Você está na página 1de 3

Ataque direto: No ataque direto utiliza-se o jato contínuo ou chuveiro com

abertura de 30° ou menos, sempre concentrando o ataque na base do fogo até


que ele seja totalmente extinto. Quanto mais próximo do foco de incêndio o
combatente puder se aproximar, melhor será a eficiência no combate às
chamas, utilizando como técnica o ataque direto. Nesse método de ataque é
importante que não se jogue mais água do que o necessário. Em locais com
pouca ou nenhuma ventilação, deve-se usar jatos intermitentes e curtos até a
extinção (Jatos intermitente evitam alagamento e o acúmulo excessivo de
vapor no ambiente). Os jatos não devem ser empregados por muito tempo,
pois poderá perturbar o balanço térmico, que nada mais é que o movimento
dos gases aquecidos em direção ao teto e a expansão de vapor d’água em
todas as áreas. Se for aplicado água em excesso, irá gerar quantidade alta de
vapores, que se condensará e irá se concentrar com a fumaça próximo ao piso,
além de empurrar a fumaça e vapores aquecidos para outros compartimentos e
ambientes, ameaçando vidas. O normal é que a fumaça e os vapores
aquecidos se concentrem na parte superior do ambiente (próximo ao teto),
enquanto o ar mais puro e fresco fica concentrado na parte inferior (próximo ao
piso), mas, o excesso de água usada no combate fará a inversão das posições.
A ocorrência desse fato dificultará a visibilidade e aumentará a temperatura
próximo ao piso, o que por sua vez, deixará o ambiente mais perigoso para as
equipes de combate. No ataque direto pode-se utilizar todos os tipos de jatos
(compacto, neblinado e atomizado), a escolha do jato dependerá
principalmente: do material combustível em chamas; da extensão atingida
pelas chamas; da possibilidade de entrar e progredir no ambiente sinistrado.
Será definido aquele que melhor se adequar à situação de combate e
simultaneamente garanta a segurança das equipes. Pode-se utilizar o ataque
direto nos incêndios generalizados em grandes compartimentos e estruturas
inteiras incendiadas.
Quando utilizar o ataque direto: Este tipo de ataque pode ser executado
de dentro ou de fora do local sinistrado, dependendo claro do grau de
envolvimento. Se o fogo for localizado na fase inicial do incêndio, essa
técnica de combate aplicada de dentro do ambiente extinguirá
rapidamente o foco, já que age na base do fogo no material combustível
incendiado. Mas se a estrutura estiver envolvida totalmente pelo fogo e
a entrada não for possível, o ataque direto pelo exterior do prédio talvez
seja a única técnica capaz de controlar o fogo com segurança.
Vantagens do ataque direto: É considerado o método mais eficiente de
combate ao fogo; O combate é possível à distância; pode ser aplicado para
incêndios tanto em locais abertos quanto em fechados (compartimentos); Maior
proteção a edificações vizinhas contra a propagação do calor.
Desvantagens do ataque direto: Pode exigir muita água e consequentemente
provocar alagamentos pela quantidade de líquido não evaporado; Alteração do
balanço térmico no caso de aplicação de água em excesso; Deslocamento da
fumaça para outros compartimentos e ambientes, ameaçando a vida de vítimas
devido ao aumento da temperatura; deslocar fragmentos incandescentes até
gases pré-misturados, ocasionando a ignição de fumaça.
Ataque indireto: Este método é denominado de ataque indireto porque o
combate é efetuado através da vaporização d’água, promovendo a
estabilização do ambiente, onde o agente extintor (água) é aplicado de
forma indireta no fogo, não sendo necessário adentrar no ambiente. Pode-
se também jogar água em jato neblinado nas paredes e portas da área
externa como forma de combate antes de aplicar o agente extintor no teto.
Esse método é indicado para o combate a incêndios onde o fogo está
confinado, independentemente de haver chamas ou não, apresente
temperaturas elevadas no ambiente ou a edificação apresente risco de
colapso estrutural por exemplo. Em ambientes com temperaturas muito
elevadas é preciso cautela, pois há a possibilidade de ocorrer explosões
ambientais (backdraft ou flashover). Como o método de ataque indireto
visa estabilizar o ambiente através da vaporização d’água, o mesmo não
deve ser aplicado se não tiver certeza de que não há vítimas no interior do
local, pois uma grande quantidade de vapor quente produzido poderia
matá-las. O ataque indireto é realizado direcionando o jato de água
neblinado para o teto da parte interna do compartimento, porém, sem
adentrar no ambiente. Ao jogar a água no teto superaquecido, o resultado
é 1700 litros de vapor para cada litro d’água.

Quando utilizar o ataque indireto: Deve-se utilizar o ataque indireto


quando o foco de incêndio é muito intenso, haja risco para as equipes de
intervenção para acesso ao ambiente ou quando não seja possível
atingir diretamente o foco do incêndio.

Vantagens do ataque indireto: Permite combater o fogo de uma posição segura,


à água é direcionada as paredes e ao teto aquecidos, visando gerar grande
quantidade de vapor quente e úmido que reduzirá as chamas e em alguns
casos, extinguirá a base do fogo.

Desvantagens do ataque indireto: A grande geração de vapor, pode


oferecer riscos de queimaduras para as equipes de intervenção. O vapor
gerado também pode sair sob pressão pelas aberturas e deslocar a fumaça
para os demais compartimentos da edificação. Como não visa atingir o foco
do incêndio, objetos e materiais não atingidos pelo fogo podem ser
danificados pela água utilizada neste tipo de ataque. Se não existir garantia
de uso de ventilação tática, o ataque indireto também não deveria ser
usado, já que sem uma boa ventilação, se tornará difícil a extração da a
fumaça e dos gases produzidos no incêndio e o vapor de água resultante
extinção deixará o ambiente com baixa visibilidade e mais agressivo,
dificultando a eficácia da extinção além de podendo colocar em risco a
segurança dos respondedores.

Você também pode gostar