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COMO TERES UMA

MINIFLORESTA
NO TEU QUINTAL
EM 4 PASSOS
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© Floresta Nativa 2022

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em parte, do conteúdo deste documento
sem autorização prévia da autora, seja
para fins pessoais ou comerciais.
BEM-VINDA!
Olá! Bem vindos ao meu mundo!
Eu sou a Sónia, licenciada em biologia com mestrado em
ecologia e gestão ambiental.
Trabalhei na minha área de formação em várias zonas de
Portugal e também no Brasil.
Da minha paixão pela Natureza e preocupação com a sua
destruição, nasceu o projeto “Floresta Nativa”, que tem
como desafio reflorestar Portugal de forma sustentável,
restaurar a biodiversidade através da reflorestação,
restituir a floresta nativa destruída, seguindo um método
com resultados de desenvolvimento espantosos.
Estou aqui para ensinar-vos este método super
económico e 100% natural, para que também vocês
tenham o vosso pedacinho de floresta, no vosso quintal,
quinta ou cidade.

Sónia Soares
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NO TEU QUINTAL
EM 4 PASSOS

LEVANTAMENTO
E LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS
COMPREENDER A FLORESTA

SUCESSÃO ECOLÓGICA
Representação do processo de formação de floresta

+ 15 0 A N O S
OS
S 2 5 - 10 0 A N
3 - 20 ANO
1 -2 A N O S
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LEVANTAMENTO
E LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS
COMPREENDER A FLORESTA

ESTRATOS VERTICAIS
Representação dos níveis verticais e uma floresta

+40 metros
estrato arbóreo superior
árvores emergentes

30 metros
estrato arbóreo superior
árvores emergentes

20 metros
estrato arbóreo superior
árvores emergentes

10 metros
estrato arbóreo superior
árvores emergentes

0 metros
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LEVANTAMENTO
E LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS
SELECIONAR O SÍTIO PARA LEVANTAMENTO
DE POTENCIAIS ESPÉCIES NATIVAS

Selecionar locais que reúnam as mesmas condições que o sítio


onde se pretende criar a minifloresta nativa:

ALTITUDE
LONGITUDE
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
TIPO DE SOLO
TIPO DE ECOSSISTEMA
RELEVO
LOCALIZAÇÃO
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LEVANTAMENTO
E LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS
MÉTODOS DE LEVANTAMENTO
DE ESPÉCIES NATIVAS

CONTAGEM EM ÁREAS DE APROX. 20X20 M


REALIZAÇÃO DE PERCURSOS LINEARES

Estes métodos não requerem equipamento específico, são relativamente flexíveis


e o tempo necessário no levantamento de espécies é inferior a outros métodos
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LEVANTAMENTO
E LISTA DE ESPÉCIES NATIVAS
FAZER A LISTA DE ÁRVORES/ARBUSTOS AMOSTRADOS,
CONSIDERANDO OS SEGUINTES TÓPICOS

ÁREA
Nº TOTAL DE ÁRVORES/ARBUSTOS
Nº DE ESPÉCIES
NOME COMUM DAS ESPÉCIES
NOME CIENTÍFICO DAS ESPÉCIES
TIPO (ÁRVORE, ARBUSTO)
QUANTIDADE
OBSERVAÇÕES: ESPÉCIES QUE OCORREM FREQUENTEMENTE ASSOCIADAS
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO

O solo consiste num material não consolidado, existente à superfície da terra, e que
serve de meio natural para o crescimento das plantas. Este é composto por
partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos, sendo um
importante reservatório de biodiversidade. Todos estes aspetos são fundamentais
para ter o solo pleno para o desenvolvimento de uma floresta.
A textura do solo é de grande importância para a compreensão do seu
comportamento e preparação, sendo muitas vezes a primeira propriedade a ser
determinada. A partir desta, muitas conclusões importantes podem ser tomadas.
Para isso os solos podem ser agrupados em 13 classes texturais.
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE SOLO ATRAVÉS DA SUA TEXTURA
(ARGILOSA, ARENOSA E FRANCA)

TIPOS DE SOLO

Diagrama triangular da textura do


solo.
A classe textural de um
determinado solo é obtida através
da interseção, no triângulo, das
respectivas proporções de areia,
limo (silte) e argila.
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE SOLO ATRAVÉS DA SUA TEXTURA
(ARGILOSA, ARENOSA E FRANCA)

DETERMINAÇÃO DA TEXTURA

Pegar numa porção de amostra de solo humedecida e tentar formar uma bola solo arenoso não
forma bola.

