
Pós-especiais (PQE – Pó Químico Especial) para classe ―D‖ dependem do tipo de material que
queima e, normalmente, são à base de grafite ou cloreto de sódio ou pó de talco. Usam o CO2 ou o N2
como propulsor. Podem ser ainda compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de
bário, monofosfato de amônia, grafite seco.
O princípio da retirada do material também é aplicável com sucesso nesta classe de incêndio,
bem como nas demais.

 OUTRAS CLASSES:
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Há como dito, outras classes de incêndio conforme classificações diferenciadas, mas que, pela
especificidade que apresentam não serão por nós abordados. Entendemos conveniente, entretanto,
fazer algumas ressalvas.
A primeira delas é quanto à Classe designada para fogo em óleos e gorduras que, segundo o padrão
americano é denominada de Classe ―K‖ e, segundo o esquema europeu, Classe ―E‖.
Não julgamos necessária a separação de incêndios em óleos e gorduras em classe separada da
dos líquidos inflamáveis, haja vista que apresentam as mesmas características de queima e de combate.
A exceção é que os óleos e gorduras são todos insolúveis em água, mas entendemos que isso não
justifica a abertura de classe só para eles.
No padrão americano, adotado largamente no Brasil, os incêndios em gases combustíveis são
colocados dentro da Classe ―B‖, o que consideramos um erro, haja vista a peculiaridade dos incêndios
em gases combustíveis (veremos adiante em técnicas de combate), mas resolvemos não abrir uma
classe só para eles para não divergir da nomenclatura mais usual. Por isso ainda não adotamos aqui o
padrão europeu, pois nele, há a classe separada para os gases, mas se trata da Classe ―C‖, letra já
designada habitualmente para outro tipo de incêndio.
A norma americana separa óleos e gorduras pelo fato de que lá, existem extintores específicos
para óleos e gorduras diferentes dos extintores destinados aos demais líquidos combustíveis. Isso
justifica a separação lá nos EUA. Aqui no Brasil, os extintores para óleos e gorduras não diferem dos
extintores para os demais líquidos combustíveis, não havendo, portanto, razão para separá-los aqui.
No tocante ao fato de que os americanos agregam os gases na mesma classe dos líquidos
combustíveis, entendemos ser um posicionamento equivocado. Veja-se que os combustíveis são
agregados em classes pelo comportamento similar na queima e para agrupar combustíveis que sejam
combatidos pelos mesmos métodos e agentes extintores. De modo algum os gases são combatidos do
mesmo modo que os líquidos combustíveis não devendo, assim, serem classificados junto com os
líquidos combustíveis.

DESENVOLVIMENTO DOS INCÊNDIOS EM COMPARTIMENTO:


Para analisar o desenvolvimento de um incêndio, primeiramente se faz necessário ressaltar a
grande diferença na evolução de um foco de incêndio ao ar livre e de um foco de incêndio em
compartimento, isto é, em local onde há teto e paredes limitando o escape de fumaça.
A enorme diferença na evolução desses dos focos ao ar livre e em compartimento deve – se
basicamente a dois fatores, a saber:

1) Oferta de oxigênio;

2) ―feedback radiativo‖.

É fácil entender que a oferta de oxigênio é considerada constante para os focos ao ar livre,
afinal, a concentração de oxigênio na atmosfera permanece inalterada. Poder-se-ia indagar sobre o fato
de o foco consumir o oxigênio do ar ao redor do fogo e a concentração baixar, no entanto, perceba-se
que, ao mesmo tempo em que o foco consome o oxigênio, ele aquece o ar. Com o aquecimento, o ar
nas proximidades do foco fica menos denso e ergue-se ―desocupando‖ a região próxima ao foco. Isso
causa um abaixamento na pressão que atrai mais ar fresco (e rico em O2) que supre o foco.
Todo foco de incêndio, devido ao deslocamento dos gases que provoca pelo aquecimento, gera
seu próprio ―vento‖. O ar ao redor desloca-se em direção ao foco devido ao abaixamento de pressão.
Um foco em compartimento, devido ao confinamento, não terá uma oferta constante de
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oxigênio e a concentração de oxigênio tende a cair. Tanto maior e mais veloz será a queda na

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concentração quanto menor for área de abertura do compartimento (portas, janelas, frestas). Isso altera
o desenvolvimento do foco.
Mais ainda que a oferta de oxigênio, o feedback radiativo afeta o desenvolvimento dos focos.
Cerca de 70% do calor gerado pela queima do combustível é propagado pela convecção. Estando o
foco ao ar livre, os gases se elevarão na atmosfera, levando com eles essa enorme quantidade de
energia. Desta forma, pouco da energia produzida sobra para aquecer os combustíveis ainda não
queimados. Se a queima dar-se em um compartimento, os gases produzidos ficam barrados pelo teto e
pelas paredes e esses gases começam a se acumular abaixo do teto formando um teto de fumaça, uma
capa térmica que irradia de volta para o cômodo boa parte do calor que carrega. Isso é o feedback
radiativo.
Parte do calor é absorvida para aquecer o teto e as paredes e o restante segue aquecendo os
materiais presentes naquele cômodo. Com o aquecimento dos combustíveis ainda não queimados no
cômodo, eles começam a sofrer um processo chamado de SECAGEM, que consiste na desidratação,
ou seja, liberação de vapor de água. Em seguida, se o aquecimento continuar, começa a sofrer
TERMÓLISE (ou Decomposição pelo calor) e assim liberam quantidades crescentes de vapores
combustíveis. Eventualmente, a quantidade de vapor liberada atinge um ponto em que a combustão
pode ser sustentada e o foco se estende. Caso o material atinja seu ponto de combustão e entre em
contato com alguma fonte de calor, ele queimará. Caso atinja seu ponto de ignição, o mesmo ocorrerá.
E com a queima de mais e mais combustíveis, mais calor é gerado e mais vapor combustível é
liberado.
Enquanto oxigênio suficiente estiver disponível, a evolução do fogo é controlada pelas
características e configuração do combustível. Nessas condições, diz-se que o foco está limitado pelo
combustível. Os focos ao ar livre são sempre limitados pelo combustível, podendo ser influenciados
por condições meteorológicas como vento e chuva. Estando o foco em um compartimento, quase que
inevitavelmente ele atinge um ponto onde passa a
ser limitado pela quantidade de oxigênio. Diz-se então que ele está limitado pela ventilação.
O desenvolvimento de um incêndio em compartimento pode ser descrito em fases. Muito
embora o desenvolvimento seja afetado por muitas variáveis e os limites entre as fases não fique muito
claro fora das condições controladas que se tem em laboratórios, mesmo assim, o estudo das fases é
fundamental para fornecer didaticamente meios para que se possa compreender a evolução de um
incêndio em compartimento. As fases de desenvolvimento de um incêndio em compartimento são: fase
inicial (ou incipiente), fase crescente (ou de crescimento ou de desenvolvimento), fase de
desenvolvimento completo e fase de decaimento (ou decrescente).

FASES DE COMBATE AO FOGO:

FASE INICIAL OU INCIPIENTE:


Nessa fase o incêndio começa com a ignição de algum material combustível. A ignição pode
ser causada por uma fonte ígnea – quando uma faísca, fagulha, centelha, ou brasa provocam a ignição
– como pode ser causada apenas pelo atingimento da temperatura de ignição por algum material
exposto a uma fonte de calor (Ex.: ferro de passar esquecido ligado).
Nesse ponto, o fogo está limitado ao material inicialmente em combustão e é altamente
dependente das características do material (limitado pelo combustível). A quantidade de oxigênio
inicialmente no cômodo permite a queima, então, ela depende basicamente das características do
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combustível.

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TABELA 2 – FATORES DE INFLUÊNCIA DE FOCOS
DE INCÊNDIO LIMITADO PELO COMBUSTÍVEL.

Se a queima do combustível envolvido no foco inicial não for suficiente para sustentar a
queima causando a ignição de outros materiais, o fogo se extingue nessa fase. Se a queima do material
conseguir liberar calor suficiente para provocar a ignição de outros materiais o incêndio prossegue.
Caso o calor produzido não seja capaz de fazer com que os materiais próximos atinjam o ponto de
ignição, pode ser que o foco extinga-se sozinho.
Depois de certo tempo, ergue-se uma coluna de vapores combustíveis acima do foco inicial e as
chamas erguem-se nessa coluna. Os vapores combustíveis, gases resultantes da combustão e ar
aquecido atingem o teto e começam a se espalhar horizontalmente. Esses gases começam a formar um
―teto de fumaça‖ chamado de ―capa térmica‖ que irradia calor de volta ao cômodo aquecendo os
outros materiais presentes, causando secagem e posterior termólise nos demais materiais combustíveis
no cômodo.

FASE DE CRESCIMENTO OU DE DESENVOLVIMENTO:


A passagem da fase incipiente para a fase crescente é marcada pelas chamas subindo a coluna
de gases que se ergue sobre o foco atingindo o teto. Com as chamas, que são difusas, atingindo o teto,
ocorre grande perturbação das mesmas, o que, por sua vez, inicia uma grande produção de fumaça
negra que também se acumula no cômodo.
Quanto mais o foco se desenvolve, mais ele afeta o compartimento em que está e, de modo
semelhante, ele é afetado pelas características do compartimento. Por exemplo:
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- Quanto mais baixo for o pé direito7, mais rapidamente a capa térmica aquecerá os
combustíveis ainda não queimados;
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- Quanto maior for à área de ventilação do cômodo, menor será a redução na concentração de
oxigênio, o que significa uma maior taxa de liberação de calor;

O próprio posicionamento do foco influencia o desenvolvimento do incêndio. Um foco ao ar


livre recebe ar de todas as direções e a chegada de ar fresco resfria os gases sobre o foco reduzindo a
altura que as chamas atingem. Em um incêndio em compartimento, o posicionamento do foco é
afetado pelas entradas de ar do cômodo e pelo posicionamento do foco em relação ao cômodo.
Um foco no centro do cômodo tende a ter um desenvolvimento mais lento que um foco contra
uma parede. Um foco no canto de um cômodo tende a evoluir mais rapidamente.

FIGURA 14 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA


DO POSICIONAMENTO DO FOCO EM RELAÇÃO AO INCÊNDIO.

No desenvolvimento de um incêndio em compartimento verifica-se o fenômeno da


estratificação da fumaça ou estratificação térmica ou balanço térmico.
Os gases aquecidos buscam ocupar a parte superior do cômodo e, em existindo uma abertura, sairão
pela parte superior desta. O ar frio ocupa a parte inferior do cômodo e entra pela parte inferior das
aberturas dirigindo-se em direção ao foco. Os gases dispõem – se em camadas de acordo com a
temperatura, ficando os mais aquecidos junto ao teto e o ar mais frio junto ao piso. Essa divisão dos
gases em camada é a estratificação da fumaça ou dos gases.
Nesse estágio, alguns fenômenos do Comportamento Extremo do Fogo podem ser
observados, como os elencados a seguir:

 Chamas isoladas (ghost flames – “chamas fantasmas”): são bolsões de chamas percorrendo
ou aparecendo na capa térmica. A camada de fumaça, rica em carbono proveniente da
perturbação da chama difusa e rica em outros materiais combustíveis possuindo temperatura de
ignição em torno dos 600ºC.

 O aparecimento das chamas fantasmas pode ser devido ao aquecimento de porções da fumaça
já em mistura inflamável ou pode a fumaça estar acima da temperatura de ignição, mas fora da
faixa de inflamabilidade e, com a movimentação dos gases, algumas porções podem atingir
uma concentração de mistura inflamável, vindo então a entrar em ignição.

 Rollover: o termo rollover é usado quando as chamas na capa térmica não apenas surgem
isoladas, mas quando se forma uma frente de fogo que percorre a capa térmica aumentando
muito a irradiação de calor em um curtíssimo espaço de tempo. O fenômeno do rollover
envolve apenas a queima repentina da fumaça, sem envolver a queima dos demais
combustíveis no ambiente que se encontram na fase sólida.
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FIGURA 15 – ILUSTRAÇÃO DO ROLLOVER.

Acima, temos uma foto onde ocorre um rollover. Vê se - a frente de fogo avançando pela capa
térmica em direção à entrada de ar fresco.

Flashover – flashover é a rápida transição de um incêndio na fase de crescimento para o


estágio de desenvolvimento completo em um cômodo, onde há o envolvimento pelas chamas de todos
os combustíveis presentes no cômodo.
Com o aumento da taxa de liberação de calor provocado (por um rollover ou pelo mero
atingimento da temperatura de ignição de vários combustíveis ao mesmo tempo), todos os materiais
presentes em um cômodo entram em ignição. As chamas dominam tanto a fumaça como os
combustíveis sólidos causando a imediata transição para a próxima etapa da evolução de um incêndio:
a fase de pleno desenvolvimento.
As condições para a ocorrência do flashover são definidas de variadas formas. Em geral, a
temperatura da capa térmica deve atingir algo em torno dos 600ºC
Quando ocorre o flashover, sobretudo quando proveniente da ignição da fumaça, ocorrerá uma
onda de sobre pressão que será tanto mais violenta quanto maior for à proximidade da concentração da
mistura fumaça-ar do ponto estequiométrico. Isso pode causar a abertura repentina de portas e janelas.
Normalmente janelas não se quebram devido à sobre pressão em um flashover, mas os vidros
se partem devido ao calor irradiado que provoca a expansão da parte virada para o cômodo dos vidros
de modo muito rápido e, como o lado voltado para o exterior não consegue acompanhar e não dilata na
mesma velocidade. Isso gera uma pressão interna que acaba por fazer o vidro ruir.

Evolução alternativa: O flashover não ocorre sempre que há um incêndio em compartimento. Para
que ele ocorra é necessário que o combustível envolvido pelas chamas tenha capacidade de gerar o
calor necessário com a rapidez necessária para gerar o flashover. Também não ocorrerá o flashover se
o foco inicial consumir o oxigênio do cômodo mais rápido do que ele é suprido pelas aberturas
fazendo com que sua concentração baixe diminuindo a taxa de liberação de calor e diminuição da
intensidade da queima. Esta última situação é muito perigosa, uma vez que uma abertura inadvertida
do compartimento pode oferecer ao foco o que ele precisa para que o flashover ocorra.
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FASE DE DESENVOLVIMENTO COMPLETO:
A fase de desenvolvimento completo ocorre quando todo combustível em um cômodo está em
combustão. Quando isso ocorre, a queima no compartimento estará liberando o máximo de calor
possível para a quantidade de combustível e comburente disponíveis. Haverá ainda grande produção de
fumaça. Assim como descrito anteriormente, o aumento na ventilação do ambiente ocasionará um
aumento na intensidade da queima e na taxa de liberação de calor.
A capa térmica fica muito avantajada, forçando o plano neutro para próximo ao solo. O
acúmulo de pressão dos gases produzidos é aliviado em pulsos que expelem bolsões de fumaça para o
exterior do cômodo por qualquer abertura disponível com a consequente entrada de ar para dentro do
ambiente (diz-se que o foco está ―respirando‖). Os gases aquecidos expulsos do ambiente onde a
queima é limitada pela ventilação (pelo comburente) geralmente queimam ao saírem do cômodo, pois,
ao misturar com o ar de fora do cômodo, alcançam a inflamabilidade estando ainda acima do ponto de
ignição.
Enquanto houver oxigênio suficiente para alimentar a combustão dos combustíveis em um
cômodo, o fogo é limitado pelo combustível. Quando o regime de queima começa a ser afetado pela
diminuição na concentração de oxigênio na atmosfera do ambiente, o regime de queima passa ser
limitado pela ventilação. A disponibilidade de ar ditará o crescimento do fogo.

A temperatura média dos gases em um cômodo na fase de desenvolvimento completo fica


entre 700º a 1200º C dependendo das características dos combustíveis presentes e da configuração do
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cômodo.

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FASE DE DECAIMENTO:
A fase de decaimento ocorre quando o combustível sólido é consumido ou quando a
concentração de oxigênio cai a ponto de não mais ocorrer combustão viva, que é a combustão onde se
verifica a presença de chamas. Isso ocorre, em geral, quando o O2 encontra-se em concentrações
abaixo de 14%. Ambas as hipóteses podem levar à fase de decaimento, muito embora, o decaimento
pela depleção de oxigênio pode apresentar grande variação se ocorrer mudança no padrão de
ventilação do cômodo.
Se o decaimento do foco deu-se em razão do exaurimento do combustível, o incêndio, nesse
cômodo, ruma para a extinção. Nem por isso o ambiente deixa de ser perigoso. A combustão passa a
ser lenta (brasas) mais ainda é capaz de manter a temperatura do cômodo elevada por longos períodos
que variam de acordo com o isolamento térmico e ventilação do cômodo. Se o cômodo estiver
fechado, enquanto os gases combustíveis ainda não queimados estiverem acima da temperatura de
ignição, ventilar o cômodo pode provocar a violenta ignição dos gases.
Se um incêndio for forçado ao decaimento pela falta de comburente, a taxa de liberação de
calor diminuirá, contudo, ainda haverá combustão devido à presença de combustíveis ainda não
consumidos e no pouco oxigênio disponível que entra pelas frestas. A combustão, pela baixa
concentração de O2 será lenta (brasas) e, muito embora libere menos calor, continuará a fornecer calor
para o ambiente no cômodo.
Estando o foco em queima lenta devido à diminuição da concentração de O2, mas tendo ainda
condições de, mediante a entrada de ar, voltar à queima livre ou apresentar ou mesmo apresentar um
comportamento extremo, diz-se que o foco está em estágio de incubação. A incubação pode ocorrer
não apenas após o desenvolvimento completo, mas pode ocorrer antes dessa etapa, bastando somente
que o foco em regime de queima limitada pelo combustível, passe à queima lenta ou mesmo deixe de
queimar, mas ainda guarde energia suficiente para voltar a queimar caso ar entre no ambiente. Se isso
não ocorrer, o foco parte para a extinção.
É importantíssimo notar que, mesmo que a queima diminua, a termólise prossegue, pois a
queima precisa de oxigênio, mas a decomposição pelo calor, não. Ainda que a concentração de O2
fique abaixo de 7% (incapaz de sustentar a combustão), a termólise continua ocorrendo. Isso significa
que, mesmo sem chama, um cômodo em queima lenta, ou até mesmo sem queima pode ter uma
atmosfera rica em combustíveis e acima do ponto de ignição, à espera apenas da entrada de
comburente para a combustão. Caso uma janela ou porta se rompa ou um bombeiro abra um acesso ao
cômodo, o ar entrará e, tão logo a fumaça misture-se com o ar e alcance concentração adequada, ela
inflamar-se-á. A ignição dos gases combustíveis já acima do ponto de ignição pela mistura com
oxigênio é violenta e produz uma onda de choque e calor letal. A esse fenômeno, dá-se o nome de
backdraft. Página41

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FIGURA 17 – ILUSTRAÇÃO DO BACKDRAFT.

Os sinais que indicam que um foco está na fase de decaimento podem ser enganosos. As
condições podem indicar uma aparente ―tranquilidade‖ no cômodo. Sem luminosidade ou barulho de
chamas, um bombeiro inadvertido ou usando uma técnica incorreta pode ―acender o pavio de uma
bomba‖. Atuando errado, os bombeiros podem piorar as condições do ambiente dificultando o
combate.

OUTROS FENÔMENOS DO FOGO:


Acima estudamos fenômenos como o Backdraft e o flashover. Porem, além desses temos outros
fenômenos, descritos abaixo, igualmente conhecidos que se manifestam geralmente em recipientes
contendo fluidos inflamáveis.

B.L.E.V.E.:

Um fenômeno que pode ocorrer em recipiente com gases inflamáveis pressurizados, ou até
mesmo com líquidos inflamáveis, embora com menor intensidade, é o BLEVE (Boiling Liquid
Expanding Vapor Explosion).
Quando ocorre a exposição de um recipiente pressurizado contendo gás inflamável liquefeito a
uma chama intensa, o calor é transmitido por condução através da parede do tanque aquecendo o
líquido no interior. O aquecimento do líquido provoca uma corrente de convecção que constantemente
―rouba‖ calor da parede do tanque protegendo-a da ação das chamas. Com o aquecimento do líquido,
ele ferve. A liberação de gases pela fervura aumenta a pressão no tanque. O líquido não se transforma
todo em gás. Assim que o espaço acima dele fica saturado com o gás, ele deixa de ferver. Contudo, o
aumento da pressão aciona válvulas de alívio que liberam o gás para a atmosfera para impedir a
explosão do tanque pelo acúmulo da pressão. Isso resolve o problema momentaneamente, porém, com
o escape de gases, abre-se espaço para a vaporização de mais líquido. Isso vai, aos poucos, abaixando
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o nível de líquido. A parte do tanque acima do nível de líquido não tem a proteção que a convecção do

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líquido oferece e, se exposta às chamas, o metal começa a enfraquecer e amolecer. A pressão interna o
empurra tornando-o fino e diminuindo sua resistência.
Quando a resistência for menor que a pressão interna, o tanque se rompe.
Nesse instante ocorrerá uma enorme liberação de energia proveniente das seguintes fontes:

 Toda a pressão dentro do tanque será aliviada instantaneamente com a expansão imediata do gás ali
contido;
 Quase toda a fase líquida será vaporizada instantaneamente e, ao fazer isso, o material se expande
algumas centenas de vezes. O GLP, por exemplo, ao vaporizar-se se expande cerca de 400 vezes.
Isso significa que, caso houvesse 1.000 litros de GLP ainda líquido, eles se transformariam em
400.000 litros de gás. Essa expansão instantânea também contribui para o poder do BLEVE;
 O material, ao escapar, não vai apenas expandir-se. Ao se misturar com o oxigênio alcançando a
concentração para queima, o que ocorre rapidamente, o combustível queima gerando gases que
ocupam um volume maior que o inicial, aumentando a força de expansão do BLEVE.

Os gases expandindo-se tão rapidamente provocam uma onda de choque capaz de matar seres
vivos e destroçar edificações em um raio de centenas de metros. A queima do combustível gera uma
onda de calor capaz de incendiar outros materiais nas proximidades.
Outro dos grandes perigos do BLEVE é o arremesso de pedaços do recipiente em todas as
direções, com grande deslocamento de ar. Para se evitar o BLEVE é necessário resfriar exaustivamente
os recipientes que estejam sendo aquecidos por exposição direta ao fogo, ou por calor irradiado. Este
resfriamento deve ser preferencialmente com jato d’água em forma de neblina.
Diante do risco iminente de BLEVE, pode ser que a melhor opção seja a evacuação da área e
esta área é relativamente grande. Para se ter uma ideia um tanque de combustível transportado por
composição ferroviária pode gerar uma explosão que afete centenas de metros. A zona de queima pode
ter uma centena de metros de diâmetro. A onda de choque pode ser fatal a 300 ou mais metros do
ponto inicial e a irradiação é lesiva a várias centenas de metros.

FIGURA 18 – ILUSTRAÇÃO DO BLEVE.

Ao lidar com o BLEVE, os bombeiros devem estar atentos para o seguinte:

 Resfriar o tanque, principalmente em sua parte superior, acima da fase líquida;



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Evacuar a área próxima expondo o mínimo de pessoal possível;


 Usar EPI completo;
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 Combater abaixados e à maior distância possível
 Recomenda-se ainda o uso de canhões monitores para eliminar a necessidade de presença humana
nas proximidades.

“BOIL-OVER”:

O Boil-over é um fenômeno que pode ocorrer nos combates a incêndios em líquidos


inflamáveis. Ocorre nos líquidos menos densos que a água.

O boil-over pode ser explicado da seguinte maneira:

Quando se joga água em líquidos de pequena densidade, a água tende a depositar – se no fundo
do recipiente.
Se a água no fundo do recipiente for submetida a altas temperaturas, pode vaporizar-se. Na
vaporização da água há grande aumento de volume (1 litro de água transforma-se em 1.700 litros de
vapor).
Com o aumento de volume, a água age como êmbolo numa seringa, empurrando o combustível
quente para cima, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.

FIGURA 19 – ILUSTRAÇÃO DO BOIL - OVER.

Antes de ocorrer o boil-over, podem-se identificar alguns sinais característicos:

 Através da constatação da onda de calor: dirigindo um jato d’água na lateral do tanque


incendiado, abaixo do nível do líquido, pode-se localizar a extensão da onda de calor,
observando-se onde a água vaporiza-se imediatamente;
 Através do som (chiado) peculiar: pouco antes de ocorrer a ―explosão‖, pode-se ouvir um
―chiado‖ semelhante ao de um vazamento de vapor de uma chaleira fervendo.

O boil-over tem mais probabilidades de ocorrer em casos de líquidos combustíveis de maior


densidade como óleo cru e pode ser seguido de uma explosão que liberará enormes quantidades de
calor por radiação. Esse efeito pode ser fatal dada a energia liberada.
Previne-se o boil-over fazendo a drenagem da água que se acumular no fundo do tanque de
combustível, resfriando o tanque externamente e evitando o uso excessivo de água.

SLOP OVER:

O Slop Over é semelhante ao boil over, porém ocorre de maneira imediata e na superfície do
líquido.
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O slop over acontece quando um jato penetrante (sólido ou compacto) é atirado na superfície de
um líquido combustível de alta viscosidade em chamas. Se a quantidade de calor gerado for suficiente
para ferve a água atirada, isso ocorrerá bem abaixo da superfície do líquido assim que o jato de água
penetrá-la. Isso provocará a expansão da água arremessando pequenas quantidades de líquido
inflamável superaquecido e em chamas para fora do recipiente que o contém.

PROPORÇÕES DO INCÊNDIO:

Quanto á sua proporção os incêndios podem se classificar em:

 Incêndio incipiente ou principio de incêndio: Evento de mínimas proporções e para o qual é


suficiente a utilização de extintores para seu combate.
 Pequeno incêndio: Exige o emprego de pessoal e material especializado, porem é normalmente
extinto com facilidade.
 Médio incêndio: Evento em que a área atingida e a sua intensidade exigem a utilização de meios e
materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio.
 Grande incêndio: Evento cujas proporções apresentam uma propagação crescente, necessitando
do emprego efetivo de mais de um socorro básico para sua extinção.
 Extraordinário: Incêndio oriundo de abalos sísmicos, vulcões, bombardeios e similares, no qual
abrange quarteirões.

CAUSAS DE INCÊNDIO:

As causas de um incêndio podem ser de dois tipos, a saber:

Causas Naturais: Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que
agem por si só, completamente independentes da vontade humana.

FIGURA 20 – INCÊNDIO PROVOCADO POR RAIO.


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Causas Artificiais: Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por
ele evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.
 Acidental
Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não tenha intenção
de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios.

FIGURA 21 – INCÊNDIO ACIDENTAL.

 Proposital
Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém em provocar o
incêndio.

FIGURA 22 – INCÊNDIO PROPOSITAL.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR:


Considerando que o oxigênio está presente em toda atmosfera terrestre e é vital à vida humana, e
o combustível estar envolvendo os diversos ambientes no dia a dia do ser humano, teremos
praticamente em todos os lugares uma situação onde só carecerá da elevação de temperatura para se ter
um incêndio, daí a grande importância do controle do Calor na Prevenção e Combate a Incêndios.
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Condução: É a transferência de calor de um ponto para outro de forma contínua. Esta
transferência é feita de molécula a molécula sem que haja transporte da matéria de uma região para
outra. É o processo pelo qual o calor se propaga da chama para a mão, através da barra de ferro, por
exemplo.

FIGURA 23 – TRANSMIÇÃO DE CALOR PONTO A PONTO.

Convecção: É a transferência do calor de uma região para outra, através do transporte de matéria
(ar ou fumaça). Esta transferência se processa em decorrência da diferença de densidade do ar, que
ocorre com a absorção ou perda de calor. O ar quente sempre subirá. É o processo pelo qual o calor se
propaga nas galerias ou janelas dos edifícios em chamas.

FIGURA 24 – A FUMAÇA AQUECIDA POR SER MENOS DENSA ATINGE AOS ANDARES SUPERIORES
PROPAGANDO O INCÊNDIO.
.

Irradiação: É a transferência do calor através de ondas eletromagnéticas, denominadas ondas


calorífica ou calor radiante. Neste processo não há necessidade de suporte material nem transporte de
matéria. A irradiação passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos
como a parede. Ex.: O calor propagado de um prédio para outro sem ligação física.
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FIGURA 25 – AS ONDAS TÉRMICAS PROPAGAM O INCÊNDIO
PARA A EDIFICAÇÃO À FRENTE.

Projeção: É o deslocamento ou queda de objetos em combustão, podendo provocar outro foco de


incêndio.

FIGURA 26 – UMA JANELA DO EDIFICIO EM CHAMAS AO SE DEPRENDER E CAIR,


CRIA UM NOVO FOCO NA CASA À FRENTE

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

RESFRIAMENTO: O método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material


combustível que está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores
inflamáveis.
A água é o meio mais usado para resfriamento, por ter grande capacidade de absorver calor e
ser facilmente encontrada na natureza, além de outras propriedades que veremos adiante.
A redução da temperatura do incêndio está ligada à quantidade e à forma de aplicação da
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água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir.

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É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão
(menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo
gases combustíveis.

FIGURA 27 – A ARESTA CALOR SE


ENCONTRA ISOLADA.

ABAFAMENTO: Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material


combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como
exceção está os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do
oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e a pólvora.
Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai
tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar abaixo de 7%, quando não
haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo álcool em chamas, ou
colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que
mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível.
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água,
espumas, pós, gases especiais etc.

FIGURA 28 – A ARESTA COMBURENTE SE


ENCONTRA ISOLADA.

ISOLAMENTO: É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do


material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação
da combustão. Método também denominado corte isolamento ou remoção do combustível.
Há outras técnicas que se encaixam nesse método de atuação, pois há outras formas de atuar no
combustível que não apenas a retirada do que ainda está intacto. Ex.: fechamento de válvula ou
interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do
ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.
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FIGURA 29 – A ARESTA COMBUSTÍVEL SE
ENCONTRA ISOLADA.

QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA: Também é chamada de extinção química. E consiste


no uso de agentes que interferem quimicamente na reação diminuindo a capacidade de reação entre
comburente e combustível. Esses agentes agem interferindo nos radicais livres formados na reação
capturando-os antes de se coligarem na próxima etapa da reação.
Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área
das chamas, interrompendo assim a ―reação em cadeia‖ (extinção química). Isso ocorre porque o
oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis.
Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis. Quando se descobriu a possibilidade disso ocorrer
(estudando o PQS, como visto no tópico Reação em Cadeia) percebeu-se a existência de mais um
método de atacar a combustão e, consequentemente, foi necessário inserir mais um entre os elementos
na teoria da combustão.

UNIDADE EXTINTORA E CAPACIDADE EXTINTORA

A Capacidade Extintora mínima de cada tipo de extintor portátil, para que se constitua uma
unidade extintora, deve ser:

Capacidade extintora: Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático
normalizado. Deve ser indicada no rótulo do produto.
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AS ILÚSTRAÇÕES ACIMA CONSISTEM EM UMA REPRESENTAÇÃO DA MEDIDA DO PODER DE
EXTINÇÃO DO FOGO DE UM EXTINTOR, OBTIDA EM
ENSAIO PRATICO NORMALIZADO.

AULA IV – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Objetivo:

 Conhecer os conceitos gerais de prevenção, educação e proteção contra incêndio; noções de


proteção passiva e proteção ativa: isolamento de risco; compartimentação vertical e horizontal;
noções de resistência das estruturas e dos materiais ao fogo;

 Conhecer os equipamentos fixos e portáteis de combate a incêndio; saídas de emergência; escalas


de segurança; corredores e rotas de fuga; sistemas de iluminação de emergência; elevador de
segurança; meios de aviso; detecção e alarme de incêndio e sinalização de emergência;

 Conhecer os equipamentos e os principais procedimentos de emergência para o correto


funcionamento de bombas (elétricas e a combustão), chuveiros automáticos (sprinklers) e sistemas
fixos de combate a incêndio (com espuma mecânica, gases etc.).
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CONCEITOS GERAIS DE PREVENÇÃO, EDUCAÇÃO E PROTEÇÃO
CONTRA INCÊNDIOS

PREVENÇÃO DE INCÊNDIO:

Um dos tópicos abordados na avaliação e planejamento da proteção de uma coletividade é a


prevenção de incêndio.
O termo "prevenção de incêndio" expressa tanto a educação pública como as medidas de
proteção contra incêndio em um edifício.
A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio de atividades que visam a evitar o
surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo de
Bombeiros.
As atividades relacionadas com a educação consistem no preparo da população, por meio da
difusão de ideias que divulgam as medidas de segurança, para prevenir o surgimento de incêndios nas
ocupações. Buscam, ainda, ensinar os procedimentos a serem adotados pelas pessoas diante de um
incêndio, os cuidados a serem observados com a manipulação de produtos perigosos e também os
perigos das práticas que geram riscos de incêndio.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO:

As atividades que visam à proteção contra incêndio dos edifícios podem ser agrupadas em:

1) Atividades relacionadas com as exigências de medidas de proteção contra incêndio nas diversas
ocupações;

2) Atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos incêndios pelos órgãos
públicos, que visam aprimorar técnicas de combate e melhorar a proteção contra incêndio por meio
da investigação, estudo dos casos reais e estudo quantitativo dos incêndios no estado do Rio de
Janeiro.
A proteção contra incêndio é definida como medidas tomadas para a detecção e controle do
crescimento do incêndio e sua consequente contenção ou extinção.

Essas medidas dividem-se em:

1) Medidas ativas de proteção que abrangem a detecção, alarme e extinção do fogo (automática e/ou
manual), ou seja, medidas ativas;

2) Medidas passivas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, compartimentação e
proteção da estrutura do edifício.

A prevenção tem como objetivos:

1. A garantia da segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior de um edifício,


quando da ocorrência de um incêndio;
2. A prevenção da conflagração e propagação do incêndio, envolvendo todo o edifício;
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3. A proteção do conteúdo e a estrutura do edifício;
4. Minimizar os danos materiais de um incêndio.
5. Esses objetivos são alcançados pelo: controle da natureza e da quantidade de materiais
combustíveis constituintes e contidos no edifício;
6. Dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre edifícios e da
resistência ao fogo dos elementos de compartimentação;
7. Dimensionamento da proteção e de resistência ao fogo da estrutura do edifício;
8. Dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas de chuveiros
automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para combate
dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do movimento da
fumaça.
9. Controle das fontes de ignição e riscos de incêndio;
10. Acesso para os equipamentos de combate a incêndio;
11. Treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e coordenar o
abandono seguro da população de um edifício;
12. Gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio instalado;
13. Controle dos danos ao meio ambiente decorrente de um incêndio.

ISOLAMENTO DE RISCO

A Propagação do incêndio entre edifícios isolados pode se dar através dos seguintes mecanismos:

1) Radiação térmica, emitida:

a) através das aberturas existentes na fachada do edifício incendiado;


b) através da cobertura do edifício incendiado;
c) pelas chamas que saem pelas aberturas na fachada ou pela cobertura;
d) pelas chamas desenvolvidas pela própria fachada, quando esta for composta por materiais
combustíveis;
2) Convecção, que ocorre quando os gases quentes emitidos pelas aberturas existentes na fachada ou
pela cobertura do edifício incendiado atinjam a fachada do edifício adjacente;

3) Condução, que ocorre quando as chamas da edificação ou parte da edificação contígua a uma outra,
atingem a esta transmitindo calor e incendiando a mesma.

Desta forma há duas maneiras de isolar uma edificação em relação à outra. São:
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1) por meio de distanciamento seguro (afastamento) entre as fachadas das edificações;


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2) por meio de barreiras estanques entre edifícios contíguos;

FIGURA – 1 ISOLAMENTO OBTIDO POR PAREDE CORTA FOGO.

Com a previsão das paredes corta-fogo, uma edificação é considerada totalmente estanque em
relação à edificação contígua.
O distanciamento seguro entre edifícios pode ser obtido por meio de uma distância mínima
horizontal entre fachadas de edifícios adjacentes, capaz de evitar a propagação de incêndio entre os
mesmos, decorrente do calor transferido por radiação térmica através da fachada e/ou por convecção
através da cobertura.
Em ambos os casos o incêndio irá se propagar ignizando através das aberturas, os materiais
localizados no interior dos edifícios adjacentes e/ou ignizando materiais combustíveis localizados em
suas próprias fachadas.

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

A partir da ocorrência de inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio, este


poderá propagar-se para outros ambientes através dos seguintes mecanismos principais:

1) convecção de gases quentes dentro do próprio edifício;


2) convecção dos gases quentes que saem pelas janelas (incluindo as chamas) capazes de transferir o
fogo para pavimentos superiores;
3) condução de calor através das barreiras entre compartimentos;
4) destruição destas barreiras.
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Frente à necessidade de limitação da propagação do incêndio, a principal medida a ser adotada
consiste na compartimentação, que visa dividir o edifício em células capacitadas a suportar a queima
dos materiais combustíveis nelas contidos, impedindo o alastramento do incêndio.

Os principais propósitos da compartimentação são:

1) conter o fogo em seu ambiente de origem;

2) manter as rotas de fuga seguras contra os efeitos do incêndio;

3) facilitar as operações de resgate e combate ao incêndio.

A capacidade dos elementos construtivos de suportar a ação do incêndio denomina-se


"resistência ao fogo" e se refere ao tempo durante o qual conservam suas características funcionais
(vedação e/ou estrutural).
O método utilizado para determinar a resistência ao fogo consiste em expor um protótipo
(reproduzindo tanto quanto possível as condições de uso do elemento construtivo no edifício), a uma
elevação padronizada de temperatura em função do tempo.
Ao longo do tempo são feitas medidas e observações para determinar o período no qual o
protótipo satisfaz a determinados critérios relacionados com a função do elemento construtivo no
edifício.
O protótipo do elemento de compartimentação deve obstruir a passagem do fogo mantendo,
obviamente, sua integridade (recebe por isto a denominação de corta-fogo).
A elevação padronizada de temperatura utilizada no método para determinação da resistência
ao fogo constitui-se em uma simplificação das condições encontradas nos incêndios e visa reproduzir
somente a fase de inflamação generalizada.
Deve-se ressaltar que, de acordo com a situação particular do ambiente incendiado, irão
ocorrer variações importantes nos fatores que determinam o grau de severidade de exposição, que são:

1) duração da fase de inflamação generalizada;

2) temperatura média dos gases durante esta fase;

3) fluxo de calor médio através dos elementos construtivos.

Os valores de resistência ao fogo a serem requeridos para a compartimentação na Especificação


foram obtidos tomando-se por base:

1) a severidade (relação temperatura x tempo) típica do incêndio;

2) a severidade obtida nos ensaios de resistência ao fogo.

A severidade típica do incêndio é estimada de acordo com a variável ocupação (natureza das
atividades desenvolvidas no edifício).
A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do incêndio de forma que
grandes áreas sejam afetadas, dificultando sobremaneira o controle do incêndio, aumentando o risco de
ocorrência de propagação vertical e aumentando o risco à vida humana.
A compartimentação horizontal pode ser obtida através dos seguintes dispositivos:
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1) paredes e portas corta-fogo;

2) registros corta-fogo nos dutos que traspassam as paredes corta-fogo;

3) selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e tubulações das paredes corta-fogo;

Afastamento horizontal entre janelas de setores compartimentados:

A compartimentação vertical se destina a impedir o alastramento do incêndio entre andares e


assume caráter fundamental para o caso de edifícios altos em geral.