Tentar formar uma “fita” (rolinho) com a amostra de solo entre o polegar e os restantes dedos.

Comparar os resultados com as descrições abaixo:


Solo franco-arenoso: forma uma “fita” muito fraca e granulada, que se quebra facilmente.
Solo franco: forma uma “fita” um pouco granulada e suave, que pode chegar a medir
pouco mais de 1 cm antes de partir.
Solo franco-limoso: forma uma “fita” fraca e suave, com textura de sabonete, que quebra
facilmente.
Silte: o solo limoso é suave e liso quando esfregado entre os dedos, mas não forma fitas.
Solo franco-argiloso: forma “fitas” finas de aproximadamente 2 cm de comprimento antes
de quebrar.
Argila: o solo argiloso forma fitas longas, finas e lustrosas.
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE SOLO ATRAVÉS DA SUA TEXTURA
(ARGILOSA, ARENOSA E FRANCA)

CONCLUSÕES

A quantidade, ou percentagem que cada um dos elementos está presente no solo, influencia a sua
capacidade de retenção de água e perfuração do solo. Quanto mais arenoso for o solo, maiores são as
partículas e consequentemente maior a capacidade de perfuração. Isto é ótimo para o movimento da
água e o arejamento do solo, mas implica uma menor rentenção de água.
Quando passamos de areia para limo, a retenção da água aumenta e a perfuração diminui. Em solos
argilosos a drenagem de água é mínima e o arejamento difícil, uma vez que a argila, com as suas
pequenas partículas planas, tende a formar placas quase impenetráveis. Os solos francos possuem
uma alta capacidade de retenção de água e perfuração.
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO
DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE MATÉRIA ORGÂNICA,
AZOTO E DO PH EM LABORATÓRIO

A medição da quantidade de matéria orgânica é um forte indicador da disponibilidade de nutrientes e


capacidade de retenção dos mesmos pelo solo.
A medição do azoto, permite inferir sobre o nível de nutrientes no solo. Este é um recurso crucial para a
realização da fotossíntese pelas plantas e o seu crescimento.
O PH do solo indica se este é ácido ou alcalino, o que afeta a solubilidade e disponibilidade dos
nutrientes no solo.
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ANÁLISE E PREPARAÇÃO
DO SOLO

Quando reunidas as informações fundamentais sobre as condições do solo, deve-se proceder à sua
preparação:
Solo arenoso – requer principalmente a adição de material de retenção de água.
Solo limoso – requer a adição de quantidades intermédias de ambos os materiais.
Solo argiloso – requer a adição de quantidades de material de retenção e perfuração, em maior
quantidade, comparativamente com os outros tipos de solo.
Solo franco – requer a adição de quantidades de material de retenção e perfuração, em menores
quantidades, comparativamente com os outros tipos de solo.

EXEMPLO:
Material de retenção turfa
Material de perfuração casca de arroz ou trigo
Material para nutrição do solo estrume de vaca
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PLANTAÇÃO E EXECUÇÃO
DO PROJETO
Escavar o solo entre 1 a 3 metros de profundidade consoante a tipologia do projeto.

Adicionar ao solo os materiais de enriquecimento, de forma alternada enquanto se


repõe a terra no buraco aberto.

Plantar de 3 a 5 plantas por m2 consoante a tipologia do projeto e seguindo os


seguintes passos:
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PLANTAÇÃO E EXECUÇÃO
DO PROJETO

Criar suporte para cada planta usando uma cana e fio de algodão.

Cobrir o solo com palha. Não pisar. Regar a plantação.


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MANUTENÇÃO E
MONITORIZAÇÃO

Regar consoante a necessidade de água, o que inicialmente será mais frequente.

Ao fim de aproximadamente 2 anos prevê-se que a minifloresta seja


auto-suficiente, não necessitando assim de mais manutenção.

A monitorização deve ser realizada nos primeiros 8 a 12 meses com


a frequência de:
. Uma vez por mês ou
. Uma vez a cada dois meses.

O que monitorizar:
. Sobrevivência das plantas
. Crescimento das plantas
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BOA RENATURALIZAÇÃO

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