A compartimentação vertical deve ser tal que cada pavimento componha um compartimento
isolado, para isto são necessários:

1) lajes corta-fogo;
2) enclausuramento das escadas através de paredes e portas corta-fogo;
3) registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos;
4) selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e tubulações, através das lajes;
5) utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas horizontais projetando-se além da fachada,
resistentes ao fogo e separando as janelas de pavimentos consecutivos (neste caso é suficiente que
estes elementos mantenham suas características funcionais, obstruindo desta forma a livre emissão de
chamas para o exterior).

RESISTÊNCIA DAS ESTRUTURAS E DOS MATERIAIS AO FOGO


Uma vez que o incêndio atingiu a fase de inflamação generalizada, os elementos construtivos
no entorno de fogo estarão sujeitos à exposição de intensos fluxos de energia térmica.
A capacidade dos elementos estruturais de suportar por determinado período tal ação, que se
denomina de resistência ao fogo, permite preservar a estabilidade estrutural do edifício.
Durante o incêndio a estrutura do edifício como um todo estará sujeita a esforços decorrentes
de deformações térmicas, e os seus materiais constituintes estarão sendo afetados (perdendo
resistência) por atingir temperaturas elevadas.
O efeito global das mudanças promovidas pelas altas temperaturas alcançadas nos incêndios
sobre a estrutura do edifício traduz-se na diminuição progressiva da sua capacidade portante.
Durante este processo pode ocorrer que, em determinado instante, o esforço atuante em uma
seção se iguale ao esforço resistente, podendo ocorrer o colapso do elemento estrutural.
Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são:

1) Possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;


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2) Garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita o acesso
operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as
atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção);
4) Evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, a edificações adjacentes, à infraestrutura pública e ao
meio ambiente.

FIGURA 2 – COLAPSO ESTRUTURAL.

Em suma, as estruturas dos edifícios, principalmente as de grande porte, independentemente


dos materiais que as constituam, devem ser dimensionadas, de forma a possuírem resistência ao fogo
compatível com a magnitude do incêndio que possam vir a ser submetidas.

MATERIAIS:
Embora os materiais combustíveis contidos no edifício e constituintes do sistema construtivo
possam ser responsáveis pelo início do incêndio, muito frequentemente são os materiais contidos no
edifício que se ignizam em primeiro lugar.
À medida que as chamas se espalham sobre a superfície do primeiro objeto ignizado e, talvez,
para outros objetos contíguos, o processo de combustão torna-se mais fortemente influenciado por
fatores característicos do ambiente.
Se a disponibilidade de ar for assegurada, a temperatura do compartimento subirá rapidamente
e uma camada de gases quentes se formará abaixo do teto, sendo que intensos fluxos de energia
térmica radiante se originarão, principalmente, a partir do teto aquecido. Os materiais combustíveis
existentes no compartimento, aquecidos por convecção e radiação, emitirão gases inflamáveis. Isto
levará a uma inflamação generalizada e todo o ambiente tornar-se-á envolvido pelo fogo, sendo que e
os gases que não queimam serão emitidos pelas aberturas do compartimento.
A possibilidade de um foco de incêndio extinguir-se ou evoluir em um grande incêndio (atingir
a fase de inflamação generalizada) depende de três fatores principais:

1) Razão de desenvolvimento de calor pelo primeiro objeto ignizado;


2) Natureza, distribuição e quantidade de materiais combustíveis no compartimento incendiado;
3) Natureza das superfícies dos elementos construtivos sob o ponto de vista de sustentar a combustão
a propagar as chamas.
Os dois primeiros fatores dependem largamente dos materiais contidos no compartimento. O
primeiro está absolutamente fora do controle do projetista. Sobre o segundo é possível conseguir-se no
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máximo, um controle parcial. O terceiro fator está, em grande medida, sob o controle do projetista, que

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pode adicionar minutos preciosos ao tempo da ocorrência da inflamação generalizada, pela escolha
criteriosa dos materiais de revestimento.
Quando os materiais de revestimento são expostos a uma situação de início de incêndio, a
contribuição que possa vir a trazer para o seu desenvolvimento, ao sustentar a combustão, e possibilitar
a propagação superficial das chamas, denomina-se "reação ao fogo". As características de reação ao
fogo dos materiais, utilizadas como revestimento dos elementos construtivos, podem ser avaliadas
em laboratórios, obtendo-se assim subsídios para a seleção dos materiais na fase de projeto da
edificação.
Os métodos de ensaio utilizados em laboratório para estas avaliações estipulam condições
padronizadas a que os materiais devem ser expostos, que visam a reproduzir certas situações críticas,
características dos incêndios antes de ocorrência de inflamação generalizada. O desempenho que a
superfície de um elemento construtivo deve apresentar, para garantir um nível mais elevado de
segurança contra incêndio, deve ser retirado de uma correlação entre os índices ou categorias obtidos
nos ensaios e a função do elemento construtivo (consequentemente, sua provável influência no
incêndio).
A influência de determinado elemento construtivo na evolução de um incêndio se manifesta de
duas maneiras distintas.
A primeira delas se refere à posição relativa do elemento no ambiente, por exemplo, a
propagação de chamas na superfície inferior do forro é fator comprovadamente mais crítico para o
desenvolvimento do incêndio do que a propagação de chamas no revestimento do piso, pois a
transferência de calor, a partir de um foco de incêndio, é, em geral muito mais intensa no forro; neste
sentido o material de revestimento do forro deve apresentar um melhor desempenho nos ensaios de
laboratório.
O outro tipo de influência se deve ao local onde o material está instalado: por exemplo, a
propagação de chamas no forro posicionado nas proximidades das janelas, em relação ao forro
afastado das janelas, a fator acentuadamente mais crítico para a transferência do incêndio entre
pavimentos, pois além de sua eventual contribuição para a emissão de chamas para o exterior, estará
mais exposto (quando o incêndio se desenvolver em um pavimento inferior) a gases quentes e chamas
emitidas através das janelas inferiores. Algo semelhante se dá em relação à propagação do incêndio
entre edifícios, onde os materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos nas
proximidades das fachadas podem facilitar a propagação do incêndio entre edifícios.
Os dois métodos de ensaio básicos para avaliar as características dos materiais constituintes
do sistema construtivo, sob o ponto de vista de sustentar a combustão e propagar as chamas, são os
seguintes;

1) Ensaio de incombustibilidade que possibilitam verificar se os materiais são passíveis de sofrer a


ignição e, portanto, estes ensaios possuem capacidade de contribuir para a evolução da prevenção
de incêndio;

2) Ensaio da propagação superficial de chamas, por meio do qual os materiais passíveis de se


ignizarem (materiais combustíveis de revestimento) podem ser classificados com relação à rapidez
de propagação superficial de chamas e a quantidade de calor desenvolvido neste processo.

Uma outra característica que os materiais incorporados aos elementos construtivos apresentam,
diz respeito a fumaça que podem desenvolver à medida em que são expostos a uma situação de início
de incêndio. Em função da quantidade de fumaça que podem produzir e da opacidade desta fumaça, os
materiais incorporados aos elementos construtivos podem provocar empecilhos importantes à fuga das
pessoas e ao combate do incêndio.
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Para avaliar esta característica deve-se utilizar o método de ensaio para determinação da
densidade ótica da fumaça produzida na combustão ou pirólise dos materiais.
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O controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos
apresenta dois objetivos distintos. O primeiro é dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no
local em que o incêndio se origina. O segundo, considerando que a inflamação generalizada tenha
ocorrido, é limitar a severidade além do ambiente em que se originou.
Com relação ao primeiro objetivo, a utilização intensiva de revestimentos combustíveis capazes
de contribuir para o desenvolvimento do incêndio ao sofrerem a ignição e ao levar as chamas para
outros objetos combustíveis além do material / objeto onde o fogo se iniciou.
Com relação ao segundo objetivo, quanto maior for à quantidade de materiais combustíveis
envolvidos no incêndio maior severidade este poderá assumir, aumentando assim o seu potencial de
causar danos e a possibilidade de se propagar para outros ambientes do edifício.
O método para avalizar a quantidade de calor com que os materiais incorporados aos elementos
construtivos podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio é denominado "ensaio para
determinação do calor potencial".

SAÍDA DE EMERGÊNCIA
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário que as edificações sejam
dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para
um local livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação,
independentemente do local de origem do incêndio.
Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do edifício, decorrente da
altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos).
Nestes casos, há a necessidade da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros de adentrar
ao edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.
Estas ações devem ser rápidas e seguras, e normalmente utilizam os meios de acesso da
edificação, que são as próprias saídas de emergência ou escadas de segurança utilizadas para a
evacuação de emergência,
Para isto ser possível as rotas de fuga devem atender, entre outras, as seguintes condições
básicas:

 O número de saídas difere para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em
planta e características construtivas. Normalmente o número mínimo de saídas consta de códigos e
normas técnicas que tratam do assunto.
 A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento entre o ponto mais distante de um
pavimento até o acesso a uma saída neste mesmo pavimento.
 Da mesma forma como o item anterior, essa distância varia conforme o tipo de ocupação e as
características construtivas do edifício e a existência de chuveiros automáticos como proteção.
 Os valores máximos permitidos constam dos textos de códigos e normas técnicas que tratam do
assunto.
 O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas e rotas de fuga horizontais é baseado na
lotação da edificação, calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação.
 As larguras das escadas de segurança e outras rotas devem permitir desocupar todos os pavimentos
em um tempo aceitável como seguro.
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FIGURA 3 – ESCADA COM LARGURA ADEQUADA À SAÍDA DE PESSOAS.

Isto indica a necessidade de compatibilizar a largura das rotas horizontais e das portas com a
lotação dos pavimentos e de adotar escadas com largura suficiente para acomodar em seus interiores
toda a população do edifício.
As normas técnicas e os códigos de obras estipulam os valores das larguras mínimas
(denominado de Unidade de Passagem) para todos os tipos de ocupação.
As saídas (para um local seguro) e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar
efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de escape.
Para isto devem estar suficientemente afastadas uma das outras, uma vez que a previsão de
duas escadas de segurança não estabelecerá necessariamente rotas distintas de fuga, pois em função de
proximidade de ambas, em um único foco de incêndio poderá torná-las inacessível.

FIGURA 4 – ESCADAS LOCALIZADAS EM LADOS OPOSTOS


PERMITINDO O ESCAPE SEGURO.

A descarga das escadas de segurança deve se dar preferencialmente para saídas com acesso
exclusivo para o exterior, localizado em pavimento ao nível da via pública.
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Outras saídas podem ser aceitas, como as diretamente no átrio de entrada do edifício, desde que
alguns cuidados sejam tomados, representados por:

1) sinalização dos caminhos a tomar;


2) saídas finais alternativas;
3) compartimentação em relação ao subsolo e proteção contra queda de objetos (principalmente vidros)
devido ao incêndio e etc.

A largura mínima das escadas de segurança varia conforme os códigos e Normas Técnicas,
sendo normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 1,20 m para as demais ocupações, devendo
possuir patamares retos nas mudanças de direção com largura mínima igual à largura da escada.
As escadas de segurança devem ser construídas com materiais incombustíveis, sendo também
desejável que os materiais de revestimento sejam incombustíveis.
As escadas de segurança devem possuir altura e largura ergométrica dos degraus, corrimãos
corretamente posicionados, piso antiderrapante, além de outras exigências para conforto e segurança.

ESCADAS DE SEGURANÇA
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e
portas corta-fogo. Em determinadas situações estas escadas também devem ser dotadas de antecâmaras
enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa de escada. As dimensões
mínimas (largura e comprimento) são determinadas nos códigos e Normas Técnicas.

FIGURA 5A – PORTA CORTA FOGO.

A antecâmara só deve dar acesso à escada e a porta entre ambas, quando aberta, não deve
avançar sobre o patamar da mudança da direção, de forma a prejudicar a livre circulação.
Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendidos por meio das fachadas do edifício penetrem
em eventuais aberturas de ventilação na escada e antecâmara, deve ser mantida uma distância
horizontal mínima entre estas aberturas e as janelas do edifício.

CORREDORES E ROTAS DE FUGA:


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Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fechamento destes deve ser feito de
forma a restringir a penetração de fumaça durante o estágio inicial do incêndio. Para isto suas paredes
e portas devem apresentar resistência ao fogo.
Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário prever aberturas de
exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça.
As portas incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas, entretanto devem permanecer sempre
fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento automático.
Alternativamente, estas portas podem permanecer abertas, desde que o fechamento seja
acionado automaticamente no momento do incêndio.
Estas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não estão
localizadas na escada ou na antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas. Para prevenir
acidentes e obstruções, não devem ser admitidos degraus junto à soleira, e a abertura de porta não deve
obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga.

FIGURA 5B – BARRA ANTIPÂNICO.

O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical com único sentido de
abertura.
Dependendo da situação, tais portas podem ser a prova de fumaça, corta fogo ou ambos.
A largura mínima do vão livre deve ser de 0,8 m.

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em


funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para:

1) Permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção de alimentação
normal;
2) Garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro.

A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de dois tipos:
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1) de balizamento;

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2) de aclaramento.

FIGURA 6 – LUZ DE ACLARAMENTO.

 A iluminação de balizamento é aquela associada à sinalização de indicação de rotas de fuga, com a


função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem seguir em caso de emergência.
 A iluminação de aclaramento se destina a iluminar as rotas de fuga de tal forma que os ocupantes
não tenham dificuldade de transitar por elas.
 A iluminação de emergência se destina a substituir a iluminação artificial normal que pode falhar
em caso de incêndio, por isso deve ser alimentada por baterias ou por moto-geradores de
acionamento automático e imediato; a partir da falha do sistema de alimentação normal de energia.

Dois métodos de iluminação de emergência são possíveis:

1) iluminação permanente, quando as instalações são alimentadas em serviço normal pela fonte normal
e cuja alimentação é comutada automaticamente para a fonte de alimentação própria em caso de falha
da fonte normal;

2) iluminação não permanente, quando as instalações não são alimentadas em serviço normal e, em
caso de falha da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de alimentação própria.

 Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens antecâmara
e patamares de escadas.
 Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua potência são determinados nas Normas
Técnicas Oficiais.

ELEVADOR DE SEGURANÇA
Para o caso de edifícios altos, adicionalmente a escada, é necessária a disposição de elevadores de
emergência, alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não sofrer interrupção de
funcionamento durante o incêndio.

Esses elevadores devem:

1) apresentar a possibilidade de serem operados pela brigada do edifício ou pelos bombeiros.

2) estar localizados em área protegida dos efeitos do incêndio.


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O número de elevadores de emergência necessário a suas localizações são estabelecidos
levando-se em conta as áreas dos pavimentos e as distâncias a percorrer para serem alcançados a partir
de qualquer ponto do pavimento.

BOMBAS DE INCÊNDIO (ELÉTRICAS E A COMBUSTÃO)

REQUISITOS TÉCNICOS:

GERAL:

- As bombas serão centrífugas e acionadas por motores elétricos ou a explosão, devendo entrar em
funcionamento automático, quando houver abertura do hidrante e sprinkler mais desfavorável à
pressão;

- Os sistemas de bombas abastecidas por reservatórios superior, possuirão uma passagem livre (bay-
pass) do fluxo d’água;

- As bombas serão consideradas afogadas ou com sucção positiva, quando o nível mais baixo do
reservatório d’água, estiver acima do nível do eixo da bomba;

- Os sistemas disporão de ramal para teste de pressão e vazão do projeto, com diâmetro ajustado a
estes parâmetros, manômetro em ramal sem turbulência, chave liga e desliga do tipo pressostato
(sucção negativa) ou de fluxo (sucção positiva) para acionamento automático;

BOMBA DE MOTOR A COMBUSTÃO


REQUISITOS:

- Ter condições de operar a plena carga durante 3 h;

- Dispor de limitador de rotação, independente da potência consumida;

- Entrada de ar para a combustão provida de filtro;

- O escoamento deve ser provido de silencioso e descarregar os gases da combustão para o exterior da
Casa de Bombas de Incêndio;

- Possuir tanque de combustível montado em nível superior ao motor, provido de indicador de nível,
com capacidade para 3 h de funcionamento;

- Ter todos os seus componentes de acordo com as especificações do fabricante;

- Possuir bateria com capacidade para 10 (dez) partidas com 10 (dez) segundos de duração cada e com
carregador flutuador permanentemente ligado;
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- Partida por motor de arranque elétrico.

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ACESSO A VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS

Os equipamentos de combate devem-se aproximar ao máximo do edifício afetado pelo


incêndio, de tal forma que o combate ao fogo possa ser iniciado sem demora e não seja necessária a
utilização de linhas de mangueiras muito longas.
Para isto, se possível, o edifício deve estar localizado ao longo de vias públicas ou privado
que possibilitam a livre circulação de veículos de combate e o seu posicionamento adequado em
relação às fachadas, aos hidrantes e aos acessos ao interior do edifício. Tais vias também devem ser
preparadas para suportar os esforços provenientes da circulação, estacionamento a manobras destes
veículos.
O número de fachada que deve permitir a aproximação dos veículos de combate deve ser
determinado tendo em conta a área de cada pavimento, a altura e o volume total do edifício.

MEIOS DE AVISO DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO


Sistema de alarme manual contra incêndio e detecção automática de fogo e fumaça
Quanto mais rapidamente o fogo for descoberto, correspondendo a um estágio mais incipiente
do incêndio, tanto mais fácil será controlá-lo; além disso, tanto maiores serão as chances dos ocupantes
do edifício escaparem sem sofrer qualquer injúria.
Uma vez que o fogo foi descoberto, a sequência de ações normalmente adotada é a seguinte:
alertar o controle central do edifício; fazer a primeira tentativa de extinção do fogo, alertar os
ocupantes do edifício para iniciar o abandono do edifício, e informar o serviço de combate a incêndios
(Corpo de Bombeiros). A detecção automática é utilizada com o intuito de vencer de uma única vez
esta série de ações, propiciando a possibilidade de tomar-se uma atitude imediata de controle de fogo e
da evacuação do edifício.
O sistema de detecção e alarme pode ser dividido basicamente em cinco partes:

1) Detector de incêndio, que se constitui em partes do sistema de detecção que constantemente ou em


intervalos para a detecção de incêndio em sua área de atuação. Os detectores podem ser divididos de
acordo com o fenômeno que detectar em:

a) térmicos, que respondem a aumentos da temperatura;

b) de fumaça, sensíveis a produtos de combustíveis e/ou pirólise suspenso na atmosfera;

c) de gás, sensíveis aos produtos gasosos de combustão e/ou pirólise;

d) de chama, que respondem as radiações emitidas pelas chamas.


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FIGURA 7 – DETECTOR DE INCÊNDIO.

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2) Acionador manual, que se constitui em parte do sistema destinada ao acionamento do sistema de
detecção;

FIGURA 8 – ACIONADOR MANUAL.

3) Central de controle do sistema, pela qual o detector é alimentado eletricamente a ter a função de:

a) receber, indicar e registrar o sinal de perigo enviado pelo detector;

b) transmitir o sinal recebido por meio de equipamento de envio de alarme de incêndio para, por
exemplo:

• dar o alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;

• dar o alarme automático no pavimento afetado pelo fogo;

• dar o alarme temporizado para todo o edifício; acionar uma instalação automática de extinção de
incêndio; fechar portas; etc;

• controlar o funcionamento do sistema;

• possibilitar teste.

FIGURA 9 – CENTRAL DE ALARME.


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4) A visadores sonoros e/ou visuais, não incorporados ao painel de alarme, com função de, por decisão
humana, dar o alarme para os ocupantes de determinados setores ou de todo o edifício;

5) Fonte de alimentação de energia elétrica, que deve garantir em quaisquer circunstâncias o


funcionamento do sistema.

O tipo de detector a ser utilizado depende das características dos materiais do local e do risco
de incêndio ali existente. A posição dos detectores também é um fator importante e a localização
escolhida (normalmente junto à superfície inferior do forro) deve ser apropriada à concentração de
fumaça e dos gases quentes.
Para a definição dos aspectos acima e dos outros necessários ao projeto do sistema de detecção
automática devem ser utilizadas as normas técnicas vigentes.
O sistema de detecção automática deve ser instalado em edifícios quando as seguintes
condições sejam simultaneamente preenchidas:

1) início do incêndio não pode ser prontamente percebido de qualquer parte do edifício pelos seus
ocupantes;

2) grande número de pessoas para evacuar o edifício;

3) tempo de evacuação excessivo;

4) risco acentuado de início e propagação do incêndio;

5) estado de inconsciência dos ocupantes (sono em hotel, hospitais etc);

6) incapacitação dos ocupantes por motivos de saúde (hospitais, clínicas com internação).

 Os acionadores manuais devem ser instalados em todos os tipos de edifício, exceto nos de pequeno
porte onde o reconhecimento de um princípio de incêndio pode ser feito simultaneamente por todos
os ocupantes, não comprometendo a fuga dos mesmos ou possíveis tentativas de extensão.
 Os acionadores manuais devem ser instalados mesmo em edificações dotadas de sistema de
detecção automática e/ou extinção automática, já que o incêndio pode ser percebido pelos
ocupantes antes de seus efeitos sensibilizarem os detectores ou os chuveiros automáticos.
 A partir daí, os ocupantes que em primeiro lugar detectarem o incêndio, devem ter rápido acesso a um
dispositivo de acionamento do alarme, que deve ser devidamente sinalizado a propiciar facilidade de
acionamento.
 Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas de fuga, de preferência nas proximidades das
saídas (nas proximidades das escadas de segurança, no caso de edifícios de múltiplos pavimentos).
Tais dispositivos devem transmitir um sinal de uma estação de controle, que faz parte integrante do
sistema, a partir do qual as necessárias providências devem ser tomadas.
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SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar os ocupantes do edifício,


relativamente a questões associadas aos incêndios, assume dois objetivos:

1) reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio;

2) indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.

O primeiro objetivo tem caráter preventivo e assume as funções de:

1) alertar para os riscos potenciais;

2) requerer ações que contribuam para a segurança contra incêndio;

3) proibir ações capazes de afetar a segurança contra incêndio.

O segundo objetivo tem caráter de proteção, e assume as funções de:

1) indicar a localização dos equipamentos de combate;

2) orientar as ações as de combate;

3) indicar as rotas de fuga e os caminhos a serem seguidos.

A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis categorias:

1) sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco;

2) sinalização de comando, cuja função é requerer ações que condições adequadas para a utilização das
rotas de fuga;

3) sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio;

4) sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de saída e ações
necessárias para o seu acesso;

5) sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e os tipos dos
equipamentos de combate.
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FIGURA 10 – SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES.

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EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS DE COMBATE À INCÊNDIO
(RECAPITULAÇÃO).

EXTINTORES PORTÁTEIS E EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS):

O extintor portátil é um aparelho manual, constituído de recipiente e acessório, contendo o


agente extintor, destinado a combater princípios de incêndio.
O extintor sobre rodas (carreta) também é constituído em um único recipiente com agente
extintor para extinção do fogo, porém com capacidade de agente extintor em maior quantidade.
As previsões destes equipamentos nas edificações decorrem da necessidade de se efetuar o
combate ao incêndio imediato, após a sua detecção, em sua origem, enquanto são pequenos focos.
Estes equipamentos primam pela facilidade de manuseio, de forma a serem utilizados por
homens e mulheres, contando unicamente com um treinamento básico.
Além disso, os preparativos necessários para o seu manuseio não consomem um tempo
significativo, e consequentemente, não inviabilizam sua eficácia em função do crescimento do
incêndio.
Os extintores portáteis e sobre rodas podem ser divididos em cinco tipos, de acordo com o
agente extintor que utilizam:

1) água;

2) espuma mecânica;

3) pó químico seco;

4) dióxido de carbono;

5) halon.

Esses agentes extintores se destinam a extinção de incêndios de diferentes naturezas.


A quantidade e o tipo de extintores portáteis e sobre rodas devem ser dimensionados para cada
ocupação em função:

1) da área a ser protegida;

2) das distâncias a serem percorridas para alcançar o extintor;

3) os riscos a proteger (decorrente de variável "natureza da atividade desenvolvida ou equipamento a


proteger").

Os riscos especiais como casa de medidores, cabinas de força, depósitos de gases inflamáveis
devem ser protegidos por extintores, independentemente de outros que cubram a área onde se
encontram os demais riscos.
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Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse
a 1,60 m de altura em ralação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,20 m (podem ficar
apoiados em suportes apropriados sobre o piso);
Deverão ser previstas no mínimo, independente da área, risco a proteger e distância a
percorrer, duas unidades extintoras, sendo destinadas para proteção de incêndio em sólidos e
equipamentos elétricos energizados.
Os parâmetros acima descritos são definidos de acordo com o risco de incêndio do local.
Quanto aos extintores sobre rodas, estes podem substituir até a metade da capacidade dos
extintores em um pavimento, não podendo, porém, ser previstos como proteção única para uma
edificação ou pavimento.
Tanto os extintores portáteis como os extintores sobre rodas devem possuir selo ou marca de
conformidade de órgão competente ou credenciado e ser submetidos a inspeções e manutenções
frequentes.

EQUIPAMENTOS FIXOS DE COMBATE À INCÊNDIO

SISTEMA DE HIDRANTES:
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir tomadas de água, com
determinada pressão e vazão em uma edificação, assegurando seu funcionamento por determinado
tempo.
Sua finalidade é proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os
princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.
Os componentes de um sistema de hidrantes são:

1) reservatório de água, que pode ser subterrâneo, ao nível do piso elevado;

2) sistema de pressurização.

FIGURA 11 – REGISTRO DE RECALQUE OU PASSEIO.

O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio, dimensionada


a propiciar um reforço de pressão e vazão, conforme o dimensionamento hidráulico de que o sistema
necessitar.
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Quando os desníveis geométricos entre o reservatório e os hidrantes são suficientes para


propiciar a pressão e vazão mínima requerida ao sistema, as bombas hidráulicas são dispensadas.
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Seu volume deve permitir uma autonomia para o funcionamento do sistema, que varia
conforme o risco e a área total do edifício.

3) Conjunto de peças hidráulicas e acessórios.

São compostos por registros (gaveta, ângulo aberto e recalque), válvula de retenção, esguichos e etc.;

4) Tubulação;

A tubulação é responsável pela condução da água, cujos diâmetros são determinados, por cálculo
hidráulico.

5) Forma de acionamento do sistema

As bombas de recalque podem ser acionadas por botoeiras do tipo liga-desliga, pressostatos, chaves de
fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização (jockey).

O Corpo de Bombeiros, em sua intervenção a um incêndio, pode utilizar a rede hidrantes


(principalmente nos casos de edifícios altos). Para que isto ocorra, os hidrantes devem ser instalados
em todos os andares, em local protegido dos efeitos do incêndio, nas proximidades das escadas de
segurança.
A canalização do sistema de hidrante deve ser dotada de um prolongamento até o exterior da
edificação de forma que possa permitir, quando necessário, recalcar água para o sistema pelas viaturas
do Corpo de Bombeiros.

O dimensionamento do sistema é projetado:

1) de acordo com a classificação de carga de incêndio que se espera;

2) de forma a garantir uma pressão e vazão mínima nas tomadas de água (hidrantes) mais
desfavoráveis;

3) que assegure uma reserva de água para que o funcionamento de um número mínimo de hidrantes
mais desfavoráveis, por um determinado tempo.

FIGURA 12 – BOMBA DE INCÊNDIO.

Um outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais hidrantes internos são os
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mangotinhos.

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Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser operado de maneira rápida por
uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar com grande
autonomia do sistema.
Por estes motivos os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros, principalmente nos
locais onde o manuseio do sistema é executado por pessoas não habilitadas (Ex.: uma dona de casa em
um edifício residencial).
O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes.

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS ("SPRINKLERS"):

O sistema de chuveiros automáticos é composto por um suprimento d'água em uma rede


hidráulica sob pressão, onde são instalados em diversos pontos estratégicos, dispositivos de aspersão
d'água (chuveiros automáticos), que contém um elemento termo sensível, que se rompe por ação do
calor proveniente do foco de incêndio, permitindo a descarga d'água sobre os materiais em chamas.
O sistema de chuveiros automáticos para extinção a incêndios possui grande confiabilidade, e
se destina a proteger diversos tipos de edifícios.

Deve ser utilizado em situações:

1) quando a evacuação rápida e total do edifício é impraticável e o combate ao incêndio é difícil;

2) quando se deseja projetar edifícios com pavimentos com grandes áreas sem compartimentação.

FIGURA 13 – CHUVEIRO AUTOMÁTICO.

Pode-se dizer que, via de regra, o sistema de chuveiros automáticos é a medida de proteção
contra incêndio mais eficaz quanto à água for o agente extintor mais adequado.

De sua performance, espera-se que:

1) atue com rapidez;

2) extinga o incêndio em seu início;

3) controle o incêndio no seu ambiente de origem, permitindo aos bombeiros a extinção do incêndio
com relativa facilidade.
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O dimensionamento do sistema é feito:


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1) de acordo com a severidade do incêndio que se espera;

2) de forma a garantir em toda a rede níveis de pressão e vazão em todos os chuveiros automáticos, a
fim de atender a um valor mínimo estipulado;

3) para que a distribuição de água seja suficientemente homogênea, dentro de uma área de influência
predeterminada.

SISTEMA FIXO DE CO2

O sistema fixo de baterias de cilindros de CO2 consiste de tubulações, válvulas, difusores, rede
de detecção, sinalização, alarme, painel de comando e acessórios, destinado a extinguir incêndio por
abafamento, por meio da descarga do agente extintor.
Seu emprego visa à proteção de locais onde o emprego de água é desaconselhável ou local
cujo valor agregado dos objetos e equipamentos é elevado nos quais a extinção por outro agente
causará a depreciação do bem pela deposição de resíduos.
É recomendado normalmente nos locais onde se buscam economia e limpeza, e naqueles que o
custo agente/instalação é muito mais inferior do que outro agente extintor empregado.

Possui uma efetiva extinção em:

1) Fogos de classe "B" e "C" (líquidos inflamáveis e gases combustíveis, e equipamentos elétricos
energizados de alta tensão), em:

a) Recintos fechados, por inundação total, onde o sistema extingue pelo abafamento, baixando-se
a concentração de oxigênio do local necessária para a combustão, criando uma atmosfera
inerte.

b) Recintos abertos, mediante aplicação local sob determinada área.

2) Fogos de Classe "A" (combustíveis sólidos):

a) Decorrente de seu efeito de resfriamento, nos incêndio em sólidos, em que o fogo é pouco
profundo e o calor gerado é baixo;

b) Nos usos de inundação total, aliados a uma detecção prévia, a fim de evitar a formação de
brasas profundas;
c)
d) Nos usos de aplicação local, leva-se em conta o tipo e disposição do combustível, uma vez que
a descarga do CO2 impedirá a extinção nas regiões não acessíveis diretamente pelo sistema.

O sistema não é capaz de extinguir:

1) Fogos em combustíveis (não pirofóricos) que não precisam de oxigênio para a sua combustão,
pois permitem uma combustão anaeróbia;
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2) Fogos em combustíveis de classe "D" (materiais pirofóricos);

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Os tipos de sistema são:
1) Inundação total, onde a descarga de CO², é projetada para uma concentração em todo o volume
do risco a proteger;
2) Aplicação local, onde o CO2 é projetado sobre elementos a proteger não confinados;
3) Modulares, que consiste em um pequeno sistema de inundação total instalado no interior dos
compartimentos dos equipamentos a proteger.

FIGURA 14 – SISTEMA DE CO2.

Os componentes dos sistemas são:

1) Cilindros, que contém o agente extintor pressurizado, onde a própria pressão do cilindro
será utilizada para pressurização do sistema, sendo responsáveis pela descarga dos
difusores.

Sua localização deve ser próxima a área/ equipamento a proteger, a fim de evitar perdas de
carga; diminuir a possibilidade de danos à instalação e baratear o custo do sistema; mas não deve ser
instalada dentro da área de risco, devendo ficar em local protegido (exceto para os sistemas
modulares).
Os cilindros devem ser protegidos contra danos mecânicos ou danos causados pelo ambiente
agressivo.
No conjunto de cilindros, há um destinado a ser "cilindro-piloto", cuja função é, mediante
acionamento de um dispositivo de comando, estabelecer um fluxo inicial do agente, a fim de abrir por
pressão as demais cabeças de descarga dos demais cilindros da bateria.

Os cilindros podem ser de dois tipos:

a) Alta pressão, na qual o CO2 encontra-se contido a uma temperatura de 20°C e uma pressão de
60bar. Este sistema é o mais comum.

b) Baixa pressão, na qual o CO2 encontra-se resfriado a -20°C e com uma pressão de 20bar.

2) Cabeça de descarga, que consiste de um dispositivo fixo adaptado à válvula do cilindro, a fim de
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possibilitar sua abertura e consequente descarga ininterrupta do gás.

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3) Tubulação e suas conexões, responsáveis pela condução do agente extintor devem ser resistentes a
pressão, a baixa temperatura e a corrosão, tanto internamente como externamente. Devem resistir a
uma pressão de ruptura 5,5 vezes maior que a pressão nominal do cilindro;

4) Válvulas, com a função de direcionamento (direcional) do agente extintor ou de purga do coletor de


distribuição de gás (evitar que fugas do sistema acionem os difusores fechados). Essas válvulas devem
resistir a uma pressão de ruptura 7 vezes maior que a pressão nominal do cilindro;

5) Difusores, que consiste de dispositivo fixo de funcionamento automático, equipado com espalhador
de orifícios calibrados, destinados a proporcionar a descarga do CO2 sem congelamento interno e com
espalhamento uniforme;

BRIGADA DE INCÊNDIO:

A população do edifício deve estar preparada para enfrentar uma situação de incêndio, quer
seja adotando as primeiras providências no sentido de controlar o incêndio, quer seja abandonando o
edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isto ser possível é necessário como primeiro passo, a elaboração de planos para enfrentar a
situação de emergência que estabeleçam em função dos fatores determinantes de risco de incêndio, as
ações a serem adotadas e os recursos materiais e humanos necessários. A formação de uma equipe com
este fim específico é um aspecto importante deste plano, pois permitirá a execução adequada do plano
de emergência.

Essas equipes podem ser divididas em duas categorias, decorrente da função a exercer:

1) Equipes destinadas a propiciar o abandono seguro do edifício em caso de incêndio.

2) Equipe destinada a propiciar o combate aos princípios de incêndio na edificação.

Em um edifício pode ocorrer que haja esta equipe distinta ou executada as funções simultaneamente.

Tais planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos em distintos setores do edifício
(aqueles que apresentem parcela significativa da população flutuante como, por exemplo, hotéis) que
indiquem a localização das saídas, a localização do quadro sinótico com o texto " você está aqui" e a
localização dos equipamentos de combate manual no setor.
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FIGURA 15 – TREINAMENTO DA BRIGADA DE INCÊNDIO DA FIRE CENTER.

Um fator de extrema importância é promover o treinamento periódico dos brigadistas e de toda


a população da edificação, conforme figura acima.

PLANTA DE RISCO

É fundamental evitar qualquer perda de tempo quando os bombeiros chegam ao edifício em


que está ocorrendo o incêndio. Para isto é necessário existir em todas as entradas do edifício (cujo
porte pode definir dificuldades as ações dos bombeiros) informações úteis ao combate, fáceis de
entender, que localizam por meio de plantas os seguintes aspectos:

1) ruas de acesso;

2) saídas, escadas, corredores e elevadores de emergência;

3) válvulas de controle de gás e outros combustíveis;

4) chaves de controle elétrico;

5) localização de produtos químicos perigosos;

6) reservatórios de gases liquefeitos, comprimidos e de produtos perigosos.

7) registros e portas corta-fogo, que fecham automaticamente em caso de incêndios e botoeiras para

acionamento manual destes dispositivos;


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8) pontos de saídas de fumaça;


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9) janelas que podem ser abertas em edifícios selados;

10) painéis de sinalização e alarme de incêndio;

11) casa de bombas do sistema de hidrantes e de chuveiros automáticos;

12) extintores etc.

13) sistema de ventilação e localização das chaves de controle;

14) sistemas de chuveiros automáticos e respectivas válvulas de controle;

15) hidrantes internos e externos e hidrantes de recalque e respectivas válvulas de controle;

SISTEMA DE ESPUMA
A espuma mecânica é amplamente aplicada para combate em incêndio em líquidos
combustíveis e inflamáveis.

A espuma destinada à extinção dos incêndios é um agregado estável de bolhas, que tem a
propriedade de cobrir e aderir aos líquidos combustíveis e inflamáveis, formando uma camada
resistente e contínua que isola do ar, e impede a saída para a atmosfera dos vapores voláteis desses
líquidos.

Sua atuação se baseia na criação de uma capa de cobertura sobre a superfície livre dos líquidos,
com a finalidade de:

1) Separar combustível e comburente;

2) Impedir e reduzir a liberação de vapores inflamáveis;

3) Separar as chamas da superfície dos combustíveis;

4) Esfriar o combustível e superfícies adjacentes.

Sua aplicação destina-se ao combate de fogos de grandes dimensões que envolvam locais que
armazenem líquido combustível e inflamável.

Também se destina a:

1) extinção de fogos de líquidos de menor densidade que a água;

2) prevenção da ignição em locais onde ocorra o derrame de líquidos inflamáveis;

3) extinga incêndios em superfície de combustíveis sólidos;


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4) outras aplicações especiais, tais como derrame de gases na forma líquida, isolamento e proteção de
fogos externos, contenção de derrames tóxicos e etc.;

5) Estas últimas aplicações dependem de características especiais da espuma, condições de aplicação e


ensaios específicos ao caso a ser aplicado.

A espuma não é eficaz em:

1) fogo em gases;

2) fogo em vazamento de líquidos sobre pressão;

3) fogo em materiais que reagem com a água.

A espuma é um agente extintor condutor de eletricidade e, normalmente, não deve ser aplicada
na presença de equipamentos elétricos com tensão, salvo aplicações específicas.

Cuidado especial deve se ter na aplicação de líquidos inflamáveis que se encontram ou podem
alcançar uma temperatura superior a ponto de ebulição da água; evitando-se a projeção do líquido
durante o combate (slop-over).

Os vários tipos de espuma apresentam características peculiares ao tipo de fogo a combater,


que as tornam mais ou menos adequadas. Na escolha da espuma devem-se levar em consideração:

1) aderência;

2) capacidade de supressão de vapores inflamáveis;

3) estabilidade e capacidade de retenção de água;

4) fluidez;

5) resistência ao calor;

6) resistência aos combustíveis polares.

Os tipos de espuma variam:

1) segundo sua origem:

a) química, que é obtida pela reação entre uma solução de sal básica (normalmente bicarbonato de
sódio), e outra de sal ácida (normalmente sulfato de alumínio), com a formação de gás carbônico na
presença de um agente espumante. Este tipo de espuma é totalmente obsoleto e seu emprego não está
mais normatizado.

b) Física ou mecânica, que é formada ao introduzir, por agitação mecânica, ar em uma solução aquosa
(pré-mistura), obtendo-se uma espuma adequada. Esta é o tipo de espuma mais empregada atualmente.
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2) segundo a composição:
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a) Base proteica, que se dividem:

• Proteínas, que são obtidas pela hidrólise de resíduos proteicos naturais. Caracteriza-se por uma
excelente resistência à temperatura.

• Flúor proteínas, que são obtidas mediante a adição de elementos fluorados ativos a concentração
proteína, da qual se consegue uma melhora na fluidez e resistência a contaminação.

b) Base sintética.

3) segundo ao coeficiente de expansão:

O coeficiente de expansão é a relação entre o volume final de espuma e o volume inicial da pré-
mistura. E se dividem em:

a) Espuma de baixa expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 3 e 30;

b) Espuma de média expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 30 e 250;

c) Espuma de alta expansão, cujo coeficiente de expansão está entre 250 e 1.000.

4) segundo as características de extinção;

a) Espuma convencional, que extingue somente pela capa de cobertura de espuma aplicada;

b) Espuma aplicadora de película aquosa (AFFF), que forma uma fina película de água que se estende
rapidamente sobre a superfície do combustível.

Espuma anti álcool, que forma uma película que protege a capa de cobertura de espuma frente à
ação de solventes polares.

Os sistemas de espuma são classificados conforme:

1) a sua capacidade de mobilidade em:

a) Fixos, que são equipamentos para proteção de tanque de armazenamento de combustível, cujos
componentes são fixos, permanentemente, desde a estação geradora de espuma até à câmara
aplicadora;

b) Semifixos, que são equipamentos destinados à proteção de tanque de armazenamento de


combustível, cujos componentes, permanentemente fixos, são complementados por equipamentos
móveis para sua operação. São, normalmente, móveis o reservatório de extrato e o conjunto dosador
(proporcionador).

c) Móveis, que são as instalações totalmente independentes, normalmente veículos ou carretas,


podendo se locomover e aplicar session ("aonde") que for necessário, requerendo somente sua conexão
a um abastecimento de água adequado.
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2) Segundo a sua forma de funcionamento, que pode ser:


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a) automático;

b) semiautomático;

c) manual.

Componentes do Sistema:

1) Reserva (tanque) de extrato

São reservatórios, tanques nos quais se armazena a quantidade de líquido gerador de espuma
necessária para o funcionamento do sistema.

Deve dispor dos seguintes componentes básicos:

a) Indicador de nível, com válvula de isolamento;

b) registro para abertura e fechamento;

c) conexão para enchimento e esvaziamento;

d) conexão para o proporcionador;

e) domo de expansão (espaço), preferencialmente com válvula de pressão-vácuo.

O material com que é construído o tanque de extrato deve ser adequado ao líquido gerador que
armazena (problemas de corrosão e etc.).

2) Elemento dosador (proporcionador)

São equipamentos responsáveis pela mistura do líquido gerador de espuma e a água, na


proporção adequada para formação da espuma que se deseja.

Seu funcionamento se baseia no efeito "venturi", que é passagem da água proporcionando a


sucção do líquido gerador de espuma na dosagem preestabelecida.

Normalmente funcionam com pressões acima de 7 bar para permitir que proceda a pré-mistura
necessária.

A proporção é fundamental para permitir uma espuma eficiente ao combate ao fogo que se
espera.

Normalmente a proporção é de 3% para hidrocarbonetos e 6% para combustíveis polares.

3) Bombas hidráulicas para dosificar a pré-mistura

Também denominado de dosificação por equilíbrio de pressão, consiste em uma bomba


hidráulica que possibilita uma regulagem automática da proporção de pré-mistura, sobre uma grande
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demanda de vazão necessária.


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Esta regulagem consiste de orifícios calibrados no proporcionador, com uma válvula diafragma
que controla a pressão da linha de extrato, em função do diferencial de pressão entre está e a linha de
abastecimento de água.

4) Esguichos e canhões lançadores de espuma

São elementos portáteis e fixos, cuja função é dar forma a espuma de baixa e média expansão e
faze-la atingir ao tanque de combustível em chama.

Os esguichos lançadores (linhas manuais) podem ou não possuir um dosificador em seu corpo
(proporcionador).

A diferença de emprego entre o esguicho lançador de espuma e os canhões de espuma está na


capacidade de lançar e alcançar os tanques no que tange sua altura.

Os esguichos são recomendados para tanques até 6m de altura, enquanto que os canhões
atingem alturas mais elevadas.

Os esguichos de espuma são recomendados como complemento de apoio às instalações fixas,


pois como medida de proteção principal, expõem os operadores a sérios riscos.

5) Câmaras de espuma:

São elementos especialmente projetados para a aplicação de espuma de baixa expansão, sobre a
superfície de combustíveis contidos em tanques de armazenamento de grande diâmetro e altura.
Tem a característica de aplicar a espuma no interior do tanque em chamas por meio da descarga
na parede do tanque. Pode ser constituído de elementos especiais no interior do tanque, que fazem com
que a espuma caia de forma mais suave sobre a superfície do líquido.

FIGURA 16 – DETALHE DA CÂMARA DE ESPUMA.

É composta por um selo de vidro que impede a saída de vapores voláteis do interior do tanque,
mas que se rompem quando o sistema entra em funcionamento, permitindo a passagem da espuma.
Dispõe também de uma placa de orifício que regula a pressão, de forma a possibilitar a
formação de uma espuma adequada.
É utilizada para tanque acima de 10 m de altura e ou diâmetro superior a 24m, normalmente
em tanque de teto fixo, podendo também ser projetada para tanques de teto flutuante.
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6) Geradores de alta expansão:


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 São elementos de geração e aplicação de espuma de alta expansão, formando uma espuma com
uma maior proporção de ar.
 São compostos por um ventilador que podem ser acionados por um motor elétrico, ou pela própria
passagem da solução de pré-mistura.
 Podem ser do tipo móvel ou fixo, aplicando a espuma diretamente ou por meio de mangas e
condutos especialmente projetados.
 Sua pressão de funcionamento varia de 5 a 7 bar.

7) Tubulações e acessórios:

 As tubulações são responsáveis pela condução da água ou pré-mistura para os equipamentos


que formam ou aplicam espuma.
 Deve ser resistente à corrosão.
 Quantos aos acessórios, estes devem resistir a altas pressões uma vez que os sistemas de
espuma, normalmente, trabalham com valores elevados de pressão, decorrente das perdas de
carga nos equipamentos e pressões mínimas para a formação da espuma.
 O dimensionamento do sistema varia conforme o tipo, dimensão e arranjo físico dos locais que
armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis, devendo seguir as normas técnicas oficiais e
Instruções Técnicas baixadas pelo Corpo de Bombeiros.
 A reserva de incêndio também varia conforme o tamanho das áreas de armazenamento, mas
possuem capacidade de reserva maior que aos destinados a sistema de hidrantes.

AULA V – TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO

Objetivo:

 Conhecer a definição e conceitos de busca e salvamento equipe de busca e resgate bem como os
equipamentos necessários em incêndios e desabamentos;

 Conhecer as principais técnicas de busca e exploração da área em sinistro, ventilação natural ou forçada
(pressão negativa, venturi e positiva), entradas forçadas, resgate de vítimas, confinamento, isolamento,
salvatagem, combate com emprego correto dos tipos de jato de água (neblina, cone de força e sólido),
emprego, dimensionamento e técnicas de aplicação de espuma mecânica e rescaldo de incêndio;

 Demonstrar a montagem de uma linha direta de combate a incêndio, a partir de um hidrante e/ou
viatura, linha adutora e linha siamesa; demonstrar o uso da linha de água para ataque direto, ataque
indireto e ataque combinado.

BUSCA:
É o processo de localização de bens ou pessoas.
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PONTO DE PARTIDA:
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Ao chegar no local da ocorrência, o bombeiro ou resgatista deverá buscar informações com os
administradores, síndicos e funcionários sobre o número de pessoas e os locais onde normalmente são
encontrados.
Se for possível, solicitar informações adicionais sobre as características do local, vias internas, saídas,
porão, depósitos, lixeiras, etc...
Deve – se saber o que se busca, ou seja, saber se o objeto da busca é um adulto ou criança, por
exemplo.

No que tange ao estudo desse módulo, será considerado apenas buscas em incêndios e desabamentos.

É comum que algumas pessoas tomem as seguintes atitudes:

 Buscam abrigos como banheiros e chuveiros para protegerem-se do calor;


 Alguns se abrigam em freezer e refrigeradores;
 Às vezes vedam as frestas das portas para evitar a penetração da fumaça;
 Às vezes mandam bilhetes pela janela para informar onde estão;
 Costumam pedir socorro e tentam chamar a atenção;
 Costumam ficar batendo com algum objeto em uma superfície que tenha ressonância, como canos, portas
metálicas, etc...

EQUIPE DE BUSCA: É uma das funções da equipe de penetração, portanto sua estrutura é a mesma.

GRUPO AVANÇADO: Neste caso em virtude da realização de buscas em diversos pontos, também costuma
ser chamado de grupo de busca ou grupo de exploradores.

FIGURA 1 – RESGATISTAS EFETUANDO ÀS BUSCAS.

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS:
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TÉCNICAS DE BUSCA E EXPLORAÇÃO DA ÁREA EM SINISTRO:
OBS: Consideraremos que toda busca será efetuada por no mínimo dois bombeiros civis.

PROCEDIMENTOS:

 As duplas devem penetrar utilizando cabo guia e bengala de cego;

 Antes de entrar no cômodo, verificar a existência de via alternativa de fuga;

 Caso penetrem em um cômodo, procurar a partir da porta em direção a um dos lados do cômodo;

 Se o Bombeiro não pode ver seus pés, deverá realizar a busca caminhando em quatro apoios;

 Procurar vítimas próximas a portas e janelas;

 Periodicamente devemos interromper a busca para ouvir o ambiente, detectando choro de criança, tosse,
respiração ofegante, gemidos, pedidos de socorro, etc...;
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FIGURA 2 – ROTA DE BUSCA.

 Orientar-se pela direção da luz ou da ventilação;

 Ao tatear portas e paredes no escuro, devemos utilizar as costas da mão para evitar pontos energizados;

 A bengala de cego é utilizada para vasculhar áreas maiores;

 Manter-se junto a parede pode facilitar a orientação;

 O segundo homem mantém livre o cabo guia, evitando que fique preso em obstáculos;

 Sempre que possível, devemos promover a abertura de janelas e portas que facilitem a iluminação e a
ventilação;

 Quando buscamos crianças em quartos, devemos procurar em baixo da cama;

 A busca em quartos deve incluir os baús;

 Outro local muito utilizado são os armários;

 O silêncio é fundamental para ouvirmos a tosse ou choro da criança;

 Devemos utilizar o carona da máscara para fornecer ar à vítima;

 Caso não possua este recurso, deverá ser feito um rodízio para utilização das máscaras pela vítima e os
Socorristas;

 Portas devem ser marcadas com um risco diagonal no início da exploração;

 Escreve-se também a hora do início da busca;

 Quando a busca terminar, devemos marcar a outra perna do X na porta;

 Devemos escrever também a hora do encerramento da busca.

 Faça uma marca na escada para indicar que o andar já foi verificado;
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FIGURA 3 – RESGATISTAS MARCANDO ÀS PORTAS.

 Sempre que possível, faça sinais sonoros para que a vítima perceba que existe alguém procurando por ela.

 A busca em cozinhas deve incluir geladeira e freezer;

 A busca em banheiros deve incluir os boxes dos chuveiros e as banheiras;

 A busca em área de serviço deve incluir a máquina de lavar;

 Após dar busca a um cômodo, indicar que o ambiente foi vasculhado como dobrar colchões, deixar aberta
portas de armários, cadeiras de pernas para o ar, etc...;

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FIGURA 4 – REPRESENTAÇÃODE UMA OPERAÇÃO DE BUSCA.

EQUIPAMENTOS PARA BUSCA EM DESABAMENTOS:

 Uniforme de prontidão com capacete, luva, joelheira, cotoveleira, máscara para partículas (PFF 3);
óculos de segurança, cinto de segurança;

 Equipamentos para remoção de escombros: alavancas, picaretas, etc

 Lanterna

 Tinta e pincel

 Fita ou corda de isolamento

 Detector de vibração

 Equipamentos para escoramento

 Material para primeiros socorros e imobilização


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 Rádio
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 Cabos de resgate

 Cabo guia

 Equipamento para respiração assistida: oxigenoterapia ou ambu;

FIGURA 5 – BUSCA DE PESSOA PRESA EM DESABAMENTO.

PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS:

 Se houver canalização de gás, o mesmo deverá ser cortado na válvula de entrada para a edificação.
 Se houver botijões de gás, o ambiente deverá ser monitorado por explosímetro.
 Se não houver explosímetro, deverá ser providenciada uma nuvem de água por aplicador de
neblina.
 Se a rede elétrica ainda estiver ligada a edificação, deverá ser cortada.

FIGURA 6 – DESABAMENTO.

MEDIDAS DE SEGURANÇA:

 Isolar o local impedindo o acesso de pessoal não autorizado;

 Fazer escoramento de emergência;

 Fazer escoramento de alarme;


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 Estabelecer vias de escape.


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PROCEDIMENTO OPERACIONAL:
 Buscar informação com funcionários ou transeuntes sobre a possível localização das vítimas;

 Estabelecer a distribuição dos sensores do detector de vibração;

 Parar todos os ruídos para não interferir no sensor;

 Observar buracos e vãos dos locais desabados;

 Manter silêncio para ouvir qualquer sinal emitido pelas vítimas;

 Caso um grupo penetre por espaços vazios entre os entulhos, providenciar um cabo guia e
sistema de respiração por linha de ar com cilindro de fuga;

 Caso seja possível, montar um túnel de resgate.

OBS: A câmera térmica poderá ser utilizada nas buscas.

SALVAMENTO: é toda operação que envolve penetração ou permanência em local de perigo para proteger,
evacuar ou resgatar bens ou pessoas.

OBS: “O socorrista só trabalha com segurança”

Logo devemos verificar a segurança do local antes de se aventurar em qualquer tentativa de resgate.

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FIGURA 7 – AMBIENTE PROPICIO À BACKDRAFT.

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O primeiro passo do resgate é garantir vias de penetração.

FIGURA 8 – SOCORRISTA ENTRANDO PELO TELHADO.

Antes de entrar em qualquer ambiente para executar uma busca o socorrista( principalmente o
chefe de equipe) deve garantir que conseguirá sair, de forma a manter íntegra sua integridade física,
ou seja, ele deve ter a certeza que não haverá possíveis desabamentos ou confinamento pelas chamas,
por exemplo. De Não podemos falar em busca e resgate sem conhecermos as técnicas e principios da
penetração em ambientes sinistrados, uma vez que tal processo faz parte de ambas.
Com isso, logo abaixo, foi elencada sua definição e procedimentos.

PENETRAÇÃO.
 Antes de se proceder com a penetração devemos fazer:

 avaliação do cenário;

 avaliação dos riscos;

 avaliação dos recursos disponíveis;

 escolha do processo de penetração.

Riscos durante a penetração:

 Desabamento;
 Intoxicação;
 cerco pelo fogo;
 Quedas;
 Backdraft;
 Perda de comunicação;
 Desorientação;
 Explosões;
 Outros.
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Avaliação dos recursos disponíveis:
 Devemos sempre avaliar os recursos disponíveis, tais como:
 Plataformas aéreas, Escadas mecânicas e/ou portáteis
 Equipamentos de combate ao fogo e resfriamento
 Rádios e Meios sonoros de comunicação
 Equipamentos para arrombamentos
 Cordas e cabos
 EPI
 Meios de iluminação
 Meios de ventilação
 Câmeras térmicas e outros

TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO/ PENETRAÇÃO:


 bengala de cego
 quatro apoios
 limpador de para - brisas
 cabos de segurança
 caminhada livre
 arremesso
 descida
 rastejo
 resfriamento
 ataque em cunha

PRINCÍPIOS:

 Mantenha sempre uma via de escape desobstruída;

 Mantenha sempre uma segunda via, mesmo que seja preciso fazer um arrombamento;

 Nunca penetre sozinho em área de risco;

 Olhe onde pisa. Cuidado antes de cada passo;

 Cuidado com o que está acima de sua cabeça.

Bengala de cego: A bengala de cego deve ser aplicada para identificar os riscos do caminho. Podemos
utilizar ferramentas com cabo longo, tais como croque, gadanho, machado, etc..
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FIGURA 9 – BENGALA DE CEGO.

O processo de varredura que possui melhor eficácia é o movimento tipo ―limpador de para-brisas‖.

FIGURA 10 – MOVIMENTOS ANGULARES SIMILAR A UM


“LIMPADOR DE PARABRISAS”.

QUATRO APOIOS: As mãos podem ser a sua principal visão. Utilizada em locais onde existem
muito calor e fumaça na parte de superior do ambiente ou onde o risco de choque para a cabeça é
elevado, tais como corredores industriais, túneis baixos, tubulações, plataformas frágeis e outros.
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FIGURA 11 – QUATRO APOIOS.

LIMPADOR DE PARABRISAS: É a progressão realizada com o chefe do grupo realizando


movimento com os pés em forma de arco a cada passo. Pode ser em pé ou agachado. Quando houver
risco de impacto contra o rosto, ele deverá proteger a cabeça com uma das mãos.

FIGURA 12 – LIMPADOR DE PARABRISAS.

CABOS DE SEGURANÇA: Quanto à utilização operacional de cordas e cabos, elas podem ser
empregadas de diversas formas.

As principais são:

 Cabo Guia
 Cabo de Escape
 Cabo de Comunicação
 Cabo de Resgate
 Cabo de Isolamento

FIGURA 13 – CABO GUIA.


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CABO GUIA: É a utilização do cabo fixado aos Bombeiros que vão penetrar (grupo avançado) no
local da emergência para garantir a orientação em caso de retorno ou para localização rápida da equipe
em caso de resgate, apoio ou substituição.

FIGURA 14 – RESGATISTA USANDO CORDA LUMINESCENTE ESPECIAL.

EQUIPE DE PENETRAÇÃO: Constituída no mínimo por cinco membros, sendo dois grupos avançados e um
Chefe de Equipe. Dependendo da necessidade, poderão ser formados outros grupos e constituído chefes
auxiliares.

Procedimento operacional:

 O Chefe da Equipe deverá manter sempre um grupo em reserva para ações de emergência;

 A dupla que penetrar deverá estar presa pelo cabo guia com um nó de soltura rápida;

 Será convencionado um código de comunicação com puxões codificados na corda;

 O grupo reserva deve estar sempre pronto para penetrar em caso de emergência;

 Caso existam outros recursos de comunicação, tais como buzinas ou apitos, deverão ser

convencionado os sinais necessários.


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Missões da equipe de penetração:

Medidas de segurança:

CABO DE ESCAPE: É a utilização deverá ser presa ao bombeiro que


da corda para escapar do local sinistrado poderá fazer uma descida de
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em caso de emergência. Ela deve ser emergência, inclusive pelo lado externo
fixada em dois pontos resistentes e da edificação.
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FIGURA 15 – RESGATISTA USANDO
CABO DE ESCAPE.

CABO DE COMUNICAÇÃO: É o estabelecimento de uma convenção entre a O


Chefe da Equipe e o Grupo Avançado de um código de puxões utilizando a corda (cabo
guia) como meio de comunicação.

FIGURA 16 – RESGATISTA USANDO CABO DE COMUNICAÇÃO.


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OBS: Devemos começar o código a partir de dois puxões na corda, pois se for apenas um
puxão, poderá ser a queda do resgatista dentro do ambiente sinistrado.

CABO DE RESGATE: É a utilização do cabo guia como cabo de remoção de Bombeiros


acidentados ou de vítimas que não podem se locomover.

FIGURA 17 – UTILIZAÇÃO DO CABO DE RESGATE.

CABO DE ISOLAMENTO: É a utilização do cabo como faixa de isolamento para um local


onde existe risco para o público. Apesar de ser uma utilização operacional, não é uma utilização
para penetração.

FIGURA 18 – CABO DE ISOLAMENTO.

CAMINHADA LIVRE: É o processo mais comum de penetração. A equipe envia seus


grupos sem cabo guia e caminhando normalmente. A coordenação é feita através de
rádios ou outros meios. Só deve ser realizada onde existir condições de segurança para
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deslocamento sem risco.

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FIGURA 19 – CAMINHADA LIVRE.

ARREMESSO: Processo que utiliza peças leves e que produzam ruído para ser
arremessada a frente, a fim de identificarem se existe condições de progressão pela via
que está sendo escolhida. É utilizado quando não possuímos um instrumento para
realizar a bengala de cego; Utilizado em locais com pouca ou nenhuma visibilidade.

FIGURA 20 – ARREMESSO.

DESCIDA: Consiste em penetrar pela parte alta do ambiente. Pode ser pelo telhado ou
utilizando processos de descida como o rapel ou outro.
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FIGURA 21 – DESCIDA.

RASTEJO: Consiste em progredir pela via rastejando até atingir o objetivo.

 Utilizado quando não existe possibilidade de uma posição mais adequada;

 Deve ser utilizado em trechos curtos.

FIGURA 22 – RASTEJO.

RESFRIAMENTO: Consiste em penetrar utilizando jatos de esguichos para resfriar a


via de penetração, prevenir os fenômenos do incêndio e reduzir os efeitos do calor e da
fumaça.
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FIGURA 23 – RESFRIAMENTO.
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ATAQUE EM CUNHA: O ataque em cunha não é somente um ataque, mas também uma
técnica de penetração que consiste em se fazer barreiras de proteção no interior do
ambiente sinistrado, a fim de se retirar as vítimas, ou seja, são estabelecidas linhas de
proteção que protegem o resgatista e à vítima que se encontra em seu interior.

FIGURA 24 – RESGATE UTILIZANDO ATAQUE EM CUNHA.

CÂMERA TÉRMICA: Um importante


equipamento de busca em ambientes
sinistrados é a câmera térmica, pois tal
equipamento nos permite obter à imagem
térmica de possíveis vítimas no interior de
tais ambientes, mesmo que a mesma se
encontre compartimentada, desde que não
existam focos muito perto das mesmas.

FIGURA 25 – CÂMERA TÉRMICA.


Abaixo temos imagens desse tipo de câmera:
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FIGURA 26 – IMAGEM GERADA POR CÂMERA TÉRMICA.


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SALVATAGEM.

DEFINIÇÃO: É o processo usado para evitar que o calor, a fumaça ou a água


destruam o que o fogo não atingiu.

FIGURA 27 – SALVATAGEM.

COBERTURA:

 Utilizar lonas, plásticos ou tapumes para evitar a ação destrutiva da água;

 Utilizar lençóis para evitar a ação da fumaça;

 Remover para trás de uma parede tudo que possa ser destruído pelo calor;

 Placas de gesso protegem contra o calor.

FIGURA 28 – COBERTURA.

ESCOAMENTO:
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 Fazer aberturas no teto para escoamento da fumaça;

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 Fazer aberturas no piso para escoamento da água;

 Montar canaletas para escoamento da água;

 Utilizar bombas de esgotamento.

FIGURA 29 – ESCOAMENTO.

RESGATE. FIGURA 30 – RESGATE.

Definição: É a retirada de pessoas ou bens


de local de risco.

 Só transporte a vítima após prevenir os


riscos;

 Vítimas de trauma só podem ser


transportadas após completa imobilização;

 Retire as ferragens da pessoa e não a


pessoa das ferragens;

 A segurança da vítima deve ser sempre


duplicada.
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As técnicas de resgate vão depender do tipo de ocorrência. Em nosso curso
consideraremos incêndios e desabamentos.
As técnicas de penetração estudadas anteriormente fazem parte das técnicas de
resgate.
A retirada de pessoas envolve a condição de saúde da vítima no momento do
resgate.

VÍTIMAS SAUDÁVEIS:

 Estão lúcidas;
 Podem movimentar-se sem ajuda;
 Podem auxiliar outras vítimas;
 Necessitam de coordenação, orientação e controle emocional.

A retirada de pessoas saudáveis do local sinistrado poderá ser feito através das
vias existentes ou construídas para a evacuação e escape.

FIGURA 31 – RESGATE DE VÍTIMAS SAUDÁVEIS.


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VÍTIMAS FERIDAS:

 Podem estar lúcidas;

 Algumas podem movimentar-se com ajuda;

 Podem necessitar de meios auxiliares de remoção, como maca, sistema de


resgate em altura, etc...

 Necessitam de acompanhamento profissional: Bombeiros, Médicos,


Enfermeiros, etc...

 Devem ser removidas pelo meio de transporte menos traumático e pela via que
apresente menor risco e maior facilidade de remoção.

 Deverão ser removidas por profissionais especializados, podendo contar com o


auxílio de populares.

 Preferencialmente, não devem ser transportadas em ponte de cordas, içamento


por helicóptero ou qualquer outro meio construído que ofereça risco sem a
presença de um Bombeiro ou profissional de saúde permanentemente ao seu
lado.

FIGURA 32 – RESGATE DE VÍTIMA FERIDA.


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VÍTIMAS DESMAIADAS:
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 Podem estar feridas ou simplesmente desacordadas;

 Podem estar intoxicadas;

 Necessitam de meios auxiliares de remoção, como maca, sistema de resgate em


altura, etc...

 Podem necessitar de respiração assistida;

 Necessitam de acompanhamento profissional: Resgatistas, Médicos,


Enfermeiros, etc....

 Os procedimentos são os mesmos das vítimas feridas.

 Cuidado adicional deve ser considerado para o risco de queda da maca ou de


outro meio de transporte.

FIGURA 33 – RESGATE DE VÍTIMAS DESMAIADAS.

EQUIPAMENTOS PARA RESGATE EM DESABAMENTOS:

 Tripé e conjunto para içamento;

 Escoras;

 Moto cortadores para aço e concreto;

 Marteletes pneumáticos (Britadeiras);


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Exaustores e Sopradores;

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 Ferramentas manuais de arrombamento;

 Guindastes e Pás mecânicas;

 Materiais descritos na Técnica de Busca;

 Caminhões e equipamentos para remoção de escombros.

QUANTO À SITUAÇÃO: É a condição do nível de liberdade de movimentos em que se


encontra a vítima no momento do resgate.

 Ao localizar a vítima, identificar os sinais vitais e o grau de lucidez;

 Providenciar a desobstrução das vias respiratórias se for necessário;

 Providenciar respiração assistida quando a vítima estiver com algum peso sobre o
tórax;

 Peso sobre o tórax reduzem a capacidade da vítima respirar, mesmo que ela esteja
com a cabeça e as vias respiratórias desobstruídas;

 Prioridade sobre os escombros que estão sobre o corpo e secundariamente sobre os


membros;

 Conter hemorragias externas e observar os sinais de hemorragias internas;

 Hemorragias internas podem exigir suprimento de soro ou transfusão no próprio


local;

 Remover os escombros existentes sobre a vítima tendo o cuidado de evitar lesões


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secundárias;

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 Imobilizar a coluna e as possíveis fraturas;

 Garantir uma via segura para remoção da vítima;

 Remover a vítima em maca apropriada para desabamentos com proteção para a


cabeça e o corpo da vítima.

FIGURA 34 – RESGATE DE VÍTIMA EM DESABAMENTO.

CINCO ETAPAS DO RESGATE:

São etapas que resumem os procedimentos a serem seguidos antes e durante os


procedimentos de busca e resgate de vitimas.

Etapa 1 – Faça um reconhecimento do local e examine o ambiente no qual você vai


lidar com vitimas. Reúna toda a informação possível sobre outros ocupantes da
edificação.

Etapa 2 – Localize e procure remover vitimas levemente encurralada. Procurar


imediatamente acesso para áreas baixas para que possa resgatar pessoas com o mínimo
esforço. Manter contato com as vitimas que podem ser vistas no interior ou ouvi-las,
mas que não podem ser removidas imediatamente.

Etapa 3 – Faça exploração verbal esporadicamente, buscando ouvir chamados de


socorros ou até mesmo sussurros ou gemidos de sobrevida. Procure não esquecer esse
procedimento mesmo durante um resgate.
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Etapa 4 – Explore e remova escombros em ruínas onde há chances de pessoas
permanecerem vivas. Faça esforço de remoção de escombros apenas onde tem sinal de
vitimas, por isso obter informação sobre outros ocupantes da edificação (Etapa 1).

Etapa 5 - Levantamento sistemático das áreas selecionadas de escombros até que todas
as supostas vítimas sejam contabilizadas. Isto inclui a remoção dos mortos e/ou partes
do corpo. Identificar edifícios que já foram pesquisados, utilizando tintas spray ou de
sinais. Esse procedimento vai evitar que equipes façam buscas repetidas em locais já
vistoriados, causando um desgaste desnecessário.

TÉCNICAS DE VENTILAÇÃO:

Em se tratando de combate a incêndio, ventilação consiste na sistemática


retirada de fumaça, ar e gases aquecidos da edificação, substituindo-os por ar fresco. A
ventilação, quanto ao momento em que é realizada, pode ser: antes do combate (antes
das linhas de ataque iniciar a aplicar água), durante o combate (simultaneamente ao
trabalho das linhas de ataque) ou após o combate, para retirar a fumaça e calor apenas.
Em relação ao plano da abertura de saída da fumaça, a ventilação pode ser vertical ou
horizontal.

VENTILAÇÃO VERTICAL:
É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo
ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de
escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de telhas).
Para a ventilação, o bombeiro deve aproveitar as aberturas existentes na
edificação, como as portas, janelas e alçapões, só efetuando aberturas em paredes e
telhados se inexistirem aberturas ou se as existentes não puderem ser usadas para a
ventilação natural ou forçadas. Efetuar entrada forçada em paredes e telhados, quando já
existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao proprietário, além de significar
perda de tempo.

FIGURA 35 – VENTILAÇÃO VERTICAL.


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VENTILAÇÃO HORIZONTAL: É aquela em que os produtos da combustão
caminham horizontalmente pelo ambiente.
Este tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da
combustão através de corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo
plano.

FIGURA 36 – VENTILAÇÃO HORIZONTAL.

No que diz respeito à ação humana para acelerar a movimentação dos gases, a
ventilação pode ser natural ou forçada.

VENTILAÇÃO NATURAL:
A ventilação natural consiste em abrir acessos existentes (portas, janelas,
claraboias) ou criando acesso (quebrando parte da estrutura de paredes, teto ou
destelhando telhado) permitindo a entrada natural de are saída de fumaça pela diferença
de pressão.
Aproveita-se a própria tendência da fumaça em se deslocar para fora devido à
diferença de densidade e devido às diferenças de pressão.
Como já visto o foco produzindo e aquecendo gases, faz com que eles subam.
A acumulação deles no teto e a expansão provocada pelo aquecimento geram um
aumento de pressão que é maior rente ao teto acima do foco. De igual modo, a tendência
dos gases aquecidos em subir gera uma zona de baixa pressão imediatamente acima do
foco (ao redor e acima das chamas).
Em se fazendo aberturas, o ar frio tende a entrar e ir em direção à zona de baixa
pressão enquanto que a fumaça busca o exterior do cômodo para aliviar a pressão. Isso
provoca a ventilação.
A ventilação ocorrerá por qualquer abertura existente ou feita,
intencionalmente ou não.
Ainda que exista uma abertura só o ar entrará por baixo e fumaça sairá por cima.
Se a ventilação será eficiente ou não, isso depende do tamanho da abertura em relação
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ao cômodo e ao foco.

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A ventilação natural será mais eficiente caso seja cruzada, ou seja, caso acessos
sejam abertos em lados opostos do cômodo permitindo a saída da fumaça por um lado e
a entrada de ar pelo outro, renovando a atmosfera do ambiente.
Ao se efetuar uma ventilação natural devemos considerar alguns aspectos:

- A direção do vento deve ser aproveitada para soprar ar fresco para dentro da
edificação;
- O acesso de saída deve ser aberto primeiro, pois, abrir a entrada primeiro significa dar
comburente ao foco sem lhe retirar nada;
- Se possível, a área de saída de fumaça deve ser maior que a área de entrada de ar
fresco;
- O caminho que a fumaça vai fazer dentro da edificação: a fumaça aquecida não deve
vagar por cômodos não afetados.

VENTILAÇÃO FORÇADA:

A ventilação forçada consiste no emprego de meios artificiais para acelerar a


movimentação dos gases no ambiente sinistrado. Além da mera abertura de acessos, que
se dá quase como na ventilação natural, a ventilação forçada conta com equipamentos
para acelerar o deslocamento dos gases.
Quanto ao tipo de equipamento utilizado, a ventilação forçada divide-se em:
mecânica e hidráulica.

Ventilação Forçada Mecânica: consiste no emprego de ventiladores ou exaustores


com funcionamento elétrico, a combustão ou hidráulico.

Ventilação Forçada Hidráulica: consiste no emprego de jato neblinado para,


aproveitando o princípio de Bernoulli, arrastar gases junto com o cone quer seja a
fumaça para fora ou o ar fresco para dentro.
A ventilação forçada pode ser de pressão negativa ou por pressão positiva, caso
se force a entrada o deslocamento de gases pela entrada ou pela saída dos gases. O jato
deve ser usado com vazão mínima possível e o esguicho deve ficar entre 0,5 a 1 m de
distância do acesso. Nenhuma parte do cone de água pode sobrar para fora do acesso.
Todo o cone deve ser encaixado dentro da abertura próximo à beirada, seja uma porta,
janela ou acesso forçado.

Ventilação por Pressão Positiva (VPP): a ventilação forçada quer seja ela mecânica
ou hidráulica, pode ser feita com o jato neblinado soprando no acesso de entrada
jogando água para dentro do ambiente e arrastando junto ar fresco. Como o ar é forçado
para dentro a pressão fica maior no interior na zona próxima à abertura, por isso a
denominação de ventilação por pressão positiva.
Como se pode perceber ela é feita de fora para dentro do ambiente sinistrado.
A VPP pode ser feita com uma ou duas aberturas.
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Com uma abertura, o ar deve ser ―soprado‖ pela parte inferior, haja vista a
tendência da fumaça em ―flutuar‖ sobre a camada de ar frio que entra.
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FIGURA 37 – VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA.

Em se tratando de uma abertura e sendo ela uma porta, o jato deve ser
posicionado de modo que preencha o Máximo possível da metade inferior da porta
como esquematizado ao lado.
Semelhantemente ocorrerá se o único acesso for uma janela. A metade superior
deve ser deixada livre para a saída de fumaça.
Como a saída de fumaça se dará muito próximo aos bombeiros, a técnica de
VPP por uma abertura deve ser feita preferencialmente após o fogo ser debelado e caso
não haja outra forma de efetuar a ventilação.
O mero fato de haver outra abertura para a saída de fumaça já torna mais segura
à operação para os bombeiros na linha de ventilação. Isso não elimina a necessidade de
coordenação entre a equipe de ventilação e a equipe de ataque, pois a ventilação alterará
a dinâmica do incêndio.
Com duas aberturas, uma para a entrada do ar fresco e outra oposta para a
saída de fumaça, o jato deve ter outro alvo. Em se tratando de uma porta, deve atingi-la
na metade superior. Isso se deve ao fato de que na parte superior estão concentrados os
gases mais aquecidos e a ventilação por ali será mais eficiente.
Como há outra abertura para saída de fumaça, não há necessidade de reservar a parte
superior do vão da porta para a saída de fumaça.
Se a abertura de entrada for uma janela, deve o jato ocupar o máximo dela
possível pela mesma razão. Se a queima ainda estiver considerável, ou seja, se a
ventilação for prévia ou concomitante ao combate, é imperativo que o acesso para saída
de fumaça seja próximo ao foco e que direcione a fumaça para fora da edificação. A
fumaça aquecida pelo foco não pode percorrer o interior da edificação, pois, se assim
fosse, a fumaça estaria irradiando calor para materiais ainda não afetados e poderia
provocar a ignição de novos focos.
A ventilação por pressão positiva auxilia no resfriamento do ambiente pela
impulsão de neblina de água que ajuda no resfriamento. Infelizmente, aumentam
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também os danos causados pela água e pelo excesso de vapor que se acumulará caso a
ventilação não seja bem efetuada.
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FIGURA 38 – ALVO DO JATO DE ÁGUA.

Ventilação por Pressão Negativa (VPN) – a ventilação forçada quer seja ela mecânica
ou hidráulica, pode ser feita com o jato neblinado soprando no acesso de saída jogando
água para fora do ambiente e arrastando junto ar fresco. Como o ar é forçado para fora,
a pressão no interior próximo à abertura fica menor gerando uma zona de baixa pressão,
por isso a denominação de ventilação por pressão negativa.
A água é jogada para fora do ambiente, evitando os danos à propriedade pela
água, mas diminuindo a capacidade de resfriamento da operação de ventilação, o que é
facilmente contornado se a ventilação for bem feita.
Com a fumaça empurrada para fora, o ar frio entra para substituir o vazio que
ficaria, substituindo a atmosfera quente e inflamável do ambiente.
A VPN também pode ser feita por uma ou duas aberturas, mas em qualquer dos
casos, o jato deve ser direcionado à metade superior nas portas e englobando o máximo
do espaço nas janelas.
A abertura de entrada de ar é menos importante, uma vez que o ar buscará entrar
por qualquer fresta para ocupar o espaço deixado pela fumaça arrastada para fora.
Como a VPP, a VPN deve ser feita com a saída de fumaça próxima ao foco e
pode ser imediatamente posterior à extinção do foco com emprego da técnica penciling,
ou mesmo ataque direto.
A VPN é feita de dentro para fora.

Obs.: mencionamos o alvo dos jatos de água, considerando a VPP e VPN hidráulicas,
mas o emprego de ventiladores é bem semelhante no que tange aos alvos a serem
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escolhidos nas aberturas.

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FIGURA 39 – VENTILAÇÃO POR PRESSÃO NEGATIVA.

CUIDADOS NA VENTILAÇÃO:

Para a ventilação, o bombeiro deve aproveitar as aberturas existentes na


edificação, como as portas, janelas e alçapões, só efetuando aberturas em paredes e
telhados se inexistirem aberturas ou se as existentes não puderem ser usadas para a
ventilação natural ou forçadas. Efetuar entrada forçada em paredes e telhados, quando já
existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao proprietário, além de significar
perda de tempo.
Sabemos que qualquer ventilação altera a intensidade da queima e a TLC. A nós
não interessa a ventilação que alimente as chamas apenas. Buscamos resfriar o ambiente
melhorando as condições de conforto, visibilidade e de sobrevida às vítimas no interior,
assim, ao realizar uma ventilação, ela será eficiente se retirar mais calor com os gases
aquecidos do que é produzido pelo foco.
Devemos cuidar para que a fumaça seja deslocada para fora da edificação
evitando que transmita calor para outros materiais termolizando-os e até mesmo
provocando sua ignição.
Para evitar o espalhamento da fumaça para outros cômodos não afetados, é
possível abri-los para o exterior e fechá-los para o interior. Abrem-se as janelas para
fora e fecham-se as portas para dentro.
A fumaça, mesmo ao sair da edificação, não deve ter seu caminho ignorado,
pois se ela deixar uma edificação para penetrar em outra vizinha, estará transportando
calor que pode ser suficiente para eclodir novos focos nessa outra edificação.
Já foi afirmado, mas não é inconveniente lembrar que a saída de fumaça, seja a
ventilação por pressão positiva ou por pressão negativa, seja forçada ou natural,
horizontal ou vertical, a abertura de saída de fumaça deve ser próxima ao foco!
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O uso de ventiladores-exaustores com mangas de direcionamento de ar altera a


dinâmica apresentada. Com as mangas, é possível coletar a fumaça do cômodo
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sinistrado e a conduzir até o exterior da edificação sem expor os materiais pelo
caminho.

ENTRADAS FORÇADAS
Entrada forçada é o ato de adentrar em um recinto fechado utilizando-se de
meios não convencionais.
Aberturas forçadas é o procedimento de abrir portas, janelas ou outras vedações
de passagens, que estejam fechadas no momento do atendimento da ocorrência de
bombeiro e não se tenha no local como abri-las do modo normal, através do
acionamento de maçaneta, chave, trinco ou outro tipo de tranca. É também o
procedimento de romper elementos estruturais de vedação - piso, laje, coberturas e
forros. O objetivo é passar pela abertura liberada, ou criada no momento, seja para o
bombeiro adentrar, sair, continuar entrando ou saindo, ou ainda para retirar alguém que
esteja preso no ambiente, ou mesmo para permitir que pessoas entrem e façam uso
normal do ambiente antes obstruído. Além disto, é comum, ainda, o bombeiro fazer
aberturas para passar materiais a serem usados no serviço que está em andamento no
interior do ambiente sinistrado – mangueiras de incêndio, materiais hidráulicos, macas,
cilindros de ar, escadas, cabos, etc.. Para tanto, ao invés de se usar os meios normais de
sua abertura – maçaneta, chave, trincos, etc., usam-se ferramentas que permitam fazer a
abertura de maneira a causar o menor dano possível ao patrimônio, utilizando-se de
meios não convencionais. Deve-se tentar causar o menor dano possível, evitando ao
máximo o arrombamento.
Deve-se tentar causar o menor dano possível, evitando ao máximo o
arrombamento.
Existem diferentes métodos de entradas forçadas que podem ser utilizados para
se retirar um único obstáculo. Cabe ao bombeiro optar por aquele que causará menor
dano e for o mais rápido.
Entende-se por obstáculo toda obstrução que impede a passagem do bombeiro.
Lembrar: o melhor método de entrada nem sempre está à mostra o resgatista
deve procurá-lo.
Cuidados a serem observados quando da realização de ABERTURAS
FORÇADAS:

 Verificar a estabilidade da edificação ou estrutura antes de entrar;


 Verificar se portas e janelas encontram-se abertas, antes de forçá-las;
 Transportar ferramentas com segurança;
 Identificar atmosfera explosiva que podem causar explosões ambientais, como por
exemplo Backdraft;
 Manter-se em segurança, quando estiver quebrando vidros, e remover todos os
cacos;
 Escorar todas as ―portas que abrem acima da cabeça‖, bem como as portas corta-
fogo, após a abertura;
 Utilizar o EPI completo;

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Manter pessoas afastadas durante a operação;


 Desligar a chave elétrica quando houver fiação no obstáculo;

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 Lembrar que uma abertura grande normalmente é mais eficaz e mais segura que
várias pequenas;
 Verificar a existência de animais de guarda no interior do imóvel e tomar as
precauções devidas;
 Não deixar pontas ou obstáculos que causem ferimentos.

Fechadura: Consiste de uma lingueta dentro de uma caixa de metal, que é


encaixada no batente da porta. Neste, há um rebaixo onde a porta encosta.

FIGURA 40 – FECHADURA.

Fechadura do Tipo Tambor Não Cilíndrico Saliente: Caso a fechadura seja


tipo tambor não cilíndrico e esteja saliente, deve-se usar um martelo e, com batidas
sucessivas, forçá-lo a entrar, empurrando-o. A seguir, introduzindo-se uma chave de
fenda no vazio deixado pelo tambor, força-se a lingueta para dentro da caixa da
fechadura.
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FIGURA 41 – FECHADURA TIPO TAMBOR NÃO CILINDRO SALIENTE.

Fechadura do Tipo Tambor Cilíndrico Saliente: Usa-se uma chave de grifo


ou alicate de pressão para girar o cilindro, quebrando, desta forma, o parafuso de
fixação do tambor e soltando o cilindro, e força-se a lingueta para dentro da fechadura.

FIGURA 42 – FECHADURA DO TIPO TAMBOR CILINDRO SALIENTE.

Fechadura do Tipo Tambor Rente: Se o tambor não estiver saliente, coloca-


se um punção no meio do tambor e, batendo com um martelo, empurra-se o tambor para
que saia do lado interno. Com uma chave de fenda introduzida no vazio deixado pelo
tambor, força-se a lingueta para dentro da fechadura. Usa-se este processo para qualquer
formato de tambor.
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FIGURA 43 – FECHADURA TIPO TAMBOR RENTE.

Fechadura Embutida: Se a fechadura estiver na maçaneta, utiliza-se uma


alavanca pé-de-cabra, encaixando-a entre a porta e a maçaneta, forçando-a.
A partir daí, surgem duas situações: o tambor sai com a maçaneta — neste caso,
utilizando-se a chave de fenda, procede-se como já descrito; o tambor permanece e a
maçaneta sai — caso típico de ―tambor saliente‖.

FIGURA 44 – EMBUTIDA.
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Cadeados e Correntes: Cadeados e correntes podem ser cortados com o


emprego do corta a frio, ou cunha hidráulica de corte, tipo Lukas.
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FIGURA 45 – CORTE DE CADEADO.

Portas: Antes de forçar qualquer porta, o bombeiro deve sentir o calor usando o
tato (mãos). As portas podem estar aquecidas a grandes temperaturas, o que deve exigir
todo cuidado para sua abertura, porque será possível encontrar situações em que pode
ocorrer até mesmo uma explosão (backdraft) devido às condições extremas do
ambiente.
O bombeiro encarregado de abrir a porta deve conhecer várias condições, para
não incorrer no erro de uma abertura perigosa, tanto para o pessoal, como para o
controle do incêndio.
O primeiro cuidado com portas aquecidas é abri-las parcialmente, observando
as condições do ambiente: lufadas de fumaça escura, pequenos focos com labaredas
baixas e intenso calor são indicativos de possível explosão ambiental. Neste caso,
cientificar prontamente o chefe imediato. Em incêndios em locais confinados, toda a
abertura, principalmente de portas, deve ser feita com esse cuidado.
Podem ser com painéis de vidro, de sarrafos, maciças, ocas ou mistas.
As dobradiças e os batentes devem ser verificados para determinar o sentido da
abertura, que pode ser para dentro ou para fora do ambiente.

Abertura para dentro do ambiente: Sabe-se que uma porta abre para dentro do
ambiente pelo fato de não se ver suas dobradiças, embora a parte conhecida como
batedeira (parte do batente onde a porta encosta) fique à mostra. Para verificar se
existem trincos, deve-se forçar a porta de cima até embaixo, do lado da fechadura. A
porta apresentará resistência nos pontos em que se encontra presa ao batente, ou seja,
onde há trincos. A ponta de uma alavanca é colocada entre o batente e a porta,
imediatamente acima ou abaixo da fechadura. Para se colocar a ponta da alavanca neste
local, usa-se a machadinha para lascar a batedeira e expor o encontro da porta com o
rebaixo do batente. Isto feito, força-se a outra extremidade da alavanca na direção da
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parede, afastando-a do batente.

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Nesta fresta, insere-se outra alavanca, forçando-a na direção da porta até abri-la.
Repetir a operação para os demais trincos se houver.

FIGURA 46 – ABERTURA PARA DENTRO DO AMBIENTE.

No caso de não existir batedeira (encosto), o encontro da porta com o batente


estará à mostra, bastando a utilização das alavancas para abrir a porta.

Abertura para fora do ambiente: O mais comum é que as dobradiças estejam à


mostra. Neste caso, ao se retirarem os pinos com a lâmina do machado ou martelo e
formão, a porta, ou janela, se soltará. Em seguida, usam-se duas alavancas juntas e,
alternando movimentos com elas, afasta-se a porta do batente, retirando-a.
Não estando às dobradiças à mostra, usa-se alavanca encaixada imediatamente
acima ou abaixo da fechadura, forçando-se a ponta desta na direção da parede, até o
desencaixe da lingueta. Repetir a operação para os demais trincos se houver.

Portas duplas: São portas com duas folhas, geralmente uma delas fixada ao piso, na
travessa do batente ou em ambos, e a outra é amparada por ela.
Para abri-las, utiliza-se o mesmo processo usado em porta de uma folha, com a ressalva
de que, nas portas duplas, a alavanca será encaixada entre as duas folhas.

Portas de Enrolar: São feitas de metal e são abertas empurrando-as de baixo para
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cima. Estas portas geralmente têm dois tipos de trava: uma junto ao chão e outra nas
laterais. A trava junto ao chão pode ser eliminada de diferentes maneiras:
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Se for um cadeado que prende a porta à argola fixada ao chão e se ele estiver à
mostra, será cortado com o corta a frio.
Se for uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola e se estiver à mostra,
bate-se com um malho no lado oposto da entrada da chave na fechadura, o que
deslocará o cilindro, destravando a porta.
Se for um cadeado ou uma chave tipo cilindro que não está à mostra, libera-se a
porta das travas laterais e coloca-se uma alavanca grande, ou a cunha hidráulica, entre a
porta e o piso, próxima à fechadura. Força-se a porta para cima, o que fará com que a
argola desprenda-se do chão.
Se houver dificuldade no desenvolvimento dos métodos anteriores, pode-se
cortar a porta em volta da trava com o moto-abrasivo ou com o martelete pneumático.
Após a abertura da porta, retirar o pedaço que ficou no chão, para evitar acidentes.

FIGURA 47 – PORTA DE ENROLAR.

Existindo hastes horizontais, cortam-se suas pontas com o moto-abrasivo, o


mais próximo dos trilhos quanto for possível. O bombeiro saberá onde estão às hastes,
tomando por base uma linha horizontal que parte da fechadura até o trilho.

Portas de Placa que Abrem sobre a Cabeça (basculante): São constituídas de uma
única placa com eixos horizontais nas suas laterais, que possibilitam sua abertura em
movimento circular para cima. Seu sistema de fechamento é na parte inferior, junto ao
solo, podendo haver travas nas laterais e até mesmo na parte superior, dependendo da
exigência do usuário. Para sua abertura, são utilizados os mesmos métodos empregados
na abertura das portas de enrolar, tomando-se o cuidado de forçar a porta no seu sentido
de abertura. Todas as portas que abrem sobre a cabeça devem ser escoradas, após
abertas.
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Portas Corta-Fogo: São portas que protegem a edificação contra a propagação do
fogo. Quanto à forma de deslocamento, podem ser verticais ou convencionais (abertura
circular).
As portas de deslocamento vertical e horizontal permanecem abertas, fechando-
se automaticamente quando o calor atua no seu mecanismo de fechamento.
Estes tipos de portas não necessitam ser forçadas, pois se abrem naturalmente
com o esforço no sentido de seu deslocamento.
As portas corta-fogo convencionais são dotadas de dobradiças e lingueta e, em
certas circunstâncias, abrem para o exterior da edificação. Nestes casos, possuem
maçaneta apenas do lado interno.
Se a dobradiça estiver à mostra, deve-se retirar o pino da mesma com uma
talhadeira e martelo, ou cortar parte da dobradiça com o moto-abrasivo, e retirar a porta,
tomando cuidado para que não caia sobre o bombeiro.
Se a porta for de uma folha, a lingueta poderá estar à mostra. Neste caso, pode-
se forçá-la para fora com uma alavanca colocada entre a porta e o batente,
imediatamente acima ou abaixo da fechadura, fazendo a lingueta soltar do seu encaixe,
ou ainda, com o moto-abrasivo, cortar a lingueta da fechadura.
Se a porta for de duas folhas ou a lingueta estiver escondida pela batedeira,
pode-se, com moto-abrasivo, cortar partes desta batedeira, e, logo após, a lingueta.

Portas Metálicas:

Portas metálicas de fechamento circular (convencional):

As portas de uma folha que abrem para fora do ambiente são tratadas de forma
idêntica às portas corta-fogo. Quando abrem para dentro do ambiente têm à mostra a
batedeira metálica que deve ser cortada com o moto-abrasivo, bem como a lingueta que
aparecer.
As portas de duas folhas podem abrir para dentro ou para fora do ambiente,
sendo uma destas folhas fixadas no piso e na travessa do batente e a outra amparada por
esta, trancada por um trinco horizontal. Com o moto-abrasivo corta-se a batedeira e o
trinco, o qual será localizado pela resistência oferecida.
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FIGURA 48 – PORTA METÁLICA.

Portas metálicas de fechamento horizontal:

As portas de uma folha são difíceis de serem forçadas porque, em sua grande
maioria, seu sistema de fechamento está por dentro da edificação, protegido por uma
aba de alvenaria externa. Nestes casos, deve-se que efetuar a abertura na chapa com o
moto-abrasivo.
As portas de duas folhas fechadas por corrente e cadeado podem ser abertas
facilmente com o corta a frio.

Estrutura de alvenaria ou outros tipos de estruturas:

Tal procedimento consiste basicamente em abrir um buraco, tal que se permita a


passagem dos bombeiros ou resgatistas, usando para isso, marretas ou similares.
Consiste em um processo de demolição simples.

ISOLAMENTO E CONFINAMENTO
Em um grande número de casos, ou a situação não permite ou a tática não
recomenda o combate direto e imediato ao foco. Por vezes é necessário, antes disso, ou
concomitantemente, ―cercar‖ o incêndio e ―domá-lo‖ antes de finalmente extingui-lo. O
isolamento e o confinamento constituem-se de ações nesse sentido.

O ISOLAMENTO abrange as ações de bombeiro que tem por objetivo impedir a


propagação de calor e fogo para outros locais na vizinhança de incêndio. É a tentativa
de impedir que o incêndio alcance outro sistema16 além do que já está sinistrado.
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O próprio ataque ao incêndio em princípio, procedido com rapidez, adequação e
suficiência de meios constitui uma iniciativa isoladora, uma vez que restringe a
produção e propagação de calor.
A decisão quanto ao emprego desta ação envolve a consideração de alguns
fatores, uma vez que o isolamento sempre desvia linhas de ataque ao fogo e consome
agente extintor, a saber:

 Teor de calor emanado no incêndio (acima de 150º C é considerado calor


excessivo);

 Proximidade do combustível vizinho ao incêndio;

 Natureza e volume do combustível exposto ao calor propagado (alvenaria,


vidraçaria, etc);

 Esvoaçamerto de fagulhas para o combustível vizinho (considerar janelas


abertas e outras aberturas);

 Risco de desabamento ou queda de materiais incendiados;

 Impetuosidade e direcionamento da corrente de verto.

Toda iniciativa isoladora exige visão futura de:

1) Duração provável da ação;


2) Consumo aproximado de água;
3) Número de linhas (ou guarnições) envolvidas;
4) Pessoal e material afastado do ataque efetivo às chamas.

O isolamento pode ser feito resfriando os sistemas com risco de serem atingidos
por meio da aplicação de água. Tal medida visa diminuir o efeito da radiação de calor.
Essa forma é muito usada em incêndios em tanques de combustíveis para resfriar o
tanque vizinho.
Pode ainda ser feito com o uso de jatos neblinados ou neblina direcionados para
o sistema sinistrado, pois, assim, além de bloquear a radiação pode o combate ser feito
simultaneamente.
Há ainda a possibilidade de direcionamento da fumaça que escapa de um
sistema pelo uso de jato neblinado desviando-a. A fumaça, além de conduzir calor,
quando se incendeia libera uma enorme quantidade de calor que se propaga por
irradiação.
Outras medidas mais simples podem ser adotadas dependendo da forma como se
verifica que o incêndio pode se propagar para o sistema vizinho. Por exemplo, pode ser
uma medida eficaz o mero fechamento das janelas para evitar a penetração de fagulhas
trazidas pelo vento ou evitar a penetração de fumaça superaquecida.
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CONFINAMENTO: é o conjunto de ações que visam impedir a propagação de fogo e
calor a compartimentos ainda não atingidos pelo incêndio, em uma edificação.
A tendência dos gases aquecidos é subir, o que torna urgente o confinamento em
incêndios verticais tanto mais quanto mais baixo for o andar onde se localiza e sinistro.
Nos Incêndios a propagação ocorre lateralmente, de cima para baixo e de baixo
para cima, merecendo ação preventiva dos bombeiros os seguintes meios:

1) Aberturas que possam ser alcançadas por chamas ou ar quente;


2) Explosões:
3) queima de paredes e portas internas;
4) Chamas e fagulhas vindas de janelas ou outras aberturas
5) Condução de calor através de dutos metálicos, etc, de cômodo para cômodo.
6) Queda de tetos ou pisos;
7) Circulação interna de massas gasosas extremamente aquecidas.

Os Sistemas de ventilação forçada (ar condicionado) devem Ter seu


funcionamento suspenso, pois poderiam contribuir para a extensão do incêndio
conduzindo fumaça e calor para locais não atingidos pelas chamas.

As ações de confinamento devem ser somadas aos dispositivos de proteção


permanente da edificação, quais sejam. Paredes resistentes ao fogo, portas corta-fogo,
sistemas automáticos de ―sprinklers‖, etc. também deve ser preocupação tática fornecer
a estas estruturas proteção permanente, visando garantir pleno funcionamento
continuado.
O ataque indireto (visto adiante) constitui um método adequado de retirada de
calor excessivo de ambientes confinados. Isso pode ser feito, muitas vezes, não com o
intuito de apagar o fogo, mas de impedir que ele se espalhe.
A descoloração da pintura e desprendimento do reboco acusam a propagação de
calor naqueles espaços. Pelo tato podemos detectar também tal propagação em paredes
e forros, devendo ser abertos tais espaços e submetidos à ação extintora ou resfriadora.

MANEABILIDADE COM MANGUEIRAS (RECAPITULAÇÃO):

Na atividade de bombeiro existem várias técnicas para o correto emprego do


equipamento operacional. Estas técnicas foram introduzidas após a sua aceitabilidade
prática e visam à consecução dos objetivos com eficiência e presteza.
O treinamento constante é imprescindível nas atividades desenvolvidas
coletivamente pelas guarnições, devendo os seus componentes estar aptos a substituírem
seus pares em qualquer função. As técnicas individuais devem ser aprimoradas através
de treinamentos contínuos.
Enrolar:
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A mangueira de 1 1/2" ou 2 1/2" deve ser totalmente estendida no solo. As torções


que porventura ocorrerem devem ser eliminadas. Uma das extremidades é conduzida
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pelo ajudante para o lado oposto, de modo que as duas metades fiquem sobrepostas. A
junta da parte superior ficará aproximadamente 01 metro antes da outra junta, para que
seja facilitado o ajuste final.
Posteriormente, a mangueira é enrolada pelo chefe em direção às juntas, tendo o
ajudante a função de ajustar as mangueiras para que fiquem precisamente sobrepostas.

FIGURA 49 – FORMA PADRÃO DE SE ENROLAR


MANGUEIRAS DE INCÊNDIO.
Transportar:
As mangueiras de 2 ½‖ devem ser transportadas sobre o ombro, enquanto as
mangueiras de 1 ½‖ devem ser transportadas embaixo do braço, onde em ambas as
situações as juntas das mangueiras devem estar completamente presas a fim de não
atingir o corpo do bombeiro que transporta a mesma.

FIGURA 50 – FORMA CORRETA DE SE TRANSPORTAR


MANGUEIRAS DE INCÊNDIO.
Desenrolar:
O ajudante coloca a mangueira sobre o solo. A junta a ser conectada, naquele
local, fica com o mesmo, enquanto o chefe conduz a outra junta (devendo dar um
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impulso brusco, facilitando o ato de desenrolar) para a extremidade oposta,


desenrolando-a desta forma.
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O chefe retira a junta mais "interna" da mangueira entre as pernas do ajudante e
corre, enquanto este prende uma parte com o pé, evitando que a junta se arraste.

FIGURA 51 – DEVE – SE FORMAR SEIO NAS MANGUEIRAS


E NÃO QUINAS VIVAS.

Conectar/Desconectar:
As juntas Storz possuem desenho específico, que permite acoplá-las, rapidamente,
e com grande segurança. A conexão é feita com a introdução dos dois ressaltos
existentes em cada junta nas aberturas da junta, sendo complementada com um giro no
sentido da esquerda para direita.
Caso haja necessidade, as juntas podem ser reapertadas com uma chave de
mangueira ou reajustadas com a colocação de uma arruela de borracha.

FIGURA 52 – CHEFE E AJUDANTE CONECTANDO MANGUEIRA.


Armar Linha de Mangueira:
Consiste em dispor uma linha de mangueira para a sua utilização. A atividade é
executada preferencialmente por duas pessoas, sendo um chefe de linha, e o outro,
ajudante de linha. Cabe ao ajudante, transportar a mangueira do seu local de guarda até
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o ponto de conexão Estando em um plano elevado ou local de difícil acesso, o ajudante


deverá se colocar da melhor forma possível, para que a sua solicitação seja entendida
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por quem estiver guarnecendo o registro. Na posição de combate na linha de mangueira,
o chefe deverá fazer a base com a perna esquerda à frente ligeiramente flexionada,
enquanto a perna direita deverá permanecer esticada (ou ligeiramente flexionada). A
mangueira deverá passar sob o ombro direito, ficando presa entre o braço e o tórax do
bombeiro, a mão esquerda (que controla o esguicho) deverá ficar por cima do mesmo.
Desarmar Linha de Mangueira:
Sendo ordenado ou tendo extrema necessidade de desarmar, o chefe ordena ao
ajudante que dê "alto a linha". O ajudante corre para perto do registro e o fecha. A
operação de desarme é, sequencialmente, inversa à operação de armar.
Escoar a Água da Mangueira:
O chefe ou ajudante deverá esticar a mangueira, de maneira que uma das juntas
fique sempre voltada para a parte mais baixa do terreno (caso este seja inclinado),
pegará a junta da extremidade mais elevada e erguerá até a altura que seus braços
permitirem, em seguida ele irá andando e movimentando as mãos de maneira a
percorrer toda a extensão desta, passando por baixo da mangueira, tornando desta forma
o escoamento mais rápido.
Para fazer a secagem das mangueiras, deve-se pendurá-las de maneira que elas
fiquem totalmente esticadas.

HIDRANTES:

São dispositivos existentes em redes hidráulicas que possibilitam a captação de


água para emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndio.
Esse tipo de material hidráulico depende da presença do homem para utilização final da
água no combate ao fogo. É a principal instalação fixa de água, de funcionamento
manual.

HIDRANTE DE COLUNA:
Esse tipo de hidrante é o mais comumente encontrado pelas ruas e avenidas do
Estado, destinando-se ao abastecimento de água dos centros urbanos, nos combates a
incêndios. Sua abertura é feita através de um registro de gaveta, cujo comando é
colocado ao seu lado.
Esse tipo de hidrante é utilizado no lado externo das edificações ligado à rede
pública de abastecimento própria.
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FIGURA 53 – HIDRANTE DE COLUNA.

HIDRANTE INDUSTRIAL:

É um dispositivo existente em redes hidráulicas, no interior de indústrias, que


possibilitam a captação de água, para emprego no serviço de bombeiro. Esse tipo de
hidrante é utilizado com água da Reserva Técnica de Incêndio (RTI) da empresa.

FIGURA 54 – HIDRANTE INDUSTRIAL.

TOMADA DE HIDRANTE EM CAIXA DE INCÊNDIO:


É um hidrante adaptado ao Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) das
edificações, para proteção contra incêndio. É encontrado embutido ou encostado à
parede, podendo ser disposto em abrigo especial onde de encontram também os lances
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de mangueiras, esguicho e chave de mangueira.

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FIGURA 55 – CAIXA DE INCÊNDIO.

HIDRANTE DE RECALQUE:
É um hidrante adaptado ao Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) normalmente
localizado em frente às edificações. Utilizado pelos bombeiros para pressurizar e
abastecer o sistema hidráulico, possibilitando, assim, que todos os hidrantes de parede
da edificação tenham pressão e água para o combate a incêndios. É utilizado em caso de
extrema necessidade como manancial para abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros
em locais onde não haja outro disponível.

FIGURA 56 – HIDRANTE DE RECALQUE.

Linhas de Mangueira: Linhas de mangueira são os conjuntos de mangueiras


acopladas, formando um sistema para o transporte de água. Dependendo da utilização,
podem ser: linha adutora, linha de ataque, linha direta e linha siamesa.

Linha Adutora: É aquela destinada a conduzir água de uma fonte de abastecimento


para um reservatório. Por exemplo: de um hidrante para o tanque de viatura e de uma
expedição até o derivante, com diâmetro mínimo de 63mm.
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Linha de Ataque: É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo,
isto é, a linha que tem um esguicho numa das extremidades. Pela facilidade de manobra,
utiliza-se, geralmente, mangueira de 38mm.

Linha Direta: É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que
conduz, diretamente, a água desde um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.

Linha Siamesa: A linha siamesa é composta de duas ou mais mangueiras adutoras,


destinadas a conduzir água da fonte de abastecimento para um coletor, e deste, em uma
única linha, até o esguicho. Destina-se a aumentar o volume de água a ser utilizada.

FIGURA 57 – LINHA SIAMESA.

Agora que sabemos como, enrolar, desenrolar, aumentar e transportar


mangueiras de incêndio, em como os tipos de linhas de mangueiras, iremos demonstrar
a montagem de uma linha direta a partir de um hidrante e/ou viatura, linha adutora e
linha siamesa.

Linha de ataque pronta ou pré-conectada:

Para estender linha de ataque pronta ou pré-conectada, acondicionada no


veículo, toma-se sua extremidade e caminha-se em direção ao ponto em que se vai
empregá-la. Isso faz com que a mangueira se desdobre naturalmente, podendo ser
reduzida ou aumentada conforme a necessidade.
Em cada conexão, há necessidade de um bombeiro, para que as juntas não
sejam batidas e arrastadas.
Este método também pode ser utilizado para estender linha adutora pronta, quando a
situação exigir.

Linha adutora pronta:

Para estender uma linha pronta, de 63 mm, do local de incêndio ao hidrante


(com uma extremidade da linha no hidrante ou próxima à frente de combate, conforme
o sentido de estendimento desejado: hidrante - local de incêndio ou local de incêndio -
hidrante):
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 A viatura se desloca para o outro ponto (local de incêndio ou hidrante),
estendendo a mangueira;
 Um bombeiro, sobre o estrado (liberando a mangueira), facilita o estendimento
dos gomos;
 Outro bombeiro conduz a mangueira ao solo, percorrendo a mesma trajetória da
viatura;
 Chegando a viatura no local desejado, a próxima junta de união, sobre o estrado,
é desacoplada do feixe e acoplada no equipamento a que se destina (hidrante ou
esguicho).

Linha a Partir do Hidrante Particular:

Tem por finalidade aproveitar o sistema hidráulico de combate a incêndio da


edificação e pode ser empregada em prédios de um ou mais pavimentos, bastando, para
isto, acoplar a expedição da viatura ou bomba portátil ao registro de recalque ou
hidrante mais próximo. Com isso, toda a rede ficará pressurizada, podendo o bombeiro
utilizar qualquer hidrante interno.

Linha Adutora em Hidrante:

O abastecimento do auto bomba por hidrante, em local de incêndio, consiste


basicamente em conectar o mangote ou o mangueirote da expedição do hidrante à
introdução da bomba.
O que deve determinar se será utilizado o mangote ou o mangueirote é a pressão a que
a adutora estará submetida. Se a vazão da bomba for superior à vazão do hidrante, a
pressão será negativa (sucção) na adutora, sendo necessária, neste caso, a utilização do
mangote.
Ao contrário, se a vazão do hidrante for superior à da bomba, pode-se utilizar o
mangueirote. A adutora pode ser realizada, também, com mangueiras de 63mm. Faz-se,
neste caso, a mesma restrição feita ao mangueirote, além de esta solução ter maior perda
de carga.

Do hidrante ao incêndio:

A viatura deixa no hidrante as ferramentas necessárias para executar sua


manobra, bem como a extremidade da adutora pronta, que será conectada à sua
expedição.
Dirige-se para o local de incêndio, deixando atrás de si a linha estendida.
Ao chegar no local de incêndio, desconecta a adutora pronta e a conecta na
introdução da bomba.
Arma as linhas de ataque e recalca água, assim que todo o sistema estiver
armado. Se necessário, um segundo auto bomba posiciona-se próximo ao hidrante e
conecta a extremidade da adutora à expedição da bomba, o mangote (ou mangueirote)
da introdução da bomba ao hidrante, e recalca água para à viatura.
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Do incêndio ao hidrante:
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A viatura deixa no local de incêndio os equipamentos necessários para seu combate,
bem como a extremidade da adutora pronta que está no estrado superior da viatura.
Dirige-se para o hidrante mais próximo, deixando atrás de si a linha adutora
estendida.
Ao chegar no hidrante, conecta a adutora pronta à expedição da bomba.
Conecta o mangote (ou mangueirote) ao hidrante e na introdução da bomba e recalca
água para o incêndio.
Se necessário, um segundo auto bomba posiciona-se no local de incêndio,
conecta a extremidade da adutora à introdução da bomba e recalca água para as linhas
de ataque.

TIPOS DE JATOS D’AGUA:


Os jatos podem ser classificados em:

- Jato ―sólido‖ (ou compacto);


- Jato compacto;
- Jato neblinado amplo;
- Jato neblinado estreito (cone de força);
- Jato neblina.

JATO SÓLIDO:

O jato sólido é produzido pelo esguicho tronco cônico. Eles nada mais são do
que um mero estreitamento, ou seja, a água é lançada preenchendo todo o cilindro do
jato, inclusive o interior, daí o termo ―sólido‖, uma vez que o jato é completamente
preenchido.
Esse tipo de jato tem grande alcance e pode ser usado com pressões
relativamente baixas (50 a 80 psi), dependendo do desenho do esguicho.

FIGURA 58 – JATO “SÓLIDO”.


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JATO COMPACTO:
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Por muito tempo no Brasil designou-se o jato mais ―fechado‖ produzido pelo
esguicho regulável da mesma maneira que o jato produzido pelos esguichos de jato
sólido. Entretanto, os dois jatos são fundamentalmente diferentes.
Enquanto que o jato de um esguicho tipo smooth-bore é completamente
preenchido de água, o jato mais compacto produzido por um esguicho com regulagem
de jato é ―oco‖. O ―miolo‖ do jato é vazio. Isso se deve ao mecanismo de regulagem de
jato que é um anteparo móvel que força a água ao redor dele deixando o interior do cone
vazio.
No idioma americano a diferenciação já começa no termo. Enquanto que o jato
produzido por um esguicho de jato sólido é chamado de solid stream o jato parecido
produzido por um esguicho de jato regulável é chamado de straight stream (jato direto
ou reto). O último termo destaca que, apesar da forma ser parecida, o segundo jato não é
preenchido, não é ―sólido‖.
A falta de diferenciação dos termos em português em muito contribuiu para
confusão entre os dois.
Para diferenciar, adotaremos o seguinte: chamaremos o jato produzido pelo
esguicho tronco cônico ou similar de jato sólido e o jato mais fechado produzido pelo
esguicho com regulagem de jato de jato compacto.

JATO NEBLINADO:
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em gotas. É usado quando a absorção de
calor pretere o alcance. A fragmentação da água oferece uma maior área de contato o
que permite absorver maior quantidade de calor que os jatos sólido ou compacto.
Devido ao alcance reduzido e à grande influência que sofre do vento, o jato
neblinado encaixa-se melhor em táticas de combate ofensivas.
O jato neblinado assume a forma de um cone cuja parede é formada por gotas de
água. Conforme a abertura do cone, o jato é dividido em neblinado estreito e
neblinado amplo.

FIGURA 59 – JATO NEBLINADO ESTREITO.


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FIGURA 60 – JATO NEBLINADO AMPLO.

A abertura do cone influencia na aplicação do jato, uma vez que, quanto mais
aberto, maior a fragmentação da água e consequentemente, menor a velocidade, menor
o alcance e maior a absorção de calor.

JATO NEBLINA:
Ampliando mais a abertura da regulagem do jato nos esguichos, chega-se a um
ponto no qual, dependendo da pressão aplicada, o cone se desfaz, perde a forma e não
há mais verdadeiramente um ―jato‖, mas uma névoa de gotículas de água sai do
esguicho.
Devido ao tamanho das gotículas e da baixa velocidade do jato neblina, ele
sofre grande influência do vento e tem pouco alcance.

FIGURA 61 – JATO NEBLINA.


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Em virtude da maior fragmentação (as gotículas são menores), a água se
vaporiza mais rapidamente que nos jatos compacto e neblinado, absorvendo o calor com
maior rapidez. Isso provoca uma geração rápida e grande de vapor de água.
Geralmente a neblina é obtida pelo uso do aplicador de neblina acoplado ao
esguicho universal. Alguns esguichos combinados, quando aplicadas pressões elevadas,
podem produzir um jato quase tão pulverizado quanto o obtido pelo aplicador de
neblina.

TÉCNICAS DE EXTINÇÃO:

Vistas outras técnicas de combate, passaremos a seguir a apresentar as técnicas


de extinção, as que visam apagar as chamas.
Para organizar o estudo, dividiremos as técnicas de acordo com a classe
dominante do incêndio que se está combatendo. Isso não significa que as técnicas não se
entrelaçam.

INCÊNDIOS CLASSE – A - (incêndios estruturais):

Em geral, os incêndios estruturais (os que envolvem edificações) são


basicamente, ou predominantemente, da Classe A. Para combatê-los, temos as técnicas
a seguir apresentadas, sem excluir outras existentes.

ATAQUE DIRETO
Consiste no emprego de um jato sólido ou compacto dirigido à base do fogo
sobre a fase sólida do combustível visando resfriá-lo abaixo do ponto de combustão.
Devido ao alcance do jato, pode ser usado tanto de fora do c6omodo sinistrado
como de fora da edificação (modo defensivo).
Em um combate em modo defensivo, a pressão nominal e a vazão regulada no
esguicho podem ser reduzidas para a economia de água. Ambas devem ser aumentadas
se se verificar que os jatos não estão absorvendo mais calor do que o fogo produz.
Se for usado em combate ofensivo, deve-se cuidar para não empregar água em
demasia para não causar danos pelo excesso de água e, também, para não gerar excesso
de vapor de água.

ATAQUE DIRETO MODIFICADO:

O ataque direto modificado consiste no ataque à fase sólida do combustível


quando este se encontra escudado por algum obstáculo. O jato é direcionado ao teto
para ser defletido e cair sobre o foco atingindo-o.
Apesar de não ser dirigido diretamente ao foco, ele é considerado uma forma de
ataque direto, pois com ele se pretende combater as chamas em si, o foco queimando
sobre a fase sólida dos combustíveis.
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ATAQUE INDIRETO

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Também se usa o jato sólido ou compacto, entretanto, o objetivo não é
extinguir o fogo combatendo diretamente a fase sólida. No ataque indireto, o objetivo é
produzir uma grande quantidade de vapor de água para resfriar a capa térmica (gases
combustíveis provenientes da combustão e da termólise) e o cômodo e, indiretamente,
apagar o fogo.
O alvo no ataque indireto são as paredes e o teto superaquecidos para que, na
fragmentação do jato pelo impacto, a água absorva o calor dessas superfícies e
transforme-se em vapor resfriando o ambiente.
Não se pode jogar água em demasia para não resfriar demais as superfícies. Isso
impede a formação de vapor. Também é preciso cuidar para não se produzir vapor em
excesso.

ATAQUE COMBINADO
Consiste no emprego alternado das técnicas de ataque indireto e direto. Com
movimentos circulares (para que o jato atinja paredes e teto) busca-se a geração de
vapor para resfriar os gases aquecidos e, alternadamente, lançam-se jatos à fase sólida
do combustível próxima ao solo.

FIGURA 62 – ATAQUE COMBINADO.


COMBATE COM ESPUMA

A espuma surgiu da necessidade de encontrar um agente extintor que suprisse as


desvantagens encontradas quando da utilização da água na extinção dos incêndios,
principalmente naqueles envolvendo líquidos derivados de petróleo. A solução
encontrada foi o emprego de agentes tensoativos na água, a fim de melhorar sua
propriedade extintora. Os agentes tensoativos são aditivos empregados para diminuir a
tensão superficial da água, melhorando a propriedade de espalhamento sobre a
superfície em chamas e a penetração no material.
A espuma é um agente extintor polivalente podendo ser usada em extintores
portáteis, móveis e instalações fixas de proteção.
Existem basicamente dois tipos de espumas: as espumas mecânicas, obtidas por
um processo mecânico de mistura de um agente espumífero (LGE – líquido gerador de
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espuma), ar e água, e as espumas químicas, obtidas pela reação química entre dois
produtos que se misturam na altura da sua utilização. Este último tipo caiu em desuso,
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sobretudo devido à sua fraca eficiência e pelos riscos associados ao armazenamento e
manuseamento dos produtos químicos necessários à sua formação.
A espuma mecânica é adequada para instalações de proteção fixa de unidades
de armazenamento de combustíveis, por exemplo, ou outros riscos que envolvem
líquidos combustíveis e inflamáveis.
As espumas mecânicas classificam-se basicamente em espumas de baixa, média
e alta expansão, consoante a respectiva capacidade dos Líquidos Geradores de Espuma
de formar volume de espuma após a aeração da mistura com água.
A espuma age principalmente por abafamento, pois cria uma camada que isola o
combustível do ar. Age em parte por resfriamento devido à água presente em sua
aplicação.

A aplicação da espuma pode se dar de 3 maneiras:

 Escorrimento – a espuma é lançada em um anteparo, normalmente a parede do


recipiente que contém o líquido, de modo que escorra suavemente sobre a superfície do
líquido;

 Empurramento – quando o líquido está derramado no solo e não é possível valer - se de


anteparos para aplicar a espuma por escorrimento, deve-se lançá-la ao solo margeando a
poça de combustível e depois o volume de espuma formado deve ser empurrado pelo
lançamento de mais espuma forçando-o a avançar sobre a poça;

 Precipitação – outra forma de aplicar a espuma sobre líquidos inflamáveis é lançando-a


ao ar sobre o líquido para que precipite por gravidade sobre ele.

OBS: A solução de espuma normalmente é obtida à razão de 3% para derivados do


petróleo (hidrocarbonetos) e 6% para solventes polares.
São aceitas dosagens de LGE diferentes do previsto acima desde que
devidamente atestadas pelo fabricante sua eficiência para o produto a ser protegido.

RESCALDO DE INCÊNDIO:

Extinto o incêndio o chefe de equipe deverá proceder a uma rigorosa inspeção


em todas as dependências do prédio sinistrado, estendendo tal vistoria aos prédios
vizinhos, a fim de verificar se há possibilidade de uma nova irrupção do fogo.
Uma inspeção mal feita e incompleta poderá dar motivo para uma nova chamada
ao mesmo local.
Depois de feita a inspeção, sendo constatado que não há mais fogo e que o
mesmo manda que o socorro se desarme.
Nesta fase é que se determina se há necessidade ou não do rescaldo.
Ainda nesta fase o chefe de equipe, dependendo do desgaste da equipe durante
os trabalhos, determina a substituição de sua equipe por outra descansada para
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realização do rescaldo.

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Chama-se de rescaldo às iniciativas tomadas na fase final dos incêndios,
visando evitar a reignição, garantindo extinção plena e o estado de segurança local.
São operações demoradas e cansativas, exigindo remoção e ação resfriadora
nos escombros e braseiros.
Os procedimentos de rescaldo têm por objetivo confirmar a extinção completa
do incêndio e deixar o local sinistrado nas melhores condições possíveis de segurança e
habitabilidade, sem destruir evidências de incêndio.
Como toda operação de bombeiro, o rescaldo deve ser precedido de um
planejamento adequado à situação.

REFERÊNCIAS:

Prevenção e Combate a Incêndio, CBMES, Cap. Benício Ferrari;

Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros, 2º edição, 2006, PMESP;

IT Nº02/2004 – Conceito Básico de Segurança Contra Incêndio;

Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume I, CBMERJ.

NBR 15219/ABNT – Plano de Emergência Contra Incêndio

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DE SP. Manual de Aberturas


Forçadas. São Paulo, 2006.

Manual de Salvamento Terrestre. São Paulo, 2006.

LOUREIRO, Ricardo dos Santos. Manual de Busca e Salvamento. Rio de Janeiro,


2008.

SEITO, Alexandre Itiu. et al. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo,
2008.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, Manual de


Combate a Incêndio, Módulo 3 – Técnica de combate a incêndio, 2º Edição 2009;

Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros, Manual de Fundamentos do Corpo de


Bombeiros, 2º Edição 2006 volume 00.

 www.portaldafenix.com/index
Página139

 www.revistaemergencia.com.br

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